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ANNO XVI I RIO DE JANEIRO, 17 DE OUTUBRO DE 1914 NUM. 1017 r>*=5- T""""*"*?1ííí^° ^.v.:.VV.':..'v"r?.ri'-'i"-" ¦m* p--mp.fg.f-ir ,TJ<&2^° T9Y/\\ Kll I t? SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO rtUlII.ItO AVULSO - SOO i-ciS Redaeção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 »¦ Telephone N. 3515 j^ -————...—*¦ ¦~B-MririrtWIT-IIMBIMBWBMW«PMMIMTTWBMIIWWl^MBM ¦¦¦¦¦¦ !!¦¦¦¦ ¦'¦ ' ¦¦' i ll l Va'¦¦àr/-'---- " -" ¦''¦|3 ²Aquelle rapaz que está ali na praia foi que me pediu, ha dias que lhe desse o siri-boceta que eu tinha apanhado... ²Por signal que lhe respondeste que desistisse do siri e se contentasse com o resto... ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis" Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias.

ELIXIR DE NOGUEIRA - :::[ BIBLIOTECA NACIONAL - …memoria.bn.br/pdf/706736/per706736_1914_01617.pdf · TATU' CANASTRA. Q> 1*3 ©!W ... o tango «Rebola a bola» ! No amor é um

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ANNO XVI I RIO DE JANEIRO, 17 DE OUTUBRO DE 1914 NUM. 1017

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T9Y/\\ Kll I t?SEMANÁRIO HUMORÍSTICO ILLUSTRADO

rtUlII.ItO AVULSO - SOO i-ciS

Redaeção, escriptorio e officinas - Rua do Hospicio N. 218 »¦ Telephone N. 3515

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Aquelle rapaz que está ali na praia foi que me pediu, ha dias que lhe desse o siri-bocetaque eu tinha apanhado...

Por signal que lhe respondeste que desistisse do siri e se contentasse com o resto...

ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "Syphilis"Vende-se em todas as Pharmacias e Drogarias.

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(-)O RIONU(-) HS 17 de Outubro de 1914

EXPEDIENTED DO C.L —J f ¦

189S ..—^v- '

7Í000

€> ItfiOFUNDADO EM

ASSIGNATURAS V "

Anno . . . 125000 | Semestre.Exterior: Anno 205000Numero avulso, 200 réis

Nos Estados e no interior, 300 réis

Toda a correspondência, seja dequeespecle fôr, deve ser dirigida aogerente desta folha.

nS^^^:S£3Zs=E3;S?.S.3=£3^l^

üb charutos

que não supporto aquelle Catccismo que pre-tendes Impingir-me, deito-me e fumo...

Tu, viciada ? Miséria !^,. — E os pequenos, que são endiabrados,

<*> 'jiomo sabes, apanhando-me hoje a dormir,•iorani-me ao bolso, roubaram-me os charutos

..?c- puzeram-se tambem a fumar.E' liorrivel ! E' liorrivel !Ah ! mas dei uma sova em cada um,

e mandei-os para a casa da vizinha até tuchegares...

O Augusto e a Clolilde, que tinham vistopassar o pai, entraram neste ponto da con-vcrsação.

Venham cá, seus patifes ! começou oAlmeida.

Os pequenos amedrontaram-se.Onde estavam vocês?Ali fora, papai.. .Quem foi que hoje esteve fumando

tharuto aqui em casa?Deixa-os, atalhou Castorina em pur-

rando os filhos para o quarto.Não deixo, não ! Hei de puxar pri-meiro as orelhas de ambos ! Vamos, senhorAugusto e senhora Clotilde : quem foi queesteve fumando charuto hoje aqui em casai

iJO

Almeida tornou-se um homeminsupportavel depois que entroupara a confraria do Sr. Migcl deLemus.

Elle não percebia bem o que era aquillo,mas estava tão convencido do seu radicalis-mo pusitivista, que para elle só havia umacoisa tolerável na sociedade, como cila es-tava instituída: mural dumcslica.

Elle não qtteiia que se escrevesse deoutro modii, nem de outro modu se falasseem sua casa.

E porque os filhos da vizinha eram unsalambicados, cheios de i i e falhos de r r,prohibiu o seu Augusto e a sua Clotilde defalarem com elles. Que os nào queria ma-ricas como aquelles delambidos !

A Castorina, então, que era um demôniode uma morena recalcitrante e geniosa, dei-xava sahir o marido e mandava os pequenospara a rua.

Seu pai eslá doido com aquella histo-ria da rua Benjamin Constant! Não lhe digamque os deixo falar com a Lalá e com o Lulú,mas brinquem á vontade... Vocês são cri-ancas, não podem ficar como os presos, éter-nameiite encerrados nestas quatro paredes.

E os pequenos, si bem a Castorina odizia, melhor o faziam : nào paravam uminstante em casa.

Um dia o Almeida chegou á casa muitocedo, contra a expectativa de Castorina, queestava seduetoramente vestida e perfumada.Que é isso ? Ias sahir ?

Não... Depois do almoço costumotomar banho e mudar de roupa... Bem vèsque, si chega uma visita de repente.. .

Ora, as visitas ! é sempre o conven-cionalismo a presidir todos os actos da nossavida.

|á tu começas...Oh ! Agora reparo que tiveste uma

visita pouco asseiada !Por que dizes isso? Não veiu cá

ninguém...Ninguém.?! Pois si eu não fumo cha-

ruto e vejo aqui uma ponta... ali outra...e uma terceira á porta do nosso quarto...E' o teu castigo.

Explica-te: não entendo o que queresdizer.

Tu não consenles que eu saia, nãoqueres que os pequenos vão á rua.. .

E' verdade... Não os vejo aqui !.. .e então eu, para distrahir-me, por-

A Castorina quiz evitar a resposta, em-purrando de novo os pequenos, que com-prehenderam o azedume do pai, voltaram-sea um tempo e responderam :

Foi seu doutor Farias !Castorina quasi cambaleou; mas recu-

perando logo o sangue frio, approximou oslábios do ouvido do Almeida e segredou-lheassim :

Nào lhes batas... Fui eu quem lhesensinei aquella mentira, para que elles nãolevassem segunda sova.. .

TATU' CANASTRA.

Q> 1*3 ©!W©

Quando, ás vezes, no meu quarto,Em ti penso Marietta,Num instante fico farto,Porque faço uma... careta.

ZE'.

ELLA — Acho-me um tanto magra, e re-ceio estar soffrendo do peito.

ELLE — Não se assuste minha querida,tome o Peitoral dc Angico Pelotense e veráa diflerença em poucos dias.

A CK1SE ARAMIT1CA

Essa incurável moléstia,Nenhum, doutor lia que atteste aOrigem delia, a precise...Nem mesmo, por caiisa-niorlis,De um ex-ricaço clienteAttestam, mui sabiamente:

A Crise...

No emtanio, é um bello, um magníficoPretexto, «useiro e vezeiro»,P'ra não pagar-se ao vendeiro,Deixar que a conta desuse:

Não posso... Estou sem dinheiro...A Crise...

Modesta e cândida joven,Ao seu gentil Lovelace,Pergunta : — Amor, nosso enlace,Vafbreve ser?... Dize... dize...Volve elle : — Sim.. . Dês que passe

A Crise.. ¦

Vendeiro, gordo e «rotundico»,Si algum freguez atrazadoLhe pede compras : — fiado...Alé que o mez íinalise,Diz logo : — Estou apertado...

A Crise...

Marido aváro, somitico,Da esposa, ouvindo o pedidoDe arames, para um vestido(Do qual ha muito preciseiResponde : — Estou fo... mentido.. .

A Crise...

O abuso alcança, por ultimoExtremo — as casas de... modas !

P'ra não pagar duas sotltts,Não falta quem se utilize.Nas altas, ou baixas rodas...

— Da Crise '....

ESCARAVELHO.

Pomada Seccativa de São LázaroA unica que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos Andradas, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

PERFIS SUBURBANOSA. F. D.

E' muito ardente adorador das «flores»ás quaes dedica as modestas producções,pois o «Magnolia» tem pretenções de ser/;/;... ela !

Usa farta cabelleira negra ; já com ai-guns fios de prata, barba e bigode raspados,gravata a Luvallière.

Adora a musica, sendo verdadeiro en-thusiasta da Carmen dc Bizcl, mas apezar deser adorador desta opera, adora muito maiso tango «Rebola a bola» !

No amor é um... «criouleiro damnado»!Só ama as noites escuras e tenebrosas, poisconsidera-se dos corações das brancas ummodesto... desertor 1 I

MAS D'AZIL.

Dois contra uma r 1° volume da collecçâo coloridaPreço de cada exemplar Rs. 2$000 - Pelo Correio Rs. 2$500

=n

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17 de Outubro de 1914 (-) O RIO NU (-)

Í3e_

!^fâJM__â__w_íyr'i_Ã^cr)

. Dizem que, farto de andar de cócarasa ferro afogo a altas horas da noile, o Corlreia mandou o Moraes á...favae recolheu-se a uma pensão honesta.Talvez andasse acertado.a<' O A. Silva não quiz fazer o persona-fiem «j ao d'Agua» por achar que era üsonja.O tilho! A coisa então já está assim ?a-t O bttffet do Republica parece um doscampos de Waterloo, depois das batalhasde Napoleão ; está com o solo juncado decadáveres.ar Sabem dizer-nos onde estará a hones-tidade da «Pensão honesta» ?Provavelmente está no desempenho.ar Porque será que as peças do Repu-blica sao todas cheias áaffear A giboia e os macacos que vão en-trar em leilão no Nacional pertencem á Ade-una Abranches e nãoá Adelina Nobre, como,

por equivoco, dissemos no passado numero.'Quando ha duas Marias na teria...ar No Republica afiam-se muitas línguas

para o lado da Julia Martins.E — ai, quantas encrencas se formariamsi quizessemos dizer a quem pertencem es-sas línguas !a" Por informação do Leonardo soube-mos que o Simões Coelho espalhou na peçamilhares de quiniaes de honestidade.O caso ligar-se-á ao Rio Branco?ar Si vocês vissem como os tieineliques

da luz na «Caução Brazileira» fazem mal aoMoraes.. .Nem é bom falar 1ae Em que livro leria sido lançada a

gratificação que o administrador offereceu aoCorreia ?¦ Naturalmente foi no livro - Haver.ac Constou que o Oliveira preparava decombinação com o Loureiro um «31» paraatirar de chofre no theatro Republica; até áultima hora, porém, o boato não se 'confir-

in o u.ae Rapazes ! Exultem I Ou chorem, que émelhor!Já chegou o noivo da Sarah, do S. Pedro.Por causa disso deixou de comer á mesaonde ella come, no Nacional, o Alves daSilva.«¦Quem será esse alguém do Republica

que diz que ha de mostrar que é alguém ládentro ?Alguém que c alguém ? Mas que con-fusão !...ar Ao ver a platéa no dia do seu bene-licio o «rei do riso... por sessões, doApollo resolveu claros pulos cm scena, nessedia, vinte e cinco centímetros mais altinhos.ar Disse-nos o Pateta Alegre do Apollo

que só amará a Silvina até o dia do seu be-neíicio.E, então, elepois ?ar O Avellar arvorou-se em professorele russas, montando, para isso, uma «pensão-

escola» em sua casa.Deus queira que o feitiço vire contra ofeiticeiro, isto é, Deus queira que não ve-nliani ellas a ser professoras delle.ar Offereceu-se voluntariamente ao go-venio portuguez, para partir como «ranchei-

ro» na expedição á África, o nosso águiaCésar de Lima.O governo da republica irmã prometteuattendel-o no século XXI.

Agua mole em pedra dura... isto quer di-zer que nunca é demais bater numa coisa quan-do com este bater apparece o resultado satisfa-ctorio. Está nessas condições o precouicio ápopular Alfaiataria Guanabara.

Por mais que se diga que a barateira casatem o maior sortimento em roupas feitas e porfazer, sempre haverá algum leitor que o ignore.

Assim, aqui fica o aviso da afamada alfa-iataria dn rua Carioca 3 _.

aifí-^^çsv.ssís^iíiGMARCA REQI8TRADA¦—V •

Enviam-se instrucções e acceitam-se pedidosdo interior, dando-se agencia.

ar A Cecy, do Republica, anda furiosacom a filha... da mãi.Alas que assombro !.. .ar Preparam-se para breve dois casa-

mentos no theatro Republica.Serão padrinhos dos mesmos os autores

da A Ferro c Fogo.ase Voltará brevemente a dar beneficio

em auxilio da Caixa de Socorros da Saúde,com a peça O Remorso Vivo, o actor-ensaia-dor-e in presa rio Eduardo Pereira.

Entenderam, não ?a' Foi-se a i.ichestra do Centro, que to-cava no Republica, e com ella o Sanchesdeixando a Cecy desconsolada.ar Sabemos que o Marta está traba-Iliando .letivamente, de pernas para o ar,numa revista... cujos factos quem os inspiraé a Márietta.Ahi, maganào !...

JOÃO RATÃO.

Au Bijou de !a Mode - Grande, depositodc calçados, poratacado e a varejo. Calçado nacional c eslran-

geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca n. 80 — Te-lephone 3.660.

<&) fà)WS^

CONTOS RÁPIDOSLinda coílecção de contos rápidos a ,

300 réis cada exemplar com uma beliae suggestlva gravura impressa em papelcouche.Os doze primeiros desses contos in-titulam-se : O tio empata, A mulher de

Jogo, D. Engracia, Faz tudo..., A ViuvaAlegre, O menino do Gouveia, A Pttlga,O Correio do Amor, Dolores. FaniiliàModerna, Na Zona... e O brinquedoconstituindo uma preciosa bibliothecade leitura rápida e... estimulante.

Cada exemplar custa, pelo Correio,500 reis; mas quem quizer obterá col-lecção completa dos doze enviará ape-nas a importância de 4?S00.Pedidos, acompanhados das respe-cíivas importâncias aALFREDO VELLOSO f4?

218, Rua do Hospício - Rio dc janeiro 1

supfjgicíbMinha querida Chiquiiilia,Nào sejas mázinlia tu...Torna-te minha amiguinhaE, sem mais, vem dar-me o.

Na Faulicéa...O Raphael Mico tem andado numa tris-teza commovedora, depois que a sua mulatao barrou, desapparecendo.Diz-se que elle já a foi procurar no Gabi-nele de Objectos Achados, mas nem ali lhetoi possível encontral-a.Provavelmente a cuja foi para RibeirãoPreto. . . endireitar as finanças.ar O Oliverio tem andado atrapalhadodesde que foi pelo Massadas encarregado dever si a Cubana volta a fazer as pazes como Massadas mesmo.A mulher é águia!Ella sabe que o dinheiro do Massadas

ja vai longe.ar Um curioso remetteu-nos a seguinterelação de coisas celebres que entraram parao museu cá da terra :O sobretudo do Camacho, porque depoisele ter sido vendido ao Mario Secco, encon-troti novo dono no elegante Barros, com adiilercnça de que, para este, foi precisoencurtar-lhe as mangas.

• .o frack do Alberto Cavaignac porquedepois de muito velho, foi mandado tintrirdc preto. '&• •-o chapéo do Carvalho, porque, demarrou, que era, passou a ser verde.... o sobretudo cor de jacaré do Armando,do uuarany....o terno do Raphael, porque, por tero talhe a americana, o seu dono leva só aperguntar aos amigos si elle lhe fica bem---as lanchas do Costa Espalha, porparecerem n. 55, bico largo... .as unhas, rosadas á força de ingredi-entes, do Camargo e do Manéco Secco...a barriga do Pereira Boi....as camelas de «prego» do Camacho....as ferraduras das abotoaduras domesmo Camacho... .as abas do chapéo do Faria.-.o sobretudo do Farina, do Bijou por-que e uma imitação de casaca.¦ ¦¦o anel de brilhantes do Bruno• - -e as barbicas do gerente do írisai Informam-nos de Campinas que aSofia esta Ia admiravelniente e que nãopensa mais no Camacho.°.1,°me"1 esià- Por isso, desesperado.a- O Mano do Estado está damnado

para saber quem são os homens a quem asuajenny da attenção, no Rio.Ah ! que si a policia o deixasse ir lá...CORRESPONDÊNCIA

F.-

braço.ZE'.

^Aguardamos noticias, com urgênciaFelino — O que foi isso ? Cansou ?Mondrongo — Aamostra soube-nos bem.Mande mais.ZE' PAULISTA.

® @Está á venda -A PULGA- Grande sue-cesso da nossa esplendida coílecção.

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(-) O RIO NU (-) 17 dc Outubro dc 1914

DE

SANTA THEREZA

Mas é verdade que o Raul, depois quese mudou para uma rua mais elevada, ma-triculoti-sc na escola dos conquistadores elambedores de bibelotsl

•tir Dizem pelo Curvello que o Tenentetem fama de doente; no emtanto o seu Romeuanda muito com elle. Será este menino bonitopu...licia ?

*ar Corre com insistência que o Antôniobatuta, vulgo Carne Assada, depois de blefar,andou querendo rifar o gramophone dapequena. O' sor Antônio, isso é effeito dacrise ?

¦'£>' Então, seu doutor, você casa-se coma A., ou quer comer a isca e cuspir no anzol?Olhe que o pai da pequena não é veado '....

>s"& Dona Fina é o nome da noiva doCarne Assada. Este nome diz o gajo repetidasvezes, todos os dias, no banheiro...

¦ts.-' Chi!... seu Bacalháo, nós vimos...Depois nâo vá dizer que somos perversos.&r Corre boato que o pessoal do Bloco

Club vai oflerecer á V, uma estrada em quese possa fazer uma horta...

icn- O Dr. Girafa, (physiologicamentcfalando) vai adoptar para seu uso (particular)um cachorro bull-dog. Você, seu viciado,ainda acaba doido na porta do Caju pedindoesmola para as almas...

¦t3" HoirTessa! Era o que faltava !.. .Poisnão é que o Sabonete anda agora com umperiquito na rua ?... Parece até uma... nãoé mesmo ?...

iW Escuta, meu bem, não faz mal nenhum,não tira pedaço...

Olhe, seu Annibal, tome vergonha! Atécom esta negrinha esbrogue ? !...

itS"' Bravos, bravíssimos! Até que afinalo Abelardo deixou de ser casto, graças áIsaura Caolha...

,w Por que será que o Álvaro e o Júlioandam sempre juntinhos? Isto ainda acabaem... (cala-te bocea).

&r Seu Atahualpa, é preciso você ficarsabendo que a rua Áurea não é o que vocêpensa, e que a E não gosta de... lingua,ella é moderna...

tc3f 22 horas. No emtanto o Sabonete noCaramanchão dos Amores ainda conversacom A, l-> edição. O que o salva, seu cheiroso,é não ter um guarda no referido cara-manchão.

tnr Não sabemos porque a Ponto russoanda sempre com idéas sinistras.

Quererá ella ser protagonista de algumatragédia ?.. .

¦ar No próximo numero temos que contarmuita coisa de um tal advogado que é jor-nalista; preparem-se...tóí" Avisamos aos viciados Alguidar ePereréca, que para o Bravo não é precisomuita coisa. Elle é bravo, só no nome.

&& Corre boato que a Signal preto andouconvidando o Sabonete para umas conversas.Ora, Dona Assignalada, você pensa que oSabonete (em o vicio do Bravo?

xcT Então o Pachiderme, depois de termandado á missa alguém, deu para andarroxo em cima de uma loira casadinha da ruaJunquilhos Cobrai

fàr Disse-nos o Bacalháo Perneta queaotualmente não faz parte da accumulação.

Então para que você tem 3... Hein ?...,tár Por que será que o Dr. Proca vai

todos os domingos á missa na Capella ?Estará este pirata cavando a Marianinha?¦ts- Vimos (ninguém nos contou) a Laura

abarracada na rua Áurea com o Convencido.

Desta vez o Penoso 04 dá um tiro no.. .ouvido.

«ar |>or um acto de piralagem conse-guinios apanhar o seguinte bilhete :

«Alei/ bem — Hontem, depois de sepa-rar-mc dc ti, foi que medi a situaçãocm que estava. Compre/tendi então quejá náo era mais uma senhora c sim umamulher c.irada. Mas... não faz mal; amo-tec o burro dc meu marido que se agüente.O culpado c elle mesmo. Olha, incubem;para não darem na vista os nossosamores c evitar que o pessoal comece amurmurar, vou pedir ao meu maridopara travar relações com a tua familia;queres ? Olha: lê o bilhete c depoisqueima, sim ? Hoje desço no bond deP. Aí. de 3,10— Adeus beija-te a tua- ......

Esta carta estava escripta em franeez cserá restituida á sua dona quando a mesmaresponder á pergunta do

PESCANÇO.

Licor TibainaO melhor purifica-

-- dor do sangue --

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

<§> @Comparecem na policia dois vagabundos,

amigos inseparáveis.O delegado interroga um após outro :

Onde mora você ?Eu não tenho casa.E você ?Eu moro no 2° andar por cima dc meu

companheiro...

Quatorze Versos...— Eu sei que tens, Deolinda, quatro amantesNa «Activa»; não contando os «reservistas».Que, desses quatro, dois são bons marchantesE os outros dois, são simples adhesistas...

Unf.e da Itália, a Pátria dos Artistas,Outro é da Patria-mãi dos Navegantes,'Jvíàis um da Hespanha, o berço de Cervantes,E o quarto, emfim, do «Império das Modistas».

Nãó-faiès mal em dividir, Deolinda,Os teus carinhos, crê; porquanto és linda,Teu corpo exhala as mais subtis essências...

Mas, desse Amor-conjunlo, as conseqüências,Talvez que sejam, tarde ou cedo, ainda:—Conflagração de Aífecto entre as Potências...

ESCARAVELHO.

A Encrenca EuropicaTelegrammas de primeiríssima

Systema Mar... conico desfiadoCD

PETROORAD,15—Um conimunicado ollieialdo generalisslmo Joffre, recebido hontemnesta capital, diz que os ullamões não seatrevem a declarar guerra á llollanda, porcausa do sebo da dita.

Accrescenta o mesmo comiiiunicado queos soldados do kaiser têm a certeza de quesi se metterem com os hollandezes terão for-çosameiite de dar sebo ás canelas.

LONDRES, 15 — Telegramma de Tokioinforma que Guilherme li declarou ollieial-mente á Iegação da Allcmanha, naquellacidade, que si conquistasse a Europa met-teria uma lança em África.

(N. da R.—Si não fur confirmado o tele-grani ma acima, é bom ir dar uma volta pelaAvenida do Mangue ou rua de S. Jorge).

Montevidéu, 15— Devido á conflagraçãono Velho Mundo o governo prohibiu a sabidados habitantes do paiz. Nesta cidade, pois,nào se viaja mais p'r'Oropa.. . nem paraoutro continente.

OSTENDE, 15—Sabe-se aqui que GuilhermeII fuma cigarros turcos, tem cabellos russos,usa bigode á kaiser, fala inglez, veste-se áfranceza e já teve as suas questõesinhascom uma bailarina japoneza.

Por que razão, nesse caso, está o Impe-rador da Europa em guerra com a mesma ?

Nova-York, 15—0 cônsul da Áustria,aoter conhecimento das coisas pretas do seupaiz, mandou todos os reservistas, que aquise achavam, aquella parte.

Paris, 15 — 0 testamento do kaiser, queaqui se vai distribuindo profusamente ha dias,acaba de ser augmentado com a seguinte dis-posição :

«Deixo á preta dos pasteis os meus col-larinhos, para que ella os enfie no... pescoço.— Kaiser.»

LONDRES, 15 —Tendo fracassado a com-pra das barcas da Praia Grande que estavasendo negociada no Brazil, a Allemaiiha ten-tou comprar a esquadrilha de barcos depesca de bacalháo, para com ella atacar aesquadra ingleza.

Esses barcos ainda seriam de melhoreffeito, pois o cheiro de que estão impregna-dos podia levantar o enthusiasmo dos mari-nheiros tetttonicos.

Uma estrondosa victoria dos allemães na batalha de «Pernaspraqtietequéro»

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17 de Outubro de 1914 ,g§ (-) O RIO NU (-)

PREFERENCIAS

Sabes de uma'coisa, Octavio? Vouabrir o meu negocio.

Oh ! Pois tua mulher não abriu um já ?Sim, mas a casa é tão grande, que euresolvi rasgar os fundos e metter lá a minhaarmação antiga.

Achas que ella cabe lá ?Que remédio tem ella !De maneira que agora tiras o pé dalama ?

Si Deus quizer. A mulher, depois queabriu o negocio na frente, tem tido uma fie-guezia tão grande que quasi não dorme.

Mas tu agora podes dcscançal-a muilo.Sem duvida! Muitos freguezes do ne-gocio da frente, cansados de esperar a vez,passarão para os fundos, onde eu os servireicom muito gosto. Calculo que a mulher nafrente e eu nos fundos possamos attender áfreguezia toda.

A mim é que lu não apanhas no teunegocio 1 Estou tão habituado com o negocioda tua mulher, que ninguém me arranca delá !

HERODES.

.tSilíU .D.«3»,9íi<*za

Não ha outra que torne a pelle maismacia. Dá ao cabello a côr que se deseja.E' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. — Ruas: Andradas, 43 a 47 eHospício, 164 e 166.

Sem pés, nem cabeça

Collecção ColoridaEslá á venda o 1" volume da Col-

lecção Colorida, o maior successo daBibliotheea do Rio Nu, trabalho perfeito ecaprichado, impresso a cores diversas emsuperior papel cotic/ic. Intitula-se esse 1" vo-lume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de dez lindíssimas photogra-phias tiradas do natural, representando umamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é uma delicia para os olhos e para o es-pirito, pela nitidez e verdade das scenas querepresenta, custará apenas 2J000 cada exem-plar; pelo Correio, 2Í500.

As encommendas, que só serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospício 218

Um bohemio vai á casa de um banqueiromillionario e lhe diz :

Venho propor-lhe um negocio em queo senhor ganhará quatrocentos contos.

Vejamos de que se trata.Nada mais simples-: o senhor tem uma

CflalJSIN!-»?** im ESTraiCCDS

Jota E'sse — O amigo está abusando...Depois d'/l Peitada, vem para cima de nóscom A chuva para conquistar a sua Belmira...Não acha que esse papel de onze letras nãonos fica bem ?

ROSITA — Faz mal em proceder assimcom seu marldinho. Lá porque elle riscouuma ou duas vezes fora da caixa, não devea senhora prival-o daquillo a que elle temincontestável direito. Não seja másinha. ..

CORNELIO — Pois você, seu cara, tem odesaforo de, aos sessenta annos, casar comuma pequena de dezoito e ainda se queixade que ella anda a fazer coisas com umprimo? Você é como um sujeito analphabeto,que compra livros para os outros lerem.Agora chimpe-lhe com um trapo quente !

Doente — Isso que o senhor tem nãovem da Gallicia, como suppõe; vem docontacto com alguma deusa infeccionada.Procure um especialista.

Aurora — Então a menina está doidinhapela sua noite de nupeias e receia levar umaespiga? Olhe queda espiga é que não selivra; só si o seu noivo for mesmo um frouxo...

JOÃO DURO.

filha solteira á quaj^rffgfçjltocentos contosde dote quando cafear, nãoiê verdade?

I-M ai ., %¦*

aue m-am s niaíade !.

-E:— Pois aqui

a casar com ella cistou' eli-què me proponho

ikíad

Pegaram-se p'los cabellosA Dolores e a Rosaria...Dolores arrancou quatroE a outra. .. dez ou doze.

ZE.

Já está á venda o n. 12 dos contos rapi-dos — O brinquedo — empolgante narraçãode um noivo duplamente feliz.

LOTERIAS DA CAPITAL FEDERALSabbado, 24 do corrente, ás 3 horas da tarde

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d^sM

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FOLHETIM

sint-m'— POR —

V. DE NOVAES-

\ casa «le emiimodos

Na casa de commodos do Alonso, emvinte e dois quartos de differentes dimen-soes e preços, residiam cerca de quarentapessoas, na maioria rapazes do commercio,que são os melhores inquilinos porquepassam o dia no trabalho, não recolhemordinariamente tarde e saem semprecedo.

Saias, muito poucas, havia naquellacasa: a dona da casa, D. Sinhá, e umavelha, D. Encarnaçáo, com duas filhas —jMaria dos Prazeres, de dezenove annos, eAngélica, de doze.

D. Encarnaçáo, Maria e Angélica, pro-tegidas de D. Sinhá, viviam de favor noscommodos do porão, onde os donos dacasa tinham a sala de jantar e a cozinha,¦e comiam á mesa destes.

Alonso era hespanhol, mas residia ha

muito no Brazil. Alto, espadando, tinhamodos bruscos e quando o contrariavamlançava chispas pelos olhos. Bruto, com-pletamente falho de educação domestica esocial, era no emtanto sympathico e tra-tava com gentileza os seus inquilinos. . .quando lhe pagavam em dia.

Era um viciado no solo e rara era anoite em que, logo após o jantar, nãoprendia á mesa do jogo (a leite de pato,aliás) os parceiros, que eram um machi-nista da Armada e outro qualquer inqui-lino que lhes pudesse fazer companhiaaté á hora de deitar, porque a casa nãotinha porteiro e Alonso vigiava quem en-trava e sahia até uma hora da madrugada;a essa hora recolhia-se e chamava a mu-lher, que o substituía até sete da manhã.

D. Sinhá, ao tempo em que começaesta historia, tinha terminado a conva-lescença de uma grave moléstia e fazia oseu quarto de vigília sentada numa ca-deira de viagem junto á escada. Era umamulher bonita: de estatura menos quemediana, corpo delgado, rosto quasi re-dondo, cabellos negros e pallida. Sympa-thica logo á primeira vista, captivava des-de logo a quem tratasse com ella; em-bora a sua illustração fosse muito super-

ficial, sua conversação era agradável eattrahente.

Ao ver o marido, maior de quarentaannos, mal ajambrado, grosseiro, sem amínima illustração, e a esposa, nova, devinte e duas primaveras, bonita, regular-mente educada, ficava-se a pensar naquellepar desigual unido pelos laços sagradosdo hymeneu.

Que determinara aquella união ?Dizia-se — e nunca nos foi dado verifi-

car isso — que o pai de Sinhá compraraaquelle marido para a filha. . .Um primoroubara-lhe a capella de virgem e «abrirao chambre» sem reparar os estragos quefizera.

Vendo a moça assim avariada, seu pro-genitor chamara o hespanhol e acenando-lhe com um par de contos de réis fel-ocasar com ella e montou-lhe aquella casade commodos. Isso é o que se dizia. . .

O que é facto é que o casal não des-fruetava uma vida muito tranquilla.

D. Sinhá havia tres mezes que se tor-nára imprestável, não só como esposamas também como dona de casa ; umaoperação melindrosa puzera-a em perigode vida e acarretara grandes despezas.

(Co;iíí7iúa>

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--B3 (-) O RIO NU (-) 17 de Outubro de 1914 b

fP&l llr&Gana.J|P|}|]9gr&aiia

CD0 refinado pirata das «cem comadres»,

o celebre e perfumado barbeirínho da ruaCapitão Rezende, para conseguir o amorduma casadinha de fresco, engendrou umvaudevilte, o qual quasi terminou em «tra-gedia» !

Emquanto o «coitadinho» do editor-res-ponsavel admirava as «proesas» das eeuyèrese bailarinas do Circo Olimecha éi Benjamin,o barbeirínho Manoel fazia a «zinha» enver-gar uma calça e um frack do «adoradoesposo» e ir «fazer a barba» na sua elegantebarbearia, transformada ha muito em...«matadouro» !

O diabo é que o amor tira as noçõesdas coisas e o juizo tle muitas cabeças, deforma que o Manoel e a sua amada esque-ceram-se do esposo e este ao regressar ácasa deu pela falta da sua «costella» e pro-cura daqui, procura de lá, lembrou-se que obarbeiro era um conquèrant terrível e bempodia ser que...

Então dirigiu-se ao «matadouro» e depoisde muito bater, conseguiu que o Manoellhe attendesse, embora muito aborrecido,pois no momento attcndia a um amigo quelhe pedira para fazer-lhe a barba para ir aum casamento c que de facto lá se achavaem uma cadeira com o rosto cheio de sabão!O «coitadinho» olhou já meio desconfiado emais desconfiado ficou ao vêr que o «amigo»do Manoel envergava um terno de frackigual a um que elle possuía e então quizvêr o «melro» de perto.

Ao chegar junto ao «fregtiez da madru-gada» nelle reconheceu a... sua própriaesposa ! Era ella quem fazia a barba I Eraella, que pelo menos, fazia «uso» da «nava-lha» do barbeiro !

Foi um Deus nos acuda e um berreirodos mil diabos que fez despeitar toda avizinhança! O mais engraçado é que a «zinha»em vez de ficar com medo do esposo,pòz-se,de rosto ensaboado, a gritar para o «coita-dinho» :

— Mate-me si quizer, o que está feitonão está por fazer!

E o «pobre homem» nada fez e aindaconsentiu que a pu.. .rinha tirasse as roupasde homem e vestisse os seus legítimos trajes!Depois r!o escândalo a «zinha» não podiacontinuar em casa e dahi o offerecimento doseductor barato em montar-lhe casa, mas.. .(ha sempre um mas em tudo), o Manoel énoivo e o futuro sogro enlesou com a «histo-ria» e disse ao barbeiro que não ia p'ra istoe que elle tinha que casar-se, pois do con-trario iria vêr de quantos páos se fazia umacanoa. Agora é que queremos vêr como o«portuguez bonitinho» do Cachamby des-calça esta bota !

E ainda não começaram a reclamar as...«cem comadres» ! Coitado do Manoel, é umhomem. .. tralltado !

kíc O sympathico e loiro tenente da Ber-the anda «assombrado» depois que recebeuuma carta de Paris em que a formosa chan-tcuse o ameaça de escrever uma missiva ásua adorada C, fazendo-lhe sentir que otenente é casado... em Londres !

Olhe, seu tenente, que é triste a genteapaixonar-se por uma linda e riquíssima¦ crioula» em Cuba, casar-se na Inglaterra equerer amar novamente no solo pátrio !

Apezar do ardente amor da linda cubanae dos degagès da loira franceza, quer-nosparecer que «seu» tenente acha que o maissanto e ardente dos amores é o amor...duma brazileira I

f-jr O Elias, depois que enrabichou-sepela puritana creatura da zona estragadaaté já empurra o páo na sua antiga compa-nheiia. E é cada «surra» de tirar couro ecabello ! Ora o Elias I

<tíj' O «menino» Nestor, depois que deua sua mão e o seu amor ao «Machado ineca-nico aposentado» não tem mais piedade doAntenor que de desgosto já chega a andartodo sujo. Com o fato todo barroso e ochapéo duro sebento!

Que paixão pelo... fruclinlia pegou ocampeão de bilhar inglez !

•t3r O sympathico e morrudo C. do «Por-tuense» também faz suas conquistas e bemboas !

Por ora nada diremos, amigo C, com-quanto saibamos que a «zona» é por umarua transversal á Lucidio Lago, porque temosreceio que o nosso camarada leve uma sovade... correia !

s~ O dandy Bittencourt já perdeu aquclla«pose» quando era xirente do elegante ClubBicas éi Vasconcellos 1 Como os temposmudam 1

CORRESPONDÊNCIA

Madetnoisellc Cccc (Meyer)— Do facto dobarbeirínho conquistador do Cachamby jásabíamos. Quanto á sua «nota» sobre o ele-gante C, do Portuense,só poderá sahir comoestá, isto é muito velada, porque além delleser nosso camarada, na mesma existe onome duma senhora, a quem temos tido atéa presente data como uma mulher honesta.Já vê. Quanto ao mais, muito agradecidos econtinue a nos remetter. Mas... permitta-nosuma pergunta. Não serão dores de cotovelloque a Mademoise/le sente por ver que o nossocamarada do Portuense não lhe liga ?...

C. M. A. (Engenho de Dentro) — Entãoo amigo esqueceu-se tle nós ?

Será medo do Juea Coelho ?

PIRATA MÓR.

A' chegada de um irem em atrazo, umajoven esposa que esperava o marido na esta-ção inr.erroga.-o:

Por que veiu atrazado o trem ?Porque foi de encontro a um outrocarregado de bois ; mas só estes soffreramcom o desastre.

Estás ferido então ?...

Ultima haraiA ENCRENCA EUROPICA

Mais noticias

LONDRES, 15—As senhoras andam recru-tando os homens para a guerra. Allegam osrepresentantes do bello sexo que todo homem,deve ficar armado e não no molle.

Londres, 15 (ás 38 e 00 minutos) — Umaeroplano allcmão que andava esvoaçandopor baixo do Tâmisa foi aprisionado por umcarro de bois e conduzido, |ireso pelo nariz,á presença do rei. Interrogado, confessouque andava a ver si encontrava o caminho queleva ao meio do mundo.

Berlim, 15 (ás 41 e 103 minutos) — Astropas do kaiser vão de vento em popa. Hadias que procuram, pelo mundo inteiro,subditos russos, francezes e belgas, parafazer delles nm c/wucrotite e ainda náo encon-traiam um só para remédio.

BERLIM, 15 (ás 41 e 104 minutos) — Okaiser, que se havia mettido uo... pé de uniburro, damnado cia vida, sahiu hoje do seuesconderijo e espetou numa das guias dosbigodes um francez e na outra um russo.Sua magestade vai arranjar nos seus bigodesuma terceira guia para nella espetar um beef.

Roma, 15 — O governo italiano diz quenão vai para essa corrida de gansos, emquantonão verificar quem tem garrafas vasias paravender.

Essa declaração causou pânico na Bolsa,tendo subido sensivelmente o preço domacarrão.

Petrograd, 15—Na batalha travada con-tra os allemães em Suwalki, destes, queeram 000.000. foram derrotados 700.000. sendomortos 877.000 e feridos 956.001.

PETROGRAD, 15 (entre as dez e as onze).— As tropas russas em combate com osallemães executam, ha alguns dias, um movi-mento de vai-veni. Parece que os soldadosdo czar estão fo. . .montando os do kaiser.

Paris, 15 (á hora da onça beber agua)—Si os allemães não forem reduzidos a póde... arroto retrospectivo nestes dias maispróximos, sel-o-ão daqui a tres semanas,tres mezes, tres annos ou tres séculos.

1 *s.*"r.v*--: I li "* . ^^f7"4| / ) VlíSwh

PEITORAL BE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resinados,influenza, coqueluches, bronchites, etc, doque o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nosprimeiros grãos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas aspharmacias e drogarias.

Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;Rio, .Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

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17 de Outubro de 1014 =ggj (-) O RIO NU (-)

&KO ALLEMÃO (fugindo) — A <Allemanha acima de tudo. acima da Allemanha I

ilèiSE^^sCD

AVISO — O "Rio Nu" não tem repórter ai-gani nas zonas para dar ou não darnotas nesla secção ; todo aquelle quese apresentar como tal c um intrujãoe deve ser tratado como merece.

Na zona chieA Euridice cia zona Lavradio 130, na

quinta-feira, abarracou com o chauffeur Beli-sario.

Para se vingar da perseguição dessafunecionaria, o chauffeur levou toda a noite afazer viagens a Copacabana.

Desta vez, dona Euridice, a sua alcunhade «Deixa encostar» ficou confirmada, poisnão só o chauffeur encostou como tambémviajou!

ta" A Alicinha e a Cascalho, da zonaMarrecas, foram ao «Diplomata Club», mu-..idas com um dos nossos exemplares donumero ultimo e mostraram ao barbeirinlioJoão a nota publicada nesta secção a seurespeito com a Vicentina.

Realmente, dona Cascalho, estamos quasinomeando-a nossa propagandista.«3T A Angelina Fallabosta e a Léonor,quando na sexta-feira ultima assistiam auma fita no «Cinema íris»,ficaram encabuladascom as indireetas dc um gajo vizinho da suaesquerda.

O honieinzinho, suas funecionarias, estáao par de todos os seus trabalhinlws, porisso não deviam se admirar do que elle disse.Não acham ?

'13' As funecionarias da zona Marrecas,depois do assassinato covarde da infeliz Lili,andam com um receio enorme dc abarracarcom qualquer indivíduo.

E não é para menos...rífi" A reclamação que nos foi feita pes-

soalmente pela Orminda seta altendida.Ficará a menina assim satisfeita?<w Dizem que a Julia, depois que abar-

racou com certo gajo adoulorado, quer passarpor funecionaria chie e particular.

Tem graça a Julia !iss' Disse-nos a Alice C... de Assobio

¦que a Angelina Fallabosta finge que é donade casa, mas o Guilherme não quer saberdisso, pois a carta de fiança é da Margarida.

Quem fica se lavando em águas de rosas•é a Isabel do Becco.

*-" O azar que persegue a Violeta Mui-rinha Xexéo é tanto que a velhusca passouagora a ser caixeira de chopp, por nãoencontrar mais quem a queira.

Pudera, si os dentes da Violeta já estão¦cahindo, segundo diz a Mariquinhas Cruzeiro!

lí-ã' A Adelia C... Tapado diz que aMarocas Sessenta e Nove, devido a botarfeitiços nas portas das collegas, não pára

mais em casa alguma, mudando duas e tresvezes por mez.

Quem manda você fazer os despachosmal feitos em Copacabana? Que o diga aSinhá!

t& Será verdade o que nos affirmou aMariquinhas Cruzeiro, da America Páo d'Água"'

Não cremos que essa funecionaria chorequando alguém viaja na sua Copacabana.

Você, sua Cruzeiro, é uma má lingua; aAmerica nâo costuma fazer desses feios !

(tar Disse-nos o menino üomes que agoravai aproveitar a folga que lhe deu certo Du-que para conquistar beiçalmentc a Pepa.

Toma juizo, menino !

LÍNGUA DE PRATA.

A' Pombinha

A minha amante chama-se Pombinha. . .Não é bonito nome? Pois eu juroQue o mais famoso c ingente palinuroJamais teve uma amante como a minha !

Alta, morena, de olhos seduetores...Lembra uma embaixatriz ou uma rainha;E tem um coração esta pombinha,Que põe os mais glaciaes — abrazadores...

O corpo, santo Deus! ninguém se atreveA descrevel-o sem parar no meio...Que bello braço ! Que divino seio 1E o mais, então? O mais não se descreve!

Quando ao seu lábio um beijo dependuro,Quente, sensual, como inda fiz ha pouco,Fico interdicto, si o interdicto é louco,Mas nem assim eu a evitar procuro !

Ditosa sorte eu considero a minha,Quando, sen. mesmo cogitar do leito,Eu lhe desnudo o setinoso peito,E os lábios collo aos lábios da Pombinha !

PANCHO TORERO.

Para perfumar o cabello e destruir asparasitas, evitando com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não. hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, .|5 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

O juiz ao accusado :O marido desta senhora allega que

viu o senhor beijando-a no quarto.E' mentira IEntão nega o facto?

Eu não a beijei uo quarto, beijei-a naboca !...

, ¦W}'%'Zf^íaS~- ¦

«llimos...CD

...na zona Ouvidor a Leonor conven-cendo um conhecido velhote a acompa-nhal-a...

...na zona Avenida Rio Branco a JulietaCandango, de automóvel...

.. .na praça da Bandeira a Esther dandoo desespero com um chauffeur.. .

...no Republica a Mariquinhas acom-panhada pelo menino Oscar...

.. .110 S. José a Amélia da zona Lavradioacompanhada de uma outra esbrogue...

...o Duque despedindo-se do pessoaldo S. José por ter que embarcar para o Pa-raná...

.. .a Pepa do S. José toda chorosa pelapartida do seu queridinho Duque...

.. .0 menino Gomes satisfeito com a par-tida do Duque por deixar-lhe o campo livree a Pepa em disponibilidade. ..

...na Penha, no domingo ultimo, o Dr.Sciencia, Menezes, Gallinha Roxa e Pintinhoacompanhados por quatro funecionarias deu-tre as quaes destacamos a Guelle...

.. .na zona Avenida Passos a Durvalinaacompanhada de um menino viciado em lin-guas...

...no S.José a Leonor toda zangadinhapor não ter certo maestro, que faz parte daorchestra desse theatro, lhe prestado atten-ção...

...na zona Visconde do Rio Branco omenino Antenor discutindo com a sua mãizi-nha polaca...

VÊ TUDO.

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;¦ Bibliotheca d'0 RIO NUDOIS CONTRA UMA - Primorosa série

impressa a cinco cores, pliotographias do na-tural, constituindo dois volumes.

Está á venda o 1„ volume. Preço 2S000;pelo Correio, 2J500.

A CABEÇA DO CARVALHO - Pyrami-dal trabalho do bestunto do incomparavel Va-gabundo, 2J000; pelo Correio, 2_500.

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AMORES DE UM FRADE — (3« edição,n. 1 da «Collecçào Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prolubido, acompa-nhado de interessantes gravuras. Verdadei-ras scenas dignas da antiga Roma. Preço,500 réis. Pelo Correio, 800 réis.

NOITE. DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-Iecção Amorosa») — Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalem, 500 réis;pelo Correio, 800 réis.

MADAME A-IINET — (n. 3 da «ColleccãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperilivos ee-peciaes... Custa 500 rs.; pelo Correio, 800 réis-

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Collec-ção Amorosa») — Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-tidas pelas redondezas. Preço, 500 rs.; peloCorreio, 800 rs.

SANDWICH —(ii. 5 da Collecçào Amo-rosa) — Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mullier recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS — Collecçàode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel cou-ché de I„ qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados os ns. 1, 2, 3, 4 e5. Preço de cada um, 1J000; pelo Correio1.500.

CONTOS RÁPIDOS —Estão pu-bücados os seguintes : N. 1, Tio Empa-ta — N. 2, A Mulher de Fogo —N. 3, D. Engracia — N. 4, Faz tudo...

N. 5, A Viuva Alegre —N. 6, OMenino do Gouveia — N. 7, APulga — N. 8, O Correio do Amor

N. 9, Dolores—N. 10, FamiliaModerna —N. 11, Na Zona... e N. 12,O brinquedo.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-viira cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares.

Cada um custa unicamente 300 rs., peloCorreio : 500 rs.

Todos os livros anima citados sàoillustrados com gravuras tiradas do"a

UMA CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço, 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso escriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commerciaes

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RUA DO HOSPÍCIO ___ _8 — Rio de Janeiro

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