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Elizabeth Caetano Relação médico- paciente CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ CURSO DE MEDICINA

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Elizabeth Caetano

Relação médico-paciente

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁCURSO DE MEDICINA

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Relação médico-paciente

Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

Não é uma relação humana habitual comum, é carregada de:

Determinando uma relação entre o ser doente e aquele que lhe oferece ajuda.

Angústia / ansiedade

Medo

Incerteza / dúvida

Amor / esperança

Ódio

Insegurança

Confiança

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Este estudo deve partir das seguintes premissas

Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

A relação médico-paciente é fundamental na prática médica, devendo ser o foco de atenção e estudo desde o primeiro encontro com o paciente, permanecendo durante a vida profissional.

É indispensável o conhecimento básico da humanidade, pois está relação, ultrapassa os fenomenos biológicos, onde estão aprisionados a profissão médica.

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Relação médico paciente e princípios bioético

Autonomia (núcleo central do relacionamento médico-paciente) consentimento informado

Beneficência Não maleficência Sigilo Justiça

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Relação médico-paciente

Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

Na prática, os vínculos na profissão Na prática, os vínculos na profissão médica são:médica são:

ConfiançaConfiança

EmpatiaEmpatia

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Aspecto psicodinâmico da relação médico-paciente

Médico ativo / paciente passicoMédico dirigindo / paciente colaborandoMédico agindo / paciente participando ativamente

(aliança terapêutica)

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O paciente abandona-se completamente e aceita passivamente os cuidados médicos

Quanto mais ativo e seguro se mostrar o médico, mais tranquilo e seguro ficara o paciente.

Aspecto psicodinâmico da relação médico-paciente

Médico ativo / paciente passivo

Ex: médico de urgência

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O médico assume seu papel até certo ponto autoritário.

O paciente compreende e aceita tal atitude procurando colaborar.

Aspecto psicodinâmico da relação médico-paciente

Médico dirigindo / paciente colaborando

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O médico permanece no seu papel de definir os caminhos e os procedimentos.

O paciente compreende e atua conjuntamente.

As decissões são tomadas após troca de idéias e análises de alternativas.

Aspecto psicodinâmico da relação médico-paciente

Médico agindo / paciente participando ativamente (aliança terapêutica)

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Assim o paciente assume responsabilidade no seu tratamento.

Tendo uma parceria entre médico e o paciente.

Atualmente designado Aliança terapêutica.

Aspecto psicodinâmico da relação médico-paciente

Médico agindo / paciente participando ativamente (aliança terapêutica)

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Fenômeno psicodinâmico da relação médico-paciente

São mecanismos

Transferência

Contratransferência

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São os fenômenos afetivos que o paciente passa (transfere) para a relação.

Chamamos transferência positiva (quando o paciente vivência o relacionamento de maneira agradável).

Transferência

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O paciente revive fatos desagradáveis de relações anteriores.

Transferência negativa ou resistência

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Fator ou mecanismo psicológico, inconsciente que compromete ou atrapalha a relação médico–paciente.

Os fenômenos de resistência podem surgir no momento da 1ª consulta e se reforçar ao longo da convivência.

Resistência

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Seria a passagem de aspectos afetivos do médico para o paciente

Positiva – útil e importante para o tratamento de pacientes com doenças crônicas e incuráveis

Negativo – rotula o paciente de “chato”, “irritante”, enjoado”.

Contratransferência

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O médico

Exame clínico ainda é a parte mais importante do exercício profissional apesar de todo o tecnicismo.

Será que o médico tem consciência do significado do encontro com o outro ser humano?

E em que profundidade esse encontro se estabelece?

Os médicos conhecem com detalhes as drogas que utilizam no tratamento de seus doentes, porém não sabem se usar como medicamento. O médico tem uma dimensão terapêutica e somente uma profunda compreensão da relação médico-paciente leva a prática de uma medicina humanista.

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Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

O dono da doença é o paciente e

suas queixas devem ser sempre

valorizadas e respeitadas.

Descuidar da formação humanística é

trasformar o médico em mero mecânico

do corpo humano.

Lidamos com pessoas e não com

orgãos e serem transformados em

gráficos, curvas, imagens ou números.

O médico

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O médico nunca deve esquecer de que quem o pocura é um paciente e não uma doença, e o faz em função

da dor e do sofrimento.

A medicina voltou-se mais para a enfermidade do que para o paciente.

O médico

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O médico

Seguro Compreender Encorajar Respeitar o paciente Saber ouvir Olhar nos olhos do paciente

“Antes de se orientar o paciente, é preciso escutá-lo, observá-lo,

compreendê-lo.”

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Ser médico

Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

É uma atividade humana que se caracteriza por:É uma atividade humana que se caracteriza por:

ConhecimentoConhecimento

PosturaPostura vestimenta adequadavestimenta adequada

higiene cuidadosahigiene cuidadosa

vocabulário apropriadovocabulário apropriado

atitudes atitudes

SacerdócioSacerdócio Dedicação aos pacientes é fundametal capacidade de se Dedicação aos pacientes é fundametal capacidade de se entregar de corpo e espirito à arte de bem servir ao entregar de corpo e espirito à arte de bem servir ao semelhante.semelhante.

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Tipos de médicosBaseado nos aspectos da personalidade

Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

AgressivoAgressivo

InseguroInseguro

FrustradoFrustrado

PaternalistaPaternalista

EspecialistaEspecialista

Sem vocaçãoSem vocação

RotuladorRotulador

PessimistaPessimista

OtimistaOtimista

AutoritárioAutoritário

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O médico ideal

Tem que ter na sua personalidade algumas características que são fundamentais:

Interesse pelos seus semelhantesRespeito pela pessoa humanaEspirito de solidariedadeCapaciedade de compeender o sofrimento alheioVontade de ajudar

“Para ser efetiva, a relação de ajuda deve ser AFETIVA”

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É um ser humanoÉ um ser humano

Homem ou mulherHomem ou mulher

De uma certa idadeDe uma certa idade

História individualHistória individual

Personalidade exclusivaPersonalidade exclusiva

O paciente

Não é um tubo de ensaio, nem uma cobaia ou uma máquina.

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Foi designada através dos tempos ao encontro médico paciente que desperta uma gama variada de sentimentos e emoções, configurando uma relação humana especial.

POR QUE É ESPECIAL?

AnsiosoAnsioso

SugestionávelSugestionável

HipocondríacoHipocondríaco

DeprimidoDeprimido

Que choraQue chora

EufóricoEufórico

HostilHostil

InibidoInibido

PsicóticoPsicótico

Em estado graveEm estado grave

Fora de possibilidade Fora de possibilidade terapêutica (terminal)terapêutica (terminal)

Pouca inteligênciaPouca inteligência

Surdo-MudoSurdo-Mudo

Criança Criança

AdolecentesAdolecentes

IdososIdosos

Tipos de pacientes

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Particularidades do trabalho do estudante de medicina com o paciente

No aprendizado clínico é obrigatório o trabalho com o paciente. Só com a vivência dos fatos vão se observar as dificuldades e os obstáculos a vencer.

Juizo crítico e discernimento para que não fique mais

tarde preso aos esquemas e regras aceitas

passivamente.

A profissão médica exige autodisciplina, a qual o

estudante deve aprender e impor-se desde cedo.

“As doenças podem ser semelhantes,mas os pacientes nunca são iguais”

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Relação estudante-paciente

Primeira manifestação deve ser de empatiaInteresse pelo paciente Tratado como uma pessoa humanaSer chamado pelo nomeNunca pelo número do leito ou pela doença

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Palavras que soam como estigma

POR QUE É ESPECIAL?

CâncerCâncer

Doença de chagasDoença de chagas

LepraLepra

AIDSAIDS

IncurávelIncurável

ÓbitoÓbito

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Qualidades humanas fundamentis na relação médico-paciente

IntegridadeIntegridade

RespeitoRespeito

CompaixãoCompaixão

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O universo do “cuidar” é bem mais abrangente do que o de “curar”.

Podemos não curar sempre, mas sempre podemos cuidar e diminuir o sofrimento.