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S I S T E M A D E G E S T Ã O C E R T I F I C A D O I S O 9 0 0 1 : 2 0 0 0
ÓRGÃO INFORMATIVO DO
SINDICATO DA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO PESADA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ANO XXI – NO 166
MARÇO / ABRIL 2009
BIMESTRAL
Distribuição gratuita
REPRESENTANDO A CATEGORIA ECONÔMICA DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO, RECUPERAÇÃO,
REFORÇO, MELHORAMENTO, MANUTENÇÃO,
SINALIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO E OPERAÇÃO
DE ESTRADAS, BARRAGENS, HIDRELÉTRICAS,
TERMOELÉTRICAS, METRÔS, FERROVIAS,
HIDROVIAS, TÚNEIS, ECLUSAS, DRAGAGEM,
DRENAGEM, AEROPORTOS, PORTOS, CANAIS, DUTOS,
MONTAGEM INDUSTRIAL, PONTES, VIADUTOS,
OBRAS DE SANEAMENTO, ATERROS SANITÁRIOS,
PAVIMENTAÇÃO, OBRAS DE TERRAPLENAGEM EM
GERAL E CONCESSIONÁRIAS PÚBLICAS.
Encontro de lideranças
em BrasíliaSINICESP participa de evento e discute medidas para o desenvolvimento do BrasilPág. 12
AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTOMarcos CintraanunciaprojetoPágs. 6 e 7Marlus Renato Dall’Stella e Marcos Cintra
Manuel Carlos de Lima Rossitto
SINICESP INTERNACIONAL
EMPRESÁRIOS RUSSOSVISITAM O SINDICATOPág. 3
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SP INVESTE R$ 166 MILHÕES NA
RECUPERAÇÃO DE ESTRADAS
O governador José Serra e o se-
cretário de Transportes, Mauro Arce,
entregaram as obras de recuperação
de 12 estradas nas regiões de Ri-
beirão Preto e Taquaritinga. Foram
investidos R$ 166 milhões para be-
neficiar e recuperar 220 quilômetros
de vias. Os recursos integram o Pro-
grama Pró-Vicinais, destinado a re-
cuperar estradas pertencentes aos
municípios paulistas.
Até o final de 2010, o governo de-
verá investir cerca de R$ 5 bilhões
para a recuperação e pavimentação
de 12 mil quilômetros de estradas
vicinais. “São Paulo tem a maior rede
de estradas do Brasil, temos que con-
tinuar investindo. Essa é a região que
mais tem vicinais no nosso progra-
ma”, anunciou José Serra durante
evento de entrega das obras.
Em Ribeirão Preto, a Rodovia
Abraão Assed (SP-333) teve 21 quilô-
metros duplicados. Também foram
totalmente recuperadas pelo Depar-
tamento de Estradas de Rodagem
(DER), dentro do Programa Pró-Vici-
nais, as vias que ligam Jardinópolis
a Brodówski; Altinópolis a Serrana;
Sertãozinho a Barrinha; Santa Rosa
do Viterbo a Cajuru; São Simão a
Serra Azul e Jardinópolis a Jurucê/
Rodovia Cândido Portinari. “Não
é operação tapa-buraco, as vicinais
estão refeitas. Tanto é assim que o
custo por quilômetro equivale à
metade de uma vicinal nova”, obser-
vou o governador.
Na região de Taquaritinga, a Ro-
dovia Nemésio Cadetti (SP 333)
foi duplicada entre o trecho de Ja-
boticabal e Taquaritinga. O DER
recuperou trechos das vicinais que
ligam Cândido Rodrigues a Taqua-
ritinga; Taquaritinga a Santa Ernes-
tina; Fernando Prestes a Cândido
Rodrigues e Cândido Rodrigues a
Monte Alto. Também foram insta-
lados cinco dispositivos de acesso e
retornos entre os quilômetros 126,6
e 142,8, além da construção de três
pontes.
Obras abrangem 220 quilômetros
de Ribeirão Preto e Taquaritinga
Órgão oficial do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo.Sede: Alameda Santos, 200 • 9o e 10o andares – Cerqueira César • São Paulo/ SP – 01418-000 • Tel. (11) 3179.5800 • Fax (11) 3179.5816Site: http://www.sinicesp.org.brE-mail: [email protected]
DIRETORIAPresidente: Marlus Renato Dall’Stella 1o Vice-presidente: Carlos Pacheco Sil-veira Vice-presidentes: Silvio Ciampa-glia, Antonio José Pinheiro D´Almeida, Carlos Alberto Ferreira Leão, Carlos Al-berto Mendes dos Santos, João Lázaro Simoso, Louzival Luiz Lago Mascare- nhas Jr., João Leopoldino Neto, José Leite Maranhão Neto, Ricardo Pernam-buco Backheuser Junior e Dario de Quei- roz Galvão Filho Secretários: Luiz Carlos Martire e Wayne do Carmo Faria Sobrinho. Tesoureiros: Clóvis Salioni Jr. e Carlos Alberto de Salles Pinto Lancellotti.
CONSELHO SUPERIOR ELEITOAnwar Damha, Romildo José dos Santos Filho, Dario Rodrigues Leite Neto e Rosaldo Malucelli
CONSELHO SUPERIORMembros Natos: Newton Cavalieri (presidente), Aluízio Guimarães Cuper-tino (secretário), Carlos Alberto Maga-lhães Lancellotti, José de Jesus Alvares da Fonseca e Pelerson Soares Penido.
CONSELHO FISCALEfetivos: Ademar Guido Belinato, José Luiz Misorelli e Manoel Carlos Ferrari.
CONSELHO FISCALSuplentes: Luiz Albert Kamilos, Geraldo Tadeu Rossi e Luiz Raimundo Neves.
DELEGADOS REPRESENTANTES NA FIESPEfetivos: Manuel Carlos de Lima Ros- sitto e Adhemar Rodrigues Alves.
DELEGADOS REPRESENTANTES NA FIESPSuplentes: Newton Cavalieri e Sidney Silveira Lobo da Silva Lima.
Editor Responsável: Guido Fidelis (MTb 7896) • Supervisão Geral: Marco Túllio Bottino, diretor-executivo • Colabora-dores: Cesar Augusto Del Sasso, super-visor do Setor Jurídico; Hélcio Petrônio de Farias, consultor técnico; Ivan Bar-bosa Rigolin, professor de Direito Admi-nistrativo, Luis Fernando Xavier Soares de Mello e Eduardo Gutierrez (tributaris-tas) e José Carlos Tafner Jorge (fotos)
PRODUÇÃO: RG EditoresRua Santo Antonio, 555 – 1o A. – conj. 11
São Paulo – SP – Tel.: (11) [email protected]
Diagramação: Neide Siqueira
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Uma delegação integrada por 18 empresários
russos do setor da construção visitou o SI-
NICESP. O objetivo da missão, além de in-
tercâmbio entre empresas, baseou-se na coleta de
informações sobre técnicas usadas na construção pesa-
da, formas de atuação, normatização de materiais, fun-
ção do governo junto à iniciativa privada e perspectivas
exterior na Rússia, algumas finlandesas, mais no setor
de edificações. As empresas privadas se ocupam da cons-
trução de novas estradas, enquanto empresas estatais
executam serviços de conservação e manutenção.
A delegação também comentou a atual crise mundial,
que tem afetado a nação russa, que sente fortes efeitos
com a eliminação de postos de trabalho e a falta de uma
política governamental que contemple desempregados e
aposentados, fatores que levam à violência nas ruas.
Mostraram-se admirados com a pujança de São
Paulo, com o volume de obras em execução em todo o
Estado, com o processo de privatização de estradas e
com a grandeza do País.
EMPRESÁRIOS RUSSOS VISITAM SINICESP PARA CONHECER SETOR DA CONSTRUÇÃO
Alfredo Petrilli Junior fala a empresários russos sobre infraestrutura
Na Rússia, como no Brasil,
infraestrutura para criar novos postos
de trabalho e reativar a economia.
Os empresários
agradeceram e elogiaram o livro
“SINICESP 40 Anos – A Saga da
Construção Pesada em São Paulo”,
afirmando que foi o melhor
presente que levaram do Brasil.
de eventuais negócios. No Sindicato, foram recebidos
pelo diretor-executivo Marco Túllio Bottino e pelo asses-
sor da diretoria Alfredo Petrilli Junior, que fizeram ampla
exposição sobre infraestrutura, com destaque para a ma-
lha rodoviária, particularmente a paulista.
A diretora-geral da JSC, maior construtora de obras
rodoviárias da Rússia, Oxana Bobyleva, disse que a inicia-
tiva privada começou a emergir após a Perestroika que,
juntamente com a Glasnost, permitiu o início da recons-
trução da economia pelas mãos da iniciativa privada.
Destacou que, em pouco mais de uma década, ainda não
foi possível consolidar entidades fortes. Assim, na Rússia,
no caso de negociações, considerando que os sindicatos
são fracos, prevalece o entendimento entre patrões e
empregados, no âmbito das empresas.
Quanto às construtoras russas, atuam basicamente no
seu território, com algumas obras sendo iniciadas na
Turquia e na Índia. Também são poucas as empresas do
Após regresso à Rússia, os empresários que visitaram o
Sindicato, por meio de correspondência, agradeceram a
acolhida e elogiaram o livro “SINICESP 40 Anos – A Saga
da Construção Pesada em São Paulo”, mencionando que
foi o melhor presente que levaram do Brasil.
Estiveram no Sindicato dirigentes de empresas cons-
trutoras de São Petersburgo, de Novocheboksarsk e
de Moscou.
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Com a presença do di-retor Carlos Roberto Fargetti e do superin-
tendente comercial Alexandre Rodrigues Martucci, ambos da J. Malucelli Seguradora, o SINICESP promoveu palestra sobre Modalidade de Seguro Garantia, Abertura de Mer-cado e Apólice Digital.
Discorreram sobre o fun-cionamento da seguradora e o seu cenário no mercado de forma a garantir o fiel cumpri-mento das obrigações contra-tuais acordadas entre as partes na contratação de negócios celebrados com a administra-ção pública ou privada.
O Seguro Garantia ganhou força a partir da Lei de Licita-ções 8.666/93, que dispõe, no artigo 53, sobre a aplicabili- dade do seguro garantia como forma de caução. Também encontra respaldo na circular no 232/03, que dispõe sobre as condições gerais que nor-teiam o seguro garantia.
O especialista da Bellco Corretores de Seguros, Robson Teixeira, compareceu ao SINICESP para apresentar importante painel subordinado ao tema “Como obter vantagens na contratação de garantias e seguros para contratos públicos e privados”. Dirigentes e representantes de empresas associadas, além de convidados especiais do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) lotaram o auditório e debateram a questão dos seguros.
Para Robson Teixeira, seguro é estatística, ou seja, somente entre o 5o e o 9o mês é possível obter premissas para fixação de preços, pois este é o período em que se pode fazer um balanço dos sinistros ocorridos. Destacou que o preço é fixado em função da expectativa de sinistro.
Robson Teixeira enfatizou que importante para quem contrata seguros é ter segurança, ter em mãos um produto que efetivamente permite recuperar perdas inesperadas.
No que respeita a empresas da área da construção pesada, acentuou as garantias de responsabilidade civil e riscos de engenharia, além de riscos pessoais.
Quanto às modalidades de garantias, destacaram:
• Garantia do Licitante (Bid Bond): tem por objetivo ga-rantir que a empresa vence-dora da concorrência assine o contrato de execução man- tendo o preço proposto;
• Garantia do Executante (Performance Bond): ga-rante a indenização se a empresa contratada (cons-trutor, fornecedor ou pres-tador de serviço) tornar-se
inadimplente com as obri-gações assumidas e cober-tas pela apólice;
• Garantia de Adiamento de Pagamento (Advence Pay-ment Bond): garante adian-tamentos concedidos ao contratado para compra de materiais e/ou para outros compromissos inerentes ao contrato;
• Garantia de Retenção de Pagamentos: garante as re-tenções de pagamento que o contratado teria que dei-
xar depositado em comple-mento da garantia estabe- lecida no contrato;
• Garantia de perfeito fun-cionamento: garante a in-denização dos prejuízos decorrentes da inadequa-ção da qualidade ou espe- cificações estabelecidas em contrato.
Por fim, informaram que a J. Malucelli foi a primeira seguradora a criar uma res- seguradora no Brasil, des- concentrando, dessa forma, o monopólio existente no Ins- tituto de Resseguros do Brasil (IRB).
Outra ferramenta abor- dada de forma a facilitar a abertura de mercado foi com relação à Apólice Digital, que confere maior agilidade e segurança nas operações, pos- sibilitando, ainda, o recebi-mento das apólices via e-mail e sua confirmação no website da J. Malucelli.
SEGURO GARANTIA, ABERTURA DE MERCADO
E APÓLICE DIGITAL
Carlos Roberto Fargetti, Rosaldo Malucelli e Alexandre Rodrigues Martucci
Vantagens na contratação de garantias e seguros para contratos
Robson Teixeira
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“Gostinhos de Paraisópolis”
SINICESP APOIA OBRA CULTURAL DA COMUNIDADE
O livro “Gostinhos de Paraisópolis”,
elaborado pelos alunos, com a parti-
cipação dos professores da comunidade,
foi lançado na E.E. Maria Zilda Gamba
Natel, em Paraisópolis.
A obra, pelo seu alto valor participativo
e grande alcance social, teve apoio cultural
do Sindicato da Indústria da Construção
Pesada do Estado de São Paulo e do Sindi-
cato dos Trabalhadores na Indústria da
Construção Pesada e Afins do Estado de
São Paulo.
Trata-se de livro que teve participação
maciça de alunos e professores e que reve-
la, pela comida, o trabalho que se desen-
volve em Paraisópolis voltado para a
inclusão social.
O empresário Joel Roberto Scholl re-
presentou as entidades sindicais no even-
to, tendo sido um dos apoiadores do livro.
O ex-governador Laudo Natel também
compareceu. Em pronunciamento, desta-
cou a importância da obra.
A SUPERMÁQUINA DO DESENVOLVIMENTO.7ª Feira Internacional de Equipamentos para Construção e5ª Feira Internacional de Equipamentos para Mineração.DE 2 A 6 DE JUNHO DE 2009 | SÃO PAULO/SP BRASIL | CENTRO DE EXPOSIÇÕES IMIGRANTESRealização Organização Apoio Afiliada à
www.mtexpo.com.br
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O professor da FGV lembrou
que São Paulo tem uma dívida
ativa gigantesca, cerca
de R$ 20 bilhões em
títulos confessados e
parcelados. “Esses
recursos podem
gerar um direito
creditório e a
Prefeitura po-
deria aumentar
os investimen-
tos, sem falar em
PPPs, e outras tan-
tas possibilidades”.
Para deixar claro a
necessidade de planejar
melhor para promover o desen-
Marcos Cintra, que também é vice-pre-
sidente da Fundação Getúlio Vargas
(FGV), abriu a palestra citando a frase
do ex-governador Geraldo Alckmin e
que está em uma placa no auditório do Sindicato:
“O SINICESP é casa do desenvolvimento e do traba-
lho”. “Essa será a vocação e o foco da nova Secretaria:
atuar não só na capacitação e formação de mão de
obra, mas também na geração e promoção de novos
negócios na cidade”, explicou.
O secretário disse que, para chegar ao modelo que
pretende implantar de Agência de Desenvolvimento,
estudou profundamente três modelos existentes
hoje no mundo: as agências de Nova York, de Londres
e Barcelona. “A de Nova York atua como uma consul-
toria privada para orientar e apresentar projetos para
novos investidores; a de Londres é puramente estatal
e apenas mostra as oportunidades; já a agência de
Barcelona tem um modelo híbrido, onde auxilia os
novos investidores ao mesmo tempo em que cria novos
nichos de oportunidades a partir da própria vocação
do município”, contou. E concluiu: “Barcelona é o mo-
delo que pretendemos implantar em São Paulo”.
A Agência de Fomento será o “braço” mais opera-
cional da primeira para dar o lastro de recursos fi-
nanceiros. “Buscaremos recursos não convencionais,
assim como foi feito com a criação da CPA – Compa-
nhia Paulista de Ativos e dos Cepacs – Certificados de
Potencial Adicional de Construção”, exemplificou.
O secretário de Trabalho da Prefeitura de
São Paulo, Marcos Cintra, esteve no SINICESP, no
dia 17 de fevereiro, para conversar com a diretoria
e as empresas associadas. Ele veio apresentar o
projeto de criação de duas agências: uma de
desenvolvimento e outra de fomento, que irão
atuar dentro da estrutura da nova Secretaria de
Trabalho, que também cuidará do desenvolvi-
mento econômico da cidade de São Paulo.
“Superado
o gargalo, vamos
sair da crise melhor
do que entramos e
quero preparar a cidade
para esse momento”.
Marcos
Marlus Renato Dall’Stella, Marcos Cintra e Edemar de Souza Amorim, presidente do Instituto de Engenharia
Newton Cavalieri
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volvimento econômico, Marcos Cintra citou o custo
social do trânsito em São Paulo. O estudo feito na
Fundação Getúlio Vargas constatou que a cidade
perde R$ 33 bilhões com os congestionamentos diá-
rios. “Isso representa 10% do PIB do município e inclui
as horas que os cidadãos ficam parados no trânsito,
o uso adicional de combustível, a poluição a mais
que é gerada e a elevação nos custos do transporte de
cargas”, sentenciou. “Isso é um absurdo e precisa
ser enfrentado, numa pasta que tenha esse foco de
atuação”, completou.
O secretário Marcos Cintra disse de uma forma bastante realista que a crise vai che-
gar ao Brasil, mas não será recessiva. “O País terá uma desaceleração, já que os dois
principais canais de contaminação da crise – comércio exterior e crédito – não
nos impactam tanto”. Ele explicou que o comércio exterior responde apenas
com 25% do PIB, enquanto a economia brasileira é pouco alavancada com
o crédito. “Já passamos por uma crise de solvência e o tão criticado
Proex cumpriu o seu papel, regulamentou melhor o sistema bancá-
rio, que hoje é exemplo em todo o mundo”, afirmou.
O professor acredita que dos BRICs – Brasil, Rússia, Índia e
China – seremos a alternativa para investimentos relativamen-
te seguros, com boa rentabilidade. “Superado o gargalo, va-
mos sair da crise melhor do que entramos e quero preparar
a cidade para esse momento”. E completou de forma des-
contraída: “Quando Julio César invadiu o Egito e chegou
próximo às pirâmides disse que elas eram muito maiores
de longe do que de perto”.
anuncia projeto para criação de agências de desenvolvimento
Cintra
Marlus Renato Dall’Stella e Marcos Cintra
José de Jesus Alvares da Fonseca e Marcos Cintra
CRISE MUNDIAL
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São 6,9 km de via expressa, com
duas pistas de três faixas de rodagem
cada uma, cortando o município de
São Bernardo do Campo, com início na
Estrada do Montanhão e término na
Estrada Galvão Bueno (junto à Rodovia
dos Imigrantes).
Estão sendo construídas 25 obras
de arte especiais, sendo 14 passagens
inferiores (incluindo seis túneis falsos),
sete pontes e quatro viadutos. O viadu-
to sobre a Anchieta possui 622 metros
de pista interna (98% da obra concluí-
da) e 637 metros de pista externa (85%
concluída) e cruza a rodovia na altura
do Km 28. Outras obras em destaque
são: ponte sobre o Rio Grande, com
pista interna de 284 metros (77% con-
cluída) e pista externa com 400 metros
(52% concluída), e o viaduto do ramo
APN-R sobre a Via Anchieta, de 376
metros de extensão (91% concluído).
Um dos maiores desafios da en-
genharia, neste trecho, é a construção
dos viadutos, alguns com mais de 50
metros de altura, cujas vigas pré-mol-
dadas de 40 metros de comprimento,
pesando 90 toneladas cada uma, são
lançadas por treliças. Outra dificul-
dade resulta da topografia da região,
bastante acidentada e com grande
movimentação de terra, por meio de
escavações e aterros.
O sistema de drenagem merece
destaque, pois garantirá a conservação
da estrada e a segurança dos usuários.
Estão sendo instalados cerca de 6.000
metros de bueiros e 70 quilômetros de
canais e valetas de escoamento de
água, além dos dispositivos de prote-
ção ambiental.
Como atravessa a região de pre-
servação e de mananciais próxima à
Represa Billings, foram adotadas di-
versas medidas para causar o menor
impacto possível, entre as quais a im-
plantação de barreiras para a retenção
de sedimentos a jusante das obras.
A fauna e flora também foram objeto
de atenção.
FaunaCada um dos cinco canteiros de
obras tem uma equipe de supervisão
ambiental (inovação implantada pela
Dersa no trecho sul), que atua no
acompanhamento, planejamento e
RODOANEL
SUL: propostas de soluções para eventuais
problemas e adoção de medidas de
controle. Cada uma dessas unidades
está equipada para prestar atendimen-
to aos animais encontrados.
No Lote 2, por sua proximidade com
o Parque do Pedroso e ligação com a
Mata Atlântica da Serra do Mar, o tra-
balho desenvolvido é intenso, como
explica Plínio Aiub, veterinário res-
ponsável pelo projeto de preservação
da fauna. “É um corredor, situado em
um dos mais importantes braços da
represa, que afugenta os animais. Há
bastante captura lá, com ênfase para
répteis e aves. Por isso, foi feita uma
passagem por baixo da rodovia para
travessia dos animais, evitando atro-
pelamento”.
FloraPlantas da família das orquídeas e
das bromélias foram constatadas como
os grupos vegetais de maior interesse
e maior número de espécies resgata-
das. Outras foram realocadas para a
conservação.
O replantio das plantas arbóreas foi
um importante ganho ambiental por
conservar as espécies e até a carga ge-
nética delas. No Lote 2, duas áreas fo-
ram selecionadas para replantio: uma
de 1.697,5 m² com 181 mudas e outra
de 1.897,5 m² com 425 mudas.
O trecho fará a ligação entre as rodovias Anchieta e Imigrantes.
Sua principal obra é o trevo da Via Anchieta, com uma
interligação de 1,8 km de extensão. Essa ligação será de grande
importância, pois dará acesso ao Porto de Santos.
LOTE 2 TEM 70% DAS OBRAS CONCLUÍDAS
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Uma Comissão de Peritos, nomeada pelos juízes das Varas da
Fazenda Pública para estabelecer os critérios de cálculo dos valo-
res das indenizações, recomenda que nas pesquisas para deter-
minação do preço unitário de um terreno, quando o elemento
comparativo contar com construção, o preço total da oferta deve-
rá ser depreciado de 10% para compensar a elasticidade dos ne-
gócios, o que constitui o conhecido “fator de oferta”, praxe já
consagrada, e, como o objetivo é a determinação do preço do ter-
reno, somente após a construção deverá ser deduzida pelo seu
“valor total” calculado pelo perito.
Nessa recomendação ocorre o real prejuízo, eis que, como o
imóvel é constituído por terreno e construção, ambos serão redu-
zidos de 10%; assim, se posteriormente o valor da construção for
retirado integralmente, esses 10% já diminuídos serão novamen-
te deduzidos, constituindo dupla depreciação.
Essa recomendação, totalmente equivocada, faz com que o
preço unitário do terreno seja diminuído na proporção do valor
da construção, pois se esta valer duas vezes o terreno, o unitário
deste será diminuído uma vez pelo fator de oferta (10%) e uma
segunda vez pelo fato de estar diminuindo novamente os 10% já
retirados. A enormidade do equívoco fica amplamente compro-
vada no caso, por exemplo, onde o elemento comparativo é com-
posto por uma construção cujo valor seja igual a 10 vezes o valor
do terreno, ocasião em que o resultado para o preço unitário do
terreno seja ZERO.
Exemplificando com números, na hipótese de terreno com
valor de R$20.000,00 e construção avaliada em R$200.000,00:
Aplicação do “fator de oferta”:
0,9 x R$220.000,00 = R$ 198.000,00
Deduzindo o valor total calculado para a construção:
190.000 – 200.000 = ZERO
Existirá em São Paulo um terreno com valor negativo?
O problema é tão mais sério quando se verifica que o adensa-
mento pelas construções é cada vez maior, dificultando o encontro
de terrenos vagos em oferta, sendo estes os únicos não submeti-
dos à distorção apontada.
O pior da história, porém, é que tal equivocado critério é nor-
malmente seguido e acatado em sentenças por resultar de uma
RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO DE PERITOS NOMEADA PE-
LOS MERITÍSSIMOS JUÍZES.
Alguns autores da famigerada recomendação justificam-na
alegando que “o caminho para definição do preço de benfeitorias
MAIS UMA CONTRA OS DESAPROPRIADOSLUIZ EDSON DE CASTRO*
Não bastassem os malsinados precatórios, também tecnicamente os sofredores desapropriados são prejudicados nos cálculos das indenizações.
considera-as no seu valor total, assim, para o cálculo do terreno o
valor das mesmas deverá também ser considerado na sua totali-
dade”, não observando que uma coisa nada tem a ver com a outra,
conforme comprovado pelo exemplo citado.
A realidade não pode se submeter a critérios de cálculo; estes
sim, é que devem se adequar à realidade.
Outra explicação, dada por um dos membros da Comissão de
Peritos, é que “o fator de oferta não deve incidir apenas sobre o
terreno, mas também sobre a construção”, argumento correto se
proferido por um leigo em avaliações.
Este, quando vai adquirir um imóvel, raciocina sempre em re-
lação a outros, semelhantes, transacionados na região; enquanto
que um perito dispõe de preços tabelados para a construção con-
forme seu acabamento, idade, estado de conservação e dimen-
sões. Tais preços de construção, estabelecidos corretamente pela
mesma Comissão de Peritos, são lastreados em tabelas com base
nos valores mensais de materiais e mão de obra publicados men-
salmente em revistas especializadas, sendo aceitos sem qualquer
contestação.
Assim, quando o perito vai analisar uma oferta de imóvel com
construção e se o seu objetivo é a determinação do valor do terre-
no, deverá ele primeiramente retirar o valor que calcular para
aquela construção que ele sabe que conta com valor “de venda”
sem qualquer outra influência.
Ou pretenderá adotar um critério que fatalmente diminuirá
um pouco, ou muito, ou até reduzirá todo o resultado procurado,
dependendo da relação terreno/construção?
Mas se assim é, perguntam alguns, por que ainda são consi-
derados os resultados de pesquisas com terrenos contendo cons-
truções?
Ocorre que quando a construção a ser retirada do total da
oferta contar com valor pouco superior ao do terreno, a diminui-
ção passa desapercebida, atingindo, por exemplo, apenas 10% se
os valores terreno/construção forem iguais; e se forem muito su-
periores, o resultado será consideravelmente diminuído, ocasião
em que o resultado será eliminado como “discrepante”.
O fato incontestável é que toda pesquisa que contiver ofertas
de terrenos com construção, cada vez mais ocorrentes conforme
já citado, se adotado o critério recomendado pela Comissão de
Peritos, com toda certeza os expropriados estarão sendo prejudi-
cados também no aspecto técnico.
* Luiz Edson de Castro é engenheiro e perito.
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EDITAL DE PREGÃO ELETRÔNICO:
PREFEITURA DE BAURU ACATA
REPRESENTAÇÃO DO SINICESPA Prefeitura Municipal de Bauru deu provimento à repre-
sentação formulada pelo SINICESP contra edital de pregão
eletrônico.
O edital de licitação, no item 14.2.2, admitia apenas a CND
como instrumento probatório da regularidade junto ao INSS,
o que impediria a participação de empresas que, embora apre-
sentem pendências junto ao órgão previdenciário, estejam em
processo de regularização, o que já foi considerado restritivo
e ilegal pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Dessa forma, a Prefeitura Municipal de Bauru permitirá,
também, a apresentação de Certidão Positiva com efeitos de
Negativa, fazendo constar no site do pregão eletrônico a
manifestação do SINICESP, dando assim ciência de seu teor
aos demais interessados.
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O diretor do Departamento da Indústria da Construção da Federação das Indús-trias do Estado de São Pau-
lo e também diretor do SINICESP, Manuel Carlos de Lima Rossitto, repre-sentou as duas entidades e, ainda, o presidente da FIESP, Paulo Skaf, no “Encontro de Lideranças 2009”. O evento, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e pelo Conse-lho Regional de Engenharia e Agrono-mia (CREA), foi realizado em Brasília, de 9 a 13 de fevereiro, no Brasília Al-vorada Hotel.
Manuel Carlos de Lima Rossitto foi responsável, conjuntamente com José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco, Paulo Safady Simão, pre-sidente da CBIC, e José Augusto Coe-lho Fernandes, diretor executivo da CNI, pelo painel “Um futuro de desen-volvimento para o Brasil”, tendo como mediador o presidente do CONFEA, Marcos Túlio de Melo.
Manuel Rossitto foi acompanhado pelo engenheiro Hélcio Petrônio de Farias e pela advogada Vera Minquini Perroti, ambos em nome do SINI-CESP, e pelo representante do Depar-tamento da Indústria da Construção, Carlos Laurito.
Em sua exposição, apontou pro-blemas e soluções, muitas já apre-sentadas durante a última edição do Construbusiness, realizado na FIESP, em 2008. Sobre o cenário nacional, para Manuel Rossitto, a previsão para 2009 é de continuação do crescimen-
MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA DESENVOLVER O BRASIL
to econômico, em ritmo mais lento devido à escassez de novos projetos pela falta de financiamento ou pela inviabilidade de projeto voltado ao mercado estrangeiro.
Segundo ele, os principais entraves na aplicação dos investimentos em obras de infraestrutura estão relacio-nados com a falta de projetos de enge-nharia, falta de legislação ambiental específica que defina licenciamento ambiental simplificado, modernização da Lei de Licitações, sendo que a prio-rização do menor preço não é uma boa prática. Manifestou-se absoluta-mente contrário à inversão de fases para obras e serviços de engenharia.
Destacou, também, a insegurança quanto à manutenção do escopo e objeto dos serviços contratados pelo setor público, levando ao alto nível de inadimplência nos contratos, e a de-mandas jurídicas, que acabam na no-vela do precatório. Como solução, sugeriu previsão nos editais do custo da paralisação da obra sem responsa-bilidade do contratado.
Manuel Rossitto sugeriu, no En-contro de Lideranças, como medidas para o fluxo de novos investimentos, qualificar pessoal para montagem de banco de projetos; implementar a “cultura de projetos” prévios à con-tratação da obra, diminuindo riscos de paralisação de obras, pagamentos e demandas jurídicas com a conse-quente geração de precatórios.
Quanto ao tema asfalto no cenário nacional de obras, Manuel Rossitto ressaltou que seu consumo deve ser usado como indicador de desenvolvi-mento social e de crescimento. O asfal-to tem, na cadeia produtiva, tanta importância quanto o aço e o cimento.
Em 2008, o Brasil bateu o recorde de consumo de asfalto. Alertou, po-rém, que poderá faltar asfalto a partir de meados deste ano por causa de problemas relacionados a estoque e transporte e não por problemas de ca-pacidade de produção.
No mesmo painel, apresentaram-se também José Augusto Coelho Fer-nandes, diretor-executivo da CNI, José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco, e Paulo Safady Simão, presidente da CBIC, que destacou a informalidade econômica no Brasil como uma das principais causas para a falta de planejamento, projetos e organização de programas. Bernas-coni destacou a desvalorização que os serviços de engenharia vêm en-frentando diante das licitações que priorizam o preço mínimo, a inver-são de fase e o pregão, que apenas ajudam a afundar a engenharia.
SINICESP participa do Encontro de Lideranças em Brasília