Em defesa da fé cristã

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    MINISTRIO DE EDUCAO CRIST

    Professor: Vlademir Hernandes

    [email protected]

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    IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITRIA 1

    ndice:1 Introduo .......................................................................................................................... 2

    1.1 Objetivos.................................................................................................................... 21.2 Motivaes ................................................................................................................ 31.3 Meios usados ............................................................................................................ 31.4 Cuidados ................................................................................................................... 31.5 Bibliografia ................................................................................................................. 4

    2 Conceito e Escopo ............................................................................................................ 52.1 Conceito .................................................................................................................... 52.2 Escopo da nossa abordagem .................................................................................... 5

    3 Ataque 1: ningum pode ter certeza sobre a verdade .................................................... 63.1 O que a verdade? A verdade sobre a verdade. ...................................................... 63.2 A verdade pode ser conhecida? ................................................................................ 83.3 possvel conhecer as verdades referentes a Deus? ............................................ 103.4 E da? Quem se importa com a verdade? ............................................................... 10

    4 Ataque 2: Deus no existe .............................................................................................. 124.1 O Argumento Ontolgico ......................................................................................... 124.2 O Argumento Moral ................................................................................................. 134.3 O Argumento Cosmolgico...................................................................................... 144.4 O Argumento Teleolgico ........................................................................................ 15

    5 Ataque 3: a Bblia no confivel .................................................................................. 205.1 O teste bibliogrfico ................................................................................................. 225.2 O teste das evidncias internas ............................................................................... 255.3 O teste das evidncias externas .............................................................................. 265.4 A arqueologia .......................................................................................................... 275.5 Concluso................................................................................................................ 28

    6 Ataque 4: a cincia contradiz a Bblia............................................................................ 296.1 A narrativa da criao compatvel com fatos cientficos? ..................................... 296.2 Avaliao da teoria da evoluo como argumento anti-testa ................................. 32

    7 Ataque 5: Jesus, se existiu, foi um homem comum ..................................................... 387.1 Foras as citaes do Novo Testamento, existem registros histricos sobre Jesus?397.2 Estaria Jesus realmente convencido que Ele era o filho de Deus? ......................... 417.3 No estaria Jesus louco quando afirmou ser o filho de Deus? ................................ 417.4 O que as pessoas de sua poca que O conheciam diziam sobre Ele? ................... 427.5 No estariam essas pessoas mentindo a respeito dos fatos sobre Jesus? ............ 427.6 O corpo de Jesus estaria realmente ausente do tmulo? ....................................... 437.7 Jesus correspondeu e somente Jesus - identidade do messias profetizada no

    Antigo Testamento? ................................................................................................ 438 Concluso ........................................................................................................................ 48

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    1 Introduo

    1.1 Objetivos Fortalecer a prpria f - muitos crentes nos dias de hoje sentem sua f abalada quando o

    cristianismo submetido a ataques. Muitos carregam desnecessariamente dvidas e questionamentos mal resolvidos.

    Essas dificuldades podem atrapalhar seu viver cristo (louvor, adorao,inseguranas, etc.)

    Quanto mais soubermos quo inabalveis so os fundamentos da nossa f, maismotivos teremos para louv-lo!

    No "menos espiritual" que nos empenhemos em aprofundar nossosconhecimentos, mesmo que em outras reas, se isso nos leva a glorific-lo... Francis Shaeffer1 narra um episdio em que, depois de um de seus seminrios

    onde ele ministrou apologtica para lderes cristos, ele recebeu os cumprimentos

    de um velho e humilde pastor. Ele esperava ouvir algum comentrio positivoquanto ao aprendizado do contedo avanado, mas suas surpreendentes palavrasforam: obrigado por me dar mais motivos para adorar o meu Deus.

    Ajudar a fortalecer a f dos nossos irmos em Cristo: como membros do corpo de Cristo,temos o dever de fortalecer a f uns dos outros. A instruo mtua imprescindvel emuma igreja sadia.Cl 3:16 Habite, ricamente, em vs a palavra de Cristo;instru-vos e aconselhai-vosmutuamente em todaasabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cnticos espirituais, com gratido, em vossocorao.

    Remover barreiras intelectuais dos descrentes - informaes e convices equivocadaspodem estar impedindo pessoas de se chegarem a Deus atravs do Senhor Jesus. O Senhor Jesus confiou aos crentes a misso de proclamar verdade para o mundo. Os cticos podem ter diversas posturas: escarnecer, ridicularizar, se auto-afirmar

    (soberba), etc. Mas eles podem manifestar questes e dvidas sinceras que sobarreiras compreenso e aceitao dos princpios da f evanglica.

    A misso da apologtica demonstrar que a f crist pode ser incorporada por umapessoa sem que a mesma cometa um suicdio intelectual. As bases do cristianismosobrevivem imaculadamente por investigaes e anlises de qualquer natureza(porque estamos falando a Verdade).

    Nossa f racional, e a apologtica se emprega de argumentos lgicos para facilitaro acesso pelos descrentes, e em alguns casos at desacreditar os inimigos da cruz

    de Cristo que influenciam negativamente outros contra a Verdade. Cremos que a verdade exclusiva e absoluta (e at essa nossa convico atacada!). O cristianismo, por meio de Cristo, reivindica essa virtude comexclusividade. Sendo o cristianismo verdadeiro, todas as outras religies, filosofias,supersties, etc. que o negam ou contradizem esto erradas, e as pessoas quenelas depositam sua f e razo (ou falta dela) esto enganadas!1Co 1:23 mas ns pregamos a Cristo crucificado, escndalo para os judeus, loucura para os gentiosJo 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai senopor mim.1Jo 5:12 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que no tem o Filho de Deus no tem a vida.Jo 8:31-32 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vs permanecerdes na minhapalavra, sois verdadeiramente meus discpulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertar.

    Ela (apologtica) nunca substitui a orao nem a ao do Esprito Santo. Quem opera1Shaeffer, Francis. O Deus que Intervm

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    a salvao Deus os argumentos devem fazer parte do processo de evangelizao o mtodo que Deus definiu para ns o de apresentar verbalmente (pregar) amensagem do evangelho, e essa mensagem tem que ser entendida aprovada pelarazo pelos que a recebem. esse o lado positivo da apologtica: comunicar comclareza o evangelho gerao atual, de forma que esta possa, entendendo-o, crer.

    Pessoas diferentes demandam maior ou menor intensidade na argumentao.Deus ama a todas elas. Somos (os j crentes) seus instrumentos para alcan-las.O convencimento final do Esprito Santo. Derrubar os argumentos somente no suficiente. No derrub-los, pode deixar barreiras que podem ter conseqnciasfatais.

    1.2 MotivaesO valor do estudo de Apologtica s se manifesta com as motivaes corretas: Amor - aos irmos com dificuldades e ao homem sem Cristo.

    Rm 13:8 A ningum fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; poisquem ama o prximo tem cumprido a lei.

    Humildade1 CO 8:1No que se refere s coisas sacrificadas a dolos, reconhecemos que todos somos senhores dosaber. O saber ensoberbece, mas o amor edifica. 2 Se algum julga saber alguma coisa, com efeito, noaprendeu ainda como convm saber. Nenhum saber (mesmo o saber pertinente a assuntos espirituais) tem valor

    (cristo) se mal empregado: Auto-exaltao ostentar conhecimento e boa argumentao, nutrir alguma fama

    ou imagem, ter o ego massageado, etc.Fp 2:3 Nada faais por partidarismo ouvanglria, mas por humildade, considerando cada um osoutros superiores a si mesmo.

    Depreciao alheiadevemos ter respeito e amor pelas pessoas - eventualmenteatacar as idias erradas que atrapalham seu relacionamento com Cristo.O desmoronamento de anos de convices equivocadas pode ser doloroso.Ganhar argumentos e perder pessoas contraria o chamado cristo.

    Obedincia: Nosso chamado envolve: (preparo, palavras, procedimento)

    1 Pe 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso corao, estando semprepreparadospara responder (apologiaapologia) a todo aquele que vos pedir razo da esperana que h em vs,16 fazendo-o, todavia, com mansido e temor, com boa conscincia, de modo que, naquilo em quefalam contra vs outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bomprocedimentoemCristo,

    1.3 Meios usados Estaremos disponibilizando um "cardpio" com conceitos fundamentais e

    multidisciplinares para nos equipar com argumentos contrrios aos ataques f. Usaremos, alm da Bblia, outras ferramentas e disciplinas que sejam necessrias

    (filosofia, cincia, histria, arqueologia, etc.)

    1.4 Cuidados Ningum se tornar especialista nesse assunto com esse curso! A apologtica um

    mundo gigantesco de conhecimento. Um bom crtico normalmente requer as credenciais de quem argumenta em alguma

    disciplina.

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    Nosso curso se prope a abordar uma pequena amostragem desse "mundo" que adefesa da f crist.

    Estaremos nos equipando como "leigos" nas disciplinas auxiliares, o suficiente paraconhecermos alguns bons argumentos e informaes bsicas, mas com condies derecomendar fontes seguras para quem eventualmente quiser ir mais fundo em alguma

    questo.No precisamos ser "top chefs" para recomendar bons restaurantes. Podemos faz-losendo bons "gourmets". Nosso objetivo "degustar" boas defesas para apresentar erecomendar a quem necessite.

    Ningum consegue ajudar quem no quer ser ajudado, muito menos esclarecer quemno quer ser esclarecido.

    Perca o argumento, mas no perca a pessoa!

    1.5 Bibliografia Mais que um carpinteiro - Josh McDowell No Tenho F Suficiente para ser um Ateu - Norman Geisler Cristianismo Puro e Simples C.S. Lewis Evidncias que Exigem um Veredito 1 Josh McDowel Evidncias que Exigem um Veredito 2 Josh McDowel Em Defesa de Cristo Lee Strobel Em Defesa da F Lee Strobel Razo Cincia e F J.D. Thomas Pode o Homem Viver Sem Deus? Ravi Zacharias Porque Jesus Diferente Ravi Zacharias Introduo Filosofia Norman Gleiser The Creator and the Cosmos - Hugh Ross O Deus que Intervm Francis A. Shaeffer Gnesis Hoje Ernest Lucas Enciclopdia de Dificuldades Bblicas Gleason Archer

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    2 Conceito e Escopo

    2.1 Conceito Apologia = Defesa, argumentao

    1 Pe 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso corao, estando semprepreparadospararesponder (apologiaapologia) a todo aquele que vos pedir razo da esperana que h em vs, 16fazendo-o, todavia, com mansido e temor, com boa conscincia, de modo que, naquilo em que falam

    contra vs outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo,

    A palavra aparece mais 7 vezes no NT: At 22:1 Irmos e pais, ouvi, agora, a minhadefesaperante vs. AT 25:16 A eles respondi que no costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o

    acusado tenha presentes os seus acusadores e possadefender-seda acusao 1 Co 9:2 Se no sou apstolo para outrem, certamente, o sou para vs outros; porque vs sois o selo

    do meu apostolado no Senhor. 3 A minha defesa perante os que me interpelam esta: 2 Co 7:11 Porque quanto cuidado no produziu isto mesmo em vs que, segundo Deus, fostes

    contristados!Que defesa, que indignao, que temor, que saudades, que zelo, quevindita!(punio)Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto.

    FP 1:7 Alis, justo que eu assim pense de todos vs, porque vos trago no corao, seja nas minhasalgemas, seja nadefesae confirmao do evangelho, pois todos sois participantes da graa comigo.

    FP 1:15 Alguns, efetivamente, proclamam a Cristo por inveja e porfia; outros, porm, o fazem de boavontade;16 estes, por amor, sabendo que estou incumbido dadefesado evangelho;

    2 Tm 4:16 Na minha primeiradefesa, ningum foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Queisto no lhes seja posto em conta!

    Tese Fundamental da Apologtica, segundo Josh McDowell: Existe um Deus infinito, desabedoria, poder e amor absolutos, que se revelou, por meios naturais e sobrenaturais,na criao, na natureza do homem, na histria de Israel e da Igreja, nas pginas da

    Bblia, na sua encarnao em Cristo, e , atravs do evangelho, no corao daquele quecr.

    2.2 Escopo da nossa abordagem Ns nos concentraremos em alguns dos principais ataques e suas defesas:

    Ataque 1: Ningum pode ter certeza sobre a verdade. Ataque 2: Deus no existe (ou no possvel saber se Ele existe). Ataque 3: A Bblia no confivel. Ataque 4: A cincia contradiz a Bblia. Ataque 5: Jesus, se existiu, foi somente um homem comum.

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    3 Ataque 1: ningum pode ter certeza sobre a verdade

    1Ts 1:5 porque o nosso evangelho no chegou at vs to-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder,no Esprito Santo e emplena convico, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vs e por

    amor de vs.Hb 11:1 Ora, a f a certeza de coisas que se esperam, aconvicode fatos que se no vem. A verdade absoluta? Ela no pode ser diferente para diferentes pessoas? Podemos lidar adequadamente com a verdade? Afinal de contas, porque algum deveria crer em algo? Pessoas exigem a verdade em muitos aspectos da vida. Pessoas no esto interessadas na verdade quando se trata de moral ou religio

    verdade para voc mas no para mim. Essa rejeio normalmente tem bases volitivas e no racionais

    No se quer prestar contas a quaisquer padres morais ou religiosos Ento cegamente aceita-se as politicamente corretas afirmaes de alguns supostos

    intelectuais: A verdade relativa Religio trata de f e no fatos

    Segundo Agostinho Amamos a verdade quando ela nos ilumina, odiamo-la quandonos condena

    Essa esquizofrenia intelectual requer que se enderece 4 perguntas: O que a verdade? A verdade pode ser conhecida? possvel conhecer as verdades referentes a Deus? E da? Quem se importa com a verdade?

    3.1 O que a verdade? A verdade sobre a verdade.Jo 18: 37 Ento, lhe disse Pilatos: Logo, tu s rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nascie para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que da verdade ouve a minhavoz.38 Perguntou-lhe Pilatos:Que a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu no achonele crime algum.

    Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Alemanha - 1770-1831) Qualquer coisa que razovel verdade, e qualquer coisa que seja verdade

    razovel Estudou teologia de 1788-1793 (5 anos) o criador do sistema da dialtica Tese, Anttese, Sntese

    Consideraes sobre o posicionamento de Hegel Segundo anlise de Francis Shaeffer, Hegel mudou o mundo, principalmente quanto

    tica de abordar a verdade. pensamento linear de causa / efeito foi substitudo pelo pensamento triangular. conceito de absolutos morreu aqui.

    A Verdade passa a poder ter graduaes. Algo pode ser ligeiramente verdadeiro, parcialmente verdadeiro, muito verdadeiro,

    totalmente verdadeiro, etc... Segundo Shaeffer, estabeleceu-se nesse ponto (tempo e geografia Alemanha ) o

    que ele chama de linha do desespero.

    Que um divisor de guas quanto a forma de se abordar a verdade Gradativamente esses conceitos se espalharam pelo mundo e formataram a

    mente do homem moderno

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    O homem moderno aborda a verdade dessa forma desprezando os absolutos Antes de Hegel, quando algum pregava o evangelho e dizia creiam nisso, a

    verdade os que ouviam diriam Bem, se aquilo assim, ento o contrrio falso Hoje uma pesquisa com jovens brasileiros mostra que eles crem em Cristo,

    meditao, cura por cristais, duendes e bruxarias.

    Trair o cnjuge correto, ou errado? O pensamento moderno diz que pode sercorreto, dependendo do cnjuge... Aqui nasceu o relativismo tico Influenciou homens como:

    Karl Marx (idealizador do marxismo) Ludwig Feuerbach (grande ctico e crtico do cristianismo) Kierkegaardpai do existencialismo

    Defeitos da Filosofia de Hegel O conceito de graus de verdade insustentvel. Se algo tido como verdade parcial, podemos encarar de 2 formas:

    1-A declarao tanto verdica quanto falsa possui alguma verdade e

    alguma falsidade. Se for assim, a verdade ali contida totalmente verdadeira, e a falsidade

    totalmente falsa. Negar isso abrir mo da lei mais fundamental da lgica: a lei da no

    contradio. 2-A declarao tanto verdadeira quanto falsa ao mesmo tempo

    Novamente reprovado pela mesma lei da lgica

    A verdade absoluta e no relativa. Se algo verdade, tudo o que se ope a isso no . Negar isso contrario razo.

    Algum (humanista) desafia os cristos com a seguinte afirmao2: Esses Cristos so gente com mente muito estreita. Sabem o que crem? Que o

    Cristianismo verdade e tudo mais falso... Resposta de Norman Geisler:

    Esses Humanistas so gente com mente muito estreita. Sabem o que crem?Que o Humanismo verdade e tudo mais falso...

    A verdade descoberta, no inventada (igual gravidade antes de Newton) Verdade transcultural (2+2=4) A verdade imutvel, as crenas podem mudar (ex: planeta terra chato, e redondo) Crenas no mudam um fato (no importa quo sincera seja) (planeta chato) A verdade no muda com a atitude de quem a apresenta (um arrogante dizendo a

    verdade no a faz mentirosa) Todas as verdades so verdades absolutas (ex: est calor ou frio? Eu digo que est

    calor, algum pode dizer que est frio parece uma relativizao da verdade... Porm, averdade absoluta que minha sensao trmica de calor diferente da sensaotrmica do outro...)

    Concluso, crenas opostas so possveis, verdades opostas no...

    Os argumentos contra o conhecimento da verdade so auto-destrutivos: Ex1: A verdade no existe Se ela no existe, a afirmao mentirosa... Ex2: Eu no consigo escrever uma palavra em Portugus idem.

    Os argumentos ps-modernos (auto-destrutivos) contra a verdade so: No existem absolutos se no existem, a afirmao relativa...

    2Geisler, Norman. Eu no tenho f suficiente para ser um ateu

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    Toda a verdade relativa se , ento a afirmao pode ter outra conotao... isso verdade para voc, mas no para mim essa afirmao verdadeira s

    para quem faz, ou pode ser para outro tambm... Esses argumentos no satisfazem os prprios critrios...

    Ou seja, expondo-os a si mesmos, eles no passam no teste que prope.

    Essa ttica pode ser usada contra todos os relativistas e ps-modernistas de hoje.3.2 A verdade pode ser conhecida?Jo 8:31 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vs permanecerdes na minha palavra, soisverdadeiramente meus discpulos; 32 econhecereis a verdade, e a verdade vos libertar.1Tm 2:4 o qual (Deus) deseja quetodos os homenssejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento daverdade.

    Agnsticos e cticos reivindicam que a verdade no pode ser conhecida, mas ao mesmotempo reivindicam que sua afirmao verdadeira! (auto-destrutivo)...

    Ok. A verdade pode ser conhecida ento... outra pergunta que no quer calar: Todas as

    religies podem ser verdadeiras? " Obviamente no pois so contraditrias entre si. Alguns afirmam: O importante buscar a Deus... A idia que todas as religies ensinam basicamente a mesma coisa bobagem. (assim

    crem os pluralistas). As contradies so irreconciliveis... Porque, afinal de contas, deveria algum crer em alguma coisa?

    Pessoas quase invariavelmente chegam em suas crenas no na base das provas, masna base do que consideram atrativo Blaise Pascal.

    Origem das Crenas:Sociolgicas Psicolgicas Religiosas FilosficasPais

    AmigosSociedadeCultura

    Conforto

    Paz mentalSignificadoPropsitoEsperanaIdentidade

    Escrituras

    PastorGurusIgreja

    Consistncia

    CoernciaMelhor explicao

    A tabela das origens das crenas deve provocar pelo menos 3 reflexes: 1- S vale a pena confiar em qualquer ensino (religioso ou no) se este aponta para a

    verdade. Acreditar em falcias pode trazer srias conseqncias 2-Muitas crenas que se tem hoje no so amparadas por evidncias, mas por

    preferncias subjetivas. A verdade no uma questo de preferncia subjetiva. A

    crena . 3-Algum pleno de suas capacidades mentais deveria abrir mo das preferncias

    subjetivas a favor de fatos objetivos, que possam ser veri ficados pela lgica,evidncia, cincia, consistncia.

    A lei da no contradio. Afirmaes contraditrias no podem ser simultaneamente verdadeiras (o oposto da

    verdade falso)- ou atesmo ou tesmo - ambos, nunca... Alguns filsofos do passado ensinaram justamente isso (contradies), e muitos (sem

    nunca terem ouvido falar deles) so afetadas por suas idias... O princpio (equivocado) da verificabilidade emprica (postulado por David Hume e

    reformulado atualmente por A .J.Ayer ) decreta que um proposio s pode tersignificado se for verdadeira por definio3, ou se for empiricamente verificvel.

    3 Exemplo de uma proposio verdadeira por definio: Todo efeito, pela sua prpria natureza, precisa de uma causa.

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    Como o argumento no verdadeiro por definio nem pode ser empiricamenteverificado, ele no tem significado...

    O agnosticismo de Kant postula que nada pode ser conhecido verdadeiramente, pois influenciado (distorcido) pela percepo (sentidos) de quem aprende. O resumo da filosofia de Kant que estamos trancados em um abismo agnstico -

    no d para ter certeza de nada... Como ele pode ter certeza de que no se pode ter certeza de nada??? Ambos so derrotados pelo suicdio...violam a lei da no contradio....

    No porque esto errados os que tentam provar que Deus no existe que a existnciade Deus torna-se verdadeira...A ttica de evidenciar o suicdio (ou autodestruio) sdesvenda as falsas afirmaes.

    A questo prevalece: Pode a verdade ser conhecida? O caminho para responder a isso comea com a lgica.

    Existem 2 princpios lgicos elementares: 1-Lei da no contradio (j visto)

    2-Lei do meio excludo - ou seja essa lei nos diz se algo ou no .Ex: Deus existe - sim ou no; no h alternativa do meio. Alm da lgica, necessrio tambm usar deduo, observao e induo.

    Deduo: Exemplo:

    Todos homens so lagartos quadrpedes Joo homem Joo um lagarto quadrpede

    Esse argumento est deduzido corretamente. Passa pela lgica, mas leva a umadeduo equivocada (a premissa sendo errada, leva a dedues que tambm so).

    Observao e induo: A partir da observao, podemos induzir afirmaes com uma boa dose de

    certeza. Ex1: a gravidade - Tudo o que vemos atrado por ela, portanto podemos ter uma

    boa dose de certeza (mas no absoluta) que todos os outros objetos tambm osero. Como nosso conhecimento limitado, no podemos ver tudo sendoatrado, ento induzimos o princpio.

    Ex2 a morte - j vimos muitos homens morrendo. No vimos todos morrendo -induzimos com muita certeza que todos morrero.

    Teste completo sobre a Verdade(Proposto por Ravi Zacharias em seu livro "Pode o Homem Viver sem Deus?"

    Segundo ele, qualquer afirmao pode ser discernida se verdadeira ou no sepassar por esses 5 testes:

    1. Coerncia lgica Todos os homens vivos nasceram um dia Joo um homem vivo Joo nasceu um dia (afirmao adequada) Joo no nasceu (afirmao inadequada).

    2. Adequao Emprica:Exemplo de inadequao - embora a frase tenha coerncia lgica:

    Todos homens so lagartos quadrpedes Joo homem

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    Joo um lagarto quadrpede

    3. Relevncia experimentalUma afirmao pode ser considerada verdadeira ou mentirosa pelo teste darelevncia experimental - embora no fira a lgica e no possa ser verificada

    empiricamente: Eu te amo. Eu confio em voc.

    4. Inegabilidade como prova de veracidade Exemplo de inegveis:

    Voc vai morrer. Se eu soltar esse objeto ele cair

    Exemplo de no inegveis: Todo pobre ladro. Todo crente imbecil.

    5. A impossibilidade de afirmao - como prova de falsidade: impossvel afirmar que: Eu conheo tudo. Eu predigo o futuro.

    3.3 possvel conhecer as verdades referentes a Deus?2Pe 1:8 Porque estas coisas, existindo em vs e em vs aumentando, fazem com que no sejais nem inativos,

    nem infrutuososno pleno conhecimentode nosso Senhor Jesus Cristo.Cl 1:10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e

    crescendono pleno conhecimento de Deus;Pv 1:1-5 Filho meu, seaceitaresas minhas palavraseesconderes contigo os meus mandamentos, para

    fazeres atento sabedoria o teu ouvido e para inclinares o corao ao entendimento, e,se clamares porinteligncia, e por entendimento alares a voz, se buscaresa sabedoria como a prata e como atesouros escondidos a procurares, ento, entenders o temor do SENHORe achars o conhecimentode Deus.

    Sl 119:142 A tua justia justia eterna, e a tua lei a prpria verdade.

    As verdades referentes a Deus devem ser conhecidas pelos mesmos processos. Embora Deus no possa ser "testado" nem mesmo observado, os efeitos da sua

    existncia podem - igual a gravidade. A observao do universo nos levar s indues referentes a Deus. Mas antes de prosseguir por a, uma ltima pergunta deve ser respondida:

    3.4 E da? Quem se importa com a verdade?Jo 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e averdade, e a vida; ningum vem ao Pai seno por mim.1Jo 5:12 Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que no tem o Filho de Deus no tem a vida.

    O que adianta conhec-la se a ela no for dada a devida importncia? Ignorncia e apatia so amigas inseparveis... A pergunta : "Voc sabe se Jesus Cristo salva?" pode encontrar 4 respostas:

    1-Sei, salva. 2-Sei, no salva. 3-No sei.

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    4-No quero saber. Os problemas intelectuais so endereveis pela apologtica. O volitivo, no.

    A apatia de muitos em relao s verdades quanto moralidade e quanto religio, nodiminui a importncia desses temas. Algum pode dizer-se aptico moralidade, at que seja prejudicado pela falta desta.

    Algum pode dizer-se aptico em relao religio, mas ela extremamenterelevante: Se o Cristianismo mentira, ento milhes tm desperdiado seu tempo, seu

    dinheiro, e muitas vezes suas vidas... uma questo importantssima. Se o Cristianismo verdadeiro, ento milhes de no cristos amargaro um

    inferno para toda a eternidade... uma questo importantssima. Se o Islamismo radical verdadeiro, ento todos os no muulmanos radicais

    devem ser mortos... uma questo importantssima Se o hindusmo verdadeiro, ento ajudar ao necessitado interferir em um

    castigo que ele merece por um comportamento ruim na vida anterior... umaquesto importantssima.

    Se Deus no existe, ento podemos enganar, roubar, trair, matar, enriquecerilicitamente pois no h conseqncias eternas....

    Deus permite que a verdade seja ignorada, aparentemente sem conseqncias, por umperodo limitado de tempo.

    Mal 3:14-4:2 Vs dizeis: Intil servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seuspreceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exrcitos? 15 Ora, pois, ns reputamos por felizes ossoberbos; tambm os que cometem impiedade prosperam, sim, eles tentam ao SENHOR e escapam. 16Ento, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorialescrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que se lembram do seu nome. 17 Eles seropara mim particular tesouro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exrcitos; poup-los-ei comoum homem poupa a seu filho que o serve. 18 Ento, vereis outra vez a diferena entre o justo e operverso, entre o que serve a Deus e o que no o serve. 1 Pois eis que vem o dia e arde como fornalha;todos os soberbos e todos os que cometem perversidade sero como o restolho; o dia que vem os abrasar,diz o SENHOR dos Exrcitos, de sorte que no lhes deixar nem raiz nem ramo. 2 Mas para vs outros quetemeis o meu nome nascer o sol da justia, trazendo salvao nas suas asas; saireis e saltareis comobezerros soltos da estrebaria.

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    4 Ataque 2: Deus no existe

    Sl 10: 4 Operverso, na sua soberba, no investiga; que no h Deus so todas as suas cogitaes. 5 Soprsperos os seus caminhos em todo tempo; muito acima e longe dele esto os teus juzos; quanto aos seus

    adversrios, ele a todos ridiculiza. A soberba ceifa a possibilidade de conhecer a Deus... Caracterstica do perverso no busca a verdade! No investiga! Nega a existncia de Deus "a priori". Mesmo assim, prosperam. ..(parece que Deus no faz questo de repreend-los tirando-

    lhes a prosperidade - Ele far de outra forma!) Ridiculariza seus adversrios (os que crem?). Quem tem outra opinio merece escrnio!

    Sl 53:1 Diz oinsensatono seu corao: No h Deus. Corrompem-se e praticam iniqidade; j no h quemfaa o bem. A falta de Deus leva a um comportamento corrompido sem valores morais!

    No crer em Deus, um comportamento de insensatos...Rm 1:18 A ira de Deus se revela do cu contra toda impiedade e perverso dos homens que detm a verdadepela injustia;19 porquantoo que de Deus se pode conhecer manifesto entre eles, porque Deus lhesmanifestou.20 Porque os atributos invisveis de Deus, assim o seu eterno poder, como tambm a sua prpriadivindade, claramente se reconhecem, desde o princpio do mundo, sendo percebidospor meio das coisasque foram criadas. Tais homens so, por isso, indesculpveis; 21 porquanto, tendo conhecimento de Deus,no o glorificaram como Deus, nem lhe deram graas; antes, se tornaram nulos em seus prprios raciocnios,obscurecendo-se-lhes o corao insensato. O reconhecimento da existncia de Deus nas coisas que foram criadas, segundo a

    Bblia, um comportamento bvio. No reconhec-Lo como real contraria a normalidade.

    A Bblia parte do princpio que Deus existe. Classifica de insensatos e perversos os queduvidam. Decreta que so indesculpveis os que no querem perceber na natureza asabundantes evidncias da criao.

    Deus disponibilizou um conhecimento natural acerca de Si que est disponvel efacilmente acessvel aos homens.

    A dvida : como argumentar para quem no reconhece a autoridade da Bblia?

    Atualmente existem alguns argumentos filosficos que sustentam a existncia de Deus. Veremos tambm alguns fenmenos fsicos que respaldam essa convico. Eles sustentam a idia de que a frase Deus existe provavelmente correta, fornecendo

    um apoio lgico f. O reconhecimento da existncia de Deus a pedra fundamental de todos os outrosaspectos da f crist.

    4.1 O Argumento Ontolgico Esse argumento tenta provar a existncia de Deus unicamente atravs da abstrao

    racional. Ele completamente "a priori" - no demanda nenhuma evidncia. Foi proposto originalmente pos Anselmo - Arcebispo de Canturia4 (1033-1109 DC) Este est aqui s para informao, pois sua aplicao pode ser invivel.

    Ele to difcil de entender que d vontade de desistir de usar antes de comear atentar!

    O argumento comea propondo um "conceito" de Deus e procura demonstrar que Deus

    4Cidade inglesa onde Agostinho desembarcou em 597 DC para converter os anglo-saxes

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    existe na base do conceito apenas.

    A verso de Anselmo: superior para algo existir na mente e na realidade do que somente na mente. "Deus" significa aquele em que nada superior pode ser concebido.

    Suponha que "Deus" existe apenas na mente e no na realidade. Ento um "Deus superior" poderia ser concebido aquele que tem todas as qualidades do "Deus" que s existe na mente mais a

    qualidade da existncia real. mas isso impossvel, pois o conceito de "Deus" define que nada maior que ele pode

    ser concebido Portanto, Deus existe na mente e na realidade.

    Verso melhorada (ou piorada!) O conceito "Deus" segundo essa verso:

    parte do que queremos dizer quando falamos sobre Deus "um ser perfeito"

    Existir melhor que no existir Falar de Deus como um ser perfeito implica que Ele existe.

    Se a perfeio de Deus uma parte do conceito de "Deus" e se a perfeio de Deusassume a existncia de Deus, ento a existncia de Deus est implicada no conceitode Deus. Quando ns falamos de "Deus" to somente podemos falar de um ser que existe.

    Falar que Deus no existe, contradizer-se. literalmente falar sem sentido. "O Ser perfeito (deve existir, pois se no existisse no seria perfeito), no existe".

    O argumento (em ambas verses) parece um truque de linguagem, mas muito difcil(se possvel) apontar alguma falha.

    4.2 O Argumento Moral Esse argumento baseia-se na observao de que aparentemente todos os seres

    humanos de qualquer tribo ou nao, quando se aproximam da puberdade desenvolvemum sentido do certo e do errado que antes no possuam.

    Esse argumento ganhou mais reconhecimento depois que o filsofo Emanuel Kantpostulou suas concluses sobre o argumento.

    Segundo Kant (muito resumidamente), a justia demanda a existncia de um Deus quedistribuir felicidade queles que nessa vida sofrem infortnios.

    Para Kant, Deus no era pessoal (no tinha nada a ver com o Deus do cristianismo),mas uma fora que equalizaria a justia, como fruto ta responsabilidade moral do livre-

    arbtrio que as pessoas possuem para fazer o bem e o mal. A similaridade desse senso moral entre seres humanos de origens to diversas, supeque o mesmo seja originado de uma fora superior.

    A menos que exista um Deus moral que ir cobrar um comportamento alinhado com ocerto e errado segundo Ele tem determinado, ao qual todos prestaro contas, aexistncia dessa conscincia moral no homem no faz sentido. o mesmo que dizer que a existncia do olho demanda a existncia de luz. Se no

    houver luz, o olho no faz sentido. O argumento moral tem 2 outras formas:

    O argumento moral formal Moralidade prescritiva e autoritarista (delegada por quem tem autoridade)

    Como superior a qualquer instituio humana, deve ter sido prescritosobrenaturalmente. O argumento moral perfeccionista.

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    Existem 3 verdades aparente quanto a moralidade: Nosso comportamento deveria ser moralmente perfeito segundo ns definimos

    a moral Se devemos significa que podemos Ningum consegue ser moralmente perfeito

    A contradio se resolve se o padro est acima de ns (Deus).

    Esse argumento sustenta filosoficamente o que a Bblia afirma, por exemplo, em:Rm 2:14 Quando, pois, os gentios, que no tm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei,no tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada no seucorao, testemunhando-lhes tambm a conscincia e os seus pensamentos, mutuamente acusando-seou defendendo-se,16 no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, deconformidade com o meu evangelho.

    4.3 O Argumento Cosmolgico Aristteles foi o primeiro a postular a idia da primeira causa que no foi originada.

    Seu conceito no era de um Deus pessoal, mas de uma causa original. A idia nasceu pela observao das coisas comuns, e constatando que em todos osacontecimentos comuns h uma cadeia de causa e efeito.

    Ele tambm raciocinou que no pode haver uma cadeia ilimitada de causas que seremontem na histria at o infinito.

    Portanto, deve haver uma primeira causa, no causada. Se o raciocnio de Aristteles est correto, ento no h razes para que essa primeira

    causa no possa ser identificada com o Deus criador descrito em Gnesis, e pai doSenhor Jesus.

    A idia de uma primeira causa, at anos atrs, no podia ser nem comprovada nemnegada (era um argumento puramente filosfico), ento cada indivduo poderia escolher

    entre aceitar ou rejeitar essa tese. Os evolucionistas naturalistas optam por defender a tese de um universo eterno. Porm, os conhecimentos cientficos atuais, estabelecem conclusivamente que o

    universo nem sempre existiu. Ele teve um princpio, no qual comeou a irradiar ou emanar energia. O processo

    continua em ao constante desde ento. A segunda lei da termodinmica, postula que a entropia do universo sempre aumenta.

    Em pouqussimas palavras, a entropia mede a quantidade de energia que se tornaindisponvel em um sistema (Ex: um bloco de pedra sendo empurrado em umasuperfcie com atrito a energia cintica se dissipa irreversivelmente em energiatrmica, no aproveitvel).

    Entropia tambm est associada ao estado de ordem de um sistema. Maior desordem= maior entropia e vice e versa. Se a entropia de um sistema diminui, necessariamente a entropia em um sistema

    vizinho aumenta mais (ex. para o congelador produzir gelo, que tem menor entropiaque a gua (as molculas esto mais organizadas), a geladeira dissipa o calor domotor torna toda essa energia indisponvel. O sistema forma de gelo + congeladorteve a entropia total aumentada).

    Fazendo uma analogia, o universo um excelente radiador, mas um pssimo motor. Se a entropia do universo sempre aumenta, raciocinando-se na direo contrria,

    chegaremos a um ponto em que a entropia era 0 (no havia desordem e toda aenergia era disponvel.

    Albert Einstein em sua teoria da relatividade props o seguinte (muito resumidamente): Tudo no universo est simultaneamente se expandindo e desacelerando

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    O nico fenmeno fsico que satisfaz essa condio uma exploso Se o universo , em ltima anlise, uma exploso, ento em algum lugar do passado

    essa exploso necessariamente ocorreu (a fsica moderna chama de "Big Bang") Einstein Inicialmente, na sua prpria maneira de ver o mundo, no adotou essa

    concluso.

    Ele props alternativamente uma outra teoria que um novo tipo de fora na fsica, queinduzida pela gravidade, anularia a expanso e desacelerao. Porm, outro cientista, Edwin Hubble, logo provou que as galxias esto se

    expandindo para longe umas das outras, como props a formulao original da teoriada relatividade de Einstein.

    Confrontado com essa nova descoberta Einstein, relutantemente, deu sua aceitao necessidade de um comeo e presena de um poder racional superior.

    Posteriormente, em 1968-1970, 3 astrofsicos britnicos, Stephen Hawking, George Ellis,e Roger Penrose, ampliaram as descobertas de Einstein: Eles estenderam a soluo original das equaes da teoria da relatividade, e

    inseriram nelas espao e tempo. Eles demonstraram que se essas equaes so vlidas para o universo, ento o

    tempo e o espao tambm tiveram uma origem, coincidente com a origem da matriae da energia.

    At a dcada de 80, a teoria da relatividade no havia se firmado conclusivamenteatravs de observaes.

    Porm, na dcada de 80, 3 linhas independentes de pesquisa removeram qualquerdvida: Luminosidade colorida de alguns tipos de agrupamentos globulares de estrelas. Nucleocronologia de nucldeos de supernovas. Medio de tempo da expanso do universo.

    Essas 3 pesquisas dataram consistentemente o universo como tendo 16 +-3 bilhes deanos.

    Portanto, com a constatao do incio do tempo e do universo, as infindveis tentativasde salvar uma cincia agnstica, deveriam cessar!

    Assim sendo, torna-se insustentvel que a idia de uma primeira causa no necessria.

    Esse argumento sustenta filosoficamente o que a Bblia afirma, por exemplo, em:Gn 1:1 No princpio, criou Deus os cus e a terra.Cl 1:16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos cus e sobre a terra, as visveis e as invisveis,sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e paraele.17 Ele antesde todas as coisas. Nele, tudo subsiste.Hb 1:10 Ainda: No princpio, Senhor, lanaste os fundamentos da terra, e os cus so obra das tuas mos;11 eles perecero; tu, porm, permaneces; sim, todos eles envelhecero qual veste;Hb 11:3 Pela f, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visvelveio a existir das coisas que no aparecem.

    4.4 O Argumento Teleolgico Esse argumento filosfico considerado o mais forte de todos. Ele afirma que a existncia e conservao do universo tem um propsito ou desgnio

    superior (teleologia). William Paley ilustrou que a existncia de um relgio pressupe a existncia de um

    relojoeiro. A complexidade do mecanismo pr-supe uma mente inteligente construindo e juntando

    as peas com um propsito. Como a casualidade, no caso de um mecanismo, totalmente contrria lgica e

    portanto razo, ela (casualidade) tambm contrria lgica e razo no caso da

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    vida. O organismo mais simples infinitamente mais complexo do que o mecanismo mais

    complexo que o homem possa construir. Ventos e raios podem cortar e at empilhar algumas rvores na floresta ao acaso. Porm

    eles jamais faro uma cabana (propsito teleologia).

    Se o acaso jamais formou mecanismos simples, como poderia ter formado organismoscomplexos? Reconhecer a existncia de um projetista vida e ao universo, no somente mais

    lgico, mas uma tese que se entrosa melhor com os fatos empiricamente observados. O universo mostra um alto grau de organizao com suas partes integradas e

    dependentes umas das outras. Para raciocinarmos em relao fora ou possibilidades do acaso tomemos o seguinte

    exemplo: Algum jogue de um avio uma caixa cheia de milhares de letras do alfabeto. Algum no cho, aps as mesmas carem, nota que 3 letras caram perto e formaram

    a palavra CU. Ningum ser chamado de louco se atribuir o fenmeno ao acaso.

    Porm se centenas de frases com sentido contendo mensagens claras e lgicasfossem achadas. Ningum, na plenitude de suas capacidades mentais, ousaria dizerque foi obra do acaso.

    Nos ltimos anos, vrias pesquisas cientficas tm evidenciado que dezenas decoincidncias combinadas tiveram que acontecer, demonstrando que um planejamentoprvio conduzido de forma inteligente necessrio para explicar essas evidncias.

    Os 2 grupos de evidncias a seguir foram catalogados por Hugh Ross, Ph.D The Creator and the Cosmos, 3rdeditionby Hugh Ross (Colorado Springs, CO:

    NavPress, 2001),

    Grupo 1 de evidncias que o universo foi ajustado precisamente:

    1 - A constante de acoplamento gravitacional (relao entre fora eletromagnticaconstante e campo gravitacional constante) : Se ela fosse ligeiramente maior, todas as estrelas do universo seriam maiores que

    o nosso sol, no mnimo 1,4 vez. Essas estrelas so importantes pois dispersam elementos qumicos

    fundamentais na formao de planetas. No entanto, elas queimam muito rpidoe desordenadamente de forma a impossibilitar a criao de condies desuporte vida nos planetas ao redor.

    Se ela fosse ligeiramente menor, todas as estrelas do universo seriam menores euo sol, em pelo menos 0,8 vez. Embora essas estrelas queimem vagarosa e ordenadamente, de forma a criar

    condies de suporte a vida em planetas, elas no produziriam os elementosqumicos necessrios para formar os planetas.

    2 Fora nuclear intensa: Se maior no haveria hidrognio (elemento fundamental vida). Se menor s haveria hidrognio

    3 Fora nuclear fraca: se maior no big-bang muito hidrognio teria sido convertido em hlio as

    estrelas teriam produzido muitos elementos pesados, mas no haveria expulsodos elementos pesados das estrelas no se formariam planetas.

    Se menor pouco hidrognio teria sido convertido em hlio pouca produo de

    elementos pesados no se formariam planetas. 4 Fora gravitacional constante Se maior estrelas seriam muito quentes e queimariam muito rapidamente e de

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    forma instvel Se menor estrelas seriam muito frias no haveria fuso nuclear no se

    produziriam elementos pesados no haveriam planetas 5 Fora eletromagntica constante

    Se maior insuficientes ligaes qumicas -

    Se menor idem 6 Relao de massa entre eltron e prton Se maior insuficientes ligaes qumicas Se menor idem

    7 Relao entre nmero de prtons e nmero de eltrons: Se maior Eletromagnetismo dominaria sobre gravidade no haveriam estrelas

    nem planetas Se menor idem

    8 Taxa de expanso do universo - Se maior no haveria formao de galxias Se menor colapso do universo antes da formao das galxias

    9 Nvel de entropia do universo se maior no haveria condensao de estrelas nas proto-galxias se menor no haveriam as proto-galxias

    10 Densidade da massa do universo se maior muito deutrio no big-bang estrelas queimariam muito rapidamente se menor insuficiente hlio no big-bang poucos elementos pesados no

    haveriam planetas 11- Velocidade da luz

    Se maior Estrelas seriam muito luminosas Se menor - Estrelas no teriam luminosidade suficiente

    12 - Idade do universo Se maior no haveriam mais estrelas do tipo do sol com queima estvel Se menor ainda no haveriam estrelas do tipo do sol

    13 uniformidade inicial da radiao se mais suave no haveriam estrelas se mais intensa o universo seria composto somente de buracos negros e espao

    vazio 14 distncia mdia entre galxias

    se maior - insuficiente gs teria sido infundido na nossa galxia, para sustentar aformao das estrelas

    se menor haveria um grande distrbio na rbita ao redor do sol 15Tipo de cluster da nossa galxia

    Se muito rico: Colises e unies degradariam a orbita do solSe muito espaado: insuficiente infuso de gases para sustentar a formao deestrelas por tempo suficiente de brilho

    16 Distncia media entre estrelasse maior: densidade de elementos pesados insuficiente para formao de planetasrochososSe menor: rbitas planetrias se desestabilizariam

    17 constante de estrutura fina (um nmero usado para descrever a divisoestrutural fina de linhas espectrais uma caracterstica da matria)se maior: no haveriam estrelas maiores que 0,7 da massa solar

    se menor: haveriam estrelas menores que 1,8 vezes a massa do solse maior que 0.06: matria seria instvel em campos magnticos intensos

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    Grupo 2 de evidncias que o sistema sol terra lua foi ajustado precisamente: 1-Tipo de galxia:

    se muito elptica: Formao de estrelas teria cessado antes da formao de umaquantidade suficiente de elementos pesados.Se muito irregular: exposio radiao na ocasio da formao do sol teria sido

    muito severa e os elementos qumicos necessrios vida no estariam disponveis. 2-Distncia do Sol do centro da galxiaSe mais distante: quantidade de elementos pesados para formao de planetasrochosos seria insuficiente.Se mais prximo: radiao seria muito grande e corromperia a rbita dos planetas

    3-Idade do solSe mais velho: luminosidade instvelSe mais novo: Idem.

    4-Metalicidade do solSe muito pequena:insuficientes elementos pesados para reaes qumicasnecessrias vida

    Se muito grande: radioatividade muito intensa para a vida formas de vidaenvenenadas pela radiao do sol 5-Cor do sol

    Se mais vermelho: fotossntese seria impossvelSe mais azul: idem

    6-Gravidade da terraSe maior: Atmosfera teria retido muita amnia e metano vida impossvelSe menor: Atmosfera teria perdido a gua

    7-Distncia da Terra ao solSe maior: Planeta seria muito frio para sustentar um ciclo estvel da guase menor: Planeta seria muito quente para um ciclo estvel da gua

    8-Inclinao da rbitaSe maior: diferenas de temperatura no planeta seriam muito extremas

    9-Perodo de rotaoSe maior: Diferenas de temperatura diurnas seriam muito grandesSe menor: Velocidade dos ventos seria muito grande.

    10-Quantidade de oxignio na atmosfera:Se maior: plantas e hidrocarbonetos queimariam muito mais facilmenteSe menor: Insuficiente para formas de vida mais avanadas respirarem

    11-Distncia de JpiterSe maior: Muitas colises com asterides e cometas ocorreriam na Terra (Jpiter nosprotege atraindo para si esses corpos celestes)Se menor: rbita da Terra seria instvel

    12-Massa de JpiterSe maior: rbita da Terra seria instvel.Se menor: Muitas colises com asterides e cometas ocorreriam na Terra.

    Existem muito mais evidncias catalogadas. A lista completa delas pode serlocalizada na rea de apostilas em: www.ibcu.org.br- arquivo evidencias.pdf.

    Probabilidade de ocorrer todas essas combinaes de parmetros no sistema sol-terra-lua para suporte vida = 10 -99 .

    O universo possui no mais que 10 80 nucldeos (prtons + nutrons) e existe a no mais

    do que 10

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    segundos. Esse argumento sustenta filosoficamente o que a Bblia afirma, por exemplo, em:

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    Jr 10:12 O SENHOR fez a terra pelo seu poder; estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a suainteligncia estendeu os cus.J 38:2-5 Quem este que escurece os meus desgnios com palavras sem conhecimento? 3 Cinge, pois,os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me fars saber. 4 Onde estavas tu, quando eulanava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. 5 Quem lhe ps as medidas, se que o

    sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?Is 40:12 Quem na concha de sua mo mediu as guas e tomou a medida dos cus a palmos? Quemrecolheu na tera parte de um efa o p da terra e pesou os montes em romana e os outeiros em balanade preciso?

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    Desacredite a Bblia, e automaticamente anule a consistncia da f.

    Muitos relatos bblicos no so mais verificveis. No possvel verificar histrica oucientificamente nenhum milagre descrito nas escrituras. S temos o testemunho de quemescreveu.

    Porm, se as muitas referncias a povos e outros fatos histricos que a Bblia traz foremdesacreditadas, pode-se ento lanar dvidas sobre o contedo espiritual se ela no digna de crdito quanto aos fatos verificveis, tambm no ser quanto aos fatos noverificveis.

    Avaliemos o contedo da Bblia: A Bblia consegue tratar de centenas de temas complexos e controversos (nos quais

    diferentes pontos de vista podem ser defendidos) com uma coerncia humanamenteinexplicvel, apesar de: Ter sido escrita em um perodo de mais de 1500 anos.

    Ter sido escrita por pessoas de mais de 40 geraes. Ter sido escrita por mais de 40 autores, dos mais diferentes tipos de pessoas:

    Reis, lavradores, pecuaristas, pescadores, etc. Moiss da nobre com formao avanada do Egito Josu General Neemias copeiro Daniel primeiro ministro Lucas mdico Mateus coletor de impostos Pedro pescador Paulo rabino Salomo rei Ams pecuarista

    Ter sido escrita em trs continentes sia, frica e Europa Ter sido escrita em trs idiomas Hebraico, Aramaico e Grego.

    Voltaire profetizou que a principal mensagem da Bblia, o cristianismo, estaria varrido daface da terra, e teria passado para a histria. Ironicamente, 50 anos depois da sua morte a Sociedade Bblica de Genebra usou a

    grfica e a residncia de Voltaire para produzir milhares de Bblias.

    Passemos a avaliar algumas acusaes contra a Bblia:

    Avaliemos, ento, sua credibilidade histrica o objetivo inicial aqui no comprovarsua inspirao divina, mas sua credibilidade quando narra fatos histricoscomprovveis:

    A inspirao divina uma doutrina e, portanto, precisa assimilada pela f (percebacomo no se pode anular a f. Sempre nos depararemos com elementos quedemandaro sua presena. Deus determinou que a f imprescindvel para aexperincia crist).

    Quanto sua credibilidade histrica, o critrio usado com a Bblia deve ser o mesmo

    utilizado para avaliar qualquer outro manuscrito antigo.

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    Existem 4 critrios bsicos de avaliao6: Teste bibliogrfico Teste das evidncias internas Teste das evidncias externas A arqueologia

    5.1 O teste bibliogrfico o exame da fidelidade na transmisso do texto atravs das suas diversas cpias. Uma vez que no existem mais os documentos originais, avaliar a qualidade das cpias

    torna-se um aspecto fundamental para se verificar a qualidade do documento. Evidncias manuscritas do Novo Testamento:

    O teste bibliogrfico responde s suposies de que o Novo Testamento sofreualteraes intencionais para acomodar interesses.

    Atualmente existem mais de 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento. Almdesses, existem mais de 10.000 manuscritos da Vulgata Latina (verso antiga emlatim) e pelo menos mais de 9.300 cpias de antigas verses.

    Ao todo tem-se 24.000 cpias antigas de pores do Novo Testamento Nenhum outro manuscrito antigo chega nem perto desse volume de cpias. Em segundo lugar vem um documento grego chamado A Ilada de Homero com 643

    manuscritos. Nenhum outro documento da antiguidade tem um intervalo to pequeno entre as

    cpias e os originais (os manuscritos mais antigos so do quarto sculo - cerca de250 anos aps terem sido escritos). Alguns pequenos fragmentos remontam a 125 dc 25 anos aps a obra original. Parece muito, mas se comparado com outrosescritores clssicos um intervalo insignificante. Um autor antigo, sobre o qualconsidera-se que sua obra conhecida atualmente fiel, s existem cpias datadas de1400 anos aps sua morte. Homero (900 aC) tem fragmentos mais antigos datadosde de 400 aC 500 anos de hiato. A obra completa s foi copiada no sculo trezeaps 1.200 Dc.

    Existe alguma corrupo entre as cpias? Sim, existe. Existem algumas variaesentre as cpias.

    Estudiosos desses manuscritos tem calculado que o texto do novo testamento 98,33% puro (Hort, Geisler e Nix, conforme Josh McDowell).

    Frederik Kenyon (uma das maiores autoridades no campo da crtica textual do NovoTestamento) tambm citado por Josh mcDowell como tendo afirmado que nenhumadoutrina fundamental da f crist depende de algum texto controvertido.

    Alm disso tudo, o Novo testamento uma obra grandemente citada pelos primeiros

    autores cristos em suas obras. Josh McDowell cita outro estudioso chamado DavidDalrymple. Ele diz que j achou citaes de todo o Novo Testamento em obrasantigas, exceto 11 versculos.

    A concluso que a credibilidade do Novo Testamento maior que qualquer outrodocumento da antiguidade.

    Evidncias manuscritas do Antigo Testamento: Ao contrrio do Novo Testamento, o AT no dispe dessa abundncia de cpias. Antes das descobertas do Mar Morto, o mais completo e antigo manuscrito hebraico

    do AT datava de 900 Dc intervalo de mais de 1.300 anos do original. Em 1947, com a descoberta arqueolgica dos rolos do Mar Morto, da comunidade de

    Qumram, encontraram-se manuscritos anteriores poca de Cristo diminuindo o6

    McDowell, Josh. Evidncias que exigem um veredito.

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    hiato para menos de 400 anos. Para avaliarmos a qualidade do texto do AT devemos avaliar os seus copistas.

    Os Talmudistas (100-500 Dc) Eram extremamente criteriosos no processo de gerar cpias do AT.

    Suas regras eram: 1. Usar peles de Animais puros 2. preparado por um judeu para uso em uma Sinagoga. 3. Devem ser presas por um fio de pele de animal puro 4. Cada pele deve ter um nmero fixo de colunas que ser mantido por todo

    o cdice. 5. O comprimento de cada coluna no deve ser inferior a 48 nem superior a

    60 linhas e a largura deve ter 30 letras. 6. Deve-se traar inicialmente as linhas de toda a cpia, e se 3 palavras

    forem escritas sem linha, a cpia fica inutilizada. 7. A tinta deve ser preta, preparada de acordo com uma frmula especfica.

    8. A cpia deve se basear em uma cpia autntica (que passou por todosos rigores) 9. No se pode escrever nenhuma palavra ou letra de memria. O escriba

    tem que t-la visto diante de si. 10. entre cada consoante deve haver o espao de um fio de cabelo. 11. Entre cada novo parashah ou captulo deve haver o espao de 9

    consoantes. 12. Entre um livro e outro deve haver um espao de 3 linhas. 13. O quinto livro de Moiss deve terminar exatamente no final de uma

    linha. 14. O copista deve estar vestido em trajes judaicos a rigor 15. Lavar o corpo todo antes de iniciar o trabalho. 16. no comear a escrever o nome de Deus com uma pena recm

    mergulhada na tinta. 17. Caso um rei se dirija a ele enquanto escrevendo o nome de Deus, este

    no deve dar ateno ao rei. Ou seja, o processo de cpia era um ritual de extremo rigor e seriedade. A idade de uma cpia talmudista no era uma vantagem para ela ao

    contrrio, poderia se tornar ilegvel em alguns pontos com o tempo, e eraento considerada imprpria, e guardada em um armrio, existente emcada sinagoga, chamado Gheniza. Quando a Gheniza se enchia, as cpiasdefeituosas eram queimadas.

    Isso explica a ausncia de volumes de cpias do AT. Aps uma cpia ter sido conferida, os talmudistas a consideravam

    autntica, tendo igual valor que qualquer outra cpia. Um manuscrito talmudista mais antigo do livro de Isaas era de 980 DC.

    Quando esse foi comparado com os manuscritos do Mar Morto (quase1000 anos entre as cpias) verificou-se 95% de exatido absoluta, e osoutros 5% eram pequenos erros de ortografia. Nesses 1000 anos amensagem no havia se corrompido!

    Os Massoretas (500 900 DC)

    Os Massoretas criaram um formato de edio e padronizao para o textohebraico. Seu principal centro de atividades foi Tiberades.

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    O texto produzido por eles denominado texto Massortico. Esse textorecebeu uma sinalizao voclica, para garantir a correta pronncia.

    Atualmente, o texto hebraico mais considerado como padro para estudos. Eles tambm eram extremamente zelosos na qualidade dos documentos

    produzidos. Os Massoretas desenvolveram uma metodologia para garantir a qualidade dassuas cpias:

    Eles contavam quantas vezes cada letra do alfabeto aparecia em um livro. Eles faziam clculos minuciosos, como por exemplo:

    a letra que ficava exatamente no meio do Pentateuco, a que ficava exatamente no meio de todo o AT, a palavra e a letra central de cada livro lista de pargrafos que continham todas as letras do alfabeto outros critrios de contagem e verificao

    Seu objetivo era garantir que nenhuma palavra ou sinal massortico fosseperdido no processo de cpia.

    A Septuaginta (285 246 AC) Essa verso tambm testifica a autenticidade do AT. Foi preparada durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo, do Egito. Ptolomeu era um grande incentivador da literatura Em seu reinado foi inaugurada a Biblioteca de Alexandria que por muito

    tempo foi uma das grandes maravilhas do mundo. Seu nome tambm representado por LXX Uma carta encontrada, cujo autor era Aristeu da corte de Ptolomeu, conta

    como a verso foi formada:

    O bibliotecrio de Ptolomeu, Demtrio, teria convencido Ptolomeu a traduzirpara o grego a lei Judaica Ptolomeu, ento enviou uma delegao a Eleazar (Sumo sacerdote em

    Jerusalm) Eleazar teria escolhido como tradutores 6 ancios de cada tribo de Israel

    (72 ancios ao todo) OS 72 ancios foram levados para a ilha de Faros, e em 72 dias

    completaram a tarefa de traduzir A Septuaginta ajuda a confirmar a credibilidade na transmisso. Os textos utilizados para traduzi-la levaram a uma traduo bem prxima do

    texto massoretico (hebraico) as principais divergncias da LXX esto no livro

    de Jeremias. A Septuaginta junto com outras citaes feitas em livros apcrifos de 300 aC

    comprovam que o texto hebraico que temos hoje muito semelhante aoexistente em 300 AC.

    O Texto Samaritano (500 AC) um texto que contm o pentateuco o pentateuco um subconjunto desse

    texto As variaes entre o pentateuco samaritano e o massortico bem

    insignificante.

    Os Targuns O significado bsico de Targun interpretao

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    So parfrases e comentrios sobre o Antigo Testamento. Seu valor reside no fato de mostrar que os textos utilizados para os

    comentrios so praticamente os mesmos existentes hoje Alguns targuns:

    Onquelos (60 AC) contm o pentateuco

    Jonatas bem Uzziel (30 AC) contm livros histricos e os profetas

    O Misn (200 DC) Significado bsico explicao e ensino Contm uma coleo de tradies orais As citaes utilizadas so bem semelhantes ao texto massortico

    Os Guemars (200 DC a 500 DC) So comentrios escritos em aramaico, e que cresceram em torno do misr Tambm contribuem para credibilidade do texto massortico

    O Midraxe (100 ac 300 DC) So estudos doutrinrios do AT. As citaes so tambm massorticas.

    A Hexapla (ou sxtupla) (185-254 DC) Foi uma harmonia do AT preparada por Orgenes em 6 colunas: A LXX, traduo de quila, traduo de Smaco, traduo de Teodcio, o texto

    hebraico e uma transliterao para o grego. O texto hebraico tambm semelhante ao massortico.

    5.2 O teste das evidncias internas Esse tambm averigua se h fraudes, erros ou mentiras deliberadas por parte dos

    escritores, em relao a fatos conhecidos. Notar que dificuldades e problemas no solucionados no significam necessariamente

    erros. Um erro uma discrepncia que se verifica sem sombra de dvidas. Argumentos favorveis ao NT:

    Os escritores foram testemunhas oculares dos fatos, ou receberam os mesmos deantemo (Marcos e Lucas): Lc 1:1 Visto que muitos houve que empreenderam uma narrao coordenada dos fatos que entre

    ns se realizaram, 2 conforme nos transmitiram os que desde o princpio foram deles testemunhasoculares e ministros da palavra, 3 igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada

    investigao de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentssimo Tefilo, uma exposioem ordem,

    2Pe 1:16 Porque no vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristoseguindo fbulas engenhosamente inventadas, mas ns mesmos fomos testemunhas oculares da

    sua majestade, 1Jo 1:3 o que temos visto e ouvido anunciamos tambm a vs outros, para que vs, igualmente,

    mantenhais comunho conosco. Ora, a nossa comunho com o Pai e com seu Filho, Jesus

    Cristo. At 2:22 Vares israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varo aprovado por Deus

    diante de vs com milagres, prodgios e sinais, os quais o prprio Deus realizou por intermdiodele entre vs, como vs mesmos sabeis;

    J 19:35 Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz averdade, para que tambm vs creiais.

    Lc 3:1 No dcimo quinto ano do reinado de Tibrio Csar, sendo Pncio Pilatos governador daJudia, Herodes, tetrarca da Galilia, seu irmo Filipe, tetrarca da regio da Ituria e Traconites, e

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    Lisnias, tetrarca de Abilene,2 sendo sumos sacerdotes Ans e Caifs, veio a palavra de Deus a

    Joo, filho de Zacarias, no deserto. At 26:24 Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Ests louco,

    Paulo! As muitas letras te fazem delirar! 25 Paulo, porm, respondeu: No estou louco, excelentssimo Festo! Pelo contrrio, digo palavras de verdade e de bom senso. 26 Porque tudoisto do conhecimento do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que

    nenhuma destas coisas lhe oculta; porquanto nada se passou em algum lugar escondido. 27Acreditas, rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas. 28 Ento, Agripa se dirigiu a Paulo edisse: Por pouco me persuades a me fazer cristo. 29 Paulo respondeu: Assim Deus permitisseque, por pouco ou por muito, no apenas tu, rei, porm todos os que hoje me ouvem setornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.

    No seria fcil inventar fatos e palavras de Jesus, quando tantas outras testemunhasoculares poderiam facilmente contradiz-los

    Eles precisavam estar atentos tambm aos inimigos de Cristo, que poderiamcontradiz-los facilmente, se manipulassem a verdade.

    Ao contrrio de temer, um ponto forte da pregao inicial dos apstolos o apeloconfiante ao conhecimento dos ouvintes.

    5.3 O teste das evidncias externas Esse teste se prope a averiguar se existem fontes externas que confirmam sua exatido Alguns exemplos:

    Eusbio em sua obra Histria eclesistica preserva escritos de Ppias, bispo deHierpoles (130 dc): O ancio (apstolo Joo) tambm costumava dizer o seguinte: Marcos, tendo

    sido intrprete de Pedro, escreveu fielmente tudo o que ele (Pedro) mencionava,fossem palavras ou obras de Cristo; todavia no o fez em ordem cronolgica, poisno esteve ouvindo pessoalmente o Senhor nem o esteve acompanhando, mas

    mais tarde, como eu j disse, ele acompanhou Pedro. Dessa forma, ento, Marcosno cometeu qualquer erro, tendo assim escrito algumas coisas medida que ele, Pedro, mencionava, pois ele prestava toda ateno isso, a fim de no omitirqualquer coisa que ouvisse, nem incluir qualquer afirmao falsa no queregistrava.

    Mateus registrou os orculos na lngua hebraica (aramaica) Irineu, bispo de Lion (180 DC)

    Foi discpulo de Joo Deixou por escrito sua credibilidade nos evangelhos:

    To firme a base sobre a qual esses evangelhos repousam que os prprioshereges do testemunho a favor desses livros, e tomando-os por base, cada

    um deles se esfora para estabelecer sua prpria doutrina O Verbo nos deu o evangelho em forma qudrupla, forma que se mantm

    coesa em um s esprito Mateus divulgou o evangelho entre os hebreus na lngua deles, enquanto

    Pedro e Paulo pregavam o evangelho em Roma Marcos transmitiu por escrito a pregao de Pedro Lucas, o seguidor de Paulo, ps num livro o evangelho pregado por seu

    mestre Joo escreveu seu evangelho quando vivia em feso, na sia

    Clemente de Roma (95 DC)

    Tambm usa as escrituras como confiveis e autnticas Incio, bispo de Antioquia (entre 70 e 100 DC) Foi martirizado por sua f (jogado s feras no coliseu de Roma)

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    Conheceu todos os apstolos, e foi discpulo de Policarpo, discpulo de Joo Registrou sua credibilidade nas escrituras, a ponto de morrer pelo que elas

    continham Policarpo (70-156 DC)

    Discpulo de Joo

    Sofreu martrio aos 86 anos de idade por sua devoo cristo e s escrituras Vrios membros da sua igreja em Esmirna tambm foram martirizados por AntonioPio

    Foi queimado em uma fogueira Flvio Josefo (historiador judeu nascido em 37 DC)

    Em sua obra Antiguidades, livro 18 captulo 5 ele confirmam a histria de JooBatista e sua execuo por Herodes Antipas.

    (embora hajam diferenas apontadas por ele na causa da morte de Joo Batista) Alm disso tudo, o Novo Testamento uma obra grandemente citada pelos primeiros

    autores cristos em suas obras. Josh McDowell cita outro estudioso chamado DavidDalrymple. Ele diz que j achou citaes de todo o Novo Testamento em obras

    antigas, exceto 11 versculos.

    5.4 A arqueologia Nelson Glueck renomado arquelogo judeu- diz Pode-se afirmar categoricamente que

    at hoje nenhuma descoberta arqueolgica contradisse qualquer informao dada pelaBblia.

    William F. Albright reputado como um dos grandes arquelogos da atualidade- No pode haver dvida alguma de que a arqueologia tem confirmado a historicidade

    substancial da tradio do Antigo Testamento. Progressivamente o exagerado ceticismo para com a Bblia foi sendo desacreditado Uma descoberta atrs da outra tem confirmado a exatido de incontveis detalhes e

    tem feito com que a Bblia receba um reconhecimento cada vez maior como fontehistrica

    medida que o estudo crtico da Bblia for cada vez mais influenciado pelaabundncia de material recm-descoberto, vindo do antigo Oriente Prximo,observaremos um aumento crescente do respeito para com o significado histrico depassagens e detalhes atualmente negligenciados e menosprezados, tanto do antigoquanto do novo testamento

    Millar Burrow Universidade de Yale Em muitos casos a arqueologia tem refutado as opinies de crticos modernos. Ela

    tem demonstrado que essas opinies repousam sobre pressuposies falsas e

    esquemas irreais e artificiais de desenvolvimento da histria Exemplos de descobertas arqueolgicas que confirmam a Bblia: Tabletes de Ebla:

    Alguns crticos modernos tm proposto a hiptese documentria com base naqual afirmam que poca de Moiss, cerca de 1400 AC, ainda no havia qualquerconhecimento de escrita portanto, Moiss no poderia ter escrito o Pentateuco.

    Esses crticos afirmam tambm que o contedo da legislao do Pentateuco muito avanado para essa poca.

    Por conta disso, eles tm refutado a autoria mosaica do Pentateuco, afirmandoque esses documentos teriam sido obras fictcias escritas por algum muito tempodepois.

    Tambm tem sido refutada como histrica a vitria de Abrao sobre Quedorlaomere os 5 reis mesopotmeos descrita em Gnesis 14. Tambm tm sidoconsideradas lendrias as 5 cidades da plancie mesopotmia (Sodoma, Gomorra,

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    Adm, Zeboim e Zoar) Desde 1974 tm sido encontrados 17.000 tabletes de Ebla, no norte da Sria. Ebla foi uma proeminente cidade antiga. No auge do seu poder em 2300 AC tinha

    260.000 habitantes. Foi destruda em 2250 AC.

    Esses tabletes contm o registro de vrios acontecimentos, costumes e cdigoslegais de Ebla. Como as descobertas dos tabletes auxiliam a confirmar a Bblia:

    Os tabletes foram escritos quase 1000 anos antes de Moiss o que provaque em uma idade bem anterior de Moiss, havia escrita na regio.

    Os tabletes contm um cdigo legal to complexo quanto o do Pentateuco o que combate a hiptese de os mesmos serem muito avanados para apoca.

    Os tabletes de Ebla citam as 5 cidades da plancie mesopotmiaconfirmando sua historicidade.

    O Tmulo de Jos

    John Elder em seu livro Profetas, dolos e escavadores faz um interessantecomentrio: Nos ltimos versculos de Gnesis l-se sobre como Jos conjurou seus

    parentes a transportarem seus ossos para a terra de Cana quando Deusviesse a restaur-los sua terra de origem. E em Josu 24:32 narrado comoseu corpo foi realmente transportado para a Palestina e sepultado em Siqum.Durante sculos houve um tmulo em Siqum reverenciado como o tmulo deJos. Anos atrs, esse tmulo foi aberto. Achava-se ali um corpo mumificadode acordo com os costumes egpcios. E nesse tmulo, entre outras coisas, foiencontrada uma espada do tipo usado por oficiais egpcios..

    Os Hititas Os hititas so povos mencionados na Bblia, mas sobre os quais no havia

    nenhuma outra fonte. Por muito tempo, muitos achando que eles nunca existiram, taxavam os textos

    bblicos que os citavam como sendo fantasiosos. Recentes escavaes arqueolgicas tm confirmado a existncia desse povo,

    confirmando a narrativa bblica. OS tabletes de Tell-El-Amarna

    Esses tabletes confirmam muitos relatos bblicos sobre o quadro da palestina poca da conquista de Cana.

    Em um dos tabletes, um governador de Jerusalm escreve ao fara Akhnaton(1937 1366 AC) rogando ajuda egpcia contra os Hebreus que estavaminvadindo a regio.

    5.5 Concluso Para concluir os 4 critrios de anlise, consideremos a declarao de Josh McDowell:

    Depois de tentar refutar a historicidade e a validade das escrituras, cheguei concluso que elas so historicamente confiveis.

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    6 Ataque 4: a cincia contradiz a Bblia

    Existem vrios trechos da Bblia difceis de se compreender isso inegvel. Muitas dessas dificuldades aparentemente sugerem algumas discrepncias quanto a

    asseveraes cientficas. Todo cristo autntico, quando se depara com alguma suposta oposio de pontos de

    vista entre a Bblia e a cincia, deveria considerar necessariamente pelo menos 1 entreessas 3 hipteses: Ou a cincia est errada historicamente a cincia tem mudado de pontos de vista

    em relao a vrios assuntos. Algumas afirmaes da cincia hoje podem no sermais vlidas amanh...

    Ou a interpretao dada Bblia est errada to ruim quanto os que teorizamirresponsavelmente em assuntos da cincia, so os que fantasiam especulativamenteinterpretando a Bblia luz de assuntos nos quais so ignorantes, e assumindo quesuas fantasias so verdades inspiradas por Deus.

    Ou ambas (cincia e interpretao) esto erradas. A questo : e a quem no cristo? Como responder convincentemente a eles? No temos condies de avaliar todas as supostas discrepncias entre a cincia e a

    Bblia. Consideremos uma das mais importantes:

    6.1 A narrativa da criao compatvel com fatos cientficos? Avaliemos a narrativa inicial de Gnesis sobre a criao do universo. Olhando o texto,

    uma srie de questionamentos pode ser feita: De onde vinha a luz que Deus criou no 1 dia? Como poderia haver dia e noite se o sol no tinha sido criado no 1 Dia?

    Como a Terra pode ter sido criada (1 dia) antes do sol e das estrelas (4 dia)? Como poderia haver plantas (3 dia) sem o sol (4 dia)? H quem afirme que uma vez que Darwin resolveu o dilema sobre a origem da vida,

    Deus no mais necessrio! Avaliemos os fatos descritos em Gnesis, assumindo a seguinte premissa:

    Quando um escritor bblico, inspirado por Deus, escrevia sobre a revelao recebida,ele o fazia com as informaes e conhecimentos disponveis sua poca: Idioma cada um escreveu em um idioma que conhecia Vocabulrio diferentes autores se utilizam de diferentes nveis de vocabulrio

    por exemplo, o grego de Paulo diferente do grego de Pedro. Conhecimentos tcnico-cientficos por exemplo, Moiss aparentemente no

    tinha noo que a terra girava em torno do sol, e Deus no revelou isso a ele. Masa sua narrativa da criao, se verdadeira, precisa ser compatvel com esse fato.Moiss documentou o que Deus lhe mostrou.

    Entretanto, como veremos, a mensagem espiritual inspirada por Deus tem relevnciapara o homem poca de Moiss, para o homem de hoje, e para o homem de amanh.O conhecimento cientfico mudar (assim como muitos de seus dogmas). A revelaoespiritual, ao contrrio, plena desde o momento inicial quando foi dada ao homematravs dos escritores bblicos.

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    Hugh Ross, Ph.D, prope a seguinte interpretao de Gnesis7:

    DIA DESCRITO EMGNESIS

    FATO, ACEITVELCIENTIFICAMENTE

    TEXTO

    1 1-Criao do universo fsico(matria, energia, tempo,espao, galxias, estrelas,planetas, etc.)

    1 No princpio, criou (arb bara) Deus os cus e aterra.

    Bara = criar

    12-Transformao daatmosfera de um estadoopaco para translcido

    2 A terra, porm, estava sem forma e vazia; havia trevassobre a face do abismo, e o Esprito de Deus pairavapor sobre as guas.

    3 Disse Deus: Haja (hyh hayah) luz; e houve luz.4 E viu Deus que a luz era boa; e fez separao entre a

    luz e as trevas.5 Chamou Deus luz Dia e s trevas, Noite. Houve tarde

    e manh, o primeiro dia.

    Hayah = acontea, ocorra, aparea

    23-Formao de um cicloestvel da gua

    6 E disse Deus: Haja firmamento (eyqr raqiya) nomeio das guas e separao entre guas e guas.

    7 Fez (hseasah), pois, Deus o firmamento eseparao entre as guas debaixo do firmamento eas guas sobre o firmamento. E assim se fez.

    8 E chamou Deus ao firmamento Cus. Houve tarde emanh, o segundo dia.

    Raqiya = firmamento. No existe aqui no original o verbo"haja"

    asah = fazer, executar, produzir

    3

    4-Estabelecimento dos

    oceanos e continentes

    9 Disse tambm Deus: Ajuntem-se as guas debaixo dos

    cus num s lugar, e aparea a poro seca. Eassim se fez.10 poro seca chamou Deus Terra e ao ajuntamento

    das guas, Mares. E viu Deus que isso era bom.

    35-Produo de plantas noscontinentes

    11 E disse: Produza (avd dasha) a terra relva, ervasque dem semente e rvores frutferas que demfruto segundo a sua espcie, cuja semente estejanele, sobre a terra. E assim se fez.

    12 A terra, pois, produziu (auy yatsa) relva, ervasque davam semente segundo a sua espcie ervores que davam fruto, cuja semente estava nele,conforme a sua espcie. E viu Deus que isso erabom.

    13 Houve tarde e manh, o terceiro dia.

    Dasha = cresa

    Yatsa proceder, trazer, vir

    46-Transformao daatmosfera de um estadotranslcido para transparente(sol, lua e estrelas tornam-seento visveis a partir daterra)

    14 Disse tambm Deus: Haja luzeiros (rwammaowr) no firmamento dos cus, para fazeremseparao entre o dia e a noite; e sejam eles parasinais, para estaes, para dias e anos.

    15 E sejam para luzeiros no firmamento dos cus, paraalumiar a terra. E assim se fez.

    16 Fez(hseasah) Deus os dois grandes luzeiros: omaior para governar o dia, e o menor para governara noite; e fez tambm as estrelas.

    17 E os colocou no firmamento dos cus para alumiarema terra,

    7www.reasons.org

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    18 para governarem o dia e a noite e fazerem separaoentre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.

    19 Houve tarde e manh, o quarto dia.

    Maowr = luzeiros no existe aqui no original o verbohaja

    asah = fazer, executar, produzir

    57-Produo de pequenosanimais marinhos (enxames-Urv sherets

    20 Disse tambm Deus: Povoem-se as guas deenxames de seres viventes; e voem as aves sobre aterra, sob o firmamento dos cus.

    21 Criou (arb bara), pois, Deus os grandes animaismarinhos e todos os seres viventes que rastejam, osquais povoavam as guas, segundo as suasespcies; e todas as aves, segundo as suasespcies. E viu Deus que isso era bom.

    22 E Deus os abenoou, dizendo: Sede fecundos,multiplicai-vos e enchei as guas dos mares; e, naterra, se multipliquem as aves.

    23 Houve tarde e manh, o quinto dia.

    Bara = criar (s aparece novamente aqui depois do 1)

    5 8-Criao dos animais marinhosmaiores-seres (yx chay) viventes(vpn nephesh)(ver lv 11:10 onde o mesmo grupode palavras se refere a 2 grupos

    diferentes de animais)-essa

    seqncia interpretada no est

    explcita...

    idem

    59-Criao das aves

    Idem

    610-Criao animais terrestres 24 Disse tambm Deus: Produza(auy yatsa) a

    terra seres viventes, conforme a sua espcie:

    animais domsticos, rpteis e animais selvticos,segundo a sua espcie. E assim se fez.

    25 E fez (hseasah) Deus os animais selvticos,segundo a sua espcie, e os animais domsticos,conforme a sua espcie, e todos os rpteis da terra,conforme a sua espcie. E viu Deus que isso erabom.

    asah = fazer, executar, produzir

    Yatsa proceder, trazer, vir

    Para os animais terrestres no usou bara...

    6

    11-Criao do homem 26 Tambm disse Deus: Faamos (hseasah) ohomem nossa imagem, conforme a nossasemelhana; tenha ele domnio sobre os peixes domar, sobre as aves dos cus, sobre os animaisdomsticos, sobre toda a terra e sobre todos osrpteis que rastejam pela terra.

    27 Criou (arb bara) Deus, pois, o homem suaimagem, imagem de Deus o criou; homem emulher os criou.

    28 E Deus os abenoou e lhes disse: Sede fecundos,multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominaisobre os peixes do mar, sobre as aves dos cus esobre todo animal que rasteja pela terra.

    29 E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todasas ervas que do semente e se acham na superfciede toda a terra e todas as rvores em que h fruto

    que d semente; isso vos ser para mantimento.30 E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos

    cus, e a todos os rpteis da terra, em que h flegode vida, toda erva verde lhes ser para mantimento.E assim se fez.

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    31 Viu Deus tudo quanto fizera (hseasah), e eisque era muito bom. Houve tarde e manh, o sextodia.

    asah = fazer, executar, produzir

    bara = criar

    Lv 11:10 Porm todo o que no tem barbatanas nem escamas , nos mares e nos rios , todos os queenxameiam (sherets) as guas e todo ser vivente (chay nephesh) que h nas guas , estes sero para vsoutros abominao.

    Dr. Ross considera dias como perodos de tempo (no 24 horas) Vale lembrar que alguns exegetas no concordam com essa premissa, preferindo

    uma interpretao literal de dias de 24 horas.

    6.2 Avaliao da teoria da evoluo como argumento anti-testa A teoria da evoluo tem sido amplamente utilizada, inclusive em livros didticos do

    ensino mdio, para isolar a origem da vida de uma abordagem testa. Esta teoria tem

    sido aceita como vlida independentemente de suas inconsistncias. O preconceito quanto aceitao do sobrenatural inclusive a existncia de Deus, tem

    feito com que o apego a qualquer outra explicao origem da vida seja adotado,enquanto no aparea nada melhor. Ou seja, uma vez que se assume que osobrenatural no possvel, que Deus no existe, qualquer explicao em substituio aisso adotada, mesmo que provisoriamente.

    Como veremos a seguir, antitestas contemporneos tem adotado outras teorias, dianteda falta de plausibilidade da origem mineral da vida na terra.

    No ser surpresa se essas novas teorias preconceituosas invadirem os livros didticosdaqui a algum tempo... a final de contas, h que se manter os estudantes afastados dequalquer ensinamento testa respaldado por fatos cientficos (imagino que ao prncipedeste sculo, multiplicar a percepo favorvel a uma cincia antitesta possa ser umaestratgia interessante...).

    Qumico Dr. John Grebe: Qumico / Criacionista / D.Sc. pelo Case Institute ofTechnology (1935) (Case is now part of Western Reserve University) / Ttulo de DoutorHonorrio de Leis pelo Hillsdale College (1967) / M.S. tambm por Case / Ex-pesquisador em Oak Ridge National Laboratory Reactor School and Engineering Team(1946-1947) / Ex-diretor do Dow Chemical Company Physical Chemistry ResearchLaboratories em Midland, Michigan / Serviu como Cientista Chefe para Army ChemicalCorps at Edgewood Arsenal New Baltimore (1948-1949) / Em 1943 tornou-se o mais

    jovem a receber a Medalha da Indstria Qumica / Certificado de Mrito pelo FranklinInstitute (1942) / Um fundador da Creation Research Society / Falecido

    "A idia de que a evoluo orgnica poderia ser responsvel pelas complexas formasde vida do passado e do presente tem sido abandonada h tempos, desde ento, porhomens que compreenderam a importncia do cdigo gentico do DNA."

    Pesquisador e matemtico I.L. CohenAutor de: Darwin Was Wrong A Study in Probabilities(P.O. Box 231, Greenvale, NewYork 11548: New Research Publications, Inc., 1984), pp. 4,5,8.: Engenheiro / Matemtico / Pesquisador / Escritor / Membro da New York Academy of

    Sciences / Oficial graduado do Archaeological Institute of America (N. Shore Society). "No momento em que o sistema DNA/RNA tornou-se conhecido, o debate entre

  • 8/2/2019 Em defesa da f crist

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    Em Defesa da F Crist

    IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITRIA 33

    Evolucionistas e Criacionistas deveria ter sofrido uma parada brusca. ...asimplicaes do DNA/RNA foram bvias e claras. Matematicamente falando, baseadoem conceitos de probabilidade, no h nenhuma possibilidade de que a Evoluotenha sido o mecanismo que criou as aproximadamente 6.000.000 de espcies deplantas e animais que reconhecemos hoje."

    Sir Fred Hoyle um famoso matemtico, astrnomo e cosmologista britnico. Hoyle ,tambm, co-autor do livro, Evolution from Space, que afirma:

    "Entretanto, uma vez que vemos que a probabilidade da vida ser originadaaleatoriamente to completamente minscula que a faz absurda, torna-se sensatopensar que as propriedades favorveis da fsica das quais a vida depende so emtodos os aspectos deliberadas. Portanto, quase inevitvel que nossa prpriamedida de inteligncia deve refletir inteligncias superiores mesmo ao limite deDeus. uma teoria assim to bvia que estranhamos como ela no largamenteaceita como sendo evidente por si mesma. As razes so mais psicolgicas que

    cientficas."

    Ele notadamente afirmou que supor que a primeira clula tenha se originado peloacaso como acreditar que "um tornado varrendo um ferro-velho possa montar umBoeing 747 a partir dos materiais presentes ali."

    "A Vida no pode ter tido um incio randmico O problema que h cerca deduas mil enzimas, e a chance de obter todas elas em uma tentativa randmica deapenas uma parte em (10 elevado a 20) elevado a 2.000 = 10 elevado a 40.000, umaprobabilidade escandalosamente pequena que no poderia ser considerada mesmose todo o universo constitusse uma sopa orgnica."

    "Se algum no est predisposto, ou por crenas sociais ou por um treinamentocientfico, para a convico de que a vida se originou na Terra, esse simples clculovarre a idia completamente para fora do tribunal... O enorme contedo deinformao mesmo dos mais simples sistemas vivos... no pode em nosso ponto devista ser gerado por aquilo que normalmente chamado de processos "naturais"...Para que a vida tivesse surgido na Terra seria necessrio que instrues muitoexplcitas tivessem sido fornecidas para sua montagem... No h nenhum meio noqual ns podemos esperar evitar a necessidade de informao, nenhum meio no qualns podemos simplesmente dar um jeito com uma sopa orgnica maior e melhor,como ns mesmos espervamos que seria possvel h um ou dois anos atrs."

    [Fred Hoyle e N. Chandra Wickramasinghe, Evolution from Space(Aldine House, 33Welbeck Street, London W1M 8LX: J.M. Dent & Sons, 1981), p. 148, 24, 150, 30, 31

    Evolucionista Michael Denton:Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis(Bethesda, Maryland: Adler and AdlerPublishers, 1986), p. 264

    "A complexidade do mais simples tipo d