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O jornal do Niassa Propriedade: AMANHECER COOP, Jornalistas Associados. Edição 546 Lichinga, Sexta-feira 29 de Julho de 2011. Preço: 15,00MT. Cell 825280609/844546932 E-mail: f[email protected] SEMANÁRIO INDEPENDENTE Em Muembe Administradora distrital cancela entrega de cheque comunitário Num acto de arrogância, a administradora do distrito de Muembe, Ana Ismael, mandou cancelar ontem dia 28, a entrega de um cheque comunitário no valor de 20 mil U$D à comunidade de Chiconono. Tudo pronto para a cerimónia, convidados, régulos, e população em geral a espera do acto, eis que se surge a decisão: está adiada a cerimónia. Ana Ismael que está em Muembe há cerca de três meses, entrou assim para a lista de desmandos na administração pública. Informações colhidas pelo jornal FAÍSC AÍSC AÍSC AÍSC AÍSCA em Chiconono, apontam que a administradora está em Maputo em assuntos familiares. “A cerimónia está adiada para uma data a anunciar, a senhora administradora disse que quer ser ela a entregar o cheque”, disse um funcionário ligado ao processo, visivelmente agastado com o cancelamento. O cheque de 20 mil U$D não é do Governo, provem da empresa de reflorestamento industrial que opera em Chiconono, no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Comunitário. Entretanto, os régulos, não gostaram da brincadeira da administradora. Segundo eles, poderia ter anunciado há muito tempo e não esperar em cima da hora. Cerca de 30 porcento de funcionários da Direcção Provincial de Saúde do Niassa estão infectados com o vírus do HIV/SIDA. Em Metarica, Mandimba e Mecanhelas PROMER reabilita estradas rurais Facilitar acesso aos mercados agrícolas é objectivo do programa do Governo moçambicano A subida do preço dos principais produtos agrícolas na presente campanha de comercialização, poderá retrair os intervenientes.

Em Muembe Administradora distrital cancela entrega de ...macua.blogs.com/files/jornal-faisca-546.pdf · entrega de cheque comunitário Num acto de arrogância, a administradora do

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Propriedade: AMANHECER COOP, Jornalistas Associados. Edição 546Lichinga, Sexta-feira 29 de Julho de 2011. Preço: 15,00MT.Cell 825280609/844546932 E-mail: [email protected]

SEMANÁRIO INDEPENDENTE

Em Muembe

Administradora distrital cancelaentrega de cheque comunitário

Num acto de arrogância, a administradora do distrito de Muembe, Ana Ismael, mandou cancelar ontem dia 28,a entrega de um cheque comunitário no valor de 20 mil U$D à comunidade de Chiconono.

Tudo pronto para a cerimónia, convidados, régulos, e população em geral a espera do acto, eis que se surge adecisão: está adiada a cerimónia.

Ana Ismael que está em Muembe há cerca de três meses, entrou assim para a lista de desmandos naadministração pública.

Informações colhidas pelo jornal FFFFFAÍSCAÍSCAÍSCAÍSCAÍSCAAAAA em Chiconono, apontam que a administradora está em Maputo emassuntos familiares.

“A cerimónia está adiada para uma data a anunciar, a senhora administradora disse que quer ser ela a entregaro cheque”, disse um funcionário ligado ao processo, visivelmente agastado com o cancelamento.

O cheque de 20 mil U$D não é do Governo, provem da empresa de reflorestamento industrial que opera emChiconono, no âmbito do Fundo de Desenvolvimento Comunitário.

Entretanto, os régulos, não gostaram da brincadeira da administradora. Segundo eles, poderia ter anunciadohá muito tempo e não esperar em cima da hora.

Cerca de 30porcento de

funcionários daDirecção Provincial

de Saúde doNiassa estão

infectados com ovírus do HIV/SIDA.

Em Metarica, Mandimba e Mecanhelas

PROMER reabilitaestradas rurais

Facilitar acesso aos mercados agrícolas éobjectivo do programa do Governo moçambicano

A subida dopreço dosprincipaisprodutos

agrícolas napresente

campanha decomercialização,poderá retrair osintervenientes.

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2SEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 SOCIEDADEFFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCA

Saúde no Niassa

HIV/SIDA atinge 30 porcento de funcionáriosCerca de 30

porcento de funcionáriosda Direcção Provincial deSaúde do Niassa estãoinfectados com o vírus doHIV/SIDA.

Estes dados foramrevelados à margem doXXVI ConselhoCoordenador Provincial deSaúde, realizadorecentemente emLichinga.

O Medido ChefeProvincial, Larson Daniel,confirmou estes númerosa jornalistas, tendo ditoque o cenário écomplicado, porque atinge todossectores.

“Estes dados obtivemosatravés de testagem voluntária doHIV/SIDA que fizemos em toda aprovíncia de forma aleatória.Começamos de forma anónima, osfuncionários foram fazendo os testese temos esta realidade. Temos 30porcento de funcionários nossos com

HIV/SIDA. Alguns já estão a fazer otratamento, outros ainda estãohesitantes”, disse Larson Daniel.

Com este cenário, a DirecçãoProvincial de Saúde, trabalha nosentido de criar pontos focais em cadadistrito, os quais vão trabalhar nasensibilização dos colegas parafazerem o teste de forma voluntária.

“Alguns funcionários não temo receio de partilhar com os colegasde que estão com o HIV/SIDApositivo, estão em tratamento eregistam evolução positiva,”sublinhou.

Apesar deste mal, ainda não háo registo de mortes originado peloHIV/SIDA, mas sim com doençasassociadas.

S. RS. RS. RS. RS. Rafaelafaelafaelafaelafael

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12 Anos de Informação para o desenvolvimento!12 Anos de Informação para o desenvolvimento!12 Anos de Informação para o desenvolvimento!12 Anos de Informação para o desenvolvimento!12 Anos de Informação para o desenvolvimento!

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3FFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011SOCIEDADE

Reflorestamento industrial

New Forests plantou três mil hectares- Comunidades beneficiam de investimentos

Por Suizane Rafael

A emprA emprA emprA emprA empresa floresa floresa floresa floresa florestal New Festal New Festal New Festal New Festal New Forororororests em Chiconono, distrito de Muembe, já prests em Chiconono, distrito de Muembe, já prests em Chiconono, distrito de Muembe, já prests em Chiconono, distrito de Muembe, já prests em Chiconono, distrito de Muembe, já procedeu a plantação de três milocedeu a plantação de três milocedeu a plantação de três milocedeu a plantação de três milocedeu a plantação de três milhectarhectarhectarhectarhectares de pinheires de pinheires de pinheires de pinheires de pinheiro e eucalipto no âmbito do ro e eucalipto no âmbito do ro e eucalipto no âmbito do ro e eucalipto no âmbito do ro e eucalipto no âmbito do reflorefloreflorefloreflorestamento industrial.estamento industrial.estamento industrial.estamento industrial.estamento industrial.

O dirO dirO dirO dirO director de plantação da New Fector de plantação da New Fector de plantação da New Fector de plantação da New Fector de plantação da New Forororororests, Clive Scheepers, afirests, Clive Scheepers, afirests, Clive Scheepers, afirests, Clive Scheepers, afirests, Clive Scheepers, afirmou que os trabalhos decormou que os trabalhos decormou que os trabalhos decormou que os trabalhos decormou que os trabalhos decorrrrrrem dentrem dentrem dentrem dentrem dentro dao dao dao dao danornornornornormalidade o que encoraja os investidormalidade o que encoraja os investidormalidade o que encoraja os investidormalidade o que encoraja os investidormalidade o que encoraja os investidores.es.es.es.es.

Iniciada em 2007 a plantação de Chiconono, é uma das poucas zonas onde se faz o plantio em árIniciada em 2007 a plantação de Chiconono, é uma das poucas zonas onde se faz o plantio em árIniciada em 2007 a plantação de Chiconono, é uma das poucas zonas onde se faz o plantio em árIniciada em 2007 a plantação de Chiconono, é uma das poucas zonas onde se faz o plantio em árIniciada em 2007 a plantação de Chiconono, é uma das poucas zonas onde se faz o plantio em áreaseaseaseaseastotalmente degradadas.totalmente degradadas.totalmente degradadas.totalmente degradadas.totalmente degradadas.

Afirmou que a New Forests irágradualmente estabelecer umaunidade de processamento a medidaque as plantascrescem.

N u mhorizonte de 10 anosa unidade deprocessamento jáestará estabelecidanesta zona dointerior da provínciado Niassa.

“As infra-estruturas de apoiovão sendoe s t a b e l e c i d a sg r a d u a l m e n t e ,pensamos que em10 anos já teremosc o n c l u í d o .Plantamos três milhectares de pinheiroe eucalipto, numaárea total de 20 milhectares. A nossa meta é trabalhar em15 mil hectares nesta zona deLigogolo,” disse Clive Scheepers.

Como resultado desteinvestimento privado na zona, 530trabalhadores maioritariamente locaistem emprego permanente emChiconono.Queimadas descontrQueimadas descontrQueimadas descontrQueimadas descontrQueimadas descontroladasoladasoladasoladasoladas

As queimadas descontroladassão o inimigo das plantaçõesflorestais. Para isso, a empresainvestiu em equipamentos decombate aos incêndios e trabalhos deprevenção.

Em 2010 foram perdidos 18hectares de plantação por fogoacidental da empresa e dascomunidades.

“Temos estado a falar com ascomunidades, régulos a cerca dasqueimadas. É um grande risco para asplantações e para a empresa, estamosencorajados com os resultados quetemos no combate às queimadas e acolaboração das comunidades.Fizemos quebra-fogos e treinamos asequipas de trabalho. Em Agostopróximo vamos lançar um programa decombate às queimadas,” sublinhou.Desenvolvimento comunitárioDesenvolvimento comunitárioDesenvolvimento comunitárioDesenvolvimento comunitárioDesenvolvimento comunitário

A par das plantações florestais,a New Forests está a apoiar as

comunidades de Chiconono em acçõesde desenvolvimento.

Desde 2010 que anualmente aempresa disponibiliza 20 mil dólares

para o Fundo deDesenvolvimentoC o m u n i t á r i o .Antes foramconstruídas, umamaternidade, umaescola primáriafontes de água.

“ T e m o si n v e s t i m e n t ocomunitário que égrande, fizemosuma escolap r i m á r i a ,m a t e r n i d a d e ,estamos a treinaras comunidades eos própriost r a b a l h a d o re s .Somos líderes emdesenvolvimentocomunitário noseio das empresas

florestais que operam na província doNiassa. Para 2011 o nosso grandeprojecto comunitário é a reabilitaçãoda Escola Secundária de Chiconono.Temos colaboração das comunidadese estamos satisfeitos por isso,”sublinhou.

No âmbito do Fundo deDesenvolvimento Comunitário, estasemana seria entregue um cheque novalor de 20 mil dólares às comunidadeslocais. Este é o segundo cheque que aNew Forest desembolsa desde 2010.

Pinheiro plantado em Chiconono

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4SEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 FAÍSCAFFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCA

Comercialização agrícola

Preço de produtos dispara no Niassa- AMODER apoia intervenientes

Por Suizane Rafael

A subida do prA subida do prA subida do prA subida do prA subida do preço dos principais preço dos principais preço dos principais preço dos principais preço dos principais produtos agrícolas na produtos agrícolas na produtos agrícolas na produtos agrícolas na produtos agrícolas na presente campanha de comeresente campanha de comeresente campanha de comeresente campanha de comeresente campanha de comercialização, poderácialização, poderácialização, poderácialização, poderácialização, poderárrrrretrair os interetrair os interetrair os interetrair os interetrair os intervenientes.venientes.venientes.venientes.venientes.

Esta inforEsta inforEsta inforEsta inforEsta informação veio a lume durante o lançamento oficial da campanha de comermação veio a lume durante o lançamento oficial da campanha de comermação veio a lume durante o lançamento oficial da campanha de comermação veio a lume durante o lançamento oficial da campanha de comermação veio a lume durante o lançamento oficial da campanha de comercialização agrícola hácialização agrícola hácialização agrícola hácialização agrícola hácialização agrícola hádias na cidade de Lichinga.dias na cidade de Lichinga.dias na cidade de Lichinga.dias na cidade de Lichinga.dias na cidade de Lichinga.

O feijão manteiga, milho branco são os prO feijão manteiga, milho branco são os prO feijão manteiga, milho branco são os prO feijão manteiga, milho branco são os prO feijão manteiga, milho branco são os produtos que rodutos que rodutos que rodutos que rodutos que registam uma subida considerável nesta altura doegistam uma subida considerável nesta altura doegistam uma subida considerável nesta altura doegistam uma subida considerável nesta altura doegistam uma subida considerável nesta altura doano.ano.ano.ano.ano.

A campanhaA campanhaA campanhaA campanhaA campanhaA

campanha decomercializaçãoarrancou naprimeira quinzenado mês de Junhofindo a nível daprovíncia doNiassa.

Espera-seque sejamcomprados 47.675toneladas deprodutos diversos,com o destaquepara milho, feijões, gergelim, batataReno entre outras.

As culturas de rendimentotradicionais como algodão e tabacoirão contribuir com 25.479 toneladas.

O Director Provincial deIndústria e Comércio, HorácioLinaula, disse que o problema doNiassa é a compra. O preço está altoe pode fazer desanimar oscompradores.

“Desafio para o Niassa é oproblema da compra, o preço dos

produtos está alto e não é atractivopara atingir as 47 mil toneladas. Oscamponeses têm muito produto, masnão estão a libertar e não sabem comovender,” disse Linaula.

Nesta altura do ano, a lata de20 litros de feijão manteiga custa500,00Mt, o milho custa 90,00Mt,tendo chegado até aos 120,00Mt.

Apesar do discurso optimistado Governo, a realidade no terrenocontinua a ser difícil para oscompradores.

Um comerciante aoperar em Sanga, disse aojornal FAISCA que adiferença com a cidade deLichinga é mínima. Ocusto de transporte é umadas barreiras para osintervenientes dacomercialização agrícola.

Horácio Linaulaadiantou que há esforçosdo executivo paramonitorar o preço dosprodutos, mas que com aeconomia livre, as regrassão ditadas pelo mercado.

No entanto reconhece que opreço dos produtos é alto no campoassim como na cidade, o que exige umareflexão a volta deste assunto.

“O Governo está a monitoraro preço dos produtos, foram abertasfeiras agro-comerciais para facilitar avenda justa dos excedentes agrícolas.A partir deste ano teremos fóruns deconsulta sobre a comercialização naprovíncia. A entrada do PROMER vai

Carregamento de feijão

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5FFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011FAÍSCA

trazer nova dinâmica neste processode comercialização, mas também nãopodemos esquecer o papel daAMODER na comercialização naprovíncia” disse Linaula.Silos no papelSilos no papelSilos no papelSilos no papelSilos no papel

Desde 2009 que se fala daconstrução de silos para aarmazenagem de cereais com odestaque para o milho nas cidades deCuamba e Lichinga.

Do papel para a concretizaçãoda iniciativa há uma travessia nodeserto. Em Cuamba somente foram

colocados os componentes dos futurossilos em armazéns.

Foi feita uma demarcação dolocal, mas nada foi feito até nos diasde hoje, para conter a vendadesenfreada de cereais no vizinhoMalawi.

Sobre este assunto, HorácioLinaula, voltou a prometer que serãoconstruídos os famosos silos emLichinga e Cuamba.AMODER dá 2.500 Mil em créditosAMODER dá 2.500 Mil em créditosAMODER dá 2.500 Mil em créditosAMODER dá 2.500 Mil em créditosAMODER dá 2.500 Mil em créditos

O maior interveniente decomercialização agrícola na provínciado Niassa, a Associação Moçambicanade Desenvolvimento Rural

(AMODER), disponibilizou para apresente campanha um total de2.500.000Mt em créditos.

Este valor enquadra-se noâmbito da sua politica de micro-créditos desenvolvida na província doNiassa.

Uma parte deste dinheiro estásendo aplicado na comercializaçãoagrícola em curso, processo que contacom a intervenção de 83intervenientes.

Na cidade de Lichinga existe ogrande armazém operado emconsórcio com a Export Marketing,que entretanto já está em curso.

Moçambique e Tanzânia operacionalizam cooperação

Moçambique e Tanzânia decidiram, vão operacionalizar, com urgência, os acordos celebradosentre os dois países no domínio de defesa.

Esta decisão foi tomada em Mtwara, Tanzânia, durante as conversações oficiais entre osMinistros de Defesa Nacional de Moçambique e de Tanzânia, Filipe Nyusi e Hussein Ali Mwinyi,respectivamente, onde passaram em revista a cooperação bilateral entre os dois países costeiros nodomínio de defesa.

O Ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi encontra-se, desde o passado dia 23 de Julho, aefectuar uma visita de trabalho à República Unida da Tanzânia, a convite do seu homólogo.

Naquele país vizinho e irmão, Filipe Nyusi participou, ontem, em Mtwara, na cerimónia doDia dos Heróis dirigida pelo Presidente da República, Jakaya Kikwete, tendo em seguiu oferecidoalmoço aos membros do Governo, às Forças Armadas e a outros dignitários convidados incluindo adelegação moçambicana. Em comemoração do Dia dos Heróis, esta segunda-feira, o PresidenteJakaya Kikwete depositou uma coroa de flores no Monumento erguido em memória aos 101 soldadosque tombaram pela libertação de Moçambique, na região de Naliendele, em Mtwara.

No prosseguimento da sua agenda de trabalho em Tanzânia, o Ministro da Defesa Nacionalestá a efectuar visitas à diversas unidades militares, nomeadamente, academias militares, indústriade defesa, Centro de Serviço Cívico da Tanzânia, devendo hoje escalar o Staff College e AcademiaMilitar de Monduli, em Arusha.

Na sua deslocação à Tanzânia, o Ministro da Defesa Nacional faz-se acompanhar de quadrosséniores do Ministério e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

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6SEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 ECONOMIAFFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCA

Em Metarica, Mandimba e Mecanhelas

PROMER reabilita estradas ruraisPor Lino Sousa Mucuruza

O programa de Promoção de Mercados Rurais (PROMER) vai reabilitar as estradas rurais dosdistritos de Mandimba, Metarica e Mecanhelas a partir deste ano.

Para o efeito, foi lançado semana finda na cidade de Cuamba, o programa de estradas, ondetomaram parte os Governos Distritais dos distritos beneficiários e quadros seniores da AdministraçãoNacional de Estradas (ANE).

O PROMER tem comoobjectivo contribuir para melhorar avida das famílias rurais, ajudando ospequenos agricultores a aumentar asua renda através da comercializaçãorentável dos seus excedentesagrícolas.

Para isso, a intervenção nasinfra-estruturas como estradasrurais é apontado como sendo umaprioridade em Mecanhelas,Mandimba e Metarica.

Foi assinado ummemorando de entendimentoentre a PROMER e AdministraçãoNacional de Estradas (ANE) demodo a monitorar as estradasdefinidas como importantes para acomercialização que serãoreabilitadas e construídas.

Neste processo a ANE terácomo actividades abertura deconcursos para os empreiteiros aonível das delegações províncias econtrole das vias que serãoconstruídas e reabilitadas nesteslocais que a PROMER definiu.

Segundo o coordenador doprograma ao nível da ANE sede naDirecção de Manutenção EngºLaytone Melo, o programa vai trazerum impacto positivo uma vez que o

objectivo do programa é de tornar asvias de acesso mais transitáveis parao escoamento de produtos para venderem outros distritos como tambémprovíncias circunvizinhas e tambémvai ajudar em outros fins não só sendoo escoamento de produtos agrícolas e

assim as províncias terão umintercâmbio económico.

Por sua vez Carla Honwanarepresentante do PROMER a nível daprovíncia de Maputo disse que oprincipal objectivo é fazer areabilitações tendo algumasactividades já iniciado nas províncias

da Zambézia e Nampula. “Em CaboDelgado ainda não se fez o lançamentoe agora queremos implementar aqui noNiassa”, disse Carla Honwana.

A nossa fonte acrescentou queos concursos serão lançados pelasdelegações provinciais da ANE com a

primeira experiencia feita na Zambéziae em Nampula foram construídas cercade 120Km de estradas.

“Não é uma construção de raizé apenas uma reabilitação o programafoi desenhado para seis distritos da

(Continua na página 7)

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7FFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011ECONOMIA

zona Sul. Na zona Norte houve umprograma anterior nestes distritosmais também não podemos estendera outros distritos porque apenas é paracontinuar com os trabalhos que jáiniciados”, indicou.

De acordo com o coordenadorda PROMER no Niassa, Sérgio NetoNemba, foram escolhidos os distritosde Mandimba, Mecanhelas e Metaricapor não terem beneficiado deprogramas anteriores.

Afirmou ainda que no vizinhodistrito de Ribáuè, em Nampula, foramfeitos trabalhos nas estradas rurais.

“No Niassa vamos fazer omesmo com os distritos de Mandimba,Metarica, Mecanhelas, estes sãoprioritários e basicamente são estesdistritos que serão abrangidos pelasreabilitações e construções das vias deacesso. Com a intervenção o ganho éque os distritos tenham vias de acessoe também vai beneficiar as populaçõesdos mesmos distritos. Queremosatingir as mulheres e os pequenosagricultores”, disse Nemba.

Neste processo, o PROMERvai trabalhar com as DelegaçõesProvinciais da ANE e o Fundo deEstradas.

O PROMER terá a duração desete anos, está orçado com cerca de 7milhões de USD e já opera nasprovíncias da Zambézia de Nampula eagora no Niassa. O próximo será aprovíncia de Cabo Delgado.

O programa tem ofinanciamento do Fundo Internacionalpara o Desenvolvimento daAgricultura (IFAD), AGRA, ComissãoEuropeia e Governo de Moçambique.

Espera-se que cerca de 20.000pequenos produtores vão beneficiar doPROMER trata-se de 670 associaçõese 375 comerciantes e cerca de 450.000famílias.

O programa tem comoobjectivo melhorar as vidas dasfamílias rurais ajudando os pequenosagricultores que praticam a agriculturade semi-subsistência a aumentar a suarenda através da comercializações

rentáveis dos seus excedentesagrícolas de modo a melhorar aparticipação de pequenos agricultoresem mercados agrícolas e melhorar aeficiência do intermediário e a

(Continuação da página 6)

Maputo acolheu reunião do açúcarA 12ª conferência sobre o açúcar teve lugar no inicio desta

semana em Maputo. Os Países da África Caraíbas e Pacífico (ACP)produtores de açúcar reuniram-se para traçar estratégias rumo a umobjectivo comum: colocação do seu produto no mercado da UniãoEuropeia.

O Primeiro Ministro, Aires Aly, discursando na abertura, indicouque a 12ª decorre numa altura em que os países buscam consensos paraque a produção de açúcar contribua no comercio internacional.

O PM afirmou ainda que em Moçambique que, a agricultura ocupao lugar cimeiro nas prioridades de políticas de desenvolvimento doGoverno; todos os esforços estão orientados para a implementação dosprogramas deste sector, que é tido como a base de desenvolvimentoeconómico do País.

“É neste contexto que temos vindo a envidar esforços no apoioao surgimento e consolidação das pequenas e médias empresas do sector,bem como a assistência técnica aos produtores familiares sob váriasformas, desde o fornecimento de insumos agrícolas, incentivo ainiciativas de grandes empresas em apoiar os pequenos produtores, arealização de feiras de produtos agrícolas, entre outras. Esta Conferênciarealiza-se num momento particular para o sector açucareiro no nossoPaís caracterizado por um crescimento significativo do volume deinvestimentos e de uma enorme carteira de projectos a seremimplementados”, afirmou Aly.

Por outro lado, falou dos apoios que o executivo presta ao sectoragrícola sobretudo no agro-processamento nos últimos tempos.

“Inserido na política de apoio ao sector agrícola e agro-processamento, o Governo da República de Moçambique tem ao longodos últimos tempos, adoptado estratégias e programas visando a atracçãode investimentos no sector do açúcar, que permitiram uma crescentepresença no mercado internacional, traduzindo-se em 281.000 toneladasde açúcar em 2010 contra 39.000 toneladas em 1998.

Face à nova conjuntura internacional do mercado do açúcar, urgedebater aspectos relativos a diversificação na indústria açucareira,

adopção de tecnologias modernas visando o aumento da produção e

produtividade do açúcar e derivados, tais como etanol, bio-combustível,

bem como encontrar outras oportunidades de mercado, o que esperamos

venha acontecer ao longo destes dois dias de Conclave que vamos ter”.

efectividade das parcerias e estimularo aumento da produção agrícola e ovalor acrescentado de produtoscomercializados e criar um ambientepróprio a operações de mercadosagrícolas.

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8SEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 DESTAQUEFFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCA

MISA-Moçambique capacita jornalistasPor Suizane Rafael

O capítulo moçambicano do MISA, levou a cabo semana finda na prO capítulo moçambicano do MISA, levou a cabo semana finda na prO capítulo moçambicano do MISA, levou a cabo semana finda na prO capítulo moçambicano do MISA, levou a cabo semana finda na prO capítulo moçambicano do MISA, levou a cabo semana finda na província de Maputo uma capacitação sobrovíncia de Maputo uma capacitação sobrovíncia de Maputo uma capacitação sobrovíncia de Maputo uma capacitação sobrovíncia de Maputo uma capacitação sobre ae ae ae ae amonitoria à Libermonitoria à Libermonitoria à Libermonitoria à Libermonitoria à Liberdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprensa.ensa.ensa.ensa.ensa.

PPPPParararararticiparam no evento 20 jorticiparam no evento 20 jorticiparam no evento 20 jorticiparam no evento 20 jorticiparam no evento 20 jornalistas de vários órnalistas de vários órnalistas de vários órnalistas de vários órnalistas de vários órgãos de inforgãos de inforgãos de inforgãos de inforgãos de informação a nivel nacional de rádios, televisãomação a nivel nacional de rádios, televisãomação a nivel nacional de rádios, televisãomação a nivel nacional de rádios, televisãomação a nivel nacional de rádios, televisãoe jore jore jore jore jornais.nais.nais.nais.nais.

Os parOs parOs parOs parOs participantes discutiram temas como Liberticipantes discutiram temas como Liberticipantes discutiram temas como Liberticipantes discutiram temas como Liberticipantes discutiram temas como Liberdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprensa, Limites à Liberensa, Limites à Liberensa, Limites à Liberensa, Limites à Liberensa, Limites à Liberdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprensa,ensa,ensa,ensa,ensa,DirDirDirDirDireito à Inforeito à Inforeito à Inforeito à Inforeito à Informação e Amação e Amação e Amação e Amação e Acesso à Inforcesso à Inforcesso à Inforcesso à Inforcesso à Informação Pública, Garantias e Rmação Pública, Garantias e Rmação Pública, Garantias e Rmação Pública, Garantias e Rmação Pública, Garantias e Responsabilidade Presponsabilidade Presponsabilidade Presponsabilidade Presponsabilidade Profissional do jorofissional do jorofissional do jorofissional do jorofissional do jornalista,nalista,nalista,nalista,nalista,SegrSegrSegrSegrSegredo de Justiça, e Aedo de Justiça, e Aedo de Justiça, e Aedo de Justiça, e Aedo de Justiça, e Advocacia da liberdvocacia da liberdvocacia da liberdvocacia da liberdvocacia da liberdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprdade de Imprensa.ensa.ensa.ensa.ensa.

Os desafios dos jorOs desafios dos jorOs desafios dos jorOs desafios dos jorOs desafios dos jornalistasnalistasnalistasnalistasnalistasO jornalista e editor do

SVANA, Fernando Gonçalves, um dosmoderadores, afirmou que aLiberdade de Imprensa se enquadranos Direitos Humanos dos cidadãos.

Gonçalves afirmou que aConstituição da República deMoçambique,consagra estal i b e r d a d eatravés doartigo 48.

Indicoua actual Lei deImprensa, cujaexistência dáabertura para oexercício daa c t i v i d a d ejornalística emMoçambique.

“ E s t e sd i s p o s i t i v o slegais visamencorajar osjornalistas àe s c r e v e rlivremente e adar informaçãoao público. Oacesso à informação não é só para ojornalista, é para toda a população,”disse Gonçalves.

No entanto, os mesmosdispositivos legais fixam algunslimites para os profissionais dacomunicação social durante oexercício da sua profissão.

Entre eles, o respeito à vidaprivada das pessoas, protecção dasfontes de informação, princípios éticosmuito fortes entre outras coisas.

AAAAAcesso à inforcesso à inforcesso à inforcesso à inforcesso à informaçãomaçãomaçãomaçãomaçãoSobre alguns aspectos do dia-

a-dia do jornalista no acesso àinformação, Fernando Gonçalvesafirmou que ainda existem problemasligados a disponibilização deinformação pública e privada aoscidadãos.

Citou os casos dos mega-projectos mineiros, cujos contratosnão são amplamente divulgados, orecente bypass da MOZAL na Matola.

“Os Direitos Humanos sãocodificados, porque são DireitosHumanos e inalienáveis, são umacomponente da Democracia.Democracia não existe sem livreexpressão e liberdade de imprensa. Opovo exerce o poder por delegação, aoeleger o Presidente da República, os

Deputados da Assembleia daRepública, estes devem prestarinformação ao povo. É preciso combatero secretismo na acção governativa, aimprensa tem o seu papel na mudança decomportamentos dos dirigentes. Osmedia tem o papel de servir de canal deexpressão pública,” afirmou Fernando

Gonçalves.FFFFFiguras públicasiguras públicasiguras públicasiguras públicasiguras públicas

Por outro ladoindicou que algumasvezes há violações davida privada de algumasfiguras públicas, o queleva o jornalista à barrada Justiça.

Sobre esteassunto, o editor doSAVANA é de opiniãoque “a privacidade doindivíduo, este perdequando o interessepúblico está acimadele (indivíduo)”,clarificou.

N opoliciamento daLiberdade deImprensa e deExpressão, os artigos48, 49 e 50 daConstituição daRepública são

importantes.As Redacções devem estar

munidas da Lei de Imprensa e daConstituição da República para evitarcontratempos no exercício daprofissão.Publicidade e censuraPublicidade e censuraPublicidade e censuraPublicidade e censuraPublicidade e censura

Nos dias actuais, váriaspublicações são confrontadas com acensura e auto-censura. Determinadas

(Continua na página 9)

Uma parte dos participantes

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9FFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011DESTAQUE

empresas tem agido contra a publicaçãode assuntos que ferem a sua imagem,cortando deste modo a publicidade nestesórgãos.

Sobre estadura realidade,F e r n a n d oGonçalves afirmouque “não écondicionante para aauto-censura nasempresas dec o m u n i c a ç ã o .Nenhuma empresaséria vai deixar decolocar publicidadenum jornal sério”,sublinhou.DirDirDirDirDireitos Humanoseitos Humanoseitos Humanoseitos Humanoseitos Humanose a impre a impre a impre a impre a imprensaensaensaensaensa

Já oconstitucionalistaPaulo Comoanedissertou a cercados DireitosHumanos e o acessoà informação.

Falou daConstituição daRepública deMoçambique quereconhece diversosd i r e i t o sfundamentais aoscidadãos.

Indicou osartigos 56 e 80como sendo algunsdos quais se podesocorrer para evitaractos ilegais no dia-a-dia.

Muitas vezes os cidadãos sãoobrigados a cumprir determinadas regras,mas não lhes é permitido saber de acçõesdo Governo e agentes do ESTADO.

“O artigo 56 da Constituiçãofala dos direitos fundamentais, o artigo80 diz que nenhum cidadão tem odireito de obedecer uma ordem ilegal.A taxa de radiodifusão não é uma lei,as pessoas pagam por cidadania, aspessoas tem obrigação de pagarimpostos, mas tem direitos de exigirexplicações ao ESTADO. O acesso àinformação deve ser necessário a nãoser que haja uma lei escrita queproíba,” disse Paulo Comoane.

Em relação às relações detrabalho do jornalista, a fonte indicouque este deve obedecer ao seu chefe,mas contrasta com a lei de imprensaque promove a livre criação.

“O jornalista deve obedecer aoseu chefe, o jornalista escreve deforma livre, o patrão não pode interferirno quotidiano da publicação,” aclarou.

Para Paulo Comoane, muitasvezes há problemas quando os Direitos

entre o cidadão e o ESTADO não sãorespeitados.

Os Direitos Humanos vêmreflectidos nos Tratados Internacionais,enquanto que os Direitos Fundamentaisestão na Constituição de cada País.

Alguns ESTADOS muitas vezescaiem em turbulências por falta derespeito aos Direitos Fundamentais. Ocaso recente é o do Zimbabwe, cujareforma agrária acabou levando o País àbancarrota.

O caso mais recente das medidasdo Conselho Municipal da Cidade deLichinga em multar os comerciantes quedarão esmola aos desfavorecidos é umexemplo da violação da DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos.

O direito à alimentação está sendonegado pelo Conselho Municipal daCidade de Lichinga aos seus cidadãos.

Quanto a responsabilidade civil dojornalista em casos que terminam na barrada Justiça, o constitucionalista consideroude perigoso.Crimes de imprCrimes de imprCrimes de imprCrimes de imprCrimes de imprensaensaensaensaensa

O artigo 41 da Lei de Imprensa éuma armadilha para os profissionais de

comunicaçãos o c i a l .Q u a l q u e rpessoa que sesinta feridapor um artigo,muitas vezesrecorre aoTribunal paraprocessar ojornalista.

“ H áverdades quelevam ojornalista aoTribunal, porexemplo, anotícia daapreensão deprodutos forado prazo numestabelecimentocomercial porparte daINAE, osdonos dae m p r e s apodem acharque é calunia edifamação elevar ojornalista àbarra daJustiça. Averdade podeser calúnia,mas é precisoexplorar a

presunção de inocência. Há um conjuntode crimes de imprensa que quandoentram na Justiça ganham formatonormal. É preciso evitar tocar na vida daspessoas sem uma base. A Lei deSegurança do Estado é uma armadilhapara o jornalista. Há também os casos deSegredo da Justiça, muitas vezes osjornalistas escrevem sobre matériasprocessuais que estão na fase crucial. Osjornalistas correm o risco de seremprocessados,” finalizou Comoane.

Entretanto, apelou asorganizações de advocacia dos media e ospróprios jornalistas para queaproveitem a actual revisão daConstituição da República para incluirnovos elementos importantes para oexercício do jornalismo.

(Continuação da página 8)

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10SEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 OPINIÃOFFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCA

CONSELHO DE GESTÃOFAÍSCA

Dispensa de Registo nº 08/GABINFO-DE/99.

Redacção: Suizane Rafael chefe. Cell 825280609Colaborador. Lino Sousa. Revisão, Maquetização Fotografiae Impressão: FAÍSCA.Av do Trabalho (Oficina do ICM) Lichinga

Manuel da Silva Quimbine(Presidente)Eduardo Douglasse(Vice-presidente)Marcelino Rachide(Secretário)

AMANHECER COOP, Jornalistas AssociadosNUIT 900084072

EditorialGoverno do Niassa devedor

Já é demais senhores e senhoras gestores públicos da província do Niassa. Dívidas existem, mas até esteponto é demais. Em 2010 o Governo da Província do Niassa contraiu dívidas com os transportadores quetrabalharam durante a visita do Presidente da República.

Os transportadores deixaram de fazer o seu trabalho diário para alinhar na missão Presidencial pelosdistritos do Niassa.

Para pagar, foi uma dança interminável. Reunião aqui, reunião acolá, hora SISTAFE não funciona, horaporque não há liquidez. Depois de dois meses, finalmente pagaram o devido aos transportadores.

Em 2011 o filme voltou à carga. “Precisamos dos vossos carros para a visita do camarada Presidente daRepública”, lá foi dada a ordem.

Os que tentaram resistir acabaram por aceitar. Andaram em Maúa, Nipepe, Sanga e Mandimba dia enoite. No final não há dinheiro!

Soubemos que até há exigências caricatas para que possam receber o seu dinheiro. “Digam os nomes daspessoas que subiram os vossos carros”, lá se fala no Governo do Niassa.

Senhores, não vamos brincar com assuntos sérios. Os transportadores investiram os seus meios e nofim não lhes querem pagar?

Quem ganha com este tipo de comportamentos senhores directores provinciais? Estarão a amedrontaros transportadores para não lhes pagar o que é seu?

Mais caricato é que na mesma visita, os transportadores que trabalharam com a Presidência receberamos seus ordenados.

O Governo do Niassa é mau pagador! Esta matrícula já ficou registada, razão pela qual o sector privadonão desenvolve nesta região.

É muito mau quando agentes do ESTADO tentam usar artimanhas sujas para não pagar ao cidadão porprestar serviço a este mesmo ESTADO.

É muito vergonhoso que um director provincial ande com desculpas rotas e esfarrapadas do tipo onde éque andou o seu carro, diga nome da pessoa que subiu.

Para este tipo de comportamentos sugerimos que se faça um pente fino às contas da visita Presidenciala nivel do Governo do Niassa.

Pagar dívidas do sector privado faz bem senhores do Governo do Niassa.Temos dito!

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11FFFFFAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCAAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011OPINIÃO

*Kussowa Cho Chita?George Walemba

Há uns dias atrás uma amigatrouxe à minha atenção através de umlink da RM uma notícia na qual lia-seque a Assembleia Municipal deLichinga tinha decidido banir as mini-saias, como forma de combater aprostituição.

A notícia estava revestida deoutros elementos, mas não tardou emse transformar num um tiro que lhessaiu pela culatra aos que decidiramemanar essa decisão. Hoje oiço dizerque foi um mal entendido, houve máfé pelo jornalista que cobriu o assunto,bla-bla-bla, mas em mim não restamdúvidas que isso aconteceu.

Sou natural de Lichinga, e medou ao luxo de dizer que conheço adinâmica e as tendências da nossapequena cidade, com algumas mentesretrógradas e pobres em iniciativa. Atípica maldade de gente poucoinstruída, mal intencionada que nósqualificamos de “kaplikoni”. A únicadiferença, é que estes kaplikonis têmo poder nas mãos.

Tenho que vos dar umcheirinho histórico/geográfico sobre oplanalto de Lichinga, para melhorentenderem o que faz dos habitantesdela vítimas de subjugações erepetidos infortúnios por váriosfenómenos e eventos socio-culturais.O nome Lichinga provem da língualocal Yao, que quer dizer cerca, ou sejavedação em forma circular. O nomevem inspirado de uma cratera enormeque existe na região de Metonha, há

poucos quilómetros da colina principalque constitui o planalto de Lichinga,quem conhece a estrada paraMandimba, saberá onde é.

Para os que estudaram ahistória de Moçambique, terão ouvidofalar do Mataka, este pode até ter sidoum monarca, mas que a históriaresponsabilizou-se em reduzi-lo a umsimples chefe tribal, mas que o seureino era vasto, não há sombra dedúvidas. Para vos dar um exemplo dadimensão do seu reinado, o territórioestendia-se desde o Rio Rovuma,entre o Lago Niassa até ao rio Lúrioaté ao planalto de Zomba no actualMalawi, e lá haviam varias outrascolinas que acabaram sendo chamadaspor MachingaMachingaMachingaMachingaMachinga.

A maior parte dos habitantes doespaço geográfico que outrora era oreino de Mataka, falam a língua Chiyao,é uma etnia com um alto sentido dehumildade e que chega a serconfundida com servilismo. A suatendência mercantil, fez com que osprimeiros contactos com os árabesvindos da costa para o interiorprivilegiassem as trocas comerciais,mas também notória a islamização damaioria.

É bem provável que tenhamresistido ao comércio de escravos, anão ser em territórios perdidos, i.e.além rio Lúrio, nas terras de KuphulaMunu, mas que até hoje há poucosvestígios ou evidências de ter sidoessa a prática, pode ter sido umnegócio que floresceu ou que tenhabeneficiado directamente ao chefeMataka e seus próximos. Deixarei essa

questão para os que sabem mais sobreos Makondes e Makuas.

Como natural da cidade deLichinga, e que continua com o sonhode um dia essa cidade a alcançar umpatamar de harmonia, beleza,simplicidade, sobre tudo agradávelpara os citadinos, com o único fim detorna-la numa verdadeira capital dospovos de Niassa.

Em nome de todos quecomungam de boa fé num Niassadesenvolvido, gostaríamos que osamigos que estiverem interessadosem viver nela respeitem-na com overdadeiro sentido de patrióticos.Como disse anteriormente, ahumildade dos “ayaos” é geralmentesubestimada, e alguns chegam mesmoa considera-los como um povopanhoho e servil.

Os colonialistas portuguesesnão conseguiram explorar essahumildade para tirar dividendos, tantomais que o território foi durante longosanos negligenciado com a criação daCompanhia do Niassa, e esta acabousendo cedida num regime de “lease”a um consórcio de capitais britânicose franceses (aconselho-vos agooglarem os dados históricos sobrea companhia).

***** K K K K Kussowa cho chitaussowa cho chitaussowa cho chitaussowa cho chitaussowa cho chita – emchinyanja – e é uma expressão quevulgarmente se usa para questionar seum individuo esta sem ideias para fazeralgo útil e acaba fazendo palhaçadas.Em analogia, isto é o que está aacontecer com a Assembleia Municipalde Lichinga.

KaplikKaplikKaplikKaplikKaplikonionionionioni – intriguista, zaragateiro.

(Continua napróxima edição)

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12 FAÍSCASEXTA-FEIRA29 de Julho de 2011 KUCHELEKUCHELEKUCHELEKUCHELEKUCHELE

Nepotismo no Parlamentoinfantil

Afinal viajar de avião de borla anima muito. Animamuito que até um director provincial fez CUNHA paraque o seu filho fosse lá na reunião infantil a custo ZERO!

Estes directores até envergonham muito. Afinalnão ganha o suficiente para pagar bilhete aéreo? Já viu,que discurso vai fazer o seu filho lá em Maputo, se o pai édirector provincial…

Os verdadeiros beneficiários da ajuda não apanham,os filhos de chefe é que falam em nome de Lupilichi,Mbamba, Naulala, Meponda, Chissimbir…

Mau exemplo para as crianças, vão pensar quefraude é normal para subir na VIDA, mesmo quando nãoé a sua vez!

ENTRE NÓS

Governodo

Niassa

Não pagou contasdos transportadoresda visitaPresidencial. Mauhábito e costume.

 

 

AnaIsmael

A administradora do distritode Muembe, mandoucancelar a entrega do chequecomunitário em Chicononosó porque queria ser ela adirigir a cerimónia. Será quenão há representação emocasiões desta natureza?

A Direcção Provincial de Saúde do Niassa realizou oXXVIII Conselho Coordenador Provincial.Moçambique tem 36 anos de Independência, mas aDPS do Niassa já realizou 38 conselhos coordenadoresprovinciais.Será verdade?

Em Chiconono existe esta placa que identifica umaEm Chiconono existe esta placa que identifica umaEm Chiconono existe esta placa que identifica umaEm Chiconono existe esta placa que identifica umaEm Chiconono existe esta placa que identifica umaobra do Probra do Probra do Probra do Probra do Presidente da Residente da Residente da Residente da Residente da República, Arepública, Arepública, Arepública, Arepública, Armando Guebuza.mando Guebuza.mando Guebuza.mando Guebuza.mando Guebuza.Estimado leitorEstimado leitorEstimado leitorEstimado leitorEstimado leitor, veja a divisão silábica., veja a divisão silábica., veja a divisão silábica., veja a divisão silábica., veja a divisão silábica.