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FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 23 TEMPO EM MANAUS VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,00 ANO XXVI – N.º 8.209 – SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ O ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, foi sepultado às 8h40 deste domingo (no horário de Brasília), no cemitério da família em Qunu. O sepultamento de Madiba aconteceu após uma cerimônia de quatro horas que seguiu os rituais xhosa. Mundo B4 O descanso do herói Após a morte do operário Marcleudo de Melo Ferreira, 22, que despencou de uma altura de 35 metros, a Justiça do Trabalho do Amazonas pediu a interdição das obras na Arena da Amazônia. O órgão protocolou o pedido do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT 11ª Região) feito na noite do sábado. Pódio D8 JUSTIÇA INTERDITA OBRAS DA ARENA Um micro-ônibus da empresa ACM Transporte, invadiu e destruiu uma lan- chonete, na manhã de ontem, na avenida Desembargador João Machado, bairro Alvorada 1. Três pessoas ficaram feridas. Dia a dia A8 Edcley dos Santos e Rafaela Cavalcan- te foram presos acusados de sequestrar uma adolescente de 15 anos e cobrar R$ 50 mil de resgate. Dia a dia A8 Casal é preso por sequestrar adolescente R$ 50 MIL Com a verba de R$ 9 milhões que acaba de receber, o hospital retoma suas atividades. A normalização be- neficiará as pessoas que já estavam na fila. Dia a dia A8 HGV retoma hoje suas atividades O RETORNO EUA estudam anistia para Snowden ESPIONAGEM O ator irlandês Peter O’Toole (foto), as- tro do filme “Lawrence da Arábia” (1962), dirigido por David Lean, morreu aos 81 anos em Londres. Plateia B5 Morre O’Toole, de “Lawrence da Arábia” FILME TRISTE Visita do barulho XAXAXAXAXA DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO IONE MORENO DIVULGAÇÃO Uma perícia será feita hoje na Arena da Amazônia. A notificação da suspensão das obras foi entregue domingo à construtora Andrade Gutiérrez, que não se pronunciou a respeito Mandela foi sepultado, acompanhado unicamente pela família e convidados Desgovernado, um micro-ônibus derrubou paredes e parte da cobertura da lanchonete Juliana Albuquerque e Felipe Ribeiro foram os campeões da categoria Adulto da 41ª Travessia Almirante Tamandaré, principal prova de águas abertas do Amazonas, realizada na manhã des- te domingo, 15, na Ponta Negra. O evento, que reuniu 96 nadadores, foi promovido pela Marinha do Brasil. Pódio D7 Os campeões das águas A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, estuda a possibilidade de conceder anistia a Edward Snowden, o ex-técnico que vazou documentos que revelavam a espionagem. Mundo B3 Juliana Albu- querque, campeã da Travessia Tamandaré. TCE faz balanço na última sessão ÉRICO DESTERRO Política A5

EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA, FOLHAINVEST E PÓDIO. MÁX.: 33 MÍN.: 23

TEMPO EM MANAUS

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

1,00

ANO XXVI – N.º 8.209 – SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

O ex-presidente sul-africano, Nelson Mandela, foi sepultado às 8h40 deste domingo (no horário de Brasília), no cemitério da família em Qunu. O sepultamento de Madiba aconteceu após uma cerimônia de quatro horas que seguiu os rituais xhosa. Mundo B4

O descanso do herói

Após a morte do operário Marcleudo de Melo Ferreira, 22, que despencou de uma altura de 35 metros, a Justiça do Trabalho do Amazonas pediu a interdição das obras na Arena da Amazônia. O órgão protocolou o pedido do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT 11ª Região) feito na noite do sábado. Pódio D8

JUSTIÇA INTERDITAOBRAS DA ARENA

Um micro-ônibus da empresa ACM Transporte, invadiu e destruiu uma lan-chonete, na manhã de ontem, na avenida Desembargador João Machado, bairro Alvorada 1. Três pessoas fi caram feridas. Dia a dia A8

Edcley dos Santos e Rafaela Cavalcan-te foram presos acusados de sequestrar uma adolescente de 15 anos e cobrar R$ 50 mil de resgate. Dia a dia A8

Casal é presopor sequestraradolescente

R$ 50 MIL

Com a verba de R$ 9 milhões que acaba de receber, o hospital retoma suas atividades. A normalização be-nefi ciará as pessoas que já estavam na fi la. Dia a dia A8

HGV retomahoje suas atividades

O RETORNO

EUA estudamanistia para Snowden

ESPIONAGEM

O ator irlandês Peter O’Toole (foto), as-tro do fi lme “Lawrence da Arábia” (1962), dirigido por David Lean, morreu aos 81 anos em Londres. Plateia B5

Morre O’Toole,de “Lawrence da Arábia”

FILME TRISTE

Visita do barulho

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AÇÃO

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AÇÃO

Uma perícia será feita hoje na Arena da Amazônia. A notifi cação da suspensão das obras foi entregue domingo à construtora Andrade Gutiérrez, que não se pronunciou a respeito

Mandela foi sepultado, acompanhado unicamente pela família e convidados

Desgovernado, um micro-ônibus derrubou paredes e parte da cobertura da lanchonete

Juliana Albuquerque e Felipe Ribeiro foram os campeões da categoria Adulto da 41ª Travessia Almirante Tamandaré, principal prova de águas abertas do Amazonas, realizada na manhã des-te domingo, 15, na Ponta Negra. O evento, que reuniu 96 nadadores, foi promovido pela Marinha do Brasil. Pódio D7

Os campeões das águas

A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, estuda a possibilidade de conceder anistia a Edward Snowden, o ex-técnico que vazou documentos que revelavam a espionagem. Mundo B3

Juliana Albu-querque, campeã da Travessia Tamandaré.

TCE faz balançona última sessão

ÉRICO DESTERRO

Política A5

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Page 2: EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

A2 Última Hora MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

LOTERIAS

Concurso n. 1237 (13/12/2013)

04 06 12 23 31 37

DUPLA-SENADUPLA

Primeiro sorteio

05 33 36 38 42 46

Segundo sorteio

Concurso n. 1409 (14/12/2013)

LOTOMANIALOTOMANIA

04 15 25 26 34

44 58 63 69 72

73 78 79 83 84

86 87 89 92 93

Concurso n. 3366 (14/12/2013)

03 22 30 48 50

QUINAQUINA

Concurso n. 994 (14/12/2013)

LOTOFÁCILLOTOFÁCIL

Concurso n. 512 (14/12/2013)

TIMEMANIATIMEMANIA

04 07 11 19 39 59 63

Time do coração

INTER LIMEIRA/SP

Concurso nº 1556 (14/12/2013)

01 04 07 10 11 52

MEGA-SENAMEGA-SENA

Extração nº 04823 (14/12/2013

FEDERALFEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

1º 69.477 500.000,00

2º 89.047 34.200,00

3º 84.942 33.600,00

4º 28.412 32.800,00

5º 39.261 31.940,00

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

03 05 07 08 09

11 12 13 14 15

16 18 22 23 25

Manifestação por acordo reúne 200 mil na UcrâniaNegociações para um acordo comercial e fi nanceiro entre o país e o bloco europeu estão paralisadas desde novembro

Cerca de 200 mil pes-soas voltaram a se reunir ontem na praça da Independência, na

capital ucraniana Kiev, a favor da aproximação do país com a União Europeia.

As negociações para um acordo comercial e fi nanceiro entre o país e o bloco europeu estão paralisadas desde o fi m do mês passado, quando o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, abandonou as conversas alegando pressão contrária da Rússia.

Nos últimos dias, represen-tantes da UE e ucranianos recomeçaram a negociação.

Ontem, porém, o comissário europeu para a ampliação do bloco, Stefan Fuele, disse que os trabalhos foram novamen-te suspensos. Segundo ele, Kiev não fi rmou um compro-misso claro para o acordo.

Em comentário no Twitter, Fuele disse que as palavras e ações do presidente ucra-niano e de seu governo sobre o pacto estão cada vez mais distantes. “Os argumentos deles não têm fundamento na realidade”, disse. Como resultado, os trabalhos estão “em suspenso”, disse.

A Ucrânia atravessa difi cul-dades econômicas e o presi-

dente Yanukovich já disse que, para assinar o acordo com a União Europeia, o país espera ajuda fi nanceira de 20 bilhões de euros por ano.

Do lado oposto está a Rús-sia, que oferece ajuda em troca de uma aproximação comercial ao leste, com Ca-zaquistão e Belarus.

Cabo de guerraYanukovich deve se en-

contrar na terça-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou. A Ucrânia depende economicamente da Rússia principalmente devido ao fornecimento de gás.

“É melhor ele fi car em Mos-cou e não voltar a Kiev se o acordo de união aduaneira com a Rússia for assinado”, afi rmou o ex-ministro da eco-nomia Arseny Yatsenyuk, um dos líderes da oposição. Ele acusa Yanukovich de “vender” o país aos russos.

O cabo de guerra entre leste e oeste ficou evidente depois que ucranianos foram às ruas contra a decisão de Yanukovich de negociar com a Rússia, o que afasta o país da Europa. As manifestações chegaram a reunir 500 mil pessoas e foram reprimidas com violência.

Cerca de 200 mil pessoas voltaram a se reunir no dia de ontem na praça da Independência, na capital ucraniana

DIV

ULG

AÇÃO

Dez dias atrás o presiden-te do Parlamento Europeu, Martin Schulz, reforçou a ideia de que a União Euro-peia tem a porta aberta para um acordo de associação com a Ucrânia, mesmo com

um executivo que reprime violentamente os cidadãos. “Temos dois tipos de interlo-cutores, o governo que repre-senta o país, e os opositores, que também fazem parte da nação. Se deixar aberta a

porta, tem que a deixar não apenas para uma parte, mas para as duas”, declarou.

E na opinião do enviado da União Europeia para a Ucrânia, Aleksander Kwa-sniewski, “temos um pre-

sidente democraticamente eleito e o seu mandato ex-pira em 2015. Não podemos dizer, como políticos sérios ou parceiros sérios da União Europeia, que não aceita-mos esse mandato”.

União Europeia deixou a porta aberta

ONG questiona remédios para HIVOrganizações da sociedade

civil que há 10 anos monito-ram o atendimento a pacien-tes com Aids pelo Ministério da Saúde temem um retro-cesso no país. Após anúncio de mudanças no tratamento para pessoas que acabaram de ser diagnosticadas com HIV e de medidas para facilitar a testagem, o Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI) divulgou comunicado sugerindo que o sucesso do programa brasileiro pode es-tar em em risco.

O documento da ONG ques-tiona a realização de teste rápido para HIV em grandes eventos, que pode acabar constrangendo os pacientes na frente de pessoas conhe-cidas, caso o resultado dê positivo, e a disponibilização do teste, a baixo custo, em farmácias, a partir de 2014. Para o GTPI, o aconselhamen-to pré e pós-testagem são fundamentais para pacientes com HIV positivo que podem

ter uma reação inesperada ou se afastar do tratamento.

Outra preocupação é com a oferta de medicamento para pessoas diagnosticadas com HIV que não desenvolveram sintomas da Aids. Embora a antecipação do tratamento possa salvar vidas, pois pa-cientes morrem no primeiro ano após o diagnóstico, o GTPI alerta que o tratamento deve ser focado na melhoria da qualidade de vida do pa-ciente e não na prevenção da transmissão.

“O tratamento traz van-tagens como o aumento da expectativa de vida, mas tam-bém efeitos colaterais”, disse a coordenadora do GTPI, Mar-cela Vieira. Entre as desvanta-gens cita a lipodistrofi a, que é a distribuição irregular de gordura pelo corpo, a perda da visão e doenças crônicas como o câncer. “Parece uma decisão trivial, mas o tratamento para HIV tem que ser uma decisão pessoal.”, afi rmou.

PROTESTO

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ULG

AÇÃO

ONG questiona os medicamentos e os testes durante eventos

Receita libera o último lote

A Receita Federal libe-ra nesta segunda-feira, às 9 horas, a consulta ao sétimo e último lote de restituições da Imposto de Renda Pessoa Física 2013. No mesmo dia, parte do dinheiro esta-rá depositada na conta corrente indicada pelos contribuintes. O outro grupo de contribuintes só receberá os valores da restituição no próxi-mo dia 20.

O contribuinte que não estiver nesta rela-ção é porque caiu na malha fi na. Até agora, são 711.309 mil declara-ções com expectativa de imposto a restituir que estão em malha, ante os 604.299 em igual perío-do do ano passado

Para fazer a consulta, o contribuinte deve aces-sar o site da Receita ou ligar para o Receitafone, no número 146. A Re-ceita disponibiliza ainda aplicativo para tablets e smarthphones que usam os sistemas operacio-nais Android e iOS, que facilitam a consulta.

De acordo com o secre-tário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, neste ano, a liberação do último lote em duas da-tas permitiu contemplar o maior número possível de restituições, incluindo as que foram liberadas da malha durante o mês de dezembro.

Neste lote foram in-cluídas também declara-ções feitas entre os anos de 2008 a 2012.

RESTITUIÇÃO

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MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 A3Opinião

Os moradores dos bairros D. Pedro, Planalto e Alvorada (1, 2 e 3) e outras vizinhanças da Arena da Amazônia, antigo estádio Vivaldo Lima ou Vivaldão, passaram o domingo a ensaiar uma nova modalidade de jogo de adivinhação, desde as primeiras horas da manhã. São duas perguntas básicas: a que horas vai faltar luz e a que horas vai voltar a luz?

A luz a que referem as perguntas não é a de que tratam as Sagradas Escrituras de várias religiões nem refl ete o maniqueísmo da luta entre o bem e o mal. É a forma popular e mais simples de dizer “energia elétrica”, semente e fruto da modernidade a que os manauenses têm acesso, como se ainda estivesse em fase de experimentação, quando no resto do mundo sua existência já nem é celebrada. Mas nas ruas desses bairros, durante o domingo, ouviam-se a celebração “a luz voltou!” e a frustração “a luz foi embora!”.

Quando a luz vai embora, de manhã, de tarde ou de noite, um silêncio paira sobre a região obscurecida e somente o latido dos cachorros denuncia sua presença na geografi a da cidade; quando a luz volta, as crianças berram de alegria e os adultos contam os pontos para saber quem acertou a ida e vinda da energia elétrica, que no fi m do mês não dá desconto nem indeniza o que foi estragado na geladeira, se não foi a própria geladeira que pifou. Como a cidade está sendo obrigada a viver à base de palavras de consolo (“faz calor, mas temos ar condicionado”), faz bem saber que o churrasco de domingo não precisa de energia elétrica, senão de uma boa dose de paciência, outro tipo de jogo que até as autoridades, impotentes diante de tantos problemas, aconselham aos habitantes de Manaus a exercitar.

No entorno da arena, especula-se: como será, na inauguração, quando todos esses refl etores “chuparem” a nossa energia?

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Aos nadadores Juliana Albuquerque e Felipe Ribeiro, os grandes campeões da 41ª Travessia Almirante Tamandaré, principal prova de águas abertas do Amazonas.

Juliana Albuquerque e Felipe Ribeiro

APLAUSOS VAIAS

Sem interesse

Quem poderia querer a fi lia-ção de Joaquim Barbosa?

O PR disse não. O PTB res-pondeu que “Não queremos isso” e o PCdoB é taxativo:

— Não me parece que o Jo-aquim Barbosa tenha alguma afi nidade com os comunistas.

Nem o PPS de Roberto Freire, sempre disposto a tudo para fustigar o governo, recusa a empreitada: “Essa fi liação para uma candidatura não nos in-teressa”.

Mais um

O PMDB também não se animou a receber o ministro do STF.

— Se o ministro se fi liar, será mais um –, descarta Valdir Rau-pp, que preside a legenda.

Bagunça de novo

Três barracas que vendem comida já fora armadas no calçadão do relógio Munici-pal, que havia sido desocupa-do pela Prefeitura de Manaus, numa das ações mais aplau-didas pela população e pelos veículos de comunicação.

Faltou recuperar

O problema é que depois de retirar lanchonetes imundas, bares tétricos, banheiros fedi-dos a prefeitura nada fez para revitalizar o sítio histórico.

E aos poucos os ambulantes estão retornando ao local.

Duas mortes em

Duas mortes ocorreram na Arena da Amazônia em menos

de 24 horas.A primeiro morte aconteceu

no sábado, quando o operário Marcleudo de Melo Ferreira caiu da altura de 35 metros, quando trabalhava na instala-ção de refl etores do estádio. A segunda aconteceu cinco horas depois, quando José Antônio da Silva Nascimento, de 49 anos, morreu de infarto por volta das 9h da manhã.

Nota

A Construtora Andrade Gu-tierrez divulgou nota infor-mando que José Antônio era funcionário da Conserge, em-presa que presta serviço para a Unidade de Gestão Metro-politana.

Não resistiu

“José Antônio se sentiu mal quando subiu em uma caçam-ba. Uma ambulância do Samu foi acionada imediatamente para realizar o atendimento, mas o trabalhador não resis-tiu”, diz a nota da constru-tora.

Assistência

A Conserge comunicou que está dando toda a assistên-cia necessária à família da vítima.

Homem de confi ança

Sempre muito elogiado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Mon-teiro de Paula, assumiu a presidência do Instituto Te-otônio Vilela do Amazonas (ITV-AM), o órgão de estudos

e formação política, ligado ao Partido da Social Democra-cia Brasileira (PSDB-AM).

Homem de confi ança 2

A solenidade ocorreu du-rante a festa de confrater-nização dos filiados do Ama-zonas, realizada na sede do partido, em Manaus.

Bernardo é considerado um dos destaques da ad-ministração municipal e tem 29 anos.

Pisou na bola

O volante Sandro, do Totte-nham também andou pisando na bola.

Ao ser questionado pela im-prensa inglesa sobre Manaus, disse que “deve ser difícil jogar lá” e exagerou dizendo que a cidade fi ca distante mais de seis horas de são Paulo, por isso nem “os brasileiros vão lá!”

Lá é fl oresta

— Eu adoraria conhecer Manaus. Mas jogar lá? Não! É uma floresta. No Brasil, nós brincamos com Manaus. Eu brinco com o pessoal de Manaus que lá é uma floresta – disse o volante ao “Daily Express”.

Nunca jogam lá

Sandro disse ao tablóide que Manaus fi ca tão longe que nem os brasileiros vão lá.

— Muitos brasileiros nunca foram lá, fi ca umas cinco ou seis horas de avião a São Paulo. E os clubes nunca jogam lá, eu nunca joguei lá. Fiquei surpreso quando foi escolhida como sede.

Para a ocupação feita pelos vendedores de comida, no calçadão do Relógio Muni-cipal. Se a prefeitura não abrir o olho, a bagunça voltará a imperar no local.

Retorno ao Relógio

O nome do ministro Joaquim Barbosa apareceu em segundo lugar em recente pesquisa Datafolha para presidente da República.

Para entrar no páreo, Barbosa teria que se filiar a um partido, mas nin-guém quer o homem. Dos partidos que estão com candidatura posta, nenhum abriria mão da cabeça da chapa.

Já nos partidos médios, identificados com o fisiologismo, a recusa é ainda mais veemente. Ao ser perguntado se queria Joaquim no seu partido, o PR, senador Alfredo Nascimento reagiu de forma até deselegante:

— No PR não. Deus me livre! –, diz o presidente da sigla, senador Alfredo Nascimento

Ninguém quer o Joaquim

ANTONIO LIMA/SEMJEL

[email protected]

O nome do jogo

Em recente artigo, relatei a intencio-nalidade dos gestores do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco com relação à situação de patente descaso para com essa unidade de saúde vinculada à reito-ria. A bem da verdade, o intencional sucateamento do HC já vinha se acele-rando desde o reitorado passado, que durou oito anos, evidenciando também irresponsabilidade de seus dirigentes frente aos objetivos desta unidade de saúde: (1) oferecer atendimento médico e hospitalar de qualidade à população, e (2) apoiar o ensino de graduação e pós-graduação do Centro de Ciências da Saúde.

Essa confi ssão de incompetência gerencial e administrativa é agora utilizada como “desculpa” para se impor um novo modelo de gestão ao HC, que entrega a sua administra-ção à Empresa de Serviços Públicos Hospitalares (Ebserh), sediada em Brasília – longe e alheia às legítimas prioridades locais. Além de ferir de morte a autonomia universitária.

As justifi cativas dadas para que essa empresa administre o HC são pura de-magogia e populismo barato. Aponta-se como benefícios imediatos o que todos queremos ouvir (mas que não ocorre na prática): agilidade na execução de projetos de melhoria da infraestrutura, ampliação do número de leitos, rapidez no atendimento, implantação do pron-tuário eletrônico, contratação de recur-sos humanos para suprir as defi ciências de profi ssionais de diversas áreas, e blá, blá, blá. Só falam vantagens.

O modus operandi de transferência do que é público para as empresas é bem conhecido. Os serviços prestados são deliberadamente sucateados para então se apresentar uma solução má-gica via privatização. Foi assim com as telecomunicações e a energia, e é, atualmente, com a educação, saú-de, saneamento, segurança pública, e outros serviços essenciais para a população. Dizem que uma empresa

– portanto, setor privado – tem mais competência gerencial. Mas nada dis-so tem ocorrido. Veja-se o ocorrido na energia e na telefonia, cujas tarifas são as mais altas do mundo e a qualidade dos serviços, em decadência.

Como outros, país a fora, o HC/UFPE é um exemplo desse processo desumano e antiético, que atinge mais quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) – ou seja, a maioria da população. O atual rei-tor, quando candidato, declarou-se contrário à MP 520, que criava a Ebserh. E agora a defende, mane-jando o Conselho Universitário como um monarca absoluto. Além dessa “forçada de barra”, registre-se a atitude vergonhosa dos conselheiros da UFPE (com poucas exceções), que subscreveram nota de apoio ao rei-tor. A nota do conselho mais parece ter sido redigida pelo próprio man-datário máximo da instituição. Um vexame histórico para a UFPE, e uma vergonha para seus integrantes.

Esse distanciamento da administra-ção da UFPE em relação à comuni-dade motivou a ocupação da reitoria – situação análoga a que motivou as manifestações de junho, em todo o país. A população foi às ruas, para dizer que os políticos não representam aqueles que os elegeram. A decisão autocrática do reitor da UFPE de aderir à Ebserh repercutiu em toda a sociedade. Vie-ram respostas imediatas do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), contra a entrega do HC.

As entidades médicas defendem maiores recursos para manutenção do hospital e remuneração dos ser-vidores e condenam esse modelo de gestão fora do SUS, o que implica em uma lógica de privatização, tornando a saúde uma mera mercadoria. Ou seja, ganhar dinheiro com a doença, e não investir na prevenção. Eleições diretas apenas não bastam.

Heitor Scalambrini Costa [email protected]

Heitor Scalambrini

CostaProfessor Associa-

do da Universidade Federal de Pernam-

buco

Estratégia para privatização

[email protected]

Essa confi s-são de in-competência gerencial e administra-tiva é agora utilizada como “des-culpa” para se impor um novo modelo de gestão ao HC, que entrega a sua administração à Empresa de Serviços Públicos Hospitalares, sediada em Brasília – lon-ge e alheia às legítimas prioridades locais”

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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Page 4: EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

A4 Opinião MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

FrasePainelVERA MAGALHÃES

O PSDB usará o lançamento de sua declaração de princípios programáticos, amanhã, para dizer que o PT afronta o Judiciário ao lançar dúvidas sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão. Um dos pontos da cartilha falará do respeito às instituições. Apesar da ação do Planalto para manter Dilma Rousseff afastada da reação às condenações, os tucanos vão questionar a presença da presidente em ato de desagravo aos petistas presos, na semana passada.

Ação... Preocupada com os efeitos na economia de um possível rebaixamento da nota do Brasil pelas agências de risco, a presidente ordenou a Guido Mantega (Fazenda) que faça um tour por bancos, consultorias e agências para explicar que as contas públicas, balança comercial e infl ação estão sob controle.

... preventiva Segundo inter-locutores do governo, o ministro irá assegurar que em 2014 não haverá “contabilidade criativa”, as manobras fi scais que garan-tiram o superávit das contas brasileiras nos últimos anos.

Onde pega Existe um con-senso entre os ministros polí-ticos de Dilma que um even-tual rebaixamento dos títulos brasileiros teria efeitos graves na candidatura de reeleição da petista em 2014.

Olho no lance? O artigo do ex-ministro Henrique Meirelles na “Folha” de ontem, defenden-do cortes de gastos e a inde-pendência do Banco Central, foi lido no Palácio do Planalto como um lançamento ofi cial de sua candidatura ao lugar de Guido Mantega.

No páreo Desde agosto, quando surgiram as denúncias de espionagem norte-ameri-cana no Brasil, o Ministério da Defesa intensifi cou seus contatos com a Suécia na ne-gociação que visa a aquisição de 36 novos caças para a Força Aérea Brasileira.

Junto... A agência brasileira de inteligência tem intensifi ca-do a parceria com órgãos como a Polícia Federal. Wilson Trezza (Abin) foi recepcionado na porta pelo superintendente do Distrito Federal, no último dia 28.

... e misturado O encontro chamou a atenção dos ara-pongas: após 19 horas, fora do expediente. A PF diz que foi uma visita de cortesia.

Bandeira A cartilha, que será a base do programa de governo da candidatura de Aé-cio Neves, vai propor a criação de uma Lei de Responsabili-dade Educacional.

Bandeira 2 A ideia é es-tabelecer metas de gastos e avanços na educação e estabe-lecer pagamento de bônus por desempenho de professores e diretores de escolas.

De casa Alexandre Padilha deve levar a secretária-exe-cutiva do Ministério da Saúde, Márcia Amaral, para coorde-nar o grupo que vai elaborar seu programa de governo no ano que vem.

Para depois O PT vai en-cerrar o ano sem dar posse a seus novos dirigentes em um único Estado: o Maranhão. A eleição interna foi marcada por suspeitas de fraude, e a solução do impasse fi cará para o ano que vem.

Timing Embalada pelo julgamento no STF, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) busca assinaturas no Senado Fe-deral para uma proposta de emenda à Constituição que propõe proibir a doação de pessoas jurídicas a partidos políticos e candidatos.

Petit comité Dilma co-memorou seu aniversário no sábado, em Porto Alegre, com poucas pessoas. Entre elas, estavam o ex-marido Carlos Araújo e a fi lha, Paula. O en-contro teve a participação de uma dupla de cantores, que embalou a noite com músicas típicas do Sul.

Ecos do mensalão

Contraponto

Prováveis adversários na disputa pelo governo de São Paulo no ano que vem, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), se encontraram na sexta-feira em evento na entidade.No fi nal da solenidade, Skaf perguntou ao petista:� Padilha, quantos anos você tem mesmo?� Tenho 42 � respondeu o ministro.� Ah, muito novo! Então você pode esperar mais um pouco para ser candidato a governador � concluiu o empresário, em tom camarada.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Primeiro os mais velhos

Tiroteio

DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES (PSOL-AP), sobre a discussão em torno da proibição de doações de empresas nas campanhas eleitorais, em curso no STF.

No Congresso, os parlamentares fogem da criminalização do fi nanciamento privado de campanha como Satanás foge do crucifi xo.

Quando, em agosto de 1996, o en-tão ministro da Justiça, Nélson Jobim, a título de “agilizar e democratizar” os procedimentos de regularização das terras indígenas, editou a portaria 1775, houve um grito geral dos povos indígenas e de seus aliados. Seria o começo do fi m da demarcação das terras indígenas, além de ter aspectos nitidamente inconstitucionais. Mobili-zações indígenas se deram em todo o país, exigindo a revogação. A pressão do movimento indígena e de setores da sociedade, fez com que a desgraça não fosse pior.

O primeiro a descumprir a portaria, nos prazos estabelecidos, foi o próprio governo. Mesmo assim, alguns proces-sos de demarcação avançaram. Foi então que o agronegócio entrou em campo para exigir a paralisação total do reconhecimento das terras indígenas. Consideram a Portaria 1775/96 incons-titucional e pediram sua revogação, além de pedir a extinção da Funai.

Com os governos Lula e Dilma se imaginava que a situação não poderia piorar. Aliás, Lula, logo no início de seu mandato, prometeu a demarcação de todas as terras indígenas até o fi nal de seu primeiro mandato. O que, eviden-temente, não aconteceu até o fi nal do segundo mandato. Reconheceu que o Estado brasileiro continuava com uma enorme dívida histórica para com os povos indígenas. Passou a dívida a Dilma. No fi nal do terceiro ano, tendo no horizonte a Copa do Mundo, as eleições, decidiu aumentar e arrolar a dívida com os povos originários, especialmente no que diz respeito à demarcação e ga-rantia das terras indígenas. A proposta de minuta do Ministério da Justiça nada mais é do que o cínico lavar as mãos acatando as genocidas propostas do agronegócio. Algo maquiavélico.

A terra vermelha – Ambrosio Kaio-wá acaba de ser enterrado na terra reconquistada de Guyraroka. Parte com as lutas, contradições, revoltas e iras de seu tempo. Sua luta de

retomada da terra contrariou gran-des interesses multinacionais e de políticos. Estava cercado de cana; sofrendo com o envenenamento da terra e das águas. Fez inúmeras de-núncias em tom enfático. Participou do movimento de luta Kaiowá-Gua-rani, chegando a ser escolhido para o Conselho da Aty Guasu. Confi nado, com sua comunidade em 60 ha, do total de 12 mil has defi nidos por portaria declaratória como terra in-dígena, conviveu com muitas difi cul-dades, tensões e confl itos internos, nos últimos tempos. Se tivessem seu território livre, certamente a realida-de seria diferente e o desfecho de sua vida, outro.

Ambrosio teve projeção nacional e in-ternacional pela sua expressiva atuação do fi lme “Terra Vermelha”, inspirado na luta do processo de retomada da terra, e que procurou retratar esse aspecto crucial para todos os Kaiowá-Guarani, que é a privação de suas terras. Esse fato, certamente, teve consequências de não fácil dimensionamento.

Guyraroká foi uma das comunidades visitadas por inúmeras delegações, den-tre elas a diretoria do Cimi e o então Secretário da CNBB, dom Dimas, hoje arcebispo de Campo Grande. Nessa ocasião, também recebeu a importante visita de índios axá guajá, do Mara-nhão, que lhe entregaram um pacote de fl echas.

Na sua aldeia estava previsto a realização de Encontro Continental Guarani, porém o encontro foi vetado pelo governador do Estado, vindo a se realizar meses depois em Anhetetê, no Paraná. Porém, fi cou a “Oga Guasu” (grande casa de reza), cuja construção foi coordenada por ele.

Ambrósio foi uma dessas lideranças que marcaram a luta desse povo por seus direitos, não se livrando das con-tradições inerentes à sua personalidade e vítima de toda a estrutura de racismo e ódio que envolve a questão indígena no Mato Grosso do Sul.

Egon Dionísio [email protected]

Egon Dionísio Heck

Egon Dionísio Heck Assessor do Conselho Indigenista Missioná-rio no Grosso do Sul

Ambrosio teve projeção nacional e internacio-nal pela sua expressiva atuação do fi lme ‘Terra Vermelha’, inspirado na luta do processo de retomada da terra, e que procu-rou retratar esse aspecto crucial para todos os Kaiowá-Gua-rani, que é a privação de suas terras”

Adeus, terras indígenas

Olho da [email protected]

No Zumbi 2, bairro da Zona Leste, uma rua chamada, com a melhor das intenções na homenagem, de Dr. Heloísa está precisando de um socorro de urgência para combater a “favela de mosquitos da dengue”, instalada nesses carros desmanchados. O socorro não pode chegar em ambulância do Samu, por motivos óbvios

FOTO LEITOR

O contraste entre o país que nos foi entregue o país de hoje é abissal. O Brasil do passado era um país frágil e pequeno, porque era pensado e governado para uma minoria e visto como um país pequeno. Era o pais do ‘não tem dinheiro’, ‘não dá pra fazer e não devemos tentar’. Era o país que não acreditava em si mesmo

Dilma Rousseff comemora popularidade de 43%, segundo Ibo-pe, rebatendo críticas aos governos seu e de Lula, destacando que as reservas internacionais do país hoje alcançam US$ 376 bilhões e que o ciclo vicioso de “desigualdade e estagnação” foi substituí-

do por “ciclo de desenvolvimento e distribuição de renda”.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Page 5: EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 A5Política

Plenário da Assembleia tem até esta semana para votar o Orçamento do Estado de 2014

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Aleam vota amanhã LOA 2014

Os parlamentares da Assem-bleia Legislativa do Estado (Aleam) e da Câmara Municipal de Manaus (CMM) deixaram para a última semana (que inicia hoje), antes do recesso, para votar os projetos impor-tantes das casas.

A Aleam tem apenas três sessões até o recesso de fim de ano para votar a Lei Orçamen-tária Anual (LOA), estimada em R$ 14, 6 bilhões e o Plano Plurianual (PPA) do Estado. De acordo com o diretor de co-municação da Aleam, Cláudio Barbosa, a LOA e o PPA vão ser votados amanhã. A Comis-são de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Aleam, presidida pelo deputado David Almeida (PSD), analisou na última sexta-feira, 27 maté-rias, sendo 25 projetos de lei,

uma resolução legislativa e um ofício de autoria da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz), que deverão entrar em pauta esta semana.

A CCJR analisou ainda em

pauta extra, pelo menos dez projetos, entre eles, dois Proje-tos de Emendas a Constituição (PEC), ambos de autoria do deputado José Ricardo (PT).

Já na Câmara Municipal de

Manaus, a LOA e o PPA foram votados semana passada. A lei teve 119 emendas apro-vadas e o plano 14 proje-tos. Para esta semana está prevista para hoje a votação do Plano Diretor de Manaus, segundo informou o relator do projeto, vereador Elias Ema-nuel (PSB). “As 559 emendas apresentadas ao Plano Diretor serão discutidas e votadas em blocos hoje no plenário da Câmara”, informou.

O presidente da casa, o ve-reador Bosco Saraiva (PSDB) afirmou que todos os proje-tos serão votados antes do recesso. “Votaremos todos os projetos que estão em pauta, incluindo o Plano Diretor de Manaus. Além de nove mensa-gens do Executivo que estão em processo de discussão nas comissões com tempo tranqui-lo para fazermos as votações até quinta-feira”, ressaltou.

RECESSO

GLÁURIA SOBREIRADo AGORA

FALTAAs pendências da Câ-mara Municipal de Ma-naus antes do recesso parlamentar é a vo-tação do relatório do Plano Diretor e nove mensagens do Executi-vo municipal enviadas na semana passada

Desterro apresenta hoje balanço de sua gestãoÚltima sessão do TCE-AM acontece hoje, às 10h, ocasião em que o presidente fará uma prestação de contas do mandato

A corte do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE) rea-liza hoje, às 10h, a

última sessão deste ano, que promete ser agitada. Além dos 85 processos previstos para serem apreciados na pauta ordinária, o presidente do órgão, conselheiro Érico Desterro, fará um balanço de sua administração no TCE-AM, onde apresentará os números da instituição e os resultados do biênio 2012 e 2013. A ses-são acontecerá no auditório.

Além do julgamento e pres-tação de contas da presidên-cia, será inaugurado após a sessão a nova biblioteca do TCE, com mais de 60 mil exemplares; será assinado um termo de cooperação técnica do a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), para mes-trado para o servidores do TCE; e serão lançados a revista “combo” do TCE-AM (em for-mato de livros, com decisões do tribunal nas temática agen-tes públicos, aposentadorias, licitações e contratos admi-nistrativos e finanças públicas) e o portal da jurisprudência, onde serão disponibilizados, pela internet, arquivos refe-rentes aos pareceres prévios

nas contas das prefeituras a partir de 1998, pareceres em consultas, a partir de 2004, bem como a disponibilização das súmulas do TCE-AM.

Entre os processos previstos na pauta estão 34 prestações de contas, entre elas duas são do ex-prefeito de Presidente Figueiredo, Antônio Fernando Fontes Vieira (do 2008 e 2009); o ex-prefeito de Manacapuru, Washington Régis (de 2007); e da diretora-presidente da Fundação Televisão e Rádio Cultura do Amazonas (Funtec), Wânia Lopes (de 2012).

Ainda serão apreciadas as contas das prefeituras dos Canutama (de 2010), Tapauá (de 2005), Autazes (de 2006), Borba (de 2011), Manicoré (de 2011), Novo Olinda do Norte ( de 2010) e Manaquiri (de 2010).

Ao todo, 33 recursos estão na pauta, entre os quais da ex-rei-tora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), Marilene Corrêa; o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sus-tentável do Estado do Ama-zonas (Idam), Edimar Vizolli; e do ex-secretário estadual de Saúde (Susam), Francisco De-odato Guimarães.

Após a sessão, será inaugurada a nova bi-blioteca do TCE, com um acervo de, aproxi-madamente, 65,4 mil obras, divididas entre livros de direito, con-tabilidade, economia, engenharia, técnicas de informática e peri-ódicos como revistas técnicas, boletins infor-mativos, Diário Oficial do Estado e Município e Diário Eletrônico.

Na ocasião, será assinado o termo de cooperação técnica com a Universidade Federal do Amazonas para mestrado na área de contabilidade e controladoria para os servidores do tribunal e lançados a revis-ta do TCE e o portal da jurisprudência.

Biblioteca é inaugurada no TCE-AM

Presidente do TCE-AM, Érico Desterro encerra sua gestão amanhã e apresenta balanço hojeAR

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A6 Política MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Lula criou ‘governo som-bra’ para monitorar Dilma

É o ex-presidente Lula quem mais incomoda a presidente Dilma, e não a bem-compor-tada oposição ao seu governo. Ela mesma já desabafou isso a raros confi dentes. Lula criou um “governo sombra” em São Paulo, com dez ex-integrantes do seu governo, a maioria ex-ministros. Funciona no Institu-to Lula e, a pretexto de “pensar o Brasil do futuro”, monitora Dilma, como fazem opositores em países parlamentaristas.

ExecutivosLula cuida da questão políti-

ca e os membros do “governo paralelo” trabalham com me-tas, prazos a cumprir, e até estimando custos.

Posto avançadoNo instituto, Lula recebe po-

líticos, empresários, donos de ONGs etc, todos com interes-ses (alguns nada republicanos) no governo.

Espião explícitoOs pedidos mais impor-

tantes de Lula chegam a Dilma por meio do ministro Gilberto Carvalho, seu “es-pião com crachá”.

Mexendo pauzinhosLula também sugere decla-

rações públicas da presidente, reclama de ministros, reco-menda demissões e principal-mente nomeações.

Viúva de Mandela tem amiga-irmã brasileira

A moçambicana Graça Ma-chel, viúva de Nelson Mande-la, tem uma amiga brasilei-ra, a quem chama de “irmã”. Trata-se de Leda Camargo, ex-embaixadora do Brasil em Moçambique, hoje na Suécia. Graça é muito agradecida por

haver a diplomata ajudado a instalar, em Maputo, uma fá-brica de anti-retrovirais fun-damental na luta conta a aids. Graça foi mulher de Samora Machel, líder da independência de Moçambique.

Voltas do mundoQuis o destino que a chan-

celer alemã Angela Merkel, a quem Dilma deu lições de economia, decida o futuro do Brasil na União Europeia.

Bolas da vezEduardo e Aécio também

se empenham em negociar aliança com PV, PTB e PDT, que anunciam “independência” em relação ao governo.

Tudo acertadoA cúpula do PMDB está

confi ante de que a presidente Dilma apoiará o candidato da governadora Roseana Sarney no Maranhão, em 2014.

EntidadeA revista Time escolheu o

papa Francisco “A pessoa do ano”. A coluna escolheu “Rose” Noronha a “Não Pessoa” de 2013. “Intocável” há um ano na Justiça, a ex-assessora ín-tima de Lula, vai ver, nunca existiu.

Esse cara sou euDepois de uma conversa com

o posudo presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), um conhe-cido marqueteiro ironizou: “Se ele fosse tudo o que pensa que é, já ganhou a eleição para o governo de São Paulo...”

Só no nomeO ministério da Defesa se faz

de morto com a denúncia de que conhecida empresa “bra-sileira” de munição descumpre decreto de 2012 que incentiva a indústria bélica nacional. Re-

cebe fi nanciamento e facilida-des, mas seu controle acionário está num paraíso fi scal.

Racha no PSDA bancada do PSD deverá

eleger um novo líder na Câma-ra, nesta terça. Está dividida em quatro candidatos: Júlio Cesar (PI), Moreira Mendes (RO), Geraldo Thadeu (MG) e Roberto Santiago (SP).

BoquinhaJosé Eduardo Cardozo (Justi-

ça) agora também conta com o serviço de catering nos ja-tinhos da FAB, a exemplo do colega Guido Mantega. Poderá gastar até R$ 170 mil, inclusive com sanduba de caviar.

Chapeuzinho O senador Randolfe Rodri-

gues (PSOL-AP) ganhou um novo apelido, “Chapeuzinho Vermelho”, porque terá de en-frentar o relator Lobão Filho (PMDB-MA), na reforma do re-gimento interno do Senado.

Até já está gravadoApesar dos assédios do

PSDB e PSB, o PV está pre-parando para apresentar em programa nacional de TV, dia 2, o seu candidato a presiden-te da República: ex-deputado paulista Eduardo Jorge.

BMW no BrasilInterlocutor do governo

Dilma com o setor produti-vo, o vice Michel Temer deve participar nesta segunda (16) da inauguração em Joinville, Santa Catarina, da fábrica de automóveis da alemã BMW.

SacodeCom chuva torrencial no Su-

deste e a pior seca no Nordeste em 50 anos, o governo ainda vai sugerir pôr o Brasil de cabeça para baixo.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

É contrário à moralidade pública”

Ministro Luís Roberto Barroso (STF) sobre fi nanciamento de campanhas por empresas

Chico Mendes e Jango na pautaDuas sessões solenes estão

na pauta do Congresso Na-cional nesta semana. Uma é em homenagem ao ambien-talista Chico Mendes e outra é para devolução simbólica do mandato presidencial de João Goulart.

Hoje o Congresso fará uma sessão solene para home-nagear o líder seringueiro e ambientalista Chico Men-des. Neste ano completam-se 25 anos da morte dele, em Xapuri, no Acre. O am-bientalista foi assassinado a tiros, no quintal de sua casa, no dia 22 de dezembro de 1988, uma semana depois de completar 44 anos.

Na quarta passada, o Se-nado aprovou projeto da deputada Janete Capibe-ribe (PSB-AP) que declara Chico Mendes patrono do meio ambiente no Brasil. O projeto vai agora à sanção presidencial. A homenagem está marcada para as 11h, no plenário do Senado.

JangoNa quarta-feira, às 15h, o

Congresso fará outra sessão solene, destinada à devolu-ção simbólica do mandato presidencial de João Goulart (1919-1976).

A sessão estava marca-da para a quarta passada,

mas foi cancelada porque a família do ex-presidente não conseguiu viajar para Brasília, em razão de for-tes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro.

Em novembro o Congresso aprovou projeto de resolução que anulou a sessão do Con-gresso de 2 de abril de 1964, em que foi declarada vaga a Presidência da República, então ocupada por Goulart. A vacância abriu espaço para que os militares assumissem o poder. A sessão será realiza-da no plenário do Senado.

OrçamentoO presidente do Senado,

Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou sessão do Con-gresso Nacional para ter-ça-feira a fi m de votar a proposta orçamentária de 2014 (PLN 9/13). A sessão está marcada para as 19 horas, no Plenário da Câmara dos Deputados. A proposta está em análise na Comissão Mista de Orçamento.

O Congresso tem que vo-tar a Lei Orçamentária Anual (LOA) esta semana ou até a próxima segunda-feira, an-tes do recesso parlamentar. Caso contrário, a votação e aprovação da matéria fi cará para 2014, a exemplo do que aconteceu este ano.Congresso tem só uma semana de sessões, antes do recesso

PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

CONGRESSO

Declaração é de Marina Silva sobre a não verticalização da chapa Rede e PSB no resto do Brasil para as eleições

Aliança nos Estados não segue a lógica federal

Marina Silva se fi liou ao PSB em outubro, após a Justiça eleitoral ter negado registro da Rede

DIVULGAÇÃO

A ex-ministra Marina Sil-va afi rmou ontem que a aliança da Rede com o PSB do governador de

Pernambuco, Eduardo Campos, “não é verticalizada” e admitiu que os dois partidos podem não estar juntos em alianças nos Estados nas eleições de 2014.

Questionada em entrevista coletiva sobre as divergên-cias entre a Rede e o PSB nos Estados, ela afi rmou que não há obrigação de se re-petir a lógica nacional - pela qual a Rede se uniu ao PSB para apoiar a candidatura presidencial de Campos.

“A nossa aliança não é verti-calizada, não estabelece para a lógica dos Estados a mesma lógica que temos no plano fe-deral”, disse Marina.

E citou um exemplo: “Em al-guns casos, como do Paraná,

a Rede está apoiando a can-didatura do PV, da deputada Rosane (Ferreira), e o PSB está mantendo o mesmo processo de discussão que já estava com o PSDB”. Outro problema é em São Paulo, onde a Rede rejeita o apoio à reeleição do gover-nador Geraldo Alckmin (PSDB), que é defendido por setores do PSB que querem aprovei-tar o palanque de Alckmin para Campos.

Segundo Marina, a estratégia é discutir primeiro o conteúdo programático da candidatura nacional para que isso ajude na composição das alianças regionais. “O conteúdo não pode ser incoerente com a forma”, afi rmou. Campos reco-nheceu as difi culdades. “Pro-blemas nos Estados o nosso partido dentro dele próprio já tem, imagina quando a gente

soma os dois”, brincou.O pernambucano fez referên-

cia, sem citar diretamente, às difi culdades que o PT também enfrenta para manter alianças regionais. “Ora, há 90 dias (an-tes de se juntar à Rede) está-vamos em uma linha, fi zemos outra e hoje a gente tem muito menos (problema) do que eles que vivem juntos a todo tempo”, disse. Campos diz que hoje há 20 Estados “com caminho muito tranquilo entre a militância da Rede e o PSB” e que, nos Estados onde os dois partidos tiverem alianças diferentes, vão se jun-tar “à coligação que vai ter mais coerência de cima abaixo”.

Ambos participaram on-tem do primeiro seminário programático da Rede, re-alizado em Brasília e que também teve a presença de integrantes do PSB.

Durante seu discurso no seminário, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afi rmou que “não precisamos fi car dando ex-plicação um ao outro sobre posição que tomamos”.

Adotando tom semelhante, Marina defendeu “construir a unidade na diversidade” e disse que não há pretensão de “eliminar as diferenças”.

O pernambucano afi rmou que, após o “espanto” da aliança com Marina, os ad-

versários estão “todos os dias” tentando “desmanchar o que eles fi zeram”.

“Nossa tarefa aqui é dis-cutir o conteúdo do que nos une. Com a caminhada de vida de todos nós aqui, não precisamos um fi car dando explicação ao outro sobre po-sição que tomamos, porque sempre estivemos de uma forma ou de outra ao lado dessas causas, comprome-tidos com mudanças, com a emancipação do povo brasi-

leiro”, discursou Campos.Em outubro, após ter o

registro partidário nega-do pela Justiça Eleitoral, a ex-senadora Marina Silva, que estava à frente das articulações para funda a Rede decidiu se filiar ao PSB e apoiar Campos em 2014. A aliança, porém, afastou representantes do agronegócio com os quais o PSB estava dialogando e forçou a rediscussão de alianças nos Estados.

Posição não precisa ser explicada

Aluizio Alves assumiu o governo do Rio Grande do Norte em 1961 e encontrou somente adversários no Tribunal de Contas do Estado, criado no fi -nal do governo Dinarte Mariz. E a legislação o impedia de demitir os conselheiros adversários, alguns inclusive acusados de irregularidades. Certo dia, o governador recebeu uma solicitação de verba do então presidente do tribunal, Romildo Gurgel, para pintar suas paredes externas. Aluizio escreveu no ofício o seguinte despacho:

- “Defi ro o pedido. Já que não posso limpar por dentro, que se limpe por fora.”

Limpeza no Tribunal de Contas

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A7Dia a diaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Após festa do futebol, homem é morto a tiros Familiares acreditam que desempenho no campeonato pode ter incentivado o crime, ocorrido na madrugada de ontem

O goleiro do time “Amigos do Tonho”, o trabalhador da construção civil

Paulo Christian Bezerra da Silva, 30, foi assassinado após uma festa para comemorar a vitória de seu time. O homi-cídio ocorreu na madrugada de ontem, no bairro Vila da Prata, Zona Oeste.

Apesar da autoria do crime ainda ser desconhecida, a fa-mília da vítima desconfia que a vitória do time de Paulo no campeonato de futebol local tenha incentivado o crime. “Ele morreu por causa de um jogo que não valia nada, só um título e uma foto no jornal”, lamentou a esposa de Paulo, que pediu para não ter no nome divulgado.

Segundo informações de pa-rentes, Paulo Christian teria participado da semifinal do torneio na noite do último sábado (14). O jogo aconte-ceu no campo de futebol da empresa Petrobras, no Distrito Industrial. A partida terminou no empate em 2 a 2 e se prolongou para ser decidida nos pênaltis. Segundo amigos do goleiro, o desempenho de

Paulo, agarrando uma cobran-ça, fez do time campeão e garantiu uma vaga na final.

Os jogadores foram come-morar a vitória na casa do dono do time, na rua Esperança, no bairro Vila da Prata. Segundo relatos da esposa do goleiro, por volta de meia-noite e meia, o casal deixou a festa e cami-nhou até o veículo, um Voya-ge de cor prata, quando um homem em uma motocicleta, usando farda de mototaxista, disparou contra o goleiro e fugiu. “Ele (Paulo) ainda tentou fugir e correu numa ladeira, mas acabou caindo. Ainda o levamos ao pronto-socorro 28 de Agosto, mas ele não sobre-viveu”, disse.

Segundo a mulher, Paulo le-vou quatro tiros, dois nas per-nas direita e esquerda, um nos testículos e um na virilha.

Amigos do rapaz reclama-ram da falta de segurança no campeonato. “Não tem nenhuma segurança. Já ouvi muita ameaça, se o time está jogando muito e não freia, morre”, afirmou um amigo que pediu para não ter o nome revelado.

Em protesto, os jogadores do time informaram que não vão participar da final, programada para o próximo sábado (21). Paulo Christian morreu atingido por quatro tiros. Horas antes, ele havia sido responsável pelo pênalti que levou time à vitória

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Começa a entrega de currículos

Começa hoje o período de entrega de currículo para o Processo Seletivo Simpli-ficado (PSS) da Fundação Doutor Thomas (FDT) para contratação de 60 cuidado-res de idosos. O edital foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de n° 3311, de 12 de dezembro, e o prazo para entrega do currículo e documentos segue até a próxima sexta-feira, 20, das 8h às 12h e das 14h às 17h, no auditó-rio do Parque Municipal do Idoso (PMI), na rua Rio Mar, Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul.

A remuneração será de R$ 850, mais auxílio ali-mentação de R$ 220 e transporte, que varia con-forme os dias úteis do mês. A carga horária é de 40 horas semanais, podendo ocorrer no turno noturno.

Para participar do PSS, os interessados precisam ter, no mínimo, o Ensino Funda-mental completo, entregar até dia 20 , no PMI, o currículo e originais e cópias da cartei-ra de identidade; CPF; título de eleitor; comprovante de escolaridade (certificado) ou a declaração de conclusão de escolaridade autenticada em cartório; duas fotos 3x4; comprovante de residência com CEP, certidões de an-tecedentes criminais (www.dpf.gov.br) e do Tribunal de Justiça (www.tjam.jus.br); e certificado de formação de Curso de Cuidador de Idosos ou declaração de conclusão do curso devidamente au-tenticada em cartório.

Estacionamento gratuito na feiraConsumidores manauen-

ses que frequentam as fei-ras municipais da Banana e Manaus Moderna têm, desde sábado (14), aces-so a estacionamento gra-tuito para fazerem suas compras. O local disponí-vel para os consumidores e os permissionários das feiras estacionarem seus veículos sem precisar pagar taxa pertence à Prefeitura de Manaus.

A área municipal fica locali-zada ao lado da Feira da Ba-nana, entre as ruas Miranda Leão, Barés e Pedro Botelho, no Centro de Manaus.

Segundo o titular da Se-cretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abas-tecimento (Sempab), Fábio Pacheco, o estacionamento é uma propriedade pública que deve ser usada em bene-ficio da comunidade. ”Nos-sos consumidores de feiras e mercados precisam ter

espaço onde possam deixar seu veículo e fazer suas compras despreocupados, assim como os permissio-nários que também preci-sam usar o estacionamento

o dia todo. Isto trará mais comodidade a população que frequentam as feiras no Centro de Manaus”, disse o secretário.

O local que é conhecido como “estacionamento da Fei-ra da Banana” estava sendo

utilizado indevidamente por terceiros e foi desocupado recentemente pela Sempab, órgão responsável por fazer a retomada da área para o Município de Manaus.

CheiasA área também está sendo

preparada para abrigar os permissionários durante as cheias que poderão ocorrer em 2014. “Já estamos nos planejando para as cheias do ano que vem e o es-tacionamento é uma área grande que pode suprir a eventual contingência das cheias dos rios, e para isso iremos contar com o apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) para colocar camadas asfál-ticas no estacionamento”, explicou Pacheco.

Ainda segundo o secre-tário, a área também será utilizada para a realização de eventos dos feirantes.

A área onde o consumidor poderá estacionar sem custo fica ao lado da Feira da Banana

SEMCOM/DIVULGAÇÃO

Ladrão assalta mercado e é atropelado pelo dono

Um empresário que teve o mercado assaltado, perseguiu e atropelou o suspeito, no bair-ro Novo Aleixo, Zona Norte, na tarde do último sábado (14).

De acordo com policiais do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o caso foi registra-do, um homem identificado como Sérgio Dias Couteiro, 30, teria levado cerca de R$ 800 depois de ameaçar com um revólver calibre 38 os funcionários e clientes do mercadinho Queiroz, na rua Rio Caboris.

Após “limpar” o caixa, o suspeito fugiu do estabele-cimento a pé. O proprietário do mercado, identificado pela polícia como Francisco We-lingthon Queiroz, 44, entrou no carro dele, uma picape Ranger de cor preta, de placa JXL-9117, e tentou alcançar o suspeito. Na rua Rio Amazo-nas, ao perceber que estava

sendo seguido, Dias, teria disparado contra o veículo. Assustado, o comerciante teria perdido o controle da caminhonete, atropelado o acusado e ainda acertado o muro de uma residência.

Com o choque, o revólver quebrou ao meio e os policiais militares conseguiram encon-trar apenas o cabo. Também não foi possível recuperar a quantia roubada, porque du-rante a fuga, o suspeito teria passado o dinheiro a um mo-toqueiro, vestido com farda de mototaxista.

Com uma das pernas fratu-radas , Sergio Dias foi conduzi-do por uma unidade do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) ao Hospital João Lúcio, na Zona Leste. Após ser liberado, ele será encaminhado ao 6º DIP e em seguida à cadeia pública Rai-mundo Vidal Pessoa. (IR)

Depois de liberado do hospital, assaltante iria para a cadeia

ERLON RODRIGUES/ARQUIVO EM TEMPO

CENTRO NOVO ALEIXOCUIDADOR

SEM CUSTOO local foi disponibi-lizado pela prefeitura para que consumido-res e permissionários das feiras da Banana e Manaus Moderna possam estacionar seus veículos sem pre-cisar pagar taxa

IVE RYLOEquipe EM TEMPO

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A8 Dia a dia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

HUGV retoma cirurgias após receber recursosMais de R$ 9 milhões foram destinados ao hospital, que havia suspendido a realização dos procedimentos agendados

Com o recebimento de mais de R$ 9 milhões em recursos, o Hospi-tal Universitário Getú-

lio Vargas (HUGV) retoma suas atividades a partir de hoje. De acordo com o diretor do HUGV, Lourivaldo Rodrigues de Souza, a normalização das atividades irá beneficiar as dezenas de pessoas que já estavam na fila de espera para a realização de procedimentos.

“Volta tudo ao normal já nes-ta segunda-feira. Fizemos uma força-tarefa e empenhamos para que todos os recursos que chegaram fossem imediata-mente utilizados para a compra de materiais e medicamentos, a fim de regularizarmos as ati-vidades”, informou Souza. Por volta de 70 cirurgias são feitas diariamente no HUGV, segundo o diretor, fazendo com que o cancelamento dos procedimen-tos afetasse aproximadamente 700 pacientes.

O diretor do HUGV ressaltou, ainda, que a clínica foi reaberta para internações na última sex-ta-feira (13), e hoje as cirurgias serão iniciadas. “Isso demons-tra que, realmente, era a falta de recursos que atrapalhavam

as nossas atividades, porque não tínhamos como adquirir os insumos que acabaram dos estoques”, completa. Quem ti-nha cirurgia agendada antes da crise, informa Souza, terá a data reagendada para que cada caso seja atualizado.

Conforme afirma Lourivaldo Rodrigues de Souza, os re-cursos servirão, também, para atualizar pagamentos de for-necedores. “Foram R$ 9,144 milhões que, além de com-prar insumos, medicamentos e materiais cirúrgicos, também serão utilizados para pagar os fornecedores de luz, água, ser-viços de manutenção, alimen-tação, e todos os contratos que estávamos dependendo, nos meses de outubro, novembro e dezembro”, aponta.

O médico, que está em São Paulo para um curso relaciona-do à administração hospitalar, acredita que o próximo ano será mais tranquilo. “Vamos terminar este ano sem dívidas, e estamos com a impressão de que, em 2014, não haverá uma crise como esta, já que, a partir de agora, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EB-SERH) assumirá todo o passivo e o ativo do hospital e jamais teremos que passar por essa situação novamente”, diz. A suspensão das cirurgias no HUGV e a falta de repasse financeiro levaram médicos, professores e estudantes às ruas em protesto

IONE MORENO

Exame unificado da OAB transcorre sem tumultos

Apenas 147 pessoas fal-taram às provas da primeira fase do 12º Exame Unifica-do da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), realizadas ontem em Manaus, nas de-pendências da Universida-de Paulista (Unip), no Parque Dez de Novembro, na Zona Centro-Sul. A informação é do presidente da Comissão de Exames da OAB, seccio-nal Amazonas, Caupolican Padilha. Um total de 2.070 estudantes e bacharéis de direito se inscreveram, para prestar o exame no Estado. “Foi a primeira vez que ultrapassamos o número de candidatos ins-critos no exame da ordem”, avaliou Padilha.

O gabarito preliminar das 80 questões que com-punham a prova foi publi-cado ainda ontem à noite no site da OAB. A segunda fase do exame, conforme Caupolican está prevista para ser realizado no dia 9 de fevereiro de 2014, quan-do os candidatos deverão redigir uma peça profissio-

nal e responder a quatro questões discursivas. “O exame transcorreu de uma forma tranquila, sem tu-multos ou alterações. No próximo mês o resultado definitivo, incluindo os ca-sos de contestações, será divulgado”, informou.

Esse foi o primeiro exame realizado com a regra da “repescagem”, que permite ao candidato reprovado na segunda fase, a prática-profissional, aproveitando a aprovação da primeira fase na edição seguinte.

IncidenteUm grupo de sete candida-

tos que chegou atrasado ao local de prova da OAB, tentou sem sucesso entrar nas de-pendências da Unip. Segun-do Caupolican Padilha, eles estavam bastante nervosos, em virtude do atraso, que atribuíram à confusão com o fuso de Brasília, por causa do horário de verão.

Os portões estavam previstos para fechar às 13h (horário Brasília), ou seja, às 11h, no horário de Manaus, conforme o edital do certame.

IONE MORENO

Portões foram fechados às 11h, como estabelecia o edital

Acidente fere três no Alvorada

Um micro-ônibus da empresa ACM Transporte, de placa JWX 7095, invadiu e destruiu um lanche, na manhã de ontem, na avenida Desembargador João Machado, bairro Alvorada 1, Zona Centro-Oeste.

O motorista do coletivo, William da Silva Menezes, 46, sua esposa, Jarlene Con-ceição, 35, e a proprietária do lanche, Leusimar Alves da Silva, 52, ficaram feridos, a última em estado grave.

Conforme informações do filho da proprietária, Jeff Alves, o motorista tentou desviar de outro veículo, mas não conseguiu frear a tempo, causando o choque contra o estabelecimento.

Outra testemunha que pre-

feriu não se identificar disse que o condutor do coletivo estava em alta velocidade e dormiu ao volante.

“Eu o ouvi dizer que quando acordou estava dentro do lan-che e tinha dito também que eles estavam voltando de uma festa”, explicou a testemunha.

SocorroSegundo a Polícia Militar (PM),

as vítimas foram levadas ao pronto-socorro João Lúcio, na Zona Leste, dona Leusimar Al-ves, a dona do lanche, deu entrada em estado grave, com pancada na cabeça.

O Corpo de Bombeiros esteve no local e garantiu que ninguém saiu com estado grave, apenas com lesões leves. A Polícia Civil (PC) esteve no local e realizou a perícia para identificar o que de fato causou o acidente.

Casal sequestra adolescente

O casal de namorados Edcley Pinto dos Santos, 24, e Rafaela Cavalcante Menezes, 18, foram presos na manhã de ontem, acu-sados de terem sequestra-do uma adolescente de 15 anos e cobrado a quantia de R$ 50 mil à família da vítima pelo resgate.

A jovem foi encontrada pelos policiais da 7ª Com-panhia Interativa Comu-nitária (Cicom) ainda no cativeiro onde era man-tida refém pelos seques-tradores, em uma quiti-nete situada na rua Nova

Babel, bairro Crespo, na Zona Sul.

De acordo com o aspiran-te a tenente da 7ª Cicom, Silvio do Passo, o seques-tro mediante extorsão foi planejado e executado por Rafaela Cavalcante, que é amiga de infância da víti-ma, a qual teria lhe reve-lado em conversa que sua família havia recebido a quantia de R$ 50 mil, fruto da venda de um imóvel.

“O casal de sequestra-dores queria o dinheiro. Enquanto a garota era mantida em cativeiro, eles ficavam enviando fotos e vídeos para extorquir a mãe da vítima” disse.

De acordo com o aspiran-te, para extorquir a famí-lia, a dupla enviava fotos da adolescente amarrada, sendo agredida e também vídeos onde supostamente aparecia praticando sexo

com o suspeito. “Primeiro pediram R$

50 mil, e depois fecharam em R$ 30 mil. A própria família acionou a polícia e conseguimos realizar a prisão”, disse.

O casal de sequestrado-res foi apresentado na De-legacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), onde negaram o crime. Após serem ouvidos, Edcley e Rafaela foram autuados pelo crime de sequestro mediante extorsão. Na ma-nhã de hoje, ambos seriam encaminhados à cadeia pú-blica Raimundo Vidal Pes-soa, no Centro.

IONE MORENO

A proprietária do lanche foi a mais machucada no acidente

COLISÃO

CRESPO

PARQUE DEZ

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

FÁBIO OLIVEIRAEquipe do AGORA

SÍNTIA MACIELEspecial para o EM TEMPO

JUCÉLIO PAIVAEquipe do AGORA INVESTIGAÇÃO

Segundo a polícia, Rafaela Menezes era amiga da vítima e soube pela jovem que sua família havia vendido um imóvel e recebido R$ 50 mil, o que gerou o plano de sequestrar a garota

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plateia@emtempoºcomºbrMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1042 Página B2

Xapuri ganha destaque nacional

DIVULGACÃO

Rio lança nova campanha em defesa do consumidorO supermercado que não cumprir a determinação da campanha será penalizado com multa diária de R$ 1 mil

Clientes serão mais cautelosos Pressionado pela infl ação,

por juros mais altos e pelo endividamento, o consumi-dor terá comportamento cauteloso no Natal deste ano, estimam especialistas do varejo e economistas brasileiros. Para eles, a ten-dência é os brasileiros recor-rerem menos ao crédito do que em anos anteriores, ou comprar em menor número de parcelas, para evitar o comprometimento excessivo do orçamento. Apesar do ce-nário de controle, a aposta é em um consumo racional,

que garantirá crescimento para as vendas.

“Haverá crescimento do consumo, pois (o Brasil) não está em uma situação de crise, como a Europa, mas será um crescimento modes-to, parcimonioso, prudente, com menos dinamismo que em 2006, 2007 e 2008. A infl ação dos alimentos é a mais importante. (A com-pra dos alimentos) vai ser uma compra prudente, pois os preços estão aumentan-do muito”, destacou Carlos Alberto Ramos, professor

do Departamento de Eco-nomia da Universidade de Brasília (UnB).

A infl ação ofi cial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumula alta de 4,95% até novembro. Já a infl ação dos alimentos e bebidas, medi-da pelo mesmo índice, está em 7,52% de janeiro até o mês passado.

Isabel Mendes, economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cita pesquisa divulgada pela entidade em novembro, mostrando que

40% dos consumidores pre-tendem gastar menos nas compras deste Natal do que na festa do ano passado. “Ele (o consumidor) está sendo um pouco mais conserva-dor. A maioria, 52%, tam-bém disse que vai usar o décimo terceiro salário para pagamento de dívidas.”

De acordo com Isabel, eles acham que a alta dos preços afetará as compras de fi nal de ano, as compras do mês e as de bens de maior valor. “Então, temos endividamento e infl ação.”Na hora de comprar, o consumidor vai pensar duas vezesa

DIVULGAÇÃO

INFLAÇÃO

DIVULGAÇÃO

O consumidor fl umi-nense que, ao che-gar ao caixa de um supermercado e ve-

rifi car que o preço do produto exposto em gôndolas, vitri-nes, cartazes, encartes ou em propagandas feitas no local é diferente do registrado no caixa, poderá levar o produto de graça. Se ele quiser com-prar mais de uma unidade, a primeira será gratuita, mas, para as demais, valerá o menor preço verifi cado. Os produtos têxteis, eletroeletrônicos, de áudio e de vídeo ou equipa-mentos para veículos estão fora da iniciativa.

A medida faz parte da cam-panha De olho no preço, que será lançada hoje, e entrará em vigor no dia 15 de janeiro do ano que vem. Para que a de-terminação seja cumprida, foi fi rmado um termo de compro-misso entre o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da Defensoria Pública do Estado, os órgãos do Sistema Estadu-al de Defesa do Consumidor,

as associações de Supermer-cados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e Brasileira de Supermercados (Abras).

A coordenadora do Nudecon, Larissa Davidovich, disse que, embora as associações dos supermercados representem

os estabelecimentos, é preciso que cada um assine o termo de adesão à medida. Segundo Larissa, 95% dos estabele-cimentos do estado deverão participar da campanha. “É uma iniciativa inédita em que o Rio sai como vanguarda. Já

temos a campanha De Olho na Qualidade, que tem como foco os produtos fora da validade e que já está implantada em outros Estados também.”

Para a defensora pública, a campanha é uma vitória para a população fl uminense e vai além do Código de Defesa do Consumidor. “É um avanço e um amadurecimento do mer-cado no sentido de entender a importância desse tipo de diálogo que está sendo ins-taurado. O que pretendemos é que o consumidor se torne o protagonista dos seus di-reitos”, disse Larissa.

De acordo com Larissa, após denúncias de diver-gência de preços feitas por consumidores, a Defensoria Pública notou que muitos não prestavam atenção à dife-rença. “Muitas das pessoas com as quais conversamos não prestavam atenção à diferença de preços na hora em que passavam os produ-tos pelo caixa e podiam ser lesadas”, afirmou.

Pesquisa divulgada em no-vembro pelo Ministério da Justiça mostrou que mais da metade dos entrevistados conhecem pouco os direitos do consumidor relacionados aos serviços de telecomu-nicações, fornecimento de energia elétrica e planos de saúde. Foram ouvidas 1.294 pessoas das classes A, B, C e D, residentes em 131 municípios brasileiros, entre dezembro de 2012 e janeiro deste ano.

O levantamento apon-tou que 55% dos entre-vistados conhecem pouco os direitos do consumidor, enquanto 27% conhecem razoavelmente bem, 14% não conhecem nada e 4% conhecem muito bem.

A pesquisa, chamada “Resolução Extrajudicial

de Confl itos dos Serviços Regulados por Agências Governamentais”, mostrou ainda que 91% dos entre-vistados já ouviram falar no Código de Defesa do Consumidor, mas 73% ja-mais consultaram o código. Além disso, 34% reclamam sempre ou vão atrás dos direitos, enquanto outros 34% reclamam algumas vezes, 19% nunca recla-mam e 13% reclamam na maioria das vezes.

De acordo com o levan-tamento, 64% das pessoas disseram ter passado nos úl-timos 12 meses por alguma situação em que os direitos foram desrespeitados. Em relação às formas de resol-ver o problema, 63% dizem procurar a empresa, 15% os Procons, 3% o Judiciário e os

demais outros meios.Entre as pessoas que

procuram o Judiciário para resolver problemas rela-cionados aos direitos do consumidor, 49% alegam ser o “único meio que res-tou”, 20% se “cansaram” de tentar resolver com a empresa, 14% queriam in-denização por danos mo-rais, 6% “confi am mais” na decisão do Judiciário, 3% não conheciam outra forma e 3% não souberam ou não responderam.

As pessoas também fo-ram ouvidas sobre os mo-tivos para não reclamarem. Do total, 22% disseram achar que “não compensa”, 22% acham que “demoraria muito”, 4% acreditam que há “muita burocracia” e 3% não conhecem os direitos.

Desconhecimento dos direitos

OBJETIVOO objetivo da campa-nha é que o consumi-dor fi que mais atento e se torne um fi scal, porque não tem como ter fi scal de Procon em número sufi ciente para estar em todos os supermercados

O consumidor fl uminense que, ao chegar ao caixa de um supermercado e verifi car que o preço do produto exposto é diferente do registrado no caixa, poderá levar o produto de graça

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B2 País MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Escolas reclamam do Enem

A federação que re-presenta as escolas par-ticulares do país decidiu oficializar reclamação contra o Inep (instituto de pesquisas do Ministé-rio da Educação) devido à forma de divulgação dos desempenhos dos colégios no Enem.

A entidade, chamada Fe-nep (Federação Nacional das Escolas Particulares), reclama do ranqueamento de escolas e das diversas correções de dados que o instituto fez após a divul-gação inicial, ocorrida no fim do mês passado.

A federação fez um pe-dido à Procuradoria da Re-pública para abertura de investigação, por meio de inquérito civil. A Procura-doria ainda não se posi-cionou sobre o caso.

A reclamação dos colé-gios é que a legislação não permite o ranqueamento de escolas. Diz ainda que “o próprio ranking apresen-ta-se inseguro, alterado a cada momento”.

Depois da divulgação dos dados, o Inep cor-rigiu informações de 31 escolas, que inicialmente estavam sem nota, mas agora aparecem na lista. Ao todo, cerca de 11 mil colégios foram avaliados.

Rio tem 83 mil pessoas em riscoPelo menos 83 mil pessoas

vivem em áreas de risco de desastre iminente no estado fluminense. A constatação é do Departamento de Re-cursos Minerais do Estado do Rio (DRM), que às véspe-ras do verão, estação mais chuvosa do ano, divulgou levantamento com 2,8 mil pontos de deslizamentos em 91 municípios. A capital flumi-nense, que fez levantamento próprio, ficou de fora.

O relatório do DRM des-taca que chuvas regulares, consideradas normais, são suficientes para provocar acidentes graves e atingir cerca de 20,8 mil moradias. Para chegar a esse número, a equipe técnica calculou a trajetória de possíveis des-lizamentos e a quantidade

de terra que pode desabar sobre as moradias, causan-do inclusive mortes, que não estão descartadas.

Entre as cidades em situa-ção mais grave, com mais de 200 pontos de risco iminente, está Petrópolis, na região ser-rana fluminense, com 18 mil pessoas em perigo, em rota de deslizamentos. Localizado na mesma região – uma das mais afetada pelas chuvas de verão dos últimos anos – estão entre as cinco cidades mais perigosas Teresópolis e Nova Friburgo. No litoral sul está Angra dos Reis e, na região metropolitana, a cidade de Niterói.

Com base nas informações, Petrópolis fez um planeja-mento de emergência com rotas de fuga para mora-

dores e material informativo com orientações para essas situações, como desligar o gás antes de sair de casa. Pastas plásticas para guar-dar documentos pessoais também foram distribuídas, em ação que indicou pontos de apoio para que a popula-ção se dirija nos casos de ter deixar as casas fortes.

De acordo com o relatório do DRM, mais nove municípios têm entre 85 e 200 lugares onde podem ocorrer desliza-mento com impactos sobre moradores. São eles Itaperu-na, no norte fluminense, São Gonçalo, na região metropo-litana, além de Magé e Duque de Caxias, na baixada flumi-nense. No sul do Estado, estão Itaguaí, Piraí, Rio Claro, Barra Mansa e Mangaratiba.

Petrópolis, na região serrana fluminense, tem 18 mil pessoas residindo em áreas de risco

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Comunidade do Alemão inaugura árvore de Natal

Com queima de fogos, a comunidade do Morro do Adeus, no conjunto de fave-las do Alemão, inaugurou na noite de ontem sua árvore de Natal. É o quarto ano conse-cutivo em que a comunidade promove a festividade. A ár-vore tem 18 metros de altura, flocos de neve, microluzes de LED na cor branca e strobos e equipamento de ilumina-ção. No topo, há uma estrela vermelha de três pontas. As comemorações de Na-tal nas unidades pacifica-das começaram terça-feira, quando Papai-Noel presen-teou 300 crianças do Morro dos Prazeres. Também estão sendo recebendo a visita de Papai-Noel as comunidades do Morro do Vidigal, Morro dos Macacos, Morro Cerro Corá e Complexo do Caju.

Papai-Noel voltará ao Complexo do Alemão quinta-

feira (19) para participar do Natal Iluminado, na Estação do Teleférico do Alemão. A festa, uma parceria da Uni-dade de Polícia Pacificadora com a SuperVia e a Light, inclui brincadeiras em um parquinho, distribuição de pipoca, show de mágica e oficina de reciclagem, com direito a foto com Papai-Noel. A UPP oferecerá brin-quedos para as crianças.

No Morro dos Macacos, o Natal da Paz, organizado pela UPP local, além da vi-sita do Papai-Noel, inclui a entrega de presentes a 324 crianças que se cadastraram em escolas da comunidade. Uma rede de solidariedade, formada por moradores do bairro e de outros pontos da cidade, policiais e jor-nalistas, ajudará a realizar os sonhos manifestados por essas crianças em cartas.

Essa é a quarta vez que a comunidade ganha sua árvore

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Sustentabilidade premiaa cidade de Chico MendesA fábrica de Xapuri começou a operar em 2008 e já produz 100 milhões de camisinhas por ano, distribuídas no país

Após desenvolver solu-ções nas tecnologias da comunicação e da informação por 37

anos, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CPqD) re-cebeu pela primeira vez, no último dia 4, o Prêmio Finep de Inovação 2013. O órgão foi agraciado na categoria Insti-tuição de Ciência e Tecnologia e recebeu R$ 200 mil pelo projeto que desenvolve.

Outro vencedor do prêmio foi a Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), em razão da fábrica de preserva-tivos masculinos no interior do Acre que utiliza látex ex-traído por famílias que mo-ram na Reserva Extrativista Chico Mendes.

O CPqD foi escolhido pelo “conjunto da obra” e não por uma produção específica. Assim, fo-ram premiados projetos como o aplicativo que narra funções de um smartphone para pessoas com deficiência visual; o núcleo voltado a desenvolver tecno-logias de defesa e segurança; o laboratório de comunicações óticas que atingiu esta ano a velocidade de dois terabites por segundo em um único canal; e a produção do Rádio Definido por Sostware para interagir com várias interfaces aéreas ao mesmo tempo, todos com a tecnologia e a marca CPqD.

A forma de trabalho do centro segue as necessidades do mer-cado. De acordo com o diretor de Gestão da Inovação do CPqD, Alberto Paradisi, o desenvolvi-mento tecnológico da institui-

ção é puxado pela demanda dos usuários finais ou das indústrias que produzem em larga escala para os clientes.

“As ideias surgem a partir da necessidade. Daí, a gente parte para aprofundamento, e procura saber se é factível, se consegue implementar, se con-sigue um diferencial em relação ao que já existe? Depois, a gente parte para o investimento. Entre a ideia e o investimento tem o estudo”, explica Paradisi.

Desse modo, os setores do CPqD se dividem para fazer a pesquisa da inovação, de-senvolver a tecnologia, produzir

efetivamente o equipamento e negociar o investimento e a venda dos produtos.

No quesito dinheiro, a partici-pação do governo é primordial. A principal fonte de financiamen-to do CPqD vem do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), que, por sua vez, é abastecido com percentuais do fatura-mento de empresas de teleco-municações e de eventos.

Os preservativos da fábrica que ganhou o prêmio Finep são distribuídos para a Amazônia Legal e para o Distrito Federal

DIVULGAÇÃO

Foi na categoria Tecnologia Social que a Funtac recebeu R$ 200 mil do Prêmio Finep 2013 pela fábrica em Xapuri, a 180 quilômetros da capital do Acre, Rio Branco. A ci-dade natal de Chico Mendes

sedia a fábrica que produz camisinhas masculinas a partir da borracha extraída por cerca de 450 famílias. O subsídio do governo estadu-al e do Ministério da Saúde permite que os extrativistas

tenham uma renda melhor que a de mercado.

Outras duas características permitem que a fábrica de preservativos se destaque no papel de desenvolvimento sus-tentável, segundo Mesquita.

“A iniciativa social fortalece a organização dos grupos de ativistas seringueiros e de fornecedores, favorecendo a cultura extrativista. E iniciati-va ambiental, de valorizar as florestas, sem substituí-las”.

Borracha extraída por mais de 450 famílias

TRABALHOApesar da logística complicada, o trabalho conjunto com coope-rativas permite que o látex seja armazenado com qualidade e trans-portado por meio de pequenas estradas no meio da floresta

PERIGOCORREÇÕES

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B3MundoMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Estados Unidos pode dar anistia a Edward SnowdenAgência Nacional de Segurança consideram conceder o benefício em troca de devolução de documentos sobre espionagem

Autoridades da Agência Nacional de Seguran-ça dos EUA, a NSA, estão considerando

conceder anistia ao ex-técni-co Edward Snowden, em troca da devolução dos milhares de documentos que o ex-agente obteve na NSA.

Snowden vazou documentos mostrando que a NSA espio-nava indivíduos, empresas e líderes de todo o mundo.

Uma anistia seria um desen-lace surpreendente para uma epopeia internacional que já dura seis meses. Seria espe-cialmente inesperado para uma agência que passou me-ses advertindo que as revela-ções de Snowden ameaçavam a segurança nacional.

O funcionário da NSA res-ponsável por avaliar os danos causados pelo vazamento de Snowden, Richard Ledgett, afirmou à rede de TV ameri-cana CBS News que a ideia de conceder anistia continua controversa dentro da agên-cia, que vem tentando pre-servar seus poderes de vigi-lância diante de críticas do Congresso dos EUA e líderes de outros países.

“Minha opinião pessoal é que, sim, vale a pena conversar-mos a respeito de uma anistia”,

disse Ledgett, que está cotado para ser o novo chefe civil da NSA, em uma entrevista que iria ao ar hoje. “Eu precisaria de garantias de que o restante do material estaria seguro, e meu nível de exigência para essas garantias é muito alto. Teria de ser mais do que uma promessa dele”.

Snowden está na Rús-sia, onde recebeu um asilo de um ano.

Em junho, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma queixa crime acusando Snowden de roubo de proprie-dade do governo, comunicação não autorizada de informação sobre a defesa nacional e “co-municação deliberada de infor-mações sigilosas a uma pessoa não autorizada”. Ele ainda não foi formalmente acusado.

Qualquer concessão de anis-tia teria de passar pelo Depar-tamento de Justiça.

O diretor da NSA, general Keith Alexander, afirmou à CBS que conceder anistia a Snowden seria recompensar vazamentos e incentivar futu-ras revelações de informação sigilosa. Mas Alexander vai se aposentar logo, juntando-se a seu contraparte civil, John In-glis, e Ledgett é um dos mais cotados para substituir Inglis. Edward Snowden vazou documentos revelando espionagem dos EUA praticada contra pessoas, empresas e líderes mundiais

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B4 Mundo MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Mandela é enterrado na aldeia de seus ancestraisAntes do sepultamento, foi realizada uma cerimônia de quase quatro horas em memória do ex-presidente sul-africano

O ex-presidente sul-africano Nelson Man-dela foi enterrado on-tem pouco antes das

13h locais (por volta das 9h no Brasil) em Qunu, terra de seus ancestrais, na província de Cabo Oriental, sul do país. Ele morreu no último dia 5.

Antes, uma cerimônia de quase quatro horas em sua memória foi realizada, com a participação da família, líderes políticos e religiosos e celebri-dades. Por volta de 4,5 mil pes-soas acompanharam o evento no local, uma tenda erguida no meio do lugarejo.

Apenas a imprensa esta-tal sul-africana teve acesso e transmitiu a cerimônia pela TV para todo o país. Em Qunu, cerca de 500 pessoas segui-ram a solenidade debaixo de três tendas montadas sobre um pasto, onde foi erguido um telão. Senhoras de vestido tradicional e lenço na cabeça, que usam apenas a língua lo-cal xhosa, deixaram suas casas logo cedo para acompanhar o evento coletivamente.

O corpo foi levado pouco antes das 8h do local onde passou a noite para a tenda,

ao som de uma salva de 21 tiros de canhão. Ao chegar, foi colocado na frente do palco principal, próximo da primei-ra fileira, onde sentaram-se o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, entre Winnie Man-dela, ex-muher do líder morto, e Graça Machel, sua viúva.

Foram acesas 95 velas, uma para cada ano de sua vida, e uma foto de Mandela sorridente adornava o ambiente.

O evento teve forte caráter político, organizado pelo par-tido governista, o Congresso Nacional Africano, que dentro de cinco meses enfrenta uma eleição presidencial, provavel-mente com Zuma buscando um segundo mandato de cinco anos. “Mandela, sempre nos lembraremos dos princípios que você personificou e que o CNA representou”, declarou Zuma, em seu discurso.

Diversos chefes de Estado discursaram, entre eles os lí-deres de Tanzânia, Maláui e Etiópia. A família foi represen-tada por Nandi Mandela, neta do ex-presidente sul-africa-no. “Ele era um grande con-tador de histórias, especial-mente quando fazia gozação consigo mesmo”, afirmou.

O discurso mais emocionante foi o de Ahmed Kathrada, um

dos líderes antiapartheid, que passou 26 anos preso junto com Mandela. Entre momen-tos de choro, disse que perdia “um irmão mais velho”. “Mi-nha vida agora está um va-zio, e não sei mais a quem recorrer”, afirmou.

Houve cantos, inclusive o popular refrão “Nelson Man-dela, não há ninguém como ele”, entoado na língua africana soto, além de manifestações do líder da igreja metodista no país, a denominação que o ex-presidente seguia.

Personalidades como o herdeiro do trono britânico, príncipe Charles, o príncipe Albert, de Mônaco, e o ar-cebispo Desmond Tutu (que confirmou presença na última hora) compareceram.

Após a cerimônia, o corpo foi transportado em um ve-ículo militar para o local da sepultura, a alguns metros de distância. O caixão de Mandela seguiu coberto com a bandei-ra do país, que foi retirada apenas nos últimos momentos antes do sepultamento. Três helicópteros com a bandeira sul-africana e seis caças fize-ram um sobrevoo pouco antes de o caixão descer. Para essa ocasião, somente 450 pessoas puderam estar presentes. Homenagens deixadas por sul-africanos a Nelson Mandela em Joanesburgo, antes do enterro

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Autoridade marcada como um exemplo de resiliência

Resiliência é a proprie-dade que alguns materiais têm de voltar à forma original depois que ces-sa a tensão a que foram submetidos. Nas pessoas, representa a capacidade de, após momentos de ad-versidade, se adaptar, ou até mesmo evoluir após a experiência. Essa foi uma das palavras mais usadas pelas pessoas que discur-saram durante o funeral do maior líder da África negra, como forma de des-crevê-lo, em sua luta con-tra o apartheid e as desi-gualdades. Mandela dizia que a luta era sua vida, e ele lutou, sobretudo, por um mundo melhor.

Em 1944, com 26 anos, criou com outros amigos a Liga Juvenil do Con-gresso Nacional Africano (CNA), partido pelo qual se tornaria presidente do pais cinco décadas depois. Lançaram o manifesto Um Homem, Um Voto, no qual mostravam que 2 milhões de brancos dominavam 8 milhões de negros. Em um regime que considerava o negro uma sub-raça, sem direitos e que deve ser reprimida, Mandela abriu, em 1952, em sociedade com Oliver Tambo, um escritório de advocacia.

Já considerado uma li-derança, Mandela e o CNA tiveram o princípio da não violência como norteador de sua luta até 21 de março de 1960, hoje reconhecido pela ONU como Dia In-ternacional contra a Dis-

criminação Racial, quando aconteceu o Massacre de Sharperville. Cerca de 5 mil negros protestavam paci-ficamente contra a Lei do Passe, que os obrigava a andar com uma caderneta que informava os lugares que poderiam frequentar.

De repente, quando se aproximaram de uma dele-gacia onde estavam cerca de 70 policiais, antes de qualquer alerta das au-toridades, começaram a ser atingidos por tiros de metralhadora. Mais de 60 morreram, a maioria com tiros nas costas, enquan-to tentavam fugir, e pelo menos 200 ficaram feridos, incluindo mulheres e crian-ças. A partir daí, Mandela e o partido decidiram que, apenas pela via pacífica não seria possível mudar a situação grave de segre-gação do país e buscaram treinamento militar.

Apesar de já ter sido preso antes por sua luta, a mudança de postura leva Mandela a ser condenado à prisão perpétua em 1964. Em defesa própria, falou por quatro horas duran-te o julgamento. A conclusão dele é usada como uma das principais mensagens do ex-presidente: “Durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano. Lutei con-tra a dominação branca, lutei contra a dominação negra. Acalentei o ideal de uma so-ciedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais. É um ideal para o qual espero viver e realizar. Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”.

Legado para futuras gerações

A capacidade de negociar com diferentes setores foi uma das características marcantes do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, líder da luta contra o apartheid, o re-gime de segregação racial que vigorou no país de 1948 a 1994, em que a minoria branca detinha todo poder político e econômico e a maioria negra cumpria as regras da legislação separatista. É o que represen-tantes do movimento negro, do governo brasileiro, artistas, parlamentares e militantes da área de direitos humanos des-tacam na personalidade Man-dela, morto no dia 5 deste mês e enterrado ontem.

Eles avaliam o legado de Mandela para esta e para as futuras gerações. O ex-presi-dente, que passou 27 anos na prisão, combateu o apartheid, e conquistou o respeito de adver-

sários e críticos pelos esforços em busca da paz. Em 1983, ele dividiu o “Prêmio Nobel da Paz” com o então presidente da Áfri-ca do Sul Frederik de Klerk.

O diretor executivo da Educa-fro, frei David Santos, ressalta a capacidade estratégica de negociação de Nelson Mandela com diferentes setores como um aprendizado a ser aplica-do nas lutas dos movimentos sociais. “Ele teve a coragem de trabalhar com a situação de oposição fazendo todos servi-rem à causa do povo negro e à causa da paz.”

O coordenador do Centro de Cultura Negra do Maranhão, Maurício Paixão, considera as atitudes uma inspiração para que os negros busquem um país mais justo e uma socie-dade fortemente democrá-tica. “Este é o exemplo que o Mandela nos deixa e faz com que dialoguemos com a sociedade e fortaleçamos a população negra”, declara.

Coerência política na trajetóriaPara a coordenadora exe-

cutiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Sueli Car-neiro, o apreço pela liberda-de e a determinação para combater o racismo são importantes ensinamentos que Nelson Mandela deixa para o futuro. “A questão essencial do pensamento dele [Mandela] é não per-mitir que o racismo nos contamine. Não permitir que venhamos a reproduzir as mesmas perversidades que o racismo promove. Não permitir que o ódio e o revan-chismo nos governem na nossa luta”, disse.

A coerência política ao longo de sua trajetória e o compromisso com a luta

da classe trabalhadora são os exemplos de Mandela a serem seguidos por gover-nantes e militastes, diz João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação do Movi-mento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). “A coerência política de Man-dela ao longo de tantos anos de vida pública e de luta é um elemento importante. Mandela conseguiu se man-ter firme, do ponto de vista das suas posições ideológi-cas, mesmo quando estava preso e também quando es-tava à frente do governo”, lembrou Rodrigues.

A secretária executiva da Secretaria de Direitos Hu-manos da Presidência da Re-

pública, Patrícia Barcelos, cita a luta pela liberdade e a resistência como elementos da jornada de Mandela a serem aplicados no dia a dia. “Mandela deixou um legado de tolerância das relações entre as pessoas. A luta dele demonstrou que, por meio da tolerância, do reconheci-mento entre os povos, é que se alcançaria a paz.”

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), ativista do movimento negro, disse esperar que o Brasil se es-pelhe nas atitudes do líder sul-africano. “Espero que o Brasil acorde para o exem-plo de Mandela e possa dar um tratamento à maioria a população, que ainda é

excluída, a essa maioria que ainda tem que brigar pelas terras quilombolas.”

O cantor Martinho da Vila aponta o desapego de Mandela ao poder como um caminho a ser trilha-do também pelos políticos brasileiros. “Um exemplo que ele deu para os po-líticos foi o desapego ao poder. O poder tem um atrativo: quase todos os que assumem uma função poderosa não querem sair nunca mais. Ele [Mandela], se quisesse, se perpetu-aria como presidente até a sua morte, mas ele foi eleito, cumpriu o seu perí-odo e promoveu eleições”, observou. (YA)

DIVULGAÇÃO

Frei David Santos, da Educafro: um Mandela estratégico

FÁBIO ZANINIENVIADO ESPECIAL/FOLHAPRESS

YARA AQUINOAGÊNCIA BRASIL

DANILO MACEDOAGÊNCIA BRASIL

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B5PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Aos 81 anos, astro Peter O’Toole morre em LondresAtor do fi lme “Lawrence da Arábia” fi cou internado por um longo período no hospital de Wellington, na Inglaterra

Peter O’Toole, astro do fi lme “Lawrence da Arábia” (1962), morreu ontem, aos 81 anos. O

anúncio foi feito ontem por seu agente, Steve Kenis. Ele explicou que o ator estava internado no hospital de Wellington, em Londres, após um longo período doente, mas não deu outras informações sobre as causas da morte do cliente.

“Ele era único no melhor senti-do da palavra e um gigante em sua especialidade”, acrescen-tou. Respeitado ator de teatro e de cinema, O’Toole foi indicado oito vezes ao Oscar -a primei-ra por “Lawrence da Arábia” e a mais recente em 2006, por “Vênus”. Ele recebeu um prêmio honorário pelo conjunto da obra em 2003.

Filho de um corretor de apostas irlandês e de mãe escocesa, Peter O’Toole nas-ceu em 1932 e foi criado no norte da Inglaterra.

Sua data e lugar de nascimen-to sempre estiveram rodeados

de imprecisão. Apesar de algu-mas fontes garantirem que nas-ceu em Connemara, na Irlanda, para outros O’Toole nasceu em Leeds, no norte da Inglaterra. Ele mesmo aceitava como ver-dadeira data de seu nascimento 2 de agosto de 1932.

Após ter trabalhado breve-mente como jornalista de rádio para a Marinha Real, ele estudou na respeitada Academia Real de Arte Dramática, ao lado de Albert Finney, Alan Bates e de Richard Harris, que também se tornariam atores famosos.

O’Toole começou a carrei-ra em Bristol e Londres aos 17 anos. Depois de ter feito nome no teatro, ganhou fama internacional no cinema em papéis como o do protagonis-ta da epopeia que lhe rendeu fama mundial, sob a batuta de David Lean.

Ele também atuou em fi l-mes como “A Noite dos Gene-rais” (1966) e “O Homem de La Mancha” (1972).

Na vida pessoal O’Toole

maltratou sua saúde com uma confessa dependência do ál-cool, o que o deixou em 1976 à beira da morte, quando ti-veram que extirpar parte do estômago e do intestino.

Por causa dos abusos, seu pâncreas fi cou gravemen-te danifi cado e passou a depender de insulina.

No ano passado, o ator anun-ciou sua aposentadoria. “É hora de jogar a toalha. Aposentar-me dos fi lmes e do palco”, disse, na ocasião, em nota. “A disposição para isso foi embora de mim; ela não voltará.”

Ele disse que o trabalho lhe rendeu “apoio do público, reali-zação emocional e conforto ma-terial”, e o colocou em contato “com gente bacana, bons com-panheiros com quem partilhei o que é inevitável para todos os atores: sucessos e fracassos”. “No entanto, creio que é preciso decidir por si mesmo quando é hora de encerrar a permanência. Dou à profi ssão um adeus sem lágrimas”, declarou.

Disco de Beyoncé chega ao topo O álbum surpresa da can-

tora Beyoncé estará no topo da parada americana na próxima semana.

É o que garante o site da revista “Billboard”, se-gundo o qual o novo tra-balho já vendeu 430 mil unidades desde que foi lançado no iTunes na quinta-feira à noite.

Nas três primeiras horas em que ficou à venda no serviço, foram 80 mil cópias

vendidas. Às quais devem ser somadas as 350 mil do dia seguinte.

RicaAnalistas da publicação

calculam que até a publi-cação do “Billboard 200”, no meio da semana, o ál-bum deve ter alcançado 600 mil cópias.

Se confirmados esses números, será a melhor semana de estreia de um

álbum da cantora. “Beyoncé” tem 14 faixas

e 17 clipes e foi definido pela artista como um ál-bum “visual”. Ainda não há cópias físicas em CD, ele pode ser comprado apenas pela internet.

O álbum teve a melhor estreia para uma artista feminina desde “Red”, de Taylor Swift, que vendeu 1,2 milhão de cópias em novembro de 2012.

LANÇAMENTODIVULGAÇÃO

“Lawrence da Arábia’’ (1962)

O épico de quase 4h de duração do diretor Da-vid Lean fez de O’Toole um astro internacional. O ator interpretou o oficial britânico T.E. Lawrence, que reuniu as tribos ára-bes para lutar contra o império turco durante a Primeira Guerra, e conquis-tou sua primeira indicação ao Oscar

“Lord Jim’’ (1965) O’Toole viveu o perso-

nagem-título nesta adap-tação do célebre romance de Joseph Conrad dirigida por Richard Brooks.

“O que É que Há, Ga-tinha?’’ (1965)

O ator provou seu talento para a comédia neste filme escrito por Woody Allen

“O Leão no Inverno’’ (1968)

Interpretou o rei inglês Enrique 2º neste drama his-tórico em que contracena com Katharine Hepburn

“Adeus, Mr. Chips’’ (1969)

É indicado ao Oscar pelo papel de um professor frio e severo transformado pelo amor

“A Classe Governante’’ (1972)

Interpreta um rico her-deiro que acredita ser Je-sus Cristo nesta sátira à nobreza britânica

“O Homem de la Man-cha’’ (1972)

A versão musical das aventuras de Dom Quixo-te foi uma grande suces-so, com O’Toole no papel do sonhador cavaleiro e Sophia Loren como suaamada Dulcinea

“O Substituto’’ (1980) O’Toole é um diretor de

cinema que chantageia e obriga um dublê a realizar cenas bastante arrisca-das. Novamente indicado ao Oscar.

“Vênus’’ (2006) Por este papel de um

veterano ator que ten-ta seduzir uma garota, O’Toole recebeu sua última indicação ao Oscar.

Principais momentos do ator

Ele fi cou famoso mundialmente como o ofi cial T.E. Lawrence, do longa “Lawrence da Arábia” O ator fi cou um longo tempo internado, mas as causas da morte não foram divulgadas

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Ela vendeu 430 mil unidades em dois dias

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B6 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Programação de TV

5h Jornal Do Sbt 6h Igreja Universal 7h Jornal Do Sbt 8h Bom Dia & Cia10h05 Waisser 10h55 Programa A Voz Da Esperança 11h35 Programa Agora 12h25 Programa Livre 13h15 As Visões Da Raven13h30 Maria Do Bairro 14h30 Por Ela....sou Eva15h Cuidado Com O Anjo 15h45 A Madrasta 16h30 Eu A Patroa E As Crianças17h20 Jornal Em Tempo 17h45 Sbt Brasil 18h30 Chiquititas 19h15 Rebelde 20h Seriado 21h Programa Do Ratinho 22h Maquina Da Fama 23h Jornal Do Sbt23h45 Big Bang A Teoria0h15 Mike & Molly0h30 A Garota Do Blog2h Big Bang3h30 Igreja Universal

SBT

3h55 Telecurso Educação Básica - Profprf4h10 Telecurso Profi ssionalizante - Administração4h25 Telecurso Ensino Médio - História4h45 Telecurso Ensino Fundamental - Geografi a5h Globo Rural.5h30 Bom Dia Brasil.6h30 Bom Dia Amazônia.7h30 Bom Dia Brasil (Reapresentação)8h30 Mais Você9h57 Bem Estar10h40 Encontro Com Fátima Bernardes12h Amazonas Tv12h40 Globo Esporte13h15 Jornal Hoje13h45 Vídeo Show14h30 O Cravo E A Rosa15h50 Sessão Da Tarde16h46 Globo Notícia16h50 Malhação17h20 Jóia Rara18h10 Jornal Do Amazonas

6h15 Record Kids 7h40 Fala Brasil 9h Hoje Em Dia11h Magazine 12h Alô Amazonas 13h15 Craque Na Tv 13h30 Programa Da Tarde 16h15 Cidade Alerta 17h55 A Crítica Na Tv 18h40 Jornal Da Record 19h30 Série: Todo Mundo Odeia O Chris21h30 Csi Nova York 22h30 Pecado Mortal 23h30 A Lei E O Crime 0h30 Roberto Justus + 1h10 Programação Iurd

RECORD

HoróscopoGREGÓRIO QUEIROZ

ÁRIES - 21/3 a 19/4 É tempo de colocar sua marca naquilo que faz. Não poupe esforços, mas concentre-se no que é vital. Os empreendimentos pessoais e as ações criativas estão favorecidos.

TOURO - 20/4 a 20/5 Bom momento para construir uma casa ou um lar mais sólido, no sentido literal ou fi gurado. Pode construir relações familiares mais sólidas, limpando o que for preciso.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 É favorável pensar em trabalhar em conjunto com as pessoas. O momento favorece tam-bém consolidar as relações de amizade. Os bons esforços resultarão em algo bom.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 O trabalho e os negócios ganham forma mais defi nida. As responsabilidades no trabalho estão a seu favor. Ao dar conta delas, você irá prosperar e consolidar sua posição.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Mantenha fi rme a direção e as grandes mudanças são facilitadas. Sua mente está imaginativa e inspirada, e você poderá dar encaminhamento criativo às questões.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 As relações e a boa comunicação se conso-lidam, mesmo que em meio a um caminho árduo. Não queira chegar logo à solução sem ter percorrido toda a estrada.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Procure perceber como você gosta de ajudar os amigos, seus companheiros e as pessoas do ambiente social. É um dia para dar e receber a ajuda de um jeito especial.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Você precisa dar conta das responsabilida-des básicas, se quiser que seu trabalho se desenvolva. As questões materiais são as principais a serem cuidadas por você.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Momento para você absorver em seu comportamento, os ensinamentos e os valores que você julgue corretos e coe-rentes. Supere as velhas difi culdades e se renove por completo.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Você está mais confi ante para superar as difi culdades e para fazer frente a com-promissos assumidos. Resolver o passa-do está facilitado, e isso lhe permitirá dar um passo adiante.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Momento favorável para fortalecer os pro-jetos e intenções comuns com seu parcei-ro de vida e com possíveis sócios. Mes-mo que dê trabalho, este é um trabalho que vale a pena.

PEIXES - 19/2 a 20/3 O bom aspecto do dia favorece os re-sultados práticos no trabalho e a exe-cução de tarefas de responsabilida-de e rigor. Sua construção profi ssional se solidifi ca e ganha força.

CruzadinhasCinemaESTREIA

O Hobbit – A Desolação de Smaug: Segundo fi lme da trilogia de adap-tação da obra-prima The Hobbit, de J.R.R. Tolkien, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” dá continuidade à aventura de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) em sua épica jornada com o Mago Gandalf (Ian McKellen) e treze Anões, liderados por Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage), para o Reino dos Anões de Erebor. Cinemark 1 – 12h50, 16h30, 20h (dub/diariamente), 23h30 (dub/somente sexta-feira e sábado), Cinemark 6 – 21h50 (3D/leg/diariamente), 11h30, 14h50, 18h30 (3D/dub/diariamente), Cinemark 7 - 22h30 (3D/dub/diariamente), 12h10, 15h40, 19h10 (3D/dub/diariamente); Cinépolis 1 – 13h05, 16h40, 20h45 (3D/leg/diariamente); Cinépolis 4 – 17h (3D/leg/diariamente), 13h30, 20h30 (3D/dub/diariamente), Cinépolis 5 – 11h (3D/leg/somente sexta-feira e sábado), 14h30, 18h, 21h30 (3D/leg/diaria-mente); Playarte 1 – 14h10, 17h20 (3D/dub/diariamente), 0h01 (3d/leg/so-mente sexta-feira), 20h30 (3D/leg/diariamente), 23h40 (3D/leg/somente sexta-feira e sábado); Playarte 5 – 12h10, 15h20, 18h30 (dub/diariamente), 21h40 (dub/somente sexta-feira e sábado); Playarte 6 – 18h31 (dub/dia-riamente), 21h41 (dub/somente sexta-feira e sábado), Playarte 7 – 13h30, 16h40, 19h50 (leg/diariamente), 23h (leg/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium – 14h40, 17h50, 21h (3D/dub/diariamente); 15h20, 18h30, 21h40 (3D/leg/diariamente), 15h30, 17h40, 19h50, 22h (dub/dia-riamente); Cinemais Plaza – 14h40, 17h50, 21h (dub/diariamente), 15h20, 18h30, 21h40 (3D/leg/diariamente), 14h, 17h, 20h (dub/diariamente).

Linha de Frente: EUA. 16 anos. Cinépolis 10 – 13h45 (leg/diaria-mente).

Carrie, a Estranha: EUA. 16 anos. Cinemark 5 – 14h20, 16h50, 19h20, 21h40 (dub/diariamente); Cinépolis 10 – 16h10, 21h10 (leg/diariamente); Playarte 4 – 13h10, 15h15, 17h20, 19h25, 21h30 (dub/diariamente), 23h35 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Mil-lennium – 15h30, 17h40, 19h50, 22h (leg/diariamente); Cinemais Plaza – 15h30, 17h40, 19h50, 22h (leg/diariamente).

Como Não Perder Essa Mu-lher: EUA. 16 anos. Cinemark 2 – 14h10, 18h50 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis 2 – 22h05 (leg/diariamente); Playarte 10 – 13h10, 15h05 (dub/diariamente).

Última Viagem à Vegas: EUA. 12 anos. Cinemark 2 – 11h40, 16h20, 21h10 (dub/diariamente); Cinépolis 2 – 17h05 (leg/diariamente), Ciné-polis 10 – 18h35 (leg/diariamente); Playarte 2 – 13h50, 16h, 18h10, 20h20 (dub/diariamente), 22h30 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium – 15h10, 17h30, 19h40, 21h50 (leg/diariamente); Ci-nemais Plaza – 15h10, 17h30, 19h40, 21h50 (leg/diariamente).

Crô: BRA. 12 anos. Cinemark 8 – 11h, 13h, 15h, 17h30, 19h40, 22h20 (diariamente); Cinépolis 2 – 14h10, 19h45 (diariamente); Cinépolis 9 – 13h15, 15h20, 17h30, 19h35, 22h (diariamente); Playarte 3 – 13h30, 15h25, 17h20, 19h15, 21h10 (diaria-mente), 23h05 (somente sexta-feira e sábado); Cinemais Millennium – 15h, 17h20, 19h20, 21h20 (diariamente);

Cinemais Plaza – 14h, 15h, 17h20, 19h20, 21h20 (diariamente).

Um Time Show de Bola: ARG/ESP. Livre. Cinemark 4 – 15h20, 17h50 (dub/diariamente), Cinemark 5 – 11h50 (dub/diariamente); Cinépolis 6 – 13h (dub/diariamente).

Vovô Sem Vergonha: EUA. 14 anos. Cinépolis 7 – 14h15, 16h30, 19h15, 21h45 (leg/diariamente); Playarte 10 – 17h, 19h, 21h (leg/diariamente), 23h (leg/somente sex-ta-feira e sábado); Cinemais Millen-nium – 14h30, 16h50, 19h, 21h10 (leg/diariamente); Cinemais Plaza – 14h30, 16h50, 19h, 21h10 (leg/diariamente).

Jogos Vorazes – Em Chamas: EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 15h50, 19h, 22h10 (dub/diariamente); Ci-népolis 6 – 15h35, 18h50, 22h15 (leg/diariamente); Playarte 9 – 17h50,

20h50 (dub/diariamente), 23h45 (leg/somente sexta-feira e sábado); Ci-nemais Millennium – 14h50, 18h40, 21h30 (dub/diariamente); Cinemais Plaza – 14h50, 18h40, 21h30 (dub/diariamente).

Bons de Bico: EUA. Livre. Cine-mark 3 – 11h15, 13h30 (dub/diaria-mente); Playarte 6 – 12h30, 14h30, 16h30 (dub/diariamente).

Thor 2 – O Mundo Sombrio: EUA. 10 anos. Cinemark 4 – 12h40, 20h20 (dub/diariamente), 23h (dub/somen-te sexta-feira e sábado); Playarte 9 – 13h, 15h25 (dub/diariamente).

Meu Passado Me Condena: BRA. 12 anos. Playarte 8 – 12h50, 14h55, 17h (diariamente).

Sobrenatural – Capítulo 2: EUA. 14 anos. Playarte 8 – 19h05, 21h15 (dub/diariamente), 23h25 (dub/so-mente sexta-feira e sábado).

CONTINUAÇÕES

REPRODUÇÃO

“Além do Horizonte” é apresentado diariamente, na Globo

GLOBO

4h30 Igreja Int. Da Graça 6h30 Morning Show 7h30 Você Na Tv9h30 Esclarecendo A Fé 10h Igreja Int. Da Graça 11h Manaus 24 Horas 12h Rompendo Barreiras 13h A Tarde É Sua15h Tv Kids 16h Te Peguei16h30 Betty, A Feia17h15 Igreja Int. Da Graça 18h15 Tv Kids 18h25 Momento Da Sorte18h30 Tv Fama20h Rede Tv News20h45 Igreja Int. Da Graça 22h15 Super Pop23h45 Leitura Dinâmica0h15 Companhia De Viagem1h Debate Brasil1h45 Igreja Int. Da Graça

REDE TV18h30 Jornal Nacional19h08 Além Do Horizonte20h02 Amor À Vida21h20 Tela Quente23h10 Jornal Da Globo23h45 Sessão Brasil1h20 Corujão 2h55 Série Americana3h40 Festival De Desenhos

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O estado do Amazonas vai receber do BNDES R$ 14,9 milhões do Fundo Amazônia para estimu-lar atividades produtivas sustentáveis de comunida-des tradicio-nais e povos indígenas. O contrato do convênio foi assinado na

quinta (12) no Rio de Janeiro, pelo diretor da área de Meio Ambien-te do BNDES, Guilherme Lacerda, e pelo titular da Sepror, Eron Bezerra

A presidente do Colégio e Faculda-de Martha

Falcão, Nelly Falcão recebeu na quinta (5), ao lado de seu esposo Geraldo Pio

de Souza, a “Meda-

lha Mérito Educacional”

Sinepe/AM 2013, das

mãos da presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Manaus, vereadora Terezinha Ruiz

B7PlateiaMANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Sérgio [email protected]

@sergiopromoter

O PROGRAMA RONDA NO BAIRRO começou a ser implantado no interior do Estado no sábado (7), o governador Omar Aziz lançou o programa baseado no conceito de polícia comunitária em Humaitá. Ainda na cidade, onde o governo do Estado está investindo no momento cerca de R$ 60 milhões, o governador ao lado do vice-governador José Melo, prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, presidente da ALEAM, deputado Josué Neto, prefeito de Humaitá José Cidenei Lobo do Nascimento, deputado federal Sila Câmara e do secretário da Sepror, Eron Bezerra, entre outros, inaugurou a estação de alevinagem do polo de piscicultura local e visitou as obras do Ceti e o novo hospital do município, que está sendo equipado para ser inaugurado ano que vem

FOTOS: ALEX PAZZUELO/AGECOM E VALDO LEÃO

EM SOLENIDADE concorrida, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Eustáquio Soares Martins foi condecorado, na quinta (12), pelo Tribunal de Contas do estado do Amazonas, com a mais alta condecoração da corte de contas, o “Colar do Mérito de Contas”, proposto pelo conselheiro Ari Moutinho Junior. Na foto ministro do STJ Mauro Campbell, presidente do TJ/AM, desembargador Ari Moutinho, o homenage-ado ministro do STJ, Humberto Eustáquio Soares Martins, vice-governador José Melo, ministro do STJ, Ari Pargendler, presidente eleito do TCE/AM, conselheiro Josué Filho e o vice-presidente eleito do TCE/AM, conselheiro Ari Moutinho Junior.

ROBERTO CARLOS/AGECOM

HERI

CK P

EREI

RA/A

GECO

M

APOIADORA de várias causas sociais, a primeira-dama, Nejmi Jomaa Aziz, abraçou as ações voltadas para os

autistas no Estado. Esse apoio é tão signifi ca-tivo que ela vai entregar, por meio do Fundo de Promoção Social, diver-

sos materiais e um transporte para a Associação de Amigos do Autista no Amazo-nas para o pleno desenvolvimento

das atividades da entidade. Boa iniciativa!

O prefeito Arthur Virgílio Neto ao lado da deputada Conceição Sampaio

DIVULGAÇÃO

Os nossos cumprimen-tos ao sena-dor Eduardo Braga pelos 53 anos de vida e pela trajetória política. Co-memorados na sexta (6). Parabéns!

AGENCIA SENADO

MINISTRO DO STF, Ricardo Lewandowski e o ministro do STJ, Humberto Eustáquio Soares Martins foram agraciados na quinta (12), pelo TJ/AM com a mais alta comenda, a medalha da “Ordem do Mérito Judiciário”, o vice-governador, José Melo representou o governador Omar Aziz na cerimonia. Na ocasião foram homenageadas mais 11 personalidades

CIDADÃO DO AMAZONAS - Presi-dente da Associação de Magistrados Brasileiros, desembargador Henrique Nelson Calandra, recebeu na segunda (9), o titulo de Cidadão do Amazo-nas na ALEAM. A propositura da ho-menagem foi do deputado estadual, Arthur Bisneto

JUNIOR PONTES

EM ALMOÇO de confraternização da P&G, na quarta (11) no Morada Buff et, o vice-governador José Melo na companhia agra-dável da primeira-dama do município Goreth Ribeiro Garcia, foi recepcionado pelo diretor da empresa para a América Latina, Geraldo Scheufl er

A médica dermatologista Edilane Brandão Schimdt e o médico clini-co geral Eurico Schmidt, formam um dos casais mais requisitados de Vitória (ES). No restaurante O Mercador um dos mais conceitua-dos da capital do Espirito Santo

SÉRGIO FROTA

VALDO LEÃO

A sensacional cantora capixaba, Julia Brandão, em breve estará se apresen-tando em Manaus, durante as come-morações dos 20 anos do Programa Promoter e da coluna Sérgio Frota

A socialite Kátia Brandão, em grande estilo no restauran-te O Mercador, ponto chique de Vitória

O estrelado chef do restaurante Ville du Vin, Tomate. Indo a Vitó-ria (ES), não deixe de conhecer a poderosa Adega do restaurante e seu refi nado cardápio

Proprietário do restaurante Villa Vecchia, Phelipe Albani ao lado da chef Cleuza Costa. Ficando na praia da Costa, com uma vista deslumbrante do mar. O melhor restaurante de Vila Velha (ES)

SÉRGIO FROTA SÉRGIO FROTA

O empresário Edmilson Brandão ao lado de sua esposa Luiza Bran-dão, em noite de bacanas no res-taurante, O Mercador, fi ncando na praia do Canto, em Vitória (ES)

SÉRGIO FROTA

SÉRGIO FROTA

CHICO BATATA/AGECOM

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B8 Plateia MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoPacote Depois de botar a casa em

ordem, a direção da Rede TV! pretende iniciar um trabalho para recuperação de audiência.

Estão prometidas 15 estreias ao longo da tem-porada de 2014. Isto, so-mando programas de linha e novas aquisições.

Pacote – 2 A Rede TV!, para o

ano que vem, além da Série B, tem como outra grande aposta o reality show”The Bachelor – Em busca do grande amor”.

É um formato da Warner, com estreia prevista para depois da Copa, onde 16 mulheres, entre anônimas e famosas, tentam conquistar um homem. O esquema de apresentação é semelhante ao do “BBB”.

Pacote – 3Campeonato de lu-

tas de MMA concorren-te do UFC, o XFC, tam-bém será mostrado pela Rede TV! no ano que vem.

De acordo com o vice Marcelo de Carvalho, serão realizadas 10 edi-ções no Brasil e 43 in-ternacionais. Numa cla-ra provocação à Globo, ele avisa que a Rede TV! “não vai esconder as lutas na madrugada”.

Bate-rebate• O Discovery já tem

acertado para março o iní-cio de uma nova temporada do “Águias da Cidade”. Série policial, produção brasileira, foi um dos maiores sucessos da sua programação no ano que está terminando.

• A Bandeirantes deve in-tensifi car, a partir de hoje, os preparativos para o lançamento do seu novo jornal das manhãs.

• Na Globo se comenta que até o fi m deste mês, Maria Ca-sadevall deverá assinar novo contrato com a casa. ... O atual é por obra, “Amor à Vida”, mas o próximo, dizem, terá a duração de três anos.

• Amanhã, como re-gistro, irá ao ar o último episódio da atual temporada do “Pé na Cova”.

•“Os Donos da Bola”, progra-ma do Neto, também irá ao vivo durante toda esta semana e depois entrará em férias.

Bandeirantes quer contratar Gugu

Participando de um programa no UOL, com Maurício Stycer e Ricardo Feltrin - que tratou dos assuntos mais relevantes da TV ao longo deste ano e entre eles o Gugu. Pela primeira vez se falou do interesse da Bandeirantes na sua contratação.

Interesse que vem já de alguns meses e que envolve a produção de um ou dois programas, algo que a emissora prefere negociar e detalhar com o próprio Gugu. E, se já não aconteceu, um encontro entre as partes.

Renata Fan faz ao vivo du-rante toda esta semana o “Jogo Aberto”, e, em seguida, entra em férias na Band. Vai passar o período de festas com a família e depois viajar para a Europa. A sua volta ao programa está marcada para o dia 13 de janeiro. Até lá, ela espera que a Band já tenha encontrado um novo diretor para o seu programa. Ficamos assim. Tchau!

C’est fi ni

Niko aceita a sugestão de Félix de pedir o exame de DNA de Fabrício. Maciel e Pilar passam a noite juntos. Patrícia e Michel brigam com Guto e Silvia. Daniel sente ciúmes de Perséfone. Luciano vê Ordália com Herbert no restaurante. Perséfone sugere que Patrícia e Silvia troquem seus maridos. César se assusta ao perceber que está trancado no quar-to. Silvia acredita que Niko possa conseguir a guarda de Fabrício. Lutero descobre que Glauce foi a responsável pela morte de Luana. Dois concor-rentes de Márcia e Félix fi cam irritados com o sucesso das vendas da dupla.

Giovana lidera a apresenta-ção do musical, até que Meg fi nalmente consegue chegar ao Grajaú. Elvira se emociona ao ver Jozino no palco. Antônio grava imagens das pessoas e do local da apresentação em seu tablet. Abelardo se anima para dançar com Bernardete numa das cenas do musical. A apresentação é um sucesso, e todos se emocionam. Domin-gas registra a comoção de Mo-nique. Antônio sente ciúmes do sucesso de Ben. Meg revela que Martin foi o responsável por trazê-la de volta ao Brasil a tempo de se apresentar. Vera parabeniza todos pela união e pelo musical.

Resumo das novelas

Amélia expulsa Manfred do cortiço. Franz revela a Amélia que Viktor é o pai do fi lho de Sílvia. Salvador confessa para Cícero que se sente culpado por Heitor ter sido preso injus-tamente e diz que contará toda a verdade para Sílvia. Silveira diz a Hilda e Toni que, peran-te a lei, ele continua casado com Gaia. Manfred decide dar um sumiço em Franz e pede ajuda a Benito. Miquelina dá um convite para o delegado ir ao baile no cabaré. Gaia diz a Toni que lhe dará o desquite. Franz decide ir ao baile com Amélia. Manfred os observa de longe, com rancor.

William não deixa Sandra falar com André e acaba bri-gando com a tia. Zélia faz indiretas sobre Marlon a Pau-linha para acabar com seu questionamento a respeito do centro de comunicações. Marlon passa a noite com Angelique. William pede para Lili ir à casa de Guto. Olívia discute com André. LC se de-sentende com Tereza. Guto atrapalha o romance entre Lili e William. Kléber repreende Edu por tentar se aproximar de Klaus. Matias se preocupa com Celina. Zélia e Vitória pensam em fugir da Comuni-dade. Nilson conta para Celina e Fátima que Klaus o achou em um barco.

Maria Cecília, Eduarda e Shirley assistem ao comercial que gravaram e gostam do re-sultado das imagens. As visu-alizações na internet chegam a mais de 20 mil acessos e as vendas do produto “Edushim” sobem. No orfanato, as crian-ças reclamam da falta de água e pensam em uma maneira de resolverem o problema. Duda chega ao local e convida os órfãos para irem à mansão da família Almeida Campos para tomarem banho e comerem. Ao chegarem, são recepciona-dos por Carmen e José Ricardo que não gostam da presença dos pequeninos. Duda explica o que está acontecendo no orfanato, mas o empresário e a vilã não aceitam.

Miguel explica para Julieta que ele só colocou melodia na canção, mas a letra foi escrita por Mia. O professor Henrique consegue convencer Roberta a conversar com os pais. Alma tenta explicar para a fi lha que tentou de todas as formas evitar que seu pai a levasse, mas não pode fazer nada para impedir. Antonio diz à fi lha que tomou essa decisão, pois quer convier mais com ela. Rober-ta, furiosa, diz ao pai que a única coisa que ele quer é se sentir menos culpado por tê-la abandonado e deixa claro que irá embora com ele por está sendo obrigada. Joaquim e Vick se beijam.

Niko se declara e mexe com Félix Após ser esnobado por

Eron (Marcello Antony) e ter o seu fi lho roubado de seus braços por Amarilys (Danielle Winits), fi nalmen-te Niko (Thiago Fragoso) começará a ver as coisas melhorarem em “Amor à Vida” (Globo). Ele conse-guirá provar, por meio de um teste de DNA, que é pai legítimo de seu bebê e, em seguida, se declarará a Félix (Mateus Solano).

Em cenas que começam a ir ao ar amanhã, o chef vai fazer um exame a pedido de Félix para saber da possibi-lidade, que até então, para ele, parecia nula, de ser pai biológico de Fabrício.

Com o resultado positivo, ele começará a virar o jogo e vai retomar o sonho antigo de ter uma família, ao lado de Félix. “Mesmo com toda essa mudança de postura de Félix, ele não po-derá fi car impune por seus atos criminosos. A regene-ração dele é válida, mas não é tudo. A novela não pode esquecer de julgá-lo, mesmo que seja absolvido”,

relembra o especialista em TV e autor do “Almanaque da Telenovela Brasileira”, Nilson Xavier.

Após recuperar a guarda do menino, Niko investirá pesado na conquista do vilão, que, a essa altura, já estará bem mais maleável. Apaixonado e agradecido pela ajuda recebida, Niko ainda oferecerá um empre-go a Félix em seu restau-rante, e o clima de romance entre os dois começará a fi car mais forte.

Final Feliz Ele já jogou um bebê no

lixo, roubou, tramou mor-tes e humilhou muita gente. Mas nem todas as vilanias do mundo fazem com que os telespectadores peguem ódio de Félix (Mateus So-lano), em “Amor à Vida” (Globo). Querido por fãs, por críticos e pelo autor, Walcyr Carrasco, o personagem de-verá se regenerar na nove-la. “Minha antena sempre funciona. Como eu amo o Félix, suponho que o público também tenha esse carinho

por ele. E a boa atuação do Mateus contribui para isso”, comenta Carrasco.

Nos próximos capítulos, o vilão dará mostras de que quer mudar de vida. Primei-ro, pedirá perdão a Pilar (Susana Vieira) e voltará a morar com ela.

Depois, se desculpará com Paloma (Paolla Olivei-ra) e dará a ela o pen drive com o vídeo de Mariah (Lú-cia Veríssimo) dizendo que Aline (Vanessa Giácomo) armou para separá-la de Bruno (Malvino Salvador).

E Félix ainda mostrará gratidão, sentimento que nunca teve, e dará parte de sua nova mesada a Márcia (Elisabeth Savalla). “Os dois têm uma química de mãe e fi lho. É um amor de uma vida”, diz a atriz. Para o especialista do Museu da TV Elmo Francfort, a re-generação é um acerto. “O arrependimento do vilão o aproximará do público de casa, que o adora. Ele será lembrado eternamente.”

Por Leonardo Mesquita

O chef de cozinha vai investir para conquistar o vilão que estará mais maleável

‘AMOR À VIDA’REPRODUÇÃO

Quadro de saltos Os atores Caio Castro e Felipe

Titto, ambos de “Amor à Vida”, foram convidados para apresen-tar novo quadro do “Caldeirão do Huck” sobre saltos ornamentais com famosos, já como parte do pacote de investimentos do programa para 2014.

Caio, por acaso, foi desco-berto em um concurso rea-lizado pelo “Caldeirão”. E o Felipe, devido ao trabalho como mordomo Wagner, está começando a ganhar um espaço importante.

Enlatados Jô Soares entrou em férias na

Globo e só em março retomará as suas gravações.

A partir de hoje, no espaço do seu programa, serão exibidos fi lmes, começando com o brasi-leiro “Billi Pig”. No elenco, Grazzi Massafera e Selton Mello.

Aquecimento “Sabe ou Não Sabe”,

novo programa da Bandei-

Maiores detalhes Este novo quadro do “Cal-

deirão”, “Celebrity Splash”, já é exibido em outros países, como Estados Unidos e Argentina, com muito sucesso. São 4 mu-lheres e 4 homens competindo durante 8 semanas.

Faz parte de um pacote ad-quirido pelo programa, “The Games”, junto a Endemol.

Foto Caio Castro - Globo

rantes, apresentado por André Vasco, terá direito a uma pré-estreia, em 5 de janeiro, domingo, 8 da noite, antes do “Pâ-nico”. No dia seguinte, terá início sua exibição normal, de segunda a sexta, às 15h50.

Trabalho encerrado Na tarde do último sába-

do, no Projac, foi gravado o último “Amor & Sexo” da temporada e o último da série caso se confirmem as declarações do diretor Ricardo Waddington an-tes da estreia. No entanto, a repercussão alcançada pelo programa, durante toda a sua exibição, pode ter alterado este plano. Pelo menos, é o que já admitem integrantes da sua equipe.

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Cade

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[email protected], SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013 (92) 3090-1045

Saiba onde aplicar em meio a riscos

ALF RIBEIRO/FOLHAPRESS

Página C6

Papel estrangeiro tem altaem Bovespa desvalorizadaAções de empresas dos Estados Unidos, chamadas no país de BDR, sobem 43% neste ano, enquanto Bolsa recua 18%

Na Bovespa, que acu-mula desvalorização de 18% neste ano, há um grupo de papéis

que sobe mais de 40%. São os recibos brasileiros

de ações de empresas ame-ricanas, como Apple e Google, chamados de BDR (Brazilian Depositary Receipts).

Esses papéis são espécies de “comprovantes” registra-dos no Brasil de ações de empresas negociadas nos EUA e cotados em reais. Eles equivalem às ações das com-panhias americanas.

Os BDR tiveram forte va-lorização em 2013, com a

perspectiva de recuperação da economia dos EUA. Nessa mesma linha, o índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, subiu 24,5% neste ano.

O índice de BDR da BM&FBovespa (que mede o desempenho médio das 70 empresas americanas mais negociadas na Bolsa pau-lista) se valorizou em 43% neste ano.

A aplicação em BDR tam-bém embute a alta de 14% do dólar em relação ao real no período. Nesse cenário, até uma ação que está em queda nos EUA pode produzir ganho para o investidor brasileiro.

O investimento direto nes-ses papéis, porém, só é permi-tido para os chamados inves-

tidores qualifi cados – que têm mais de R$ 300 mil disponíveis para aplicação.

Isso porque é considerado complexo pela CVM (que re-gula o mercado brasileiro) por envolver empresas com balan-ço em inglês, regras de outro

país e o risco do câmbio. Mas fundos de investimento

e de pensão já descobriram nesses papéis uma oportu-nidade para se benefi ciar do otimismo com a economia norte-americana. Por meio deles, investidores com me-nor poder aquisitivo podem ter acesso à aplicação.

Companhias Os papéis do Google, o

terceiro mais negociado no Brasil, sobem 74,8% no ano em reais (nos EUA, em dólar, alta de 52%). Os da Apple, pre-feridos dos brasileiros, com 9% do total das transações, acumulam ganho de 27,1%.

Há os com pequena valoriza-ção, caso da IBM, com alta de

2,6% neste ano – no mercado americano, eles perderam 9% até a última sexta.

Os negócios com BDR, ini-ciados no ano de 2009, só decolaram mesmo em 2012, quando as transações subiram de R$ 25,6 milhões para R$ 204,2 milhões.

Inicialmente, poucos inves-tidores se arriscavam a apos-tar nesses papéis, que tinham baixíssima liquidez – ou seja, era difícil revendê-los para resgatar os recursos aplica-dos se necessário.

Neste ano até novembro, as negociações com esses papéis somaram R$ 823,2 milhões, 302,5% mais que em todo o ano passado. “O crescimento dos negócios com esses pa-

péis é exponencial. Mas ainda é um mercado pequeno e pou-co representativo na Bolsa”, diz Julio Ziegelmann, diretor de renda variável da Bolsa.

“Os fundos de investimento estão vendo nos BDR uma for-ma fácil de diversifi car aplica-ções e aproveitar o momento bom da economia americana”, diz Joaquim Levy, diretor da Bradesco Asset e ex-secretá-rio do Tesouro.

O Bradesco lançou um fundo em 2012 voltado exclusiva-mente ao BDR. Vendidas no segmento Prime (para alta renda do varejo), as aplicações são possíveis a partir de R$ 10 mil. Neste ano, o fundo já subiu 42% e captou perto de R$ 300 milhões.

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO DEFINIÇÃO

BDRs são recibos brasileiros de ações de empresas ameri-canas, que são espé-cies de comprovantes registrados no Brasil de ações de empresas negociadas nos EUA e cotados em reais.

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Aplicação direta é restrita a quem

tem mais de R$ 300 mil, mas

pequenos podem optar por fundos

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C2 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Produto é grátis se preçodo caixa superar etiquetaCampanha De Olho no Preço, que será lançada hoje, valerá para todos os supermercados do Estado do Rio de Janeiro

O consumidor fl umi-nense que verifi -car que o preço do produto no caixa do

supermercado é diferente do preço exposto em gôndolas, vitrines, cartazes ou encartes do estabelecimento, poderá levar o produto de graça. Se ele quiser comprar mais de uma unidade, a primeira será gratuita, e as demais sairão pelo menor preço.

A medida faz parte da campanha De Olho no Preço, que será lançada hoje (16), e valerá para todos os su-permercados do Estado do Rio de Janeiro a partir de 15 de janeiro. Produtos têxteis, eletroeletrônicos e equipa-mentos para veículos fi carão de fora da medida.

O supermercado que não cumprir a determinação da campanha pagará multa di-ária de R$ 1 mil. Os valores arrecadados serão encami-nhados para os Fundos de Defesa do Consumidor.

Para que a determinação seja cumprida, foi fi rmado um termo de compromisso entre o Núcleo de Defesa do Consu-midor da Defensoria Pública do Estado, os órgãos do Sis-

tema Estadual de Defesa do Consumidor e duas associa-ções de supermercados.

Segundo a coordenadora do núcleo, Larissa Davidovich, 95% dos estabelecimentos do Estado deverão participar da campanha. “É uma iniciativa inédita em que o Rio sai como vanguarda”, afi rma.

QueixasDavidovich diz que a iniciati-

va partiu do número crescente de denúncias referentes à di-vergência de preços. “Muitas das pessoas com as quais conversamos não prestavam atenção à diferença de preços na hora em que passavam os produtos pelo caixa e podiam ser lesadas. O objetivo da campanha é que o consumidor fi que mais atento e se torne um fi scal, porque não tem como ter fi scal de Procon em número sufi ciente para estar em todos os supermercados conferindo preço o tempo todo”, diz a defensora.

O Ministério Público, o Pro-con-RJ, o Procon Carioca e as comissões de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) também par-ticiparão da campanha.

DE SÃO PAULO

A expectativa das empre-sas de fazer contratações no primeiro trimestre de 2014 é a menor desde o fi m de 2009, de acordo com dados do grupo de recrutamento Manpower. O índice, que é medido pela diferença entre o percentual de entrevista-

dos que prevê aumento nas contratações e os que espe-ram uma diminuição, fi cou em +16% (com ajustes de sazonalidade). Em relação à expectativa de contrata-ções para o primeiro tri-mestre de 2013, houve uma queda de 10 pontos.

“Nós temos uma queda sig-nifi cativa. Mas o Brasil ainda é o sétimo país do mundo em intenção de contrataçõesv ”, afi rma Riccardo Barbe-ris, presidente-executivo do grupo Manpower Brasil. No Brasil, a pesquisa é conduzida por pesquisadores junto a

851 empregadores. Segundo ele, o crescimen-

to foi maior nos primeiros trimestres do ano porque as empresas ainda estavam aguardando os resultados da crise econômica global. Agora, diz ele, a incerteza já virou pessimismo..

Contratações do comércio para o Natal

Campanha surge em resposta a queixas de consumidores que são surpreendidos com protudos mais caros no caixa que na pratileira

ALEX DE JESUS/O TEMPO/FOLHAPRESS

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C3MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Sistema inédito levará energia de Belo Monte Tecnologia de linha de transmissão deve reduzir perdas no transporte de eletricidade da usina até consumidores fi nais

A linha de transmissão que transportará a energia gerada pela hidrelétrica de Belo

Monte, no rio Xingu, no Pará, para os grandes centros con-sumidores no país será a pri-meira da América Latina com 800 kilovolts (kv).

Atualmente, as linhas existen-tes no país são, em sua maioria, de 600 kv. Quanto maior a vol-tagem da linha, menor é a perda de energia pelo caminho.

Segundo especialistas, o novo modelo permitirá o transporte de cargas mais altas de ener-gia e deverá reduzir o custo de operação em até 12% na comparação com a tecnolo-gia anterior. Belo Monte terá uma das mais longas linha de transmissão do país, de 2.140 quilômetros, cortando os Esta-dos do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.

“A tecnologia de 800 kv é mais cara para instalar, mas reduz o custo operacional do projeto”, afi rma o consultor Paulo César Esmeraldo, da consultoria italiana Cesi.

“Ela não trará um desafi o de engenharia maior do que a cons-trução de Belo Monte, por exem-plo, mas conseguirá transportar a energia com mais segurança e por um valor mais baixo”. O leilão da linha de transmissão de Belo Monte está previsto para 7 de fevereiro. A Taesa, empresa que tem a mineira Cemig como acionista, é uma das únicas que anunciaram publicamente o in-teresse em formar um consórcio para disputar o leilão.

Há ainda a expectativa de que a chinesa State Grid for-me outro grupo interessado. “A maior curiosidade do mercado é com relação à participação da Eletrobras e da Cteep [Compa-nhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista], que tiveram seus caixas impactados recen-temente pela renovação das concessões da Aneel”, afi rmou Roberto Brandão, pesquisador

sênior do Gesel/UFRJ (Grupo de Estudo do Setor de Ener-gia Elétrica). Tanto Eletrobras quanto Cteep aceitaram reno-var concessão de geração e transmissão de vários de seus ativos mediante pagamento de indenização à União.

Linhas e atraso A mais recente grande linha

de transmissão construída no país foi a que ligou as usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, aos centros consumidores na re-gião Sudeste.

Com 2.385 km e 600 kv, a linha atrasou um ano e dez meses para entrar em operação devido a problemas de licen-ciamento ambiental. Antes, a

linha de Itaipu, com cerca de 800 km, tinha sido a última do tipo construída no país.

Segundo Esmeraldo, da Cesi, há só duas linhas do tipo em operação na China e uma em instalação na Índia.

A usina de Belo Monte é o maior empreendimento hidre-létrico em construção no país e teve sua entrada em operação adiada de 2014 para 2016. A usina terá capacidade para gerar 11.233 megawatts, mas, por não ter reservatórios, vai operar apenas no período de chuvas, o que reduz o aprovei-tamento de energia para cerca de 4.500 megawatts.

Veja grande reportagem so-bre a polêmica usina: folha.com/belomonte

DO RIO

SISTEMANovo modelo permitirá transporte de cargas mais altas de energia e redução no custo de operação em até 12% sobre a tecnolo-gia anterior. Será uma das maiores linhas de transmissão do Brasil.

A Justiça Federal rejeitou os pedidos feitos pelo MPF (Ministério Público Federal) para que a empresa Norte Energia, responsável pelas obras e operação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, fosse obrigada a concluir no prazo de 60 dias o cadastro socioeconômico dos morado-res que seriam afetados pelo empreendimento e para con-cluir em 120 dias o processo de regularização fundiária.

Na sentença emitida pela 9ª Vara Federal do Pará, o juiz federal Arthur Pinheiro

Chaves considerou impro-cedente o pedido que ten-tava proibir a empresa de ingressar sem autorização nas casas dos moradores. O MPF antecipou divulgou que vai recorrer da decisão.

Em relação à regularização fundiária na região da Volta Grande do Xingu, cujo prazo solicitado pelo MPF seria de até 120 dias seguindo os mol-des do Programa Terra Legal, o juiz argumentou que, ao contrário do que foi dito pelo MPF, o Ministério do Desenvol-vimento Agrário está tomando providências para implemen-tar o programa na região de infl uência da obra da Usina de

Belo Monte, não se podendo afi rmar que o Poder Público tem sido abusivamente omis-so em relação ao assunto.

Ainda segundo o juiz, o prazo apresentado para a conclusão dos trabalhos é muito restrito, diante da complexidade e a extensão da tarefa – sob a res-ponsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Incra (Instituto Nacional de Co-lonização e Reforma Agrária), da Secretaria do Patrimônio da União, entre outros. Além disso, diz Chaves, um prazo maior, como o defendido pela União, é mais razoável devido às limitações de ordem mate-rial e humana e à necessidade

de minucioso levantamento em área de grande extensão, para a identifi cação de todas as formas de ocupação exis-tentes na área.

Nota publicada pela 9ª Vara informa que o magistrado entendeu que, em relação à conclusão do cadastro socio-econômico no prazo de 60 dias, o caráter de urgência “não tem amparo legal e nem está justifi cada na documen-tação anexada ao processo pelo MPF, uma vez que não se tem notícia de que algum morador da Volta Grande do Xingu já tenha sofrido efeitos adversos decorrentes da cons-trução da hidrelétrica”.

Justiça rejeita regularização fundiária

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Operário trabalha na construção de casa de força elétrica da controversa usina hidrelétrica de BeloMonte, no Pará

PEDRO PEDUZZIDA AGÊNCIA BRASIL

Um dos canteiros de obras da usina Belo

Monte, no Pará

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Page 20: EM TEMPO - 16 de dezembro de 2013

C4 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Nvo March mais equipado em 2014

Ano novo, vida nova. O Nissan March promete seguir à risca esse ditado. Para isso, o com-pacto será nacionalizado (a versão atual é feita no México), ganhará retoques e mais equi-pamentos a partir do segundo trimestre de 2014. Até o slogan deverá mudar.

Para o lugar do bordão “o primeiro carro popular japo-nês do Brasil”, a Nissan pensa em algo que reforçará o salto de sofi sticação do hatch, que chegou em 2011. A empresa logo percebeu que, nos dias de hoje, automóveis de entrada precisam ser mais que “fofi -nhos”. O consumidor também quer luxo. A reportagem foi aos EUA testar o novo Mar-ch, que antecipa as novidades da futura versão brasileira do March. No pátio do estaciona-mento, o primeiro impacto: o hatch parece mais masculino e encorpado com as pequenas

mudanças estéticas. A grade e os faróis arredon-

dados deram lugar a peças trapezoidais, a “boca” do para-choque cresceu e os faróis auxiliares foram deslocados para as extremidades.

Destacam-se ainda os fi letes cromados, que trazem certo ar de status ao conjunto - recur-so utilizado por outros lança-mentos do segmento, como o Chevrolet Onix (a partir de R$ 31.490). O Nissan, porém, já incorpora as lanternas com LEDs, algo comum apenas em carros de nível superior.

Na cabine, sobressaem o volante com teclas multifun-cionais, o sensor de ré e o sistema multimídia com tela de 5,8 polegadas e navegador.

O acessório é compatível com o aplicativo Send To Car, do Google. Assim, dá para tra-çar a rota antes no computador pessoal ou no tablet e enviá-la para o GPS do carro.

A versão avaliada trazia teto solar panorâmico, bancos ana-

tômicos e suspensão recalibra-da, que deixaram a condução do hatch mais agradável, ame-nizando a aspereza do March atual, que custa a partir de R$ 27.690. Aliás, a versão vendida hoje continuará sendo impor-tada, como modelo de entrada. A montadora só não decidiu se todos os novos itens estarão no carro brasileiro, que, assim, subiria de preço.

A ideia é seguir os passos do Hyundai HB20 (R$ 33.295), que fez fama oferecendo equi-pamentos e conforto acima da média no segmento dos com-pactos. Para elevar o nível, o March “premium” também terá de melhorar mecanicamente. Hoje, a marca oferece duas op-ções de motor: 1.0 (74 cv) e 1.6 (111 cv), ambas com potência inferior a de concorrentes.

Essa missão não será difícil, pois a opção “mil”, por exemplo, já oferece 80 cv em modelos da parceira Renault.

*O jornalista viajou a convite da Nissan

NISSAN

POR FELIPE NÓBREGANEWPORT BEACH, EUA*

Modelo testado tinha motor 1.2 com injeção direta e 98 cv - sem previsão de estreia no Brasil

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ULG

AÇÃO

Hora de investir em ações dos EUA pode ter passado Cenário para companhias americanas depende do fi m de estímulos do FED. Papel estrangeiro deve ser opção de diversifi cação

O momento para com-prar papéis de em-presas americanas na Bolsa brasileira,

que já subiram 43% neste ano, pode ter passado, de acordo com analistas.

Isso porque a Bolsa america-na adiantou a perspectiva de lucros crescentes das empresas com a recuperação da econo-mia dos EUA.

De agora em diante, essa expectativa vai ser confrontada com a realidade, que pode ser mais difícil ou mesmo surpre-ender para melhor.

Tudo vai depender de como (e quando) o Federal Reserve (ban-co central dos EUA) vai iniciar a redução de seu programa de compra de títulos que inundou o mundo com dinheiro barato nos anos de crise econômica.

Para Aquiles Mosca, estra-tegista da gestora de fundos

do Santander, é provável que os mercados tenham um es-tresse considerável quando isso ocorrer. Ele acredita, no entanto, que ainda há espaço para os papéis americanos ganharem mais terreno.

“Os preços ainda não se recuperaram totalmente nos EUA. A economia americana passou por ajustes importan-tes e sai mais forte da crise. O consumo hoje ocorre porque há aumento da renda, e não pelo crédito”, disse.

O consultor Marcelo d’Agosto, especialista em fun-dos de investimento, afi rma que a aplicação em papéis americanos no Brasil deve ser vista como uma opção de diversifi cação em relação à renda fi xa, à taxa de câmbio e às ações brasileiras, que, hoje, têm perspectivas menos ani-madoras do que as nos EUA.

Carlos Massaru, presidente da BBDTVM, maior gestora de fundos do país, diz que cresce

o interesse por fundos que apli-cam no exterior, para diversifi -car investimentos.

Essa procura se intensifi cou neste ano, em particular, com o aumento da instabilidade no mercado doméstico. A gesto-ra do BB fez parcerias com os grupos estrangeiros JP-Morgan, Schroeder, Franklin Templeton e BlackRock para administrar fundos com pa-péis do exterior.

O mercado aposta ainda na criação no Brasil de um fundo de índices, negociado como ação no pregão (o chamado ETF), que reproduz o desempenho do índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, termômetro dos negócios com ações nos EUA.

De acordo com a CVM (Co-missão de Valores Mobiliários), a regra para o funcionamento de fundos de índices estran-geiros no Brasil está pronta e os primeiros devem começar a funcionar no primeiro semestre do ano que vem.

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Sede do Fede-ral Reserv, o

banco central dos EUA

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C5MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Metade continua em casapara ter negócio próprioÉ o que mostra pesquisa do Sebrae; prática, porém, tem suas armadilhas. Escritório no domicílio deve ter rotina estabeleceida

Uma pesquisa realiza-da pelo Sebrae Na-cional mostra que quase metade dos

MEIs (Microempreendedores Individuais) mantêm seus ne-gócios em casa.

Dos 3,5 milhões de ca-dastrados no programa, que permite a formalização de empresários individuais que faturam até R$ 60 mil por ano e empregam até um fun-cionário, 1,7 milhão opta por manter o empreendimento no domicílio.

Giselle Gonçalves, 33, fran-queada da rede de reforço escolar Tutores, é uma das que optaram por transformar a sala de casa em escritório.

Seu trabalho é organizar au-las particulares para alunos que procuram a empresa. Para isso, ela também seleciona e treina professores.

Gonçalves conta que a de-cisão foi tomada para que ela pudesse fi car mais perto da fi lha, que tinha três anos quando ela decidiu empreen-der. “Trabalhava com logística e tinha muito pouco tempo para fi car com ela”.

A empresária diz que não separou um cômodo especí-fi co para trabalhar, porque

difi cilmente recebe clientes. As reuniões com alunos são feitas na casa deles e, quando precisa conhecer um profes-sor, marca um encontro em uma praça de alimentação ou em outro lugar público. E eventualmente usa o salão de festas do prédio para dar treinamentos.

Segundo o presidente do Se-brae Nacional, Luiz Barretto, a opção de manter a empresa em casa tem sido tomada tanto por uma questão de eco-nomia de custos com aluguel, transporte e alimentação e também para evitar o trânsito das grandes cidades.

Ele recomenda que, an-tes de iniciar o negócio, o empresário verifi que se na região há alguma restrição ao funcionamento de deter-minado tipo de negócio em áreas residenciais. Isso por-que existem regras diferen-tes em cada município.

Organização Há também o risco de o

negócio não ir tão bem se a pessoa não tiver disciplina, diz Carlos Alberto Júlio, ad-ministrador e palestrante. O maior deles é se desorganizar e deixar os compromissos do trabalho para depois.

Para evitar isso, Júlio reco-menda que o empreendedor

faça um planejamento por escrito das tarefas diárias, semanais e mensais e o re-vise diariamente. “Trabalhar em casa não tem nada a ver com fazer o que dá na te-lha. Na verdade, exige muito mais organização e respon-sabilidade”.

O setor de artesanato se destaca pela quantidade de empreendedores que traba-lham de casa – 77% dos MEIs desse setor fazem isso.

A artesã Fabiana Giandoso, 31, dona da marca Farfalla-gialla, faz produtos com pa-tchwork (trabalho com reta-lhos) e os vende sem precisar ir à rua. Para isso, ela expõe suas peças em dois sites, o brasileiro Elo7 e o norte-ame-ricano Etsy.

Ela diz que, para conseguir se organizar, o importante é ter uma rotina defi nida. De manhã ela checa os e-mails e acompanha os pedidos. À tarde, produz as peças e, à noite, cuida dos três fi lhos.

Quando necessário é possí-vel ajustar o horário de traba-lho. “Antes, fi cava acordada até de madrugada respon-dendo e-mails de clientes de outros países. Agora tento não mudar muito a rotina, mas posso fi car até de ma-drugada costurando se tenho muitos pedidos”.

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Para empresas que estão entrando no setor de tecnolo-gia, em que não é necessário ter contato direto com os clientes, começar a operação em casa é uma boa estratégia para diminuir custos até que o negócio cresça e valha a pena pagar um aluguel.

José Dornelas, presidente da consultoria Empreende, diz que a defi nição sobre ter ou não um local próprio deve levar em conta o impacto

que os custos terão sobre a competitividade do negócio. “É preciso avaliar se marcar uma reunião por semana com os sócios em um café funciona melhor e se sai mais barato do que ter uma sala”.

A possibilidade de armaze-nar informações “na nuvem” (em servidores na internet) e acessá-las de qualquer lugar torna o trabalho menos de-pendente dos escritórios, diz o professor da Fundação Dom

Cabral Afonso Cozzi. “O em-preendedor pode trabalhar em casa, no barzinho e em outros lugares não tradicio-nais”, afi rma.

Paulo Salem, 30, desenvolve o site Liberalis há um ano. O serviço permite que profi ssio-nais autônomos criem pági-nas na internet, com versões gratuitas ou por R$ 15 men-sais. Ele decidiu manter seu negócio na própria casa para economizar com aluguel.

Estude custos antes se mudar

Empreendedora Giselle Gonçalves, que fez de escritório a sala de estar da casa dela

Paulo Salem, que desenvolve site para

profi ssionais liberais; ele diz preferir in-

vestir em propagan-da a pagar aluguel

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C6 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Onde aplicar dinheiro nessa temporada de riscos e incertezas

Marcia DessenFinanças pessoais

O ano de 2013 foi difícil e testou a paciência e o nível de tolerância a risco de muitos investidores. Tem sido, na prá-tica, o melhor teste disponível no mercado para sabermos se temos ou não disposição de in-vestir em aplicações sujeitas a chuvas e trovoadas.

Esse cenário de muita in-certeza e instabilidade talvez se estenda ao longo do pró-ximo ano e não há nada que possamos fazer a respeito para ajudar os números a fi carem mais calmos. E nesse contexto de muita turbulência temos nossa reserva fi nancei-ra que precisa ser investida para gerar o melhor retorno com a menor exposição a risco possível.

Taxa pós-fi xada Procure concentrar boa

parte de seus recursos em aplicações de taxa pós-fi -xada que acompanham a variação dos juros de mer-cado. Embora você não saiba quanto vai ganhar em termos absolutos, sabe que ganhará determinado percentual da taxa Selic (juro básico) ou DI (taxa média dos juros dos empréstimos entre bancos), sejam elas quais forem.

Se a taxa de juros aumen-tar, sua aplicação passará a receber a nova taxa automa-ticamente. Se a taxa cair, o valor aplicado não cai, mas passa a ser remunerado pela nova taxa de juros, menor do

que a anterior. Seu retorno será equivalente à taxa média praticada entre a data da apli-cação e a data do resgate.

Letra Financeira do Tesouro, LCI (Letra de Crédito Imobili-ário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certi-fi cado de Depósito Bancário), DI e fundos DI são as opções disponíveis.

Negocie o maior percentual da taxa DI que conseguir. Re-duza os custos operacionais e invista por prazo superior a dois anos para pagar 15% de Imposto de Renda.

Prazo mais curto As operações de taxa prefi -

xada garantem ao investidor o

pagamento da taxa negociada no vencimento da operação. Entre a data da compra e a data do resgate, estão ex-postas ao risco de fl utuação de preço.

Muitos investidores estão posicionados em NTN-B (No-tas do Tesouro Nacional Série B), que paga a variação do IPCA (infl ação ofi cial) mais uma taxa de juros prefi xada no momento da compra.

Manter parte de seus recur-sos nesse tipo de aplicação é recomendável para objetivos de longo prazo que buscam proteção contra a infl ação.

Encurtar o prazo médio dessas aplicações é uma ma-neira de reduzir o impacto da

oscilação dos juros no preço dos títulos.

Trocar a NTN-B com venci-mento em 2035 ou 2050 pela NTN-B que vence em 2019 ou 2020, por exemplo, é uma es-tratégia que reduzirá o risco de fl utuação dos preços sem que você tenha de realizar prejuízo e sair do investimento antes do prazo planejado.

Moeda estrangeira Alguns dos nossos objetivos

serão executados em moeda estrangeira. Viagens e curso no exterior, por exemplo, pre-cisam de recursos em outra moeda que não o real.

Nesse caso, o que interessa não é se o investimento será

mais ou menos rentável do que a variação da taxa DI, mas garantir que você terá reais sufi cientes para comprar a quantidade de moeda estran-geira de que precisa.

Aplicar reais em um fundo cambial é uma alternativa re-comendável nesse caso.

Suponha que você queira acumular US$ 5.000 para re-alizar uma viagem programa-da para daqui a dois anos e que a acumulação será feita em dez parcelas de US$ 500 cada uma.

Invista mensalmente em um fundo cambial o valor equivalente a US$ 500 (R$ 1.150), por exemplo, com a taxa de câmbio fixada em

R$ 2,30. Daqui a dois anos, você terá no fundo cambial o valor em reais equivalente a cerca de US$ 5.000.

Diversificação Evite concentrar seus in-

vestimentos em um único tipo de aplicação. A diversifi-cação é uma forma simples e prática de reduzir o risco to-tal de seus investimentos.

Se a taxa de juros subir, as perdas no investimen-to de taxa prefixada serão compensadas pelos ganhos no de taxa pós-fixada. Os-cilação na taxa de câmbio, positiva ou negativa, será refletida na aplicação cam-bial, que preservará seu po-der de compra na moeda estrangeira.

Uma carteira balanceada, coerente com seus objetivos e alinhada com o horizonte de tempo dessas metas, ten-de a proporcionar uma renta-bilidade média satisfatória, compatível com seu nível de tolerância a riscos.

O desconforto provocado pela turbulência no percurso será reduzido e ajustado ao seu nível de conforto.

Se você descobrir que não convive bem com perdas, mesmo que temporárias, concentre seus investimen-tos em aplicações conser-vadoras de taxa pós-fixada, com instituições sólidas que representam baixo risco de crédito para o seu capital.

Líder atual do simulador tem 357,6% de ganho no ano

O participante Luiz Fernando Moreira Filho obteve valoriza-ção de 357,6% em sua carteira de ações e manteve a liderança, pela nona semana seguida, no ranking do Folhainvest, simula-dor do mercado de ações feito pela Folha em parceria com a BM&FBovespa.

Marco Antônio de Jesus subiu da terceira para a segunda co-locação, com 313,9% de ganho. Em quarto lugar na semana passada, Laercio Marinzek ago-ra ocupa a terceira posição, com 310,1%. Elson Costa, em segundo no ranking anterior, caiu para o quarto lugar, com 282,3%. Maristela Jesus com-pleta a relação dos cinco pri-meiros colocados, com 228,3%. Ela também é a primeira no ranking feminino, enquanto

Marco Antônio de Jesus lidera o universitário.

No corte por regiões, Gerd Spliter aparece na ponta no Sul, com 207,2%. Luiz Fernando Mo-reira Filho é líder do Nordeste e Laercio Marinzek, do Sudeste. No Norte, Alef Gustavo é o pri-meiro colocado, com 81,0%. No Centro-Oeste, Rodrigo Andrade aparece em primeiro, com ga-nho de 105,2%.

O vencedor anual da compe-tição ganha uma viagem para a Costa do Sauipe, na Bahia, que será paga pelo Banco Fator. A cada mês, o prêmio é uma pas-sagem aérea doméstica (ida e volta) da TAM. Os interessados em participar do Folhainvest de-vem fazer a inscrição gratuita pelo site do simulador (www.folhainvest.com.br).

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C7MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Bússola Mande sua pergunta para coluna [email protected]/@folha_mercado

Eu invisto em...Carla Diaz,atriz

Indicadores Econômicos

Gosto de investir em previdência privada e em imó-veis, principalmen-te no Rio e em São Paulo

ANÁLISE

Taxa de administração da previdência é um dos encargos; veja simulações

Custo ‘come’ benefícios da previdência complementar

A previdência complementar, via PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), tem ganhado espaço entre investido-res. Esses produtos oferecem be-nefício fi scal e renda vitalícia.

Mas o investidor paga taxas de administração, com valor médio no varejo entre 1,5% e 2% ao ano, e taxas de carregamento sobre os investimentos de, em média, 3%.

A princípio, o desconto fi scal oferecido soa como vantagem. Uma breve análise mostra, porém, que, dependendo das taxas, o benefício é absorvido pelos bancos e pelas gestoras de investimento e não chega ao cliente.

Suponha o caso de um indi-víduo com renda mensal de R$ 5.000 que deseja aplicar 10% desse valor por 30 anos e três opções de investimento: PGBL, VGBL e Tesouro Direto. Nas duas modalidades previdenciárias, se paga 2% ao ano de taxa de administração e 3% de taxa de carregamento. Já para o Tesouro, adotamos o custo de 0,5% ao ano em corretagem – mas vale

lembrar que algumas corretoras não cobram taxas.

Simulações mostram que os modelos previdenciários apre-sentam retornos menores ao fi nal do período do que o inves-timento no Tesouro. Enquanto o resgate do Tesouro Direto fi ca em R$ 1,2 milhão, no PGBL e no VGBL fi ca abaixo de R$ 1 milhão em todos os casos analisados.

Quando um cliente opta pela de renda vitalícia, os bancos e as seguradoras estimam por quanto tempo terão de efetuar pagamentos ao cliente a par-tir de uma tábua atuarial, que aproxima estatisticamente a longevidade dos indivíduos.

É importante que o consumi-dor esteja atento, pois, quanto mais atual a tábua selecionada, maior a expectativa de vida da população e, consequentemen-te, maior o custo que será repas-sado para o cliente durante seu período de contribuição, já que os recebimentos ocorrerão por um período mais longo.

Fale com o SamyMensagem de e-mail: [email protected] Twitter: @samydana Facebook: facebook.com/CaroDi-nheiro

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

Vale a pena tirar o dinheiro de um fundo DI e comprar uma LFT?

RESPOSTA DO EDUCADOR FINANCEIRO MAURO CALIL - A taxa DI (média dos juros do empréstimo entre bancos) está sendo negociada a 9,77% ao ano, e as LFT (Letras Financeiras do Tesouro) com vencimento em 7 de março de 2017 tiverem uma rentabilidade de 7,9% nos últimos 12 meses. Ou seja, não parece um bom negócio a troca da forma apresentada.

Dentro do site do Tesouro, po-rém, você pode encontrar as LTN (Letras do Tesouro Nacional) ou NTN-F (Notas do Tesouro Nacio-nal Série F) com vencimento em 1º de janeiro de 2016 e de 2023, respectivamente, a taxas de 12% a 13% ao ano.

Nesse caso, sim, parece ser uma boa troca.

Caso opte por fazer isso, no entanto, lembre-se de que o Imposto de Renda da nova apli-cação começa em 22,5% sobre os ganhos e regride até os 15% após dois anos do início do

W. S., DE SÃO PAULO (SP)

VINICIUS MOCHIZUKI

investimento fi nanceiro. Além disso, é preciso considerar

que, caso não queira manter os títulos até o fi nal do prazo deter-minado, pode vendê-los de volta ao Tesouro às quartas-feiras.

O preço, entretanto, será o que o governo quiser pagar e pode ficar até mesmo abaixo

do pago inicialmente por você, o que significará a possibili-dade de alguma perda nessa aplicação. Vale destacar que os dados foram levantados em 12 de dezembro e estão sujei-tos a alterações mediante con-dições do mercado financeiro e do Tesouro Nacional.

RESPOSTA - Os fundos de renda fi xa cobram taxas de ad-ministração e têm Imposto de Renda, portanto precisam de desempenho muito bom para superar a rentabilidade da LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), ambas isentas de IR para pessoa física e com garantia de até R$ 250 mil do FGC (Fundo Garantidor

de Créditos). Porém, para as LCAs e as

LCIs serem atraentes, é ne-cessário que paguem taxas superiores a 90% do CDI. Ou seja, com um CDI de 9,77%, a rentabilidade bruta teria de ser ao menos de 8,793% ao ano.

Acredito que o montante mencionado (R$ 100 mil) seja sufi ciente para conseguir essa taxa.

Por um ano, onde aplico R$ 100 mil: fundo, LCI ou LCA? A. S., DE VARGINHA (MG)

QUEM GANHA E QUEM PERDE COM A ALTA DO DÓLAR NESTE ANO

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C8 MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Lucro de fundo imobiliárioé frustação de investidores Renda paga inicialmente pelos produtos, que investem em imóveis, muitas vezes não é mantida no longo prazo

Criada para deixar mais atraentes produtos como os fundos imo-biliários – que aplicam

em empreendimentos como shoppings e edifícios comer-ciais –, a chamada renda ga-rantida tem gerado frustração em investidores.

Essa renda é paga periodi-camente aos cotistas (inves-tidores) durante determinado prazo – em geral de um a quatro anos – até que o imóvel passe a ser rentável, por meio do aluguel, por exemplo.

O problema é que, ao fi m da rentabilidade garantida, o retorno que passa a ser pago pelo fundo tem sido inferior.

É o caso do fundo Floripa Shopping, da capital de Santa Catarina. Ele foi inaugurado no fi m de 2006, mas seu perí-odo de maturação (quando co-meça a ter boa rentabilidade) previsto foi de cinco anos.

O fundo, aberto há quatro anos, pagou uma renda fi xa aos cotistas, de outubro de 2009 a setembro de 2012, de R$ 8,80 por cota (“fatia” do investidor no fundo).

Depois de o imóvel alugado, e com o fi m de toda a renda ga-rantida, a remuneração zerou, pois o fundo usou os recursos para pagar obras.

O fundo do shopping West Plaza, na capital paulista, também sofreu queda da remuneração.

O valor pago por mês ao investidor passou de R$ 0,83

por cota para R$ 0,36 após o término dos quatro anos de renda garantida, de setembro de 2008 a julho de 2012.

O banco BTG Pactual, admi-nistrador dos fundos Floripa Shopping e West Plaza, optou por não comentar o tema.

Revenda A queda de valores se torna

mais grave porque as cotas dos fundos imobiliários não podem ser revendidas ao administrador – só a outros

investidores. Isso torna mais difícil sair das aplicações.

Uma vantagem, entretanto, é que todo o rendimento é isento de Imposto de Renda.

Desde o início do ano, o IFIX, índice que mede o desempe-nho das cotas de fundos imo-biliários negociados na Bolsa, teve queda de 10,3% até no-vembro. Em 2012, houve alta de 29,3% até novembro e de 35,2% no ano todo.

Em casos como o do West Plaza, porém, a rentabilidade efetiva não atingiu o patamar da garantida em 2012, mesmo

com o ano positivo. Para Marcelo d’Agosto, con-

sultor de investimentos, os responsáveis pelos fundos fo-ram muito otimistas quanto ao rendimento dos aluguéis quando lançaram os produtos, em meio a um aquecimento do mercado imobiliário.

Como a expectativa não se confi rmou, houve um impacto na rentabilidade, diretamente relacionada ao aluguel.

Fernando Meibak, da consul-toria de educação fi nanceira Moneyplan, avalia que o que deve pesar na decisão de en-trar em um fundo imobiliário não deve ser a renda garanti-da, mas sim a perspectiva do aplicador quanto ao potencial do empreendimento.

Ainda segundo os consul-tores, uma estratégia para evitar perdas é comprar cotas de fundos mais antigos, com um histórico de rentabilidade para análise – embora sejam mais caras que as de novos.

Luiz Roberto Calado, diretor da Brain (Brasil Investimentos & Negócios), afi rma que a renda garantida é um instru-mento artifi cial, geralmente usado “quando a coisa por si só não está muito bem”.

Para Rodrigo Machado, vice-presidente do Comitê de Pro-dutos Imobiliários da Anbima (reúne entidades do mercado de capitais), os episódios de rentabilidade menor que a renda garantida refl etem o uso de premissas que não se concretizaram e as empresas não fazem estimativa inferior deliberadamente.

CLARA ROMAN DE SÃO PAULO

RENDACriada para deixar mais atraentes pro-dutos como os fundos imobiliários, a chamada renda garantida tem diminuído consideral-vemente ou até zerado. Isto deixa os investido-res sem rendimento.

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Para consultores, administradores

de fundos sobre-valorizam a renda potencial com alu-guéis, por exemplo

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