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Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão

Os seus direitos de segurança social em Chipre

Julho de 2012 r 2

O presente guia foi redigido e atualizado em estreita colaboração com os

correspondentes nacionais do Sistema de Informação Mútua sobre a Proteção Social

(MISSOC). Estão disponíveis mais informações sobre a rede MISSOC em:

http://ec.europa.eu/social/main.jsp?langId=pt&catId=815

O presente guia apresenta uma descrição geral do regime de segurança social

aplicável no respetivo país. Pode obter mais informações através de outras

publicações MISSOC disponíveis na hiperligação supramencionada; pode igualmente

contactar as autoridades e instituições competentes enunciadas no anexo do presente

guia.

A Comissão Europeia, ou qualquer pessoa que atue em seu nome, declina toda a

responsabilidade pela utilização que possa ser feita das informações constantes da

presente publicação.

© União Europeia, 2012

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte.

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Índice

Capítulo I: Introdução, organização e financiamento .............................................. 4 Introdução ..................................................................................................... 4 Organização da proteção social ......................................................................... 5 Financiamento ................................................................................................ 7

Capítulo II: Cuidados de saúde ...........................................................................10 Aquisição do direito aos cuidados de saúde .......................................................10 Cobertura .....................................................................................................10 Acesso aos cuidados de saúde .........................................................................11

Capítulo III: Prestações pecuniárias por doença ...................................................12 Aquisição do direito a prestações pecuniárias por doença ....................................12 Cobertura .....................................................................................................12 Acesso às prestações pecuniárias por doença ....................................................13

Capítulo IV: Prestações por maternidade e por paternidade ...................................14 Aquisição do direito a prestações por maternidade ou por paternidade .................14 Cobertura .....................................................................................................14 Acesso às prestações por maternidade e paternidade .........................................15

Capítulo V: Prestações por invalidez ....................................................................16 Aquisição do direito a prestações por invalidez ..................................................16 Cobertura .....................................................................................................16 Acesso às prestações por invalidez ...................................................................17

Capítulo VI: Pensões e prestações por velhice ......................................................18 Aquisição do direito a prestações por velhice .....................................................18 Cobertura .....................................................................................................20 Acesso às prestações por velhice .....................................................................21

Capítulo VII: Prestações por sobrevivência ..........................................................22 Aquisição do direito a prestações por sobrevivência ...........................................22 Cobertura .....................................................................................................23 Acesso às prestações por sobrevivência ............................................................24

Capítulo VIII: Prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais .............25 Aquisição do direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

...................................................................................................................25 Cobertura .....................................................................................................25 Acesso às prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais ...............26

Capítulo IX: Prestações familiares .......................................................................27 Aquisição do direito a prestações familiares.......................................................27 Cobertura .....................................................................................................27 Acesso às prestações familiares .......................................................................28

Capítulo X: Desemprego ....................................................................................29 Aquisição do direito a prestações por desemprego .............................................29 Cobertura .....................................................................................................29 Acesso às prestações por desemprego ..............................................................30

Capítulo XI: Recursos mínimos ...........................................................................31 Aquisição do direito a prestações de recursos mínimos .......................................31 Cobertura .....................................................................................................32 Acesso às prestações de recursos mínimos .......................................................33

Capítulo XII: Cuidados de longa duração .............................................................35 Aquisição do direito a cuidados de longa duração ...............................................35 Cobertura .....................................................................................................35 Acesso a cuidados de longa duração .................................................................36

Anexo : Informações de contacto das instituições e endereços úteis na Internet .......37

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Capítulo I: Introdução, organização e financiamento

Introdução

O Sistema de Segurança Social cobre obrigatoriamente todas as pessoas que exerçam

uma atividade remunerada em Chipre, independentemente de se tratar de uma

atividade por conta de outrem ou independente. Existe um seguro voluntário

disponível para as pessoas que desejem permanecer seguradas no final de um

determinado período de seguro obrigatório, ou as pessoas que exerçam uma atividade

no estrangeiro ao serviço de empregadores cipriotas. O Sistema, que é administrado

pelos Serviços de Segurança Social, garante as seguintes prestações:

subsídio de doença;

subsídio por nascimento;

subsídio por maternidade;

prestações por acidente de trabalho e doenças profissionais, incluindo incapacidade

temporária (prestação por acidente), prestação por invalidez e subsídio por morte;

pensão por invalidez;

subsídio de desemprego;

pensão por velhice;

pensão de viuvez;

pensão de orfandade;

subsídio para despesas de funeral;

subsídio de casamento.

Os trabalhadores por conta de outrem têm direito a todas as prestações acima

referidas. Os trabalhadores independentes não têm direito ao subsídio de desemprego

nem às prestações concedidas por acidentes de trabalho e doenças profissionais. Os

contribuintes voluntários que trabalhem no estrangeiro para uma entidade

empregadora cipriota não têm direito aos subsídios de acidente de trabalho e doenças

profissionais. Os restantes contribuintes voluntários não beneficiam do subsídio por

maternidade, da prestação por doença, do subsídio de desemprego, da pensão por

invalidez e dos subsídios de acidente de trabalho e doenças profissionais.

Todas as prestações periódicas (à exceção das prestações de montante fixo) são

compostas:

pela prestação de base, que prevê complementos por pessoas a cargo e está ligada

à remuneração sujeita a contribuição do segurado no seguro de base;

pela prestação complementar, que está ligada à remuneração sujeita a contribuição

do segurado.

O princípio geral da não cumulação dos direitos é aplicado ao Sistema. Por outras

palavras, se uma pessoa tiver direito a mais de uma prestação durante o mesmo

período, é-lhe pago o montante mais elevado. Esta regra não é aplicável quando uma

das prestações é uma pensão de viuvez.

Os montantes das pensões de base são revistos no início de cada ano, em

conformidade com a percentagem de aumento da “remuneração de base sujeita a

seguro”, ao passo que os montantes das pensões complementares são revistos em

conformidade com o aumento do índice do custo de vida (comparação dos segundos

semestres dos últimos dois anos).

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Além disso, os montantes das pensões aumentam todos os anos em julho, de acordo

com o aumento do índice do custo de vida (comparação do primeiro semestre do ano

com o segundo semestre do ano anterior), se este atingir pelo menos 1%. Este

aumento é tomado em consideração na determinação do aumento dos montantes de

pensão no início do ano.

Os pagamentos das prestações são efetuados por cheque ou por transferência

bancária.

Os cheques devem ser levantados nos três meses seguintes à data da sua emissão.

Organização da proteção social

Os Serviços de Segurança Social são um organismo governamental sob a tutela e

supervisão do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, que administra todos os

riscos sociais. Estes serviços são responsáveis por:

aplicar a política do Governo no domínio da segurança social, através de regimes e

medidas específicos,

apresentar propostas relativas à política do Governo com vista a melhorar

continuamente a segurança social, em resposta aos acontecimentos internacionais e

às condições socioeconómicas existentes em Chipre,

elaborar o inventário das necessidades socioeconómicas passíveis de serem

satisfeitas através de medidas de segurança social,

proceder ao estudo e à avaliação permanentes dos regimes e medidas que aplicam

com vista ao cumprimento dos objetivos fixados.

O Sistema de Segurança Social cobre obrigatoriamente todas as pessoas que exerçam

uma atividade remunerada em Chipre, nomeadamente, os trabalhadores

independentes, os trabalhadores por conta de outrem, os indivíduos que cumprem o

serviço militar e todas as outras pessoas que subscrevem o seguro voluntariamente.

Por qualquer período de incapacidade ou de desemprego, as remunerações são

creditadas com base na remuneração sujeita a contribuição da pessoa em causa. A

remuneração sujeita a contribuição também é creditada durante qualquer período

compreendido entre a data de morte/incapacidade e a idade legal de reforma, com o

objetivo de aumentar o montante de uma pensão de viuvez e/ou de invalidez. A

remuneração sujeita a contribuição até à remuneração de base sujeita a seguro

também é creditada por períodos de estudo.

Além disso, são concedidos créditos até à remuneração de base sujeita a seguro por

períodos de educação de um filho de, no máximo, 156 semanas, até o filho atingir os

12 anos de idade. Estes créditos são tidos em conta para efeitos de pagamento de

pensões a mulheres.

Os riscos sociais cobrem doença, maternidade, desemprego, invalidez, velhice, morte

e sobrevivência, bem como todos os riscos relacionados com acidentes de trabalho e

doenças profissionais.

Desde 2003, é atribuído um subsídio especial a todos os pensionistas, a fim de

aumentar o montante das suas pensões. Desde 1 de dezembro de 2009, não houve

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novos beneficiários, uma vez que o regime de apoio aos agregados familiares de

pensionistas com baixos rendimentos do Serviço de Subsídios e Prestações foi

plenamente aplicado.

Além disso, é atribuída uma pensão social a pessoas residentes em Chipre que tenham

atingido a idade de 65 anos, desde que preencham as condições de residência

previstas na lei e que não tenham direito a uma pensão de qualquer outra fonte cujo

montante seja superior ao da pensão social. Se a pensão ou rendimento similar

recebido for inferior ao montante da pensão social, a pessoa em causa pode receber a

diferença entre os dois montantes.

A proteção de riscos sociais é concedida com o apoio dos gabinetes distritais, que são

fundamentalmente responsáveis pela receção dos pedidos, pela cobrança das

contribuições e inspeções. A Agência Central dos Serviços da Segurança Social atua

como coordenadora dos vários gabinetes distritais; as suas responsabilidades

concentram-se sobretudo na aplicação da política social, na tomada de decisões e no

pagamento de prestações e pensões.

Os Serviços de Assistência Social também são um organismo governamental sob a

tutela do Ministério do Trabalho e da Segurança Social e fornecem e promovem os

serviços de ação social. Os Serviços de Assistência Social visam minorar os riscos

sociais e fomentar a coesão social no âmbito do quadro geral das políticas do Estado

em matéria de desenvolvimento social e económico. Os serviços dirigem o seu

trabalho aos indivíduos, às famílias, aos grupos sociais e às comunidades.

O Departamento para a Inclusão Social das Pessoas com Deficiência foi

instituído em janeiro de 2009 pela Lei do Orçamento do Estado com o objetivo de

melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência. O Departamento encontra-

se sob a tutela e a supervisão do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. As

suas responsabilidades dizem respeito à formulação, coordenação, execução,

acompanhamento e controlo das políticas de proteção social e de inclusão social para

pessoas com deficiência. Para este efeito, coopera com outros ministérios

corresponsáveis pelas questões da deficiência, bem como com organizações dedicadas

a pessoas com deficiência e outros parceiros sociais.

O Serviço de Subsídios e Prestações é um organismo governamental que está sob

o controlo e a supervisão do Ministério das Finanças. Foi reorganizado e ampliado em

2003, com o objetivo de articular os vários programas sociais e aplicar a nova

legislação em matéria de abono de família e de prestações de maternidade. O Serviço

é ainda responsável pela aplicação de um novo regime – o “Regime de apoio a

agregados familiares de pensionistas com baixos rendimentos”. Trata-se de um

regime de prestações pecuniárias destinado a agregados familiares de pensionistas

cujo rendimento anual bruto está abaixo do limiar de pobreza. A prioridade deste

organismo é oferecer serviços rigorosos e expeditos a todos os cidadãos.

O Ministério da Saúde é fundamentalmente responsável pela organização do

sistema de cuidados de saúde a nível nacional e pela prestação de serviços de

cuidados de saúde financiados pelo Estado. O objetivo fundamental do Ministério é a

promoção e a proteção da saúde pública. O Ministério da Saúde elabora políticas

nacionais de saúde, coordena as atividades dos setores privado e público, regula as

normas de saúde e promove a aplicação da legislação pertinente. Em abril de 2001, foi

aprovada uma nova lei que previa a criação de um Sistema Nacional de Saúde

destinado a prestar cuidados de saúde a todos os cidadãos e financiado por

contribuições do Estado e das entidades patronais, bem como por quotizações dos

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trabalhadores por conta de outrem, dos trabalhadores independentes e dos

pensionistas. Esse novo regime ainda não foi instituído.

Financiamento

O sistema de segurança social é financiado pelas contribuições pagas pelos

empregadores, os segurados e o Estado.

Desde 1 de abril de 2009, no caso dos trabalhadores por conta de outrem, a taxa

contributiva é de 17,9% da remuneração sujeita a contribuição, sendo repartida entre

o trabalhador, a entidade patronal e o Estado, numa proporção de, respetivamente,

6,8%, 6,8% e 4,3%. A “remuneração sujeita a seguro” constitui a remuneração com

base na qual as contribuições e as prestações são calculadas, englobando toda e

qualquer remuneração proveniente da atividade profissional, à exceção dos

pagamentos a título gracioso e dos prémios ocasionais, e incluindo as contribuições

relativas à pessoa em causa que devem ser pagas ao Fundo Central de Férias Pagas

(Central Holiday Fund). No que diz respeito às contribuições, a legislação define um

limite máximo de “remuneração sujeita a seguro”, que é revisto todos os anos. Este

limite ascende atualmente a 1 025 euros por semana, ou seja, 4 442 euros por mês.

Não é paga qualquer contribuição sobre o montante que excede o limite da

“remuneração sujeita a seguro”.

No caso dos trabalhadores independentes, a taxa de contribuição é de 16,9%, dos

quais 12,6% são pagos pelo trabalhador independente e 4,3% pelo Estado. Segundo

os regulamentos, para cada categoria profissional de trabalhador independente é

definido um rendimento sujeito a seguro mínimo obrigatório. O trabalhador está

obrigado a efetuar o pagamento de contribuições com base neste rendimento mínimo,

mas tem o direito de optar por um rendimento superior até à “remuneração sujeita a

seguro” máxima. Quando um trabalhador independente prova que o seu rendimento

é, de facto, inferior ao rendimento mínimo sujeito a seguro da sua categoria

profissional, é autorizado a pagar quotizações calculadas com base neste rendimento.

No caso dos contribuintes voluntários, a quotização eleva-se a 14,8% do montante da

remuneração de base sujeita a seguro ou do montante da remuneração auferida nos

anos anteriores. Destes 14,8%, 11% são pagos pelo contribuinte voluntário e 3,8%

pelo Estado. Os contribuintes voluntários que trabalhem no estrangeiro para uma

entidade empregadora cipriota pagam contribuições de 13,6% sobre a sua

remuneração, tal como se encontra estipulada no contrato de trabalho, até ao

montante máximo do rendimento sujeito a seguro. O Estado paga uma contribuição

suplementar de 4,3%.

A obrigação de pagar contribuições tem início quando o trabalhador por conta de

outrem recebe da sua entidade patronal uma remuneração correspondente a, pelo

menos, 2 euros por semana, ou a, pelo menos, 7 euros por mês. No que diz respeito

aos aprendizes não remunerados e aos reclusos que trabalham, as contribuições são

obrigatórias, e a regra supracitada não é aplicável.

Os trabalhadores independentes pagam uma quotização por cada semana contributiva

durante a qual exercem a sua atividade.

Toda pessoa que exerça, simultânea ou consecutivamente, uma atividade assalariada

e uma atividade independente durante a mesma semana contributiva deve pagar

quotizações para as duas atividades. No final de cada ano contributivo, as quotizações

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pagas pelo segurado relativas à atividade independente ser-lhe-ão reembolsadas se

excederem o limite máximo da “remuneração sujeita a seguro”.

Quando uma pessoa trabalha para várias entidades patronais durante o mesmo

período contributivo (semana ou mês), cada uma dessas entidades é obrigada a pagar

contribuições sobre o salário do trabalhador até atingir o limite máximo da

“remuneração sujeita a seguro”. No final de cada ano contributivo, as quotizações

pagas pelo segurado sobre a sua remuneração ser-lhe-ão reembolsadas se excederem

o limite máximo estipulado. As contribuições das entidades patronais não são

reembolsadas.

Qualquer pessoa com direito a pagar quotizações voluntárias e obrigatórias em

simultâneo (pessoas que exercem uma atividade assalariada e outra independente)

pode contribuir voluntariamente, se a sua “remuneração sujeita a seguro” for inferior

à remuneração sobre a qual decidiu pagar quotizações voluntariamente.

As entidades patronais pagam mensalmente as suas contribuições (incluindo a parte

do assalariado) referentes ao mês anterior, no prazo de um mês a contar do fim do

mês de contribuição. Os trabalhadores independentes pagam trimestralmente as suas

quotizações referentes ao trimestre anterior, no prazo de um mês e 10 dias a contar

do fim do trimestre. As pessoas que desejem pagar as quotizações mensalmente

podem fazê-lo.

Os contribuintes voluntários pagam mensalmente, trimestralmente ou anualmente as

quotizações referentes ao mês, trimestre ou ano anterior. Qualquer contribuinte

voluntário que não pague a sua quotização anual (por exemplo para o ano de 2012)

nos 12 meses seguintes (ou seja, em 2013) perde o direito a pagar quotizações

voluntárias relativas ao ano para o qual estas quotizações são exigíveis (ou seja, o

ano de 2012).

Quando uma entidade patronal ou um trabalhador independente paga as suas

contribuições em atraso, incorre num aumento fixo automático equivalente a uma

percentagem das contribuições a pagar e que aumenta progressivamente com o

tempo de atraso. No primeiro mês de atraso, esta sobretaxa eleva-se a 3%,

aumentando 3% todos os meses, até perfazer uma taxa máxima de 27%.

A obrigação de pagar quotizações cessa quando o segurado atinge a idade da reforma

(65 anos). No entanto, se atingir a idade estipulada mas não preencher as condições

de seguro que lhe dão direito à pensão por velhice, deve continuar a contribuir até

que estas condições sejam preenchidas. É, contudo, impossível continuar a pagar

quotizações após os 68 anos de idade.

São atribuídas assimilações aos segurados pelos períodos seguintes:

períodos de estudo a tempo inteiro ou de formação aprovada após os 16 anos e

idade;

o período antecedente ao dia em que uma pessoa começa a ser segurada, pela

primeira vez, até ao primeiro dia do ano contributivo anterior;

qualquer período de desemprego durante o qual seja pago um subsídio de

desemprego, bem como qualquer período de desemprego de 26 semanas, no

máximo, durante o qual o segurado não tenha direito a um subsídio (só

trabalhadores assalariados);

qualquer período resultante de uma doença, acidente, nascimento ou invalidez que

dê direito ao pagamento de prestações. Para os trabalhadores assalariados,

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qualquer período de incapacidade sem direito a prestações dá direito a assimilações

de 26 semanas, no máximo. No caso dos trabalhadores independentes, um tal

período dá igualmente direito a assimilações, se for precedido por um período

durante o qual as prestações eram exigíveis;

qualquer período de licença parental.

Os períodos de educação de um filho de, no máximo, 156 semanas são tidos em conta

para efeitos do pagamento de pensões às mulheres que têm direito a uma pensão

após 31 de dezembro de 1992, durante os 12 primeiros anos de cada filho.

Em caso de invalidez ou de morte de um segurado com menos de 63 anos, o período

entre a data de invalidez ou de morte e os 63 anos é considerado como um período de

seguro. A remuneração a creditar por este período é, em geral, baseada na

“remuneração sujeita a seguro” média da pessoa em causa, no seguro complementar,

durante os últimos cinco anos anteriores à data do falecimento ou da invalidez. Caso

uma pessoa não tenha acumulado cinco anos de seguro, a média é calculada com

base no número efetivo de anos de seguro.

As assimilações atribuídas por qualquer período de desemprego, maternidade, doença,

lesão ou invalidez têm o valor da remuneração que serviu de base ao cálculo da

prestação paga. As restantes assimilações têm o valor da “remuneração de base

sujeita a seguro”.

A “remuneração de base sujeita a seguro” está atualmente fixada em 170,88 euros

por semana ou 8 886 euros por ano. A “remuneração de base” representa a linha de

demarcação entre as duas componentes do regime: o seguro de base e o seguro

complementar.

A “remuneração sujeita a seguro” anual total de todos os segurados está dividida em

duas partes: o seguro de base, que comporta a remuneração sujeita a contribuição

até à remuneração de base, e o seguro complementar, que comporta a remuneração

sujeita a contribuição acima da remuneração de base.

Todos os anos, são creditados “pontos de seguro” a cada segurado. Um “ponto de

seguro” equivale ao montante anual da “remuneração de base”. O primeiro ponto de

seguro (até 1) é atribuído ao seguro de base e qualquer ponto de seguro que

ultrapasse "1” é atribuído ao seguro complementar.

O montante da “remuneração de base sujeita a seguro” é revisto em função da

flutuação do nível geral anual da “remuneração sujeita a seguro” com base num

diploma do Conselho de Ministros.

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Capítulo II: Cuidados de saúde

Aquisição do direito aos cuidados de saúde

As prestações por cuidados de saúde são concedidas às pessoas de nacionalidade

cipriota e da UE/AEE e Suíça, com residência permanente no Chipre. O limite da

cobertura está diretamente relacionado com o rendimento dos indivíduos ou das

famílias e inclui serviços prestados nas instituições de saúde governamentais.

É concedido tratamento médico gratuito a indivíduos cujo rendimento anual não

seja superior a 15 377,41 euros, bem como a famílias cujo rendimento anual não

exceda os 30 754,82 euros, com um complemento de 1 708,60 euros por cada

filho a cargo.

Os cuidados médicos a taxas reduzidas são concedidos a indivíduos cujo

rendimento anual se situe entre os 15 377,42 e os 20 503,22 euros, bem como a

famílias cujo rendimento anual se situe entre os 30 754,83 e os 37 589,23 euros,

com um complemento de 1 708,60 euros por cada filho a cargo.

Todas as outras pessoas podem recorrer aos serviços de saúde estatais contra

pagamento das taxas fixas periodicamente definidas. Os custos dos tratamentos

em regime de internamento de valor mais elevado podem ser reduzidos tendo em

conta o nível de rendimentos do doente.

As prestações por cuidados de saúde são igualmente concedidas gratuitamente às

pessoas vítimas de determinadas doenças crónicas, representantes

governamentais, funcionários públicos, membros de famílias com três ou mais

filhos, pessoas a receberem apoio público, etc.

O direito às prestações por cuidados de saúde está sujeito à inscrição no Sistema

Nacional de Saúde.

Cobertura

Os serviços de saúde englobam:

os cuidados ambulatórios prestados por médicos de clínica geral e os cuidados

especializados em ambulatório e num estabelecimento;

os medicamentos e o material farmacêutico necessários;

exames de diagnóstico e paramédicos;

a hospitalização;

os cuidados dentários, à exceção da próteses dentárias, que apenas são fornecidas

às categorias de baixos rendimentos.

Está igualmente prevista uma utilização limitada dos hospitais privados em

circunstâncias especiais e sujeita a autorização prévia. Os pacientes podem escolher

livremente os médicos que trabalham para o Estado. Não é obrigatório inscreverem-se

junto de um determinado médico de família. O acesso a consultas especializadas está

dependente de referenciação pelo médico de família. O paciente é referenciado para o

hospital onde o médico exerce a sua atividade.

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Julho de 2012 r 11

Acesso aos cuidados de saúde

Pode aceder aos cuidados de saúde através de uma consulta em qualquer instituição

de saúde governamental. As pessoas inscritas no Sistema Nacional de Saúde podem

ter direito a uma redução ou isenção das taxas com base nas informações incluídas

nos respetivos cartões de saúde.

De um modo geral, os doentes estão obrigados a consultar um médico estatal, que

fará o reencaminhamento para um médico especialista ou hospital de acordo com o

respetivo estado de saúde.

Também podem ser obtidos cuidados de saúde junto de qualquer médico ou

instituição de saúde do setor privado a exerceram no Chipre, não sendo, no entanto,

concedido qualquer reembolso.

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Julho de 2012 r 12

Capítulo III: Prestações pecuniárias por doença

Aquisição do direito a prestações pecuniárias por doença

O subsídio de doença é pago a trabalhadores por conta de outrem e trabalhadores

independentes, com idades compreendidas entre os 16 e os 63 anos, que estejam

incapazes de trabalhar. As pessoas que não preencherem as condições de seguro

necessárias para usufruírem do direito à pensão aos 63 anos de idade têm direito a

receber um subsídio até à data requerida, mas nunca após os 65 anos.

Para preencher as condições de seguro, o requerente deve:

ter estado segurado durante 26 semanas, pelo menos, e, até à data de

incapacidade, ter pago um seguro de base não inferior a 26 vezes o montante

semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (0,50 de ponto de seguro);

e

ter tido, no ano contributivo anterior, uma remuneração sujeita a contribuição real

ou creditada de, pelo menos, 20 vezes o montante semanal da remuneração de

base sujeita a contribuição (0,39 de ponto de seguro).

Para poder receber de novo uma prestação (após a expiração do direito), o segurado

deverá ter pago quotizações sobre a remuneração correspondentes a, pelo menos, 26

vezes o montante semanal da “remuneração de base sujeita a seguro” (0,50 de ponto

de seguro) após a data de expiração do direito. Além disso, deverá ter decorrido um

período de 13 semanas de trabalho a contar da data da expiração.

Cobertura

O subsídio base semanal equivale a 60% do valor semanal dos pontos de seguro do

seguro de base durante o ano contributivo relevante, majorado em 80%, 90% e

100%, respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo (com um máximo de

três pessoas a cargo). O subsídio complementar semanal equivale a 50% do valor

semanal dos pontos de seguro do seguro complementar durante o ano contributivo

relevante, que não pode exceder o montante semanal da remuneração de base sujeita

a seguro. O cônjuge (homem ou mulher) é considerado cônjuge a cargo se receber

salário ou prestação de montante inferior ao da majoração atribuída por pessoa a

cargo.

O subsídio não é pago se o trabalhador por conta de outrem em causa receber o seu

salário integral. Em caso de pagamento de um salário reduzido, o total do subsídio e

do salário parcial não deve ultrapassar o montante do salário completo.

O período de pagamento do subsídio de doença nunca é superior a 156 dias por cada

período de interrupção da atividade. Caso a incapacidade para o trabalho não seja

permanente, o período é prolongado até 312 dias em condições especiais.

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Julho de 2012 r 13

Acesso às prestações pecuniárias por doença

A incapacidade para o trabalho por doença pode ser certificada por um médico a partir

do primeiro dia de doença. Durante o período de doença, o segurado pode ser sujeito

a exame complementar efetuado por um médico da Segurança Social ou por uma

junta médica. Deve entregar-se um formulário de requerimento, acompanhado dos

certificados exigidos, nos 21 dias após o início da doença. Está previsto um prazo de

carência de três dias para os trabalhadores por conta de outrem e de nove dias para

os trabalhadores independentes. Em caso de acidente ou de internamento hospitalar,

são aplicadas aos trabalhadores independentes as mesmas condições que aos

trabalhadores por conta de outrem.

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Julho de 2012 r 14

Capítulo IV: Prestações por maternidade e por paternidade

Aquisição do direito a prestações por maternidade ou por paternidade

O subsídio por maternidade é pago a todas as mulheres que exercem uma atividade,

quer sejam assalariadas quer trabalhem por conta própria, durante um período de 18

semanas, com início entre a sexta e a segunda semana anteriores à semana em que o

parto está previsto. A prestação também é paga a mães adotivas de crianças com

menos de 12 anos, durante um período de 16 semanas

Para preencher as condições de seguro, o requerente deve:

ter estado segurado durante 26 semanas, pelo menos, e, até à data do direito ao

subsídio de maternidade, ter pago um seguro de base não inferior a 26 vezes o

montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (0,50 de ponto de

seguro); e

ter pago e/ou assimilado um seguro durante o ano contributivo relevante

equivalente a, pelo menos, 20 vezes o montante semanal da remuneração de base

sujeita a contribuição (0,39 de ponto de seguro).

Além disso, um subsídio de nascimento é pago após o nascimento de cada filho a

qualquer mulher que preencha as condições de seguro ou cujo cônjuge satisfaça essas

condições.

Cobertura

A prestação por maternidade tem período limitado. É paga a mães biológicas durante

18 semanas, com início entre a nona e a segunda semana anteriores à semana para a

qual o parto está previsto. Se o bebé for hospitalizado numa incubadora em

consequência de um parto prematuro, o subsídio de maternidade poderá ser

prolongado por mais seis semanas (período máximo). As mães adotivas recebem a

prestação durante 16 semanas, com início na semana de adoção, se a criança tiver

menos de 12 anos de idade. O montante de base semanal da prestação por

maternidade equivale a 75% do valor semanal dos pontos de seguro do seguro de

base durante o ano contributivo relevante, majorado em 80%, 90% e 100%,

respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo (com um máximo de três

pessoas a cargo). A prestação complementar semanal corresponde a 75% do valor

semanal do ponto de seguro do seguro complementar durante o ano contributivo

relevante. A prestação não será paga se a beneficiária auferir a totalidade do seu

salário durante o período do subsídio por maternidade. Se auferir um salário parcial, o

total desta remuneração e do subsídio não deve ser superior ao salário completo.

A prestação por maternidade é uma prestação de montante fixo, igual para todas as

mulheres que a ele tenham direito, e, desde 9 de julho de 2010, o montante por cada

filho equivale a 6% do ponto de seguro de base anual (8 886 euros x 6% = 533,16

euros). São tidas em conta as condições de seguro da requerente ou do seu cônjuge.

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Julho de 2012 r 15

Acesso às prestações por maternidade e paternidade

Deve entregar-se um formulário preenchido, acompanhado dos certificados exigidos

no prazo de um ano após o nascimento para se requerer o subsídio de nascimento e

no prazo de 21 dias a contar do primeiro dia de direito ao subsídio por maternidade.

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Julho de 2012 r 16

Capítulo V: Prestações por invalidez

Aquisição do direito a prestações por invalidez

A pensão por invalidez é paga a pessoas consideradas inaptas para o trabalho há, pelo

menos, 156 dias e que provavelmente sofrerão de incapacidade permanente. Isto é,

pessoas incapazes de auferir, no âmbito de uma atividade que em circunstâncias

normais poderiam exercer, mais de um terço do montante normalmente auferido por

uma pessoa em bom estado de saúde da mesma profissão ou categoria e do mesmo

nível de instrução no mesmo domínio, ou, no caso de pessoas com 60 a 63 anos, mais

de metade do referido montante.

O requerente deve preencher as seguintes condições de seguro:

1. ter estado segurado durante 156 semanas, pelo menos, até à data da invalidez;

2. ter pago um seguro de base até à data da invalidez não inferior a 156 vezes o

montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (3 pontos de

seguro do seguro de base);

3. o número de pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado no período

compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o requerente tiver completado 16

anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro dia do ano em que completou essa

idade), e a semana que precedeu a semana em que o requerente ficou incapacitado,

ou desde 7 de janeiro de 1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o

beneficiário, equivale a, pelo menos, 25% dos anos incluídos nesse período;

4. ter o seguro pago e/ou assimilado no ano precedente ao ano em que o requerente

ficou incapacitado ou a média desses rendimentos nos dois anos precedentes

corresponde a, pelo menos, 20 vezes o montante semanal da remuneração de base

sujeita a contribuição (0,39 de ponto de seguro).

Em caso de invalidez causada por qualquer tipo de acidente, o segurado tem direito a

uma pensão por invalidez se preencher as condições relativas ao subsídio de doença.

Embora só as quotizações dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores

independentes sejam tomadas em consideração para o usufruto dos direitos, as

quotizações voluntárias são também consideradas na avaliação do montante da

pensão. A prestação por invalidez total ou parcial pode ser requerida até aos 63 anos

(não está previsto limite mínimo de idade).

Cobertura

A pensão por invalidez tem duas componentes: a pensão de base e a pensão

complementar. Nos casos em que exista perda total da capacidade de ganho, é

atribuída uma pensão por invalidez integral, avaliada da seguinte forma:

a pensão semanal de base representa 60% do valor semanal da média anual dos

pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado, majorada para 80%, 90%

ou 100%, respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo. No caso de uma

beneficiária casada, não está prevista qualquer majoração para o seu cônjuge, a

não ser que este seja incapaz de suprir às suas necessidades. No caso em que o

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Julho de 2012 r 17

requerente não tem direito a qualquer majoração para o cônjuge, a majoração por

filhos a cargo ou outras pessoas a cargo é equivalente a 10% da pensão de base

por cada pessoa (máximo de duas pessoas a cargo);

a pensão semanal complementar corresponde a 1/52 de 1,5% do valor total dos

pontos de seguro do seguro complementar durante toda a carreira do requerente, a

que se acrescenta a remuneração sujeita a contribuição no âmbito do seguro

complementar entre a data da invalidez e os 63 anos de idade.

Quando a perda de ganho é parcial, a pensão por invalidez é reduzida em

percentagem da pensão integral num montante que é avaliado em função da perda de

capacidade de ganho, do seguinte modo:

com 50% a 66,66% de perda de capacidade de ganho tem direito a 60% da pensão

completa;

com 66,67% a 75% de perda de capacidade de ganho tem direito a 75% da pensão

completa;

com 76% a 99% de perda de capacidade de ganho tem direito a 85% da pensão

completa.

A pensão de base é majorada em função do número de pessoas a cargo. O Regime

prevê uma pensão mínima, com os seguintes montantes:

para uma pessoa sozinha: 87,15 euros por semana (85% x 60% x 170,88 euros);

para um beneficiário com uma pessoa a cargo: 116,20 euros por semana (85% x

80% x 170,88 euros);

para um beneficiário com duas pessoas a cargo: 130,72 euros por semana (85% x

90% x 170,88 euros); e

para uma pessoa com três pessoas a cargo: 145,25 euros por semana (85% x

100% x 170,88 euros).

Nos casos de invalidez parcial, os respetivos montantes são ainda multiplicados pelo

grau de invalidez. Não está previsto um montante máximo para a pensão. Os

beneficiários têm também direito a cuidados médicos gratuitos em hospitais e outros

estabelecimentos de saúde públicos.

Acesso às prestações por invalidez

O subsídio por invalidez deve ser requerido num prazo de três meses após a

ocorrência.

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Julho de 2012 r 18

Capítulo VI: Pensões e prestações por velhice

Aquisição do direito a prestações por velhice

Pensão por velhice

A idade de reforma está fixada em 65 anos. Em condições especiais, a reforma pode

ser requerida aos 63 anos. No caso dos mineiros, a idade de reforma está fixada em

63 anos. Os mineiros que tenham trabalhado três anos, pelo menos, têm direito a

uma pensão por velhice que é antecipada em um mês (em relação à idade normal de

reforma) por cada período de cinco meses em que trabalharam numa mina, desde que

tenham cessado de exercer essa atividade. Não podem, contudo, receber a sua

pensão antes dos 58 anos. A lei não prevê outras situações de reforma antecipada.

Para preencher as condições de seguro, o requerente deve:

no período de 6 de outubro de 1980 a 3 de janeiro de 2010:

ter cumprido, pelo menos, 156 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até à idade de reforma equivalente a, pelo menos,

156 vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição

(3 pontos de seguro),

o número de pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado no período

compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o requerente tiver

completado 16 anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro dia do ano em

que completou essa idade), e a semana que precedeu a semana em que o

requerente adquiriu o direito à prestação por velhice, ou desde 7 de janeiro de

1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o beneficiário, equivale a,

pelo menos, 25% dos anos incluídos nesse período;

no período de 4 de janeiro de 2010 a 2 de janeiro de 2011:

ter cumprido, pelo menos, 260 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até à idade de reforma equivalente a, pelo menos,

260 vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição

(5 pontos de seguro),

o número de pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado no período

compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o requerente tiver

completado 16 anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro dia do ano em

que completou essa idade), e a semana que precedeu a semana em que o

requerente adquiriu o direito à prestação por velhice, ou desde 7 de janeiro de

1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o beneficiário, equivale a,

pelo menos, 30% dos anos incluídos nesse período;

no período de 3 de janeiro de 2011 a 1 de janeiro de 2012:

ter cumprido, pelo menos, 364 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até à idade de reforma equivalente a, pelo menos,

364 vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição

(7 pontos de seguro),

o número de pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado no período

compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o requerente tiver

completado 16 anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro dia do ano em

que completou essa idade), e a semana que precedeu a semana em que o

requerente adquiriu o direito à prestação por velhice, ou desde 7 de janeiro de

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Julho de 2012 r 19

1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o beneficiário, equivale a,

pelo menos, 30% dos anos incluídos nesse período;

a partir de 2 de janeiro de 2012:

ter cumprido, pelo menos, 520 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até à idade de reforma equivalente a, pelo menos,

520 vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição

(10 pontos de seguro),

o número de pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado no período

compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o requerente tiver

completado 16 anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro dia do ano em

que completou essa idade), e a semana que precedeu a semana em que o

requerente adquiriu o direito à prestação por velhice, ou desde 7 de janeiro de

1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o beneficiário, equivale a,

pelo menos, 30% dos anos incluídos nesse período;

Para adquirir o direito a prestações por velhice aos 63 anos, o requerente deve:

ter atingido 63 anos de idade e preencher as condições de seguro pertinentes,

exceto quando o número de pontos de seguro do seguro de base pago e

assimilado no período compreendido entre 5 de outubro de 1964 (ou, se o

requerente tiver completado 16 anos após 5 de outubro de 1964, no primeiro

dia do ano em que completou essa idade), e a semana que precedeu a semana

em que o requerente adquiriu o direito à prestação por velhice, ou desde 7 de

janeiro de 1957, nos casos em que tal seja mais vantajoso para o beneficiário,

for equivale a, pelo menos, 70% dos anos incluídos nesse período, ou

ter direito a uma pensão por invalidez imediatamente antes de completar 63

anos de idade, ou

ter entre 63 e 65 anos de idade e ter direito a uma pensão por invalidez, caso

ainda não tivesse completado 63 anos.

Prestação por velhice de montante fixo

Uma pessoa cuja remuneração sujeita a contribuição média (paga e assimilada), tal

como acima foi exposto, não seja, pelo menos, equivalente a 25%/30%, tem direito

ao pagamento de uma prestação de montante fixo aos 68 anos de idade

correspondente a 15% do montante total da sua remuneração sujeita a contribuição

(paga e assimilada). Este pagamento não tem lugar se a pessoa em causa tiver direito

a uma pensão social.

Para preencher as condições do seguro, o requerente deve:

no período de 6 de outubro de 1980 a 3 de janeiro de 2010:

ter cumprido, pelo menos, 156 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até aos 68 anos equivalente a, pelo menos, 156

vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (3

pontos de seguro),

no período de 4 de janeiro de 2010 a 2 de janeiro de 2011:

ter cumprido, pelo menos, 208 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até aos 68 anos equivalente a, pelo menos, 208

vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (4

pontos de seguro);

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Julho de 2012 r 20

no período de 3 de janeiro de 2011 a 1 de janeiro de 2012:

ter cumprido, pelo menos, 260 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até aos 68 anos equivalente a, pelo menos, 260

vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (5

pontos de seguro);

a partir de 2 de janeiro de 2012:

ter cumprido, pelo menos, 312 semanas de seguro,

ter pago um seguro de base até aos 68 anos equivalente a, pelo menos, 312

vezes o montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (6

pontos de seguro).

Outras prestações

É atribuído um subsídio especial a todos os pensionistas para aumentar o montante

das suas pensões. Desde 1 de dezembro de 2009, não houve novos beneficiários, uma

vez que o regime de apoio aos agregados familiares de pensionistas com baixos

rendimentos do Serviço de Subsídios e Prestações foi plenamente aplicado.

Além disso, é atribuída uma pensão social a pessoas residentes em Chipre que tenham

atingido a idade de 65 anos, desde que preencham as condições de residência

previstas na lei e que não tenham direito a uma pensão de qualquer outra fonte cujo

montante seja superior ao da pensão social. Se a pensão ou rendimento similar

recebido for inferior ao montante da pensão social, a pessoa em causa pode receber a

diferença entre os dois montantes.

Cobertura

Tal como acontece com a pensão por invalidez, a pensão por velhice é composta por

duas partes: a pensão de base e a pensão complementar. A pensão semanal de base

representa 60% do valor semanal da média anual dos pontos de seguro do seguro de

base pago e assimilado, majorada para 80%, 90% ou 100%, respetivamente, por

uma, duas ou três pessoas a cargo. No caso de uma beneficiária casada, não está

prevista qualquer majoração para o seu cônjuge, a não ser que este seja incapaz de

suprir às suas necessidades. No caso em que o requerente não tem direito a qualquer

majoração para o cônjuge, a majoração por filhos a cargo ou outras pessoas a cargo é

equivalente a 10% da pensão de base por cada pessoa (máximo de duas pessoas a

cargo).

A pensão semanal complementar corresponde a 1/52 de 1,5% do valor total dos

pontos de seguro do seguro complementar pago e assimilado durante toda a carreira

do requerente.

Qualquer reformado que tenha pago quotizações sobre a “remuneração sujeita a

seguro” entre a data de usufruto do direito à pensão e os seus 65 anos tem direito a

um aumento semanal da sua pensão equivalente a 1/52 de 1,5% dessa “remuneração

sujeita a seguro”.

Qualquer pessoa com direito à pensão por velhice pode solicitar o diferimento do início

do pagamento da sua pensão até aos 68 anos. Neste caso, o montante da pensão por

velhice sofre um aumento de 0,5% por cada mês trabalhado entre o mês do

adiamento e o mês do início da pensão. (No caso de uma pensão de viuvez, é

atribuída uma majoração correspondente.)

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Julho de 2012 r 21

A pensão de velhice mínima corresponde a 85% da pensão de base completa. Ascende

a:

para uma pessoa sozinha: 87,15 euros por semana (85% x 60% x 170,88 euros);

para um beneficiário com uma pessoa a cargo: 116,20 euros por semana (85% x

80% x 170,88 euros);

para um beneficiário com duas pessoas a cargo: 130,72 euros por semana (85% x

90% x 170,88 euros); e

para uma pessoa com três pessoas a cargo: 145,25 euros por semana (85% x

100% x 170,88 euros).

Acesso às prestações por velhice

Deve entregar-se um formulário de requerimento, acompanhado dos certificados

originais exigidos, no prazo de três meses após a data do direito.

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Julho de 2012 r 22

Capítulo VII: Prestações por sobrevivência

Aquisição do direito a prestações por sobrevivência

Pensão de viuvez

A pensão de viuvez é paga à viúva e, em determinadas condições, ao viúvo, de uma

pessoa que preenchia, à data da sua morte, as condições de seguro pertinentes.

As condições de seguro da pensão de viuvez são as seguintes:

no caso de requerentes cujo cônjuge tenha falecido durante ou após a idade de

reforma, as condições são iguais às da pensão por velhice;

no caso de requerentes cujo cônjuge tenha falecido antes da idade de reforma, as

condições são iguais às das alíneas 1) e 2) da pensão por invalidez;

no caso de requerentes cujo cônjuge tenha falecido devido a um acidente, a viúva

tem direito a uma pensão se forem preenchidas as condições de seguro relativas ao

subsídio para despesas funerárias.

Pensão de orfandade

A pensão de orfandade é devida a menores:

1. a quem tenham morrido ambos os pais, ou cujos pais fossem separados tendo

falecido aquele que possuía a sua guarda. É necessário que um dos progenitores

fosse segurado;

2. a quem tenha falecido um dos progenitores e cujo progenitor sobrevivente não

tenha direito a uma pensão de viuvez;

3. cujo progenitor viúvo e beneficiário de uma pensão de viuvez se tenha voltado a

casar.

Nos dois últimos casos, é necessário que o progenitor falecido preenchesse

as condições de seguro relativas à pensão de viuvez.

Subsídio para despesas de funeral

O subsídio para despesas funerárias é pago aquando de um falecimento nos seguintes

casos:

qualquer pessoa que receba uma pensão por velhice, de invalidez, de viúva/viúvo,

uma prestação por falecimento ou um subsídio de pessoa desaparecida,

qualquer órfão que receba uma pensão de orfandade,

qualquer pessoa cujo falecimento tenha sido causado por um acidente de trabalho

ou uma doença profissional,

qualquer pessoa que preencha as condições contributivas a seguir especificadas

aquando do seu falecimento. As condições contributivas são idênticas às do subsídio

de casamento;

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Julho de 2012 r 23

qualquer pessoa que esteja a cargo de um segurado que preencha as condições

contributivas ou de um titular de pensão.

Cobertura

Pensão de viuvez

Tal como acontece com a pensão por velhice, a pensão de viuvez é composta pela

pensão de base e pela pensão complementar.

A pensão semanal de base corresponde a 60% do valor semanal da média anual dos

pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado, majorada para 80%, 90% ou

100%, respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo. A pensão

complementar representa, no caso de uma viúva cujo cônjuge não beneficiasse de

uma pensão por velhice, 60% da pensão por invalidez complementar à qual o falecido

teria direito por altura da sua morte, se fosse considerado inválido nessa data ou no

caso de uma viúva cujo cônjuge recebesse uma pensão por velhice, 60% da pensão

por velhice complementar recebida pelo falecido.

Se as condições de seguro não estiverem preenchidas, é paga uma prestação

pecuniária única à viúva. No caso de o falecido não ter atingido a idade de reforma, a

prestação pecuniária única é paga se o falecido tiver pago um seguro de base

equivalente a, pelo menos, 156 vezes a remuneração semanal de base sujeita a

contribuição (pelo menos 3 pontos de seguro). No caso de o falecido ser beneficiário

de uma pensão por velhice ou de preencher as condições para receber uma pensão

por velhice, embora não a tenha requerido, à data do óbito, a condição de seguro é a

mesma aplicável à prestação por velhice de montante fixo. Essa prestação equivale a

15% do valor total dos pontos de seguro do seguro de base pago e assimilado e a 9%

do valor dos pontos de seguro do seguro complementar. Se voltar a casar, a viúva

tem direito a um montante fixo equivalente a um ano de pensão, sem qualquer

majoração por pessoas a seu cargo.

No caso de uma viúva com três pessoas a cargo, o montante máximo da pensão de

base corresponde a 100% do seguro de base. Não está previsto um montante máximo

legal para a pensão complementar.

Pensão de orfandade

No caso 1) acima exposto, a pensão de orfandade é composta pela pensão de base e

pela pensão complementar:

a pensão semanal de orfandade de base representa 40% do montante semanal da

“remuneração de base sujeita a seguro” para cada órfão;

a prestação complementar semanal representa 50% da pensão complementar de

viuvez paga, ou que teria sido paga, no caso de um órfão, e 100% no caso de dois

ou mais órfãos.

Nos casos 2) e 3) acima expostos, a pensão semanal de orfandade corresponde a 20%

do montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição por cada órfão e

é paga até um máximo de três órfãos.

A pensão de orfandade é paga até aos 15 anos, ou até aos 23 anos de idade, se se

tratar de uma rapariga que estude a tempo inteiro, e até aos 25 anos de idade, se se

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Os seus direitos de segurança social em Chipre

Julho de 2012 r 24

tratar de um rapaz que estude a tempo inteiro ou esteja a cumprir o serviço militar.

Não é estipulado qualquer limite de idade para os órfãos com incapacidade

permanente de prover às suas necessidades. O órfão recebe uma prestação de

montante fixo equivalente, no máximo, a um ano de prestação, caso os seus direitos

caduquem antes dos 17 anos por outro motivo que não a morte.

No caso de órfãos a quem tenha falecido um dos progenitores, a pensão de base é de

34,18 euros por semana, por cada órfão (no máximo de três). No caso de órfãos que

perderam ambos os progenitores, a pensão de base equivalente a 40% da

remuneração de base sujeita a contribuição ascende a 68,35 euros por semana por

cada órfão. A prestação complementar por mais que dois órfãos não pode ultrapassar

a pensão complementar de viuvez.

Subsídio para despesas de funeral

O subsídio para despesas funerárias é uma prestação de montante fixo que equivale a

8% do ponto de seguro de base anual (8 886 euros x 8% = 710,88 euros). No caso de

falecimento de um familiar a cargo de um pensionista, a prestação de montante fixo

equivale a metade desse montante (355,44 euros).

Acesso às prestações por sobrevivência

Deve entregar-se um formulário de requerimento, acompanhado dos certificados

exigidos, no prazo de três meses no caso da pensão de viúva e da pensão de

orfandade e no prazo de um ano no caso de um subsídio de funeral.

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Julho de 2012 r 25

Capítulo VIII: Prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

Aquisição do direito a prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

São atribuídos os seguintes subsídios por acidentes de trabalho e doenças

profissionais:

Incapacidade temporária (subsídio de acidente)

A prestação por incapacidade temporária é paga a todo e qualquer trabalhador

assalariado que fique inapto para o trabalho devido a acidente de trabalho ou doença

profissional, durante 12 meses, no máximo, a contar da data do acidente ou da

ocorrência da doença.

Subsídio por invalidez

O subsídio por invalidez é pago a todo e qualquer trabalhador por conta de outrem

que, devido a acidente profissional, sofra uma redução das suas faculdades físicas ou

mentais de pelo menos 10%, exceto no caso das pneumoconioses que são

indemnizadas a partir de 1%.

A prestação por invalidez assume a forma de um montante fixo (subsídio de invalidez)

ou de uma pensão, em função do grau de invalidez. A primeira aplica-se a casos de

invalidez entre 10% e 19%, e a segunda a casos de invalidez a partir de 20% (não é

pago qualquer subsídio por invalidez inferior a 10%).

Prestações por morte

A prestação por falecimento é paga aos sobrevivos de uma trabalhador por conta de

outrem falecido na sequência de um acidente profissional. A prestação engloba a

pensão de viuvez, a pensão de orfandade e o subsídio parental.

Subsídio para despesas de funeral

Ver a secção sobre prestações por sobrevivência

Cobertura

O montante da prestação por incapacidade temporária (subsídio de acidente) é

idêntico ao do subsídio de doença, a não ser no caso das pessoas cuja remuneração é

inferior à remuneração de base sujeita a contribuição, em que a prestação mínima

paga corresponde à remuneração de base sujeita a seguro.

A pensão por invalidez consiste numa pensão de base e numa pensão complementar e

é paga nos seguintes termos:

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Julho de 2012 r 26

a pensão por invalidez de base semanal por uma invalidez de 100% representa 60%

do montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição, majorada

para 80%, 90% ou 100%, respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo.

a pensão complementar semanal representa 60% do valor semanal dos pontos de

seguro médios anuais do seguro complementar pago e assimilado durante o período

que se inicia no segundo ano anterior ao ano do acidente e termina no dia do

acidente. A pensão por invalidez por uma invalidez inferior a 100% é proporcional

ao grau de invalidez. Porém, se a invalidez resultar numa incapacidade permanente

para o trabalho, a pensão por invalidez será majorada em conformidade para 75%,

85% e 100%.

Os beneficiários de uma pensão por invalidez que necessitem de cuidados constantes

usufruem de um subsídio por assistência de terceira pessoa. Esse subsídio equivale a

55% da pensão por invalidez de base por invalidez (100%). O subsídio mensal é de

225,56 euros.

O subsídio por invalidez corresponde a 7 vezes o montante anual da pensão por

invalidez (100%), sem majoração por pessoas a cargo, multiplicado pela percentagem

do grau de invalidez. Exemplo de um subsídio por invalidez com 10% de invalidez:

410,11 euros x 13 (montante anual) x 7 x 10% = 3 732,00 euros.

Acesso às prestações por acidentes de trabalho e doenças profissionais

O subsídio por lesão deve ser requerido através da entrega de um formulário,

acompanhado dos certificados exigidos, 21 dias a contar da data da lesão. Em caso de

subsídio por incapacidade, o pedido deverá ser efetuado num prazo de três meses,

sendo que, no caso de um subsídio de funeral, o formulário relevante deverá ser

enviado no prazo de um ano.

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Julho de 2012 r 27

Capítulo IX: Prestações familiares

Aquisição do direito a prestações familiares

A prestação por filho consiste numa prestação de base e complementar.

Prestação de base

As famílias cujo local de residência habitual se situe em Chipre durante um período

mínimo de três anos consecutivos e que tenha, pelo menos, um filho tem direito a

uma prestação de base, desde que os seus membros vivam juntos.

As famílias cujos filhos solteiros vivam no agregado familiar têm direito a uma

prestação nos casos seguintes:

até aos 18 anos de idade;

até aos 19 anos de idade, se estiverem a frequentar o ensino secundário;

até aos 21 anos de idade (homens) durante o serviço militar (Guarda Nacional);

dos 18 aos 25 anos de idade, para os homens, durante o serviço na Guarda

Nacional e enquanto estudarem a tempo inteiro;

dos 18 aos 23 anos de idade, para as mulheres, enquanto estudarem a tempo

inteiro;

independentemente da sua idade, desde que sejam incapazes de prover às suas

necessidades devido a deficiência física ou mental.

Uma família tem direito a uma prestação de base se o rendimento bruto total da

mesma não for superior a 49 000 euros (no caso de famílias com um filho a cargo) ou

a 99 000 euros (no caso de famílias com dois a quatro filhos a cargo) por ano. Acima

de quatro filhos a cargo, o limite máximo do rendimento é majorado em 10 000 por

cada filho adicional.

Para além do limite ao rendimento, o direito a uma prestação por filho deixa de existir

se o valor total dos ativos da família, incluindo bens imobiliários, ações, títulos e

participações, for superior a 1 200 000 euros.

Prestação complementar

É igualmente atribuída às famílias uma prestação complementar com base nos seus

rendimentos brutos (ver abaixo “Cobertura”).

Cobertura

No caso de famílias com um filho, a prestação de base é de 420 euros por ano. Uma

prestação complementar de 105 euros por ano é paga a famílias que disponham de

um rendimento anual máximo de 19 500 euros; e essa prestação será de 50 euros por

ano no caso de famílias que disponham de um rendimento anual máximo situado

entre 19 500 euros e 39 000 euros.

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Julho de 2012 r 28

As famílias com dois filhos recebem uma prestação de base de 840 euros por ano. As

famílias que disponham de um rendimento anual máximo de 19 500 euros têm direito

a uma prestação complementar de 420 euros por ano. As famílias com um rendimento

anual entre 19 500 euros e 39 000 euros podem receber um montante suplementar

de 310 euros por ano.

As famílias com três filhos recebem uma prestação de base mensal de 840 euros por

cada filho e por ano. Além disso, têm direito a uma prestação complementar anual de

315 euros por cada filho caso o rendimento anual seja inferior a 19 500 euros, e um

montante anual de 260 euros por cada filho se o rendimento anual se situar entre

19 500 euros e 39 000 euros.

As famílias com quatro ou mais filhos recebem uma prestação de base anual de 1

390 euros por cada filho. Neste caso, a prestação complementar anual ascende a 460

euros por cada filho para famílias que disponham de um rendimento anual máximo de

19 500 euros, e a 290 euros por cada filho para famílias cujo rendimento anual se

situe entre 19 500 euros e 39 000 euros.

Acesso às prestações familiares

Para receber uma prestação por filho para um determinado ano, a família deve

apresentar um pedido inicial até ao dia 31 de dezembro desse ano.

A prestação por filho é paga todos os meses às famílias com três filhos ou mais e

todos os finais de ano às famílias com um ou mais filhos.

É introduzida uma nova prestação monoparental a partir do dia 1 de julho de 2012,

com critérios de elegibilidade iguais aos da prestação por filho. Para receber a

prestação monoparental para um determinado ano, a família deverá um formulário a

requerer a mesma até ao dia 31 de dezembro desse ano.

Uma família tem direito ao seguinte montante de prestação monoparental se o

rendimento bruto familiar total não for superior a:

39 000 euros: 200 euros mensais por filho,

39 000,01 até 49 000 euros: 180 euros mensais por filho,

49 000,01 até 59 000 euros: 160 euros mensais por filho,

59 000,01 até 69 000 euros: 140 euros mensais por filho,

69 000,01 até 79 000 euros: 120 euros mensais por filho,

79 000,01 até 89 000 euros: 100 euros mensais por filho.

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Julho de 2012 r 29

Capítulo X: Desemprego

Aquisição do direito a prestações por desemprego

O subsídio de desemprego é pago aos trabalhadores assalariados com idades

compreendidas entre os 16 e os 63 anos e que se encontrem involuntariamente

desempregados. As pessoas que não preencham as condições de seguro relativas à

atribuição da pensão por velhice aos 63 anos, têm direito ao subsídio até à data

requerida, mas nunca para além dos 65 anos de idade. Os trabalhadores

independentes não têm direito ao subsídio de desemprego.

O requerente deve preencher as seguintes condições de seguro:

ter estado segurado durante 26 semanas, pelo menos, até à data de desemprego;

ter pago um seguro de base até à data de desemprego não inferior a 26 vezes o

montante semanal da remuneração de base sujeita a contribuição (0,50 de ponto de

seguro); e

ter pago e/ou assimilado um seguro durante o ano contributivo relevante

equivalente a, pelo menos, 20 vezes o montante semanal da remuneração de base

sujeita a contribuição (0,39 de ponto de seguro).

Para poder receber de novo uma prestação (após a expiração do direito), o

interessado deverá ter pago quotizações sobre a remuneração correspondentes a, pelo

menos, 26 vezes o montante semanal da “remuneração de base sujeita a seguro”,

após a data de expiração do direito. Além disso, deverá ter decorrido um período de

26 semanas de trabalho a contar da data da expiração.

As pessoas com mais de 60 anos que não recebam qualquer pensão no âmbito de um

regime profissional, nem um montante fixo de uma caixa de previdência, beneficiam

novamente do subsídio de desemprego depois de os seus direitos expirarem, nas

mesmas condições aplicáveis ao subsídio de doença (13 semanas de trabalho, e não

26, após a data de vencimento do direito).

Cobertura

O período de pagamento do subsídio de desemprego não pode ser superior a 156 dias

por cada período de desemprego.

O montante semanal do subsídio de desemprego é o mesmo aplicável ao subsídio de

doença, sendo calculado da mesma forma. Consiste numa prestação de base e numa

complementar. A prestação de base é equivalente a 60% do valor semanal do ponto

de seguro do seguro de base durante o ano contributivo relevante, majorado para

80%, 90% ou 100%, respetivamente, por uma, duas ou três pessoas a cargo

(máximo de três pessoas a cargo): A prestação complementar corresponde a 50% do

valor semanal do ponto de seguro do seguro complementar durante o ano contributivo

relevante, que não pode exceder a remuneração semanal de base sujeita a seguro.

Considera-se que o cônjuge (homem ou mulher) é um familiar a cargo se receber um

salário ou prestações num montante inferior à majoração atribuída por pessoas a

cargo. Caso ambos os cônjuges tenham direito a uma prestação pelo mesmo período,

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Os seus direitos de segurança social em Chipre

Julho de 2012 r 30

a majoração por pessoas a cargo só é paga ao cônjuge que tem direito a uma

majoração do subsídio de montante superior.

Acesso às prestações por desemprego

Para requerer o subsídio é obrigatório estar inscrito como candidato a emprego no

centro de emprego público da área de residência, bem como na agência dos Serviços

de Segurança Social. É aplicado um prazo de carência de três dias, exceto no caso das

pessoas que trabalham no estrangeiro para uma entidade empregadora cipriota, em

que o prazo de carência é de 30 dias.

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Capítulo XI: Recursos mínimos

Aquisição do direito a prestações de recursos mínimos

Lei da assistência social pública e dos serviços públicos

Esta lei visa garantir um rendimento mínimo de subsistência socialmente aceitável às

pessoas (e famílias) que residem legalmente na República de Chipre e preenchem os

critérios de atribuição. Em particular, qualquer pessoa cujos rendimentos e outros

recursos económicos sejam insuficientes para satisfazer as suas necessidades básicas

e especiais, conforme definidas na legislação, pode requerer assistência social pública,

que pode ser fornecida sob a forma de apoio monetário e/ou de serviços.

O direito às prestações é concedido com base num direito subjetivo; o requerente tem

direito às prestações se preencher todas as condições previstas na lei.

O regime tem caráter não contributivo, uma vez que não é calculado com base nas

contribuições pagas pelas entidades patronais, pelos trabalhadores ou pelos

segurados.

Lei sobre as pensões sociais

O objetivo desta lei é proporcionar um rendimento mínimo aos residentes em Chipre

que tenham atingido a idade de 65 anos, não tenham direito a uma pensão nem a

qualquer outro rendimento similar, seja de que origem for, e que satisfaçam as

condições de residência previstas por lei. São essas condições:

ter residido legalmente em Chipre durante, pelo menos, 20 anos a partir da data em

que o requerente atingiu a idade de 40 anos ou

ter residido legalmente em Chipre durante, pelo menos, 35 anos a partir da data em

que o requerente atingiu a idade de 18 anos.

Devido ao princípio da totalização, a instituição competente deve ter em conta os

períodos de residência cumpridos sob as legislações de outros Estados-Membros da

União Europeia. A pensão social não é exportada.

Regime de apoio aos agregados familiares dos pensionistas com baixos

rendimentos

Trata-se de um regime de prestações pecuniárias destinado a agregados familiares de

pensionistas cujo rendimento anual bruto está abaixo do limiar de pobreza.

Subsídio por deficiência motora grave

Os beneficiários são pessoas com deficiência motora grave, que são incapazes de

andar e utilizam permanentemente uma cadeira de rodas.

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Julho de 2012 r 32

Regime de subsídio de dependência para pessoas quadriplégicas

Os beneficiários são pessoas cujos membros têm quase nenhum ou nenhum

movimento.

Regime de subsídio de dependência para pessoas paraplégicas

Os beneficiários são pessoas cujos membros inferiores têm quase nenhum ou nenhum

movimento.

Subsídio especial para invisuais

Os beneficiários são:

pessoas cuja acuidade visual é igual ou inferior a 6/60 em ambos os olhos;

pessoas que frequentaram a Escola para Invisuais até 1990.

Subsídio de mobilidade

Os beneficiários são:

as pessoas cuja acuidade visual é igual ou inferior a 6/36 em ambos os olhos;

pessoas com problemas de mobilidade graves nos membros inferiores.

Cobertura

Lei da assistência social pública e dos serviços públicos

As prestações de assistência social pública são de natureza diferenciada, na medida

em que variam consoante os rendimentos dos requerentes. À medida que os

rendimentos do requerente aumentam, o montante da prestação diminui, de modo a

que o beneficiário se mantenha no nível mínimo estabelecido. O montante total

recebido pelo requerente varia de acordo com o número de pessoas a cargo, as

necessidades especiais (ou seja, cuidados, renda, regime alimentar especial) e os

rendimentos do requerente.

Lei sobre as pensões sociais

A lei sobre as pensões sociais visa proporcionar uma pensão às pessoas com 65 ou

mais anos de idade que não têm direito a uma pensão ou a outro pagamento

semelhante de outra fonte. Se o requerente receber uma pensão proveniente de outra

fonte e inferior à pensão social, tem direito ao pagamento da diferença entre as duas

pensões. O montante da pensão social é o mesmo para todas as pessoas que dela

beneficiam e corresponde a 332,19 euros por mês, com um limite máximo de 13

meses.

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Regime de apoio aos agregados familiares dos pensionistas com baixos

rendimentos

Este regime eleva os rendimentos dos agregados familiares dos pensionistas ao limiar

de pobreza. A soma do subsídio atribuído ao abrigo do regime e dos rendimentos

brutos do agregado familiar não deve exceder este limiar. São tidos em conta os

rendimentos auferidos por todos os membros do agregado familiar, que inclui os

cônjuges, os filhos e quaisquer outras pessoas que vivam na mesma habitação.

Subsídio por deficiência motora grave

É pago um subsídio de 350 euros por mês.

Regime de subsídio de dependência para pessoas quadriplégicas

É pago um subsídio de 854,30 euros por mês.

Regime de subsídio de dependência para pessoas paraplégicas

É pago um subsídio de 333,43 euros por mês (o montante varia de acordo com o

ajustamento indexante semestral).

Subsídio especial para invisuais

É pago um subsídio de 316,43 euros por mês (o montante varia de acordo com o

ajustamento indexante anual).

Subsídio de mobilidade

É pago um subsídio de:

51 euros por mês a pessoas com problemas graves de mobilidade nos membros

inferiors e que trabalhem ou estudem;

102 euros por mês a pessoas invisuais e que trabalhem ou estudem;

102 euros por mês a pessoas com quadriplegia (independentemente de

trabalharem ou estudarem).

Acesso às prestações de recursos mínimos

Lei da assistência social pública e dos serviços públicos

A Lei da assistência social pública é gerida pelos Serviços de Ação Social. A pessoa em

causa pode requerer assistência social pública junto dos serviços locais de ação social.

O requerimento será tratado por um funcionário dos serviços sociais que, em primeiro

lugar, verificará o seu correto preenchimento e se o requerente apresentou toda a

documentação exigida. O requerente será notificado se o requerimento não estiver

completo. Se o requerimento estiver correto, o funcionário visitará o requerente na

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Julho de 2012 r 34

sua habitação e realizará uma análise socioeconómica da sua situação e da sua

família, identificando as necessidades, etc. Em paralelo, o funcionário investigará a

situação financeira do requerente (através de instituições de crédito, agências

imobiliárias nacionais, etc.) para confirmar a sua situação económica. Se a pessoa

necessitar de assistência social pública devido a uma situação de desemprego e não

existirem outras circunstâncias (como problemas de saúde), o requerente deverá

comprovar que está à procura de trabalho e que está registado no Departamento de

Trabalho. Antes de conceder a assistência social pública, o funcionário verificará

também se o requerente recebe prestações de segurança social que devam ser

deduzidas da assistência social pública.

Lei sobre as pensões sociais

A Lei sobre as pensões sociais é gerida pelos Serviços de Segurança Social do

Ministério do Trabalho e da Segurança Social. É necessário preencher um formulário,

acompanhado dos certificados exigidos. Se o pedido for aceite, será enviado ao

beneficiário um certificado anual, através do qual deverá informar os Serviços de

qualquer alteração relevante das circunstâncias. O requerimento é tratado pela

agência local e distrital dos Serviços de Segurança Social.

Regime de apoio aos agregados familiares dos pensionistas com baixos

rendimentos

Para poder beneficiar do regime de apoio aos agregados familiares dos pensionistas

com baixos rendimentos, o requerente tem de preencher um formulário,

acompanhado dos certificados exigidos. Para os agregados familiares compostos por

pessoas com menos de 70 anos, o formulário tem de ser entregue todos os anos.

Outras prestações

As outras prestações (Subsídio por deficiência motora grave, Regime de subsídio de

dependência para pessoas quadriplégicas/paraplégicas, subsídio especial para

invisuais e subsídio de mobilidade) são geridos pelo Departamento para a Inclusão

Social das Pessoas com Deficiência, organismo do Ministério do Trabalho e da

Segurança Social.

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Julho de 2012 r 35

Capítulo XII: Cuidados de longa duração

Aquisição do direito a cuidados de longa duração

Todas as pessoas com residência legal em Chipre que não têm recursos suficientes

para responder às suas necessidades especiais têm direito a cuidados de longa

duração. O regime de cuidados de longa duração baseia-se na necessidade e não é

obrigatório. Só os beneficiários da assistência social pública têm direito a cuidados de

longa duração gratuitos (nomeadamente, pessoas idosas, pessoas com deficiência e

famílias disfuncionais). Não é estipulado qualquer período mínimo de desconto. A

avaliação da dependência de cuidados baseia-se nas necessidades individuais do

requerente em cooperação com um assistente social, que as apreciará e elaborará um

plano de cuidados pessoais (isto é, o tipo de cuidados, a sua frequência, etc.) em

conformidade com a legislação pertinente.

No ato de avaliação da dependência de cuidados de um requerente, são tidos em

conta os seguintes elementos:

o grau de invalidez e de funcionalidade, isto é, a capacidade do requerente de

responder às suas necessidades (higiene pessoal, limpeza doméstica, confeção de

alimentos, idas ao médico, etc.);

a existência ou ausência de uma rede familiar;

a escolha do requerente relativamente ao tipo de cuidados considerados

necessários.

A frequência das reavaliações depende das necessidades específicas dos beneficiários.

O assistente social responsável pela reavaliação tem em conta a situação específica de

cada beneficiário, os relatórios clínicos e a frequência dos serviços necessários.

A assistência social pública não é concedida nos seguintes casos:

quando se verifica a posse de património ou poupanças de valor superior a

3 417 euros por um indivíduo e a 1 709 euros por cada pessoa a cargo; quando a

totalidade da família possui património ou poupanças de valor global superior a

8 543 euros; quando a casa própria do requerente, desde que nela resida, está

isenta;

quando o requerente transferiu para outros indivíduos património de valor superior

a 17 086 euros;

quando o requerente possui outros imóveis para além da casa onde vive;

quando a residência do requerente pode ter uma utilização passível de aumentar o

seu rendimento.

Estão excluídas algumas categorias de rendimentos e património.

Cobertura

A título de cuidados de longa duração são concedidas prestações pecuniárias e em

espécie. O requerente pode escolher o tipo de prestação (pecuniária e/ou em espécie)

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Julho de 2012 r 36

de que necessita. A frequência dos cuidados domiciliários ou cuidados de dia, bem

como a necessidade de cuidados residenciais, depende das necessidades individuais.

Os serviços de assistência incluem cuidados domiciliários, cuidados de dia, cuidados

residenciais e teleassistência e podem ser prestados por organismos públicos, não

públicos e ainda pelo setor privado (empresas privadas com fins lucrativos).

Os cuidados informais são principalmente prestados por cônjuges ou parceiros, outros

membros do agregado familiar e ainda outros familiares e vizinhos. Os prestadores de

cuidados domiciliários privados (incluindo familiares) podem ser compensados (parcial

ou integralmente) pelo Estado. No caso dos prestadores de cuidados informais,

celebra-se um contrato entre os Serviços de Assistência Social, o beneficiário e o

prestador de cuidados.

Outra categoria existente é a de “assistente domiciliário”, que pode ser qualquer

pessoa com residência legal em Chipre. A maior parte destes assistentes é natural de

países terceiros. Os assistentes domiciliários são empregados, nos termos de um

contrato, pela pessoa que necessita dos cuidados domiciliários. Os Serviços de

Assistência Social pagam o salário e as contribuições para a Segurança Social, mas o

contrato é celebrado entre o assistente domiciliário e o beneficiário.

Acesso a cuidados de longa duração

Em Chipre não está previsto um regime distinto para os cuidados de longa duração;

este tipo de cuidados é da responsabilidade dos Serviços de Assistência Social, a nível

central. Os serviços são prestados através de seis agências distritais de segurança

social distribuídas por todo o país. Estão previstos pela legislação relativa aos Serviços

de Assistência Social Pública e assentam numa filosofia de assistência social (direitos

baseados na necessidade). Os cuidados de longa duração são financiados pelo

Orçamento Geral do Estado. Além disso, estão previstos programas de cuidados de

longa duração aplicados a nível local por organizações não governamentais.

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Julho de 2012 r 37

Anexo : Informações de contacto das instituições e endereços úteis na Internet

Para questões de segurança social que respeitem a mais do que um país da UE,

poderá procurar uma instituição de contacto no diretório de instituições gerido pela

Comissão Europeia, disponível em: http://ec.europa.eu/social-security-directory.

Serviços de Segurança Social

(Υπηρεσίες Κοινωνικών Ασφαλίσεων)

Sede

Lord Byron Avenue 7

1465 Nicósia

http://www.mlsi.gov.cy/sid

E-mail: [email protected]

[email protected]

Serviços de Segurança Social

Secção União Europeia e Relações Internacionais

7 Lord Byron Avenue

1465 Nicósia

Chipre

Tel. +357 22401809 or +357 22401670

Fax +357 22401664

E-mail: [email protected]

http://www.mlsi.gov.cy/sid

Serviços de Assistência Social

(Υπηρεσίες Κοινωνικής Ευημερίας)

63 Prodromou

1468 Nicósia

http://www.mlsi.gov.cy/sws

E-mail: [email protected]

Departamento para a Inclusão Social das Pessoas com Deficiência

(Τμήμα Κοινωνικής Ενσωμάτωσης Ατόμων με Αναπηρίες)

1430 Nicósia

http://www.mlsi.gov.cy/dsid

E-mail: [email protected]

Serviço de Subsídios e Prestações

(Υπηρεσία Χορηγιών και Επιδομάτων)

1489 Nicósia

http://www.mof.gov.cy

E-mail: [email protected]

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Julho de 2012 r 38

Ministério da Saúde

10 Markou Drakou Street

1040 Nicósia

http://www.moh.gov.cy

E-mail: [email protected]

Ministério da Saúde

Secção Mobilidade de Doentes

10 Markou Drakou Street,

1448 Nicósia

Chipre

Tel. +357 2240 020-7, +357 2230 535-4, +357 2240 019-6

Fax +357 2230 534-6

E-mail: [email protected]

http://www.moh.gov.cy

Ministério das Finanças

Serviço de Subsídios e Prestações

1489 Nicósia

Chipre

Tel. +357 2280 400-0, +357 2280 405-0, +357 2280 405-4, +357 2280 402-0

Fax: +357 2266 805-6

E-mail: [email protected]

http://www.mof.gov.cy