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fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES ¦±ti >so, 30 de Maio de 1925 Publicasse aos sabbados REGIMEN FEUDAL >s ensrenhos do r\íoi^cÍes=»t:o ,-ivcl. A .-Sl, térml- .'Mia de Co.n- .ou. se Jr. . .1103 ilo Jíorte. -c-m O RKXl>K12lO Até 1014, BÍ-untlü parto das torras orará arrendadas. O rendeiro pagava uma determinada ir,iiPortanoia j>or tantas braças do terili. Levantava tx palhoça ao .lado, criava, suas ga-111- nhas u «abras, plantava o-.milho ou a . ...,j..'ii'.'ini jttifcalúrgicos, cporíirio iiHiniei- ',-c-gatlor," 'um "garõbti", ..a.iate«, um servente dos cor- reios, um vasspürelro, tres emprega- do.s no connncreio, um trabalhador cm cõnstruCQão civil, um hitclloetua! proletário, dois benefioladorcs dc ... -alho, iii, uma Vlo cíies, •a, (tim sapa- .''luivlcipal, um . ,-it/mo o um per- iiírlos têm oollaborado ihte. Assim, l,-ria 1110» do .. certos números acima. Ha ....1, tinia, ooniiionsaçiio: não es- incluídos na lista as noticias o os artigos eseriptos por colloetivida- des operárias ou por collaboradores operários cujos óíflolos, especiaes a redneção ignora.'. Fica, portanto, fora de duvida <iiio "A CLASSE OP10UAUIA", & um jornal "feito por trabalhndorcs". E' uma obra eoliectiva, feita com a.s massas, para as mas.*as e pelas mas- «as trabalhadoras. ¦9 t PELOS FERROVIÁRIOS Em todos os pai/.os do mundo, os trabalhadores ferroviários são orga- instados cm poderosos syndicatos-, uniões ou federações nacionaes, por sua vez ligados internacionalmente na Federação Internacional dos Transportes,' que conta milhões de membros. Mesmo ' cm paizes color niaes do Extremo Oriente, que sup- pomes ainda mergulhados na bar- liaria, mesmo em paizes taes. por exemplo a ilha de. Java, os ferro- viários possuem sua organização sy-ndical, legitimamente proletária e consagrada ã , legitima dcícsa Üos "uiTe7e£ses .proletários dos trabalha- dores eiii estradas de ferro. no Brasil não existe organiza- ção dessa natureza. Os ferroviários brasileiros não possuem nenhum or- gão próprio, nenhum syndicàtq ou união, que cuide dc seus verdadet- ros interesses, quo vele por suas jus- tas aspirações, numa palavra: que represente, com autoridade e efíi- ciência, toda a grande eollectivida- de dos trabalhadores ferroviários do Brasil. Ahi vemos, por 'exemplo, agora, como triste resultante dessa desor- ganização, o Congresso convocado pelo Conselho Nacional do Traba- Iho para o fim especial de tratar da reforma da lei 4-6S2, quc ereou as Caixas de Aposentadorias c Pen- efies dos Ferroviários. Os jornaes ni? nomes do.s senhores con- - iinzes, hacha- •x até co- '"o As operárias charuteiras da Bahia appeilam para Classe Operaria" TVna, vista ty-picii «Io um eiiííoiiíio rto Xarto : a Ig-i-oja. o onge iho o a "easa gra mlu", 011 a religião; a economia o a iioHllotf-í-.. lação a todos os demais assiunpüos que digam respeito á vida e á si- inação da collectividade ferroviária. Sobre a carestia, por exemplo, Como lnctar contra a condição aí- ílictiva. e cada dia mais aggravada, resultante do augniento crescente dos preços dc tudo, quando os sala- rios e vencimentos não augnientam? Mesmo os ferroviários do Estado, apparentemente mais acobertados, encontram-se em situação econômica desesperadora: como aliás é a si- tttação dos trabalhadores todos em geraí. Mas coniò liictar contra a pe^ nuria c contra a fome? Vimos, ha 'pouco, os trabalhadores íla S. Paulo Railway iniciarem ura movimemo grevista, reivindicando uigniento nos salários e yencimen- tos. Quc aconteceu? A companhia, allegando sua precária situação íi- nanceira (apenas 36.000 contos do lucro liquido em 1924!), respondeu que (poderia augiuentar... um vintém por hora. Era uma irrisão. Era um escarneo. Era um-desaforo. Mas a corda rebenta sempre do lado mais fraco: os grevistas foram -pre- sos, aiiieaçados,desnumtelados. Tudo perdido. 1'eor que artícs, porque per- dida até a esperança dc melhorar... - Ora, tudo isso por quc ? E' claris- simo: por falta de organização, por falta dc união, por falta de cohesão. O que é preciso, portanto, é promo- ver a organização, firmar a união, cimentar a cohesão dc todos os ler- roviarios de todo o Brasil. São mais ou menos 80.000 os fer- -viários de todo o Brasil. Desorga- ^. dispersos, como têm estado "•:es 80.000 trabalhadores 'Uaria é vital para a não valem iça, não são Estejam, i uni- 1925; ainda tio vive em pleno regi- men feudal, em um latrazo mínimo dc 472 annos. O BARÃO FEÜDATj O barão feudal í: o coronel, senhor de engenho, grande proprietário do terras. Mora, enipoleirado na "casa jpréiiido" baixa,, comprida, avaran- dada, em logar alto. Uo defesa rela- tlvamente faeil, Tem algumas cen- ¦ienas de contos guardados: em velhas "arcas" 011 gavelõos. 13' "alpertadò" -— mesquinho. Regateia como so i'o.-- ,- 11111 pòbretãò. Quando ha "que- brados", não paga. Tem ium orgulho desmedido. Faz uma alta idéa de si mesmo. Julga que. o mundo gira em torno de sua possoinha. Dizem lã-i tem o rei ia barriga. Semi-anal- phabeto, brutal, tein como carãeto- rlstíea o apego á terra.Defendei a-ha com unhas o dentes. O ÇAXGAC.E1RÒ Cada barão feudal tem uma, tro- pilha de cangaceiros. Não exagere- mos, (porém: ha excepções. Os cangaceiros são bandidos , a soldo. Desempenham essas incum- beneias: aterrorizar os eleitores para votarem no candidato 4o senhor; provocar desordens nos engenhos rvit zinhos; matar os caboclos dos.ou|Aos engenhos afim dn forçar os don/sa "VèVilítlPui»;" tXíiZtjZCs At> 'va^otría^"Lr$)Ul- <a.s para os braços do senhor; defen- del-o quando atacado-; acompanhai-o nas viagens ao Joazeiro afim de\-pc- dir perdão pelos crimes commcttidos o poder recomeçar. . . mandioca 110. roçado e a bananeira, nos '(gi'!)^^ beira dos 'rios. O OPERÁRIO AC.JUCOLA Além do rendeiro, lia outra figura que mereço a nossa, consideração. E' o operário lagrieola. i o assalariado dos campos. ¦T-mbísUia no "eito" com a «nxadn.' no cn anayiai, de sol a sol. Ganhava até 11114 o salário 'do $000 diários, li^ie ganha duas e tres vezes mais, Como ipóde viver? Tirando assuear' do engenho, cim- pando cannd ãs escondidas, tirando madeira, da matla c ii do vendel-a na cidade ótl 110 povoad., vizinho. Mlll- ias vezes 6 dçseobertiij e, se não fôr surrado, 110 melhor dòs casos ouvirá as maiores offensas. : a siTiracER t;a\jiADoriA As filhas e as mullvres <los opera- rios agrícolas e dos radores pobres não têm a menor ga antia. , Pobres e lind.-.ta calíieias do norte? Amadurecem depressa] Attingem um alto esplendor de, f: iita nelvagem. lias, logo, vem á In.MÍria do senhor ou do filho do senhor. Ou então vem a lneta desesperada -,ie.lo pão, a lu- etíj- contra a miseríii íò as doenças: as congestões;-'SL sjrpjiijis,. às lonthri- gas, ns dores' ttlerlulóà . . 13 a flor sêiyagpm rola ntHiii'i JÊ, . Vèihas/ rabiii'nt.M^.y.to jped-lr cs- nmrrr.r-r—^jrr^tr^^.Z ^/¦.-trr.ííw!,nr no maior abandono. Aí»' rianças dão- lhes nomes esl.ravagifcites. 13- lã, em uma noite de'junho, (l-Ia o chuvosa, morreu) de ' æ¦'¦¦ '"";-' : " ria. . . fome, do [frio, de misc- Desditosas mulheres proletárias do nor tol O EXGKNllO El' vim -casarão .baixo, ú. mel» encosta, rolando para a planície. As cannas, contadas no cannavlal, são trazidas pelos "eambitei-i-os". Desrarregam-iiVas. Mulheres met- tem as cannas nas nioendas quc chiam. O -enldo cão no "cocho''. Rola, espumando-, para os "tachos- assentados sobro a. fornalha. .Surge o mel quo vai para as "fOrmas". B das "fôrmas", para a "easa de pur- gar". Ahi" fica prompto o assuear bruto quo, em eangalhas" assentadas sobro animaes, vai para as estações das estradas do ferro afim Uo ser conduzido ú. capitai. O'TiATt DO OIMÍRATIIO AGRIÇODA E' uma choça pondurada nas chás. •Só vemos ahi meninos pançudos, um veliho banquinho ou um ceipo servindo de assento, unia cantareira ou forquilha. feita eom o "bordão de velho", o pote-, a caneca ou coco de flandres, o " cassuíu", a. "cingalhn, a enxada ipendarada, nas palhas da choupana e a "cabaça" para água quando o eaboclp vai ü. roça. O VAQUEIRO Escondido no seio .do ipsilmeiral, fica o lar do vaqueiro. Kil-o q_uo vem 110 seu cavallo amigo, do gibão, perneiras e ehapéo de -couro. Vai ao "reservo" ver os animaes, met- ter creolina nas "bicheiras". Ou en- tão paiito para os altos sertões ou para a. "catinga"... Leva, iiuna vida menos cruel que a do trabalhador do enxada. Tem uma certa garantia econômica o uma certa liberdade. 3SSI 1>M:.VA IDADE MIvDI.V O senhor de engenho é urna fôrma moderna do barão feudal. O tan- gaceiro- é uma dcgenereseeiicia do cavalleiro mercenário. O trabalha- dor rural negro ipi-ovtm do_ escravo, exaetamente como o "vi-llão-servo" medieval. O trabalhador rural 6. 0 servo dos primeiros tempos da. idade mídia, sujeito á eoVvéa, trabalhando conforme- o arbítrio do senhor. O rendeiro é um novo "villão-franeo"; representa a época da "renda" —¦ fôrma superior da, "servidão; 6 o eervo do século XII. A miséria do povo- proletário, o autoritarismo paterno sobre a faml- lia, a veia poetlea pa-ra o amor, a rotina, o gosto pelas cores berran-' tes, o terror diante das forças natu- vaes, a tradição, a superstição, a cru- eldade, a mulher a fiar na roca, a caça 0 a pesca, a cabana isolada, eom chaminé; á beira dos riachos, o chão batido, a ctimieira dividida «11 quatro -lanços, a porta de palha tran- cada o outros aspectos estudados pelo autor do estudo, sobro "A si- •tU2.-íãi> -<hv chiíisc, .itvabaUy.idorti.. em Pernambuco" completam o quadro demonstrando que, nos engenhos do noite, como aliás cm grande parte do Brasil, a população- vive ainda em Pleno íegimen feudal! Os salários incríveis O charuto de quebra Os dois dias A caneca Os4 tamboretes A exploração innomi- navel O de Maio não pôde ser commemorado S. PELES, 12 de maio. Iiev;imo:i ao conhecimento do pro- letarlado industrial e agrícola os horrores que soffremos. .Somos tra-, tatlas como kcvcw inferiores. Por dia, podemos fazer no tnaxi- mo 300 charutos "a. pau", isto é, eoiinniins. Sendo a. mão, as compa- nhoirj.M mata ligeiras «ú ciinseíjücin fazer do 100 a .1-10. O.s' patrOea pa- Bani 4>or um cento de clianitos i.?r,oo, i?, $soo, .$7oo, ?c-io, ?«2o, $000 o ató $n00. Os charutos a mão são pagos a 2$ o conto. Quando fazemos mais de 100, os patrões descontam, aliegaiulo que ha alguns charutos co-m defeito. íl, então, perdemos o feitio, Nosso salário regula entre 15$ c 20$ semanaes. Em cada e»ntb; deixamos nnn cha.- ruto liara o patrão. Havendo «00 operários o operárias na easa Cos- ta Ferreira *-. Penna, podenios eat- cular quc estes Srs. ficam diária- monto eom 1.200 charutos grátis. ¦Pão, portanto, no ílm do anuo, UG0 mll charutos grátis. Deixamos a mais dois dias de ira- balho. Estes dois dias são recebi- dos de seis em seis mozes. Iniagl- no o proletariado do Rio oi quo va- lem dois dias arrancados a «00 ope- rarlos o operárias que ganham 2$ e 3$ por dia, c Isto mesmo quando acham aviamento! Somos empreiteiras. Ganhamos pelo que fazemos. Os diaristas deste trabalho são poucos; trabalham em outra sceção como- a "banca dc capa", que aprompta os aviamentos. Bebemos água em uma caneca. A carieCft é uma. lata do ereolini}, que adaptamos. O deposito d'agua são duas jarras .. «MtHnHaMUnBJWBBH^nvmMHaB^niHBIIIIIIimiHiiHi i ll AA ns j9fe ¦ i ate wma a M ^^ _ ASiljUbl IA O AS MASSAS lia 'pouco, com a greve, os bin-gue- •/.on d'aqui aiignientariiiii lll e HO rela em -um conto de charutos, fa- zendo de nós mendigas. As coinp-.iuheiras grávidas contl- nuam a sentar-se nos mesmos tam- boretes de ipão tosco.'. Oa cj,ue, nas griihcltís ciiladès, nas casas ek-ganies, fumam ps charutos finos dc ,S. Fellx, mal sabem a ex- ploração inuoininavel a que vivemos siibihettidas. Nossas aspirações são ãs seguiu- tes: fA) Econômicas: 1" Saljirlo fixo do 1$ diários, por 250 charutos a pão ou 100 cha-j nitns a mão; "" Nenhum desconto quando a conta passar ile 100 charutos; 3'' Nom um charuto de quo- brn.; ii..-.— ..Pagamento semanal de to- dos os dias de trabalho; &" Extineção das empreitadas: li" Licença d,- 15 dias pnra, as companheiras no parlo o pagamento Integral. (B)llygienicas: 7* Água i ura c copos; 8* Bancos eapeciaefi para companheiras grávidas. (C)Políticas: 0" Direito de livre .issoeiação; 10' ¦— Xão sermos despedidas, quando comnicniorarmos o primeiro de maio. Taes são us nossas aspirações im- nVediâtas. O Io de maio é ferindo por loi, em todo o pai/., menos em ,s. Fellx. Este anuo os Srs. Costa Ferreira ,fc Penna proliibira.m que commemo- 1 rassemos o nosso dia sob a ameaça j de irmos para a. rua , ! As operai-las cliariilciras ile S. I-Vlix E SE PUSSit TRABALHADORAS Desabamentos Explosões— Naufrágios Um accí= dente na Bahia A America Fabril não se importa com os seus operários PRECISAMOS DElirNÕvnirDE ACCIDENTES Alf-in das pequenas tragédias de to- dos os dias, de que nos óecupamos em outro numero, nó« irabaHiadores f.-oftremos as grandes tragédias, os niartyrios espantosos. Na catastropho de Courrières, em lOOli, morreram 1.100 operários. Na tragédia do York Hotel, no ' Bio, morreram uns 40. Em fevereiro de 1Ü25, no desastre da mina do Kew, na Allemanhã, morreram 13 0, Tam- bem em fevereiro, na explosão da mina de SulHvan, nos Estados Uni- dos, -ficaram enterrados 142. Igual- mente em fevereiro estrondou a ilha do Caju. Perto da Islândia naufra- garam 30 -barcos norueguezes, mor- rendo VG pescadores. Na fabrica de explosivos de Beinsdorf, na Allema- nha, houve uma grande explosão: 00 mortos, mais de 200. feridos. No Bio. houve recentemento um grande de«- astro no armazém n. 11. E as ínfiis '.' E as viuvas? E os orphãos? .\.\ UAHTA 'os^o correspondente- om Muritiba, do eommuniear-nos tor ha- 'il no dia,.13, um desastre na ¦• ferro. Um carro saiu dos íetrou e-m uma venda vi- lo um trabalhador, At& ve providencia de es- M-ando a pobro mãl >andon'ada, sem .pão, No interior da i. do aecidentes 1" de maio, dizer: ó a primei- as leis ¦oprla cot- dsar •el- n- rica Fabril, á, Yua' Barão do Jlesqui- ta, o o])erario Mario Correia, de 17 annos de idade, quan! itmii.- criança, residente á ruã'Gomes Braga n-, 53, casa i2, quando trabalhava na do- bação das urdideiras, foi estraça- lhado nas polias, ficando coin o bra- ço cortado o fracturados o çraneo e as pernas. Tendo sido .removido para o hospt- tal, em estado, desesperador, fl.» 23 horas do dia seguinte ô que foi opo- rãdo'. Pobro criança que vive á mercG da piedade cíúVidoíSfcy doa lobos famin- tos! A CEASSE OPEBABTA desço- briu. porém, o que os senhores da America Fabril pn tendiam 'esconder aos demais trab.y.bjutores. E vem, sobro um facto do*'nvinanha grávida- do, eliamar a attençilo de todo o pro- letariado industriai è agricola. Nós trabalha dores somos homens; temos direitos. Não podemos continuar as- Bím. iMas o caso acima não fico.u ahi. A operaria varredeira Etelvina Fer- reira de Assurnpção, moradora .1 rua Ferreira. Pontes n. 101, aehava-so grávida de .quatro mezefí. Tendo ido varrer, na segunda-fei- 0 martello e a foice O -martello'o n foice que dão uma expressão maior ao titulo do nosso jornal de trabalhadores tGm uma éi- gnifieneão pi-ociza, determinada. O martello í- o synvbolo do labor do operário industrial. A foice é o symbolo do labor do operário agri- cola.v O martello e a foice, o operário Industrial e o trabalhador'doa cam- pos, a fabrica e o roçado, a cidade industrial e o cumpó de lavoura, & combinados num bloco, terão -insformar o mundo. o"tello tambem o symbolo am1' continuo da ' dialoctica hcis cérebros inconscientes e vpjàa perseverança do mili- fj . ç lambem o symbolo da liramcnto social... ra, a «eeção das urdideiras, deuco- briu a larga mancha de sangue do companheiro. Teve- um abalo pro- fundo. B abortou. Apesar de .fazer parte da associação patronal, reco- lheu-so .1 eua, casa em estado, grave. A CLASSE OPERAItIA, que 6 um jornal feito pelas victinias do capita- llsmo, para as victimas do mesmo capitalismo, visitou Eteliyina. Em um casebre de zinco o madeira, dot- tada, a companheira Etelvina gemia do dor. Contou-nos que ganhava 5$ por dia! - Pobro* mulheres trabalhadoras! Tristo sorte, a voesa, companheiras, até quando coniprehenderdos o ca- minho, da vpssa libertação o cam!- nho quo a CLASSE OPERÁRIA vos mostra! A libertação dos operários depen- de da libertação cias operárias. Hem o yosao apoio, companheiras, nôs operários pouco podemos favior. Sem a vossa coragem, sem a vossa do- dicação, sem o ivos-so espirito de sa- criCicio, o proletariado não vence- seus inimigos poderosos. (.Mulheres trabalhadoras, acórdão! Bobei no episódio da companheira Etelvina a lição do que ô o patro- nato! Mulheres! O patronato vos mata os filhos, atira-os A miséria. E vos faz abortar. E vos abandona. . . Mulheres ! Ouvi o nosso grito! Lu- eternos por libertar os milhões de mulheres trabalhadoras! •;-s Terminando este artigo; fazemos duas perguntas:) Quaes as garantias quo os patrões noa offerccem contra á repetição do taes aecidentes? Quao-s as compensações que nossas companheiras o nossos filhos terão com a nossa morte? E' isso o quo nos interessa, ncst« momento. Não estamos dispostos a morrer estupidamente e, depois, os nossos filhos irem mendigar. Não somos cães. Somos trabalha- dores -honrados. Queremos, pois, rima nova lei do aecidentes. A quo existe estã. a cem 1 léguas das nossas aspirações., »• As injustiças e violências de que sao victimas os seus operários; Cumprindo .i premesse vii. fiüeinps em nosso numero anterior, vamos hoje relatar a palestra que tivemos eom um grupo de camaradas da Cantareira. Depois de nos contarem uma ínflni- dade de injustiças e violências do que têm «ido victimas, um dellos assim re- sumiu a situação de todos: ²Imagina V. que nem mesmo aos legisladores da Republica podemos so- licitar a votação de qualquer"" lei que, sem-prejudicar os intercsse«- da Com- panliia, venha dc alguma fôrma inellio- rar a nossa eorte. lia. cerca de dois annos quinemos pedir ao Congresso que estendesse aos marítimos os bene- íiòios da lei que ereou as Caixas de Pensões, dos ferroviários, lira um pe- dido justíssimo, tanto mais que nós, como os camaradas das estradas de ferro,' tambem somos empregados do tralVgo. Pois bem; òs companheiros que foram incumbidos de falar com al- guris senadores tiveram qua agir fts escondidas, pois sabiam que, se o caso chegasse ao conhecimento dos direclo- res, seriam immediatamente punid Os iu</lczei, quer da secção férrea, quer da seeçflo marítima, não adtntttoni a hypothese de ver uni velho traba- lhador a salvo de estender a mão íi. ea- ridado publica. ²E' extraordinário? ²Isto quanto fl. nossa acção cidcr- «o. Agora, quanto & acçiio interna, o caso ainda é mais interessante'. Não temos direito de fazer nenhum pedido e muito menos reclamações, Ainda lia bem pouco tempo um pobre compa- nheiro, doente e com mais de trinta an- nos de serviço, esteve suspenso quasi um mez polo grande crime de pedir (veja bem: pedir) que não lhe íi- zessem ílobrar serviço, em vista da .sua idade o do seu precário estudo de eaude... O engeiiheiro-eliete da Com- panhla í- senhor do altos cothuriios c não conjiànçã. Qualquer de nós que tente dclle se approxiiuiir ouvirá a me/íina observação: "Ohl Ka. não jtãa operário. Procura sua clyfc, fala sua chefe, sua chefe fala com exi", Houve um companheiro que tentou ia- lur-lho cm «ua residência -particular'; mas o engenheiro grltou-lhó do alto da varanda: "Ohl Aqui está minha casa. S'ins{ste cu manda crhulo pol-a fora portão". -Sorrimos da fôrma por que o inglcz era arremedado e aconselhamos: ' ²Pois ag:irrem-n'o na rua, puxem- n'o pelo paletoV o façam valer os seus direitos, ²Mas não 6 tudo continuou' o camarada. Aotualmoiito -parece que não ha um companheiro quc possa apresentar uma caderneta do serviço completamente limpa. Os mais antigos e correctos servidores da Companhia têm sido Injustamente punidos por fa- etos que so verificam em virtude do máo estado do velhas embarcações, da insufficieneia. do material do limpeza, e conservação e da desorientação do or- dons o contra-ordens de serviço. E quando algum mais audacioso ousa al- '.gar uma viiitena dOHsactó de serviço sem nenhuma nota desaS>niülorá, a resposta 0 sempre a mesma.\ "O ac- nh-or trabalhou vinte uiinosina Com- panhia c durante vinte an-mis a Com- l-anhki lhe patjoti. Si cila, lhe'dcve nl- rjuma coisa apresente a eonla quc será íiüyo immcdiütütnciitc"'. JD é assim, i:;i- nuíradai Qüé vivemos lotlo.s n«V, ¦ ²E per qüe não se organizam liara melhorar essa situação? pergunta- mos. ²Kão resta duvida quc a nossa or- ganização seria um passo avante. '.Mas ereia que, sem o apoio dc todo,, os companheiros das outras companhias, nada conseguiríamos. .Jfl fizemos unia greve que dentro do quinze dias foi suííocada. As embarcações por nós abandonadas foram immcdiatàmònto guarhccldas pela marinha dc guerra, ²Bem. Mas o governo não poderá deixar por muito tempo a marinha ile guerra ao serviço da Companhia. ²-Mas é que, emquanto a marinha presta seus serviços, a Companhia en- tra em entendimento com as suas cou- generes; e V. çomprehendo 50 iio- mens fornecidos pelo Lago, 50 pelo Pereira Carneiro, 50 pelo Martinplli, etc. q prompto... greve perdida. ¦E í por tudo quanto acima foi ex- posto que A OLÀÍS&E OPERARIA lan- ça um cippello a todos os camaradas marítimos para que se organizem e para que, com os syndicatos exis-- lentos, formem uma frento unica, uni bloco poderoso de todas as sociedades dc marítimos, pois àseim poderão defender-se. Lembrai-vos, camaradas, de que hoje por li, amanhã por mim, Não (• possivel que os homens do mar, habituados a dominar tempestades, so deixem vencer pela -prepotência e au- daeia d,.- tão desalmados senhores. Viva a união, num bloco, de todas ns'organizações marilimas e portuárias, liara a deíesa dos conimuns direitos e interesses de todos os trabalhadores do mar! Cresce a consciência proletária Os Comitês pró-"A Classe Operaria'" Os .lypographos e impressores tia Gazeitt Thcalral estabeleceram uni auxilio semanal a favor da A CLASSE OPERARIA. Eslá, portanto, creàdo o i" CO- iVintE PRO A CLASSE OPERA- RIA. O mesmo sucedeu nas offiei- nas de "O Paiz" onde se formou 0 •-a- COMTTTT^J^l^V A QIJASSB -OPERAEiA.- A CLASSE OPERARIA, agrade- eida, deseja ente o gesto desses com- panlieiios seja iniitadix L m /-;' ^0

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fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES

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>so, 30 de Maio de 1925 Publicasse aos sabbados

REGIMEN FEUDAL>s ensrenhos do r\íoi^cÍes=»t:o

,-ivcl. A.-Sl, térml-

.'Mia de Co.n-.ou. Já lá se

Jr. .

.1103 ilo Jíorte. -c-m

O RKXl>K12lOAté 1014, BÍ-untlü parto das torras

orará arrendadas. O rendeiro pagavauma determinada ir,iiPortanoia j>ortantas braças do terili. Levantava txpalhoça ao .lado, criava, suas ga-111-nhas u «abras, plantava o-.milho ou a

. ...,j..'ii'.'inijttifcalúrgicos,

cporíirio iiHiniei-',-c-gatlor," 'um "garõbti", ..a.iate«, um servente dos cor-

reios, um vasspürelro, tres emprega-do.s no connncreio, um trabalhadorcm cõnstruCQão civil, um hitclloetua!proletário, dois benefioladorcs dc

... -alho,iii, uma

Vlo cíies,•a, (tim sapa-

.''luivlcipal, um. ,-it/mo o um per-

iiírlos têm oollaboradoihte. Assim, l,-ria 1110» do

.. certos números acima. Ha....1, tinia, ooniiionsaçiio: não es-

incluídos na lista as noticias oos artigos eseriptos por colloetivida-des operárias ou por collaboradoresoperários cujos óíflolos, especiaes aredneção ignora.'.

Fica, portanto, fora de duvida <iiio"A CLASSE OP10UAUIA", & um

jornal "feito por trabalhndorcs". E'uma obra eoliectiva, feita com a.smassas, para as mas.*as e pelas mas-«as trabalhadoras.

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PELOS FERROVIÁRIOSEm todos os pai/.os do mundo, os

trabalhadores ferroviários são orga-

instados cm poderosos syndicatos-,

uniões ou federações nacionaes, por

sua vez ligados internacionalmente

na Federação Internacional dos

Transportes,' que conta milhões de

membros. Mesmo ' cm paizes color

niaes do Extremo Oriente, que sup-

pomes ainda mergulhados na bar-

liaria, mesmo em paizes taes. por

exemplo a ilha de. Java, os ferro-

viários possuem sua organização

sy-ndical, legitimamente proletária e

consagrada ã , legitima dcícsa Üos"uiTe7e£ses

.proletários dos trabalha-

dores eiii estradas de ferro.

Só no Brasil não existe organiza-

ção dessa natureza. Os ferroviários

brasileiros não possuem nenhum or-

gão próprio, nenhum syndicàtq ou

união, que cuide dc seus verdadet-

ros interesses, quo vele por suas jus-

tas aspirações, numa palavra: que

represente, com autoridade e efíi-

ciência, toda a grande eollectivida-

de dos trabalhadores ferroviários do

Brasil.

Ahi vemos, por 'exemplo, agora,

como triste resultante dessa desor-

ganização, o Congresso convocado

pelo Conselho Nacional do Traba-

Iho para o fim especial de tratar da

reforma da lei 4-6S2, quc ereou as

Caixas de Aposentadorias c Pen-

efies dos Ferroviários. Os jornaesni? nomes do.s senhores con-

- iinzes, hacha-•x até co-

'"o

As operárias charuteiras da Bahiaappeilam para "Â Classe Operaria"

TVna, vista ty-picii «Io um eiiííoiiíio rto Xarto : a Ig-i-oja. o onge iho o a "easagra mlu", 011 a religião; a economia o a iioHllotf-í-..

lação a todos os demais assiunpüos

que digam respeito á vida e á si-inação da collectividade ferroviária.

Sobre a carestia, por exemplo,Como lnctar contra a condição aí-ílictiva. e cada dia mais aggravada,resultante do augniento crescentedos preços dc tudo, quando os sala-rios e vencimentos não augnientam?Mesmo os ferroviários do Estado,apparentemente mais acobertados,encontram-se em situação econômicadesesperadora: — como aliás é a si-

tttação dos trabalhadores todos em

geraí. Mas coniò liictar contra a pe^nuria c contra a fome?

Vimos, ha 'pouco, os trabalhadoresíla S. Paulo Railway iniciarem uramovimemo grevista, reivindicandouigniento nos salários e yencimen-tos. Quc aconteceu? A companhia,allegando sua precária situação íi-nanceira (apenas 36.000 contos dolucro liquido em 1924!), respondeu

que só (poderia augiuentar... umvintém por hora. Era uma irrisão.Era um escarneo. Era um-desaforo.Mas a corda rebenta sempre do ladomais fraco: os grevistas foram -pre-

sos, aiiieaçados,desnumtelados. Tudo

perdido. 1'eor que artícs, porque per-dida até a esperança dc melhorar...

- Ora, tudo isso por quc ? E' claris-

simo: por falta de organização, porfalta dc união, por falta de cohesão.

O que é preciso, portanto, é promo-ver a organização, firmar a união,cimentar a cohesão dc todos os ler-

roviarios de todo o Brasil.

São mais ou menos 80.000 os fer--viários de todo o Brasil. Desorga-

^. dispersos, como têm estado"•:es 80.000 trabalhadores

'Uaria é vital para a— não valem

iça, não sãoEstejam,

i uni-

1925; ainda tio vive em pleno regi-men feudal, em um latrazo mínimodc 472 annos.

O BARÃO FEÜDATjO barão feudal í: o coronel, senhor

de engenho, grande proprietário doterras. Mora, enipoleirado na "casajpréiiido" — baixa,, comprida, avaran-dada, em logar alto. Uo defesa rela-tlvamente faeil, Tem algumas cen-¦ienas de contos guardados: em velhas"arcas" 011 gavelõos. 13' "alpertadò"-— mesquinho. Regateia como soi'o.-- ,- 11111 pòbretãò. Quando ha "que-brados", não paga. Tem ium orgulhodesmedido. Faz uma alta idéa de simesmo. Julga que. o mundo gira emtorno de sua possoinha. Dizem lã-i— tem o rei ia barriga. Semi-anal-phabeto, brutal, tein como carãeto-rlstíea o apego á terra.Defendei a-hacom unhas o dentes.

O ÇAXGAC.E1RÒCada barão feudal tem uma, tro-

pilha de cangaceiros. Não exagere-mos, (porém: ha excepções.

Os cangaceiros são bandidos , asoldo. Desempenham essas incum-beneias: aterrorizar os eleitores paravotarem no candidato 4o senhor;provocar desordens nos engenhos rvitzinhos; matar os caboclos dos.ou|Aosengenhos afim dn forçar os don/sa"VèVilítlPui»;" tXíiZtjZCs At> 'va^otría^"Lr$)Ul-<a.s para os braços do senhor; defen-del-o quando atacado-; acompanhai-onas viagens ao Joazeiro afim de\-pc-dir perdão pelos crimes commcttidoso poder recomeçar. . .

mandioca 110. roçado e a bananeira,nos '(gi'!)^^ *á beira dos 'rios.

O OPERÁRIO AC.JUCOLAAlém do rendeiro, lia outra figura

que mereço a nossa, consideração. E'o operário lagrieola. i o assalariadodos campos. ¦T-mbísUia no "eito"com a «nxadn.' no cn anayiai, de sola sol. Ganhava até 11114 o salário 'do$000 diários, li^ie ganha duas e tresvezes mais, Como ipóde viver?Tirando assuear' do engenho, cim-pando cannd ãs escondidas, tirandomadeira, da matla c ii do vendel-a nacidade ótl 110 povoad., vizinho. Mlll-ias vezes 6 dçseobertiij e, se não fôrsurrado, 110 melhor dòs casos ouviráas maiores offensas. :

a siTiracER t;a\jiADoriAAs filhas e as mullvres <los opera-

rios agrícolas e dos lá radores pobresnão têm a menor ga antia. ,

Pobres e lind.-.ta calíieias do norte?Amadurecem depressa] Attingem umalto esplendor de, f: iita nelvagem.lias, logo, vem á In.MÍria do senhorou do filho do senhor. Ou então vema lneta desesperada -,ie.lo pão, a lu-etíj- contra a miseríii íò as doenças:as congestões;-'SL sjrpjiijis,. às lonthri-gas, ns dores' ttlerlulóà . . 13 a florsêiyagpm rola ntHiii'i JÊ, .

Vèihas/ rabiii'nt.M^.y.to jped-lr cs-nmrrr.r-r—^jrr^tr^^.Z ^/¦.-trr.ííw!,nr nomaior abandono. Aí»' rianças dão-lhes nomes esl.ravagifcites. 13- lã, emuma noite de'junho, (l-Ia o chuvosa,morreu) de ' ¦'¦¦ '"";-' : "ria. . .

fome, do [frio, de misc-

Desditosas mulheres proletárias donor tol

O EXGKNllOEl' vim -casarão .baixo, ú. mel»

encosta, rolando para a planície. Ascannas, contadas no cannavlal, sãotrazidas pelos "eambitei-i-os".

Desrarregam-iiVas. Mulheres met-tem as cannas nas nioendas qucchiam. O -enldo cão no "cocho''.Rola, espumando-, para os "tachos-assentados sobro a. fornalha. .Surgeo mel quo vai para as "fOrmas". Bdas "fôrmas", para a "easa de pur-gar". Ahi" fica prompto o assuearbruto quo, em eangalhas" assentadassobro animaes, vai para as estaçõesdas estradas do ferro afim Uo serconduzido ú. capitai.O'TiATt DO OIMÍRATIIO AGRIÇODA

E' uma choça pondurada nas chás.•Só vemos ahi meninos pançudos,um veliho banquinho ou um ceiposervindo de assento, unia cantareiraou forquilha. feita eom o "bordão develho", o pote-, a caneca ou coco deflandres, o " cassuíu", a. "cingalhn,a enxada ipendarada, nas palhas dachoupana e a "cabaça" para águaquando o eaboclp vai ü. roça.

O VAQUEIROEscondido no seio .do ipsilmeiral,

fica o lar do vaqueiro. Kil-o q_uovem 110 seu cavallo amigo, do gibão,perneiras e ehapéo de -couro. Vaiao "reservo" ver os animaes, met-ter creolina nas "bicheiras". Ou en-tão paiito para os altos sertões oupara a. "catinga"...

Leva, iiuna vida menos cruel quea do trabalhador do enxada. Temuma certa garantia econômica o umacerta liberdade.

3SSI 1>M:.VA IDADE MIvDI.VO senhor de engenho é urna fôrma

moderna do barão feudal. O tan-gaceiro- é uma dcgenereseeiicia docavalleiro mercenário. O trabalha-dor rural negro ipi-ovtm do_ escravo,exaetamente como o "vi-llão-servo"medieval. O trabalhador rural 6. 0servo dos primeiros tempos da. idademídia, sujeito á eoVvéa, trabalhandoconforme- o arbítrio do senhor. Orendeiro é um novo "villão-franeo";representa a época da "renda" —¦fôrma superior da, "servidão; 6 oeervo do século XII.

A miséria do povo- proletário, oautoritarismo paterno sobre a faml-lia, a veia poetlea pa-ra o amor, arotina, o gosto pelas cores berran-'tes, o terror diante das forças natu-vaes, a tradição, a superstição, a cru-eldade, a mulher a fiar na roca, acaça 0 a pesca, a cabana isolada,eom chaminé; á beira dos riachos, ochão batido, a ctimieira dividida «11quatro -lanços, a porta de palha tran-cada o outros aspectos estudadospelo autor do estudo, sobro "A si-

•tU2.-íãi> -<hv chiíisc, .itvabaUy.idorti.. emPernambuco" completam o quadrodemonstrando que, nos engenhos donoite, como aliás cm grande partedo Brasil, a população- vive ainda em

Pleno íegimen feudal!

Os salários incríveis — O charuto dequebra — Os dois dias — A caneca —Os4 tamboretes — A exploração innomi-navel — O 1° de Maio não pôde ser

commemoradoS. PELES, 12 de maio.Iiev;imo:i ao conhecimento do pro-

letarlado industrial e agrícola oshorrores que soffremos. .Somos tra-,tatlas como kcvcw inferiores.

Por dia, podemos fazer no tnaxi-mo 300 charutos "a. pau", isto é,eoiinniins. Sendo a. mão, as compa-nhoirj.M mata ligeiras «ú ciinseíjücinfazer do 100 a .1-10. O.s' patrOea pa-Bani 4>or um cento de clianitosi.?r,oo, i?, $soo, .$7oo, ?c-io, ?«2o,$000 o ató $n00. Os charutos a mãosão pagos a 2$ o conto.

Quando fazemos mais de 100, ospatrões descontam, aliegaiulo queha alguns charutos co-m defeito. íl,então, perdemos o feitio,

Nosso salário regula entre 15$ c20$ semanaes.

Em cada e»ntb; deixamos nnn cha.-ruto liara o patrão. Havendo «00operários o operárias só na easa Cos-ta Ferreira *-. Penna, podenios eat-cular quc estes Srs. ficam diária-monto eom 1.200 charutos grátis.¦Pão, portanto, no ílm do anuo, UG0mll charutos grátis.

Deixamos a mais dois dias de ira-balho. Estes dois dias sô são recebi-dos de seis em seis mozes. Iniagl-no o proletariado do Rio oi quo va-lem dois dias arrancados a «00 ope-rarlos o operárias que ganham 2$ e3$ por dia, c Isto mesmo só quandoacham aviamento!

Somos empreiteiras. Ganhamospelo que fazemos. Os diaristas destetrabalho são poucos; trabalham emoutra sceção como- a "banca dccapa", que aprompta os aviamentos.

Bebemos água em uma caneca. AcarieCft é uma. lata do ereolini}, queadaptamos. O deposito d'agua sãoduas jarras ..

«MtHnHaMUnBJWBBH^nvmMHaB^niHBIIIIIIimiHiiHi i ll

AA

ns j9fe ¦ i ate wma a M ^^

_ ASiljUbl IA OAS MASSAS

lia 'pouco, com a greve, os bin-gue-•/.on d'aqui aiignientariiiii lll e HOrela em -um conto de charutos, fa-zendo de nós mendigas.

As coinp-.iuheiras grávidas contl-nuam a sentar-se nos mesmos tam-boretes de ipão tosco.'.

Oa cj,ue, nas griihcltís ciiladès, nascasas ek-ganies, fumam ps charutosfinos dc ,S. Fellx, mal sabem a ex-ploração inuoininavel a que vivemossiibihettidas.

Nossas aspirações são ãs seguiu-tes:

fA) Econômicas:1" — Saljirlo fixo do 1$ diários,

por 250 charutos a pão ou 100 cha-jnitns a mão;"" — Nenhum desconto quando aconta passar ile 100 charutos;

3'' — Nom um sõ charuto de quo-brn.;

ii..-.— ..Pagamento semanal de to-dos os dias de trabalho;

&" — Extineção das empreitadas:li" — Licença d,- 15 dias pnra, as

companheiras no parlo o pagamentoIntegral.

(B) llygienicas:7* — Água i ura c copos;8* — Bancos eapeciaefi para a«

companheiras grávidas.(C) Políticas:0" — Direito de livre .issoeiação;10' ¦— Xão sermos despedidas,

quando comnicniorarmos o primeirode maio.

Taes são us nossas aspirações im-nVediâtas.

O Io de maio é ferindo por loi, emtodo o pai/., menos em ,s. Fellx.Este anuo os Srs. Costa Ferreira ,fcPenna proliibira.m que commemo-

1 rassemos o nosso dia sob a ameaçaj de irmos para a. rua ,! As operai-las cliariilciras ile S. I-Vlix

E SE PUSSit

TRABALHADORASDesabamentos — Explosões— Naufrágios — Um accí=

dente na Bahia — A America Fabril não seimporta com os seus operários

PRECISAMOS DElirNÕvnirDE ACCIDENTESAlf-in das pequenas tragédias de to-

dos os dias, de que nos óecupamosem outro numero, nó« irabaHiadoresf.-oftremos as grandes tragédias, osniartyrios espantosos.

Na catastropho de Courrières, emlOOli, morreram 1.100 operários. Natragédia do York Hotel, no ' Bio,morreram uns 40. Em fevereiro de1Ü25, no desastre da mina do Kew,na Allemanhã, morreram 13 0, Tam-bem em fevereiro, na explosão damina de SulHvan, nos Estados Uni-dos, -ficaram enterrados 142. Igual-mente em fevereiro estrondou a ilhado Caju. Perto da Islândia naufra-garam 30 -barcos norueguezes, mor-rendo VG pescadores. Na fabrica deexplosivos de Beinsdorf, na Allema-nha, houve uma grande explosão: 00mortos, mais de 200. feridos. No Bio.houve recentemento um grande de«-astro no armazém n. 11.

E as ínfiis '.' E as viuvas? E osorphãos?

.\.\ UAHTA'os^o correspondente- om Muritiba,

do eommuniear-nos tor ha-'il no dia,.13, um desastre na¦• ferro. Um carro saiu dosíetrou e-m uma venda vi-

lo um trabalhador, At&ve providencia de es-M-ando a pobro mãl>andon'ada, sem .pão,

No interior dai. do aecidentes

1" de maio,dizer: ó a

primei-as leis¦oprla

cot-dsar•el-

n-

rica Fabril, á, Yua' Barão do Jlesqui-ta, o o])erario Mario Correia, de 17annos de idade, quan! itmii.- criança,residente á ruã'Gomes Braga n-, 53,casa i2, quando trabalhava na do-bação das urdideiras, foi estraça-lhado nas polias, ficando coin o bra-ço cortado o fracturados o çraneo eas pernas.

Tendo sido .removido para o hospt-tal, em estado, desesperador, sô fl.» 23horas do dia seguinte ô que foi opo-rãdo'.

Pobro criança que vive á mercG dapiedade cíúVidoíSfcy doa lobos famin-tos!

A CEASSE OPEBABTA desço-briu. porém, o que os senhores daAmerica Fabril pn tendiam 'esconderaos demais trab.y.bjutores. E vem,sobro um facto do*'nvinanha grávida-do, eliamar a attençilo de todo o pro-letariado industriai è agricola. Nóstrabalha dores somos homens; temosdireitos. Não podemos continuar as-Bím.

iMas o caso acima não fico.u ahi.A operaria varredeira Etelvina Fer-reira de Assurnpção, moradora .1 ruaFerreira. Pontes n. 101, aehava-sográvida de .quatro mezefí.

Tendo ido varrer, na segunda-fei-

0 martello e a foiceO -martello'o n foice que dão uma

expressão maior ao titulo do nossojornal de trabalhadores tGm uma éi-gnifieneão pi-ociza, determinada.

O martello í- o synvbolo do labordo operário industrial. A foice é osymbolo do labor do operário agri-cola. v

O martello e a foice, o operárioIndustrial e o trabalhador'doa cam-pos, a fabrica e o roçado, a cidadeindustrial e o cumpó de lavoura, &

combinados num só bloco, terão-insformar o mundo.

o"tello (¦ tambem o symboloam1' continuo da ' dialoctica

hcis cérebros inconscientes evpjàa perseverança do mili-

fj .ç lambem o symbolo daliramcnto social...

ra, a «eeção das urdideiras, deuco-briu a larga mancha de sangue docompanheiro. Teve- um abalo pro-fundo. B abortou. Apesar de .fazerparte da associação patronal, reco-lheu-so .1 eua, casa em estado, grave.

A CLASSE OPERAItIA, que 6 umjornal feito pelas victinias do capita-llsmo, para as victimas do mesmocapitalismo, visitou Eteliyina. Emum casebre de zinco o madeira, dot-tada, a companheira Etelvina gemiado dor.

Contou-nos que ganhava 5$ pordia! -

Pobro* mulheres trabalhadoras!Tristo sorte, a voesa, companheiras,até quando coniprehenderdos o ca-minho, da vpssa libertação — o cam!-nho quo a CLASSE OPERÁRIA vosmostra!

A libertação dos operários depen-de da libertação cias operárias. Hemo yosao apoio, companheiras, nôsoperários pouco podemos favior. Sema vossa coragem, sem a vossa do-dicação, sem o ivos-so espirito de sa-criCicio, o proletariado não vence-rá seus inimigos poderosos.

(.Mulheres trabalhadoras, acórdão!Bobei no episódio da companheiraEtelvina a lição do que ô o patro-nato!

Mulheres! O patronato vos mataos filhos, atira-os A miséria. E vosfaz abortar. E vos abandona. . .

Mulheres ! Ouvi o nosso grito! Lu-eternos por libertar os milhões demulheres trabalhadoras!•;-s

Terminando este artigo; fazemosduas perguntas: )

Quaes as garantias quo os patrõesnoa offerccem contra á repetição dotaes aecidentes?

Quao-s as compensações que nossascompanheiras o nossos filhos terãocom a nossa morte?

E' isso o quo nos interessa, ncst«momento.

Não estamos dispostos a morrerestupidamente e, depois, os nossosfilhos irem mendigar.

Não somos cães. Somos trabalha-dores -honrados.

Queremos, pois, rima nova lei doaecidentes. A quo existe estã. a cem

1 léguas das nossas aspirações.,

»•

As injustiças e violências de que saovictimas os seus operários;

Cumprindo .i premesse vii. fiüeinpsem nosso numero anterior, vamos hojerelatar a palestra que tivemos eom umgrupo de camaradas da Cantareira.

Depois de nos contarem uma ínflni-dade de injustiças e violências do quetêm «ido victimas, um dellos assim re-sumiu a situação de todos:

Imagina V. que nem mesmo aoslegisladores da Republica podemos so-licitar a votação de qualquer"" lei que,sem-prejudicar os intercsse«- da Com-panliia, venha dc alguma fôrma inellio-rar a nossa eorte. lia. cerca de doisannos quinemos pedir ao Congressoque estendesse aos marítimos os bene-íiòios da lei que ereou as Caixas dePensões, dos ferroviários, lira um pe-dido justíssimo, tanto mais que nós,como os camaradas das estradas deferro,' tambem somos empregados dotralVgo. Pois bem; òs companheirosque foram incumbidos de falar com al-guris senadores tiveram qua agir ftsescondidas, pois sabiam que, se o casochegasse ao conhecimento dos direclo-res, seriam immediatamente punidOs iu</lczei, quer da secção férrea,quer da seeçflo marítima, não adtntttonia hypothese de ver uni velho traba-lhador a salvo de estender a mão íi. ea-ridado publica.

E' extraordinário?Isto quanto fl. nossa acção cidcr-

«o. Agora, quanto & acçiio interna, ocaso ainda é mais interessante'. Nãotemos direito de fazer nenhum pedidoe muito menos reclamações, Ainda liabem pouco tempo um pobre compa-nheiro, doente e com mais de trinta an-nos de serviço, esteve suspenso quasium mez polo grande crime de pedir(veja bem: — pedir) que não lhe íi-zessem ílobrar serviço, em vista da .suaidade o do seu precário estudo deeaude... O engeiiheiro-eliete da Com-panhla í- senhor do altos cothuriios cnão dá conjiànçã. Qualquer de nós quetente dclle se approxiiuiir ouvirá ame/íina observação: — "Ohl Ka. nãojtãa operário. Procura sua clyfc, falasua chefe, sua chefe fala com exi",Houve um companheiro que tentou ia-lur-lho cm «ua residência -particular';mas o engenheiro grltou-lhó do alto davaranda: — "Ohl Aqui está minhacasa. S'ins{ste cu manda crhulo pol-afora portão".

-Sorrimos da fôrma por que o inglczera arremedado e aconselhamos: '

Pois ag:irrem-n'o na rua, puxem-n'o pelo paletoV o façam valer os seusdireitos,

Mas não 6 tudo — continuou' ocamarada. Aotualmoiito -parece quenão ha um só companheiro quc possaapresentar uma caderneta do serviçocompletamente limpa. Os mais antigose correctos servidores da Companhiatêm sido Injustamente punidos por fa-etos que só so verificam em virtude domáo estado do velhas embarcações, dainsufficieneia. do material do limpeza, econservação e da desorientação do or-dons o contra-ordens de serviço. Equando algum mais audacioso ousa al-

'.gar uma viiitena dOHsactó de serviçosem nenhuma nota desaS>niülorá, aresposta 0 sempre a mesma.\ — "O ac-nh-or trabalhou vinte uiinosina Com-panhia c durante vinte an-mis a Com-l-anhki lhe patjoti. Si cila, lhe'dcve nl-rjuma coisa apresente a eonla quc seráíiüyo immcdiütütnciitc"'. JD é assim, i:;i-nuíradai Qüé vivemos lotlo.s n«V, ¦

E per qüe não se organizam liaramelhorar essa situação? — pergunta-mos.

Kão resta duvida quc a nossa or-ganização seria um passo avante. '.Mas

ereia que, sem o apoio dc todo,, oscompanheiros das outras companhias,nada conseguiríamos. .Jfl fizemos uniagreve que dentro do quinze dias foisuííocada. As embarcações por nósabandonadas foram immcdiatàmòntoguarhccldas pela marinha dc guerra,

Bem. Mas o governo não poderádeixar por muito tempo a marinha ileguerra ao serviço da Companhia.

-Mas é que, emquanto a marinhapresta seus serviços, a Companhia en-tra em entendimento com as suas cou-generes; e V. çomprehendo — 50 iio-mens fornecidos pelo Lago, 50 peloPereira Carneiro, 50 pelo Martinplli,etc. — q prompto... greve perdida.

¦E í por tudo quanto acima foi ex-posto que A OLÀÍS&E OPERARIA lan-ça um cippello a todos os camaradasmarítimos para que se organizem epara que, com os syndicatos já exis--lentos, formem uma frento unica, unibloco poderoso de todas as sociedadesdc marítimos, pois só àseim poderãodefender-se. Lembrai-vos, camaradas,de que — hoje por li, amanhã por mim,Não (• possivel que os homens do mar,habituados a dominar tempestades, sodeixem vencer pela -prepotência e au-daeia d,.- tão desalmados senhores.

Viva a união, num só bloco, de todasns'organizações marilimas e portuárias,liara a deíesa dos conimuns direitos einteresses de todos os trabalhadoresdo mar!

Cresce a consciênciaproletária

Os Comitês pró-"AClasse Operaria'"

Os .lypographos e impressores tiaGazeitt Thcalral estabeleceram uniauxilio semanal a favor da ACLASSE OPERARIA.

Eslá, portanto, creàdo o i" CO-iVintE PRO A CLASSE OPERA-RIA. O mesmo sucedeu nas offiei-nas de "O Paiz" onde se formou 0•-a- COMTTTT^J^l^V A QIJASSB-OPERAEiA. -

A CLASSE OPERARIA, agrade-eida, deseja ente o gesto desses com-panlieiios seja iniitadix

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Page 2: fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORESmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00005.pdf · fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES ¦±ti >so, 30 de Maio de 1925 Publicasse aos sabbados

frA CLASSE OPF.RAIl.A — Sabl

. J

HL

0 PROBLEMA DA CARESTIAA organização actual — Os antagonismos-insoluveis — Riqueza e pobreza — Os lu-cros fabulosos — O desperdício — Mais

contradições — A única solução

a

("¦uni •O-ffanlzai.ilò como .a netunl•3110 60 "baseia numa sírio de antngo-miamos insoluvols, il-, .por «un própriaúaturossa, itmii organiv.acão frágil._>!m artigo anterior nós, trabalhado-ires, quo somou as maiores vicUmas"..esses choques ild interesses, «ponta-mios uma das cohtradiogpe«i tia <>rga-aiis-ugiló nctuu.i : do um lado, o des-(perdlcio; do outro lado, a minoria'.

Como conciliar Interesses tão oon-irarlos '.'

Todos iirtn «abemos quo o.s lucros¦iiiis nossos p.-trfio*. trugirientam ú. me-ilida que caimos numa miséria cada¦ver, mais trnsioa,'•_*íoesa situação ,': a mais angustio-fa, possível : salário insuíflcionto,.nove o de/, 'horas de. trabalho, a casa-e d pão pela 'hora, da morte.

No entanto, a Companhia Moca-.nica o j_níprortad8_a do S. Paulo lu-í*i*cii 11.500 contos etn 19i2Ã, No on-

tanto a .S. Pauio Rtlilway lucrouflG.OOO contos; e .0 Banco do Brasil,lOÒ.O.OO contos. Vi assim 'por diante.

Para 'tim 'dc nOa gaivhár 100.000contos lerla. de trabalhar mais do 10.ríilhòds dc dias — mais do £7..000atino.. ! Poi.-i tal quantia í* apenas olucro dc um 'bn.nco.

Nos Estudos 'Unidos, o milho cmexcesso .lá ifoi queimado como eom-bustlvel, emqutíiíto .na Europa oricri-tal as crianças proletárias morriamdo 'fome.

Nn Nordeste, na. Sorocubana e naAraraquara pcriíoram-se dexenas 'demilhares do toneladas do cerenès qneapodreceram íl falta de transporte;E o 'proletariado a passar fome ! Amorrer de fome lenta .. .

Ah necessidade., 'do merendo -a.u-«montam, por exemplo, na escala tleum pura dois.,'dc dois para tres. JAa produ-ctjã-o, devido ao desenvolvi-

monto da níaühlmiria; aufftnonta, porêxeiv-l-lo, na escala, do um .para cln-eo, do cinco para 2.". TVahi a con-tr:u.liei;ili> entre, a enormo produoijãodo mercadorias o a relativa. -íjèqueuanecessidade dessas mercadorias.\U'ahi, a conlradlciião ontre a exoes-slvidade dossos prodnetos o a-peque-na po. Hil.ilidado do compral-ds. 33d'.'1'hi novas contrádi-Gõos — as cri-ses, a falta de traballio, o prolctá-j'lado faminto, a« grôves parti au-ginôntò de salário, o.s armawna abar-rotiuln.. o as mercadorias jogadas aojnar. . .

Como resolver essas contradi-ci-Oes í

A leitura mcthodioa da A- CI-ASSEOPERARIA mostrará, o oamiiVho rdaúnica «olutiilo.

O problema é vastíssimo o nãopodo ser resolvido' leviana mente.

Autocrítica proletária'R.eebômri*. a carta seguinte, do

-ii.i. >'_*>uipa'..helròs quo Jrt. luctnrameirí'S Paulo pelos Interesses do pro-letariade. p quo vêm reetifteár certospontos de uma àütò-'crit-Ci- •pWbli-/cada uo n. 1 tlu A CI/AiSSK OPE-KA.IUA :'••Uio. 2pr dr. maio de 1925. —Ooivpi-iiheiro.-*, tia A Ol-ASSE OiPl_-RA-tíA.

No primeiro numero do nosso.lornal foi publicada uma correspon-deimia sob õ titulo-: "Auto-critleapro lotaria". ipormitti que façamos,embora tarde, algumas considera-ções a .respeito, poi*. julgamos - queu autor tia •mesma incorreu erri falta.

Voliramof; bastante ern saber queos camaradas de A Paulo estão tra-balhando netivamento pela causaoin-raria, cumprindo, assim, coin -o..«ieus devores. I5ikenci_?mqs, entrotan-to, que devem tam'b~em ter mais cau-tela. para não calhlrem em certos er-ros, eãpeclalménte na -parto referenteii critica.

O •camarada P. iiopes disse quc''aqui nunca ihouvc nada".'Ora, o rcamarada 6 novo no movi-

mento õ, 'por isso, não está. tio _.arüo trn'balho realizado pelos câmara-das quo liicta.am no período ante-l-ior.

"'isto 6 lft'22-1923.

Nao protòndómoii ter feito muitacoisa .tuas pretendemos ter feito tudo'.• que nos ipermittirain as condiçõe*.de roneção em quo nos encontrava-mos.

T.uctando nom dif-.cuidados finan-eeiras c com outras, conseguimos, as-«im 'iiiC-iu., no curto prazo de ummino, -crear os núcleos de .Ribeirão.Troto. Sortíiòsinho o Engenheiro;:t*oili>wKk.v. al-í-m do desenvolvermoso nosso Centro a ponto tle chegarmos11 "conitar eoia _0 uaniuraUas; vendia-jnos -e pagoi^timoí) 'totalmente 150 aS00 ox*ainiplarotí da 'Revista; tinha-mos sangria^ continua» o sub-sci'l_-i_jO__S) __.o_t>',• ° 'lun conseguimos-JSU—oO ..¦lílffnx*- ,„;.;,'uv»;__o desafogada,conio auxilia*?', '.'.li'.. Ss centros; tinha-tnos uma venda du c-puáeulos regular.. uma penetração organizadtt regu-liir.. Ntissa ' corréapondòhçia com aO. C J'l. era quasi normal; emfim,cdiógifiimos .ató a convocar um Con-gtesso Estailuali que só não se reall-f.ou no dia marcado — !) do maiode 1923 —• devido a ter so desenca-(içado a reíçoãò 110 íRip e, coiisequen-temente, e-m '."., Paulo.

Na •i-ei-dad'-!, isto o. 'inuito ipoucoilianto das nei.ci-isi-ii.des, por<_-m não o(• diante das dlEflculíJádes.

•Convidámos, portanto, 03 câmara-das a aproveitarem melhor o tempoe. concUamòl-oa a trabalhar liara fa-v.e-i* meilior, com o que nos daremosüior satisfeitos o nos orgulharemosquando soüibornioa que os camaradasrie ti. Paulo estão na vanguarda domovimento proletário. — I"tíhio otionies. "

¦_> 1 m*

As pequenas tragédiasde todos os dias

Não ter 'dinheiro niani o remédiodo filho Kloettte o ver o 'boticário a-lospacl-ar uniu poção tora ibromun.-tos o 'agua dc laranjeira para icurai*o faniquRo das càldelllhlias kle esti-titagão 'dos ricos; ver um companlieí-ro maigro, 'tuíitrculoso, Lse';u .pivder ira Minii.-. -e ler a _iotie.a tia 'partidapara a Buissa 'do comimeundíiidor X,(ridatliio Ido c-reca ide queijo do reinoo caruça ide 'tomato igordo —¦ que vaitrator do t»eus -'graves lincimmcUos"(ronio •sejrarm ,-i ma.'lí_iídnii_reirn e asrn.__.es 'do orgia...

No Rio Grande doNorte

O movimento social neste Estaáo,apezar da falta do espirites orienta-dores, sempre foi dos 'melhores queen contraímos no norte do ipaíz.

As associações operárias existen-tes na capital e no interior têm comopreoccu.pa.ao 'primordial dar a ne-cessaria educação intellectual aosseus associados o aos filhos deste.,cujo 'beneficio abrange 'também ascrianças pobres que procurem fre-quentar as «usa escolas.

A J-lga Artls-tíca Operaria, a de-cana tias natiociações ora o_ci_.tei.tes,sempro formou na vanguarda asso-ciativa, comparecendo a todos o.s 'm-r-tamens ojierarios que, appiuer.le oupositivamente, se têm organizado noBrasil, tendo aolualmenl.e adaptado,sem restricções. aa idéns da L &.. V.,embora som o apoio das outras cor-poraçOes semi-r/j.portuniatas.

Num pseudo Congresso Operário,realizado aqui no Kio, de V a 15 tionovembro tle 1*12., foi a Iíigu Arlis-tica Operaria Norte-Riograndi-nse,entre as V\> ad'hereiitc*.s, a quo Tiie-lhor these a-presentou; reivindicandoos seus -direitos.

São os seguintes os principaes pon-tos das suas rcivindicaçOcí. :1° — Os operários, especialmente

os da capital -deste Estado, não têmo amparo que por justiça deviam ter;trabalham, das 6 «is 17 1|S 'horas, oem caso do moléstia negam-lhes me-dico o ipharmacia, e, o que . rnaistorturante, »_ortam-íhcs o aalarlõ du-rante o 'percurso da doença.

2'J — Não têm escolas onde seusfilhos possam aprender.3" .__ i_>evido tis grandes coneoiSsOes

de terras aos -potentados, quo «õ iisvendem por preços fabulosos, os ope-rarios desto 12stado não tôrn ondepossam construir uma "choça" c,ainda ass.m, .ninguerfi so lembra dóconstruir -casas iíara alugal-as porbaixo preço.

4" — A unificação do operariadodeve ser -o ponto t!o 'partida para oonsrandecimento tia grande famíliaproletária.

•O.aKi croar-se uma delegacia omcada Estado, sujeita a uma direcoãósuprema, na cnpitai."" — Quo so garanta a rnair.t_t_.i-

çao da familia do traibaihador quo seinutilizar nas officinus do governo011 fabricas particulares.' 6* — Que sejam •firmadas de vezas oito horas do trabalho, garantiu-do-se o salário e.st;i'belecido."" ~* Fínalinctite, que esse Con-gresso proponha medidas contra os"irtists" o os privilégios.Como o referido Congresso só a!-rnojava a arregimeuiação operariapara. apoiar a politicalha, nada fezde útil, nem cumpriu nenhuma dassuas resoluções, o prejudicou ,gr»u-demente a marcha do nosso .progres-so. que só doia annos 'depois retomouo caminho do marxismo.

JOSÍ: ALVES.

Para aprender a es-crever

Um dos meios do o trabalhadoraprender a escrever o, assim, coita-bonn* na A CJ_A«i.E OPERARIAsem nos dar o trabalho de passar a•¦impe os artigos, que elle nos envia,e empregar as horas vagas cm copiarcòliinuiíís Inteiras desle- jornal.Além disto, por esto processo, asIdéas entrarão mais facilmente nacabeça. •¦ ,'¦

Taylorizemo nos!Tay.or-izar, ipaflavra orílgiiníLâa "rto

•nivino do am_rt_<_n.no Taylor, slgnifiieaobter, co.ni o mestivo -esforço; um ren-'iU.m_!i.o 'maior, —- ob'ter o reiutll-mci..ti> 'tnnxilmo.

GHenios ícasos iconcretos.Xvuios, ipor exehiplo, 2 lioras ido

fotea. '_>eEeja'nio.s *eir_í'prèg_.l-.as nal.ropawiTMla 'da A Ct_A«í3*E OPERA-RIA. .Pois bemi: fin vck ide ompre-garmos fia ,2 horau em propagar oni>sso jorntil numa ipcqíionã. Officlíiado 10 oporarios, p retira mos propa-gal-o numa. isran-de fabrica 'do 500ou 1.000 -üiperàrlos.

O esforço é o imesimo, .nas o resul-•tado <: ¦multo anaioii* na grande fa-brle-n.'Outro (caso: 'prcifiraimos faatrr api-oiiariranda tio .nosso jornal numgrande syndteaitõ 'do que. imira isyn-dirca'ío eistiutíletico.

Terceiro caso: contientre-mo.) maise.nergiaa nas ¦grandes fabi-ica« nlo Rioe tle São Paulo do qne em quailqueroutro lorgar do P.rasil.

Quarto caso: prefii-aimos l"er.'dcr30 jurnaes, no vaUor ido 3$, nuiiriagra.ido íabrüca. o, reiceber 10$ 'do•jfin unl„o opc-rario ide earteigoria ou tleum rpetiucno 'bimguoz éympaithizamte;

Cremvos que, roem esses iquaitro «a-•sos concretos, os 'trabalhtulores Tne-nos cultos t:omiii-ehenido.rno o qucquc-reiiios »lizer, 'lançando '.a palavra•de ordem «lo 'trabalho imm._*.llato:

— Tuyloi-lzeaiios o nosso i-sforçro!Obiciihniiios «.-om o _m<i*-auo twforçô omaxliiio do mniliado.

Aos carteiros e ser-ventes

Pedimos a fineza 'dc .fazer uma ex-pt-diição rápida e liem -rerta. A CÍ_AS-.SE OPERARIA, _)agar-lhos-ha os es-forços. tlefe.ii/lendo-os. c. <iu«teintan-do-os nas _uc'ta<-^ futuras.

Malditos temposMalditos tempos das p0.iphra.s03 o

dos oire.umloquios; maldito., temposem que os pensamentos so* oceulta-vam por traz das flores retóricas;malditos .tempos da lisonja .literária,da Htii.ua dos escravos, da escravidãodos espíritos!. ..

IJ-IilTClI.

nosso-»Os artigos devem ser om.

torça-f.cira, á noite. As tn:<^tlclii.-i, iil.C: quinta-Ccira. A*-o ti orduni 110 jornal te.ui *giíiicto,

1*:' imiti! escrever-nos lipiilavrorlos. 1'odareino'n smesses tlíitrlctos intellectuaequonii, biirffuezia. E' iiiulii*»~vnos •chii'ma-jof) — sirtlgalliaçoKiui, u 'inòla. i" inútil enviar-i.slnlios.'

«tf-tuci-o J<i-«íilo r.Soiiyn. — 1..bemos cartas $tt—l-H tr~-l~. Tenen\'lado 10 exeyítpli-ros tle ícaida n c<moro. E' preciso luctar ato conveu*cor .1 intièsã da íiocossidi-do de apoiaro jornal. Mande-nos números o ía-ctos tia. vida opòraria e. lavradora,d'alii.

AíiHtiitó So-gulci' — ItccobOmos 'oar-ta de li). Convldamol-o a realizar assugestões quo nos faz. VotiO 'ú 1111lioiii conselheiro'', fíoríi. 'melhor rea-llzador? l'ri-.rulsajiios tle ige.nto quenos aiisilir. "rpratieameirte". Eica, ocompanheiro cnci-ír&líádo tio obterannurtcios o desenvolver a vendaavulsa ein Santos. O preço (•¦ 100 róisem toda 'parte. Q 'déficit sord. 'cober-to com a tlivüilgação. Mão vendam, a200 reis. E' •uni preço anti-operario.

Maiioot XtaXr, <J_>s Santos — Agrado-f.Áwiil), «ua •_sil'1!ritré""Xri. Temos cn-vlatio o jornal, 10 para v., 10 paraMessias o 5 para Sérgio. Devem ven-dcl-o a lOOréis. Ntlo receberam todosos números? Qu-tira 'informar o jor-ntil sobro a vida 'imn . fabricas, nosengenhos c na ffiglão tio >São Frtin-cisco.

Arnaldo Votio^liííif Mande-nos nu-meros o -fados *J- .. M os caboclos doseirgenhoa o dãJSrfaJ-.èndãí.. saiarios,horários, etc. >

TluroiíliUo liV-rrreh-ii — E o artigosobre os lavradores?

0«-íu.*_-1k._ <t_iMi-ii> — lnforme-rnos so-bre :i vida nas- fabricas o nos onge-nhos. Você ó iup ihomom roncóiro:si) su niKit. coin''i;ffiüuldado. E' prc-ciso escrover-nos semanalmente. Ogovernador tel&Rraphou-nos. Re**pon-demos dando seu endereço. Ii! tele-graphamoi-., para você, para os doi.-endereços. Pela décima vea, pedimosum relatório do que tens feito. Oe-volva-nos. a lista~.l:.~'

MtinttoiiMja lk .nlillH» — Agradeee-mos carta de 20 e os 70$. Cremosque esta 'Importância, é :pa.ra ser col-locada nas listas 'de sul.scripção. .filenviamos os 10 jornaes; Informo-nossobre. .a. vida dos trarbaÜiadore.. tiasfazendas d'alil.'flisadou' ,SHva — Rcoríibêmosi *cartado 1*8. Publicaremos com vagar. Tem.reirfbido os jornae,.? E a propagan-da.? E' preciso iluctar.: liuctar ;ut6vi.neer.f ^Uçid«____--__*4jne_jjadia^— Recebi-mos(sua 'carta sem da_ij_7Ai.ticta não & sô-monto sua: í* do todos' nós. Jd. lhecomniun-câmos ter recebido 10$ deuma vc-j o 10? do ou^ra.. Enviamoso Rússia.; não é u-tn 'livro ipara a mas-;a. Não envie dinheiro com o riomo

de Or. o sim com o no mo de O. Man-dc-nos números e fados sobre os ca-

oclos doa. engenhos.Frn.nd__co do Espirito Ka.iifcr» —, Re-

co.bê-mos sua carta sem-data. iNo nu-mero 2 já demos uma noticia sobrea .Sociedade d'ahi. Não 'ha congressoopiM-ario aqui. Eançi- apenas 50 esta-ttttos não valo a 'pena. áendo om fór-ma do boletim, os estatutos ficarãopor alguma.. dev>in;.is de mil ré-is. Sen-do cm 'fôrma do""folheto, ficarão poralirumas oentenits. Enviamos esta-tutos de algumas assoc-iaçõefi d'at.ui.Mande-nos 'números ofa'ctos da vidados operários iiídüetniaos o agi*lcolasd'ahi.

. Sladurcira —'•Recob;>mo.'. carta oinformaçCk>s. Enviamos sete listas.Ponha os nome

aSpia c- taa:-....,.

t,-sam ¦

mio, 20 de.'E" doloroso o

s 'los assignantesnumpapel o nol-o orjllp. O thesoureiroenviará. o^pe.U(j.r'.!'. ,.

y^.-.-,'^-^—_• Mllanl — Rcí.-Ãímo.- *c_jr_as id»IS, 20 o 21, e •njiis.os 78$. Nosso

ÍNvic'ame

60 1.IVA _i"ío, u

as te.Itias.

eneMuda, ã esquerda .,0casas opertirias cobc, (Hinquanto tiib om balxí ^^palaciois lá no alto 30 om. ,.ucBeravela, as casas tristes. --unil

Quando chovo rolam pcdru,_Si ^destroem essas ca-sas. -,n )K

Bem amarga (1 ct. vida do Ijaba crIhador! -— .TOWK MJUiSBAM.Ufí,

KfMA. I"J'a>RKIR/.\Rio, 22 de maio.'O companheiro I.uzvel, trabalha-

dot* em pedreira, queixa-sc da nossaírieza, 'para com elle. E' natural quorasslm seja.

I.uzvel (Ltaca os marxistas, quo sãoa vanguarda dos traibalhador-.*.. 3>izquo a Rússia, o «cu governo são peo-ires quo a. burgm-zia.

., Ora, quom presta assim seu con-curso aos inimigo,, dos traballiadoresi6 claro quo sô rpOtlc encontrar frlc/aom nós. Ou Xiuzvol & nosso Inimigoou a cegueira não o deixa ver a. ver-•dado proletária.

A transtormi-ção social não 'está.feita na Rússia; ainda está se .fa-Hèlldo.

I_á os trabalhaxlores tomaram o.podei* unira encaminhar a. transfor-mação. Luzvel ataca essa obra. E sedi/. amirgo dou trabalhadores. Bafa!que amigo urso!

Felizmente,não somos brutos comonos querem, fazer rpas*.ar. Nem todosos rios tê-m agua clara, mas as nas-contes a têm. Já sabemos -separar aagua lodosa da agua limpa. í_e Luz-vol quer a nossa amizade*, só tem umicaminho: trabalhar pelo proletária-do, tralbulhav pelo nosso jornal.' Pro-curam©» não nos deixaj levar pela(Popularidade de ihojo. Embora nãosejainoa do partido, auxiliamos aobra do partido porquo 6 nosso de-•vor do trabalhadoro... Assim,-, quem.não ajudar a o1>ra do .partido, que éa mesma, obra doa trabalhadores, nãoipódo contar coin a nossa amizade. —UM G-R/UPO DH Tr-ABAJ-IIABO-¦RES EM PEÍIJIRBrJRAS.- * •.

i\A FABlUai OORCOVADOí-xuíaa, 2_l de, maio.--^- —. - —Suiicesslvameute, os operários da

MedicinaVegetal

O mamão maduro não tem omenor valor como remédio; o ma-inão cosido também não tem valoralgum.

O leite de -mamão _ quo presta'_ admiráveis «erviçoa nas moléstias '.

¦ do estômago o dos intestinos. Como, o leito do mamão é cáustico, o chi-[ mico Wantuil, depois de laval-o

por processos opeciaes, fabricou o ]preparado vendido nas pharmaciascom o nomo de

Elixir de Mamão

tc-tupo 6 csicassct. O 'trabalho

G ex-hanstivo. E'. pifeiso crear ConillV-sPro-A CTiASiSE ^tt-EIt.VUIA. Mande-¦nos números o •f-aetos aobro a vidanas fazendas do cafô. Não precisa, pa-Sar os abe-cedarjos. Vamos env-iar pa-ra seu endereçi) 15 jornaes para osassignanto... Elle.s irão buscar emsua residência. E' o.•meio maia facdlpara nós.

-TmiiiT-i 110 lambem aos outro*, com-luuiliclros'— ItecebSmos cis DO? o ílsdua-s cantas do ii.. Sobro os endere-

i ços, preferimos enviar como o 'ifize-: mos com o numero 4; não sendo as-! sim; desorganizaria-mo:, o serviço,1 aliás, já módica do unia otl duas vezesI por culpa de Lopes. Vemos em tudor o por tudo as cansas pelas quaes vo-| cês t_m sido tão fracos. Ordem, me-' thodo., disciplina, eni •'primeiro lo-¦ gar! Nossas 'criticas iião..t8m por; fim amesquinhar. Amesquinha,l-os se-i ria amesquiiihar-nos. Nossas 'criticas| revelam interesse, amlsa.de; compre-: hensão da grande missão histórica1 que lhes cabo. Receberam nossas; duas cartas? E então'.'! / Quo resol-! veram? Vemos 'como a secção localI ostá impregnada dos 'pequenos "ities1

A„ desordem, íalta "do methodo,llterTttt__mo, theoriclsmo, reminiscen-cias do pequeno burguez rural emE. Ii., com modismo, ipalíiwas mira-bolantes, verbalismo, ' syndicalina,falta do estudos em vai-ios. A situa-ção pessoal de E. I_.:''6 a mesma dequalquer «in do nós. Conhecemosperfeitamente toda a extensão daspalavraa "miséria", "•pobreza", "an-igustla". — por experiência pro-prla. Caminhadas a pé, 'Viagens no

x-"I *-.*>-paw-i.o, _.

•NenVdlirrias d.-us 'i\ Ibrica. ('orco*._N'cho, mas cata hs,'.

'•citradura", brigas «om n. familia,cansaço, lnsoinnia-?, etc, tudo isto 6velharia para a, t-aneuard.-i.-^Uoloto-

_sa, desesperada tran»-ot-*___a__*-io riopm neg-ueno ¦bui*_-nêp**.Vi*i1 ni__ai_t-i-i_i,ti-c^_j)roletario! Conhecemos do sobratodoêsSB- niartyrio... 1'riinolra des-ordem: E. I.. -não escreveu o arti-go. Scrgunda: enviou os endereços in-completos. Vamos ¦ enviar iprapos-tas, sellos, etc. Voctís traçaram umcirculo a .giz; o rodavam dentro docirculo; c a visão não ia al&m. Hoje,part-ca, começam a libertar-so. E'preciso, rasg-ar o "horizonte estreitodo pequeno liuríruez — -S.re.itO emeconomia, em política, era tudo. Tra-cem proje-ctos modestos, ile realiza-ção -mmediata o não pianos' phan-tnstlcos. A. tem caracter: transfor-maríl o ambiente. O jornal 6 ummeio poderoso de transformação. A.não gostou da •critica? No caso delle,ficaríamos agradecidos. A auto-crl-tica ô appllcavcl aos d*ahl. e tam-bem a todos nôs. As .jçm-n^na -r.,¦»-.,-;_cas do São Paulo, 'para nós, valemtudo. ' '

da pequena burgue-zia: pi__rHarm_T<t»3~ - Cantidlo Costa — Agi-adecemos suacarta. E* preciso quo todos .uctompelo jornal.

•Toso Antônio Cruz — Mande-nosnovas informações sobre os lavrado-res pobres.

Avon — E o festival?•Toso Alvos — Pedimos deixar na

redacção os clichês da Liga, da casade um trabalhador rural, do ranchodo pescadores, do palh.i.boto, da jan-gada o da 'pescaria ü. noite.

RAR-tAíJ da «AV_.,,,¦„•'¦ vm 3>rcaDtl>-."ie.-,

I>eo'doro, 25 do maio. ,\i.O Sr. JÒ5Ô Eerreii-a.propi-ietarí''

'¦¦ x.uma o!:i,ria, alem do nao ipagtir »operário Juvenal da Silva, feriu-o norosto com uma gurrata..

Isto mostra, a necessidade de orga-.nii.ar-nos, íornvindo um 'bloco comtod-òis 'os outros trabalhadoroM, —f.M CilRUPO DE aijEltKÒS.

NA líVlX tX»l>l': J>l'l BO.MIH-M•Itio, 22 do maio.Em .frente á Compa.nhia Souza,

Cruz ha urna baixada com uni plan-tio regular de verduras. A torra. (1a-rrendada. O rendeiro paga 1_'5$metisaes (com comida) a algunsoperarlOB agrícolas quo chegam atrabalhar 12 li'ot-._s diárias.

Ora, elles desojam ganhar 180-f otrabalhar apenas 8 'horas. A CLA.tí-SE OPERARÜA deve «usT.ental-osem suas _ispiraç5efi. — O COPJttiES-1'ONiDENrT B Oii' I5ÍK AR IO.

NA CONFIANÇA IN_>VS"XXltATjRio, -Ti du maio.,Na, fiabrica Confiança Industrial,

c*m Villa Isabel, htivia antigamentemuita escravidão; Hoje ha menos.

,MJas, pana os companheiros ganha-rem alguma coisa, .precisam deixarlá os pulmijcs.

Essa fabrica deu, cm 19S'Í, o sli-videndo du oito e meio por conio,E seis por cento no primeiro semes-tro dc 19-22. Começou com 000 cou-tos_ o tem mais do 9 mil contos.

¦ Companheiros da Confiança. In-dustrial. abri 'os olhos. — TECE-I-GES I>A MANCIU::STER.

Estado de S. PauloCENTRO OPERA1UO

Catanduva, 10 de- maio.

, l''undámoa um Centro Operai-loEoneflcente.

Vamos trabalhar om cònimium coma vanguarda dahi. -— MJüNl.ONQA.

ENTRE OS COT.ONPSRibeirão Preto, IS do maio.Não sabendo como introduzir nio-

lhor o jornal nas fazoudas, tomámoso trem quo vai a Sortãozinho o, nascstaeóes, fizemos a entrega do mes-,mo. gratuitamente, aos colonos. —M.

Estado do Rioa r_m t>E ."-tcmiiNTins

Nftheroy, 2ã do mUio.. Tendo lido o íaiftigo do com_pfl-nheiro Jo^éjOiriiuj, adiamos, comoolle, que precisamos do urna nova leide accidentes, mas pensamos que omeio para isto não é "appellando-sempre para os poderes públicos".

Esses poderes constituem a machi-ria mais pesada o complicada, domundo. Essa m'achina só trabalhaquando empurrada por nós 'trabalha-dorei... Nós, portanto, teremos doconquistar uma nova lei do accidontes por melo do uma vasta pr-

SITUAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORAEM PERNAMBUCO

A falta de garantias — As perseguições a operáriospelo simples factó de procurarem organizar-se emsyndicatos — A coacção ao trabalhador — A situação

indizivel do trabalhador do campo(Do nosso

Em Nida a historia política o social ilo Bra-ei-, a iuflueiicia de uma somi-civilizni;ão, copiada« transplantada .sem adaptação local, para a zona(propriamente littoranea do paiz, onde íicam si-íiiudas, com ag excepeões gcog'rap_ü_as';cpnli_ci-•das, as respectiivas capitães dos Estados, temxespondido a toda investigação sobre a sii.iiatjãosocial 'brasileira. No estrangeiro somos conheci-dos como mn paiz civilizado, deuioeraf.icíitncnleregido o governado, com uma coiísti.uigíiò libe-ralissima. Claro que a falleiiciá do_ princípiosliboracs o o regimen de opressão e iniqüidade nóíis classes .pobre3 prejudicam o que a existência<los abusos o prejuízo:-,, rivalizando cóm o fétida-.lismo medieval, ó defendido com furor a quau-tos iutoressa. _

Aprofund-amos, porém, _ts nossas yislas partio interior do paiz, com vontade de enxergar averdadeira situação do povo, c logo Te_nl(ai'i. aunentira prefaladu do libenilisino brasileiro e oosUido do miséria em que se encontram as elas-soa pobres, o proprietário, sobretudo do norte, çfocalizando comxcado3 o provas estatísticas, comopiiu-pa fuzeç.. tór>eeinJinwito cm Peniiiiubuco,-

correspondente e_.|_ceial no Kecife)Em regra, não {lossuimos um typo de pro-

gresso uniforme; não existe uma situação abso-lutamento igual, para os trabalhadores de norteo sul do paiz, estabelecendo já as differenças lo-«tes entre trabalhadores da cidade e do campo.Isto quanto á situação social propriamente dita.Quanto á situa-ção política, üós sabemos que,onde tem havido margem a estabeleeer-se umregimen de oppressão (não ba quasi exccpçao«n todo o paiz) ns differenças não são tão dis-pare3 entre sul e norte.

Pondo em saliência estas differonças, passa-mos a relatar a situação do trabalhador do nor-te, da cidade e do campo, reflcctida pela situa-ção do trabalhador cm Pernambuco. Si houver¦differenças, para o resto da região nordestiua,por certo que não será em favor das classes tra-balhadoras; serão sempre desfavoráveis.

O MOVIMENTO SYNUlOjUi•Altendcndo quo Pernambuco está á frente

do progresso do norte, já pela situação geogra-pliica, pois é o porto mais próximo da Europa,jú pela cultura intensiva <_.(. .um produetp -qu*}

avulta entre os primeiros, nabalança da exporta-ção do paiz, o ainda pelii irfflus.ria fabril já bemadeautada, creando um proletariado fabril maisconhecedor de sua expressão de classe o de suaforça como capacidade produetora —• tem dadolugar a tentativas de fjjgniiização funccional ode resistência, para a dcfoiMi dos seu., interessesno campo eoonon.i.o e (íe classe. A estas tenta-tivas, absolutamente legues a pacificas, garanti-das por lei no paiz (lei u. .1.(JH7), existindo jáaté na A lírica, colonial, o patronato tem res-pondido, porémy com uma repressão feroz, guia-dn pelo governo quc se çollooa, solicito, a ser-viço dns interesses particulares e de classe (1) _•

Alguniíus grévo.-; estalaram nos annos de1918 e 1019, aüingitido,. principalmente, ás elas-ses portuárias c ferroviárias. As reivindicaçõesconsistiam etn. pequenos :iugmeuto.s de salário einstituição do dia do 8 horas dc trabalho. Outrasgreves estalaram também, isoladamente, em fa-bricas diversas, uo mesmo pé de reivindicações.Doste período de greve, como o natural, surgi-ram diversas organizações syitdicacs: O governo,porém, deu começo á reacção, fechou os syndi-catos creados depoies de rebentar as sedes asso-ciativas. A associação syndicãl pacifica, regula-da por lei, não podia, rfssim, mais funcçionãf.Destas associações só sobreviveram as das clnr-ses portuárias.

Existindo quasi que om fuacção da as<-ção estes syniiionlos .16111 resistido stoica'todas as teutalivas policiaus. Conta-*

o espancamentos nas pessoas de membros destascorporações.

Hoje, quando o proletariado de qualquerbrica, ou ofticina, procura reorganizar ocato, a policia, por denuncia dos -pat:-'logo prisões em massa. Com o prc:pressão ao auarchismo, o governo *as aspirações do organização ',riado, entregaudo-o,- assim, iição íem nomo do patronal'-meu de 8 lioras de trnl-naquella época (1S[1!>^do comnuwn, lioje,horas por dia, na

_vo rNo inter'

de trabalho.1888. 0De s"'po.

q*,!.-."--.^vor_jonno._tí>,,

Se por acaso Ku,presas resmungar om k..,.testo áquella appre&são osmagucami;a<:a-a de arrancál-a do trabalhoo niiottol-ai na prlstlo: são essa., aapalavra., mais tiraavui,. quc têm puratratar o.s quo moure.ia.ni .por lhe da?a riqueza.

K ainda assim os companheiros d»infortúnio não (•oiiipreho.-idorn a. fe-rociita.do de «eu:, algo-rea! •

Por vorxofc-, 0.1 patrdes tiram dia.*ido serviço a um pobre pai do faml.lia, o grande quantidade do ni'.tro..Jo trabalho, ilia contratantes que,por stu. tactlca em contratar, conso-guiram. enriquecer, enganando oaoperários, lí estos, no ilia seguinto,c-stOo caquecidos do ge.-=to do seus wp-preesoro...

E.*Jtão ainda muito atrasados or.trabalhado res dn P.irahyba! — Cl-Ci-RiÓ.

A' vanguarda e á massaoperaria

Uma dais primeiras conquistas po»lifiotis da vti n-guarda o da nia__a tra-balhadora i» exaettimento a penetra-OitO ampla o livre U_T*a t-*i_XsSj_7"*_.f*i_r{.»V-___A no corái.5.0 das grtindeiífabrica.') o of-icinos.

O patrão entra na fabrica eom oájornaes bursuei.es na mio. 03' tim.direito que ollo .tom. Xinguem o cen-sura por isto.

K' preciso, portanto, quo o.s ope-rarios entrem na fabrica ou na offi-oina com A OL.A.SSE OPMRA1J1.V namão. E' um iliroito quo o« operáriosdeverão- conquistar, gostem ou nãoos patrCSos.

13' preeisp quo A CLASSE C*.P__-atARIA circule livremente dentrodas fábricas, seja vendida o sojapropaganda livremento.E' inadmissi-vol que uma massa de milhares d.trabalhadores trema diante do umainsignificante minoria de patrões acontra-mostres.

Aos fíai>l)ado.H, a vanguarda reunaa massa f.s 11 llfi, 0 explique-lho anecessidade dcs_ia conquista. E, ávolta do trabalho, entrem todo., comA CT-ASSE -OPERARIA na mão.Não 5 possível que o patrão despegaquinhentos nem mil operários. E as-sim os t-arbalhadorea terão conquis-tado um direito tão importante»como o direito de reunião, poremplo.

¦ Tr.aUalh-adorçs!'____.''caos de tm >-OPERA r

(1) Na casa iHugenio Nascimentodí um memorial, pleiteando lüiiiimitoIario, deu Jogar a ijtie o patrão expu!-entreçando-os á policia. 'Foram recollialguns dias, Mb ordem dc que ic trata'*aiiarchistas.bom numero de sacrifícios de yiu

Page 3: fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORESmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00005.pdf · fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES ¦±ti >so, 30 de Maio de 1925 Publicasse aos sabbados

£Sabhado.SÒ dc Maio de 1.925

£ PROLETÁRIA NOSS

..oito pon-. ra os •'brio., do

...... como :i doa tecclOer-,. anca ostovQ na retaguarda do

nOHSO -nbvlmcnto operário; muitopelo contrario, tem dado provas de

. Cf"

afixemn dtrocto-

.dou a sua fei-econômica (posto

econômica oe patrOcs.o» a ceder), nara apsu-

...oporo-es do um caso moral.«. toda a. classe operaria.

.Solidariedade, pote, companheiros•1. S. Paulo! ,

ASS_!3a«_rf:A

Realiza-se hoje uma aaaoinblêa dacorporação.

Pede-ae o compareòlmento de to-doa.

Sô.rol-cou-

proòi'-i.í do dc

..noinoitiü:..,lo.

. .oufc.i.ã negar1918-1- quo o

obteve aa maior..nojo? Desdo ua cor-

. atrasadas, do ponto deiatiyo, -itú ás ináis dos-

s, toda<s tiveram naquellu.o, multa- dan suas pretoiifiiJci

nícltas.O rogimen dua 8 horas quo con-

fltituq por ri-ültòs annos, outro ii-S,um doa problemas do mais <lil_lc!l.solução, foi ensaiado naquelle mo-monto c em parte «.atãbcl-Cldo, i>elarazão «singela do ter, a organização(ú.pei.iri'1,' atting-do naquelle jrno-monto uma tal potencialidade, quo;i lntraiislgoricla. patronal Iol tor-'.••ada a ceder.

.Antes do avançarmos multo nestaapreciação, _ mister que procurem-).,rer a« coisatrt r.o «eu justo termo.Be .noto, o período 1918-10 foi dauma .intehaissima agitação, mus to-mos do convir quo não foi de orga-ri.za.sor0', no sentido (rigoroso dn pa-lavra.

K' certo que, com facilidade, seconseguira trazer ao seio doa eyn-

Efl SANT05r_^^_*__^___P_^__t__^__t

ft greve dos trabalha-dores am café(Do dosso correspondente)

SANTOS, 13 df: maio.A greve declarada a 11 dosto meu

continua no mesmo pé.A corporação era peso tem-se

'Mantido al«solu;ament_ unida, nãolendo havido nenhuma defecção daparte .los grevista- nom dos outrostrabálhadòros do Santo,..

O patronato, por meio da Associa-Cão Commercial, que- -í> quem o re-.prescrita, tem empregado todos osmiolos para coagir o pessoal a voltar.r50-_ra.ba'->Qf por-in s_ tom, logrado-ipparentar normalidade nos servi-gos,. políi il parte «alguns elemento.-vagabundos o alguns de fora, quonada podem resolver, não tom aloan-çado outra. coisa,

A grévo est,. causando grandesprejuízos e sondo esta classe a _uomais influencia tom na vida da ci-dade, so forem constantes, o prova-vel _un, victorío, apezar do tudo.

Os trabalhadores pedem um au-gmento do -0 °j° em suas tabeliã-, oa Associação Commercial promòttédnfluir junto aos patrões para quo_ho.s .seja concedido, com a condiçãodo retomarem o trabalho, porém ostrabalhadores, como <_ natural, cs-tão prómptos a acceitãr, mas exigemUma. coisa positiva, som o que nãoparecem resolvidos a voltar ao ser-viço.

A semana passada pareciam todoso:-> dias feriados, por não «o notar¦movimento nas ruas, como .do cos-turno. Ilojo.apczar do tudo continuarqiiasi no mesrno pé, os carros sai-.ram, por.in vôm-só cm grandes filasíSs porto- doa armttzeiis, esperando

"'<-.,'_ carregados. — Z1UL.'e>_V_\CS_Ò DOS GRÉ-

Reivindicações dosmarmoristas

Publicam., hojo o resultado que ob-tiveram os companheiro- marmoristasjunto aos patrões «sobre o augmento dcsalários «aue haviam .pedido.

Tivemoa oceastão de publicar queaquella corporação pedira dois anil r_isde augmento para todos; no cmtanto,como entraram cm negociaçOcs com oGreuiio dos Industriaes, para um ac-cõrdo com o objectivo de valorizar aIndustria ft que pertencem, accõrdocujas baaes preliminares já. de>screve-mas cm nosso numero .pas«_do, tiveramos dito» companheiro,, de transigir umpouco quando os patrões enviaram-lhesuma cDiUra-propos-a dando 500 réis aosquo percebem até SJ900 c lf aos quovencem dahi para cima.

Na contra-proposta, os patrões di-zl.am sô poderem observar tal augmentodo dia Io do Junho cm diante, com oquo não concordaram os operarloe, que,em 0-ficio dirigido ao Grêmio, commu-idearam acceltar aquella .juantitt a ti-ütlo provisório, maa que, attondendo aofacto do alguns patrões JA 'haverem,dado o augmento adlantadamonte, oademais 'bom o poderiam fazer. E assimpediam quo, em vez de começar a vi-gorar do dia 1° de junho, o fosse de 10de maio.

O. patrõc- acc-deram.

melhor o quo deveríamos tetf feito demais «acertado agora.

—i Do modo que tudo ostíl acabado —rematamos n__.

I_ 6 nosso informante terminou: «— '-.ão. Não está tudo consummado,

porque «se o prisão quo acabamos de dar<: lim mal, não o «era de morto, esta-mos certos; o que achamos õ <iuo acõllcctlvidádo necessita de tuna longa«Sra de paz, de tranquil.id_.de, para edu-car-ee, para tornar-so consciente. Em-•fim, meu amigo, o futuro nos diri soonramos agora.

Offertas

"OITOS-

I A seguir publicamos a opinião de üm; camarada marmorista «sobro os motivo-: quo levaram aquella corporação a en-r trar cm accõrdo com o Grêmio dos ln-ilustriaes om Marmórea.'Km palestra com o mesmo oelhemo»'mais ou menos o «seguinte:

Pelo que acafbamos do assistir, osmarmoristas vão entrar numa longa

¦ phaso de folicidade o progresso?Phaso longa ou muito breve, de-pendo do acerto com «quo forem dirigi-

j das as negociações flobre todas as as-pirações de ambas as corporacC.ee.

Oa camaradas marmoristafi estão: al>solutamento certos do proveito que' traz S. corporação o passo ,_ue acabam' de dar? E' um í.asso algo arriscado.iMateriaimente é o que podem colher im-

! mediatamente!, — ü_(k_ estornas certíssimos das con-seqüências moraes derivadas deste ar-riscado pa-«so, como diz, mas posso af-firmar que rtãeà conseqüências so farãosentir mais depressa ainda ao n3o sou--hermos aproveitar os .beneficio- mate-riaes que colheremos, não OevarS, multotempo. J_' uma questão de boa política,-'"..tactlca. Os _ua propugnaram pela1 'ação do tal accõrdo com os pa-">vií.«ignoram a mfi, Imprcasa. quo

meioa proletários avança-'¦ di^nensos, aliás, a taxar"scs Ti COIlíJ"m~ia~ão do

pnpro. transigirlaviaincipios estes- por des-'"¦ciontes,

•ic;i "iscar1 '.'Ivi-

Esi_g

'Hn

-.íariaiio Garcia eíiviou-inoa uma•canta, aoon.panhada do 9 excmplarjiadi> "Violo de furmar" <> outras publl.teaijões. Nella, 'Mariano Garcia faz vo-•tos para que A CI_A_S_- OPERARIAciiegue, em breve, a -lario.

Gratos.

...f ' 'inassn- operariu.M rnlatlva-«nto volumosas.Tlnliu-sd mesmo a iclõa do que os

operar.los haviam i-aldo (ta apathlaeni quo ... encontravam, dispostosli lueta pela «sua einrancipacão dojugo patronal.

ifj.sta effervcisceiieia, porém, foi dl-miriulndo, pouco a pouco, na modi-da em quo os tnnlxdluidore.s iam ad-qulrlndo, embora pãroialmcnto, nsmelhorias quo pleiteavam.

Ilesültúdo: .'i_> massas abandona-vam o syudieato com a. mesma facl-•lidado com que a -11c tinham af-fluido.

Outro fim, do resto, não «o podoesperar de uma obra quo não as-souto sobre bases .sólidas.

Qucimlo.o patronato, infelizmente,maia «sagaz _ melhor organizado doque nís os operários, percebeu quea organização que niomentanoamen-te os havia atemorizado fura epho-mura. o estava cm /"joünio, encetouimmodiâtdmehto s.iu™ oontra-offensl-va. O rogimen da!;'(8 horas foi"entaniento aboli-lo, ,do sono que,uctualmento, bem poucas «ao as ca-tegorias operárias .que ainda o dos-fruotam e assim ¦ rnesmo, pa.cial-mente... Sob' a .denominação do"•extraordinários", trabalhamos 10,12o maia horas diárias; o quo equi-vale a dlzor que o regimen daa 8horas, rigorosamente, niTo existe ou-tre nós.

O reconhecimento do «yndicat..por parlo do patronato, como «a uni-ca entidade habilitada a resolver, cmnome dos trabalhadores, a.s penden-ciaa entro este., e os patrões, tam-bem íol abolid-.

Multo teremos ainda a dizer paraprovar quo a. nossa insistência pelaorganização dos trabalhadores tião6 uma lnvcncionico nossa, mas umanecessidade concreta, inadiável paratoda a classe operaria. A carênciado espaço, porém,- nos obriga a ter-minar por hoje. .

No próximo numoro continuará-com estas nossas reflexões;

Males a corrigirA PROPAGANDA .SVNDTCA...A propaganda .syndical pela lm-

prensa b para a oluasò operaria, omullior <; mala pfíicaz ivolileulo'.Polu Jornal .trausiuittiiiios aos mais

rouoiVdltos Ipgaíps as nossas Id.a..,os nos_o_ ponsaínoiítós.

l'--o jornal podemos combater o»ourou passados dlssbòaridò-ós no' pre.sente por nina critica corisciéiiolosao som rcòtarismó.

l'ulo jornal domqnstraroihoa a pra-tica, dc certas tactlcas, quo nos lovonicom mais ot'1'iciicia ao fim collimadò.

1'ido jornal oombãtoromoa os ,-ubu-sos do capitalismo.

Por oll. «cremos Implacáveis com<>H oon.paiilH.iros que, esquocoiido-sose do.llocam tllroota ou indiroclarnoi.-to :.o lado do capitalismo.

Kmfim, o jornal ê „ dynamo in-cansavol propulsor do nossa.. idétiR,Mas para quo surta o <.-ftoito neces-f-rario, o jonnal precisa ser divulgadonaofflcina, na fabrica, no atolior, n_salão, fazcl-o penetrar, quer pòlijcorreio, quer ipo.6oalmdnto, em todo.",os logares ondo haja operários. Ojornal de uma corporação dove peno-,.rar em todos os logares onde oscomponentes dosai, m&sma curpora-Cão ._ encontrem.

Ki'» assim «o íar.l obra associativa;sô assim traremos ao corrente.do quoso ptissa no .syudieato, a todos osassociados da mesma indústria..¦Deixar um jornal amontof.do emuma secretaria â, eíipera que- os as-Bociados do isyndiciuto o yoníiambuscar 6 uin erro, o não so um erro,um crimo.

Distribuir o jornal logo após suaimpre-são (i o dever dos grupos in-toressados.

Repeti-mos. oa jorna o» devem serdistribuído- do graça ou pagos, masdistribuídos, para que a semente quonelloa so imprime, proüfre, crio con-«ciência...

Na 'nossa passagem por alguma.,associaijõca do S. Paulo tivemos otriste desgosto do constatar esto des-loixo. Acabemos com a indl.foro.ica.IíUotoni.js pelu, causa proletária.

V. J.,

mos

O lar proletárioO lar do operário deve ser o pro-

iongamonto do syndicatb. O lar domarx—ta deve ser o prolongamentodo partido.

DECLARAÇÃOA ft.ro/V-~ttt» «u, ,0^0 Ai_.-dt.nto

surgido oom um rcprcse-utai-to «lestejornal, numa 8<»)un.iiiirhu-tr> iirojntn.-rta pela. União -los '.--ctallurgicu...

te»mos a Klcclailir o aegninte:

A OliASSlil OPTiRÁlUA. foi creadao « feita l>ar» tivatar ííaíi questõescoUecrtii-ras do i-roletariiido o iiãoptuia itordcr -cmipo o cipaço em i».[kimicua Oe «3arnot<.r Individual oucoar» rtcteiunlna!.-!.. iú_l>_duállda<___.

Ai'tu do tudo, £ii«o «.Visto o IIM»-mento oppoTtuno «_o tf ivurmos dls-oussõea do nftt(iri;..rj^i^rJ'.f..«ütr»3ios do-errei-o ora que na. ii»;ntc_iio_, aofua s>i-n,:uliia o o apidoi U-ys truballia-dores em eerai <le todo o lirai.il.

Tumiiouco nos delxaveniO- t-iu»e_larnas malha., do pos««lvelr. ag*5nU».s pro-vocadoi»-S, quo v"-u.n» objeoUvo.s iu-oonfcasavels.

Ponto ílnwl.

Pelos marítimos¦J„ não era sem temipo que os cs-

cravos do capitai possuissem umporta-vo-/; exclusivamente sou,

Nossoa companholrca marítimosprecisam velar polo sou órgão, quomostrar' a todos o único caminho dalibertação dos tralialhtidorcs;

A situação dos quo tripulam a "ro-ta mercante _ das mais penosas.

Oa _ogul..tns, os marinheiros o ro-niadorea ainda possuem «yndioato...Oh taifeiroa não possuem, o não pro-curam organizar-se. Kntre os marl-nhelros o remadores, depois da der-rota da ultima gr<5ve, muitos deixa-ram do contribuir. A e_t.es, lançamosum appello. Não ee deixem iliudirpor espíritos apalxónadcia. Quem pro-pala cobras o lagartos contra o syn-dicato, faz obra da alliado dos pa-trõea. — «TOA-O TIM.U.NT.1RO.

Aos

A solemitidade daposse cia nova dire-ctoria da U. G. dos

MetalúrgicosNo dia 23, sabbado, no eiaiao da

Assoiciacão R. dos Cochoiros G. C.Annexas, efrectuaou-so solemnomen-te a posso da nova directoria, queficou assim constituída: -jmwiúftnto,Ado Araújo, reeleito; vice-prestden~"

|~te, tjuiK do'Ml3lIo; secretario geral,

DESPERTEMOSSentado num bonde, um pol.ro

operário regressou íi casa, depois doalgumas horas de trabalho, Positi-vãmente osso homem não ia tão lim-po como soria do sua vontado. Umas"meninas" "meni-ios" que seguiamno mesmo Ixinde começaram a fi-tail-o do uma maneira tal, que fa-cllmente so advlnhava nesses olha- Vili«>-noel Rocha.reeleito; 1° secretario,res uma censura ao pobre homem. Camlld0 Vora-Gruz;' 2o secretario.

Esto eomprehendeu a significação Ignacio 'Rodrigues; ilhesoureiro, Ma-desses olhares o a sua tonto cur- | n°o1 ne Oliveira; biblloth.cario, Ru-vou-se tambem. como se fosso um rb(?m Br'to. Commissão fiscal: M.criminoso. __ assim se conservou _g-___j'«. Olyntho Rabello o Albanodurante o tempo que seguiu ino car-ro. Po'bro operário! Com minhau.lma a transbordar do revolta tivevontado de me dirigir a esse cbrei-ro e dizer-lhe:

— .Levanta a fronte! Que motivostons tu para a curvar? Não cumpris-te porventura com o teu dever?

iMas o operário om brove desceudo carro, o ainda bem.

Ora conversemos um pouco meupobre irmão do trabalho.

— Leiribras-to de algumas pes-soasquo com tanta insistência te fita-vam?

Ku to digo: — eram meninas do-cotadas, com ricos vestidos, braçosnús. unhas muito 'brilhantes e "emtratadas, e alguns moços com os fa-tos do um talhe irreprehonsivel, sema mais levo ruga e bem ajustadosao corpo.

un, (Essas criaturas que comtigo se-. ~ '.'am no mesmo l.onde eram .por-"

I tfira filhos de algum rico indus-".iju commerclanto ondo tu omo-to como um symboto —'njísi/1 dia pedaços da tua pelle

dji alguns magros tosti.esM n_~~ a forno do teus fi-

. fê;ostidos quo traziam'¦ieh_-,r°ducto do teu

lo úue faz íalta emvo' \j_uczla tio pro-M'nndv'alni:1a *nl*.andor. Sodas que

Nor-am!i. dóS.

1" l»Ndizeí.re

¦ prt.,as

Geny.A's 21 horas, rOpieto o salão por

trabalhadores, suas famílias o ami-gos convidados, foi organizada amesa com os camaradas Olyntho Ra-bello, presidente; Cândido Vera-Cruzò Manoel Rocha, secretários.

üe-ciarada aberta a sessão, pelopresidente da mesa, íol convidado ocamarada——— Arí."1p. a tomar i.osaodo sou cargo.

Este, assumindo & .presidência,convidou nominalmente oa seus com-panheiros eleitos a tomar possedos seus respectivos caiigos. Estoacto foi acompanhado por uma pro-longada «.alva do pâ"may„ Koi otie-recida uma cesta de%florea ft novadirectoria, por um grupo do senhor!-t.-u. -que saudaram os empossadoa omnome dos metallurglcos.

A seguir, o presldente^da TT. Ci.dos Metallurgicosi convldoil o presi-donto da Resistência dos Cochoiros oum dos representantes da U. dosOperários Estivadores a tomar par-to na mesa.

Fizeram-so representar aa seguin-tes associações: TJ.' dos OperáriosKstivadores, Associação dos Carpln-toiros Navaes, U. dos Empregadorem Padarias, Alliança dos OüficlacsItarbelroa, _. O. Marmoristas. U.O. em Fabricas do Tecidos, U. B.doa Chauffeurs, 3. U. dos Foguista-i,C. O. das Pedreiras, V. T. em Car-vão e WUneral, -Vssociação dos Co-cheiros C. C. Annoxaa, U. O. Fer-radoros, U. P. C. de Vehiculos íi.Mão o C. Annéxas, Contro PolíticoOperário do Diatricto Federal, U. E.doa B. Natos o C. í". C. Civil.

tTma banda do musica da policiamilitar executou varias peças do seu'vasto repertório, contribuindo assim'opinara realçar festivamenio a solemni-

ÇOl-de.~~t'Falaram quasl todos os represen-

tes das associações operárias, os»a expandiram os seus pontos dec para o engrandecimento dos'hadores em geral, politiea oIndiicamente.posdiscursos, vários oradores ro-indust..fl, participação do opera-coin«i__a> uma politiea opera-ansfV5 i>i(jco operário, para"t.amonto, ropresentadoa,

i heiros do tr.abalho.>PERARIA fez-fio re-'1--elto uso da pala-

panheiro corriolro.(ploninldado, o pro-

iridos Metallurglcos.a do todo».

operários mar-ceneiros

A CLASSE OPEUAItrA _ o no_a«-órgão «defensor, 6 o defensor do nos-so âyridicato —¦ a Alliança dos Tra-balhadoros em Marcenarias, que aeacha quaal om funeral.

Ha trabalhadores quo deixam oscompaniioiroa aom acção para re-agir contra as imposições patronaes.ílstas âugmoriitam dia a dia.

Para combater o patronato sôvemos tres forças: o partido, o syn-dicato e o jornal.

Viva, pois, A CLASSE OPERA-RIA, quo ha de lutur pelos nossosintoroses, —a,RABAI_H_V.I.Ql.KS KMMAIliCENARlAS.

¦ei-

Communicados,e convocações•_>

V. O. «OS KMPREGADOS EM HO-TXUS, RESTAURANTES, CÀ~.~ÉSB «SIMILARES E SUA FOSÃOCOM O CENTRO COSMOPOLITA.

'Uealizou-so no dia 21, quarta-foi-ra, a ultima assomblCa desta asso-ciaijão, ficando definitivamonto fir-mada a sua fusão com o Centro Coa-niopolita.

A's 22 horas com a presença denumerosa assistência foram abertosos trabalhos polo secretario gorai,sendo composta a mesa pólos re-spectivos secretários o um câmara-•da para dirigir oa trabalhos.

Em primeiro Jogar foi lida e ap-provada a acta da assembléa ante-rlor.

A fiágulr foi iido o parecer dacomm__!_ão do contas, do seguinte-thoOr:'••Noa ab.aixo assignados, tendosido nomeados para rever o balan-cote desdo o mez do junho de 1!)_1.a marco do 1325, declaramos terencontrado aa contas nos livros, doaccõrdo com o balancoto o notasapresentadas, ã excepção das c-guin-tes faltos: 1$000 no balancete, a fa-vor do thosouroiro e umas notas n3omencionadas no 'balancete; estas,contra o thesourelro por serem con-taa do advocacia, no valor de 200*o mais outras despesas quo a com-missão explicará.

Pela commissão de contas. — M.B. Rodrigues — F. Marques — J.M. Mcircllcs —J, C Cruz."

Dadas os explicações eobro a ultl-ma pnrte do parecer, a asson.bi.iaapproveu o trabalho dfl comml6_ão.

«Seguiu-se a nomeação do doismembros para a commissão provi-soria para a fraeçSo culinária até apróxima reunião -da referida fracção.

Em assumptos geraes falaram di-versos câmaras, todos procurando ex-clarecer pvitos <_ue futuramento nãoservissem de base para discórdiassobro o bom andamento e progressoda fracção culinária.

Fala tambem um membro da dl-rectoria do Centro, saudando a fra-

PÍLULAS

_Papaina e 1'odophy-(Pilulaa de

Una).Empregadas com euoces-O nas

moléstias do estômago, fígado ou in-testinos. Estos Pílulas, aKMn de to-nicas, eão indicadas nas dyspepsias,dores de cabeça, moléstia*! do íiga-doe prisão 'do ventre. São um po-doroso digestivo e regularizador dassecreções rgaetro-intestinaes.

A* vonda om todas as pliarma-ias.Vidro, 2$500. Depositários : — Dro-garia Cardoso. 'Rua dos Andradasa. 12, Rio do Janeiro.

3

SYNDICÀTQSexploração dos coidiciorg

de pepeuos veliícülos~Queremos interessar o estimular a?leitura da A __AH&K OfJ.vt.AltiA

ontre a mimorosa corporação doscondilctovea do vohlcüloa â mão, in-rpllznióuto pouco leitora, parle jiorser analphabela, o parto por desiu-teressar-so em absoluto da leitura,já uãn dizomos do livros (que, quan-to mais aristoci-atas são os «eu., au-toros, -mais caros ficam), mas ao mü-nos do nossos jornaes, que custamapenas um tostão, on soja p valorreiil de uma cal..:., do phO-iplioroa;do trio iiislgnifleahtü cuuto. Uma in-HÍgniíioruicia, cà'in.aràda_.. . i_:m tos-tão, mesmo para nossas -bolsas min-filiadas u rolas. De-Vfiiios lor o pro-pagai-, pois, A CIíÁS-É OIPERiVÍRIiV!Esta i*:, sem duvida, unia leiturademasiado barata, e ao mesmo tem-po proveitosa, desünfustiàda e agra-¦davol ao paladar do todos os prole-tarios. Devemos lei- ,V G-,i-_ri_>E OPE-KATirTA, Devemos dai-a, depois d->lida. íiquoll.s que ainda a ignoram aexlstúhciá.Os carregadores são muitomal remunerados; prin-ipataient. osempregados.

Estes podem sor, para confronto,•divididos em duas categoria... a sa-ber: — ,*. <1U(, trabalna-ii nas grau-¦des casas comniorciaes, o os quo tra-'balham nas pequenas canas commor-ciaers; aquellea são -muito ca st i iradoscom oxcesslvoa e ipesados tr_ba.lhos;o estos, muiio explorados nos ord.-nados, que são inaigniricantcs. Cou-cjusilo.: une e outros, são explorados,roda a «rente ignora, porém, estas-rua., verdades: — que as pequenascasas conumlerciaes, coino sejam qui--andas, eal..o.ai'l:ui o a venda da es-¦quina, sob a falsa allegação de queos lucros do negoci.» não dão paraquo a casa possa sustentar, por <•«o, uni carrinho do mão licenciado,¦mandam o autorizam o seu carreira--dor a -ratar o fazer carretos na pra-ça, cujo produoto'reverte á eai-ía dopatrão.

cção culi.aria ç a fusão da GuiãoGeral com o Centro CosmopolitaPor ultimo fala o rcpr_sehta.it.

da A CLASSE OPERARIA, saudan-do os trabalhadores e demonstrandoa necessidade de solidariedade parao .primeiro e único órgão do.s traba-lliadores do Brasil.

.Tá passavam das ,2. horas quandoforam encerrados os 'trabalhos, comviva.s ao Centro Cosmopolita e aA CDASSE OPERARIA.CAIXA REX-DF-CENTE A(;XIJ.rV-

DORA E DE OOI»T_OCAÇA«> DOS. EM1'REGA»Q9 EM HOTÉIS,

Desta associação, recebemos umaíCarta e um exemplar dos estatutos.Naqiiella, o director communica-nosquo a associação, após cinco annosde lu-rtas, conseguiu matricular 200mulheres trabaliiadoras.CEXT0.O Ol-ERAIMO »E VII,r,A

GORINTÍIOAcaba de ser empossada a novn di-

rectoria desta associação ínirielrajfundada a 15 de novembro d(í 1922.

Fazem parte da nova directoria,«Manoel Garrido Guedes, It.glno 1,1-ma, Antônio Martha Pert.nco, Sobas-tiü o- Cândido Octaviano AugustoPinto, Claudiòiior Caldeira Juiilor,Antenor do Oliveira Reis, João Ne-pomueonp, Nioolau Beccatini, Pedrol-stanisláo , Raymundo Machado,Francisco Mendes o Antônio Bernar-des.

Nossas --licitações.SY.VDICATO DOS EMiPRHGADO.S i

NO COMatKRCIÒ E INDUSTRIA IDE MTIIEROV iti.de provisória: Tl. Coronel Cio-

mos Machado n. 22, sobrado. iConvida-se o proletariado cm ge-ral a comparecer á grando reunião I

que esto syndicatb realiza amanhã; !sabbado, 30 do corrente, a 8 horas jda noite, para a posso de sua di-rectoria.

O Dr. Evaristo de Moraes, espe-eialmente convidado, fará unia con-íerencia.S. RESISTÊNCIA DOS TI_._I-AT_HA-DORES EM TRAPICHE E Q-A-flE'

Esta sociedade, tendo contrahidorum empréstimo entre seus associa-dos para a compra do seu edifício]próprio, ondo actualmente funcoio-lna, jã conv.çou os chequos óindttidos |aos «iesmioa roferentes ao anno do1922; sendo -que, at_ hoje, já res-gritou aru: a matricula n. 204, inclu-slv. 47 da succtirsal de Nltheroy.

No mez corrente a thesoúraria ef-íectuòu .pagamentos na importânciade 1:38-1000. Assim, continua a so-clodado a solver sou compromissocorn seus sócios todos os mezes, doconformidade com o deliberado mtsassembl.as passadas.

«São chamados a comparecer A se-cretaria da sociedado, afim do rece-berem o empréstimo de 1922, os se-•ffuintes companheiros: Pedro Nu-nes do Amaral, Cândido Silva o Cae-taiiò Daniazio. — Socrotaria, 22 domaio do 1925. — H. Baptista, dc-.Souza, 1" secretario.UNIÃO DOS l~M,PREGADO.S EM

rADAlUASA' olasse» — Provine-so aoa com-

panheiros que trabalham na inánipu- jlação e venda do pão. »iue diária-monte, das 17 fia 19 horas, serei en-centrado em nossa sOdo para tomar ;conhecimento e providenciar eobro.prisões, moléstias, accidentes no tra- i•balho o tudo quo prejudiquo directa- Imenti;» os Interesses da associação e!dos associados. —M. Matos Garrido. íprocurador.SOCIEDADE DE RESISTÊNCIA T.

__.« TRAITGJIES E ÇA~.__.•A secretaria desta sociedade vempor moio de.sta noticia chamar a at-tonção doa associados que. oondogrande o numero de recibos do des-conto pr6-predio, jã extineto e prom-ptos a serem entregues aos respe-ctivos intoroasadòs, deixado., pela di-rectoria passada o não .procuradosalô esta data, vè-so o actual secróta-rio embaraçado para normalizar oserviço da secreta ria; por esto riiqtlvopedp ãqüoli.B que ainda não vierambuscar os recibos, que Isto façam atéo dia 10 do próximo mez — sondoque, temlnado oslo prazo, não maisse attenderá a quem quer que seja,mesmo porque jã 6 demais a ne-gligonçia. Outrosim, ficam res,triçta-mento com) o rpra^ò do 15 dias apartir de hojo, a trazerem, so aindaexistem, caderneta, para. «oir.mar,visto que, terminado o prazo acima,jamais so altonderá ás reclamações.— Secretaria, om 27 do maio do1925, — II. Baptista de Souza, Io.secretario.«S. B. DOS RRASTr/l-IROS NATOS

Avisa-se a todos os sócios qne jtendo incorrido uo art, 9* parágra-í

No fim do cada moz o <Jmpregádotom feito maior Xf:rla Tina ruas du,-íue c» ordenado que o patrão Pi_paga.

Asslni, ficam gratuitos oh traba-Ilida do uni carregador", voriClciuidi.o patrão, n<> fim de càdti hiev:, um•saldo regular... iSIria os carregado-res, mesmo usslm, triniam om nãoquorõr despertar. Teimam om conti»nuar nesta «ipatlíla om que se pollo*cànvm. Existo, do facto, uma forte ajprospora 'assoclniaffio corporativa,¦úm verdadeiro glganld adormecido.K uma forca Ignorada pela clásHi.operai-la om geral. E' verdade que a¦Centro ;S. D. dos Carregadores do•l-istricto federal /;, om principio; do.itendonulas ordeiras o paclflcaa, nio-tlvadas, aliar--, pula índole dc sou.»icoiupoiit-nto...

Demito dos innurocro.. intére.-seii e-direitos que tom ;t roivindicar pre-sehtemeiito, pa.ru, a corporação, nãopodo. «ob noiihum luudamouto; con-fumar surdo-mudo.

Precisamos, todavia, chamar parn,o nosso moio. todos os cáfregaddreã¦qii'> oatao oir.lprcgados no contmer-cio, o que Hão, justamente os mai»í.ef.atarlos aos meios lussôclatlvos e,por cpnsdgulntò, ao prenai-o c á edu-cação social.

A nossa corporação compõe-so d*uns 3:000 homens, maia "ii menos.,Vemos filiados ao Oeiitro, apenas1.700. 1'ols bem. Desses n;ii o sete-contos, a grande maioria ú juatamén^'te ilrupielios que ¦menor numero do.reivindicações IGni a tazòr, i» isso poi»trabalharem rpor couta própria, noailogradòüro' puibllcos da cidade.Por que razão não procuram, os

que são emp rogado.., a sua associa-ção. part. roivindicar direitos que ha.tantos annos lhos são devidos. E' oáasumptò que vamos ..•sclarec-r,id'ora avante, nos sü-cessivo'.. caiui--ros da A C--AífSE OPJQR-V.RIIA'.

ADBI.NÒ J>A SIf,VA,

pho 2° dos estatutos em vigor, o SrJoão Clirlspim do Ma.odo, ex-pre-Sldente o cobrador, iniciado!- destasociedade; foi o mesmo. ,por delibe-r.'1'.'ão do nunierosa assembl_:i geral,realizada em. 2a do corrente, oiimi-nado do quadro social, cum, perdadefinitiva do iodos «... direitos,

"-porunanimidade. Outrosim declaramosqu. a sociedade -não «o respònsabi-lir-i por qualquer negocio off.rctiiauopelo .supracitado senhor. — Ilio 25do maio do 1925. — F-i-ancisoo Tran-coso, secretario.UNIÃO INTERNACIÒNAT, DAS CO-OPERATIVAS DOS Tl!...J.AI.JJ. \.DORES DO mtASII,.

Do "ordem do presidente, convido"

os sócios a comparecerem á assem-blêa quo sé offootuará em nossa é_domatriz, á praça dos Estivadores 11,sobrado, as 19 horas, hojo, sabbàd-,20 do corrente.' 1" do próximo mez de Suuiio, athesoúraria, iniciará a revisão dasmatrículas dos sócios: aquV.lleK queatú esta uata, não so qnilgircm, ko-rã.. e_.cl'jld-rs desta tinião.vsein^ap-pcliação, nem aggravo. — (O secro-tario. \SOCIEDADE J)f: RKSISTi.Xcr.V

DO.S TKABAI, II ADORES KMTRAPICHE E CAPE.Chegando ao conheclmohlo dn di-rectoria dessa sociedade, que entroos trabalhadores que partiram .para

as * Docas do «antoa". .por interino-dio do Sr. Cypriãnó Josí» de Ollvei-ra, foram alguns sócios dosta agre-,miacão, sua directoria declara quoestá completa monto alheia a qual-quer negociação nosso sontidò. o¦previno a todos oí» domai:! .orisociòsque não assumo responsabilidade doespécie alguma durãinto o tempo qu»estiverem fora do .perimetrò social o,no prazo estipulado por Joi, perde-rao definitivamente os seus direi toado sócios so continuarem dusentês.—¦ Carlos ,T. Aiv.';?, presidente.UNIÃO DOS OPERÁRIOS ESTIVA-

DORES'Chamamos áttonçãò dos Srs. abril-

xo inscriptos, a virem se quitar atõo dia 5 do próximo moz dc junho,¦sob pena do .perderem os seus di-reltos sociaos: Erasmo .T....6 de .Si-quôira.Antonlp Josí- da Silva, .Torg»Francisco do Carmo i-iHio, GouesioFrancisco da Rocha, OswaldO doBarros, Jovolino.Rocha, Arthur Frei-tas. Bernardino Antônio do Oliveira,Francisco do Souza, I.ino Ferreira.do Almeida, Juventlnò Gõndín, Ti-bii.rcio Feireira do Mendonça, Ermo-lindo Pereira da Costa, .Toso Bicar-do Filho o Antônio Jos, Monteiro.—O secretario. Sllvíno de oliveira.ASSOCIAÇÃO DOS CARPINTEIROS

NAVAESDo ordem do companheiro presi-dento, está associação reuno-.se omassembléa geral extraordinária, paradar cumprimento ao quo determina

os seus estatutos, á.. 19' horas dohojo, sabbado, 30 do corrente, emsua «ide social, á rua da Harmonian. 65, convidando para esso fim atodos os sons associados. — JoseFra.nçisco Elias, t» secretario.SOCIEDADE BENEFICENTE PRO-

TECTORA DOS INQUILINOSS.de social: rua Sonador Pompeu

n. 121. São convidados todos os an-sociados quites o em plono gozo doseus direitos sociaes, .para assistiremã. assembléa. geral extraordinária areaiizar-so no dia 1 do junho próximofts 19 'horas, para a continuação dadiscussão, e approvação dos novos-«tatutos de accõrdo com o art. 31,pai-agrapho único, combinado com oart. 32. ?.

1° secretario. Alexandrino ForreiraCampos.

Tintara-ria e Al-

FortalezaIixvagcm ohlmloa. Tlngeini-so e llm-

pàim-so todas aa qualidades do fn„'/ondas, qualquer quo seja « côr.Tira o -nflfodiis fazendas. __nzc_n-8_<• <_'onccrtain-rK: roupas sob medida.O pns-imienlo a ferro «5 sojni.rofeito min perfeição. Ca.lmira_j doprlinclrja ordem.

Fernauílo CarrascoTingç-aò para luto em 24 _f~ft-ars

AtliMido-se a chaiiiados--Tel. C. «081S0, RUA DA MISERICÓRDIA, at»

(Próximo íi igreja do S. José)•RIO DE JANEIRO i

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Page 4: fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORESmemoria.bn.br/pdf/086569/per086569_1925_00005.pdf · fOR TRABALHADORES, PARA TRABALHADORES ¦±ti >so, 30 de Maio de 1925 Publicasse aos sabbados

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A CLASSE OPERARIA — S^

CORRESPONDÊNCIAA concentração capitalista e a invasão descapitães americanos e allemães na Hespanha

A viagem á Hespanha do pro.si-'dento ilo NaUorial City Bank do No-rva Ynrl-, cm julho do 19.24, ppz liaordem do ala o prol-lema, da pçnc-tração financeira americana o alio-mtt. Tnl visita, que íôfa procedidacotn a constituição da CotmpanJ.lt»'Joloplioiilcii Nacional, tinha por fimestudai* as possllilUdãdos do empro-go do capital americano 11:1 pònin-pula ibérica. El Economista, c tiaI&ípnfia Ecoiioinioi. y Füiimcclra,pórtavozos da grando industria na-clonal, rovelarai-i os perigos da "in-

vasão estrangeira^. Em seguida •''¦esses movimentos, creou-ée t>. ~c-

üoraclôri <lo Ias Iiulustrlás Naclona-Itis, composta pelos Altos Hornos rteBlE.aya, a Diiro _r*t-lgiici'a dns -----turias, as CÓnsU-iieelonòs Ali-tallurgi-imis, :i, (Sociedade ilo S-clbríã-gin, a, Mii-quinaria 'roi-rcsU-o y M-u-ltlma, a.sfirmas Eskaldcnui, Kscorlaza y Car-dc, Coiic-truclora, Naval, Ibera Espu-fiola, jkíciige-iior o a Soelcdad doCoiistriiceiónec. Eléctrlcáçs y M.eáni-cas. Um pouco mais tardo, a., prin-cipaes industrias u vários bancos ca-tálãés por sua vez adhorlram C. lAs-dora-ión. Foi esto o ponto do par-tida de uma grande campanha pro-tcccioulsta e a ira dos grande, pro-jectos do capital hespanhol. A visi-ta de Primo de Hivera ãs offieinasda Transatlântica deu azo ti uma(ruidosa apologia das Industrias na-cionae». O boato correu então de quc-¦uma empreza hespanhola ia empre-Jiemler, sob garantia do governo, acanalização do Guadalquivir. E,comtudo, a penetração dos capitãesc das indústrias americanas e alie-mães continuaram, sem atoarda,principalmente através das portas doBanco Ui-quljo.

Em janeiro de 1!)'_4, creou-se oBanco Internucioiwl dc Industria cdo Co-i-merclo, eom um capital do30.000 posetus, dc origem espanho-Ia e belga. Seu conselho de adriilrils.tração '6 presidido pelo marquezAlonso •Martiiioz, presidente daCon-paul il 11 FeiTccurril dei Norte dcE.pai"ia; o Sr. Wonters, vioe-presi-dento da Banque Bolgo de 1'Etran-ger e o Sr. Juan Ventnsa, pre.siden-te do conselho .do admlnistraQgo doBanco Mus-tns, dc Barcelona, sãoos dois viec-presidentes do novel es-tn.beloeimento financeiro. Mais ou-rnonoa pelo mesmo tempo, a firmaKrttpp estabeleço na Hespanlía aTJnlón Naval rto Levanto o promovea fusão, num trust, de importantesemprezas -de mineração, como a. So-ClaiUuí LM.iWi'a de Slerrn Mcnarcs eos Altos Jlornos de Sngimto. A fir-ma Krupp projecta ainda a aoquisi- |ção dc minas de ferro do norto mar-ro.uino o a creação, na Hespanha,do uma grande industria motailur-giea, que se serviria do excellenteminério marroquino. Isto seria umgolpe mortal contra a industria mi-neira o mctalk.r_.ica nacional atéaqui obrigada a exportar para a ln-glaterra o minério da F.tscaya.

Ao constituir-se, a nova emprezaKrupp dirige uma petição ao Dirc-ctorio, solicitando a redueção dc me-tado de todos os impostos duranteoito annos, a isenção durante cincoannos dos direitos aduaneiros sobrefilias importações, a protecção adua-neira do seus produclos, a partici-pação nas construcções navaes dolistado, encommendas de armamen-to e do material ferroviário. Em-bora estes pedidos não tenham sidocompletamente attendidos, a novaempreza obtém um direito do prefo-rencia sobro todo,1, os produetos fa-bricados ou semi-fabricados impor-tados. 1

Em agosto de 10,2-1, constituo-secom a denominação dn

Sautandcr-Sagunto, a qual devo li-gar n, costa cuntobrica ao Meditei*-ranoo, A Central Mliiing Co. con-stituo uma filial liosparihola, emit-lindo obrigações 110 valor do doi»milhões do libras esterlinas garanti-das pelas acçõos das minas do Tran-svaul e collocadas a 1)2 "j" eom umprêmio de 5 °,_i".

Dois. mezes mais tarde 6 fundada;i. V.il-H Radio, trust para a explora-ção da Radiotolephonia, o cnglobaii-do ns em prezas Miiivoni, Tele_iiiiJ.(.n,S. I. O.. __., Kju.loli. e. us Telefo-nos Bell.,

Em dezembro, finalmente, a easaKrupp adquiro, os estabelecimentosda Soelcdad M-crea, constituindouma. sociedade filial com' o capitalde HO. 000.000 de pesetas, das quaes22.000.000 fornecidos pela .Mieres'oo restante pelos bancos hispano-allemães. A dlreeção technica o ad-ministração da empreza pertence aKrupp. O mesmo trust germânicoestá em negociações visando adqui-rir as fabricas o as minas do ferroo do carvão da firma Quiròs.,

t.Madrid, abril).. .TOSE' 1.UJ/-.K..OS.

Os socialistas deS. M. o Rei de ItáliaA ''ONVE1..SAO OFFICIAIi 1XIK SO-

JIAJAHTA.S l.Nr_._.-UO.S (TU-JtATTI) A'„. 1-01_ITICA »K NOS-JOB!

Os períodos do grande roacção sãotambem os da liquidação do certos

partidos ou de certos Jndivldu .5. O."soelalistas-umtarios", como ie.cjam

/ fTurattl

dcnominar-i*; es _-eforn*:s.as que' hanumerosos annos dirigem o PartidoSocialista Italiano, e .Vitrte os quaesfiguram Turatti, fundador do partido,Modiglia.nl, Treves o os dirigentesaetuaes da. Confederação geral do Tra-balho, D'Aragona o Buozzi, acabamdo decidir officialmente, mo Congrcs-so agora encerrado em Roma, pôrdo lado o socialismo . adoptar o..."noskismo" (1).

Devo lembrar-so quo o Congressodo Roma em outubro do 1022 consu-mou a scisão dos últimos vestígiosdo "glorioso cpartido" italiano. Maxt-mali~tas e unitários (2) sc divorcia-ram.

Os unitários áceusam lioje 30 milinseriptos (tem havido uffhi.ncia,

para as fileiras reformistas, do jo-vens intollectuaea desilludidoc. dofascismo), 2-1 deputados ai..... -123 mileleitores!

Seu .'•eeretario, o professor Basso,que substituiu Matteotti depois doassasslnio desto pelos bandos doMussolin!, tem pelo menos a «ota-cvol virtude do não se dissimular atraz

Coinpahliia I do phrases. Fazendo seu relatório

Telei-lionica Nacional, ' um grande

trust para a exploração dos telephò-nes. Esso-tru.st 6 financiado peloNatJon-il City B-U-k o Tlie Interna-tioiml and Telegrapl- Corporation(amboa americanos), bem como pc-los bancos Crqiiijo e Jlisiiano-jVme-rieano.. Sou conselho do administra-.ção _ 'presidido pelo marquezi jd-eUrquijo o comprchende, entre outrosnotáveis financeiros, os 'Srs. JulianCifucntes e Valentim Ruiz Senn. Ocapital da companhia _ do 115.000.000 do pesetas. .7.-00 doeuas acçOes do BOO pesetas, dandoum interesso do 7 °'f; foram cober-tas num só dia. O novo trust ad-

quiriu todas as aeções da Conii>aidiiaJ-enlnsnlai- Mí-ATilc-ia do Teleplioncs,c fez-so proprietário do todas as lns-talaçõ.cs teluphonicas de Saragoça,Malaga, Sanlandef, Almoria, Cordo-iba o das pertencentes ao Estado, cs-

tas ultimas devendo ser-lho trans-jnittidas no prazo máximo do cotoannos -a partir da data om que foi

publicado o decreto ido concessão(28 de agosto do 1*24) .

Em setembro, a Conliiul MiningCo., obtom a concessão doa traba-

lhos da estrada do ferro Onlaneda-

AliT^AIA/l-ES

iRcecilHimoi. casimlras ppra feitlo

1-BEÇOS MÓDICOS

110 Rua Regente Feijó 110(ox-rua Tolilas Barreto ):

^•Felep-iono: Norte 39i57

r _-,-. RIO DE JANEIRO

em nomo do partido, elio proclamoua necessidade dc revisar o julgamen-to quo os socialistas italianos hãoemittido sobro Xoslte, quando asmassas ainda tinham possibilidadedo fazer conhecer seu pensamento. O

professor Basso 6 tio opinião quohoje -não so podo mais condem-narNoslce mas, polo contrario, 6 preci-so louval-o por ter "salvo as con-

quistas da Republica allemã". O

professor Basso (reclamou, em segui-da, ">um Eslado forte'» (contra o

proletariado, . naturalmente) e, em-bora dignando-sc reconhecer a. ne-cessidado da liberdade syndical, pr*ò-

poz quc so ponha um freio ás greveso condemnoti as greves dos serviços

públicos. Para completar este .bello

collar ido pérolas... "socialistas", o

nosso professor, membro do um par-tido proletário (!), pronunciou-so ai-to o bom som a favor do exercito,

quo assegura a 'defesa da liberdado

geral (burgueza, _omprehcnde-so).Assim, ipols, a evolução dos sócia-

listas 'italianos chega a seu termo. Os

unitários, em. pleno regimen fascista,apresentam abortam ento sua candi-datura a pai-tido governamental, dis-

posto a cumprir todas as tarefas ao

serviço da burguezia. Não podendovencer os fascistas, elles so tornamseus concorrentes! Mas necessita fi

burguezia italiana doa socialistas, tio-

cesslta cila 'do lhes pedir um Noske?.Tfl. não tivemos na Itália nosso pe-riodo de "nosldsmo"? So o pai-C* dossocialistas italianos consisto, como 6o papol dos social-democratas de to-dos os paizes, om abrir o caminho ílreacção, íi. dorrola 'do proletariado oumesmo ao fascismo, não cumpriram

já os socialistas italianos sou papel,em. 1020, .por occas.üo do abandono

dns fabrica.! pelo .proletariado, ouainda em 1022, por occuslão da grevegeral do agosto, quo ellos sabotaramseientemente, permlttindo com isso aavançada fascista?

Seja como ÍOr, a burguezia Itália-na está, saUsCòltisslína .por saberoffieialmento o quo já sabia pratica-monto desdo muito*, quo o pari idosocialistit tor-nou-so um instrumentodo conservação social.

"Rouco a pouco, «cm violência" •—•ris alil um bello programma! os ft.-nliores professores e advogados (3)do Partido Socialista Unitário dão-soao 'trabalho do explicar esso pro-graninia. "A. abolição da. propriOila-do privada e a. conquista do poderso realizam, grv.ilualmente, rerormaa. 'reforma, sem quo seja necess-iriofazer saltar a poderosa iivicíhhia. dotestado democrático burguez". Os so-eialistas são pela liberdade, mas nã.querem' que se "abuse" dolla. A T.i-bordíido, — a gente devo aproa-.ler aservlr-fiO dcllà em pequenas doses,como homeopatliia. "A liberdadedentro do limito «Ias leis burguezas":apenas isto. Se, ainda puilessem sub-sistir duvidas sobre a natureza, donossos socialistas, sua eolc-mne ru'-ir-mação do solldariodaclo com "Ko-

rcnsl.y, o verdadeiro representantoda liberdade na Rússia, como Noskeo Ebert foram na Allemanha" basta-ria para destriill-as instantanea.ncn-to. Não nos espantemos depois (listo

quo OS liberaes se felicitem, no "C:n-

riero delia Será", com essa coiívei*-são, quo "faz honra nos socialistas".Os monarchistas, no "Ciornalo d'Ita-lia", acham que "é incrível o quo seestá vendo: o -extremismo communis-ta íicajsolado. As forças moderadasdo socialismo orl-ntam-so cada. vezmais para a. democracia; constitucio-nal." E viva o Ke'!

Os fascistas são os únicos quo nãoficaram contentes. "Ainda bem, diza "Idea Nazionale", mas os fascistasestão no poder o estão convencidosde sua missão histórica na vida po-litica italiana. O fascismo tom. o õi-reito de so defender o defende-_esempre que pôde, pelos .meios que alei lhe faculta, o ¦extra-lcgalmonto,quando a lei não lho basta." Simplesadvertência ao concorrente.

Na realidade, a. situação políticaitaliana, quanto mais se aggrayamais clara appuroce. ü proletariado:.e encontra quasi completamentedesligado dos socialistas. Estes, po-r.m, têm recebido novas forças dapequena-burguezia.

A pequena burguezia, sempre in-stavel, ora se põe a reboque da ro-.acção, ora a reboque... do soclalis-mo. Mas as massas operárias, depoisdo mil dolorosas experiências, asmassas operárias, cuja ultima des-illusão foi o fracasso do Avcntino,encontram o caminho do seu verda-,deiro partido.

A participação dos socialistas uni-tarios no poder 'burguez o eua .gra-duai absorpção nos partidos do or-dom são o começo de seu fim.

(Roma, abril).EDMONDO PEIA-SO.

Notas da redacção:(1) "Noslfismo" — de Noske,

Nomo de um dos chefes da sooial-de-mocraeia allemã, eministro da defesanacional nos pnm-ilrpa gabinetes so-eialistas lormades depois da qutclado Kaiscr, ua Allemanha. Como ta!,Noske e o responsável direclo pelosassassinios do Bi< blçnecht o RosaEuxomburgo, e pelo massacre do de-zonas do milhare.'. ele operários alio-mães, motralltaclos sob suas ordens.

(2) Denominações do duas dasfracções em quo so scindiu o velhoPartido Socialista Italiano. Os "ma-ximalistas" não d..vr-:r; ser confundi-dos com os commiitíslas, únicos fi-li.fdos á III Internacional;

(3) Uma das caracte-ristioas dospartidos social-roforinis-tíus con.lsteprecisamente nessa, ftbuhdancia deadvogados e professe ''es em suaò ca-madas... dirigentes. Tambe-m o omprojeeto, aqui no Brasil, está cheiodolles... Não i- á tOa!

APOLIlNO O

E' notória a hostilidade dos con-servadores inglèzes cm relação áUnião Soviotistã. A.'a questOes quclhos são feitas, pela opposição,acercados conflitos de interesses russo-iu-glezes, os ministros britannicos dei-xnm, naturalmente, Vlo responder, Dorosto, .não ô necessário que clica ros-pondani. .Sabe-se qúo 6 no Oriento,na servidão dos povos do Oriente,que os conservadores lnglezes sen-lom-üo ameaçados pelo V. R. M. S.

Os Inglczes gostam do a-pparecerna posição do vlctimas, Ainda ulti-mamònto faziam dohunciar ¦ pelo"Temps" \'a propaganda da I. C.nos palzps niusulmanos do Impériobritannieo". Na verdade, o do quoso devia falar.não ó da propagandacommunista protegida pelo governodos sovlets, eporém, antes .da offcnsi-va tiystomatica do imperialismo in-glez contra tivlos os povos do Orl-ente. A. imu;\ii..a. prisão que £ oImpério l.rilavínioo está sempro sys-teimãtlcanionto^ aferrolhada. lias não•ha do ser o •!'.'en_p.s", pago para. oignorar, quo perceberá semelhantecoisa. ¦' ' !

Uma rápida- passada do olhos so-bro os cpaizes do Oriento vai edifi-car-nos.

Na Arábia, continuas perturba-ções. A influencia inglcza ora sus-cila a' miragem

' do uma federaçãoárabe, ora sustenta 0 joga um paizcontra outro.

Na Pérsia, o imperialismo inglezsecunda as forças ivoaccionarias dosfeudaes contra o movimento oman-cipador nacional. Não tinha outraorigem o recente levante do CheikJ-Iaysail, ao Sul.

No Egyipto o no Sudão, bancarrotado falso eonstitucionalismo britan-pico. A burguezia' inglez;. gosta doempregar uma linguagem liberalquando isso não <;ou'traria seus in-teresses. O assassinato do sou pro-cônsul no Egypto fornecou-llie o do-sejado pretexto para tornar o Su-dão "autônomo", isto 0, subtráhll-bao coiilrôlo do Egypto independeu-te. Em seguida, foi a constituiçãocgypeia rasgada, dissolvido o Par-lamento cgypeio que resistia, modl-ficando-se arbitrariamente a- lei eloi-toral do paiz.

ctamn.

' Nliticabinetognar-so asubmissão, onegócios oxleiformas internas.po, os inglczes ene•etnosa insurreição .A.bdul-Kerim-Khan. l..le. do .mesmo gênero estiparado. Ornar Klian, quoao futuro governo do Kabul,olles agasalbado nas índias, s.-Vfglianislão so transformar, em blve, em tbeatro do uma guerra fra-trieida, toda a responsabilidade dis-so roeahirá, sobre o gabinete conscr-vador do Bondros.

Na China fi a Cirã-Bretanha quo soencontra á frente da offensiva im-porialista. E' de Hong-Kong que.partem os fios de todas as intrigastramadas no Sul' contra o partidonacional revolucionário "Comindan''.Foram os iliglezea quo armaram, em/Jantão, os "Tigres do Papol" (fas-oi.slas ehinezes), balidos por Sun-Yat-Sen. Foram ainda elles quo ar-maram o general Teheng-Tsu-Ming,igualmente balido — e por duas vc-zes — ipélòs soldados do "Goinin-dan". Jtas o dinheiro inglez conti-lida sua obra.

E podo-so, depois disso, incriminar,como causa das perturbações que seproduzem cm todos os paizos, a pro-pagunda da I. C?

Quando, denunciam esta propa-ganda o as "manobras da União So-viotista, que a protege", os imporia-listas inglczes não fazem mais quoutilizar-se do velho processo dopoel.-pocl.ed' apanhado em Ciagran-to delicto o que procura escapar gri-tando: Q~_ga o ladrão! Um ta! estrx-lageina não enganará ninguém, oaos povos do Oriento menos quo aninguém.

(Moscou, abril)..

I. STII-IU OV.

lio, _Pardin

T.ista 1.1.1600; Aly,etiioso da Si.bastião Goulart,valho, 10?; Álvarode Oliveira, U$; AffOi.Medina, lrf; Magailhãe..Dí-a, 1$'; Barros ,$500; At,tos, 1$; AlTonso, $500; Vieira,Mítximiano, $500; Busto», $500; v ..ta, $500; Waldomar, $500: Deòdòro,$500; Rodrigues, 1$; Ca.pollani, $500;Agenor, $500; Guilherme, $300;' Con-rado, $500; Cunha, $500; Leal; $500;Oliveira'Bast.s, $500; Carvalho,$500; Paiva, $500; Abdun, $500; Hei-tor Sodré, $500; Tertuliano, $500;Frederico, $500; Olhou, 1$; Scl.nildt,$500; Maia, $500; Ohrií-to', $500; Jor-ge Costa, $500; God.fredo', $500;'RI-cardo, $500; Olympio, $500; Arman-do, $-100. Total, 80*9.00.

A. quota semanal do GÓMITE' nu-mero 2 PRO' A CLASSE OPERA-RIA (Offieinas do "O Paiz"), im- agora,

I nuo im- proxiiíiü»portou em 20$.00 o a quota mensal ] 81(i*(j_0 para. o jornal, 100$ para. o

j"-u m.a .Haí.ilidatlcT.I)ov todo o P.riin; fi parte integ..cia deste jornal. So o ,não o apoiar, o jornal morrei... .quo ólle só pôde viver do proletária-do. Ora, o jornal não- pOdo morrerlMas elio não vive de "briza".

¦O saldo, oue .subira a. 22!$2O0, de-pois a. 499JJ400 o depois a. 900$000,baixou iissiistadorau-eiile a -I2i,M)0

a 05?000. ora, íc .precisosemana, tenhamos

situação dos yraph.cos. desta oapital

do Comitê ri. .'! (padaria. lioa-VIta) importou em 49$, Agradecidos.

Como prêmio, daremos um livrodo valor tio Companheiro quo apro-sentar, durante este niez, a listaque attingir a quantia máxima.

II — NOSSOS ASSINANTES.159, José I-agoa, 4$; 100, Paiilinó

Garcia, -1$; 101, Mario dos SantosMoreira, 4$; 102, ^.ix"io Heitor (IoCarvalho, 8$; KilliAntonio Honila-

3 04, Júlio Affonso, 2$; 105,Bima.. 2$; Í6G, Adalberto107, Nieolas, 2$; 10S, Hy-

•_.5(I$(I0U para a adminis-

sue-dividas para

Emquanto a vida encarece,seus salários diminuem : :

Hespanha e MarrocosNesses últimos tcn-ipos, a Ilespa-

nha empurrou .para -Marrocos quasiSOO mil homens, -lizCn. os jornaesburguezes. Desses, 80 mil loruim mor-tos, feridos ou presos,

Diarian.cnlc, a H«spairiha gasta, sôenr Jlarrocos, 7 imilihões .do pesctai.,S.400 conitos em moeda ij-rttsileira,

C.ue'm -paga tudo isto? Qual amaior viciima?

— O _>rolctai*ia'do da Hespanha!

"A CLASSE OPERARIA".Tornai do trabalhadores1, feito

por trabalhadores, paratrabalhadores

EXPEDIENTB.

Redacção e administração?

Rua Marechal Florlano Peixoto,X72 — Io undar

A'.:

'Director responsável

A. BRAZIL DE MATTOS

ASSIGNATURASÍ2 mezes ... ..._„... 8$000

6 mezes ,.,.„ .. .,.IO .$0003 mezes .,..-„ ü$ooo

Numero avulso S10O

As assignaturas começam emqualquer numero « são pagasadiantadamento.

Os operários om artes graphieas,são tidos nos meios proletários, comoa vanguarda da classo prodtictora.Trabalhadores quo são do livro o_dojornal —armas formidáveis nas mãosdos nossos senhores — conhecendocom todas as minúcias como so forjam"opiniões públicas'', menos aeeessi-veis, portanto, ú,. porniciosidade dosuas campanhas, sempre tendentes aneutralizar qualquer acção de partodos que tudo produzem quando a ml-seria jã. lhes bato à porta, são, no en-tanto os quc monos aproveitam osensinamentos diários e, ao envez deso valer dos conhecimentos decorren-tes da sua posição no seio da. famíliaoperaria, procurando conquistar, dcfacto, o logar que lho c-stíl reserva-do no terreno da lueta de classe, ba-tendo-so ao lado de.seus eompanhei-ros, se deixam ficar num lamentávelcommodismò que, apezár do já tordado como fruto o/ encerramento deseu syndicato — ao qual não com-pareciam lia alguns annos, emboraurna pequena (parto fcontinuasso apacar suas quotas.e como consequen-cia. percebem ainda ordenados daépoca anterior .íl' conflagração euro-p.a.Para deseneantal-os, estão, na-turalmonto á ospera quo soconcre-tizo a an.erfça quo posa de, "por me-dida do economia" serem diminuídosnos .magros ordenados que ora têm.

A iniciativa desta idea coube á. di-recção do "Imparcial", onde já fo-ram despedidos alguns eom.panhcirosda revisão, mecânica e estereotypia,por não ao sujeitarem ao absurdo donovo regimen quo 6 om synthese, oseguinte: trabalhar mais, ganhando...menos.

Ao que nos informam, vai chegaragora a vezííos liuotypistas, os quaestorão a ".;,9.ita'' opportunidado doouvir, mais ou menos, as seguintespalavras: ,

"Que a situação financeira nãopnrmitle ít, direeção continuar á pa-gar a .linha a 17 réis, o, tendo cmvista, a já (comprovada boa vontadodos seus auxiliares para com a em-presa,' em situação análoga, passaráa pagar a linha. a 15 ou monosrC-is"...

A pessoa incumbida do tratar docaso, fará vôr quo os companheiroscaixistas jã estão .prestando esto "in-estimavei" serviço, pois, ha algunsmezes, cada caixista vem traballian-do por dois ou tres...

Não so esquecerá do -repelir as pa-lavras proferidas pelo director da"Vanguarda", em resposta a um po-dido do augmento dos companheirosdaquolla officina, o qual "provou"quo cP.ec. ganhavam "mais" do quoqualqu¦¦!• outra corporação, o con-

¦ cluiu a sua resposta affirmando qua| os seus auxiliares, tinham a seu fr-'

vor a "grande" vantagem do poçWLI trabalhar do dia o do noite; isto '

I entravam nas offieinas ás 7 hora-" 'manhã, o trabalhando ate ãs áJ-™r

I ras da tarde, podiam, "sem sí|cio", emendar a noite com,íi(!.íassim, com maior vantage,*;',magros mil rõis quo allegç.sitar, deixando de .parte*-*'do pedido de augmentoAlifts, o raciocínio d"Vanguarda" está dosua mentalidado de.elio o "operário" ejde uso, o do <_úal,Sdeve-se arrancar o &

¦ .

cção. Sc com sua thooria algum dosseus auxiliares vier a sucumbir peloexcesso praticado, isto pouco so lhodá, porque tem a certeza do que nãolia dc faltar gente nova c semprodisposta ti perder a vida nas mes-mas condições.

Esquece-se elio do quo os operáriostêm tanto ou mais direito á. vidaquanto olle, o so quer ter a certezado quo não sabo o quo diz, quandoaffirma quo seus auxiliares podemtrabalhar de dia o de noite, deixe aredacção o vá ás offieinas senlar-sonuma, linotypo durante doze choras,ou pegar num con.ponidor para fazerannuncios_ desmontando _ montandocaixas, de dia o de noite, e verá oformidável abysmo que separa as pa-lavras dos "Cactos... Eis ahi o quoso deve 'responder ao director da"Vanguarda", ao qual não seremostão mãos a ponto do lho augurar quoum dia venha a ser linotypista oucaixista, o quc, aliás, como castigo,não podia ser melhor. . .

Quanto aos companheiros do "Im-parcial" não acreditamos que so sub-metiam ás exigências quo so esperamsejam formuladas pela dlreeção daempresa. Póde-so entretanto, apro-voltar a oceasião para i-loitear umaugmento do ordenado, quc d do quoprecisam os nossos' companheiros.

A situação creada pelo indifferen-tismò dos nossos companheiros 6 amais precária possível. Casas ha,como acima dissemos, em que os sa-larios são os que .percebiam eíi. diasanteriores «i. guerra mundial, apezardò contrastarem do maneira clamo-rosa. com o custo da vida daquellaépoca. Em 1914, pagava-so 150 reispor um litro do feijão, o o ordenadodo um typographo era do S$000.Aclualmente, um kilo do feijão custa.l$500'e o ordenado do typographo ódo 10$ o 11$. Isto nos jornaos. N icasas do obras ganlia-so em mS? diários. E isto mesmo sõ sa

cio, T">FranciscoReis, 4$;gino Margariilo, 2$; IOO, Joaquim daCunha (.ornes, 2$; 170, Anua do 'Sou- :za Tavares, 4$; 171, José Ainorim daCosia, 4$; 172, Joaquim Nunes daSilva, 2$; 17.'!, Antônio dc Andrade,2$; 174,' Clemente Coelho do Carva-lho, 2$; 175, Erothldes do Andrade,4$; 170, João M. Gonçalves, 4$; 177,Falcão & Irmão, 8$; 178, ManoelSanfAnna, 2$; 179, Maria. Pereirado Aralle, 10$; 1S0, Guilherme Mila-ni, 4$; 181, Romulo Pardinl, 4$; 1S2,João Pontinl, 4$; 3SS, Belmlro Bar-bosa, 4$: 1S4, Manoel Rosa, -1$; 183,João Grivellin. 4$; 180, Oreste Ra.idi,•1$; 187, Raphael Ydeolco, 4$; 1S8,Addo Manto-va-nii 4$; 189, Pedro Car-delli, 4$; 190, Emilio Eago. 2$; 191,Antônio Ribeiro França, 2$; 192, 1.Saoh, 4$; Í93, Olympio Teixeira Pln-to. 4$; 194, Manoel O. Ignacio, 1$;195, Augusto Sá, 2$000.

Total das assignaturas, 138$00,0;Afim . do reduzir o. papclorio ao

mininio, a simples -publicação donome do assi_.riar.te substituirá a tra-bulhotra dos recibos.

Como prêmio, daremos um livrode valor ao companheiro que, durai*.-tc este moz, apresentar a lista, do aci-signantes que aiílinglr a quantia ma-xiiiia .

Quando os assignante.. não- recebe-rom o jornal,(lavem reclamar ao cor-.•(¦to, pois íí expedirão é fç-ta aus sab-bados.

rn — BALANCETEReceita: saldo anterior, .2_$'800;

total das listas acima, Í202.$_00; as-signantes, 13'S.$; venda avulsa do1.3:5i5 exemplares a 60 réis, 8.1$300;pagamento adiantado da Gavca, !)$;pagamento do S. Paulo, 15$; paga-monto de Ribeirão Preto, 6$; vendaavulsa de 1.414 exemplares a 100réis, 141 $400; annunoio AVantuil,

peridade da empreza. Agora, so qui-zorem ganhar alguns vinténs a mais,"façam força", ou arranjem um me,o¦para quo as "oaçarolas" produzamemquanto estiverem dormindo, por-que, exaustos como estão, náo pó-dera figurar no "salão", onde, tra--b.-ilhando das 7 da noito ás 3 da ' "'dragada, não so ganha o "proiv. '10 ou 15 por cento, sem o._ "savel "sôbre-tempo" dij *'-

Isto já comprohe_,___j_^panhoiros do "Jj "5¦baseados nos s>anterior, já '___morial ánão se 1

E' i.Otarl-cCV''•'.'Cf

aluguel .tração' Som um esforço grande, naoso conseguirá esta quantia.: l.:_.0li$.E não conseguindo pelo menos os1)10$, já sabem os companheiros 0>que suecederá . . .

Ora. é preciso que isto nuncaceda. Paguem-, pois,com o jornal.

A entrada de listas: fraca. As as--signaturns: fracas. 1-' preciso umesforço maior.

Oo I" numero, foram vendidos nospontos l.SS-t exom.pla.es; do 2" nu-mero, «penas 1.109, do 3" numero-,1.3'55. Como y&cm. é insignificantea venda, nos "pontos"..

Temos, encalhados, 1.100 oxem-pUires do ri. 1; J.500 do numero 2;'. -.111,) do 11. 3. Vencloi-os-hemodem pacotes do 50, a 2$500

Será uma boa propaganda.ÍPareoo, á primeira, vista, que um de-

¦liito do 1$ para com o jornal não temimportância. São, porém, tantos os quodevem pequenas -quantias ao jornalque, juntas, formarão tiiriá imporcanci-Treguíar.- A»-.im, esperamos quo ne-nchurri companheiro so atrazo nos seuspagamentos. '

lí' uma iiliisão julgar o trabalhadorque, pelo faeto de lor gaslo aos sabba-¦dos o tostão do jornal, seu dever estacumprido. Com tal gesto, o trabalhadornada fez pelo jornal, -pois quo cadaexemplar nos custa 100 réis. Seu deversó ficará cumprido om parto quandoolle conseguir, cada sabbadq, um mini-mo do dez leitores novos.

E' um trabalho enorme, exhau.-tivo,o ile fazer um jornal

Citemos apenas os serviços prinolpães: combinar a cóHabõraoão, pôr emurdem os orlglnaes, fazer a revisão dei-les, ir Ci. typographia, cobrar os debi-tos, velar pelos assignantes e pacotei-•ros, tratar dos oüeliés, procurar annun-cios, compor, fazer a revisão typógra-phiea, paginar, stereotypar, imprimir,distribuir pela cidade, expedir para osEstados o para. o estrangeiro...

Poi. empregar lauta energia, para sôtirar 5.000 ou 10.000 oxenipk-rcs, nãovalo a pena. O resultado só compeli.-surá o esforço do todos oh quo traba-lliam 'para o jornal quando tirarmosmais do 20.000 exemplares.

E' preciso aproveitar os matchõs e as>.fe.iras, no Rio o no interior, para pro-pagar o jornal.'E' preciso quo em cada localidade-importante os coti.iKinheiro.. i_s -¦guarda so cotizem para. ¦..-'"'rnnto um moz nue-jornal. Som.'lenta 5,li'...,-

_er

1!

seguiu cm 1925, depois do 1''do inércia, fome, .miséria o ./a"'

Quando apareceram _.ylinotypos, estabelecou-í; -'1.2, 15 o 17 réis a P-*"-'Conunereio") . . 20 -J"preços são os me;,.'.T*-

•No "Jornallinotypos, dosemoira mae'"llho15 réis a v O(E' pr. Sr.7casa *qur:.^0

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