Embarcaçoes Antigas - Fenicios 1

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Universidade Federal de Santa Catarina Campus JoinvilleCurso de Engenharia NavalDisciplina: Arquitetura Naval EMB 5702Professor: Luiz Eduardo Bueno Minioli

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA - CAMPUS JOINVILLECENTRO DE ENGENHARIAS DA MOBILIDADECURSO DE ENGENHARIA NAVAL

Alexandre GiraldiElie ZeitouniNatlia MestrinelSrgio Dalha Valhe FilhoTatiane Apolinrio

EMBARCAES ANTIGAS - FENCIOS

Joinville2015

RESUMO A grande habilidade de navegao dos fencios trouxe fama a essa civilizao da Antiguidade. O povo fencio habitou o Mediterrneo, durante o perodo de 1500 a.C. a 300 a.C., na regio onde hoje localizam-se o atual litoral do Lbano, Sria e norte de Israel. O comrcio martimo foi a principal atividade econmica dessa cultura politesta cuja sociedade era composta por cidades-estado. A construo de embarcaes a partir da madeira de cedro do Lbano aliada a um territrio pouco favorvel a agricultura e atividade pastoril fez com que os fencios desenvolvessem como principal atividade econmica o comrcio martimo. Alm da construo de barcos e tcnicas de navegao, a inveno da escrita de base fontica so os dois grandes legados dessa civilizao antiga.Palavras-chave: Fencios, comrcio martimo, embarcaes, navegao.

SUMRIO

1.INTRODUO

2.OBJETIVO

O presente trabalho referente disciplina de Arquitetura Naval, ministrada pelo Professor Luiz Eduardo Minioli, tem como objetivo principal avaliar as caractersticas das embarcaes fencias do ponto de vista estrutural a partir de uma breve contextualizao histrica e cultural dessa civilizao, ilustrando como esse povo tornou-se o maior comerciante martimo do Mediterrneo.

3.HISTRIA E CULTURA

3.1 Localizao e Geografica

3.2 Organizao Social e Cultura Fencia

3.3 O comrcio martimo e a Navegao

4.ANLISE DAS EMBARCAES As primeiras tentativas dos fencios para navegar em alto mar eram to rudimentares quanto de outras naes primitivas. Provavelmente comearam por canoas talhadas do tronco de cedros que haviam em abundncia na regio e com o tempo, aperfeioando suas tcnicas, se tornaram uma das naes mais efetivas em gua. Suas melhores contribuies para o comrcio na regio do Mediterrneo so os chamados barcos redondos, enquanto para grandes travessias e batalhas os birremes e trirremes foram os responsveis pela soberania dessa civilizao em alto mar. 4.1 Navios mercantes fencio Uma das contribuies mais efetivas das embarcaes fencias foram os chamados barcos redondos, data de 1500 a.C, possua sees constantes arredondadas, o que proporcionou maior capacidade de carga e aumento nos compartimentos de reserva de gua e comidas. Eles usavam essa embarcao para as rotas no Mediterrneo tanto para o comrcio como para transporte de passageiros. Seu sistema de propulso dependia principalmente de uma grande vela quadrada situada na seo de meia nau, alm de remos distribudos ao longo do seu comprimento para auxiliar no avano da embarcao. Na parte traseira, dois remos de popa faziam a funo do leme.

Figura X Barco redondo Mais tarde por volta de 850 a.C, outra embarcao foi usada para transporte de mercadorias pelos fencios, com relao ao anterior esta apresenta um pontal mais baixo e o mastro localizado mais a vante. Em sua vela, passavam cintos de couro que proporcionavam mais resistncia contra os fortes ventos. Devido as cargas de grande valor que eram transportadas, um bico de ferro era introduzido na proa da embarcao para furar navios inimigos que tentassem saque-los.

Figura X Gal mercante fencia

4.2 Navios de guerra Mesmo no se tendo registros oficiais, os construtores fencios recebem o crdito pela construo dos birremes e trirremes de guerra, galeras que possuam de duas a trs fileiras de remos de cada lado, estas destacaram-se como as mais importantes naus de guerra de 1000a.C 476.

Figura X Birreme arredondado fencio Acima temos a ilustrao de um birreme datado de 1000a.C, as ps distribudas ao longo do casco e duas maiores localizadas na popa, so caractersticas que diferenciavam essas embarcaes das demais daquela poca. Isso permitiu que os birremes tivessem uma maior manobrabilidade podendo girar 180 rapidamente, para isso o mastro da vela era removvel para no interferir na direo da nau durante as batalhas. Alm das duas fileiras de bancos de cada lado esta embarcao possua uma fileira de escudos que protegiam os tripulantes. Suas dimenses variavam de 25 a 35 metros de comprimento e 4 a 5 de boca, logo uma relao L/B aproximadamente 7, garantindo uma manobrabilidade e velocidade razovel da embarcao. Mais tarde, aproximadamente 700a.C, outras caractersticas foram empregadas nos birremes pelos fencios. Dentre estas podemos destacar a reduo do deslocamento da embarcao, estreitando o calado, assim podendo alcanar maiores velocidades, deste modo se fez preciso manter a largura do costado maior para manter a estabilidade. Um bico na proa tambm se fez til para furar as embarcaes inimigas, sendo essa a arma mais efetiva da gal. Essas caractersticas podem ser observadas na ilustrao a abaixo.

Figura X Birreme fencio modificado Logo aps os birremes, quem tomou espao nos mares do Mediterrneo foram os trirremes, estes bem mais robustos e modernos, teve seu ponto mais alto de desenvolvimento por volta de 5a.C, leve, rpido e manobrvel, foi o principal navio da marinha fencia nas batalhas pelo domnio dos mares. Sua potncia de propulso era formada pelo arranjo de at 170 homens, distribudos em trs fileiras de remos ao longo de cada lado do navio. Seu casco era feito de placas finas de madeira, unidas borda a borda atravs de pinos, reforado no fundo por uma quilha e internamente por anis leves que garantiam melhor rigidez para esforos locais na estrutura. Esse arranjo permitiu o trirreme ter um deslocamento de 40 toneladas sobre 37 metros de comprimento e 5,5 metros de largura. Alguns registros indicam que essas embarcaes eram capazes de alcanar os 13km/h quando deslocada pelos remadores, alm disso, uma grande vela retangular no meio do navio os ajudavam em caso de vento a favor.

Figura X Trirreme fencio4.3 Anlise das propriedades

Figura X Trirreme Para realizar a anlise das embarcaes fencias, utilizamos os dados do trirreme acima com as seguintes dimenses:

DADOS

L36m

B4,8m

T1,5m

D 3,5m

Deslocamento 45ton

A partir dessas informaes foram feitas algumas relaes entre os parmetros acima e com isso fazer uma anlise mais especfica do comportamento da embarcao.RELAES

L/B7,5

L/D10,28571

B/T3,2

B/D1,371429

Cb0,173611

L/B Razo entre comprimento e bocaEssa relao tem uma grande influncia na resistncia ao avano do casco e a manobrabilidade, tanto na habilidade para contornar quanto na estabilidade direcional. O valor 7,5 relativamente alto, podendo concluir ento que a embarcao era mais favorvel a velocidade do que para sua estabilidade.B/D Razo entre boca e pontalEssa relao serve como um guia quando se tem em mente a estabilidade transversal, a medida em que este aumenta, diminui-se a estabilidade, logo em nosso caso temos uma condio razoavelmente estvel pensando que este valor costuma variar entre 1 e 2.B/T Razo entre boca e caladoEssa relao tem como principais influncias a resistncia residual composta pela resistncia de presso viscosa e pela resistncia de ondas e a estabilidade transversal. O valor de 3,2 encontra-se dentro de uma faixa aceitvel (1,8 4), nos indicando uma grande estabilidade inicial da embarcao, mas propcio ao aumento da resistncia residual.L/D Razo entre comprimento e pontalEsta relao tem importncia na sua influncia quanto a resistncia longitudinal, o valor encontrado baixo, pode-se entender ento que a embarcao no sofria muito com os esforos de momento fletor durante as navegaes.

Cb Coeficiente de blocoRelao entre o volume deslocado e o paraleleppedo formado pelo comprimento, boca e calado. Quanto maior este coeficiente podemos considerar sees constantes ao longo do navio, o que podemos perceber ao analisar o valor encontrado do trirreme, o baixo valor refora a ideia que os fencios tinham em alcanar baixos deslocamento em busca de menos resistncia ao avano.

5.EXPEDIO PHOENICIA

6. CONCLUSO

7.REFERNCIAS BIBLIOGRFICASOocities, Ships. Disponvel em Acesso em 4 de setembro de 2015Phoenicia, Ships. Disponvel em Acesso em 4 de setembro de 2015rea militar, Nav. Disponvel em Acesso em 4 de setembro de 2015