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1 EMEB CANDIDO PORTINARI Projeto Político Pedagógico Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação 2017

EMEB CANDIDO PORTINARI Projeto Político Pedagógico · organizado por áreas de conhecimento descrito no PPP e as práticas pedagógicas. Observou-se que o trabalho realizado com

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EMEB CANDIDO PORTINARI

Projeto Político Pedagógico

Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

2017

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR................................................................................................................................................................................................4 1. Quadro de Identificação dos Funcionários ........................................................................................................................................................................................................ 5 2. Quadro de Organização das Modalidades ........................................................................................................................................................................................................ 9 II. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016...........................................................................................10 1. Acesso Permanência e Sucesso Escolar ..................................................................................................................................................................................................... 11 1.1. Organização da rotina a partir das necessidades das crianças..................................................................................................................................................................11 1.2. Acolhimento das famílias e das crianças do período inicial e ao longo do ano..........................................................................................................................................14 2. Gestão Democrática.......................................................................................................................................................................................................................................16

2.1. Proposta para promover a participação dos membros do Conselho e da APM.....................................................................................................................................16 2.2. Proposta de parcerias com outros programas, pessoas da comunidade e espaços de território...........................................................................................................18 2.3. Participação e corresponsabilidade de todos na implantação do PPP 2016 garantindo o acesso as informações...............................................................................20

3. Qualidade Social da Educação e Prática Pedagógica...................................................................................................................................................................................21 3.1. Prática pedagógica contextualizada e comprometida com a sustentabilidade e a qualidade de vida...................................................................................................21 3.2. Práticas pedagógicas inclusivas..............................................................................................................................................................................................................23 3.3. Práticas pedagógicas que garantam aprendizagens significativas e participação ativa das crianças...................................................................................................24 3.2. Planos de formação desenvolvidas nos HTPC'S nas reuniões pedagóicas, nas reuniões com funcionários e nas ações cotidianas de acompanhamento................26 III. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA.........................................................................................................28

1. Concepções Pedagógicas ............................................................................................................................................................................................................................ 28 1.1. Ser humano e Sociedade............................................................................................................................................................................................................................28 1.2. Nossos sonhos............................................................................................................................................................................................................................................29 2. Caracterização Local......................................................................................................................................................................................................................................32 3. Comunidade Escolar ....................................................................................................................................................................................................................................... 35

3.1. Caracterização da Comunidade Atendida ................................................................................................................................................................................................ 35 3.1.2 Caracterização do Acesso Cutural da Comunidade Atendida ................................................................................................................................................................ 38 3.2. Plano de Ação Articulado para a equipe e Comunidade Escolar ............................................................................................................................................................. 43 3.2.1. Reunião com Pais: Organização e constituição dos espaços de diálogo em torno da proposta pedagógica.....................................................................................48 3.3. Avaliação..................................................................................................................................................................................................................................................50

4. Equipe Escolar ................................................................................................................................................................................................................................................. 50 4.2. Professores.............................................................................................................................................................................................................................................50 4.2.1 Caracterização.......................................................................................................................................................................................................................................50 4.2.2. Plano de Formação de Professores......................................................................................................................................................................................................53 4.3. Auxiliares em Educação e Estagiárias em Pedagogia ............................................................................................................................................................................58 4.3.1. Caracterização......................................................................................................................................................................................................................................58 4.3.2. Plano de Formação...............................................................................................................................................................................................................................59 4.3.3. Avaliação do Plano de Formação das Auxiliares e Estagiárias............................................................................................................................................................60

5. Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres).........................................................................................................................................................................60 5.1. Caracterização.........................................................................................................................................................................................................................................60 5.2. Plano de Ação e formação articulado do Conselho de Escola e APM....................................................................................................................................................63 5.3. Avaliação..................................................................................................................................................................................................................................................64

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO............................................................................................................................................65 1. Objetivos.........................................................................................................................................................................................................................................................65 2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos..........................................................................................................................................................................................66

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2.1 Objetivo Geral da Escola...........................................................................................................................................................................................................................66 3. Objetivos Gerais e Objetivos específicos por área de Conhecimento............................................................................................................................................................67 3.1. Introdução................................................................................................................................................................................................................................................67 3.2. As Experiências do Brincar na Educação Infantil....................................................................................................................................................................................67 3.3. Objetivos Gerais da Educação Infantil.....................................................................................................................................................................................................68 3.4. Eu no Mundo Natural e Social.................................................................................................................................................................................................................70 3.5. Linguagem e Artes Visuais.......................................................................................................................................................................................................................75 3.6. Matemática...................................................................................................................................................................................................................................................87 4.Rotina...............................................................................................................................................................................................................................................................87

4.1. Período de Adaptação..............................................................................................................................................................................................................................92 4.2. Organização da Rotina.............................................................................................................................................................................................................................92

4.3. Atividades da Rotina................................................................................................................................................................................................................................92 4.3.1. Atividades de Intersalas.....................................................................................................................................................................................................................92 4.3.2. Atividades Diversificadas...................................................................................................................................................................................................................94 4.3.3. Brincadeira Simbólica........................................................................................................................................................................................................................95 4.3.4. Roda de Conversa.............................................................................................................................................................................................................................95 4.3.5. Momentos de Leitura.........................................................................................................................................................................................................................96 4.3.6. Hora da História.................................................................................................................................................................................................................................97 4.3.7. Higiene...............................................................................................................................................................................................................................................97 4.3.8. Hora do lanche...................................................................................................................................................................................................................................98 4.3.9. Entrada e Saída...............................................................................................................................................................................................................................100 4.3.10. Corpo e Movimento........................................................................................................................................................................................................................101 4.3.11. Atividades no Ateliê de Artes.........................................................................................................................................................................................................102 4.3.12. Brincadeiras nas áreas externas: Parque, Casinha, Bosque e Tanque de Areia..........................................................................................................................102 4.3.13. Aniversário.....................................................................................................................................................................................................................................106 4.3.14. Dia do brinquedo trazido de casa...................................................................................................................................................................................................107 4.3.15. Quadro de Horários de Uso dos Espaços Coletivos.....................................................................................................................................................................109. 5. Avaliação das Aprendizagens do alunos.....................................................................................................................................................................................................111 6. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos....................................................................................................................................................................................112 7. Ações Suplementares...................................................................................................................................................................................................................................113 7.1. Atendimento Educacional Especializado ..................................................................................................................................................................................................113 8. Calendário Escolar ......................................................................................................................................................................................................................................115 IV. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................................................................................................................116 V.ANEXOS........................................................................................................................................................................................................................................................117 1- Histórico da Unidade Escolar........................................................................................................................................................................................................................117 2 - Estrutura Física............................................................................................................................................................................................................................................118 3 - Projetos Coletivos da Unidade Escolar........................................................................................................................................................................................................120 4 – Sequências Didáticas e Projetos das Turmas.............................................................................................................................................................................................135 5- Passeios de Estudo do Meio ........................................................................................................................................................................................................................135

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

EMEB CANDIDO PORTINARI

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2017

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR Nome: EMEB “Candido Portinari” Endereço: Rua Princesa Maria Amélia, 375 Nova Petrópolis São Bernardo do Campo – São Paulo CEP: 09771-120 [email protected] CIE 051100 Fone: 4125 – 4040 Fax: 4125 – 6698

Diretora da Escola: Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira Professor de Apoio à Direção: Rosecler da Conceição Fernandes Coordenadora Pedagógica: Leonilda Aparecida Cabrera Pagotto Orientadora Pedagógica: Marcia Scarlato

Horário de funcionamento da escola Manhã:8h00 às 12h00 Tarde: 13h00 às 18h00

Horário de atendimento da Secretaria 8h00 às17h00

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1. Quadro de Identificação dos Funcionários

PROFESSORES

Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Ana Carolina Campos Senske

37.756-1 Pedagogia 5 anos 1 mês 07h00/12h00

Andréa Aparecida Tavares 40.144-3 (Efetiva)

Pedagogia 3 anos 1 mês 07h00/12h00

Andréia Mestrinheire Franco

36.664-3 (Efetiva) Pedagogia Cursando 6 anos 1 mês 13h00/18h00

Carolina Salerno Servilha 38.192-4 (Efetiva)

Pedagogia - 5 anos 1 mês 13h00/18h00

Cynthia Sandra Selma Helene de Paula Motta

25.687-6 (Efetiva) Pedagogia Educação Inclusiva 17 anos 15 anos 07h00/12h00

Daniela Duarte Redrado 36.382-3 (Efetiva)

Pedagogia 6 anos 1 mês 13h00/18h00

Edivânia Maria Silva Sousa 38.154-2 (Efetiva) Pedagogia 5 anos 1 mês 13h00/18h00

Ester Martins Teles de Jesus

37.996-1

Pedagogia

5 anos 1 mês 13h00/18h00

Luciana Campos Bechelli 23.695-1 (Efetiva) Pedagogia

Psicopedagogia Institucional 21 anos 4 anos 07h00/12h00

Lesliene de Morais Santos Gomes

17.892-9 (Efetiva)

Pedagogia 15 anos 1 mês 07h00/12h00

Norma Vasconcelos Polesi 28.076-4 (Efetivo) Pedagogia Psicopedagogia 15 anos 1 mês 07h00/12h00

Rafaela Cristina Lopes Paiva

31.622-4 (Efetiva)

Direito 14 anos 1 mês 13h00/18h00

Regiane Mantovanini 30.559-2 (Efetiva)

Pedagogia Educação e Curriculo 17anos 3 anos 13h00/18h00

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Simone Rodrigues Silva

35812-1 (Efetiva)

Pedagogia

7 anos

1 mês

07h00/12h00

Valquíria Innocencio Blanco

34.032-4 (Efetiva)

Pedagogia Educação Infantil 7 anos 7 anos 07h00/12h00

Zilda Nogueira Mortari 60.716-8 (Substituta) Pedagogia _ 10 anos 2 anos 13h00/18h00

AUXILIARES EM EDUCAÇÃO

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Gabriela Spolidorio Mazzucco

32.398-6 (Efetiva)

Pedagogia (cursando) _ 9 anos 6 anos 08h00/17h00

ESTAGIÁRIAS

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Juliane Silva Fulaneto 79.152-7 Pedagogia (cursando)

- 9 meses 9 meses 7h20/13h20

Letícia C. M. Nascimento 79.099-5 Pedagogia (cursando)

- 11 meses 11 meses 13h00/18h00

Rosineide Maria Rocha Santos 79.019-9

Pedagogia (cursando) - 2 meses 2 meses 7h20/13h20

Daniela Duarte Redrado 36.382-3 Pedagogia (cursando) - 2 meses 2 meses 13h00/17h00

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EQUIPE DE APOIO

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Elisabete Gonçalves S.de Souza

19754-7 (CLT) Ensino Médio - 13 anos 9 anos 7h00 /16h00

Elvira Maria Pelegrini 19.833-1

(CLT) Fundamental II _ 13 anos 4 anos 7h00 /16h00

José Luiz Nascimento Barbosa 18916-4 (CLT) Ensino Médio - 13 anos 5 anos 9h00/18h00

Lucineia de Oliveira 19434-5 (CLT) Ensino Médio _ 13 anos 8 anos 7h00/16h00

Marlene Caleffi Alves 19.688-4 (CLT) Ensino Médio - 13 anos 3 ano 9h00/18h00

Nanci Pepino Mardirosse 19.701-8 (CLT) Pedagogia (incompleto)

13 anos 4 anos 9h00/18h00

SECRETARIA

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Bruna Evangelista da S. Santos

41.935-5 Administração - 2 anos 10 anos 8h00/17h00

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TRIO GESTOR

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Leonilda Aparecida Cabrera Pagoto

9.750-3 Coordenadora

Letras Pedagogia

Resolução de Conflitos 29 anos 5 anos 7h00/16h00

Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira

23.680-4 Diretora

Letras Pedagogia

Gestão Escolar 22 anos 5 anos 9h00/18h00

Rosecler C. Fernandes 22.848-9 PAD Pedagogia - 24 anos 5 anos 8h00/17h00

COZINHA

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Eliana dos Santos Ferreira Cozinheira Ensino Médio 8 meses 7h00/16h48

Regiane Lucia da Cruz Cozinheira Fundamental II - 2 anos 7h00 /16h48

SEGURANÇA

Nome

Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC Tempo na

escola Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Ezequiel Izidoro SKILL Ensino Médio - 7 anos 7 anos 6h30 / 18h30

(12x12) Sônia Aparecida Gonçalves S. Mesquita

SKILL Fundamental II - 7 anos 7 anos 6h30 / 18h30

(12x12)

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2. Quadro de Organização das Modalidades

Período Agrupamento Ano/ciclo

Termo

Turma Professora Total de alunos

por turma

Total de alunos por período

Manhã

Infantil III A Ana Carolina 24

190

Infantil III B Valquíria 25

Infantil III C Cynthia 25

Infantil IV A Luciana 27

Infantil IV B Simone 32

Infantil V A Norma 28

Infantil V B Andrea 29

Tarde

Infantil III D Edivânia 28

195

Infantil IV C Regiane 27

Infantil IV D Andréia 32

Infantil IV E Carolina 30

Infantil V C Daniela 26

Infantil V D Ester 26

Infantil V E Rafaela 26

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II. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

O envolvimento das famílias no processo avaliativo é uma busca constante. Por isso, nos últimos anos temos experimentado diferentes

formados e instrumentos de avaliação a fim de contemplar maior participação. Já experimentamos propostas de reuniões com representantes

de todos os seguimentos da escola, incluindo-se as famílias, no período regular de aula e também em dia de reunião pedagógica. No entanto,

não alcançamos a participação de um número expressivo de famílias. Em 2014, realizou-se também uma avaliação mais específica,

produzida pelas professoras acerca do trabalho pedagógico a fim de verificarem o percurso de trabalho que se traçou em cada faixa etária –

quais foram as necessidades de aprendizagem e quais os aspectos do currículo que foram priorizados em cada área. Os estudos nos

espaços formativos e a observação das professoras e da equipe de gestão começaram a apontar para um descompasso entre o currículo

organizado por áreas de conhecimento descrito no PPP e as práticas pedagógicas. Observou-se que o trabalho realizado com as crianças é

muito mais integrador, explorando projetos, temas e contextos que envolvem diferentes linguagens. Outro observável é a importância do

cuidado e do autocuidado, à construção da identidade e da autonomia, ao conhecimento de si e do mundo através das brincadeiras e das

interações, especificidades da educação de crianças pequenas. Considerando-se estes aspectos e a necessidade de conhecer melhor e

delimitar qual o trabalho de cada faixa etária, a fim de que os desafios sejam progressivos, tornou-se concreta a necessidade de revisão do

currículo.

Considerando-se a necessidade de atingirmos mais famílias e também o fato de que a comunidade escolar demonstrou facilidade com

os instrumentos escritos, principalmente nas respostas à pesquisa realizada no início do ano para conhecer as expectativas e necessidades

das famílias, a partir de 2015 optamos por entregar um formulário de questões acerca do trabalho do ano junto com o relatório de

aprendizagem do 2º semestre. Estes instrumentos foram enviados às famílias alguns dias antes da reunião com pais de forma que, na

reunião, fosse possível conversar sobre as duas avaliações: a avaliação individual de cada criança e a avaliação do trabalho da escola.

Somando-se à avaliação feita pelas famílias, promovemos também a avaliação da equipe escolar e dos órgãos colegiados compondo uma

avaliação mais completa na qual foi possível ouvir diferentes vozes.

Os pontos de observação que compõe a avaliação se baseiam nos princípios da inclusão, da justiça e da igualdade a partir dos quais

se dão as diretrizes apontadas pela Secretaria de Educação:

Garantia do Acesso, da Permanência e do Sucesso Escolar;

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Gestão Democrática;

Qualidade Social da Educação e Práticas Pedagógicas

1. Acesso, permanência e sucesso escolar

1.1. Organização da rotina a partir das necessidades das crianças

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Atividades Intersalas e atividades em parceria entre turmas de idades diferentes;

Ajustes de rotinas e envolvimento das funcionárias da cozinha em função de experiências culinárias (receitas) e incentivo à

alimentação saudável;

Envolvimento de algumas turmas com o cultivo da horta, orientados pela parceria da funcionária horteira

Introdução de brinquedos não estruturados na rotina de brincadeiras do bosque, pátio externo, tanque de areia e parque: cilindros de

papelão, barricas, pneus, carretéis, panelas e utensílios de alumínio;

Planejamento e realização dos estudos do meio considerando-se a escolha dos locais, os apoios necessários e a ampliação cultural

promovida;

Biblioteca circulante e Dia do brinquedo trazido de casa semanalmente.

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AVANÇOS ALCANÇADOS

Em 2016, houve um grande empenho da equipe em aprofundar seus estudos sobre o “brincar” e sobre quais experiências devem

constituir o currículo da educação infantil. As pesquisas e reflexões da equipe se refletiram em mudanças na rotina, principalmente

com relação a uma maior ocupação das áreas externas, potencializando principalmente o uso do bosque como espaço privilegiado do

brincar livre e ao ar livre em contanto com a natureza.

A introdução dos brinquedos não estruturados nas brincadeiras possibilitou que as crianças criassem suas próprias brincadeiras e com

isso surgiram brincadeiras mais ricas, criativas e com mais possibilidades de interação entre as crianças.

Avaliou-se que as ações desenvolvidas levaram em conta as necessidades das crianças promovendo desenvolvimento e

aprendizagem.

A convivência entre as crianças de diferentes idades promove a troca de experiências e nas crianças menores os ganhos são ainda

mais notáveis, pois procuram imitar as crianças maiores e com isso desenvolvem competências.

As atividades Intersalas que ocorrem quinzenalmente é um momento esperado pelas crianças e as antecipações que são feitas com a

turma no sentido de planejar com as crianças as suas escolas contribui para que a participação e o deslocamento das crianças

ocorram com tranquilidade.

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A evolução no desenvolvimento da autonomia, no interesse e gosto pela leitura, na oralidade e no autocuidado e organização são

aspectos muito apontados pelas famílias em suas avaliações como fruto da rotina escolar.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Brincadeira com materiais não estruturados: manter a regularidade da proposta o ano todo, garantindo-se a reposição e

manutenção dos materiais.

Atividades Intersalas: rediscutir o planejamento e a organização da atividade intencionando-se que a circulação das crianças ocorra

em processo mais simples, pois apesar de os professores terem avaliado que é uma rica experiência e que as crianças esperam pela

atividade, sugeriram aumentar o intervalo em que ocorre (de quinzenal para mensal). Segundo alguns professores, este contraditório

se dá pelo fato de que a organização diferenciada que envolve escolha antecipada, o registro da escolha, a distribuição de crachás de

identificação para as crianças, é bastante elaborada e traz muitas demandas.

Estudo do meio: manter a proposta de levar as crianças a um museu de arte, pois este tipo de passeio é uma ampliação cultural

pouco privilegiada na sociedade, geralmente ocorre por meio da escola. Em todas as saídas pedagógicas é de extrema importância

que haja um trabalho prévio de contextualização a fim de que as crianças aproveitem bem o passeio e que aprendam por meio dessa

experiência.

Biblioteca circulante: discutir melhor a periodicidade para o bom aproveitamento do acervo.

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1.2. Acolhimento das famílias e das crianças no período inicial e ao longo do ano

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Ações cotidianas de recepção das famílias e das crianças na entrada e saída;

Atendimento acolhedor das famílias pelos funcionários e gestão a fim de solucionar suas demandas;

Efetivação da comunicação com as famílias pelos meios e canais disponíveis (bilhetes, telefone, blog, atendimento);

Promover o brincar e o conviver, respeitando-se as diferenças e a inclusão de todos.

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AVANÇOS ALCANÇADOS

Todas as ações de acolhimento foram muito bem avaliadas pela equipe escolar e pelas famílias.

As famílias validam a comunicação próxima e eficiente no atendimento diário, seja pessoalmente ou por telefone, e também a

clareza dos bilhetes e informativos e seu envio com antecedência.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Comunicação com as famílias: Buscar que a comunicação se efetive de forma mais sustentável, pois enviados muitos bilhetes

impressos. Avaliar quais são imprescindíveis e quais poderiam ser substituídos por postagens no blog, recados, outras formas.

Avaliou-se também que mesmo os bilhetes de reforço em relação às datas já anunciadas no calendário mensal e anual não têm

sido suficientes para que algumas famílias sejam lembradas dos compromissos. Portanto, o uso do papel com essas repetições

não tem sido eficaz. Permanece como desafio a atualização do blog, pois não temos um funcionário com disponibilidade para essa

tarefa na frequência que esse tipo de comunicação exige. Reconhecemos a necessidade de melhorar a divulgação no blog e

manter sua atualização.

Entrada e saída: permanece como um desafio conscientizar algumas famílias de que as crianças são capazes de entrar sozinhas

a partir do portão e se deslocar para sua sala, sendo assistidas pelos funcionários e que esta ação é importante na construção de

sua autonomia. Podemos discutir isso nas reuniões com pais com maior intencionalidade.

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2. Gestão Democrática

2.1. Propostas para promover a participação dos membros do Conselho e da APM

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Participação nas melhorias da estrutura e do espaço escolar através da gestão da verba e da doação de serviços;

Participação no planejamento e na realização dos projetos coletivos;

Participação nas tarefas de organização e acompanhamento do cotidiano escolar.

AVANÇOS ALCANÇADOS

Houve entrosamento e participação dos membros nas reuniões mensais e nos eventos e festas promovidos pela escola.

Em 2016, a APM, através da gestão dos recursos e da parceria com outros pais, conseguiu promover uma reforma bastante almejada

pela comunidade escolar que é a reforma da casinha do bosque. O piso do parque também foi reformado através das reivindicações

junto à Secretaria de Educação e do emprego dos recursos da escola.

Duas salas foram pintadas com o trabalho voluntário dos pais.

Aquisição de materiais que proporcionaram maior conforto às crianças: tatames de E.V.A. para todas as salas, reposição de areia no

tanque e balanço adaptado para crianças com necessidades especiais.

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PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Reforma: há ainda muitas demandas de reforma que não foram ainda conquistadas e que são apontadas pela equipe e pelos pais:

- pintura da escola, principalmente a parte interna das salas de aula;

- continuar acompanhando a reforma do piso do parque que ainda não foi executada a contento;

- adequação das instalações elétricas;

- reforma do telhado da sala 02 que tem vazamentos de água nos dias de chuva;

- reforma e conservação dos banheiros dos funcionários;

- reforma da cozinha;

- melhor ventilação das salas que são quentes e abafadas;

-instalar torneira com temporizador;

- mais espaços cobertos no pátio externo para uso em dias de chuva;

- Reavaliar o aproveitamento do espaço destinado à sala de funcionários ( que é pouco utilizada ) para outro uso.

Participação: promover maior participação de outros pais e de pessoas da comunidade no planejamento e organização dos eventos e

também na conservação da escola através da doação de serviços ou de uma negociação mais vantajosa com empresas parceiras e

prestadores de serviço da comunidade local.

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2.2. Propostas de parcerias com outros programas, pessoas da comunidade e espaços do território

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Realização de programas da SE: Expresso Lazer e Alimentação Saudável (Horta);

Coleta seletiva de lixo e óleo;

Participação de pessoas da comunidade nos projetos da escola: pais participando dos projetos didáticos das turmas (Exemplos: Maleta

musical, pais tocando instrumentos, entrevista com pai veterinário, etc); palestra com a Dra. Gabriela (mãe dentista); contação de história

na Ciranda Literária (Ieda (mãe) / Graça (avó); produção de materiais e apoios para os eventos (conserto dos carrinhos de rolimã, pintura

de painel para contação de histórias etc);

Interlocução com outros espaços do território: biblioteca municipal, Praça do Professor, EMEB Nadia Issa Pina.

AVANÇOS ALCANÇADOS

Em 2016, houve uma importante ampliação da participação dos pais e das parcerias na contribuição com os projetos da escola. Houve

avanços também no olhar sobre o território, buscando possibilidades de interlocução

Os trabalhos com a composteira e com a horta ocorreram com mais frequências a partir do envolvimento de funcionários do apoio na

parceria com os professores, tendo como contexto a promoção da alimentação saudável.

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Foi muito notável, na avaliação das famílias, o envolvimento das crianças com a coleta seletiva de lixo e de óleo e também a

contribuição das ações da escola para que as crianças se alimentassem melhor e de forma mais saudável.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Projeto Alimentação Saudável: o apoio técnico através da parceria com o projeto criado pela SE não foi efetivo. Buscar parcerias

apoiadoras no próximo ano e fortalecer as iniciativas na própria escola.

Cardápio complementar: organizar a rotina para servir o complemento ao lanche em horário diferenciado de acordo com a

necessidade de cada turma. Ou seja, as turmas que tomam lanche em horários próximos ao final do período servirão o complemento n

o início e as turmas que tomam lanche em horários próximos à entrada, servirão o complemento no final do período. Deste modo, as

crianças não ficarão muito tempo sem se alimentar.

Espaços do território: ampliar as possibilidades de receber visitas na escola ou de conhecer outros espaços. Algumas possibilidades:

teatro da GCM, profissionais da UBS, grupo da terceira idade, parceria com a biblioteca Monteiro Lobato, Chácara Silvestre, Espaço

troca livros, Integrarte, Campo de Futebol da Associação, Grupo de Escoteiros Guaianases.

Encontro com pais: promover encontros temáticos, mensalmente, como espaço de discussão, reflexão e novas aprendizagens no

âmbito do cuidado e da educação de crianças pequenas, a partir de questões levantadas pelas próprias famílias. Este trabalho conta

com algumas possibilidades de parceiros convidados para coordenar os encontros: profissionais da saúde, equipe técnica de

referência da escola, professores, equipe de gestão, pais que exerçam profissionalmente atividades que possam contribuir com as

discussões nestas rodas de conversa.

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2.3. Participação e corresponsabilidade de todos ( funcionários, crianças, famílias) na implementação do PPP 2016 garantindo o

acesso às informações e a participação nos planejamentos e tomadas de decisão

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Planejamentos e tomadas de decisão coletivas nas reuniões pedagógicas

Organização dos espaços coletivos: brinquedoteca, ateliê e biblioteca

Observação e escuta da gestão às necessidades de cada segmento (funcionários, crianças e famílias)

Implementação do Conselho Mirim

AVANÇOS ALCANÇADO

Há boa disponibilidade da equipe de gestão dando livre acesso a todos para dialogar.

O atendimento da equipe de funcionários é muito bem avaliado pelas famílias, sendo bastante acolhedor e cuidadoso na comunicação

e no atendimento das demandas.

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Percebeu-se que os funcionários estiveram mais atentos para a organização e manutenção dos espaços.

A implementação do Conselho Mirim foi muito positiva.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

É preciso expandir a comunicação entre funcionários, pois alguns planejamentos ocorrem no HTPC e a informação não chega a

todos os funcionários com a devida antecedência como, por exemplo, os passeios e as datas de reunião. Sugeriu-se um quadro

branco para anotações como uma das formas de comunicação rápida;

Dar continuidade e ampliar as ações de organização dos espaços coletivos;

Investir no Conselho Mirim desde o início do ano, construindo com as crianças um calendário anual e aprimorando sua a

participação nos planejamentos da escola e no exercício de tomada de decisões.

3. Qualidade Social da Educação e Práticas Pedagógicas

3.1. Práticas pedagógicas contextualizadas e comprometidas com a sustentabilidade e a qualidade de vida

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Incentivo às práticas que visam formar hábitos que contribuam para a sustentabilidade e a qualidade de vida: Cultivo da horta e aproveitamento da colheita em atividades culinárias com as crianças;

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Busca pela economia de água e luz e materiais; Prática da coleta seletiva de lixo e óleo; Ações de incentivo à alimentação saudável.

AVANÇOS ALCANÇADOS

Hábitos e incorporação de práticas que foram notadas em relação aos adultos e às crianças da escola:

Houve mais envolvimento das crianças com as ações de economia de água e luz e na mobilização de suas famílias para fazer a

coleta seletiva do óleo de cozinha.

A utilização de materiais não estruturados para a brincadeira é uma forma de reaproveitamento de materiais e diminui o consumo de

brinquedos novos (fabricados).

O cultivo da horta mobiliza mais cuidado com a natureza: as plantas, as árvores frutíferas, os canteiros de verduras e de ervas que

estão presentes no espaço escolar.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Manter e ampliar todas as ações que estão sendo desenvolvidas;

Realizar mais cultivos na horta com diferentes turmas e promover compartilhamento de saberes entre as turmas;

Ampliar as ações de envolvimento da comunidade na economia de recursos;

Reduzir o gasto de papel e tinta de impressão.

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Instalar torneiras com temporizador.

3.2. Práticas Pedagógicas Inclusivas

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Buscar garantir o apoio de estagiárias e auxiliares no atendimento às necessidade especiais dos alunos através da organização e do

rodízio dos apoios, em caso de faltas;

Sistemática de estudos de caso e planejamento de intervenções pelo professor em parceria com a coordenadora, com a EOT e com

a professora do AEE;

Reuniões com famílias buscando parceria e apoio ao trabalho com a criança N.E.E;

Providências e materiais necessários para a acessibilidade.

AVANÇOS ALCANÇADOS

As ações desenvolvidas pela escola ocorreram de forma satisfatória: Garantia dos apoios (auxiliares e estagiárias) no maior tempo possível, fazendo os remanejamentos necessários em caso de faltas; Utilização do caderno de comunicação; Ampliação do olhar para as necessidades individuais.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

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Destinação de recursos materiais e humanos por parte da SE: verba para aquisição de materiais e acessibilidade; auxiliares em

número suficiente; redução do número de alunos por turma e quadro de substituição para as ausências das auxiliares e estagiárias;

Acompanhamentos de cada caso com mais regularidade e frequência (AEE, EOT, coordenação);

Mais oportunidades de interlocução com profissionais que atendem a criança nas terapias de apoio.

3.3. Práticas pedagógicas que garantam aprendizagens significativas e participação ativa das crianças

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Projetos didáticos que visam à ampliação cultural e ao protagonismo da criança considerando também a integração das mídias

e tecnologias, as práticas de leitura e pesquisa e às múltiplas linguagens;

Práticas pedagógicas que considerem a cultura da infância e suas necessidades de brincadeira livre, ao ar livre e em contato

com a natureza.

AVANÇOS ALCANÇADOS

Qualificação dos planejamentos em torno do brincar como ação cotidiana e própria da rotina escolar na infância;

Trabalho mais intenso e intencional com a linguagem musical;

Planejamento mais constante do uso das mídias com as crianças através do computador e projetor multimídia instalados no ateliê;

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Empenho em proporcionar a ocupação do bosque com intervenções e materiais atrativos e que possibilitem a criação e o

compartilhamento de brincadeiras em um ambiente natural;

A oferta de dois eventos de ampliação cultural à comunidade nos sábados letivos, que são a “Ciranda Literária” e o “Unidunitê” e o

aprimoramento destes eventos que vem sendo praticados ano a ano.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

Manter e aprimorar os avanços alcançados no estudo e planejamento em torno das práticas pedagógicas que consideram a criança e

a cultura da infância, suas características próprias de desenvolvimento e suas necessidade de ser ouvida, brincar e se expressar nas

diversas linguagens;

A concepção de educação que busca atender as necessidades individuais das crianças, observando-as e dando-lhes escuta não é

compatível com o número de crianças por turma e apenas um adulto. Deste modo, o professor precisa construir, no seu planejamento,

as estratégias que lhe possibilite aproximar-se desta concepção, apesar da dificuldade estrutural

A equipe escolar e as famílias indicam a necessidade de haver auxiliar em todas as turmas, mas principalmente nas turmas de infantil

III que ainda não tem autonomia para o autocuidado;

Atender as necessidades de cuidado e bem estar de todas as crianças é um desafio para o qual temos contado com o apoio da equipe

de limpeza no auxílio às crianças no uso do banheiro, nas trocas e a observação nos deslocamentos das crianças. No entanto, este

tipo de apoio apresenta falhas por não ser constante (quando os funcionários estão ocupados com suas tarefas).

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3.4. Planos de formação desenvolvidos nos HTPCs, nas reuniões pedagógicas, nas reuniões com funcionários e nas ações

cotidianas de acompanhamento

AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2016

Planos articulados para todos os seguimentos da escola.

AVANÇOS ALCANÇADOS

As ações de formação e acompanhamento foram apoiadoras das práticas pedagógicas;

As reuniões foram bem planejadas, com pautas estruturadas e assuntos relevantes;

Nos HTPCs, a divisão de grupos de pesquisa tornou os estudos mais significativos e proveitosos;

As ações da equipe estão em consonância com as concepções trazidas no plano de formação;

Os relatórios individuais foram mais qualificados pelos professores com a parceria da coordenação. As famílias validam muito a

escrita dos relatórios individuais por comunicarem com clareza o percurso de aprendizagem da criança e indicam que o fato de

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serem enviados para casa antes da reunião com pais contribui muito para que leiam com atenção, compreendam melhor e

apreciem os relatórios.

PROPOSTAS E DESAFIOS PARA 2017

É necessário avançar cada vez mais na articulação de todos os funcionários em torno das práticas pedagógicas, destacando a

contribuição de todos e de cada um para o sucesso da permanência e da aprendizagem das crianças na escola;

A reescrita do PPP na organização pedagógica por campos de experiências é um grande desafio, incorporando-se as novas

aprendizagens que temos alcançado por meio do estudo, da pesquisa teórica e da investigação prática;

Continuar buscando meios para o envolvimento de todos os funcionários nas decisões coletivas e nas propostas formativas uma

vez que o espaço de encontro de equipe é mais restrito às reuniões pedagógicas, comparando-se às oportunidades de discussão e

encontro dos professores que é semanal, nos HTPCS;

Manter a dinâmica dos grupos de estudo e pesquisa no HTPC;

Avaliar melhor as dinâmicas e pautas das reuniões pedagógicas, principalmente junto aos funcionários de apoio, para que se

sintam cada vez mais integrados.

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III. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Concepções Pedagógicas

1.1. Ser humano e Sociedade “O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas ‘águas’ os homens verdadeiramente comprometidos ficam ‘molhados’, ensopados. (...) A neutralidade frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso. Este medo quase sempre resulta de um ‘compromisso’ contra os homens, contra sua humanização, por parte dos que se dizem neutros.”

(FREIRE, 1983, p. 19)

A equipe escolar busca refletir, em diversos momentos, sobre os eixos que permeiam o Projeto Político Pedagógico de nossa escola.

Assim, sempre revisitamos algumas concepções: o homem e a sociedade pós-moderna, para quê e para quem importa o papel da escola

nesse atual contexto histórico-social; a infância; o brincar na educação infantil; a formação continuada; a importância da mediação nas

interações sociais; aspectos esses presentes no ambiente escolar. Concebemos que a função da escola é assegurar a qualidade das

interações sociais, tendo como ponto de partida o “brincar”, atividade essa tão característica nesta fase de desenvolvimento – a infância. Não

queremos ser neutros, ao contrário, queremos-nos “ensopar”. Acreditamos que o fazer pedagógico se constitui por ações, conhecimentos e

valores. Este fazer pedagógico se dá em um processo intencional e sistematizado, com finalidades educativas e formativas, que possibilitam

a simultânea singularidade, socialização e humanização dos sujeitos, envolvendo a complexidade das interações nos diversos contextos do

ambiente escolar.

A sociedade pós-moderna apresenta muitas situações de conflitos, muito se tem a criticar, seja pela falta de segurança, pela violência,

pela falta de maiores informações, pelas injustiças e discriminações, pela falta de valores e pela diferença dos princípios éticos adotados

pelos indivíduos. Assim, enquanto a sociedade dita suas regras, a mídia cria estereótipos e ideias que nem sempre condizem com a situação

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atual das pessoas e que não contribuem para a diminuição das desigualdades sociais. O homem contemporâneo necessita buscar as

informações, saber selecioná-las, analisar as possibilidades que elas oferecem para solucionar situações problemáticas e adotar uma postura

criativa, com maturidade emocional para se posicionar frente a qualquer escolha que venha a fazer.

A educação é indubitavelmente um dos maiores trunfos, se não o maior, que uma sociedade tem ao seu dispor na construção

desafiante de um caminho para o desenvolvimento humano.

“Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. (Paulo Freire).

1.2. Nossos sonhos

Queremos desenvolver uma Escola para a Infância que realmente considere as crianças como sujeitos de direitos: as crianças têm

direito à brincadeira; à atenção individual; a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante; ao contato com a natureza; à higiene e à

saúde; a uma alimentação sadia; a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; ao movimento em espaços

amplos; à proteção, ao afeto e a amizade; a expressar seus sentimentos; a uma especial atenção durante seu período de adaptação; a

desenvolver suas identidades. Temos refletido sobtre a urgência de se construir esta escola para a infância, tendo como princípio que as

crianças têm direito de vivenciar a sua infância e não deixá-la passar rapidamente sem as cantigas de roda, sem os jogos e brincadeiras,

sem as histórias de fadas, príncipes e bruxas. Reforçamos nossa concepção de criança como cidadã, como pessoa em processo de

desenvolvimento, como sujeito ativo da construção do seu conhecimento, como sujeito social e histórico marcado pelo meio em que se

desenvolve e que também o marca.

Queremos uma sociedade igualitária, com oportunidades e condições ideais para todos como: saúde, educação, lazer, moradia,

alimentação, segurança, cultura e com respeito à diversidade. Uma sociedade que valorize e respeite a justiça, a tolerância a ética e que

tenha uma consciência planetária para se tornar mais harmônica e mais feliz;onde prevaleça o ser no lugar do ter e na qual todos possam

exercer seus direitos e deveres conscientes de seu papel dentro de uma sociedade sem preconceitos.

Sonhamos com um indivíduo que interaja com os outros de maneira comprometida com seus direitos e deveres, respeitando a

diversidade; que seja feliz e realizado, buscando agir com ética para seu bem-estar e dos demais: que tenha liberdade de escolha e saiba

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conviver com as escolhas dos demais. Seres humanos com valores comuns: amor, solidariedade e respeito; ser justo, fraterno, culto,

valorizado, responsável, reconhecido e valorizado profissionalmente.

Queremos uma escola como espaço de construção e trocas, de vivências e experiências, com ações intencionais do educador e/ou

grupo como um todo, respeitando as diferenças; voltada para promover e reconhecer as competências, as inteligências e os talentos. Uma

escola alegre, viva, com ensino de qualidade e com movimento, na qual a ética norteie as ações e escolhas de todos os envolvidos; que

possua espaço com direitos e deveres compartilhados, com boas condições estruturais, materiais adequados e de qualidade para alunos,

funcionários e professores; com pessoas dedicadas e qualificadas, atenciosas com os alunos. Espaço cultural de descobertas e estímulos às

mudanças e aprendizados. Uma escola onde se desenvolva o conhecimento, estimulando as potencialidades dos alunos e que se construa

em parceria com a família e sociedade, onde todos possam trabalhar juntos para a conquista de um objetivo comum.

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade, conforme assinala a

LDB. Em cumprimento a este artigo, a rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, em sua Proposta Curricular, adotou por

princípios a Qualidade da Educação, o Atendimento à Diversidade, a Gestão Democrática, a Autonomia e a Valorização Profissional.

Princípios estes que norteiam o trabalho realizado nas unidades escolares do município. A concepção que rege o trabalho desenvolvido na

escola é a sócio interacionista. Esta concepção está baseada nas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon.

A proposta pedagógica é norteada pelas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (MEC, 2010) , na qual se valorizam os

princípios éticos: no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade

e do respeito ao bem comum; os princípios políticos: no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo dos direitos e

deveres da cidadania, da criticidade e do respeito à ordem democrática e os princípios estéticos: no que se refere à formação da criança

para o exercício progressivo da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

Por isso, desejamos um professor de bem com a vida, humano, feliz, idealista, capaz de dar sentido à vida e ao que faz. Um

profissional que viva na linha do SER – objetivo máximo da Educação – que exercite a paciência cronológica e histórica. Tenha ele

compromisso com a vida e os valores como a ética, a sensibilidade, a estética, a cidadania, a solidariedade, a verdade, o respeito e o bom

senso. Norteie-se por três pilares de princípios, previsto na explanação das diretrizes: princípios estéticos, que desenvolvem a estética da

sensibilidade, estimulam a criatividade e o espírito inventivo; princípios políticos, que propõem a política da igualdade, do direito e da

democracia, cuja arte se expressa no aprender a conviver; princípios éticos, que visam a ética da identidade, inserção no tempo e no espaço,

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onde aprender a ser é o objeto máximo. Deseja-se um professor que se dirija pelos princípios norteadores da UNESCO para a Educação do

Século XXI: aprender a conhecer, unindo teoria e prática, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

O espaço escolar deve ser cuidadosamente preparado para receber as crianças de forma a estar sempre limpo, seguro, colorido e

bonito aos olhos das crianças e dos adultos que ali convivem, promovendo um ambiente acolhedor, aconchegante, de harmonia e bom clima

para o desenvolvimento das relações. Relações estas em que cada profissional dentro do contexto escolar desenvolve um papel importante

na formação das crianças, desde a recepção calorosa em sua chegada até os momentos específicos de cuidados, orientações e proteção.

A criança que usufruirá deste espaço é entendida como um ser único, com uma história própria e inserida em um grupo social no qual

partilha de uma determinada cultura. É competente e capaz de interagir nos meios natural, social e cultural onde vive, e assim, não só

aprender, como produzir modificações no meio em que se encontra, entendendo-se como parte integrante e atuante deste. A escola deve

estar organizada de forma a favorecer a todas as crianças, independente de raça, sexo, deficiência, condição social ou qualquer outra

condição, respeitando as potencialidades e necessidades de cada uma e garantindo o acesso ao conjunto de conhecimentos sistematizados.

Em cada criança vemos um ser com possibilidades, respeitando suas características individuais e buscando caminhos para promover um

ensino significativo, garantindo assim a aprendizagem.

A criança é um ser humano com direitos e deveres, em desenvolvimento e que necessita de cuidados e proteção. Está aberta a novos

conhecimentos, com diferentes vivências e singularidade, curiosa, com sonhos, medos, alegrias, desejos e intensa capacidade de aprender e

de se desenvolver.

As famílias, por sua vez, são parceiras essenciais nesta tarefa de oferecer uma educação de qualidade para nossas crianças, desta

forma, temos como dever promover a participação efetiva destas famílias no cotidiano escolar, respeitando e valorizando seus saberes e

culturas.

Dessa forma, o trabalho desenvolvido nesta unidade escolar é balizado por estes princípios e fundamentado nestas concepções, assim

precisamos garantir:

O brincar no planejamento pedagógico;

Os momentos de planejamento coletivo da equipe;

A continuidade dos planos de formação;

A boa gestão de pessoas, tempo, espaço e recursos;

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%

A Pé 14,98

Carro Particular36,15

TransporteParticular 48,85

O alinhamento entre as definições do PPP e as ações pedagógicas cotidianas, de forma a garantir que correspondam aos princípios definidos.

Entendemos que esses sonhos só alcançarão concretude quando sonhados coletivamente.

2. Caracterização Local

A escola está inserida no bairro Nova Petrópolis, um bairro residencial, com

oferta de alguns serviços. O bairro está passando por modificações de suas

características. As casas do entorno possuíam grandes terrenos e quintais com

jardins, hoje estão aos poucos sendo substituídas por sobrados menores e

condomínios de apartamentos e também muitas casas estão se tornando pontos

comerciais. A localização da escola é bem próxima ao Centro onde se localiza o

comércio mais tradicional da cidade, concentrado na Rua Marechal Deodoro e na

Av. Prestes Maia. A movimentação deste bairro, que era bastante tranquilo, conta

agora com um maior volume de automóveis nas ruas, embora não haja linhas de transporte coletivo circulando nas ruas próximas. O trânsito

ficou mais intenso na rua da escola, a ponto de necessitar de uma câmera de monitoramento de velocidade em frente ao nosso portão. Este

movimento intenso e o fato de que a maior parte dos nossos alunos acessa a escola por veículos de transporte escolar ou por carros

particulares, deixa o trânsito um tanto conturbado nos momentos de entrada e saída. Os locais onde a parada dos carros é permitida não são

suficientes para tantos veículos. Na frente da escola, as vagas são reservadas para os veículos de transporte escolar e transporte escolar

especial. Essa movimentação de veículos requer uma especial atenção com a segurança de todos. O guarda da escola tem papel importante

no apoio e orientação aos motoristas transportadores escolares e aos pais. A guarda civil municipal também pode contribuir na organização

deste fluxo, porém sua presença nas entradas e saídas é ocasional. Já a equipe de funcionários de apoio e gestão sempre se mantém

presente no pátio de entrada da escola, no intuito de fazer um bom acolhimento das crianças e suas famílias e também de observar e intervir

na movimentação do embarque e desembarque, se necessário.

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Além da característica residencial, o bairro também está se tornando um centro de serviços, pois cresce o número de casas comerciais

como bares, restaurantes e lojas de roupas, além de um grande número de salões de beleza, clínicas médicas e odontológicas, buffets para

festas infantis. No quarteirão da escola, há equipamentos de serviços públicos agrupados: o Centro de Especialidades Odontológicas

Municipal, a FEBES (Federação das Entidades do Bem Estar Social de São Bernardo do Campo) e a Diretoria Regional Estadual de Ensino.

Neste mesmo quarteirão, localiza-se também o Grupo Escoteiros Guaianazes.

Há duas quadras da escola, situa-se uma casa de acolhimento denominada Andança, pertencente à Fundação Criança de São

Bernardo do Campo, de onde recebemos alguns alunos em situação transitória no abrigo. A Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria

Municipal de Trânsito situam-se neste bairro. Como equipamento de cultura mais próximo, há a Escola Municipal de Arte integrada “Antônio

Bugni” que oferece atividades diversas de expressão corporal e cursos de dança e o espaço “Troca Livros”.

No que se refere ao atendimento em Educação, o bairro concentra muitas escolas estaduais, municipais e particulares. Da rede

particular, duas são de educação especial e algumas de educação infantil, das quais recebemos vários alunos quando as famílias decidem

optar pelo ensino público. Duas outras escolas municipais fazem o atendimento desta faixa etária na região. São as EMEBs Monteiro Lobato

e Vinicius de Moraes que estão localizadas no bairro Centro, muito próximas daqui. Estas duas escolas mantêm relação estreita com a nossa

escola, principalmente no que se refere à distribuição das matrículas nas turmas, pois fazemos o atendimento da mesma demanda. As

escolas de ensino fundamental no bairro para quais os nossos alunos são encaminhados no término da educação infantil são a EMEB Nádia

Issa Pina e a EMEB Padre Angelo Ceroni. A EMEB Nádia Issa Pina é a escola mais próxima e

recebe a maior parte dos nossos alunos. Por conta disso, no mês de novembro, planejamos uma

atividade de “passagem” na qual os nossos alunos das turmas de infantil V fazem uma visita

para conhecer a escola de ensino fundamental onde provavelmente estudarão no próximo ano.

Quem recebe e monitora as nossas turmas são outras crianças, membros do grêmio escolar da

EMEB Nádia.

A EMEB Angelo Ceroni recebe outra parte dos nossos alunos. É também situada no bairro

Nova Petrópolis, na parte mais próxima às vilas periféricas, enquanto que a nossa escola é mais

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próxima ao centro. Muitas outras escolas, em diferentes bairros, recebem nossos alunos, pois a comunidade escolar é difusa no que se

refere à localização de origem, conforme revelam as nossas pesquisas para a caracterização da comunidade escolar (ver gráfico

Porcentagem de alunos por bairro).

A Associação dos Funcionários Públicos do Município de São Bernardo do Campo mantém um campo de futebol, com uma pista para

caminhada e um parque infantil ao redor. Este espaço é muito frequentado pelos funcionários públicos municipais. Ao lado, há uma

grande praça recentemente reformada, a Praça do Professor. Este espaço se assemelha a um pequeno parque e é bastante frequentada

pelos moradores do bairro. Há equipamentos de ginástica, pista de caminhada e amplos espaços de brincar. O campo e a praça são espaços

de brincar nos quais é possível organizar passeios a pé com nossos alunos.

Os grandes terrenos que deram origem ao bairro deixaram uma pequena herança verde. O parque Chácara Silvestre foi criado a

partir da restauração de um casarão antigo com uma grande área verde. O imóvel, da década de 1930, antiga moradia de veraneio da família

Simonsen, é o primeiro patrimônio cultural público restaurado do município. O parque tem aproximadamente 85 mil m² e oferece aos

visitantes playgrounds, áreas de convívio, pista de caminhada, arena coberta, áreas de alongamento e ginástica, academia para a terceira

idade e pessoas com deficiência, além de ter se tornado um

centro de cultura. É possível perceber também ruas arborizadas

e alguns pequenos jardins nas fachadas das casas. Outras

áreas verdes são a vegetação em torno do campo da

Associação, a Praça dos Professores e bosque que faz parte da

nossa escola. Neste belo espaço, as crianças têm oportunidade

de experiências com a terra, com as árvores frutíferas e com

uma pequena fauna. Por vezes observamos o gavião, a coruja,

outras espécies de pássaros e borboletas sobrevoando ou

pousados no bosque. Essa convivência com a natureza tem feito parte do trabalho das professoras que instigam a

curiosidade e a observação das crianças e aproveitam esses temas para trabalhos mais sistemáticos, como o ciclo de vida das borboletas,

por exemplo, e a degustação de frutas do bosque, como o abacate e a jaca.

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Neste bairro aparentemente tranquilo, temos tido notícias de furtos e roubos de veículos no entorno, inclusive envolvendo familiares e

funcionários da escola. Este fato mobilizou ações no plano de trabalho da APM e Conselho de Escola, empenhando-se esforços no sentido

de garantir maior frequência da ronda escolar. Ainda não obtivemos o resultado esperado já que tais rondas continuam a ser esporádicas.

Diante disso, outra ação foi o investimento em itens de segurança para a escola instalando-se o portão automatizado e a câmera de

monitoramento na entrada.

3. Comunidade Escolar

3.1. Caracterização da Comunidade Atendida

A capacidade de atendimento máxima de atendimento da escola é 416 alunos,

divididos em quatorze turmas, sendo sete em cada período. No entanto, ocorrem

reduções de turma pela inclusão de crianças com necessidades especiais e pela

especificidade da faixa etária de crianças menores, sendo o atendimento efetivo em

2016 de 393 alunos. Destes, aproximadamente 53% moram na região central, nos

bairros Nova Petrópolis, Santa Terezinha e Centro. A outra metade da escola vem de

outros bairros, por vezes muito distantes. Como critério para a escolha da escola, os

pais referem, na sua maioria, a proximidade de suas casas e o fato de outros filhos e parentes terem estudado aqui, ou até mesmo, eles

próprios, o que os faz depositar confiança na escola. Nota-se que o bairro ainda conserva uma característica tradicional, no sentido da

permanência de alguns moradores de longa data que conhecem bem esta escola e a valorizam muito.

Algumas justificativas apresentadas pelos pais para a escolha da escola, além da proximidade:

Indicação de outras pessoas (parentes, amigos, profissionais da educação) pela qualidade;

Localização central, próxima ao trabalho dos pais;

Espaço físico adequado, escola bonita, bem conservada, aconchegante, em um bairro tranquilo;

Possibilita o ingresso de crianças mais novas, de dois e três anos, com oferta vagas de inf. II e III;

Por ter outro filho em escola próxima de ensino fundamental;

Pelo atendimento e carinho de todos os funcionários;

Por ser uma escola inclusiva.

0 50 100 150 200

É a mais próxima de casa

Outro filho ou parenteestudou aqui

Outros motivos

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“Pela qualidade do trabalho da escola. Moramos longe e decidimos priorizar a escolha da escola, alterando toda a rotina da

família.”

(depoimento de pais moradores do Parque Seleta, no bairro Montanhão)

Em anos anteriores, havia muito mais alunos das

vilas periféricas do que da região central. Isso ocorria

provavelmente pela falta de vagas nas escolas situadas

nestes locais. Nos dois últimos anos, temos observado

que a população atendida voltou a ser, na sua maioria, da

região central. Isso coincide com a criação do CEU

Regina Rocco Casa, no bairro Montanhão, em 2012, que

promoveu uma expansão de vagas bastante significativa

naquela região. Essa retomada da população do próprio

bairro e das imediações traz, como um dos componentes,

a migração de escolas particulares. As famílias justificam

o fato de transferir da escola particular para esta EMEB

pela perda

de poder aquisitivo, mas também pelas indicações de qualidade que receberam de outras pessoas. Essa demanda de público tem exigido

uma atenção especial da equipe, sobretudo da coordenadora pedagógica, para esclarecer as dúvidas e procurar construir uma relação de

confiança com essas famílias, pois muitas vezes se observa um choque de concepções praticadas nas diferentes escolas – a escola de

origem, do sistema particular, e a escola pública.

Como demonstrado em gráfico anterior, 48,85% de nossos alunos vêm à escola utilizando transporte escolar particular. O uso deste

meio não se dá apenas pelo fato de morarem distante da escola. Há crianças que vêm de transporte escolar, apesar de morar há alguns

Porcentagem por bairro

Nova Petrópolis 36,15

Centro 5,86

Santa Terezinha 11,07

Baeta Neves 31,92

Montanhão 11,72

Ferrazópolis 0,97

Outros 2,60

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quarteirões da escola. A contratação deste serviço pode ser uma preferência ou uma facilidade que favorece a organização familiar. O

movimento de tantos veículos escolares (14 vans particulares e 1 van de transporte adaptado para alunos com NEE) demanda grande

preocupação da escola nos momentos de entrada e saída. Cuidamos para que nenhuma criança se distancie dos seus responsáveis,

principalmente em relação aos monitores de transporte escolar, pois estes embarcam muitas crianças. Como não temos contanto diário com

as famílias de todas essas crianças, há uma grande preocupação da equipe em manter canais de comunicação abertos e eficientes,

conforme descrito no plano de ação para a comunidade escolar. Constantemente avaliamos o alcance que estamos conseguindo com os

meios de que dispomos (agenda, telefone, blog, informativos, reuniões, atendimento da secretaria) no sentido de aprimorar estes

instrumentos. As famílias fazem bastante uso dos nossos canais de comunicação. Procuram a escola, seja por telefone, pessoalmente ou

pela agenda, para fazer sanar suas dúvidas e manifestar-se a respeito do trabalho desenvolvido com seus filhos. O blog ainda é pouco

acessado. A implantação deste canal midiático através do qual podemos dar mais visibilidade ao trabalho pedagógico ocorreu em 2014,

portanto, ainda é recente. De acordo com as pesquisas e avaliações escritas, pela observação da comunicação pela agenda e pelas

entrevistas que realizamos com as famílias, é possível afirmar que a comunidade atendida é letrada, tem bom nível de escolaridade e se

expressa com bastante clareza. Podemos inferir que o acesso ao blog é bastante possível neste contexto, no qual as pessoas, na maioria,

têm internet disponível. Estamos trabalhando na divulgação desta ferramenta e na atratividade dos artigos e informações divulgados por meio

do blog.

A leitura que a equipe escola faz da comunidade é de receptividade, abertura ao diálogo, credibilidade no trabalho da escola.

Acompanham de perto o trabalho da escola e são bastante exigentes. Na maioria, as famílias mostram-se bastante interessadas em

compreender a proposta pedagógica da escola, atentos à segurança e também observadores em relação às ações de cuidado que a escola

desempenha, como, por exemplo, com a alimentação É comum manifestarem estranhamento à ausência de auxiliar na sala, principalmente

nas turmas de infantil III, mediante o grande número de crianças por turma. Preocupam-se que suas expectativas de cuidado não possam ser

atendidas com apenas uma professora. Temos procurado demonstrar a organização da escola em termos de procedimentos e na presença

dos funcionários de apoio como parceiros das professoras em relação à atenção com as crianças nos momentos de higiene e nas áreas

externas. Nas reuniões com pais, procuramos compartilhar a rotina que é vivenciada pelas crianças na escola esclarecendo-lhes sobre o

princípio da autonomia que buscamos desenvolver de forma que as crianças aprendam o autocuidado, embora não sejam responsáveis por

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cuidar-se sozinhas, tendo sempre um adulto como referência auxiliando-as. Outra expectativa manifestada por algumas famílias é de que a

escola possa contribuir para lidarem com dificuldade de organizar a rotina das crianças em casa, como a hora de dormir, a alimentação

seletiva dos filhos e a questão de apontar limites. Consideramos importante a parceria entre a escola e a família nas questões relativas ao

cuidado e ao desenvolvimento das crianças.

3.1.2. Caracterização do Acesso Cultural da Comunidade Atendida

Com o objetivo de conhecer ainda mais a comunidade que atendemos e melhor caracterizá-la, temos buscado saber mais hábitos

culturais das famílias, observando o que as crianças contam e compartilham com seus colegas e professoras acerca de suas experiências no

tempo livre – no período contrário à escola, nos finais de semana, feriados e férias. Outro canal que nos permite conhecer melhor as famílias

é a conversa com a professora no início do ano (entrevistas). Além disso, em 2017 elaboramos um instrumento de pesquisa para que cada

família respondesse sobre o que costuma fazer no tempo livre, se frequenta espaços de divulgação de cultura e lazer tais como teatros,

cinemas, museus, exposições, shows e apresentações musicais, bibliotecas, parques e praças e com que frequência. Conhecer essa

caracterização dos hábitos e do acesso cultural poderá nos apoiar nos planejamentos de estudos do meio, nos eventos com as famílias e nas

escolhas que fazemos acerca do currículo.

No levantamento inicial, através das conversas com as famílias que as professoras fizeram e do que as crianças contam nas rodas de

conversa sobre os passeios que realizam nos finais de semana, férias ou no período contrário à escola, podemos afirmar que os locais mais

frequentados são as praças e parques da cidade, as casas dos familiares e os shoppings. Nesses passeios ao shopping, relatam que, além

das compras, frequentam também os cinemas e a praça de alimentação. Portanto, a linguagem de arte visual mais conhecida das crianças é

o cinema. Outros locais de divulgação de cultura e lazer como teatro, biblioteca, zoológico, clubes, SESC, planetário e institutos culturais

foram também citados, porém em menor proporção. Algumas crianças contam sobre viagens, principalmente à praia e à chácara e outras

crianças mencionam que frequentam a igreja nos finais de semana.

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Gráfico 1

Dados quantitativos com base no que as crianças falam nas rodas de conversa sobre seus passeios (amostra de seis turmas)

locais mais utilizados para os passeios

Parques e Praças 35,3%

Shoppings 20,9%

Casa de familiares 19,3%

Cinema 6,4%

Zoológico 1,9%

Clube 2,2%

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Gráfico 2

Dados quantitativos das pesquisas realizadas com as famílias sobre seus hábitos culturais

Cerca de 70% das famílias responderam sobre seus hábitos culturais – os locais que passeiam com as crianças e a frequência. Os

passeios aos parques e praças, ao shopping e ao cinema se confirmam como sendo os mais frequentados, como relatado pelas crianças. Em

menor quantidade estão as famílias que se referem a outras experiências culturais como idas ao teatro, a apresentações de ballet, shows e

apresentações musicais, exposições em museus, programações do SESC e de institutos culturais.

A frequência com que passeiam está demonstrada no gráfico 3 (abaixo) no qual se observa que mais da metade das crianças,

considerando-se a soma dos passeios que ocorrem dentro do mês, habitualmente passeiam com suas famílias a locais de divulgação de

cultura e lazer, mas para uma parte bastante expressiva das crianças este acesso ocorre apenas eventualmente. Os motivos pelos quais

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Margem quantitativa

Teatro 5,8%

Cinema 26,4%

Museu e exposições 6%

Parques e praças 45,2

Shows 2,4%

Apresentações Musicais 4,9%

Biblioteca 2,9%

Igreja 6%

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estes passeios não ocorrem foram citados por algumas famílias: pouca divulgação da programação cultural infantil na cidade, motivos

financeiros, pais que trabalham aos finais de semana ou, em alguns casos, porque não têm este hábito.

A frequência a igrejas nos finais de semana foi apontada na pesquisa de forma muito mais relevante nos relatos das crianças, pois

apontam também que nestes locais ocorrem práticas culturais de teatro e música voltados ao aspecto religioso. Outro item que foi muito

destacado pelas famílias são as viagens nas férias e feriados. Citam os passeios às praias, chácaras e sítios de familiares, locais onde as

crianças possam brincar ao ar livre e em contato com a natureza. Os destinos mais apontados são cidades no interior de São Paulo e Minas

Gerais, além do litoral.

Gráfico 3

Frequência dos passeios aos espaços de divulgação cultural e lazer

Frequência dos passeios

1 x ao mês 12,5%

2 x ao mês 16,6%

3 x ao mês 8,7%

Todo final de semana 2,2%

Eventualmente 28,3%

Raramente 10%

Não frequentam 1,6%

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Através do gráfico, podemos notar que além dos passeios, as famílias referem que no tempo livre, quando estão em casa, as crianças

brincam com alguns brinquedos tradicionais, como carrinhos, bonecas, panelinhas, bicicleta, skate e também realizam algumas brincadeiras

como esconde-esconde, pega-pega, bolinhas de sabão e brincadeiras em playgrounds e tanque de areia. A maioria das crianças tem acesso

aos brinquedos tecnológicos. Brincam com frequência com tablets, celulares e vídeo-games e também assistem a programas infantis na

televisão, filmes e séries e a programações no youtube.

Houve um apontamento de que a distribuição do guia cultural da cidade colaborava para que as famílias participassem dos eventos

culturais, porém como não ocorre mais a distribuição do livreto e a consulta a esta agenda se dá apenas através do site, este menor acesso à

informação comprometeu a participação.

Neste contexto, constatamos que apesar da forte presença dos brinquedos tecnológicos no contexto atual e dos poucos locais

destinados a brincadeiras mais amplas nas metrópoles, as famílias estão conseguindo garantir a brincadeira ao ar livre, frequentando os

parques e praças da cidade com bastante regularidade.

Fortalecemos a crença de que em nossos planos a oferta de experiências relacionadas à imersão na cultura, de apreciação da

literatura, da música, da dança, das artes plásticas e do teatro compreendendo também que é importante frequentar com as crianças os

locais de divulgação de cultura, como as bibliotecas, teatros e museus, de modo que conheçam e aprendam a apreciar, pois para as crianças

que já têm este acesso, haverá a ampliação e o aprofundamento destas vivências com a intencionalidade pedagógica. Já para aquelas em

que as práticas culturais ainda não estão incorporadas aos hábitos da família, a escola oferecerá esta oportunidade que poderá também

influenciar nas escolhas dos passeios que as famílias fazem através do interesse despertado nas crianças.

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3.2. Plano de Ação Articulado para a Equipe e Comunidade Escolar

O plano de ação para a comunidade escolar é elaborado pela equipe gestora a partir das demandas observadas nas avaliações da

equipe e da comunidade e é desenvolvido ao longo do ano.

Nos últimos anos, temos buscado nos aprofundar na caracterização da comunidade que temos e no reconhecimento de pessoas da

comunidade e de espaços do território que possam contribuir e dialogar com nosso projeto educativo.

Temos conseguido garantir um estreitamento entre a escola e as famílias mantendo-se canais de comunicação eficientes e cuidando-se

das ações de acolhimento por parte de todos os segmentos da escola. Isso se traduz nas avaliações positivas que recebemos das famílias e

também na participação que conseguimos perceber nas reuniões com pais, nos eventos da escola, nos contatos cotidianos e nos órgãos

colegiados (APM e Conselho de Escola).

Os diferentes segmentos de atuação profissional da escola – funcionários de apoio da limpeza e da cozinha, guardas,

oficial de escola, estagiárias de pedagogia, auxiliares de educação, professores e equipe gestora – necessitam estar

articulados na construção do projeto político pedagógico da escola, participando de sua reelaboração e principalmente de

sua implementação no dia-a-dia, conhecendo as características e necessidades da comunidade atendida. O espaço

privilegiado dessas discussões coletivas são as reuniões pedagógicas, com desdobramentos que podem ocorrer em outras

reuniões de discussão por segmentos e na atuação com as famílias nas reuniões com pais, nas festas e eventos e nos

contatos cotidianos.

Daremos continuidade à reorganização curricular na perspectiva dos campos de experiência, além de manter o investimento em todos os

projetos coletivos da escola, com mais ênfase no projeto coletivo que busca a construção das ações relacionadas à sustentabilidade, pois é

premente conter o desperdício de recursos e promover a melhoria da qualidade de vida.

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Objetivo Geral: - Promover a participação efetiva e cotidiana das famílias na escola; - Considerar o contexto social que a escola está inserida, buscando ampliação cultural e formação cidadã de nossos alunos; - Desenvolver o conceito de escola acolhedora permeando todas as ações da equipe escolar.

Objetivos específicos: - Promover a parceria de pessoas e de outras instituições da comunidade no desenvolvimento dos projetos da escola; - Estabelecer interlocução com outros espaços do território estabelecendo parcerias que possam compor para a ampliação de experiências culturais de nossas crianças; - Promover ações de sustentabilidade junto às crianças, equipe escolar e comunidade. - Considerar as expectativas e necessidades das famílias em relação à educação das crianças no planejamento do trabalho de cada turma e planejar a reunião com pais considerando esses observáveis;

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Ações Propostas:

1. Interlocução com os espaços e pessoas da comunidade - Descobrir espaços, instituições e pessoas da comunidade que possam compor com a escola para promover experiências educativas e culturais às crianças e famílias. As entrevistas com as famílias, a caracterização da comunidade no PPP, os diálogos cotidianos e a investigação intencional da equipe na observação de seu território serão as ferramentas desta descoberta. Queremos com isso promover experiências diversas na própria escola e também organizar visitas com as crianças no entorno. Algumas ações que já foram planejadas:

Apresentações culturais comemorativas no aniversário de 50 anos da escola (março): apresentações musicais e de dança em parceria realizadas por pais (Ballet, Percussão Corporal); Orquestra de Violeiros de São Bernardo do Campo; Vivência com Grupo de Escoteiros Guaianazes; Apresentação da fanfarra da EE João Ramalho; Contação de história em parceria com a Biblioteca Monteiro Lobato;

Apresentações culturais na escola em outros eventos e situações do cotidiano; Visitas a pé com as crianças em locais do entorno da escola (ao longo do ano): Praça do Professor, Sede do Grupo de Escotismo

Guaianazes, Espaço Troca Livros, Espaço Integrarte, EMEB Profª Nadia Issa Pina, Feira Livre do bairro; Encontro com famílias (mensal): criação e implementação de encontros entre pessoas da comunidade escolar mediados por

profissionais ou pessoas mais experientes que possam fomentar diálogos e trocas sobre a educação e cuidados de crianças pequenas: professores, equipe de gestão, equipe técnica da Secretaria de Educação, profissionais da saúde, pais que tenham estudos acumulados ou profissões que possam contribuir com a formação de outros pais.

2. Articulação da equipe escolar e da comunidade em torno dos projetos coletivos da escola

- Promover e implementar ações de sustentabilidade junto à equipe escolar, às crianças e às famílias, visando o não desperdício dos recursos, o reuso de materiais e a coleta seletiva de lixo e de óleo, a alimentação saudável e a valorização e conservação dos espaços naturais; Algumas ações definidas:

Redução do uso de papel e tinta de impressora através da diminuição dos impressos destinados às famílias e do incentivo ao uso do blog para a busca de informações sobre o cotidiano e para acompanhamento da prática pedagógica;

Divulgação e fomento da coleta seletiva pela equipe escolar e com as crianças, visando também ao alcance da divulgação e

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transformação de hábitos na família: caixa coletora de papéis em todas as salas, ponto de coleta seletiva de lixo e de óleo na escola,

separação de lixo orgânico e reciclável da cozinha da escola e nos momentos de lanche junto com as crianças. Reuso de materiais de descarte (materiais não estruturados) na criação de brincadeiras livres: pneus, carretéis, caixas de papelão e de

madeira, cones, canos plásticos etc. Ações de cultivo da horta e experiências de receitas e degustações a partir do que é cultivado; Reuso da água de chuva acumulada no captador para a rega da horta; Incentivo à alimentação saudável através de projetos de culinária e de ações cotidianas nos momentos de alimentação na escola,

fortalecendo a parceria entre as professoras e as cozinheiras; Brincadeiras ao ar livre e integradas aos elementos naturais no bosque.

- Realizar os sábados letivos - a Ciranda Literária, no primeiro semestre e o Uni-duni-tê, no segundo semestre - envolvendo todas as crianças, a equipe e comunidade escolar no planejamento, na preparação e na realização do evento literário:

Planejamento e realização envolvendo todos os grupos: Conselho Mirim, órgãos colegiados, funcionários de apoio e professores; Considerar o protagonismo das crianças no desenvolvimento dos dois projetos, de forma a envolvê-los nas contações de histórias, nas

apresentações e nas brincadeiras e experiências proporcionadas pelos contextos; Envolver outras pessoas da comunidade

3. Integração de todos os segmentos de funcionários da escola em torno da proposta pedagógica - Envolver toda a equipe na responsabilidade de oferecer uma educação de qualidade em nossa escola dentro dos princípios de uma educação inclusiva; - Promover a integração entre todas as equipes incentivando a cooperação no ambiente de trabalho compreendendo a importância de cada profissional para a implementação do PPP;

- Promover a participação de todos nos projetos coletivos da escola e na organização e realização das atividades coletivas a partir deles; - Consolidar e manter a pareceria de todos os segmentos de funcionários nas ações cotidianas, valendo-se dos mesmos princípios educacionais, no que se refere a:

gestão democrática: envolvimento de todos nas discussões, decisões e encaminhamentos do planejamento coletivo:

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acesso e permanência: garantia de um ambiente acolhedor e humanizado onde cada criança tenha visibilidade e atendimento às suas necessidades;

proposta pedagógica: conhecimento e discussão de aspectos do trabalho pedagógico com a participação de todos os funcionários, a

fim de que desenvolvam ações coerentes com a mesma;

- Reorganizar e estabelecer as parcerias entre os funcionários de apoio da limpeza e as professoras para todos se envolvam nas ações de cuidado com as crianças, principalmente no acompanhamento delas crianças no momento em que utilizam os banheiros.

4. Canais de comunicação com as famílias abertos e eficientes: - Atendimento às famílias pela coordenação, direção e professoras, sempre que necessário, com agendamento ou mediante o comparecimento da família, privilegiando-se as possibilidades de horários dos pais, levando-se em conta seu horário de trabalho; - Princípio de acolhimento em todos os atendimentos seja qual for a via de comunicação; - Comunicação imediata por telefone em caso de acidentes ou doença na escola; - Comunicação diária das professoras e famílias pelas agendas, com a parceria equipe gestora quando necessário; - Circulação de informações acerca dos projetos e dos acontecimentos que envolvem o coletivo da escola, como passeios, apresentações, atividades coletivas etc, através de folders, informativos, produções das crianças, pesquisas etc ,visando à interlocução entre toda a equipe escolar, com as famílias e também com os transportadores escolares que são intermediários entre a família e a escola; - Atualização mais frequente do blog escolar, atualizando e buscando tornar as páginas mais atrativas para fomentar a interação com as famílias: postagem de fotos com legendas na pasta de cada turma, com periodicidade mensal; notícias dos eventos importantes da escola, postagem de informações importantes como calendário e cardápio mensal atualizados; - Planejamento da Reunião com Pais considerando:

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3.2.1. Reunião com pais: organização e constituição dos espaços de diálogo em torno da proposta pedagógica

As Reuniões com pais são momentos importantes nos quais temos a oportunidade de estabelecer um contato mais próximo com as

famílias, a fim de dialogar a proposta pedagógica da escola e sua especificidade de atendimento à crianças pequenas: suas necessidades e

modos de aprender e de se desenvolver. Desta forma, as reuniões são planejadas de forma que as famílias possam conhecer os projetos

coletivos da escola, os objetivos de trabalho de cada professora junto à turma, as aprendizagens e necessidades das crianças e o processo

avaliativo, aproximando-os de um saber que é próprio da escola. Temos como intenção que este momento não seja meramente informativo e

temos cuidado cada vez mais para que as reuniões enfatizem aspectos formativos, abordando com os pais temas relacionados aos princípios

de trabalho da escola, às especificidades da Educação Infantil, ao processo educativo das crianças, entre outros. Desta forma, fazemos

sempre um momento coletivo com as famílias, geralmente no pátio ou ateliê da escola, no qual a gestão aborda questões de interesse

coletivo das famílias e depois os pais acompanham as professoras para a reunião da turma.

São quatro reuniões ao ano, sendo que a primeiro ocorre no dia anterior ao início das aulas, para organizar o período de adaptação e o

acolhimento das famílias e das crianças. Temos realizado também uma reunião extra no final do ano: é a reunião com famílias dos alunos

novos, que fizeram matriculas e vão iniciar no ano seguinte. Esta reunião tem como principal objetivo acolher as famílias, apresentar o espaço

escolar e a organização institucional de funcionamento e contextualizar a proposta pedagógica da Educação Infantil, ouvindo as famílias e

Envio da pauta da reunião com pais antecipadamente contendo espaço reservado para que as famílias escrevam quais temas ou questões gostariam de tratar na reunião;

Discussão coletiva dos professores para o planejamento da reunião, levando-se em conta o conhecimento sobre a comunidade escolar

e a leitura de necessidades, tendo como um dos instrumentos as indicações que as famílias fizerem sobre a pauta e a avaliação e encaminhamentos surgidos ao final da reunião anterior;

Criação de estratégias que possam envolver as famílias na proposta pedagógica da escola, de modo a apresentar o trabalho

pedagógico nas reuniões com pais, criando um ambiente favorável ao dialogo.

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esclarecendo suas dúvidas, conhecendo seus anseios e preocupações, visando iniciar o ano com bastante tranquilidade e com um princípio

de vínculo já estabelecido.

Na primeira reunião do ano, quando a equipe da escola é apresentada, também entregamos e conversamos com as famílias sobre o

regulamento interno, que é comum a toda a rede de ensino, e que contém as orientações gerais do funcionamento da escola. Esta reunião é

planejada considerando-se como premissa o acolhimento, pois o início do ano mobiliza nos pais e nas crianças sentimentos diversos: alegria,

expectativa, insegurança, dúvidas. Buscamos acolher estes sentimentos, procurando mostrar segurança e organização, de modo que possa

haver a constituição de uma relação de confiança.

Como o dia da reunião com pais é considerado um dia letivo, as crianças vêm com os pais no início da reunião (às 8h00h e às 13h00),

permanecem com outro professor participando de propostas pedagógicas enquanto durar a reunião e, ao seu término, vão embora com os

pais.

A equipe escolar costuma enviar um bilhete para as famílias avisando sobre o dia e horário de cada reunião e solicitando que enviem,

via agenda, alguma questão que gostaria de ver abordada na pauta das reuniões. Entendemos que essa seja mais uma forma de possibilitar

a participação das famílias de uma forma mais efetiva.

A segunda reunião do ano visa apresentar e dialogar com as famílias sobre como transcorreu o período de adaptação, os observáveis

que a professora já conseguiu construir sobre os saberes e interesses da turma, a rotina escolar e as intenções de trabalho nos projetos e

sequências planejados. Já nas reuniões de finalização de semestre se faz a apresentação do relatório de avaliação da criança. Costumamos

enviar os relatórios de avaliação para casa alguns dias antes da reunião com pais para que as famílias possam fazer a leitura desse

instrumento com antecedência facilitando a conversa acerca dos elementos de aprendizagens que serão tratados na reunião. É possível

também que as famílias e elencar possíveis dúvidas acerca do desempenho dos filhos. No dia da reunião os pais trazem os relatórios para a

escola, assinam e entregam-nos para o professor, já que este é documento que compõe o percurso escolar da criança na Educação Infantil.

As Reuniões, de um modo geral, têm por objetivo apresentar e dialogar com as famílias sobre o trabalho pedagógico que é

desenvolvido com as crianças e que se vale das seguintes modalidades organizativas: atividades permanentes, sequências de atividades e

projetos.

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O grupo de professores planeja a reunião, em instrumento específico e que é compartilhado com a Coordenação, cuidando para que

alguns aspectos sejam contemplados nesse momento:

Estabelecer os objetivos claros.

Planejar uma dinâmica, uma leitura, um trecho de vídeo, como forma de acolher os pais e disparar reflexões que serão retomadas pela

professora.

Garantir um espaço agradável e que proponha a integração dos pais.

Coordenar a reunião de modo que as famílias também tenham voz e possam questionar, esclarecer possíveis dúvidas e contribuir com

suas experiências.

Garantir espaço para atendimento individual das famílias.

Retomar aspectos da avaliação e/ou encaminhamentos na reunião seguinte.

Caso a família não possa comparecer na reunião e, mediante uma justificativa da família, poderá ser feito um agendamento prévio com

a professora, de modo que ela possa fazer um atendimento individual em seu horário de HTP (manhã: das 7h às 8h e das 17h às 18h).

3.3. Avaliação

As avaliações ocorrerão após o período de adaptação, e a cada evento realizado, no final do primeiro semestre e em dezembro. Em

cada uma delas, haverá um instrumento próprio com questões referentes ao período avaliado. Além destas, nas reuniões de pais, os

professores terão oportunidade de observar e considerar as falas dos pais e trazer para a equipe os encaminhamentos necessários.

4.2 Professores

4.2.1. Caracterização

Em 2017, a partir do processo de remoção do ano anterior, tivemos uma mudança significativa no quadro de professores. Como

atuamos em uma escola de bairro central e de boa localização, nos processos de remoção, as professoras demonstram bastante interesse

em vir para a nossa escola e as novas professoras que chegam geralmente já atuavam na rede de ensino há algum tempo, portanto,

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possuem certa experiência e demonstram conhecimento das práticas pedagógicas construídas pela rede. Este ano temos algumas

professoras que atuavam no Ensino Fundamental e que, portanto, têm experiência no ofício de professora, mas precisam conhecer melhor as

especificidades do trabalho com crianças tão pequenas. O fato de metade do grupo trabalhar o dia todo acumulando cargos nesta rede ou em

outras é um elemento importante a ser considerado na dinâmica das reuniões de formação, pois uma carga extensa de trabalho pode

comprometer a disposição e o envolvimento se não houver um planejamento cuidadoso, com temas e discussões motivadoras e com

estratégias diversas e bem elaboradas.

Ao longo dos anos percebe-se que já se construiu na escola um percurso formativo que consolidou o PPP e que, embora haja

rotatividade dos professores nos processos de remoção, o acolhimento a quem chega e a soma de suas experiências contribui para um

processo de continuidade. Os que chegam a esta escola já participaram de processos de formação continuada dentro da própria rede de

ensino e de outros cursos de formação continuada em outras instituições, ao longo de sua carreira. Isto, sem dúvida, também contribui para o

processo de formação na Unidade Escolar. Desta forma, temos um grupo bastante produtivo nos momentos de formação coletiva e de

planejamento. É possível observar que há bastante envolvimento e engajamento do grupo nos planejamentos e decisões coletivas, de forma

que os princípios norteadores do PPP são sempre levados em consideração nesses momentos de planejamento coletivo.

O acompanhamento individual do trabalho de cada professor, bem como o processo de aprendizagem de cada turma fica a cargo da

Coordenadora Pedagógica em parceria com a Diretora. Os professores recebem um cronograma para a entrega do planejamento e registro e

a Coordenação e Direção organizam uma devolutiva escrita que aborda questões relativas à validação e qualificação do trabalho, reflexões,

trechos de textos objetivando a fundamentação teórica, propostas de atividades significativas, entre outras. Após a devolutiva escrita é

marcado também um momento de acompanhamento individual que consiste num momento de conversa entre a professora e a gestão, no

qual a professora traz questões que gostaria de tratar e vice-versa. O objetivo é que haja momentos alternados de registro escrito e de

conversa, de forma que a comunicação entre a professora e a Coordenação ocorra de forma satisfatória. Existe também a necessidade de

acompanhamento específico à inclusão. Em relação a esse aspecto, procuramos promover a articulação entre os profissionais da equipe de

gestão e de orientação técnica, as professoras do AEE, os professores e auxiliares das crianças com deficiência ou que apresentem outras

questões específicas como as de saúde, de comportamento ou de dificuldades de fala, juntamente com suas famílias e profissionais que

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fazem o atendimento clínico, de modo que haja diversos olhares em torno das necessidades dessas crianças e que o trabalho realizado com

elas na escola possa ser o mais qualificado possível.

COMPOSIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DAS PROFESSORAS

Manhã –

Nome Jornada semanal de trabalho Horário de HTP HTPC

Ana Carolina Campos Senske

30 h

30 h

Das 7h00 às 8h00

Das 18h40 às 21h40

Andrea Aparecida Tavares Cynthia Sandra Selma Helene de P. Motta Lesliene de M. Santos Gomes Luciana Campos Bechelli Norma Vasconcelos Polesi Simone Rodrigues Silva

Valquíria Innocencio Blanco

COMPOSIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DAS PROFESSORAS

Tarde

Nome Jornada semanal de trabalho Horário de HTP HTPC

Andréia Mestrinheire Franco

30 h

Das 17h às 18h

Das 18h40 às 21h40

Carolina Salerno Servilha Daniela Duarte Redrado Edivânia Maria S. Sousa Ester Martins T. de Jesus Rafaela Cristina Lopes Paiva Regiane Mantovanini Zilda Nogueira Mortari

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4.2.2. Plano de Formação para os Professores

Justificativa: O plano de formação para professores é proposto pela equipe gestora a partir de sua leitura das necessidades, por meio de

suas observações acerca do trabalho pedagógico e da enunciação da própria equipe de professores sobre suas necessidades.

Entendemos como importante continuar avançando nas práticas de estudo do professor, como elemento fundamental da formação

continuada, principalmente na análise crítica de suas práticas, à luz de estudos contemporâneos sobre a Escola da Infância. Neste ano

daremos continuidade à pesquisa sobre a organização do currículo da educação infantil, iniciada em 2015, considerando que a escrita dos

objetivos e conteúdos por área de conhecimento no PPP da escola já não é mais representativa do trabalho que se tem buscado, na

perspectiva de integração dos saberes e conhecimentos organizados em Campos de Experiências.

Objetivo Geral

Reconhecer, desvelar e fortalecer a intencionalidade educativa das práticas pedagógicas da educação infantil

indicadas nos documentos oficiais e nas produções de referência da área.

Objetivos Específicos - Conhecer e aprofundar conhecimentos sobre o conceito de “experiência” na educação infantil, a partir das

DCNEIs e dos estudos atuais referentes à educação da infância;

- Promover reflexão sobre as práticas dos professores de modo a buscar uma concepção integradora das

experiências, saberes e conhecimentos;

- Avançar na reorganização do PPP da escola que estava organizado em áreas de conhecimento e que, a partir

de 2015, começou a ser reorganizado em Campos de Experiências. Em 2017 pretende-se:

Revisitar o Campo de Experiência “Eu no mundo natural e social” elaborado em 2015, fazendo-se os

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- Investir na construção de práticas que considerem a necessidade do brincar livre e ao ar livre, aproveitando-se

as potencialidades do bosque da escola que possibilita a proposição de diversas experiências em uma área

verde, ampliando-se as possibilidades de criação de brincadeiras com a introdução de elementos não

estruturados (canos, tubos, pneus, latas, potes, carretéis etc) e dos próprios elementos da natureza (terra,

folhas, galhos, pedrinhas);

-- Investir na construção de registros significativos da prática docente que promovam reflexão sobre a prática;

- Refletir sobre a avaliação na educação infantil com vista a qualificar o relatório individual das aprendizagens;

ajustes necessários;

Sistematizar os conhecimentos construídos nos encontros de formação de 2016, acerca do Campo de

Experiências das Linguagens e Artes Visuais e buscar cada vez mais a coerência entre as práticas

pedagógicas e as concepções expressadas no PPP;

Promover estudos teóricos e aprofundar conhecimentos sobre Linguagem Verbal e Literatura integrada

em experiências com outras linguagens.

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Ações Propostas

-

- Estudar textos sobre concepções atuais de currículo na educação infantil que privilegia a singularidade de

uma escola da infância, indicando como possibilidade a organização por Campos de Experiências;

- Buscar transposições práticas do conceito de experiência na educação infantil, construindo sentidos com a

equipe docente;

- Reescrever o PPP da escola evidenciando a preocupação com o trabalho pedagógico de forma mais

integrada, promovendo experiências aprofundadas na cultura;

- Dar relevo ao planejamento por projetos como forma privilegiada de viabilizar a concepção integradora dos

conhecimentos e do protagonismo das crianças na busca pelos conhecimentos;

- Mobilizar a equipe escolar para a inserção de elementos não estruturados nas brincadeiras das crianças

observando suas interações e criações a fim de ampliar suas possibilidades e experiências;

-- Promover o acompanhamento do trabalho dos professores, por meio da observação da prática, da leitura dos

planejamentos e registros, tendo como estratégia a alternância entre as devolutivas escritas,o acompanhamento

individual (oralmente) e a observação da prática pedagógica e das crianças;

- Promover trocas de experiências entre os professores de modo que ampliem seu repertório e criem novas

possibilidades de trabalho, promovendo também a tematização de prática;

-Tematizar trechos de relatórios de avaliação, como forma de qualificar este instrumento, tornando-o fonte de

informações acerca do trabalho realizado, sobre as aprendizagens e necessidades das crianças.

Cronograma - Nas reuniões pedagógicas, de acordo com o calendário escolar;

- No acompanhamento individual feito pela CP e pela diretora dos instrumentos metodológicos das professoras

com devolutivas escritas na periodicidade quinzenal e através de conversas agendadas e devolutivas propostas

nos HTPs;

- Na formação coletiva semanal durante os HTPC’s realizados às 4ªs feiras, das 18h 40’ às 21h 40’, conforme

cronograma de previsão de pautas.

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Bibliografia BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. BARBOSA, Maria Carmem S.; HORN, Maria da Graça. Projetos Pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre/RS: Artmed, 2008. CRUZ, Silvia Helena Vieira. Novas diretrizes para a Educação Infantil. Publicação eletrônica do programa “Salto para o Futuro” da TV ESCOLA. Ano XXIII, boletim 9, junho 2013: http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto/publicacao. FARIA, Vitória Libia Barreto de. Currículo na educação infantil: diálogo com os demais elementos da proposta pedagógica/Vitória Faria, Fátima Salles. – 2ª ed. – São Paulo: Ática, 2012. FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lucia Goulart de (organizadoras). Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. MELLO, Suely Amaral. A Educação das crianças de zero a seis anos: regularidades do desenvolvimento. (?) FORMOSINHO, Julia O; GAMBÔA, Rosario (orgs). O trabalho de projeto na pedagogia em participação. Porto Editora, 2011. RIZZOLI, Maria Cristina. Leitura com letras e sem letras na educação infantil no Norte da Itália. Artigo publicado em GOULART, A. L. E e MELLO, S. A. (orgs) Linguagens Infantis: outras formas de leitura. Campinas: Autores Associados, 2005. Orientações para implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil publicadas em http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=1096&id=15860&option=com_content&view=articleulta para consulta pública ( consulta em 24/04/2014)

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- Cronograma dos encontros de formação em HTPC

EMEB CANDIDO PORTINARI PREVISÃO DE PAUTAS DE HTPC’S

08/02 Combinados gerais; leitura do Guia Candido Portinari; Avaliação proposta pela SE (“escuta da rede”) 15/02 Combinados sobre o acompanhamento pedagógico de 2017 e “ O que compõe o planejamento inicial?” 01/03 Conhecimentos prévios sobre campos de experiências 08/03 Organização da exposição de fotos para o aniversário da escola 15/03 Planejamento por faixa etária e planejamento da reunião com pais 22/03 Plano de formação: Análise do Currículo por campos de experiências 29/03 Plano de formação: Análise do Currículo por campos de experiências 05/04 Plano de formação: Análise do Currículo por campos de experiências 12/04 Revisão do PPP e Planejamento coletivo: atividade de intersalas (18/04;25/04;09/05;23/05) 19/04 Planejamento por faixa etária/ Troca de experiência/ Revisão do PPP 26/04 Formação de análise do currículo da escola/ Revisão do PPP 03/05 Formação: Análise do currículo da escola/ Revisão do PPP 10/05 Formação: Relatórios de Avaliação 17/05 Formação: Relatórios de Avaliação 24/05 Planejamento coletivo: atividade de intersalas (06/06;13/06;27/06;04/07)/ Organização da Ciranda Literária 31/05 Escrita e orientações dos relatórios de avaliação 07/06 Planejamento didático por faixa etária/ Troca de experiência 14/06 Escrita e orientações dos relatórios de avaliação 21/06 Organização da Ciranda Literária (ensaios) 28/06 Escrita e orientações dos relatórios de avaliação 05/07 Formação: Análise do Currículo da escola 08 a 23/07

Recesso Escolar

26/07 Planejamento didático por faixa etária e Planejamento da Reunião com Pais 02/08 Formação: Análise do Currículo da escola/ Planejamento da intersalas ( 08/08;15/08;29/08;12/09) 09/08 Formação: Análise do Currículo da escola 16/08 Formação: Análise do Currículo da escola 23/08 Formação: Análise do Currículo da escola 30/08 Planejamento didático por faixa etária/ Troca de experiência/ Planejamento de intersalas ( 26/09;10/10;24/10;07/11) 06/09 Formação: Análise do Currículo da escola 13/09 Formação: Análise do Currículo da escola 20/09 Planejamento coletivo: Comemoração do dia das crianças

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4.3. Auxiliares em Educação e Estagiárias em Pedagogia de apoio à inclusão

4.31. Caracterização

A formação inicial exigida das auxiliares em educação é de nível médio, porém contamos

com uma auxiliar que já se formou em pedagogia. Além da formação na área, ela possui

bastante experiência com inclusão, pois já atuou com crianças com diferentes tipos de

transtornos e de deficiências. As três estagiárias de apoio à inclusão

estão cursando pedagogia e, portanto, realizam seu

estágio nesta unidade escolar, de forma

remunerada, atuando com o apoio à inclusão. O

trabalho das auxiliares em educação ocorre em

período integral, apoiando duas turmas, uma no

período da manhã e outra no período da tarde. Já estagiárias de pedagogia atuam em meio

período, sendo duas de manhã e uma à tarde. Este grupo de cinco funcionárias fazem o apoio à

inclusão, sendo que cada uma delas está vinculada a uma turma e a casos específicos de crianças

com deficiência ou em fase de diagnóstico. O trabalho tem por objetivo auxiliar a professora da turma no

desenvolvimento do trabalho pedagógico e nas ações de cuidados e proteção das crianças da turma.

11/10- Formação: Análise do currículo da escola 18/10- Comemoração do Dia do professor 25/10- Planejamento da Festa do Infantil V/ Planejamento didático por faixa etária 01/11- Escrita e entrega de um relatório individual do 2º semestre (amostragem) 08/11- Escrita do Relatório de Avaliação 15/11- Feriado- Proclamação da República 22/11- Organização do UNIDUNITÊ 29/11- (4ª feira) e 30/11 (5ª feira)- Festa de encerramento do Infantil V 06/12- Planejamento da Festa de encerramento do semestre, que ocorrerá no dia 13/12. 13/12- Avaliação do Plano de Formação 20/12- Organização dos espaços e materiais

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A formação continuada acontece em meio à dinâmica do trabalho, pois o único espaço de formação coletiva que participam é a

reunião pedagógica, que ocorre no intervalo de um a dois meses. No cotidiano da escola, são orientadas na ação, pela coordenadora

pedagógica e pela própria professora da turma, e na parceria que procuram estabelecer no planejamento. Encontros com a equipe de gestão

ocorrem em situações de orientação específica, como em um estudo de caso e orientações da equipe técnica (fonoaudióloga, psicóloga,

fisioterapeuta e orientadora pedagógica) e professora do AEE. Para isso se faz necessário uma organização prévia, de modo que seja

possível retirar a auxiliar da turma pontualmente para estas reuniões.

4.3.2. Plano de Formação

Justificativa: Para que as flexibilizações curriculares se efetivem, garantindo a inclusão de todos, é necessário que a auxiliar em

educação conheça o projeto pedagógico da escola e participe do planejamento da turma, sendo capaz de desempenhar o papel de

cuidar e educar em consonância com os objetivos e princípios educacionais da proposta pedagógica.

Objetivos Gerais e Específicos Ações Propostas

- discutir, compreender e qualificar a função destes profissionais na sua

atuação, de acordo com o projeto político pedagógico da escola;

- desenvolver um olhar de investigação para conhecer como se comunica

e como aprende a criança com N.E.E. a fim de construir mediações

apoiadoras de sua aprendizagem;

- compreender e contribuir com o planejamento da professora;

- Participação na formação coletiva nas reuniões pedagógicas

- Orientação do seu trabalho na ação, realizando-se os combinados

necessários para o desenvolvimento das atividades e para o apoio às

necessidades das crianças.

Obs.: Não carga horária institucionalizada para a formação dos

auxiliares.

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- participar da construção das flexibilizações curriculares e da produção

de materiais necessárias a estas;

- organizar o trabalho e atuação da auxiliar junto à criança com

deficiência e junto à turma;

- orientar situações de cuidado específicas em relação a alimentação,

posicionamento e proteção das crianças com NEE.

4.3.3. Avaliação do Plano de Formação das Auxiliares e Estagiárias

Nos encontros, alguns aspectos observados no cotidiano poderão ser avaliados e, nos meses de julho e dezembro, será realizada a

avaliação dos objetivos deste plano.

5. Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres)

5.1. Caracterização

A participação dos órgãos colegiados na EMEB Candido Portinari tem se realizado com muito envolvimento ao longo dos anos. A

participação dos pais na escola é uma característica relevante ao longo da história da escola. A atuação do Conselho de Escola da APM é

conjunta, desde as reuniões mensais que são feitas com a participação de todos os membros dos dois segmentos, que, em conjunto,

encaminham tanto as deliberações quanto as ações.

O envolvimento dos membros se dá tanto nas contribuições práticas de organização de materiais e eventos quanto nas discussões e

encaminhamentos sobre os problemas da escola, principalmente os de ordem estrutural, como as manutenções e reformas.

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Este grupo tem como característica a iniciativa e o empreendimento para realizar tarefas colaborativas ao trabalho pedagógico da

escola. Além de discutir e deliberar o gerenciamento da verba, prontificam-se a realizar trabalho voluntário na escola, como pequenos

consertos e confecção de materiais pedagógicos, de modo a economizar os recursos e empregá-los em melhorias estruturais.

Contribuir para que esta escola tenha qualidade para todas as crianças é o que desejam os membros da APM em parceria com a

Equipe escolar.

Conselho de Escola

Nome Segmento Função Mandato

Patricia dos Santos Vieira de Oliveira Diretora da Escola Presidente do Conselho

01/04/2017 à 31/03/2018

Maria Emilia Setti Nucci

Mãe Titular

Rosecler da Conceição Fernandes Professora Titular

Sergio Eduardo Duarte

Pai

Titular

Alexandra B. Silva Rossi Mãe Titular

Daniela Duarte Redrado Professora Titular

Lucinéia de Oliveira Funcionária Titular

Elvira Maria Pelegrini Funcionária Titular

Paula Ramos Raiza Mãe Titular

Carla Aparecida S. Rodrigues Mãe Titular

Sabrina Pereira Castrillo Mãe Suplente

Bruna Evangelista da Silva Santos Oficial de Escola Suplente

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APM – Associação de Pais e Mestres

NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO

CONSELHO DELIBERATIVO

Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira Diretora da Escola Presidente

01/04/2017 a 31/03/2018

Rosecler Da Conceição Fernandes Professora 1ª Secretária

Vanessa Cristina Rossi José

Mãe 2ª Secretária

Aline Souza Lima

Mãe Conselho Deliberativo

Rosiene Sousa Alves de Almeida Mâe Conselho Deliberativo

Henrique Lorenti Junior Pai Conselho Deliberativo

Betsaida Saluza Pigozzo Bittencourt

Mâe Conselho Deliberativo

DIRETORIA EXECUTIVA

Eliane Aparecida da Silva

Mãe Diretor executivo

Maria Emilia Setti Nucci

Mãe Vice-Diretora Executiva Meriley Gomes da Cruz

Mãe

1ª Tesoureiro – Diretoria Executiva Regiane Mantovanini

Mãe

2º Tesoureira – Diretoria Executiva Ana Carla Marques Isidoro

Mãe 1ª Secretária – Diretoria Executiva

Cristiane Pires Martins

Pai 2ª Secretário – Diretoria Executiva

CONSELHO FISCAL

Marilena Kazue Aoki Thomaz

Mãe Conselho Fiscal

Rosangela Aparecida Ferrari

Mãe Conselho Fiscal

Rafaela Cristina Lopes Paiva

Professora Conselho Fiscal

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5.2. Planos de Ação e Formação Articulados do Conselho de Escola e da APM

Objetivos gerais e Específicos

Ações Propostas

Objetivo Geral - Discutir os problemas da escola e participar das decisões e

encaminhamentos necessários de acordo com os princípios e

diretrizes da Secretaria de Educação e da política nacional;

- Contribuir para a construção do projeto político pedagógico de

forma coletiva e democrática.

Objetivos Específicos

- Contribuir no processo de construção do PPP e acompanhar o

desenvolvimento das ações propostas neste documento tendo

como base a avaliação institucional anual;

- Participar da elaboração e aprovação do calendário escolar;

- Trabalhar pela manutenção da qualidade da Educação e sua

melhoria nos aspectos em que se fizerem necessários;

- Manter escuta e exercer a representatividade trazendo para a

discussão nas reuniões mensais os anseios e apontamentos das

famílias no cotidiano escolar;

- Contribuir com a equipe gestora para manter o prédio escolar

adequado, dentro das boas condições de acessibilidade e

conservação;

- Conhecer o PPP da escola e utilizá-lo como o documentos referência nas discussões e planejamentos, em consonância com os princípios definidos pela Secretaria de Educação e pela política nacional; - Exercer a representatividade através de uma postura observadora e comunicativa, principalmente nos horários de entrada e saída, de forma a fazer leituras do movimento das famílias e facilitar que os outros pais comuniquem aos conselheiros suas necessidades.

- Exercer participação ativa nas reuniões trazendo as demandas observadas; - Analisar as propostas e definir o calendário escolar;

- Discutir e encaminhar propostas referentes às reformas necessárias ao prédio: pintura geral e reforma do telhado que apresenta vazamentos; - Contribuir para a boa gestão dos recursos que são escassos buscando parcerias na comunidade de modo a obter orçamentos mais vantajosos e até mesmo a doação de materiais e serviços, contendo custos; - Planejar o uso dos recursos de forma ajudando a eleger prioridades

para o desenvolvimento do PPP, considerando-se primordialmente os

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-

Contribuir com a equipe escolar nas atividades oferecidas à

comunidade nos sábados letivos e nas atividades coletivas

desenvolvidas no cotidiano escolar com as crianças;

- Propor e contribuir com atividades para a semana da criança e

festas de encerramento dos semestres;

- Desenvolver uma boa gestão dos recursos financeiros

trabalhando com transparência e boa utilização dos recursos

públicos no desenvolvimento do PPP;

- Informar à toda comunidade escolar as ações e investimentos da

APM de forma transparente.

indicativos obtidos na avaliação institucional de 2016;

- Participar da elaboração das atividades que envolverão todas as famílias de todos os alunos nos sábados letivos definidos no calendário escolar;

- Avaliar o desenvolvimento das ações propostas no PPP;

- Acompanhar os estudos do meio realizados pelas turmas.

5.3. Avaliação

As avaliações ocorrerão ao longo do processo, a fim de replanejar as ações, quando necessário, e no final dos semestres. Para estas

avaliações, serão levantados os indicadores a serem avaliados.

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IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Objetivo da Educação Básica

Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino (Lei 9394/96)

Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção II

Da Educação Infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

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2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos

2.1. Objetivo Geral da Escola

1. Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens planejadas de forma integrada que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser, de estar com os outros em uma atitude de aceitação,

respeito e confiança, bem como garantir o acesso aos conhecimentos mais amplos de nossa realidade sociocultural;

2. Estimular o desenvolvimento das capacidades de conhecimento e apropriação das potencialidades corporais, afetivas, emocionais,

estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis;

3. Promover aprendizagens e o uso das diversas linguagens;

4. Promover a integração família/escola e família/família, compartilhando culturas e saberes, respeitando a diversidade da comunidade

escolar, construindo vínculos afetivos, transformando o ambiente institucional em um local favorável ao desenvolvimento das crianças;

5. Contemplar os direitos fundamentais das crianças;

6. Ampliar as experiências lúdicas;

7. Estruturar o espaço e tempo da escola de forma a atender as necessidades das crianças e os princípios da instituição;

8. Oferecer oportunidades de exposição e apreciação das produções das crianças valorizando a cultura infantil;

9. Considerar as opiniões das crianças na construção dos projetos e na organização do trabalho político-pedagógico da escola.

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3. Objetivos Gerais e Objetivos específicos por Área de Conhecimento

3.1 Introdução

A organização da proposta pedagógica da escola foi elaborada de acordo com os documentos orientadores da Educação Infantil,

Referencial Nacional Curricular (vol. 3, 1998) e Proposta Curricular do município (vol. II, 2007).

Considerando-se os estudos mais recentes, a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010)

e a análise e reflexão de nossas práticas, temos percebido a necessidade de revisão desta organização curricular. Estamos em processo de

estudo e pesquisa, buscando uma forma de trabalho que, tendo como eixos as interações e as brincadeiras, consiga promover

desenvolvimento e aprendizagem de maneira integrada, superando-se a fragmentação e divisão do conhecimento historicamente instituída na

divisão dos conteúdos por área de conhecimento. Acreditamos que integrar melhor os objetivos gerais da formação infantil com os objetivos

das áreas seja a maneira mais representativa do nosso trabalho, que busca a formação integral da criança.

A forma com que trabalhamos hoje busca promover contextos ricos de experiências, através dos quais as crianças desenvolvam-se de

maneira integral, através da articulação dos saberes. Os projetos coletivos, as sequências de atividades e as atividades permanentes da

rotina articulam vários objetivos de diferentes áreas do conhecimento, bem como outros objetivos imprescíndiveis nas dimensões do cuidar e

do educar atrelados à formação pessoal e social que não se descrevem completamente e nem se enquadram na divisão por áreas de

conhecimento que temos até então no nosso currículo. Estudos mais recentes da área apontam para uma organização por campos de

experiências, considerando-se que experiência é fruto de uma elaboração, portanto mobiliza diretamente o sujeito, deixa marcas, produz

sentidos que podem ser recuperados na vivência de outras situações semelhantes, portanto, constitui um aprendizado em constante

movimento, com potencial de transformação.

Os conteúdos que são trabalhados cotidianamente com as crianças partem diretamente dos conhecimentos que as crianças já trazem

consigo e das necessidades que apresentam, sendo o papel da escola promover a ampliação cultural e o conhecimetno de mundo, através

da experiência, da vivência e das interações.Os conhecimentos acumulados sócio e culturalmente são sitematizados a fim de prioduzirem

novos conhecimentos. Estes conhecimentos são de diferentes naturezas: conceitual o que é preciso saber; procedimental: o que é preciso

saber fazer e atitudinal: as atitudes que é preciso desenvolver.

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Em 2014, iniciamos um importante processo de reelaboração da proposta pedagógica, apoiando-se em estudos

contemporâneos e analisando-se os conhecimentos e as experiências que devem ser propostos às crianças pequenas a fim de

alcançar o seu desenvolvimento e apendizagem. Definimos como formato de organização, com base na referência de Faria e Salles

(2012) Este campo de experiência já está reformulado, apresentando um formato muito mais detalhado e abrangente ace, a

organização em três campos de experiências: Eu no Mundo Natural e Social, Linguagens e Artes e Matemática.

Estamos a meio caminho neste processo de análise e reescrita por isso o a Organizaçãos e Desenvolvimento do Trabalho

Pedagógico está descrita parcialmente por Campos de Experiências e ainda há textos organizados por Àreas de Conhecimento.

Temos a expectativa de que toda a rede de educação do município seja envolvida na reelaboração do currículo municipal e que até

o final de 2017 a reescrita em nosso PPP já esteja concluída.

Objetivos Gerais da Educação Infantil

OBJETIVOS CONTEÚDOS

desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais

independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

• deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc.,

desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;

• descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus

limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;

• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-

estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;

• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a

Formação da Identidade e

desenvolvimento da autonomia;

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articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e

desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais

como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando

atitudes que contribuam para sua conservação;

• brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;

•explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e

nas demais situações de interação;

Desenvolvimento integral nas

dimensões afetiva, cognitiva e motora;

OBJETIVOS CONTEÚDOS

• utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e

escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de

comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,

expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e

avançar no seu processo de construção de significados,

enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;

• conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes

de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a

diversidade.

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3.4. EU NO MUNDO NATURAL E SOCIAL

3.4.1. EU NO MUNDO NATURAL

OBJETIVOS

- Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo natural que está à sua volta, explorando-o através dos sentidos; - Conhecer o mundo físico e natural, observando seus fenômenos e transformações e refletindo sobre essas experiências no cotidiano; - Desenvolver o prazer da descoberta, da curiosidade e da postura investigativa acerca dos elementos do mundo físico e natural, formulando perguntas, levantando hipóteses e fazendo pesquisas; - Ser capaz de observar e apreciar as manifestações da natureza à sua volta e reconhecer-se também como ser natural identificando-se com a natureza e aprendendo a respeitar e a cuidar do meio ambiente; - Apropriar-se de conhecimentos sobre o meio em que vive na perspectiva de atuar nele de forma sustentável, fazendo uso dos recursos naturais e desenvolvendo a consciência sobre os limites e possibilidades no uso destes recursos; - Conhecer os problemas que ameaçam o nosso planeta, buscando soluções para eles. . - Conhecer, comparar e estabelecer relações entre o próprio corpo e o corpo de outros seres vivos; - Ampliar conhecimentos sobre o funcionamento do próprio corpo e sobre as formas e condições de vida de outros seres. .

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DO MUNDO NATURAL - Explorar e apreciar o bosque e os canteiros da escola; - Conhecer as árvores do bosque, suas frutas e os sabores, a jaca, o abacate, a amora, o café; - Conhecer e apreciar os cultivos que há na escola: hortaliças, ervas, plantas ornamentais e flores; - Aprender atitudes de cuidado e preservação do meio natural que o cerca: os jardins, as hortas, as árvores, os pequenos animais que são percebidos no ambiente natural da própria escola e também nos estudos do meio em espaços naturais do bairro (praças) e em outros locais (parques públicos); - Plantar, cuidar e observar o desenvolvimento das plantas nos jardins e bosque da escola, no cultivo de uma horta ou canteiro; - Observar, conhecer, investigar e cuidar de pequenos animais, como os bichos de jardim, os casulos e as borboletas, as experiências com minhocário, aquário etc.

- Ter experiências sensoriais com cheiros, gostos, sons, texturas, temperatura, cores, descobrindo as sensações agradáveis ou não que estas experiências proporcionam;

-- Expressar os seus conhecimentos sobre o mundo, suas observações e seus questionamentos acerca do que vê e experimenta; - Ter contato e com problemas socioambientais da atualidade e refletir sobre eles, tais como o estoque reduzido de água no planeta e crescimento da população, a disseminação de pragas como os mosquitos transmissores de doença;

- Aprender e criar formas de não desperdício de recursos nas situações cotidianas;

- Aprender a colocar em prática soluções de economia e de reaproveitamento de todos os recursos: o reuso do papel, do papelão e de sucatas e a diminuição do gasto de água e de energia elétrica, partilhando esses conhecimentos na prática social; - Engajar-se na tarefa de separação do lixo reciclável e orgânico na hora do lanche e nos diversos momentos da rotina, estabelecendo relações com as práticas sociais de coleta seletiva no bairro; - Brincar com água, ar, luz e sombra; - Observar plantas e animais no ecossistema, modos de vida etc.; - Fazer misturas, provocando mudanças físicas e químicas na realização de atividades de culinária, de pintura, de brincadeiras e experiências com água, terra, argila etc.;

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- Atuar sobre os objetos, estabelecendo relações sobre eles e provocando relações físicas como movimento, força, inércia, flutuação, equilíbrio; - Pensar sobre os fenômenos naturais, observando e conversando sobre a chuva, o vento, a luz, a sombra, entre outros e com a perspectiva de desenvolver pesquisa para compreendê-los; - Observar e conversar sobre os elementos da natureza como o céu, os astros, as estrelas e seus movimentos, o dia e a noite; - Aprender sobre os cuidados e à promoção da saúde humana através de ações como o combate a mosquitos e insetos transmissores de doença, a higiene das mãos, do corpo e dos ambientes, a não poluição das águas etc - Explorar o próprio corpo na perspectiva de conhecê-lo, sentindo seus movimentos, ouvindo seus barulhos, conhecendo suas funções e formas de funcionamento; - Fazer experimentações e invenções com os objetos, conhecendo suas propriedades, combinações e reações físicas; - Participar de situações de pesquisas em diversas fontes para aprofundamento das observações e novas descobertas; - Aprender procedimentos de buscar informações em diversas fontes: nos livros, revistas, enciclopédias ilustradas, na web, com outras pessoas; - Representar suas hipóteses e descobertas por meio de diferentes linguagens: comunicar oralmente, desenhar, pintar, compor com imagens, produzir pequenos textos.

3.4.2. EU NO MUNDO SOCIAL

EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DO MUNDO SOCIAL

Experiências individuais e coletivas de reflexão sobre a necessidade do autocuidado e a aprendizagem dos cuidados diários consigo: - Alimentar-se fazendo uso do guardanapo, da colher, da caneca e o descarte dos utensílios e do lixo no local adequado.

- Desfraldar aprendendo o uso adequado do banheiro.

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-

Realizar a higiene das mãos e incorporar o hábito nos diversos momentos da rotina.

- Realizar a higiene bucal com autonomia, apropriando-se dos movimentos pertinentes à escovação, significando este momento como

prazeroso; .

- Perceber as necessidades do próprio corpo (fome, frio, calor, sede, cansaço).e ter iniciativa para supri-las como retirar e colocar o

agasalho, beber água, repousar, perceber se o nariz está sujo e assuar o nariz quando necessário.

- Cuidar dos seus pertences pessoais fazendo uso dos procedimentos de organização como retirar e guardar a agenda na mochila;

reconhecer e guardar suas roupas, material de higiene pessoal e objetos de apego na mochila, retirar e colocar calçados;

- Ter cuidados para sua autoproteção e a proteção do outro, prevenindo-se de acidentes: identificar situações de risco e evita-las como não colocar objetos na boca, no nariz e no ouvido, não passar detrás da balança em movimento etc.

Experiências com as pessoas, os espaços e ambientes da escola:

- Circular cotidianamente por espaços da instituição e interagir com crianças da mesma idade e de idades diferentes, em situações coletivas, pequenos grupos e duplas; - Participar de momentos de interação entre crianças de diferentes faixas etárias, como nas atividades intersalas, sábados letivos, dia do brinquedo, brincadeiras simbólicas; - Vivenciar brincadeiras simbólicas que permitam significar e ressignificar o mundo social; - Exercitar a capacidade de realizar escolhas nas diversas situações da rotina escolar; - Brincar de faz de conta assumindo diferentes papéis (representação e/ou simbólica) para ressignificar e significar o mundo social; - Participar de situações coletivas de reflexão sobre o cuidado e a proteção de todos ajudando a elaborar regras de convivência, orientações

e procedimentos para o bem estar de todos;

- Fazer uso dos espaços e ambientes da escola reconhecendo sua função, as pessoas adultas e crianças, de modo a despertar a sensação

de pertencimento ao grupo.

- Participar da construção e desenvolvimento da rotina escola; - Participar de saídas do ambiente escolar em situações de estudo do meio, vivenciando experiências culturais diversas; -- Conviver com adultos, crianças da mesma faixa etária e de outras idades; - Desenvolver a sensação de pertencimento ao grupo que é a sua turma, identificando os colegas, sabendo localizar onde está o seu grupo nos deslocamentos pela escola e onde fica a sua sala;

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- Ter carinho e respeito para com o próximo; - Dividir e/ou partilhar os brinquedos; - Estabelecer relações de amizade; - Resolver os conflitos por meio do diálogo; - Dividir tarefas; - Cooperar, compartilhar, solicitar e receber auxílio; - Fazer escolhas; - Ganhar e perder e lidar com a frustração; - Construir e respeitar combinados; - Esperar sua vez; - Cumprimentar, agradecer, despedir fazendo uso de expressões de cortesia: obrigada, por favor, com licença, desculpe, bom dia etc.; - Guardar os brinquedos e materiais e implicar-se nos combinados de organização e utilização dos espaços escolares; - Formular perguntas, imaginando soluções para compreender o mundo social, manifestando opiniões próprias sobre acontecimentos, buscando informações e confrontando ideias; - Observar, falar, ouvir e interpretar os fatos e acontecimentos do mundo à sua volta. - Conversar sobre diferentes estruturas familiares e relações de parentesco; - Ampliar conhecimentos sobre aspectos do mundo social experimentando os diversos recursos tecnológicos, como vídeo, máquina fotográfica, aparelho projetor e computador; - Utilizar diversas fontes de conhecimento: livros, revistas, CD, DVD, internet, entrevistas com pessoas mais experientes sobre o assunto; -Registrar impressões, informações, ideias e hipóteses através de diferentes linguagens.

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3.5. LINGUAGENS E ARTES VISUAIS

3.5.1. LINGUAGEM CORPORAL, MOVIMENTO, TEATRO E DANÇA

OBJETIVOS

- Descobrir o próprio corpo e suas possibilidades;

- Desenvolver todas as suas percepções sensoriais;

- Explorar a si próprio, o espaço e as possibilidades de interação com o outro;

- Desenvolver a orientação e adaptação do seu corpo ao espaço, controlando e ajustando seus movimentos para expressar-se, brincar,

deslocar-se de modo ágil e seguro e construir autonomia de movimentos necessários ao autocuidado;

- Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos variados, explorando ritmos corporais nas suas brincadeiras,

danças, jogos e demais situações de interação com o outro;

- Sentir-se capaz à medida em que desenvolve suas habilidades com o corpo e vence desafios, construindo sua auto-imagem;

- Ampliar seu repertório de manifestações culturais e artísticas por meio do corpo.

- Reconhecer as diferenças corporais de constituição física e de etnia ( peso, altura, de cor da pele, tipo de cabelo, cor dos olhos), de gênero,

de modo de se expressar e de cultura respeitando-se a diversidade.

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DA LINGUAGEM CORPORAL

- Experiências corporais de acolhimento e afetividade: afago, aconchego, toque e aproximação corporal do adulto e dos colegas;

- Receber atenção e cuidados básicos de alimentação, higiene e proteção;

- Organizar seus pertences: pegar e guardar na mochila o seu material de higiene pessoal e sua agenda;

- Vivenciar os espaços da escola em suas brincadeiras e deslocamentos, conhecendo-os e identificando-os;

- Sentir-se seguro no espaço da escola, sendo capaz de buscar sua sala de referência e seu grupo nos diversos espaços, tanto na hora da

entrada como em situações que necessite se afasta do grupo, como ir ao banheiro ou retornar no refeitório;

- Experimentar os desafios e sensações do espaço físico ao caminhar pelas raízes e pela terra do bosque, pelo emborrachado do parque,

por entre as árvores, atravessar o pátio externo;

- Brincar com elementos da natureza, explorando-os com o corpo: água, areia seca, areia molhada, terra, folhas, gravetos;

- Brincar no parque desenvolvendo habilidade nos brinquedos: escalar, balançar, subir degraus, equilibrar-se, erguer-se;

- Participar de brincadeiras livres e ao ar livre nos espaços externos;

- Participar de brincadeiras organizadas que possibilitem os desafios motores de saltar, empurrar, arrastar, rolar, puxar, abaixar-se, erguer-

se, engatinhar, entrar dentro etc como os circuitos motores, as brincadeiras com pneus, cilindros, motocas, caixas engradadas e de madeira,

caixas de papelão, bolas, arcos, bancos, cordas;

- Vivenciar brincadeiras e jogos corporais apropriados a faixa etária tais como: coelhinho na toca, vivo e morto, seu mestre mandou;

- Vivenciar brincadeiras e cantigas da infância e sua gestualidade;

- Brincar com construções de toquinhos de madeira, jogos de montar e sucatas explorando diversos planos: no chão, na mesa, embaixo da

mesa;

- Incorporar os objetos e mobiliários às suas brincadeiras atribuindo-lhes novos significados como: brincar de ônibus com as cadeiras da

sala, brincar de cabana embaixo das mesas, rolar sobre os tatames etc;

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-

Participar de brincadeiras que explorem as sensações táteis, olfativas e auditivas como: saco surpresa, cobra-cega, “que som é esse”, etc.;

- Dramatizar histórias usando fantoches, fantasias o apenas o próprio corpo, imitando personagens e produzindo gestos de acordo com o

contexto;

- Assistir e participar de apresentações culturais no teatro, na biblioteca e na própria escola, bem como apreciar apresentações dos colegas

de outras turmas descobrindo prazer em ser expectador;

- Dançar e expressar-se por meio de diversos gêneros musicais.

3.5.2. BRINCAR COMO LINGUAGEM E CULTURA

“O brincar é uma das formas privilegiadas de as crianças se expressarem, relacionarem-se, descobrirem, explorarem e

conhecerem sua realidade física e social. Brincando, constroem sua subjetividade, constituindo-se como sujeitos humanos em determinada

cultura. É, portanto, uma das linguagens da criança e, como as demais, aprendida social e culturalmente. É uma atividade permeada por

valores, atitudes e expressão de sentimentos que possibilita a significação do mundo pelas crianças.” (FARIA, 2012)

O brincar é uma linguagem aprendida social e culturalmente, como as demais: falar, movimentar-se, expressar-se plasticamente. Os

objetos de brincar e as brincadeiras também são produções culturais que fazem parte dos conhecimentos acumulados pela humanidade e

que podem ser transmitidos e reconstruídos pelas novas gerações. As brincadeiras, segundo as DCNEIs, constituem-se em um eixo que

deve permear todo o trabalho pedagógico na educação infantil uma vez que são mediadoras entre as crianças e os conhecimentos e entre

as crianças e seus pares. Portanto, podemos situar o brincar como linguagem e também como cultura. .Na proposta de organização por

campo de experiências, o brincar tem lugar como uma linguagem e uma expressão cultural que é própria da infância, ao lado das outras

linguagens que garantem a expressão e a construção de conhecimentos sobre o mundo pela criança.

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OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de imaginação e transformação da realidade;

- Conhecer hábitos e costumes de diferentes culturas através do contato com ao acervo de jogos e brincadeiras locais e de outros povos,

de modo a ampliar suas possibilidades de brincar e de dar continuidade a produção cultural da infânica;

- Atribuir significados às situações vivenciadas e observadas no meio físico e social por meio das brincadeiras, de modo a estabelecer e

compreender regras de convívio social, conhecer e controlar suas emoções frente a situações de conflito, compartilhar e construir

conhecimentos juntamente com seus colegas;

- Desenvolver o pensamento abstrato por meio da capacidade da representação nas brincadeiras simbólicas;

- Aprender a brincar junto, compartilhar a brincadeira estabelecendo relações de amizade, organização, cooperação, solidariedade,

confiança, respeito e tolerância com seus pares e com crianças de idades diferentes;

- Explorar o próprio corpo, os sons que consegue emitir, a coordenação dos movimentos e todas as suas possibilidades corporais;

- Desenvolver possibilidades e habilidades corporais construindo noções de força, tempo, posição, deslocamento, lateralidade, percebendo

o próprio corpo e o corpo do outro nas brincadeiras e também desenvolvendo a noção de cuidado e proteção de si e do outro ao balançar,

correr, saltar etc.

- Desenvolver postura crítica em relação ao consumo e aos valores embutidos em brinquedos e brincadeiras, como a supervalorização

econômica de certos tipos de brinquedos e marcas e os estereótipos representados através dos brinquedos.

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE O BRINCAR COMO LINGUAGEM E CULTURA

- Brincar livre e ao ar livre, interagindo com a amplitude do espaço, com os brinquedos, com os materiais, com os elementos a natureza,

com seus pares e com crianças de diferentes idades, de modo que possa criar suas próprias brincadeiras e parcerias nessa construção;

- Aprender a brincar com outras crianças estabelecendo relações amigáveis e se organizando em grupo;

- Lidar com a frustração e os conflitos, construindo meios de negociação de brinquedos e brincadeiras e de explicitação de suas emoções,

desejos e necessidades;

- Experimentar situações e ambientes de brincadeira simbólica em espaços estruturados e organizados, com materiais que provoquem a

imaginação e a representação da criança para viver papéis e criar personagens;

- Participar do planejamento e da organização dos espaços e materiais, contribuindo com o que sabe acerca dos papéis e dos espaços e

ajudando a selecionar materiais e a compor o ambiente da brincadeira, como os jogos de papéis de profissões, casinha, escolinha etc.

- Expandir sua criatividade por meio da livre criação com jogos de construção e encaixe, pedaços de madeira e sucatas;

- Participar de jogos e brinquedos que envolvam o raciocínio lógico e as regras, tais como jogo da memória, jogo de percurso, quebra-

cabeça, dominós de figuras e quantidades, jogos de dados etc.

- Vivenciar brincadeiras tradicionais acumuladas pela cultura, como as brincadeiras cantadas de roda e as brincadeiras gestuais e corporais

a partir das músicas como “boneca de lata” e “ seu lobo está”, as brincadeiras de pegador, de amarelinha, de corda, de pneus, de peteca e

de bola;

- Construir e obedecer regras no contexto das brincadeiras;

-- Vivenciar situações de ganhar e perder;

- Criar estratégias através dos jogos.

- Conhecer, brincar e participar da confecção de jogos e brinquedos da cultura infantil como vai-e-vem, pé de lata, bolinha de sabão, pião,

carrinho de rolimã etc.

- Criar estratégias através dos jogos.

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3.5.3. LINGUAGEM E ARTES VISUAIS E PLÁSTICAS

A aquisição da função simbólica possibilita também às crianças se expressar, comunicar ideias, atribuir sentido ao mundo, às sensações,

aos pensamentos e transformar a realidade por meio da linguagem visual e plástica. Essa linguagem é essencialmente responsável pela

produção cultural humana relativa às artes visuais e se manifesta por meio de diferentes modalidades-desenho, ilustração, gravura, pintura,

bordados, escultura, construção, instalação, fotografia, cinema, televisão, computação gráfica, dentre outras. Essas modalidades se

concretizam pela organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional quanto tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz, (...),

integrando os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e comunicativos na perspectiva de compartilhar significados. (MEC/

SEF,1998, vol 3 in FARIA 2012).

OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de se expressar, de atribuir sentidos ao mundo, às sensações, aos pensamentos; - Conhecer e utilizar diversos suportes, materiais, instrumentos, técnicas e procedimentos que irão favorecer a expressão por meio dessa linguagem; - Construir repertórios visuais, cada vez mais ricos, a partir da exploração das diversas formas, texturas e cores do mundo e do acesso a obras artísticas; - Desenvolver a sensibilidade artística e a capacidade de apreciação estética; - Construir uma atitude de autoconfiança por sua produção artística e de respeito pela produção do colega; - Frequentar ambientes em que as manifestações culturais e artísticas possam estar presentes;

- Cuidar da organização do espaço e dos materiais, tanto durante o processo criativo quanto no momento expositivo;

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE A LINGUAGEM E ARTES VISUAIS E PLÁSTICAS

- Rabiscar, pintar, desenhar, ilustrar, modelar, construir, recortar à sua maneira e colar, dando significado às suas ideias, aos seus

pensamentos e sensações;

- Fazer suas próprias narrativas visuais por meio das diversas modalidades dessa linguagem;

- Expressar-se, utilizando diversos suportes, materiais, instrumentos e técnicas;

- Misturar e descobrir cores;

- Explorar e combinar formas;

- Explorar texturas;

- Construir brinquedos e outros objetos;

- Descobrir diferentes possibilidades de utilização de materiais nos planos bidimensional e tridimensional;

- Decorar a sala e outros ambientes da escola;

- Criar cenários e figurinos;

- Apreciar obras de arte, refletindo sobre os elementos que permitem a concretização dessas obras (forma, espaço, cor, luz, textura, volume,

linhas, pontos etc) e sobre os suportes, materiais, instrumentos, técnicas e procedimentos utilizados na produção da obra;

- Criar, recriar e fazer novas produções a partir de obras de arte;

- Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas - desenho, pintura, escultura, colagem, entre outras;

- Sentir-se respeitado e valorizado nas suas produções;

- Ter acesso a outras modalidades de arte que se utilizam também da linguagem visual e plástica, como teatro, dança, cinema etc;

- Pesquisar e ter acesso a informações sobre aspectos da história da arte, a biografia e a produção artística de artistas variados;

- Participar de situações coletivas de organização do espaço, na sala de aula ou ateliê, em espaços de criação artística e espaços

expositivos;

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- Conhecer museus, teatros, cinemas - locais que abrigam artes visuais e plásticas;

- Ter contato com livros e imagens de obras de artes impressas ou através dos recursos audiovisuais (computador, projetor, tablets, tv,

dvd);

- Pesquisar e ter acesso a informações da história da arte, como a biografia, os temas e características de determinados artistas ou épocas

de produção.

3.5.4. LINGUAGEM E ARTE MUSICAL

A música é outra das múltiplas linguagens que possibilita a expressão de sentimentos, sensações, pensamentos e o compartilhamento de

significados entre os sujeitos de uma cultura. É, portanto, prática humana, traduzida pela relação que vai sendo estabelecida entre som e

silêncio. O som é resultado do movimento do ar provocado pela vibração de objetos e o silêncio é a pausa. A música, por conseguinte,

resulta dessa combinação intencional e expressiva entre as pausas e as diversas qualidades do som: alto (grave e agudo) ; intensidade

(variação do volume entre forte e fraco); duração (tempo de ressonância que varia do mais curto até o mais longo); timbre (caracterizado por

sua fonte sonora. Ao se combinar de formas diferentes essas diversas qualidades do som, produz-se melodias, ritmos, harmonias e

andamentos diversos, determinando, assim, nossa intenção comunicativa.(...) Nesse sentido, é fundamental que a música seja trazida para a

Educação Infantil nas suas várias modalidades: apreciação musical, interpretação ou execução musical e a produção ou composição

(FARIA,2012)

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OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de percepção dos sons do seu próprio corpo, dos diversos seres, elementos da natureza e dos objetos do

mundo natural e social;

- Desenvolver a capacidade de reconhecer as diferentes qualidades do som (altura, duração, intensidade e timbre)

- Ampliar o universo sonoro, tendo acesso a um repertório diversificado de músicas;

- Conhecer e explorar diversos instrumentos musicais;

-Desenvolver a capacidade de apreciação musical, refinando o gosto e a sensibilidade em relação à música;

- Reconhecer a música como patrimônio cultural da humanidade;

- Desenvolver atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, com a voz e com o corpo enquanto materiais expressivos.

EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE A LINGUAGEM E ARTE MUSICAL

- Pesquisar os sons produzidos pelo corpo, pelos objetos, pelos elementos da natureza, explorando suas qualidades;

- Apreciar diferentes tipos de música para interagir e ampliar conhecimentos;

- Ampliar a linguagem à medida que a articulação das palavras ocorre ludicamente;

- Imitar e inventar sons com o corpo e com os objetos;

- Ter contato com fontes sonoras diversas, explorá-las e discriminá-las por meio de brincadeiras;

- Produzir e utilizar brinquedos sonoros em brincadeiras rítmicas e jogos sonoros;

- Escutar sons do entorno e estar atento ao silêncio;

- Cantar músicas diversas, a partir de imagens ou apoiando-se na memória;

- Participar de brincadeiras cantadas;

- Acompanhar músicas com gestos;

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- Dançar ao som de ritmos diversos;

- Representar músicas corporalmente ou por meio da expressão plástica;

- Reconhecer e fazer a marcação de ritmos diversos;

- Escutar músicas de diversos estilos, por meio da audição de CDs, Dvds, rádio, computador ou intérpretes que vão à escola;

- Conhecer instrumentos musicais identificando suas características de produção de som (cordas, sopro, percussão, teclado).

3.5.5. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

OBJETIVOS CONTEÚDOS

- Desenvolver o gosto por ouvir e contar histórias e fatos;

- Adquirir e ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão.

- Desenvolver atitudes de ouvintes,

- Desenvolver postura de leitor;

- Relatar fatos com clareza e coerência;

- Identificar e nomear as letras do alfabeto;

- Reconhecer o nome de colegas e outros que lhe sejam significativos

- Reconhecer seu nome escrito;

- Familiarizar-se com a escrita, estabelecendo relações entre as palavras;

- Estabelecer relação entre a fala e a escrita;

- Ampliar seu vocabulário;

- Desenvolver suas possibilidades de organização de ideias e comunicação; (0 a 3);

- Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem

oral;

-

- Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem

- Uso da linguagem verbal para

expressar-se nas diversas situações de

interação presentes no cotidiano,

comunicar necessidades e desejos,

conversar, narrar, descrever, perguntar e

responder;

- Participação em jogos de linguagens

como as rodas de música, parlendas,

brincadeiras cantadas, brincadeiras

simbólicas;

- Reconhecimento e escrita do nome

próprio;

- Reconhecimento do nome dos colegas;

- Participação em situações de escrita

coletiva e individual;

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escrita;

- Estruturar sequências de ideias;

- Ampliar a capacidade de argumentação, narração de fatos e interlocução;

- Ler em diferentes situações, com diferentes intenções e finalidades;

- Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores;

- Compreender a função social da escrita;

- Produzir e revisar textos, respeitando a estrutura do gênero escolhido;

- Avançar nas hipóteses de escrita;

- Apreciação de leituras diversas: histórias

e contos, poesias, textos informativos;

- Escrita pelo próprio aluno segundo suas

hipóteses.

- Escrever o próprio nome e os dos colegas;

- Considerar e respeitar as variações linguísticas que fazem parte do Português falado.

- Relatar experiências vividas e narrar fatos em sequência temporal e causal.

- Recontar histórias conhecidas com aproximação às características da história original

no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda

do professor.

- Conhecer e reproduzir oralmente jogos verbais, como trava- línguas, parlendas,

advinhas, quadrinhas, poemas e canções.

3.6. MATEMÁTICA

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OBJETIVOS CONTEÚDOS

Propiciar oportunidades para que a criança seja capaz de:

- Reconhecer para que servem os números

- Identificar e nomear figuras geométricas

- Estabelecer relações entre as figuras geométricas

- Desenvolver noções espaciais

- Fazer relações entre medidas (convencionais ou não)

- Quantificar, contar, registrar e fazer estimativas

- Relacionar quantidades e numerais

- Identificar os números nos diferentes contextos em que se encontram de acordo com

seu uso social

- Identificar semelhanças e diferenças entre objetos, bem como a posição destes no

espaço.

- Tamanho

- Espessura

- Textura

- Quantidade

- Pesos

- Medidas

- Localização espacial

- Posições

- Número (quantidade)

- Numeral (representação gráfica)

- Sistemas de numeração

- Espaço e forma

- Resolver problemas de ordem espacial (posicionar-se, deslocar-se, organizar objetos,

etc.)

- Resolver problemas de ordem prática (distribuir materiais, dividir peças de brinquedo,

etc.)

- Estabelecer relações temporais (dia, mês, ano, manhã, tarde, noite)

- Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados

encontrados em situações, problemas relativos à quantidade, espaço físico e medida,

- Conhecer e utilizar o sistema monetário

- Operações

- Sistema Monetário

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4. Rotina 4.1. Período de Adaptação

Consideramos o processo de adaptação da criança na escola o ponto de partida para uma vida escolar rica em experiências e

aprendizagens. Acreditamos também que o sucesso deste período esteja diretamente relacionado à forma como todas as pessoas são

acolhidas no espaço escolar no início do ano letivo - equipe escolar, famílias e crianças. Por isso, no início do ano, nos dedicamos a planejar

ações que traduzam cada vez mais os conceitos de acolhimento e afetividade nas práticas cotidianas do período de adaptação, conforme a

Proposta Curricular de São Bernardo do Campo (2007).

“O acolhimento oferecido às crianças e familiares é fator fundamental para a efetivação de um processo de

adaptação no qual todos os envolvidos possam sentir-se bem recebidos, seguros, confortáveis e queridos.

“Considerar a adaptação sobre o aspecto do acolher, aconchegar, procurar oferecer bem-estar, conforto físico e

emocional, amparar, amplia significativamente o papel e a responsabilidade da instituição de educação nesse

processo”. (Ortiz, 2000, pag,7, grifo nosso).

O período de adaptação ou período de acolhimento – como preferimos nomear- é de extrema importância para todos, pois de um ano

para o outro sempre ocorrem mudanças que requerem adaptações e o “acostumar-se ao novo”. As mudanças geralmente geram dúvidas e

ansiedades que precisam ser cuidadas, mesmo para as crianças que já frequentaram a escola no ano anterior. Muda-se de sala, de

professora, de período, de grupo. Importante lembrar que também as professoras e os funcionários vivenciam essas mesmas mudanças,

devido às alterações que ocorrem na equipe. Por isso, faz-se necessário o envolvimento de toda a equipe escolar na reunião de

planejamento do período de adaptação, promovendo-se a reflexão sobre os detalhes que farão com que nossos alunos sintam-se acolhidos e

formem (ou fortaleçam) vínculos com a escola. Da mesma forma se faz necessário um cuidado especial com os novos funcionários e

professores para que se sintam bem acolhidos e seguros do seu papel neste processo.

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O acolhimento planejado previamente pela equipe escolar se inicia na reunião com pais que antecede o início das aulas. Para as

famílias dos alunos novos, há também uma reunião de acolhimento que ocorre logo após o período de matrículas, no mês de novembro do

ano anterior. Nesse momento são apresentadas informações detalhadas sobre as orientações de funcionamento da Secretaria de Educação,

apresentação da rotina da escola, do espaço, das pessoas, do cardápio e a abertura de vários canais de comunicação. Essa reunião faz com

que as famílias comecem a se sentir seguras desde os primeiros contatos, contribuindo assim para que tragam seus filhos à escola com

confiança e tranquilidade.

Nas duas primeiras semanas, ocorre a redução do tempo de permanência na escola para todas as crianças, em um período de duas

horas. Esta redução tem o tempo prolongado em mais uma semana para as crianças menores, das turmas de infantil II e III e pode ser ainda

mais estendido no caso de crianças que demonstrem maiores dificuldades em permanecer na escola. Nas outras duas horas, as professoras

estão disponíveis para realizar as entrevistas com as famílias. A entrevista permite que cada família seja atendida individualmente pela

professora e possa haver uma primeira aproximação entre ambas, de forma a constituir uma parceria importante e necessária durante todo o

ano. A interação família/escola é muito valorizada, pois esta troca de experiências contribuirá para o pleno desenvolvimento da criança, bem

como possibilitará que a professora conheça um pouco de cada criança sob a ótica da família, levantando “pistas” de como agir com cada

uma para bem acolhê-la bem e iniciar o trabalho pedagógico. Algumas questões serviram para nortear o diálogo com as famílias:

se a criança tem uma figura de referência em outra sala (irmão, primo, vizinho), pois a aproximação deste pode facilitar o seu

acolhimento;

a saúde da criança - alergias e restrições alimentares, doenças e tratamentos que realiza, convulsões etc;

hábitos, gostos e preferências (objetos de apego, hábitos de alimentação, rotina de sono, brincadeiras, brinquedos, músicas e vídeos

conhecidos etc.);

o temperamento e as características da criança na visão da família;

como a família costuma acalmar a criança quando está insegura ou chorando;

saber se a criança utiliza o banheiro sozinha e se há crianças que usam fraldas;

expectativas da família em relação as aprendizagens da criança na escola.

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Além das entrevistas, nas turmas de crianças menores as famílias são convidadas a ficar na escola no primeiro dia de aula, optando

por permanecer ou não junto à criança, para que a mesma se sinta segura com a presença de um familiar no espaço escolar. Essa ação

costuma favorecer que esse desligamento ocorra com mais segurança nos dias subsequentes. Também se incentiva a permanência de um

familiar por mais alguns dias quando se observa que isso pode acalmar a criança que está insegura, permitindo, assim que a professora e o

grupo de crianças se aproxime aos poucos. Conforme esta aproximação vai ocorrendo, a equipe irá combinar com a mãe o seu afastamento

gradual. O mesmo ocorre nos casos das crianças com necessidades especiais por conta das possíveis limitações de comunicação e que

necessitam de cuidados específicos com a alimentação, o posicionamento corporal e a locomoção. Durante esse período de acolhimento e

adaptação algumas crianças manifestam sofrimento ou desconforto, percebidos através do choro, da apatia, da timidez, da tristeza, da

negação à participação, do silêncio, da recusa ao toque. É por isso que, considerando a necessidade de um bom atendimento à criança, de

acordo com as necessidades observadas, solicitamos a permanência de um membro da família durante o período em que se fizer necessário.

A equipe escolar procura encantar a criança para que conheça e goste da escola, apresentando-lhe os espaços, como o parque, por

exemplo, que é um grande atrativo, as motocas, nas quais eles podem andar pela escola , a biblioteca , que é cheia de recursos como os

livros pop ups, os fantoches, as fantasias, os DVDs de desenhos animados, o ateliê onde eles podem explorar diversos materiais, entre

outros.

“Uma criança em período de adaptação tem suas energias voltadas para a elaboração da separação, dividindo-se entre o

deslumbramento perante o novo e o medo provocado por ele”.

Juliana Davini

As principais ações planejadas pela equipe escolar para o acolhimento das crianças são:

Utilizar a música como um valioso recurso de envolvimento: cantar, dançar, fazer gestos, produzir sons;

Planejar atividades e cantinhos de exploração do brincar como forma de recepcionar melhor a criança, oferecendo-lhe opções

diferenciadas de brincadeiras;

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Envolver-se nas brincadeiras com a criança é uma forma de buscar aproximação, ensinar a brincar, conhecer melhor a criança e fazer

mediações para que elas se integrem e brinquem juntas;

Identificar colegas que estiveram na mesma sala no ano anterior, facilitando a aproximação dos mesmos para que se sintam mais

acolhidos ao encontrar alguém já conhecido;

Apoiar-se na expressividade como um recurso muito importante para despertar o interesse e o envolvimento da criança - entonação,

expressão facial e corporal durante as brincadeiras, cantigas, contação de histórias, faz-de-conta;

Buscar espaço aberto, passear pela escola, pois lugares muito fechados podem angustiar ainda mais as crianças que estão chorando;

Propiciar muitas situações de diálogo com a criança para conhecê-la melhor: nas brincadeiras, nas situações cotidianas, em rodas de

conversa e rodas de história com temas que favoreçam opinar e falar de si;

Conversar com a criança a fim de tentar traduzir/oralizar o que ela está sentindo e vivenciando;

Utilizar-se das informações extraídas das trocas com as famílias como, por exemplo, manter um objeto de apego junto à criança;

Planejar leituras e contações de histórias que sejam bastante atrativas, com diferentes recursos, como os fantoches e os livros pop-up;

Compartilhar com as crianças o planejamento do dia no início do período, antecipando a rotina que irá ocorrer;

Planejar uma sequência de atividades para conhecer as pessoas e os espaços da escola;

Dar ênfase no planejamento aos procedimentos e combinados em relação ao uso dos materiais e dos espaços;

Ter maior flexibilidade na rotina, buscando ajustar o planejamento aos tempos e necessidades das crianças;

É importante ressaltar que esse processo varia muito de criança para criança, de família para família, de acordo com a faixa etária, com

as expectativas vividas e que, portanto, existem processos de adaptação que ocorrem de forma bastante tranquila. Nesses casos as crianças

estabelecem com a escola, desde o primeiro momento, uma relação de total empatia e vêm felizes e seguras para este espaço que, até

então, lhes era desconhecido. Com certeza alguns elementos podem colaborar para este bem-estar inicial por parte de muitas das crianças: a

família ter sido bem recebida no ato da matrícula e transmitir aos filhos essa sensação de segurança, as famílias já conhecerem a escola ou

já terem estudado nela, a criança já ter tido contato com a escola no ato da matrícula ou em outro momento, a forma como o período de

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acolhimento foi planejado, com atividades atraentes e lúdicas e como a criança foi recepcionada pela equipe no seu ingresso na escola. Um

fator facilitador é que grande parte dos alunos já frequentavam a escola no ano anterior (matrículas renovadas) e já sabem como funciona a

rotina da escola.

Considerando que algumas crianças ingressam em outros momentos do ano letivo, esse acolhimento e adaptação também precisam

ocorrer e a necessidade de cada criança precisará ser levada em consideração. Nesse primeiro momento, a família é recepcionada pelo

oficial de escola, que depois de efetivar a matrícula, indica o preenchimento de outros os impressos necessários (autorização de uso da

imagem, autorização de imagem para o blog, pessoas autorizadas a retirar a criança na escola, autorização para a saída com o transporte

escolar) e dá as informações essenciais para o início da frequência na escola. Neste ano, uma ação que será implantada a fim de possibilitar

um primeiro contato entre os pais e a professora será o de apresentar a professora da criança à família (quando a matrícula ocorrer no

mesmo período em que a criança irá estudar) e, caso isso não seja possível, algum membro da equipe de gestão poderá atender essa

família, sendo a ponte entre esta e a professora.

“O que queremos deve estar sempre bem claro: queremos fazer um vínculo de confiança com estes pais, para que a estadia da criança

na escola seja prazerosa e produza crescimento intelectual, social, sensível e afetivo (isto para todos nós). Queremos que estes pais sejam

parceiros, cúmplices de nossos objetivos e que possamos nos entender nos momentos de divergências ou conflito, que com certeza

passaremos. Desejamos que os pais possam nos ajudar com participação e interesse e que a adaptação seja mais humana e tranquila para

ambos. Enfim, não queremos pouco... por isto e para isso trabalhamos.” (Do texto “Enfrentando conflitos de separação”,

Juliana Davini)

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4.2. Organização da Rotina

“A rotina representa a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com

as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e a situações de aprendizagens orientadas” (BRASIL, V.1, 1998, p.54).

Quando a criança se apropria do sistema de organização da rotina, ela sente-se mais segura, podendo prever e planejar suas ações.

Para as professoras, a rotina também é essencial, pois é a partir dela que elabora o seu planejamento didático.

O educador deve refletir sobre a construção desse planejamento, pois, de acordo com Proença (2004, p.13): “A rotina estruturante é como uma âncora do dia-a-dia, capaz de estruturar o cotidiano por representar para a criança e para os

professores uma fonte de segurança e de previsão do que vai acontecer. Ela norteia, organiza e orienta o grupo no espaço escolar,

diminuindo a ansiedade a respeito do que é imprevisível ou desconhecido e otimizando o tempo disponível do grupo. É um exercício

disciplinar a construção da rotina do grupo, que envolve prioridades, opções, adequações às necessidades e dosagem das atividades. A

associação da palavra âncora ao conceito de rotina pretende representar a base sobre a qual o professor se alicerça para poder prosseguir

com o trabalho pedagógico.”

4.3. Atividades da Rotina

4.3.1 ATIVIDADES INTERSALAS

Consiste numa atividade planejada pelas professoras e equipe gestora e tem como

objetivos: desenvolver atitudes de iniciativa, escolha, socialização, integração, responsabilidade e

ampliação de conhecimentos, além de auxiliar na construção da autonomia. Na atividade de

intersalas as crianças interagem com os colegas de outras turmas, bem como com outras

professoras, tornando-se um momento muito valioso de interação, convívio com crianças de

faixas etárias diferentes e ampliação de experiências.

O processo de autonomia ocorre à medida que as crianças podem escolher qual atividade desejam participar, a partir das propostas

apresentadas. Essas diferentes propostas são planejadas e organizadas previamente e contemplam as diferentes linguagens, as diversas

áreas do conhecimento, um tema previamente escolhido pela equipe ou ainda atividades relacionadas aos Projetos coletivos da escola.

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Elas ocorrem quinzenalmente e as mesmas propostas são repetidas por um bimestre para que as crianças tenham a possibilidade de

experimentar propostas diferentes ou mesmo repetir alguma que gostaram bastante de vivenciar. Após este período a equipe planeja novas

propostas, em horário de HTPC, a fim de garantir que o planejamento seja coletivo e que todos saibam quais atividades foram planejadas.

Após socializar com as crianças da turma quais serão as propostas das Intersalas cada professora organiza o momento da escolha da

forma como avalia ser mais produtiva: registrando num cartaz os nomes das crianças, colando as imagens relativas a cada proposta,

utilizando as cores como um recurso de associação à proposta escolhida, enfim, garantindo que o

processo de escolha seja um momento rico de associações. Essa organização possibilita

diversas experiências: de leitura de nomes, de leitura de imagens, de relação com as cores, uma

vez que cada proposta é representada por uma cor, quantidade. Cada professora recebe uma

quantidade de crachás, com sete cores diferentes e em quantidades equivalentes para cada

atividade. Isso garante que não haja um número excessivo de alunos em uma ou outra atividade.

Em cada crachá com a cor há também o nome do aluno e de sua professora, como forma de

garantir que todos da equipe escolar possam se reportar às crianças pelo seu nome.

O momento da escolha geralmente ocorre no mesmo dia da realização da atividade, no

início do período, possibilitando que os alunos frequentes nesse dia façam a escolha e participem da mesma ao final do período. Nas

propostas de Intersalas em que há alguma produção das crianças essas produções são levadas para casa no mesmo dia ou no dia seguinte,

caso tenha tinta ou cola para secar. Isso possibilita que as crianças compartilhem com as famílias as experiências que tiveram na escola,

tornando essa proposta ainda mais significativa.

A equipe escolar, como um todo, é envolvida no momento da realização das Intersalas a fim de garantir uma boa circulação das

crianças pelo espaço, auxiliá-las a encontrar o espaço ou sala que escolheram para realizar a proposta, cuidar da segurança e do bem estar

de todas, inclusive em relação ao uso dos banheiros, caso alguma criança necessite utilizá-lo nesse momento.

No período da manhã, ela tem início às 11h, momento em que as crianças já ficam organizadas no lado de fora de sua sala de aula e,

ao toque de um sinal sonoro encaminham-se para o local que escolheram. Às 11h30 um novo sinal é dado, indicando às crianças que é o

momento de retornarem para a sua sala de aula. No período da tarde os mesmos procedimentos são utilizados e a atividade tem início às

16h e termina às 16h30.

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Além disso, ao término da atividade, quando as crianças retornam para suas salas, elas participam de uma roda de conversa, na qual

contam para os demais colegas sobre sua experiência e sua aprendizagem na atividade que vivenciou. Essa socialização serve de

“propaganda” sobre cada proposta e incentiva os colegas a participarem dessas vivências nas próximas semanas.

4.3.2- ATIVIDADES DIVERSIFICADAS

A atividade diversificada corresponde a uma forma de organização que pode ser definida como uma

condição de trabalho em “pequenos grupos”, em que as crianças experimentam, em um dado momento,

possibilidades variadas de brincadeiras e de produções de trabalho, ligados ou não a projetos que elas

estejam desenvolvendo no agrupamento.

Tem por objetivo desenvolver na criança a iniciativa de escolha,

a responsabilidade, o respeito ao direito alheio, a cooperação, a

socialização e a construção de sua autonomia. Neste momento é

organizado um rol múltiplo e variado de experiências para que possam

escolher em quais desejam participar. A atividade diversificada pode ser organizada

previamente pela professora ou juntamente com as crianças. Nesse momento o espaço da sala de aula

é planejado de modo a se tornar um ambiente acolhedor, com cantos de brincadeira simbólica e com

materiais e brinquedos que possibilitem às crianças experimentar diversas propostas, sempre podendo escolher qual delas

querem vivenciar. Enquanto a atividade diversificada acontece as crianças têm a possibilidade de mudar de proposta, vivenciando também

outros cantos ou brinquedos. Vale ressaltar que a participação das crianças pode ocorrer também no momento anterior à realização da

atividade, quando a professora planeja esse momento junto com elas, fazendo um levantamento dos “cantos” que a turma deseja que

aconteçam na próxima semana, dos materiais e dos brinquedos que serão necessários e onde cada canto ficará. Dessa forma, a avaliação e

participação das crianças se tornam elementos fundamentais para uma atividade diversificada de qualidade.

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4.3.3 BRINCADEIRA SIMBÓLICA

A brincadeira simbólica é muito importante nesta fase em que as crianças se encontram.

Por meio dessa proposta as crianças têm a oportunidade de vivenciar papéis, elaborar e

compreender melhor o mundo em que vivem. Por isso ela pode ocorrer no momento da

atividade diversificada, como uma das experiências possíveis de ser ofertada às crianças ou

em outros momentos da rotina, devendo, porém, ser privilegiada na rotina semanal.

Nesta brincadeira, a professora organiza o espaço com materiais diversos, pensando

nas necessidades das crianças, facilitando a expressão de sentimentos, estimulando sua

criatividade e oralidade, incentivando a fantasia e facilitando a compreensão de si mesmo.

4.3.4 RODA DE CONVERSA

Tem por objetivo proporcionar momentos nos quais a criança possa expressar-se oralmente, valendo-se de suas capacidades

comunicativas: falando, perguntando, expondo suas ideias, dúvidas e descobertas. É uma atividade que ocorre diariamente e cada professora

organiza esse momento de formas diferenciadas: roda sobre o final de semana, sobre curiosidades, roda de apreciação artística, entre outras,

respeitando as necessidades de cada turma e o planejamento da professora. O papel da professora é

conduzir esse momento para que haja a participação de todos. A roda de conversa é uma importante

atividade que pode ser utilizada também como recurso no desenvolvimento dos projetos didáticos.

Além da capacidade de expressão oral, muitas vezes a professora pode se valer de outras

estratégias, como por exemplo, a utilização de imagens, a fim de estimular a comunicação por

parte de crianças que possuem alguma dificuldade de expressão verbal, seja por timidez, por

dificuldade na verbalização de fonemas (o que torna sua fala não inteligível), ou outros.

Considerando a diversidade das crianças, é importante que várias estratégias sejam planejadas a fim de

possibilitar que todos possam comunicar ideias, desejos, necessidades. O caderno de comunicação tem sido um recurso utilizado com

algumas crianças (autistas, deficientes visuais, atraso global no desenvolvimento, entre outros)em parceria com as famílias, como forma de

atingir esse objetivo. Ele serve para comunicar o que a criança faz de significativo na escola e o que faz de significativo em casa,

comunicando essas informações aos colegas e professora.

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4.3.5 MOMENTOS DE LEITURA

A sala de aula e a biblioteca são espaços diferenciados, porém ambos completam-se e

colaboram para a formação global do aluno.

A biblioteca é um espaço agradável, podendo ser utilizado para momentos de história,

pesquisa, vídeos, entre outros. Nesse espaço professores e alunos desenvolverão trabalhos

relacionados ao planejamento didático, lançando mão de todos os recursos disponíveis (livros,

CDs, fantasias, fantoches, TV, DVDs, episcópio, aparelho de som).

Cada turma tem em sua rotina semanal um horário específico para o uso da biblioteca,

uma vez por semana com a duração de trinta minutos, mas a professora pode agendar mais

horários semanais de acordo com sua necessidade.

Dentro desse tempo, é importante que se garantam alguns minutos para que as crianças possam reorganizá-lo antes de sair,

recolocando livros, cadeiras, tapetes e almofadas em seus devidos lugares, garantindo assim a

manutenção da organização do espaço, que é de uso coletivo. Para tanto, é importante que a

professora oriente seus alunos sobre a maneira como os recursos da biblioteca são organizados e

esteja atenta na reorganização dos mesmos após o uso, uma vez que nossa escola não possui uma

pessoa específica para cuidar deste espaço. Ficou acordado com o grupo que quando forem

encontrados livros que precisem de reparos, estes devem ser encaminhados à Coordenação para

que possam ter tomadas as medidas necessárias (conserto de reparos ou descarte).

Além desse momento de leitura, a escola realiza o trabalho de Biblioteca Circulante, no qual as

crianças escolhem um livro para levar para casa a fim de compartilhar com a família. Às quintas-feiras,

semanalmente, as crianças vão até a Biblioteca, escolhem um livro, colocam em sua “sacola de empréstimo” e levam-na até a classe, onde a

professora registrará em impresso próprio, os nomes dos títulos escolhidos pelas crianças. O empréstimo pode ocorrer também do acervo

que existe nas salas de aula. A devolução dos livros deve ocorrer na 2ª feira seguinte e caso isso não ocorra, a professora solicita-o à família,

por meio de bilhete, a fim de que o acervo da escola fique sempre em condições satisfatórias para o trabalho de leitura realizado diariamente

pelas professoras.

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4.3.6 HORA DA HISTÓRIA

Ocorre diariamente na rotina das turmas e é de extrema importância uma vez que é por meio dela

que a leitura é valorizada, como: fonte de prazer e entretenimento, de informações sobre as

diversas formas culturais (valores, costumes, comportamentos), possibilidade de desenvolver o

imaginário das crianças, entre outros. A história possibilita às crianças o contato com o mundo letrado,

com portadores textuais diferentes e com o processo de alfabetização de uma forma mais ampla.

4.3.7 HIGIENE

Escovação: A escovação é muito importante dentro da rotina de nossa escola. Cabe ao professor

orientar os alunos quanto à quantidade de creme dental, cuidados com a escova e formas de utilizá-la para

garantir uma boa escovação.

Assim sendo, os dentes deverão ser escovados após o lanche, e no caso do Integral, após o almoço

também. Nestes momentos poderão ser avaliadas as atitudes e procedimentos dos alunos a respeito do

hábito da escovação.

Banheiros: O uso do banheiro necessita da intervenção pontual do professor. Este deve orientar os alunos

em relação ao uso correto do vaso sanitário, da descarga, do papel higiênico e da água, para lavar as mãos

após o uso dos sanitários, no último caso, aproveitar para trabalhar a questão do desperdício.

Incentivar o uso da toalha de pano e do copo plástico, também é fundamental para que a criança prenda,

desde cedo, a criar uma conscientização sobre as maneiras como ela pode ajudar na preservação do meio

ambiente, mesmo sendo ainda tão pequena.

Aluno Jailton – professora Cristiane

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4.3.8 HORA DO LANCHE

O cardápio oferecido para as crianças é determinado pelo serviço de alimentação

escolar da Secretaria de Educação. Cada turma toma o lanche no refeitório, seguindo o

horário da rotina escolar. Antes de entrar no refeitório as crianças realizam, juntamente com

a professora, a leitura do cardápio do lanche, como forma de antecipação dos alimentos

que serão servidos no dia. A professora costuma estimular as crianças a utilizarem

estratégias de leitura a fim de ler os itens descritos no cardápio, chamando a atenção para a

letra inicial e final das palavras, relacionando uma palavra à letra do nome de alguma

criança da turma, entre outras.

O momento do lanche, além de ser um momento de socialização, do prazer de estar junto degustando os alimentos oferecidos, também é um

momento de aprendizagem, portanto a intervenção do adulto é muito importante para a construção de novos conhecimentos. Torna-se

conteúdo de trabalho pedagógico o desenvolvimento das crianças para uma alimentação saudável. Deste modo, além do incentivo no

momento do lanche, várias atividades são planejadas com o objetivo de conhecer, explorar e provar os alimentos, como por exemplo, a

apresentação e degustação das frutas que é realizada nas rodas de conversa. Outro incentivo para que as crianças se alimentem bem é

oportunizar lhes a autonomia ao se servir. Na rede municipal, adota-se o sistema de self-service, possibilitando que a criança se sirva

sozinha. Para isso, caberá ao professor e às merendeiras:

1. Permitir que as crianças escolham com quem e onde querem sentar-se;

2. Orientá-las sobre o procedimento de pegar o guardanapo de papel e o copo, bem como a melhor organização de seus objetos na mesa;

3. Permitir que as crianças sirvam-se sozinhas seja qual for o alimento, pois elas só aprenderão a controlar peso e quantidade, bem como o

manuseio de talheres e utensílios, fazendo o uso destes.

4. Incentivar a criança a experimentar os alimentos, falando sobre a importância destes para a saúde, para que possam sentir novos

sabores e depois decidir se gostam ou não.

5. Orientá-las sobre como servir-se do suco/leite, para que aprendam a controlar o peso da jarra e a quantidade a ser colocada no copo.

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6. Orientá-las sobre como servir-se do pão e do recheio (não apertar todos os pães do cesto, não tirar o miolo dos pães, quantidade a ser

consumida).

7. Orientá-las sobre a forma de servir-se de sucrilhos, arroz doce e canjica (controle da concha, utilização da colher).

8. Orientá-las sobre o respeito para com os colegas, esperando que estes se sirvam para depois se servir e quanto ao uso de palavras de

cortesia: por favor, obrigado (a).

9. Orientá-las sobre hábitos de higiene e respeito na alimentação (mastigar de boca fechada, não tossir sobre o alimento, quando morder o

pão não devolvê-lo no cesto, não devolver o suco do copo na jarra etc.)

10. Orientá-las que ao falar no horário de alimentação, devem falar baixo, de forma tranquila,

sem prejudicar a mastigação, para que não haja problemas com a digestão dos

alimentos.

11. Orientá-las sobre os procedimentos para manutenção da limpeza do espaço: jogar

migalhas, restos de alimentos e cascas no lixo, colocar copos e talheres sujos em

recipiente próprio.

12. Orientá-las sobre procedimentos para manutenção da organização do espaço: devolver

as jarras e cestos no balcão do refeitório quando terminar a refeição.

13. Orientá-las em relação à destinação dos itens que podem ser reciclados, solicitando que os saquinhos plásticos, por exemplo, sejam

descartados no container de lixo reciclado.

14. Sabendo que cada turma possui um horário específico e que não há como ampliá-lo, este horário deve ser rigorosamente respeitado

para não atrapalhar os colegas das demais turmas.

15. Caso o professor perceba algum problema na organização, limpeza, atendimento, utensílios etc comunicar a direção para que sejam

tomadas as providências necessárias.

16. As crianças que apresentarem necessidades alimentares específicas serão atendidas em suas particularidades, com adaptações no

cardápio ou troca de alimentos oferecidos pela merenda, mediante as especificidades apresentadas e o pedido médico. Esse procedimento,

porém, não será um impeditivo para que a criança faça sua refeição juntamente com sua turma.

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17.Quando é oferecido algum item diferenciado no cardápio ou alguma fruta da época as professoras e merendeiras costumam fazer a

apresentação desse alimento de forma a valorizar suas características, seu valor nutricional e de incentivar as crianças a experimentar.

Neste ano procuramos relacionar a contagem diária dos alunos, que geralmente ocorre no

início do período de aula, com o momento do lanche, de maneira que, além de contar os alunos que vieram à escola, lembrar dos que

não vieram, fazer a recitação da sequência numérica, a contagem esteja atrelada a uma função real, ou seja, que possamos relacionar a

contagem com a quantidade de lanches/sucos/frutas que a merendeira tem que separar para cada turma. Nesse momento a professora

registra a quantidade de alunos num cartão e convida os ajudantes a irem até a cozinha e entregá-lo para a merendeira, para que esta

registre em seu quadro a quantidade de alunos presentes de cada turma naquele dia.

4.3.9 ENTRADA E SAÍDA

Para melhor acolhimento e desenvolvimento da autonomia das crianças, passado o período de

adaptação, na entrada os pais deixam seus filhos no portão, os quais se encaminham para suas

respectivas salas ou a um local combinado com a professora.

Horário de Entrada: 08h período da manhã e 13h, período da tarde, com tolerância de 10

minutos de atraso. Caso o atraso ultrapasse o estipulado, os pais deverão encaminhar-se à

secretaria da escola para registrá-lo em livro próprio com as devidas justificativas.

Nesse momento sempre estão presentes os funcionários de apoio e alguém da equipe gestora para

garantir que as crianças entrem com segurança e tranquilidade e se dirijam para as suas salas. Nos

casos de choro ou alguma outra situação específica procuram acalmar a criança e ir com ela até a classe, como forma de acolhimento

e para solicitar que a professora observe se aquele comportamento irá se modificar.

Horário de Saída: para melhor organização e segurança, as crianças são retiradas na sala de aula, primeiro pelos transportadores às

11h45min no período da manhã e 16h45min no período da tarde, e em seguida pelos pais. Quando há atraso, a PAD permanece com a

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criança até a chegada do responsável. Mesmo assim quando ocorrer qualquer tipo de atraso, será registrado em livro próprio na secretaria da

escola e assinado pelos pais ou responsáveis.

Obs.: caso a criança precise sair antes do horário, ou ir embora com outra pessoa que não os responsáveis, a professora deverá ser

informada antecipadamente através da agenda e o responsável também assina a saída em livro próprio na secretaria da escola. Através de

discussões realizadas em reuniões com a APM, Conselho de Escola e Equipe escolar em reunião pedagógica, foram acertados alguns

procedimentos para que a saída das crianças seja segura:

todas as famílias devem preencher uma ficha de autorização com o nome completo e nº de RG das pessoas que desejam

autorizar para retirar a criança;

em todas as salas serão afixadas as listas de pessoas autorizadas a buscar para que a professora realize a conferência na hora

da saída;

a professora deverá conferir o documento sempre que for a primeira vez que a pessoa vier buscar uma criança;

em caso de dúvidas, a professora deverá pedir auxílio na secretaria da escola e ligar para a família confirmando a autorização;

para as saídas com transporte escolar também é necessário haver autorização previamente preenchida, em impresso próprio da

escola, e assinada pelos responsáveis.

4.3.10 CORPO E MOVIMENTO

Para atender as necessidades de desenvolvimento

das crianças dessa idade são realizadas atividades

variadas, explorando e incentivando o desenvolvimento

das potencialidades das crianças, em vários momentos

da rotina, além disso, orientamos para que diariamente

cada turma tenha garantido de 10 a 20 minutos para uso

do pátio externo, com atividades mais específicas (jogos

e brincadeiras) que necessitam de um maior espaço para serem realizadas.

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4.3.11 ATIVIDADES NO ATELIÊ DE ARTES

Devemos oferecer um espaço adequado ao fazer artístico, com materiais ao alcance das crianças, que estejam dispostos de modo a

oportunizar a escolha e o desenvolvimento da autonomia.

Nestes momentos garantimos o fazer artístico das crianças através de propostas e interferências adequadas, possibilitando avanços no

percurso criador individual. Neste espaço há também a instalação de um projetor que contribui para a apreciação de obras de arte, a

reprodução de imagens e vídeos e a pesquisa na internet.

Todas as turmas vão ao ateliê semanalmente, por cerca de cinquenta minutos, em horário previamente determinado, onde realizam

atividades de artes que podem ser atividades de criação livre, permanentes, oficina de percurso ou projetos.

Os meios e suportes oferecidos devem ser variados para que a criança tenha experiências e oportunidades variadas nesta área.

Para que as crianças sintam-se mais à vontade durante a realização de suas produções, elas utilizarão os aventais que serão enviados

como parte do uniforme, pela prefeitura, evitando assim sujar o mesmo. Porém esse item ainda não chegou na escola esse ano.

4.3.12 BRINCADEIRAS NAS ÁREAS EXTERNAS - PARQUE, CASINHA, BOSQUE E TANQUE DE AREIA

São momentos importantes na rotina, em que as crianças aprendem a localizar-se num espaço

físico maior que possibilita o desenvolvimento de habilidades motoras, construção de regras,

representação de papéis (brincadeira simbólica) e o desenvolvimento da autonomia.

Esses ambientes são facilitadores do brincar em grupo, da socialização, de possibilitar que as

crianças apliquem e respeitem regras e limites, enfrentando desafios e buscando soluções

criativas.

Todas as turmas têm um horário para a utilização diária do parque (alguns horários são em dupla), com duração de 30 minutos. As

turmas das crianças menores (Inf. II e Inf.III) possuem também um horário específico para o uso do tanque de areia, diariamente.

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Na rotina semanal de cada turma, todas destinam um horário específico para o uso da casinha/bosque.

Uma vez por semana cada turma tem a possibilidade de usar a casinha/bosque com uma maior

intencionalidade na brincadeira simbólica, uma vez que esse momento está desvinculado do horário do

parque. A casinha tem móveis de madeira, panelas e utensílios “reais”. Isso possibilita que as crianças

utilizem o espaço incorporando às suas brincadeiras os elementos presentes na natureza ao redor:

pedras, folhas, sem que estrague os brinquedos e o espaço físico em si.

Algumas potencialidades de uso do bosque:

- O espaço pode ser utilizado para contação de histórias. Dessa forma, ele não fica atrelado ao uso da

casinha e as crianças podem usufruir de um espaço agradável para ouvir histórias e ter contato com os livros.

- Uso intencional dos pneus coloridos que existem no local, como forma de propor desafios motores e incentivar que as crianças adquiram

algumas habilidades importantes.

- O espaço possibilita que as crianças tenham contato mais íntimo com elementos da natureza, recolhendo folhas e gravetos, observando os

animais presentes no ambiente, tanto individualmente quanto em grupo.

- A exploração desse espaço de forma “mais livre” se torna importante para todas as crianças, em especial para os agrupamentos que nos

dizem “corporalmente” quais são suas necessidades.

- O espaço possibilita muitos e variados desafios corporais e essa exploração do espaço é de extrema importância: andar e correr com

cuidado por conta das raízes das árvores, locomover-se considerando os desníveis do terreno, pisar em folhas e sentir essa sensação

(sugestão: solicitar que as mães enviem uma meia velha para que as crianças possam tirar os sapatos e brincar à vontade no bosque).

- o espaço viabiliza a brincadeira de esconde-esconde (brincadeira tradicional da infância e bacana de ser

resgatada com as crianças) por conta das árvores que possui e que se tornam elementos importantes

para a realização do esconde-acha.

- Os cavalinhos de madeira de boa qualidade são brinquedos interessantes para serem utilizados nesse espaço.

- O espaço também possibilita o uso de cabaninhas para as crianças poderem entrar e sair.

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-

A brincadeira do seu lobo também é bastante apreciada pelas crianças nesse espaço.

- Por conta da área verde a realização de um pique-nique se torna uma atividade bastante interessante e possivelmente uma experiência que

poucas crianças experenciaram.

- Algumas professoras relataram que no “tronco mais baixo” existente no bosque alguns agrupamentos já experimentaram brincar de fazer

churrasco, reunindo-se em volta do tronco. Propuseram a compra de uma churrasqueira para que seja utilizada pelas crianças com essa

finalidade.

- Seguindo a proposta anterior, foi proposta também a compra de “carrinho de cachorro quente” para a utilização no bosque, compondo uma

brincadeira simbólica.

- Como o espaço do bosque é amplo, foi proposto também a utilização do mesmo por duplas de professoras com o objetivo de “observar melhor” os alunos se deslocando pelos espaços. Dessa forma, uma delas ficaria na parte superior (próxima da casinha) e a outra na parte inferior (próxima aos pneus coloridos). A utilização de alguns brinquedos: bolinhas de sabão, cavalinhos e os objetos que ficam na casinha poderiam fazer parte da brincadeira nesse momento.

- O espaço facilita bastante as brincadeiras com corda. A cerca poderia ser utilizada para amarrar a corda. A corda como balanço também é uma opção de brincadeira. Para que isso ocorra, porém, torna-se necessário que a amarração da corda na árvore seja feita com o nó adequado, para garantir a seguranças das crianças.

- A brincadeira de escorregar com papelões também é uma alternativa.

- As caixas grandes de papelão, para que as crianças possam entrar e sair, se tornam também uma brincadeira diferente e interessante. Para que isso ocorra será necessário arrecadar as caixas ( em número suficiente para que todos possam utilizá-las), guardá-las em local adequado e organizá-las no espaço, com os combinados de utilização junto às crianças.

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INTERVENÇÕES NO BOSQUE

Após diversos estudos acerca da importância do

brincar e da cultura da infância*, bem como das

avaliações positivas da comunidade em relação ao

UNIDUNITÊ (evento que ocorre anualmente em

nossa escola e que envolve a participação da

comunidade escolar em diversas situações de brincadeiras

tradicionais da infância), consideramos que seria bastante válida a

inserção de intervenções no bosque de forma intencional e planejada, mantendo uma regularidade, com vistas a

possibilitar diferentes experiências às crianças. Na edição do UNIDUNITÊ 2015 a equipe se superou nessa proposta, buscando acrescentar

experiências bem inusitadas e que despertaram muito o interesse das crianças. Dessa forma, além de as crianças utilizarem o bosque

aproveitando o prazer de estar no local, pegando folhas, observando insetos, frutos, estando mais

“consigo mesmas”, há também a oferta de diversas experiências que potencializam

aprendizagens múltiplas. Para que isso ocorra os professores se organizam em planejamentos

coletivos para pensar em quais intervenções acrescentar no local e que são possíveis de

permanecer ao longo do mês.

Uma frase bastante significativa que pudemos capturar do vídeo e que expressa a nossa

intencionalidade com este trabalho é: “A infância não pode esperar pelas crianças do lado de

fora da escola”.

*Esses momentos incluíram a análise do vídeo: “Caramba, Carambola, o brincar tá na escola”,

uma experiência das escolas de Jundiaí e Vinhedo sobre o brincar, bem como propostas de intervenções no espaço educativo que

pesquisamos no site do Instituto Allana.

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Tanque de areia

Existem alguns procedimentos e combinados com o grupo que devem ser reforçados junto às crianças como:

Os brinquedos de areia (baldes, pás, potes) devem ser usados apenas no tanque de areia, bem como os

específicos de casinha não devem sair da casinha, ou seja, cada brinquedo tem sua função e lugar específico

para ser usado.

As pedras do parque não devem ser colocadas no tanque de areia ou arremessadas para fora da escola,

bem como a areia não deve sair do tanque de areia nem ser misturada com folhas ou gravetos.

Cuidar da limpeza da casinha, bem como de seus mobiliários e utensílios;

O uso do bosque, bem como do tanque de areia, deve se dar apenas quando estes estiverem secos e

devem ser evitados quando estiverem molhados ou úmidos.

Após o uso do tanque de areia os brinquedos devem ser recolhidos e guardados na caixa de brinquedos e o

portão fechado com o trinco.

Orientar as crianças quanto ao respeito para com a natureza, evitando que elas retirem ou quebrem plantas.

4.3.13 ANIVERSÁRIO

Esta é uma data especial para a criança, por isso pensamos em atividades também especiais para

lembrar e homenagear o aniversariante da turma, como: possibilitar que ele escolha os brinquedos e

brincadeiras do dia ou fazer uma “festa” utilizando adereços na brincadeira de faz de conta. Além do

tradicional canto do “parabéns”, cada aniversariante recebe um cartão de aniversário confeccionado

pelos colegas da turma como lembrança desta data. Este cartão é feito no começo do ano da seguinte

forma: cada professora planeja um trabalho artístico de desenho, colagem ou pintura para a composição de

uma única matriz de cartão, com a participação de todas as

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crianças e também elabora os dizeres de forma coletiva; as turmas maiores já conseguem “assinar” escrevendo seu nome no cartão. Desta

matriz, são feitas as cópias coloridas para o cartão de aniversário a ser entregue a todos da turma.

Não realizamos a comemoração de aniversário com comes e bebes na escola, devido ao controle alimentar pela Seção de Alimentação

Escolar. Também não entregamos às crianças saquinhos surpresas e outros presentinhos oferecidos pelas famílias, pois, tendo como

princípio a equidade e a gratuidade, a escola só pode oferecer aquilo que o poder público fornece com quantidade e qualidade igual para

todos.

4.3.14. DIA DO BRINQUEDO TRAZIDO DE CASA

Considerando a importância do brincar como algo inerente à natureza infantil, nossa escola

realiza semanalmente “O dia do brinquedo trazido de casa”.

O objetivo desta atividade é de proporcionar o encontro do brinquedo pessoal da criança

com o espaço de convivência da escola. Ao trazer de casa o seu brinquedo, a criança traz um

pouco do seu cotidiano fora da escola e vai compartilhá-lo com seus amigos. Aprender a brincar

junto e a emprestar seu brinquedo faz parte do grande objetivo de socialização, pois trazer algo de

casa contribui para que a criança se sinta mais segura e confiante, pois uma ponte de aconchego e

afeto passa a ligar esses dois ambientes.

O fato de poder levar para a escola seu próprio brinquedo torna-se também uma boa oportunidade para que as crianças aprendam a

ter responsabilidade com os seus pertences, bem como com os dos seus amigos. Um detalhe bastante importante é o de nomear o

brinquedo, para que em caso de perda, seja mais fácil a identificação.

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Na escola a professora organiza um espaço na rotina para que as crianças possam brincar com os brinquedos. Neste momento as

crianças aprendem a importância de compartilhar o que é seu com seus amigos.

Como a família pode ajudar na escolha do brinquedo para trazer à escola?

Essa atividade promove, ainda, o exercício da escolha, que também é um aprendizado importante para a criança, possibilitando

também que os pais interajam com seus filhos, primeiramente lembrando-os quanto à data planejada para a realização dessa atividade (6ª

feira) e orientando-os quanto à melhor escolha. É importante ressaltar que o brinquedo a ser escolhido precisa ser o que a criança mais

gosta, caso contrário ela não verá sentido nessa atividade.

A criança que, porventura, não traz o brinquedo nesse dia, é convidada a escolher um brinquedo que faz parte do acervo da escola ou

a brincar junto com o amigo e o brinquedo que ele trouxe e trazido pelo amigo.

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4.3.15 Quadro de horários de uso dos espaços coletivos

16. HORÁRIO DOS ESPAÇOS COLETIVOS DO PERÍODO DA MANHÃ PROFª PARQUE HIG/

LANCHE BOSQUE/AREIA

ATELIÊ BEI CORPO/MOVI

BOSQUE/ CASINHA

AREIA BIBLIOTECA

TODOS OS DIAS

TODOS OS DIAS

TODOS OS DIAS

PROFª ANA CAROLINA

III A

9h às 9h30

9h55 às 10h10

Comp.-8h30

2ª f 8h40 às

9h10

3ª f 8h30 às

9h

5ª f 9h05 às

9h20

10h30 às 10h50

4ª f 8h50 às 9h20

Todos os dias

11h05 às 11h35

6ª f 8h50 às 9h20

PROFª VALQUÍRIA

III B

10h40 às 11h10

9h05 às 9h20

Comp.-11h30

2ª f 10h15 às

10h40

2ª f 9h25 às 10h05

5ª f 10h20

às 10h35

3ªf à 6ªf 9h55 às 10h15

6ª f 11h10 às

11h40

3ªf à 6ªf 9h25 às

9h50

3ª f 11h10 às 11h40

PROFª CYNTHIA

III C

8h30 às 9h

9h15 às 9h30

Comp.-11h30

4ª f 11h10 às

11h30

4ª f 9h55 às 10h40

5ª f 10h00

às 10h15

9h35 às 9h55

3ª f 10h05 às

10h35

Todos os dias

10h40 às 11h10

3ª f 10h10 às 10h40

PROFª LUCIANA

IV A

11h10 às 11h40

9h35 às 9h50

Comp.-11h30

6ª f 8h50 às

9h20

4ª f 8h40 às

9h25

5ª f 8h05 às

8h20

10h10 às 10h30

5ª f 10h40 às

11h10

-----------

---

2ª f 9h às 9h30

PROFª SIMONE

IV B

9h30 às 10h

10h15 às 10h30

Comp.-8h30

5ª f 8h50 às

9h20

6ª f 8h40 às

9h25

5ª f 11h10

às 11h25

10h45 às 11h05

3ª f 11h10 às

11h40

-----------

----

4ª f 11h10 às 11h40

PROFª NORMA

V A

10h às 10h30

10h30 às 10h45

Comp.-8h30

4ª f 9h30 às 10h

3ª f 9h10 às

9h50

5ª f 9h35 às

9h50

8h50 às 9h10

6ª f 9h20 às 9h40

-----------

--

2ª f 9h30 às 10h

PROFª ANDREA

V B

10h às 10h30

10h30 às 10h45

Comp.-8h30

4ª f 8h50 às

9h20

5ª f 9h10 às

9h50

5ª f 8h50 às

9h05

11h05 às 11h25

2ª f 9h20 às 9h40

-----------

-----

3ª f 8h50 às 9h20

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HORÁRIO DOS ESPAÇOS COLETIVOS DO PERÍODO DA TARDE PROFª PARQUE HIG/

LANCHE BOSQUE/

AREIA ATELIÊ BEI CORPO/

MOVI BOSQUE/ CASINHA

AREIA BIBLIOTECA

TODOS OS DIAS

TODOS OS DIAS

TODOS OS DIAS

PROFª EDIVÂNIA

III D

13h25 às 13h55

14h55 às 15h10

Comp.-16h00

5ª f 16h05 às

16h35

6ª f 15h10 às

16h

5ª f 14h15

às 14h30

14h30 às 14h50

4ª f 15h15 às

15h45

2ª,3ª, 4ª e 6ªf

16h05 às 16h35

2ª f 15h30 às 16h

PROFª REGIANE

IV C

14h25 às 14h55

15h35 às 15h50

Comp.-13h30

5ª f 14h55 às

15h25

4ª f 15h50 às

16h35

5ª f 16h20

às 16h35

13h20 às 13h40

2ª f 15h50 às

16h20

-----------

2ª f 14h55 às 15h25

PROFª ANDRÉIA

IV D

13h25 às 13h55

14h15 às 14h30

Comp.-16h00

2ª f 14h35 às

15h05

4ª f 14h35 às

15h20

5ª f 14h55

às 15h10

15h30 às 15h50

6ª f 14h35 às

15h05

5ª f 16h05 às

16h35

3ª f 14h40 às 15h10

PROFª CAROLINA

IV E

13h55 às 14h25

14h50 às 15h10

Comp.-16h00

6ª f 15h10 às

15h40

5ª f 15h10 às

16h

5ª f 13h25

às 13h40

16h15 às 16h35

4ª f 15h10 às

15h40

-----------

-

3ª f 15h20 às 15h50

PROFª DANIELA

V C

15h30 às 16h

15h10 às 15h30

Comp.-13h30

3ª f 14h35 às

15h05

5ª f 14h15 às

15h05

5ª f 16h10

às 16h25

13h40 às 14h

6ª f 16h05 às

16h35

---------------

4ª f 14h35 às 15h05

PROFª ESTER

V D

14h55 às 15h25

15h30 às 15h50

Comp.-13h30

5ª f 13h55 às

14h25

3ª f 14h às 14h50

5ª f 14h35

às 14h50

15h50 às 16h10

3ª f 13h20 às

13h50

-------------

2ª f 14h10 às 14h40

PROFª RAFAELA

V E

14h55 às 15h25

14h30 às 14h50

Comp.-16h00

5ª f 15h30 às 16h

3ª f 15h30 às

16h20

5ª f 13h45 às 14h

14h05 às 14h25

4ª f 13h20 às

13h50

----------------

4ª f 15h30 às 16h

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5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS “A avaliação, enquanto mediação, insere-se no processo educativo como um instrumento de reflexão, que auxilie o professor a tomar consciência das mudanças operar em sua ação, a comprovar e/ou refutar suas hipóteses sobre os processos vividos pelas crianças.”

Jussara Hoffman Na escola são utilizados alguns instrumentos que facilitam o processo avaliativo por parte das professoras:

- Registro semanal da prática pedagógica;

- Registro sistemático do desenvolvimento dos alunos;

- Relatório Individual semestral;

- Relatório de grupo – organização semestralmente;

Avaliação: o professor deve buscar entender o processo de cada criança e a significação que cada trabalho comporta. O professor

observará o grupo orientado pelos observáveis definidos no planejamento e registrará o desempenho do aluno tanto em relação ao grupo

quanto ao percurso individual. Estes apontamentos auxiliarão o professor na escolha dos conteúdos e estratégias, atendendo assim às

necessidades dos alunos. Para que a avaliação do aluno seja feita devemos atentar aos seguintes princípios norteadores e utilizar os

instrumentos metodológicos.

Princípios Norteadores

Qualquer avaliação deve estar a serviço da ação;

Deve acompanhar o processo em diferentes aspectos (não é um fim);

Deve acompanhar o saber dos alunos (o que sabe e o que não sabe);

Deve partir dos conhecimentos prévios dos alunos.

Algumas professoras se apoiam também na construção de portifólios com atividades que envolvam a escrita do nome, sondagem da

hipótese de escrita, desenho, artes (pintura), registro de numerais e relatório individual sobre o desenvolvimento da criança.

O relatório individual é produzido semestralmente como registro da avaliação da criança. É apresentado aos pais e encaminhado para a

professora do ano seguinte.

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6. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Planejamento de projetos, sequenciadas e atividades permanentes: é feito no início do ano e trimestralmente, sempre que necessário,

em HTPC, pelo grupo de professoras, baseando-se nos objetivos, conteúdos e estratégias elaborados no PPP, respeitando as necessidades

específicas de seus alunos. Deverão ser entregues à coordenação pedagógica da escola e,após lidos,serão agendadas devolutivas aos

professores pela coordenadora pedagógica.

Planejamento semanal: é feito semanalmente em HTP ou em HTPL, pela professora, baseando-se nas necessidades de sua turma e nos

planejamentos elaborados nas modalidades organizativas. Deverá ser entregue à coordenação pedagógica da escola, de acordo com

cronograma e, após lido, será devolvido com devolutiva por escrito e agendadas conversas de acordo com a necessidade observada pela

coordenadora pedagógica.

Registro do professor: é um instrumento indispensável para que se possa acompanhar as aprendizagens e desenvolvimento dos alunos.

Um momento de reflexão, sistematização da ação pedagógica e avaliação das atividades propostas. Cada professora deve encontrar sua

maneira de registrar, baseando-se nos observáveis determinados no planejamento, para que este possa servir-lhe de apoio para o

planejamento e replanejamento de suas ações e como norteador de seu relatório semestral.

Relatório: é feito duas vezes ao ano, conforme estabelecido pela Secretaria de Educação. Este relatório será individual nele deverão constar

os objetivos e conteúdos trabalhados com a classe neste período e como a criança encontra-se em relação a eles.

Registros de HTPC e RP, Conselho de Escola e APM: são feitos em livro ata específico para cada finalidade, pela equipe da escola e

acompanhados pela OP durante as reuniões semanais.

Registro de Atendimento às famílias: são feitos em caderno específico, pela equipe gestora, para acompanhar e dar continuidade aos

encaminhamentos dos atendimentos.

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7. AÇÕES SUPLEMENTARES

7.1. Atendimento Educacional Especializado

Segundo a Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na

Educação Básica, modalidade Educação Especial, relacionadas por definição. O atendimento educacional especializado tem como

função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos considerando suas necessidades específicas, podendo complementar e/ou suplementar o

atendimento educacional realizado nas classes do ensino regular. Ministrado por professor especializado, tendo

equipamentos, mobiliários e/ou recursos materiais e pedagógicos adequados às necessidades educacionais específicas dos

alunos visando favorecer a aprendizagem, considerando a proposta do AEE/MEC o conteúdo programático e/ou projetos

conforme seu ano/ciclo e idade.

Pode ser realizado, em colaborativo na sala de aula, individualmente ou em pequenos grupos, que tenham as

necessidades e idade semelhantes que possam exercer um facilitador para o avanço pedagógico favorecendo as

intervenções individualizadas e constantes do professor especialista. Com o ensino colaborativo, o professor especialista,

interage com o aluno na sala de aula após o planejamento realizado juntamente com o professor do ensino regular,

buscando estratégias de acompanhamento do conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula.

O trabalho do AEE na educação infantil é realizado com o acompanhamento de forma colaborativa em sala de aula,

observando as necessidades particulares e específicas do aluno, fornecendo recursos e/ou adaptações quanto aos materiais

ou mobiliários que possibilitem sua adaptação e permanência na escola e desenvolver suas competências e habilidades.

Como também orientar e trocar experiências com o professor.

Neste ano, contamos com uma professora de AEE, atendendo aos dois períodos, um dia por semana em cada horário.

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Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola Observação

Graduação Pós-Graduação

Fabiana de Lima Efetiva Pedagogia-Habilit. Educação Especial

Psicopedagogia 07 anos 1 mês Atua na EMEB Nadia Issa Pina

Débora Fogagnoli Efetiva Pedagogia-Habilit. Deficiência Mental

06 anos 3 meses Atua na EMEB Profº Nadia Issa Pina

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8. Calendário Escolar

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V. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de

Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica – Brasília. DF: MEC/SEB, 2006. 2v.:il. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil / Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.3v.: il. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças Brasília: MEC/SEF/DPE, COEDI, 1995. DELORS, Jacques e outros (1998): Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre

Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, MEC, UNESCO. KLEIMAN Angela -Projetos de letramento na educação infantil. p. 1-10. IN: Revista CAMINHOS EM LINGUÍSTICA APLICADA, UNITAU. Volume 1, Número 1, 2009. Disponível em: www.unitau.br/caminhos. MPSP/ ESMP/EDEPE/ UMSPU. Uma nova aquarela: desenhando políticas públicas integradas para o enfretamento da violência escolar em São Bernardo do Campo, novembro 2010. Pátio – Educação Infantil, Porto Alegre: Artmed, 2009 (nº 21), novembro/dezembro/ 2009. São Bernardo do Campo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta curricular / Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. - - São Bernardo do Campo: SEC, 2007. 2v.: il. São Bernardo do Campo. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Caderno de Validação da Educação Municipal: “A escola e a proteção Integral: Significando o ECA no cotidiano Escolar”, março 2008

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Disponível em: <<http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm>>. Acesso em 21 abr. 2012.

VI. ANEXOS

1- Histórico da Unidade Escolar

Nossa escola foi inaugurada em 13 de março de 1967, na administração do prefeito Hygino Baptista de Lima. Seu nome era

Parque Infantil de Nova Petrópolis. Na inauguração havia somente o bloco principal (onde atualmente estão o pátio, o refeitório e a sala 1).

Havia3 turmas no período da manhã e 3 turmas no período da tarde. O atendimento era feito da seguinte forma: em cada período havia uma

turma de pequenos (alunos de 4, 5 e 6 anos), uma turma de grandes (alunos de 7 a 11 anos que frequentavam nossa escola em horário

alternado à escola regular) e uma turma de semi-internos (crianças cujos pais trabalhavam e que ficavam na escola o dia todo). A primeira

diretora foi a Sra. Ítala Maria Biagioni.

Nesta época, havia apenas 5 Parques Infantis em toda a cidade de São Bernardo, eram eles: P.I. Lauro Gomes, P.I. Vila

Euclides, P.I. Paulicéia e P.I. Vila Marlene. A rede escolar de São Bernardo era tão pequena que não existia Secretaria de Educação, mas

apenas uma Diretoria, cujo diretor era o Sr. Tito Antônio de Lima e um setor responsável pelos parques infantis, cuja encarregada era a Sra.

Dulce Donadelli Pinto.

A construção da escola deu-se neste local por questões estratégicas, pois na mesma quadra funcionava o Posto de Puericultura

(onde as crianças recebiam tratamento médico e odontológico, bem como atendimento em caso de emergência) e ainda uma Escola Estadual

de 1ª a 4ª série, havia um portão que permitia o acesso interno aos alunos, sem a necessidade de irem para a rua.

Em meados dos anos 70, nossa escola recebeu nova denominação: Núcleo Educacional Infantil de Nova Petrópolis e

posteriormente em 22 de maio de 1980, por ordem do Sr. Prefeito Tito Costa, passou a denominar-se Escola de Educação Infantil “Candido

Portinari” , e em 2000 por ordem do Sr. Prefeito Mauricio Soares passou a denominar-se Escola Municipal de Educação Básica “Candido

Portinari”.

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No ano de 2004 a escola passou por algumas reformas, onde o parque foi transferido para uma área do bosque, o chão revestido com

pedrisco e ganhou novos brinquedos; iniciou-se também a construção de mais duas salas de aula e dois banheiros infantis, sendo que esta

obra foi concluída apenas no inicio do mês maio de 2005.

Em 2005, a secretaria foi reformada, sendo seu espaço ampliado, e o salão interno teve o piso trocado, de paviflex para piso frio.

Em 2008, houve nova reforma onde foi construída uma nova sala de aula, uma sala de aula já existente foi adaptada para biblioteca, o

espaço de passagem entre o salão e as salas de aula foi adaptado para sala de artes; e os banheiros internos foram adaptados

transformando-se em um banheiro com trocador e chuveiro, e o outro em almoxarifado.

Também foram construídos dois banheiros para adultos (um masculino e um feminino), na parte externa da escola, uma área de

serviço e vestiário para as funcionárias de apoio. Este ano a equipe escolar aguarda a conclusão da execução dos itens de reforma descritos

no Plano de Ação da APM.

2- Estrutura Física

A escola possui sete salas de aula, equipadas com mesas e cadeiras infantis, lousa e

armários, localizadas na área externa, distribuídas em dois blocos, quatro destas salas são

pequenas e muito quentes, não possuindo janelas, apenas basculantes muito pequenas na parte

superior da parede.

A escola possui ainda uma sala (menor que as salas de aula), localizada ao lado do parque,

onde foi feita, neste ano, uma adequação com uma parede divisória, ficando, então um lado sendo

utilizado como sala de brinquedos com prateleiras para uma melhor organização dos brinquedos,

e do outro lado utiliza-se como uma sala para os professores contendo armário, mesa e um

computador. Contamos com sete banheiros para as crianças (sendo dois adaptados, com vasos

pequenos, barras laterais e portas mais largas), dois banheiros para adultos sendo um masculino e um feminino e um adaptado com chuveiro

e espaço para vestiário para uso dos funcionários. O salão principal é dividido em: de lado refeitório, uma cozinha com despensa, um

banheiro para portadores de deficiência e trocador e um pequeno almoxarifado; e de outro lado, um playground de brinquedos plásticos e

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uma piscina de bolinha. A área administrativa ao lado do salão conta com uma diretoria com banheiro, uma sala para coordenação

pedagógica e secretaria. Na área externa um parque com brinquedos de madeira, um tanque de areia e um bosque com casinha de bonecas

e uma grande área de cimento queimado (liso) que pode ser utilizada para diversas atividades Contamos, ainda com um estacionamento para

funcionários.

Em 2008 foi construída uma nova sala adaptando-se uma sala de aula já existente e transformando-a em biblioteca, bem como o espaço

de passagem entre salão e salas de aula, foi adaptado e transformado em sala de Arte. Foram abertos

dois guichês na cozinha para entrada e saída de alimentos e utensílios.

Desde 2006, no plano de trabalho da APM, era apontada a necessidade de troca dos forros,

colocação de cobertura externa, troca dos armários das salas de aula, colocação de janelas nas

salas mais antigas para ventilação, acessibilidade, além da urgência de reforma elétrica e

hidráulica. Dentre estas necessidades apontadas acima já foram efetuadas as adequações de

acessibilidade com a reforma da entrada da escola com a construção de rampas de acesso mais

largas e com corrimãos, colocação de coberturas na área externa nas passagens das salas e desde o

portão de entrada, reformas das salas de aula com renovação dos pisos, reforma elétrica e hidráulica. Neste ano,

está ocorrendo nova reforma com substituição do telhado para conter vazamentos; revitalização do piso paviflex de todas as salas;

adequação AVCB (normas de segurança); adequação de banheiro com acessibilidade. Além dos itens previstos, a APM e o Conselho de

Escola junto a equipe escolar, solicitou que se incluam outros itens de manutenção que identificam como necessários, e acordou-se que

serão incluídos também os serviços de: reposição de pedriscos no parque, cobertura com tela no tanque de areia, divisão da sala de

brinquedos transformando-a em duas salas (brinquedos e sala dos professores), colocação de piso, revestimento e tratamento do muro no

corredor dos fundos; fechamento da mureta do parque retirando o acesso à casinha; colocação de pia coletiva no ateliê e ajuste do piso e

adequações às normas de segurança e higiene na cozinha. Em 2013, foi realizada a reforma geral e pintura do parque, com verba da APM,

visando à segurança das crianças em todos os brinquedos.

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3- Projetos Coletivos da Unidade Escolar

Projeto: “Animalucos” Duração: Todo o ano letivo

Responsáveis: participantes do grupo: professoras, funcionários e pais

Público alvo: Alunos, funcionários e famílias.

Apresentação: Trata-se de um grupo formado pela comunidade escolar com o propósito de

promover atividades culturais e lúdicas como teatro, contação de histórias, resgate de brincadeiras

com apresentações para as crianças e participação nas festas e eventos promovidos com as

famílias. O grupo não é fixo, podendo agregar participantes a cada montagem. Pretende-se

desenvolver duas montagens por semestre.

Objetivos:

Desenvolver ação cultural para adultos e crianças por meio da linguagem teatral;

Favorecer os processos de expressão, criatividade e imaginação das crianças através do contato com o teatro;

Promover maior envolvimento e entrosamento de toda a equipe escolar através de um projeto coletivo;

Valorizar as diferentes potencialidades e formas de expressão de cada um;

Envolver as famílias promovendo sua participação nos eventos, ora divulgando sua arte, ora apreciando os vários trabalhos

desenvolvidos.

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Ações:

Selecionar bons textos literários para desenvolver o roteiro;

Organizar ensaios e montagem do cenário e figurino com a participação da APM e Conselho de Escola;

Motivar as crianças para as apresentações divulgando a peça antecipadamente e conversando sobre as atitudes de apreciação;

Informar as famílias das apresentações que ocorrerão no cotidiano da escola como forma de motivar também as crianças;

Enviar folder da peça para as famílias;

Divulgar a atuação dos Animalucos nos sábados letivos.

Avaliação: Durante o desenvolvimento do projeto, serão avaliadas as atividades em si, além de auto-avaliação, observação dos resultados

em relação aos objetivos, observando-se principalmente a interação das crianças com as histórias e com os personagens no momento da

apresentação e nas atividades nos dias subsequentes.

Projeto: “Ciranda Literária “

Duração: 2 meses

Responsáveis: Trio gestor, funcionários, professores

Público alvo: Alunos e famílias

Apresentação: A Ciranda Literária tem como objetivo de apresentar às famílias o trabalho que é

desenvolvido com as crianças durante o ano letivo acerca da literatura infantil, incentivando sempre, ás

crianças o gosto e o prazer da leitura. As histórias são cuidadosamente planejadas, e são contadas com a utilização de

diversos recursos e com cenários elaborados de modo a valorizar a contação das histórias. Na recepção dos pais, eles recebem o vale

lanche e dois ingressos relativos a duas histórias que assistirão: a história da primeira sessão e a história da segunda sessão. O evento se

inicia com a apresentação teatral dos “Animalucos”, que a cada ano apresenta uma história diferente dentro do tema escolhido para o ano

vigente. Após o Animalucos cada família se dirige à sala da primeira história que escolheu, entregando o ingresso e acomodando-se para a

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contação. É importante ressaltar que cada participante recebe um ingresso como forma de valorizá-lo como um portador textual com função

social definida. A sessão é anunciada por meio de três sinais: no primeiro a maioria dos pais se dirige às salas, no segundo os pais que estão

um pouco atrasados e, por fim, ao terceiro sinal a história se inicia. Ao término da primeira sessão as crianças e pais se dirigem aos locais

destinados à entrega do lanche. Como continuação do evento, novamente tocam-se os sinais, anunciando que a segunda história terá início.

A cada ano, como forma de finalização é feito uma atividade envolvendo as crianças, juntamente com os amigos, familiares e professores,

sendo sempre dentro do tema escolhido para o ano.

Justificativa: Na rotina diária de todas as turmas está previsto o momento “Hora da história,” privilegiando o contato com a leitura de diversos

gêneros. Pensando em aproximar as famílias às atividades da rotina escolar e promover o incentivo a leitura planejamos realizar a Ciranda

Literária e proporcionar a todos um momento de descontração e divertimento, envolvendo adultos e crianças no mundo da imaginação.

Objetivos:

Promover a integração escola–família através de uma atividade rica e prazerosa;

Incentivar o gosto pela leitura na comunidade;

Envolver a família no universo infantil de sonhos e imaginação;

Promover cultura para comunidade escolar dentro da diversidade de gêneros e formas de expressão no ato de contar histórias;

Valorizar os membros da comunidade dando oportunidade de expressar seus talentos contando histórias na Ciranda.

Avaliação: Durante o desenvolvimento do projeto, serão avaliadas as atividades em si e posteriormente será enviado às famílias um

instrumento de avaliação além da equipe escolar e APM e Conselho de Escola.

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Projeto: “Uni DuniTê, quero brincar com você”

Duração: Abril a outubro de 2016

Responsáveis: Professores

Corresponsáveis: Toda equipe escolar

Público alvo: Alunos e Famílias

Justificativa: Pensando que o brincar constitui-se num dos principais eixos do trabalho

desenvolvido na Unidade Escolar, e é através desta ação que a criança inicia seu processo de

autoconhecimento, toma contato com a realidade na qual está inserida e passa, através das

representações que faz das relações e experiências vividas, a expressar os conhecimentos e sentimentos que apresenta com relação a seu

meio, favorecendo seu desenvolvimento, sua imaginação e criatividade. Entendemos que brincando, a criança tem a oportunidade de

exercitar suas funções, experimentar desafios, investigar e conhecer o mundo de maneira natural e espontânea, utilizando sua imaginação e

fantasia. Ao brincar, a criança também expressa sentimentos. A forma com a qual ela lida e se envolve na brincadeira desenvolvida

possibilita-lhe exteriorizar suas emoções, auxiliando-as a administrar situações cotidianas de conflitos ou não. Através destas considerações

pensamos neste projeto como meio de propiciar um resgate de jogos e brincadeiras infantis ao longo do ano e em um momento, ao final do

projeto em dezembro, para compartilhar este resgate e vivencia das crianças com as famílias, reforçando a importância do brincar no

cotidiano infantil! Brincar por prazer... Brincar para aprender... Brincar para ser...

Objetivos:

Resgatar jogos e brincadeiras tradicionais;

Ampliar o repertório de brincadeiras de todos os envolvidos, incentivando-as a pesquisar e experimentar novas possibilidades.

Desenvolver habilidades motoras e de raciocínio necessárias para o bom desempenho nos jogos e brincadeiras propostos.

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Promover o desenvolvimento de novas competências nas crianças.

Compartilhar saberes e descobertas promovidas pelos jogos e brincadeiras no decorrer do

projeto.

Possibilitar o resgate do prazer de brincar entre crianças e famílias.

Envolver as famílias no resgate das brincadeiras de infância;

Criar condições para que as crianças possam fazer, através de jogos e brincadeiras, um bom

uso de sua inteligência emocional.

Promover a interação e mediação entre os participantes.

Ampliar e enriquecer a parceria entre a escola e a comunidade, visando a maior participação junto ao trabalho pedagógico.

Sugestões de estratégias a serem utilizadas:

Produção infantil, através de desenhos, colagens e etc. dos jogos e brincadeiras vivenciados;

Pesquisa de jogos e brincadeiras realizadas pelos pais quando criança.

Apresentar as brincadeiras do DVD da Palavra Cantada e brincar com os alunos.

Listagem dos jogos e brincadeiras.

Pesquisar jogos e brincadeiras pertinentes ao interesse e faixa-etária dos alunos e do

entorno que, o cotidiano infantil.

Experimentação dos jogos e brincadeiras listados.

Apresentar as famílias (reuniões) e alunos durante o ano, fotos e vídeos de eventos

anteriores, para explicar e despertar o interesse para o evento do final do ano.

Observação de brincadeiras infantis retratadas em obras de arte (artistas variados)

Confecção de brinquedos com as crianças ao longo do ano e na finalização do projeto

com as famílias.

Realização de atividades intersalas com jogos ou brincadeiras.

Oficinas de jogos de tabuleiro, na qual as crianças expliquem regras e joguem com as famílias, o que aprenderam ao longo do ano.

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Pintura no chão de algumas brincadeiras como: versões variadas de amarelinha.

Organização e realização do Uni Duni Tê no sábado letivo em outubro.

Produto final: Realização do Uni Duni Tê, no sábado letivo de outubro, onde serão compartilhados os jogos e brincadeiras estudados e

vivenciados no projeto ao longo do ano.

Exposição das atividades realizadas pelos alunos durante o projeto e produções infantis, que revelam o processo de ensino e

aprendizagens construídos durante o desenvolvimento do projeto. Sendo que ficará a critério de cada professora como organizar e quais

recursos utilizar para a exposição (vídeos, fotos, registros, brinquedos confeccionados, regras de jogos, entre outros).

Avaliação: Dar-se-á através da observação dos professores, funcionários e do trio de gestão, do envolvimento, da receptividade e da

participação das crianças, durante o período de realização do projeto e dos pais, da comunidade através de um livro de avaliação

disponibilizado no dia do evento.

Projeto: “Coleta Seletiva de lixo e uso consciente da água”

Público Alvo: Equipe Escolar, Alunos e Comunidade.

Área de conhecimento: Natureza e Sociedade

Duração: Ano letivo

Justificativa: Partindo da premissa de que a escola que queremos deve ter como princípio a

construção do conhecimento como fruto da interação, da vivência de práticas prazerosas e inerentes

às necessidades humanas, considerou de extrema importância abordar a temática ambiental, bem como a qualidade de vida das pessoas.

Sendo assim, propomos estudar a coleta seletiva do lixo, o uso consciente da água e a forma como o lixo e a falta d’água afetam nossas

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vidas e nosso cotidiano, refletindo sobre as seguintes questões: Para onde vai e o que acontece com o lixo que colocamos à porta de nossas

casas? Considerando que em nossa cidade há a coleta seletiva de lixo porta a porta, por que e como deveremos separá-los? Pensando na

mudança de comportamento frente á realidade de escassez da água, nas poucas chuvas e represas secas, como evitar o desperdício da

água?

É importante e básico para os alunos conhecerem a realidade onde vivem e o que se passa na sua cidade, no Brasil e no mundo. As

vivências e os estudos propostos no projeto visam proporcionar ao aluno um espaço favorável a sua atuação, enquanto sujeito ativo das

ações sociais e, consequentemente indivíduos transformadores do meio onde vivem.

Histórico das ações já desenvolvidas: Em nossa cidade foi criada, a partir de uma parceria pública- privada envolvendo a Prefeitura do

Município de São Bernardo do Campo e as empresas vencedoras de licitação, a SBC Valorização de Resíduos que é responsável por todo o

trabalho de limpeza urbana, incluindo a coleta seletiva de lixo. A SBC Valorização de Resíduos acredita que a escola é um ambiente ideal

para disseminar ideias e atitudes positivas ao meio ambiente e desde o ano de 2014, podemos contar com dois PEVs – Pontos de Entrega

Voluntária – em nossa unidade escolar. Nestas PEVs é depositado quase todo o lixo reciclável produzido na escola e cabe à equipe de

funcionários descartarem o lixo nos pontos específicos.

Objetivo Geral: O objetivo geral do projeto é o de possibilitar aos alunos o desenvolvimento da cidadania ativa e consciente. Nas situações

cotidianas escolares sentir-se-ão sujeitos da ação, refletindo sobre as questões do meio em que vivem e propondo soluções possíveis para

os problemas. Essas situações serão oportunizadas por meio de práticas educativas nas quais os alunos observarão que todos nós somos

responsáveis pela limpeza da escola, da cidade, reconhecendo, assim, a importância e necessidade da coleta seletiva do lixo e da economia

de água.

Conteúdo:

Língua Portuguesa: Escrita de cartazes e leitura de livros e revista sobre o tema; realização de pesquisas em várias fontes;

Natureza e Sociedade: Coleta Seletiva do lixo e economia de água, percebendo-se o antes e o depois do início do trabalho com o

projeto; observação da decomposição de alguns objetos;

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Artes: Confecção de cartazes e folhetos explicativos;

História e Geografia: Localização geográfica e pesquisa sobre a problemática do lixo e falta de água.

Metodologia e Procedimentos: O projeto iniciará com uma sondagem junto aos alunos, destacando a problemática do lixo e da água,

realizando um levantamento prévio do conhecimento dos alunos para ser trabalhado em sala de aula e elaborando uma sequencia de

atividades utilizando bibliografias e materiais disponíveis na escola, bem como a ação propriamente dita.

- Coleta seletiva do lixo:

1. Ações com as crianças:

Apresentação de vídeos sobre o tema;

Orientações sobre o destino do saquinho do suco na hora do lanche;

Enterrar, em potes de plásticos, alguns objetos e depois de algum tempo, observar o que ocorreu;

Organizar junto com os alunos cartazes sobre o tema proposto;

Fixar quadro explicativo com o tempo de decomposição de cada material reciclável para leitura/consulta pelas diferentes turmas da

escola;

Orientações sobre a utilização dos dois lados das folhas de desenho durante as atividades diversificadas;

Confeccionar o símbolo da reciclagem para ser colocada no cardápio, quando houver um item que pode ser reciclado. Ex: saquinho do

suco.

Explorar o site buscando informações sobre a data das coletas seletivas nos bairros;

Atividades lúdicas de reconhecimento dos personagens símbolos da Coleta Seletiva no município – Os monstrinhos coloridos;

Utilizar o guardanapo de pano;

2. Ações com os funcionários:

Recipiente para lixo reciclável dentro da sala de aula, secretaria, diretoria, coordenação, cozinha e demais dependências da escola e

outro para lixo comum;

Separar retalhos/sobras de papeis para serem reutilizados no ateliê de artes;

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Reutilizar as caixas de papelão dos kits de material do aluno;

Separar as embalagens de materiais de limpeza;

Lixeira específica para lixo orgânico;

Separar brinquedos quebrados e colocá-los nos PEVs;

3. Ações com a comunidade:

Confecção de folhetos informativos para a comunidade;

Divulgação das ações do projeto no blog da escola;

Apresentação do trabalho realizado nos sábados letivos.

Incentivar as famílias a aderirem à coleta seletiva;

- Economia de água:

1. Ações com as crianças:

Apresentar vídeos e fotos sobre as represas para sensibilizar as crianças sobre a água e seu uso responsável;

Realizar a escovação com os alunos utilizando canecas e jarra de água;

Orientações no momento de higiene das mãos;

Utilização da descarga de forma consciente (toque curto).

2. Ações com os funcionários:

Galões de água nas salas de aula;

Reutilizar a água de enxague dos panos na lavanderia para lavar os espaços externos;

Reduzir o tempo das torneiras de apertar;

Armazenar e reutilizar a água da chuva na lavagem das áreas externas;

Adoção de procedimentos específicos na limpeza da cozinha e lavagem da louça e alimentos;

Utilização da descarga de forma consciente (toque curto).

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3. Ações com a comunidade:

Envolver os pais e comunidade através de pesquisa sobre como economizam água;

Confecção de folhetos informativos para a comunidade;

Divulgação das ações do projeto no blog da escola;

Apresentação do trabalho realizado nos sábados letivos.

Avaliação: Será realizada durante todo o processo, através de observações do envolvimento e do desenvolvimento de cada aluno na

realização das atividades propostas, considerando a mudança de hábitos a partir da adoção da coleta seletiva do lixo e ações para economia

de água.

PROJETO: Ação Saudável

DURAÇÃO: Ano Todo

RESPONSÁVEIS: A Equipe Escolar

PÚBLICO ALVO: Alunos e Comunidade

Justificativa: Nossa escola é um espaço privilegiado na realização do direito das

crianças de ter contato com a natureza, pois possui um bosque com diversas árvores

frutíferas e dois bons canteiros de plantas. Considerando-se que o trabalho com as

ciências naturais e o conhecimento de mundo nesta faixa etária se dá principalmente a partir da vivência, estes espaços possibilitam a

elaboração de um trabalho intencional de observação, exploração, investigação, cultivo e colheita de frutas e ervas. Além disso, é bastante

favorável ao desenvolvimento infantil o brincar ao ar livre entre as árvores, explorando a terra, a areia, os gravetos, as folhas e pedrinhas.

Em 2015, foi realizada uma pareceria com a Secretaria de Educação a fim de desenvolver ações do Projeto Ação Saudável que

consiste no plantio e cultivo de hortas com as crianças visando ao incentivo da alimentação saudável. Este projeto vem de encontro com o

projeto coletivo já existente em nossa escola “Jardins de Nossa Escola” que propunha que cada grupo desenvolvesse o seu próprio projeto

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no contexto natural que a escola oferece. Em 2014, as turmas de infantil II investigaram as borboletas que habitam o nosso bosque. Outras

turmas tinham como objetivo o trabalho com compostagem e criação de canteiros, o que não foi possível a realização. O Projeto Ação

Saudável faz parte de um movimento mundial pelo fortalecimento de comunidades, para diminuir os índices de obesidade e desnutrição

infantil, estabelecendo a escola como o centro da educação para a sustentabilidade. No Brasil, o programa promove ações voltadas a

saúde, como a melhoria dos índices de massa corporal e de anemia dos alunos, e estimula o consumo de verduras e frutas por meio da

construção e manutenção de hortas escolares. Em nossa cidade, São Bernardo do campo, trouxe no ano de 2015, uma novidade que foi a

criação de uma plataforma interativa, para intervenções virtuais com os professores e alunos participantes do programa.

Em 2017, apesar da parceria com SE ter se esgotado, daremos continuidade às ações na escola

Objetivos: O programa Ação Saudável tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de crianças e comunidades por meio de ações

voltadas para a educação sanitária, nutricional e de qualidade de vida. A base estratégica do Ação Saudável é transformar as crianças em

“Agentes de Mudança”, para que estas levem mensagens educativas de saúde, nutrição, cuidados e higiene pessoal, esportes e qualidade de

vida para suas famílias.

Melhorar o conhecimento de alunos e professores, bem como hábitos e comportamentos sobre: nutrição, meio ambiente e

sustentabilidade, atividades físicas e hábitos de vida saudáveis;

Promover a implantação da horta e utilização do produto das hortas de acordo com o plano político pedagógico da escola;

Promover a sustentabilidade do programa e de suas ações, com a formação contínua dos educadores envolvidos e estabelecimento

de parcerias locais;

Ações do Projeto:

Desenvolvimento de hortas através de técnicas e materiais recicláveis.

Cultivar verduras e legumes para serem utilizados na merenda.

Conhecer as árvores frutíferas da escola e colher quando houverem frutos

Aprender a utilizar compostagem

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Produzir receitas com o que foi colhido no plantio e também a partir de outros ingredientes naturais (frutas, legumes, ervas)

Registro: O registro faz parte de todo o desenvolvimento do trabalho, portanto sugerimos que os professores busquem formas criativas de

registrarem juntamente com seus alunos a evolução e desenvolvimento do projeto. Todo esse registro poderá ser compartilhado e socializado

através da Plataforma Virtual. Para isso a escola poderá enviar seus registros para o email: [email protected]

Avaliação: Dar-se-á pela observação e registro das participações das crianças no desenvolvimento das atividades, envolvimento e

conscientização ambiental que se espera alcançar.

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PROJETO BLOG ESCOLAR – http://emebcandidoportinari.wordpress.com OBJETIVOS:

- apresentar a escola e sua equipe;

- divulgar o Projeto Político Pedagógico da Escola;

- publicar informações do cotidiano escolar .

CRIAÇÃO E EXECUÇÃO: Profª Juliana Amaral, Pad Rosecler e Diretora Patrícia

RESPONSÁVEIS PELA MANUTENÇÃO DOS CONTEÚDOS: PAD Rosecler, Diretora Patrícia e corpo docente

PERIODICIDADE DA ATUALIZAÇÃO: diária ou semanal (informações); mensal (práticas pedagógicas)

ORGANIZAÇÃO DO BLOG:

PRINCIPAL :

- Notícias do cotidano da escola: informes e divulgação de atividades coletivas (com espaço para comentários)

SEÇÕES (ABAS):

NOSSA ESCOLA

- Apresentação (histórico, comunidade atendida, organização do funcionamento)

- Fotos da escola

- Quem foi CANDIDO PORTINARI

EQUIPE ESCOLAR

- gestão

- orientação técnica

- secretaria

- apoio

- cozinha

- professoras

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

- PPP

- Objetivos ( da educação infantil, da escola)

- Rotina escolar

CALENDÁRIO

- Anual

- Mensal

CARDÁPIO

CONSELHO DE ESCOLA E APM

- Membros

- Plano de ação (com calendário de reuniões)

- Registro mensal das atividades (com espaço para comentários)

TURMAS 2017

- uma aba para cada turma, selecionada pelo nome da professora, a fim de que seja feitas postagens mensais sobre o trabalho desenvolvido

com aturma

50 ANOS

- comemorações

- recordações

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PROJETO COLETIVO: CONSELHO MIRIM

DURAÇÃO: Ano todo

RESPONSÁVEIS: A Equipe Escolar

PÚBLICO ALVO: Alunos

Responsáveis pela coordenação: Leonilda Ap. Pagotto (Coordenadora Pedagógica) e Regiane Lucia da Cruz (Cozinheira)

Justificativa: A implantação do Conselho Mirim parte da ideia de construção da participação que já praticamos com os adultos.

Consideramos que as crianças, desde muito pequenas, observam a realidade a sua volta e a questionam. Na escuta atenta do cotidiano,

temos observado o quanto expressam o que as inquietam e o quanto são capazes de propor. Assim, todas as crianças serão chamadas a

observar e a pensar sobre o que pode ser melhorado na escola e irão expressar suas ideias por meio dos representantes no Conselho Mirim.

Ações do Projeto:

1- Pesquisar sobre outros Conselhos Mirim nas escolas que implementaram.

2- Compartilhar essa pesquisa com o grupo de professores e pactuar com eles a parceria para a condução do trabalho;

3- Com as crianças, partir da leitura do livro: Se criança governasse o mundo, do autor Marcelo Xavier.

4- Falar um pouco sobre o autor (mineiro que já ganhou alguns prêmios com seus livros e que , enquanto criança, gostava de brincar com

argila, fazendo construções, colocando-as ao sol para secar e depois, pintando-as com tinta guache. Como característica de seus

livros aparece as ilustrações feitas com massinha de modelar. Marcelo Xavier escreveu também o livro Asa de papel. (esse exemplar

temos na escola)

5- Conversar sobre o tema da história.

6- Conversar sobre APM e Conselho de escola que se reúnem mensalmente com a diretora e que discutem o precisa ser feito para

melhorar a escola.

7- Propor para as crianças a organização de um “Conselho Mirim”.

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8- Organizar um painel na classe (pode ser uma folha de sulfite A3) para a professora anotar as reivindicações das crianças acerca do

que “precisa ser melhorado na escola”.

9- Propor o momento da votação dos membros (01 representante e 01 suplente por classe). Cada professor deve fazer a votação da

forma que achar mais adequado e significativo para o seu grupo. O importante é que as crianças compreendam o que está sendo

proposto a elas e que o candidato a representante da turma precisa ter um perfil : capaz de falar bem, ouvir e prestar atenção para

depois contar para os amigos e professora sobre os assuntos que foram tratados na reunião.

10- As reuniões acontecerão na biblioteca da escola, ao menos uma vez por mês.

11- Fica já combinado que, após cada reunião do Conselho Mirim, a Coordenadora entregará a cada representante um registro do(s)

assunto(s) abordado(s), para que possa “apoiar sua fala” junto ao grupo, por meio da mediação da professora.

12- Na sequência, cada professora organizará uma roda de conversa para que o representante conte para os amigos sobre o que foi

conversado na Reunião.

13- Na primeira oportunidade (Reunião das APM/ Conselho) apresentaremos o Conselho Mirim para os membros da APM da escola.

14- Divulgar a proposta às famílias para que compreendam e incentivem este trabalho, por meio de informativo e de postagem no blog.

4- Sequências Didáticas e Projetos das Turmas (em construção).

5- Passeios semestrais para Estudo do Meio (excursões) em 2016 (em construção) 6 - passeios a pé no entorno

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