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1 EMEB CANDIDO PORTINARI Projeto Político Pedagógico Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação 2018

EMEB CANDIDO PORTINARI Projeto Político Pedagógico · 2018-05-23 · Corpo e Movimento ... O envolvimento das famílias no processo avaliativo é uma busca constante. Por isso,

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EMEB CANDIDO PORTINARI

Projeto Político Pedagógico

Município de São Bernardo do Campo Secretaria de Educação

2018

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR................................................................................................................................................................................................4 1. Apresentação ................................................................................................................................................................................................................................................. 5 2. Quadro de Identificação dos Funcionários.......................................................................................................................................................................................................6 3. Quadro de Organização das Modalidades.....................................................................................................................................................................................................10 II. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016...........................................................................................11 1. Acesso Permanência e Sucesso Escolar .................................................................................................................................................................................................. 12 1.1. Organização da rotina a partir das necessidades das crianças..................................................................................................................................................................12 1.2. Acolhimento das famílias e das crianças do período inicial e ao longo do ano..........................................................................................................................................14 2. Gestão Democrática.......................................................................................................................................................................................................................................17

2.1. Proposta para promover a participação dos membros do Conselho e da APM.....................................................................................................................................17 2.2. Proposta de parcerias com outros programas, pessoas da comunidade e espaços de território...........................................................................................................19 2.3. Participação e corresponsabilidade de todos na implantação do PPP 2016 garantindo o acesso as informações...............................................................................20

3. Qualidade Social da Educação e Prática Pedagógica...................................................................................................................................................................................22 3.1. Prática pedagógica contextualizada e comprometida com a sustentabilidade e a qualidade de vida...................................................................................................22 3.2. Práticas pedagógicas inclusivas..............................................................................................................................................................................................................23 3.3. Práticas pedagógicas que garantam aprendizagens significativas e participação ativa das crianças...................................................................................................24 III. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA.........................................................................................................26

1. Concepções Pedagógicas ......................................................................................................................................................................................................................... 26 1.1. Ser humano e Sociedade............................................................................................................................................................................................................................26 1.2. Nossos sonhos............................................................................................................................................................................................................................................27 2. Caracterização Local......................................................................................................................................................................................................................................30 3. Comunidade Escolar .................................................................................................................................................................................................................................... 33

3.1. Caracterização da Comunidade Atendida.............................................................................................................................................................................................. 33 3.1.2 Caracterização do Acesso Cutural da Comunidade Atendida ............................................................................................................................................................. 36 3.2. Plano de Ação Articulado para a equipe e Comunidade Escolar ........................................................................................................................................................... 41 3.2.1. Reunião com Pais: Organização e constituição dos espaços de diálogo em torno da proposta pedagógica.....................................................................................47 3.3. Avaliação..................................................................................................................................................................................................................................................49

4. Equipe Escolar ............................................................................................................................................................................................................................................. 49 4.2. Professores.............................................................................................................................................................................................................................................49 4.2.1 Caracterização.......................................................................................................................................................................................................................................49 4.2.2. Plano de Formação de Professores......................................................................................................................................................................................................52 4.3. Auxiliares em Educação e Estagiárias em Pedagogia ............................................................................................................................................................................61 4.3.1. Caracterização......................................................................................................................................................................................................................................61 4.3.2. Plano de Formação...............................................................................................................................................................................................................................62 4.3.3. Avaliação do Plano de Formação das Auxiliares e Estagiárias............................................................................................................................................................62

5. Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres).........................................................................................................................................................................63 5.1. Caracterização.........................................................................................................................................................................................................................................63 5.2. Plano de Ação e formação articulado do Conselho de Escola e APM....................................................................................................................................................65 5.3. Avaliação..................................................................................................................................................................................................................................................66

6. Plano de ação da Equipe Gestora..................................................................................................................................................................................................................67 6.1. Caracterização.........................................................................................................................................................................................................................................67

6.2. Plano de Ação..........................................................................................................................................................................................................................................67

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IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO..............................................................................................................................................71 1. Objetivos.........................................................................................................................................................................................................................................................71 2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos..........................................................................................................................................................................................72 2.1 Objetivo Geral da Escola..........................................................................................................................................................................................................................72 3. Objetivos Gerais e Objetivos específicos por área de Conhecimento...........................................................................................................................................................73 3.1. Introdução...............................................................................................................................................................................................................................................73 3.4. Eu no Mundo Natural e Social.................................................................................................................................................................................................................76 3.5. Linguagem e Artes Visuais......................................................................................................................................................................................................................81 3.6. Matemática..................................................................................................................................................................................................................................................92 4.Rotina...............................................................................................................................................................................................................................................................93

4.1. Período de Adaptação..............................................................................................................................................................................................................................93 4.2. Organização da Rotina.............................................................................................................................................................................................................................98

4.3. Atividades da Rotina................................................................................................................................................................................................................................98 4.3.1. Atividades de Intersalas.....................................................................................................................................................................................................................98 4.3.2. Atividades Diversificadas.................................................................................................................................................................................................................100 4.3.3. Brincadeira Simbólica......................................................................................................................................................................................................................101 4.3.4. Roda de Conversa...........................................................................................................................................................................................................................101 4.3.5. Momentos de Leitura.......................................................................................................................................................................................................................102 4.3.6. Hora da História...............................................................................................................................................................................................................................103 4.3.7. Higiene.............................................................................................................................................................................................................................................103 4.3.8. Hora do lanche.................................................................................................................................................................................................................................104 4.3.9. Entrada e Saída...............................................................................................................................................................................................................................106 4.3.10. Corpo e Movimento........................................................................................................................................................................................................................108 4.3.11. Atividades no Ateliê de Artes.........................................................................................................................................................................................................108 4.3.12. Brincadeiras nas áreas externas: Parque, Casinha, Bosque e Tanque de Areia..........................................................................................................................109 4.3.13. Aniversário.....................................................................................................................................................................................................................................113 4.3.14. Dia do brinquedo trazido de casa...................................................................................................................................................................................................114 4.3.15. Quadro de Horários de Uso dos Espaços Coletivos.....................................................................................................................................................................116 5. Avaliação das Aprendizagens do alunos.....................................................................................................................................................................................................118 6. Acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos....................................................................................................................................................................................119 7. Ações Suplementares...................................................................................................................................................................................................................................120 7.1. Atendimento Educacional Especializado ..................................................................................................................................................................................................120 8. Calendário Escolar ......................................................................................................................................................................................................................................122 IV. REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................................................................................................................123 V.ANEXOS........................................................................................................................................................................................................................................................124 1- Histórico da Unidade Escolar........................................................................................................................................................................................................................124 2 - Estrutura Física............................................................................................................................................................................................................................................125 3 - Projetos Coletivos da Unidade Escolar........................................................................................................................................................................................................127 4 – Sequências Didáticas e Projetos das Turmas.............................................................................................................................................................................................140

5- Passeios de Estudo do Meio ........................................................................................................................................................................................................................140

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MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

EMEB CANDIDO PORTINARI

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR Nome: EMEB “Candido Portinari” Endereço: Rua Princesa Maria Amélia, 375 Nova Petrópolis São Bernardo do Campo – São Paulo CEP: 09771-120 [email protected] CIE 051100 Fone: 4125 – 4040 Fax: 4125 – 6698

Diretora da Escola: Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira Vice: Rosecler da Conceição Fernandes Coordenadora Pedagógica: Leonilda Aparecida Cabrera Pagotto Orientadora Pedagógica: Andrea Spinelli Sujkowski

Horário de funcionamento da escola Manhã: 8h00 às 12h00 Tarde: 13h00 às 18h00

Horário de atendimento da Secretaria 8h00 às17h00

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1. Apresentação

O Projeto Político Pedagógico da EMEB Candido Portinari representa a consolidação de um percurso educacional de cinquenta anos,

mantendo em seu histórico algumas características que sempre identificaram essa escola, dentre as quais estão a atratividade do espaço

físico bem cuidado e amplo, com muitas árvores, bem conservado; a confiança e a credibilidade conquistada junto à comunidade gerando

uma alta demanda na procura de vagas; a participação intensa da APM (Associação de Pais e Mestres); o envolvimento da comunidade

com a escola e a grande participação nas reuniões com pais, em festas e eventos e o vínculo e o estreitamento de laços dos funcionários

da escola com as crianças e com as famílias.

Essas características faz com que a EMEB Candido Portinari seja reconhecida pelos funcionários e pela comunidade como uma escola

acolhedora e inclusiva, onde todas as pessoas são bem-vindas e respeitadas nas suas necessidades e anseios. Os planos e ações

delineados no PPP convergem para que esse perfil de escola construído ao longo dos anos se mantenha nos seus aspectos positivos e,

ao mesmo tempo, para que os apontamentos das avaliações anuais e as descobertas da pesquisa educacional contemporânea acerca

das necessidades de aprendizagem e desenvolvimento das crianças pequenas sejam indicativos de mudanças e aprimoramentos

constantes, tendo sempre como desafio manter a coerência entre os ideais e as práticas cotidianas.

A construção do PPP é um movimento constante de reelaboração. A execução dos planos tem como referência :

o reconhecimento da realidade em que a escola está inserida expresso na caracterização local e na caracterização da

comunidade escolar, bem como na caracterização de cada um dos segmentos que compõe a equipe escolar;

a análise e reflexão sobre as avaliações anuais, em um movimento democrático de escuta de todos e de construção coletiva;

as ideias e princípios expressos na legislação educacional, nos documentos oficiais de orientação curricular e nos estudos

contemporâneos sobre os direitos e aprendizagens de aprendizagem e desenvolvimento.

Deste modo, o movimento de planejar e recriar as experiências vividas no cotidiano que se expressam neste documento tem um

caráter dinâmico e reflexivo, de pensar para fazer e de pensar sobre o fazer buscando cada vez mais a consciência e

intencionalidade das nossas ações e clareza do nosso papel educativo e de formação humana.

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2. Quadro de Identificação dos Funcionários

PROFESSORES

Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Ana Carolina Campos Senske

37.756-1 Pedagogia 6 anos 1 ano 07h00/12h00

Andréa Aparecida Tavares 40.144-3 (Efetiva)

Pedagogia 4 anos 1 ano 07h00/12h00

Carla Campos Soglia 43.427-0 (Efetiva)

Pedagogia Completo 9 meses 9 meses 13h00/18h00

Carolina Salerno Servilha 38.192-4 (Efetiva)

Pedagogia - 6 anos 1 ano 13h00/18h00

Cynthia Sandra Selma Helena de Paula Motta

25.687-6 (Efetiva)

Pedagogia Educação Inclusiva 18 anos 16 anos 07h00/12h00

Daniela Duarte Redrado 36.382-3 (Efetiva)

Pedagogia 7 anos 1 ano 13h00/18h00

Edivânia Maria Silva Sousa 38.154-2 (Efetiva)

Pedagogia 6 anos 1 ano 13h00/18h00

Ester Martins Teles de Jesus

37.996-1

Pedagogia

6 anos 1 ano

13h00/18h00

Luciana Campos Bechelli 23.695-1 (Efetiva)

Pedagogia Psicopedagogia

Institucional 22 anos 5 anos 07h00/12h00

Lesliene de Morais Santos Gomes

17.892-9 (Efetiva)

Pedagogia 16 anos 1 ano 07h00/12h00

Norma Vasconcelos Polesi 28.076-4 (Efetivo)

Pedagogia Psicopedagogia 16 anos 1 ano 07h00/12h00

Rafaela Cristina Lopes Paiva

31.622-4 (Efetiva)

Direito 15 anos 1 ano 13h00/18h00

Regiane Mantovanini 30.559-2 (Efetiva)

Pedagogia Educação e Curriculo 18 anos 4 anos 13h00/18h00

7

Simone Rodrigues Silva

35812-1 (Efetiva)

Pedagogia

8 anos

1 ano

07h00/12h00

Valquíria Innocencio Blanco

34.032-4 (Efetiva)

Pedagogia Educação Infantil 8 anos 8 anos 07h00/12h00

Zilda Nogueira Mortari 60.716-8 (Substituta)

Pedagogia _ 11 anos 3 anos 13h00/18h00

AUXILIARES EM EDUCAÇÃO (APOIO Á INCLUSÃO)

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Anderson Flávio de Paula 42.284-3 (Efetivo)

Literatura 2 anos 3 meses 08h00/17h00

ESTAGIÁRIAS

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Aracele Cristina Leite 79.516-5 Pedagogia (cursando)

- 10 meses 3 meses 7h30/13h30

Elisabete Leandro da Silva Rodrigues

79.934-7 Pedagogia (cursando)

- 3 meses 3 meses 13h00/18h00

Joyce Kaiser 79.758-1 Pedagogia (cursando)

- 10 meses 3 meses 7h30/13h30

Regina Araujo Branco Freire

79.673-9 Pedagogia (cursando)

- 8 meses 8 meses 13h00/18h00

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EQUIPE DE APOIO

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Elisabete Gonçalves S.de Souza

19754-7 (CLT) Ensino Médio - 14 anos 10 anos 7h00 /16h00

Elvira Maria Pelegrini 19.833-1

(CLT) Fundamental II _ 14 anos 5 anos 7h00 /16h00

José Luiz Nascimento Barbosa

18916-4 (CLT) Ensino Médio - 14 anos 6 anos 9h00/18h00

Lucineia de Oliveira 19434-5 (CLT) Ensino Médio _ 14 anos 9 anos 7h00/16h00

Marlene Caleffi Alves 19.688-4 (CLT) Ensino Médio - 14 anos 4 anos 9h00/18h00

Nanci Pepino Mardirosse 19.701-8 (CLT) Pedagogia

(incompleto) 14 anos 5 anos 9h00/18h00

SECRETARIA

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na

escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Alencar Alves de Faria 41.723-0 Direito - 3 anos 2 meses 8h00/17h00

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TRIO GESTOR

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Leonilda Aparecida Cabrera Pagoto

9.750-3 Coordenadora

Letras Pedagogia

Resolução de Conflitos 30 anos 6 anos 7h00/16h00

Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira

23.680-4 Diretora

Letras Pedagogia

Gestão Escolar 23 anos 6 anos 9h00/18h00

Rosecler C. Fernandes 22.848-9

Vice- diretora Pedagogia - 25 anos 6 anos 8h00/17h00

COZINHA

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Eliana dos Santos Ferreira Cozinheira Ensino Médio 1 ano 7h00/16h48

Regiane Lucia da Cruz Cozinheira Fundamental II - 3 anos 7h00 /16h48

SEGURANÇA

Nome

Situação funcional

Escolaridade

Tempo na PMSBC

Tempo na escola

Horário de trabalho Graduação Pós-Graduação

Ezequiel Izidoro SKILL Ensino Médio - 8 anos 8 anos 6h30 / 18h30

(12x12) Sônia Aparecida Gonçalves S. Mesquita

SKILL Fundamental II - 8 anos 8 anos 6h30 / 18h30

(12x12)

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3. Quadro de Organização das Modalidades

Período Agrupamento

Turma Professora Total de alunos

por turma

Total de alunos por período

Manhã

Infantil III A Ana Carolina 23

188

Infantil III B Cynthia 25

Infantil IV A Valquiria 27

Infantil IV B Norma 27

Infantil IV C Simone 27

Infantil V A Andrea 32

Infantil V B Luciana 27

Tarde

Infantil III C Rafaela 28

201

Infantil III D Edivania 28

Infantil IV D Carolina 27

Infantil IV E Carla 32

Infantil V C Regiane 32

Infantil V D Daniela 27

Infantil V E Ester 27

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II. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE E PELA COMUNIDADE ESCOLAR NO ANO DE 2017

O envolvimento das famílias no processo avaliativo é uma busca constante. Por isso, nos últimos anos temos experimentado diferentes

formados e instrumentos de avaliação a fim de contemplar maior participação. Já experimentamos propostas de reuniões com representantes

de todos os segmentos da escola, incluindo-se as famílias, no período regular de aula e também em dia de reunião pedagógica. No entanto,

não alcançamos a participação de um número expressivo de famílias. Em 2014, realizou-se também uma avaliação mais específica,

produzida pelas professoras acerca do trabalho pedagógico a fim de verificarem o percurso de trabalho que se traçou em cada faixa etária –

quais foram as necessidades de aprendizagem e quais os aspectos do currículo que foram priorizados em cada área. A reflexão sobre essa

avaliação, os estudos nos espaços formativos e a observação das professoras e da equipe de gestão começaram a apontar para um

descompasso entre o currículo organizado por áreas de conhecimento descrito no PPP e as práticas pedagógicas. Observou-se que o

trabalho realizado com as crianças é muito mais integrador, explorando projetos, temas e contextos que envolvem diferentes linguagens.

Outro observável é que a grande relevância que damos no trabalho cotidiano aos aspectos do cuidado e do autocuidado, à construção da

identidade e da autonomia, ao conhecimento de si e do mundo através das brincadeiras e das interações, especificidades da educação de

crianças pequenas não eram expressas no plano com o detalhamento e a intencionalidade necessários. Considerando-se estes aspectos e a

necessidade de conhecer melhor os desafios e as possibilidades de desenvolvimento de cada faixa etária, a fim de que haja a ampliação do

repertório das crianças e de que se proponham novos desafios, tornou-se concreta a necessidade de revisão do currículo. Com isso, desde

2015 estamos trabalhando na reformulação do plano pedagógico com uma nova organização: por Campos de Experiências.

Em relação à avaliação da comunidade, considerando-se a necessidade obter a avaliação de mais famílias e também o fato de que a

comunidade escolar demonstra muita facilidade com os instrumentos escritos, a partir de 2015 optamos por entregar um formulário de

questões acerca do trabalho do ano junto com o relatório de aprendizagem do 2º semestre. Estes instrumentos são enviados às famílias

alguns dias antes da reunião com pais de forma que, na reunião, seja possível conversar sobre as duas avaliações: a avaliação individual de

cada criança e a avaliação do trabalho da escola. Somando-se à avaliação feita pelas famílias, promovemos também a avaliação da equipe

escolar e dos órgãos colegiados compondo uma avaliação mais completa na qual se torna possível ouvir diferentes vozes, e a partir dessa

escuta traçar os planos para o ano seguinte.

Os pontos de observação que compõe a avaliação se baseiam nos princípios da inclusão, da justiça e da igualdade a partir dos quais

se dão as diretrizes apontadas pela Secretaria de Educação:

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Garantia do Acesso, da Permanência e do Sucesso Escolar;

Gestão Democrática;

Qualidade Social da Educação e Práticas Pedagógicas

1. Acesso, permanência e sucesso escolar 1.1. Organização da rotina a partir das necessidades das crianças

A leitura das necessidades das crianças tem sido feita mediante a observação de sua atuação no cotidiano e da escuta às suas falas.

Considera-se também o que as famílias nos trazem nas entrevistas, nas conversas do cotidiano, nas reuniões com a professora. Outro meio

de escuta é o Conselho Mirim.

Todos esses elementos são interpretados pela equipe escolar buscando qualificar suas propostas e atender ao que lhe parece ser do

desejo e da necessidade das crianças, à luz dos estudos contemporâneos sobre a infância e dos documentos oficiais que orientam a

Educação Infantil. Considerando-se o protagonismo infantil como um princípio fundamental do planejamento, temos como:

DESAFIO: ampliar a nossa escuta às crianças perguntando-lhes sobre o que pensam das avaliações que fazemos,

incentivando-as a manifestarem suas próprias avaliações e buscando construir propostas junto com elas e não apenas para elas.

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CONSOLIDAR E MANTER:

Brincar livre e ao ar livre com os elementos da natureza - A ocupação do bosque

como um espaço de brincadeira e descoberta está se dando cada vez mais intensamente a

partir dos nossos estudos sobre o brincar e das observações sobre como as crianças

brincam: brincar na casinha com panelas “de verdade”, brincar no chão fazendo

comidinha de terra, folhas e água, na corda amarrada a árvore para se pendurar , com as

caçambas para encher de terra, com os gravetos para riscar no chão. Essas experiência

se desdobraram em novos conhecimentos nas diferentes turmas que realizam pesquisas e

estudos a partir da observação das árvores frutíferas ou dos pequenos animais que

encontram ou que utilizam os elementos da natureza para a composição de trabalhos artísticos com

folhas, terra e gravetos.

Brincar e conviver com crianças de idades diferentes: a realização das atividades

Intersalas quinzenalmente possibilita que as crianças conheçam outros espaços e pessoas da

escola, além de sua professora e turma, trocando experiências e construindo sua segurança nos

deslocamentos e na atuação em outros grupos.

Criar brincadeiras com elementos não-estruturados: criar brincadeiras com sucatas,

cilindros de papelão, barricas, pneus, carretéis, panelas e utensílios de alumínio permite às crianças

serem criativas, envolver-se ainda mais com seus brinquedos e com seus parceiros de brincadeira,

além de colaborar para uma ação sustentável no que se refere à reutilização de materiais. Incentivar

que as crianças falem sobre as brincadeiras que criam a partir desses elementos e planejar com elas que objetos elas gostariam de

incorporar às suas brincadeiras é uma ampliação da participação delas na construção de suas rotinas que constitui um desafio.

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Conhecer pessoas e lugares da comunidade: conhecer o entorno da escola por meio de passeios a pé e estabelecer trocas com

parceiros da comunidade, (Grupo de Escoteiros Guainazes, a EMEB Profª Nadia Issa Pina, o espaço Troca Livros, a Praça do Professor, a

feira livre do bairro, a Secretaria de Educação, etc), e também visitar os espaços de cultura do município por meio dos passeios de estudo do

meio (Bibliotecas Municipais, Pinacoteca, Chácara Silvestre, etc.).

Conhecer e vivenciar o uso social de uma biblioteca na escola: o envolvimento das turmas no empréstimo quinzenal de livros e

suas experiências cotidianas na biblioteca da escola permitem às crianças se apropriarem da organização e do cuidado com o acervo,

desenvolver a postura adequada ao ambiente de uma biblioteca, além de desenvolver o objetivo principal que é o gosto pela literatura.

Observamos que a presença de um mediador na biblioteca a partir de 2017 - profª Vivian - é um apoio indispensável ao trabalho da

professora e ao acolhimento das crianças. O acervo está mais organizado, mais preservado e o ambiente, muito mais agradável.

Desenvolver a participação através do Conselho Mirim: eleger os membros representantes é a ação inicial que envolve todas as

turmas. Em seguida, os representantes eleitos fazem o exercício de ouvir seus colegas de turma e levar suas ideias para a reunião do

Conselho Mirim, bem como comunicar à turma os combinados e decisões realizados nas reuniões, com o apoio e a mediação das

professoras. Temos como desafio organizar um calendário de reuniões mais sistemático (mensal) e construir um modelo de reunião com mais

participação das crianças na escolha dos assuntos e nas decisões.

1.2. Acolhimento às famílias e às crianças no período inicial e ao longo do ano

Ser uma escola acolhedora é um dos princípios sobre o qual todas as nossas ações procuram se pautar. A equipe escolar se compromete

com esse princípio, desde o atendimento na secretaria a partir da inscrição na procura da vaga ou do pedido de informações e

documentações, a recepção do guarda ou dos funcionários no portão, o atendimento telefônico, a chegada de um novo funcionário à escola,

enfim, todas as situações do convívio entre adultos e crianças. A principal delas é acolher as crianças em todos os seus momentos, não

apenas no de ingresso à escola no início do ano, mas na chegada à escola todos os dias, em suas necessidades de cuidado e proteção, no

apoio à mediação quando se envolvem em conflitos com os colegas, quando está doente ou se envolve em algum acidente durante as

brincadeiras, quando procura algum adulto para comunicar suas ideias e necessidades são algumas das situações nas quais o acolhimento é

fundamental. Esse clima escolar de cordialidade e empatia é sempre bastante ressaltado pela comunidade escolar, tanto por parte das

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famílias quanto por parte dos funcionários nas avaliações anuais. Podemos perceber que as crianças também se sentem acolhidas, pois se

dirigem a qualquer adulto da escola para comunicar suas necessidades, mostrando-se confiantes no espaço escolar.

DESAFIO:

Criar uma organização no período de adaptação que permitisse às professoras e funcionários serem ainda mais

atenciosos com as crianças e às famílias, dividindo as turmas em dois grupos e escalonando horários, além de mobilizar

as famílias para a participação no primeiro dia de aula junto com as crianças.

Melhorar a pontualidade das famílias em relação aos horários da escola, pois os atrasos interferem na rotina das crianças

e no seu acolhimento na turma;

Encorajar as crianças e suas famílias para que se sintam confiantes no momento da entrada na escola, sendo capazes de

se deslocar do portão até a sala de aula com independência, sem a companhia dos pais, aceitando os adultos da escola

como referência.

CONSOLIDAR E MANTER

Atender e acolher as crianças em todas as suas necessidades - de afeto, de cuidado, de comunicação e de aprendizagem -

através de uma postura observadora, disponível e atenta de todos os adultos da escola, valorizando-se a presença dos funcionários

de apoio nos pátios externos e internos e no plantão próximo aos banheiros e das cozinheiras no refeitório como parceiros nas

ações educativas com as crianças;

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Realizar o período de adaptação em pequenos grupos e realizar entrevista individual com todas as famílias;

Proporcionar atendimento acolhedor das famílias pela equipe escolar: garantir uma comunicação próxima e eficiente no

atendimento diário, seja pessoalmente ou por telefone, e também a clareza dos bilhetes e informativos e seu envio com

antecedência;

Manter a escola limpa, organizada e bem conservada: o bom acolhimento das crianças passa também pelas condições do

ambiente. A pintura realizada em 2017 e a reorganização do mobiliário e dos quadros murais tornou a escola mais agradável e

ajustada às necessidades das crianças.

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2. Gestão Democrática

A gestão democrática envolve todos os níveis de gestão. Cada grupo e cada serviço necessita ser gerido considerando-se a

participação de todos os envolvidos para que seja uma gestão democrática. Deste modo, não é apenas o trio gestor da escola que faz

gestão. Cada segmento faz a gestão no âmbito do seu grupo (as professoras fazem a gestão das turmas, os órgão colegiados fazem a

gestão de seu plano, os funcionários fazem a gestão de seus serviços) e todos os segmentos participam da gestão da escola, na

perspectiva da gestão democrática. À luz deste princípio, temos como:

DESAFIO: ampliar o conceito de participação em todos os segmentos de forma a compreender que participar não é apenas

estar presente ou ajudar na realização das ações. Participar é tomar parte das escolhas, das decisões e também das

responsabilidades, implicando assim em comprometer-se.

2.1. Propostas para promover a participação dos membros do Conselho e da APM

DESAFIO: participar na construção e sistematização do documento PPP

CONSOLIDAR E MANTER:

Promover a participação dos membros do Conselho e da APM na construção do PPP: o engajamento dos pais nos órgão colegiados

tem ajudado a trazer grandes conquistas para a melhoria do espaço escolar, fazendo uma gestão de recursos eficiente em parceria com a

escola e também tomando parte do diálogo coma a Secretaria de Educação em negociações que reafirmam as necessidades da escola.

Nos últimos três anos, estamos mantendo a escola conservada realizando serviços de reparo, além de adquirir os materiais necessários

para a realização do trabalho pedagógico. Conseguimos também melhorar a estrutura da escola. Algumas das principais conquistas:

18

- reforma do parque: substituição dos pedriscos por piso emborrachado, manutenção constante dos brinquedos e instalação de uma

cadeira de balanço adaptado;

- reforma da casinha de brinquedos do bosque;

- reposição de areia nova no tanque;

- cobertura de policarbonato entre as salas 2, 3 e 4;

- pintura de todas as salas pela parte interna;

- colocação de portão automático no estacionamento;

- compra de cadeiras para reposição de duas salas e do refeitório;

- compra de estantes de ferro, manutenção de todos os armários, colocação de tatames de E.V.A, instalação de murais e varais em todas

a salas de aula.

Além do apoio à gestão financeira, decidindo pelos melhores orçamentos e fornecedores, os membros participam do planejamento e na

realização dos eventos ligados ao calendário escolar e aos projetos coletivos da escola. Há um bom entrosamento nas reuniões, nas festas e

eventos que são promovidos e nos passeios de estudo do meio, nos quais os membros fazem o acompanhamento das turmas.

Todas essas ações são parte do PPP da escola que está em permanente reconstrução (análise das avaliações, planos de ação, rotina

das crianças, calendário escolar, projetos coletivos). Outras discussões inerentes ao PPP da escola se realizaram nos encontros mensais, ora

trazidas pelos membros, ora propostas pela gestão da escola, tais como: qualidade da alimentação escolar, adaptação do cardápio para

crianças com restrições, segurança no embarque e desembarque dos transportes escolares, escolha e aquisição de livros para reposição do

acervo da escola, a avaliação dos passeios de estudo do meio, entre outras.

Deste modo o PPP é discutido com os órgãos colegiados, o ano todo, através dos diferentes recortes. Porém, um plano de estudo do PPP

no que se refere à sistematização do documento, ainda permanece como um desafio.

19

2.2. Propostas de parcerias com outros programas, pessoas da comunidade e espaços do território

DESAFIO: construir um formato para o projeto “Conversas entre Famílias”, com a participação da comunidade,

tornando esse projeto mais significativo para todos e com maior adesão e frequência nos encontros.

CONSOLIDAR E MANTER

Projeto “Conversas entre Famílias”: a partir da escuta das famílias nos espaços de entrevista e no cotidiano, acerca de questões

que os inquieta na educação de seus filhos, criou-se um projeto de encontros entre famílias e profissionais da Educação com o intuito

de que a troca e o debate com um parceiro mais experiente pudesse contribuir na construção de saberes. Os encontros ocorreram

mensalmente no ano passado, com um tema a cada mês, em reuniões de cerca de duas horas nos horários da manhã e tarde. A

avaliação das pessoas que participaram foi positiva, porém o número de participantes foi muito pequeno. Com isso, objetiva-se manter

o projeto por mais um ano e reavaliar, porém com outro formato. Este formato será construído a partir de uma pesquisa junto às

famílias para conhecer melhor seus interesses, necessidades e possibilidades.

Estabelecer parcerias com as famílias no envolvimento com os projetos da escola: lançar um olhar sobre o território, buscando

possibilidades de interlocução com outras pessoas da comunidade (apresentações culturais, contribuições com as pesquisas das

crianças no envio de materiais ou com visita à escola compartilhando saberes tais como tocar um instrumento, falar de sua profissão,

participar de uma atividade, ajudar a resolver um problema, participar de alguma melhoria no espaço escolar etc.).

Manter a coleta seletiva de lixo e de óleo através do envolvimento das crianças, dos funcionários e das famílias;

20

Incentivar que as crianças se alimentem melhor e de forma mais saudável, dando atenção para que haja aceitação do

cardápio regular na hora do lanche e também do cardápio complementar: servir o complemento ao lanche em horário

diferenciado de acordo com a necessidade de cada turma, expor diariamente o cardápio e ler com as crianças, apresentar todos os

itens, principalmente as frutas, favorecendo as experiências sensoriais de tocar, cheirar e provar a fim de despertar o gosto e o

interesse pela alimentação.

Conhecer outros espaços educativos e culturais do território: ampliar as possibilidades de receber visitas na escola ou de

conhecer outros espaços. Algumas possibilidades: teatro da GCM, profissionais da UBS, grupo da terceira idade, parceria com a

biblioteca Monteiro Lobato, Chácara Silvestre, Espaço troca livros, Integrarte, Campo de Futebol da Associação, Grupo de Escoteiros

Guaianases.

2.3. Participação e corresponsabilidade de todos (funcionários, crianças, famílias) na implementação do PPP garantindo o

acesso às informações e a participação nos planejamentos e tomadas de decisão.

DESAFIO: garantir o acesso à informação e os planejamentos e tomadas de decisão coletiva tendo por base o PPP da escola, com

os princípios e concepções expressos no documento, considerando-se que professores e funcionários se reúnem apenas nas

reuniões pedagógicas. As articulações no cotidiano da escola são promovidas em grande parte pela equipe de gestão, nas

reuniões por segmento, porém a própria equipe aponta como necessidade uma maior autonomia na comunicação entre professoras

e equipe de apoio estabelecendo diálogos e combinados de forma mais direta, como, por exemplo, no que se refere ao cuidado e

manutenção dos espaços.

21

CONSOLIDAR EM MANTER

Envolver a equipe de apoio na proposta pedagógica: a atuação dos funcionários nas ações de cuidado com as crianças e na

proposta pedagógica da escola, através das vivências cotidianas e da participação nos projetos coletivos é bastante observada e

validade pelas famílias e pela equipe de professoras, que consideram ser este um diferencial positivo da escola;

Conseguir a participação efetiva de professoras e funcionários nos órgãos colegiados e o exercício da representação: a

participação dos representantes nas reuniões mensais é um desafio, pois depende de organizar seus serviços de uma maneira que

tenham o tempo livre da reunião. No caso das professoras, essa participação depende de ter a professora substituta disponível. Outro

desafio é a representação, trocando com seus pares ideias a serem tratadas nos órgãos colegiados.

Considerar a participação de todos nas reuniões pedagógicas: todos os funcionários frequentam a reunião pedagógica e

exercitam sua participação, expondo suas experiências e opiniões e ajudando a construir os planejamentos. É um objetivo constante

que sua participação seja mantida e ampliada. A participação de representantes dos pais nas reuniões pedagógicas ainda é um

desafio.

Envolver toda a equipe na organização e manutenção dos espaços coletivos: ter um ambiente agradável e acolhedor passa pela

organização e limpeza dos espaços e materiais. Em 2017, avançamos bastante a organização da brinquedoteca, do ateliê e da

biblioteca. Em 2018, as salas de aula serão nossa prioridade em investimento e acompanhamento para que se mantenham em boas

condições de organização e limpeza. É um desafio constante a cooperação entre todos para que os espaços coletivos sejam bons

ambientes para adultos e crianças.

22

3. Qualidade Social da Educação e Práticas Pedagógicas

3.1. Práticas pedagógicas contextualizadas e comprometidas com a sustentabilidade e a qualidade de vida

DESAFIO: consolidar nossos estudos na organização do currículo em Campos de Experiências de modo a realizar práticas

integradoras e contextualizadas, considerando-se nos projetos os princípios da sustentabilidade e da qualidade de vida.

CONSOLIDAR E MANTER

Incentivar nos adultos e nas crianças atitudes e formação de hábitos que contribuam para a sustentabilidade e para a

qualidade de vida: separar o lixo reciclável do orgânico no uso cotidiano com as crianças; apagar a luz ao sair da sala, utilizar

pouca água para fazer a higiene; usar racionalmente os materiais diminuindo o gasto desnecessário de papéis e impressão;

reaproveitar materiais, como as caixas de papelão para guardar materiais, para realizar brincadeiras e para utilizar como suporte de

pintura nas experiências em Arte; alimentar-se de forma saudável tendo boa aceitação do cardápio, principalmente das frutas;

participar da coleta seletiva de óleo de cozinha junto com as famílias; brincar ao ar livre em espaços verdes; brincar com sucatas

reaproveitando materiais; apreciar a horta, as plantas, os pequenos animais (insetos e pássaros) e as árvores da escola

participando de pequenos cultivos de verduras e ervas.

23

3.2. Práticas Pedagógicas Inclusivas

DESAFIO: realizar a inclusão de forma plena, com recursos materiais e humanos capazes de incluir em todos os momentos da

rotina escolar considerando a pluralidade de necessidades especiais.

CONSOLIDAR E MANTER:

Promover uma sistemática de estudos de caso e planejamento de intervenções pela professora e pelo auxiliar em parceria com a

coordenadora, com a EOT e com a professora do AEE;

Realizar reuniões com famílias buscando parceria e apoio ao trabalho com a criança N.E.E;

Providenciar e/ou construir recursos necessários para a acessibilidade, em parceria com a professora do A.E.E., como, por exemplo,

a rotina com imagens e o caderno de comunicação;

Buscar garantir o apoio de estagiárias e auxiliares no atendimento às necessidade especiais dos alunos através da organização e do

rodízio dos apoios, em caso de faltas;

Promover a de interlocução com profissionais que atendem a criança nas terapias de apoio.

24

3.3. Práticas pedagógicas que garantam aprendizagens significativas e participação ativa das crianças

DESAFIO: promover experiências comprometidas com a ampliação cultural e ao protagonismo da criança considerando também a

integração das mídias e tecnologias, as práticas de leitura e pesquisa e às múltiplas linguagens; fortalecer a intencionalidade

educativa em todos os planejamentos e as práticas que considerem a cultura da infância e suas necessidades.

A concepção de educação que busca atender as necessidades individuais das crianças, observando-as e dando-lhes escuta não é

compatível com o número de crianças por turma e apenas um adulto. A equipe escolar e as famílias indicam a necessidade de

haver auxiliar em todas as turmas, mas principalmente nas turmas de infantil III que ainda não tem autonomia para o autocuidado.

Deste modo, atender as necessidades de cuidado e bem estar de todas as crianças é um desafio para o qual temos contado com o

apoio da equipe de limpeza no auxílio às crianças no uso do banheiro, nas trocas e a observação nos deslocamentos das crianças.

No entanto, este tipo de apoio apresenta falhas por não ser constante (quando os funcionários estão ocupados com suas tarefas).

Deste modo, as professoras precisam construir, no seu planejamento, as estratégias que lhe possibilitem aproximar-se das

crianças, dar escuta às suas falas e conhecer suas necessidades e possiblidades individuais, apesar da dificuldade estrutural.

CONSOLIDAR E MANTER:

Proporcionar o uso das mídias com as crianças através do computador, projetor multimídia, da câmera fotográfica e a TV a fim de

conhecer as ferramentas e construir seus conhecimentos ampliando as possibilidades de pesquisa;

Proporcionar a ocupação do bosque com intervenções e materiais atrativos e que possibilitem a criação e o compartilhamento de

brincadeiras em um ambiente natural;

25

Manter e aprimorar a oferta de dois eventos de ampliação cultural à comunidade nos sábados letivos, que são a “Ciranda Literária” e o

“Uni Duni Tê” com o desafio de que as apresentações das contações de histórias da Ciranda Literária envolvam a participação mais

efetiva das crianças;

Manter e aprimorar os avanços alcançados no estudo e planejamento em torno das práticas pedagógicas que consideram a criança e

a cultura da infância, suas características próprias de desenvolvimento e suas necessidade de ser ouvida, brincar e se expressar nas

diversas linguagens.

Compartilhar os relatórios semestrais de aprendizagens com as famílias é uma ação muito validada. As famílias apontam que a escrita

dos relatórios individuais comunicam com clareza o percurso de aprendizagem da criança e.o fato de serem enviados para casa antes

da reunião com pais contribui muito para que leiam com atenção, compreendam melhor e venham mais condições de participação na

reunião com pais.

26

III. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA

1. Concepções Pedagógicas

1.1. Ser humano e Sociedade “O compromisso, próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade, de cujas ‘águas’ os homens verdadeiramente comprometidos ficam ‘molhados’, ensopados. (...) A neutralidade frente ao mundo, frente ao histórico, frente aos valores, reflete apenas o medo que se tem de revelar o compromisso. Este medo quase sempre resulta de um ‘compromisso’ contra os homens, contra sua humanização, por parte dos que se dizem neutros.”

(FREIRE, 1983, p. 19)

A equipe escolar busca refletir, em diversos momentos, sobre os eixos que permeiam o Projeto Político Pedagógico de nossa escola.

Assim, sempre revisitamos algumas concepções: o homem e a sociedade pós-moderna, para quê e para quem importa o papel da escola

nesse atual contexto histórico-social; a infância; o brincar na educação infantil; a formação continuada; a importância da mediação nas

interações sociais; aspectos esses presentes no ambiente escolar. Concebemos que a função da escola é assegurar a qualidade das

interações sociais, tendo como ponto de partida o “brincar”, atividade essa tão característica nesta fase de desenvolvimento – a infância. Não

queremos ser neutros, ao contrário, queremos-nos “ensopar”. Acreditamos que o fazer pedagógico se constitui por ações, conhecimentos e

valores. Este fazer pedagógico se dá em um processo intencional e sistematizado, com finalidades educativas e formativas, que possibilitam

a simultânea singularidade, socialização e humanização dos sujeitos, envolvendo a complexidade das interações nos diversos contextos do

ambiente escolar.

A sociedade pós-moderna apresenta muitas situações de conflitos, muito se tem a criticar, seja pela falta de segurança, pela violência,

pela falta de maiores informações, pelas injustiças e discriminações, pela falta de valores e pela diferença dos princípios éticos adotados

pelos indivíduos. Assim, enquanto a sociedade dita suas regras, a mídia cria estereótipos e ideias que nem sempre condizem com a situação

atual das pessoas e que não contribuem para a diminuição das desigualdades sociais. O homem contemporâneo necessita buscar as

informações, saber selecioná-las, analisar as possibilidades que elas oferecem para solucionar situações problemáticas e adotar uma postura

criativa, com maturidade emocional para se posicionar frente a qualquer escolha que venha a fazer.

A educação é indubitavelmente um dos maiores trunfos, se não o maior, que uma sociedade tem ao seu dispor na construção

desafiante de um caminho para o desenvolvimento humano.

“Se a educação sozinha não pode tranformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. (Paulo Freire).

27

1.2. Nossos sonhos

Queremos desenvolver uma Escola para a Infância que realmente considere as crianças como sujeitos de direitos: as crianças têm

direito à brincadeira; à atenção individual; a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante; ao contato com a natureza; à higiene e à

saúde; a uma alimentação sadia; a desenvolver sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão; ao movimento em espaços

amplos; à proteção, ao afeto e a amizade; a expressar seus sentimentos; a uma especial atenção durante seu período de adaptação; a

desenvolver suas identidades. Temos refletido sobre a urgência de se construir esta escola para a infância, tendo como princípio que as

crianças têm direito de vivenciar a sua infância e não deixá-la passar rapidamente sem as cantigas de roda, sem os jogos e brincadeiras,

sem as histórias de fadas, príncipes e bruxas. Reforçamos nossa concepção de criança como cidadã, como pessoa em processo de

desenvolvimento, como sujeito ativo da construção do seu conhecimento, como sujeito social e histórico marcado pelo meio em que se

desenvolve e que também o marca.

Queremos uma sociedade igualitária, com oportunidades e condições ideais para todos como: saúde, educação, lazer, moradia,

alimentação, segurança, cultura e com respeito à diversidade. Uma sociedade que valorize e respeite a justiça, a tolerância a ética e que

tenha uma consciência planetária para se tornar mais harmônica e mais feliz;onde prevaleça o ser no lugar do ter e na qual todos possam

exercer seus direitos e deveres conscientes de seu papel dentro de uma sociedade sem preconceitos.

Sonhamos com um indivíduo que interaja com os outros de maneira comprometida com seus direitos e deveres, respeitando a

diversidade; que seja feliz e realizado, buscando agir com ética para seu bem-estar e dos demais: que tenha liberdade de escolha e saiba

conviver com as escolhas dos demais. Seres humanos com valores comuns: amor, solidariedade e respeito; ser justo, fraterno, culto,

valorizado, responsável, reconhecido e valorizado profissionalmente.

Queremos uma escola como espaço de construção e trocas, de vivências e experiências, com ações intencionais do educador e/ou

grupo como um todo, respeitando as diferenças; voltada para promover e reconhecer as competências, as inteligências e os talentos. Uma

escola alegre, viva, com ensino de qualidade e com movimento, na qual a ética norteie as ações e escolhas de todos os envolvidos; que

possua espaço com direitos e deveres compartilhados, com boas condições estruturais, materiais adequados e de qualidade para alunos,

funcionários e professores; com pessoas dedicadas e qualificadas, atenciosas com os alunos. Espaço cultural de descobertas e estímulos às

28

mudanças e aprendizados. Uma escola onde se desenvolva o conhecimento, estimulando as potencialidades dos alunos e que se construa

em parceria com a família e sociedade, onde todos possam trabalhar juntos para a conquista de um objetivo comum.

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade, conforme assinala a

LDB. Em cumprimento a este artigo, a rede municipal de ensino de São Bernardo do Campo, em sua Proposta Curricular, adotou por

princípios a Qualidade da Educação, o Atendimento à Diversidade, a Gestão Democrática, a Autonomia e a Valorização Profissional.

Princípios estes que norteiam o trabalho realizado nas unidades escolares do município. A concepção que rege o trabalho desenvolvido na

escola é a sócio interacionista. Esta concepção está baseada nas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon.

A proposta pedagógica é norteada pelas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (MEC, 2010) , na qual se valorizam os

princípios éticos: no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade

e do respeito ao bem comum; os princípios políticos: no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo dos direitos e

deveres da cidadania, da criticidade e do respeito à ordem democrática e os princípios estéticos: no que se refere à formação da criança

para o exercício progressivo da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

Por isso, desejamos um professor de bem com a vida, humano, feliz, idealista, capaz de dar sentido à vida e ao que faz. Um

profissional que viva na linha do SER – objetivo máximo da Educação – que exercite a paciência cronológica e histórica. Tenha ele

compromisso com a vida e os valores como a ética, a sensibilidade, a estética, a cidadania, a solidariedade, a verdade, o respeito e o bom

senso. Norteie-se por três pilares de princípios, previsto na explanação das diretrizes: princípios estéticos, que desenvolvem a estética da

sensibilidade, estimulam a criatividade e o espírito inventivo; princípios políticos, que propõem a política da igualdade, do direito e da

democracia, cuja arte se expressa no aprender a conviver; princípios éticos, que visam a ética da identidade, inserção no tempo e no espaço,

onde aprender a ser é o objeto máximo. Deseja-se um professor que se dirija pelos princípios norteadores da UNESCO para a Educação do

Século XXI: aprender a conhecer, unindo teoria e prática, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

O espaço escolar deve ser cuidadosamente preparado para receber as crianças de forma a estar sempre limpo, seguro, colorido e

bonito aos olhos das crianças e dos adultos que ali convivem, promovendo um ambiente acolhedor, aconchegante, de harmonia e bom clima

para o desenvolvimento das relações. Relações estas em que cada profissional dentro do contexto escolar desenvolve um papel importante

na formação das crianças, desde a recepção calorosa em sua chegada até os momentos específicos de cuidados, orientações e proteção.

29

A criança que usufruirá deste espaço é entendida como um ser único, com uma história própria e inserida em um grupo social no qual

partilha de uma determinada cultura. É competente e capaz de interagir nos meios natural, social e cultural onde vive, e assim, não só

aprender, como produzir modificações no meio em que se encontra, entendendo-se como parte integrante e atuante deste. A escola deve

estar organizada de forma a favorecer a todas as crianças, independente de raça, sexo, deficiência, condição social ou qualquer outra

condição, respeitando as potencialidades e necessidades de cada uma e garantindo o acesso ao conjunto de conhecimentos sistematizados.

Em cada criança vemos um ser com possibilidades, respeitando suas características individuais e buscando caminhos para promover um

ensino significativo, garantindo assim a aprendizagem.

A criança é um ser humano com direitos e deveres, em desenvolvimento e que necessita de cuidados e proteção. Está aberta a novos

conhecimentos, com diferentes vivências e singularidade, curiosa, com sonhos, medos, alegrias, desejos e intensa capacidade de aprender e

de se desenvolver.

As famílias, por sua vez, são parceiras essenciais nesta tarefa de oferecer uma educação de qualidade para nossas crianças, desta

forma, temos como dever promover a participação efetiva destas famílias no cotidiano escolar, respeitando e valorizando seus saberes e

culturas.

Dessa forma, o trabalho desenvolvido nesta unidade escolar é balizado por estes princípios e fundamentado nestas concepções, assim

precisamos garantir:

O brincar no planejamento pedagógico;

Os momentos de planejamento coletivo da equipe;

A continuidade dos planos de formação;

A boa gestão de pessoas, tempo, espaço e recursos;

O alinhamento entre as definições do PPP e as ações pedagógicas cotidianas, de forma a garantir que correspondam aos princípios definidos.

Entendemos que esses sonhos só alcançarão concretude quando sonhados coletivamente.

30

%

A Pé 14,98

Carro Particular36,15

TransporteParticular 48,85

2. Caracterização Local

A escola está inserida no bairro Nova Petrópolis, um bairro residencial, com

oferta de alguns serviços. O bairro está passando por modificações de suas

características. As casas do entorno possuíam grandes terrenos e quintais com jardins,

hoje estão aos poucos sendo substituídas por sobrados menores e condomínios de

apartamentos e também muitas casas estão se tornando pontos comerciais. A

localização da escola é bem próxima ao Centro onde se localiza o comércio mais

tradicional da cidade, concentrado na Rua Marechal Deodoro e na Av. Prestes Maia. A

movimentação deste bairro, que era bastante tranquilo, conta agora com um maior

volume de automóveis nas ruas, embora não haja linhas de transporte coletivo circulando nas ruas próximas. O trânsito ficou mais intenso na

rua da escola, a ponto de necessitar de uma câmera de monitoramento de velocidade em frente ao nosso portão. Este movimento intenso e o

fato de que a maior parte dos nossos alunos acessa a escola por veículos de transporte escolar ou por carros particulares, deixa o trânsito um

tanto conturbado nos momentos de entrada e saída. Os locais onde a parada dos carros é permitida não são suficientes para tantos veículos.

Na frente da escola, as vagas são reservadas para os veículos de transporte escolar e transporte escolar especial. Essa movimentação de

veículos requer uma especial atenção com a segurança de todos. O guarda da escola tem papel importante no apoio e orientação aos

motoristas transportadores escolares e aos pais. Neste bairro aparentemente tranquilo, temos outro problema relativo à segurança: são

frequentes as notícias de furtos e roubos de veículos e de pertences pessoais dos transeuntes no entorno da escola, inclusive envolvendo

familiares e funcionários da escola. Este fato mobilizou ações no plano de trabalho da APM e Conselho de Escola, empenhando-se esforços

no sentido de garantir maior frequência da ronda escolar. A guarda civil municipal poderia contribuir na organização do fluxo de trânsito e sua

presença poderia ampliar a sensação de segurança, porém sua presença nas entradas e saídas da escola é ocasional. Já a equipe de

funcionários de apoio e gestão sempre se mantém presente no pátio de entrada da escola, no intuito de fazer um bom acolhimento das

crianças e suas famílias e também de observar e intervir na movimentação do embarque e desembarque, se necessário.

Além da característica residencial, o bairro também está se tornando um centro de serviços, pois cresce o número de casas comerciais

como bares, restaurantes e lojas de roupas, além de um grande número de salões de beleza, clínicas médicas e odontológicas, buffets para

31

festas infantis. No quarteirão da escola, há equipamentos de serviços públicos agrupados: o Centro de Especialidades Odontológicas

Municipal, a FEBES (Federação das Entidades do Bem Estar Social de São Bernardo do Campo) e a Diretoria Regional Estadual de Ensino.

Neste mesmo quarteirão, localiza-se também o Grupo Escoteiros Guaianazes.

Há duas quadras da escola, situa-se uma casa de acolhimento denominada Andança, pertencente à Fundação Criança de São

Bernardo do Campo, de onde recebemos alguns alunos em situação transitória no abrigo. A Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria

Municipal de Trânsito situam-se neste bairro. Como equipamento de cultura mais próximo, há a Escola Municipal de Arte integrada “Antônio

Bugni” que oferece atividades diversas de expressão corporal e cursos de dança e o espaço “Troca Livros”.

No que se refere ao atendimento em Educação, o bairro concentra muitas escolas estaduais, municipais e particulares. Da rede

particular, duas são de educação especial e algumas de educação infantil, das quais recebemos vários alunos quando as famílias decidem

optar pelo ensino público. Duas outras escolas municipais fazem o atendimento desta faixa etária na região. São as EMEBs Monteiro Lobato

e Vinicius de Moraes que estão localizadas no bairro Centro, muito próximas daqui. Estas duas escolas mantêm relação estreita com a nossa

escola, principalmente no que se refere à distribuição das matrículas nas turmas, pois fazemos o atendimento da mesma demanda. As

escolas de ensino fundamental no bairro para quais os nossos alunos são encaminhados no término da educação infantil são a EMEB Nádia

Issa Pina e a EMEB Padre Angelo Ceroni. A EMEB Nádia Issa Pina é a escola mais próxima e

recebe a maior parte dos nossos alunos. Por conta disso, no mês de novembro, planejamos uma

atividade de “passagem” na qual os nossos alunos das turmas de infantil V fazem uma visita

para conhecer a escola de ensino fundamental onde provavelmente estudarão no próximo ano.

Quem recebe e monitora as nossas turmas são outras crianças, membros do grêmio escolar da

EMEB Nádia.

A EMEB Angelo Ceroni recebe outra parte dos nossos alunos. É também situada no bairro

Nova Petrópolis, na parte mais próxima às vilas periféricas, enquanto que a nossa escola é mais

próxima ao centro. Muitas outras escolas, em diferentes bairros, recebem nossos alunos, pois a comunidade escolar é difusa no que se

refere à localização de origem, conforme revelam as nossas pesquisas para a caracterização da comunidade escolar (ver gráfico

Porcentagem de alunos por bairro).

32

A Associação dos Funcionários Públicos do Município de São Bernardo do Campo mantém um campo de futebol, com uma pista para

caminhada e um parque infantil ao redor. Este espaço é muito frequentado pelos funcionários públicos municipais. Ao lado, há uma

grande praça recentemente reformada, a Praça do Professor. Este espaço se assemelha a um pequeno parque e é bastante frequentada

pelos moradores do bairro. Há equipamentos de ginástica, pista de caminhada e amplos espaços de brincar. O campo e a praça são espaços

de brincar nos quais é possível organizar passeios a pé com nossos alunos.

Os grandes terrenos que deram origem ao bairro deixaram uma pequena herança verde. O parque Chácara Silvestre foi criado a

partir da restauração de um casarão antigo com uma grande área verde. O imóvel, da década de 1930, antiga moradia de veraneio da família

Simonsen, é o primeiro patrimônio cultural público restaurado do município. O parque tem aproximadamente 85 mil m² e oferece aos

visitantes playgrounds, áreas de convívio, pista de caminhada, arena coberta, áreas de alongamento e ginástica, academia para a terceira

idade e pessoas com deficiência, além de ter se tornado um

centro de cultura. É possível perceber também ruas arborizadas

e alguns pequenos jardins nas fachadas das casas. Outras

áreas verdes são a vegetação em torno do campo da

Associação, a Praça dos Professores e bosque que faz parte da

nossa escola. Neste belo espaço, as crianças têm oportunidade

de experiências com a terra, com as árvores frutíferas e com

uma pequena fauna. Por vezes observamos o gavião, a coruja,

outras espécies de pássaros e borboletas sobrevoando ou

pousados no bosque. Essa convivência com a natureza tem feito parte do trabalho das professoras que instigam a

curiosidade e a observação das crianças e aproveitam esses temas para trabalhos mais sistemáticos, como o ciclo de vida das borboletas,

por exemplo, e a degustação de frutas do bosque, como o abacate e a jaca.

33

3. Comunidade Escolar

3.1. Caracterização da Comunidade Atendida

A capacidade de atendimento máxima de atendimento da escola é 416 alunos,

divididos em quatorze turmas, sendo sete em cada período. No entanto, ocorrem

reduções de turma pela inclusão de crianças com necessidades especiais e pela

especificidade da faixa etária de crianças menores, sendo o atendimento efetivo em

2016 de 393 alunos. Destes, aproximadamente 53% moram na região central, nos

bairros Nova Petrópolis, Santa Terezinha e Centro. A outra metade da escola vem de

outros bairros, por vezes muito distantes. Como critério para a escolha da escola, os

pais referem, na sua maioria, a proximidade de suas casas e o fato de outros filhos e parentes terem estudado aqui, ou até mesmo, eles

próprios, o que os faz depositar confiança na escola. Nota-se que o bairro ainda conserva uma característica tradicional, no sentido da

permanência de alguns moradores de longa data que conhecem bem esta escola e a valorizam muito.

Algumas justificativas apresentadas pelos pais para a escolha da escola, além da proximidade:

Indicação de outras pessoas (parentes, amigos, profissionais da educação) pela qualidade;

Localização central, próxima ao trabalho dos pais;

Espaço físico adequado, escola bonita, bem conservada, aconchegante, em um bairro tranquilo;

Possibilita o ingresso de crianças mais novas, de dois e três anos, com oferta vagas de inf. II e III;

Por ter outro filho em escola próxima de ensino fundamental;

Pelo atendimento e carinho de todos os funcionários;

Por ser uma escola inclusiva.

“Pela qualidade do trabalho da escola. Moramos longe e decidimos priorizar a escolha da escola, alterando toda a rotina da

família.”

(depoimento de pais moradores do Parque Seleta, no bairro Montanhão)

0 50 100 150 200

É a mais próxima de casa

Outro filho ou parenteestudou aqui

Outros motivos

34

Em anos anteriores, havia muito mais alunos das

vilas periféricas do que da região central. Isso ocorria

provavelmente pela falta de vagas nas escolas situadas

nestes locais. Nos dois últimos anos, temos observado

que a população atendida voltou a ser, na sua maioria, da

região central. Isso coincide com a criação do CEU

Regina Rocco Casa, no bairro Montanhão, em 2012, que

promoveu uma expansão de vagas bastante significativa

naquela região. Essa retomada da população do próprio

bairro e das imediações traz, como um dos componentes,

a migração de escolas particulares. As famílias justificam

o fato de transferir da escola particular para esta EMEB

pela perda

de poder aquisitivo, mas também pelas indicações de qualidade que receberam de outras pessoas. Essa demanda de público tem exigido

uma atenção especial da equipe, sobretudo da coordenadora pedagógica, para esclarecer as dúvidas e procurar construir uma relação de

confiança com essas famílias, pois muitas vezes se observa um choque de concepções praticadas nas diferentes escolas – a escola de

origem, do sistema particular, e a escola pública.

Como demonstrado em gráfico anterior, 48,85% de nossos alunos vêm à escola utilizando transporte escolar particular. O uso deste

meio não se dá apenas pelo fato de morarem distante da escola. Há crianças que vêm de transporte escolar, apesar de morar há alguns

quarteirões da escola. A contratação deste serviço pode ser uma preferência ou uma facilidade que favorece a organização familiar. O

movimento de tantos veículos escolares (14 vans particulares e 1 van de transporte adaptado para alunos com NEE) demanda grande

preocupação da escola nos momentos de entrada e saída. Cuidamos para que nenhuma criança se distancie dos seus responsáveis,

principalmente em relação aos monitores de transporte escolar, pois estes embarcam muitas crianças. Como não temos contanto diário com

as famílias de todas essas crianças, há uma grande preocupação da equipe em manter canais de comunicação abertos e eficientes,

Porcentagem por bairro

Nova Petrópolis 36,15

Centro 5,86

Santa Terezinha 11,07

Baeta Neves 31,92

Montanhão 11,72

Ferrazópolis 0,97

Outros 2,60

35

conforme descrito no plano de ação para a comunidade escolar. Constantemente avaliamos o alcance que estamos conseguindo com os

meios de que dispomos (agenda, telefone, blog, informativos, reuniões, atendimento da secretaria) no sentido de aprimorar estes

instrumentos. As famílias fazem bastante uso dos nossos canais de comunicação. Procuram a escola, seja por telefone, pessoalmente ou

pela agenda, para fazer sanar suas dúvidas e manifestar-se a respeito do trabalho desenvolvido com seus filhos. O blog ainda é pouco

acessado. A implantação deste canal midiático através do qual podemos dar mais visibilidade ao trabalho pedagógico ocorreu em 2014,

portanto, ainda é recente. De acordo com as pesquisas e avaliações escritas, pela observação da comunicação pela agenda e pelas

entrevistas que realizamos com as famílias, é possível afirmar que a comunidade atendida é letrada, tem bom nível de escolaridade e se

expressa com bastante clareza. Podemos inferir que o acesso ao blog é bastante possível neste contexto, no qual as pessoas, na maioria,

têm internet disponível. Estamos trabalhando na divulgação desta ferramenta e na atratividade dos artigos e informações divulgados por meio

do blog.

A leitura que a equipe escola faz da comunidade é de receptividade, abertura ao diálogo, credibilidade no trabalho da escola.

Acompanham de perto o trabalho da escola e são bastante exigentes. Na maioria, as famílias mostram-se bastante interessadas em

compreender a proposta pedagógica da escola, atentos à segurança e também observadores em relação às ações de cuidado que a escola

desempenha, como, por exemplo, com a alimentação É comum manifestarem estranhamento à ausência de auxiliar na sala, principalmente

nas turmas de infantil III, mediante o grande número de crianças por turma. Preocupam-se que suas expectativas de cuidado não possam ser

atendidas com apenas uma professora. Temos procurado demonstrar a organização da escola em termos de procedimentos e na presença

dos funcionários de apoio como parceiros das professoras em relação à atenção com as crianças nos momentos de higiene e nas áreas

externas. Nas reuniões com pais, procuramos compartilhar a rotina que é vivenciada pelas crianças na escola esclarecendo-lhes sobre o

princípio da autonomia que buscamos desenvolver de forma que as crianças aprendam o autocuidado, embora não sejam responsáveis por

cuidar-se sozinhas, tendo sempre um adulto como referência auxiliando-as. Outra expectativa manifestada por algumas famílias é de que a

escola possa contribuir para lidarem com dificuldade de organizar a rotina das crianças em casa, como a hora de dormir, a alimentação

seletiva dos filhos e a questão de apontar limites. Consideramos importante a parceria entre a escola e a família nas questões relativas ao

cuidado e ao desenvolvimento das crianças.

36

3.1.2. Caracterização do Acesso Cultural da Comunidade Atendida

Com o objetivo de conhecer ainda mais a comunidade que atendemos e melhor caracterizá-la, temos buscado saber mais hábitos

culturais das famílias, observando o que as crianças contam e compartilham com seus colegas e professoras acerca de suas experiências no

tempo livre – no período contrário à escola, nos finais de semana, feriados e férias. Outro canal que nos permite conhecer melhor as famílias

é a conversa com a professora no início do ano (entrevistas). Além disso, em 2017 elaboramos um instrumento de pesquisa para que cada

família respondesse sobre o que costuma fazer no tempo livre, se frequenta espaços de divulgação de cultura e lazer tais como teatros,

cinemas, museus, exposições, shows e apresentações musicais, bibliotecas, parques e praças e com que frequência. Conhecer essa

caracterização dos hábitos e do acesso cultural poderá nos apoiar nos planejamentos de estudos do meio, nos eventos com as famílias e nas

escolhas que fazemos acerca do currículo.

No levantamento inicial, através das conversas com as famílias que as professoras fizeram e do que as crianças contam nas rodas de

conversa sobre os passeios que realizam nos finais de semana, férias ou no período contrário à escola, podemos afirmar que os locais mais

frequentados são as praças e parques da cidade, as casas dos familiares e os shoppings. Nesses passeios ao shopping, relatam que, além

das compras, frequentam também os cinemas e a praça de alimentação. Portanto, a linguagem de arte visual mais conhecida das crianças é

o cinema. Outros locais de divulgação de cultura e lazer como teatro, biblioteca, zoológico, clubes, SESC, planetário e institutos culturais

foram também citados, porém em menor proporção. Algumas crianças contam sobre viagens, principalmente à praia e à chácara e outras

crianças mencionam que frequentam a igreja nos finais de semana.

37

Gráfico 1

Dados quantitativos com base no que as crianças falam nas rodas de conversa sobre seus passeios (amostra de seis turmas)

locais mais utilizados para os passeios

Parques e Praças 35,3%

Shoppings 20,9%

Casa de familiares 19,3%

Cinema 6,4%

Zoológico 1,9%

Clube 2,2%

38

Gráfico 2

Dados quantitativos das pesquisas realizadas com as famílias sobre seus hábitos culturais

Cerca de 70% das famílias responderam sobre seus hábitos culturais – os locais que passeiam com as crianças e a frequência. Os

passeios aos parques e praças, ao shopping e ao cinema se confirmam como sendo os mais frequentados, como relatado pelas crianças. Em

menor quantidade estão as famílias que se referem a outras experiências culturais como idas ao teatro, a apresentações de ballet, shows e

apresentações musicais, exposições em museus, programações do SESC e de institutos culturais.

A frequência com que passeiam está demonstrada no gráfico 3 (abaixo) no qual se observa que mais da metade das crianças,

considerando-se a soma dos passeios que ocorrem dentro do mês, habitualmente passeiam com suas famílias a locais de divulgação de

cultura e lazer, mas para uma parte bastante expressiva das crianças este acesso ocorre apenas eventualmente. Os motivos pelos quais

estes passeios não ocorrem foram citados por algumas famílias: pouca divulgação da programação cultural infantil na cidade, motivos

financeiros, pais que trabalham aos finais de semana ou, em alguns casos, porque não têm este hábito.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Margem quantitativa

Teatro 5,8%

Cinema 26,4%

Museu e exposições 6%

Parques e praças 45,2

Shows 2,4%

Apresentações Musicais 4,9%

Biblioteca 2,9%

Igreja 6%

39

A frequência a igrejas nos finais de semana foi apontada na pesquisa de forma muito mais relevante nos relatos das crianças, pois apontam

também que nestes locais ocorrem práticas culturais de teatro e música voltados ao aspecto religioso. Outro item que foi muito destacado

pelas famílias são as viagens nas férias e feriados. Citam os passeios às praias, chácaras e sítios de familiares, locais onde as crianças

possam brincar ao ar livre e em contato com a natureza. Os destinos mais apontados são cidades no interior de São Paulo e Minas Gerais,

além do litoral.

Gráfico 3

Frequência dos passeios aos espaços de divulgação cultural e lazer

Frequência dos passeios

1 x ao mês 12,5%

2 x ao mês 16,6%

3 x ao mês 8,7%

Todo final de semana 2,2%

Eventualmente 28,3%

Raramente 10%

Não frequentam 1,6%

40

Através do gráfico, podemos notar que além dos passeios, as famílias referem que no tempo livre, quando estão em casa, as crianças

brincam com alguns brinquedos tradicionais, como carrinhos, bonecas, panelinhas, bicicleta, skate e também realizam algumas brincadeiras

como esconde-esconde, pega-pega, bolinhas de sabão e brincadeiras em playgrounds e tanque de areia. A maioria das crianças tem acesso

aos brinquedos tecnológicos. Brincam com frequência com tablets, celulares e vídeo-games e também assistem a programas infantis na

televisão, filmes e séries e a programações no youtube.

Houve um apontamento de que a distribuição do guia cultural da cidade colaborava para que as famílias participassem dos eventos

culturais, porém como não ocorre mais a distribuição do livreto e a consulta a esta agenda se dá apenas através do site, este menor acesso à

informação comprometeu a participação.

Neste contexto, constatamos que apesar da forte presença dos brinquedos tecnológicos no contexto atual e dos poucos locais

destinados a brincadeiras mais amplas nas metrópoles, as famílias estão conseguindo garantir a brincadeira ao ar livre, frequentando os

parques e praças da cidade com bastante regularidade.

Fortalecemos a crença de que em nossos planos a oferta de experiências relacionadas à imersão na cultura, de apreciação da

literatura, da música, da dança, das artes plásticas e do teatro compreendendo também que é importante frequentar com as crianças os

locais de divulgação de cultura, como as bibliotecas, teatros e museus, de modo que conheçam e aprendam a apreciar, pois para as crianças

que já têm este acesso, haverá a ampliação e o aprofundamento destas vivências com a intencionalidade pedagógica. Já para aquelas em

que as práticas culturais ainda não estão incorporadas aos hábitos da família, a escola oferecerá esta oportunidade que poderá também

influenciar nas escolhas dos passeios que as famílias fazem através do interesse despertado nas crianças.

41

3.2. Plano de Ação Articulado para a Equipe e Comunidade Escolar

O plano de ação para a comunidade escolar é elaborado pela equipe gestora a partir das demandas observadas nas avaliações da

equipe e da comunidade e é desenvolvido ao longo do ano.

Nos últimos anos, temos buscado nos aprofundar na caracterização da comunidade que temos e no reconhecimento de pessoas da

comunidade e de espaços do território que possam contribuir e dialogar com nosso projeto educativo.

Temos conseguido garantir um estreitamento entre a escola e as famílias mantendo-se canais de comunicação eficientes e cuidando-se

das ações de acolhimento por parte de todos os segmentos da escola. É nossa proposta que tenhamos uma “escola acolhedora” - aos

funcionários, às famílias, à comunidade e, principalmente, às crianças. Essa aproximação é percebida pelas famílias que expressam

avaliações positivas sobre o atendimento da escola por meio das avaliações institucionais. Esse clima favorável no ambiente escolar também

se traduz na participação que conseguimos perceber nas reuniões com pais, nos eventos da escola, nos contatos cotidianos e nos órgãos

colegiados (APM e Conselho de Escola).

Os diferentes segmentos de atuação profissional da escola – funcionários de apoio da limpeza e da cozinha, guardas,

oficial de escola, estagiárias de pedagogia, auxiliares de educação, professores e equipe gestora – necessitam estar

articulados na construção do projeto político pedagógico da escola, participando de sua reelaboração e principalmente de

sua implementação no dia-a-dia, conhecendo as características e necessidades da comunidade atendida. O espaço

privilegiado dessas discussões coletivas são as reuniões pedagógicas, com desdobramentos que podem ocor rer em outras

reuniões de discussão por segmentos e na atuação com as famílias nas reuniões com pais, nas festas e eventos e nos

contatos cotidianos.

42

Justificativa: A partir dos estudos realizados com o grupo de professoras sobre a reorganização curricular na perspectiva dos Campos de

Experiência, pretendemos ressaltar com a equipe a sua concepção que fundamenta esse modo de pensar a organização do trabalho na

escola numa perspectiva integradora de experiências e conhecimentos e dando o relevo ao protagonismo infantil. Tal concepção vem sendo

explicitada com os funcionários de apoio para que as ações de cuidado, conservação e organização da escola ocorram na perspectiva de ter

a criança no centro da ação. Assim, ao orientarmos procedimentos do dia-a-dia na higienização e na organização da escola, exercitamos com

eles o olhar do que é mais ajustado para as necessidades das crianças. Um exemplo disso é a forma que construímos para servir a salada de

frutas em situações especiais do cardápio, como a semana da criança. Ao percebermos que algumas crianças desperdiçam toda a salada por

não gostarem de uma determinada fruta, tivemos a ideia de compor a salada de fruta oferecendo escolha: são dispostas várias bandejas,

cada qual com uma fruta, para que a criança indique quais frutas quer na sua salada.

Em 2018, daremos continuidade também às ações que buscam integrar a escola aos espaços e vivências culturais da cidade, do

bairro e da comunidade. Esses encontros que ocorreram intensamente no ano passado trouxeram experiências enriquecedoras – andar na

rua, observar as características do bairro, conhecer pessoas novas, adquirir novos conhecimentos, apreciar expressões artísticas e culturais.

Para que a imersão na vida cotidiana e na cultura local se torne algo consolidado no nosso PPP é preciso que ainda façamos investimentos

formativos e de planejamento, consolidando essa concepção. O mesmo se dá na questão da sustentabilidade e da qualidade de vida: é

preciso continuar investindo para que as práticas de economia de recursos, de reuso e de reciclagem se mantenham como princípios de

trabalho e de vida na escola e para além dela.

Em busca de interlocução com as famílias acerca da educação das crianças, investiremos na reformulação do projeto “conversas entre

famílias” que foi iniciado em 2017. Tal reformulação se dará a partir da escuta das famílias acerca da pertinência, da viabil idade e da

organização dos encontros.

Objetivo Geral

- Promover a participação efetiva e cotidiana das famílias na escola;

43

- Considerar o contexto social que a escola está inserida, buscando a ampliação de experiências culturais e formação cidadã para adultos e

crianças;

- Desenvolver o conceito de escola acolhedora permeando todas as ações da equipe escolar.

Objetivos específicos:

- Discutir com a equipe escolar, à luz do PPP, as concepções e os princípios que fundamentam nossas ações, buscando que o protagonismo

infantil seja considerado em todas as práticas;

- Promover a parceria de pessoas e de outras instituições da comunidade no desenvolvimento dos projetos da escola;

- Estabelecer interlocução com outros espaços do território estabelecendo parcerias que possam compor para a ampliação de experiências

culturais de nossas crianças e da equipe escolar;

- Promover ações de sustentabilidade junto às crianças, equipe escolar e comunidade;

- Considerar as expectativas e necessidades das famílias em relação à educação das crianças no planejamento do trabalho de cada turma e

planejar a reunião com pais considerando esses observáveis.

Ações Propostas:

44

Interlocução com os espaços e pessoas da comunidade

- Descobrir espaços, instituições e pessoas da comunidade que possam compor com a escola para promover experiências educativas e

culturais às crianças e famílias. As entrevistas com as famílias, a caracterização da comunidade no PPP, os diálogos cotidianos e a

investigação intencional da equipe na observação de seu território serão as ferramentas desta descoberta. Queremos com isso promover

experiências diversas na própria escola e também organizar visitas com as crianças no entorno. Algumas ações que já foram planejadas:

- Apresentações culturais na escola em outros eventos e situações do cotidiano;

- Visitas a pé com as crianças em locais do entorno da escola (ao longo do ano): Praça do Professor, Sede do Grupo de Escotismo

Guaianazes, Espaço Troca Livros, Espaço Integrarte, EMEB Profª Nadia Issa Pina, Feira Livre do bairro;

- Conversas entre Famílias: espaço de encontro e de diálogo entre pessoas da comunidade escolar mediados por profissionais ou pessoas

mais experientes que possam fomentar diálogos e trocas sobre a educação e cuidados de crianças pequenas. Esse espaço foi idealizado pela

equipe escolar a partir de sua leitura das necessidades apresentadas pelos pais nas entrevistas, nas conversas cotidianas e nas reuniões

com pais. Será reformulado tendo como base uma pesquisa com todas as famílias a fim de conhecer mais diretamente seus interesses e

possiblidades de participação.

Articulação da equipe escolar e da comunidade em torno dos projetos coletivos da escola

- Promover e implementar ações de sustentabilidade junto à equipe escolar, às crianças e às famílias, visando o não desperdício dos

recursos, o reuso de materiais e a coleta seletiva de lixo e de óleo, a alimentação saudável e a valorização e conservação dos espaços

naturais; Algumas ações definidas:

- Redução do uso de papel e tinta de impressora através da diminuição dos impressos destinados às famílias e do incentivo ao uso do blog

para a busca de informações sobre o cotidiano e para acompanhamento da prática pedagógica;

- Divulgação e fomento da coleta seletiva pela equipe escolar e com as crianças, visando também ao alcance da divulgação e transformação

de hábitos na família: caixa coletora de papéis em todas as salas, ponto de coleta seletiva de lixo e de óleo na escola,

45

- Separação de lixo orgânico e reciclável da cozinha da escola e nos momentos de lanche junto com as crianças.

- Reuso de materiais de descarte (materiais não estruturados) na criação de brincadeiras livres: pneus, carretéis, caixas de papelão e de

madeira, cones, canos plásticos etc.

- Ações de cultivo da horta e experiências de receitas e degustações a partir do que é cultivado;

- Reuso da água de chuva acumulada no captador para a rega da horta;

- Incentivo à alimentação saudável através de projetos de culinária e de ações cotidianas nos momentos de alimentação na escola,

fortalecendo a parceria entre as professoras e as cozinheiras;

- Brincadeiras ao ar livre e integradas aos elementos naturais no bosque.

- Realizar os sábados letivos - a Ciranda Literária, no primeiro semestre e o Uni-duni-tê, no segundo semestre - envolvendo todas as crianças,

a equipe e comunidade escolar no planejamento, na preparação e na realização do evento literário:

- Planejamento e realização envolvendo todos os grupos: Conselho Mirim, órgãos colegiados, funcionários de apoio e professores;

- Considerar o protagonismo das crianças no desenvolvimento dos dois projetos, de forma a envolvê-los nas contações de histórias, nas

apresentações e nas brincadeiras e experiências proporcionadas pelos contextos.

Integração de todos os segmentos de funcionários da escola em torno da proposta pedagógica

- Envolver toda a equipe na responsabilidade de oferecer uma educação de qualidade em nossa escola dentro dos princípios de uma

educação inclusiva;

- Promover a integração entre todas as equipes incentivando a cooperação no ambiente de trabalho compreendendo a importância de cada

profissional para a implementação do PPP;

- Promover a participação de todos nos projetos coletivos da escola e na organização e realização das atividades coletivas a partir deles; - Consolidar e manter a parceria de todos os segmentos de funcionários nas ações cotidianas, valendo-se dos mesmos princípios educacionais, no que se refere a: gestão democrática: envolvimento de todos nas discussões, decisões e encaminhamentos do planejamento coletivo:

46

garantia de acesso e permanência: garantia de um ambiente acolhedor e humanizado onde cada criança tenha visibilidade e

atendimento às suas necessidades; proposta pedagógica: conhecimento e discussão de aspectos do trabalho pedagógico com a participação de todos os funcionários, a

fim de que desenvolvam ações coerentes com a mesma;

- Reorganizar e estabelecer as parcerias entre os funcionários de apoio da limpeza e as professoras para que todos se envolvam nas ações de cuidado com as crianças, principalmente no acompanhamento delas no momento em que utilizam os banheiros.

- Avaliar melhor as dinâmicas e pautas das reuniões pedagógicas, principalmente junto aos funcionários de apoio, para que se sintam cada

vez mais integrados.

Canais de comunicação com as famílias abertos e eficientes:

- Atendimento às famílias pela coordenação, direção e professoras, sempre que necessário, com agendamento ou mediante o

comparecimento da família, privilegiando-se as possibilidades de horários dos pais, levando-se em conta seu horário de trabalho;

- Princípio de acolhimento em todos os atendimentos seja qual for a via de comunicação;

- Comunicação imediata por telefone em caso de acidentes ou doença na escola;

- Comunicação diária das professoras e famílias pelas agendas, com a parceria equipe gestora quando necessário;

- Circulação de informações acerca dos projetos e dos acontecimentos que envolvem o coletivo da escola, como passeios, apresentações,

atividades coletivas etc, através de folders, informativos, produções das crianças, pesquisas etc ,visando à interlocução entre toda a equipe

escolar, com as famílias e também com os transportadores escolares que são intermediários entre a família e a escola;

- Atualização mais frequente do blog escolar, atualizando e buscando tornar as páginas mais atrativas para fomentar a interação com as

famílias: postagem de fotos com legendas na pasta de cada turma, com periodicidade mensal; notícias dos eventos importantes da escola,

postagem de informações importantes como calendário e cardápio mensal atualizados;

47

3.2.1. Reunião com pais: organização e constituição dos espaços de diálogo em torno da proposta pedagógica

As Reuniões com pais são momentos importantes nos quais temos a oportunidade de estabelecer um contato mais próximo com as

famílias, a fim de dialogar sobre a proposta pedagógica da escola e sua especificidade de atendimento a crianças pequenas: suas

necessidades e modos de aprender e de se desenvolver. Desta forma, as reuniões são planejadas de forma que as famílias possam

conhecer os projetos coletivos da escola, os objetivos de trabalho de cada professora junto à turma, as aprendizagens e necessidades das

crianças e o processo avaliativo, aproximando-os de um saber que é próprio da escola. Temos como intenção que este momento não seja

meramente informativo e temos cuidado cada vez mais para que as reuniões enfatizem aspectos formativos, abordando com os pais temas

relacionados aos princípios de trabalho da escola, às especificidades da Educação Infantil, ao processo educativo das crianças, entre outros.

Desta forma, fazemos sempre um momento coletivo com as famílias, geralmente no pátio ou ateliê da escola, no qual a gestão aborda

questões de interesse coletivo das famílias e depois os pais acompanham as professoras para a reunião da turma.

São quatro reuniões ao ano, sendo que a primeiro ocorre no dia anterior ao início das aulas, para organizar o período de adaptação e o

acolhimento das famílias e das crianças. Temos realizado também uma reunião extra no final do ano: é a reunião com famílias dos alunos

novos, que fizeram matrículas e vão iniciar no ano seguinte. Esta reunião tem como principal objetivo acolher as famílias, apresentar o

espaço escolar, a organização institucional de funcionamento e contextualizar a proposta pedagógica da Educação Infantil, ouvindo as

- Planejamento da Reunião com Pais considerando:

Envio da pauta da reunião com pais antecipadamente contendo espaço reservado para que as famílias escrevam quais temas ou

questões gostariam de tratar na reunião;

Discussão coletiva dos professores para o planejamento da reunião, levando-se em conta o conhecimento sobre a comunidade escolar

e a leitura de necessidades, tendo como um dos instrumentos as indicações que as famílias fizerem sobre a pauta e a avaliação e

encaminhamentos surgidos ao final da reunião anterior;

Criação de estratégias que possam envolver as famílias na proposta pedagógica da escola, de modo a apresentar o trabalho

pedagógico nas reuniões com pais, criando um ambiente favorável ao dialogo.

48

famílias e esclarecendo suas dúvidas, conhecendo seus anseios e preocupações, visando iniciar o ano com bastante tranquilidade e com um

princípio de vínculo já estabelecido.

Na primeira reunião do ano, quando a equipe da escola é apresentada, também entregamos e conversamos com as famílias sobre o

regulamento interno, que é comum a toda a rede de ensino e que contém as orientações gerais do funcionamento da escola. Esta reunião é

planejada, considerando-se como premissa o acolhimento, pois o início do ano mobiliza nos pais e nas crianças sentimentos diversos:

alegria, expectativa, insegurança, dúvidas. Buscamos acolher estes sentimentos, procurando mostrar segurança e organização, de modo que

possa haver a constituição de uma relação de confiança.

Como o dia da reunião com pais é considerado um dia letivo, as crianças vêm com os pais no início da reunião (às 8h00h e às 13h00),

permanecem com outro professor participando de propostas pedagógicas enquanto durar a reunião e, ao seu término, vão embora com os

pais.

A equipe escolar costuma enviar um bilhete para as famílias avisando sobre o dia e horário de cada reunião e solicitando que enviem,

via agenda, alguma questão que gostariam de ver abordada na pauta das reuniões. Entendemos que essa seja mais uma forma de

possibilitar a participação das famílias de uma forma mais efetiva.

A segunda reunião do ano visa apresentar e dialogar com as famílias sobre como transcorreu o período de adaptação, os observáveis

que a professora já conseguiu construir sobre os saberes e interesses da turma, a rotina escolar e as intenções de trabalho nos projetos e

sequências planejados. Já nas reuniões de finalização de semestre se faz a apresentação do relatório de avaliação da criança. Costumamos

enviar os relatórios de avaliação para casa alguns dias antes da reunião com pais para que as famílias possam fazer a leitura desse

instrumento com antecedência, facilitando a conversa acerca dos elementos de aprendizagens que serão tratados na reunião. No dia da

reunião os pais trazem os relatórios para a escola, assinam e entregam-nos para o professor, já que este é documento que compõe o

percurso escolar da criança na Educação Infantil.

As Reuniões, de um modo geral, têm por objetivo apresentar e dialogar com as famílias sobre o trabalho pedagógico que é

desenvolvido com as crianças e que se vale das seguintes modalidades organizativas: atividades permanentes, sequências de atividades e

projetos.

49

O grupo de professores planeja a reunião, em instrumento específico e que é compartilhado com a Coordenação, cuidando para que

alguns aspectos sejam contemplados nesse momento:

Estabelecer os objetivos claros.

Planejar uma dinâmica, uma leitura, um trecho de vídeo, como forma de acolher os pais e disparar reflexões que serão retomadas pela

professora.

Garantir um espaço agradável e que proponha a integração dos pais.

Coordenar a reunião de modo que as famílias também tenham voz e possam questionar, esclarecer possíveis dúvidas e contribuir com

suas experiências.

Garantir espaço para atendimento individual das famílias.

Retomar aspectos da avaliação e/ou encaminhamentos na reunião seguinte.

Caso a família não possa comparecer na reunião e, mediante uma justificativa da família, poderá ser feito um agendamento prévio com

a professora, de modo que ela possa fazer um atendimento individual em seu horário de HTP (manhã: das 7h às 8h e das 17h às 18h).

3.3. Avaliação

As avaliações ocorrerão após o período de adaptação, e a cada evento realizado, no final do primeiro semestre e em dezembro. Em

cada uma delas, haverá um instrumento próprio com questões referentes ao período avaliado. Além destas, nas reuniões de pais, os

professores terão oportunidade de observar e considerar as falas dos pais e trazer para a equipe os encaminhamentos necessários.

4.2 Professores

4.2.1. Caracterização

Em 2017, a partir do processo de remoção do ano anterior, tivemos uma mudança significativa no quadro de professores. Como

atuamos em uma escola de bairro central e de boa localização, nos processos de remoção, as professoras demonstram bastante interesse

em vir para a nossa escola e as novas professoras que chegam geralmente já atuavam na rede de ensino há algum tempo, portanto,

possuem certa experiência e demonstram conhecimento das práticas pedagógicas construídas pela rede. Com isso, temos um quadro de

50

professoras com algumas que já atuavam no Ensino Fundamental e que, portanto, têm experiência no ofício de professora, mas precisam

conhecer melhor as especificidades do trabalho com crianças tão pequenas. O fato de metade do grupo trabalhar o dia todo acumulando

cargos nesta rede ou em outras é um elemento importante a ser considerado na dinâmica das reuniões de formação, pois uma carga extensa

de trabalho pode comprometer a disposição e o envolvimento se não houver um planejamento cuidadoso, com temas e discussões

motivadoras e com estratégias diversas e bem elaboradas.

Ao longo dos anos percebe-se que já se construiu na escola um percurso formativo que consolidou o PPP e que, embora haja

rotatividade dos professores nos processos de remoção, o acolhimento a quem chega e a soma de suas experiências contribui para um

processo de continuidade. Os que chegam a esta escola já participaram de processos de formação continuada dentro da própria rede de

ensino e de outros cursos de formação continuada em outras instituições, ao longo de sua carreira. Isto, sem dúvida, também contribui para o

processo de formação na Unidade Escolar. Desta forma, temos um grupo bastante produtivo nos momentos de formação coletiva e de

planejamento. É possível observar que há bastante envolvimento e engajamento do grupo nos planejamentos e decisões coletivas, de forma

que os princípios norteadores do PPP são sempre levados em consideração nesses momentos de planejamento coletivo.

O acompanhamento individual do trabalho de cada professor, bem como o processo de aprendizagem de cada turma fica a cargo da

Coordenadora Pedagógica em parceria com a Diretora. Os professores recebem um cronograma para a entrega do planejamento e registro e

a Coordenação e Direção organizam uma devolutiva escrita que aborda questões relativas à validação e qualificação do trabalho, reflexões,

trechos de textos objetivando a fundamentação teórica, propostas de atividades significativas, entre outras. Após a devolutiva escrita é

marcado também um momento de acompanhamento individual que consiste num momento de conversa entre a professora e a gestão, no

qual a professora traz questões que gostaria de tratar e vice-versa. O objetivo é que haja momentos alternados de registro escrito e de

conversa, de forma que a comunicação entre a professora e a Coordenação ocorra de forma satisfatória. Existe também a necessidade de

acompanhamento específico à inclusão. Em relação a esse aspecto, procuramos promover a articulação entre os profissionais da equipe de

gestão e de orientação técnica, as professoras do AEE, os professores e auxiliares das crianças com deficiência ou que apresentem outras

questões específicas como as de saúde, de comportamento ou de dificuldades de fala, juntamente com suas famílias e profissionais que

fazem o atendimento clínico, de modo que haja diversos olhares em torno das necessidades dessas crianças e que o trabalho realizado com

elas na escola possa ser o mais qualificado possível.

51

COMPOSIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DAS PROFESSORAS

Manhã –

Nome Jornada semanal de trabalho Horário de HTP HTPC

Ana Carolina Campos Senske

30 h

30 h

Das 7h00 às 8h00

Das 18h40 às 21h40

Andrea Aparecida Tavares

Cynthia Sandra Selma Helene de P. Motta

Lesliene de M. Santos Gomes

Luciana Campos Bechelli

Norma Vasconcelos Polesi

Simone Rodrigues Silva

Valquíria Innocencio Blanco

COMPOSIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DAS PROFESSORAS

Tarde

Nome Jornada semanal de trabalho Horário de HTP HTPC

Carla Campos Soglia

30 h

Das 17h às 18h

Das 18h40 às 21h40

Carolina Salerno Servilha

Daniela Duarte Redrado

Edivânia Maria S. Sousa

Ester Martins T. de Jesus

Rafaela Cristina Lopes Paiva

Regiane Mantovanini

Zilda Nogueira Mortari

52

4.2.2. Plano de Formação para as Professoras

Justificativa: O plano de formação para as professoras é proposto pela equipe gestora a partir da leitura das necessidades do grupo por

meio de suas observações acerca do trabalho pedagógico. Além disso, procura ouvir os anseios das professoras quando elas anunciam

suas próprias necessidades formativas. A avaliação do plano de formação do ano anterior também traz indicativos que são considerados,

tanto em relação ao conteúdo formativo quanto em relação à organização do tempo e da dinâmica dos encontros. Com base na análise de

todos esses aspectos, o Plano de Formação é elaborado pela equipe gestora e socializado com o grupo, como forma de comprometer a

todos nesse trabalho, com vistas a avançar tanto nos estudos quanto na prática pedagógica. Ao final do ano letivo todo esse processo

formativo será avaliado a fim de a equipe possa observar os avanços e redirecionar as necessidades de trabalho.

Neste ano de 2018 daremos continuidade ao plano iniciado em 2015 através do que nos debruçamos sobre os estudos contemporâneos

acerca do que deve ser a Escola da Infância, considerando-se as especificidades do trabalho com crianças pequenas, e na organização do

currículo por campos de experiência. Nesse percurso, baseamos inicialmente nossas pesquisas no livro Currículo na Educação Infantil

(2012), de Fátima Salles e Vitória Faria, na perspectiva de buscar uma integração dos saberes e conhecimentos, considerando que a

escrita dos objetivos e conteúdos por área de conhecimento, que havia no PPP da escola, já não era mais representativa do trabalho. Neste

ano daremos ênfase aos estudos sobre Linguagem verbal e literatura, com o objetivo de ressignificar as práticas e construir uma nova

escrita no PPP, com vistas a inserir cada vez mais as crianças no universo de letramento. Outra vertente de trabalho está relacionada aos

temas indicados pelas professoras, como necessidades de aprimoramento: “Como qualificar as experiências em Corpo e movimento?”, “

Experiências com quantificação e contagem”,” Sondagem de escrita- como fazer bem?”, “Como apoiar melhor o desenvolvimento da

comunicação das crianças”, “O que são disfunções sensoriais ou dificuldades sensoriais e como lidar com isso?” “Como qualificar os

registros individuais e os Relatórios de Avaliação?” Este último tema apontado pelas professoras também é uma necessidade observada

pela gestão como foco formativo uma vez que a documentação pedagógica é um dos importantes instrumento de qualificação do trabalho

da Educação Infantil.

53

- Construir práticas que considerem a necessidade do brincar livre e ao ar livre, aproveitando-se as

potencialidades do bosque da escola que possibilita a proposição de diversas experiências em uma área verde.

- Ampliar as possibilidades de criação de brincadeiras com a introdução de elementos não estruturados (canos,

tubos, pneus, latas, potes, carretéis etc) e dos próprios elementos da natureza (terra, folhas, galhos, pedrinhas);

- Considerar as necessidades indicadas pelas professoras, inserindo-as no Plano de Formação:

intervenções/mediações produtivas; propostas significativas de Corpo e Movimento; experiências com

quantificação/contagem, entre outras.

- Investir na construção de registros significativos da prática docente que promovam a reflexão sobre a prática,

bem como que qualifiquem a documentação pedagógica como um eixo importante de trabalho na Educação

Objetivo Geral

Reconhecer, desvelar e fortalecer a intencionalidade educativa das práticas pedagógicas da educação infantil

indicadas nos documentos oficiais e nas produções de referência.

Objetivos Específicos - Conhecer e aprofundar os conhecimentos sobre o conceito de “experiência” e em relação ao trabalho com

campos de experiência na educação infantil, a partir das DCNEIs, da Base Nacional Comum Curricular e dos

estudos atuais referentes à educação da infância.

- Refletir sobre as práticas das professoras de modo a buscar uma concepção integradora das experiências,

saberes e conhecimentos;

- Avançar na elaboração do PPP da escola que estava organizado por áreas de conhecimento e que, a partir

de 2015, passou a ser reorganizado em Campos de Experiências. Em 2018 pretende-se:

Promover estudos teóricos e aprofundar conhecimentos sobre Linguagem Verbal e Literatura integrada

com experiências em outras linguagens.

Tematizar e socializar boas práticas de leitura, escrita e literatura como forma de promover significativas

experiências às crianças em torno do universo de letramento.

54

Infantil;

- ampliar conhecimentos sobre o uso da ferramenta digital e suas contribuições para o desenvolvimento das

tarefas da professora e também para sua prática pedagógica;

- ampliar os instrumentos de estudo por meio da ferramenta digital que favorece a interação com imagens,

vídeos, textos e entre os participantes no ambiente virtual, além da interação e troca de experiências entre os

participantes no ambiente virtual;

- Refletir sobre a avaliação na educação infantil com vista a qualificar o relatório individual das aprendizagens.

Ações Propostas

- Ler bons textos, estudando sobre as concepções atuais de currículo na educação infantil e estudar a Base

Nacional Comum Curricular que evidencia a singularidade de uma escola da infância, indicando como

possibilidade de trabalho os Campos de Experiências;

- Estudar e pesquisar através da ferramenta digital orientando-se pela mediação feita no ambiente virtual para o

HTPC on line;

- Reescrever o PPP da escola, evidenciando um trabalho pedagógico de forma mais integrada, de modo a

promover experiências aprofundadas na cultura;

- Buscar transposições práticas do conceito de experiência na educação infantil, construindo sentidos com a

equipe docente;

- Propor o planejamento por projetos como forma privilegiada de viabilizar a concepção integradora dos

conhecimentos e do protagonismo das crianças na busca pelos conhecimentos;

- Garantir a inserção de elementos não estruturados nas brincadeiras das crianças, observando suas interações

e criações, bem como considerando seus interesses de estudo;

55

- Acompanhar o trabalho das professoras, por meio da observação da prática, da leitura dos planejamentos e

registros, tendo como estratégia a alternância entre as devolutivas escritas e a conversa individual ou em

pequenos grupos.

- Selecionar textos específicos sobre determinados assuntos e socializar experiências entre as professoras de

modo que ampliem seu repertório e criem novas possibilidades de trabalho. Nesse quesito as possibilidades

indicadas pelas professoras são: “Como fazer intervenções nos grupos, com vista a promover a aprendizagem?

Quais as melhores perguntas? Como organizar a sala nesse momento?” “Como trabalhar com a

quantificação/contagem?” Que propostas de Corpo e Movimento são boas experiências?” “Como colaborar com

a comunicação das crianças, bem como com as disfunções sensoriais?”

- Tematizar trechos de relatórios de avaliação, como forma de qualificar este instrumento, tornando-o fonte de

informações acerca do trabalho realizado, sobre as aprendizagens e necessidades das crianças.

- Todas as ações planejadas junto e com os professores têm como objetivo essa formação continuada, ocorra

ela no HTPC, Reunião Pedagógica, HTP ou no acompanhamento pedagógico que acontece sistematicamente.

Cronograma - Nas reuniões pedagógicas, de acordo com o calendário escolar;

- No acompanhamento individual feito pela CP e pela diretora dos instrumentos metodológicos das professoras

com devolutivas escritas e através de conversas agendadas e devolutivas propostas nos HTPs;

- Na formação coletiva semanal durante os HTPC’s realizados às 4ªs feiras, das 18h 40’ às 21h 40’, conforme

cronograma de previsão de pautas.

Bibliografia BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. BARBOSA, Maria Carmem S.; HORN, Maria da Graça. Projetos Pedagógicos na Educação Infantil. Porto Alegre/RS: Artmed, 2008. CRUZ, Silvia Helena Vieira. Novas diretrizes para a Educação Infantil. Publicação eletrônica do programa “Salto para o Futuro” da TV ESCOLA. Ano XXIII, boletim 9, junho 2013: http://tvescola.mec.gov.br/tve/salto/publicacao.

56

FARIA, Vitória Libia Barreto de. Currículo na educação infantil: diálogo com os demais elementos da proposta pedagógica/Vitória Faria, Fátima Salles. – 2ª ed. – São Paulo: Ática, 2012. FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lucia Goulart de (organizadoras). Campos de experiências na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. MELLO, Suely Amaral. A Educação das crianças de zero a seis anos: regularidades do desenvolvimento. (?) FORMOSINHO, Julia O; GAMBÔA, Rosario (orgs). O trabalho de projeto na pedagogia em participação. Porto Editora, 2011. RIZZOLI, Maria Cristina. Leitura com letras e sem letras na educação infantil no Norte da Itália. Artigo publicado em GOULART, A. L. E e MELLO, S. A. (orgs) Linguagens Infantis: outras formas de leitura. Campinas: Autores Associados, 2005. Orientações para implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil publicadas em http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=1096&id=15860&option=com_content&view=articleulta para consulta pública ( consulta em 24/04/2014) Bibliografia que consta no material do PNAIC para a Educação Infantil- do caderno 0 ao 8.

- Projeto de HTPC a distância em ambiente virtual

JUSTIFICATIVA: considerando-se o contexto atual e os avanços tecnológicos que possibilitaram a incorporação da educação à distância

como modalidade de estudo e as experiências de HTPC on-line realizadas em 2017, o corpo docente e a equipe de gestão consideram que a

realização de um HTPC mensal no formato on-line favorece o estudo individual de forma mais aprofundada, pois é uma oportunidade de

reflexão e elaboração individual acerca dos temas em continuidade às discussões e estudos coletivos. O local de livre escolha poderá

favorecer a concentração e o envolvimento no momento de estudo individual, bem como a gestão do tempo para a realização dos estudos e

pesquisas em textos, sites e vídeos. Além disso, o uso da ferramenta “google sala de aula” colabora para que possamos ampliar nossos

conhecimentos acerca da cultura digital.

57

OBJETIVOS:

- propiciar momentos de estudo e reflexão individual;

- ampliar conhecimentos sobre o uso da ferramenta digital e suas contribuições para o desenvolvimento das tarefas do professor e também

para sua prática pedagógica;

- ampliar os instrumentos de estudo por meio da ferramenta digital que favorece a interação com imagens, vídeos, textos e entre os

participantes no ambiente virtual.

- possibilitar a troca de ideias e de experiências entre os participantes por meio de um canal de comunicação diferente daquele utilizado

cotidianamente.

DESENVOLVIMENTO: - Elaboração e inserção de todos os professores no grupo “Turma do Candido”, na plataforma Google sala de aula, pela CP e pela diretora

que coordenam os espaços formativos, de modo que as professoras e a equipe de gestão possam interagir no ambiente virtual em torno das

propostas formativas;

- O ambiente virtual se constituirá em uma extensão dos encontros presenciais, garantindo-se a continuidade das ações formativas em

consonância com o plano de formação. Deste modo, as tarefas realizadas individualmente serão materiais para sistematizações e reflexões

coletivas;

- Definição, de acordo com o cronograma anual, das datas de HTPC não presencial, sequenciadas aos encontros formativos na escola, para

que haja continuidade. As tarefas on line serão de leitura, pesquisa e elaboração acerca dos temas descritos no plano de formação. A

discussão sobre a BNCC (Base Nacional Curricular Comum) faz parte da composição do plano de formação e ocorrerá em quatro HTPCs on

line propostos pela Secretaria de Educação e também em outros momentos nos encontros presenciais e on-line ao longo do ano.

58

ACOMPANHAMENTO

- A equipe de gestão fará a elaboração das tarefas, como estratégia formativa, estimando o prazo de realização dentro das três horas de

HTPC, a exemplo de como realiza as pautas presenciais, considerando a leitura de textos, a elaboração de respostas e argumentações, a

pesquisa em vídeos e sites e a análise do PPP e das práticas cotidianas;

- A elaboração dessas tarefas pela equipe de gestão se dará dentro de seu horário de trabalho na escola de modo que na semana do HTPC

on line, as horas de trabalho que seriam destinadas ao HTPC noturno serão distribuídas e cumpridas na jornada de trabalho regular, pois não

consideramos que seja necessária a realização da mediação da equipe de gestão à distância. As leituras, sínteses e elaborações pertinentes

são feitas na escola, ao mesmo tempo em que se planejam as próximas ações formativas presenciais;

- A cada postagem mensal, o prazo para a realização das tarefas será de uma semana;

- Tarefas incompletas ou que não estejam de acordo com a proposta serão devolvidas para que sejam refeitas em um prazo determinado;

- A não realização das tarefas implicam em falta no HTPC da semana.

AVALIAÇÃO

A proposta será avaliada pela equipe de professores e pela equipe gestora ao longo do plano de formação a fim de proporcionar os

ajustes necessários acerca do uso da ferramenta, da gestão do tempo e da pertinência e da complexidade das tarefas e do envolvimento da

equipe, de modo que, ao final do ano, a equipe decida pela continuidade e ampliação da experiência ou pela sua exclusão.

- Cronograma dos encontros de formação em HTPC

Este cronograma foi previamente elaborado como forma de garantirmos a continuidade das ações formativas ao longo de todo o ano

letivo e o atendimento à necessidades de planejamento e organização de todas as ações pedagógicas, sempre em consonância com os

princípios e concepções que sustentam o PPP e sobre os quais se promovem os estudos e reflexões.

As escolhas dos assuntos a serem tratados nos encontros foram construídas de acordo com uma lógica que busca atender aos

indicados das avaliações dos anos anteriores: necessidades de planejamento trabalho pedagógico nos aspectos coletivo e de especificidade

das turmas e faixas etárias; estudos e reflexão sobre a prática de acordo com os temas do plano, presencial e através de um htpc on line

59

mensal para familiarizar-se com a ferramenta digital. Esta organização leva em consideração também o tempo cronológico, ou seja, o

calendário escolar e os eventos que ocorrem na escola ao longo do ano. Desta forma, o cronograma foi organizado com os seguintes

critérios:

- um HTPC de cada mês é destinado ao planejamento didático por faixa etária, na última semana do mês. Este encontro tem como

característica reunir todas as professoras da mesma faixa etária, da manhã e da tarde, promovendo a troca de experiências entre elas,

delineando o desenvolvimento dos projetos ao longo do mês. Tem uma característica diferenciada do que ocorre nos HTPs de forma mais

individualizada (registros, elaborações e organizações de propostas, preparação de materiais, encontros individuais com a CP);

- um HTPC ONLINE por mês (segunda semana);

- encontros formativos seguidos do HTPC on line para que haja continuidade e aprofundamento dos estudos;

- encontros de planejamentos coletivo no início do mês ou em torno dos eventos do calendário escolar a fim de garantir que todas as ações

da escola possam ser pensadas coletivamente e assim promovam o envolvimento de toda a equipe sobre as necessidades do trabalho e as

tarefas com que cada um se compromete.

EMEB CANDIDO PORTINARI PREVISÃO DE PAUTAS DE HTPC’S 2018

07/02 ON LINE – estudo sobre planejamento inicial: como conhecer as crianças

21/02 Organização dos encontros de HTPC, levantamento de necessidades formativas e calendário escolar

28/02 Levantamento de necessidades formativas (socialização) / PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

07/03 Encontro formativo: síntese e reflexão acerca dos estudos sobre planejamento

14/03 ON LINE – estudos de aprofundamento

21/03 Encontro formativo de acordo com o plano de formação / Reunião com pais

28/03 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

04/04 Planejamento coletivo: Intersalas (abril/maio) / PPP 2018

11/04 ON LINE – estudos de aprofundamento

18/04 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

25/04 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

02/05 ON LINE- SE

09/05 Planejamento Coletivo- Ciranda Literária

16/05 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

23/05 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

30/05 ON LINE – estudos de aprofundamento

60

06/06

Planejamento coletivo: Intersalas / Ciranda Literária / Festa de encerramento do semestre

13/06 ON LINE - Escrita de relatórios de avaliação

20/06 Escrita de relatórios de avaliação (não presencial)

27/06 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

04/07 Planejamento coletivo e organização da festa de encerramento do semestre

25/07 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA e Reunião com pais

01/08 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

08/08 ON LINE – estudos de aprofundamento

15/08 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

22/08 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

29/08 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

05/09 Planejamento coletivo: intersalas e uni-duni-tê

12/09 ON LINE – estudos de aprofundamento

19/09 Encontro formativo / Planejamento coletivo: Uni duni tê e Dia das crianças

26/09 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

03/10 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

10/10 ON LINE – estudos de aprofundamento

17/10 Encontro formativo / Planejamento coletivo da confraternização do infantil V

24/10 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

31/10 PLANEJAMENTO DIDÁTICO POR FAIXA ETÁRIA

07/11 Encontro formativo de acordo com o plano de formação

14/11 ON LINE – escrita de relatórios de avaliação

21/11 Escrita de relatório de avaliação presencial com devolutivas

28/11 Planejamento coletivo das atividades de encerramento e planejamento de Reunião com pais

05/12 Avaliação institucional

12/12 ON LINE – avaliação do plano de formação

19/12 Organização dos materiais

61

4.3. Auxiliares em Educação e Estagiárias em Pedagogia de apoio à inclusão

4.31. Caracterização

A formação inicial exigida dos auxiliares em educação é de nível médio e dos estagiários

em inclusão é de que eles estejam cursando Pedagogia. A

Secretaria de Educação, por meio de um Convênio

com as faculdades, faz as contratações dos

estagiários e os envia para as escolas para apoiar

as professoras que têm crianças com necessidades

especiais. As quatro estagiárias de apoio à inclusão

que atuam em nossa escola estão cursando

Pedagogia, e atuam em meio período. Um delas terá

seu contrato encerrado no final de abril por estar gestante e as demais permanecerão até o final do

ano. Temos um auxiliar em educação, que atua no período da manhã e tarde. Este grupo de funcionários faz

O trabalho de apoio à inclusão, sendo que cada um está vinculado a uma turma e a casos específicos de crianças com deficiência ou

em fase de hipótese diagnóstica. O trabalho deles tem por objetivo auxiliar a professora da turma no desenvolvimento do trabalho pedagógico

e nas ações de cuidados e proteção das crianças.

A formação continuada acontece em meio à dinâmica do trabalho, pois o único espaço de formação coletiva que participam é a

reunião pedagógica, que ocorre no intervalo de um a dois meses. No cotidiano da escola, são orientadas na ação, pela coordenadora

pedagógica e pela própria professora da turma, e na parceria que procuram estabelecer no planejamento. Encontros com a equipe de gestão

ocorrem em situações de orientação específica, como em um estudo de caso e orientações da equipe técnica (fonoaudióloga, psicóloga,

fisioterapeuta e orientadora pedagógica) e professora do AEE. Para isso se faz necessário uma organização prévia, de modo que seja

possível retirar a auxiliar da turma pontualmente para estas reuniões.

62

4.3.2. Plano de Formação

Justificativa: Para que as flexibilizações curriculares se efetivem, garantindo a inclusão de todos, é necessário que o auxiliar em

educação e o estagiário de apoio à inclusão conheçam o projeto político pedagógico da escola e participem do planejamento da turma,

sendo capazes de desempenhar o papel de cuidar e educar em consonância com os objetivos e princípios educacionais da proposta

pedagógica. Além disso, precisa conhecer também as especificidades da criança que irá atender, participando de situações de estudo

de caso e de elaboração de propostas, materiais e intervenções.

Objetivos Gerais e Específicos Ações Propostas

- discutir, compreender e qualificar a função destes profissionais na

sua atuação junto às crianças, de acordo com o projeto político

pedagógico da escola;

- desenvolver um olhar de investigação para conhecer como se

comunica e como aprende a criança com N.E.E, a fim de construir

mediações apoiadoras de sua aprendizagem;

- compreender e contribuir com o planejamento da professora;

- participar da construção das flexibilizações curriculares e da

produção de materiais;

- organizar o trabalho e atuação da auxiliar junto à criança com

deficiência e junto à turma;

- orientar situações de cuidado específicas em relação à

alimentação, posicionamento e proteção das crianças com NEE.

- Participação na formação coletiva nas reuniões pedagógicas

- Orientação do seu trabalho na ação, realizando-se os

combinados necessários para o desenvolvimento das atividades e

para o apoio às necessidades das crianças.

Obs.: Não há carga horária institucionalizada para a formação dos

auxiliares e estagiárias, por isso é na rotina escolar que a equipe

gestora busca espaços para fazer as conversas, as orientações,

tirar dúvidas, ouvir as necessidades desses profissionais, com

vista a colaborar com a sua formação em serviço.

63

5. Conselho de Escola e APM (Associação de Pais e Mestres)

5.1. Caracterização

A participação dos órgãos colegiados na EMEB Candido Portinari tem se realizado com muito envolvimento ao longo dos anos. A

participação dos pais na escola é uma característica relevante ao longo da história da escola. A atuação do Conselho de Escola da APM é

conjunta, desde as reuniões mensais que são feitas com a participação de todos os membros dos dois segmentos, que, em conjunto,

encaminham tanto as deliberações quanto as ações.

O envolvimento dos membros se dá tanto nas contribuições práticas de organização de materiais e eventos quanto nas discussões e

encaminhamentos sobre os problemas da escola, principalmente os de ordem estrutural, como as manutenções e reformas.

Este grupo tem como característica a iniciativa e o empreendimento para realizar tarefas colaborativas ao trabalho pedagógico da

escola. Além de discutir e deliberar o gerenciamento da verba, prontificam-se a realizar trabalho voluntário na escola, como pequenos

consertos e confecção de materiais pedagógicos, de modo a economizar os recursos e empregá-los em melhorias estruturais.

Contribuir para que esta escola tenha qualidade para todas as crianças é o que desejam os membros da APM em parceria com a

Equipe escolar.

Conselho de Escola

Nome Segmento Função Mandato

EQUIPE ESCOLAR

Patrícia dos Santos V. de Oliveira

Oliveira

Diretora da Escola Titular

01/04/2018 à 31/03/29

Ana Carolina Campos Sensk Docentes Titular

Leonilda Aparecida Cabrera Pagoto Apoio a direção Suplente

Lucinéia de Oliveira Funcionários Suplente

PAIS OU RESPONSÁVEIS Dedival Taveira Massini

Pais ou responsáveis

Titular

64

Maria Emilia Setti Nucci

Pais ou responsáveis

Titular

Marilena Kazue Aoki Thomaz Pais ou responsáveis Suplente

Suzana Neves Silva Pais ou responsáveis Suplente

APM – Associação de Pais e Mestres

NOME SEGMENTO FUNÇÃO MANDATO

CONSELHO DELIBERATIVO

Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira Diretora da Escola Presidente

01/04/2018 a 31/03/2019

Rosecler Da Conceição Fernandes Professora 1ª Secretária

Rosangela Aparecida Ferrari Pais e responsáveis 2ª Secretária

Carla Aparecida S. Rodrigues Pais e responsáveis Conselho Deliberativo

Cristiane Pires Martins

Pais e responsáveis Conselho Deliberativo

José Ramos

Pais e responsáveis Conselho Deliberativo

Betsaida Saluza Pigozzo Bittencourt

Pais e responsáveis Conselho Deliberativo

DIRETORIA EXECUTIVA

Maria Emilia Setti Nucci

Pais e responsáveis Diretor executivo

Dedival Taveira Massini

Pais e responsáveis Vice-Diretor Executivo

Eliane Aparecida da Silva

Pais e responsáveis 1ª Tesoureiro – Diretoria Executiva

Daniele Nanzer de Souza Nascimento

Pais e responsáveis 2º Tesoureira – Diretoria Executiva

Lisangela Pereira dos Santos

Pais e responsáveis 1ª Secretária – Diretoria Executiva

José Ramos da Silva Pais e responsáveis 2ª Secretário – Diretoria Executiva

Renee Olders de Oliveira

Pais e responsáveis Conselho Fiscal

65

CONSELHO FISCAL

Vanessa Cristina Rossi José

Pais e responsáveis

Conselho Fiscal

Luciana Campos Bechelli

Professora

Conselho Fiscal

5.2. Planos de Ação e Formação Articulados do Conselho de Escola e da APM

Objetivos gerais e Específicos

Ações Propostas

Objetivo Geral

- Discutir os problemas da escola e participar das decisões e

encaminhamentos necessários de acordo com os princípios e

diretrizes da Secretaria de Educação e da política nacional;

- Contribuir para a construção do projeto político pedagógico de

forma coletiva e democrática.

Objetivos Específicos

- Contribuir no processo de construção do PPP e acompanhar o

desenvolvimento das ações propostas neste documento tendo

como base a avaliação institucional anual;

- Participar da elaboração e aprovação do calendário escolar;

- Trabalhar pela manutenção da qualidade da Educação e sua

melhoria nos aspectos em que se fizerem necessários;

- Manter escuta e exercer a representatividade trazendo para a

discussão nas reuniões mensais os anseios e apontamentos das

- Discutir o PPP da escola e utilizá-lo como o documento referência

nas discussões e planejamentos, em consonância com os princípios

definidos pela Secretaria de Educação e pela política nacional;

- Exercer a representatividade através de uma postura observadora e

comunicativa, principalmente nos horários de entrada e saída, de

forma a fazer leituras do movimento das famílias e facilitar que os

outros pais comuniquem aos conselheiros suas necessidades.

- Exercer participação ativa nas reuniões trazendo as demandas

observadas;

- Analisar as propostas e definir o calendário escolar;

- Discutir e encaminhar propostas referentes às reformas necessárias

ao prédio. Em 2018, as prioridades são:

Acessibilidade: discutir quais são as prioridades para tornar o

prédio ainda mais acessível e realizar a reforma, de acordo com

as normas do programa PDDE Acessibilidade;

Fazer manutenção no revestimento dos banheiros das crianças

que está soltando;

66

famílias no cotidiano escolar;

- Contribuir com a equipe gestora para manter o prédio escolar

adequado, dentro das boas condições de acessibilidade e

conservação;

- Contribuir com a equipe escolar nas atividades oferecidas à

comunidade nos sábados letivos e nas atividades coletivas

desenvolvidas no cotidiano escolar com as crianças;

- Propor e contribuir com atividades para a semana da criança e

festas de encerramento dos semestres;

- Desenvolver uma boa gestão dos recursos financeiros

trabalhando com transparência e boa utilização dos recursos

públicos no desenvolvimento do PPP;

- Informar a toda comunidade escolar as ações e investimentos da

APM de forma transparente.

Revitalizar a área externa através da pintura de algumas

paredes externas e do chão do pátio externo.

- Contribuir para a boa gestão dos recursos que são escassos

buscando parcerias na comunidade de modo a obter orçamentos mais

vantajosos e até mesmo a doação de materiais e serviços, contendo

custos;

- Planejar o uso dos recursos ajudando a eleger prioridades para o

desenvolvimento do PPP, considerando-se primordialmente os

indicativos obtidos na avaliação institucional de 2017;

- Participar da elaboração das atividades que envolverão todas as

famílias de todos os alunos nos sábados letivos definidos no

calendário escolar;

- Avaliar o desenvolvimento das ações propostas no PPP;

- Acompanhar os estudos do meio realizados pelas turmas.

5.3. Avaliação

As avaliações ocorrerão ao longo do processo, a fim de replanejar as ações, quando necessário, e no final dos semestres. Para estas

avaliações, serão levantados os indicadores a serem avaliados.

67

6. Plano de Ação da Equipe Gestora

6.1. Caracterização da Equipe Gestora

A equipe gestora desta escola, composta de diretora escolar, vice-diretora e coordenadora pedagógica, permanece a mesma desde

2013, estando, portanto, no seu sexto ano de atuação conjunta nesta unidade.

A diretora Patrícia Oliveira é concursada na rede municipal desde 1995, tendo sido professora de Educação Infantil, na creche e na

pré-escola e também PAP (Professora de Apoio Pedagógico) – função que corresponde ao atual cargo de coordenador pedagógico até 2009,

quando ingressou como diretora escolar. A vice-diretora Rosecler da Conceição Fernandes foi professora de Educação Infantil na creche e na

pré-escola desde 1993. Em 2010, passou a atuar em equipes de gestão como PAD (Professora Auxiliar de Direção) – função que

corresponde à de Vice-diretora, tendo atuado também como PRD (Professora Responsável por Direção). A coordenadora pedagógica,

Leonilda Ap. Cabrera Pagotto, atuou como professora da Educação Infantil de ... a ... Completar

Os cargos de direção e coordenação são efetivos e a função de vice-diretora tem a duração de um ano, ao final do qual é reconduzida

com base na avaliação da equipe escolar e da comunidade.

6.2. Plano de Ação

Justificativa: O principal compromisso desta equipe de gestão é promover e garantir a qualidade da educação oferecida às crianças através

da escuta, da observação e da disponibilidade em conhecer e solucionar as demandas trazidas pela equipe escolar e pela comunidade, seja

no âmbito de encaminhamentos mais pontuais e objetivos, como provimento de materiais e serviços, seja no âmbito de questões mais

complexas, cujas soluções necessitam ser elaboradas através de discussões e articulações de formas diversas: com a equipe toda, com um

segmento específico, com um funcionário, com uma família ou com todo o grupo de pais, com a equipe técnica ou com outros parceiros da

comunidade ou da Secretaria de Educação.

Para garantir a presença da gestão realizando o atendimento e a responsabilização pelas ações da escola em todo o seu período de

68

funcionamento se faz necessário que, na composição do horário de trabalho, haja momentos comuns, para que a equipe se encontre, se

organize e se articule, mas também são necessários horários diferenciados a fim de garantir sempre a presença de pelo menos uma das

pessoas da equipe gestora na escola, nos inícios e finais de períodos. As avaliações anuais realizadas pela comunidade e pela equipe e as

avaliações processuais ao longo do ano são os elementos fundamentais para as tomadas de decisão e a elaboração de todos os planos e

propostas. Deste modo, exercitamos o princípio da gestão democrática, procurando dar voz a todos os atores e construir a gestão da escola

em parceria, tendo como elemento fundante o PPP. Outra característica da equipe de gestão é o cuidado e a importância que conferem às

ações formativas e à reflexão sobre o fazer de cada função, inclusive das suas próprias funções de gerir a escola e a equipe.

69

Ações e responsabilidades da equipe de gestão

Diretora Vice-Diretora Coordenadora Pedagógica Equipe Gestora

- Análisar os dados das

avaliações anuais e a partir deles

conduzir a elaboração das ações

prioritárias para 2018 atendendo

aos anseios e necessidades da

comunidade e da equipe escolar;

- Coordenar, em parceria com a

coordenadora pedagógica, os

momentos de planejamentos

coletivos com a equipe

garantindo a unidade em torno

dos objetivos comuns e a

execução do PPP;

- Elaborar e coordenar os planos

de formação em parceria com a

coordenadora pedagógica;

- Fazer a gestão de recursos em

parceria com a APM garantindo

materiais e recursos suficientes

para a execução da proposta

pedagógica;

- Ter disponibilidade para o

atendimento das famílias e de

- Sistematizar PPP da escola

cuidando da elaboração e da

revisão dos textos e da

diagramação;

- Acompanhar e orientar a

realização das tarefas e o

desempenho de todos os

funcionários nas suas atribuições

e responsabilidades;

- Cuidar e orientar da

organização e manutenção dos

espaços para que estejam

sempre limpos, organizados e

conservados, evitando qualquer

risco ou desconforto às crianças;

- Acompanhar e ajustar os

tempos e rotinas para garantir um

bom fluxo de todas as turmas nos

espaços coletivos

- Conhecer as necessidades das

crianças com necessidades

especiais, aproximando-se de

suas famílias, professoras e

70

todos os funcionários buscando

encaminhar e solucionar suas

demandas;

- Participar das reuniões e

programas propostos pela

Secretaria de Educação

garantindo que as informações e

articulações necessárias

cheguem até a equipe escolar.

auxiliares, buscando adequar e

garantir os recursos materiais e

humanos necessários à sua

segurança e ao seu

desenvolvimento;

- Responsabilizar-se, em parceria

com as professoras, pelo bem-

estar e saúde das crianças,

observando-as e atendendo-as

nas suas necessidades

específicas quando adoecem ou

se machucam na escola;

Acompanhar e participar do

cotidiano da escola nos diversos

momentos: entrada e saída das

crianças e das famílias,

momentos de alimentação no

refeitório, experiências vividas

com as crianças nos diferentes

espaços da escola, passeios de

estudo do meio;

71

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

1. Objetivos

Objetivo da Educação Básica

Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino (Lei 9394/96)

Capítulo II

Seção I

Das Disposições Gerais

“Art. 22º. A Educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

Seção II

Da Educação Infantil

“Art. 29º. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade (ou zero a cinco, na medida em que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.”

72

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos

2.1. Objetivo Geral da Escola

1. Propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens planejadas de forma integrada que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser, de estar com os outros em uma atitude de aceitação,

respeito e confiança, bem como garantir o acesso aos conhecimentos mais amplos de nossa realidade sociocultural;

2. Estimular o desenvolvimento das capacidades de conhecimento e apropriação das potencialidades corporais, afetivas, emocionais,

estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis;

3. Promover aprendizagens e o uso das diversas linguagens;

4. Promover a integração família/escola e família/família, compartilhando culturas e saberes, respeitando a diversidade da comunidade

escolar, construindo vínculos afetivos, transformando o ambiente institucional em um local favorável ao desenvolvimento das crianças;

5. Contemplar os direitos fundamentais das crianças;

6. Ampliar as experiências lúdicas;

7. Estruturar o espaço e tempo da escola de forma a atender as necessidades das crianças e os princípios da instituição;

8. Oferecer oportunidades de exposição e apreciação das produções das crianças valorizando a cultura infantil;

9. Considerar as opiniões das crianças na construção dos projetos e na organização do trabalho político-pedagógico da escola.

73

3. Objetivos Gerais e Objetivos específicos por Área de Conhecimento

3.1 Introdução

A organização da proposta pedagógica da escola foi elaborada de acordo com os documentos orientadores da Educação Infantil,

Referencial Nacional Curricular (vol. 3, 1998) e Proposta Curricular do município (vol. II, 2007).

Considerando-se os estudos mais recentes, a elaboração das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010)

e a análise e reflexão de nossas práticas, temos percebido a necessidade de revisão desta organização curricular. Estamos em processo de

estudo e pesquisa, buscando uma forma de trabalho que, tendo como eixos as interações e as brincadeiras, consiga promover

desenvolvimento e aprendizagem de maneira integrada, superando-se a fragmentação e divisão do conhecimento historicamente instituída na

divisão dos conteúdos por área de conhecimento. Acreditamos que integrar melhor os objetivos gerais da formação infantil com os objetivos

das áreas seja a maneira mais representativa do nosso trabalho, que busca a formação integral da criança.

A forma com que trabalhamos hoje busca promover contextos ricos de experiências, através dos quais as crianças desenvolvam-se de

maneira integral, através da articulação dos saberes. Os projetos coletivos, as sequências de atividades e as atividades permanentes da

rotina articulam vários objetivos de diferentes áreas do conhecimento, bem como outros objetivos imprescíndiveis nas dimensões do cuidar e

do educar atrelados à formação pessoal e social que não se descrevem completamente e nem se enquadram na divisão por áreas de

conhecimento que temos até então no nosso currículo. Estudos mais recentes da área apontam para uma organização por campos de

experiências, considerando-se que experiência é fruto de uma elaboração, portanto mobiliza diretamente o sujeito, deixa marcas, produz

sentidos que podem ser recuperados na vivência de outras situações semelhantes, portanto, constitui um aprendizado em constante

movimento, com potencial de transformação.

Os conteúdos que são trabalhados cotidianamente com as crianças partem diretamente dos conhecimentos que as crianças já trazem

consigo e das necessidades que apresentam, sendo o papel da escola promover a ampliação cultural e o conhecimetno de mundo, através

da experiência, da vivência e das interações.Os conhecimentos acumulados sócio e culturalmente são sitematizados a fim de prioduzirem

novos conhecimentos. Estes conhecimentos são de diferentes naturezas: conceitual o que é preciso saber; procedimental: o que é preciso

saber fazer e atitudinal: as atitudes que é preciso desenvolver.

74

Em 2014, iniciamos um importante processo de reelaboração da proposta pedagógica, apoiando-se em estudos contemporâneos e

analisando-se os conhecimentos e as experiências que devem ser propostos às crianças pequenas a fim de alcançar o seu desenvolvimento

e apendizagem. Definimos um novo formato de organização, em Campos de Experiências, com base na referência de Faria e Salles (2012) e

nas DCNEIs (2009). Na referência de Salles, apresenta-se um formato organizado em três Campos de Experiências: Eu no Mundo Natural e

Social, Linguagens e Artes e Matemática.

Estamos a meio caminho neste processo de análise e reescrita, por isso a Organização e Desenvolvimento do Trabalho Pedagógico

em nosso PPP está descrita parcialmente por Campos de Experiências e ainda há textos organizados por Àreas de Conhecimento. Em 2018,

a partir da publicação da BNCC (Base Nacional Curricular Comum), a Rede Municipal irá realizar a reelaboração do currículo municipal que

deve seguir na linha da organização por Campos de Experiências, conforme orienta a Base para a Educação Infantil. Essa discussão em

nível nacional e as ações formativas em âmbito municipal irão fortalecer e apoiar essa reelaboração que vem ocorrendo no nosso PPP e nas

práticas pedagógicas mais integradoras das diferentes linguagens e conhecimentos, em torno dos campos.

Objetivos Gerais da Educação Infantil

OBJETIVOS CONTEÚDOS

desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais

independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular etc.,

desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;

descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e

seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e

bem-estar;

• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua

auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e

interação social;

Formação da Identidade e

desenvolvimento da autonomia

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• estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a

articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e

desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;

• observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez

mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e

valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;

• brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;

• •explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas

brincadeiras e nas demais situações de interação;

utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas

às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser

compreendido, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar

no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua

capacidade expressiva;

conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse,

respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.

Desenvolvimento integral nas

dimensões afetiva, cognitiva e motora.

76

3.4. EU NO MUNDO NATURAL E SOCIAL

3.3.1. EU NO MUNDO NATURAL

OBJETIVOS

- Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo natural que está à sua volta, explorando-o através dos sentidos; - Conhecer o mundo físico e natural, observando seus fenômenos e transformações e refletindo sobre essas experiências no cotidiano; - Desenvolver o prazer da descoberta, da curiosidade e da postura investigativa acerca dos elementos do mundo físico e natural, formulando perguntas, levantando hipóteses e fazendo pesquisas; - Ser capaz de observar e apreciar as manifestações da natureza à sua volta e reconhecer-se também como ser natural identificando-se com

a natureza e aprendendo a respeitar e a cuidar do meio ambiente;

- Apropriar-se de conhecimentos sobre o meio em que vive na perspectiva de atuar nele de forma sustentável, fazendo uso dos recursos

naturais e desenvolvendo a consciência sobre os limites e possibilidades no uso destes recursos;

- Conhecer os problemas que ameaçam o nosso planeta, buscando soluções para eles.

. - Conhecer, comparar e estabelecer relações entre o próprio corpo e o corpo de outros seres vivos;

- Ampliar conhecimentos sobre o funcionamento do próprio corpo e sobre as formas e condições de vida de outros seres.

.

77

EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DO MUNDO NATURAL

- Explorar e apreciar o bosque e os canteiros da escola;

- Conhecer as árvores do bosque, suas frutas e os sabores, a jaca, o abacate, a amora, o café;

- Conhecer e apreciar os cultivos que há na escola: hortaliças, ervas, plantas ornamentais e flores;

- Aprender atitudes de cuidado e preservação do meio natural que o cerca: os jardins, as hortas, as árvores, os pequenos animais que são

percebidos no ambiente natural da própria escola e também nos estudos do meio em espaços naturais do bairro (praças) e em outros locais

(parques públicos);

- Plantar, cuidar e observar o desenvolvimento das plantas nos jardins e bosque da escola, no cultivo de uma horta ou canteiro;

- Observar, conhecer, investigar e cuidar de pequenos animais, como os bichos de jardim, os casulos e as borboletas, as experiências

com minhocário, aquário etc.

- Ter experiências sensoriais com cheiros, gostos, sons, texturas, temperatura, cores, descobrindo as sensações agradáveis ou não que

estas experiências proporcionam;

-- Expressar os seus conhecimentos sobre o mundo, suas observações e seus questionamentos acerca do que vê e experimenta;

- Ter contato e com problemas socioambientais da atualidade e refletir sobre eles, tais como o estoque reduzido de água no planeta e

crescimento da população, a disseminação de pragas como os mosquitos transmissores de doença;

- Aprender e criar formas de não desperdício de recursos nas situações cotidianas;

- Aprender a colocar em prática soluções de economia e de reaproveitamento de todos os recursos: o reuso do papel, do papelão e de

sucatas e a diminuição do gasto de água e de energia elétrica, partilhando esses conhecimentos na prática social;

- Engajar-se na tarefa de separação do lixo reciclável e orgânico na hora do lanche e nos diversos momentos da rotina, estabelecendo

relações com as práticas sociais de coleta seletiva no bairro;

- Brincar com água, ar, luz e sombra;

- Observar plantas e animais no ecossistema, modos de vida etc.;

- Fazer misturas, provocando mudanças físicas e químicas na realização de atividades de culinária, de pintura, de brincadeiras e

experiências com água, terra, argila etc.;

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- Atuar sobre os objetos, estabelecendo relações sobre eles e provocando relações físicas como movimento, força, inércia, flutuação,

equilíbrio;

- Pensar sobre os fenômenos naturais, observando e conversando sobre a chuva, o vento, a luz, a sombra, entre outros e com a perspectiva

de desenvolver pesquisa para compreendê-los;

- Observar e conversar sobre os elementos da natureza como o céu, os astros, as estrelas e seus movimentos, o dia e a noite;

- Aprender sobre os cuidados e à promoção da saúde humana através de ações como o combate a mosquitos e insetos transmissores de

doença, a higiene das mãos, do corpo e dos ambientes, a não poluição das águas etc

- Explorar o próprio corpo na perspectiva de conhecê-lo, sentindo seus movimentos, ouvindo seus barulhos, conhecendo suas funções e

formas de funcionamento;

- Fazer experimentações e invenções com os objetos, conhecendo suas propriedades, combinações e reações físicas;

- Participar de situações de pesquisas em diversas fontes para aprofundamento das observações e novas descobertas;

- Aprender procedimentos de buscar informações em diversas fontes: nos livros, revistas, enciclopédias ilustradas, na web, com outras

pessoas;

- Representar suas hipóteses e descobertas por meio de diferentes linguagens: comunicar oralmente, desenhar, pintar, compor com

imagens, produzir pequenos textos.

3.3.2. EU NO MUNDO SOCIAL

EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DO MUNDO SOCIAL

Experiências individuais e coletivas de reflexão sobre a necessidade do autocuidado e a aprendizagem dos cuidados diários

consigo:

- Alimentar-se fazendo uso do guardanapo, da colher, da caneca e o descarte dos utensílios e do lixo no local adequado.

- Desfraldar aprendendo o uso adequado do banheiro.

- Realizar a higiene das mãos e incorporar o hábito nos diversos momentos da rotina.

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- Realizar a higiene bucal com autonomia, apropriando-se dos movimentos pertinentes à escovação, significando este momento como

prazeroso; .

- Perceber as necessidades do próprio corpo (fome, frio, calor, sede, cansaço).e ter iniciativa para supri-las como retirar e colocar o

agasalho, beber água, repousar, perceber se o nariz está sujo e assuar o nariz quando necessário.

- Cuidar dos seus pertences pessoais fazendo uso dos procedimentos de organização como retirar e guardar a agenda na mochila;

reconhecer e guardar suas roupas, material de higiene pessoal e objetos de apego na mochila, retirar e colocar calçados;

- Ter cuidados para sua autoproteção e a proteção do outro, prevenindo-se de acidentes: identificar situações de risco e evita-las como não

colocar objetos na boca, no nariz e no ouvido, não passar detrás da balança em movimento etc.

Experiências com as pessoas, os espaços e ambientes da escola:

- Circular cotidianamente por espaços da instituição e interagir com crianças da mesma idade e de idades diferentes, em situações coletivas,

pequenos grupos e duplas;

- Participar de momentos de interação entre crianças de diferentes faixas etárias, como nas atividades intersalas, sábados letivos, dia do

brinquedo, brincadeiras simbólicas;

- Vivenciar brincadeiras simbólicas que permitam significar e ressignificar o mundo social;

- Exercitar a capacidade de realizar escolhas nas diversas situações da rotina escolar;

- Brincar de faz de conta assumindo diferentes papéis (representação e/ou simbólica) para ressignificar e significar o mundo social;

- Participar de situações coletivas de reflexão sobre o cuidado e a proteção de todos ajudando a elaborar regras de convivência, orientações

e procedimentos para o bem estar de todos;

- Fazer uso dos espaços e ambientes da escola reconhecendo sua função, as pessoas adultas e crianças, de modo a despertar a sensação

de pertencimento ao grupo.

- Participar da construção e desenvolvimento da rotina escola;

- Participar de saídas do ambiente escolar em situações de estudo do meio, vivenciando experiências culturais diversas;

-- Conviver com adultos, crianças da mesma faixa etária e de outras idades;

- Desenvolver a sensação de pertencimento ao grupo que é a sua turma, identificando os colegas, sabendo localizar onde está o seu grupo

nos deslocamentos pela escola e onde fica a sua sala;

- Ter carinho e respeito para com o próximo;

- Dividir e/ou partilhar os brinquedos;

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- Estabelecer relações de amizade;

- Resolver os conflitos por meio do diálogo;

- Dividir tarefas;

- Cooperar, compartilhar, solicitar e receber auxílio;

- Fazer escolhas;

- Ganhar e perder e lidar com a frustração;

- Construir e respeitar combinados;

- Esperar sua vez;

- Cumprimentar, agradecer, despedir fazendo uso de expressões de cortesia: obrigada, por favor, com licença, desculpe, bom dia etc.;

- Guardar os brinquedos e materiais e implicar-se nos combinados de organização e utilização dos espaços escolares;

- Formular perguntas, imaginando soluções para compreender o mundo social, manifestando opiniões próprias sobre acontecimentos,

buscando informações e confrontando ideias;

- Observar, falar, ouvir e interpretar os fatos e acontecimentos do mundo à sua volta.

- Conversar sobre diferentes estruturas familiares e relações de parentesco;

- Ampliar conhecimentos sobre aspectos do mundo social experimentando os diversos recursos tecnológicos, como vídeo, máquina

fotográfica, aparelho projetor e computador;

- Utilizar diversas fontes de conhecimento: livros, revistas, CD, DVD, internet, entrevistas com pessoas mais experientes sobre o assunto;

-Registrar impressões, informações, ideias e hipóteses através de diferentes linguagens.

81

3.5. LINGUAGENS E ARTES VISUAIS

3.5.1. LINGUAGEM CORPORAL, MOVIMENTO, TEATRO E DANÇA

OBJETIVOS

- Descobrir o próprio corpo e suas possibilidades;

- Desenvolver todas as suas percepções sensoriais;

- Explorar a si próprio, o espaço e as possibilidades de interação com o outro;

- Desenvolver a orientação e adaptação do seu corpo ao espaço, controlando e ajustando seus movimentos para expressar-se, brincar,

deslocar-se de modo ágil e seguro e construir autonomia de movimentos necessários ao autocuidado;

- Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos variados, explorando ritmos corporais nas suas brincadeiras,

danças, jogos e demais situações de interação com o outro;

- Sentir-se capaz à medida em que desenvolve suas habilidades com o corpo e vence desafios, construindo sua auto-imagem;

- Ampliar seu repertório de manifestações culturais e artísticas por meio do corpo.

- Reconhecer as diferenças corporais de constituição física e de etnia ( peso, altura, de cor da pele, tipo de cabelo, cor dos olhos), de gênero,

de modo de se expressar e de cultura respeitando-se a diversidade.

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS DA LINGUAGEM CORPORAL

- Experiências corporais de acolhimento e afetividade: afago, aconchego, toque e aproximação corporal do adulto e dos colegas;

- Receber atenção e cuidados básicos de alimentação, higiene e proteção;

- Organizar seus pertences: pegar e guardar na mochila o seu material de higiene pessoal e sua agenda;

- Vivenciar os espaços da escola em suas brincadeiras e deslocamentos, conhecendo-os e identificando-os;

- Sentir-se seguro no espaço da escola, sendo capaz de buscar sua sala de referência e seu grupo nos diversos espaços, tanto na hora da

entrada como em situações que necessite se afasta do grupo, como ir ao banheiro ou retornar no refeitório;

- Experimentar os desafios e sensações do espaço físico ao caminhar pelas raízes e pela terra do bosque, pelo emborrachado do parque,

por entre as árvores, atravessar o pátio externo;

- Brincar com elementos da natureza, explorando-os com o corpo: água, areia seca, areia molhada, terra, folhas, gravetos;

- Brincar no parque desenvolvendo habilidade nos brinquedos: escalar, balançar, subir degraus, equilibrar-se, erguer-se;

- Participar de brincadeiras livres e ao ar livre nos espaços externos;

- Participar de brincadeiras organizadas que possibilitem os desafios motores de saltar, empurrar, arrastar, rolar, puxar, abaixar-se, erguer-

se, engatinhar, entrar dentro etc como os circuitos motores, as brincadeiras com pneus, cilindros, motocas, caixas engradadas e de madeira,

caixas de papelão, bolas, arcos, bancos, cordas;

- Vivenciar brincadeiras e jogos corporais apropriados a faixa etária tais como: coelhinho na toca, vivo e morto, seu mestre mandou;

- Vivenciar brincadeiras e cantigas da infância e sua gestualidade;

- Brincar com construções de toquinhos de madeira, jogos de montar e sucatas explorando diversos planos: no chão, na mesa, embaixo da

mesa;

- Incorporar os objetos e mobiliários às suas brincadeiras atribuindo-lhes novos significados como: brincar de ônibus com as cadeiras da

sala, brincar de cabana embaixo das mesas, rolar sobre os tatames etc;

83

-

Participar de brincadeiras que explorem as sensações táteis, olfativas e auditivas como: saco surpresa, cobra-cega, “que som é esse”, etc.;

- Dramatizar histórias usando fantoches, fantasias o apenas o próprio corpo, imitando personagens e produzindo gestos de acordo com o

contexto;

- Assistir e participar de apresentações culturais no teatro, na biblioteca e na própria escola, bem como apreciar apresentações dos colegas

de outras turmas descobrindo prazer em ser expectador;

- Dançar e expressar-se por meio de diversos gêneros musicais.

3.5.2. BRINCAR COMO LINGUAGEM E CULTURA

“O brincar é uma das formas privilegiadas de as crianças se expressarem, relacionarem-se, descobrirem, explorarem e

conhecerem sua realidade física e social. Brincando, constroem sua subjetividade, constituindo-se como sujeitos humanos em determinada

cultura. É, portanto, uma das linguagens da criança e, como as demais, aprendida social e culturalmente. É uma atividade permeada por

valores, atitudes e expressão de sentimentos que possibilita a significação do mundo pelas crianças.” (FARIA, 2012)

O brincar é uma linguagem aprendida social e culturalmente, como as demais: falar, movimentar-se, expressar-se plasticamente. Os

objetos de brincar e as brincadeiras também são produções culturais que fazem parte dos conhecimentos acumulados pela humanidade e

que podem ser transmitidos e reconstruídos pelas novas gerações. As brincadeiras, segundo as DCNEIs, constituem-se em um eixo que

deve permear todo o trabalho pedagógico na educação infantil uma vez que são mediadoras entre as crianças e os conhecimentos e entre

as crianças e seus pares. Portanto, podemos situar o brincar como linguagem e também como cultura. .Na proposta de organização por

campo de experiências, o brincar tem lugar como uma linguagem e uma expressão cultural que é própria da infância, ao lado das outras

linguagens que garantem a expressão e a construção de conhecimentos sobre o mundo pela criança.

84

OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de imaginação e transformação da realidade;

- Conhecer hábitos e costumes de diferentes culturas através do contato com ao acervo de jogos e brincadeiras locais e de outros povos,

de modo a ampliar suas possibilidades de brincar e de dar continuidade a produção cultural da infânica;

- Atribuir significados às situações vivenciadas e observadas no meio físico e social por meio das brincadeiras, de modo a estabelecer e

compreender regras de convívio social, conhecer e controlar suas emoções frente a situações de conflito, compartilhar e construir

conhecimentos juntamente com seus colegas;

- Desenvolver o pensamento abstrato por meio da capacidade da representação nas brincadeiras simbólicas;

- Aprender a brincar junto, compartilhar a brincadeira estabelecendo relações de amizade, organização, cooperação, solidariedade,

confiança, respeito e tolerância com seus pares e com crianças de idades diferentes;

- Explorar o próprio corpo, os sons que consegue emitir, a coordenação dos movimentos e todas as suas possibilidades corporais;

- Desenvolver possibilidades e habilidades corporais construindo noções de força, tempo, posição, deslocamento, lateralidade, percebendo

o próprio corpo e o corpo do outro nas brincadeiras e também desenvolvendo a noção de cuidado e proteção de si e do outro ao balançar,

correr, saltar etc.

- Desenvolver postura crítica em relação ao consumo e aos valores embutidos em brinquedos e brincadeiras, como a supervalorização

econômica de certos tipos de brinquedos e marcas e os estereótipos representados através dos brinquedos.

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE O BRINCAR COMO LINGUAGEM E CULTURA

- Brincar livre e ao ar livre, interagindo com a amplitude do espaço, com os brinquedos, com os materiais, com os elementos a natureza,

com seus pares e com crianças de diferentes idades, de modo que possa criar suas próprias brincadeiras e parcerias nessa construção;

- Aprender a brincar com outras crianças estabelecendo relações amigáveis e se organizando em grupo;

- Lidar com a frustração e os conflitos, construindo meios de negociação de brinquedos e brincadeiras e de explicitação de suas emoções,

desejos e necessidades;

- Experimentar situações e ambientes de brincadeira simbólica em espaços estruturados e organizados, com materiais que provoquem a

imaginação e a representação da criança para viver papéis e criar personagens;

- Participar do planejamento e da organização dos espaços e materiais, contribuindo com o que sabe acerca dos papéis e dos espaços e

ajudando a selecionar materiais e a compor o ambiente da brincadeira, como os jogos de papéis de profissões, casinha, escolinha etc.

- Expandir sua criatividade por meio da livre criação com jogos de construção e encaixe, pedaços de madeira e sucatas;

- Participar de jogos e brinquedos que envolvam o raciocínio lógico e as regras, tais como jogo da memória, jogo de percurso, quebra-

cabeça, dominós de figuras e quantidades, jogos de dados etc.

- Vivenciar brincadeiras tradicionais acumuladas pela cultura, como as brincadeiras cantadas de roda e as brincadeiras gestuais e corporais

a partir das músicas como “boneca de lata” e “ seu lobo está”, as brincadeiras de pegador, de amarelinha, de corda, de pneus, de peteca e

de bola;

- Construir e obedecer regras no contexto das brincadeiras;

-- Vivenciar situações de ganhar e perder;

- Criar estratégias através dos jogos.

- Conhecer, brincar e participar da confecção de jogos e brinquedos da cultura infantil como vai-e-vem, pé de lata, bolinha de sabão, pião,

carrinho de rolimã etc.

- Criar estratégias através dos jogos.

86

3.5.3. LINGUAGEM E ARTES VISUAIS E PLÁSTICAS

A aquisição da função simbólica possibilita também às crianças se expressar, comunicar ideias, atribuir sentido ao mundo, às sensações,

aos pensamentos e transformar a realidade por meio da linguagem visual e plástica. Essa linguagem é essencialmente responsável pela

produção cultural humana relativa às artes visuais e se manifesta por meio de diferentes modalidades-desenho, ilustração, gravura, pintura,

bordados, escultura, construção, instalação, fotografia, cinema, televisão, computação gráfica, dentre outras. Essas modalidades se

concretizam pela organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional quanto tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz, (...),

integrando os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e comunicativos na perspectiva de compartilhar significados. (MEC/

SEF,1998, vol 3 in FARIA 2012).

OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de se expressar, de atribuir sentidos ao mundo, às sensações, aos pensamentos; - Conhecer e utilizar diversos suportes, materiais, instrumentos, técnicas e procedimentos que irão favorecer a expressão por meio dessa linguagem; - Construir repertórios visuais, cada vez mais ricos, a partir da exploração das diversas formas, texturas e cores do mundo e do acesso a obras artísticas; - Desenvolver a sensibilidade artística e a capacidade de apreciação estética; - Construir uma atitude de autoconfiança por sua produção artística e de respeito pela produção do colega; - Frequentar ambientes em que as manifestações culturais e artísticas possam estar presentes;

- Cuidar da organização do espaço e dos materiais, tanto durante o processo criativo quanto no momento expositivo;

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EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE A LINGUAGEM E ARTES VISUAIS E PLÁSTICAS

- Rabiscar, pintar, desenhar, ilustrar, modelar, construir, recortar à sua maneira e colar, dando significado às suas ideias, aos seus

pensamentos e sensações;

- Fazer suas próprias narrativas visuais por meio das diversas modalidades dessa linguagem;

- Expressar-se, utilizando diversos suportes, materiais, instrumentos e técnicas;

- Misturar e descobrir cores;

- Explorar e combinar formas;

- Explorar texturas;

- Construir brinquedos e outros objetos;

- Descobrir diferentes possibilidades de utilização de materiais nos planos bidimensional e tridimensional;

- Decorar a sala e outros ambientes da escola;

- Criar cenários e figurinos;

- Apreciar obras de arte, refletindo sobre os elementos que permitem a concretização dessas obras (forma, espaço, cor, luz, textura, volume,

linhas, pontos etc) e sobre os suportes, materiais, instrumentos, técnicas e procedimentos utilizados na produção da obra;

- Criar, recriar e fazer novas produções a partir de obras de arte;

- Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas - desenho, pintura, escultura, colagem, entre outras;

- Sentir-se respeitado e valorizado nas suas produções;

- Ter acesso a outras modalidades de arte que se utilizam também da linguagem visual e plástica, como teatro, dança, cinema etc;

- Pesquisar e ter acesso a informações sobre aspectos da história da arte, a biografia e a produção artística de artistas variados;

- Participar de situações coletivas de organização do espaço, na sala de aula ou ateliê, em espaços de criação artística e espaços

expositivos;

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- Conhecer museus, teatros, cinemas - locais que abrigam artes visuais e plásticas;

- Ter contato com livros e imagens de obras de artes impressas ou através dos recursos audiovisuais (computador, projetor, tablets, tv,

dvd);

- Pesquisar e ter acesso a informações da história da arte, como a biografia, os temas e características de determinados artistas ou épocas

de produção.

3.5.4. LINGUAGEM E ARTE MUSICAL

A música é outra das múltiplas linguagens que possibilita a expressão de sentimentos, sensações, pensamentos e o compartilhamento de

significados entre os sujeitos de uma cultura. É, portanto, prática humana, traduzida pela relação que vai sendo estabelecida entre som e

silêncio. O som é resultado do movimento do ar provocado pela vibração de objetos e o silêncio é a pausa. A música, por conseguinte,

resulta dessa combinação intencional e expressiva entre as pausas e as diversas qualidades do som: alto (grave e agudo) ; intensidade

(variação do volume entre forte e fraco); duração (tempo de ressonância que varia do mais curto até o mais longo); timbre (caracterizado por

sua fonte sonora. Ao se combinar de formas diferentes essas diversas qualidades do som, produz-se melodias, ritmos, harmonias e

andamentos diversos, determinando, assim, nossa intenção comunicativa.(...) Nesse sentido, é fundamental que a música seja trazida para a

Educação Infantil nas suas várias modalidades: apreciação musical, interpretação ou execução musical e a produção ou composição

(FARIA,2012)

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OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de percepção dos sons do seu próprio corpo, dos diversos seres, elementos da natureza e dos objetos do

mundo natural e social;

- Desenvolver a capacidade de reconhecer as diferentes qualidades do som (altura, duração, intensidade e timbre)

- Ampliar o universo sonoro, tendo acesso a um repertório diversificado de músicas;

- Conhecer e explorar diversos instrumentos musicais;

-Desenvolver a capacidade de apreciação musical, refinando o gosto e a sensibilidade em relação à música;

- Reconhecer a música como patrimônio cultural da humanidade;

- Desenvolver atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, com a voz e com o corpo enquanto materiais expressivos.

EXPERIÊNCIAS RELACIONADAS AOS SABERES E CONHECIMENTOS SOBRE A LINGUAGEM E ARTE MUSICAL

- Pesquisar os sons produzidos pelo corpo, pelos objetos, pelos elementos da natureza, explorando suas qualidades;

- Apreciar diferentes tipos de música para interagir e ampliar conhecimentos;

- Ampliar a linguagem à medida que a articulação das palavras ocorre ludicamente;

- Imitar e inventar sons com o corpo e com os objetos;

- Ter contato com fontes sonoras diversas, explorá-las e discriminá-las por meio de brincadeiras;

- Produzir e utilizar brinquedos sonoros em brincadeiras rítmicas e jogos sonoros;

- Escutar sons do entorno e estar atento ao silêncio;

- Cantar músicas diversas, a partir de imagens ou apoiando-se na memória;

- Participar de brincadeiras cantadas;

- Acompanhar músicas com gestos;

90

- Dançar ao som de ritmos diversos;

- Representar músicas corporalmente ou por meio da expressão plástica;

- Reconhecer e fazer a marcação de ritmos diversos;

- Escutar músicas de diversos estilos, por meio da audição de CDs, Dvds, rádio, computador ou intérpretes que vão à escola;

- Conhecer instrumentos musicais identificando suas características de produção de som (cordas, sopro, percussão, teclado).

3.5.5. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA

OBJETIVOS CONTEÚDOS

- Desenvolver o gosto por ouvir e contar histórias e fatos;

- Adquirir e ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação e expressão.

- Desenvolver atitudes de ouvintes,

- Desenvolver postura de leitor;

- Relatar fatos com clareza e coerência;

- Identificar e nomear as letras do alfabeto;

- Reconhecer o nome de colegas e outros que lhe sejam significativos

- Reconhecer seu nome escrito;

- Familiarizar-se com a escrita, estabelecendo relações entre as palavras;

- Estabelecer relação entre a fala e a escrita;

- Ampliar seu vocabulário;

- Desenvolver suas possibilidades de organização de ideias e comunicação; (0 a 3);

- Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem

oral;

-

- Uso da linguagem verbal para

expressar-se nas diversas situações de

interação presentes no cotidiano,

comunicar necessidades e desejos,

conversar, narrar, descrever, perguntar e

responder;

- Participação em jogos de linguagens

como as rodas de música, parlendas,

brincadeiras cantadas, brincadeiras

simbólicas;

- Reconhecimento e escrita do nome

próprio;

- Reconhecimento do nome dos colegas;

- Participação em situações de escrita

91

-

- Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem

escrita;

- Estruturar sequências de ideias;

- Ampliar a capacidade de argumentação, narração de fatos e interlocução;

- Ler em diferentes situações, com diferentes intenções e finalidades;

- Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores;

- Compreender a função social da escrita;

- Produzir e revisar textos, respeitando a estrutura do gênero escolhido;

- Avançar nas hipóteses de escrita;

coletiva e individual;

- Apreciação de leituras diversas: histórias

e contos, poesias, textos informativos;

- Escrita pelo próprio aluno segundo suas

hipóteses.

- Escrever o próprio nome e os dos colegas;

- Considerar e respeitar as variações linguísticas que fazem parte do Português falado.

- Relatar experiências vividas e narrar fatos em sequência temporal e causal.

- Recontar histórias conhecidas com aproximação às características da história original

no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda

do professor.

- Conhecer e reproduzir oralmente jogos verbais, como trava- línguas, parlendas,

advinhas, quadrinhas, poemas e canções.

92

3.6. MATEMÁTICA

OBJETIVOS CONTEÚDOS

Propiciar oportunidades para que a criança seja capaz de:

- Reconhecer para que servem os números

- Identificar e nomear figuras geométricas

- Estabelecer relações entre as figuras geométricas

- Desenvolver noções espaciais

- Fazer relações entre medidas (convencionais ou não)

- Quantificar, contar, registrar e fazer estimativas

- Relacionar quantidades e numerais

- Identificar os números nos diferentes contextos em que se encontram de acordo com

seu uso social

- Identificar semelhanças e diferenças entre objetos, bem como a posição destes no

espaço.

- Tamanho

- Espessura

- Textura

- Quantidade

- Pesos

- Medidas

- Localização espacial

- Posições

- Número (quantidade)

- Numeral (representação gráfica)

- Sistemas de numeração

- Espaço e forma

- Resolver problemas de ordem espacial (posicionar-se, deslocar-se, organizar objetos,

etc.)

- Resolver problemas de ordem prática (distribuir materiais, dividir peças de brinquedo,

etc.)

- Estabelecer relações temporais (dia, mês, ano, manhã, tarde, noite)

- Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados

encontrados em situações, problemas relativos à quantidade, espaço físico e medida,

- Conhecer e utilizar o sistema monetário

- Operações

- Sistema Monetário

93

4. Rotina

4.1. Período de Adaptação

Consideramos o processo de adaptação da criança na escola o ponto de partida para uma vida escolar rica em experiências e

aprendizagens. Acreditamos também que o sucesso deste período esteja diretamente relacionado à forma como todas as pessoas são

acolhidas no espaço escolar no início do ano letivo - equipe escolar, famílias e crianças. Por isso, no início do ano, nos dedicamos a planejar

ações que traduzam cada vez mais os conceitos de acolhimento e afetividade nas práticas cotidianas do período de adaptação, conforme a

Proposta Curricular de São Bernardo do Campo (2007).

“O acolhimento oferecido às crianças e familiares é fator fundamental para a efetivação de um processo de

adaptação no qual todos os envolvidos possam sentir-se bem recebidos, seguros, confortáveis e queridos.

“Considerar a adaptação sobre o aspecto do acolher, aconchegar, procurar oferecer bem-estar, conforto físico e

emocional, amparar, amplia significativamente o papel e a responsabilidade da instituição de educação nesse

processo”. (Ortiz, 2000, pag,7, grifo nosso).

O período de adaptação ou período de acolhimento – como preferimos nomear - é de extrema importância para todos, pois de um ano

para o outro sempre ocorrem mudanças que requerem adaptações e o “acostumar-se ao novo”. As mudanças geralmente geram dúvidas e

ansiedades que precisam ser cuidadas, mesmo para as crianças que já frequentaram a escola no ano anterior. Muda-se de sala, de

professora, de período, de grupo. Importante lembrar que também as professoras e os funcionários vivenciam essas mesmas mudanças,

devido às alterações que ocorrem na equipe. Por isso, faz-se necessário o envolvimento de toda a equipe escolar na reunião de

planejamento do período de adaptação, promovendo-se a reflexão sobre os detalhes que farão com que nossas crianças sintam-se acolhidas

e formem (ou fortaleçam) vínculos com a escola. Da mesma forma se faz necessário um cuidado especial com os novos funcionários e

professores para que se sintam bem acolhidos e seguros do seu papel neste processo.

Em relação à equipe escolar o acolhimento planejado previamente pela equipe gestora se inicia na primeira Reunião Pedagógica do

ano e o acolhimento pensado para as famílias e crianças ocorre na primeira reunião com pais que antecede o início das aulas. Para as

94

famílias dos alunos novos, há também uma reunião de acolhimento que ocorre logo após o período de matrículas, no mês de novembro do

ano anterior. Nesse momento são apresentadas informações detalhadas sobre o funcionamento da escola, das questões que dependem da

Secretaria de Educação, apresentação da rotina da escola, do espaço, das pessoas, do cardápio e a abertura de vários canais de

comunicação. Essa reunião faz com que as famílias comecem a se sentir seguras desde os primeiros contatos, contribuindo assim para que

tragam seus filhos à escola com confiança e tranquilidade.

Nas duas primeiras semanas, ocorre a redução do tempo de permanência na escola para todas as crianças, em um período de duas

horas. Esta redução tem o tempo prolongado em mais uma semana para as crianças menores, das turmas de infantil III e pode ser estendido

ainda mais no caso de crianças que demonstrem maiores dificuldades em permanecer na escola. Neste ano de 2018 experimentamos uma

forma de acolhimento que foi bastante validada pelos professores, pois o objetivo principal para este período foi atingido em quase a sua

totalidade. Na primeira Reunião com Pais as professoras explicaram como faríamos o acolhimento nesse ano. Combinaram que no primeiro

dia todas as famílias enviariam um representante para acompanhar a criança na escola, em propostas previamente planejadas e que

primavam pela interação, descontração, apresentação dos familiares, das crianças e do espaço físico da escola. Além disso, a partir do

segundo dia, organizaríamos dois agrupamentos de crianças ao longo do período, um no primeiro horário (das 8h às 10h e das 13h às 15h) e

outro no segundo horário (das 10h às 12h e das 15h às 17h). Embora tenha ficado para as professoras uma rotina bastante intensa e para as

famílias uma rotina um pouco corrida, a avaliação foi bem positiva, pois o objetivo principal desse período que é o de a professora conhecer

melhor cada criança e dar-lhe uma atenção mais individualizada foi atingido. Passado esse período de adaptação as professoras puderam

dar seguimento aos agendamentos das entrevistas com as famílias. A entrevista permite que cada família seja atendida individualmente pela

professora e possa haver uma primeira aproximação entre ambas, de forma a constituir uma parceria importante e necessária durante todo o

ano. A interação família/escola é muito valorizada, pois esta troca de experiências contribuirá muito para o desenvolvimento da criança, bem

como possibilitará que a professora conheça um pouco mais de cada criança sob a ótica da família, levantando “pistas” de como agir com

cada uma para bem acolhê-la bem e iniciar o trabalho pedagógico. Algumas questões servem para nortear o diálogo com as famílias:

se a criança tem uma figura de referência em outra sala (irmão, primo, vizinho), pois a aproximação deste pode facilitar o seu

acolhimento;

a saúde da criança - alergias e restrições alimentares, doenças e tratamentos que realiza, convulsões etc;

95

hábitos, gostos e preferências (objetos de apego, hábitos de alimentação, rotina de sono, brincadeiras, brinquedos, músicas e vídeos

conhecidos etc.);

o temperamento e as características da criança na visão da família;

como a família costuma acalmar a criança quando está insegura ou chorando;

saber se a criança utiliza o banheiro sozinha e se há crianças que usam fraldas;

expectativas da família em relação às aprendizagens da criança na escola.

Retomando ainda algumas ações sobre o período de adaptação, também se incentiva a permanência de um familiar por mais alguns dias

quando se observa que isso pode acalmar a criança que está insegura, permitindo, assim que a professora e o grupo de crianças se

aproximem aos poucos. Conforme esta aproximação vai ocorrendo, a equipe irá combinar com o familiar da criança o seu afastamento

gradual. O mesmo ocorre nos casos das crianças com necessidades especiais por conta das possíveis limitações de comunicação e que

necessitam de cuidados específicos com a alimentação, o posicionamento corporal e a locomoção. Durante esse período de acolhimento e

adaptação algumas crianças manifestam sofrimento ou desconforto, percebidos através do choro, da apatia, da timidez, da tristeza, da

negação à participação, do silêncio, da recusa ao toque. É por isso que, considerando a necessidade de um bom atendimento à criança, de

acordo com as necessidades observadas, solicitamos a permanência de um membro da família durante o período em que se fizer necessário.

Nesse período de adaptação a equipe teve especial preocupação em planejar ações que pudessem encantar a criança, para que conhecesse

e gostasse da escola, apresentando-lhe os novos amigos, os funcionários, os espaços e possibilitando que alguma produção realizada na

escola fosse para casa, para servir como a memória do dia vivido na escola junto a pessoas que a crianças estava conhecendo e passando a

interagir.

“Uma criança em período de adaptação tem suas energias voltadas para a elaboração da separação, dividindo-se entre o

deslumbramento perante o novo e o medo provocado por ele”.

Juliana Davini

96

As principais ações planejadas pela equipe escolar para o acolhimento das crianças são:

Utilizar a música como um valioso recurso de envolvimento: cantar, dançar, fazer gestos, produzir sons (ex: música Sai, piaba)

Planejar cantinhos de exploração do brincar como forma de recepcionar melhor a criança, oferecendo-lhe opções diferenciadas de

brincadeiras simbólicas;

Envolver-se nas brincadeiras com a criança é uma forma de buscar aproximação, ensinar a brincar, conhecer melhor a criança e fazer

mediações para que elas se integrem e brinquem juntas;

Identificar colegas que estiveram na mesma sala no ano anterior, facilitando a aproximação dos mesmos para que se sintam mais

acolhidos ao encontrar alguém já conhecido;

Apoiar-se na expressividade como um recurso muito importante para despertar o interesse e o envolvimento da criança - entonação,

expressão facial e corporal durante as brincadeiras, cantigas, contação de histórias, faz-de-conta;

Buscar espaço aberto, passear pela escola, pois lugares muito fechados podem angustiar ainda mais as crianças que estão chorando;

Apresentação dos espaços da escola;

Propiciar muitas situações de diálogo com a criança para conhecê-la melhor: nas brincadeiras, nas situações cotidianas, em rodas de

conversa e rodas de história com temas que favoreçam opinar e falar de si;

Conversar com a criança a fim de tentar traduzir/oralizar o que ela está sentindo e vivenciando;

Utilizar-se das informações extraídas das trocas com as famílias como, por exemplo, manter um objeto de apego junto à criança;

Planejar leituras e contações de histórias que sejam bastante atrativas, com diferentes recursos, como os fantoches e os livros pop-up;

Compartilhar com as crianças o planejamento do dia no início do período, antecipando a rotina que irá ocorrer;

Planejar uma sequência de atividades para conhecer as pessoas e os espaços da escola;

Dar ênfase no planejamento aos procedimentos e combinados em relação ao uso dos materiais e dos espaços;

Ter maior flexibilidade na rotina, buscando ajustar o planejamento aos tempos e necessidades das crianças;

Confeccionar com as crianças alguns brinquedos, desenhos, pinturas para levar para casa e servir como “memória, lembrança” da

escola, com o objetivo de despertar o desejo de a criança retornar à escola no dia seguinte.

97

É importante ressaltar que esse processo de adaptação varia muito de criança para criança, de família para família, de acordo com a faixa

etária, e que, portanto, existem processos de adaptação que ocorrem de forma bastante tranquila. Nesses casos as crianças estabelecem

com a escola, desde o primeiro momento, uma relação de total empatia e vêm felizes e seguras para este espaço que, até então, lhes era

desconhecido. Com certeza alguns elementos podem colaborar para este bem-estar inicial por parte de muitas das crianças: a família ter sido

bem recebida no ato da matrícula e transmitir aos filhos essa sensação de segurança, as famílias já conhecerem a escola ou já terem

estudado nela, a criança já ter tido contato com a escola no ato da matrícula ou em outro momento, a forma como o período de acolhimento

foi planejado, com atividades atraentes e lúdicas e como a criança foi recepcionada pela equipe no seu ingresso na escola. Um fator

facilitador é que grande parte dos alunos já frequentavam a escola no ano anterior (matrículas renovadas) e já sabiam como funciona a rotina

da escola.

Considerando que algumas crianças ingressam em outros momentos do ano letivo, procuramos cuidar para que esse acolhimento e

adaptação também ocorram, pois a necessidade de cada criança precisará ser levada em consideração. Nesse primeiro momento, a família é

recepcionada pelo oficial de escola, que depois de efetivar a matrícula, indica o preenchimento de outros impressos necessários (autorização

de uso da imagem, autorização de imagem para o blog, pessoas autorizadas a retirar a criança na escola, autorização para a saída com o

transporte escolar) e dá as informações essenciais para o início da frequência na escola. Desde o ano anterior, uma ação que foi implantada

a fim de possibilitar um primeiro contato entre os pais e a professora e que a equipe validou como muito positiva, foi o de apresentar a

professora da criança à família antes de a criança iniciar, possibilitando esse primeiro contato, fazendo alguns combinados mais pontuais

para que, somente no dia seguinte a criança viesse à escola. Quando a matrícula ocorrer no período contrário em que a professora trabalha

algum membro da equipe de gestão poderá atender essa família, sendo a ponte entre ela e a professora e combinando o horário mais

oportuno para esse contato inicial acontecer. Além disso, nas vagas remanescentes e após o oficial de escola ou AD terem feito o

chamamento para a matrícula da criança a Coordenadora é solicitada a entrar em contato com a família para saber um pouco mais sobre a

criança e depois definir em qual agrupamento a criança ficará, mediante o perfil do grupo e da professora.

Enfim, (...): queremos fazer um vínculo de confiança com estes pais, para que a estadia da criança na escola seja prazerosa e produza

crescimento intelectual, social, sensível e afetivo. Queremos que estes pais sejam parceiros, cúmplices de nossos objetivos e que possamos

nos entender nos momentos de divergências ou conflito, que com certeza passaremos. Desejamos que os pais possam nos ajudar com

98

participação e interesse e que a adaptação seja mais humana e tranquila para ambos. Enfim, não queremos pouco... por isto e para isso

trabalhamos.”

(Do texto “Enfrentando conflitos de separação”, Juliana Davini)

4.2. Organização da Rotina

“A rotina representa a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com

as crianças. A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e a situações de aprendizagens orientadas” (BRASIL, V.1, 1998, p.54).

Quando a criança se apropria do sistema de organização da rotina, ela sente-se mais segura, podendo prever e planejar suas ações.

Para as professoras, a rotina também é essencial, pois é a partir dela que elabora o seu planejamento didático.

O educador deve refletir sobre a construção desse planejamento, pois, de acordo com Proença (2004, p.13): “A rotina estruturante é como uma âncora do dia-a-dia, capaz de estruturar o cotidiano por representar para a criança e para os

professores uma fonte de segurança e de previsão do que vai acontecer. Ela norteia, organiza e orienta o grupo no espaço escolar,

diminuindo a ansiedade a respeito do que é imprevisível ou desconhecido e otimizando o tempo disponível do grupo. É um exercício

disciplinar a construção da rotina do grupo, que envolve prioridades, opções, adequações às necessidades e dosagem das atividades. A

associação da palavra âncora ao conceito de rotina pretende representar a base sobre a qual o professor se alicerça para poder prosseguir

com o trabalho pedagógico.”

4.3. Atividades da Rotina

4.3.1 ATIVIDADES INTERSALAS

Consiste numa atividade planejada pelas professoras e equipe gestora e tem como

objetivos: desenvolver atitudes de iniciativa, escolha, socialização, integração, responsabilidade e

ampliação de conhecimentos, além de auxiliar na construção da autonomia. Na atividade de

99

intersalas as crianças interagem com os colegas de outras turmas, bem como com outras professoras, tornando-se um momento muito

valioso de interação, convívio com crianças de faixas etárias diferentes e ampliação de experiências.

O processo de autonomia ocorre à medida que as crianças podem escolher qual atividade desejam participar, a partir das propostas

apresentadas. Essas diferentes propostas são planejadas e organizadas previamente e contemplam as diferentes linguagens, as diversas

áreas do conhecimento, um tema previamente escolhido pela equipe ou ainda atividades relacionadas aos Projetos coletivos da escola.

Elas ocorrem quinzenalmente e as mesmas propostas são repetidas por um bimestre para que as crianças tenham a possibilidade de

experimentar propostas diferentes ou mesmo repetir alguma que gostaram bastante de vivenciar. Após este período a equipe planeja novas

propostas, em horário de HTPC, a fim de garantir que o planejamento seja coletivo e que todos saibam quais atividades foram planejadas.

Após socializar com as crianças da turma quais serão as propostas das Intersalas cada professora organiza o momento da escolha da

forma como avalia ser mais produtiva: registrando num cartaz os nomes das crianças, colando as imagens relativas a cada proposta,

utilizando as cores como um recurso de associação à proposta escolhida, enfim, garantindo que o

processo de escolha seja um momento rico de associações. Essa organização possibilita

diversas experiências: de leitura de nomes, de leitura de imagens, de relação com as cores, uma

vez que cada proposta é representada por uma cor, quantidade. Cada professora recebe uma

quantidade de crachás, com sete cores diferentes e em quantidades equivalentes para cada

atividade. Isso garante que não haja um número excessivo de alunos em uma ou outra atividade.

Em cada crachá com a cor há também o nome do aluno e de sua professora, como forma de

garantir que todos da equipe escolar possam se reportar às crianças pelo seu nome.

O momento da escolha geralmente ocorre no mesmo dia da realização da atividade, no

início do período, possibilitando que os alunos frequentes nesse dia façam a escolha e participem da mesma ao final do período. Nas

propostas de Intersalas em que há alguma produção das crianças essas produções são levadas para casa no mesmo dia ou no dia seguinte,

caso tenha tinta ou cola para secar. Isso possibilita que as crianças compartilhem com as famílias as experiências que tiveram na escola,

tornando essa proposta ainda mais significativa.

100

A equipe escolar, como um todo, é envolvida no momento da realização das Intersalas a fim de garantir uma boa circulação das

crianças pelo espaço, auxiliá-las a encontrar o espaço ou sala que escolheram para realizar a proposta, cuidar da segurança e do bem estar

de todas, inclusive em relação ao uso dos banheiros, caso alguma criança necessite utilizá-lo nesse momento.

No período da manhã, ela tem início às 11h, momento em que as crianças já ficam organizadas no lado de fora de sua sala de aula e,

ao toque de um sinal sonoro encaminham-se para o local que escolheram. Às 11h30 um novo sinal é dado, indicando às crianças que é o

momento de retornarem para a sua sala de aula. No período da tarde os mesmos procedimentos são utilizados e a atividade tem início às

16h e termina às 16h30.

Além disso, ao término da atividade, quando as crianças retornam para suas salas, elas participam de uma roda de conversa, na qual

contam para os demais colegas sobre sua experiência e sua aprendizagem na atividade que vivenciou. Essa socialização serve de

“propaganda” sobre cada proposta e incentiva os colegas a participarem dessas vivências nas próximas semanas.

4.3.2- ATIVIDADES DIVERSIFICADAS

A atividade diversificada corresponde a uma forma de organização que pode ser definida como uma

condição de trabalho em “pequenos grupos”, em que as crianças experimentam, em um dado momento,

possibilidades variadas de brincadeiras e de produções de trabalho, ligados ou não a

projetos que elas estejam desenvolvendo no agrupamento.

Tem por objetivo desenvolver na criança a iniciativa de escolha,

a responsabilidade, o respeito ao direito alheio, a cooperação, a

socialização e a construção de sua autonomia. Neste momento é

organizado um rol múltiplo e variado de experiências para que possam

escolher em quais desejam participar. A atividade diversificada pode ser organizada

previamente pela professora ou juntamente com as crianças. Nesse momento o espaço da sala de aula é

planejado de modo a se tornar um ambiente acolhedor, com cantos de brincadeira simbólica e com materiais e

brinquedos que possibilitem às crianças experimentar diversas propostas, sempre podendo escolher qual delas querem vivenciar. Enquanto

101

a atividade diversificada acontece as crianças têm a possibilidade de mudar de proposta, vivenciando também outros cantos ou brinquedos.

Vale ressaltar que a participação das crianças pode ocorrer também no momento anterior à realização da atividade, quando a professora

planeja esse momento junto com elas, fazendo um levantamento dos “cantos” que a turma deseja que aconteçam na próxima semana, dos

materiais e dos brinquedos que serão necessários e onde cada canto ficará. Dessa forma, a avaliação e participação das crianças se tornam

elementos fundamentais para uma atividade diversificada de qualidade.

4.3.3 BRINCADEIRA SIMBÓLICA

A brincadeira simbólica é muito importante nesta fase em que as crianças se encontram.

Por meio dessa proposta as crianças têm a oportunidade de vivenciar papéis, elaborar e

compreender melhor o mundo em que vivem. Por isso ela pode ocorrer no momento da

atividade diversificada, como uma das experiências possíveis de ser ofertada às crianças ou

em outros momentos da rotina, devendo, porém, ser privilegiada na rotina semanal.

Nesta brincadeira, a professora organiza o espaço com materiais diversos, pensando

nas necessidades das crianças, facilitando a expressão de sentimentos, estimulando sua

criatividade e oralidade, incentivando a fantasia e facilitando a compreensão de si mesmo.

4.3.4 RODA DE CONVERSA

Tem por objetivo proporcionar momentos nos quais a criança possa expressar-se oralmente,

valendo-se de suas capacidades comunicativas: falando, perguntando, expondo suas ideias, dúvidas e

descobertas. É uma atividade que ocorre diariamente e cada professora organiza esse momento

de formas diferenciadas: roda sobre o final de semana, sobre curiosidades, roda de apreciação

artística, entre outras, respeitando as necessidades de cada turma e o planejamento da

professora. O papel da professora é conduzir esse momento para que haja a participação de

todos. A roda de conversa é uma importante atividade que pode ser utilizada também como

recurso no desenvolvimento dos projetos didáticos. Além da capacidade de expressão oral, muitas

102

vezes a professora pode se valer de outras estratégias, como por exemplo, a utilização de imagens, a fim de estimular a comunicação por

parte de crianças que possuem alguma dificuldade de expressão verbal, seja por timidez, por dificuldade na verbalização de fonemas (o que

torna sua fala não inteligível), ou outros. Considerando a diversidade das crianças, é importante que várias estratégias sejam planejadas a fim

de possibilitar que todos possam comunicar ideias, desejos, necessidades. O caderno de comunicação tem sido um recurso utilizado com

algumas crianças (autistas, deficientes visuais, atraso global no desenvolvimento, entre outros)em parceria com as famílias, como forma de

atingir esse objetivo. Ele serve para comunicar o que a criança faz de significativo na escola e o que faz de significativo em casa,

comunicando essas informações aos colegas e professora.

4.3.5 MOMENTOS DE LEITURA

A sala de aula e a biblioteca são espaços diferenciados, porém ambos completam-se e

colaboram para a formação global do aluno.

A biblioteca é um espaço agradável, podendo ser utilizado para momentos de história,

pesquisa, vídeos, entre outros. Nesse espaço professores e alunos desenvolverão trabalhos

relacionados ao planejamento didático, lançando mão de todos os recursos disponíveis (livros,

CDs, fantasias, fantoches, TV, DVDs, episcópio, aparelho de som).

Cada turma tem em sua rotina semanal um horário específico para o uso da biblioteca,

uma vez por semana com a duração de trinta minutos, mas a professora pode agendar mais horários

semanais de acordo com sua necessidade.

Dentro desse tempo, é importante que se garantam alguns minutos para que as crianças

possam reorganizá-lo antes de sair, recolocando livros, cadeiras, tapetes e almofadas em seus

devidos lugares, garantindo assim a manutenção da organização do espaço, que é de uso coletivo.

Para tanto, é importante que a professora oriente seus alunos sobre a maneira como os recursos da

biblioteca são organizados e esteja atenta na reorganização dos mesmos após o uso, uma vez que

nossa escola não possui uma pessoa específica para cuidar deste espaço. Ficou acordado com o

103

grupo que quando forem encontrados livros que precisem de reparos, estes devem ser encaminhados à Coordenação para que possam ter

tomadas as medidas necessárias (conserto de reparos ou descarte).

Além desse momento de leitura, a escola realiza o trabalho de Biblioteca Circulante, no qual as crianças escolhem um livro para levar

para casa a fim de compartilhar com a família. Às quintas-feiras, semanalmente, as crianças vão até a Biblioteca, escolhem um livro, colocam

em sua “sacola de empréstimo” e levam-na até a classe, onde a

professora registrará em impresso próprio, os nomes dos títulos escolhidos pelas crianças. O empréstimo pode ocorrer também do acervo

que existe nas salas de aula. A devolução dos livros deve ocorrer na 2ª feira seguinte e caso isso não ocorra, a professora solicita-o à família,

por meio de bilhete, a fim de que o acervo da escola fique sempre em condições satisfatórias para o trabalho de leitura realizado diariamente

pelas professoras.

4.3.6 HORA DA HISTÓRIA

Ocorre diariamente na rotina das turmas e é de extrema importância uma vez que é por meio dela

que a leitura é valorizada, como: fonte de prazer e entretenimento, de informações sobre as

diversas formas culturais (valores, costumes, comportamentos),

possibilidade de desenvolver o imaginário das crianças, entre outros. A

história possibilita às crianças o contato com o mundo letrado, com

portadores textuais diferentes e com o processo de alfabetização de uma forma mais ampla.

4.3.7 HIGIENE

Escovação: A escovação é muito importante dentro da rotina de nossa escola. Cabe ao professor

orientar os alunos quanto à quantidade de creme dental, cuidados com a escova e formas de utilizá-la para

garantir uma boa escovação.

Assim sendo, os dentes deverão ser escovados após o lanche, e no caso do Integral, após o almoço

Aluno Jailton – professora Cristiane

104

também. Nestes momentos poderão ser avaliadas as atitudes e procedimentos dos alunos a respeito do hábito da escovação.

Banheiros: O uso do banheiro necessita da intervenção pontual do professor. Este deve orientar os alunos em relação ao uso correto do

vaso sanitário, da descarga, do papel higiênico e da água, para lavar as mãos após o uso dos sanitários, no último caso, aproveitar para

trabalhar a questão do desperdício.

Incentivar o uso da toalha de pano e do copo plástico, também é fundamental para que a criança prenda, desde cedo, a criar uma

conscientização sobre as maneiras como ela pode ajudar na preservação do meio ambiente, mesmo sendo ainda tão pequena.

4.3.8 HORA DO LANCHE

O cardápio oferecido para as crianças é determinado pelo serviço de alimentação

escolar da Secretaria de Educação. Cada turma toma o lanche no refeitório, seguindo o

horário da rotina escolar. Antes de entrar no refeitório as crianças realizam, juntamente com

a professora, a leitura do cardápio do lanche, como forma de antecipação dos alimentos

que serão servidos no dia. A professora costuma estimular as crianças a utilizarem

estratégias de leitura a fim de ler os itens descritos no cardápio, chamando a atenção para a

letra inicial e final das palavras, relacionando uma palavra à letra do nome de alguma

criança da turma, entre outras.

O momento do lanche, além de ser um momento de socialização, do prazer de estar junto degustando os alimentos oferecidos, também é um

momento de aprendizagem, portanto a intervenção do adulto é muito importante para a construção de novos conhecimentos. Torna-se

conteúdo de trabalho pedagógico o desenvolvimento das crianças para uma alimentação saudável. Deste modo, além do incentivo no

momento do lanche, várias atividades são planejadas com o objetivo de conhecer, explorar e provar os alimentos, como por exemplo, a

apresentação e degustação das frutas que é realizada nas rodas de conversa. Outro incentivo para que as crianças se alimentem bem é

oportunizar lhes a autonomia ao se servir. Na rede municipal, adota-se o sistema de self-service, possibilitando que a criança se sirva

sozinha. Para isso, caberá ao professor e às merendeiras:

1. Permitir que as crianças escolham com quem e onde querem sentar-se;

105

2. Orientá-las sobre o procedimento de pegar o guardanapo de papel e o copo, bem como a melhor organização de seus objetos na mesa;

3. Permitir que as crianças sirvam-se sozinhas seja qual for o alimento, pois elas só aprenderão a controlar peso e quantidade, bem como o

manuseio de talheres e utensílios, fazendo o uso destes.

4. Incentivar a criança a experimentar os alimentos, falando sobre a importância destes para a saúde, para que possam sentir novos

sabores e depois decidir se gostam ou não.

5. Orientá-las sobre como servir-se do suco/leite, para que aprendam a controlar o peso da jarra e a quantidade a ser colocada no copo.

6. Orientá-las sobre como servir-se do pão e do recheio (não apertar todos os pães do cesto, não tirar o miolo dos pães, quantidade a ser

consumida).

7. Orientá-las sobre a forma de servir-se de sucrilhos, arroz doce e canjica (controle da concha, utilização da colher).

8. Orientá-las sobre o respeito para com os colegas, esperando que estes se sirvam para depois se servir e quanto ao uso de palavras de

cortesia: por favor, obrigado (a).

9. Orientá-las sobre hábitos de higiene e respeito na alimentação ( mastigar de boca fechada, não tossir sobre o alimento, quando morder o

pão não devolvê-lo no cesto, não devolver o suco do copo na jarra etc.)

10. Orientá-las que ao falar no horário de alimentação, devem falar baixo, de forma tranquila,

sem prejudicar a mastigação, para que não haja problemas com a digestão dos

alimentos.

11. Orientá-las sobre os procedimentos para manutenção da limpeza do espaço: jogar

migalhas, restos de alimentos e cascas no lixo, colocar copos e talheres sujos em

recipiente próprio.

12. Orientá-las sobre procedimentos para manutenção da organização do espaço: devolver

as jarras e cestos no balcão do refeitório quando terminar a refeição.

13. Orientá-las em relação à destinação dos itens que podem ser reciclados, solicitando que os saquinhos plásticos, por exemplo, sejam

descartados no container de lixo reciclado.

14. Sabendo que cada turma possui um horário específico e que não há como ampliá-lo, este horário deve ser rigorosamente respeitado

para não atrapalhar os colegas das demais turmas.

106

15. Caso o professor perceba algum problema na organização, limpeza, atendimento, utensílios etc comunicar a direção para que sejam

tomadas as providências necessárias.

16. As crianças que apresentarem necessidades alimentares específicas serão atendidas em suas particularidades, com adaptações no

cardápio ou troca de alimentos oferecidos pela merenda, mediante as especificidades apresentadas e o pedido médico. Esse procedimento,

porém, não será um impeditivo para que a criança faça sua refeição juntamente com sua turma.

17.Quando é oferecido algum item diferenciado no cardápio ou alguma fruta da época as professoras e merendeiras costumam fazer a

apresentação desse alimento de forma a valorizar suas características, seu valor nutricional e de incentivar as crianças a experimentar.

Neste ano procuramos relacionar a contagem diária dos alunos, que geralmente ocorre no

início do período de aula, com o momento do lanche, de maneira que, além de contar os alunos que vieram à escola, lembrar dos que

não vieram, fazer a recitação da sequência numérica, a contagem esteja atrelada a uma função real, ou seja, que possamos relacionar a

contagem com a quantidade de lanches/sucos/frutas que a merendeira tem que separar para cada turma. Nesse momento a professora

registra a quantidade de alunos num cartão e convida os ajudantes a irem até a cozinha e entregá-lo para a merendeira, para que esta

registre em seu quadro a quantidade de alunos presentes de cada turma naquele dia.

4.3.9 ENTRADA E SAÍDA

Para melhor acolhimento e desenvolvimento da autonomia das crianças, passado o período de

adaptação, na entrada os pais deixam seus filhos no portão, os quais se encaminham para suas

respectivas salas ou a um local combinado com a professora.

Horário de Entrada: 08h período da manhã e 13h, período da tarde, com tolerância de 10

minutos de atraso. Caso o atraso ultrapasse o estipulado, os pais deverão encaminhar-se à

secretaria da escola para registrá-lo em livro próprio com as devidas justificativas.

Nesse momento sempre estão presentes os funcionários de apoio e alguém da equipe gestora para

garantir que as crianças entrem com segurança e tranquilidade e se dirijam para as suas salas. Nos

casos de choro ou alguma outra situação específica procuram acalmar a criança e ir com ela até a classe, como forma de acolhimento

e para solicitar que a professora observe se aquele comportamento irá se modificar.

107

Horário de Saída: para melhor organização e segurança, as crianças são retiradas na sala de aula, primeiro pelos transportadores às

11h45min no período da manhã e 16h45min no período da tarde, e em seguida pelos pais. Quando há atraso, a PAD permanece com a

criança até a chegada do responsável. Mesmo assim quando ocorrer qualquer tipo de atraso, será registrado em livro próprio na secretaria da

escola e assinado pelos pais ou responsáveis.

Obs.: caso a criança precise sair antes do horário, ou ir embora com outra pessoa que não os responsáveis, a professora deverá ser

informada antecipadamente através da agenda e o responsável também assina a saída em livro próprio na secretaria da escola. Através de

discussões realizadas em reuniões com a APM, Conselho de Escola e Equipe escolar em reunião pedagógica, foram acertados alguns

procedimentos para que a saída das crianças seja segura:

todas as famílias devem preencher uma ficha de autorização com o nome completo e nº de RG das pessoas que desejam

autorizar para retirar a criança;

em todas as salas serão afixadas as listas de pessoas autorizadas a buscar para que a professora realize a conferência na hora

da saída;

a professora deverá conferir o documento sempre que for a primeira vez que a pessoa vier buscar uma criança;

em caso de dúvidas, a professora deverá pedir auxílio na secretaria da escola e ligar para a família confirmando a autorização;

para as saídas com transporte escolar também é necessário haver autorização previamente preenchida, em impresso próprio da

escola, e assinada pelos responsáveis.

108

4.3.10 CORPO E MOVIMENTO

Para atender as necessidades de desenvolvimento das crianças dessa idade são realizadas

atividades variadas, explorando e incentivando o desenvolvimento das potencialidades das crianças,

em vários momentos da rotina, além disso, orientamos para que diariamente cada turma tenha

garantido de 10 a 20 minutos para uso do pátio externo, com atividades mais específicas (jogos e

brincadeiras) que necessitam de um maior espaço para serem realizadas.

4.3.11 EXPERIÊNCIAS NO ATELIÊ DE ARTES

Devemos oferecer um espaço adequado ao fazer artístico, com materiais ao alcance das

crianças, que estejam dispostos de modo a oportunizar a escolha e o desenvolvimento da

autonomia.

Nestes momentos garantimos o fazer artístico das crianças através de propostas e interferências

adequadas, possibilitando avanços no percurso criador individual. Neste espaço há também a

instalação de um projetor que contribui para a apreciação de obras de arte, a reprodução de

imagens e vídeos e a pesquisa na internet.

Todas as turmas vão ao ateliê semanalmente, por cerca de cinquenta minutos, em horário

previamente determinado, onde realizam atividades de artes que podem ser atividades de criação

livre, permanentes, oficina de percurso ou projetos.

Os meios e suportes oferecidos devem ser variados para que a criança tenha experiências e oportunidades variadas nesta área.

Para que as crianças sintam-se mais à vontade durante a realização de suas produções, elas utilizarão os aventais que serão enviados

como parte do uniforme, pela prefeitura, evitando assim sujar o mesmo. Porém esse item ainda não chegou na escola esse ano.

109

4.3.12 BRINCADEIRAS NAS ÁREAS EXTERNAS - PARQUE, CASINHA, BOSQUE E TANQUE DE AREIA

São momentos importantes na rotina, em que as crianças aprendem a localizar-se num espaço físico maior que possibilita o desenvolvimento

de habilidades motoras, construção de regras, representação de papéis (brincadeira simbólica) e o desenvolvimento da autonomia.

Esses ambientes são facilitadores do brincar em grupo, da socialização, de possibilitar que as crianças apliquem e respeitem regras e limites,

enfrentando desafios e buscando soluções criativas.

Todas as turmas têm um horário para a utilização diária do parque (alguns horários são em dupla), com duração de 30 minutos. As

turmas das crianças menores (Inf. II e Inf.III) possuem também um horário específico para o uso do tanque de areia, diariamente.

Na rotina semanal de cada turma, todas destinam um horário específico para o uso da casinha/bosque.

Uma vez por semana cada turma tem a possibilidade de usar a casinha/bosque com uma maior

intencionalidade na brincadeira simbólica, uma vez que esse momento está desvinculado do horário do

parque. A casinha tem móveis de madeira, panelas e utensílios “reais”. Isso possibilita que as crianças

utilizem o espaço incorporando às suas brincadeiras os elementos presentes na natureza ao redor:

pedras, folhas, sem que estrague os brinquedos e o espaço físico em si.

Algumas potencialidades de uso do bosque:

- O espaço pode ser utilizado para contação de histórias. Dessa forma, ele não fica atrelado ao uso da

casinha e as crianças podem usufruir de um espaço agradável para ouvir histórias e ter contato com os livros.

- Uso intencional dos pneus coloridos que existem no local, como forma de propor desafios motores e incentivar que as crianças adquiram

algumas habilidades importantes.

- O espaço possibilita que as crianças tenham contato mais íntimo com elementos da natureza, recolhendo folhas e gravetos, observando os

animais presentes no ambiente, tanto individualmente quanto em grupo.

110

- A exploração desse espaço de forma “mais livre” se torna importante para todas as crianças, em especial para os agrupamentos que nos

dizem “corporalmente” quais são suas necessidades.

- O espaço possibilita muitos e variados desafios corporais e essa exploração do espaço é de extrema importância: andar e correr com

cuidado por conta das raízes das árvores, locomover-se considerando os desníveis do terreno, pisar em folhas e sentir essa sensação

(sugestão: solicitar que as mães enviem uma meia velha para que as crianças possam tirar os sapatos e brincar à vontade no bosque).

- o espaço viabiliza a brincadeira de esconde-esconde (brincadeira tradicional da infância e bacana de ser

resgatada com as crianças) por conta das árvores que possui e que se tornam elementos importantes

para a realização do esconde-acha.

- Os cavalinhos de madeira de boa qualidade são brinquedos interessantes para serem utilizados

nesse espaço.

- O espaço também possibilita o uso de cabaninhas para as crianças poderem entrar e sair.

-

A brincadeira do seu lobo também é bastante apreciada pelas crianças nesse espaço.

- Por conta da área verde a realização de um pique-nique se torna uma atividade bastante interessante e possivelmente uma experiência que

poucas crianças experenciaram.

- Algumas professoras relataram que no “tronco mais baixo” existente no bosque alguns agrupamentos já experimentaram brincar de fazer

churrasco, reunindo-se em volta do tronco. Propuseram a compra de uma churrasqueira para que seja utilizada pelas crianças com essa

finalidade.

- Seguindo a proposta anterior, foi proposta também a compra de “carrinho de cachorro quente” para a utilização no bosque, compondo uma

brincadeira simbólica.

- Como o espaço do bosque é amplo, foi proposto também a utilização do mesmo por duplas de professoras com o objetivo de “observar

melhor” os alunos se deslocando pelos espaços. Dessa forma, uma delas ficaria na parte superior (próxima da casinha) e a outra na parte

inferior (próxima aos pneus coloridos). A utilização de alguns brinquedos: bolinhas de sabão, cavalinhos e os objetos que ficam na casinha

poderiam fazer parte da brincadeira nesse momento.

111

- O espaço facilita bastante as brincadeiras com corda. A cerca poderia ser utilizada para amarrar a corda. A corda como balanço também é

uma opção de brincadeira. Para que isso ocorra, porém, torna-se necessário que a amarração da corda na árvore seja feita com o nó

adequado, para garantir a seguranças das crianças.

- A brincadeira de escorregar com papelões também é uma alternativa.

- As caixas grandes de papelão, para que as crianças possam entrar e sair, se tornam também uma brincadeira diferente e interessante. Para

que isso ocorra será necessário arrecadar as caixas ( em número suficiente para que todos possam utilizá-las), guardá-las em local adequado

e organizá-las no espaço, com os combinados de utilização junto às crianças.

112

Intervenções No Bosque

Após diversos estudos acerca da importância do

brincar e da cultura da infância*, bem como das

avaliações positivas da comunidade em relação ao

UNIDUNITÊ (evento que ocorre anualmente em

nossa escola e que envolve a participação da

comunidade escolar em diversas situações de brincadeiras

tradicionais da infância), consideramos que seria bastante válida a

inserção de intervenções no bosque de forma intencional e planejada, mantendo uma regularidade, com vistas a

possibilitar diferentes experiências às crianças. Na edição do UNIDUNITÊ 2015 a equipe se superou nessa proposta, buscando acrescentar

experiências bem inusitadas e que despertaram muito o interesse das crianças. Dessa forma, além de as crianças utilizarem o bosque

aproveitando o prazer de estar no local, pegando folhas, observando insetos, frutos, estando mais

“consigo mesmas”, há também a oferta de diversas experiências que potencializam

aprendizagens múltiplas. Para que isso ocorra os professores se organizam em planejamentos

coletivos para pensar em quais intervenções acrescentar no local e que são possíveis de

permanecer ao longo do mês.

Uma frase bastante significativa que pudemos capturar do vídeo e que expressa a nossa

intencionalidade com este trabalho é: “A infância não pode esperar pelas crianças do lado de

fora da escola”.

*Esses momentos incluíram a análise do vídeo: “Caramba, Carambola, o brincar tá na escola”,

uma experiência das escolas de Jundiaí e Vinhedo sobre o brincar, bem como propostas de intervenções no espaço educativo que

pesquisamos no site do Instituto Allana.

113

Tanque de areia

Existem alguns procedimentos e combinados com o grupo que devem ser reforçados junto às crianças como:

Os brinquedos de areia (baldes, pás, potes) devem ser usados apenas no tanque de areia, bem como os

específicos de casinha não devem sair da casinha, ou seja, cada brinquedo tem sua função e lugar específico

para ser usado.

As pedras do parque não devem ser colocadas no tanque de areia ou arremessadas para fora da escola,

bem como a areia não deve sair do tanque de areia nem ser misturada com folhas ou gravetos.

Cuidar da limpeza da casinha, bem como de seus mobiliários e utensílios;

O uso do bosque, bem como do tanque de areia, deve se dar apenas quando estes estiverem secos e

devem ser evitados quando estiverem molhados ou úmidos.

Após o uso do tanque de areia os brinquedos devem ser recolhidos e guardados na caixa de brinquedos e o

portão fechado com o trinco.

Orientar as crianças quanto ao respeito para com a natureza, evitando que elas retirem ou quebrem

plantas.

4.3.13 ANIVERSÁRIO

Esta é uma data especial para a criança, por isso pensamos em atividades também especiais para

lembrar e homenagear o aniversariante da turma, como: possibilitar que ele escolha os brinquedos e

brincadeiras do dia ou fazer uma “festa” utilizando adereços na brincadeira de faz de conta. Além do

tradicional canto do “parabéns”, cada aniversariante recebe um cartão de aniversário confeccionado pelos

colegas da turma como lembrança desta data. Este cartão é feito no começo do ano da seguinte forma: cada professora planeja um trabalho

artístico de desenho, colagem ou pintura para a composição de uma única matriz de cartão, com a participação de todas as

114

crianças e também elabora os dizeres de forma coletiva; as turmas maiores já conseguem “assinar” escrevendo seu nome no cartão. Desta

matriz, são feitas as cópias coloridas para o cartão de aniversário a ser entregue a todos da turma.

Não realizamos a comemoração de aniversário com comes e bebes na escola, devido ao controle alimentar pela Seção de Alimentação

Escolar. Também não entregamos às crianças saquinhos surpresas e outros presentinhos oferecidos pelas famílias, pois, tendo como

princípio a equidade e a gratuidade, a escola só pode oferecer aquilo que o poder público fornece com quantidade e qualidade igual para

todos.

4.3.14. DIA DO BRINQUEDO TRAZIDO DE CASA

Considerando a importância do brincar como algo inerente à natureza infantil, nossa escola

realiza semanalmente “O dia do brinquedo trazido de casa”.

O objetivo desta atividade é de proporcionar o encontro do brinquedo pessoal da criança

com o espaço de convivência da escola. Ao trazer de casa o seu brinquedo, a criança traz um

pouco do seu cotidiano fora da escola e vai compartilhá-lo com seus amigos. Aprender a brincar

junto e a emprestar seu brinquedo faz parte do grande objetivo de socialização, pois trazer algo de

casa contribui para que a criança se sinta mais segura e confiante, pois uma ponte de aconchego e

afeto passa a ligar esses dois ambientes.

O fato de poder levar para a escola seu próprio brinquedo torna-se também uma boa oportunidade para que as crianças aprendam a

ter responsabilidade com os seus pertences, bem como com os dos seus amigos. Um detalhe bastante importante é o de nomear o

brinquedo, para que em caso de perda, seja mais fácil a identificação.

115

Na escola a professora organiza um espaço na rotina para que as crianças possam brincar com os brinquedos. Neste momento as

crianças aprendem a importância de compartilhar o que é seu com seus amigos.

Como a família pode ajudar na escolha do brinquedo para trazer à escola?

Essa atividade promove, ainda, o exercício da escolha, que também é um aprendizado importante para a criança, possibilitando

também que os pais interajam com seus filhos, primeiramente lembrando-os quanto à data planejada para a realização dessa atividade (6ª

feira) e orientando-os quanto à melhor escolha. É importante ressaltar que o brinquedo a ser escolhido precisa ser o que a criança mais

gosta, caso contrário ela não verá sentido nessa atividade.

A criança que, porventura, não traz o brinquedo nesse dia, é convidada a escolher um brinquedo que faz parte do acervo da escola ou

a brincar junto com o amigo e o brinquedo que ele trouxe e trazido pelo amigo.

116

4.3.15 Quadro de horários de uso dos espaços coletivos

HORÁRIOS COLETIVOS DA MANHÃ - 2018

PROFª ANA

CAROL

CYNTHIA VALQUIRIA NORMA SIMONE ANDREA LUCIANA

PARQUE 9h às 9h30

8h30 às 9h

10h40 às 11h10

10h às 10h30

9h30 às 10h

10h às 10h30

11h10 às 11h40

LANCHE 10h às 10h15

Comp.-8h30

9h20 às 9h35

Comp.-11h30

9h às 9h15

Comp.-11h30

9h40 às 9h55

Comp.-11h30

10h20 às 10h35

Comp.-8h30

10h30 às 10h50

Comp.-8h30

10h35 às 10h50

Comp.-8h30

BOS/AREIA 2ª f

8h30 às 9h00

4ª f

10h às 10h30

2ª f

8h30 às 9h

6ª f

8h50 às 9h20

5ª f

8h50 às 9h20

4ª f

8h50 às 9h20

2ª f

9h30 às 10h

ATELIE 3ª f

8h15 às 9h

3ª f

9h55 às 10h40

3ª f

9h25 às 10h10

4ª f

8h40 às 9h25

6ª f

8h40 às 9h25

5ª f

8h40 às 9h25

2ª f

9h25 às 10h10

BEI-15 D 5ª f

8h20 às 8h40

5ª f

10h10 às 10h30

5ª f

11h10 às 11h30

5ª f

8h50 às 9h10

5ª f

11h10 às 11h30

5ª f

9h30 às 9h50

5ª f

9h30 às 9h50

MOV 10h30 às 10h50 9h35 às 9h55 3ª à 6ª f

9h55 às 10h15

10h10 às 10h30 10h50 às 11h10 11h10 às 11h30 8h50 às 9h10

BOS/CASA 4ª f

9h30 às 10h

6ª f

10h05 às 10h35

6ª f

11h10 às 11h40

5ª f

10h40 às 11h10

3ª f

11h10 às 11h40

2ª f

9h30 às 10h

6ª f

9h20 às 9h50

AREIA Todos os dias

11h05 às 11h35

Todos os dias

10h30 às 11h

4ª à 6ª f

9h20 às 9h50

BEI SEM 6ª f

8h30 às 9h

2ª f

10h às 10h30

3ª f

11h10 às 11h40

2ª f

9h às 9h30

4ª f

10h às 11h40

3ª f

8h50 às 9h20

4ª f

9h30 às 10h

117

HORÁRIOS COLETIVOS DA TARDE - 2018

PROFª EDIVANIA DANIELA RAFAELA CARLA REGIANE CAROLINA ESTER

PARQUE 14h às 14h30

15h30 às 16h

13h30 às 14h

15h às 15h30

14h30 às 15h

16h às 16h30

15h às 15h30

LANCHE 14h55 às 15h10

Comp.-16h

14h05 às 14h20

Comp.-16h

14h25 às 14h40

Comp.-16h

14h45 às 15h

Comp.-16h

15h05 às 15h20

Comp.-13h30

15h25 às 15h40

Comp.-13h30

15h40 às 15h55

Comp.-13h30

BOS/AREIA 2ª f

13h30 às 14h00

4ª f

16h às 16h30

4ª f

15h às 15h30

6ª f

13h50 às 14h20

5ª f

13h50 às 14h20

2ª f

14h30 às 15h

4ª f

13h50 às 14h20

ATELIE 3ª f

13h15 às 14h

2ª f

14h25 às 15h10

3ª f

14h55 às 15h40

4ª f

13h40 às 14h25

6ª f

13h40 às 14h25

2ª f

13h40 às 14h25

5ª f

14h15 às 15h

BEI-15 D 5ª f

14h30 às 14h50

5ª f

15h10 às 15h30

5ª f

14h50 às 15h10

5ª f

14h10 às 14h30

5ª f

13h10 às 13h30

5ª f

13h30 às 13h50

5ª f

13h50 às 14h10

MOV 15h30 às 15h50 14h50 às 15h10 14h às 14h20 13h20 às 13h40 15h50 às 16h10 13h40 às 14h 16h10 às 16h30

BOS/CASA 4ª f

16h às 16h30

6ª f

16h às 16h30

6ª f

15h05 às 15h35

5ª f

15h40 às 16h10

3ª f

13h50 às 14h20

6ª f

14h20 às 14h50

2ª f

14h30 às 15h

AREIA Todos os dias

15h10 às 15h30

Todos os dias

15h40 às 16h

BEI SEM 6ª f

13h30 às 14h00

2ª f

16h às 16h30

3ª f

16h às 16h30

2ª f

14h às 14h30

4ª f

16h às 16h30

4ª f

14h30 às 15h

3ª f

13h50 às 14h20

118

5. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS

“A avaliação, enquanto mediação, insere-se no processo educativo como um instrumento de reflexão, que auxilie o professor a tomar consciência das

mudanças operar em sua ação, a comprovar e/ou refutar suas hipóteses sobre os processos vividos pelas crianças.” Jussara Hoffman

Na escola são utilizados alguns instrumentos que facilitam o processo avaliativo por parte das professoras:

- Registro semanal da prática pedagógica;

- Registro sistemático do desenvolvimento dos alunos;

- Relatório Individual semestral;

- Relatório de grupo – organização semestralmente;

Avaliação: o professor deve buscar entender o processo de cada criança e a significação que cada trabalho comporta. O professor

observará o grupo orientado pelos observáveis definidos no planejamento e registrará o desempenho do aluno tanto em relação ao grupo

quanto ao percurso individual. Estes apontamentos auxiliarão o professor na escolha dos conteúdos e estratégias, atendendo assim às

necessidades dos alunos. Para que a avaliação do aluno seja feita devemos atentar aos seguintes princípios norteadores e utilizar os

instrumentos metodológicos.

Princípios Norteadores

Qualquer avaliação deve estar a serviço da ação;

Deve acompanhar o processo em diferentes aspectos (não é um fim);

Deve acompanhar o saber dos alunos (o que sabe e o que não sabe);

Deve partir dos conhecimentos prévios dos alunos.

Algumas professoras se apoiam também na construção de portifólios com atividades que envolvam a escrita do nome, sondagem da

hipótese de escrita, desenho, artes (pintura), registro de numerais e relatório individual sobre o desenvolvimento da criança. O relatório

individual é produzido semestralmente como registro da avaliação da criança. É apresentado aos pais sendo enviado alguns dias antes da

reunião com pais ao final de cada semestre para que tenham a oportunidade de ler em família e trazer seus apontamentos no momento da

reunião. Após lido e assinado por todos, é encaminhado à professora do ano seguinte.

119

6. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Planejamento de projetos, sequenciadas e atividades permanentes: é feito no início do ano e trimestralmente, sempre que necessário,

em HTPC, pelo grupo de professoras, baseando-se nos objetivos, conteúdos e estratégias elaborados no PPP, respeitando as necessidades

específicas de seus alunos. Deverão ser entregues à coordenação pedagógica da escola e,após lidos,serão agendadas devolutivas aos

professores pela coordenadora pedagógica.

Planejamento semanal: é feito semanalmente em HTP ou em HTPL, pela professora, baseando-se nas necessidades de sua turma e nos

planejamentos elaborados nas modalidades organizativas. Deverá ser entregue à coordenação pedagógica da escola, de acordo com

cronograma e, após lido, será devolvido com devolutiva por escrito e agendadas conversas de acordo com a necessidade observada pela

coordenadora pedagógica.

Registro do professor: é um instrumento indispensável para que se possa acompanhar as aprendizagens e desenvolvimento dos alunos.

Um momento de reflexão, sistematização da ação pedagógica e avaliação das atividades propostas. Cada professora deve encontrar sua

maneira de registrar, baseando-se nos observáveis determinados no planejamento, para que este possa servir-lhe de apoio para o

planejamento e replanejamento de suas ações e como norteador de seu relatório semestral.

Relatório: é feito duas vezes ao ano, conforme estabelecido pela Secretaria de Educação. Este relatório será individual nele deverão constar

os objetivos e conteúdos trabalhados com a classe neste período e como a criança encontra-se em relação a eles.

Registros de HTPC e RP, Conselho de Escola e APM: são feitos em livro ata específico para cada finalidade, pela equipe da escola e

acompanhados pela OP durante as reuniões semanais.

Registro de Atendimento às famílias: são feitos em caderno específico, pela equipe gestora, para acompanhar e dar continuidade aos

encaminhamentos dos atendimentos.

120

7. AÇÕES SUPLEMENTARES

7.1. Atendimento Educacional Especializado

Segundo a Resolução CNE/CBB 4/2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na

Educação Básica, modalidade Educação Especial, relacionadas por definição. O atendimento educacional especializado tem como

função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos considerando suas necessidades específicas, podendo complementar e/ou suplementar o

atendimento educacional realizado nas classes do ensino regular. Ministrado por professor especializado, tendo

equipamentos, mobiliários e/ou recursos materiais e pedagógicos adequados às necessidades educacionais específicas dos

alunos visando favorecer a aprendizagem, considerando a proposta do AEE/MEC o conteúdo programático e/ou projetos

conforme seu ano/ciclo e idade.

Pode ser realizado, em colaborativo na sala de aula, individualmente ou em pequenos grupos, que tenham as

necessidades e idade semelhantes que possam exercer um facilitador para o avanço pedagógico favorecendo as

intervenções individualizadas e constantes do professor especialista. Com o ensino colaborativo, o professor especialista,

interage com o aluno na sala de aula após o planejamento realizado juntamente com o professor do ensino regular,

buscando estratégias de acompanhamento do conteúdo a ser desenvolvido em sala de aula.

O trabalho do AEE na educação infantil é realizado com o acompanhamento de forma colaborativa em sala de aula,

observando as necessidades particulares e específicas do aluno, fornecendo recursos e/ou adaptações quanto aos materiais

ou mobiliários que possibilitem sua adaptação e permanência na escola e desenvolver suas competências e habilidades.

Como também orientar e trocar experiências com o professor.

Neste ano, contamos com duas professoras de AEE, atendendo aos dois períodos, um dia por semana em cada

horário.

121

Nome Situação funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola Observação

Graduação Pós-

Graduação

Fabiana de Lima Efetiva Pedagogia-Habilit. Educação Especial

Psicopedagogia 08 anos 1 ano Atua na EMEB Nadia

Issa Pina

Marisa Caliguere Rodrigues Efetiva Pedagogia-Habilit. Deficiência Mental

0 anos 3 meses Atua na EMEB ?

122

8. Calendário Escolar

123

V. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica – Brasília. DF: MEC/SEB, 2006. 2v.:il. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil / Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica – Brasília: MEC/SEB, 2009. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.3v.: il. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças Brasília: MEC/SEF/DPE, COEDI, 1995. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a Educação Infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: basenacionalcomum.mec.gov.br, 2017. DELORS, Jacques e outros (1998): Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre

Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez; Brasília, DF, MEC, UNESCO. KLEIMAN Angela -Projetos de letramento na educação infantil. p. 1-10. IN: Revista CAMINHOS EM LINGUÍSTICA APLICADA, UNITAU. Volume 1, Número 1, 2009. Disponível em: www.unitau.br/caminhos. MPSP/ ESMP/EDEPE/ UMSPU. Uma nova aquarela: desenhando políticas públicas integradas para o enfretamento da violência escolar em São Bernardo do Campo, novembro 2010. Pátio – Educação Infantil, Porto Alegre: Artmed, 2009 (nº 21), novembro/dezembro/ 2009. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta curricular / Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. - - São Bernardo do Campo: SEC, 2007. 2v.: il. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Caderno de Validação da Educação Municipal: “A escola e a proteção Integral: Significando o ECA no cotidiano Escolar”, março 2008 Disponível em: <<http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_11PlanodeEnsino.htm>>. Acesso em 21 abr. 2012.

124

VI. ANEXOS

1- Histórico da Unidade Escolar

Nossa escola foi inaugurada em 13 de março de 1967, na administração do prefeito Hygino Baptista de Lima. Seu nome era

Parque Infantil de Nova Petrópolis. Na inauguração havia somente o bloco principal (onde atualmente estão o pátio, o refeitório e a sala 1).

Havia3 turmas no período da manhã e 3 turmas no período da tarde. O atendimento era feito da seguinte forma: em cada período havia uma

turma de pequenos (alunos de 4, 5 e 6 anos), uma turma de grandes (alunos de 7 a 11 anos que frequentavam nossa escola em horário

alternado à escola regular) e uma turma de semi-internos (crianças cujos pais trabalhavam e que ficavam na escola o dia todo). A primeira

diretora foi a Sra. Ítala Maria Biagioni.

Nesta época, havia apenas 5 Parques Infantis em toda a cidade de São Bernardo, eram eles: P.I. Lauro Gomes, P.I. Vila

Euclides, P.I. Paulicéia e P.I. Vila Marlene. A rede escolar de São Bernardo era tão pequena que não existia Secretaria de Educação, mas

apenas uma Diretoria, cujo diretor era o Sr. Tito Antônio de Lima e um setor responsável pelos parques infantis, cuja encarregada era a Sra.

Dulce Donadelli Pinto.

A construção da escola deu-se neste local por questões estratégicas, pois na mesma quadra funcionava o Posto de Puericultura

(onde as crianças recebiam tratamento médico e odontológico, bem como atendimento em caso de emergência) e ainda uma Escola Estadual

de 1ª a 4ª série, havia um portão que permitia o acesso interno aos alunos, sem a necessidade de irem para a rua.

Em meados dos anos 70, nossa escola recebeu nova denominação: Núcleo Educacional Infantil de Nova Petrópolis e

posteriormente em 22 de maio de 1980, por ordem do Sr. Prefeito Tito Costa, passou a denominar-se Escola de Educação Infantil “Candido

Portinari” , e em 2000 por ordem do Sr. Prefeito Mauricio Soares passou a denominar-se Escola Municipal de Educação Básica “Candido

Portinari”.

No ano de 2004 a escola passou por algumas reformas, onde o parque foi transferido para uma área do bosque, o chão revestido

com pedrisco e ganhou novos brinquedos; iniciou-se também a construção de mais duas salas de aula e dois banheiros infantis, sendo que

esta obra foi concluída apenas no inicio do mês maio de 2005.

125

Em 2005, a secretaria foi reformada, sendo seu espaço ampliado, e o salão interno teve o piso trocado, de paviflex para piso frio.

Em 2008, houve nova reforma onde foi construída uma nova sala de aula, uma sala de aula já existente foi adaptada para biblioteca, o

espaço de passagem entre o salão e as salas de aula foi adaptado para sala de artes; e os banheiros internos foram adaptados

transformando-se em um banheiro com trocador e chuveiro, e o outro em almoxarifado.

Também foram construídos dois banheiros para adultos (um masculino e um feminino), na parte externa da escola, uma área de

serviço e vestiário para as funcionárias de apoio. Este ano a equipe escolar aguarda a conclusão da execução dos itens de reforma descritos

no Plano de Ação da APM.

2- Estrutura Física

A escola possui sete salas de aula, equipadas com mesas e cadeiras infantis, lousa e

armários, localizadas na área externa, distribuídas em dois blocos, quatro destas salas são

pequenas e muito quentes, não possuindo janelas, apenas basculantes muito pequenas na parte

superior da parede.

A escola possui ainda uma sala (menor que as salas de aula), localizada ao lado do parque,

utilizada como sala de brinquedos com prateleiras para uma melhor organização das caixas de

brinquedos. Contamos com sete banheiros para as crianças (sendo dois adaptados, com vasos

pequenos, barras laterais e portas mais largas), dois banheiros para adultos sendo um masculino

e um feminino.. O salão principal é dividido em: de lado refeitório, uma cozinha com despensa, um

banheiro para portadores de deficiência e trocador e um pequeno almoxarifado; e de outro lado, um parque de brinquedos plásticos e uma

piscina de bolinha. A área administrativa ao lado do salão conta com uma diretoria com banheiro, uma sala para coordenação pedagógica e

secretaria. Na área externa um parque com brinquedos de madeira, um tanque de areia e um bosque com casinha de bonecas e uma grande

área de cimento queimado (liso) que pode ser utilizada para diversas atividades Contamos, ainda com um estacionamento para funcionários.

126

Em 2008 foi construída uma nova sala adaptando-se uma sala de aula já existente e

transformando-a em biblioteca anexa à outra sala que foi adaptada e transformado em ateliê de

Arte .

De lá para cá, as manutenções e adequações do prédio tem sido realizadas anualmente.

Foram efetuadas as adequações de acessibilidade com a reforma da entrada da escola com a

construção de rampas de acesso mais largas e com corrimãos, colocação de coberturas na área

externa nas passagens das salas, banheiro acessível e reforma do piso.

A área externa da escola é muito agradável e favorece as brincadeiras das crianças no contato com

a natureza. O parque e o tanque de areia são ladeados por um bosque, com

árvores frutíferas e de sombra, onde as crianças podem brincar na terra, com folhas e

gravetos, divertindo-se também com a casinha do bosque (uma casinha feita de alvenaria,

com móveis rústicos de madeira, na qual é possível brincar com os elementos naturais.

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3- Projetos Coletivos da Unidade Escolar

Projeto: “Ciranda Literária “

Duração: 2 meses

Responsáveis: Trio gestor, funcionários, professores

Público alvo: Alunos e famílias

Apresentação: A Ciranda Literária tem como objetivo de apresentar às famílias o trabalho que é desenvolvido com as crianças

durante o ano letivo acerca da literatura infantil, incentivando sempre, ás crianças o gosto e o prazer da leitura. As histórias são

cuidadosamente planejadas, e são contadas com a utilização de diversos recursos e com cenários elaborados de modo a valorizar a

contação das histórias. A linguagem do teatro é muito privilegiada nessas contações de histórias: professoras e funcionários se dividem em

pequenos grupos para elaborar os roteiros, idealizar os cenários e ensaiar as apresentações. Os membros do Conselho de Escola

contribuem bastante com a criação dos cenários.

Na recepção dos pais, eles recebem o vale lanche e ingressos relativos as histórias que assistirão.

Em 2018, experimentaremos um formato diferente dos anos anteriores. Planejamos envolver as crianças nas contações de histórias de

modo que ajudem as professoras a apresentar às famílias o enredo. Esta mudança se deve em parte aos apontamentos das avaliações dos

anos anteriores que sugerem maior participação das crianças nas contações de histórias e em parte pela mudança no calendário escolar: a

“Ciranda” será realizada em um sábado de dia letivo parcial, com duas horas de duração, e não mais como sábado letivo, como nos anos

anteriores. Essa mudança terá um impacto, pois há muitos anos realizamos o evento com quatro horas de duração, com uma grande

quantidade de público e teremos que compactar o formato que já praticávamos antes ( apresentação teatral no início para todos, duas

sessões com contação de sete histórias simultaneamente, dinâmica de encerramento com todas as crianças e famílias ). O formato deste ano

ainda está em construção. A previsão é de que haja a recepção e uma sessão de contação de história no tempo que dispomos. Também não

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haverá livre escolha da história de acordo com o tema e o interesse das famílias e das crianças: cada criança e sua família será vinculada à

contação de história promovida pela sua professora, para que possa participar da contação.

O trabalho da Ciranda Literária não é apenas o evento com as famílias. Ocorre durante o mês todo com as crianças que vão sendo

contextualizadas no tema, conhecendo os livros e os autores que farão parte da Ciranda e se envolvendo na divulgação junto às famílias. Na

semana que antecede o evento, as crianças recebem a visita de personagens caracterizados (pais, funcionários, professoras) que fomenta o

interesse das crianças pelas histórias e personagens.

Justificativa: Na rotina diária de todas as turmas está previsto o momento “Hora da história,” privilegiando o contato com a leitura de diversos

gêneros. Pensando em aproximar as famílias às atividades da rotina escolar e promover o incentivo a leitura planejamos realizar a Ciranda

Literária e proporcionar a todos um momento de descontração e divertimento, envolvendo adultos e crianças no mundo da imaginação.

Objetivos:

Promover a integração escola–família através de uma atividade rica e prazerosa;

Incentivar o gosto pela leitura na comunidade;

Envolver a família no universo infantil de sonhos e imaginação;

Promover cultura para comunidade escolar dentro da diversidade de gêneros e formas de expressão no ato de contar histórias;

Valorizar os membros da comunidade dando oportunidade de expressar seus talentos contando histórias na Ciranda.

Integrar todos os funcionários na participação das contações de histórias.

Avaliação: Durante o desenvolvimento do projeto, serão avaliadas as atividades em si e posteriormente será enviado às famílias um

instrumento de avaliação além da equipe escolar e APM e Conselho de Escola.

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Projeto: “Uni DuniTê, quero brincar com você”

Duração: o ano todo

Responsáveis: Professores

Corresponsáveis: Toda equipe escolar

Público alvo: crianças e Famílias

Justificativa: Pensando que o brincar constitui-se num dos principais eixos do trabalho

desenvolvido na Unidade Escolar, e é através desta ação que a criança inicia seu processo de

autoconhecimento, toma contato com a realidade na qual está inserida e passa, através das

representações que faz das relações e experiências vividas, a expressar os conhecimentos e sentimentos que apresenta com relação a seu

meio, favorecendo seu desenvolvimento, sua imaginação e criatividade. Entendemos que brincando, a criança tem a oportunidade de

exercitar suas funções, experimentar desafios, investigar e conhecer o mundo de maneira natural e espontânea, utilizando sua imaginação e

fantasia. Ao brincar, a criança também expressa sentimentos. A forma com a qual ela lida e se envolve na brincadeira desenvolvida

possibilita-lhe exteriorizar suas emoções, auxiliando-as a administrar situações cotidianas de conflitos ou não. Através destas considerações

pensamos neste projeto como meio de propiciar um resgate de jogos e brincadeiras infantis ao longo do ano e em um momento, ao final do

projeto em dezembro, para compartilhar este resgate e vivencia das crianças com as famílias, reforçando a importância do brincar no

cotidiano infantil! Brincar por prazer... Brincar para aprender... Brincar para ser...

Objetivos:

Resgatar jogos e brincadeiras tradicionais;

Ampliar o repertório de brincadeiras de todos os envolvidos, incentivando-as a pesquisar e experimentar novas possibilidades.

Desenvolver habilidades motoras e de raciocínio necessárias para o bom desempenho nos jogos e brincadeiras propostos.

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Promover o desenvolvimento de novas competências nas crianças.

Compartilhar saberes e descobertas promovidas pelos jogos e brincadeiras no decorrer do

projeto.

Possibilitar o resgate do prazer de brincar entre crianças e famílias.

Envolver as famílias no resgate das brincadeiras de infância;

Criar condições para que as crianças possam fazer, através de jogos e brincadeiras, um bom

uso de sua inteligência emocional.

Promover a interação e mediação entre os participantes.

Ampliar e enriquecer a parceria entre a escola e a comunidade, visando a maior participação junto ao trabalho pedagógico.

Sugestões de estratégias a serem utilizadas:

Produção infantil, através de desenhos, colagens e etc. dos jogos e brincadeiras vivenciados;

Pesquisa de jogos e brincadeiras realizadas pelos pais quando criança.

Apresentar as brincadeiras do DVD da Palavra Cantada e brincar com os alunos.

Listagem dos jogos e brincadeiras.

Pesquisar jogos e brincadeiras pertinentes ao interesse e faixa-etária dos alunos e do

entorno que, o cotidiano infantil.

Experimentação dos jogos e brincadeiras listados.

Apresentar as famílias (reuniões) e alunos durante o ano, fotos e vídeos de eventos

anteriores, para explicar e despertar o interesse para o evento do final do ano.

Observação de brincadeiras infantis retratadas em obras de arte (artistas variados)

Confecção de brinquedos com as crianças ao longo do ano e na finalização do projeto

com as famílias.

Realização de atividades intersalas com jogos ou brincadeiras.

Oficinas de jogos de tabuleiro, na qual as crianças expliquem regras e joguem com as famílias, o que aprenderam ao longo do ano.

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Pintura no chão de algumas brincadeiras como: versões variadas de amarelinha.

Organização e realização do Uni Duni Tê no sábado letivo em outubro.

Produto final: Realização do Uni Duni Tê, no sábado letivo de outubro, onde serão compartilhados os jogos e brincadeiras estudados e

vivenciados no projeto ao longo do ano.

Exposição das atividades realizadas pelos alunos durante o projeto e produções infantis, que revelam o processo de ensino e

aprendizagens construídos durante o desenvolvimento do projeto. Sendo que ficará a critério de cada professora como organizar e quais

recursos utilizar para a exposição (vídeos, fotos, registros, brinquedos confeccionados, regras de jogos, entre outros).

Avaliação: Dar-se-á através da observação dos professores, funcionários e do trio de gestão, do envolvimento, da receptividade e da

participação das crianças, durante o período de realização do projeto e dos pais, da comunidade através de um livro de avaliação

disponibilizado no dia do evento.

Projeto: “Coleta Seletiva de lixo e uso consciente da água”

Público Alvo: Equipe Escolar, Alunos e Comunidade.

Área de conhecimento: Natureza e Sociedade

Duração: Ano letivo

Justificativa: Partindo da premissa de que a escola que queremos deve ter como princípio a

construção do conhecimento como fruto da interação, da vivência de práticas prazerosas e inerentes

às necessidades humanas, considerou de extrema importância abordar a temática ambiental, bem como a qualidade de vida das pessoas.

Sendo assim, propomos estudar a coleta seletiva do lixo, o uso consciente da água e a forma como o lixo e a falta d’água afetam nossas

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vidas e nosso cotidiano, refletindo sobre as seguintes questões: Para onde vai e o que acontece com o lixo que colocamos à porta de nossas

casas? Considerando que em nossa cidade há a coleta seletiva de lixo porta a porta, por que e como deveremos separá-los? Pensando na

mudança de comportamento frente á realidade de escassez da água, nas poucas chuvas e represas secas, como evitar o desperdício da

água?

É importante e básico para os alunos conhecerem a realidade onde vivem e o que se passa na sua cidade, no Brasil e no mundo. As

vivências e os estudos propostos no projeto visam proporcionar ao aluno um espaço favorável a sua atuação, enquanto sujeito ativo das

ações sociais e, consequentemente indivíduos transformadores do meio onde vivem.

Histórico das ações já desenvolvidas: Em nossa cidade foi criada, a partir de uma parceria pública- privada envolvendo a Prefeitura do

Município de São Bernardo do Campo e as empresas vencedoras de licitação, a SBC Valorização de Resíduos que é responsável por todo o

trabalho de limpeza urbana, incluindo a coleta seletiva de lixo. A SBC Valorização de Resíduos acredita que a escola é um ambiente ideal

para disseminar ideias e atitudes positivas ao meio ambiente e desde o ano de 2014, podemos contar com dois PEVs – Pontos de Entrega

Voluntária – em nossa unidade escolar. Nestas PEVs é depositado quase todo o lixo reciclável produzido na escola e cabe à equipe de

funcionários descartarem o lixo nos pontos específicos.

Objetivo Geral: O objetivo geral do projeto é o de possibilitar aos alunos o desenvolvimento da cidadania ativa e consciente. Nas situações

cotidianas escolares sentir-se-ão sujeitos da ação, refletindo sobre as questões do meio em que vivem e propondo soluções possíveis para

os problemas. Essas situações serão oportunizadas por meio de práticas educativas nas quais os alunos observarão que todos nós somos

responsáveis pela limpeza da escola, da cidade, reconhecendo, assim, a importância e necessidade da coleta seletiva do lixo e da economia

de água.

Coleta seletiva do lixo:

1. Possiblidades de ações com as crianças:

Apresentação de vídeos sobre o tema;

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Orientações sobre o destino do saquinho do suco na hora do lanche;

Enterrar, em potes de plásticos, alguns objetos e depois de algum tempo, observar o que ocorreu;

Organizar junto com os alunos cartazes sobre o tema proposto;

Fixar quadro explicativo com o tempo de decomposição de cada material reciclável para leitura/consulta pelas diferentes turmas da

escola;

Orientações sobre a utilização dos dois lados das folhas de desenho durante as atividades diversificadas;

Confeccionar o símbolo da reciclagem para ser colocada no cardápio, quando houver um item que pode ser reciclado. Ex: saquinho do

suco.

Explorar o site buscando informações sobre a data das coletas seletivas nos bairros;

Atividades lúdicas de reconhecimento dos personagens símbolos da Coleta Seletiva no município – Os monstrinhos coloridos;

Incentiva a coleta seletiva de óleo para que divulguem junto às família e se engajem na troca do óleo por barras de sabão.

2. Ações com os funcionários:

Recipiente para lixo reciclável dentro da sala de aula, secretaria, diretoria, coordenação, cozinha e demais dependências da escola e

outro para lixo comum;

Separar retalhos/sobras de papeis para serem reutilizados no ateliê de artes;

Reutilizar as caixas de papelão dos kits de material do aluno;

Separar as embalagens de materiais de limpeza;

Lixeira específica para lixo orgânico;

Separar brinquedos quebrados e colocá-los nos PEVs;

3. Ações com a comunidade:

Confecção de folhetos informativos para a comunidade;

Divulgação das ações do projeto no blog da escola;

Incentivar as famílias a aderirem à coleta seletiva;

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-

Economia de água:

1. Ações com as crianças:

Apresentar vídeos e fotos sobre as represas para sensibilizar as crianças sobre a água e seu uso responsável;

Realizar a escovação com os alunos utilizando canecas e torneira fechada;

Orientações no momento de higiene das mãos;

Utilização da descarga de forma consciente (toque curto).

2. Ações com os funcionários:

Reutilizar a água de enxague dos panos na lavanderia para lavar os espaços externos;

Reduzir o tempo das torneiras de apertar;

Armazenar e reutilizar a água da chuva na lavagem das áreas externas;

Adoção de procedimentos específicos na limpeza da cozinha e lavagem da louça e alimentos;

Utilização da descarga de forma consciente (toque curto).

3. Ações com a comunidade:

Envolver os pais e comunidade através de pesquisa sobre como economizam água;

Confecção de folhetos informativos para a comunidade;

Divulgação das ações do projeto no blog da escola;

Apresentação do trabalho realizado nos sábados letivos.

Avaliação: Será realizada durante todo o processo, através de observações do envolvimento e do desenvolvimento de cada aluno na

realização das atividades propostas, considerando a mudança de hábitos a partir da adoção da coleta seletiva do lixo e ações para economia

de água.

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PROJETO: Ação Saudável

DURAÇÃO: Ano Todo

RESPONSÁVEIS: A Equipe Escolar

PÚBLICO ALVO: Alunos e Comunidade

Justificativa: Nossa escola é um espaço privilegiado na realização do direito das

crianças de ter contato com a natureza, pois possui um bosque com diversas árvores

frutíferas e dois bons canteiros de plantas. Considerando-se que o trabalho com as

ciências naturais e o conhecimento de mundo nesta faixa etária se dá principalmente a partir da vivência, estes espaços possibilitam a

elaboração de um trabalho intencional de observação, exploração, investigação, cultivo e colheita de frutas e ervas. Além disso, é bastante

favorável ao desenvolvimento infantil o brincar ao ar livre entre as árvores, explorando a terra, a areia, os gravetos, as folhas e pedrinhas.

Em 2015, foi realizada uma pareceria com a Secretaria de Educação a fim de desenvolver ações do Projeto Ação Saudável que

consiste no plantio e cultivo de hortas com as crianças visando ao incentivo da alimentação saudável. Este projeto vem de encontro com o

projeto coletivo já existente em nossa escola “Jardins de Nossa Escola” que propunha que cada grupo desenvolvesse o seu próprio projeto

no contexto natural que a escola oferece. Em 2014, as turmas de infantil II investigaram as borboletas que habitam o nosso bosque. Outras

turmas tinham como objetivo o trabalho com compostagem e criação de canteiros, o que não foi possível a realização. O Projeto Ação

Saudável faz parte de um movimento mundial pelo fortalecimento de comunidades, para diminuir os índices de obesidade e desnutrição

infantil, estabelecendo a escola como o centro da educação para a sustentabilidade. No Brasil, o programa promove ações voltadas a

saúde, como a melhoria dos índices de massa corporal e de anemia dos alunos, e estimula o consumo de verduras e frutas por meio da

construção e manutenção de hortas escolares. Em nossa cidade, São Bernardo do campo, trouxe no ano de 2015, uma novidade que foi a

criação de uma plataforma interativa, para intervenções virtuais com os professores e alunos participantes do programa. A partir de 2017,

apesar da parceria com SE ter se esgotado, daremos continuidade às ações na escola

136

Objetivos: O programa Ação Saudável tem como objetivo melhorar a qualidade de vida de crianças e comunidades por meio de ações

voltadas para a educação sanitária, nutricional e de qualidade de vida. A base estratégica do Ação Saudável é transformar as crianças em

“Agentes de Mudança”, para que estas levem mensagens educativas de saúde, nutrição, cuidados e higiene pessoal, esportes e qualidade de

vida para suas famílias.

Melhorar o conhecimento de alunos e professores, bem como hábitos e comportamentos sobre: nutrição, meio ambiente e

sustentabilidade, atividades físicas e hábitos de vida saudáveis;

Promover a implantação da horta e utilização do produto das hortas de acordo com o plano político pedagógico da escola;

Promover a sustentabilidade do programa e de suas ações, com a formação contínua dos educadores envolvidos e estabelecimento

de parcerias locais;

Ações do Projeto:

Desenvolvimento de hortas através de técnicas e materiais recicláveis.

Cultivar verduras e legumes para serem utilizados na merenda.

Conhecer as árvores frutíferas da escola e colher quando houverem frutos

Aprender a utilizar compostagem

Produzir receitas com o que foi colhido no plantio e também a partir de outros ingredientes naturais (frutas,

legumes, ervas)

Registro: O registro faz parte de todo o desenvolvimento do trabalho, portanto sugerimos que os professores busquem formas criativas de

registrarem juntamente com seus alunos a evolução e desenvolvimento do projeto. Todo esse registro poderá ser compartilhado e socializado

através da Plataforma Virtual. Para isso a escola poderá enviar seus registros para o email: [email protected]

Avaliação: Dar-se-á pela observação e registro das participações das crianças no desenvolvimento das atividades, envolvimento e

conscientização ambiental que se espera alcançar.

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PROJETO BLOG ESCOLAR – http://emebcandidoportinari.wordpress.com OBJETIVOS:

- apresentar a escola e sua equipe;

- divulgar o Projeto Político Pedagógico da Escola;

- publicar informações do cotidiano escolar .

- interagir com a comunidade escolar

CRIAÇÃO : Em 2016, pela Profª Juliana Amaral

EXECUÇÃO: PAD Rosecler e Diretora Patrícia

RESPONSÁVEIS PELA MANUTENÇÃO DOS CONTEÚDOS: PAD Rosecler, Diretora Patrícia e corpo docente

PERIODICIDADE DA ATUALIZAÇÃO: diária ou semanal (informações); mensal (práticas pedagógicas)

ORGANIZAÇÃO DO BLOG:

PRINCIPAL :

- Notícias do cotidano da escola: informes e divulgação de atividades coletivas (com espaço para comentários)

SEÇÕES (ABAS):

NOSSA ESCOLA

- Apresentação (histórico, comunidade atendida, organização do funcionamento)

- Fotos da escola

- Quem foi CANDIDO PORTINARI

EQUIPE ESCOLAR

- gestão

- orientação técnica

- secretaria

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- apoio

- cozinha

- professoras

PROPOSTA PEDAGÓGICA

- PPP

- Objetivos ( da educação infantil, da escola)

- Rotina escolar

CALENDÁRIO

- Anual

- Mensal

CARDÁPIO

CONSELHO DE ESCOLA E APM

- Membros

- Plano de ação (com calendário de reuniões)

- Registro mensal das atividades (com espaço para comentários)

TURMAS

- uma aba para cada turma, selecionada pelo nome da professora, a fim de que seja feitas postagens mensais sobre o trabalho desenvolvido

com aturma

50 ANOS

- comemorações

- recordações

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PROJETO COLETIVO: CONSELHO MIRIM

DURAÇÃO: Ano todo

RESPONSÁVEIS: A Equipe Escolar

PÚBLICO ALVO: Alunos

Responsáveis pela coordenação: Leonilda Ap. Pagotto (Coordenadora Pedagógica) e Regiane Lucia da Cruz (Cozinheira)

Justificativa: A implantação do Conselho Mirim parte da ideia de construção da participação que já praticamos com os adultos.

Consideramos que as crianças, desde muito pequenas, observam a realidade a sua volta e a questionam. Na escuta atenta do cotidiano,

temos observado o quanto expressam o que as inquietam e o quanto são capazes de propor. Assim, todas as crianças serão chamadas a

observar e a pensar sobre o que pode ser melhorado na escola e irão expressar suas ideias por meio dos representantes no Conselho Mirim.

Ações do Projeto:

1- Pesquisar sobre outros Conselhos Mirim nas escolas que o implementaram.

2- Compartilhar essa pesquisa com o grupo de professores e pactuar com eles a parceria para a condução do trabalho;

3- Com as crianças, partir da leitura do livro: Se criança governasse o mundo, do autor Marcelo Xavier.

4- Falar um pouco sobre o autor (mineiro que já ganhou alguns prêmios com seus livros e que , enquanto criança, gostava de brincar com

argila, fazendo construções, colocando-as ao sol para secar e depois, pintando-as com tinta guache. Como característica de seus

livros aparece as ilustrações feitas com massinha de modelar. Marcelo Xavier escreveu também o livro Asa de papel. (esse exemplar

temos na escola)

5- Conversar sobre o tema da história.

6- Conversar sobre APM e Conselho de escola que se reúnem mensalmente com a diretora e que discutem o precisa ser feito para

melhorar a escola.

7- Propor para as crianças a organização de um “Conselho Mirim”.

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8- Organizar um painel na classe (pode ser uma folha de sulfite A3) para a professora anotar as reivindicações das crianças acerca do

que “precisa ser melhorado na escola”.

9- Propor o momento da votação dos membros (01 representante e 01 suplente por classe). Cada professor deve fazer a votação da

forma que achar mais adequado e significativo para o seu grupo. O importante é que as crianças compreendam o que está sendo

proposto a elas e que o candidato a representante da turma precisa ter um perfil : capaz de falar bem, ouvir e prestar atenção para

depois contar para os amigos e professora sobre os assuntos que foram tratados na reunião.

10- As reuniões acontecerão na biblioteca da escola, ao menos uma vez por mês.

11- Fica já combinado que, após cada reunião do Conselho Mirim, a Coordenadora entregará a cada representante um registro do(s)

assunto(s) abordado(s), para que possa “apoiar sua fala” junto ao grupo, por meio da mediação da professora.

12- Na sequência, cada professora organizará uma roda de conversa para que o representante conte para os amigos sobre o que foi

conversado na Reunião.

13- Na primeira oportunidade (Reunião das APM/ Conselho) apresentaremos o Conselho Mirim para os membros da APM da escola.

14- Divulgar a proposta às famílias para que compreendam e incentivem este trabalho, por meio de informativo e de postagem no blog.

4- Sequências Didáticas e Projetos das Turmas (em construção).

5- Passeios semestrais para Estudo do Meio 2018 (previsão)

- Pinacoteca de São Bernardo - Planetário - Exposição de Dinossauros (no Zoo de São Paulo ou na Oca do Ibirapuera)

6– Possibilidade de passeios a pé no entorno

ESPAÇO TROCA LIVROS

GRUPO ESCOTEIROS GUAIANAZES (SEDE)

PRAÇA DO PROFESSOR

EMEB PROFª NADIA ISSA PINA