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ENFERMAGEM Profª. Tatiane da Silva Campos DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Doenças Respiratórias Parte 3

ENFERMAGEM · 25% dos fumantes eram portadores de DPOC. ... Realizar consulta de enfermagem, ... Doenças respiratórias crônicas

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ENFERMAGEM

Profª. Tatiane da Silva Campos

DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS

Doenças Respiratórias

Parte 3

Doenças Respiratórias

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)

- é uma doença com repercussões sistêmicas,

prevenível e tratável, caracterizada por limitação do

fluxo aéreo pulmonar, parcialmente reversível e

geralmente progressiva. Essa limitação é causada por

uma associação entre doença de pequenos brônquios

(bronquite crônica obstrutiva) e destruição de

parênquima (enfisema).

Doenças Respiratórias

- Afeta 210 milhões de pessoas; É a 4º causa de

mortalidade e representa 4,8% dos óbitos em todo o

mundo.

- Estima-se 7,5 milhões de pessoas com DPOC no Brasil.

Estudo em São Paulo mostrou prevalência de 15,6% em

pessoas acima de 40 anos (18% dos homens e 14% das

mulheres) e que a prevalência aumenta com a idade.

- 25% dos fumantes eram portadores de DPOC.

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FATORES DE RISCO

• Tabagismo: 80 a 90% das causas da DPOC.

• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene).

• Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais.

• Infecções respiratórias recorrentes na infância.

• Suscetibilidade individual.

• Desnutrição na infância.

• Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1 antitripsina.

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DIAGNÓSTICO

- é clínico e deveria ser considerado para todas as pessoas

expostas ao tabagismo ou poluição ocupacional que

apresentam dispneia, tosse crônica e expectoração.

- Alguns exames complementares ajudam no diagnóstico

da DPOC: Espirometria; Raio X de tórax; e Bacteriosciopia

e cultura de escarro.

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Principais indicadores para diagnóstico da DPOC

Dispneia

Progressiva (piora com o tempo);

piora com exercícios; Persistente

(todos os dias); Descrita pelos

pacientes como “esforço aumentado

para respirar”, “fraqueza”

Tosse crônica Pode ser intermitente e pode ser não

produtiva

Expectoração crônica Qualquer padrão

História de exposição

crônica a fatores de

Tabagismo; Poeiras ocupacionais;

Fumaça intradomiciliar (fogão a

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Diagnósticos diferenciais da DPOC DPOC: Início após os 40 anos; Sintomas lentamente progressivos; História de longa e/ou intensa exposição ao tabaco; Dispneia durante exercícios; Limitação ao fluxo aéreo praticamente irreversível. Asma: Início precoce (geralmente infância); Sintomas variam dia a dia; Principalmente à noite ou início da manhã; História de rinite alérgica e/ou eczema atópico; História familiar de asma; Melhora da exacerbação com broncodilatadores

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CLASSIFICAÇÃO DA DPOC

Estádio 1 = DPOC leve = Tosse crônica e expectoração

Estádio 2 = DPOC moderada = Piora dos sintomas. Falta de

ar tipicamente aos esforços

Estádio 3 = DPOC grave = Piora dos sintomas /

Exacerbações frequentes com impacto na qualidade de vida

Estádio 4 DPOC = muito grave = Insuficiência respiratória

/ Cor pulmonale

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ABORDAGEM TERAPÊUTICA

Objetivos do tratamento: Aliviar os sintomas; Melhorar a qualidade de vida; Prevenir progressão da doença; Melhorar a tolerância a exercícios; Prevenir e tratar exacerbações; Reduzir a mortalidade; Princípios do tratamento de manutenção • Reduzir fatores de risco • Monitorizar a doença • Manejar as exacerbações A medida preventiva isolada mais eficiente e de melhor custo-efetividade é a cessação do tabagismo.

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Tratamento não medicamentoso:

Educação em saúde

Exercícios físicos

Reabilitação pulmonar

Abordagem nutricional

Apoio psicossocial

Oxigenoterapia domiciliar

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Tratamento farmacológico: - Individualizar e ajustar o tratamento de acordo com a resposta de cada pessoa, associar medicamentos se houver piora dos sintomas, reavaliar o esquema terapêutico em caso de efeitos colaterais ou a piora da doença. - Os medicamentos broncodilatadores (fenoterol, salbutamol, terbutalino, formoterol, salmeterol) são a principal classe para o tratamento da DPOC. Eles podem ser administrados tanto de forma regular como para alívio sintomático, se necessário.

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Atribuições da Enfermagem na atenção primária à saúde:

ENFERMEIRO

• Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações, conforme protocolos, observadas as disposições legais da profissão, encaminhando ao médico quando necessário.

• Realizar assistência domiciliar, quando necessário.

• Orientar, juntamente os demais membros da equipe, o paciente e familiares sobre o controle ambiental e exposição aos fatores de risco.

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• Auxiliar a equipe de farmácia a verificar uso correto dos dispositivos inalatórios e adesão ao tratamento.

• Promover atividades de educação permanente em saúde para pacientes e familiares.

• Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem.

• Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe.

• Apoiar as ações da assistência farmacêutica, controlando o estoque de medicamentos e materiais e solicitando reposição.

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AUXILIAR DE ENFERMAGEM

• Acompanhar a evolução dos casos e comunicar à equipe as alterações observadas.

• Realizar procedimentos de enfermagem dentro de suas competências técnicas e legais.

• Realizar assistência domiciliar, quando necessário.

• Manter a disponibilidade de suprimentos.

• Identificar sinais de gravidade e proceder conforme rotina estabelecida pela equipe.

• Realizar atividades de educação permanente junto aos demais profissionais da equipe.

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Referencias:

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à

Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças

respiratórias crônicas. Série A. Normas e Manuais

Técnicos Cadernos de Atenção Básica, n. 25. Brasília,

2010.