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Enfermagem - da Obediência à Competência - dia 16-05-12

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Rotary Clube de VizelaD. 1970 –Ano Rotário 2011/2012

Inicio da Reunião

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Saudação às Bandeiras

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Momento do Protocolo pelo C. José Borges

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Momento do Presidente C. Carlos Martins

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Companheiros/as e convidados/as

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C. Carlos Martins apresenta os palestrantes

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C.ª Lina Coelho no uso da palavra

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Inicia por falar sobre o seu curso de enfermagem

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Fala sobre o estágio do curso de enfermagem no Hospital de S. João no Porto em 1960 e o inicio de funções no serviço de Obstetrícia

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Relembra o inicio de funções nos serviços médico-sociais de Vizela em 1965. Em regime de acumulação, com mais 3 colegas, deu inicio ao funcionamento da Maternidade do Hospital de Guimarães. Concluiu também o curso de planeamento familiar e o curso de aleitamento materno e nutrição infantil.

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Naquela altura as funções das parteiras, nos serviços de saúde, era vigiar a gravidez, o parto no domicílio e ensinamentos de higiene e de

puericultura. Nos domicílios faziam os partos, davam o primeiro banho, ensinavam como tratar, e amamentar o recém-nascido.

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Numa década de pobreza social, cabia às enfermeirasconvencer as grávidas a pôr em prática todas asinstruções dadas e reduzir assim a elevada taxa demortalidade infantil.Era uma tarefa difícil, tratava-se de mudar hábitos ementalidades, herança de várias gerações…

A baixa afluência ao serviço de saúde, durante agravidez, fazia com que essa informação só fosse dadana altura do parto que acontecia no domicilio.

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Naquela altura, Vizela contava com apenas 2 parteiras deserviço, com um horário nocturno rotativo de 12 horas,das 20h às 8h, acumulando com horário normal no centrode saúde das 9h às 12h e das 14h às 18h, garantindo oserviço de partos ao domicilio 24 horas, incluindo fins desemana e feriados.Da nossa área de cobertura faziam parte as freguesias deNespereira, S. Martinho do Conde, Moreira de Cónegos,Lustosa, Barrosas e São Faustino além das actuaisfreguesias do concelho de Vizela

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Confessou que, hoje, ainda se lembroa, de quase todos os dias ter de lutar numa batalha contra o tempo para fazer nascer todos aqueles bebés e com

tão poucos recursos. Descreveu algumas das condições com que eram feitos os partos

ao domicilio naquele tempo.

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O transporte era nos carros dos amigos ou vizinhos da grávida e, quando não havia, era de Táxi, o vulgarmente chamado de carro de praça.

Os acessos às casas eram feitos a pé desde a estrada principal, demorando muitas vezes mais de 1 hora por carreiros e caminhos de carros de bois, de dia e de noite,

apenas com uma lanterna a iluminar o chão, fizesse sol ou chuva.

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Relembrou que a duração do trabalho de parto sempre foi imprevisível. Isto faziacom que tivesse de permanecer na casa das grávidas, 1,2,3 horas, eram as horasnecessárias até nascer o bebé em segurança.Nesta altura tinha de decidir e agir em caso de complicações e, sempreque talacontecia, tinha de mandar improvisar uma maca, que era normalmente uma padiola,que dois homens carregavam até à estrada e uma pessoa ia a correr à casa maispróxima com telefone, normalmente era o Pároco da freguesia, para chamar aambulância.

Nas complicações do parto, nem sempre havia tempo para transportar a grávida ao hospital. Nesse caso tinha de fazer tudo o que podia e sabia, pedindo, também, a todos

os Santos para a ajudar e iluminar naquele momento difícil e garantir que tanto a mãe como a criança ficassem bem. Tudo isto era muitas vezes feito à luz da vela,

candeia, candeeiro a petróleo ou lanterna. A maioria das casas não tinha luz eléctrica.

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Lembrou de ter tido alguns anos, uma média de 30 partos por mês, chegandomesmo a fazer 3 por noite e em freguesias diferentes.Em resumo foram milhares de partos normais, 2 pelves e uma face, todosvivos, e alguns ainda se recorda como se fosse hoje.

No final dos anos 70 com o aumento da capacidade hospitalar deresponder aum maior numero de partos e com a devida informação às grávidas, foiextinto o serviço de partos ao domicilio pelo Ministério da Saúde.

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Para terminar referiu que ao longo da sua vida como enfermeira, entre os que ajudou a nascer e aqueles doentes terminais que assistiu e acompanhou, procurou desempenhar as suas funções sempre com um único objectivo: cuidar, confortar e dar esperança de vida de forma altruísta e gratuita.

Hoje orgulha-se do tempo e empenho que dispensou à sua profissão, acumulando recordações, amizades, convicta do dever cumprido.

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De seguida, tomou a palavra o Sr Enfermeiro Jorge Oliveira

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"Descobri muita coisa, atenção. Descobri, nomeadamente, que... umacoisa que nunca tinha entendido... eu nunca tinha estado numhospital, depois em recuperação estive duas, três semanas... e nuncatinha percebido o papel dos Enfermeiros e das Enfermeiras.[pausa emocionada].

Aquilo é verdadeiramente é o coração do hospital. É umaexperiência... uma pessoa tem a ideia que há os doentes e há osmédicos... há os Enfermeiros! Os Enfermeiros é que tratam dadordas pessoas! E é impressionante. Fiquei muito muito sensibilizado...nunca tinha percebido a importância do trabalho daquela classeprofissional...“

Miguel Portas

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Falou sobre a evolução da enfermagem e a emancipação relativamente a outras classes profissionais

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Um exemplo da emancipação

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C. António Faria no uso da palavra

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D. Elvira Pinto no uso da palavra

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C. Carlos Martins oferece um Diploma à C.ª Lina Coelho pela sua excelente intervenção

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C. Carlos Martins oferece um Diploma ao Sr. Enfermeiro Jorge Oliveira pela sua excelente intervenção

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A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um

preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela

morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!

Florence Nightingale