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Engenharia de Segurança no Trabalho
Módulo – Análise da Viabilidade Econômica
Roxael A. Castro e Rubens C. Ulbanere
Outubro/2008
Engenharia de Segurança no Trabalho
1. Introdução. A importância dos programas de
engenharia de segurança do trabalho para a melhoria da qualidade e preservação da vida humana e também para evitar as ações civis e criminais.
Engenharia de Segurança no TrabalhoCaso 1. A queda surpreendente da aeronave concorde em
julho de 2000 e conseqüente paralisação de operações com seu uso;
Caso concorde (Parafuso do DC-10, normas para limpeza da pista
periodicamente); Caso duas aeronaves na suíça (Equipamento com defeito e desligado para manutenção, técnico sobrecarregado, julho de 2002)
Caso 2. Acidentes em estádios, como o episódio de 1995 com a morte do garoto de 11 anos;Reforma no estádio e deixaram, tijolos/entulhos que são utilizados como armas.
Engenharia de Segurança no Trabalho2. Hierarquia da Legislação- Constituição Federal (Art. 7. – vários incisos, ex: XXII, XXIII, XXVIII...)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm
- C.L.T. (Da Segurança e da Medicina do Trabalho)
(Capitulo V, artigos 154 a 201)
http://www.trt02.gov.br/geral/tribunal2/legis/CLT/TITULOII.html
- Legislação e Regulamentaçõeshttp://www.mte.gov.br/seg_sau/
- Portaria 3.214 de 08/06/78 – NR (33) + (05) NRRhttp://www.mte.gov.br/seg_sau/leg_normas_regulamentadoras.asp
- Grupos e Comissões Tripartitehttp://www.mte.gov.br/discriminacao/comissao_tripartite.asp
http://www.previdenciasocial.gov.br/pg_secundarias/secretaria_previdencia_02.asp
Engenharia de Segurança no Trabalho
3. Legislação http://www.protecao.com.br/ (Menu: Leis e Normas) das áreas abaixo
- Constituição Federal
- Ministério do Trabalho e Emprego
- Conselho Federal de Medicina
- Ministério da Previdência e Assistência Social
- Ministério da Saúde
- Ministério de Minas e Energia
- Ministério dos Transportes
Engenharia de Segurança no Trabalho - SITEs
- Sociedade Brasileira de Engenharia de SegurançaPortarias, Normas, Leis, Decretos, Resoluções, Enunciados do TST (jurisprudências).
SOBES- http://www.sobes.org.br/legislacao.htm
- Vários Ministérios:Legislação: Decretos, Instruções Normativas, Normas
Regulamentadoras, Notas Técnicas, Portarias, Leis, Alterações Legais em Estudo, Convenções do OIT.
- Outros Sites:
- Proteção: http://www.protecao.com.br/
Engenharia de Segurança no Trabalho
Dificuldades do empresariado brasileiro em competir: (Ex. china, condições de ambiente e do trabalhador)
- Os efeitos do mercado globalizado;
- O poder da comunicação em tempo real;
- Falta de preparo do empresariado.
ESTATÍSTICA SOBRE MICRO, PEQUENAS E
EMPRESAS DE MÉDIO PORTE
1. CHANCES DE SOBREVIVÊNCIA:
36% - FECHAM NO PRIMEIRO ANO,
34% - DESAPARECEM NO SEGUNDO ANO,
3% - (APENAS) SOBREVIVEM NO QUINTO ANO
ESTATÍSTICA SOBRE MICRO, PEQUENAS EEMPRESAS DE MÉDIO PORTE
2. A EMPRESA VAI BEM PORQUE.
54% - CONTAM COM BOM ADMINISTRADOR,
36% - BOM CONHECIMENTO DO MERCADO,
19% - APLIÇAÇÃO DE CAPITAL PRÓPRIO,
17% - INSISTÊNCIA DO PROPRIETÁRIO,
15% - OPORTUNIDADES DO NEGÓCIO,
13% - CAPACIDADE DE ASSUMIR RISCOS
ESTATÍSTICA SOBRE MICRO, PEQUENAS EEMPRESAS DE MÉDIO PORTE
3. A EMPRESA QUEBROU PORQUE..
26% - FALTA DE CAPITAL DE GIRO,
21% - FALTA DE CLIENTES
18% - ERROS NA ESCOLHA DO PONTO, MO INADEQUADA,INSTALAÇÕES IMPRÓPRIAS E FALTA DECONHECIMENTO GERENCIAL
17% - CARGA TRIBUTÁRIA EXCESSIVA
12% - INADIMPLÊNCIA
10% - CONCORRÊNCIA - MERCADO RÁPIDO
Engenharia de Segurança no Trabalho1. Objetivos.1.1. Demonstrar o impacto dos custos de
programas de prevenção e de segurança, na formação dos preços de produtos e ou serviços produzidos;
1.2. Apresentar e operacionalizar um “Programa/Planilha para avaliação econômica preliminar”.
II. ANALISE DOS RESULTADOS
A) Ativo operacional B) Vendas ou faturamento C) Custos D) Lucro operaciorial bruto (LOB) = B - C E) Margem operacional bruta (MOB) = D / B F) Impostos G) Lucro operacional líquido (LOL) = D - F H) Margem operacionai liquida (MCL) = G / B I) Giro = B / A J) Taxa de retorno s/ investimento total (TRIT) = I x H
II. ANALISE DOS RESULTADOS
Rubricas Valor em mil R$
Ativo operacional 400.000
Vendas 800.000
Custo fixo 400.000
Custo variável 200.000
Vendas 800.000
Custo fixo 400.000 (-)
Custo variável 200.000 (-)
Lucro operacional bruto 200.000
Impostos (15,0%). 30.000 (-)
Lucro Operacional líquido 170.000
II. ANALISE DOS RESULTADOS
Margem Operacional Bruta = 200.000 / 800.000 MOB = 25.0% Margem Operacional liquida = 170.000 / 800.000 MOL = 21.25% GIRO = 800.000 / 400.000 ; GIRO = 2,0 vezes
TRIT = 21,25 x 2,0
TRIT = 42,5%, ou seja, o capital retorna 42,5% ao ano.
42,5% de retorno em 1 ano , 100% de retorno em X anos
Resultado : X = 2,35 anos
Engenharia de Segurança no Trabalho
Tabela 1. Impacto do custo dos programas de prevenção e engenharia de segurança do trabalho, na formação dos custos dos produtos e ou serviços vendidos, Bauru, SP, em mil R$.
Engenharia de Segurança no Trabalho – Tabela 1
Rubricas Situação original
Com programa
Ativo operacional 400 400
Vendas 800 800
Custo fixo 400 440
Custo variável 200 200
Lucro operacional bruto 200 160
Margem operacional bruta 25,0% 20,0%
Impostos 15,0% 15,0%
Valor dos impostos 30 24
Lucro operacional líquido 170 136
Margem operacional líquida 21,25% 17,0%
Giro 2,0 x 2,0
TRIT 42,5% a/a 34,0% a/a
Tempo total 2,35 anos 2,94 anos
Nota: O custo do "programa de prevenção" corresponde a 5,0% sobre o valor das vendas.
Engenharia de Segurança no Trabalho
EXEMPLO DE RESULTADO E ANÁLISE Os dados lançados no “Auto-programa/Planilha”, referem-se à montagem
de uma empresa metalúrgica de pequeno porte, que objetiva participar de um mercado de terceirização de uma grande indústria do ramo de auto peças e que fabricará, na maior escala possível, um determinado tipo de peça. Conforme a pesquisa e o orçamento de custos e de acordo com o capital disponível (Ativo operacional) de R$ 400, foi possível a previsão dos seguintes indicadores, para o funcionamento da empresa, na situação original, isto é, antes da instalação de projeto ou equipamento de engenharia de segurança no trabalho. O Lucro operacional bruto (LOB) atingiu R$ 200, o que expressa a Margem operacional bruta (MOB) de 25,0% sobre as Vendas. Após deduzidos os impostos de R$ 30, gerados pela alíquota de 15,0%, o Lucro operacional líquido (LOL) representa R$ 170, o que corresponde a 21,25%(MOL), calculados sobre as vendas. O giro do capital é de 2,0 vezes, o que produz a Taxa de retorno sobre o investimento total (TRIT), de 42,5% ao ano. O tempo de retorno do capital nessa situação original, é de 2,35 anos.
Engenharia de Segurança no Trabalho
A estimativa de custo para a implantação de projeto de engenharia de segurança no trabalho, é de R$ 40, o que representa 5,0% sobre o valor total das vendas. O impacto do custo de implantação desse programa é relevante, pois o Lucro operacional bruto (LOB) caiu para R$ 160, o que indica a Margem operacional bruta (MOB) de 20,0% sobre as vendas. Lembre-se que antes da implantação, a MOB era de 25,0%, conseqüentemente, o Lucro operacional líquido (LOL) também caiu, de R$ 170, para R$ 136, correspondendo a 17,0% de Margem operacional líquida (MOL) sobre as vendas, enquanto que na situação original, representava 21,25%. O Giro do capital manteve-se o mesmo ( 2 vezes) , pois é o resultado do quociente entre as rubricas vendas e ativo operacional. O projeto de engenharia de segurança não causou nenhum efeito nessas duas rubricas. A Taxa de retorno sobre o investimento total (TRIT), passou para 34,0% ao ano, que corresponde ao tempo de retorno do capital em 2,94 anos, praticamente três anos. A situação original possibilitava o retorno em 2,35 anos, isto é, praticamente dois anos e cinco meses. A instalação do projeto de engenharia atrasou o tempo de retorno do capital em aproximadamente 7 meses.
Engenharia de Segurança no Trabalho
I. PLANILHA DE CUSTOS E RECEITA.
1. Custos de investimento.
1.1. Edificações.
1.2. Maquinas e equipamentos.
1.3. Instalações.
Engenharia de Segurança no Trabalho
2. Custos de produção dos bens e/ou serviços. 2.1. Custos variáveis. 2.1.1. Custos variáveis diretos. 2.1.1.1. Matérias primas. 2.1.1.2. Mão-de-obra e encargos. 2.1.1.3. Operação com maquinas. a) Depreciação. b) Combustíveis,lubrificantes e energia. 2.1.2. Custos variáveis indiretos. 2.1.2.1. Manutenção e conservação de
maquinas/equipamentos. 2.1.2.2. Salários da administração e encargos. 2.1.2.3. Energia elétrica. 2.1.2.4. Água.
Engenharia de Segurança no Trabalho 2.2. Custos fixos.
2.2.1. Depreciação das edificações.
2.2.2. Manutenção e conservação das
edificações.
2.2.3. Depreciação das instalações.
2.2.4. Manutenção e conservação das
instalações.
2.2.5. Salários da segurança e encargos.
2.2.6. Alugueis.
2.2.7. Arrendamentos.
2.2.8. Conta telefônica.
Engenharia de Segurança no Trabalho
3. Custos de oportunidade.
3.1. Remuneração do capital investido.
3.2. Arrendamento mercantil.
3.3. Remuneração gerencial.
4. Receita.
5. Ativo.
5.1. Ativo operacional.
Engenharia de Segurança no TrabalhoCálculo da DEPRECIAÇÃO: D = (Vi - Vf) x (n - k +1) x 2 n (n+1) onde, D = Depreciação anual do bem, em R$/ano. Vi = Valor inicial (de compra) do bem, em R$. Vf = Valor final ou residual(sucata) do bem, após
consumida sua vida útil. O valor geralmente adotado como final, para maquinas e equipamentos sem motor, é de 10,0% (dez por cento),calculados sobre o valor inicial (Vi) e de 20,0% (vinte por cento ) quando o bem possui algum tipo de motor.
K = Idade do bem. O valor de "K" e zero, quando o bem é considerado novo, em ano.
n = Vida útil do bem, em ano.
Engenharia de Segurança no TrabalhoExemplo de uma motocicleta nova, comprada por R$ 5.000,00
que será utilizada na atividade de moto taxi.
Bem novo: Vi = 5.000,00 ;
Valor residual, 20% de 5.000,00: Vf = 1.000,00;
Vida útil do bem para esta atividade, 10 anos: n = 10;
Depreciação após 1(um) ano de uso: k = 1;
D = (5000 - 1000) X (10 - 1 +1) X 2 = 4000 x 0.1818 = 727,27
10(10+1)
Vi = 5.000,00 menos a depreciação 727,27
Após o primeiro ano de uso a moto passa a valer R$ 4.272,73
Trabalhos
Analisar um caso real de uma empresa, simulando através do Planilha ou aplicativo(custos), qual seria o impacto nos custos da empresa, diante da adoção de um programa de Engenharia de Segurança no Trabalho.
Endereços eletrônicos - FEB Documentos/Programas utilizados na
aula: http://ftp.feb.unesp.br/seg-trab/ Endereço eletrônico para contato: mailto:[email protected] Site de Faculdade de Engenharia de
Bauru http://www.feb.unesp.br Trabalho: http://ftp.feb.unesp.br/seg-trab/trabalho
.doc
Outros “Links”
Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br/
Organização Pan-Americana da Saúde
http://www.opas.org.br/ambiente/
Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança
http://www.segurancaetrabalho.com.br/
Segurança e Trabalho
http://www.sobes.org.br/legislacao.htm
Revista Proteção
http://www.protecao.com.br/
FENATESThttp://www.fenatest.org.br/SAUDE E TRABALHOhttp://www.saudeetrabalho.com.br/saude.htmlSIPAThttp://www.novasipat.com.br/
Outros “Links”
FENATESThttp://www.fenatest.org.br/SAUDE E TRABALHOhttp://www.saudeetrabalho.com.br/saude.htmlSIPAThttp://www.novasipat.com.br/Seminarios Cursos e Treinamentoshttp://www.seminariosecursos.com.br/NR4SESMT.htm
Bibliografia complementarCASTRO, R. A. e ULBANERE, R. C. Auto programa para avaliação econômica
preliminar, Universidade Estadual Paulista – UNESP, Campus de Bauru, SP, 1997. DOWSLEY, G. S., Administração financeira e econômica das empresas, LTC Editora,
São Paulo, SP, 1992. JOHNSON, R. W. Administração financeira, Editora Pioneira, São Paulo, SP.,1987. MACHADO, J. R. Administração de finanças empresariais, Editora Pleiade, São Paulo,
SP, 1999. MASAKAZU, H. Administração financeira (uma abordagem prática), Atlas S/A, São Paulo,
SP, 1999. MOREIRA, P. C., Administração e globalização, Editora Pleiade, São Paulo, SP., 1999.MAPA FISCAL, IOB Informações Objetivas, São Paulo, SP, IOB Informações Objetivas,
2001.REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial, Saraiva Editora, São Paulo, SP, 1999. STEPHEN, P. R. Administração – mudanças e perspectivas, Editora Saraiva, São Paulo,
SP, 2000. STEPHEN, A. Administração Financeira, Atlas S/A, São Paulo, SP, 1999.SANVINCENTE, A. Z. Administração Financeira, Atlas S/A, São Paulo, SP, SEBRAE –
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo, Porque as empresas quebram, SEBRAE, São Paulo, SP, 1999.