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Engenheiros Do Sec XIX e Ecletistas - Historia Da Arquitetura e Urbanismo II

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Introdução Falaremos sobre a Arquitetura dos Engenheiros do Século XIX. O século XIX, que foi o período entre 1801 a 1900 foi marcado pelo avanço da arquitetura que seguia por dois pontos distintos: de um lado, arquitetos que buscavam inspiração nos estilos de arquitetura do passado, combinando diferentes estilos históricos em uma única obra, que ficou conhecido como Arquitetura de Estilo (Ecletismo), e por outro lado, as grandes Obras Arquitetônicas e de Engenharia que eram realizadas com os novos materiais: O ferro, o vidro e o concreto armado, que surgiram com a revolução industrial. Ecletismo Por volta de 1840, na França, em reação ao predominante estilo greco-romano os arquitetos começaram a propor em suas obras, a retomada de outros estilos históricos, como por exemplo, o Gótico e o Romântico. A figura principal do ecletismo foi o francês César Denis Daly (1181-1893), que entendia o movimento eclético como “o uso livre do passado”. Não se tratando de uma atitude de simples cópia, mas da capacidade e habilidade do arquiteto em recompor e combinar as características mais importantes destes estilos à arquitetura da época. Este estilo foi logo adotado pela burguesia, já que atendia aos seus desejos e necessidades - modernidade, progresso, conforto, melhoria no padrão de vida. Graças às exigências da classe burguesa, a arquitetura residencial evoluiu na parte técnica com a planta, e principalmente as instalações sanitárias recebem mais atenção. Os equipamentos e serviços urbanos como hotéis de maior porte, grandes lojas, escritórios, bolsas de valores, bancos, teatros, sedes de governos, repartições públicas foram construções privilegiadas pelo novo estilo, que se tornou um grande modismo. A arquitetura passava a ser, naquele momento, um instrumento de demonstração de poder de uma classe social. Para atender a tantas aspirações e exigências para a satisfação das necessidades da classe burguesa, o ecletismo adotou os mais variados elementos decorativos, sem preconceitos de épocas e de culturas. Foram utilizados: florões, ordens gregas, talantes, máscaras, folhas de acanto, cartelas, rosáceas e capitéis variados, chegando a combinações únicas. Progressos da Engenharia e Arquitetura A produção industrial de ferro na Grã-Bretanha deu origem ao progresso na arquitetura do século XIX. A primeira obra com a utilização do ferro foi no ano de 1777, com a construção da ponte sobre o rio Savern, em Coalbrookdale, por Abraham Darby III, descente direto de Abraham Darby. Não demorou muito e o ferro passou a ser empregado em obras

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arquitetônicas; inicialmente com propósitos meramente utilitários, como coberturas de galpões, e depois com fins mais ambiciosos, com o uso do ferro como estrutura de uma edificação. A revolução industrial proporcionou grandes avanços à arquitetura. Novas tecnologias eram colocadas à disposição de construtores e arquitetos. As peças metálicas usadas na estrutura e no acabamento são de grande importância e, assim, começava a união entre indústria e arte. As peças metálicas podem ser observadas em gradis, sacadas, etc. Um caso à parte na arquitetura do século XIX foram as estações ferroviárias, que tiveram suas construções influenciadas pela arquitetura inglesa. Às singelas estações são formas simplificadas e adaptadas das estações ferroviárias inglesas, já que o transporte ferroviário brasileiro no século XIX estava nas mãos das companhias inglesas.

Contexto Histórico Europa No século XVIII, na Inglaterra, iniciava-se o processo da Revolução Industrial. Onde as maquinas ganhavam cada vez mais força e a produção de produtos em série revolucionaram as cidades da época. Com o surgimento cada vez maior de indústrias, a população mais pobre migrava para as cidades industriais com a finalidade da busca por emprego, porém com o surgimento de maquinas que facilitavam o trabalho manual, grande parte dessa população continuavam sem emprego fazendo crescer a taxa de desemprego do país. Com o crescimento industrial, as cidades que possuíam um modelo medieval de concepção “arquitetônica”, não estavam suportando o inchaço populacional oriundo da migração populacional com o intuito da busca de emprego e melhoria de vida. Diversos problemas como a falta de saneamento básico, moradia digna e alimentação cresceram. Doenças e pestes se proliferaram entre a população mais pobre. Brasil Durante a segunda metade do século XIX, a sociedade brasileira passava por mudanças fundamentais nos campos políticos, sociais e na forma de viver e entender a nova realidade. Nesse período houve a mudança da forma de governo, foi feita a Constituição e a substituição do trabalho escravo pelo trabalhador

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assalariado. As cidades cresciam com a chegada das primeiras indústrias. Entre 1850 e 1860, foram inauguradas cerca de 70 fabricas que produziam artigos que até então vinham do exterior. Alem das indústrias, bancos, companhias de navegação, companhias de seguro e estradas de ferro foram construídas. Foram criados também, empresas de mineração, de transporte urbano e gás. Este processo de industrialização proporcionou, ao longo dos anos, o crescimento das pequenas províncias a pólos atrativos para a população do país. Os Grandes fazendeiros migravam para São Paulo e Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor, mais confortável e condições de proporcionar aos seus filhos o estudo em escolas e faculdades. Também como, o acesso à informação, por meio de revistas e jornais em circulação. Por conta da jornada de trabalho ser extremamente abusiva, podia chegar a 16 horas, e a mão-de-obra infantil e feminina que eram usadas de maneira indiscriminada, surgiram às primeiras grandes greves, onde o Operariado, por meio de paralisações, a busca por melhores condições de trabalho.

Principais Características Ecletismo Charles Garnier (1825 - 1898) Arquiteto francês (6/11/1825-3/8/1898). Responsável pelo projeto da Ópera de Paris, e de outras obras de estilo neobarroco, influencia o desenho arquitetônico de sua época. Jean-Louis Charles Garnier nasce na capital francesa e ingressa na Escola de Belas-Artes em 1842.

Teatro Ópera de Paris

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Francisco de Oliveira Passos O Theatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na avenida Central, entre 1903 e 1909, é claramente inspirado no Ópera de Paris e aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro Tommazio Bezzi

Em São Paulo, o primeiro monumento marcante do novo movimento arquitetônico é o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), projetado pelo arquiteto italiano Tommazio Bezzi e construído entre 1882 e 1885.

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Em comparação ao estilo desenvolvido no Rio, o ecletismo classicizante paulista assume traços peculiares de influência italiana e mais diversidade de modelos e estilos históricos.

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Ramos de Azevedo (1851 - 1928)

Sua carreira profissional teve, assim, dois veios que se complementavam: o de engenheiro e o de docente da Escola Politécnica de São Paulo, onde como em um crescente, tornou-se professor, depois vice-diretor e, por fim, diretor. Liceu de Artes e Ofícios, atual sede da Pinacoteca do Estado de São Paulo -

Pesp (1897 - 1900),

Dedicado tanto a área acadêmica, quanto às construções que tomavam parte do então do atual modelo de reformas da capital paulistana, cujos empreendimentos urbanísticos e empresariais aumentavam através do rendimento da produção cafeeira e do constante fortalecimento de um Estado que se tornava rico em termos econômicos, de poder e cultura erudita de ares europeus que inundava o gosto da elite. Arquitetura e Engenharia de Ferro Abraham Darby III

Primeira obra de engenharia de ferro: a ponte sobre o rio Severn, realizada em 1777 por Abraham Darby III.

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Joseph Paxton Joseph Paxton, realizou o projeto do Palácio de Cristal, em Londres, baseando-se na estrutura de uma Vitória-Régia. O travamento da estrutura, necessário devido à sua altura, era feito através de barras colocadas em forma de "X“. Logo, as vigas seriam na estrutura as nervuras das folhas nas regiões em que se encontram praticamente paralelas.

Palácio de Cristal de Londres, em 1851.

Os pilares, assim como as vigas, seriam de ferro fundido e as paredes de vidro. Após a colocação da estrutura básica, pilares e vigas, a vedação vertical do palácio foi feita com placas de vidro que não desempenhavam qualquer tipo de função estrutural ou suporte, apenas de vedação. A construção do Palácio de Cristal ficou concluída em apenas 12 meses. Os princípios estabelecidos por Paxton no seu projeto revelaram-se verdadeiramente revolucionários. Henri Labrouste (1868-1878)

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Salão da Biblioteca Biblioteca Nacional de Paris

Gustave Eiffel A Torre Eiffel, erguida em 1889 para as celebrações do centenário da revolução francesa. O monumento foi construído por Gustave Eiffel para ser exposto temporariamente na Feira Mundial, realizada naquele ano na capital francesa. Quase foi destruída em 1909, e só foi salva por ter sido descoberto seu uso para transmissão de sinais de rádio. Desde então, tornou-se um dos monumentos mais famosos do mundo. Torre Eiffel

Sua estrutura não é apenas um ponto de referência reconhecido no mundo inteiro, mas também uma das mais populares obras arquitetônicas do mundo ocidental, um emblema da modernidade francesa.

Fazes da construção -Torre Eiffel

Jules Saulnier

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Fábrica de chocolate Meunier, em Noisiel-sur-Marne (1871-1872)

William le Baron Jenney O Home Insurance Building, construído em 1884 em Chicago, Illinois, E.U.A. e demolido em 1931 para dar lugar ao Edifício Campo. Foi o primeiro edifício a der construído com a utilização de aço estrutural. Devido a arquitetura original do edifício de Chicago é considerado o primeiro arranha-céu do mundo. Ele tinha 10 andares e a uma altura de 42 m. Em 1890, dois andares foram construídos. Home Insurance Building (1885)

Relevância para a História da Arquitetura O desenvolvimento da arquitetura no século XIX foi de grande importância, em relação às melhorias que cada movimento trouxe a arquitetura da época e também, gerando influencias nas gerações posteriores. O surgimento de novos materiais, como o ferro, o vidro e o concreto armado, que estão em alta até os dias atuais, sem sombra de dúvidas foi um marco na evolução da engenharia e arquitetura. Pela resistência e praticidade que esses materiais oferecem, e pela facilidade de uso, gerando assim projetos mais arrojados com desenhos diferenciados. A inovação veio com a utilização do ferro e do concreto armado como estrutura das edificações, sustentando lajes, pisos e coberturas. Isso possibilitou a construção de edifícios mais altos do que os que já haviam sido construídos. As mudanças surgiram também na parte técnica das residências com a planta, gerando conforto e melhoria no padrão de vida de todos. Principalmente as instalações sanitárias, que neste século receberam mais atenção. Acredito que ambos os movimentos contribuíram para a arquitetura como um todo. Cada um trouxe benefícios ao desenvolvimento da forma de construção ao projeto e elaboração.

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ANÁLISE DE OBRAS

MUSEU IPIRANGA

História Surgiu a idéia de erguer um monumento em homenagem a independência do Brasil no local da proclamação, às margens do rio Ipiranga, meses após o acontecimento. No entanto, por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo que seria criado, somente após 68 anos de proclamação que a idéia foi concretizada com a inauguração de um monumento, em 1890. Para a construção do monumento foi contratado como arquiteto o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi. Foi adotado como estilo arquitetônico, o eclético, que há muito tempo estava em alta na Europa e viria marcar época, a partir do final do século XIX, em toda transformação arquitetônica de São Paul. Tommaso Bezzi utilizou, de uma forma mais simplificada, o modelo de palácio renascentista. Atualmente o museu é um dos ícones da cidade e sua importância é marcada tanto pela imponência do prédio e de suas instalações quanto pela grande parte da história do Brasil que ele abrange. Conta com um acervo de mais de 125 mil peças, entre mobiliários, trajes e utensílios que pertenceram a figuras da história brasileira como bandeirantes, imperadores e barões paulistas do café.

O Edificio O edifício tem 123 metros de comprimento e 16 metros de profundidade com uma profusão de elementos decorativos e ornamentais. O estilo arquitetônico, eclético, foi baseado no de um palácio renascentista, muito rico em ornamentos e decorações. A técnica empregada foi basicamente a da alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão). Como não existiam trabalhadores familiarizados com a execução de ornatos, a mão-de-obra contratada era toda italiana. As obras encerraram-se em 15 de novembro de 1890, no primeiro aniversário da República. Cinco anos mais tarde, foi criado o Museu de Ciências Naturais, que se transformou no Museu Paulista. Em 1909, o paisagista belga Arsênio Puttemans executou os jardins ao redor do edifício. Este desenho de jardim foi substituído,

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provavelmente na década de 1920, pelo paisagismo do alemão Reinaldo Dierberger, desenho que se mantém, em sua maior parte, até os dias atuais.

O Arquiteto Tommaso Gaudenzio Bezzi nasceu em Turim em 1844 e nessa cidade formou-se engenheiro-arquiteto.

Pratimônio Brasileiro O Museu do Ipiranga é tombado pelos três níveis, IPHAN, CONDEPHAAT e pelo CONPRESP. CONPRESP ---- CONDEPHAAT Parque da Independência. IPHAN Museu Paulista, Monumento à Independência, Casa do Grito e Parque da Independência.

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Imagens

Desenho s/ autor e s/data

Estudo de Projeto Loteamento de terrenos

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Estudo de terraplanagem

Planta 1 pavimento

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Planta 2 pavimento

Museu Paulista - hoje

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Escadaria

Jardin

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TEATRO MUNICIAL DO RIO DE JANEIRO

História Construído no começo do século XX, é um dos mais belos e importantes teatros do país. O teatro é um dos símbolos do projeto republicano para a então capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro. Na época, o prefeito Francisco Pereira Passos promoveu uma grande modernização do centro do Rio de Janeiro, construindo, a partir de 1903, a Avenida Central (hoje Av. Rio Branco) criada com referenciais aos boulevares parisienses e rodeada por magníficos exemplares de arquitetura eclética. Então em 1903, o prefeito Pereira Passos, nomeado pelo presidente Rodrigues Alves, trouxe a tona a idéia e, em 15 de outubro de 1903, lançou um concurso para a apresentação de projetos para a construção do Teatro Municipal. Ao termino do prazo do concurso, em março de 1904, foram recebidos sete projetos. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: o Áquila, pseudônimo do engenheiro Francisco de Oliveira Passos, e o Isadora, pseudônimo do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses. O resultado deste concurso foi motivo para uma longa polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, sobre a verdadeira autoria do projeto “Áquila”, que se dizia feito pela seção de arquitetura da Prefeitura, e do suposto favoritismo de Oliveira Passos, pelo fato de ser filho do prefeito. Como decisão final resolveu-se pela fusão dos dois projetos, pois ambos correspondiam com uma mesma tipologia. Feitas as alterações no projeto, em 2 de janeiro de 1905, o prédio começou a ser erguido, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais se assenta o edifício. Para decorar o edifício foram chamados os mais importantes pintores e escultores da época. Também foram recrutados artesãos europeus para fazer vitrais e mosaicos. Finalmente, quatro anos e meio mais tarde, em tempo recorde para uma obra na época, que teve o revezamento de 280 operários em dois turnos de trabalho – no dia 14 de julho de 1909 foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que tinha capacidade para 1.739 espectadores.

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O Edificio Projetado por Francisco Oliveira Passos em estilo eclético, inspirado na Ópera de Paris (1875), de Charles Garnier, o Teatro ostenta uma ornamentação requintada com bronzes dourados, vitrais, lustres de cristal, mosaicos, colunatas e escadarias de mármore. As pinturas em suas rotundas, nas abóbadas e nas decorações parietais são obras de Henrique Bernardelli e Rodolfo Amoedo. As esculturas em sua fachada são de autoria de Rodolfo Bernardelli. O foyer (Salão Nobre), o Pano de Boca e o Plafond (teto sobre a platéia) foram elaborados por Eliseu Visconti. O restaurante Assirius, no subsolo do teatro, tem a particularidade de ter uma decoração em estilo assírio.

O Arquiteto Francisco Oliveira Passos

Pratimônio Brasileiro O Teatro Municipal é tombado pelos níveis, INEPAC e pelo IPHAN. INEPAC -- IPHAN --

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Imagens

Construção

Construção

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Avenida Central

Plafond - Teto

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Plafond – Detalhe

Salão Principal - Foyer

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Sala de Espetáculos

Escadaria principal

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Fachada - Noite

Fachada - Dia

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