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16/09/2015
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Tipos de respostas dadas por provadores:
escalas nominais
amostras colocadas em 2 ou mais grupos, com nomes diferentes mas que não obedecem a qualquer ordem ou relação quantitativa
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Tipos de respostas dadas por provadores:
escalas ordinais
provador coloca produtos em 2 ou mais grupos pertencentes a uma série ordenada
ex: fraca, moderada, forte
muitas, algumas, poucas sementes
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Tipos de respostas dadas por provadores:
escalas de intervalo
provador coloca produtos em grupos numerados separados por um intervalo constante
ex: 3 unidades de sacarose, 4 unidades, 5 unidades, ...
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Tipos de respostas dadas por provadores:
escalas de razão
provador usa números que indicam quantas mais vezes é forte (salgado, doce, ...) o estímulo reltivamente a uma referência previamente apresentada
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Tipos de respostas dadas por provadores:
dados nominais são os que fornecem menos informação
dados ordinais dão mais informação e podem ser analisados pela maioria dos testes estatísticos não paramétricos
dados de intervalo e de razão são melhores
podem ser analisados por todos os testes não paramétricos e frequentemente pelos paramétricos
alguns técnicos preferem os dados de razão, devido a não sofrerem de distorções dos extremos das escalas
na prática, dados de intervalo dão os mesmos resultados e são mais fáceis de recolher
7
métodos mais frequentemente usados para medir resposta sensorial:
organização – produtos avaliados organizados em grupos que diferem de modo nominal
ex: organizados por cor
classificação – notas atribuídas por especialistas treinados
ordenação – amostras (3 – 7) organizadas por ordem de intensidade ou grau de uma característica específica
escala ordinal
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escala – provadores avaliam amostra com uma escala numérica (normalmente 0 – 10) para a qual receberam treino
escalas de categorias produzem dados ordinais (por vezes de intervalo)
escalas lineares produzem dados de intervalo
estimativas de grandeza produzem dados mistos intervalo/razão
unidades de odor basedas em patamares é um método menos usado
9
para escolher o método e poder treinar o painel no seu uso, o chefe de painel tem que compreender e gerir as principais fontes de variação:
diferenças de percepção dos provadores relativamente ao estímulo
limiares sensoriais variam com os indivíduos
diferenças na expressão das percepções pelos provadores
minimizadas pelo treino e selecção cuidadosa da terminologia e escalas fornecidas aos provadores
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provador deve escolher método mais simples capaz de medir as diferenças entre amostras
minimiza tempo de treino
por vezes, necessário usar métodos mais complexos, com mais terminologia e escalas mais complexas
requerem mais tempo de treino e de avaliação
quando diferenças não tidas em conta na fase de planeamento não podem ser medidas pelo método simples
minimizadas pelo treino e selecção cuidadosa da terminologia e escalas fornecidas aos provadores
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ramo da psicologia experimental que estuda as relações entre estímulos sensoriais e respostas humanas
usam-se 2 formas da função psicofísica:
lei de Fechner
lei de Stevens
ambas têm falhas
mais recentemente usada a lei de Michaelis-Menten ou a equação de Beidler para descrever a relação dosagem-resposta
13
na lei de Fechner usa-se o limiar diferencial (just-noticeable difference, JND) para medir a intensidade da sensação
ex: uma sensação de 8 JND é duas vezes mais forte que uma de 4 JND
lei de Fechner derivada da lei de Weber
limiares de diferença aumentam em proporção à intensidade do estímulo absoluto percebido inicial, à qual são medidos
Ck
C
C – intensidade absoluta do estímuloC – variação na intensidade do estímulo necessária para 1 JND
k – constante (entre 0 e 1)
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lei de Weber diz que a quantidade de um flavour adicionado que consegue ser detectada depende da quantidade desse flavour que já está presente
conhecendo k, é possível calcular quanto mais desse flavour tem que ser adicionado
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a lei de Fechner depende de várias aproximações, algumas das quais não são sustentáveis
lei suportada por método de escalas
ex: avaliação de amostras que variam numa escala de 0 a 9 produz resultados que se traduzem numa curva logarítmica
logR k CC – intensidade absoluta do estímuloR – nº de JNDsk – constante (entre 0 e 1)
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lei de Stevens diz que a intensidade da sensação percebida cresce em função da intensidade do estímulo elevada a n
nR kC C – intensidade absoluta do estímuloR – nº de JNDsk – constante (depende das unidades em
que R e C são medidos)n – medida da velocidade de crescimento
da intensidade percebida em função da intensidade do estímulo
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expoentes típicos de características sensoriais
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quando n > 1.0, a sensação percebida cresce mais rapidamente que o estímulo
ex: choque eléctrico
quando n < 1.0, a sensação cresce mais lentamente que o estímulo
ex: maioria dos odores
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lei de Stevens tem falhas
expoentes variam com gama de estímulos e módulo usado no teste
expoentes diferem muito entre indivíduos devido à sua idiosincrasia no uso de números
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a equação de Beidler considera que a resposta psicofísica é proporcional à resposta neurofisiológica
não depende da utilização de números nem de escalas
define uma relação sigmoidal
k mede a afinidade da molécula causadora do estímulo para o receptor
max
R C
R k C
R – respostaRmax – resposta máximak – constante (concentração à qual a
resposta é metade da máxima)C – concentração molar
21
modelo de Beidler funciona melhor para intensidades médias e altas
ex: doçura de alimentos ou bebidas doces
considera que a resposta tem um limite superior (Rmax) nunca ultrapassado, qualquer que seja a concentração do estímulo
considera-se a concentração em que todos os receptores estão saturados
permite uma estimativa quantitativa da resposta do gosto humano
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nos testes de organização, provadores têm que seleccionar uma ou mais características que descrevam o estímulo
ex: num teste de bebidas provador coloca uma marca junto ao(s) termo(s) que melhor descreve(m) a amostra
não há padronização dos termos
resultados expressos como nº de marcas para cada termo
dados nominais
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selecção da terminologia adequada é necessária
compreensão das propriedades químicas e reológicas de um produto facilitam a interpretação dos resultados
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problemas resultantes da selecção de termos inadequada:
quando um produto apresenta defeitos visíveis (rancidez, dureza) e a lista não inclui termos para os descrever, o provador (sobretudo os menos treinados) usará um outro termo da lista para os descrever
se a lista fornecida não menciona algumas características que descrevam verdadeiras diferenças entre produtos, ou características importantes num produto, provadores usarão outro termo da lista para expressar a sua percepção
para que os resultados sejam úteis, selecção dos termos deve ser baseada nas características do produto
requer exame prévio das amostras por um painel bem treinado
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escalas habitualmente têm 4 ou 5 graus
ex: Prémio, Extra, Regular, Rejeitar
aplicam-se a:
café, chá, carne, peixe, manteiga, ...
correlação estatística com propriedades químicas ou físicas é impossível
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cada provador ordena as amostras
1 para a primeira, 2 para a segunda, ...
somam-se os valores para cada amostra e o valor resultante indica a ordem global das amostras
ordenação não pode ser usada como medida da intensidade, mas pode ser tratada pelos testes de c2 e de Friedman
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rápidos e exigem pouco treino
provadores devem estar bem familiarizados com a característica a testar
testes de ordenação muito utilizados, mas com mais de 3 amostras discriminam pior que os baseados no uso de escalas
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utilização de números ou palavras para expressar a intensidade de uma característica percebida ou uma reacção a essa característica (muito macia, muito dura, …)
provador pode atribuir valores numéricos às palavras (gosto muito=9, não gosto nada=1, …)
permite tratamento estatístico
33
validade e fiabilidade de um teste de escala depende de:
selecção de uma técnica de escala suficientemente ampla de modo a cobrir toda a gama de intensidades do parâmetro e com suficientes pontos discretos para poder atribuir todas as pequenas diferenças de intensidade entre as amostras
painel ter sido ou não treinado a associar uma dada sensação (e nenhuma outra) com a característica a ser escalada
painel ter sido ou não treinado no uso da escala, do mesmo modo com todas as amostras e ao longo do tempo
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mais informativos e úteis que os testes diferenciais
resultados dependem da familiarização dos provadores com a característica a ser testada e com a escala a usar
aplicam-se 3 filosofias:
escala universal – provadores consideram todos os produtos e intensidades que já testaram como ponto de referência de máxima intensidade
escala específica do produto – provadores consideram apenas a sua experiência com a categoria do produto seleccionado para estabelecerem ponto de referência máximo
escala específica da característica – provadores consideram experiência prévia com característica escolhida em todos os produtos para definir ponto de referência máximo
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provadores tendem a usar meio das escalas
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tipos de escalas:
categorizadas
lineares
estruturadas
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escalas categorizadas
provador tem que atribuir um valor à intensidade de um dado estímulo
valor contido numa escala limitada, normalmente numérica
produz dados ordinais
não permite medir o grau (quanto mais) que uma amostra possui relativamente a outra
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exemplos de escalas categorizadas usadas em análise descritiva
Nº Escalas categorizadas Escala cat. verbal I Escala cat. verbal II
0 0 NenhumAbsolutamente
nenhum
1 1 PatamarMinimamente
detectável
2 2.5 Muito pouco Muito suave
3 5 Pouco Suave
4 7.5 Pouco-moderado Suave-nítido
5 10 Moderado Nítido
6 12.5 Moderado-forte Nítido-forte
7 15 Forte Forte
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habitualmente as escalas verbais também são convertidas em números
métodos descritivos (Flavour Profile® e Texture Profile ®) usam escalas categorizadas numéricas sustentadas verbalmente
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deve optar-se por uma escala de pelo menos 10-15 pontos, excepto:
quando a escala representa um muito pequeno intervalo de percepção sensorial
quando nº de amostras a testar é pequeno (<5)
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dados analisados por testes de c2
comparar proporção de respostas em cada categoria para um grupo de amostras
podem também usar-se técnicas paramétricas (teste de t, análise de variância, regressão)
quando se pode considerar que todas as categorias estão igualmente espaçadas
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escalas lineares
provador avalia a intensidade de um dado estímulo, fazendo uma marca numa linha horizontal
normalmente 15 cm com marcas nos extremos ou a 1.25 cm de cada ponta
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marcas feitas nas escalas convertidas em números obtidos por medição das suas distâncias relativas
régua ou digitalizador interfaciado com computador
produz dados de intervalo
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escalas estruturadas
baseadas na lei de Stevens
produzem dados de razão
provador atribui um nº arbitrário à 1ª amostra que recebe
nº também pode ser atribuído pelo organizador
passa a ser referido como módulo
restantes amostras receberão classificações proporcionais à inicial
45
ex: com um módulo
1º biscoito atribuído grau crocante de 25
restantes amostras com valores relativos a 25
amostra com metade da sensação recebe valor de 12.5, ...
ex: sem um módulo
provador prova 1º biscoto e atribui-lhe um nº
amostras seguintes recebem valores relativos a essa
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escalas categorizadas vs. estruturadas
escalas estruturadas evitam o problema de os provadores evitarem as pontas das escalas para mais tarde poderem acomodar amostras extremas
escalas estruturadas exigem menos tempo e esforço de preparação de amostras e treino dos provadores
escalas estruturadas incapazes de produzir valores estáveis e reprodutíveis para intensidade de flavour
na prática, provadores que utilizam escalas estruturadas requerem bastante treino
frequentemente as escalas estruturadas não são mais discriminatórias que as categorizadas
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escalas categorizadas vs. estruturadas
escalas estruturadas são menos adequadas para ordenar grau de apreciação
escalas estruturadas produzem mais pontos de discriminação e separação em aplicações académicas com poucos avaliadores (≤20)
estudo de sistemas unidimensionais, como açúcar na água
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Tipos de ensaios sensoriais:
analíticos
afectivos
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testes analíticos:
discriminatórios
sensitivos
teste do Limiar (5 – 15 amostras)
teste de Diluição (5 – 15 amostras)
diferenciais
teste de Comparação-par (2 amostras)
teste de Duo-trio (3 amostras, 2 iguais e 1 diferente)
teste Triangular (3 amostras, 2 iguais e 1 diferente)
teste de Classificação (2 – 7 amostras)
teste da Diferença escalar (1 – 18 amostras)
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testes analíticos:
descritivos
classificação de características
teste de Escalas categorizadas (1 – 18 amostras)
teste de Escalas proporcionais (1 – 18 amostras)
análise descritiva
Perfis sensoriais (1, 1 – 5 amostras)
Análise descritiva quantitativa (1 – 5 amostras)
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testes afectivos:
preferência/aceitação
teste de Comparação-par (2 amostras)
teste de Classificação (3 – 7 amostras)
teste da Diferença escalar (1 - 18 amostras)
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Testes analíticos – Discriminatórios – Sensitivos – teste do Limiar
limiar – intensidade mínima de um estímulo capaz de provocar uma excitação
limiar – valor (mínimo ou máximo) de determinado estímulo a partir do qual se obtém uma sensação
testes do Limiar servem para determinar a intensidade dum estímulo detectável/reconhecível pelo provador
ex: determinação da concentração dum composto químico, adicionado a uma bebida, detectável pelos consumidores
53
limiares individuais podem ser usados para seleccionar membros de um painel
teste muito usado, apesar das críticas
resultados são derivações estatísticas sem existência real
resultados dependem muito do método usado
determinação eficaz requer centenas de comparações com um controlo
teste do Limiar
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limiar de detecção (absoluto)
concentração ou quantidade mínima de composto/produto que origina uma sensação diferente dum padrão (água mineral, ...)
limiar de reconhecimento
concentração ou quantidade mínima de composto/produto que, além de originar uma sensação diferente dum padrão, permite reconhecer o estímulo específico em causa
normalmente superior ao absoluto
limiar terminal
intensidade de um dado estímulo a partir da qual não existe alteração da intensidade da sensação percebida
geralmente, acima deste nível, sensação é de dor
teste do Limiar
55
limiar (empírico) de detecção/reconhecimento
concentração de produto que a pessoa detecta/reconhece em 50 % das provas
convenção que tem em conta a variabilidade individual no mecanismo estímulo-resposta
teste do Limiar
ideal real
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teste do Limiar
conceito de Limiar de grupo
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Determinação de limiares
vários métodos
ex: método rápido e método intermédio
teste do Limiar
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Método rápido
obtêm-se valores “práticos” dos limiares com menor nº de provadores e menor nº de provas
valores aproximados
provador tem que provar amostras de concentração/intensidade crescente da característica em estudo
teste do Limiar
59
Método rápido
C0 – concentração mais elevada não detectada (ou não reconhecida)
C+ - menor concentração detectada (ou reconhecida)
para um provador i, limiar individual Li
para grupo de n provadores, calcula-se média geométrica dos valores de Li para obter o limiar de grupo Lg
teste do Limiar
10 iA
iL 0log( ) log( )
log( )2
i i
C CA L
10B
gL 1
log( )
log( )
n
i
ig
L
B Ln
60
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Método intermédio
obtêm-se valores mais correctos dos limiares
procedimento semelhante ao do método rápido
exige repetições pelo mesmo provador (para ajustar equações)
teste do Limiar
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Método intermédio
para um provador i
ajustar (mínimos quadrados, ...) modelo logístico à relação entre a proporção de respostas correctas/positivas e a intensidade do estímulo
teste do Limiar
( log )
( log )
1
3
1
i
i
B T x
i B T x
e
Pe
10 iT
iL
Pi – proporção de respostas correctas/positivas do provador i
log x – log do valor do estímulo x (conc. soluto, ...)B – decliveTi – limiar para provador i
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Método intermédio
teste do Limiar
limiar individual – Li = 101.62 = 41.69
63
Método intermédio
para um grupo de n provadores
ajustar (mínimos quadrados, ...) modelo linear à relação entre o índice Fi e o limiar individual Ti
teste do Limiar
i iF a bT
10 gT
gL
Fi = 100-k/(n+1) – obtém-se a partir da ordem k do valor Ti entre todos os n valores de T
a – intercepçãob – decliveTi – limiar para provador i -erro
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Método intermédio
teste do Limiar
50g
aT
b
limiar para grupo de provadores – Lg = 100.79 = 6.17
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Método intermédio
para um grupo de n provadores
método alternativo
calcular média geométrica deTi e obter Lg através de
teste do Limiar
1
log( )n
ig g
i
TT L
n
10 gT
gL
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Testes analíticos – Discriminatórios – Diferenciais – teste de Comparação-par
testes simples
utilizados para determinar se existem diferenças entre 2 amostras
diferenciação simples – determinar se existem diferenças entre 2 produtos
diferenciação direccional – pretende-se saber se é detectável a diferença entre 2 amostras que diferem numa característica específica
67
apresentam-se 2 amostras codificadas ao provador
provador indica se encontra diferença entre as 2 amostras
diferenciação simples
provador escolhe amostra do par, pela maior qualidade de uma característica específica
diferenciação direccional
teste de Comparação-par
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amostras apresentadas simultaneamente, se possível ou em sucessão
preparar igual nº dos 4 pares e apresentá-los aleatoriamente aos provadores
quando teste pretende avaliar um único par
quando cada provador tem que avaliar mais que 1 par, têm que manter-se registos de cada avaliação
teste de Comparação-par
69
necessário apresentar 20 - 50 vezes cada uma das 4 combinações de amostras para determinar diferenças
A/A, B/B, A/B, B/A
podem ser usados até 200 provadores
ou 100 provadores receberem 2 dos pares
se estímulo a determinar for muito complexo, não se deve apresentar a cada provador mais que um par de cada vez
podem existir painéis de provadores treinados ou não treinados mas não de misturas de ambos
teste de Comparação-par
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utilizado quando amostras não adequadas a apresentação múltipla
quando não é possível fazer teste triangular ou duo-trio
eficaz para:
determinar se diferenças no produto resultam de alteração nos ingredientes, processamento, embalagem ou armazenamento
determinar se existe diferença global, quando não é possível identificar se uma característica específica foi afectada
teste de Comparação-par
71
teste é lento porque:
informação sobre possíveis diferenças dada por comparação de respostas obtidas a partir de pares diferentes (A/B e B/A) com as obtidas a partir de pares idênticos (A/A e B/B)
apresentação de pares idênticos permite avaliar a influência do efeito placebo (perguntar se existe diferença)
teste de Comparação-par
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no final compara-se nº de respostas “correctas” e “incorrectas”
faz-se tratamento (A/B e B/A) relativamente ao efeito placebo (A/A e B/B)
hipóteses testadas por 3 tipos de estatísticas, baseadas na distribuição de probabilidade de c2
c2 ajustado
c2 corrigido
nº de respostas correctas
teste de Comparação-par
H0: A=B
não existe(m) diferença(s)
entre o(s) produto(s)
H1: A≠B existe(m) diferença(s)
H1: A<B ou A>B
existe(m) diferença(s)
73
função densidade de probabilidades de c2
dados organizados em classes ou categorias
possível usar distribuição de probabilidades de c2 para testar a
“aproximação entre o que se observa e o que se esperava observar”
Fobs e Fesp
necessário calcular e testar medida da aproximação
varia entre 0 (frequências exactamente iguais) e ∞(frequências completamente diferentes)
( ) 12 2
2
1( )
2 ( )2
x n
nf x e x
n
x>0
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quando, para as classes i=1,2,..., k se define a hipótese H0
as distribuições são iguais, H0: Fobs(i)=Fesp(i)
a quantidade observada segue uma distribuição de c2 com u=k-1 graus de liberdade (g.l.)
2
( ) ( )2
1 ( )
( )kobs i esp i
obs
i esp i
F F
Fc
75
densidade de probabilidade (c2) para 3 e 8 g.l. ou u
área escura – 95 % da área da curva ɸ probabilidade de 95 % de que
c2 seja menor ou igual ao valor
crítico de 7.81
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se rejeita-se H0
aceita-se H1
quer dizer que “as distribuições são diferentes com uma confiança de (1-a) 100 %”
no caso contrário, não se rejeita H0
2 2
[ , ]obs a uc c
valores teóricos tabelados2
[ , ]a uc
risco a - probabilidade de concluir que existe uma diferença perceptível, quando esta não existerisco b - probabilidade de concluir que não existe diferença perceptível, quando esta existe
77
c2 ajustado
testes Comparação-par envolvem apenas 2 categorias de resposta (correcta, incorrecta)
k=2
necessário ajustar estatística em função de g.l.=k-1=1
H0: Fespcorrectas=Fespincorrectas
= n/2
porque p = ½
teste de Comparação-par
22
( ) ( )2
1 ( )
( 0.5)obs i esp i
aj
i esp i
F F
Fc
n – nº de provasp – probabilidade de o provador
responder correcta ou incorrectamente, ao acaso
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40
H1: A≠B, se rejeita-se H0
caso contrário, não se rejeita H0
H1: A<B ou A>B, se rejeita-se H0
caso contrário, não se rejeita H0
teste de Comparação-par
2 2
[ ;1]aj ac c
2 2
[ ;1]aj ac c
79
c2 corrigido
usado nas hipóteses anteriores
H1: A≠B, se rejeita-se H0
caso contrário não se rejeita H0
H1: A<B ou A>B, se rejeita-se H0
caso contrário, não se rejeita H0
teste de Comparação-par
221 22
1
( 1)cor
i
X X
nc
X1 – nº de respostas correctasX2 – nº de respostas incorrectasn – nº de provas
2 2
[ ;1]cor ac c
2 2
[ ;1]cor ac c
80
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nºde respostas correctas
teste das hipóteses anteriores
tabelas simplificadas, com nº mínimo (nmínimo) de respostas correctas para um determinado nº de provas
H1: A≠B, se rejeita-se H0
caso contrário não se rejeita H0
H1: A<B ou A>B, se rejeita-se H0
caso contrário, não se rejeita H0
teste de Comparação-par
/correctas mínimo bilateraln n
/correctas mínimo unilateraln n
81
ex: substituição de um cozedor para produzir um molho
problema - saber se molho produzido no novo aparelho tem mesmo sabor que no antigo
objectivo do projecto - determinar se a fábrica pode passar a utilizar novo aparelho
objectivo do ensaio - determinar se os 2 molhos podem ser distinguidos pelo sabor
teste de Comparação-par
82
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42
desenho do ensaio
como produto é picante, usa-se um veículo (pão branco)
usam-se 60 provadores para testarem 30 pares iguais + 30 pares diferentes
cada provador avalia ou um par igual (A/A ou B/B) ou um diferente (A/B ou B/A) numa única sessão
ensaio levado a cabo em cabinas sob luz vermelha, para mascarar diferenças
teste de Comparação-par
83
teste de Comparação-par
84
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rastrear as amostras
ensaios preliminares, com 5 provadores experientes
verificar se é mais fácil provar amostras simples ou com veículo
determinar quantidade adequada de amostra, relativamente ao pão
teste de Comparação-par
85
efectuar o ensaio
imediatamente antes da prova, adicionar molho aos pedaços de pão previamente cortados e guardados sob refrigeração e hermeticamente fechados
amostras colocadas em pratos codificados como indicado na folha de trabalho
teste de Comparação-par
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analisar os resultados
análise por c2 usada para comparar efeito palcebo (17/13) com
efeito do tratamento (9/21)
teste de Comparação-par
Amostras recebidas
RespostasPar igualAA ou BB
Par diferenteAB ou BA
Total
Idêntico 17 9 26
Diferente 13 21 34
Total 30 30 60
22 ( )O E
Ec
O – nº observadoE – nº esperado
87
E = nº esperado, em cada uma das 4 opções: mesmo/par idêntico, mesmo/par diferente, diferente/par idêntico, diferente/par diferente
4.34 > valor da tabela (df=1, probabilidade=0.05, c2=3.84
existe uma diferença significativa
teste de Comparação-par
para a opção mesmo/par idêntico:
E=(26x30)/60=13
2 2 2 22 (17 13) (9 13) (13 17) (21 17)
4.3413 13 17 17
c
88
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45
teste de Comparação-par
89
interpretar os resultados
verificada diferença significativa entre os 2 molhos
teste de Comparação-par
90
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Testes analíticos – Discriminatórios – Diferenciais – teste de Duo-trio
aplica-se em situações semelhantes às dos testes de Comparação-par e triangular
menos eficaz que o triangular
probabilidade de resultado certo ao acaso é 1:2
comparação entre 2 amostras, para verificar se existe diferença sensorial
simples e fácil de aprender
vantagem de permitir utilizar amostra-padrão
91
prova inicia-se com apresentação da amostra-padrão
segue-se apresentação de 2 amostras codificadas
uma idêntica à amostra-padrão, outra diferente
provador deve identificar a idêntica
contar nº de respostas correctas e nº total de respostas
não são válidas respostas “não há diferença”
quando em dúvida, provadores devem “adivinhar”
conceitos fundamentais e análise de resultados semelhantes às dos testes de Comparação-par simples
teste de Duo-trio
92
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teste de Duo-trio
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mínimo de 16 provadores
risco b elevado para menos de 28
discriminação melhora quando se usam 32, 40 ou mais
teste de Duo-trio
risco a - probabilidade de concluir que existe uma diferença perceptível, quando esta não existerisco b - probabilidade de concluir que não existe diferença perceptível, quando esta existe
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útil para:
determinar se diferenças resultam de alterações nos ingredientes, processamento, embalagem ou armazenamento
determinar se existe diferença global, quando não se conseguem detectar diferenças nas características específicas
aplicável quando >15 (de preferência >30) provadores disponíveis
teste de Duo-trio
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2 formas de teste:
referência constante
referência é sempre a mesma amostra
normalmente retirada da produção corrente
usada quando provadores conhecem bem a amostra
referência equilibrada
ambas as amostras são aleatoriamente utilizadas como referência
usada quando nenhum dos produtos é mais conhecido que o outro ou quando se usam provadores pouco treinados
teste de Duo-trio
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amostras devem ser oferecidas em simultâneo
se não for possível, em sequência
preparar nº igual das possíveis combinações e distribuí-las aleatoriamente entre os provadores
folha de resultados igual para modos constante e equilibrado
teste de Duo-trio
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teste de Duo-trio
ref. equilibrada
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folha de resultados pode incluir espaço para mais que um teste
não incluir perguntas suplementares
teste de Duo-trio
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ex: novo material para lata de cerveja
problema – capacidade de detectar diferença entre 2 embalagens
objectivo do projecto – determinar se alteração na embalagem produz diferença perceptível na cerveja, após armazenamento
objectivo do ensaio – determinar se é possível detectar diferença sensorial entre as 2 cervejas após 8 semanas de armazenamento à temperatura ambiente
teste de Duo-trio
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nº de provadores – considerado que não há problemas de mercado se apenas 30 % dos provadores (pd = 30 %) conseguir detectar diferença
estabelecer risco b = 0.05 e risco a = 0.10
necessários 96 provadores
teste de Duo-trio
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desenho do teste – usa-se modo de referência constante, porque provadores estão familiarizados com a cerveja habitual (amostra A)
realizados testes separados em 3 locais diferentes
permite melhorar discriminação
cada teste usa 32 provadores
cerveja A usada como referência
preparam-se 64 copos de A e 32 de B, servidos em 16 combinações AAB e 16 ABA
amostra referência sempre à esquerda
teste de Duo-trio
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análise dos resultados – 18, 20 e 19 provadores (em cada um dos locais) identificaram correctamente a amostra igual à referência
resultado significativo exige 21 respostas correctas
teste de Duo-trio
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obtidas 57 respostas correctas em 96
tabela indica que nº crítico de respostas correctas é 55, significativo para 10 %
será 57 para 5 %
teste de Duo-trio
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interpretação dos resultados – existe diferença, com 5 % de significado
conclusão
ver se provadores descreveram a diferença
se não, fazer um teste descritivo
se a diferença não for considerada agradável nem desagradável, submeter amostras a teste por consumidores
teste de Duo-trio
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ex: substituição de lote de café
problema – testar 3 novos lotes de café para verificar se algum pode ser usado para substituir o que está a ser usado
objectivo do projecto – determinar qual de 3 novos lotes de café pode substituir o lote actual
objectivo do ensaio – testar semelhança entre lote actual e cada um dos outros
teste de Duo-trio
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desenho do teste – testes preliminares mostram que diferenças são pequenas e não facilmente atribuíveis a características específicas
usados 60 provadores em vez dos habituais 36 usados para testar diferenças
minimizar risco de não detectar diferença perceptível
60 provadores dão probabilidade de 90 % (b = 0.90) de
detectar situação em que 25 % dos provadores (pd = 25 %) conseguem detectar diferença, com risco a
de 0.25
teste de Duo-trio
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cada lote analisado com 1 semana de intervalo
usadas 12 cabinas de prova, com filtros acastanhados para a luz
cada parte do teste usa 12 provadores, de modo a ter uma apresentação equilibrada das 2 amostras
teste de Duo-trio
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amostras apresentadas sem açúcar nem natas
bules mantidos a 80 ºC e café despejado em chávenas de cerâmica mantidas a 55 ºC
marcadas e apresentadas como indicado na folha de trabalho
teste de Duo-trio
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teste de Duo-trio
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análise de resultados
nº de respostas correctas:
seriam necessárias 33 respostas correctas para concluir que existe diferença significativa, com risco a de 0.25
lotes B e C são suficientemente semelhantes ao controlo, mas D não
teste de Duo-trio
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problema suplementar:
num teste duo-trio com 60 provadores, nº correcto de respostas correctas deveria ser n/2 = 30, mas apenas 24 identificaram lote B
causas possíveis:
amostras mal rotuladas
má preparação ou manuseamento das amostras antes da prova
por análise estatística é possível concluir que 24 não está suficientemente afastado de 30, para permitir dizer que existe um factor anómalo
teste de Duo-trio
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