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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGAL BOLETIM INFORMATIVO DEZEMBRO 2017 56 Nós é que traçamos o nosso destino Ao falar em destino, devo esclare- cer, em primeiro lugar, que as pessoas confundem predestinação com desti- no. A diferença, no entanto, é radical. Devemos entender por predestinação certas condições a que estamos sujei- tos antes mesmo do nascimento, ao passo que o destino depende inteira- mente do homem. A não realização de diversos dese- jos deve-se à predestinação, da qual estamos impossibilitados de nos livrar. O importante é conhecer o seu limite, o que é difícil, ou seja, quase impos- sível. O desconhecimento desse limite faz o homem traçar planos superiores à sua capacidade e ter esperanças descabidas, que o levam ao fracasso. Se, consciente do seu erro, ele voltas- se imediatamente ao ponto de parti- da, certamente sofreria menos, mas a ignorância da predestinação impele-o a prosseguir, aumentando a sua des- graça. Isto decorre também do facto de subestimar-se o rigor do mundo. Como resultado, a maioria das pesso- as só toma consciência da realidade ENSINAMENTO DE MEISHU-SAMA “A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento” Meishu-Sama Shin Verdade Zen Bem Bi Belo

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA Nós é que traçamos o … · a graça de meu irmão de 15 anos reconsagrar o Ohikari. Também comecei a levar a Flor de Luz para casa o que despertou

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IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALBoletim informativo

DeZemBro 2017 nº 56

Nós é que traçamos o nosso destino

Ao falar em destino, devo esclare-cer, em primeiro lugar, que as pessoas confundem predestinação com desti-no. A diferença, no entanto, é radical. Devemos entender por predestinação certas condições a que estamos sujei-tos antes mesmo do nascimento, ao passo que o destino depende inteira-mente do homem.

A não realização de diversos dese-jos deve-se à predestinação, da qual estamos impossibilitados de nos livrar. O importante é conhecer o seu limite, o que é difícil, ou seja, quase impos-

sível. O desconhecimento desse limite faz o homem traçar planos superiores à sua capacidade e ter esperanças descabidas, que o levam ao fracasso. Se, consciente do seu erro, ele voltas-se imediatamente ao ponto de parti-da, certamente sofreria menos, mas a ignorância da predestinação impele-o a prosseguir, aumentando a sua des-graça.

Isto decorre também do facto de subestimar-se o rigor do mundo. Como resultado, a maioria das pesso-as só toma consciência da realidade

ENSINAMENTO DE MEIShU-SAMA

“A Verdade é o Caminho, o Bem é a Ação e o Belo é o Sentimento”Meishu-Sama

ShinVerdade

ZenBem

BiBelo

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Bom dia, o meu nome é Marcello Marconi de Almeida Ferrão, tenho 25 anos e dedico no Johrei Center do Porto.

Conheci a IMM no Brasil através de uma namo-rada que tinha na época e que é filha de um Minis-tro.

Como passava alguns fins-de-semana na casa dele, fui convidado para conhecer a Igreja e partici-par de suas atividades. Fui para dedicar na limpeza e quando entrei e olhei para a Imagem da Luz Divina pela primeira vez fiquei extasiado, nunca tinha visto nada igual. No dia em que assisti ao meu primeiro Culto Mensal, tive uma forte dor abdominal, a qual, após o Johrei coletivo, passou completamente. Nessa altura não associei o alívio da dor ao facto de ter recebido Johrei. Hoje percebo a graça que rece-bi. Continuei com as minhas actividades na Igreja e aos poucos despertei e comecei a sentir vontade de ministrar Johrei às pessoas. Fiz as aulas e recebi o Ohikari no dia 28 de Fevereiro de 2009.

Sempre fui membro ativo nas dedicações e tra-balhava na gestão de uma empresa no Rio de Ja-neiro até que o meu pai, em 2014, resolveu abrir um negócio. Assim, decidi sair do meu trabalho para o ajudar. Entretanto, após alguns meses, descobriu-se que o sócio estava a roubar e o meu pai acabou por abandonar a sociedade. Nessa época, como eu deixei de trabalhar, comecei a dedicar a tempo in-teiro na Igreja, até que fui convidado, pelo ministro responsável, a fazer o pré-seminário o qual aceitei.

No final de 2014, o meu pai decidiu que, devido

após amargas experiências, ao fa-lhar nas tentativas de recuperação ou verem-se impedidas de recome-çar suas atividades, por causa das pedras lançadas em seu caminho. Felizes os que reconhecem o erro a tempo, ao tomarem conhecimento da realidade.

Referi-me ao destino dos des-crentes. Com os crentes é diferen-te.

Devo abordar a questão pelo aspeto espiritual e dizer, numa pa-lavra, que todos os sofrimentos são ações purificadoras. Ser vítima de chantagem, incêndio, acidente, roubo, desgraça familiar, prejuízo, fracasso comercial, necessidade monetária, conflito conjugal, desa-vença entre pais e filhos ou entre irmãos, contenda com parentes e amigos, tudo isso faz parte da ação purificadora. Nessas circunstân-cias, só há um recurso: eliminar as máculas espirituais por meio do so-frimento. Enquanto houver máculas no espírito, a ação purificadora per-sistirá; diminuí-las, é condição es-sencial para melhorar o destino. O ato purificador é dispensado quan-do atingimos certo grau de purifica-ção; então a desgraça transforma-se em felicidade. Sendo esta a ver-dade, a boa sorte não se espera de braços cruzados, mas purificando.

Se a Fé é o meio para purifi-carmos sem sofrimentos, é natu-ral que não haja felicidade para os descrentes. Existem diversas espécies de crenças, mas para se obter a verdadeira felicidade é pre-ciso seguir uma fé verdadeira e de poder elevado. Daí a necessidade de se reconhecer a Igreja Messiâni-ca Mundial como uma religião que corresponde a essa condição.

Meishu-Sama, 25 de outubro de 1952

“Quando permitimos a actuação de Deus, a nossa vida muda”

experiência De fÉ

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à violência no Rio de Janeiro, deveríamos sair do país e depois de muitas hipóteses, surgiu a ideia de vir para Portugal, já que as nossas origens são portuguesas. A minha avó paterna nasceu em Vi-seu, em Vilar do Monte.

Quando cheguei a Portugal, apesar de ter a morada da Igreja, nunca mais frequentei porque tinha que organizar a minha vida.

Em Abril de 2016, voltei a sentir vontade de dedicar, mas não fui logo pois estava a trabalhar e não era fácil gerir os horários e as tarefas do dia-a-dia. Certo dia, no mês de maio, acordei decidi-do a reencontrar-me com Meishu-Sama na Igreja e, mesmo que chegasse atrasado no trabalho, precisava ir. Fui muito bem-recebido pela plan-tonista e marquei uma entrevista com o Ministro para o dia seguinte. Fui orientado a vir à Igreja diariamente, receber e ministrar Johrei antes de ir para o trabalho.

No meu primeiro mês de dedicação come-cei a purificar financeiramente. A meio do mês, já tinha gasto todo o meu ordenado, coisa que nunca aconteceu. Logo a seguir surgiu uma puri-ficação de conflito familiar em casa. Decidi pedir orientação ao Ministro e comecei a fazer a prática do donativo mensal de 15% do meu ordenado com o objetivo de agradecer por tudo o que pos-suía. Logo no mês a seguir, recebi o milagre de equilibrar as minhas finanças. Penso que purifi-quei dessa maneira para poder aprender sobre a importância de materializar a minha gratidão a Deus e Meishu-Sama. Mas, a purificação de con-flito na minha família agravou-se. Depois de ouvir um relato de experiência de fé nos cultos diários, decidi assumir o compromisso de ministrar Johrei à minha mãe todos os dias durante um mês, com o Sonen de encaminhar os antepassados que estavam a utilizar a minha família, principalmente o meu pai, como instrumento de salvação, e tam-bém para que a minha mãe despertasse o seu paraíso interior, para que se tornasse útil para a Obra Divina, já que o meu pai não aceitava rece-ber Johrei. O ambiente de casa, em poucos dias, mudou naturalmente, ficando muito mais calmo. A minha mãe pede-me Johrei diariamente e esta prática mantém-se até aos dias de hoje. Recebi a graça de meu irmão de 15 anos reconsagrar o Ohikari. Também comecei a levar a Flor de Luz para casa o que despertou na minha mãe a von-tade de fazer curso de Ikebana Sanguetsu o qual

iniciou no mês de novembro.Na altura do Culto do Paraíso Terrestre, co-

mecei a purificar no trabalho, sentia-me triste e desmotivado. Fiz a Prática do Sonen de encami-nhamento desse sofrimento e ao conversar com o ministro, fui orientado a tentar manter o meu trabalho devido às dificuldades de emprego no país, mas já não tinha mais motivação nenhuma nesse emprego. Já não fazia sentido para mim. Conversei novamente com o ministro e comuni-quei que iria despedir-me e utilizar o horário de trabalho para dedicar. Assim, fui ao Altar e en-treguei a minha vida a Meishu Sama e pedi para que fosse feita a Sua Vontade. Comprometi-me a fazer o meu melhor, para me tornar útil na expan-são da Obra Divina e fazer as pessoas felizes.

No dia-a-dia, naturalmente, comecei a aten-der as pessoas que chegavam pela primeira vez. Recebia-as, ministrava Johrei, ouvia-as e procu-rava mostrar-lhes que o sofrimento que elas pas-savam fazia parte do processo para crescerem e serem felizes. Que Meishu-Sama ensina que se fizessem outras pessoas felizes seriam felizes, da importância de agradecer a Deus e de mate-rializar através da prática do donativo diário. Em 5 meses, com essa dedicação diária, um jovem frequentador recebeu o Ohikari e mais 2 frequen-tadores mostraram vontade de ministrar Johrei, decidindo frequentar as aulas de primeiras no-ções messiânicas. Outros frequentadores já tive-ram grandes mudanças nas suas vidas.

Com todas estas bênçãos e de vivenciar as mudanças nas vidas das pessoas, senti-me re-alizado. Nesse momento, descobri que era isto que eu queria fazer da minha vida. Logo após comuniquei a Meishu-Sama que se fosse esta a minha missão, que fosse feita a Sua Vontade. Comuniquei aos meus pais que desejava ser se-minarista e para minha surpresa, a resposta deles foi positiva, pois se era este o caminho que havia escolhido, teria todo o apoio deles. Fiquei muito feliz, principalmente por nenhum deles ser mem-bro da Igreja e assim, comuniquei ao ministro a minha decisão.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama pela sua existência, aos meus an-tepassados e a todas as pessoas, membros e frequentadores pelo apoio e pela ajuda na minha missão e percebi que actuação de Deus depende da nossa mudança. Muito obrigado.

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Também estamos a receber visitas do exterior. Do Brasil estamos a receber o Ministro Paulo Sampaio, que é pai do Mi-nistro Rodrigo Sampaio, que os senhores conhecem. Pode levantar-se, por favor? (Palmas) E de França estamos a receber o Ministro Paulo Oyama e a sua esposa, a professora Sueli Oyama. (Palmas)

Das unidades religiosas de Portugal, estamos a receber membros de Lisboa, Amadora e Sintra, Margem Sul, Oeiras-Cascais, Coimbra, Aveiro, Vila Real, Ama-rante, Braga e naturalmente Porto e Gaia. Sejam todos muito bem-vindos! (Palmas)

No mês passado realizámos o nosso Culto de Antepassados acumulado com as comemorações dos 40 anos de Difusão Messiânica em Portugal. Quem estava pre-sente, pode levantar a mão? Quase todos. Foi um dia maravilhoso, não foi? (Sim)

Foi muito emocionante! Estiveram pre-sentes quase 500 pessoas. Naquele ma-ravilhoso evento, ouvindo as maravilhosas

Bom dia a todos!(Bom dia!)

Os senhores estão a passar bem?(Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!)

Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama!

Em nome de Deus e Meishu-Sama, quero iniciar as minhas palavras por agra-decer, de todo o coração, a todos os se-nhores pela vossa sincera dedicação que nos permite expandir cada vez mais a Obra Divina de Deus e Meishu-Sama aqui em Portugal. Muito obrigado!

Quem está a vir hoje pela primeira vez pode levantar a mão? Sejam bem-vindos! (Palmas)

É uma grande honra estar a recebê-los na casa de Deus e Meishu-Sama num dia tão importante como o de hoje, que é o Culto Mensal de Agradecimento e espe-ramos que esta seja a primeira de muitas outras visitas. Sejam bem-vindos e sintam-se em casa.

CULTO MENSAL DE AGRADECIMENTO – DEzEMbRO / 2017

PALESTRA DO PRESIDENTE DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL DE PORTUGALREVERENDO CARLOS EDUARDO LUCIOW

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tempo nos quais astros celestes executam uma órbita. Ele diz que existem ciclos pe-quenos, médios e grandes. 40 anos foram 4 ciclos de 10 anos. Assim, demos agora entrada num novo ciclo de 10 anos, que vai até 2027, quando a nossa Igreja com-pletará 50 anos em Portugal.

experiências de fé dos pioneiros, podemos sentir a emoção que eles sentiram e pode-mos confirmar a nossa decisão de nos tor-narmos pioneiros dessa nova fase da Obra Divina em Portugal.

Meishu-Sama ensina que o mundo evolui em ciclos. Ciclos são períodos de

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Ofertório de Gratidão pela representante dos participantes: Sra. Maria Inês Ferreira da Silva Pereira Adelino.

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Neste evento também tivemos a ma-ravilhosa permissão de Meishu-Sama de receber das Suas mãos o primeiro livro do Alicerce do Paraíso em português de Por-tugal, que era um sonho antigo de todos os portugueses, de poderem ler os Ensina-mentos na sua língua. Apesar de agrade-cerem os Ensinamentos que vêm do Brasil, preferem ler em português de Portugal do que no português brasileiro, não é verda-de? (Sim) Assim, tivemos um primeiro livro, com o esforço de muitas pessoas, algu-mas dessas até já estão no Mundo Espiri-tual, e pretendemos lançar todos os anos, pelo menos, um Alicerce do Paraíso em português de Portugal. Além disso, o ali-cerce foi revisto diretamente do original em japonês. Não é só a correção gramatical, é também uma correção conceitual, que se aproxima cada vez mais do original em japonês. É um trabalho muito difícil, mas contamos com pessoas altamente qualifi-cadas que estão a fazer esse trabalho. Os senhores já compraram o seu Alicerce do Paraíso em português de Portugal? Quem comprou, levanta a mão? Ah, ainda quase ninguém comprou? Estão todos convida-dos a adquirir o seu Alicerce e a comprar mais um para dar como prenda, uma vez que estamos nas Festas de Natal, pois é uma prenda maravilhosa, não é? (Sim) De alto nível espiritual e também material,

porque é uma encadernação muito boni-ta, muito bem feita, com muito bom gosto. (Risos) Ele dá uma belíssima prenda de Na-tal para os parentes, amigos, conhecidos, pois vai servir-lhes a vida inteira.

Neste novo ciclo, se os senhores se lembram, naquele dia eu convidei todos para se tornarem pioneiros desta nova fase da nossa Difusão. Ouvimos os relatos de Ministros e Membros que vieram de um outro país e trouxeram a Luz Messiânica para Portugal. É um tipo de pioneirismo, aquele internacional. Mas pioneiro é todo

Experiência de Fé de Marcello Marconi de Almeida Ferrão.

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ali e vou fazer Difusão ali. Vou almoçar no domingo fora, sentei-me no restaurante, olho em torno, não tem nenhum messiâni-co: “Opá, eu sou pioneiro aqui!” (Risos). Vou fazer Difusão com a mesa do lado, com o garçon, com o dono do restaurante… não tem problema, ao contrário nós ficamos só a admirar, a bater palmas para o pioneiris-mo dos outros e nós estamos de braços cruzados. Isso não é ser pioneiro! Ser pio-neiro é, seguindo os exemplos, os passos dos nossos percussores, na nossa realida-de, na nossa vida pessoal, familiar, pro-

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aquele que é o primeiro, o desbravador de algo. Se na nossa família nós somos o primeiro membro, então nós somos o pioneiro do messianismo na nossa família e o nosso trabalho de Difusão é conduzir os outros familiares. Se no prédio em que eu moro eu sou o único membro, então eu sou o pioneiro da Igreja naquele prédio. No trabalho, na escola, na universidade… se na minha classe eu sou o primeiro mes-siânico, sou o pioneiro para difundir com os meus colegas. Onde quer que eu vá, se eu sou o único messiânico, sou o pioneiro

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fissional, fazer a mesma coisa, onde quer que estejamos, 24 horas por dia. Não per-der essa noção de ser desbravador da fé messiânica, onde quer que estejamos.

Neste novo ciclo que se vai concluir em 2027, daqui a 10 anos, não temos ideia de como estaremos. Ou alguém consegue imaginar? (Risos)

Como é que vamos estar daqui a 10 anos? É impossível imaginar! Como é que vamos estar daqui a 1 ano? Porque 10 anos são divididos em anos, cada ano é dividido em 12 meses, os meses são di-vididos em dias, os dias são divididos em horas e as horas em minutos. O que é que eu estou a querer dizer com isto? Que da-qui a 10 anos, quando completarmos 50 anos de Difusão Messiânica em Portugal, vai depender de como vivermos cada mi-nuto. Porque às vezes estamos a fazer planos, projetos a longuíssimo prazo ou a longo prazo, mas o minuto presente esta-mos a viver de uma forma desperdiçada, egoísta, acomodada ou desanimada. O segredo está em como vamos viver cada minuto. O que é que eu vou fazer agora, na próxima hora. O que é que vou fazer? Vou ao hospital dar assistência àquela pessoa que está a purificar, vou ler Ensinamentos,

vou ministrar Johrei, vou à Igreja dedicar, vou fazer algo para fazer alguém feliz. Cada minuto. Estou em casa, o que é que eu vou fazer? Quem tem o marido, a espo-sa, o filho. Vou fazer o almoço para a famí-lia. De que forma é que eu vou fazer esse almoço? Com amor, pensando de forma messiânica, colocando uma mesa bonita para receber a família. Isso é fazer Difusão. Fazer a família feliz, fazer a esposa feliz a cada minuto. Estar sempre consciente de que cada minuto é o mais importante da nossa vida e como vou viver esse minuto seguinte. Porque a soma desses minutos vai ser a hora seguinte. A soma das ho-ras de hoje vai dar um ciclo de 24 horas. Porque é que é um ciclo? Porque é uma rotação da Terra em torno de si mesma. Um ano é uma rotação inteira da Terra em torno do Sol. Por isso chamam-se ciclos.

Essa é a responsabilidade com cada minuto que vivemos. Muitas vezes sofre-mos com algo que está longe, algo que não aconteceu, ou algo que não sabemos que vai acontecer e vivemos em modo de-sanimado, sem responsabilidade por esse presente momento. Esse é que é o mais importante e é o segredo do sucesso; o objetivo e o modo com que vivemos cada

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segundo, cada minuto, cada hora do nos-so dia. Por isso de manhã quando acorda-mos temos que ter a programação do dia: “a tal hora vou fazer isso, a tal hora vou fazer aquilo, a tal hora vou fazer aquilo lá”. Programar-se minuciosamente, rigorosa-mente: “de tal a tal hora vou ministrar Jo-hrei, de tal a tal hora vou ler Ensinamento, de tal a tal hora vou fazer assistência reli-giosa”. Depois a semana, depois o mês: “tal dia haverá o Culto, tal dia existirá a dedicação”. Se vivermos assim, daqui a 10 anos, com certeza, nas comemorações dos 50 anos em Portugal vamos ter gran-des resultados porque todos seremos pio-neiros dessa nova década.

Por falar em ciclos e de como os apro-veitarmos, hoje nós ouvimos esta maravi-lhosa experiencia deste jovem, o Marcello. Que como fala no Ensinamento de hoje: Nós é que traçamos o nosso destino. Ele estava a viver uma situação familiar de conflito e tomou a decisão de vir dedicar. Ele também podia ter tido uma outra deci-são: “vou-me juntar com más companhias ou ir-me drogar, ou ir-me alcoolizar, ir-me delinquir, roubar, etc.”. Muitos jovens, em momentos de indecisão, de fraqueza na sua vida, escolhem um caminho errado.

Ele tomou a decisão de vir para a Igreja, começar a dedicar. E nessa sua decisão, começou a sentir o maior sabor que existe na vida, que é aquele de se fazer os outros felizes. Estava insatisfeito com a vida que fazia, com o trabalho que tinha, não tinha satisfação, não tinha autorrealização. Não tinha problemas materiais, porque graças a Deus a família economicamente está bem, mas tinha uma insatisfação de não ter uma vida que valia a pena ser vivida.

Esse é um ponto importante hoje em dia, ou seja, as pessoas vivem por viver ou para sobreviver. Não vivem uma vida de satisfação, gratificante, em que têm o pra-zer de estar vivos e fazer aquilo que que-rem e gostam de fazer. Com a prática da fé, esse sabor sente-se. Como ele sentiu esse sabor decidiu largar tudo o que esta-va a fazer, para apenas dedicar. Que foi o mesmo que, há um ano atrás, aconteceu também com o jovem Lopo. Os senhores lembram-se do relato de experiência de fé que ele fez quando voltou do Japão? Lembram? (Sim) Durante um ano ele este-ve a dedicar como pré-seminarista e ago-ra, que concluiu essa fase, esse ciclo de um ano, vai para um novo ciclo no Brasil. Um ciclo de três anos para estudar na

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Faculdade Messiânica, para se formar em Teologia Messiânica. Depois de lá vai para o Japão, dando continuidade aos seus es-tudos. Para um dia, com a permissão de Deus e Meishu-Sama, poder voltar como o jovem Ministro Ricardo Azevedo. Assim, pediria ao seminarista Lopo que dissesse as suas palavras de despedida.

(Saudação de despedida do Seminarista Lopo)“Bom dia a todos. Quero agradecer

em primeiro lugar a Deus e Meishu-Sama pela permissão de ter dedicado neste ci-clo, que o Reverendo falou, em Coimbra junto com todos os membros e frequenta-dores. Agradeço também a todos os meus ancestrais e antepassados. Um agradeci-mento especial aos meus pais por todo o apoio incondicional. Quero agradecer ao nosso querido Presidente, Reverendo Car-los Eduardo Luciow e a toda a diretoria da Igreja por me terem aceite há um ano atrás e por me mandarem agora embora para o Brasil. (Risos) Agradecer também ao Minis-tro Fernando Alambert por todo o apoio e acima de tudo, toda a paciência que teve comigo em Coimbra este ano. E sem dúvi-da alguma agradecer a todos os senhores, porque é fruto da dedicação de todos os

senhores, membros de Portugal, que nos permite, como o Reverendo sempre fala, expandir. Ter esta formação no Brasil e consequentemente no Japão é expandir. Ou seja, é formar-me, é tornar-me melhor qualificado para servir cada vez mais e melhor aos senhores. As minhas palavras são de sincero agradecimento. Obrigado por tudo!” (Palmas)

Puxa! Ele já está falando como Minis-tro! (Risos)

Por favor rezem bastante pelos dois, para que eles possam ter muita Proteção Divina, porque o que jovens missionários mais precisam é de muita proteção e força espiritual para resistir às tentações e não perderem o Caminho! (Risos) Só quem pas-sou é que sabe! (Risos)

Mas gostaria de pedir a todos os se-nhores, ontem pedi na reunião de ministros mas gostaria de pedir a todos os membros que tivessem um Sonen grande, forte e constante na formação de futuros jovens elementos. Entre o ministro Ricardo e o seminarista Lopo, passaram-se quantos anos? Quatro ou cinco anos? Sete anos? Estava a ser otimista! (Risos)

Levaram sete anos para formar mais um ministro de Portugal. Graças a Deus,

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tivemos a permissão e a confiança do Mundo Espiritual de receber um jovem já no ano a seguir. Porque agora no Brasil se-rão dois três anos, talvez depois dois, três anos no Japão, levarão cinco, seis anos para chegar onde o Ricardo está. Se nós conseguirmos todos os anos um ou dois jovens seminaristas, chegará uma hora em que todos os anos voltarão também um ou dois jovens ministros do Japão. Não pode levar cinco, seis anos para vol-tar um. Não pode! Precisamos de jovens elementos qualificados, formados, bem instruídos dentro da doutrina messiânica, com grande amor para servir os membros e assim poderem ir assumindo novas mis-sões. Como hoje o jovem ministro Ricardo está se encarregando de todo o Alentejo e Algarve, de forma muito esforçada, já com bons resultados de encaminhamen-to. Em janeiro estou indo lá para ver de perto o seu trabalho de difusão e outorgar os novos membros que ele encaminhou e preparou. Peço a todos os senhores que, nas suas orações diárias rezem, pedindo a Deus e a Meishu-Sama essa permissão para que mais jovens possam ingressar na carreira missionária desejando entregar as suas vidas a Deus e Meishu-Sama para

servir integralmente, incondicionalmente à Obra Divina. Por favor, façamos um Sonen forte, grande e constante para que isto se realize.

Daqui a vinte dias, aqui neste Altar, realizaremos o importantíssimo Culto do Natalício de Meishu-Sama. Todos os anos realizamos esse importante Culto para fes-tejar o Natalício, o nascimento de Meishu-Sama. E como é fim de ano, todos os fins de ano, inclusive na sociedade, nas firmas, é feito um balanço de fim de ano. Não é feito um balanco de fim de ano? (Sim) Onde se vê as entradas, as saídas, o que é que tem no stock e ver se a firma deu prejuízo, se valeu a pena, o que é que precisa ser cor-rigido no próximo ano. Nas nossas vidas também é época de balanço, sobre tudo na nossa fé! Numa Firma têm-se os núme-ros, as vendas, as despesas, na fé como é que você faz o balanço das entradas e saí-das? Só tem um parâmetro mais seguro: é medirmos o número de pessoas que agra-decem a Deus a nossa existência porque graças à nossa dedicação, à assistência que demos, ao Johrei, ao encaminhamen-to, elas se tornaram mais felizes. Esse é objetivamente o nosso valor, não são só as atividades que fizermos, é o resulta-

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do concreto na salvação de alguém… Por-tanto é só começarmos a contar quantas pessoas, neste momento, estão a agra-decer a Deus a nossa existência! Estão a agradecer a Deus o termos encaminhando para a igreja, como este jovem seminaris-ta, Marcello. Porque é que ele hoje tomou esta decisão? Porque há uns anos atrás, teve o pai de uma namorada que um dia o chamou para vir fazer uma dedicação de limpeza na igreja; o pai da namorada po-dia ter pensado: “Não o vou chamar para fazer a dedicação na Igreja, ele namora a minha filha, não vai entender essas coi-sas, logo não vai gostar de limpar a Igre-ja!” Mas convidou! E ele chegou lá, viu a imagem, adorou e começou a frequentar. Agora está aqui! Onde começou? Quem é a pessoa mais importante na vida dele? É essa pessoa. Se ele não tivesse convidado o rapaz, ele não estaria aqui, nem saberia que a Igreja existia. Onde quer que ele vá, o que quer que seja que ele faça, vai sem-pre agradecer a Deus a existência dessa pessoa na vida dele, que foi quem abriu a porta da fé para ele entrar.

Onde nós vivemos, na nossa vizinhan-ça, no nosso trabalho, no bar onde toma-mos café, no talho onde compramos car-ne, há muitas pessoas que estão à espera desse primeiro convite. Algumas aceitarão, outras talvez não, mas quem aceitar e vier, nunca mais vai esquecer a nossa existên-cia e vai agradecer-nos eternamente. Esse é o nosso valor essencial!

Vamos fazer as contas: Como é que estou a fechar o ano? Em positivo, em negativo ou em neutro? E com base no que semeámos este ano, assim vai ser a colheita do próximo ano; as colheitas são sempre assim. Na agricultura é assim que funciona, se não semearmos, há colheita? Nem é preciso perguntar. Não há!

Agora é a fase de determinarmos o que cada um quer semear no ano que vem, para termos o que colher em 2019; o que vamos colher em 2018, já foi plantado em 2017. Se bem que ainda faltam alguns dias e ainda podemos melhorar um pouco a colheita de 2018, mas podemos mudar

muito a de 2019 em função do que vamos plantar em 2018.

Por isso é importante acabar o ano, fazendo este sincero balanço consigo mesmo. Não é preciso fazer o balanço de ninguém, criticar ou apontar: “Olha, o teu balanço está mau, está no vermelho”. Nin-guém tem o direito de fazer isso, só Deus; mas nós, com a nossa consciência, se queremos mesmo melhorar, é um dever para connosco mesmo, fazê-lo. Um ba-lanço e uma reflexão profunda, de como seria a minha vida, se eu não tivesse co-nhecido Meishu-Sama. Como eu vou ao seu aniversário, tal como quando vamos ao aniversário do nosso pai, da nossa mãe ou de um amigo, vamos pensando n’Ele, na nossa relação com Ele, no nosso amor, respeito e gratidão por Ele. No dia da fes-ta de Meishu-Sama, quando Ele estava no Mundo Material, os membros reuniam-se, traziam de presente as ofertas para Ele comprar as obras de arte para o Museu, comprar terrenos, construir Igrejas, etc; traziam presentes através das ofertas; liam as Experiências de Fé pelas graças rece-bidas, que Ele ao ouvir, se emocionava até às lágrimas. Após a sua ascensão ao Mun-do Divino, passámos a fazer o culto do dia 23, que vai ser a cerimónia que teremos.

Nesse dia vamos agradecer-Lhe a Sua importância nas nossas vidas. Ele trouxe-nos o Johrei; se não fosse o Johrei como estaria hoje? Talvez nem vivo eu estivesse! Se não fossem os Ensinamentos, como estaria? Com certeza muito mais conflitu-oso. Se não fosse a Igreja, como estaria vi-vendo hoje? E as dedicações? Assim, com base na importância que Ele tem para cada um, vamos agradecer a existência d’Ele; ninguém chega a lugar nenhum sem que o orientem e o apoiem. E quem mais nos orienta, mais nos dá Luz, mais nos guia, é o nosso salvador Messias Meishu-Sama, o Senhor da Luz.

Para o próximo ano, todos desejam um ano melhor, ou há alguém que deseje um ano de 2018 pior que o ano de 2017? (Não) Obviamente! Todos desejam ser abençoa-dos e protegidos por Deus e Meishu-Sama

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ou alguém não quer?Toda a gente quer contar com Deus e

Meishu-Sama ou não quer? (Sim) Não que-remos dormir tranquilos e pensar que num momento de necessidade podemos con-tar com Deus e Meishu-Sama? (Sim) Que-ro dormir tranquilo e pensar que num mo-mento de necessidade Ele não me vai fal-tar. É bom ter essa fé, essa confiança! Por isso é bom também perguntarmo-nos: “Já que eu quero poder contar com Ele incon-dicionalmente, será que Ele pode contar comigo incondicionalmente na salvação da humanidade?” Digo isso porque existe uma reciprocidade na fé, não é só pedir, é também dar.

“Eu quero que Ele me proteja e me abençoe incondicionalmente, mas eu vou servi-Lo na medida do possível...” Será que funciona assim? Não, não é assim! Para que possamos contar com Ele a qualquer hora, em qualquer circunstância, em qualquer necessidade, da mesma for-ma precisamos estar à disposição d’Ele; a qualquer hora do dia ou da noite que Ele precisar, eu levanto-me e vou dar assis-tência religiosa, vou dedicar, vou servir.

Só um servir incondicional, proporcio-na uma proteção incondicional! Ao contrá-rio, existe uma “ilusão” de que, fazendo o mínimo indispensável para estar com a minha consciência tranquila, eu vou a al-gum lugar. Pura ilusão! E não é bom iludir-mo-nos, porque os resultados não serão

conforme os desejados.Ser sinceros connosco mesmos é a

primeira condição para chegarmos a al-gum lugar.

Assim, para este ano e com este ob-jetivo de termos um Meishu-Sama vivo dentro de nós, é que é importante que Ele se torne um modelo vivo, pragmático. Ele nunca quis ser idolatrado e nunca se com-portou desse modo; era uma pessoa extre-mamente simples, que vivia de um modo muito acessível a todos, nunca se deu ares de importante, nunca ficou sentado no Al-tar como se fosse Deus, estava sempre no meio dos membros, no meio das dedica-ções, no meio das obras da construção do Museu e dos Solos Sagrados, com muito amor, com muito Makoto, correndo a dar assistência a quem estava a sofrer, mes-mo a pé nas noites frias de Hakone, com neve. Assim é como nós devemos ser, um modelo de prática de fé altruísta, como Ele era!

É esse Meishu-Sama vivo, que tem que estar dentro de nós e não uma foto na pa-rede, de um ser inatingível. Ele é atingível através da prática do que Ele fazia.

Deste modo esse é que tem que ser o objetivo para o próximo ano, medirmos qual a distância que há entre o que Ele fazia e o que nós fazemos; o modelo de ser pa-radisíaco, porque nós dizemos: “Estamos a trabalhar para a construção do Paraíso”, mas isso é uma coisa tão abstrata, que

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não dá para imaginar onde é isso!A construção do Paraíso, na verdade,

o que é? É a construção do “Ser Paradisí-aco”; só vai existir o Paraíso quando hou-ver a união de seres paradisíacos!

Mas qual é o único ser paradisíaco que podemos construir? Nós mesmos! Se alguém quiser transformar a sua mulher numa esposa paradisíaca, o que é que vai acontecer? Vai conseguir uma tremenda confusão, porque a primeira coisa que vai ouvir da esposa é que você não é um ma-rido paradisíaco! (Risos)

E se o ministro quiser transformar um membro num missionário paradisíaco, acabou! Ele vai ouvir tantas críticas, por-que ele não é um ministro paradisíaco. (Ri-sos)

Nós não podemos fazer ninguém para-disíaco, senão nós mesmos!

Trabalhar para a construção do Paraí-so, o que é? É trabalharmos para a cons-trução de nós mesmos como seres para-disíacos. Aí sim, com muito esforço, muito sacrifício, muita luta, pouco a pouco, va-mos conseguir fazer alguma coisa.

Este fim de ano, é isso: é o estudo pes-soal, íntimo, honesto e sincero para con-nosco mesmos, do que vamos fazer no ano que vem, para nos tornar num ser mais

próximo de Meishu-Sama, como modelo de ser paradisíaco. Aí sim, vale a pena; ao contrário, é “ilusão”.

Nos formulários dos anos anteriores, estava escrito assim: “Venho agradecer as graças recebidas e objetivos para o ano que vem”; nas graças recebidas a pessoa escrevia “Agradeço todas as graças rece-bidas…” (Risos) (que já estava escrito em cima, só repetiam…); depois em baixo, objetivos para o ano que vem, escrevia: “Quero ser uma pessoa mais altruísta, que-ro fazer o meu próximo feliz e encaminhar muitas pessoas felizes…” Muito vago…

Este ano, mudou! Fizemos um formulá-rio diferente, que começa com um poema de Meishu-Sama que diz:

“A nobreza do Homem está em sentir gratidão pelas graças recebidas e gravá-las no seu coração”.

Há uns tempos atrás, uma membro an-tiga da Itália veio falar comigo, porque ha-via uma coisa que ela achava mal, quan-do ouvia as experiências de fé nos Cultos Mensais.

- “Nesta Igreja, toda a gente recebe graças, menos eu!”

- “A senhora não recebe graças?” - “Não!” - “Mas a senhora está a falar comigo

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por gestos?” - “Não, eu estou falando!” - “Então já tem uma graça: A senhora

fala!” (Risos) - “A senhora hoje veio em cadeira de

rodas?” - “Não, eu vim caminhando!” - “Então já tem uma segunda graça!”

(Risos)- “A senhora está a ouvir o que eu

digo?”- “Sim, eu ouço!”- “Então já tem uma terceira graça!” (Ri-

sos)Conforme fui falando, ela foi ficando

vermelha! (Risos)- “Estou constatando que a senhora

não tem falta de graças, o que a senhora tem é falta de gratidão pelas maravilhosas graças que tem recebido e não reconhece! Vamos fazer o seguinte: A senhora vai pe-gar numa folha de papel e quando voltar na Igreja, a senhora vai-me trazer uma lista com 100 coisas que tem para agradecer.”

- “Não tenho 100 coisas para agrade-cer!”

- “Tem sim, tem muito mais, mas para começar, vai trazer só 100; coloca os nú-meros e começa: 1- Falo, 2- Caminho, 3- Como, 4- Bebo, 5- Faço xixi…”

- “Xixi também?” (Risos)- “Claro, que xixi também! Há muita

gente que faz hemodiálise; poder fazer xixi, é uma bênção que não tem tamanho… Vai escrevendo tudo lá.”

- “A senhora dorme debaixo da pon-te?”

- “Não, tenho uma casa.”- “Na sua casa tem luz?”- “Tem!”- “Então ponha lá…”- “Tem água?”- “Tem!”- “Quente e fria?”- “Sim”!- “Então ponha, já são mais duas gra-

ças…”Na semana seguinte ela voltou à Igreja

e disse-me: - “Reverendo, estou muito envergo-

nhada, já vou quase em duzentas coisas para agradecer!”

- “Pois é! E a senhora vem-me dizer que não recebe graças? Que grande mal-agradecida! (Risos) A senhora recebe mui-tas graças!!!”

Deste modo, este ano, no nosso for-mulário, para facilitar, já pusemos até ao número 100 (Risos), mas se tiverem mais, podem acrescentar mais folhas (Risos), para fixar na nossa mente, no nosso co-ração, bem fundo no nosso espírito, o quanto nós somos abençoados e protegi-dos. Vivemos num país que tem paz. Mui-tos países do mundo estão em guerra, as pessoas vivem no meio de bombardeios. Num país que tem pouquíssima ou quase nenhuma criminalidade. Há países em que as pessoas saem de manhã para trabalhar e não sabem se voltam por causa de balas perdidas, assaltos, etc… Nós aqui vive-mos muito próximo do Paraíso e não agra-decemos. Reclamamos! Têm mais de 100 coisas para agradecer e há uma coisinha que não está tão bem e isso torna-se obje-to daquela reclamação. Como só reclama daquilo, perde a noção das mais de 100 coisas que tem para agradecer. Assim, va-mos acabar o ano a agradecer!!! Profun-damente!!!

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A partir deste Culto de dezembro, em todos os Cultos Mensais da Sede, das 10 horas até ao término do Culto, as crianças dos 5 aos 10 anos, podem participar da "Formação Messiânica para crianças". Durante este período, são feitas diversas atividades lúdicas e de formação. Estão convidadas todas as famílias a trazerem as suas crianças!

Formação messiânica para crianças

E na última página, depois de já terem enchido o coração de gratidão, escrever os objetivos para 2018, mas não objetivos va-gos “encaminhar muitas pessoas…”, não! (Risos)

Vão escrever quantas pessoas, definir! (“Não, não vou definir, porque não sei quan-tas pessoas vou conseguir encaminhar…”), porque na hora em que vocês definem, vo-cês estão a comunicar a Deus, a Meishu-Sama e ao Mundo Espiritual, criam um So-nen e o Universo começa logo a conspi-rar a vosso favor, do que desejam, seja de bom ou de mau, têm que ter cuidado para não pensar coisas erradas; sentimentos e pensamentos não materializam só coisas boas, as más também!

Vamos aqui enumerar, quantificar toda a nossa dedicação, encaminhamento, leitura de Ensinamento, tudo! Aqui estão, todas as práticas básicas da fé!

Depois de preencher tudo isto, o meu conselho é fazerem uma fotocópia, porque nós temos memória curta e convém lem-brar. O original dobra, coloca no envelope da gratidão pelo Natalício de Meishu Sama, que não é o envelope mensal, mas um es-pecial, próprio para o presente de Meishu Sama; e faço uma cópia para quê? Para durante o ano poderem ler e lembrar to-dos os dias. Colem no armário, na cozinha, num sítio que se veja todos os dias e leiam todos os dias, senão esquecem! Não há nada que se esqueça tão depressa como

os bons propósitos; (Risos) tanto assim é, que “o inferno está cheio de boas inten-ções”, como diz o velho ditado. Vamos criar as boas intenções, quantificá-las e traba-lhar concretamente para a sua realização. Aí sim, o ano que vem, vai ser espetacular como desejamos!

Sem ilusões, mas com um trabalho sé-rio e honesto para a expansão da Obra Di-vina; por isso quero concluir, lendo o que Meishu-Sama nos ensina sobre isso:

“Enquanto houver máculas no espí-rito, a ação purificadora persistirá; dimi-nuí-las, é condição essencial para me-lhorar o destino.”

Todas essas práticas que vamos fazer é para purificar, só assim irá melhorar o des-tino. Querer melhorar o destino sem fazer isto é “ilusão”, é enganar-se a si próprio.

“O ato purificador é dispensado quando atingimos certo grau de purifi-cação; então a desgraça transforma-se em felicidade. Sendo esta a verdade, a boa sorte não se espera de braços cru-zados, mas purificando.”

No final Ele conclui:“Existem diversas espécies de cren-

ças, mas para se obter a verdadeira feli-cidade é preciso seguir uma fé verdadei-ra e de poder elevado. Daí a necessida-de de se reconhecer a Igreja Messiânica Mundial como uma religião que corres-ponde a essa condição.”

Muito obrigado e uma boa preparação!

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(...) "A dietética atual também menospreza o va-lor nutritivo dos cereais, acreditando que os nutrien-tes estão contidos, em sua maior parte, nos pratos complementares, e não no prato principal. Isso tam-bém constitui um erro. Na verdade, o valor nutritivo dos cereais é o mais importante; o dos pratos com-plementares é secundário. Pode-se dizer que eles servem para tornar mais apetitosos os cereais. O organismo do Homem foi criado de modo a adaptar-se ao meio ambiente. Se comemos pratos pobres continuamente, o nosso paladar modifica-se e co-meçamos a achá-los saborosos. Entretanto, parece que pouca gente tem conhecimento disso. Caso a pessoa se acostume com belos pratos, passará a não mais se satisfazer, exigindo iguarias cada vez melhores. Isso se observa em pessoas extravagan-tes." (...)

Meishu-Sama5 de fevereiro 1947

Olá, será que seremos extravagantes se utilizarmos uma planta como a calêndula nas nossas refeições? Claro está, se gostarmos do seu sabor, se o nosso pa-ladar a apreciar...então a maravilhosa plantinha que se segue é uma proposta para alegrar as nossas refeições, dar cor e sabor a algumas delas que poderão consti-tuir o nosso cardápio do dia-a-dia. Na nossa horta, ela cresce espontânea e gosta muito de estar em qualquer terreno, sadio e drenado, gosta de estar no meio das outras ervas espontâneas e também junto com as nos-sas couves, como, por exemplo a couve galega, dando um ar colorido ao ambiente verde desta hortícola, uma vez que a calêndula é linda, muito elegante na sua pos-tura sóbria e alegremente "vaidosa". Se olharmos bem para ela, é como se, discretamente, nos estivesse a sor-rir, cumprimentando docemente...

O "cantinho das aromáticas" faz uma apresenta-ção técnica desta querida amiga, como podemos ver a segui, como também, algumas sugestões de compo-sições culinárias, como por exemplo: (...) As flores são comestíveis. As pétalas frescas são cortadas e adicio-nadas às saladas. As pétalas secas têm um sabor mais concentrado e são usadas nas sopas e nos bolos. A cor amarela das pétalas substitui o açafrão sendo, portanto, utilizada como corante alimentar do arroz e das sopas.

a DieTÉTicaAGRICULTURA NATURAL

Fonte: www.receitas.folha.com.br/receita/1754

Modo de preparação: 1. Cozinhe o arroz com 50 pétalas de calêndula em água e um pouco de sal. 2. Misture o arroz pronto (ele fica amarelo) e frio com as ervilhas. 3. Tempere com o azeite, o vinagre, o sal e a pimenta-do-reino. 4. Pique as dez pétalas restantes, junte com as folhas de hortelã e misture com o arroz.

Modo de preparação:

Salada de arroz com calêndula

Infusão: aquecer a temperatura até cerca de 85ºC, deixar 3g/L em infusão durante 5 minutos, coar e servir (...)

Descrição dos cheiros e sabores: Sabor: quando as folhas são consumidas cruas

têm um sabor, inicialmente, doce e viscoso, seguido de um sabor forte penetrante a sal (...)

Veja mais informações em : www.cantinhodasaro-maticas.pt/produto/calendula-calendula-officinalis

Os romanos faziam vinhos a partir das folhas de violeta. O rei Carlos 2º, da Inglaterra do século 18, adorava pastilhas aromatiza-das com a mesma flor. Durante a 2ª Guerra Mundial, na Holanda ocupada pelos nazis, a carência de alimentos levou ao consumo de tulipas. Curiosidades como essas sobre o uso de flores na alimentação dão sabor ao livro "Entre o Jardim e a Horta - As Flores que Vão para a Mesa"(...), escrito pelo botânico Gil Felippe, professor aposentado da Unicamp e PhD em fisiologia vegetal pela Universidade de Edimburgo, na Escócia (...)Após muitos anos de dedicação ao ofício de cultivar e estudar as flo-res, Felippe viu [que as podia usar] (...) na gastronomia "uma outra for-ma de ensinar um pouco mais de botânica". Assim, [recolheu] receitas que aprendeu entre jardins, estufas e panelas, principalmente durante os anos em que viveu no Reino Unido.Flores são ingredientes delicados, altamente decorativos e que aca-bam se ressaltando em receitas mais simples de saladas, sopas, san-duíches, refrescos, sobremesas leves. O autor aposta nessa fórmula e sugere pratos atraentes, mas sem grandes pretensões na elaboração. [Então], (...) a receita de salada de arroz com calêndula [era assim]:

Grau de dificuldade: FácilTempo de preparo: Até 1 horaRendimento: 3 porções

por Vânia Lobo

• 250g de arroz• 60 pétalas de calêndula (esta é tambem designada como margarida-dourada ou ainda "açafrão-dos-pobres", tem sabor que lembra - limão. Serve para colorir os pratos.)

• 200g de ervilhas frescas cozidas• 30ml de azeite• 30ml de vinagre• Pimenta-do-reino a gosto• 10 folhas de hortelã picadas

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Uma flor, um cheiro de mato, o filho a brincar, uma lembrança....

Nas palavras da po-eta Adélia Prado: “Qual-quer coisa é casa da po-esia”.

Escrever poesia é perceber, com sensibili-dade, detalhes do dia a dia, da vida, da memória, e expressá-los em pala-vras.

Meishu-Sama es-creveu, ao longo da sua vida, mais de cinco mil poemas. Em 1930, criou a Associação Ten’nin, que promovia encontros para a leitura de poesias e publicou a coletânea de poemas “Yama to Mizu” (Montanha e Água).

Matsuo Bashô era um mestre do estilo haicai*. Meishu-Sama o consi-derava um expoente da poesia japonesa, por experimentar ilimi-tadamente tudo o que existe no mundo, penetrar, captar a essência das coisas e exprimi-las na forma de versos.

Teruko Oda, atualmente a maior mes-tra do haicai no Brasil, conta-nos um pou-co sobre esse estilo poético e reconhece a importante influência da poesia na vida das pessoas: “O haicai é poesia que nas-ce de fora para dentro, em contato com a natureza e sem a interferência do ego,

a arTe Do olharLITERATURA:

num misto de gratidão, ternura e reconhecimen-to da transitoriedade. Quem já não agradeceu a chuvinha que vai levando a poeira do asfalto? Ou não se pôs a refletir so-bre a brevidade da vida, vendo-se numa gota de orvalho? Não são apenas as grandes catástrofes que transformam. Pe-quenos momentos po-dem nos fazer melhores. A criança que se sentiu tocada pelo canto de um pássaro, jamais pensa-rá num estilingue como brinquedo. O adolescen-te que se encantou com a florada de um matinho jamais será um destrui-dor da natureza. O haicai ensina a ver e viver a vida com mais amor”.

A poesia não está so-mente nos livros. Ela nas-

ce de um olhar poético para a vida, que pode brotar a qualquer momento e em qualquer pessoa. Estejamos atentos e es-palhemos poesia na vida das pessoas!

Texto retirado da revista Izunome Brasil de setembro de 2010

*Estilo de poesia japonesa composta por três versos com cinco, sete e cinco sílabas, cujo tema geralmente é a

Natureza ou as estações do ano.

“Quem ama as flores da primaverae o bordo do outono está correspondendo

às dádivas de Deus”Extraído do livro

“Poemas de Meishu-Sama e Nidai-Sama”

Obra de Shen Teh-Chi - Dois pinheiros - Acervo: Fundação Mokiti Okada.

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meishU-sama era assim...

Quais as recordações que guardo do Fundador?

Bem, como eu não passava de uma criança na época, tudo o que te-nho são vagas lembran-ças. Porém, sei que o Sr. Mokiti era uma pessoa de profunda bondade.

Ele tinha uma casa de campo em Kanaza-wa, próxima à cidade de Yokohama. A esta casa eram levados não só os funcionários da sua loja, mas também os conheci-dos dos funcionários quando ficavam do-entes, para que pudessem recuperar-se.

Mesmo pessoas com tuberculose eram conduzidas até lá, sem nenhum problema. Como até mesmo pessoas acidentadas eram encaminhadas, certa vez, um dos parentes que cuidavam da casa durante a sua ausência, perdeu a paciência. Quando o meu pai contraiu tifo, o Sr. Mokiti trouxe à nossa residência o Dr. Shota Matsumoto, que era um seu amigo íntimo, e uma enfer-meira. O meu pai estava de repouso, e o Sr. Mokiti veio buscá-lo especialmente, tra-zendo uma maca e disse-lhe: “Hospitais de isolamento não são nada bons. Por isso, o senhor vai ficar lá em casa até se recupe-rar.” Colocou-o na maca e levou-o para a sua casa, onde o tratou com o máximo de cuidado.

Ele era, pois, realmente afetuoso e tam-bém uma pessoa muito generosa. Não fa-lava muito, mas agia sempre. De persona-lidade bastante agradável, não ficava a re-clamar, mesmo que sofresse algum revés.

O Sr. Mokiti tinha construído a casa

em Kanazawa e, posterior-mente, ele a deu-a à minha mãe. Após o falecimento de Taka, a sua primeira es-posa, disse à minha mãe: “Um dia, vou ter de me casar pela segunda vez. A senhora não ficaria muito à vontade se eu e minha es-posa viéssemos passar as férias aqui. Por isso, ofere-ço-lhe esta casa. Use-a à vontade.”

O Sr. Mokiti dava-se muito bem com meu avô e costumavam jogar go*.

Quando o meu avô levava pessoas do po-voado a Tóquio e também ia visitar o Sr. Mokiti, este não deixava ninguém ir para uma hospedaria: acolhia todos na sua casa. Na verdade, ele recebia não só os paren-tes, mas até os conhecidos de conhecidos que eventualmente precisavam ir a Tóquio por algum motivo, como prestar provas ou um exames para obter a licença de enfer-meiro.

Em compensação, parece que ele tinha um lado que dava medo às pessoas: quan-do alguém fazia algo errado, não adiantava desculpar-se. Lembro-me que, certa vez, alguém disse a rir: “Mokiti até parece es-trangeiro... uma vez que tenha dito ‘não’, nada faz com que ele mude de opinião.”

Hanako Ukai, irmã de Taka, primeira esposa de Mokiti Okada

Retirado da revista Izunome Brasil de dezembro de 2012

Uma pessoa De proFUnDa

BonDaDe

*Um tipo de jogo de tabuleiro

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revisto e traduzido para Português de Portugal

ExCELENTE PRENDA DE NATAL PARA fAMILIARES E AMIGOS

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Sede CentralRua António Granjo, nº105/107 - Bonfim

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4300-029 Porto 916 124 188 Min. António Carlos Pessoa [email protected]úcleo V.N. de Gaia 935 602 181 Min. Rosa Duarte [email protected]

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2ª feira das 14h às 17hJohrei Center Lisboa Rua António Albino Machado, 15A

Quinta dos Barros

(Também reuniões nos respectivos locais)

1600-831 Lisboa

912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected]úcleo Amadora e Sintra 912 545 269 Min. Octávio Fonseca [email protected]

Núcleo Margem Sul 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected] 807 455 Srta. Elisabete FerraresiNúcleo Oeiras e Cascais 912 269 525 Min. Filipa Pimenta [email protected]

Telf.: 213 156 576 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Ribatejo (Reuniões nas casas dos membros) 912 201 420 Min. Luciano Vita da Silva [email protected] 205 353 Min. João Lima

Johrei Center Coimbra Rua do Brasil, 222 D, R/c Esq. 3030-775 Coimbra 935 310 898 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected].: 239 482 637 - De 2ª feira a 6ª feira das 10h às 19h - Sábado das 14 às 19h

Núcleo Aveiro Rua Cândido dos Reis, 86 - 2º Esq. - T2 3770-209

Oliveira do Bairro935 310 898 Min. Fernando Chagas Alambert [email protected] 136 936 Sra. Mª. de Jesus Afonso

Sábado das 14h às 16h30

Núcleo AmaranteRua de Freitas - Edif. do Salto 3 Bloco 5 - 3º Esq. - São Gonçalo

4600-081 Amarante912 201 419 Min. José Araújo Rego

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Núcleo Lixa Largo do Terreiro - Edif. Mesquita, 72 4615-688 Lixa 912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 224 981 Sra. Paula Leite3ª feira das 16h às 20h

Núcleo braga Rua Albano Belino, 38 - 3 esq. 4710-351 Sao Victor -Braga

912 201 419 Min. José Araújo Rego [email protected] 266 805 Sra. Carmen Szajner4ª feira das 16h às 20h

Núcleo Algarve (Reuniões nas casas dos membros) 918 032 962 Min. Ricardo Azevedo [email protected]