33
Ensinar é Investigar ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JEAN PIAGET - ARCOZELO COMPLEMENTO DE FORMAÇÃO CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA PARA EDUCADORES DE INFÂNCIA METODOLOGIA DIDÁCTICA GERAL E ESPECÍFICA DOCENTE: DRº CARLOS JORGE DE SÁ CORREIA Discentes: Alcina Rodrigues Jacinta Estrela Teresa Almeida Outubro 2011

Ensinar é Investigar

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Escola Superior de Educação Jean Piaget - Arcozelo Complemento de Formação Científica e Pedagógica PARA EDUCADORES de Infância Metodologia Didáctica Geral e Específica Docente: DRº Carlos Jorge de Sá correia. Discentes: Alcina Rodrigues Jacinta Estrela Teresa Almeida. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Ensinar é Investigar

Ensinar é Investigar

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO JEAN PIAGET - ARCOZELO

COMPLEMENTO DE FORMAÇÃO CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA PARA EDUCADORES DE INFÂNCIA

METODOLOGIA DIDÁCTICA GERAL E ESPECÍFICADOCENTE: DRº CARLOS JORGE DE SÁ CORREIA

Discentes:

Alcina RodriguesJacinta EstrelaTeresa Almeida

Outubro 2011

Page 2: Ensinar é Investigar

Sumário

2

Origem do Modelo Introdução Características do modelo Fundamentação Teórica Princípios operativos mais importantes neste Modelo Pedagógico Estudo do meio Criar na aula um espaço de conhecimento partilhado Papel do professor Características do ambiente Institucional Conteúdos e Métodos Diagrama do Modelo Pedagógico Sistema Teórico Sistema Pedagógico/ Didático Quadro síntese do Modelo adaptado ao Pré - Escolar Considerações finais

Page 3: Ensinar é Investigar

Origem do Modelo

“…necessidade de enfrentar a prática

pedagógica munida de “instrumentos”

bem mais rigorosos e eficazes do que

aqueles que então estavam à

disposição do professor português…”

Maria da Luz Leitão

3

Page 4: Ensinar é Investigar

Introdução

Com este trabalho pretendemos analisar o modelo

pedagógico “Ensinar é Investigar”, que ao ter início

no 1º ciclo do ensino básico, foi mais tarde adaptado

ao pré escolar, servindo como uma ótima base de

trabalho, uma vez que promove constantemente o

sentido de aprender investigando.

4

Page 5: Ensinar é Investigar

Características do Modelo

O Modelo”Ensinar é Investigar” surgiu entre 1978 e 1987,

coordenado pela Dr.ª Maria da Luz leitão.

A tese sustentada e verificada, defendia que os resultados das

aprendizagens do 1ºciclo melhoravam, se os professores

alterassem a prática pedagógica.

Foi criado então, o modelo para ser aplicável com qualquer

programa, para esta faixa etária de crianças, tendo em conta as

diferentes necessidades educativas das mesmas. A metodologia

pode ser aplicada a qualquer nível de ensino (metodologia de

projeto). 5

Page 6: Ensinar é Investigar

6

Fundamentação Teórica

TEORIAS DE MEDIAÇÃO

Teoria da aprendizagem social, condicionamento por imitação

de modelos (Bandura,…)

Teorias cognitivistas

- Teoria da Gestalt e Psicologia Fenomenológica (Kofka, Köhler,…)

- Teoria genetico-cognitiva (Piaget; Bruner; Ausubel;…)

- Teoria genético-dialéctica (Vigotsky; Luria; Wallon;…)

- Teoria do processamento de informação (Neisser; Newell e

Simon;…)

Page 7: Ensinar é Investigar

7

Fundamentação Teórica

O papel das teorias genético-cognitiva e genético-dialética no modelo

O processo de desenvolvimento individual tem carácter construtivo

e dialéctico.

A atividade do aluno é considerada essencial ao desenvolvimento

das capacidades cognitivas superiores.

A distinção entre desenvolvimento e aprendizagem, e a sua

vinculação, é de capital importância no processo de ensino.

A estreita ligação entre as dimensões estrutural e afetiva da

conduta do sujeito é igualmente relevante nesse mesmo processo.

O conflito sócio-cognitivo é o grande motor do processo de

desenvolvimento do aluno.

A aprendizagem em cooperação assume maior relevo no

desenvolvimento das estruturas cognitivas da criança.

Page 8: Ensinar é Investigar

Princípios operativos mais importantes neste modelo pedagógico

Atividade do sujeito Relação dialéctica entre desenvolvimento e aprendizagem

Fomento do conflito e do contraste entre parceiros (conflito sócio –

cognitivo)

Desenvolvimento das capacidades formais operativa

8

Page 9: Ensinar é Investigar

Orienta-se em função dos conteúdos programáticos

Orienta-se em função dos conteúdos

programáticos

Desta Forma

Sustenta-se numa metodologia de

trabalho de projeto

Transdisciplinaridade

Tema1 - Eu e os outros

Tema2 - Grupo das brincadeiras

Tema3 - Grupo família

Tema4 - comunidade escolar

Blocos Temáticos

9

Page 10: Ensinar é Investigar

Estudo do meio – suporte de aprendizagem de “processos de investigação”

A abordagem do Estudo do Meio deverá fomentar em cada criança a

aprendizagem da:

Observação – pesquisa de informação sobre os “objectos”, ou os “fenómenos”

tal como se oferecem aos “sentidos” do observador, ou tal como se

produzem efetivamente sem intenção de os modificar, isto é, em recurso à

experimentação;

Experimentação – pesquisa de variáveis relativas a uma questão e seu

tratamento controlado (“observação provocada”)

Análise documental – pesquisa e interpretação de informação sobre um

“objecto” (sentido lato do termo) produzida pelo homem e registada em

documentos (icónicos, escritos,…) 10

Page 11: Ensinar é Investigar

Estudo do meio – Catalisador da construção de “atitudes científicas”

Estudo Meio

Curiosidade

Abertura aos outros

Pensamento Critico

A confiança em si mesmo

Criatividade

11

Page 12: Ensinar é Investigar

Estudo do meio – catalisador da construção de “atitudes científicas”

A abordagem de Estudo do Meio deverá fomentar em cada criança:

A curiosidade – capacidade de levantar questões e desejo de conhecer as respostas;

A criatividade – capacidade para recombinar os dados da experiência pessoal imaginar novas soluções para um determinado problema;

A confiança em si mesmo – capacidade para tomar decisões em vez de aguardar diretrizes para agir; 12

Page 13: Ensinar é Investigar

Estudo do meio – catalisador da construção de “atitudes científicas”

O pensamento crítico – capacidade para pôr em questão as suas próprias representações bem como a informação por outrem;

A concentração e a perseverança na criatividade – capacidade para levar até ao final um projeto mau grado as dificuldades e eventuais fracassos;

A abertura aos outros – capacidade para respeitar as regras de comunicação no interior de um grupo e para ter em conta os dados da discussão a fim de reformular os seus próprios conhecimentos. 13

Page 14: Ensinar é Investigar

Estudo do meio: suporte e objeto da aprendizagem

A abordagem do Estudo do Meio deverá fornecer a cada

criança:

A estruturação do conceito do “EU” nas suas relações

com o “OUTRO”;

A organização das noções de “espaço” e de “tempo”;

A descoberta do meio físico e cultural;

14

Page 15: Ensinar é Investigar

Estudo do meio: suporte e objeto da aprendizagem

O conhecimento dos seres vivos e dos equilíbrios

biológicos;

A apreensão das grandes linhas do processo de

humanização;

A tomada de consciência da acção do homem sobre a

natureza e ;

Da emergência dos problemas nascidos dessa ação (de

recursos, de urbanização, ambientais,…)15

Page 16: Ensinar é Investigar

Criar na aula um espaço de conhecimento partilhado

A aprendizagem na aula não é nunca meramente individual, limitada

às relações “cara a cara” de um professor com um aluno. É claramente

uma aprendizagem dentro de um grupo social com vida própria, com

interesses, necessidades e exigências que vão configurando uma

cultura peculiar.

Ao mesmo tempo, é uma aprendizagem limitada pelas funções sociais

que esta cumpre: uma função avaliadora que legitima socialmente a

aquisição do conhecimento e as capacidades humanas que se

consideram úteis na comunidade.

Como harmonizar tantos e tão diversos interesses na complexa vida da aula para provocar uma assimilação criativa da cultura pública por parte da criança? Criar na aula, como contexto de comunicação, um espaço de conhecimento compartilhado (referentes comuns). 16

Page 17: Ensinar é Investigar

O Papel do Professor

Observador

Orientador

Dinamizador

Organizador 17

Page 18: Ensinar é Investigar

Características do ambiente institucional

Potenciam a liberdade de escolha, experimentação, segurança, autonomia e a capacidade de tomar decisões. Promovendo o desenvolvimento numa perspetiva sócio construtivista.

Espaços agradáveis

Espaços divididos em áreas

Áreas de interesse diversificadas

Materiais e objetos variados

Organização dos materiais 18

Page 19: Ensinar é Investigar

Conteúdos e Métodos

Os conteúdos respeitam os do currículo

do 1º ciclo do Ensino Básico em que a

adaptação do modelo ao ensino pré -

escolar seguirá a mesma estrutura

Actividade Nuclear

Actividades decorrentes

Privilegia a àrea do estudo do meio

Parte de temas que são mais familiares para a criança

Possibilitam aprendizagens na matemática, no português

e nas expressões

19

Page 20: Ensinar é Investigar

Conteúdos e Métodos

Métodos

Decorrem de uma epistemologia construtivista

São metodologias de descoberta e investigação

Que levam a criança á construção do seu próprio conhecimento

20

Page 21: Ensinar é Investigar

Conteúdos e Métodos

Resultados da aplicação deste método:

Maior dinamismo nas aulas;

Atividades sistematicamente mais organizadas;

Planeamento, realização e discussão das atividades pelos alunos;

21

Page 22: Ensinar é Investigar

Conteúdos e Métodos

Interesse mais acentuado sobre o estudo do meio por parte dos professores;

Envolvimento das crianças é maior e mais fácil, alimentando deste modo a sua curiosidade;

Alunos apresentam-se mais despertos e motivados para as atividades;

22

Page 23: Ensinar é Investigar

Componentes Psicológica e Pedagógica

Sistema Pedagógico Didático

Sistema de referencia

Componentes Epistemológica e cientifica Objetivos

Atividades

Em Tempo de Reencontro/Rea

daptação

Tempo de sistematizaç

ão

Tempo não estruturado

Tempo de acabamen

to

Diagrama do Modelo Pedagógico

Atividade Nuclear Atividades decorrentes

Atividade Nuclear23

Page 24: Ensinar é Investigar

Componente Epistemológica

Interação do sujeito com o seu próprio mundo e os outros

Valorizando a

experimentação e a

descoberta da criança

Componente Psicológica

Respeito pelo processo de desenvolvimento do aluno

Componente Pedagógica

Coerência entre o processo de ensino e os dois elementos referidos anteriormente

Componente Científica

Relação entre diferentes fontes de conhecimento

Sistema Teórico

24

Page 25: Ensinar é Investigar

Objetivos

Atividades

Avaliação

Sistema Pedagógico/Didático

25

Page 26: Ensinar é Investigar

OBJETIVOS

Os objetivos são considerados como linhas orientadoras da construção das atividades.

Trata-se de construir uma pedagogia com objetivos e não uma pedagogia por objetivos.

Sistema Pedagógico/Didático

26

Page 27: Ensinar é Investigar

A organização do tempo nas atividades desenvolvidas é fundamental e encontra-se demarcado em três etapas:

O tempo de reencontro/readaptação

Preparação do clima psicológico ao desenvolvimento do processo de aprendizagem sistematizada.

O tempo de sistematização

Centra-se nas atividades nucleares e decorrentes. Tempo forte de aprendizagem dos conteúdos programáticos.

Tempo de Acabamento

Tempo não estruturado - Momento em que a criança termina o trabalho ou fazem outros trabalhos não programados. Tempo de Acabamento - Encerra o conjunto de atividades e tem lugar a avaliação. É um momento de grande valor psicopedagógico.

Sistema Pedagógico/Didático

27

Page 28: Ensinar é Investigar

A avaliação das aprendizagens centra-se na avaliação formativa influenciadora do processo de desenvolvimento

Utiliza as modalidades de diagnóstico e sumativa, e apostam na auto avaliação;

Tem em vista a progressão pessoal e a autonomia das crianças, que se encontram diretamente implicadas no processo;

Permite ao educador orientar, reformular e adequar as atividades pedagógicas;

Sistema Pedagógico/DidáticoAvaliação

28

Page 29: Ensinar é Investigar

Avaliação Diagnóstica

Ocorre no início do projeto a desenvolver, não tem qualquer interação classificativa, e o seu objetivo é o de identificar o posicionamento das crianças em relação ao seu desenvolvimento naquele contexto e acontece o mesmo com a formativa.

Avaliação Formativa

Assume um grande relevo possibilitando a compreensão do processo de ensino – aprendizagem, a fim de nele poder intervir oportunamente e eficazmente.

Paralelamente assume-se como uma ferramenta que orienta o processo de produção de “informação útil para a gestão da aprendizagem”.

Sistema Pedagógico/Didático

29

Page 30: Ensinar é Investigar

Quadro síntese do modelo adaptado ao pré-escolar

ModeloValores e teorias

científicasCaracterísticas do ambiente

Conteúdos e métodos utilizados

Formas de avaliação

Ensinar é investigar

Contexto:Princípios operativos:1. Atividades sujeito;2. Relação dialética

entre o desenvolvimento e a aprendizagem;

3. Fomento do conflito e do contraste entre pareceres;

4. Desenvolvimento das capacidades formais e operativas;

Teorias científicas• Pedagogia

construtivista• Conhecimentos

científicos de várias áreas

•Espaços agradáveis•Espaços divididos em áreas•Áreas de interesse diversificado•Materiais e objetos variados•Organização dos materiais

Conteúdos:•Formação pessoal e social•Expressão e comunicação•Conhecimento do mundo•Conteúdos programáticos

Métodos:•Metodologia de projeto•Métodos específicos das áreas disciplinares (método global na aprendizagem da leitura/escrita)

Diagnóstica

Formativa

30

Page 31: Ensinar é Investigar

Considerações finais

Este modelo foi construído para o ensino básico,

mas a sua estrutura pode e deve aplicar-se a todos

os níveis de ensino, mantendo os princípios

orientadores, a metodologia e alterar os programas

a desenvolver em qualquer nível de ensino.

31

Page 32: Ensinar é Investigar

Bibliografia

Leitão, Maria da Luz -Um itinerário pedagógico

“Da criança ao aluno”

Diálogo e Documentação fornecida pela Dra Dulce Lavajo

Sitografia:

http://www.slideboom.com/presentations/225374/Ensinar-%C3%A9-Investigar

32

Page 33: Ensinar é Investigar

Visualização de Filme

Itinerário Pedagógico

33