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Entidades do setor não lucrativo Aspetos contabilísticos e fiscais SEG 4314 (Dezembro de 2014)

Entidades do setor não lucrativo Aspetos contabilísticos e fiscaisfiles.domribeiro.webnode.com.pt/200000161-1092f118de... · 2014. 12. 4. · Entidades do Setor Não Lucrativo III

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Entidades do setor nãolucrativo

Aspetos contabilísticos e fiscais

SEG 4314(Dezembro de 2014)

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• Domingos Ribeiro– Docente Universitário– Pós Graduado em Fiscalidade– Mestrando em Fiscalidade– Revisor Oficial de Contas– Técnico Oficial de Contas– Formador Caixa Seguros-

Grupo Caixa Geral Depósitos– Consultor Eticadata SoftwareContactos:• [email protected]

• Carlos Plácido– Docente Universitário– Pós Graduado em Fiscalidade– Pós-Graduado em Gestão de

Bancos e Seguradoras– Mestrando em Gestão– Técnico Oficial de Contas– Formador Caixa Seguros- Grupo

Caixa Geral DepósitosContactos:

[email protected]

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Apresentação disponível para download em:

http://domribeiro.webnode.com.ptDeixe os seus comentários, dúvidas e sugestões

• Domingos Ribeiro– Docente Universitário– Pós Graduado em Fiscalidade– Mestrando em Fiscalidade– Revisor Oficial de Contas– Técnico Oficial de Contas– Formador Caixa Seguros- Grupo Caixa Geral

Depósitos– Consultor Eticadata SoftwareContactos:

[email protected]

• Carlos Plácido– Docente Universitário– Pós Graduado em Fiscalidade– Pós-Graduado em Gestão de Bancos e

Seguradoras– Mestrando em Gestão– Técnico Oficial de Contas– Formador Caixa Seguros- Grupo Caixa Geral

DepósitosContactos:

[email protected]

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I – O Setor Não Lucrativo (SNL) - enquadramento1. Conceito de SNL2. Razões explicativas do SNL3. Abrangência e composição do SNL4. O regime jurídico das ESNL em Portugal – (síntese)5. Enquadramento fiscal das ESNL (síntese)

II – Normativo Contabilístico do Setor Não Lucrativo1. Introdução2. Breve resenha evolutiva3. Normalização Contabilística para as ESNL4. Regimes Especiais: O Regime de Caixa5. Regime sancionatório da normalização contabilística para as ESNL

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III – Normas contabilísticas e de relato financeiro para asESNL - alguns aspectos específicos

1. Introdução2. Principais diferenças do SNC para a NC-ESNL3. Adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL [Capítulo 5]4. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros [Capítulo 6]5. Ativos fixos tangíveis [Capítulo 7]6. Ativos intangíveis [Capítulo 8]7. Locações [Capítulo 9]8. Empréstimos obtidos [Capítulo 10]9. Inventários [Capítulo 11]10. Rédito [Capítulo 12]11. Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes [Capítulo 13]12. Subsídios e outros apoios [Capítulo 14]13. Alterações em taxas de câmbio [Capítulo 15]14. Impostos sobre o rendimento [Capítulo 16]15. Instrumentos financeiros [Capítulo 17]16. Benefícios dos empregados [Capítulo 18]

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III – Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos

1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Colectivas (IRC)

2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)- aspectos específicos

3. As isenções das ESNL no âmbito de outros impostos(síntese)

4. As ESNL e os incentivos fiscais ao Mecenato5. As ESNL e a Taxa Social única (TSU)

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Entidades do setor não lucrativoAspetos contabilísticos e fiscais

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O Setor Não Lucrativo (SNL) -enquadramento

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1. O Sector Não Lucrativo (SNL)1.1. Conceito de SNL1.2. Razões explicativas do SNL1.3. Abrangência e composição do SNL1.4. Regime jurídico das ESNL em Portugal – (síntese)

1.4.1. Enquadramento legal1.4.2. Relação ESFL - IPSS - PCUP

1.5. Enquadramento Fiscal das ESNL em Portugal (síntese)1.5.1. Introdução1.5.2. As ESNL no âmbito dos principais impostos1.5.3. Mecenato, apoio fiscal e ESNL

Anexos ao ponto 1:Anexo I – Lei de Bases da Economia SocialAnexo II - Caracterização quantitativa do Sector da Economia Social em PortugalAnexo III – FundaçõesAnexo IV – Declaração de Utilidade Pública

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1.1. CONCEITO DE SECTOR NÃO LUCRATIVOO designado Sector Não Lucrativo (SNL), tambémreferido frequentemente por Terceiro Sector, EconomiaSocial, Sector Voluntário ou Sector das Organizações daSociedade Civil, engloba um largo conjunto deinstituições, muito diversificadas entre si e organizadassob diferentes formas jurídicas.Uma das características comuns a este tipo de entidadese organizações reside no desenvolvimento de atividadesque prosseguem o bem-estar social.

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1.1. CONCEITO DE SECTOR NÃO LUCRATIVO

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1.2. RAZÕES EXPLICATIVAS DO SNL

Porquê? Quem? Como?

Sector não Lucrativoe Economia Social

Teoria dosBens

Públicos

Teoria daConfiança

Teoria dosEmpreendedores

SociaisCarlos Plácido e Domingos Ribeiro 12

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1.3. ABRANGÊNCIA E COMPOSIÇÃO DO SNLPrincipais domínios de atividade:• Cultura e Recreio• Instrução e Investigação Científica• Saúde• Serviços Sociais, Beneficência e Assistência a Refugiados• Ambiente e Proteção dos Animais• Promoção da Comunidade Local e Património Habitacional• Promoção e Tutela de Direitos Civis• Intermediação Filantrópica e Promoção do Voluntariado• Atividade Internacional• Organizações Empreendedoras, Profissionais e Sindicais• Entidades de cariz religioso.

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1.3. ABRANGÊNCIA E COMPOSIÇÃO DO SNL(i) Perspetiva anglo-saxónica:

Consideram-se como entidades do sector não lucrativo (non-profitsetor) todas as organizações privadas que estão impedidas dedistribuir lucros ou excedentes às pessoas que as controlam ouintegram – o chamado constrangimento da não-distribuição. (art.º5º, n.º 1 DL.36-A/2011).

A realização de lucro não se encontra interdita, desde que asatividades lucrativas sejam meramente instrumentais, e essesresultados obrigatoriamente afetos à realização dos objetivosprincipais dessas organizações.

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1.3. ABRANGÊNCIA E COMPOSIÇÃO DO SNL(ii) Perspectiva francófona ou europeia:

Reconhece-se a existência de um sector de atividades económicasdistinto dos sectores público e privado tradicional, que édesignado por sector da economia social (secteur d’économiesociale).

As suas principais componentes são as cooperativas, asmutualidades e as associações (sendo que estas últimasabrangem, no essencial, as non-profit organizations do conceitoanglo-saxónico).

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1.3. ABRANGÊNCIA E COMPOSIÇÃO DO SNL(iii) Conclusão:Na prática, as duas abordagens completam-se, permitindo umavisão mais globalizante do Terceiro Sector, em que se podemconsiderar dois tipos de organizações:

organizações do campo da produção não-mercantil,que funcionam como instituições de “administração privada”,financiando as suas despesas com quotizações voluntárias,donativos e trabalho gratuito; eorganizações do campo da produção mercantil, quefuncionam como empresas, ainda que o objetivo central não seja arendibilização do capital investido.

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1.4. REGIME JURÍDICO DAS ENSL EM PORTUGAL (síntese)

Sectores

Público Privado Cooperativo e Social

Art.º 82º CRP

Lei de Bases da Economia SocialLei 30/2013

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1.4 AS ESNL EM PORTUGALCRP (Art.º 82.º - Sectores de Propriedade dos Meios de Produção)

Sector cooperativo e social“Compreende especificamente:a) Os meios de produção possuídos e geridos por cooperativas, em obediênciaaos princípios cooperativos, sem prejuízo das especificidades estabelecidas na leipara as cooperativas com participação pública, justificadas pela sua especialnatureza;b) Os meios de produção comunitários, possuídos e geridos por comunidadeslocais;c) Os meios de produção objeto de exploração coletiva por trabalhadores;d) Os meios de produção possuídos e geridos por pessoas coletivas, semcarácter lucrativo, que tenham como principal objetivo a solidariedade social,designadamente entidades de natureza mutualista.”

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1.4.1. ENQUADRAMENTO LEGAL3.º SECTOR: Distintas realidades jurídicas

i. Associaçõesii. Fundaçõesiii. Cooperativasiv. Mutualidadesv. Misericórdiasvi. Outras ESFL (Casas do Povo, ONG)

(cf. Lei de Bases da Economia Social)

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1.4.1. ENQUADRAMENTO LEGALRelação ESFL-IPSS-PCUP

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)

São entidades “constituídas, sem finalidade lucrativa, por iniciativade particulares, com o propósito de dar expressão organizada aodever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos edesde que não sejam administradas pelo Estado ou por um corpoautárquico, para prosseguir, entre outros, os seguintes objetivos,mediante a concessão de bens e a prestação de serviços.

O site da Segurança Social disponibiliza listagens das IPSS´s, Casas do Povo,Cooperativas de Solidariedade Social e Mutualidades

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Fonte: INE (2013)

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Fonte: INE (2013)

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Fonte: INE (2013)

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Número de IPSS´s e entidades equiparadas - ExemplosBeja Lisboa Portalegre Santarém Setúbal

IPSS´s 99 960 113 261 218Casas do Povo 12 22 4 2 8CooperativasSolidar. Social 1 4 1 4 18Mutualidade 0 27 0 4 8TOTAL 112 1013 118 271 252

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1.4.2. RELAÇÃO ESFL-IPSS-PCUPRelação ESFL-IPSS-PCUP

IPSS (cont.)Podem revestir uma das formas seguintes:• Associações de solidariedade social;• Associações de voluntários de ação social;• Associações de socorros mútuos;• Fundações de solidariedade social;• Irmandades da misericórdia;• e respetivas Uniões, Federações e Confederações.

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1.4.2. RELAÇÃO ESFL-IPSS-PCUPRelação ESFL-IPSS-PCUP

IPSS (cont.)

Artigo 14.º -AContas do exercício

1 — As contas do exercício das instituições obedecem aoRegime da Normalização Contabilística para asentidades do setor não lucrativo legalmente aplicável esão aprovadas pelos respetivos órgãos nos termosestatutários.

Artigo aditado pelo DL 172-A/2014 de 2014-11-14 ao DL 119/83

Artigo 14.º -AContas do exercício

1 — As contas do exercício das instituições obedecem aoRegime da Normalização Contabilística para asentidades do setor não lucrativo legalmente aplicável esão aprovadas pelos respetivos órgãos nos termosestatutários.

Artigo aditado pelo DL 172-A/2014 de 2014-11-14 ao DL 119/83

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1.4.2. RELAÇÃO ESFL-IPSS-PCUPRelação ESFL-IPSS-PCUP

Pessoas Coletivas de Utilidade Pública (PCUP)

São constituídas por “associações ou fundações queprossigam fins de interesse geral, ou da comunidadenacional ou de qualquer região ou circunscrição,cooperando com a Administração Central ou aadministração local, em termos de merecerem da partedesta administração a declaração de “utilidade pública”.

ESTATUTO das PCUP: Ver DL 391/2007 (republicado o Estatuto)

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1.4.2. RELAÇÃO ESFL-IPSS-PCUPFundações

A Lei 1/2012 de 3/1 determinou a realização de um censo e a aplicaçãode medidas preventivas a todas as fundações (incluindo as desolidariedade social abrangidas pelo Estatuto das IPSS) com vista aproceder a uma avaliação do respetivo custo/benefício e viabilidadefinanceira e decidir sobre a sua manutenção ou extinção

Posteriormente foi aprovada a Lei-Quadro das Fundações (Lei 24/2012,de 24/7) que restringe o uso do termo “fundação” e estabelece um prazode 6 meses para que as atuais fundações adaptem as suas orgânicas eestatutos (ver Anexo III do ponto 1.)

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1.4.2. RELAÇÃO ESFL-IPSS-PCUPFundações (Cont.)

Em complemento da Lei-Quadro, foi publicada a Portaria n.º75/2013, de 18/2, que obriga à certificação externa das contas dasFundações com um montante superior a 2.000.000€ do valorreferido no n.º 2 do art.º 9.º, e remete para a alínea b) do n.º 1 doart.º 3.º do CIRC a forma de determinação do rendimento global.

É ainda fixado em 250.000€ o valor mínimo da dotaçãopatrimonial inicial a que se refere o n.º 3 do art.º 22.º, sendo que100.000€ deverá ser a parcela constituída em numerário (verAnexo III do ponto 1.).

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1.5. ENQUADRAMENTO FISCAL DAS ENSL EM PORTUGAL (síntese)

Razões daDiscriminação positiva

argumentos de naturezajurídico-constitucional

argumentos de índoleeconómica e social

Matéria a desenvolver no Módulo 4

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Entidades do setor não lucrativoAspetos contabilísticos e fiscais

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NORMATIVO CONTABILÍSTICO DOSECTOR NÃO LUCRATIVO

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2.1. INTRODUÇÃOA criação de regras contabilísticas próprias para ESNL

“A disseminação que estas entidades têm vindo a conhecer[bem como] o importante papel e peso que desempenham naeconomia, justifica que se reforcem as exigências detransparência relativamente às atividades que realizam e aosrecursos que utilizam, nomeadamente através da obrigaçãode prestarem informação fidedigna sobre a gestão dosrecursos que lhe são confiados, bem como sobre os resultadosalcançados no desenvolvimento das suas atividades”. (DL 36-A/2011, de 9/3).

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2.2. BREVE RESENHA EVOLUTIVANa vigência do POC coexistiam diversos planos de contas sectoriais:

i) o PCIPSS, aprovado pelo DL 78/89, de 3/03;

ii) o PCAM, aprovado pelo DL 295/95, de 17/11;

iii) o PROFAC, aprovado pelo DL 74/98, de 27/03;

e em certas circunstâncias, a obrigatoriedade de aplicação do POCP– art.º 2.º do DL 232/97:

2 - O Plano Oficial de Contabilidade Pública é também aplicávelàs organizações de direito privado sem fins lucrativos quedisponham de receitas maioritariamente provenientes doOrçamento do Estado.

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Situação até 31DEZ2009

SECTORPLANO

CONTAS DiplomaEntidade

Reguladora Em VigorRevogação/Observações

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ICO

POCP DL 232/97 CNCAP 02-Nov-97POC Educação P 794/2000, de 20-09 01-Jan-01

POCMS P 898/2000, de 28-09 01-Jan-02POCAL DL 54-A/99, de 22-02 01-Jan-02

POCISSSS DL 12/2002, de 25-01 01-Jan-02

PRIV

ADO

POC DL 410/89, de 21-11 CNC 01-Jan-90 DL 158/2009

NIC´s (IASB-UE)DL 35/2005 – Consolidadase cotadas CMVM 01-Jan-05 Reg 1606/2002

PCESNorma Regulamentar110/2007-DL 35/2005 ISP 01-Jan-05 e 08

N. Regulamentar5/2005-R

NIC´s Aviso 1/2005-DL 35/2005 Banco de Portugal 01-Jan-05 + outros avisos

COO

PERA

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CIAL

POC DL 410/89, de 21-11 CNC 01-Jan-90 DL 158/2009

PCIPSS DL 78/89, de 03-03 NAC 01-Jan-90 DL 36-A/2011

PCAM DL 295/95, de 17-11 01-Jan-95 DL 36-A/2011

PROFAC DL 74/98, de 27-03 26-Mai03 DL 36-A/2011

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Situação em 2010 e 2011

SECTORPLANO CONTAS

/ NORMA DiplomaEntidade

ReguladoraEntrada em

VigorRevogação/Observações

PÚBL

ICO

POCP DL 232/97 CNCAP 02-Nov-97POC Educação P 794/2000, de 20-09 01-Jan-01

POCMS P 898/2000, de 28-09 01-Jan-02POCAL DL 54-A/99, de 22-02 01-Jan-02

POCISSSS DL 12/2002, de 25-01 01-Jan-02

PRIV

ADO SNC + NC-ME DL 158/2009+36A/11 CNC 01-Jan-10

NIC´s (IASB/UE) DL 158/2009-art 4º CNC 01-Jan-10

NIC´s (Ajustada) DL 158/2009-art 5º ISP 01-Jan-08 + normas regul.

NIC´s (Ajustada) DL 158/2009-art 5º Banco de Portugal 01-Jan-05 +outros avisos

COO

PERA

TIVO

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CIAL

SNC + NC-ME DL 158/2009 CNC 01-Jan-10

PCIPSS DL 78/89, de 03-03 NAC 01-Jan-90 DL 36-A/2011

PCAM DL 295/95, de 17-11 01-Jan-95 DL 36-A/2011

PROFAC DL 74/98, de 27-03 26-Mai-98 DL 36-A/2011

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Situação a partir de 1JAN2012

SECTORPLANO CONTAS

/ NORMA DiplomaEntidade

Reguladora Entrada em Vigor Observações

PÚBL

ICO

POCP DL 232/97 CNCAP 02-Nov-97POC Educação P 794/2000, de 20-09 01-Jan-01

POCMS P 898/2000, de 28-09 01-Jan-02POCAL DL 54-A/99, de 22-02 01-Jan-02

POCISSSS DL 12/2002, de 25-01 01-Jan-02

PRIV

ADO SNC + NC-ME DL 158/2009 + 36-A/11 CNC 01-Jan-10 e 12

NIC´s (IASB/UE) DL 158/2009-art 4º CNC 01-Jan-10

NIC´s (Ajustada) DL 158/2009-art 5º ISP 01-Jan-08

NIC´s (Ajustada) DL 158/2009-art 5º Banco de Portugal 01-Jan-05

COO

PERA

TIVO

E SO

CIAL

SNC + NC-ME DL 158/2009 + 36-A/11 CNC 01-Jan-10 (a) Exceto CSS …

NCRF-ESNL DL 36-A/2011 CNC 01-Jan-12 (b) Opção 1-Jan-11

01-Jan-13(a) Coop SS e …PartidosPolíticos Regulamento 16/2013 01-Jan-13

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Regulamento 1606/02

Empresasde menordimensão:

SNCDL 158/2009 e 36A/11

Empresas com valoresmobiliários admitidos à

negociação em mercadoregulamentado da UE

Empresas dossectores nãofinanceiros

Normas do IASBadotadas na UE NCRF´s NCRF - PE

1º nível 2º nível

Microentidades(NC-ME)

DL 36-A/2011

Entidadessector nãolucrativo(DL 36A/11)

NCRF – ESNL

Total rendimentos:3.000.000€total ativo:1.500.000€n.º trabalhador: 50

-Vol. negócios:500.000€-total ativo 500.000€-n.º trabalhadores 5

3º nível

Empresas: Segundo a legislação comercial (CSC, DL) o termo utilizado deve ser:“Entidades Comerciais”. Entidades é o termo para o Sector não Lucrativo

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Cooperativas e Normalização contabilísticaArt.º 3.º do DL 158/2009:

1 - Com exceção das entidades abrangidas pelo n.º 1 do art.º 4.º epelo art.º 5.º, o SNC é obrigatoriamente aplicável às: (…)

e) Cooperativas, exceto aquelas cujo ramo específico não permitasob qualquer forma, direta ou indireta, a distribuição deexcedentes, designadamente as cooperativas de solidariedadesocial, previstas na alínea m) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 51/96,de 7 de setembro, equiparadas a instituições particulares desolidariedade social e, nessa qualidade, registadas na Direção-Geralda Segurança Social. [Lei n.º 66-B/2012, de 31DEZ - OE]

COOPERATIVAS

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COOPERATIVASCooperativas e Normalização contabilística

Art.º 3.º do DL 158/2009:2 - Até que sejam publicadas normas para as entidades sem

fins lucrativos, são abrangidas pelo SNC outras entidadesque, por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC,ou venham a estar sujeitas ao SNC.

Na primitiva redação deste art.º o SNC aplica-se a todas ascooperativas, sendo que com a alteração Lei n.º 66-B/2012 asCooperativas de Solidariedade Social passaram a aplicar aNCRF-ESNL

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Finalidades da NC-ESNL e destinatários da informação● os doadores/financiadores/associados

- pretendem conhecer o grau de cumprimento dos objetivosdesenvolvidos;

● os credores- pretendem obter informação acerca da capacidade da entidade de solver

os seus compromissos;● os membros das ESNL

- pretendem conhecer o modo como os donativos e outros fundos sãoaplicados nas atividades;

● os voluntários- pretendem conhecer os resultados da sua dedicação, bem como osprogramas realizados e as necessidades de recursos;

(cf. ponto 2.3 do Anexo II ao DL 36-A/2011)

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Finalidades da NC-ESNL e destinatários dainformação(continuação)

O Estado• na medida em que proporciona os recursos para a atividade de diversas

entidades do sector não lucrativo, tem necessidade de controlar osfluxos/meios que permitam cumprir os fins sem diminuir o património;

O público em geral• de entre os quais cumpre referir os contribuintes, grupos de interesse ou

pressão, associações de defesa do consumidor e todos os interessados, diretaou indiretamente, no futuro da atividade da ESNL, que devem ter apossibilidade de avaliar o contributo da entidade no seu bem-estar ou nodesenvolvimento económico do sector em que se insere”.

(cf. ponto 2.3 do Anexo II ao DL 36-A/2011)

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ENTRADA EM VIGORAplicação temporal da NC-ESNL

A normalização contabilística estatuída para ESNL aplica-se:

● a partir de 1 de Janeiro de 2011, por opção destasentidades;

● obrigatoriamente, cujo o exercício que se inicie em 1 Janeiro de2012;

● em data posterior, para as entidades que se constituíremapós aquela data.

(cf. artigo 22.º do DL 36-A/2011)

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ORD

ENAM

ENTO

JURÍ

DICO

:Diploma Matéria

DL 36-A/2011 Bases para a Apresentação das Demonstrações Financeiras (BADF)Port. 105/2011 Modelos de Demonstrações Financeiras (MDF)

- Balanço;- Demonstração dos Resultados por Naturezas;- Demonstração dos Resultados por Funções; opção- Demonstração das Alterações nos Fundos Patrimoniais; opção/ex- Demonstração dos Fluxos de Caixa; obrigatório- Anexo – Ver ainda port. 986/2009

Port. 106/2011 Código de Contas – ver ainda port 1.011/2009- Quadro Síntese de Contas;- Código de Contas;- Notas de Enquadramento

Port. 105/2011 Mapas para Entidades Sujeitas ao Regime de Caixa- Mapa de Recebimentos e Pagamentos- Mapa de Património Fixo- Mapa de Direitos e Compromissos Futuros

Aviso 6726-B/2011 Norma Cont. Relato Financeiro Entidades Sector Não Luc. (NCRF-ESNL)Normas Interpretativas

Não existenas PE

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ESCLARECIMENTO DE DÚVIDASCONTABILÍSTICAS: CNC

Art.º 4.º, n.º 1 do DL 160/2009j) Responder, nos termos e condições fixados porregulamento interno, a consultas relativas à aplicaçãoou interpretação do SNC e da NCM, quando para talfor consultada. (redacção do DL 36-A)

FISCAIS: DGCIArt.º 59.º da LGT: Princípio da ColaboraçãoArt.º 68.º da LGT: Informações Vinculativas

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ESCLARECIMENTO DE DÚVIDASPergunta 1:Uma entidade que aplica o PCIPSS é obrigada a adotar o Sistema deNormalização Contabilística ?

• Resposta (em 3FEV2010): - Não. O PCIPSS foi aprovado pelo DL78/89, de 3MAR e não foi revogado pelo DL 158/2009 que aprovou oSistema de Normalização Contabilística.

• Resposta (em 23MAR2011): - Foi aprovado o DL 36-A/2011, querevogou o DL 78/89. Veja-se o normativo contabilístico para entidadesdo sector não lucrativo.

NOTA: o site http://www.cnc.min-financas.pt/ encontra-se desactualizado napresente data

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Sujeitas àsupervisão do

BP ou ISP,algumas

Fundações …

Vendas e outrosrendimentos

superiores a €150.000,00

Vendas e outrosrendimentos iguaisou não superiores

a € 150.000,00

ESNL

NIC’S NCRF-ESNL Regime Caixaou opção

CONTABILISTICAMENTE

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O normativo contabilístico NCRF-ESNL é composto pelosseguintes instrumentos: (§ 1.2 anexo II DL.36-A/2011)

• Bases de apresentação de demonstrações financeiras

(BADF)

• Modelos de demonstrações financeiras (MDF)

• Código de contas (CC)

• Norma contabilística e de relato financeiro para

entidades do setor não lucrativo (NCRF-ESNL)

• Normas interpretativas (NI) (Semelhante à NCRF-PE)

O normativo contabilístico NCRF-ESNL é composto pelosseguintes instrumentos: (§ 1.2 anexo II DL.36-A/2011)

• Bases de apresentação de demonstrações financeiras

(BADF)

• Modelos de demonstrações financeiras (MDF)

• Código de contas (CC)

• Norma contabilística e de relato financeiro para

entidades do setor não lucrativo (NCRF-ESNL)

• Normas interpretativas (NI) (Semelhante à NCRF-PE)

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NCRF-ESNL CIRC

Disposição Legal Art.º 10, n,º1 Art.º 124.º, n.º 3

Limite150.000,00 €

(média 2 anos)150.000,00 €(último ano)

NCRF-ESNL CIRC

Art.º 11, n.º )Pagamentos erecebimentos

Art.º 124, n.º1a)

Registo derendimentos

Art.º 11, n.º )Pagamentos erecebimentos Art.º 124, n.º1b) Registo de encargos

Art.º 11, n.º 3 b) Património fixoArt.º 124, n.º1c) Registo de inventário

Art.º 11, n.º 3 c)Direitos ecompromissos futuros

Obrigações de registo contabilístico:

RELAÇÃONCRF-ESNL vs.

CIRC

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LEI 64-B/2011 OE/2012Artigo 124.º (CIRC)

3 - O disposto no número anterior não se aplica quando os rendimentos totais obtidosem cada um dos dois exercícios anteriores não excedam € 150 000, e o sujeito passivonão opte por organizar uma contabilidade que, nos termos do artigo anterior, permita ocontrolo do lucro apurado nessas atividades.

Antiga redação: 3 - O disposto no número anterior não se aplica quando os rendimentosbrutos resultantes das atividades aí referidas, obtidos no exercício imediatamenteanterior, não excedam o montante de € 75.000.

DL 36-A/2011Artigo 10.º - Dispensa de aplicação1 - Ficam dispensadas da aplicação da normalização contabilística para as ESNLas entidades cujas vendas e outros rendimentos não excedam 150 000 € emnenhum dos dois exercícios anteriores, …

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Entidade com rendimentossuperiores a 150.000 €?

Entidade com rendimentoscomerciais superiores a 75.000 €?

Regime deCaixa

Não

Não

NCRF-ESNL

Sim

Sim

Aplicação do Regime de Caixa – Exercício de 2011

Por Opção

GLOBALMENTE

OE 2012 alteroupara 150.000 €

Art.º124º,n.º 3 CIRC

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Em termos de IRC:

Acerca da opção regime de caixa / contabilidade “organizada” chama-se a atenção paraque quando essa opção for tomada há necessidade de entregar a Declaração deAlterações preenchendo no quadro 16 :os campos 1 ou 2.

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Pergunta 2A Fundação “Colecção de Quadros” entregou em 2/11/2012,no SF a Declaração de Início de Actividade esperando obterde vendas e outros rendimentos nos meses de NOV a DEZdesse ano a importância de 30.000 €. Pelo que:a) tem de adoptar a NCRF-ESNLb) está obrigatoriamente sujeita ao regime de caixa por o

valor ser inferior a 150.000 €c) pode optar pela NCRF-PE por as suas receitas serem

todas de natureza comerciald) pode optar por qualquer dos dois regimes

EXEMPLO CURSO ON LINE

a) anualizando o valor de 30.000 € ultrapassa o limite de 150.000 € - n.º 2 doart.º 10.º do DL 36-A/2011.

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Pergunta 3A IPSS “O Lar do Sossego”, encontra-se no regime de caixa e viu aprovado emMAI 2012 um subsídio para a construção de um lar no montante de 200.000 €,sendo que o mesmo será recebido em 4 tranches de 50.000 €, nos meses de SET2012, JAN 2013, MAI 2013 e NOV 2013. Sabendo que as outras receitas em 2012foram de 40.000 €, indique:

EXEMPLO CURSO ON LINE

a) por o subsídio só por si ser superior a 150.000 € tem de aplicar a NCRF-ESNL em2013

b) como está no regime de caixa só vai considerar como proveitos de 2012 a parte dosubsídio recebido (50.000 €), o qual, adicionado aos outros proveitos de 40.000 €,não ultrapassa o limite dos 150.000 €, pelo que pode continuar em 2013 no regimede caixa

c) os seus proveitos em 2012 são constituídos por 200.000 € do subsídio mais 40.000 €de outros proveitos, totalizando 240.000 €

d) os proveitos de 2012 serão apenas de 40.000 €, pois o subsídio só vai serconsiderado como proveito na data em que o novo lar for inaugurado

a) por o subsídio só por si ser superior a 150.000 € tem de aplicar a NCRF-ESNL em2013

b) como está no regime de caixa só vai considerar como proveitos de 2012 a parte dosubsídio recebido (50.000 €), o qual, adicionado aos outros proveitos de 40.000 €,não ultrapassa o limite dos 150.000 €, pelo que pode continuar em 2013 no regimede caixa

c) os seus proveitos em 2012 são constituídos por 200.000 € do subsídio mais 40.000 €de outros proveitos, totalizando 240.000 €

d) os proveitos de 2012 serão apenas de 40.000 €, pois o subsídio só vai serconsiderado como proveito na data em que o novo lar for inaugurado

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2.4.1. MODELOS DE MAPAS FINANCEIROSA Portaria 105/2011 aprovou os seguintes modelos

de mapas: (ver art.º 1º, n.º 2 Port. 105/2011)

• Pagamentos e Recebimentos

• Património Fixo

• Direitos e Compromissos Futuros

A Portaria 105/2011 aprovou os seguintes modelosde mapas: (ver art.º 1º, n.º 2 Port. 105/2011)

• Pagamentos e Recebimentos

• Património Fixo

• Direitos e Compromissos Futuros

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Ver art.º 50.º do CIVA

2.4.

1. M

ODE

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APAS

FIN

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4.1.

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Pagamentos:

• Funcionamento

• Investimento

→ devem ser separadas de acordo com a sua natureza,entendendo-se esta de acordo com os 4 itens dos recebimentos.

→ no tocante às rubricas “Saldo de ano anterior” e “Saldo para oano seguinte” estes devem ser desdobrados nas rubricas de“Caixa” e “Depósitos à Ordem”.

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Sugestões para o seu preenchimento:

Mapa de Património Fixo

→ que sejam criadas colunas para a indicação da data deaquisição, identificação do fornecedor/mecenas e número dodocumento.

→ separar o incremento do património do exercício corrente dosanteriores,

→ que o património seja ordenado de acordo com a tabela II doDecreto Regulamentar 25/2009.

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Sugestões para o seu preenchimento:

Mapa de Direitos e Compromissos Futuros

Que sejam elaboradas relações discriminativas decada uma das rubricas.

No caso de compromissos de natureza plurianualna coluna “Ano Previsto de Pagamento” deve-seindicar o período respetivo.

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EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA

• Uma Câmara Municipal criou, juntamente com a misericórdialocal, uma associação sem fins lucrativos, que gere umastermas, sendo que essa associação tem como finalidadepossibilitar o desenvolvimento da zona rural onde as termas, hámuito abandonadas, estão inseridas. Dado encontrar-se numlocal isolado foi ainda criado um bar que serve refeiçõesligeiras e um parque de estacionamento guardado.

• Sendo que as prestações de serviços das termas estão isentasde IVA (art.º 9.º n.º 2 do CIVA) e as restantes atividades sãoprestações de serviços sujeitas a IVA, considere as seguintes trêshipóteses:

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EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA…1.ª Hipótese:Prevê-se que no primeiro ano de atividade as termas terão umvolume de negócios de 60.000 € e que o bar e o estacionamentoterão 20.000 €;Assim sendo a associação pode optar pelo regime de caixa ou éobrigada a aplicar a NCRF-ESNL?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA…1.ª Hipótese:Prevê-se que no primeiro ano de atividade as termas terão umvolume de negócios de 60.000 € e que o bar e o estacionamentoterão 20.000 €;Assim sendo a associação pode optar pelo regime de caixa ou éobrigada a aplicar a NCRF-ESNL?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA

Uma Câmara Municipal criou, juntamente com a misericórdia local, uma associação sem finslucrativos, que gere umas termas, sendo que essa associação tem como finalidade possibilitar odesenvolvimento da zona rural onde as termas, há muito abandonadas, estão inseridas. Dadoencontrar-se num local isolado foi ainda criado um bar que serve refeições ligeiras e um parque deestacionamento guardado.Sendo que as prestações de serviços das termas estão isentas de IVA (art.º 9.º n.º 2 do CIVA) e asrestantes atividades são prestações de serviços sujeitas a IVA, considere as seguintes três hipóteses:

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EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA…1.ª Hipótese:Prevê-se que no primeiro ano de atividade as termas terão um volume de negócios de 60.000 € eque o bar e o estacionamento terão 20.000 €;Assim sendo a associação pode optar pelo regime de caixa ou é obrigada a aplicar a NCRF-ESNL?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA…1.ª Hipótese:Prevê-se que no primeiro ano de atividade as termas terão um volume de negócios de 60.000 € eque o bar e o estacionamento terão 20.000 €;Assim sendo a associação pode optar pelo regime de caixa ou é obrigada a aplicar a NCRF-ESNL?

1.ª Hipótese – RESPOSTA(Antes OE 2012)Apesar de os proveitos da associação nãoultrapassarem os 150.000 € (previstos no n.º 1do art.º 10.º do DL 36-A/2011), todos eles sãode natureza comercial, pelo que aoultrapassarem o limite de 75.000 € (vd. no n.º 3do artº 124.º do CIRC: 3 -O disposto no númeroanterior não se aplica quando os rendimentosbrutos resultantes das atividades aí referidas,obtidos no exercício imediatamente anterior, nãoexcedam o montante de € 75.000.) a associaçãoera obrigada a aplicar a NCRF-ESNL.

1.ª Hipótese – RESPOSTA(Após OE 2012)Como os proveitos da associação nãoultrapassam os 150.000 € (previstos no n.º1 do art.º 10.º do DL 36-A/2011 e no[NOVO] n.º 3 do art.º. 124.º do CIRC), aassociação não é obrigada a aplicar aNCRF-ESNL, podendo manter o regime decaixa.

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EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA2.ª Hipótese:Admitamos que a associação prevê a obtenção de 50.000 € de proveitos nastermas e 8.000 € no bar e estacionamentoNeste caso pode optar pelo regime de Caixa pois não Atinge o limite de150.000€.

Optando pelo regime de caixa será que pode beneficiar daisenção do art.º 53.º do CIVA?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA2.ª Hipótese:Admitamos que a associação prevê a obtenção de 50.000 € de proveitos nastermas e 8.000 € no bar e estacionamentoNeste caso pode optar pelo regime de Caixa pois não Atinge o limite de150.000€.

Optando pelo regime de caixa será que pode beneficiar daisenção do art.º 53.º do CIVA?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA

Uma Câmara Municipal criou, juntamente com a misericórdia local, uma associação sem finslucrativos, que gere umas termas, sendo que essa associação tem como finalidade possibilitar odesenvolvimento da zona rural onde as termas, há muito abandonadas, estão inseridas. Dadoencontrar-se num local isolado foi ainda criado um bar que serve refeições ligeiras e um parque deestacionamento guardado.Sendo que as prestações de serviços das termas estão isentas de IVA (art.º 9.º n.º 2 do CIVA) e asrestantes atividades são prestações de serviços sujeitas a IVA, considere as seguintes três hipóteses:

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EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA2.ª Hipótese:Admitamos que a associação prevê a obtenção de 50.000 € de proveitos nas termas e 8.000 € no bar eestacionamentoNeste caso pode optar pelo regime de Caixa pois não Atinge o limite de 75.000€. (150.000€ após OE2012)

Optando pelo regime de caixa será que pode beneficiar da isenção do art.º 53.º do CIVA?

EXEMPLO PRÁTICO Nº 1 – APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA2.ª Hipótese:Admitamos que a associação prevê a obtenção de 50.000 € de proveitos nas termas e 8.000 € no bar eestacionamentoNeste caso pode optar pelo regime de Caixa pois não Atinge o limite de 75.000€. (150.000€ após OE2012)

Optando pelo regime de caixa será que pode beneficiar da isenção do art.º 53.º do CIVA?

2.ª Hipótese - Resposta:Entendemos que sim pois o art.º 53.º do CIVA aplica-se também aos sujeitospassivos de IRC, citamos: “1 - Beneficiam da isenção do imposto os sujeitospassivos que, não possuindo nem sendo obrigados a possuir contabilidadeorganizada para efeitos do IRS ou IRC, …, não tenham atingido, no ano civilanterior, um volume de negócios superior a € 10.000.” Veja-se o conceito devolume de negócios constante do art.º 81.º do CIVA: “Os sujeitos passivos quepratiquem operações isentas, sem direito a dedução, e desenvolvamsimultaneamente uma atividade acessória tributável podem calcular o seuvolume de negócios, para efeitos do disposto nos artigos 42.º e 53.º, tomandoem conta apenas os resultados relativos à atividade acessória.”

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NOTA: De notar que podendo optar nas 2.ª e 3.ª hipóteses nos termos do n.º 3 do art.º10.º do DL 36-A/2011, a opção a tomar 2.ª hipótese tem implicações em sede de regimede IVA.

3.ª HipóteseAdmitamos agora que a associação prevê a obtenção de 50.000 €de proveitos nas termas e 15.000 € no bar e estacionamento.

Resposta:Neste caso pode também optar entre o regime de caixa e aaplicação da NCRF-ESNL, no entanto por ultrapassar o limite dos10.000 € terá que liquidar IVA nas receitas do bar eestacionamento:

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Epígrafe Artigo Coima

DL 36-A/2011 DL 158/2009 Mínimo MáximoContra-ordenações 17.º 14.º

*Desrespeito pelas disposições n.º 1 14.º, 1(a) 500 € 10.000 €*Integração de lacunas de mododiferente n.º 2 14.º, 2 500 € 15.000 €*Não apresentação dedemonstrações financeiras n.º 3 14.º, 3 500 € 15.000 €Coimas 18.º*Negligência n.º 1 14.º, 4 50% 50%Competência de aplicação 19.º 14.º, 6 CNC

Produto das coimas 20.º 14.º, 7Estado60%

CNC40%

(a) No DL 198/2009 o limite máximo é de € 15.000

Art 121º do RGIT → 50 €OE 2015 prevê 200 €

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Um conjunto completo de demonstraçõesfinanceiras inclui:a) Um balanço;b) Uma demonstração dos resultados;c) Uma demonstração dos fluxos de caixa; ed) Um anexo em que se divulguem as bases de

preparação e políticas contabilísticas adotadase outras divulgações exigidas pela NCRF-ESNL.

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Demonstrações Financeiras - ComparativoDemonstração Financeira Modelo

Geral Modelo PE ESNL

Balanço ObrigatórioObrigatório

(modelo reduzido)Obrigatório

Demonstração dos Resultados porNaturezas Obrigatória

Obrigatória(modelo reduzido) Obrigatória

Demonstração dos Resultados porFunções Opcional

Opcional(modelo reduzido) Opcional

Demonstração dos Fluxos de Caixa (M.Directo) Obrigatória Dispensada Obrigatória

Demonstração das Alterações no CapitalPróprio Obrigatória Dispensada Por imposição pode ser

obrigatória

Anexo ObrigatórioObrigatório

(modelo reduzido) Obrigatório

SE

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14–

Ent

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Não

Luc

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 72

Distingue entre ativos e passivos correntes e não correntes:

SE

G43

14–

Ent

idad

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Não

Luc

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vo

Ativo corrente - quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios:

a) Espera-se que seja realizado, ou pretende-se que sejavendido, no decurso normal do ciclo operacional daentidade;

b) Seja detido essencialmente para a finalidade de sernegociado;

c) Espera-se que seja realizado num período até doze mesesapós a data do balanço; ou

d) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que lhe sejalimitada a troca ou uso para liquidar um passivo durantepelo menos doze meses após a data do balanço.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 73

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

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vo

74Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Itens considerados como correntesindependentemente da maturidade:

• Os activos que se espera vender, consumir ou realizarcomo parte do ciclo operacional normal do negócio,ainda que se espere serem vendidos, consumidos ourealizados após doze meses a data do Balanço, sãosempre considerados como correntes;

• Este é o caso dos Inventários e das Dívidas comerciais areceber que são sempre considerados como correntes.

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

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75Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Possibilidade de apresentar Caixa eequivalentes como Não corrente:

• Se Caixa e seus equivalentes não seencontrarem disponíveis, porque, por exemplo,estão a garantir um passivo que apenas se vencea mais de doze meses após a data do Balanço,então estas quantias devem ser apresentadascomo não correntes.

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

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Passivo corrente - quando satisfizer qualquer dos seguintescritérios:

a) Se espere que seja liquidado durante o ciclooperacional da entidade;

b) Seja detido essencialmente para a finalidade de sernegociado;

c) Deva ser liquidado num período até doze meses após adata do balanço; ou

d) A entidade não tenha um direito incondicional dediferir a liquidação do passivo durante pelo menos dozemeses após a data do balanço.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 76

SE

G43

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Ent

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Não

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77Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Itens considerados como correntesindependentemente da maturidade:

• Tal como nos activos, os passivos consideradoscomo incluídos no ciclo operacional normal donegócio, ainda que se espere liquidar dozemeses após a data do Balanço, são sempreconsiderados como correntes;

• Este é o caso das Dívidas comerciais a pagar edos Credores por acréscimos de gastos que sãosempre considerados como correntes.

SE

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Não

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78Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Particularidades dos passivos financeiros

• Obrigatório distinguir a quantia a liquidar a 12meses da restante quantia:

• Os que proporcionem financiamento de longo prazo ecuja liquidação não esteja prevista para um períodoaté doze meses após a data do balanço são passivosnão correntes;

• Haverá que distinguir a quantia a liquidar a 12 meses,a qual é considerada como corrente, da restante, aqual é considerada não corrente;

SE

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Não

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79Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Entidade: ................................................... UNIDADEMONETÁRIA (1)BALANÇO EM XX DE YYYYYYY DE 20NN

RUBRICAS NOTAS DATAS31 XXX N 31 XXX N-1

ACTIVOAtivo não correnteActivos fixos tangíveisBens do património histórico e culturalPropriedades de investimentoActivos intangíveisInvestimentos financeirosFundadores / beneméritos / patrocinadores /doadores / associados / membros

Activo correnteInventáriosClientesAdiantamentos a fornecedoresEstado e outros entes públicosFundadores / beneméritos / patrocinadores /doadores / associados / membros

Outras contas a receberDiferimentosOutras activos correntesCaixa e depósitos bancários

Total do ativo

SE

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80Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Entidade: ................................................... UNIDADEMONETÁRIA (1)BALANÇO EM XX DE YYYYYYY DE 20NN

RUBRICAS NOTASDATAS

31 XXX N 31 XXX N-1

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO

Fundos patrimoniais

FundosExcedentes técnicosReservasResultados transitadosExcedente de revalorizaçãoOutras variações nos fundos patrimoniais

Resultado líquido do períodoTotal do fundo de capital

SE

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81Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Entidade: ................................................... UNIDADEMONETÁRIA (1)BALANÇO EM XX DE YYYYYYY DE 20NN

RUBRICAS NOTAS DATAS31 XXX N 31 XXX N-1

FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVO(…)Passivo

Passivo não correnteProvisõesProvisões específicasFinanciamentos obtidosOutras contas a pagar

Passivo correnteFornecedoresAdiantamentos de clientesEstado e outros entes públicosFundadores / beneméritos / patrocinadores /doadores / associados / membrosFinanciamentos obtidosDiferimentosOutras contas a pagarOutros passivos financeiros

Total do passivoTotal dos fundos patrimoniais e do passivo

SE

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Não

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• Privilegia a análise financeira por parte dos investidores /financiadores;

• Formato vertical;

• As rubricas do Ativo são apresentadas líquidas de amortização e deperdas de imparidades;

• Classificação primária: distinção entre ativos e passivos correntes e nãocorrentes;

• Classificação secundária: procura-se uma apresentação segundocritérios de liquidez crescente de ativos e de exigibilidade crescente depassivos;

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 82

SE

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Não

Luc

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Os modelos apresentados correspondem ao

conteúdo mínimo obrigatório:

• Em função da composição dos ativos,passivos e capitais próprios cadaentidade poderá acrescentar outrasrubricas que sejam relevantes paramelhor compreensão da posiçãofinanceira (NCRF 1: §25 e 26)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 83

SNC-

Prep

araç

ão d

as n

otas

ane

xas à

s Dem

onst

raçõ

es Fi

nanc

eira

s

Exemplo: Admita-se que a empresa anexo, Lda apresenta o seguintebalancete:

Sabendo-se adicionalmente que a rubrica terrenos é mensurada ao custorevalorizado e todas as outras são mensuradas ao custo

Balanço

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 84

SNC-

Prep

araç

ão d

as n

otas

ane

xas à

s Dem

onst

raçõ

es Fi

nanc

eira

s

Exemplo – Resolução:

Uma vez que os terrenos são mensurados de forma distinta, devem serdivulgados numa linha distinta

Balanço

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 85

SE

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Não

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• Sempre que, em simultâneo para todas as datas de relatoincluídas no balanço, não existam quantias a apresentar, ascorrespondentes linhas deverão ser removidas dademonstração a relatar;

• A designação das rubricas do Balanço não correspondenecessariamente à nomenclatura do Código de Contas –desaparece referência ao código das contas;

• Referenciação cruzada com o Anexo.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 86

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 87

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS PERÍODOSN N-1

Vendas e serviços prestados + +Subsídios, doações e legados à exploração + +Variação nos inventários da produção + / - + / -Trabalhos para a própria entidade + +Custo das mercadorias vendidas e das matériasconsumidas - -Fornecimentos e serviços externos - -Gastos com o pessoal - -Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) - / + - / +Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) - / + - / +Provisões (aumentos/reduções) - / + - / +Provisões específicas (aumentos/reduções) - / + - / +Outras imparidades (perdas/reversões) - / + - / +Aumentos/reduções de justo valor + / - + / -Outros rendimentos e ganhos + +Outros gastos e perdas - -

Resultado antes de depreciações, gastos definanciamento e impostos = =

SE

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 88

RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS PERÍODOSN N-1

(…)Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e

impostos = =

Gastos/reversões de depreciação e de amortização - / + - / +

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento eimpostos) = =

Juros e rendimentos similares obtidos + +Juros e gastos similares suportados - -

Resultado antes de impostos = =

Imposto sobre o rendimento do período - / + - / +

Resultado líquido do período = =

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Privilegia a análise financeira por parte dos investidores/financiadores;

Formato vertical;

Rendimentos (exceto financeiros) apresentados antes dosgastos: lógica subtrativa da evidenciação da formação doresultado líquido do período;

Nomenclatura nova;

Ausência de rubricas extraordinárias – influência da IAS 1

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 89

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Os modelos apresentados correspondem ao conteúdo mínimoobrigatório:

Em função da composição dos rendimentos e gastos cada entidade poderá acrescentaroutras rubricas que sejam relevantes (NCRF 1: §33 e 34);

Demonstração reduzida – menos linhas no modelo mínimo;

Sempre que, em simultâneo para todas as datas de relato incluídas naDR, não existam quantias a apresentar, as correspondentes linhasdeverão ser removidas da demonstração a relatar;

Desaparece referência ao código das contas;

Referenciação cruzada com o Anexo.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 90

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Não é apresentado um formulário, tão só uma compilação dasdivulgações exigidas pelas NCRF.

A numeração do anexo do SNC não constitui uma ordemnumérica rígida análoga à que existe nas atuais notas 1 a 48do ABDR do POC.

Cada entidade deverá criar a sua própria sequência numérica,em conformidade com as divulgações que deva efetuar.

Aumento significativo da importância e da extensão doAnexo - enfoque do SNC na relato/divulgação.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 91

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1. Identificação da entidade2. Referencial contabilístico de preparação das DF3. Principais políticas contabilísticas4. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros.1

a 4:

Rígi

do5

ess

:Fle

xíve

l

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 92

• Discriminação exaustiva dos critérios e opções das mais importantesrubricas das demais Demonstrações financeiras

• Outras divulgações (exigidas por diplomas legais, ....)

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93Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Estrutura das notas:• As notas / Anexo devem apresentar três

“fontes” de informação para os utilizadores:• Uma primeira, que identifica a base de preparação e

as políticas contabilísticas usadas;

• Uma segunda apresenta os aspectos exigidos nasdiversas normas, e

• Uma terceira que procede ao detalhe das rubricasconstantes nas restantes demonstrações financeiras,designadamente no Balanço e na Demonstração dosResultados.

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94Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Ordenação das notas.• A informação a constar das notas deverá seguir uma

ordem, sendo que para a informação de suporte aositens apresentados na face do Balanço, da Demonstraçãodos resultados, e da Demonstração dos fluxos de caixa,as notas devem ser numeradas de forma sequencial epor referenciação cruzada.

• O que é a referenciação cruzada:

Notas 20X2Euros

ACTIVOActivo não corrente

Activos fixos tangíveis 10 2.549.945

Activos intangíveis 11 850

A nota sobre Activos fixostangíveis será a 10.

A nota sobre Intangíveisserá a 11.

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 95

RENDIMENTOS E

GASTOSNOTAS

N N-1

Fluxos de caixa das actividades operacionais -método directoRecebimentos de clientes e utentespagamento de subsídiospagamento de apoios + +pagamento de bolsasPagamentos a fornecedores -Pagamentos ao pessoal -

Caixa gerada pelas operações + / - + / -Pagamentos/recebimento do imposto sobre orendimento - / + - / +Outros recebimentos/pagamentos + / - + / -

Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) + / - + / -

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 96

RENDIMENTOS E

GASTOSNOTAS

N N-1Fluxos de caixa das actividades de investimentoPagamentos respeitantes a:Activos fixos tangíveis - -Activos intangíveis - -Investimentos financeiros - -Outros activos - -Recebimentos provenientes de:Activos fixos tangíveis + +Activos intangíveis + +Investimentos financeiros + +Outros activos + +Subsídios ao investimento + +Juros e rendimentos similares + +Dividendos + +

Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) + / - + / -

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 97

RENDIMENTOSE GASTOS NOTAS

Fluxos de caixa das actividades de financiamentoRecebimentos provenientes de:Financiamentos obtidos + +Realização de fundos + +Cobertura de prejuízos + +Doações + +Outras operações de funcionamento + +Pagamentos respeitantes a:Financiamentos obtidos - -Juros e gastos similares - -Dividendos - -Redução de fundos - -Outras operações de funcionamento - -

Fluxos de caixa das actividades de investimento (3) + / - + / -

Entidades do setor não lucrativoAspetos contabilísticos e fiscais

SEG 4314(Dezembro de 2014)

NORMA CONTABILÍSTICA ERELATO FINANCEIRO PARA ESNL

Aviso n.º 6726-B/2011 (NCRF – ESNL)

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3.1. INTRODUÇÃOAviso 6726-B/2011 de 14MARAviso 6726-B/2011 de 14MAR

1. Objetivo [1]2. Âmbito [2.1 a 2.3]3. Considerações gerais sobre reconhecimento [3.1 a 3.7]4. Estrutura e conteúdo das demonstrações [4.1 a 4.19]5. Adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL [5.1 a 5.6]6. Seleção e aplicação de políticas contabilísticas [6.1 a 6.9]7. Ativos fixos tangíveis [7.1 a 7.27 e NCRF 7]8. Ativos intangíveis [8.1 a 8.19 e NCRF 6]9. Locações [9.1 a 9.8 e NCRF 9]10. Custos de empréstimos obtidos [10.1 a 10.12 e NCRF 10]

(cont.)

1. Objetivo [1]2. Âmbito [2.1 a 2.3]3. Considerações gerais sobre reconhecimento [3.1 a 3.7]4. Estrutura e conteúdo das demonstrações [4.1 a 4.19]5. Adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL [5.1 a 5.6]6. Seleção e aplicação de políticas contabilísticas [6.1 a 6.9]7. Ativos fixos tangíveis [7.1 a 7.27 e NCRF 7]8. Ativos intangíveis [8.1 a 8.19 e NCRF 6]9. Locações [9.1 a 9.8 e NCRF 9]10. Custos de empréstimos obtidos [10.1 a 10.12 e NCRF 10]

(cont.)

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3.1. INTRODUÇÃOAviso 6726-B/2011 de 14MARAviso 6726-B/2011 de 14MAR

11 Inventários [11.1 a 11.19 e NCRF 18]12 Rédito [12.1 a 12.12 e NCRF 20]13 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

[13.1 a 13.31 e NCRF 21]14 Subsídios e outros apoios [14.1 a 14.3 e NCRF 22]15 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio [15.1 a 15.5

e NCRF 23]16 Impostos sobre o rendimento [16.1 a 16.7 e NCRF 25]17 Instrumentos financeiros [17.1 a 17.12 e NCRF 27]18 Benefícios de empregados [18.1 a 18.9 e NCRF 28]19 Definições [19.1 e Apêndice NCRF-PE]20 Data de eficácia [20.1]

11 Inventários [11.1 a 11.19 e NCRF 18]12 Rédito [12.1 a 12.12 e NCRF 20]13 Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes

[13.1 a 13.31 e NCRF 21]14 Subsídios e outros apoios [14.1 a 14.3 e NCRF 22]15 Os efeitos de alterações em taxas de câmbio [15.1 a 15.5

e NCRF 23]16 Impostos sobre o rendimento [16.1 a 16.7 e NCRF 25]17 Instrumentos financeiros [17.1 a 17.12 e NCRF 27]18 Benefícios de empregados [18.1 a 18.9 e NCRF 28]19 Definições [19.1 e Apêndice NCRF-PE]20 Data de eficácia [20.1]

Aviso 6726-B/2011

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3.1.1. Objetivo(§ 1 NCRF-ESNL)

Esta Norma Contabilística e de RelatoFinanceiro para Entidades do Sector NãoLucrativo (NCRF-ESNL) tem como objetivoestabelecer os principais aspetos dereconhecimento, mensuração e divulgação,com as adaptações inerentes a este tipo deentidades, adiante designadas por ESNL.

Esta Norma Contabilística e de RelatoFinanceiro para Entidades do Sector NãoLucrativo (NCRF-ESNL) tem como objetivoestabelecer os principais aspetos dereconhecimento, mensuração e divulgação,com as adaptações inerentes a este tipo deentidades, adiante designadas por ESNL.

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3.1.2. Âmbito (§ 2 NCRF-ESNL)Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos relativos àsESNL (§2.1. NCRF-ESNL)

• Sempre que na presente norma existam remissões para as Normas Internacionais deContabilidade, entende-se que estas se referem às adotadas pela União Europeia nostermos do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de19 de Julho e em conformidade com o texto original do Regulamento (CE) n.º1126/2008 da Comissão, de 3/11”. (§ 2.2. e 2.3. NCRF-ESNL).

• Sempre que a NCRF-ESNL não responda a aspetos particulares que se coloquem a dadaentidade em matéria de contabilização ou relato financeiro de transações ou situações,ou a lacuna em causa seja de tal modo relevante que o seu não preenchimento impeçao objetivo de ser prestada informação que, de forma verdadeira e apropriada, traduzaa posição financeira numa certa data e o desempenho para o período abrangido, aentidade deverá recorrer, tendo em vista tão-somente a superação dessa lacuna,supletivamente e pela ordem indicada (§ 2.3. NCRF-ESNL)

• Às NCRF e Normas Interpretativas (NI);• Às NIC adoptadas ao abrigo do Regulamento 606/2002;• Às IAS e IFRS e respetivas interpretações (SIC e IFRIC).

Esta Norma deve ser aplicada pelas entidades que cumpram os requisitos relativos àsESNL (§2.1. NCRF-ESNL)

• Sempre que na presente norma existam remissões para as Normas Internacionais deContabilidade, entende-se que estas se referem às adotadas pela União Europeia nostermos do Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de19 de Julho e em conformidade com o texto original do Regulamento (CE) n.º1126/2008 da Comissão, de 3/11”. (§ 2.2. e 2.3. NCRF-ESNL).

• Sempre que a NCRF-ESNL não responda a aspetos particulares que se coloquem a dadaentidade em matéria de contabilização ou relato financeiro de transações ou situações,ou a lacuna em causa seja de tal modo relevante que o seu não preenchimento impeçao objetivo de ser prestada informação que, de forma verdadeira e apropriada, traduzaa posição financeira numa certa data e o desempenho para o período abrangido, aentidade deverá recorrer, tendo em vista tão-somente a superação dessa lacuna,supletivamente e pela ordem indicada (§ 2.3. NCRF-ESNL)

• Às NCRF e Normas Interpretativas (NI);• Às NIC adoptadas ao abrigo do Regulamento 606/2002;• Às IAS e IFRS e respetivas interpretações (SIC e IFRIC).

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•Reconhecimento em geral

A NCRF-ESNL considera-o como o processo de incorporar nobalanço e na demonstração de resultados um item quesatisfaça os critérios de reconhecimento estabelecidos naEstrutura Conceptual. (ver aviso 15652/2009 EC)

A falha do reconhecimento de tais itens não é retificada peladivulgação das políticas contabilísticas usadas nem por notas oumaterial explicativo.

Reconhecimento em geral

A NCRF-ESNL considera-o como o processo de incorporar nobalanço e na demonstração de resultados um item quesatisfaça os critérios de reconhecimento estabelecidos naEstrutura Conceptual. (ver aviso 15652/2009 EC)

A falha do reconhecimento de tais itens não é retificada peladivulgação das políticas contabilísticas usadas nem por notas oumaterial explicativo.

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 103

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•Reconhecimento em geral

A NCRF-ESNL considera-o como o processo de incorporar nobalanço e na demonstração de resultados um item quesatisfaça os critérios de reconhecimento estabelecidos naEstrutura Conceptual. (ver aviso 15652/2009 EC)

A falha do reconhecimento de tais itens não é retificada peladivulgação das políticas contabilísticas usadas nem por notasou material explicativo.

Reconhecimento em geral

A NCRF-ESNL considera-o como o processo de incorporar nobalanço e na demonstração de resultados um item quesatisfaça os critérios de reconhecimento estabelecidos naEstrutura Conceptual. (ver aviso 15652/2009 EC)

A falha do reconhecimento de tais itens não é retificada peladivulgação das políticas contabilísticas usadas nem por notasou material explicativo.

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 104

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Critérios de ReconhecimentoAtivos (§ 3.3 NCRF-ESNL) Um ativo é reconhecido no balanço quando for provável

que permita atividades presentes e futuras para aentidade e o ativo tenha um custo ou um valor que possaser mensurado com fiabilidade. (§ 3.3.)

Critério emlinha com odefinido naEstrutura

Conceptual

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Contudo, nas ESNL pode ser necessário distinguir as seguintes categorias de ativos: (§ 3.3.NCRF-ESNL)

Ativos com restrições permanentes, os quais têm limitações quanto aodestino ou ao investimento obrigatório desses ativos;

Ativos com restrições temporárias no presente e no futuro; e

Ativos sem restrições de utilização.

Contudo, nas ESNL pode ser necessário distinguir as seguintes categorias de ativos: (§ 3.3.NCRF-ESNL)

Ativos com restrições permanentes, os quais têm limitações quanto aodestino ou ao investimento obrigatório desses ativos;

Ativos com restrições temporárias no presente e no futuro; e

Ativos sem restrições de utilização.

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• Ativos com restrições permanentes (Exemplo)SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MOURA

No dia 3NOV1884, foi dada “posse à Santa Casa da Misericórdia do extintoConvento de Nossa Senhora do Carmo e respetiva cerca, para no mesmo ser estabelecidoum Hospital para tratamento dos doentes pobres”, (carta de Lei de 27MAI1884 - Diário doGoverno 127, de 5JUN)89 anos depois passou a Hospital Concelhio, sendo desactivado no ano de 1982 eposteriormente a Centro de Saúde, (ARS de Beja).Com a feitura do novo Centro de Saúde as instalações do ex-convento são encerradas.

Atendendo a que a Santa Casa da Misericórdia, não estava a dar ao referido conjuntoarquitetónico o destino para que este lhe foi cedido (hospital para tratamento de doentespobres e banco), através de Portaria 854/97, de 30/10, II Série do DR 252, de 30/10/1997,foi efetuada a reversão para o Estado do conjunto arquitetónico do Convento de NossaSenhora do Carmo, sem direito a qualquer indemnização, nos termos do art.º 2.º da Cartade Lei de 27MAI1884 e segundo parágrafo do Decreto 16 823, de 4MAI1929.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 106

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•Nestas entidades surgem por vezes no Ativo bens relacionados com

o património artístico que se considera oportuno preservar por

razões de natureza histórico/cultural, que apresentam como traço

característico o facto de não poderem ser substituídos. (Conta

432). (§ 3.3. NCRF-ESNL)

COMO SE MENSURA O PATRIMÓNIO ARTÍSTICO?

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 107

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Critérios de Reconhecimento

Passivos (§ 3.4 NCRF-ESNL)No que se refere a passivos estes são

reconhecidos no balanço quando se trata deuma obrigação presente que implica anecessidade de, para a liquidar, ter deabdicar de recursos que incorporam apossibilidade de poder realizar atividadesfuturas, e a quantidade pela qual aliquidação tenha lugar possa sermensurada com fiabilidade. (§ 3.4. NCRF-ESNL)

Critério emlinha com odefinido naEstrutura

Conceptual

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 108

SE

G43

14–

Ent

idad

es d

o S

etor

Não

Luc

rati

vo

109

Critérios de Reconhecimento

O fundo patrimonial (§ 3.5 NCRF-ESNL)O fundo patrimonial constitui o interesse

residual das ESNL nos ativos depois dededuzir os passivos. O fundo patrimonialpode incluir certas categorias de itenscuja utilização pode estar restringida.

DefiniçãoSemelhanteà de Capital

Próprio

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 109

SE

G43

14–

Ent

idad

es d

o S

etor

Não

Luc

rati

vo

•Nestas entidades o fundo patrimonial compõe-se,

designadamente:

• fundos atribuídos pelos fundadores da entidade ou terceiros,

• fundos acumulados e outros excedentes, e

• subsídios, doações e legados que o governo ou outro instituidor

ou a norma legal aplicável a cada entidade estabeleçam que

sejam de incorporar no mesmo.

O fundo patrimonial (§ 3.5 NCRF-ESNL)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 110

SE

G43

14–

Ent

idad

es d

o S

etor

Não

Luc

rati

vo

Os rendimentos são reconhecidos na demonstração de

resultados quando tenha surgido um aumento dos recursos

económicos da entidade relacionados com um aumento num

ativo ou com uma diminuição de um passivo, que possa ser

quantificado com fiabilidade e que não esteja relacionado

com contributos para o fundo social. (§ 3.6. NCRF-ESNL)

Nota quanto a subsídios e donativos• EXPLORAÇÃO: Classe 7• ACTIVO NÃO CORRENTE: Classe 5

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 111

SE

G43

14–

Ent

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etor

Não

Luc

rati

vo

112

Já os gastos são reconhecidos na demonstração de

resultados quando tenha surgido uma redução dos recursos

económicos da entidade, relacionados com uma diminuição

num ativo ou com um aumento de um passivo e que possam

ser mensurados com fiabilidade. (§ 3.3. NCRF-ESNL)

3.1.3. Considerações gerais sobre reconhecimento§ 3 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 112

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

rati

vo

3.1.4. Estrutura e conteúdo das demonstrações§ 4 NCRF-ESNL

ACTIVO

PASSIVO

CORRENTE

NÃOCORRENTE

INTANGÍVEL

FINANCEIRO

TANGÍVEL

CORRENTE

NÃOCORRENTE

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 113

SE

G43

14–

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Não

Luc

rati

vo

(DL 159/2009 - artigo 8.º, n.º 2)

Existências

Inventários/Activo biológico

Imobilizado incorpóreo

Activo intangível

Imobilizado corpóreo

Activo fixo tangível

Reintegração e amortização

Depreciação e amortizaçãoCarlos Plácido e Domingos Ribeiro 114

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

rati

vo TERMINOLOGIA

115

•Registo

Reconhecimento

CustosGastos

Proveito

Rédito

Proveito e ganho

Rendimento

(DL 159/2009 - artigo 8.º, n.º 2)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 115

SE

G43

14–

Ent

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Não

Luc

rati

vo TERMINOLOGIA

116

• Provisões (ativo) (?)

Ajustamentos (?)

Reposições de provisões

Reversões de ajustamentos

Valor atual

Valor de mercado

DL 35/2005Directiva

2003/51/CE

(DL 159/2009 - artigo 8.º, n.º 2)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 116

SE

G43

14–

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Não

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vo

117

• Provisões

BALANÇO

Provisões

BALANÇOProvisõesAjustamentos

BALANÇO

ProvisõesImparidades

ImparidadesAté 31DEZ2013

Até 2005 (DL 35/2005)

A partir 2005 (DL 35/2005)

Com o SNC

Ajustamentos (art.º 28º e 36º CIRC)Desvalorizações Excecionais (art.º 38 º CIRC)

ImparidadesApós 1JAN2014

Imparidades (art.º 28º CIRC)Perdas por imparidades em ativos nãocorrentes(art.º 31B º CIRC)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 117

SE

G43

14–

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Não

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vo Orçamento do Estado 2009

118

Terminologia IASB Terminologia Fiscal

Ativos biológicos Existências

Ativos intangíveis Imobilizados incorpóreos

Ativos fixos tangíveis Imobilizados corpóreos

Ajustamentos Provisões (Activo)

Depreciação Reintegração e amortização

Deperecimento Reintegração e amortização

Desreconhecimento ----

Gastos Custos

Imparidade ---

Inventários Existências

Mensuração Valorização

Reconhecimento Registo

Rédito Proveito

Rendimento Proveito e ganho

Revalorização Reavaliação

Reversões de ajustamentos Reposição de provisões (ativo)

Valor presente Valor actualCarlos Plácido e Domingos Ribeiro 118

SE

G43

14–

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Não

Luc

rati

vo

119

3.2. PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO SNC PARA AS NCRF-ESNL

NCRF-ESNLAnexo DL158/2009 SNC

Âmbito 3.1. 2.1. § 5 a 7

Continuidade 3.2. 2.2. § 23

Regime do Acréscimo 3.3. 2.3. § 22

Consistência de Apresentação 3.4. 2.4.

Materialidade e Agregação 3.5. 2.5. § 29 e 30

Compensação 3.6 2.6.

Informação Comparativa 3.7. 2.7 §39 a 42

Modelos das demonstrações Financeiras 4. 3.

Código de Contas 5. 4.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 119

SE

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vo

120

A adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL implica a elaboração de um balançode abertura, o qual constitui o ponto de partida da contabilização de acordocom a NCRF-ESNL e servirá para comparativo nas primeiras demonstraçõesfinanceiras elaboradas de acordo com esta norma. (ver § 5.6 do aviso 6726-B/2011).

A adoção pela primeira vez da NCRF-ESNL implica a elaboração de um balançode abertura, o qual constitui o ponto de partida da contabilização de acordocom a NCRF-ESNL e servirá para comparativo nas primeiras demonstraçõesfinanceiras elaboradas de acordo com esta norma. (ver § 5.6 do aviso 6726-B/2011).

1 - As quantias referentes ao exercício de N-1 incluídas nas demonstraçõesfinanceiras referentes a esse exercício e apresentadas com base nas regras dosplanos de contas sectoriais (eventualmente SNC) deverão ser reconvertidasconsiderando as regras da NCRF -ESNL.

1 - As quantias referentes ao exercício de N-1 incluídas nas demonstraçõesfinanceiras referentes a esse exercício e apresentadas com base nas regras dosplanos de contas sectoriais (eventualmente SNC) deverão ser reconvertidasconsiderando as regras da NCRF -ESNL.2 - Essa reconversão implica a preparação de um Balanço de Abertura, a 1 deJaneiro de 2011 [N], que será a reclassificação do Balanço de 31 de Dezembro de2010 [N-1].Para proceder à reconversão haverá que considerar procedimentos de:

(i) reclassificação,(ii) reconhecimento,(iii) desreconhecimento, e(iv) mensuração.

2 - Essa reconversão implica a preparação de um Balanço de Abertura, a 1 deJaneiro de 2011 [N], que será a reclassificação do Balanço de 31 de Dezembro de2010 [N-1].Para proceder à reconversão haverá que considerar procedimentos de:

(i) reclassificação,(ii) reconhecimento,(iii) desreconhecimento, e(iv) mensuração.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 120

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121

3 - O procedimento de reclassificação consiste na transferência dossaldos das contas existentes por força da utilização do POCsectorial, para as contas definidas no código de contas do novonormativo.

3 - O procedimento de reclassificação consiste na transferência dossaldos das contas existentes por força da utilização do POCsectorial, para as contas definidas no código de contas do novonormativo.4 - Os procedimentos de reconhecimento e des-reconhecimentoreferem-se à inclusão ou eliminação de rubricas de Balanço porforça da aplicação da NCRF-ESNL.

4 - Os procedimentos de reconhecimento e des-reconhecimentoreferem-se à inclusão ou eliminação de rubricas de Balanço porforça da aplicação da NCRF-ESNL.5 - Os procedimentos de Mensuração referem-se à reexpressãomonetária segundo os critérios de mensuração da NCRF- ESNL.5 - Os procedimentos de Mensuração referem-se à reexpressãomonetária segundo os critérios de mensuração da NCRF- ESNL.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 121

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122

Exemplo 3:

A Associação Protecção da Infância, reconhecida como IPSS, vem aplicando o PCIPSS,apresentava em 31.12.2010 o Balancete do razão abaixo indicado. A entidade em causapretende adotar a NCRF-ESNL, a partir de 1.01.2011

Exemplo 3:

A Associação Protecção da Infância, reconhecida como IPSS, vem aplicando o PCIPSS,apresentava em 31.12.2010 o Balancete do razão abaixo indicado. A entidade em causapretende adotar a NCRF-ESNL, a partir de 1.01.2011

Designação SaldosConta Devedor Credor Saldo

11 Caixa 750,00 750,0012 Depósitos à Ordem 5.644,43 2.106,41 3.538,0321 Clientes e utentes 6.917,87 6.917,8722 Fornecedores 1.500,00 21.961,36 -20.461,3623 Empréstimos obtidos 30.000,00 -30.000,0024 Sector Público Administrativo 3.012,23 -3.012,2326 Outros devedores e credores 2.570,28 9.922,68 -7.352,4127 Diferimentos 17.089,34 -17.089,3436 Matérias primas 7.252,61 7.252,6142 Imobilizações corpóreas 82.281,83 82.281,8343 Imobilizações incorpóreas 4.030,00 4.030,0048 Amortizações acumuladas 20.252,83 -20.252,8351 Fundo social 2.500,00 -2.500,0057 Reservas 5.530,58 -5.530,5859 Resultados transitados 2.106,76 2.106,7688 Resultado liquido do exercício 678,35 -678,35

113.053,77 113.053,76 0,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 122

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123

Exemplo 3:É conhecida a seguinte informação:

1. O saldo credor de Depósitos à Ordem no valor de € 2.106,41, respeita a um descoberto bancáriono Banco ZZZ;

2. Na conta 2745 "Subsídios para investimentos" o valor de € 9.200,00 respeita ao remanescentede um subsidio não reembolsável, o qual se relaciona com ativos fixos tangíveis sujeitos adepreciação;

3. Na conta 2613 "Locação Financeira" encontra-se registado a crédito o montante de € 3.700,00,respeitante a um contrato de locação para aquisição de uma viatura;

4. Na conta "426 - Equipamento administrativo", encontra-se registado um software de gestão, oqual foi adquirido por 3.000,00 €, em Janeiro de 2010, tendo-lhe sido atribuído um período devida útil de 3 anos;

5. A conta "431 - Despesas de instalação", no valor de 1.200,00, refere-se às despesas deconstituição suportadas em 2008, e que seriam amortizadas em cinco anos;

6. a Associação regista no seu Balanço na conta "423-Equipamento básico“ pelo valor de 1,00 €diverso equipamento de cozinha que lhe foi doado. este equipamento está seguro por12.500,00 €.

É conhecida a seguinte informação:

1. O saldo credor de Depósitos à Ordem no valor de € 2.106,41, respeita a um descoberto bancáriono Banco ZZZ;

2. Na conta 2745 "Subsídios para investimentos" o valor de € 9.200,00 respeita ao remanescentede um subsidio não reembolsável, o qual se relaciona com ativos fixos tangíveis sujeitos adepreciação;

3. Na conta 2613 "Locação Financeira" encontra-se registado a crédito o montante de € 3.700,00,respeitante a um contrato de locação para aquisição de uma viatura;

4. Na conta "426 - Equipamento administrativo", encontra-se registado um software de gestão, oqual foi adquirido por 3.000,00 €, em Janeiro de 2010, tendo-lhe sido atribuído um período devida útil de 3 anos;

5. A conta "431 - Despesas de instalação", no valor de 1.200,00, refere-se às despesas deconstituição suportadas em 2008, e que seriam amortizadas em cinco anos;

6. a Associação regista no seu Balanço na conta "423-Equipamento básico“ pelo valor de 1,00 €diverso equipamento de cozinha que lhe foi doado. este equipamento está seguro por12.500,00 €.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 123

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124

Pretende-se:

Procedimentos de aplicação pela 1.ª vez da NCRF-ESNL e respetiva quantificação(ver § 5 do aviso 6726-B/2011)

Pretende-se:

Procedimentos de aplicação pela 1.ª vez da NCRF-ESNL e respetiva quantificação(ver § 5 do aviso 6726-B/2011)

Exemplo 3:

Proposta de resolução:No balanço de abertura relativo à primeira aplicação a entidade deve:a)Manter reconhecidos pela quantia escriturada todos os ativos e passivos cujo

reconhecimento continue a ser exigido por esta norma;b)Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido

por esta norma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nelaprevistos, não sendo contudo permitida, em caso algum, a utilização da basede mensuração do justo valor à data da transição;

c)Desreconhecer itens como ativos e passivos se a presente norma não opermitir;

d)Efetuar as reclassificações pertinentes.

Proposta de resolução:No balanço de abertura relativo à primeira aplicação a entidade deve:a)Manter reconhecidos pela quantia escriturada todos os ativos e passivos cujo

reconhecimento continue a ser exigido por esta norma;b)Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido

por esta norma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nelaprevistos, não sendo contudo permitida, em caso algum, a utilização da basede mensuração do justo valor à data da transição;

c)Desreconhecer itens como ativos e passivos se a presente norma não opermitir;

d)Efetuar as reclassificações pertinentes.Quaisquer quantias relativas a diferenças de transição devem ser reconhecidas no fundopatrimonial.Quaisquer quantias relativas a diferenças de transição devem ser reconhecidas no fundopatrimonial.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 124

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Proposta de resolução:

1. Reclassificação do descoberto bancário:

Conta Descrição Débito Crédito

12 Depósitos à Ordem 2.106,41

2512 Descobertos bancários 2.106,41

É conhecida a seguinte informação:

1. O saldo credor de Depósitos à Ordem no valor de € 2.106,41, respeita a um descoberto bancáriono Banco ZZZ;

É conhecida a seguinte informação:

1. O saldo credor de Depósitos à Ordem no valor de € 2.106,41, respeita a um descoberto bancáriono Banco ZZZ;

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Proposta de resolução:2. Reclassificação dos subsídios ao investimento não reembolsáveis, relacionados comativos fixos tangíveis depreciáveis. Esta operação configura o desreconhecimento deum passivo e o reconhecimento de um componente de fundos permanentes;

Conta Descrição Débito Crédito

282 Rendimentos a reconhecer 9.200,00

593 Subsídios 9.200,00

É conhecida a seguinte informação:

2. Na conta 2745 "Subsídios para investimentos" o valor de € 9.200,00 respeita ao remanescentede um subsidio não reembolsável, o qual se relaciona com ativos fixos tangíveis sujeitos adepreciação;

É conhecida a seguinte informação:

2. Na conta 2745 "Subsídios para investimentos" o valor de € 9.200,00 respeita ao remanescentede um subsidio não reembolsável, o qual se relaciona com ativos fixos tangíveis sujeitos adepreciação;

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 126

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Proposta de resolução:3. Reclassificação da dívida respeitante ao contrato de locação financeira;

É conhecida a seguinte informação:

3. Na conta 2613 "Locação Financeira" encontra-se registado a crédito o montante de € 3.700,00,respeitante a um contrato de locação para aquisição de uma viatura;

É conhecida a seguinte informação:

3. Na conta 2613 "Locação Financeira" encontra-se registado a crédito o montante de € 3.700,00,respeitante a um contrato de locação para aquisição de uma viatura;

Conta Descrição Débito Crédito

271 Fornecedores de Investimentos 3.700,00

2513 Locações financeiras 3.700,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 127

SE

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Proposta de resolução:4 - Reclassificação do software de gestão para a conta de ativos intangíveis;

É conhecida a seguinte informação:

4. Na conta "426 - Equipamento administrativo", encontra-se registado um software de gestão, oqual foi adquirido por 3.000,00 €, em Janeiro de 2010, tendo-lhe sido atribuído um período devida útil de 3 anos;

É conhecida a seguinte informação:

4. Na conta "426 - Equipamento administrativo", encontra-se registado um software de gestão, oqual foi adquirido por 3.000,00 €, em Janeiro de 2010, tendo-lhe sido atribuído um período devida útil de 3 anos;

Conta Descrição Débito Crédito

4423Programas de computador 3.000,00

4335Equipamento administrativo 3.000,00

4338x Depreciações acumuladas 1.000,00

4428x Amortizações acumuladas 1.000,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 128

SE

G43

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vo

Proposta de resolução:

5 - Desreconhecimento das despesas de constituição e respetivas

amortizações acumuladas, dado que não configuram o conceito de ativo;

É conhecida a seguinte informação:

5. A conta "431 - Despesas de instalação", no valor de 1.200,00, refere-se às despesas deconstituição suportadas em 2008, e que seriam amortizadas em cinco anos;

É conhecida a seguinte informação:

5. A conta "431 - Despesas de instalação", no valor de 1.200,00, refere-se às despesas deconstituição suportadas em 2008, e que seriam amortizadas em cinco anos;

Conta Descrição Débito Crédito

562 Ajustamentos de transição NCRF_ESNL 480,00

44286Amortizações acumuladas - Outros

ativos intangíveis 720,00

4426 Outros ativos intangíveis 1.200,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 129

SE

G43

14–

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Não

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vo

Proposta de resolução:

6 - Mensuração do equipamento de cozinha, valorizado em 1,00 €, mas que

se encontra seguro em 12.500,00.

É conhecida a seguinte informação:

6. A Associação regista no seu Balanço na conta "423-Equipamento básico“ por 1,00 € diversoequipamento de cozinha que lhe foi doado. este equipamento está seguro por 12.500,00 €.

É conhecida a seguinte informação:

6. A Associação regista no seu Balanço na conta "423-Equipamento básico“ por 1,00 € diversoequipamento de cozinha que lhe foi doado. este equipamento está seguro por 12.500,00 €.

(§ 5.2-b) Aviso 3726-B/2011)

b) Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido por

esta norma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nela previstos, não

sendo contudo permitida, em caso algum, a utilização da base de mensuração do justo

valor à data da transição;

(§ 5.2-b) Aviso 3726-B/2011)

b) Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido por

esta norma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nela previstos, não

sendo contudo permitida, em caso algum, a utilização da base de mensuração do justo

valor à data da transição;

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 130

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131

6. Mensuração do equipamento de cozinha, valorizado em 1,00 €, mas que se

encontra seguro em 12.500,00 €.

Conta Descrição Débito Crédito

4333 Equipamento básico 12.499,00

562 Ajustamentos de transição 12.499,00

NOTA: Será que se pode utilizar aqui o Custo considerado (§ 7.5 daNorma)? Dado que os bens estão seguros por 12.500,00, será possívelutilizar este valor? Ou só depois da abertura?

NOTA: Será que se pode utilizar aqui o Custo considerado (§ 7.5 daNorma)? Dado que os bens estão seguros por 12.500,00, será possívelutilizar este valor? Ou só depois da abertura?

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 131

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132

Exemplo 3:

ENQUADRAMENTO FISCAL:

Não há quaisquer implicações fiscais.Caso a entidade estivesse sujeita a IRC os eventuaisajustamentos de transição que tivessem consequênciasfiscais seriam sujeitos à aplicação do artigo 5.º do DL159/2009, ou seja, seriam repartidos pelo próprioexercício e pelos 4 seguintes.

ENQUADRAMENTO FISCAL:

Não há quaisquer implicações fiscais.Caso a entidade estivesse sujeita a IRC os eventuaisajustamentos de transição que tivessem consequênciasfiscais seriam sujeitos à aplicação do artigo 5.º do DL159/2009, ou seja, seriam repartidos pelo próprioexercício e pelos 4 seguintes.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 132

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Não

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IPSS´s: Indicações da Segurança Social

Embora ainda não publicitadas a SS entende:

1. A partir de 1JAN2012 deixa de estar em vigor o PCIPSS e passa aser de aplicação obrigatória o NRCF-ESNL. (já consagrado pelo DL172/2014).

A segurança Social disponibilizou documentação para a Transição.

Atual modelo de Orçamento a Entregar à SS.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 133

SE

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• Implicará o reconhecimento e mensuração dos itens deativo, passivo e fundos patrimoniais, segundo os critériosaplicáveis a cada elemento patrimonial previstos naNCRF-ESNL.

Entidades que só agora passem a dispor de contabilidade:

• Os procedimentos de reconhecimento e mensuraçãoreferem-se ao registo e valorização das rubricas deBalanço por força da aplicação da NCRF-ESNL, seja porutilização do incluído no regime de caixa em aplicação,seja por recurso à evidência física e ou documentalexistente à data na entidade. A contrapartida de registodos elementos referidos será a dotação inicial dosfundos patrimoniais (Conta 51).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 134

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135

Uma Associação Cultural e Recreativa Bela Vida que não dispunha decontabilidade, por força de uma série de atividades desenvolvidas em n, atingiunesse ano proveitos num total de 175.000,00 € sendo, por força do disposto noartigo 10.º do DL 36-A, de 9 de Março, deverá aplicar a NCRF a partir de 1 deJaneiro de n+1.

Exemplo Prático n.º 2

Do inventário elaborado pela Associação à data de 31/12/n foi possível recolher aseguinte informação:

Designação €Dinheiro em cofre: 60,00Depósitos bancários 12.500,00Quotas a receber dos associados 245,00Férias e subsídio de férias a pagar ao seu funcionário 1.000,00Encargos sobre aqueles abonos 208,00Encargos à SS respeitantes aos salários de Dezembro 314,00Computador adquirido em n e que se espera utilizar durante mais 4 anos 1.200,00Mobiliário de escritório, adquirido em n-1, e do qual se espera uma vida útil de mais 10 anos 800,00Uma viatura ligeira de passageiros, oferecida por um grupo de cidadãos. A viatura é de n e encontra-sesegura contra danos próprios no montante de 12.500,00 €Dividas a fornecedores 1.100,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 135

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Não

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136

Pretende-se:

Balanço de abertura em n+1.

Proposta de resolução:

De acordo com o § 5.6 da NCRF-ESNL, as entidades que, à data da

publicação do Decreto-Lei n.º 36-A/2011 de 9 de Março, não disponham de

contabilidade organizada ou que não estejam dispensadas da aplicação do

normativo criado por esse decreto-lei, nos termos do seu artigo 10.º deverão

seguir os seguintes procedimentos para a elaboração do Balanço de

Abertura:

Exemplo Prático n.º 2

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 136

SE

G43

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137

• A elaboração do Balanço de Abertura implicará o reconhecimento e mensuração,

dos itens do ativo, passivo e fundos patrimoniais, segundo os critérios aplicáveis a

cada elemento patrimonial previstos nesta norma;

• Os procedimentos de reconhecimento e mensuração referem-se ao registo e

valorização das rubricas de Balanço por força da aplicação da NCRF-ESNL, seja por

utilização do incluído no regime de caixa em utilização, seja por recurso à evidência

física e ou documental existente na entidade à data;

• A contrapartida de registo dos elementos acima referido será a dotação

inicial dos fundos patrimoniais. (§ 5.6 NCRF-ESNL).

Pretende-se:

Balanço de abertura em n+1.

Exemplo Prático n.º 2

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 137

SE

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138

Reconhecimento e mensuração:

Ativos e passivos financeiros:

Dinheiro em cofre: 60,00Depósitos bancários 12.500,00Quotas a receber dos associados 245,00Férias e subsídio de férias a pagar ao seu funcionário 1.000,00Encargos sobre aqueles abonos 208,00Encargos à SS respeitantes aos salários de Dezembro 314,00Dividas a fornecedores 1.100,00Reúnem as condições de reconhecimento sendo mensurados ao custo.

Pretende-se:

Balanço de abertura em n+1.

Exemplo Prático n.º 2

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 138

SE

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Os procedimentos de reconhecimento e mensuração referem-se ao

registo e valorização das rubricas de Balanço por força da aplicação da

NCRF-ESNL, seja por utilização do incluído no regime de caixa em

utilização, seja por recurso à evidência física e ou documental

existente na entidade à data; (§ 5.6 NCRF-ESNL).Reúnem as condições de reconhecimento sendo mensurados ao custo.

Reconhecimento e mensuração:

Ativos fixos Tangíveis:

Pretende-se:

Balanço de abertura em n+1.

Exemplo Prático n.º 2

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 139

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Reconhecimento e mensuração:

Ativos fixos Tangíveis:

Exemplo Prático n.º 2

Computador adquirido em n e que se espera utilizar durante mais4 anos 1.200,00Mobiliário de escritório, adquirido em n-1, e do qual se espera umavida útil de mais 10 anos. 800,00Uma viatura ligeira de passageiros, oferecida por um grupo de

cidadãos. A viatura é de n e encontra-se segura contra danospróprios no montante de 12.500,00 €. 12.500,00

Para a viaturab) Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido por estanorma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nela previstos, não sendo contudopermitida, em caso algum, a utilização da base de mensuração do justo valor à data datransição; § 5.2-b) Aviso 3726-B/2011

Para a viaturab) Reconhecer todos os ativos e passivos cujo reconhecimento passe a ser exigido por estanorma, sendo a respetiva mensuração efetuada nos termos nela previstos, não sendo contudopermitida, em caso algum, a utilização da base de mensuração do justo valor à data datransição; § 5.2-b) Aviso 3726-B/2011

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 140

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ResoluçãoConta Descrição Débito Crédito

11 Caixa 60,0012 Depósitos à Ordem 12.500,0022 Fornecedores 1.100,00

264 Quotas 245,002722 Credores por acréscimos de gastos 1.208,00245 Contribuições para a segurança social 314,00

4335 Equipamento básico 2.000,004334 Equipamento transporte 12.500,00

51 Fundos 24.683,0027.305,00 27.305,00

ENQUADRAMENTO FISCAL:Não há quaisquer implicações fiscais, salvo a que respeita à entrega daDeclaração de Alterações preenchendo o quadro 16, campos 2 e 10 e indicando otipo de contabilidade.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 141

SE

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Resolução: Balanço da Assoc………….., em 01.01.n+1Ativo não correnteAtivos fixos tangíveis 14.500

14.500Ativo correnteAssociados 245Caixa e depósitos bancários 12.560

12.805Total do ativo 27.305

Fundos patrimoniaisFundos 24.683Total do capital 24.683PassivoPassivo correnteFornecedores 1.100Estado e outros entes públicos 314Outras contas a pagar 1.208Total do passivo 2.622Total dos fundos patrimoniais e do passivo 27.305

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 142

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Políticas contabilísticas,alterações nas

estimativascontabilísticas e erros.

Capítulo 6 da NCRF-ESNL/ NCRF 4

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 143

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144

3.4. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVASCONTABILÍSTICAS E ERROS [Ver Port. 105/2011 e Port. 986/2009 - Anexo 10]

Seleção e aplicação de políticas contabilísticas

Consistência de políticas contabilísticas

Alterações nas políticas contabilísticas

Alterações nas estimativas contabilísticas e erros.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 144

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G43

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RESUMO:

Alterações de PoliticasContabilísticas

Alteração de estimativaFactos novos ou

novosconhecimentos

Sim

Não ErroAplicação retrospectiva, exceto se for

impraticável ou se permitido pelas disposiçõestransitórias de nova Norma ou Interpretação

Alterações Estimativascontabilísticas Aplicação prospectiva

ErrosAplicação retrospectiva, com

correções em capital

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 145

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A IPSS “Lar do Sossego”, adquiriu em Janeiro de N umequipamento de cozinha por 3.000 €, tendo sido atribuída umavida útil de 5 anos e um valor residual de zero euros. A IPSS utilizao método da linha recta no cálculo das depreciações do exercício.

No exercício de N+3, antes do reconhecimento da depreciaçãodesse exercício, a IPSS procedeu a uma revisão da sua vida útil,tendo estimado uma vida útil remanescente de 3 anos, ou seja atéao exercício de N+6.

Pedido: Pronuncie-se sobre o tratamento da problemática acimadescrita.

Exemplo Prático n.º 4

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 146

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Exemplo Prático n.º 4

Natureza do problema: Alteração de estimativas contabilísticas NCRF-ESNL (capítuloaplicável): § 6• Reconhecimento e Mensuração:De acordo com o disposto no § 6 da NCRF–ESNL, o efeito de uma alteração numaestimativa contabilística, deve ser reconhecido prospectivamente incluindo -o nosresultados do:

a) Período de alteração, se a alteração afetar apenas esse período; oua) Período de alteração e futuros períodos, se a alteração afectar ambas as

situações.•

• Neste caso, a alteração de estimativas ocorreu durante o exercício N+3, tendo jádecorrido três depreciações do bem, que para além da depreciação do exercícioN+3, irá ter mais três anos de depreciação, totalizando um período total dedepreciação de 7 anos.

• Assim, a alteração de estimativas tem uma influência no resultado do exercício N+3bem como nos três exercícios seguintes.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 147

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148

• Em N+3 antes da depreciação desse exercício:– Depreciação anual: 3.000/5 = 600

– QE = 3.000 – 3.000/5 x 3 = 1.200

– Vida útil remanescente: 3 anos (N+4, N+5, N+6)

• 1.200 é a quantia a depreciar nos anos N+3 a N+6

• Nova depreciação do exercício, a registar a partir de N+3:

– 300 (1.200 / 4)

Exemplo Prático n.º 4 - Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

642 – Gastos de Depreciação e

de Amortização - Ativos Fixos

Tangíveis

438 – Ativos FixosTangíveis -Depreciaçõesacumuladas 300

Pela depreciação anual(N+3 a N+6)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 148

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149

Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:• Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica

recomenda-se que se divulgue que durante o exercício de N+3 aempresa alterou a vida útil de um dos seus equipamentos. Estaalteração justificou-se pelo facto de a empresa esperar a obtenção debenefícios económicos futuro da utilização do referido equipamentopor um período superior ao inicialmente estimado.

• A alteração da vida útil do equipamento originou um ajustamento de300 no valor das depreciações. No exercício de N+3 foi reconhecidoum gasto no valor de 300. O valor da depreciação antes da revisão davida útil do equipamento era de 600.

Exemplo Prático n.º 4 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 149

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150

ENQUADRAMENTO FISCAL:Em termos fiscais há que enquadrar o equipamento de cozinha nas tabelas do DR25/2009 e verificar qual a taxa que deve ser aplicada. Neste caso a IPSS aplicouinicialmente a taxa de 20%, tendo posteriormente, com a alteração da vida útil,passado a aplicar a taxa de 16,66%. Só com a discriminação daquele equipamentoserá possível determinar, com rigor, esse enquadramento.Caso a entidade se encontre isenta estas correcções são inócuas, caso contráriopode utilizar o 20.º do CIRC: “ As depreciações e amortizações que não sejamconsideradas como gastos fiscais no período de tributação em que foramcontabilizadas, por excederem as importâncias máximas admitidas, são aceitescomo gastos fiscais nos períodos seguintes, na medida em que não se excedam asquotas máximas de depreciação ou amortização fixadas no presente decretoregulamentar.

Exemplo Prático n.º 4 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 150

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151

• A “Misericórdia do Alentejo” identificou no ano N-1, já após a divulgaçãodas contas do exercício anterior, que no pagamento de uma prestação deum empréstimo bancário, havia sido contabilizado na conta de gastosfinanceiros a amortização de capital no montante de 5.000 €.

Pedido: contabilização das operações no exercício N.

Exemplo Prático n.º 5

Natureza do problema: Correção de erros• NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 6 - Reconhecimento e Mensuração:• De acordo com o § 6.9 da NCRF-ESNL, a correção de um erro material de um

período anterior é excluída dos resultados do período em que o erro édetetado, e deve ser reconhecida pelo ajustamento da quantia escriturada doitem de fundo patrimonial, no período da alteração.

Conta a débito Conta a crédito Valor(€)

Descrição

2511 - Empréstimosbancários

56 - Resultadostransitados

5.000 Correcção do erro

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 151

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Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:

• Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-

se que se divulgue no final do ano N (após a divulgação das contas do

exercício anterior) a entidade detectou que no pagamento de uma prestação

de um empréstimo bancário, havia sido contabilizado na conta de gastos

financeiros a amortização de capital no montante de 5.000 €.

• O erro foi corrigido diretamente no fundo patrimonial tendo originado um

aumento nos resultados transitados e uma diminuição no valor do

empréstimo bancário de 5.000 €.

Exemplo Prático n.º 5

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 152

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153

ENQUADRAMENTO FISCAL:A Misericórdia não respeitou o disposto no n.º 1 do art.º 18.º -Periodização do lucro tributável. Se se encontrar isenta com a correçãoverificada no ano N nada mais há que corrigir. Caso contrário, isto é, seeste financiamento era imputável ao sector sujeito e se fosse relevantepoderia, através da entrega duma declaração de substituição corrigir oano N-1, ou entregar uma Reclamação Graciosa nos termos do art.º137.º, n.º 2 do CIRC no prazo de 2 anos previsto no art.º 131.º, n.º 1 doCPPT “1 - Em caso de erro na autoliquidação, a impugnação seráobrigatoriamente precedida de reclamação graciosa dirigida ao dirigentedo orgão periférico regional da administração tributária, no prazo de 2anos após a apresentação da declaração.”

Exemplo Prático n.º 5

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 153

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155

3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Notas Importantes:• Os sobressalentes e equipamentos de serviço são

geralmente escriturados como inventário e reconhecidosnos resultados quando consumidos.

• Os sobressalentes principais e equipamento de reserva dosmesmos são classificados como ativos fixos tangíveisquando a entidade esperar usá-los durante mais do queum período.

§ 7.2

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 155

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Podem ser considerados no Activo por uma só quantidade equantia fixa, os itens imobilizados que, no seu conjunto,satisfaçam simultaneamente as seguintes condições:

◦ a) Sejam renovados frequentemente;◦ b) Representem, bem a bem, uma quantia imaterial para a entidade;◦ c) Tenham uma vida útil não superior a três anos.

§ 7.3

Exemplo:Lençóis e cobertores, num hotel; podem ser reconhecidos como um AFT num dadomontante, sendo as substituições levadas diretamente a resultados.

3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 156

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Mensuração: § 7.5. NCRF-ESNL

Modelo do custo;

Modelo de revalorização;

Custo considerado.§7.5. Nas ESNL existem bens do ativo fixo tangível atribuídos a título gratuito em queo custo pode ser desconhecido.Neste caso, os bens são mensurados ao justo valor, ao valor pelo qual se encontramsegurados, ou ao valor pelo qual figuravam na sua contabilidade.A quantia assim apurada corresponderá ao custo considerado para efeitos damensuração no reconhecimento.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 157

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Custodo

Activo(§7.6)

preço de compra, incluindo os direitos de importação e osimpostos de compra não reembolsáveis

Descontos e Abatimentos

Custos Directamente Atribuíveis, para colocar o ativo aptoa ser usado

A estimativa inicial dos custos de desmantelamento eremoção do item e de restauração do local no qual esteestá localizado

Regra geral - um item do ativo fixo tangível deve ser mensurado pelo seu custo, sendo oapuramento deste efetuado nos termos gerais. (§7.5)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 158

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Modelo do Custo é a regra (§7.8) no entanto• Nos casos em que existam diferenças significativas entre

a quantia escriturada segundo o modelo do custo e ojusto valor dos ativos,

– uma entidade poderá, alternativamente utilizar o modelo derevalorização como política contabilística e deve aplicar essapolítica a uma classe inteira de ativos fixos tangíveis. (§7.10)

Sempre que optar pelo Método da revalorização a ESNL fica obrigada aaplicar quer a NCRF07 quer a norma NCRF 25 – Impostos sobre o

rendimento (Impostos Diferidos)

Sempre que optar pelo Método da revalorização a ESNL fica obrigada aaplicar quer a NCRF07 quer a norma NCRF 25 – Impostos sobre o

rendimento (Impostos Diferidos)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 159

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• Modelo do custo (§ 7.9)– Após o reconhecimento como um ativo, um item do ativo fixo tangível

deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciaçãoacumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Custo deAquisição

DepreciaçõesAcumuladas

(§7.13 e 7.21)

ImparidadesAcumuladas

(§7.22)

3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

• Modelo da revalorização (§7.10]– Após o reconhecimento como um ativo, um item do ativo fixo tangível

cujo justo valor possa ser mensurado fiavelmente deve ser escrituradopor uma quantia revalorizada, que é o seu justo valor à data darevalorização menos qualquer depreciação acumulada subsequente eperdas por imparidade acumuladas subsequentes.

JustoValor(á data da

revalorização)

DepreciaçõesAcumuladas

(§7.13 e 7.21)

ImparidadesAcumuladas

(§7.22)

as revalorizações devem ser feitas com suficiente regularidade para assegurar que aquantia escriturada não difira materialmente daquela que seria determinada pelo usodo justo valor à data do balanço. (§7.10)

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

• As revalorizações devem ser feitas com suficienteregularidade para assegurar que a quantia escriturada nãodifira materialmente daquela que seria determinada pelouso do justo valor à data do balanço. (não precisam noentanto de ser efetuadas todos os períodos.

Quantia Escrituradado ativo à data do

Balanço

Justo Valor á data doBalanço

NovaRevalorização

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 162

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3.5.

ACT

IVO

S FI

XOS

TANG

ÍVEI

7 NC

RF-E

SNL–

Aviso

672

6-B/

2011

Revalorização

Imparidade(NCRF 12 )

ComRevalorização

positiva anterior

Debito – 58XCredito - 439

Semrevalorização

positiva anterior

Debito – 655Credito - 439

Aumento JV

Com imparidadeanterior

Debito – 439Credito - 7625

Sem Imparidadeanterior

Debito – 43Credito 58X

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS § 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Métodos de depreciação: § 7.21. NCRF-ESNL

MÉTODO DALINHARECTA

Depreciação período =Quantia depreciável

Vida Útil remanescente

MÉTODO DOSALDO

DECRESCENTEDepreciação período = Quantia depreciável X

Vida Útil remanescentesoma dos dígitos

MÉTODO DOUNIDADES DEPRODUÇÃO

Depreciação Unidade = Quantia depreciávelnº unidades atividade previstas p/ vida útil

Depreciação período = Depreciação Unidade XUnidades Produzida

No § 7.15 estabelece-se que nas ESNL os eventuais bens do património histórico,artístico e cultural não são objeto de depreciação.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 164

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Imparidade – Aplicação da NCRF 12: § 7.5. NCRF-ESNL

Existe imparidade quando: Quantia escriturada > Quantiarecuperável Quantia recuperável – a maior de:

- Justo valor menos custos de vender- Valor de uso

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 165

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Quantia Escriturada > Quantia Recuperável Imparidade

Maior de entre

Justo Valor menos oscustos de Vender Valor de Uso

Valor de venda obtido numatransação entre partesconhecedores e dispostas a isso,menos os custos com a alienação(ex. gastos legais, taxas, gastos deremoção do ativo e outros gastospara o colocar em condições devenda).

Valor presente dos fluxos de caixafuturos que se espera que surjamdo uso continuado de um ativoou unidade geradora de caixa(UGC) e da sua alienação no finalda vida útil.

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Tratamento Contabilístico

Descrição Conta a débito Conta a Crédito Valor

Pela perda de Imparidade 655X 439X Imparidade

Modelo do Custo

Descrição Conta adébito

Conta aCrédito

Valor

Pela Perda por Imparidadedo ativo revalorizado

439X Imparidade

Pela diminuição doexcedente de revalorização

589 Valor do excedenterevalorizaçãoexcedente

Pelo valor remanescente 655X Valor Remanescente

Modelo da Revalorização

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 167

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Se houver uma alteração nas estimativas usadaspara determinar a quantia recuperável do ativo

desde que a ultima perda por imparidade foireconhecida

Reversão daImparidade

A quantia escriturada do ativo deve ser aumentada até à sua quantiarecuperável, não devendo exceder a quantia escriturada que teriasido determinada (líquida de depreciações) se nenhuma perda porimparidade tivesse sido reconhecida no ativo em anos anteriores.(NCRF 12, § 59)

A quantia escriturada do ativo deve ser aumentada até à sua quantiarecuperável, não devendo exceder a quantia escriturada que teriasido determinada (líquida de depreciações) se nenhuma perda porimparidade tivesse sido reconhecida no ativo em anos anteriores.(NCRF 12, § 59)

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Tratamento Contabilístico

Descrição Conta a débito Conta a Crédito Valor

Pela Reversão da Imparidade 439X 7625X Valor da reversão

Modelo do Custo

Descrição Conta a débito Conta a Crédito Valor

Pela reversão da Perda porImparidade do ativo revalorizado

439X Valor da Reversão

Pela anulação da perda porimparidade reconhecida como gasto

7625 Valor da imparidade járeconhecida em resultados

Pelo valor remanescente 589 Valor Remanescente

Modelo da Revalorização A reversão da perda por imparidade de ativo tangível revalorizado deve sertratada como um acréscimo de revalorização (isto e, creditada diretamente nocapital próprio, exceto pela parte da reversão da perda por imparidadeanteriormente reconhecida em resultados)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 169

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Revisões daDepreciação

Após reconhecimento de:ImparidadeReversão de Imparidade

O valor da depreciação do ativo tangível deve ser ajustado nos períodosfuturos, de modo a imputar a quantia escriturada revista do ativo(menos o valor residual, caso exista) numa base sistemática durante a vidaútil remanescente (NCRF 12 , §31 e 61).

O valor da depreciação do ativo tangível deve ser ajustado nos períodosfuturos, de modo a imputar a quantia escriturada revista do ativo(menos o valor residual, caso exista) numa base sistemática durante a vidaútil remanescente (NCRF 12 , §31 e 61).

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS§ 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Desreconhecimento: § 3 e 7.24. NCRF-ESNL

No momento da alienação; ou

Quando não se espere a realização de atividadespresentes ou futuras resultantes do seu uso oualienação.

Eventuais ganhos ou perdas do desreconhecimento são semprelevados a resultados, mas não devem ser considerados réditos

(§7.25)

Eventuais ganhos ou perdas do desreconhecimento são semprelevados a resultados, mas não devem ser considerados réditos

(§7.25)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 171

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3.5. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS § 7 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/201143 Ativos fixos tangíveis

431 Bens do domínio público...4319 Perdas por imparidade acumuladas

432 Bens do património histórico e artístico ecultural

4321 Bens imóveis4322 Arquivos4323 Bibliotecas4324 Museus4325 Bens móveis

..4329 Perdas por imparidade acumuladas

433 Outros ativos fixos tangíveis4331 Terrenos e recursos naturais4332 Edifícios e outras construções4333 Equipamento básico4334 Equipamento de transporte4335 Equipamento administrativo4336 Equipamentos biológicos4337 Outros ativos fixos tangíveis4338 Depreciações acumuladas4339 Perdas por imparidade acumuladas

De acordo com as notas de enquadramento às contas específicas das ESNL, incluem-se nesta rubrica (Conta 431) osbens de domínio público, (conforme a definição na legislação em vigor), de que a entidade contabilística éadministrante ou concessionária.

De acordo com as notas de enquadramento às contas específicas das ESNL, incluem-se nesta rubrica (Conta 431) osbens de domínio público, (conforme a definição na legislação em vigor), de que a entidade contabilística éadministrante ou concessionária.Bens do património histórico, artístico e cultural, incluem-se todos os bens do domínio privado que cumpram ascondições exigidas por lei para a classificação dos bens como património histórico, de interesse artístico, histórico,arqueológico, etnográfico, científico ou técnico, assim como o património documental e bibliográfico, arquivos(conjuntos orgânicos de documentos reunidos pelas pessoas jurídicas, públicas ou privadas, no exercício das suasatividades, ao serviço da sua utilização para a investigação, a cultura, a informação e a gestão administrativa)bibliotecas, museus (conjuntos ou colecções de valor histórico, artístico, científico e técnico ou de qualquer outranatureza cultural).

Bens do património histórico, artístico e cultural, incluem-se todos os bens do domínio privado que cumpram ascondições exigidas por lei para a classificação dos bens como património histórico, de interesse artístico, histórico,arqueológico, etnográfico, científico ou técnico, assim como o património documental e bibliográfico, arquivos(conjuntos orgânicos de documentos reunidos pelas pessoas jurídicas, públicas ou privadas, no exercício das suasatividades, ao serviço da sua utilização para a investigação, a cultura, a informação e a gestão administrativa)bibliotecas, museus (conjuntos ou colecções de valor histórico, artístico, científico e técnico ou de qualquer outranatureza cultural).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 172

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O Clube Aeronáutico do Algarve adquiriu no início do ano N uma aeronave,

destinada ao ensino dos sócios, por 400.000 € tendo estimado uma vida útil de

8 anos. O clube utiliza o método da linha recta na determinação da

depreciação. Este equipamento possui um componente (motor) que é

substituído de 4 em 4 anos.

No final de N o clube prevê que a substituição a realizar em N+3 tenha um

custo de 60.000 €.

Pedido: Contabilização das depreciações a reconhecer nos anos N, N+1, N+2 e

N+3, bem como da substituição do componente no final de N+3.

Exemplo Prático n.º 6

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 173

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Natureza do problema: Reconhecimento dos sobressalentes e equipamentos de

serviço

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 7

Reconhecimento e Mensuração:

De acordo com o disposto nos §§ 7.3., 7.4 e 7.5. da NCRF-ESNL, os

sobressalentes principais e equipamento de reserva devem ser classificados

como ativos fixos tangíveis quando a entidade espera usá-los durante mais do

que um período. Quanto à mensuração uma entidade deve reconhecer na

quantia escriturada de um item do ativo fixo tangível o custo da peça de

substituição desse item quando o custo for incorrido. E a quantia escriturada das

peças que são substituídas deve ser desreconhecida.

Exemplo Prático n.º 6 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 174

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Proposta de resoluçãoDepreciação dos anos N a N+3:Do equipamento sem o componente: (400.000 – 60.000)/8 = 42500Do componente: 60.000/4 = 15.000TOTAL = 57.500

Exemplo Prático n.º 6 - Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

642 – Gastos de

Depreciação e

de Amortização - Ativos Fixos

Tangíveis

438 – Ativos Fixos Tangíveis

-Depreciações acumuladas 57.500 Pela depreciação anual (N a

N+3)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 175

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Proposta de resolução…No final do ano N+3 o clube reconhece o custo suportado com a inspeção como parteintegrante dos AFT, e deve adicionalmente desreconhecer o custo do componentesubstituído.

Depreciação dos anos N+4 a N+7:Do equipamento sem o componente: (400.000 – 60.000)/8 = 425Do componente: 60.000/4 = 15.000TOTAL = 57.500

Exemplo Prático n.º 6 - Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

433 – AFT – Equip. Básico 12 - Depósitos à ordem 60.000Pelo custo com a

inspecção

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 176

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Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se

que se divulgue:

Para os exercícios de N a N+3, a entidade deveria divulgar: vidas úteis ou as

taxas de depreciação usadas; quantia escriturada bruta e a depreciação

acumulada no início e no fi m do período e uma reconciliação da quantia

escriturada no início e no fi m do período que mostre as adições, as alienações,

os abates e as depreciações.(Ver § 5 Port.986/2009 e Port.105/2011)

Exemplo Prático n.º 6 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 177

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ENQUADRAMENTO FISCAL:

Há que enquadrar a aeronave nas tabelas do DR 25/2009 everificar qual a taxa que deve ser aplicada. Neste caso o clubeaplicou a taxa de 14,375%, porquanto fez anualmente 42.500 daaeronave e 15.000 do motor. De notar que a aeronave enquadra-se no código 2320 e a taxa aceite é de 20%, pelo que nenhumacorreção há a registar porquanto o valor de 14,275% é inferior àtaxa máxima e superior à taxa mínima.De notar que o DR 2/2009 prevê no art.º 14.º uma possibilidadede uma depreciação excepcional para peças e componentes desubstituição ou de reserva não aplicável ao caso em apreço.

Exemplo Prático n.º 6 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 178

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Aspetos ainda relacionados com a divulgação no Anexo:

Nas divulgações constantes do n.º 5.1 “ativos fixos

tangíveis”, deverá considerar-se uma divulgação

adicional referente a “montante e natureza dos bens do

património histórico artístico e cultural.”

(Vide anexo da Port. 105/2011 e Port. 986/2009)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 179

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Autoavaliação 1

1. Na mensuração inicial dos ativos fixos tangíveis, podemser usados os seguintes modelos de custos:

a. Apenas o modelo do custo;b. O modelo do custo e o modelo de revalorização;c. O modelo do custo e em determinadas situações o custoconsiderado;d. O modelo do justo valor.

EXEMPLO CURSO ON LINE

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 180

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Autoavaliação 1…Resposta:c) O modelo do custo e em determinadas situações o custoconsiderado - Ver § 7.5 da Norma.

EXEMPLO CURSO ON LINE

Este custo considerado respeita a bens do ativo fixo tangívelatribuídos a título gratuito em que o custo pode serdesconhecido. Neste caso, os bens são mensurados ao justovalor, ao valor pelo qual se encontram segurados, ou ao valorpelo qual figuravam anteriormente na sua contabilidade.

Este custo considerado respeita a bens do ativo fixo tangívelatribuídos a título gratuito em que o custo pode serdesconhecido. Neste caso, os bens são mensurados ao justovalor, ao valor pelo qual se encontram segurados, ou ao valorpelo qual figuravam anteriormente na sua contabilidade.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 181

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Nos casos em que existam diferenças significativas entre a quantiaescriturada segundo o modelo do custo e o justo valor dos ativos,uma entidade poderá, alternativamente utilizar o modelo derevalorização como sua política contabilística e deve aplicar essapolítica:a) Ao ativo fixo tangível que apresenta essa diferença de valor;b) A todos os ativos fixos tangíveis que se encontrem nessas condições;c) A uma classe inteira de ativos fixos tangíveis;d) Todas as anteriores.

Resposta:c) A uma classe inteira de ativos fixos tangíveis. (Ver § 7.8 da Norma).

EXEMPLO CURSO ON LINE

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 182

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 183

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3.6. ACTIVOS INTANGÍVEIS§ 8 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Reconhecimento; § 8.2 e 8.3 NCRF-ESNL

Mensuração inicial; § 8.4 NCRF-ESNL

Ativos intangíveis gerados internamente § 8.5 a 8.7– Seleção de política contabilística;

Reconhecimento como um gasto; § 8.8 a 8.10

Mensuração após reconhecimento § 8.11 e 8.12– Modelo do custo;

Vida útil; § 8.13 a 8.14– Finita;– Indefinida.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 184

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3.6. ACTIVOS INTANGÍVEIS§ 8 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Período de amortização e método de amortização; § 8.15

Valor residual; § 8.16

Ativos intangíveis com vidas úteis indefinidas; § 8.17

Revisão da avaliação da vida útil; § 8.18

Recuperabilidade da quantia escriturada § 8.19

– Perdas por imparidade; Retiradas e alienações (Desreconhecimento) § 8.19

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 185

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3.6. ACTIVOS INTANGÍVEIS§ 8 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

Ativo intangível

Pesquisa

Desenvolvimento

É um ativo não monetário identificável sem substânciafísica detido para uso na produção ou fornecimento debens ou serviços, para arrendar a outros, ou parafinalidades administrativas. (podem estar contidos numasubstância física).

É a investigação original e planeada levada a efeito com aperspectiva de obter novos conhecimentos científicos outécnicos.

É a aplicação das descobertas derivadas da pesquisa ou deoutros conhecimentos a um plano ou conceção para aprodução de materiais, mecanismos, aparelhos,processos, sistemas ou serviços, novos ousubstancialmente melhorados, antes do início daprodução comercial ou uso.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 186

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Características/critérios que definem um ativo intangível

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 187

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Identificabilidade

Controlo

BenefíciosEconómicos Futuros

Mensuraçãocom

Fiabilidade

ActivoIntangível

Quando não se verificarem os critérios de reconhecimento os dispêndios incorridos devemser reconhecidos como GASTOS DO PERIODO

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 188

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RecursoIntangível? Identificável?

Sim

Não

Controlado?

GeraBenefícios

econ.futuros?

Mensuradocom confiança?

Sim Sim Sim

NãoNão Não Não

Não Reconhecer o IntangívelNão Reconhecer o Intangível

Reconhecer o IntangívelReconhecer o IntangívelSim

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 189

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Aquisição/produção de ativosintangíveis

Critério demensuração

Ativos intangíveis adquiridosseparadamente (NCRF 6)

Custo Aquisição

Adquiridos em concentração deatividades empresariais (NCRF 14)

Justo ValorAtribuídos por meio de um subsídio(NCRF 22)

Adquiridos por troca de ativos (NCRF 6)

Ativos intangíveis geradosinternamente (NCRF 6) Custo de Produção

Adquiridosao exterior

Geradointernamente

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 190

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Fase de PesquisaInvestigação pesquisa original eplaneada que visa a obtenção denovos conhecimentos científicosou técnicos

Fase de DesenvolvimentoAplicação das descobertasderivadas da pesquisa ou deoutros conhecimentos a umplano ou concepção para aprodução de materiais,mecanismos, aparelhos,processos, sistemas ou serviços(novos ou melhorados), antes doinicio da fase da produçãocomercial ou uso.

Caso não seja possível esta distinção, a entidade assume os dispêndios comoincorridos somente na fase da pesquisa (§53).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 191

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Fase de Pesquisa (Exemplos)Atividades que visam a obtenção denovos conhecimentos;Procura, avaliação e selecção finalde aplicações das descobertas depesquisa ou de outrosconhecimentos;Procura de alternativas paramateriais,aparelhos, produtos, processos,sistemas ou serviços; eFormulação, concepção, avaliação eselecção final de possíveisalternativas de materiais, aparelhos,produtos, processos, sistemas ouserviços novos ou melhorados.

Fase de Desenvolvimento(Exemplos)

Concepção, construcao e teste de protótipose modelos de pré - produção ou de pré - uso;Concepção de ferramentas, utensílios,moldes e suportes envolvendo novatecnologia;Concepção, construcao e teste dealternativas escolhidas para materiais,aparelhos, processos, sistemas ou serviçosnovos ou melhorados.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 192

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a viabilidade técnica de concluir o ativo intangível a fim de que estejadisponível para uso ou venda;a sua intenção de concluir o ativo intangível e usá-lo ou vendê-lo;a sua capacidade de usar ou vender o ativo intangível;a forma como o ativo intangível gerará prováveis benefícios económicos

futuros. Entre outras coisas, a entidade pode demonstrar a existência de ummercado para a produção do ativo intangível ou para o próprio ativo intangívelou, se for para ser usado internamente, a utilidade do ativo intangível;a disponibilidade de adequados recursos técnicos, financeiros e outros para

concluir o desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível;a sua capacidade para mensurar fiavelmente o dispêndio atribuível ao ativo

intangível durante a sua fase de desenvolvimento.

Fase da pesquisa \ Gastos do Período(§ 8.6)

Gastos do Período(§ 8.6)

Fase de desenvolvimento \ Activo Intangível(§ 8.7)

Activo Intangível(§ 8.7)

Desde quecumpra algunsrequisitos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 193

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• Após o reconhecimento inicial, um ativointangível deve ser contabilizado pelomodelo do custo

• Não é permitida a adopção do modelo derevalorização.

O modelo da Revalorização – nos intangivéis,apenas será permitido (com muitas reservas)

para as empresa que apliquem as NCRF gerais

O modelo da Revalorização – nos intangivéis,apenas será permitido (com muitas reservas)

para as empresa que apliquem as NCRF gerais

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 194

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• Modelo do custo (§ 7.9) aplicado por remissão do §8.11– Após o reconhecimento como um ativo, um item do ativo fixo tangível

deve ser escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciaçãoacumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas.

Custo deAquisição

AmortizaçõesAcumuladas

(§7.13 e 7.21)

ImparidadesAcumuladas

(§7.22)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 195

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• Uma entidade deve avaliar se a vida útil deum ativo intangível é;

Ativos intangíveis comvida útil finita

Ativos intangíveis comvida útil indefinida

AMORTIZA

(durante o período de vida útilou tendo por base o nº deunidades de produção ouunidades similares)

NÃO AMORTIZA

(não há limite previsível para operíodo durante o qual se espera queo AI gere benefícios económicosfuturos)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 196

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Apontamento FiscalArtigo 45.º-A CIRC - Ativos intangíveis, propriedades de investimento e ativos biológicos não consumíveis.

1- É aceite como gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros 20 períodosde tributação após o reconhecimento inicial, o custo de aquisição dos seguintesativos intangíveis quando reconhecidos autonomamente, nos termos danormalização contabilística, nas contas individuais do sujeito passivo:

a) Elementos da propriedade industrial tais como marcas, alvarás,processos de produção, modelos ou outros direitos assimilados,adquiridos a título oneroso e que não tenham vigência temporallimitada;

b) O goodwill adquirido numa concentração de atividades empresariais.….

4 - O disposto no n.º 1 não é aplicável:a) Aos ativos intangíveis adquiridos no âmbito de operações de fusão, cisão ou entrada deativos, quando seja aplicado o regime especial previsto no artigo 74.º;b) Ao goodwill respeitante a participações sociais;c) Aos ativos intangíveis adquiridos a entidades residentes em país, território ou região sujeitosa um regime fiscal claramente mais favorável constante de lista aprovada por portaria domembro do Governo responsável pela área das finanças.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 197

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§ 8.18 — A vida útil de um ativo intangível que não esteja a ser amortizado deve serrevista a cada período para determinar se os acontecimentos e circunstânciascontinuam a apoiar uma avaliação de vida útil indefinida para esse ativo. Se nãoapoiarem, a alteração na avaliação de vida útil de indefinida para finita deve sercontabilizada como alteração numa estimativa contabilística de acordo com o capítulo6.

Revisões Periódicas(no mínimo final período)

Vida útil Valor Residual Método de Depreciação

Os efeitos de eventuais alterações nas estimativas contabilísticas relacionadas como período corrente e futuros devem ser reconhecidos nos resultados dessesperíodos, não devendo ser feitas as correções nos fundos Patrimoniais.

Os efeitos de eventuais alterações nas estimativas contabilísticas relacionadas como período corrente e futuros devem ser reconhecidos nos resultados dessesperíodos, não devendo ser feitas as correções nos fundos Patrimoniais.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 198

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• Um ativo intangível com uma vida útilindefinida não deve ser amortizado.

Contudo

Exige-se que se teste a imparidade comparando a sua quantia recuperável com asua quantia escriturada:Anualmente;e sempre que haja uma indicação de que o ativo possa estar com imparidade

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 199

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EXEMPLO PRÁTICO N.º 7A Associação Patronal das Empresas da Estremadura adquiriu em N-3, por

6.000 €, um direito de uso por parte dos seus associados de uma patente por

um período de 5 anos. Para além desse dispêndio, incorreu ainda em 2.000 €

de despesas com honorários de advogados e outras despesas legais,

relacionados com o registo desta operação.

No ano N, foi lançada no mercado uma nova tecnologia, deixando de ser

competitivo para os associados a utilização daquela patente, não esperando a

associação obter nenhum benefício económico futuro daquela patente.

Pedido: Contabilização das operações relativas aos anos N-3 e N

Exemplo Prático n.º 7

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 200

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EXEMPLO PRÁTICO N.º 7

Natureza do problema: Ativos intangíveis (reconhecimento e mensuração)

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 8

Reconhecimento e Mensuração: §§ 8.2. a 8.4. NCRF-ESNL

Os gastos aqui apresentados preenchem os pressupostos do

reconhecimento como um ativo intangível, já que, para além dos

restantes aspectos de reconhecimento de um ativo cumpre igualmente

os critérios de identificabilidade, já que resulta de um direito contratual

que é separável de outros direitos e obrigações.

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 201

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EXEMPLO PRÁTICO N.º 7

Natureza do problema: Ativos intangíveis (reconhecimento e mensuração)

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 8

Reconhecimento e Mensuração: §§ 8.2. a 8.4. NCRF-ESNL

Em termos de mensuração inicial os ativos intangíveis são mensurados pelo

seu custo, incluindo, para além do custo de aquisição, todos os custos

necessários para o ativo ser capaz de funcionar da forma pretendida. Para além

disso, os ativos intangíveis podem ter vidas úteis definidas ou indefinidas.

No caso em apreço, como a vida útil é definida, a sua mensuração subsequente

é determinada pelo seu custo menos qualquer amortização acumulada.

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 202

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EXEMPLO PRÁTICO N.º 7

Natureza do problema: Ativos intangíveis (reconhecimento e mensuração)

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 8

Reconhecimento e Mensuração: §§ 8.2. a 8.4. NCRF-ESNL

No ano N, uma nova tecnologia foi lançada no mercado, deixando a informação

protegida pela patente obsoleta, devendo a entidade desreconhecer o ativo intangível,

já que, de acordo com o § 8.19, quando ocorre a alienação, ou não se esperam futuros

benefícios económicos do seu uso ou alienação, o ativo deve ser desreconhecido.

NOTA: Julgamos que o § deveria ser o 8.20.

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 203

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•Proposta de resolução:Resolução:Aquisição da patente: N-3;

Período de vida útil: 5 anos

Custo da patente: 8.000 € (6.000 € + 2.000 €)

Amortização: 8.000 € / 5 = 1.600 €

Quantia escriturada ano N:

8.000 – 8.000/5 x 3 = 3.200

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 204

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Resolução:Em N-3

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

444 - Ativos intangíveis –

Propriedade industrial

12 - Depósitos à ordem 8.000 Pela aquisição e registo da patente

N – 3

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição448 - Amortizaçõesacumuladas

444 - Ativos intangíveisPropriedade industrial 4.800 Pelo desreconhecimento do Activo

Intangível6873 - Gastos e perdas eminvestimentos nãofinanceiros - Abates

444 - Ativos intangíveisPropriedade industrial 3.200

Pelo desreconhecimento do ActivoIntangível

Em N

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 205

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Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que sedivulgue:Para um ativo intangível avaliado como tendo uma vida útil indefinida, a quantia

escriturada desse ativo e as razões que apoiam a avaliação de uma vida útil indefinida.

Ao apresentar estas razões, a entidade deve descrever o(s) factor(es) que

desempenhou(aram) um papel significativo na determinação de que o ativo tem uma

vida útil indefinida.

Uma descrição, a quantia escriturada e o período de amortização restante de qualquer

ativo intangível individual que seja materialmente relevante para as demonstrações

financeiras da entidade.

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 206

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•ENQUADRAMENTO FISCAL:O DR 25/2009 prevê no art.º 16.º, n.º 2, alínea b) a amortização depatentes. Na tabela II prevê-se que no caso das patentes: “A taxa deamortização é determinada em função do período de tempo em quetiver lugar a utilização exclusiva.” pelo que nos anos N-3, N-2 e N-1nenhuma correção fiscal é de efetuar.No ano N a associação, desde que respeite o art.º 38.º do IRC,nomeadamente o n.º 2, também não deve proceder a qualquercorreção.

Exemplo Prático n.º 7 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 207

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Aspetos ainda relacionados com a divulgação no Anexo:

As divulgações previstas no n.º 6.4 do n.º 6 “ativos

intangíveis”, do anexo não são aplicáveis a estas

entidades.

(Vide anexo da Port. 105/2011 e Port 986/2009)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 208

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209

3.6. ACTIVOS INTANGÍVEIS § 8 NCRF-ESNL – Aviso 6726-B/2011

44 Ativos intangíveis441 Bens do domínio público442 Outros ativos intangíveis

4421 Goodwill4422 Projectos de desenvolvimento4423 Programas de computador4424 Propriedade industrial... ...4426 Outros ativos intangíveis... ...4428 Amortizações acumuladas4429 Perdas por imparidade acumuladas

De acordo com as notas de enquadramento às contas específicas das ESNL, incluem-senesta rubrica (Conta 431) os bens de domínio público, (conforme a definição nalegislação em vigor), de que a entidade contabilística é administrante ou concessionária.

De acordo com as notas de enquadramento às contas específicas das ESNL, incluem-senesta rubrica (Conta 431) os bens de domínio público, (conforme a definição nalegislação em vigor), de que a entidade contabilística é administrante ou concessionária.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 209

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 210

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3.7. LOCAÇÕESClassificação de locações: § 9.1 a 9.4 NCRF-ESNL

Financeiras;Operacionais.

Locações Financeiras: § 9.5 a 9.7Reconhecimento inicial; § 9.5Mensuração subsequente. § 9.6 a 9.7

Locações operacionais: § 9.8 Os pagamentos devem ser reconhecidos comoum gasto numa base linear durante o prazo delocação.

Classificação de locações: § 9.1 a 9.4 NCRF-ESNLFinanceiras;Operacionais.

Locações Financeiras: § 9.5 a 9.7Reconhecimento inicial; § 9.5Mensuração subsequente. § 9.6 a 9.7

Locações operacionais: § 9.8 Os pagamentos devem ser reconhecidos comoum gasto numa base linear durante o prazo delocação.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 211

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é um acordo pelo qual o locador transmite aolocatário, em troca de um pagamento ou série depagamentos, o direito de usar um ativo por umperíodo de tempo acordado.

é um acordo pelo qual o locador transmite aolocatário, em troca de um pagamento ou série depagamentos, o direito de usar um ativo por umperíodo de tempo acordado.

LOCAÇÃO

é uma locação que transfere substancialmentetodos os riscos e vantagens inerentes à posse de umativo. O título de propriedade pode ou não sereventualmente transferido.

é uma locação que transfere substancialmentetodos os riscos e vantagens inerentes à posse de umativo. O título de propriedade pode ou não sereventualmente transferido.

LOCAÇÃO

Financeira

é uma locação que não seja uma locaçãofinanceira.é uma locação que não seja uma locaçãofinanceira.

LOCAÇÃOOperacional

A classificação da locação como financeira ou operacional depende da substância daoperação e não da forma do contrato. (§ 9.2)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 212

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Locação Operacional Locação Financeira

Proprietário do ativo(Locador)

Locatário

Paga rendas

Cede direito deutilização semtransferir riscos ebenefíciosinerentes ápropriedade dobem

Proprietáriodo ativo

Empresa de LocaçãoFinanceira (Locador)

Locatário

Paga rendase juros

Celebra contrato delocação transferindoriscos e benefíciosinerentes ápropriedade do bem

Vende o bem

Paga o bem

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 213

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Exemplos de situações classificáveis como Locação Financeira(§9.2)

– A locação transfere a posse do ativo para o locatário no final do prazoda locação;

– O locatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que seespera que seja suficientemente mais baixo que o justo valor à dataem que a opção se torna exercível tal que, no começo da locação, sejarazoavelmente certo que a opção será exercida;

– O prazo da locação constitui a maior parte da vida económica doativo mesmo se a posse não for transferida;

– No início da locação o valor presente dos pagamentos mínimos dalocação é substancialmente todo o justo valor do ativo locado;

– Os ativos locados são de natureza especializada tal que apenas olocatário os possa usar a menos que sejam feitas grandesmodificações.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 214

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A Fundação Atlântico celebrou durante o ano N o seguinte contrato de locação:

Data do início do contrato: 1 de Agosto de N

Período do contrato: 4 anos

Valor do bem (equipamento básico): 51.500 €

Rendas: 16 rendas trimestrais e iguais a 3.639,71 € (excluindo o IVA), pagas

antecipadamente e com juro postecipado.

Valor residual no final do contrato: 1.500 €

Período de vida útil do bem: 5 anos

• Existe certeza razoável de que se exercerá a opção de compra.

Pedido: Contabilização das operações relativas ao ano N.

Exemplo Prático n.º 8

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 215

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Natureza do problema: Locações (reconhecimento e mensuração)NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 7 e 9Reconhecimento e Mensuração:Classificação das locações (§ 9.2. a 9.4. da NCRF-ESNL):

Exemplo Prático n.º 8 - Resolução

é uma locação que transfere substancialmentetodos os riscos e vantagens inerentes à posse deum ativo. O título de propriedade pode ou nãoser eventualmente transferido.

é uma locação que transfere substancialmentetodos os riscos e vantagens inerentes à posse deum ativo. O título de propriedade pode ou nãoser eventualmente transferido.

LOCAÇÃO

Financeira

é uma locação que não seja uma locaçãofinanceira.é uma locação que não seja uma locaçãofinanceira.

LOCAÇÃOOperacional

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 216

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Natureza do problema: Locações (reconhecimento e mensuração)NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 7 e 9Reconhecimento e Mensuração:Classificação das locações (§ 9.2. a 9.4. da NCRF-ESNL):

Exemplo Prático n.º 8 - Resolução

No caso em análise, estamos perante uma locação financeira, pois existe uma

transferência de todos os riscos e vantagens associadas ao bem locado, bem como a

certeza razoável de que o locatário exercerá a opção de compra no final do contrato.

Reconhecimento inicial da locação financeira:

Reconhece como ativos e passivos por quantias iguais ao valor presente dos

pagamentos mínimos da locação (§ 9.5 da NC RF-ESNL).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 217

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Exemplo Prático n.º 8 - Resolução

Reconhecimento inicial da locação financeira:

Reconhece como ativos e passivos por quantias iguais ao valor presente dos

pagamentos mínimos da locação (§ 9.5 da NC RF-ESNL).

Reconhecimento inicial do equipamento básico:• Cumpre com a definição de ativo fixo tangível, (§ 7.1 da NCRF-ESNL).• Cumpre com os critérios de reconhecimento de um ativo (§ 3.3 da NCRF-ESNL).• Mensuração no reconhecimento inicial: custo de aquisição (§ 7.5 da NCRF-ESNL).

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição433 – Ativos Fixos Tangíveis –

Equipamento Básico

2513 – Financiamentos

obtidos – Locações

financeiras

51.500

Reconhecimento inicial do contrato de

leasing

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 218

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Exemplo Prático n.º 8 - ResoluçãoMensuração Subsequente:De acordo com o § 9.6 da NCRF-ESNL, os pagamentos mínimos da locação devem serrepartidos entre o encargo financeiro e a redução do passivo pendente. O encargofinanceiro deve ser imputado a cada período durante o prazo da locação de forma aproduzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo.

12 Depósitos à ordem

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 219

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Exemplo Prático n.º 8 - Resolução

Especialização Exercícios:Em 31/12/N, a entidade terá de reconhecer o juro da locaçãofinanceira relativo ao período de 1/11/N a 31/12/N, o qual apenasserá liquidado em 1/2/N+1, aquando do pagamento da 3.ª rendado leasing.Juro a reconhecer = 903,56 € x 2/3 meses = 602,37 €

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

6911(3) – Juros de

financiamentos obtidos –

locações financeiras

2722 – Credores por

acréscimos de gastos

602,37 € Reconhecimento do acréscimo

de juro no ano N

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 220

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Exemplo Prático n.º 8 - ResoluçãoAinda em 31/12/N, é necessário proceder ao registo da depreciação do período doequipamento. Nos ter-mos do § 9.7 da NCRF-ESNL, a quantia depreciável de um ativolocado é imputada a cada período contabilístico durante o período do uso esperado,numa base sistemática consistente com a política de depreciação que o locatário adotepara ativos depreciáveis de que seja proprietário.

Se houver certeza razoável de que o locatário obterá a propriedade no fim do prazo dalocação, o período de uso esperado é a vida útil do ativo; se tal não for possível, o ativoé depreciado durante o prazo da locação ou da sua vida útil, dos dois o mais curto.

No caso concreto, como é esperado o exercício da opção de compra do bem no final docontrato, o período de amortização será o da vida útil do bem, ou seja, 5 anos.Depreciação do período = 51.500 € / 5 anos = 10.300 €.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 221

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Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:

Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se

que se divulgue: § 7 Port 986/2009 – Anexo 10

Para cada categoria de ativo, a quantia escriturada líquida à data do balanço.

Descrição geral dos acordos de locação significativos incluindo, pelo menos, o

seguinte:

i) A base pela qual é determinada a renda contingente a pagar;

ii) A existência e cláusulas de renovação ou de opções de compra e cláusulas

de escalonamento; e

iii) Restrições impostas por acordos de locação, tais como as que respeitam a

dividendos, dívida adicional, e posterior locação.

Exemplo Prático n.º 8 – Divulgações

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 222

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Exemplo Prático n.º 8 – Divulgações

Aspetos ainda relacionados com a divulgação no Anexo:

As divulgações previstas no n.º 7.3 do n.º 7 “locações”,

do anexo não é aplicável a estas entidades.

Vide anexo da Port. 105/2011 e Port. 986/2009)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 223

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•ENQUADRAMENTO FISCAL:Tal como nos exemplos 4 e 6 há que enquadrar oequipamento adquirido nas tabelas do DR 25/2009 everificar se a taxa máxima é ultrapassada ou não.

Exemplo Prático n.º 8 – Fiscalmente

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 224

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 225

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3.8. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS § 10 NCRF - ESNL

Reconhecimento; § 10.2 a 10.4 NCRF-ESNL

Custos de empréstimos obtidos elegíveis para capitalização;§ 10.5 a 10.5 NCRF-ESNL

Excesso da quantia escriturada do ativo que se qualifica sobrea quantia recuperável; § 10.7 NCRF-ESNL

Início da capitalização; § 10.8 a 10.9 NCRF-ESNL

Suspensão da capitalização; § 10.10 NCRF-ESNL

Cessação da capitalização. § 10.11 a 10.12 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 226

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Os custos de empréstimos obtidos incluem:• Juros de descobertos bancários e de empréstimos obtidos a curto e

longo prazo

• Amortização de descontos ou de prémios relacionados comempréstimos obtidos

• Amortização de custos acessórios incorridos em ligação com aobtenção de empréstimos obtidos

• Encargos financeiros com respeito a locações financeiras e

• Diferenças de câmbio provenientes de empréstimos obtidos em moedaestrangeira até ao ponto em que sejam vistos como um ajustamento docusto dos juros.

3.8. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS § 10 NCRF - ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 227

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• Regime geral:– Reconhecimento custos dos empréstimos

obtidos como um gasto no período em quesejam incorridos (§ 10.2)

• Excepção:– Permite-se que, em circunstâncias excecionais,

tais gastos possam ser capitalizados (§10.3)

Importa destacar que a Capitalização destes custos é Opcional!!!!

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 228

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Exemplos de gastos que podem ser capitalizados

• Custos de empréstimos obtidos que sejam diretamenteatribuíveis à aquisição, construção ou produção de umativo que se qualifica

– Tais custos podem ser capitalizados como parte docusto desse ativo, quando seja provável que delesresultarão benefícios económicos futuros para aentidade e tais custos possam ser fiavelmentemensurados.

§ 10.3

229

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• Activo se qualifica

– É um ativo que leva necessariamente um períodosubstancial de tempo para ficar pronto para o seuuso pretendido ou para venda. (10.4)

Logo podemos capitalizar custos de juros aos inventários oque não acontecia no POC

Logo podemos capitalizar custos de juros aos inventários oque não acontecia no POC

230

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Financiamentosespecíficos

FinanciamentosGlobais

Financiamentosnão elegíveis

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 231

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Financiamentosespecíficos (Fundos

pedidos especificamentepara o projeto)

- ex. Tradicionais créditosà construção

Financiamentos globais(Fundos pedidos de

forma geral (mas aindaassim utilizados no

projeto)

- ex. Tradicionais contascaucionadas

Fundos pedidosespecificamente para

outros ativos que não oprojeto

- ex. leasing automóvel

Capitalizáveis na totalidade Capitalizáveis em funçãoda taxa de capitalização

Não Capitalizáveis

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 232

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Custo (em juros) do Empréstimo deduzido de eventuaisrendimentos de investimentos temporários dos fundos pedidos

Fundos Pedidos especificamente para o “projeto”• Até ao ponto em que sejam pedidos fundos emprestados

especificamente com o fim de obter um ativo que se qualifica, aquantia dos custos de empréstimos obtidos elegível paracapitalização nesse ativo deve ser determinada com o os custosreais dos empréstimos obtidos incorridos nesse empréstimodurante o período menos qualquer rendimento deinvestimento temporário desses empréstimos.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 233

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Fundos Pedidos de forma Geral – ResumoNa medida em que os fundos sejam pedidos de uma forma geral eusados com o fim de obter um ativo que se qualifica, a quantia decustos de empréstimos obtidos elegíveis para capitalização deve serdeterminada pela aplicação de uma taxa de capitalização aosdispêndios respeitantes a esse ativo.A taxa de capitalização deve ser a média ponderada dos custos deempréstimos obtidos aplicável aos empréstimos contraídos pelaentidade que estejam em circulação no período, que não sejamempréstimos contraídos especificamente com o fim de obter um ativoque se qualifica.A quantia dos custos de empréstimos obtidos capitalizados duranteum período não deve exceder a quantia dos custos de empréstimosobtidos incorridos durante o período.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 234

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Fundos Pedidos de forma GeralExemplo:A empresa A, tem um conjunto de empréstimos, todos pedidos de forma geral, nomontante médio ao longo do período de 200.000€; o custo total de juros incorrido foide 8.000€; ao ativo elegível foram imputados dispêndios ao longo do período no totalde 100.000€.Determine os juros a capitalizar neste ativo

Taxacapitalização =

Custo total de juros incorridos=

8.000= 4%

Montante médio dos fundos pedidos 200.000

Custos a capitalizar = 4% * 100.000 = 4.000€

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 235

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Fiscalmente é Aceite na integra o tratamento contabilístico

Opção como Gasto- REDUZ carga fiscal- REDUZ RLE- resultados futuros (>),porque não são afectadospela depreciação dos jurosque se capitalizaram;

Opção Capitalizar- AUMENTA carga fiscal- AUMENTA RLE- resultados futuros (<), porque sãoafectados pela depreciação dosjuros que secapitalizaram;

Difere o pagamento de impostos Antecipa o pagamento deimpostos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 236

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O Clube de Futebol do Oeste, contratou no mês de Julho do ano N, um empréstimobancário, no montante de 10.000 €, com o único objetivo de financiar a iluminação doseu estádio. O contrato de financiamento previa um prazo de pagamento de 5 anos comprestações anuais de capital e juros, com pagamento de capital postecipado e juroantecipado à taxa de 6,00%.

Pedido: Contabilização das operações relativas aos anos N e N+1.

Exemplo Prático n.º 9

Natureza do problema: Custos de empréstimos obtidosNCRF-ESNL (capítulo aplicável): 10

Reconhecimento e Mensuração: De acordo com o § 10.2 da NCRF-ESNL, os custos dosempréstimos obtidos devem ser reconhecidos como um gasto no período em que sejamincorridos.Embora a NCRF-ESNL (§ 10.5) permita que o custo do empréstimo obtido seja elegívelpara efeitos de capitalização o clube entendeu não o fazer, dado o seu montante serreduzido.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 237

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Proposta de resolução:Capital mutuado: 10.000 €;Juros pagos em N:

600 € - período Julho de N a Junho de N + 1;Amortização em N+1:

2.000 €;Juros pagos em N+1:

480 € - período Julho de N+1 a Junho de N+2

Exemplo Prático n.º 9

Em N:

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 238

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Proposta de resolução:Capital mutuado: 10.000 €;Juros pagos em N:

600 € - período Julho de N a Junho de N + 1;Amortização em N+1:

2.000 €;Juros pagos em N+1:

480 € - período Julho de N+1 a Junho de N+2

Exemplo Prático n.º 9

Em N+1:

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 239

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ENQUADRAMENTO FISCAL:Não há quaisquer implicações fiscais porquanto o clube respeitouo estabelecido no n.º 1 do art.º 18.º do CIRC.

Exemplo Prático n.º 9

Aspetos ainda relacionados com a divulgação no Anexo:

(Vide anexo da Port. 986/2009, § 8)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 240

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A empresa bragaviana, Lda encontra-se a construirum empreendimento, com o qual despendeu em2014, o montante global de 850.000€, simultaneamente da suacontabilidade podem ser retirado os seguintes dados:

Sabendo que a empresa opta por capitalizar os custos dosempréstimos obtidos, proceda aos movimentos que considerepertinentes.

Conta Valor Capital médioem divida

Taxa media

69111 – juros específicos do projeto 22.500€ 450.000€ 5%

69112 – juros pedidos de forma geral 45.000€ 900.000€ 5%

6918 – juros de leasing- viaturaspassageiros 3.000€ 100.000€ 3%

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A empresa bragaviana, Lda encontra-se a construir umempreendimento, com o qual despendeu em 2014, o montante

global de 850.000€, simultaneamente da sua contabilidade podem serretirado os seguintes dados (… ) Sabendo que a empresa opta por capitalizar os custos dos

empréstimos obtidos, proceda aos movimentos que considere pertinentes.

Em relação aos juros específicos do Projeto

Debito Crédito Valor Descrição36 – Produtos etrabalhos em curso

733 – Variação deprodução 22.500€ Capitalização juros

específicos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

69111 – juros específicos do projeto 22.500€ 450.000€ 5%

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A empresa bragaviana, Lda encontra-se a construir umempreendimento, com o qual despendeu em 2014, o montante

global de 850.000€, simultaneamente da sua contabilidade podem serretirado os seguintes dados (… ) Sabendo que a empresa opta por capitalizar os custos dos

empréstimos obtidos, proceda aos movimentos que considere pertinentes.

Em relação aos juros pedidos de forma geral os mesmos são capitalizados emfunção da taxa de capitalização

Taxa media - 5%Dispêndios do projeto = 850.000€ – 450.000€ + 22.500€ = 422.500€juros a capitalizar = 422.500€ * 5% = 21.125€

Debito Crédito Valor Descrição36 – Produtos etrabalhos em curso

733 – Variação deprodução 21,125€ Capitalização juros pedidos

de forma geral

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

69112 – juros pedidos de forma geral 45.000€ 900.000€ 5%

243

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A empresa bragaviana, Lda encontra-se a construir umempreendimento, com o qual despendeu em 2014, o montante

global de 850.000€, simultaneamente da sua contabilidade podem serretirado os seguintes dados (… ) Sabendo que a empresa opta por capitalizar os custos

dos empréstimos obtidos, proceda aos movimentos que considere pertinentes.

Em relação aos juros dos leasings os mesmos não podem ser capitalizados aoprojeto

Assim em resumo, no caso concreto deve ser efetuado estemovimento

Debito Crédito Valor Descrição36 – Produtos etrabalhos em curso

733 – Variação deprodução 893.625€ Variação da produção

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 244

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3.9. INVENTÁRIOSMensuração dos inventários: § 11.1 NCRF-ESNL

- Menor de:

Custo Histórico ou Valor realizável líquido;

Custo Histórico ou Custo corrente.

Uma ESNL pode deter inventários cujo contributo para o desenvolvimento das atividadespresentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais que lhes estão associados nãoestão diretamente relacionados com a capacidade da entidade gerar fluxos de caixa. Estetipo de inventários pode existir, por exemplo, quando uma ESNL distribui certasmercadorias sem contrapartida.Nestes casos, os contributos para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras daentidade ou os serviços potenciais dos inventários são refletidos através da quantia que aentidade teria de pagar para comprar inventários equivalentes. Nestes casos a entidadedeve mensurar esses inventários pelo custo histórico ou custo corrente, dos dois o maisbaixo. (§ 11.1 NCRF ESNL).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 246

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3.9. INVENTÁRIOSCusto dos inventários; § 11.2 a 11.4

• O custo dos inventários deve incluir todos os:

a) Custos de compra,

b) custos de conversão (custos de transformação) e

c) outros custos incorridos para colocar os inventários no seulocal e na sua condição actuais.

(§11.2)

• O custo dos inventários deve incluir todos os:

a) Custos de compra,

b) custos de conversão (custos de transformação) e

c) outros custos incorridos para colocar os inventários no seulocal e na sua condição actuais.

(§11.2)

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3.9. INVENTÁRIOSa) Custos de compra

• Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, direitos deimportação e outros impostos (que não sejam os subsequentementerecuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte,manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bensacabados, materiais e de serviços. Descontos comerciais, abatimentos eoutros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos custos decompra.

§ 11.3• Uma entidade pode comprar inventários com condições de liquidação

diferida. Quando o acordo contenha efetivamente um elemento definanciamento, esse elemento, por exemplo uma diferença entre o preço decompra para condições de crédito normais e a quantia paga, é reconhecidocomo gasto de juros durante o período do financiamento.

• §11.4

• Os custos de compra de inventários incluem o preço de compra, direitos deimportação e outros impostos (que não sejam os subsequentementerecuperáveis das entidades fiscais pela entidade) e custos de transporte,manuseamento e outros custos diretamente atribuíveis à aquisição de bensacabados, materiais e de serviços. Descontos comerciais, abatimentos eoutros itens semelhantes deduzem-se na determinação dos custos decompra.

§ 11.3• Uma entidade pode comprar inventários com condições de liquidação

diferida. Quando o acordo contenha efetivamente um elemento definanciamento, esse elemento, por exemplo uma diferença entre o preço decompra para condições de crédito normais e a quantia paga, é reconhecidocomo gasto de juros durante o período do financiamento.

• §11.4

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3.9. INVENTÁRIOSb) custos de conversão (custos de transformação) § 11.5

• custos diretamente relacionados com as unidades de produção tais comomão de obra direta.

• Também incluem uma imputação sistemática de:

de gastos gerais de produção fixos

de gastos gerais de produção variáveis

que sejam incorridos ao converter matérias em bens acabados.

A imputação de gastos gerais de produção fixos aoscustos de conversão é baseada na capacidadenormal das instalações de produção.

• custos diretamente relacionados com as unidades de produção tais comomão de obra direta.

• Também incluem uma imputação sistemática de:

de gastos gerais de produção fixos

de gastos gerais de produção variáveis

que sejam incorridos ao converter matérias em bens acabados.

A imputação de gastos gerais de produção fixos aoscustos de conversão é baseada na capacidadenormal das instalações de produção.

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3.9. INVENTÁRIOSc) Outros Custos § 11.8

• Outros custos somente são incluídos nos custos dos inventáriosaté ao ponto em que sejam incorridos para os colocar no seulocal e na sua condição acuais. Por exemplo, pode serapropriado incluir no custo dos inventários gastos gerais que nãosejam industriais ou os custos de conceção de produtos parautentes específicos.

• Em circunstâncias limitadas, os custos de empréstimos obtidossão incluídos no custo dos inventários. Estas circunstâncias estãoidentificadas no capítulo 10 - Custos de Empréstimos Obtidos.

• Outros custos somente são incluídos nos custos dos inventáriosaté ao ponto em que sejam incorridos para os colocar no seulocal e na sua condição acuais. Por exemplo, pode serapropriado incluir no custo dos inventários gastos gerais que nãosejam industriais ou os custos de conceção de produtos parautentes específicos.

• Em circunstâncias limitadas, os custos de empréstimos obtidossão incluídos no custo dos inventários. Estas circunstâncias estãoidentificadas no capítulo 10 - Custos de Empréstimos Obtidos.

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3.9. INVENTÁRIOSCustos a excluir dos Inventários § 11.9

• Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários ereconhecidos como gastos do período em que sejam incorridos:

a) quantias anormais de materiais desperdiçados, de mão de obra ou deoutros custos de produção;

b) custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessáriosao processo de produção antes de uma nova fase de produção;

c) gastos gerais administrativos que não contribuam para colocar osinventários no seu local e na sua condição atuais; e

d) custos de vender.

• Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários ereconhecidos como gastos do período em que sejam incorridos:

a) quantias anormais de materiais desperdiçados, de mão de obra ou deoutros custos de produção;

b) custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessáriosao processo de produção antes de uma nova fase de produção;

c) gastos gerais administrativos que não contribuam para colocar osinventários no seu local e na sua condição atuais; e

d) custos de vender.

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3.9. INVENTÁRIOSCustos dos Inventários de um Prestador de Serviços § 11.10

• Desde que os prestadores de serviços tenhaminventários, estes são mensurados pelos custos darespetiva produção. Esses custos consistem sobretudo:– Nos custos de mão -de -obra e– Outros custos com o pessoal diretamente envolvido

na prestação do serviço, incluindo pessoal desupervisão, e

– Os gastos gerais atribuíveis. (incluindo materiais)

• Desde que os prestadores de serviços tenhaminventários, estes são mensurados pelos custos darespetiva produção. Esses custos consistem sobretudo:– Nos custos de mão -de -obra e– Outros custos com o pessoal diretamente envolvido

na prestação do serviço, incluindo pessoal desupervisão, e

– Os gastos gerais atribuíveis. (incluindo materiais)

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3.9. INVENTÁRIOSCusto do produto agrícola colhido proveniente de ativos biológicos; § 11.11

• Os inventários que compreendam o produto agrícolaque uma entidade tenha colhido proveniente dos seusativos biológicos são mensurados, no reconhecimentoinicial, pelo seu justo valor menos os custos estimadosno ponto de venda na altura da colheita. Este é ocusto dos inventários à data para aplicação desta

• Os inventários que compreendam o produto agrícolaque uma entidade tenha colhido proveniente dos seusativos biológicos são mensurados, no reconhecimentoinicial, pelo seu justo valor menos os custos estimadosno ponto de venda na altura da colheita. Este é ocusto dos inventários à data para aplicação desta

Considera -se uma aproximação razoável do justo valoras cotações oficiais de mercado, designadamente asdisponibilizadas pelo Sistema de Informação deMercados Agrícolas.

Considera -se uma aproximação razoável do justo valoras cotações oficiais de mercado, designadamente asdisponibilizadas pelo Sistema de Informação deMercados Agrícolas.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 253

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3.9. INVENTÁRIOSTécnicas para a mensuração do custo; § 11.12

• As técnicas para a mensuração do custo de inventários,tais como o método do custo padrão ou o método deretalho, podem ser usadas por conveniência se osresultados se aproximarem do custo.

• Os custos padrão tomam em consideração os níveisnormais dos materiais e consumíveis, da mão -de -obra, da eficiência e da utilização da capacidadeprodutiva. Estes devem ser regularmente revistos e, senecessário, devem sê-lo à luz das condições correntes.

• As técnicas para a mensuração do custo de inventários,tais como o método do custo padrão ou o método deretalho, podem ser usadas por conveniência se osresultados se aproximarem do custo.

• Os custos padrão tomam em consideração os níveisnormais dos materiais e consumíveis, da mão -de -obra, da eficiência e da utilização da capacidadeprodutiva. Estes devem ser regularmente revistos e, senecessário, devem sê-lo à luz das condições correntes.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 254

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3.9. INVENTÁRIOSFórmulas de custeio; § 11.13 a 11.14

BensEspecíficos

BensGerais

Custo Especifico

FIFO

Custo médioponderado

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 255

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3.9. INVENTÁRIOSValor realizável líquido; § 11.15 a 11.17

Valor Realizável líquido• É o preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade

empresarial menos os custos estimados de acabamento e oscustos estimados necessários para efetuar a venda.

• Anexo I á NCRF-PE• O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários

estiverem danificados, se se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou seos seus preços de venda tiverem diminuído.

• O custo dos inventários pode também não ser recuperável se os custosestimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos pararealizar a venda tiverem aumentado.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 256

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3.9. INVENTÁRIOSReconhecimento como gasto. § 11.18

• Quando os inventários forem vendidos, a quantia escriturada dessesinventários deve ser reconhecida como um gasto do período em que orespetivo rédito seja reconhecido. (§11.20)

• A quantia de qualquer ajustamento dos inventários para o valor realizávellíquido e todas as perdas de inventários devem ser reconhecidas como umgasto do período em que o ajustamento ou perda ocorra. (§11.20)

Custo das Vendas – levado às diferentes subcontas da 61Custo das Vendas – levado às diferentes subcontas da 61

Registo de uma imparidade (652/3X9)Registo de uma imparidade (652/3X9)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 257

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3.9. INVENTÁRIOSReconhecimento como gasto. § 11.18 – Reversão imparidades

A quantia de qualquer reversão do ajustamento de inventários, proveniente de umaumento no valor realizável líquido, deve ser reconhecida como uma redução naquantia de inventários reconhecida como um gasto no período em que a reversãoocorra. i.e nos custos das vendas (§11.18)

Quando as circunstâncias que anteriormente resultavam em ajustamento ao valor dosinventários deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumentono valor realizável líquido (…) a quantia do ajustamento é revertida (i.e. a reversão élimitada à quantia do ajustamento original) (…) Isto ocorre, por exemplo, quando umitem de inventários que é escriturado pelo valor realizável líquido (…) está ainda detidonum período posterior e o seu preço de venda aumentou. (§11.18)

Anulação da Imparidade Registada dos itens vendidos – 3X9/61XAnulação da Imparidade Registada dos itens vendidos – 3X9/61X

Reversão da Imparidade de Itens que permanecem em stock – 3X9/7622Reversão da Imparidade de Itens que permanecem em stock – 3X9/7622

ItensVendidos

ItensVendidos

Itens nãoVendidosItens nãoVendidos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 258

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3.9. INVENTÁRIOSReconhecimento como gasto. § 11.18

Alguns inventários podem ser imputados a outras contas do ativo,como por exemplo, inventários usados como um componente deativos fixos tangíveis de construção própria. Os inventáriosimputados desta forma a um outro ativo, são reconhecidos comoum gasto durante a vida útil desse ativo. (§11.20)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 259

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A “Casa do Rapaz” é uma associação destinada a promover aeducação de jovens em situação problemática. Em Janeiro de Ninaugurou instalações de fabrico de mobiliário, transformando amadeira em bruto em peças de mobiliário de diversas medidas,formas e utilizações. Deste modo não só obtém receitas comoprocede à formação nesta área dos jovens.

Embora a associação não possua um sistema de custeio que permitade forma individualizada calcular o custo de produção de todas aspeças de mobiliário, consegue demonstrar de forma apropriada,através de cálculos auxiliares e extracontabilísticos a sua margemde comercialização em 20%.

Exemplo Prático n.º 10

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 260

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No final do ano N, a associação tinha os seguintes registos, relativosaos seus inventários.

Compras: 80.000 €• Direitos de importação: 2.500 €• Transportes de compras: 7.500 €

Stock Final:• Matérias-primas: 25.000 € (Custo de aquisição)• Produto acabado: 40.000 € (Preço de venda)

• Produto em curso: 30.000 € (Preço de venda, 60% de acab.)

Pedido: Contabilização das operações relativas aos anos N

Exemplo Prático n.º 10 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 261

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Exemplo Prático n.º 10 - Resolução

Natureza do problema: Inventários NCRF-ESNL

(capítulo aplicável): 11

Reconhecimento e Mensuração: De acordo com o § 11.1 da NCRF-ESNL, são

reconhecidos como inventários os ativos detidos para venda no decurso

ordinário da atividade, no processo de produção para tal venda ou na forma de

materiais ou consumíveis a serem aplicados no processo de produção, devendo

ser mensurados pelo seu custo ou pelo seu valor realizável líquido, dos dois o

mais baixo.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 262

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Os custos dos inventários devem incluir todos os custos de compra e custos de

conversão. (§ 11.2) No caso dos produtos acabados e de subprodutos, deverá ser

mensurado pelo seu custo de produção ou pelo preço de venda deduzido de uma

margem de lucro que a gestão demonstre apropriada, devendo o custo dos produtos

em curso ser calculado pelo mesmo método corrigido com a percentagem

estimada de acabamento.

De acordo com o § 11.18, os inventários são reconhecidos como um gasto no

período em que forem vendidos e o rédito da sua venda seja reconhecido.

Exemplo Prático n.º 10 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 263

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Proposta de Resolução:Custo das compras: 80.000 € + 2.500 € + 7.500 € = 90.000€Custo Matérias consumidas: EI+ Compras – EF = 0 + 90.000 € - 25.000 € = 65.000€Produto acabado (custo): 40.000 € - (40.000 € * 20%) = 32.000€Produto em curso:Preço de custo do produto: 30.000 € - (30.000 € * 20%) = 24.000€60% de acabamento: 60% x 24.000€ = 14.400€

Exemplo Prático n.º 10 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 264

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Aspetos relacionados com a divulgação no Anexo:Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se

que se divulgue: § 9 Port. 986/2009 – Anexo 10

• Indicação do sistema de inventário, incluindo a fórmula de custeio usada.

• A quantia total escriturada de inventários e a quantia escriturada em

classificações apropriadas para a entidade.

• A quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período.

ENQUADRAMENTO FISCAL:Por a entidade respeitar o disposto no art.º 26.º do CIRC não há quaisquerimplicações fiscais.

Exemplo Prático n.º 10 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 265

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O Banco dos Alimentos é uma entidade que se dedica a angariar juntodas unidades produtivas alimentos que depois distribui por outrasIPSS´s (lares de terceira idade), possuindo para o efeito armazéns eequipamento para manusear as mercadorias (balanças, monta cargas,veículos de transporte, etc.).

Exemplo Prático n.º 11

Em 10DEZN recebeu da Industrial do Arroz, SA uma contribuição significativa:• 7.500 Kg de arroz (pacotes de 1 kg), e• Um donativo em dinheiro de 10.000 € sem qualquer condicionalismo, mas

que a entidade destinou à aquisição de equipamento de transporteDo arroz recebido, que deu entrada nos seus armazéns, procedeu às seguintesdistribuições:

• 16DEZ do ano N 1.000 para o lar A• 18DEZ do ano N 3.000 para o lar B• 20DEZ do ano N 2.000 para o lar C

Sabendo que o valor de mercado do arroz será de 1 €/kg proceda aos lançamentoscontabilísticos e indique o valor das existências em 31DEZ do ano N.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 266

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O Banco recebeu dois tipos de doações:

O primeiro trata-se dum donativo de “mercadorias” destinados a serem distribuídas

gratuitamente, devendo ser creditada a conta 75 e debitada a conta 311 – Mercadorias.

Quanto à mensuração vejamos o que dispõe o ponto 11.1 da norma:

Exemplo Prático n.º 11 - Resolução

75 — Subsídios, doações e legados à exploraçãoRegistam-se nesta conta os subsídios do Estado e os subsídios, doações e legados dosinstituidores/fundadores da entidade destinados à exploração. (Nota enquadramento).

75 — Subsídios, doações e legados à exploraçãoRegistam-se nesta conta os subsídios do Estado e os subsídios, doações e legados dosinstituidores/fundadores da entidade destinados à exploração. (Nota enquadramento).

Mensuração de inventários11.1 - Os inventários devem ser mensurados pelo custo histórico ou valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.Uma ESNL pode deter inventários cujo contributo para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras daentidade ou os serviços potenciais que lhes estão associados não estão diretamente relacionados com acapacidade da entidade gerar fluxos de caixa. Este tipo de inventários pode existir, por exemplo, quando uma ESNLdistribui certas mercadorias sem contrapartida. Nestes casos, os contributos para o desenvolvimento dasatividades presentes e futuras da entidade ou os serviços potenciais dos inventários são reflectidos através daquantia que a entidade teria de pagar para comprar inventários equivalentes.

Logo o Arroz deverá ser valorizado a 1€/KGLogo o Arroz deverá ser valorizado a 1€/KG

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O Banco recebeu dois tipos de doações:

• O segundo é um subsídio em dinheiro que deve ser creditada a conta 594 – Doações

e debitada a c/ 12- Depósitos à ordem (de notar que o n.º 3 do art.º 66.º do EBF

obriga a que os donativos superiores a 200 € … devem ser efetuados através de meio

de pagamento que permita a identificação do mecenas, designadamente

transferência bancária, cheque nominativo ou débito direto.)

Exemplo Prático n.º 11 - Resolução

Os subsídios de fundadores/associados/membros e do Estado, bem como os donativosque estejam associados com ativos fixos tangíveis ou intangíveis são registados nestaconta.As subcontas 593 — Subsídios e 594 — Doações incluem os subsídios e doaçõesassociados com ativos fixos tangíveis e intangíveis que deverão ser transferidos numabase sistemática para a conta 7883 — Imputação de subsídios/doações parainvestimentos, à medida que forem contabilizadas as depreciações/amortizações doinvestimento a que respeitam.

Os subsídios de fundadores/associados/membros e do Estado, bem como os donativosque estejam associados com ativos fixos tangíveis ou intangíveis são registados nestaconta.As subcontas 593 — Subsídios e 594 — Doações incluem os subsídios e doaçõesassociados com ativos fixos tangíveis e intangíveis que deverão ser transferidos numabase sistemática para a conta 7883 — Imputação de subsídios/doações parainvestimentos, à medida que forem contabilizadas as depreciações/amortizações doinvestimento a que respeitam.

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• Quando se proceder à distribuição deve-se creditar a conta 311 por débito

611 – Mercadorias (não existe na classe 6 uma conta que englobe a

distribuição gratuita das “mercadorias” pelos beneficiários).

• Deste modo a Demonstração de Resultados espelha a atividade

desenvolvida pela entidade em termos de “exploração” (esta consiste na

distribuição de bens alimentares). Como ficou em inventário 1.500 Kg de

arroz isto vai significar que a conta de resultados espalha um “lucro” de

7.500 € - 6.000 € = 1.500 €, sendo que em Janeiro de N+1 este valor será

compensado pelo custo de novas distribuições.

Exemplo Prático n.º 11 - Resolução

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Exemplo Prático n.º 11 - Resolução

ENQUADRAMENTO FISCAL:No tocante aos inventários por a entidade respeitar o disposto noart.º 26.º do CIRC não há quaisquer implicações fiscais.No tocante aos donativos a entidade tem de dar cumprimento aoestabelecido no n.º 1 do art.º 66.º do EBF, isto é, a emitir recibo(alínea a)), possuir registo atualizado da Industrial do Arroz (alínea b))e a entregar a DM 25. (alínea c)).De notar que o n.º 3 do art.º 66.º do EBF obriga a que os donativossuperiores a 200 € “… devem ser efetuados através de meio de pa-gamento que permita a identificação do mecenas, designadamentetransferência bancária, cheque nominativo ou débito direto.”

ENQUADRAMENTO FISCAL:No tocante aos inventários por a entidade respeitar o disposto noart.º 26.º do CIRC não há quaisquer implicações fiscais.No tocante aos donativos a entidade tem de dar cumprimento aoestabelecido no n.º 1 do art.º 66.º do EBF, isto é, a emitir recibo(alínea a)), possuir registo atualizado da Industrial do Arroz (alínea b))e a entregar a DM 25. (alínea c)).De notar que o n.º 3 do art.º 66.º do EBF obriga a que os donativossuperiores a 200 € “… devem ser efetuados através de meio de pa-gamento que permita a identificação do mecenas, designadamentetransferência bancária, cheque nominativo ou débito direto.”

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3.10. RÉDITO - Mensuração do rédito: §12.1 a 12.3

As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostossobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre ovalor acrescentado são excluídos do rédito. (§12.3)

As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostossobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre ovalor acrescentado são excluídos do rédito. (§12.3)

Num relacionamento de agência, o rédito é a quantia de comissão. Asquantias cobradas por conta do mandante não são rédito. (§12.3)Num relacionamento de agência, o rédito é a quantia de comissão. Asquantias cobradas por conta do mandante não são rédito. (§12.3)

Mensuração – O Redito deve ser mensurado pelo justo valorda retribuição ou contraprestação recebida ou a receber,líquido de Rappel e outros descontos comerciais concedidos.

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3.10. RÉDITO - Reconhecimento

O rédito proveniente da venda de bens deve serreconhecido quando tiverem sido satisfeitas todas ascondições seguintes:

a) a entidade tenha transferido para o comprador os riscos evantagens significativos da propriedade dos bens;

b) a entidade não mantenha envolvimento continuado degestão com grau geralmente associado com a posse, nem ocontrolo efetivo dos bens vendidos;

c) a quantia do rédito possa ser fiavelmente mensurada;d) seja provável que os benefícios económicos associados com a

transação fluam para a entidade; ee) os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à

transação possam ser fiavelmente mensurados.§12.4

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3.10. RÉDITO - Reconhecimento• A avaliação de quando uma entidade transferiu os riscos e

vantagens significativos da propriedade para o comprador exigeum exame das circunstâncias da transação.

• Na maior parte dos casos, a transferência dos riscos e vantagensda propriedade coincide com a transferência do documentolegal ou da passagem da posse para o comprador. Este é o casoda maioria das vendas a retalho.

• Noutros casos, a transferência de riscos e vantagens depropriedade ocorre num momento diferente da transferência dodocumento legal ou da passagem da posse.

(§12.5)

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3.10. RÉDITO - Reconhecimento

• Se a entidade retiver significativos riscos de propriedade, atransação não é uma venda e o rédito não é reconhecido. Umaentidade pode reter um risco significativo de propriedade demuitas maneiras.

• São exemplos de situações em que a entidade pode reter osriscos significativos e vantagens de propriedade: (cont.)c) Quando os bens sejam expedidos sujeitos a instalação e a instalação

seja uma parte significativa do contrato que ainda não tenha sidoconcluído pela entidade; e

d) Quando o comprador tenha o direito de rescindir a compra por umarazão especificada no contrato de venda e a entidade não esteja seguraacerca da probabilidade de devolução. (§12.6)

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3.10. RÉDITO – Reconhecimento rédito Prestações Serviços

• Quando o desfecho de uma transação que envolva a prestação deserviços possa ser fiavelmente estimado, o rédito associado com atransação deve ser reconhecido com referência à fase de acabamento datransação à data do balanço. O desfecho de uma transação pode serfiavelmente estimado quando todas as condições seguintes forem satisfeitas:

a) A quantia de rédito possa ser fiavelmente mensurada;b) Seja provável que os benefícios económicos associados à transação

fluam para a entidade;c) A fase de acabamento da transação à data do balanço possa ser

fiavelmente mensurada; ed) Os custos incorridos com a transação e os custos para concluir a

transação possam ser fiavelmente mensurados.§12.7

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Resumo Reconhecimento Redito Prestações Serviços.

Percentagem de AcabamentoPercentagem de Acabamento

Estimativa deResultadoRazoável

Estimativa deResultadoRazoável

Resultado nãoEstimável

Resultado nãoEstimável Perda ExpectávelPerda Expectável

ReconhecerRendimento deacordo com %Acabamento

ReconhecerRendimento deacordo com %Acabamento

ReconhecerRendimento Apenas

no Montante doscustos Recuperáveis

ReconhecerRendimento Apenas

no Montante doscustos Recuperáveis

Reconhecer perdaImediatamente

Reconhecer perdaImediatamente

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Resumo Reconhecimento Redito

JurosJuros RoyaltiesRoyalties DividendosDividendos

Regime doAcrescimoRegime doAcrescimo

Base do acréscimoImputaçãoSistemática

de acordo com ostermos docontrato

Base do acréscimoImputaçãoSistemática

de acordo com ostermos docontrato

Quando osaccionistas

tiverem direito areceber o

pagamentoestabelecido(Imputação)

Quando osaccionistas

tiverem direito areceber o

pagamentoestabelecido(Imputação)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 278

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A Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Alegrete, abrangida pela NCRF-ESNL,tem, entre outras receitas, uma quotização mensal de €10.000,00.Mensalmente emite as quotas que entrega a terceiros para proceder à sua cobrança.Pretende-se o registo contabilístico, no mês corrente, de tal receita sabendo que apenasfoi cobrado 8.000 € de quotas.

Enquadramento:De acordo com o § 12.10 da NCRF-ESNL, são consideradas prestações de serviços asquotizações próprias de cada sector.

Exemplo Prático n.º 12

Reconhecimento:Quando os serviços sejam desempenhados por um número indeterminado deatos durante um período específico de tempo, o rédito é reconhecido numa basede linha reta durante o período específico a menos que haja evidência de queoutro método represente melhor a fase de acabamento. [§ 12.8];

Reconhecimento:Quando os serviços sejam desempenhados por um número indeterminado deatos durante um período específico de tempo, o rédito é reconhecido numa basede linha reta durante o período específico a menos que haja evidência de queoutro método represente melhor a fase de acabamento. [§ 12.8];Mensuração:O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou areceber. [§ 12.2]

Mensuração:O rédito deve ser mensurado pelo justo valor da retribuição recebida ou areceber. [§ 12.2]

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 279

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A Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Alegrete, abrangida pela NCRF-ESNL,tem, entre outras receitas, uma quotização mensal de €10.000,00.Mensalmente emite as quotas que entrega a terceiros para proceder à sua cobrança.Pretende-se o registo contabilístico, no mês corrente, de tal receita sabendo que apenasfoi cobrado 8.000 € de quotas.

Enquadramento:De acordo com o § 12.10 da NCRF-ESNL, são consideradas prestações de serviços asquotizações próprias de cada sector.

Exemplo Prático n.º 12 - Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

264 Quotas 722 Quotizações e Joias 10.000 €Pelo processamento daquotização:

11/12 264 Quotas 8.000 € pelo recebimento

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 280

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Divulgação:

Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que se

divulgue no final do exercício a politica contabilística adotada para reconhecimento do

rédito e bem assim o montante das prestações de serviços.

Exemplo Prático n.º 12 – Divulgações e Fiscalidade

ENQUADRAMENTO FISCAL:Não há quaisquer implicações fiscais.ENQUADRAMENTO FISCAL:Não há quaisquer implicações fiscais.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 281

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Pergunta 4De acordo com a NCRF-ESNL, os rendimentos:a) São reconhecidos na demonstração dos resultados quando tenha surgido um

aumento dos recursos económicos da entidade relacionados com um aumentonum ativo ou com uma diminuição de um passivo, que possa ser quantificadocom fiabilidade e que não esteja relacionado com contributos para o fundosocial;

b) São reconhecidos no balanço quando tenha surgido um aumento dos recursoseconómicos da entidade relacionados com um aumento num ativo ou com umadiminuição de um passivo, que possa ser quantificado com fiabilidade e que nãoesteja relacionado com contributos para o fundo social;

c) São divulgados no anexo quando tenha surgido um aumento dos recursoseconómicos da entidade relacionados com um aumento num ativo ou com umadiminuição de um passivo, que possa ser quantificado com fiabilidade e que nãoesteja relacionado com contributos para o fundo social;

d) Nenhuma das anteriores.

Pergunta 4De acordo com a NCRF-ESNL, os rendimentos:a) São reconhecidos na demonstração dos resultados quando tenha surgido um

aumento dos recursos económicos da entidade relacionados com um aumentonum ativo ou com uma diminuição de um passivo, que possa ser quantificadocom fiabilidade e que não esteja relacionado com contributos para o fundosocial;

b) São reconhecidos no balanço quando tenha surgido um aumento dos recursoseconómicos da entidade relacionados com um aumento num ativo ou com umadiminuição de um passivo, que possa ser quantificado com fiabilidade e que nãoesteja relacionado com contributos para o fundo social;

c) São divulgados no anexo quando tenha surgido um aumento dos recursoseconómicos da entidade relacionados com um aumento num ativo ou com umadiminuição de um passivo, que possa ser quantificado com fiabilidade e que nãoesteja relacionado com contributos para o fundo social;

d) Nenhuma das anteriores.

EXEMPLO CURSO ON LINE

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 282

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Pergunta 4…

Resposta:

a) São reconhecidos na demonstração dos resultados quando tenhasurgido um aumento dos recursos económicos da entidaderelacionados com um aumento num ativo ou com uma diminuiçãode um passivo, que possa ser quantificado com fiabilidade e quenão esteja relacionado com contributos para o fundo social.Ver parágrafo 3.6 da Norma.

EXEMPLO CURSO ON LINE

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 283

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Conta 71715 Materiais de consumo

7151 Material desportivo7152 Medicamentos e artigos de saúde7153 Material de representação e propaganda

PLANO DE CONTAS - Particularidades

72 Prestações de serviços721 Quotas dos utilizadores722 Quotizações e joias723 Promoções para captação de recursos724 Rendimentos de patrocinadores e colaborações

722 - Quotizações e joias pode ser utilizada pelas associações mutualistas para registar osrendimentos resultantes da subscrição pelos associados de qualquer das modalidades debenefícios postos à sua disposição.

722 - Quotizações e joias pode ser utilizada pelas associações mutualistas para registar osrendimentos resultantes da subscrição pelos associados de qualquer das modalidades debenefícios postos à sua disposição.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 284

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 285

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3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

Conceitos: § 13.3 NCRF-ESNL Provisões; Passivos contingentes; Ativos contingentes.

Reconhecimento: § 13.4 a 13.12 NCRF-ESNL Provisões: Passivos contingentes: não devem ser reconhecidos Ativos contingentes: não devem ser reconhecidos

Mensuração § 13.13 a 13.28 NCRF-ESNLProvisões para restauro de locais contaminados e desmantelamento;

§ 13.29 NCRF-ESNL

Provisões específicas do setor mutualista;

Árvore de decisão. § 13.30 a 13.31 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 286

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Provisão§ 13.3 a

Provisão§ 13.3 a

São reconhecidas (desde que possa ser efectuada uma estimativa fiável)como passivos porque são obrigações presentes e é provável que umexfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos seránecessário para liquidar as obrigações.

Passivocontingente

§ 13.3 b

Passivocontingente

§ 13.3 b

Não são reconhecidos como passivos porque:(i) São obrigações possíveis, uma vez que carecem de confirmação sobrese a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir aum exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos;ou(ii) São obrigações presentes que não satisfazem os critérios dereconhecimento desta Norma, seja porque não é provável que seránecessário um exfluxo de recursos que incorporem benefícioseconómicos para liquidar a obrigação, seja porque não pode ser feitauma estimativa suficientemente fiável da quantia da obrigação.

AtivoContingente

§ 13.3 c

AtivoContingente

§ 13.3 c

Não são reconhecidos pois são possíveis ativos provenientes deacontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pelaocorrência ou não ocorrência de um ou mais acontecimentos futurosincertos não totalmente sob o controlo da entidade.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 287

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As provisões (incluindo as de carácter ambiental) –como elemento do passivo que são - só devem ser

reconhecidas quando cumulativamente: (§13.4)

uma entidade tenhauma obrigação

presente (legal ouconstrutiva) comoresultado de umacontecimento

passado

seja provável que umexfluxo de recursos

que incorporembenefícios

económicos seránecessário para

liquidar a obrigação

possa ser feita umaestimativa fiável da

quantia da obrigação

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 288

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• Um acontecimento passado que conduza a umaobrigação presente é chamado um acontecimento que criaobrigações.

• Para um evento ser considerado um acontecimento que criaobrigações, é necessário que a entidade não tenhanenhuma alternativa realista senão liquidar a obrigaçãopor ele criada, o que apenas ocorre:

– quando a liquidação da obrigação possa ser impostalegalmente, ou

– no caso de uma obrigação construtiva, quando o evento(que pode ser uma acção da própria entidade) crieexpectativas válidas em terceiros de que ela cumprirá aobrigação.

§13.6

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 289

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• O uso de estimativas é uma parte essencial dapreparação de demonstrações financeiras e nãoprejudica a sua fiabilidade.

– Isto é especialmente verdade no caso de provisões, quepela sua natureza são mais incertas do que a maior partede outros elementos do balanço.

– Uma entidade pode, normalmente, fazer uma estimativada obrigação que seja suficientemente fiável para usarao reconhecer uma provisão.

– Quando tal não seja possível, existe um passivo que nãopode ser reconhecido, sendo divulgado como umpassivo contingente.

290

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• Os passivos contingentes, não sãoreconhecidos apenas são divulgados

• Excepção:– se for remota a possibilidade de ocorrência de

um exfluxo de recursos que incorpore benefícioseconómicos.

(ou seja nestes casos nem sequer divulga o facto)

– §13.9 e 13.10

291

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• As entidades não devem reconhecer um ativocontingente. (§13.11)

• Os ativos contingentes são divulgados quando forprovável que venha a ocorrer um influxo de benefícioseconómicos.

– Apenas nos casos em que a realização de rendimentosesteja virtualmente certa, o ativo relacionado pode serreconhecido.

292

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vo3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES EACTIVOS CONTINGENTESÁrvore de Decisão

Começo

Existe uma Obrigação presenteresultante de um acontecimento

passado?

Existe uma Obrigação presenteresultante de um acontecimento

passado?

É Provável ocorrer um exfluxoincorporando benefícios económicos?

É Provável ocorrer um exfluxoincorporando benefícios económicos?

É Possível efetuar umaestimativa fiável?

É Possível efetuar umaestimativa fiável?

A obrigação é apenaspossível?

A obrigação é apenaspossível?

É remota?É remota?

Reconhecer aProvisão

Divulgar PassivoContingente

Não Reconhecer nemDivulgar

Não Reconhecer nemDivulgar

SIM

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO (Raro)

NÃO

SIM

NÃO

SIM

Fonte: IASB, IAS 37, 1998

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 293

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• A quantia reconhecida como uma provisãodeve ser a melhor estimativa do dispêndioexigido para liquidar a obrigação presente àdata do balanço, tendo em consideração osriscos e incertezas que inevitavelmenterodeiam os acontecimentos. (§13.13 a 13.16)

O efeito de legislação a promulgar deve ser tido em consideração namensuração de uma obrigação existente, quando haja evidência objetivasuficiente de que tal promulgação e subsequente implementação sãovirtualmente certas. (§13.19)

294

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• Efeito do valor temporal do dinheiro

– Quando este efeito for material, a quantia deuma provisão deve ser o valor presente dosdispêndios que se espera que sejam necessáriospara liquidar a obrigação. (§13.7)

Quando seja usado o desconto, a quantia escriturada de uma provisãoaumenta em cada período para reflectir a passagem do tempo. Este aumentoé reconhecido como um gasto financeiro. (§13.24)

Quando seja usado o desconto, a quantia escriturada de uma provisãoaumenta em cada período para reflectir a passagem do tempo. Este aumentoé reconhecido como um gasto financeiro. (§13.24)

295

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ProvisãoProvisão

Demasiados Riscose Incertezas

Demasiados Riscose Incertezas

Se o efeitotemporal do

tempo for material

Se o efeitotemporal do

tempo for material

MelhorEstimativa

Do dispêndio exigido paraliquidar a obrigação

MelhorEstimativa

Do dispêndio exigido paraliquidar a obrigação

Utilizar ValorPresente

Se grande população deitens

Se grande população deitens

Apenas Divulgar

Utilizar probabilidades deDesfecho

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 296

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• As provisões devem ser revistas à data decada balanço e ajustadas para refletir amelhor estimativa corrente.

• Se deixar de ser provável que seránecessário um exfluxo de recursos queincorporem benefícios económicos futurospara liquidar a obrigação, a provisão deveser revertida.

§13.23

deve serprática

transversala todos os

elementos dobalanço

297

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

• Se a entidade tiver um contrato que seja oneroso, aobrigação presente segundo o contrato deve serreconhecida e mensurada como uma provisão.(§13.27)

Contrato oneroso - contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer asobrigações segundo o contrato excedem os benefícios económicos que seespera venham a ser recebidos segundo o mesmo. Os custos inevitáveissegundo um contrato reflectem o menor do custo líquido de sair do contrato,que é o mais baixo do custo de o cumprir e de qualquer compensação ou depenalidades provenientes da falta de o cumprir. (§13.28)

Contrato oneroso - contrato em que os custos inevitáveis de satisfazer asobrigações segundo o contrato excedem os benefícios económicos que seespera venham a ser recebidos segundo o mesmo. Os custos inevitáveissegundo um contrato reflectem o menor do custo líquido de sair do contrato,que é o mais baixo do custo de o cumprir e de qualquer compensação ou depenalidades provenientes da falta de o cumprir. (§13.28)

3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

298

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

Provisões para restauro de locais contaminados edesmantelamento

• Os dispêndios relacionados com o restauro de locais, remoçãodos desperdícios acumulados, paragem ou remoção de ativos,em que a entidade seja obrigada a incorrer, deverão serreconhecidos de acordo com os critérios estabelecidos em13.4, na data em que tiver início a atividade da entidade e,consequentemente surgir a obrigação. (§13.29)

3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

299

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3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

Diferenças Face a NCRF-PE – Setor Mutualista§ 13.30 As responsabilidades assumidas relativamente a períodos futuros com as

modalidades complementares de Segurança Social subscritas pelos Associados,resultarão de estudos atuariais anualmente efetuados. Nestas modalidades incluem-se, nomeadamente, subsídios de funeral, subsídios por morte, subsídio desobrevivência, pensões de reforma, capital de reforma, rendas vitalícias, subsídios aprazo, planos de poupança e capitais de previdência".

§ 13.31 Deve ser construída informação de resultados relativa aos fundos permanentesrelacionados com cada uma das modalidades acima referenciadas, destinados agarantir as responsabilidades assumidas e que não deve ser inferior ao valor dasprovisões criadas para o efeito".

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 300

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3.11. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES

Diferenças Face a NCRF-PE – Setor Mutualista298 – Provisões específicas do setor, a qual poderá ser utilizada

para registo das provisões específicas do setor em que aentidade se insere. Assim, no caso das mutualidades, registam-se nesta conta as responsabilidades assumidas relativamente aperíodos futuros com as modalidades associativas dasassociações mutualistas, sendo que as verbas a incluiranualmente nesta conta devem resultar de estudos atuais .

As suas subcontas devem ser utilizadas diretamente pelosdispêndios para que foram reconhecidas, sem prejuízo dasreversões a que haja lugar. Esta conta será movimentada porcontrapartida de 6781 - Provisões específicas do setor

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 301

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• Na Creche do Monte verificou-se em Outubro do ano N uma intoxicação

alimentar provocada pelos produtos utilizados numa refeição. As famílias das

crianças solicitaram, por via judicial, o pagamento de uma indemnização no

valor global de 20.000 €.

• A Creche declinou desde logo qualquer responsabilidade no sucedido,

remetendo para os seus fornecedores essa responsabilidade.

• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório

do delegado de saúde, só agora conhecido, é provável que a entidade venha a

ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamento não eram as

ideais.

• Na Creche do Monte verificou-se em Outubro do ano N uma intoxicação

alimentar provocada pelos produtos utilizados numa refeição. As famílias das

crianças solicitaram, por via judicial, o pagamento de uma indemnização no

valor global de 20.000 €.

• A Creche declinou desde logo qualquer responsabilidade no sucedido,

remetendo para os seus fornecedores essa responsabilidade.

• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório

do delegado de saúde, só agora conhecido, é provável que a entidade venha a

ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamento não eram as

ideais.

Exemplo Prático n.º 13

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 302

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Assim a entidade deve ter contabilisticamente o seguinte comportamento (ver árvore de decisão):

• 1.º No ano N não deve reconhecer a Provisão porquanto sendo um acontecimento passado não

cria obrigações. A situação deve ser divulgada nas notas anexas como sendo um passivo

contingente (§ 13.7. da NCRF-ESNL), a não ser que a probabilidade de qualquer exfluxo seja

remota, caso em que não necessita de qualquer divulgação.

• 2.º No ano N+1 tendo em conta a informação do advogado, há uma obrigação presente como

consequência de um acontecimento passado que cria obrigações, sendo muito provável que

ocorrerão exfluxos (saídas) de recursos, pelo que deve ser reconhecida uma provisão no valor de

20.000€ (§ 13.3. da NCRF-ESNL).

• Na Creche do Monte verificou-se em Outubro do ano N uma intoxicação alimentar provocada pelos produtosutilizados numa refeição. As famílias das crianças solicitaram, por via judicial, o pagamento de umaindemnização no valor global de 20.000 €.

• A Creche declinou desde logo qualquer responsabilidade no sucedido, remetendo para os seus fornecedoresessa responsabilidade.

• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório do delegado de saúde, só agoraconhecido, é provável que a entidade venha a ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamentonão eram as ideais.

• Na Creche do Monte verificou-se em Outubro do ano N uma intoxicação alimentar provocada pelos produtosutilizados numa refeição. As famílias das crianças solicitaram, por via judicial, o pagamento de umaindemnização no valor global de 20.000 €.

• A Creche declinou desde logo qualquer responsabilidade no sucedido, remetendo para os seus fornecedoresessa responsabilidade.

• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório do delegado de saúde, só agoraconhecido, é provável que a entidade venha a ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamentonão eram as ideais.

Exemplo Prático n.º 13 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 303

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• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório do delegado de saúde, só agoraconhecido, é provável que a entidade venha a ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamentonão eram as ideais.

• Em Junho do ano N+1 o advogado da creche informou que, face ao relatório do delegado de saúde, só agoraconhecido, é provável que a entidade venha a ser responsabilizada porquanto as condições de armazenamentonão eram as ideais.

Exemplo Prático n.º 13 - Resolução

Conta Descrição Débito Crédito673 Processos judiciais em curso 20.000,00293 Processos judiciais em curso 20.000,00

Aspetos relacionados com a divulgação:

A NCRF-ESNL não prescreve nenhuma obrigação específica de divulgação. Dada

a sensibilidade deste assunto deve ser a Direcção da Creche a tomar esta decisão.

Aspetos relacionados com a divulgação:

A NCRF-ESNL não prescreve nenhuma obrigação específica de divulgação. Dada

a sensibilidade deste assunto deve ser a Direcção da Creche a tomar esta decisão.

ENQUADRAMENTO FISCAL:Não há quaisquer implicações fiscais por as provisões serem aceites como custo de acordocom a alínea i) do n.º 1 do art.º 23.º do CIRC (anteriormente h) , e este tipo de provisãoestar se encontrar enquadrado na alínea a) do n.º 1 do art.º 39.º do CIRC.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 304

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 305

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3.12. SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOSSubsídios; § 14.1 a 14.7 NCRF-ESNL

Subsídios não monetários; § 14.8 NCRF-ESNL

Apresentação de subsídios relacionados com ativos (Fundospatrimoniais) § 14.9 NCRF-ESNL

Apresentação de subsídios relacionados comrendimentos (rendimentos do exercício) § 14.10 NCRF-ESNL

Reembolso de subsídios § 14.11 NCRF-ESNL(Revisão estimativa contabilística;)

Outros apoios. § 14.12 a 14.13 NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 306

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ApoioApoioAção concebida para proporcionar benefícios económicos específicos auma entidade ou categoria de entidades que a eles se propõem (não seincluem aqui os benefícios e isenções fiscais).

SubsídioSubsídioAuxílio sob a forma de transferência de recursos para uma entidade, emtroca do cumprimento passado ou futuro de determinadas condiçõesrelacionadas com as suas atividades operacionais.

TipologiaOs subsídios podem ser:a) Relacionados com ativosb) Relacionados com rendimentos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 307

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3.12. SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS• Os subsídios, incluindo subsídios não

monetários, só devem ser reconhecidos apósexistir segurança de que:

a) A entidade cumprirá as condições a elesassociadas; e

b) Os subsídios serão recebidos.§ 14.1

A maneira pela qual um subsídio é recebido não afecta o método contabilísticoa ser adoptado com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio écontabilizado da mesma maneira quer ele seja recebido em dinheiro quercomo redução de um passivo. (§14.2)

A maneira pela qual um subsídio é recebido não afecta o método contabilísticoa ser adoptado com respeito ao subsídio. Por conseguinte, um subsídio écontabilizado da mesma maneira quer ele seja recebido em dinheiro quercomo redução de um passivo. (§14.2)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 308

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3.12. SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOSOs subsídios reembolsáveis são contabilizados comoPassivos. No caso de estes subsídios adquirirem acondição de não reembolsáveis, deverão passar a ter otratamento referido no ponto 14.5.

§14.6

Consideram-se subsídios não reembolsáveis quando exista um acordoindividualizado de concessão do subsídio a favor da entidade, se tenhamcumprido as condições estabelecidas para a sua concessão e não existamdúvidas de que os subsídios serão recebidos (§14.5)

Consideram-se subsídios não reembolsáveis quando exista um acordoindividualizado de concessão do subsídio a favor da entidade, se tenhamcumprido as condições estabelecidas para a sua concessão e não existamdúvidas de que os subsídios serão recebidos (§14.5)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 309

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3.12. SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS

Subsídios não monetários

Um subsídio não reembolsável pode tomar a forma detransferência de um ativo não monetário, tal como terrenosou outros recursos, para uso da entidade. Nestascircunstâncias é usual avaliar o justo valor do ativo nãomonetário e contabilizar quer o subsídio quer o ativo poresse justo valor. Caso este não possa ser determinado comfiabilidade, tanto o ativo como o subsídio serão de registarpor uma quantia nominal.

§14.8

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 310

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Relacionadoscom ativos

(ao investimento)

Relacionadoscom ativos

(ao investimento)

Subsídiosreembolsáveis

Ativos fixostangíveis

depreciáveis eintangíveis

amortizáveis

Ativos fixostangíveis

depreciáveis eintangíveis

amortizáveis

Ativos fixostangíveis nãodepreciáveis eintangíveis não

amortizáveis

Ativos fixostangíveis nãodepreciáveis eintangíveis não

amortizáveis

Relacionadoscom

rendimentos( à exploração)

Relacionadoscom

rendimentos( à exploração)

Subsídios nãomonetários

Subsídios nãomonetários

Subsídios nãoreembolsáveis

Tipo

s de

Subs

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s

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 311

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Subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos

Ativos IntangíveisAtivos Fixos Tangíveis

DepreciáveisDepreciáveis Não depreciáveisNão depreciáveis Vida útildefinidaVida útildefinida

Vida útilindefinidaVida útil

indefinida

Fundos PatrimoniaisFundos Patrimoniais

Imputaçãosistemática arendimentos

Imputaçãosistemática arendimentos

Compensaçãode perdas por

imparidade

Compensaçãode perdas por

imparidade

Imputaçãosistemática arendimentos

Imputaçãosistemática arendimentos

Compensaçãode perdas por

imparidade

Compensaçãode perdas por

imparidade

Fundos PatrimoniaisFundos Patrimoniais

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 312

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Subsídios relacionados com rendimentos

Gastos incorridos emperíodos anteriores Reconhecer em rendimentos do período (conta 75).

Gastos parcialmenteincorridos em períodos

anteriores

Reconhecer a parte relacionada com os gastos jáincorridos (período e anteriores) como rendimentos doperíodo (conta 75).Reconhecer a parte dos gastos ainda não incorridos emrendimentos a reconhecer (conta 282).

Gastos ainda nãoincorridos

Registar em rendimentos a reconhecer (conta 282),transferindo para resultados à medida da sua realização.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 313

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3.12. SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOSApoio

• São exemplos de outros apoios que não têm valor atribuído,os conselhos técnicos e de comercialização gratuitos, aconcessão de garantias, os empréstimos sem juros ou a taxasde juros baixos ou a disponibilização, sem gastos associadospara o beneficiário, de instalações, equipamentos ou outros.(§14.12)

• O significado do benefício mencionado nos exemplos doponto anterior pode ser tal que a divulgação da natureza,extensão e duração do apoio seja necessária a fim de que asdemonstrações financeiras não sejam enganosas . (§ 14.13)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 314

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Particularidades NCRF – ESNL – Plano de contas• Conta 75 - Subsídios, doações e legados à exploração, sendo

registados nas subcontas apropriadas os subsídios do Estado e ossubsídios, doações e legados dos instituidores e/ou fundadores daentidade quando destinados à exploração.

• Conta 59 - Outras variações nos fundos patrimoniais, são registadosos subsídios de fundadores, associados e membros e do Estado, bemcomo os donativos, que estejam associados com ativos fixos tangíveisou intangíveis.

• As subcontas 593 - Subsídios e 594 - Doações incluem os subsídios edoações associados com ativos fixos tangíveis e intangíveis quedeverão ser transferidos numa base sistemática para a conta 7883 -Imputação de subsídios/doações para investimentos, à medida queforem contabilizadas as depreciações ou amortizações doinvestimento a que respeitam.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 315

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SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIOA Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o

SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL a partir de 1JAN1012.

Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de

100.000 € (Subsídio do Governo não reembolsável relacionado com ativos) que

virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para o efeito

remeter a documentação justificativa a fim de a mesma ser devidamente

controlada.

Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais

cujos primeiros proveitos se devem verificar em Novembro de 2011. Admita-se

que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de 200.000 €.

Exemplo Prático n.º 14

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 316

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As despesas apresentadas deram origem às seguintes comparticipações (porsimplificação apenas se considerou 1 recebimento no ano de 2010 e outro em2011):Em 15/12/2010: 10.000 €

Em 30/06/2011: 70.000 €

Em 20/02/2012: 20.000 €

Pedido: Contabilização das operações relativas aos anos de 2010, 2011 e 2012

Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIO

Natureza do problema: “Contabilização dos subsídios e divulgaçãode apoios” e “Subsídios e outros apoios”SNC-NCRF 17 NCRF 22 e NCRF-ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 317

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIO

Reconhecimento e Mensuração:Com a entrada em vigor do SNC a contabilização dos subsídios do governopassou a estar contemplada na NCRF 17:

Subsídio não condicional: reconhecido como rendimentoquando, e somente quando, o subsídio se torne recebível (§3.6.);Subsídio condicional: reconhecido como rendimento quando, esomente quando, sejam satisfeitas as condições ligadas aosubsídio (§ 3.6.).Relacionados com ativos (ao investimento) → Ativos fixostangíveis depreciáveis e intangíveis amortizáveis.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 318

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIO

Problemática associada ao momento do reconhecimento do subsídio:Quando se poderá considerar que uma entidade tem certeza razoável de

que cumpre com as condições de reconhecimento de um subsídio? Aquando daassinatura do contrato ou, pelo contrário, apenas quando o projeto deinvestimento está totalmente concluído?

Analisando criticamente as 2 possibilidades, um subsídio apenas deve serreconhecido aquando da decisão de aprovação e contratualização do mesmo,ou seja, aquando da formalização da atribuição do subsídio por parte daentidade que concede o subsidio.

Na data da assinatura do contrato a associação está a assumir que irá cumprircom as condições presentes no mesmo, da mesma forma que a entidade queconcede o subsidio se está a comprometer a atribui-lo.

Na data da assinatura do contrato a associação está a assumir que irá cumprircom as condições presentes no mesmo, da mesma forma que a entidade queconcede o subsidio se está a comprometer a atribui-lo.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 319

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No tocante ao subsídio, e de acordo com o §12 da NCRF 22, este enquadra-senos subsídios do Governo não reembolsáveis para ativos, pelo que deve serinicialmente reconhecida nos Capitais Próprios (antes da vigência da NCRF-ESNLporquanto nos encontrávamos no ano de 2010).

Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIORELEMBRANDO:A Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL apartir de 1JAN1012.Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de 100.000 € (Subsídio do Governo nãoreembolsável relacionado com ativos) que virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para oefeito remeter a documentação justificativa a fim de a mesma ser devidamente controlada.Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais cujos primeiros proveitos sedevem verificar em Novembro de 2011. Admita-se que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de200.000 €.

Conta Descrição Débito Crédito278 Outros devedores e credores 100.000,00593 Subsídios 100.000,00

Em 30/10/2014 – data da assinatura do contrato.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 320

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIORELEMBRANDO:A Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL apartir de 1JAN1012.Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de 100.000 € (Subsídio do Governo nãoreembolsável relacionado com ativos) que virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para oefeito remeter a documentação justificativa a fim de a mesma ser devidamente controlada.Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais cujos primeiros proveitos sedevem verificar em Novembro de 2011. Admita-se que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de200.000 €.

Conta Descrição Débito Crédito278 Outros devedores e credores 10.000,00

1201 Depósitos á Ordem – Novo Banco 10.000,00

Em 15/12/2010 – data do primeiro recebimento.

Como o ativo ainda não entrou em funcionamento em 2010 não há lugar a mais

lançamentos. Pois ainda não existem amortizações nem imparidades

Como o ativo ainda não entrou em funcionamento em 2010 não há lugar a mais

lançamentos. Pois ainda não existem amortizações nem imparidades

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 321

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIORELEMBRANDO:A Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL apartir de 1JAN1012.Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de 100.000 € (Subsídio do Governo nãoreembolsável relacionado com ativos) que virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para oefeito remeter a documentação justificativa a fim de a mesma ser devidamente controlada.Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais cujos primeiros proveitos sedevem verificar em Novembro de 2011. Admita-se que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de200.000 €.

Em 15/12/2011 – data do segundo recebimento.

Em 2011 a associação não optou por aplicar a NCRF-ESNL pelo que continua a

aplicar o mesmo normativo de 2010.

Em 2011 a associação não optou por aplicar a NCRF-ESNL pelo que continua a

aplicar o mesmo normativo de 2010.

Conta Descrição Débito Crédito278 Outros devedores e credores 70.000,00

1201 Depósitos á Ordem – Novo Banco 70.000,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 322

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIORELEMBRANDO:A Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL a partir de1JAN1012.Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de 100.000 € (Subsídio do Governo não reembolsávelrelacionado com ativos) que virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para o efeito remeter a documentaçãojustificativa a fim de a mesma ser devidamente controlada.Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais cujos primeiros proveitos se devem verificar emNovembro de 2011. Admita-se que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de 200.000 €.

Em 31/12/2011 – a “exploração” da certificação se iniciar em 2011 (à data ainda sedesconhecem os valores de faturação) há lugar ao cálculo e contabilização dasamortizações (vida útil estimada de 5 anos), bem como ao reconhecimento dossubsídios recebidos, devendo então serem efetuados, em 31/12/2011, os seguinteslançamentos:.

Conta Descrição Débito Crédito643 Gastos de depreciação e de amortização em Intangíveis 40.000,00448 Depreciações acumuladas em Intangíveis 40.000,00

Conta Descrição Débito Crédito593 Subsídios 20.000,00

7883 Imputação de subsídios para investimentos 20.000,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 323

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Exemplo Prático n.º 14 - SUBSÍDIOS E OUTROS APOIOS – REGIME TRANSITÓRIORELEMBRANDO:A Associação Empresarial do Atlântico passou, a partir de 1JAN2010 a aplicar o SNC, e só irá aplicar a NCRF-ESNL a partir de1JAN1012.Em 30/10/2010 (vigência do SNC-NCRF 17) viu aprovado um subsídio de 100.000 € (Subsídio do Governo não reembolsávelrelacionado com ativos) que virá a ser pago à medida que o seu projecto se realiza, devendo para o efeito remeter a documentaçãojustificativa a fim de a mesma ser devidamente controlada.Trata-se de um projecto destinado à certificação de produtos agrícolas regionais cujos primeiros proveitos se devem verificar emNovembro de 2011. Admita-se que a comparticipação é de 50% sendo o custo do projecto de 200.000 €.

Em 2012 a associação recebe o remanescente do subsídio e em 31/12/2012 procede aoslançamentos de conteúdo idêntico aos dos anos anteriores, mas utilizando já a NCRF-ESNL. Na prática apenas se verifica uma nova nomenclatura nas contas - Reclassificação(classe 5) sendo os movimentos contabilísticos em tudo idênticos.

Conta Descrição Débito Crédito643 Gastos de depreciação e de amortização em Intangíveis 40.000,00448 Depreciações acumuladas em Intangíveis 40.000,00

Conta Descrição Débito Crédito593 Subsídios 20.000,00

7883 Imputação de subsídios para investimentos 20.000,00

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 324

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Exemplo Prático n.º 14 - Divulgações

Aspetos relacionados com a divulgação:

• Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgaçãoespecífica recomenda-se que se divulgue:

• A natureza e extensão dos subsídios do Governoreconhecidos nas demonstrações financeiras;

• Condições não satisfeitas e outras contingênciasligadas ao subsídio do Governo;

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 325

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Exemplo Prático n.º 14 - Divulgações

ENQUADRAMENTO FISCAL:Caso a entidade não beneficie de isenção relativamente à atividadea que o subsidio se destina, há que aplicar a alínea a) do n.º 1 doartigo 22.º do CIRC:

A inclusão no lucro tributável dos subsídios relacionados com ativosnão correntes obedece às seguintes regras:

a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis, deveser incluída no lucro tributável uma parte do subsídio atribuído,independentemente do recebimento, na mesma proporção da depreciaçãoou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de produção, semprejuízo do disposto no n.º 2;

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 326

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construçãode uma mini central hidroeléctrica, com o intuito de obter um subsídio a fundo perdidoque, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado eaprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção.O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20 anos.Pedidos:Lançamento no final da construção do imóvel.Lançamentos contabilísticos relacionados com o subsídio até 31 de Dezembro de N.

Exemplo Prático n.º 15

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 327

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construçãode uma mini central hidroeléctrica, com o intuito de obter um subsídio a fundo perdidoque, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado eaprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção.O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20 anos.

Pedidos:Lançamento no final da construção do imóvel.Lançamentos contabilísticos relacionados com o subsídio até 31 de Dezembro de N.

Exemplo Prático n.º 15

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 328

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini central hidroeléctrica, com ointuito de obter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos do projecto foi de100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem uma vida útilestimada de 20 anos.

Exemplo Prático n.º 15

Natureza do problema: Problemática do reconhecimento inicial e mensuração

subsequente do subsídio não reembolsável relacionado com ativos

depreciáveis.

NCRF-ESNL (capítulos aplicáveis): 7 e 14

Não existe terreno, pelo que o valor total da construção (100,000€) é

depreciável.

Não existe terreno, pelo que o valor total da construção (100,000€) é

depreciável.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 329

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini centralhidroeléctrica, com o intuito de obter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situanos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos doprojecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem umavida útil estimada de 20 anos.

Exemplo Prático n.º 15

1) Lançamento no final da construção do imóvel.Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

432 - Ativos fixos tangíveis - Edifícios

e outras construções

453 - Investimentos em curso

- Ativos fixos tangíveis em

curso

100.00030/6/N - Final construção do

edifício

À medida que os dispêndios iam sendo incorridos ao longo da construção, os mesmosseriam registados na conta 453À medida que os dispêndios iam sendo incorridos ao longo da construção, os mesmosseriam registados na conta 453

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 330

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini central hidroeléctrica, com o intuito deobter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20anos.

Exemplo Prático n.º 15

1) Em 31/12/N.Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

642 - Gastos de depreciação e de

amortização - Ativos fixos tangíveis

438 - Ativos fixos tangíveis -

Depreciações acumuladas2.500,00

31/12/N - Depreciação do

período

Embora a entrada em funcionamento do edifício tenha ocorrido em Janeiro de N+1, emfinais de Junho do ano anterior admite-se que o ativo já se encontrava em condições paraser utilizado. Nos termos do ponto 7.18 da NCRF-ESNL, “A depreciação de um ativo começaquando este esteja disponível para uso, i.e. quando estiver na localização e condiçãonecessárias para que seja capaz de operar na forma pretendida.” Assim em N a entidadedeve reconhecer os gastos de depreciação do edifício relativos ao segundo semestredeste ano, mesmo o ativo não tendo entrado em funcionamento.

Embora a entrada em funcionamento do edifício tenha ocorrido em Janeiro de N+1, emfinais de Junho do ano anterior admite-se que o ativo já se encontrava em condições paraser utilizado. Nos termos do ponto 7.18 da NCRF-ESNL, “A depreciação de um ativo começaquando este esteja disponível para uso, i.e. quando estiver na localização e condiçãonecessárias para que seja capaz de operar na forma pretendida.” Assim em N a entidadedeve reconhecer os gastos de depreciação do edifício relativos ao segundo semestredeste ano, mesmo o ativo não tendo entrado em funcionamento.

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini central hidroeléctrica, com o intuito deobter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20anos.

Exemplo Prático n.º 15

2) Lançamentos contabilísticos relacionados com o subsídio até 31 de Dezembro de N:Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

278 - Outras contas a receber e a

pagar - Outros devedores e credores

593 - Outras variações nos fundos

patrimoniais - subsídios30.000

Dez./N-2 - Reconhecimento

inicial do subsídio

Em N-2 a entidade teve a comunicação da aprovação do subsídio, que ascende a 30.000 €(30% * 100.000 €). Admitindo que nessa data aquela decisão foi alvo de contratualizaçãoe que se verificam os critérios de reconhecimento previsto no capítulo 14 da NCRF-NESL,existe segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições associadas ao subsídio eo subsídio será recebido deve-se reconhecer o mesmo.

Em N-2 a entidade teve a comunicação da aprovação do subsídio, que ascende a 30.000 €(30% * 100.000 €). Admitindo que nessa data aquela decisão foi alvo de contratualizaçãoe que se verificam os critérios de reconhecimento previsto no capítulo 14 da NCRF-NESL,existe segurança razoável de que a entidade cumprirá as condições associadas ao subsídio eo subsídio será recebido deve-se reconhecer o mesmo.

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini central hidroeléctrica, com o intuito deobter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20anos.

Exemplo Prático n.º 15

2) Registo dos Recebimentos Parciais do SubsidioConta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

12 - Depósitos à ordem278 - Outras contas a receber e a pagar

- Outros devedores e credores15.000

Jan./N-1 - Recebimento

primeira tranche do subsídio

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

12 - Depósitos à ordem278 - Outras contas a receber e a pagar

- Outros devedores e credores15.000

Jun./N - Recebimento

segunda tranche do subsídio

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A Associação de Regantes do Minho apresentou um estudo económico para a construção de uma mini central hidroeléctrica, com o intuito deobter um subsídio a fundo perdido que, segundo os critérios de atribuição, se situa nos 30% do valor da construção.O projecto foi aprovado em N-2. O custo total da construção mini central, apresentado e aprovado para efeitos do projecto foi de 100.000 €.Os dados relativos à construção são os seguintes• Data de início da construção: 20 de Janeiro de N-1;• Data do termo da construção: 30 de Junho de N;• Data da entrada em funcionamento: 1 de Janeiro de N+1.Em Janeiro de N-1 foi recebido metade do subsídio e o restante no final da construção. O edifício fabril tem uma vida útil estimada de 20anos.

Exemplo Prático n.º 15

2) Lançamentos contabilísticos relacionados com o subsídio até 31 de Dezembro de N:

* Subsidio a imputar = 30.000/20X6/12 = 750

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

593 - Outras variações nos fundos

patrimoniais - subsídios

7883 - Outros rendimentos e

ganhos - Outros - Imputação

de subsídios para investimento

750 (*)31.12.N - Imputação parcial do

subsídio a rendimentos

Nos termos do ponto 14.5 da NCRF-ESNL os subsídios não reembolsáveis relacionados comativos fixos tangíveis e intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos FundosPatrimoniais e subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentosdurante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que sepretende que eles compensem.

Nos termos do ponto 14.5 da NCRF-ESNL os subsídios não reembolsáveis relacionados comativos fixos tangíveis e intangíveis devem ser inicialmente reconhecidos nos FundosPatrimoniais e subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentosdurante os períodos necessários para balanceá-los com os gastos relacionados que sepretende que eles compensem.

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Aspetos relacionados com a divulgação do subsídio no Anexo:

Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que se divulgue:

• A natureza e extensão dos subsídios reconhecidos nas demonstrações financeiras;

• Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao subsídio;

Exemplo Prático n.º 15 – Divulgações e Fiscalidade

ENQUADRAMENTO FISCAL:Caso a entidade não beneficie de isenção relativamente à atividade a que o subsidio se destina, há

que aplicar a alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do CIRC:

A inclusão no lucro tributável dos subsídios relacionados com ativos não correntes obedece às

seguintes regras:

a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis, deve ser incluída no

lucro tributável uma parte do subsídio atribuído, independentemente do recebimento, na

mesma proporção da depreciação ou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de

produção, sem prejuízo do disposto no n.º 2;

ENQUADRAMENTO FISCAL:Caso a entidade não beneficie de isenção relativamente à atividade a que o subsidio se destina, há

que aplicar a alínea a) do n.º 1 do artigo 22.º do CIRC:

A inclusão no lucro tributável dos subsídios relacionados com ativos não correntes obedece às

seguintes regras:

a) Quando os subsídios respeitem a ativos depreciáveis ou amortizáveis, deve ser incluída no

lucro tributável uma parte do subsídio atribuído, independentemente do recebimento, na

mesma proporção da depreciação ou amortização calculada sobre o custo de aquisição ou de

produção, sem prejuízo do disposto no n.º 2;

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A Associação Empresarial do Interior, apresentou emJaneiro de N uma candidatura ao sistema de incentivosQRENINVEST, com o seguinte plano de gastos previstos:

O programa prevê a atribuição de um subsídio nãoreembolsável (fundo perdido) correspondente a 30%dos gastos.

Exemplo Prático n.º 16

Gastos previstos N N+1 N+2Materiais 5.000 € 7.500 € 8.000 €Pessoal 10.000 € 12.000 € 10.000 €Gastos Gerais de Investigação 4.000 € 3.000 € 2.000 €Total dos gastos previstos 19.000 € 22.500 € 20.000 €

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A candidatura foi aprovada Junho de N+1, e o subsídiofoi integralmente recebido em Dezembro de N+1. Osgastos incorridos, até ao final de N+1, foram osseguintes:

Pedido: Contabilização do recebimento do subsídio e da imputaçãoa rendimentos no período N+1.

Exemplo Prático n.º 16

Gastos incorridos N N+1

Materiais 5.500 € 8.500 €

Pessoal 9.800 € 12.600 €

Gastos Gerais de Investigação 4.500 € 3.500 €

Total dos gastos incorridos 19.800 € 24.600 €

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 337

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Natureza do problema: Problemática do reconhecimento inicial e mensuração subsequente do

subsídio relacionado com rendimentos.

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 14

Proposta de resolução:

Tendo em consideração a aprovação da candidatura, e pelo facto da entidade já ter realizado

parcialmente os gastos previstos em Junho de N+1, estão reunidas as condições para o

reconhecimento do subsídio. Não se tratando de um subsídio relacionado com ativos, deverá ser

relevado na conta “282 – Rendimentos a reconhecer”.

(19.000 + 22.500 + 20.000) * 30% = 18.450 €

Exemplo Prático n.º 16

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

2781 - Outras contas a receber e a

pagar - Outros devedores e credores

– Entidade Gestora do Subsídio

282 – Rendimentos a reconhecer18.450

Jun./N+1 - Reconhecimento

inicial do subsídio

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 338

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Pela contabilização do recebimento integral do subsídio em Dezembro de N+1

e pela imputação a rendimentos na proporção dos gastos incorridos em N e N+1:

(*) = ((19.800 + 24.600) / (19.000 + 22.500 + 20.000)) * 18.450 = 13.320 €

Exemplo Prático n.º 16

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

1201 – Novo BANCO

2781 - Outras contas a receber e a

pagar - Outros devedores e credores –

Entidade Gestora do Subsídio

18.450Dez./N+1 - Reconhecimento

inicial do subsídio

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

282 – Rendimentos a reconhecer751 – Subsídios do Estado e Outros

Entes Públicos

13.220

(*)

Jun./N+1 - Reconhecimento

inicial do subsídio

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Aspetos relacionados com a divulgação do subsídio no Anexo:

Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se

que se divulgue:

• A natureza e extensão dos subsídios reconhecidos nas demonstrações

financeiras;

• Condições não satisfeitas e outras contingências ligadas ao subsídio;

Exemplo Prático n.º 16 – Divulgações e Fiscalidade

ENQUADRAMENTO FISCAL:O procedimento contabilístico está de acordo com o fiscal, não háquaisquer implicações fiscais por a entidade ter respeitado odisposto no art.º 22.º do CIRC.

ENQUADRAMENTO FISCAL:O procedimento contabilístico está de acordo com o fiscal, não háquaisquer implicações fiscais por a entidade ter respeitado odisposto no art.º 22.º do CIRC.

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3.13. ALTERAÇÕES EM TAXAS DE CÂMBIOReconhecimento inicial; § 15.1 a 15.2 NCRF-ESNL

Uma transação em moeda estrangeira é uma transação queseja denominada ou exija liquidação em moeda estrangeira,incluindo transações que resultem de:

Compra ou venda de bens ou serviços cujo preço seja denominadonuma moeda estrangeira; Recebe por empréstimo ou empresta fundos quando as quantias apagar ou a receber sejam estabelecidas numa moeda estrangeira; Aquisição ou alienação de ativos ou incorrência ou liquidação depassivos, denominados numa moeda estrangeira.

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ElementosmonetáriosElementosmonetários

Disponibilidades, ativos areceber e passivos a pagar

Elementosnão

monetários

Elementosnão

monetários

Inventários, ativostangíveis e intangíveis.

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NasTransações

NasTransações

• Uma transação em moeda estrangeira deve ser registada, nomomento do reconhecimento inicial na moeda funcional, pelaaplicação à quantia de moeda estrangeira da taxa de câmbioentre a moeda funcional e a moeda estrangeira à data datransação. (§15.2)

Na Data doBalanço

Na Data doBalanço

Posteriormente, à data de cada balanço (§15.3):os itens monetários em moeda estrangeira devem ser

transpostos pelo uso da taxa de fecho;os itens não monetários que sejam mensurados em termos

de custo histórico numa moeda estrangeira devem sertranspostos pelo uso da taxa de câmbio à data datransação;

os itens não monetários que sejam mensurados pelo justovalor numa moeda estrangeira devem ser transpostospelo uso das taxas de câmbio que existiam quando osvalores foram determinados.

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• As diferenças de câmbio resultantes da liquidaçãode itens monetários ou do relato de itensmonetários de uma entidade a taxas diferentes dasque foram inicialmente registadas durante operíodo, ou relatadas em demonstraçõesfinanceiras anteriores devem ser reconhecidas nosresultados do período em que ocorram. (§15.4)

Quando a transação é liquidada num período contabilístico subsequenteàquele em que ocorreu, a diferença de câmbio reconhecida em cadaperíodo até à data de liquidação é determinada pela alteração nas taxasde câmbio durante cada período. (§15.5)

Quando a transação é liquidada num período contabilístico subsequenteàquele em que ocorreu, a diferença de câmbio reconhecida em cadaperíodo até à data de liquidação é determinada pela alteração nas taxasde câmbio durante cada período. (§15.5)

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Contabilização:i) Se estiver em causa a atividade de investimento:

6863 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;7861 – Diferenças de câmbio favoráveis.

ii) Se estiver em causa a atividade operacional:6887 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;7887 – Diferenças de câmbio favoráveis.

iii) Se estiver em causa a atividade de financiamento:6921 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;793 – Diferenças de câmbio favoráveis.

Contabilização:i) Se estiver em causa a atividade de investimento:

6863 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;7861 – Diferenças de câmbio favoráveis.

ii) Se estiver em causa a atividade operacional:6887 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;7887 – Diferenças de câmbio favoráveis.

iii) Se estiver em causa a atividade de financiamento:6921 – Diferenças de câmbio desfavoráveis;793 – Diferenças de câmbio favoráveis.

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Caso prático – pagina 78 manual da SEG2913

A sociedade vendeu em 30 de Novembro de N, material para um cliente nosEstados Unidos da América, tendo emitido uma fatura no montante 100.000USD. A moeda funcional é o euro (€). O câmbio do dólar nessa data era de $ 1USD = 0,87 €. À data 31 de Dezembro de N a fatura ainda não se encontravapaga, não havendo no entanto risco de cobrança.Pedidos:1) Registo da venda.

2) Tendo em consideração que em 31 de Dezembro de N ainda se encontrava por pagar a referidafatura, e que o câmbio, nesta data era de $ 1 USD = 0,83 €, contabilize as operações que entendaadequadas.

3) Tendo em consideração a situação referida anteriormente, mas admitindo que o câmbio, nestadata era de $ 1 USD = 0,93 €, contabilize as operações que entenda adequadas.

4) O recebimento da dívida ocorreu em 31 de Janeiro de N+1, sendo o câmbio nessa data de $ 1USD = 0,90 €. Admita o câmbio em 31 de Dezembro de N de $ 1 USD = 0,93 €.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 347

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1) Registo da venda…tendo emitido uma fatura no montante 100.000 USD. A moeda funcional é oeuro (€). O câmbio do dólar nessa data era de $ 1 USD = 0,87 €…

Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

2111 - Clientes - ClientesC/C . - Clientes Gerais

7123 - Vendas - ProdutosAcabados - Vendas para

países terceiros87.000 30/11/N - Registo da venda

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2) Tendo em consideração que em 31 de Dezembro de N ainda se encontrava por pagar a referidafatura, e que o câmbio, nesta data era de $ 1 USD = 0,83 €, contabilize as operações que entendaadequadas.

Resolução

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição6887 - Outros Gastos e

Perdas - Outros -Diferenças de câmbio

desfavoráveis

2111 - Clientes - ClientesC/C . - Clientes Gerais

4.000 31/12/N - Atualização do câmbio

Câmbio na data da operação: 1 USD = 0,87 €Câmbio em 31/12/N: 1 USD = 0,83 €Diferença de câmbio = $ 100.000 USD * (0,87 € – 0,83 €) = 4.000 €

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3) Tendo em consideração a situação referida anteriormente, mas admitindo que ocâmbio, nesta data era de $ 1 USD = 0,93 €, contabilize as operações que entendaadequadas.

Resolução

Câmbio na data da operação: 1 USD = 0,87 €Câmbio em 31/12/N: 1 USD = 0,93 €Diferença de câmbio = $ 100.000 USD * (0,93 € – 0,87 €) = 6.000 €

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

2111 - Clientes - ClientesC/C . - Clientes Gerais

7887 - Outros rendimentose ganhos - Outros -

Diferenças de câmbiofavoráveis

6.000 31/12/N - Atualização do câmbio

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4) O recebimento da dívida ocorreu em 31 de Janeiro de N+1, sendo o câmbio nessa data de $ 1USD = 0,90 €. Admita o câmbio em 31 de Dezembro de N de $ 1 USD = 0,93 €.

Resolução

Câmbio em 31/12/N: 1 USD = 0,93 €Diferença de câmbio = $ 100.000 USD * (0,93 € – 0,90 €) = 3.000 €Valor do recebimento: $ 100.000 USD * 0,90 € = 90.000 €

Contas a débito Valor (€) Conta a crédito Valor (€) Descrição

12 - Depósitos à ordem 90.000

2111 - Clientes - ClientesC/C . - Clientes Gerais

93.000 31/1/N+1 - Recebimento6887 - Outros Gastos e

Perdas - Outros -Diferenças de câmbio

desfavoráveis

3.000

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 351

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Divulgações

• Uma entidade deve divulgar a quantia dasdiferenças de câmbio reconhecidas nos resultados.

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3.14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO• Os impostos sobre o rendimento devem:

– ser tratados, salvo disposição específica, segundo ométodo do imposto a pagar e (§16.1)

– mensurados pela quantia que se espera que seja paga(recuperada de) às autoridades fiscais, usando as taxasfiscais (e leis fiscais) aprovadas à data do balanço. (§16.4)

Para as finalidades deste capítulo, o termo “impostos sobre orendimento” inclui todos os impostos baseados em lucros tributáveisincluindo as tributações autónomas, que sejam devidos em qualquerjurisdição fiscal. (§16.2)

Para as finalidades deste capítulo, o termo “impostos sobre orendimento” inclui todos os impostos baseados em lucros tributáveisincluindo as tributações autónomas, que sejam devidos em qualquerjurisdição fiscal. (§16.2)

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3.14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOReconhecimento de passivos por impostos correntese de ativos por impostos correntes: § 16.3. NCRF-ESNL

Os impostos correntes para períodos correntese anteriores devem, na medida em que nãoestejam pagos, ser reconhecidos como passivos.Se a quantia já paga com respeito a períodoscorrentes e anteriores exceder a quantia devidapara esses períodos, o excesso deve serreconhecido como ativo.

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3.14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOMensuração:§ 16.4. NCRF-ESNL

Os passivos (ativos) ser mensurados pelaquantia que se espera que seja paga(recuperada de) às autoridades fiscais, usandoas taxas fiscais (e leis fiscais) aprovadas à datado balanço [§16.4].

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3.14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOA contabilização dos efeitos de impostos correntes de umatransação ou de outro acontecimento é consistente com acontabilização da transação ou do próprio acontecimento. (§16.5)• i.e. relativamente:

– a transações e outros acontecimentos reconhecidos nos resultados,qualquer efeito fiscal relacionado também é reconhecido nosresultados

– a transações e outros acontecimentos reconhecidos diretamente nosFundos Patrimoniais, qualquer efeito fiscal relacionado também éreconhecido diretamente nos Fundos Patrimoniais, caso em que oimposto corrente deve ser debitado ou creditado diretamente nessarubrica.

Assim sendo, p.e. uma doação, reconhecida diretamente nos Fundos Patrimoniais, deveter o imposto que lhe esta associado, diretamente reconhecida nos Fundos

Patrimoniais.

Assim sendo, p.e. uma doação, reconhecida diretamente nos Fundos Patrimoniais, deveter o imposto que lhe esta associado, diretamente reconhecida nos Fundos

Patrimoniais.

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3.14. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTOCompensaçãoUma entidade deve compensar ativos por impostos correntes epassivos por impostos correntes nas suas demonstraçõesfinanceiras se, e somente se, a entidade:

– a) Tiver um direito legalmente executável para compensarquantias reconhecidas; e

– b) Pretender liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo eliquidar simultaneamente o passivo.

– §16.6Gasto de impostosO gasto (rendimento) de impostos relacionado com o resultado de atividades ordináriasdeve ser apresentado na face da demonstração dos resultados. (§16.7)

Gasto de impostosO gasto (rendimento) de impostos relacionado com o resultado de atividades ordináriasdeve ser apresentado na face da demonstração dos resultados. (§16.7)

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A Sociedade de Autores, apurou no exercício de 2012, referente a atividades de natureza comercial,

um resultado antes de imposto no montante de 20.000€.

As correções fiscais inscritas no Quadro 3 do anexo D da IES ascendem a +2.500 €, resultando num

lucro tributável de 22.500 €.

Em 2011 a entidade apresentou um prejuízo fiscal no sector de 10.000 €. Por lhe ser favorável

pretendia optar pelas taxas do art.º 87.º, n.º 1 do CIRC (nos termos do art.º 73.º da Lei 64-A/2008 –

OE2009*).

O Imposto sobre o rendimento do exercício estimado ascenderia assim a 1.562,50, no entanto, e

dado que o art.º 73.º cessou a sua vigência em 31DEZ2009, o IRC deve cifrar-se a 2.687,50 €.

Não há lugar ao pagamento de derrama por a associação não exercer a título principal

uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola.

EXEMPLO PRÁTICO N.º 17

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 359

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•Pedido: Contabilize o imposto sobre o rendimento

Natureza do problema: Reconhecimento e mensuração do imposto

sobre o rendimento

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 16

• NOTA: A AT entende que o art.º 73.º só se aplica ao exercício de2009, não sendo possível a sua aplicação ao ano de 2010 e

2011.Assim sendo o IRC deverá ser de 21,5% x 12.500 € = 2.687,50 €

EXEMPLO PRÁTICO N.º 17

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Reconhecimento e mensuração do imposto sobre o rendimentoOs impostos sobre o rendimento devem, na medida em que não estejam pagos, ser reconhecidoscomo passivos. Se a quantia já paga com respeito a períodos correntes e anteriores exceder a quantiadevida para esses períodos, o excesso deve ser reconhecido como um ativo.Os passivos por impostos sobre o rendimento devem ser mensurados pela quantia que se espera queseja paga às autoridades fiscais, usando as taxas fiscais aprovadas à data do balanço.

EXEMPLO PRÁTICO N.º 17

Proposta de resolução:Lucro Tributável: 22.500 €Prejuízos fiscais: (10.000 €)Matéria Coletável: 12.500 €Coleta de 2012: 12.500 € * 21,5% = 2.687,50 €Derrama: 0Tributações autónomas: 0

Proposta de resolução:Lucro Tributável: 22.500 €Prejuízos fiscais: (10.000 €)Matéria Coletável: 12.500 €Coleta de 2012: 12.500 € * 21,5% = 2.687,50 €Derrama: 0Tributações autónomas: 0

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

8121 – Imposto estimado para o

período

241 - Imposto sobre o

rendimento

2.687,50 Ano N - Estimativa de

imposto

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Aspetos relacionados com a divulgação:- Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que se divulgue o gasto por impostos sobre o rendimento.

EXEMPLO PRÁTICO N.º 17 – Divulgações e Enquadramento Fiscal

ENQUADRAMENTO FISCAL:Ao longo do exemplo foram feitas referências aos normativos fiscais.Acerca da aplicação no tempo das taxas aos clubes desportivos ver oponto 4.1.2. deste manual, nomeadamente o quadro síntese em queresume a recente evolução da tributação deste tipo de entidades, e ondese conjuga a aplicação da taxa prevista no art.º 87, n.º 5 do CIRC com adedução prevista no art.º 54.º do EBF.

ENQUADRAMENTO FISCAL:Ao longo do exemplo foram feitas referências aos normativos fiscais.Acerca da aplicação no tempo das taxas aos clubes desportivos ver oponto 4.1.2. deste manual, nomeadamente o quadro síntese em queresume a recente evolução da tributação deste tipo de entidades, e ondese conjuga a aplicação da taxa prevista no art.º 87, n.º 5 do CIRC com adedução prevista no art.º 54.º do EBF.

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DM22 DE 2009

OE2010: Art.º 73, Lei 64-A/2008: Regime Opcional paraSujeitos Passivos abrangidos por Taxas especiais de IRC

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DM22 DE 2010

OE2010: Art.º 91.º, n. 2 Lei 3-B/2010: Regras Transitóriaspara o Regime Simplificado

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3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Reconhecimento; § 17.2 NCRF-ESNL

Mensuração; § 17.3 a 17.5 NCRF-ESNL

Imparidade; § 17.6 a 17.10 NCRF-ESNL

Desreconhecimento de ativos financeiros;§ 17.11 NCRF-ESNL

Desreconhecimento de passivos financeiros.§ 17.12 NCRF-ESNL

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INSTRUMENTO FINANCEIRO

– Qualquer contrato que dá origem tanto a um ativofinanceiro numa entidade como a um passivofinanceiro ou a um instrumento de capitalpróprio numa outra entidade.

Anexo de Definições da NCRF-PE

3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 367

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Activo Financeiro (definições da NCRF-PE)

É qualquer ativo que seja:a) Dinheiro;b) Um instrumento de capital próprio de uma outra entidade;c) Um direito contratual:

i. De receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra entidade; ouii. De trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições que sejam

potencialmente favoráveis para a entidade; oud) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprio da própria

entidade e que seja:i. Um não derivado para o qual a entidade esteja, ou possa estar, obrigada a receber um número variável

dos instrumentos de capital próprio da própria entidade; ouii. Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca de uma quantia fixa em

dinheiro ou outro ativo financeiro por um número fixo de instrumentos de capital próprio da própriaentidade. Para esta finalidade, os instrumentos de capital próprio da própria entidade não inclueminstrumentos que sejam eles próprios contratos para futuro recebimento ou entrega dos instrumentosde capital próprio da própria entidade.

3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 368

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Passivo Financeiro (definições da NCRF-PE)

É qualquer passivo que seja:a) Uma obrigação contratual:

i. De entregar dinheiro ou outro ativo financeiro a uma outra entidade; ouii. De trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições que sejam

potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou

b) Um contrato que seja ou possa ser liquidado em instrumentos de capital próprioda própria entidade e que seja:

i. Um não derivado para o qual a entidade esteja ou possa estar obrigada a entregar um númerovariável de instrumentos de capital próprio da própria entidade; ou

ii. Um derivado que seja ou possa ser liquidado de forma diferente da troca de uma quantia fixa emdinheiro ou outro ativo financeiro por um número fixo dos instrumentos de capital próprio da própriaentidade. Para esta finalidade, os instrumentos de capital próprio da própria entidade não inclueminstrumentos que sejam eles próprios contratos para futuro recebimento ou entrega dosinstrumentos de capital próprio da própria entidade.

3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 369

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Este capítulo aplica-se a todos os instrumentos financeiros comexceção de:a) Investimentos em subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos;b) Direitos e obrigações no âmbito de um plano de benefícios a empregados;c) Direitos no âmbito de um contrato de seguro a não ser que o contrato de seguro resulte numa

perda para qualquer das partes em resultado dos termos contratuais que se relacionem com:d) Alterações no risco segurado;e) Alterações na taxa de câmbio;f) Entrada em incumprimento de uma das partes;g) Locações, a não ser que a locação resulte numa perda para o locador ou locatário como

resultado dos termos do contrato que se relacionem com:h) Alterações no preço do bem locado;i) Alterações na taxa de câmbio;j) Entrada em incumprimento de uma das contrapartes.

3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 370

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Regra geral

uma entidade deve reconhecer um ativofinanceiro, um passivo financeiro apenasquando se torne uma parte das disposiçõescontratuais do instrumento. (§17.2).

3.15. INSTRUMENTOS FINANCEIROS §17 da NCRF ESNL

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 371

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Uma entidade deve mensurar osseguintes instrumentos financeiros aocusto menos perda por imparidade:

– instrumentos tais comoclientes, fornecedores,contas a receber, contas apagar ou empréstimosbancários, incluindo os emmoeda estrangeira;

– contratos para conceder oucontrair empréstimos;

§17.3

Mensuração

Tal como na NCRF- PE não é ser considerado o custo amortizadocomo método de mensuração (da NCRF 27)

Os instrumentos financeirosnegociados em mercado

líquido e regulamentado,devem ser mensurados aojusto valor, reconhecendo-seas variações deste porcontrapartida de resultadosdo período.

§17.4

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 372

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À data de cada período de relato financeiro, uma entidade deve avaliar todosos ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor porcontrapartida de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidade, aentidade deve reconhecer uma perda por imparidade na demonstração dosresultados. (§17.6)

IMPARIDADE

Evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos está em imparidade incluidados observáveis que chamem a atenção ao detentor do ativo, designadamente sobre osseguintes eventos de perda:

– a) Significativa dificuldade financeira do emitente ou devedor;– b)Quebra contratual, tal como não pagamento ou incumprimento no pagamento do juro ou

amortização da dívida;– c) O credor, por razões económicas ou legais relacionadas com a dificuldade financeira do

devedor, oferece ao devedor concessões que o credor de outro modo não consideraria;– d) Seja provável que o devedor irá entrar em falência ou qualquer outra reorganização

financeira;– e) O desaparecimento de um mercado ativo para o ativo financeiro devido a dificuldades

financeiras do devedor. (§17.7)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 373

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Outros fatores poderão igualmente evidenciar imparidade,incluindo alterações significativas com efeitos adversos quetenham ocorrido no ambiente tecnológico, de mercado,económico ou legal em que o emitente opere. (§17.8)

IMPARIDADE

Os ativos financeiros que sejam individualmente significativos etodos os instrumentos de capital próprio devem ser avaliadosindividualmente para efeitos de imparidade. Outros ativosfinanceiros devem ser avaliados quanto a imparidade, sejaindividualmente, seja agrupados com base em similarescaracterísticas de risco de crédito. (§17.9)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 374

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• Se, num período subsequente, a quantia de perda porimparidade diminuir, a entidade deve reverter aimparidade anteriormente reconhecida.

• Da reversão não poderá resultar uma quantiaescriturada do ativo financeiro que exceda aquilo queseria o custo do referido ativo, caso a perda porimparidade não tivesse sido anteriormentereconhecida.

• A entidade deve reconhecer a quantia da reversão nademonstração de resultados.

(§17.10)

IMPARIDADE - REVERSÃO

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 375

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Uma entidade deve desreconhecer um ativo financeiro apenas quando:– a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do ativo financeiro

expiram; ou– b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e

benefícios relacionados com o ativo financeiro; ou– c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios

relacionados com o ativo financeiro, tenha transferido o controlo do ativo parauma outra parte e esta tenha a capacidade prática de vender o ativo na suatotalidade a uma terceira parte não relacionada e a possibilidade de exercíciodessa capacidade unilateralmente sem necessidade de impor restriçõesadicionais à transferência. Se tal for o caso a entidade deve:

• i) desreconhecer o ativo; e• ii) Reconhecer separadamente qualquer direito e obrigação criada ou retida

na transferência;(§17.11)

IMPARIDADE - Desreconhecimento

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 376

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Uma entidade deve desreconhecer um ativo financeiro apenasquando:– a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do ativo financeiro

expiram; ou– b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e

benefícios relacionados com o ativo financeiro; ou– c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios

relacionados com o ativo financeiro, tenha transferido o controlo do ativo parauma outra parte e esta tenha a capacidade prática de vender o ativo na suatotalidade a uma terceira parte não relacionada e a possibilidade de exercíciodessa capacidade unilateralmente sem necessidade de impor restrições adicionaisà transferência. Se tal for o caso a entidade deve:

• i) desreconhecer o ativo; e• ii) Reconhecer separadamente qualquer direito e obrigação criada ou retida

na transferência;

Uma entidade deve desreconhecer um ativo financeiro apenasquando:– a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do ativo financeiro

expiram; ou– b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e

benefícios relacionados com o ativo financeiro; ou– c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios

relacionados com o ativo financeiro, tenha transferido o controlo do ativo parauma outra parte e esta tenha a capacidade prática de vender o ativo na suatotalidade a uma terceira parte não relacionada e a possibilidade de exercíciodessa capacidade unilateralmente sem necessidade de impor restrições adicionaisà transferência. Se tal for o caso a entidade deve:

• i) desreconhecer o ativo; e• ii) Reconhecer separadamente qualquer direito e obrigação criada ou retida

na transferência;

Desconhecimento – Ativos Financeiros (§17.11)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 377

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Desreconhecimento de passivos financeiros

Uma entidade deve desreconhecer um passivofinanceiro (ou parte de um passivo financeiro)apenas quando este se extinguir, isto é, quandoa obrigação estabelecida no contrato sejaliquidada, cancelada ou expire.

Desreconhecimento de passivos financeiros

Uma entidade deve desreconhecer um passivofinanceiro (ou parte de um passivo financeiro)apenas quando este se extinguir, isto é, quandoa obrigação estabelecida no contrato sejaliquidada, cancelada ou expire.

Desconhecimento – Passivos Financeiros (§ 17.12)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 378

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Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montantede 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho de N. No final do exercício N, a FederaçãoDesportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por umaquestão de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado dafederação, o clube pagou 10.000 €.Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montantede 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho de N. No final do exercício N, a FederaçãoDesportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por umaquestão de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado dafederação, o clube pagou 10.000 €.Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Exemplo Prático n.º 18

Natureza do problema: Reconhecimento e mensuração de imparidades

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 18

Reconhecimento e mensuração de imparidades em clientesConforme referido na NCRF-ESNL os ativos financeiros relativos a contas a receber são mensurados ao custo de

aquisição, sujeito a correções subsequentes derivadas de eventuais imparidades.

Para determinar se um ativo financeiro está ou não com imparidade, uma entidade deve rever a sua quantia

escriturada, bem como determinar a sua quantia recuperável e reconhecer a diferença como uma perda por

imparidade.

Natureza do problema: Reconhecimento e mensuração de imparidades

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): 18

Reconhecimento e mensuração de imparidades em clientesConforme referido na NCRF-ESNL os ativos financeiros relativos a contas a receber são mensurados ao custo de

aquisição, sujeito a correções subsequentes derivadas de eventuais imparidades.

Para determinar se um ativo financeiro está ou não com imparidade, uma entidade deve rever a sua quantia

escriturada, bem como determinar a sua quantia recuperável e reconhecer a diferença como uma perda por

imparidade.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 379

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Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montante de 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho

de N. No final do exercício N, a Federação Desportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por uma questão

de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.

Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado da federação, o clube pagou 10.000 €.

Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montante de 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho

de N. No final do exercício N, a Federação Desportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por uma questão

de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.

Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado da federação, o clube pagou 10.000 €.

Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Exemplo Prático n.º 18

Proposta de resolução:Dado que existe uma evidência objetiva de imparidade, a entidade deve reconhecer uma perda porimparidade.Ano NPelo reconhecimento da perda por imparidade no final do ano N:

Proposta de resolução:Dado que existe uma evidência objetiva de imparidade, a entidade deve reconhecer uma perda porimparidade.Ano NPelo reconhecimento da perda por imparidade no final do ano N:

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

217 – Clientes cobrança

duvidosa

211 – Clientes C/C 20.000 Transferência para clientes cobrança

duvidosa

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

6511 – Perdas por imparidade

– em Clientes

219 – Perdas por

imparidade acumuladas

20.000 Reconhecimento da perda por

imparidade

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 380

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Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montante de 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho

de N. No final do exercício N, a Federação Desportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por uma questão

de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.

Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado da federação, o clube pagou 10.000 €.

Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Uma Federação Desportiva tem uma dívida a receber dum clube seu filiado no montante de 20.000 €, que venceu no dia 15 de Junho

de N. No final do exercício N, a Federação Desportiva, na sequência de sucessivos e insistentes pedidos de cobrança, e por uma questão

de prudência, decidiu reconhecer uma perda por imparidade.

Durante o exercício de N+1, e após o envio de uma carta emitida pelo advogado da federação, o clube pagou 10.000 €.

Pedido: Contabilize as operações nos períodos N e N+1, conforme previsto na NCRF-NESL

Exemplo Prático n.º 18

Proposta de resolução:Ano N + 1Pela reversão de parte da perda por imparidade:

Proposta de resolução:Ano N + 1Pela reversão de parte da perda por imparidade:

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

12 – Depósitos à ordem 217 – Clientes cobrança

duvidosa

10.000 Recebimento de 10.000 €

Conta a débito Conta a crédito Valor (€) Descrição

219 – Perdas por imparidade

acumuladas

76211 – Reversões de PI

em Clientes

10.000 Reversão pelo valor recebido

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 381

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Aspetos relacionados com a divulgação:

Apesar da NCRF-NESL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que por

cada natureza de ativos financeiros em imparidade, divulgar:

A quantia da imparidade acumulada no começo e no fim do período;

As perdas por imparidade reconhecidas no período;

Quantias de quaisquer reversões de perdas por imparidade durante o período.

Aspetos relacionados com a divulgação:

Apesar da NCRF-NESL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se que por

cada natureza de ativos financeiros em imparidade, divulgar:

A quantia da imparidade acumulada no começo e no fim do período;

As perdas por imparidade reconhecidas no período;

Quantias de quaisquer reversões de perdas por imparidade durante o período.

Exemplo Prático n.º 18 – Divulgações e Enquadramento Fiscal

ENQUADRAMENTO FISCAL:Caso a entidade não esteja isenta de IRC a perda por imparidade apenas seriareconhecida fiscalmente em 25%, de acordo com o n.º 2 do art.º 28B do CIRC(anteriormente n.º 2 do art.º 36.º), pelo que haveria a acrescer o remanescente.Aquando da reversão, no exercício seguinte haveria de se ter em conta o valor játributado.

ENQUADRAMENTO FISCAL:Caso a entidade não esteja isenta de IRC a perda por imparidade apenas seriareconhecida fiscalmente em 25%, de acordo com o n.º 2 do art.º 28B do CIRC(anteriormente n.º 2 do art.º 36.º), pelo que haveria a acrescer o remanescente.Aquando da reversão, no exercício seguinte haveria de se ter em conta o valor játributado.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 382

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 383

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3.16. BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

Conceito de benefícios dos empregados• São todas as formas de remuneração dadas por uma

entidade em troca do serviço prestado pelos empregados.

Exemplos• compensações pelo serviço prestado pelos empregados• as contribuições para a segurança social, ou outros regimes sociais• outros valores a pagar aos empregados• outros valores a pagar a terceiros

• Seguros de acidentes de trabalho, etc.• Dispêndios com formação profissional

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 384

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BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

Os benefícios dos empregados consideradosna NCRF ESNL respeitam : (§18.2)

– A benefícios de curto prazo, tais como salários,ordenados e contribuições para a segurança social, licença anual paga e licença pordoença paga, participação nos lucros e gratificações (se pagáveis dentro de dozemeses a contar do final do período) e benefícios não monetários (tais comocuidados médicos, alojamento, automóveis e bens ou serviços gratuitos ousubsidiados) relativos aos empregados correntes; e

– A benefícios de cessação de emprego.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 385

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BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 386

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RECONHECIMENTO

A contabilização dos benefícios a curto prazodos empregados é geralmente linear … (e) asobrigações dos benefícios dos empregados acurto prazo são mensuradas numa base nãodescontada. (§18.5)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 387

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G43

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Reconhecimento dos benefícios curtoPrazo (18.6)

Como umpassivo (ou

gasto acrescido)

Como umgasto

RECONHECIMENTO

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 388

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Benefícios por cessação de emprego - São benefícios dosempregados pagáveis em consequência de:a) A decisão de uma entidade cessar o emprego de um

empregado antes da data normal da reforma; ou deb) Decisão de um empregado de aceitar a saída voluntária em

troca desses benefícios.

Benefícios por cessação de emprego

Os benefícios de cessação de emprego não proporcionam a umaentidade futuros contributos para o desenvolvimento das atividadespresentes e futuras da mesma e, nessa medida, são reconhecidosimediatamente como um gasto[§18.7]

Os benefícios de cessação de emprego não proporcionam a umaentidade futuros contributos para o desenvolvimento das atividadespresentes e futuras da mesma e, nessa medida, são reconhecidosimediatamente como um gasto[§18.7]

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 389

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Não

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A NCRF-ESNL não trata de outros benefícios aos empregados,tais como:

Benefícios pós-emprego (pensões, seguros de vida, entreoutros); e

Outros benefícios a longo prazo dos empregados (licençasabática, jubileu, entre outros).

os quais, se existirem, serão reguladas pela NCRF 28 –Benefícios de Empregados.

Outros Benefícios do Pessoal

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 390

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14–

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Alínea d) do n.º 2 do art.º 23.º

Nº 2 do art.º 43.º

Alteração à alínea e) do n.º 8 do art.º 2.º do CIRS

Apontamento Fiscal – Alteração em 2014

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 391

D) De natureza administrativa, tais como remunerações, incluindo as atribuídas a título de participação nos lucros,ajudas de custo, material de consumo corrente, transportes e comunicações, rendas, contencioso, seguros,incluindo os de vida, doença ou saúde, e operações do ramo 'Vida', contribuições para fundos de poupança-reforma, contribuições para fundos de pensões e para quaisquer regimes complementares da segurança social,bem como gastos com benefícios de cessação de emprego e outros benefícios pós-emprego ou a longo prazo dosempregados; (alínea d do nº 2 do artigo 23º do CIRC)

2 - São igualmente considerados gastos do período de tributação, até ao limite de 15% das despesas com opessoal contabilizadas a título de remunerações (…)a) (…);b) Contratos de seguros de doença ou saúde em benefício dos trabalhadores, reformados ou respetivos

familiares. [Redação dada pela Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro]

8 - Não constituem rendimento tributável(…)e) As importâncias suportadas pelas entidades patronais com seguros de saúde ou doença em benefício dos seustrabalhadores ou respetivos familiares desde que a atribuição dos mesmos tenha caráter geral.

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A Associação dos Motards do Centro possui, como atividade acessória, três delegações

onde além do apoio aos sócios procede à venda de diversos produtos relacionados com a

atividade da associação (mapas, emblemas, vestuário, GPS´s, etc.). Estas mercadorias

podem ser vendidas a terceiros, tendo os sócios direito a um desconto de 10% sobre os

preços marcados.

Tem sido prática das diversas direções da associação atribuir, como incentivo aos

trabalhadores, um prémio de acordo com os montantes faturados, prémio esse que tem

necessariamente de ser aprovado em Assembleia Geral. Face aos valores vendidos no ano

N a direção propôs um prémio de 10.000 €. É espectável que mais uma vez a assembleia

geral aprove esta proposta.

Pedido: Contabilize este prémio no ano N

Exemplo Prático n.º 19

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 392

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A Associação dos Motards do Centro possui, como atividade acessória, três delegações onde além do apoio aossócios procede à venda de diversos produtos relacionados com a atividade da associação (mapas, emblemas,vestuário, GPS´s, etc.). Estas mercadorias podem ser vendidas a terceiros, tendo os sócios direito a um desconto de10% sobre os preços marcados.Tem sido prática das diversas direções da associação atribuir, como incentivo aos trabalhadores, um prémio deacordo com os montantes faturados, prémio esse que tem necessariamente de ser aprovado em Assembleia Geral.Face aos valores vendidos no ano N a direção propôs um prémio de 10.000 €. É espectável que mais uma vez aassembleia geral aprove esta proposta.Pedido: Contabilize este prémio no ano N

Exemplo Prático n.º 19

Natureza do problema: Reconhecimento e mensuração dum gasto com o pessoal

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): § 18 – benefícios aos empregados

Reconhecimento e mensuração dos benefícios dos empregados

De acordo com o § 18.1. da NCRF-ESNL uma entidade deve reconhecer um passivo

quando um empregado tiver prestado serviços em troca de benefícios a pagar no futuro;

e um gasto quando a entidade consumir o benefício económico proveniente do serviço

proporcionado por um empregado em troca desses benefícios.

Natureza do problema: Reconhecimento e mensuração dum gasto com o pessoal

NCRF-ESNL (capítulo aplicável): § 18 – benefícios aos empregados

Reconhecimento e mensuração dos benefícios dos empregados

De acordo com o § 18.1. da NCRF-ESNL uma entidade deve reconhecer um passivo

quando um empregado tiver prestado serviços em troca de benefícios a pagar no futuro;

e um gasto quando a entidade consumir o benefício económico proveniente do serviço

proporcionado por um empregado em troca desses benefícios.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 393

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A Associação dos Motards do Centro possui, como atividade acessória, três delegações onde além do apoio aossócios procede à venda de diversos produtos relacionados com a atividade da associação (mapas, emblemas,vestuário, GPS´s, etc.). Estas mercadorias podem ser vendidas a terceiros, tendo os sócios direito a um desconto de10% sobre os preços marcados.Tem sido prática das diversas direções da associação atribuir, como incentivo aos trabalhadores, um prémio deacordo com os montantes faturados, prémio esse que tem necessariamente de ser aprovado em Assembleia Geral.Face aos valores vendidos no ano N a direção propôs um prémio de 10.000 €. É espectável que mais uma vez aassembleia geral aprove esta proposta.Pedido: Contabilize este prémio no ano N

Exemplo Prático n.º 19

A contabilização da gratificação aos trabalhadores com base no montante anual das

vendas realizadas entidade, é reconhecida como gasto por contrapartida de um passivo

no período N, porque existe já em N uma obrigação presente (construtiva), proveniente

de acontecimentos passados (prémio de produtividade em função do volume de vendas),

e cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade (o

pagamento aos empregados no próximo período) que incorpora benefícios económicos.

A contabilização da gratificação aos trabalhadores com base no montante anual das

vendas realizadas entidade, é reconhecida como gasto por contrapartida de um passivo

no período N, porque existe já em N uma obrigação presente (construtiva), proveniente

de acontecimentos passados (prémio de produtividade em função do volume de vendas),

e cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade (o

pagamento aos empregados no próximo período) que incorpora benefícios económicos.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 394

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Exemplo Prático n.º 19 - ResoluçãoProposta de resolução:

Dado que a estimativa é fiável, porquanto a proposta da direção se fundamenta no

volume de vendas, o valor a considerar é de 10.000 €

Proposta de resolução:

Dado que a estimativa é fiável, porquanto a proposta da direção se fundamenta no

volume de vendas, o valor a considerar é de 10.000 €

Conta Descrição Débito Crédito638 Outros gastos com o pessoal 10.000 €

2722 Credores por acréscimos de gastos 10.000 €

Aspetos relacionados com a divulgação:Apesar da NCRF-ESNL não prescrever uma divulgação específica recomenda-se umaexplicação acerca dos pressupostos que basearam o reconhecimento e mensuração daestimativa relacionada com a gratificação.

ENQUADRAMENTO FISCAL:O procedimento contabilístico está de acordo com o fiscal, tendo a entidade respeitadoo disposto no art.º 18.º do CIRC.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 395

Entidades do setor não lucrativoAspetos contabilísticos e fiscais

SEG 4314(Dezembro de 2014)

Tributação das ESNL:enquadramento nos principais

impostos

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4.1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

4.1.1. O princípio da sujeição geral a imposto4.1.2. Principais isenções das ESNL em sede de IRC

Exemplo prático n.º 20Exemplo prático n.º 21

4.1.3. Sociedades Anónimas Desportivas4.1.4. Isenções em IRC: desenvolvimentos4.1.5. Principais obrigações em sede de IRC4.1.6. O Regime de Caixa face ao CIRC

(cont.)

4.1.1. O princípio da sujeição geral a imposto4.1.2. Principais isenções das ESNL em sede de IRC

Exemplo prático n.º 20Exemplo prático n.º 21

4.1.3. Sociedades Anónimas Desportivas4.1.4. Isenções em IRC: desenvolvimentos4.1.5. Principais obrigações em sede de IRC4.1.6. O Regime de Caixa face ao CIRC

(cont.)

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4.1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

4.1.7. Obrigações de pagamento e outras4.1.7.1. Tributações autónomas em sede de IRC4.1.7.2. Derrama4.1.7.3. Pagamento especial por Conta4.1.7.4. Taxa de Tributação

Anexos ao ponto 4.1.:• Transcrição do art.º 119.º do CIRS• Proc.º n.º 325/05 - Enquadramento em IRC das entidades que

não exercem, a título principal, uma atividade de naturezacomercial, industrial ou agrícola.

4.1.7. Obrigações de pagamento e outras4.1.7.1. Tributações autónomas em sede de IRC4.1.7.2. Derrama4.1.7.3. Pagamento especial por Conta4.1.7.4. Taxa de Tributação

Anexos ao ponto 4.1.:• Transcrição do art.º 119.º do CIRS• Proc.º n.º 325/05 - Enquadramento em IRC das entidades que

não exercem, a título principal, uma atividade de naturezacomercial, industrial ou agrícola.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 398

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4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Valor Acrescentado

4.2.1. Conceito de sujeito passivo e isenções em IVA4.2.2. O caso específico do reconhecimento do n.º 7 do art.º 9.º do CIVA4.2.3. Obrigações em sede de IVA4.2.4. Apuramento do Imposto

Exemplo prático n.º 224.2.5. Taxas a aplicar4.2.6. Faturação4.2.7. Documentos de transporte4.2.8. Restituição do IVA às IPSS´s, Igreja e Bombeiros

Exemplo prático n.º 234.2.9. O Regime de Caixa em sede de IVA

4.2.1. Conceito de sujeito passivo e isenções em IVA4.2.2. O caso específico do reconhecimento do n.º 7 do art.º 9.º do CIVA4.2.3. Obrigações em sede de IVA4.2.4. Apuramento do Imposto

Exemplo prático n.º 224.2.5. Taxas a aplicar4.2.6. Faturação4.2.7. Documentos de transporte4.2.8. Restituição do IVA às IPSS´s, Igreja e Bombeiros

Exemplo prático n.º 234.2.9. O Regime de Caixa em sede de IVA

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4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros impostos (síntese)

4.3.1. IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis4.3.2. IMT - Imposto Municipal s/ as TransmissõesOnerosas de Imóveis4.3.3. IS - Imposto do Selo4.3.4. ISV - Imposto sobre Veículos4.3.5. IUC - Imposto Único de Circulação4.3.6. Outras isenções aplicáveis às PCUP4.3.7. Isenções de Custas Judiciais a pessoas coletivasprivadas sem fins lucrativos

4.3.1. IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis4.3.2. IMT - Imposto Municipal s/ as TransmissõesOnerosas de Imóveis4.3.3. IS - Imposto do Selo4.3.4. ISV - Imposto sobre Veículos4.3.5. IUC - Imposto Único de Circulação4.3.6. Outras isenções aplicáveis às PCUP4.3.7. Isenções de Custas Judiciais a pessoas coletivasprivadas sem fins lucrativos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 400

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4.4 As ESNL e os incentivos fiscais ao Mecenato

4.4.1. Conceito, modalidades e apoio fiscal4.4.2. Donativos4.4.3. Principais obrigações das entidades

beneficiárias

4.4.1. Conceito, modalidades e apoio fiscal4.4.2. Donativos4.4.3. Principais obrigações das entidades

beneficiárias4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)Anexos ao ponto 4:• Enquadramento em IRC das entidades que não exercem, a título

principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícolaDespacho de 14/11/2005 - Proc.º n.º 325/05

• Enquadramento fiscal dos Donativos – Proc. 739/2004 de 21.01.04

Anexos ao ponto 4:• Enquadramento em IRC das entidades que não exercem, a título

principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícolaDespacho de 14/11/2005 - Proc.º n.º 325/05

• Enquadramento fiscal dos Donativos – Proc. 739/2004 de 21.01.04

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 401

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Prazos de arquivo de documentação

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 402

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Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 403

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4.1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 404

ESNLESNLSujeição a IRCArtigo 2.º - Sujeitos passivos (CIRC)• 1. São sujeitos passivos do IRC:• a) As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as

cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoascoletivas de direito público ou privado, com sede ou direçãoefetiva em território português;

Forma de determinação do RendimentoNo termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 3.º do CIRC, o IRC incide sobre "o rendimentoglobal, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categoriasconsideradas para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos atítulo gratuito, das pessoas coletivas ou entidades referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1do artigo anterior que não exerçam, a título principal, uma atividade de naturezacomercial, industrial ou agrícola".

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4.1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

Em termos de IRC:

• Enquadramento das entidades que não exercem, a títuloprincipal, uma atividade de natureza comercial, industrialou agrícola

• Enquadramento fiscal dos donativos

E ainda Estatuto dosBenefícios Fiscais

Ver nova redação do art.º 117.º CIRC (pela lei 20/2012 foi revogado o nº7 deste artigo) e o Ofício-Circulado n.º 020 167, de 12-04-2013Ponto 4.1.5. do Manual

Ver nova redação do art.º 117.º CIRC (pela lei 20/2012 foi revogado o nº7 deste artigo) e o Ofício-Circulado n.º 020 167, de 12-04-2013Ponto 4.1.5. do Manual

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 405

Exerce a títuloprincipal a atividadecomercial, industrial

ou agrícola ?

Sim

Comestabelecimento

estável ?

Lucro Tributável(art.º. 17.º e art.º. 55.º )

Sim

Rendimento Global (IRS)(art.º. 53º) + Incrementos Pat. Gratuitos (art.º. 56.º)

NãoNão

Custos Comuns(art.º. 54.º)

(a) Prejuízos Fiscais(art.º. 52.º)

(a) Benefícios Fiscaisart.º 53, n.º 7 do CIRC +Benefícios Fiscais

MATÉRIA COLECTÁVEL

=

-

Entidades

Residentes Nãoresidentes

Rend não Imp a E Estável

CIRC

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4.1. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas

Artigo 10.º - Pessoas coletivas de utilidade pública e de solidariedade social1 – Estão isentas de IRC:

a) As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa;

b) As instituições particulares de solidariedade social, bem como as pessoas

coletivas àquelas legalmente equiparadas;

c) As pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam, exclusiva ou

predominantemente, fins científicos ou culturais, de caridade, assistência,

beneficência, solidariedade social ou defesa do meio ambiente (…)”.

Nas alíneas a e b a isenção, ou melhor a utilidade publica, é reconhecida de formaautomática, na alínea c, nos termos do nº 2 do artigo 10º do CIRC o estatuto de utilidadepublica carece de reconhecimento prévio do ministério das finanças.

Nas alíneas a e b a isenção, ou melhor a utilidade publica, é reconhecida de formaautomática, na alínea c, nos termos do nº 2 do artigo 10º do CIRC o estatuto de utilidadepublica carece de reconhecimento prévio do ministério das finanças.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 407

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Esta isenção pode não ser total sendo, ainda assim, sujeita a determinados condicionalismos,conforme dispõe o n.º 3 do artigo 10.º do CIRC:

“3 - A isenção prevista no n.º 1 não abrange os rendimentos empresariais derivados do exercício

das atividades comerciais ou industriais desenvolvidas fora do âmbito dos fins estatutários, bem

como os rendimentos de títulos ao portador, não registados nem depositados, nos termos da

legislação em vigor, e é condicionada à observância continuada dos seguintes requisitos:a) Exercício efetivo, a título exclusivo ou predominante, de atividades dirigidas à prossecução dos fins que justificaram o

respetivo reconhecimento da qualidade de utilidade pública ou dos fins que justificaram a isenção consoante se trate,

respetivamente, de entidades previstas nas alíneas a) e b) ou na alínea c) do n.º 1;

b) Afetação aos fins referidos na alínea anterior de, pelo menos, 50% do rendimento global líquido que seria sujeito a

tributação nos termos gerais, até ao fim do 4.º período de tributação posterior àquele em que tenha sido obtido, salvo

em caso de justo impedimento no cumprimento do prazo de afetação, notificado ao diretor-geral dos impostos,

acompanhado da respetiva fundamentação escrita, até ao último dia útil do 1.º mês subsequente ao termo do referido

prazo;

c) Inexistência de qualquer interesse direto ou indireto dos membros dos órgãos estatutários, por si mesmos ou por

interposta pessoa, nos resultados da exploração das atividades económicas por elas prosseguidas.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 408

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Dispõe, também, o n.º 4 do mesmo artigo que o “incumprimento dos requisitosreferidos nas alíneas a) e c) do número anterior determina a perda da isenção, a partirdo correspondente período de tributação, inclusive”; e que o incumprimento dorequisito referido na alínea b) do n.º 3 (afetação de percentagem do rendimento isentoaos fins prosseguidos), determina a sujeição a tributação, “no 4.º período de tributaçãoposterior ao da obtenção do rendimento global líquido, a parte desse rendimento quedeveria ter sido afeta aos respetivos fins”.

Por seu turno, a existência de atividades de natureza empresarial fora do âmbito dos finsestatutários implica a não isenção destas entidades relativamente a tais rendimentos. Aeste propósito refira-se que o simples facto de os estatutos preverem que a entidade podedesenvolver toda e qualquer atividade, não implica por si só que tais atividades se insiramno âmbito dos fins estatutários.

Por seu turno, a existência de atividades de natureza empresarial fora do âmbito dos finsestatutários implica a não isenção destas entidades relativamente a tais rendimentos. Aeste propósito refira-se que o simples facto de os estatutos preverem que a entidade podedesenvolver toda e qualquer atividade, não implica por si só que tais atividades se insiramno âmbito dos fins estatutários.

Importa para o efeito perceber quais são os fins estatutários. Admitamos uma associaçãohumanitária, forçosamente os seus fins, os fins do seu estatuto é prosseguir atividades de âmbitohumanitário, pelo que as atividades que forem desenvolvidas para além daqueles fins, ainda quecompreendidas nos seus estatutos, não podem beneficiar da isenção acima referida.

Importa para o efeito perceber quais são os fins estatutários. Admitamos uma associaçãohumanitária, forçosamente os seus fins, os fins do seu estatuto é prosseguir atividades de âmbitohumanitário, pelo que as atividades que forem desenvolvidas para além daqueles fins, ainda quecompreendidas nos seus estatutos, não podem beneficiar da isenção acima referida.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 409

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Relativamente à alínea c) do nº 3 do artigo 10º que refere a “Inexistência de

qualquer interesse direto ou indireto dos membros dos órgãos estatutários,

por si mesmos ou por interposta pessoa, nos resultados da exploração das

atividades económicas por elas prosseguidas “

• É entendimento da AT que o simples facto de elementos dos órgãos

estatutários serem trabalhadores dependentes da própria entidade,

inviabiliza a concessão da isenção em causa.

Isenções Artigo 10º CIRC

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 410

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O n.º 1 do artigo 11.º do CIRC prevê ainda isenções para as Associações quedesenvolvam atividades culturais, recreativas e desportivas, aplicando-se as mesmas aosrendimentos delas diretamente derivados, desde que observadas um conjunto decondições; assim:

“2 - A isenção prevista no número anterior só pode beneficiar associações legalmenteconstituídas para o exercício dessas atividades e desde que se verifiquemcumulativamente as seguintes condições:

a) Em caso algum distribuam resultados e os membros dos seus órgãos sociais nãotenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse direto ou indireto nosresultados de exploração das atividades prosseguidas;

b) Disponham de contabilidade ou escrituração que abranja todas as suasatividades e a ponham à disposição dos serviços fiscais, designadamente paracomprovação do referido na alínea anterior” (…)”.

Isenções Artigo 11º CIRC

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 411

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• Será importante também para estas entidades ter em conta o que antes se disse relativamente

às entidades abrangidas pelo artigo 10.º do CIRC, no que respeita ao interesse direto ou indireto

nos resultados da exploração das atividades prosseguidas, por parte dos membros dos seus

órgãos estatutários que, em princípio, não poderão desempenhar funções remuneradas na

entidade.

• Também, neste tipo de entidades não se consideram rendimentos diretamente derivados do

exercício das atividades indicadas no n.º 1, para efeitos da isenção aí prevista, os provenientes

de qualquer atividade comercial, industrial ou agrícola exercida, ainda que a título acessório,

em ligação com essas atividades e, nomeadamente, os provenientes de publicidade, direitos

respeitantes a qualquer forma de transmissão, bens imóveis, aplicações financeiras e jogo do

bingo (cf. n.º 3 do artigo referido).

Isenções Artigo 11º CIRC

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 412

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De salientar que para este tipo de associações o artigo 54.º do EBF prevê ainda o seguinte:

“Artigo 54.º - Coletividades desportivas, de cultura e recreio

1 - Ficam isentos de IRC os rendimentos das coletividades desportivas, de cultura e recreio,abrangidas pelo artigo 11.º do Código do IRC, desde que a totalidade dos seus rendimentosbrutos sujeitos a tributação, e não isentos nos termos do mesmo Código, não exceda omontante de € 7500. [Redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro - OE]

2 - As importâncias investidas pelos clubes desportivos em novas infraestruturas, não provenientesde subsídios, podem ser deduzidas à matéria coletável até ao limite de 50% da mesma, sendoo eventual excesso deduzido até ao final do segundo exercício seguinte ao do investimento.[Redação dada pela Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro - OE]

Isenções Artigo 11º CIRC Estatuto Benefícios Fiscais

Repare-se, no entanto, que enquanto o artigo 11.º do CIRC isenta os rendimentosdiretamente resultantes das atividades desportivas, de cultura e recreio, o normativo doEBF citado isenta os outros rendimentos (que em principio estariam sujeitos) dessascoletividades desde que os rendimentos brutos sujeitos a tributação e não isentos nãoultrapasse o montante ali referido (7.500€)

Repare-se, no entanto, que enquanto o artigo 11.º do CIRC isenta os rendimentosdiretamente resultantes das atividades desportivas, de cultura e recreio, o normativo doEBF citado isenta os outros rendimentos (que em principio estariam sujeitos) dessascoletividades desde que os rendimentos brutos sujeitos a tributação e não isentos nãoultrapasse o montante ali referido (7.500€)

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UPAdministrativa

UPAdministrativa IPSSIPSS Atividades Culturais,

Recreativas e desportivasAtividades Culturais,

Recreativas e desportivas

ReconhecimentoAutomático

Art.º 11.ºArt.º 11.ºArt.º 10.ºArt.º 10.º

ReconhecimentoPrévio (nº2 artº10º CIRC)

4.1.2. Principais isenções das ESNL em sede de IRC4.1.2. Principais isenções das ESNL em sede de IRC

MeraUP

MeraUP

Condicionadas:Não distribuição resultados …Disponham contabilidade …

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Quadro síntese da evolução da tributação dos clubes desportivos

Anos Taxas art.º 87 CIRC Dedução EBFNormal Reduzida Art.º 54.º

2008 20,0% 90%2009 (a) 20,0% 12,5% 90%

2010 20,0% 90%2011 21,5% 90%

2012 e 2013 21,5% 50%

2014 … 21,5%+ dedução art.º53.º n.º 7 CIRC 50%

(a) Opção nos termos do art.º 73 da Lei 64-A/2008

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O “Clube Amantes da Boa Vida”, é uma associação recreativa e de lazer, onde se praticamalgumas modalidades desportivas nomeadamente ginástica, danças de salão e artesmarciais.

Possui ainda nas suas instalações um pequeno bar que explora.No ano de 2014 obteve os rendimentos e suportou os custos que a seguir se

discriminam:

Exemplo Prático n.º 20-A

Custos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Custos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Determine a matéria coletável de IRC e o montante de imposto a pagar, epreencha os campos específicos da DM22 e do anexo D da IES

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Exemplo Prático n.º 20-A - ResoluçãoCustos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Custos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Determine a matéria coletável de IRC e o montante de imposto a pagar, e preencha os campos específicos da DM22 e do anexo D da IES

1. A entidade é sujeito passivo do imposto por força no disposto na alínea a) do n.º 1 do artigo2.º do CIRC.

2. O IRC incide sobre o rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos dasdiversas categorias consideradas para efeitos de IRS – alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do CIRC.

3. Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados do exercício de atividadesculturais, recreativas e desportivas (n.º 1 do artigo 11.º do CIRC), pelo que os rendimentos daginástica, danças de salão, artes marciais e outras atividades desportivas estão isentos.

No entanto, os rendimentos do bar não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º.A determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentos líquidos das diversascategorias – n.º 1 do artigo 53.º do CIRC), corresponde a:Rendimento liquido do Bar = Rendimento bruto do bar – Custos do Bar = 10.000 – 7. 500 = 2.500€

No entanto, os rendimentos do bar não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º.A determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentos líquidos das diversascategorias – n.º 1 do artigo 53.º do CIRC), corresponde a:Rendimento liquido do Bar = Rendimento bruto do bar – Custos do Bar = 10.000 – 7. 500 = 2.500€

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Exemplo Prático n.º 20-A - ResoluçãoCustos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Custos específicos:• Custos atividades desportivas 55.000 €• Custos do Bar 7.500 €• Custos comuns 8.300 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Rendimentos brutos:• Ginástica 20.000 €• Danças de Salão 30.000 €• Artes Marciais 7.500 €• Outras Atividades desportivas 12.500 €• Bar 10.000 €

Determine a matéria coletável de IRC e o montante de imposto a pagar, e preencha os campos específicos da DM22 e do anexo D da IES

No entanto, os rendimentos do bar não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º.A determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentos líquidos das diversas categorias – n.º 1 doartigo 53.º do CIRC), corresponde a:Rendimento liquido do Bar = Rendimento bruto do bar – Custos do Bar = 10.000 – 7. 500 = 2.500€

No entanto, os rendimentos do bar não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º.A determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentos líquidos das diversas categorias – n.º 1 doartigo 53.º do CIRC), corresponde a:Rendimento liquido do Bar = Rendimento bruto do bar – Custos do Bar = 10.000 – 7. 500 = 2.500€

• Soma dos rendimentos líquidos das diferentes categorias 2.500,00€• Custos comuns (80.000/10.000X8.300) 1.037,50€ (nº 1 e 2 do art.º 54º CIRC)

• Rendimento liquido global 1.462,50€• Gastos em atividades desportivas e culturais 55.000,00€ (nº 7 do art.º 53º CIRC)

• Matéria Coletável 0€

De notar que a dedução referida no nº 7 do artigo 53º CIRC, apenas pode ser feita até à concorrência dorendimento global liquido, não sendo transferido para o futuro os gastos não dedutíveis. E reforçandoque esta situação apenas é aplicada a exercícios posteriores a 2014.

De notar que a dedução referida no nº 7 do artigo 53º CIRC, apenas pode ser feita até à concorrência dorendimento global liquido, não sendo transferido para o futuro os gastos não dedutíveis. E reforçandoque esta situação apenas é aplicada a exercícios posteriores a 2014.

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Exemplo Prático n.º 20-A – Resolução – Obrigações Declarativas• Soma dos rendimentos líquidos das diferentes categorias 2.500,00€• Custos comuns (80.000/10.000X8.300) 1.037,50€ (nº 1 e 2 do art.º 54º CIRC)

• Rendimento liquido global 1.462,50€• Gastos em atividades desportivas e culturais 55.000,00€ (nº 7 do art.º 53º CIRC)

• Matéria Coletável 0€

Quadro 7 do Anexo D da M22Quadro 7 do Anexo D da M22

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 419

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Exemplo Prático n.º 20 – Resolução – Obrigações Declarativas• Soma dos rendimentos líquidos das diferentes categorias 2.500,00€• Custos comuns (80.000/10.000X8.300) 1.037,50€ (nº 1 e 2 do art.º 54º CIRC)

• Rendimento liquido global 1.462,50€• Gastos em atividades desportivas e culturais 55.000,00€ (nº 7 do art.º 53º CIRC)

• Matéria Coletável 0€

Qua

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M22

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Exemplo Prático n.º 20 – Resolução – Obrigações Declarativas• Soma dos rendimentos líquidos das diferentes categorias 2.500,00€• Custos comuns (80.000/10.000X8.300) 1.037,50€ (nº 1 e 2 do art.º 54º CIRC)

• Rendimento liquido global 1.462,50€• Gastos em atividades desportivas e culturais 70.000,00€ (nº 7 do art.º 53º CIRC)

• Matéria Coletável 0€Quadro 10 da DM22Quadro 10 da DM22

Reforçando que apenas após 2014 poderá ser efetuar a dedução do art.º 53.º,n.º 7 do CIRC

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 421

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• O clube de futebol, o “Ás da Bola”, desenvolve a sua atividade desportiva possuindo para oefeito um campo de futebol, onde jogam e treinam diversas equipas de futebol juvenil e infantil(desporto amador). Paralelamente a esta atividade obtém receitas dum pequeno bar queexplora diretamente, de publicidade no campo de futebol e do aluguer de espaço paracolocação de antenas de telemóveis. Começou ainda a funcionar no ano de 2014, e durante osfins de semana, uma sala de bingo.

• Dado o interesse do trabalho comunitário desenvolvido recebeu ainda da Câmara Municipal dasua área, um subsídio de apoio à equipa de futebol, bem como diversos donativos.

• Os valores evidenciados pela contabilidade relativamente ao ano de 2014 constam dos quadrosseguintes.

PRETENDE-SE:• O cálculo do IRC, a pagar ou a recuperar;• O cálculo dos eventuais pagamentos por conta;• O preenchimento da DM 22 e do anexo D da Declaração Anual do exercício de 2014;

Nota: no manual este exercício esta resolvido como sendo 2013, nesta apresentação seráresolvido como sendo em 2014.

• O clube de futebol, o “Ás da Bola”, desenvolve a sua atividade desportiva possuindo para oefeito um campo de futebol, onde jogam e treinam diversas equipas de futebol juvenil e infantil(desporto amador). Paralelamente a esta atividade obtém receitas dum pequeno bar queexplora diretamente, de publicidade no campo de futebol e do aluguer de espaço paracolocação de antenas de telemóveis. Começou ainda a funcionar no ano de 2014, e durante osfins de semana, uma sala de bingo.

• Dado o interesse do trabalho comunitário desenvolvido recebeu ainda da Câmara Municipal dasua área, um subsídio de apoio à equipa de futebol, bem como diversos donativos.

• Os valores evidenciados pela contabilidade relativamente ao ano de 2014 constam dos quadrosseguintes.

PRETENDE-SE:• O cálculo do IRC, a pagar ou a recuperar;• O cálculo dos eventuais pagamentos por conta;• O preenchimento da DM 22 e do anexo D da Declaração Anual do exercício de 2014;

Nota: no manual este exercício esta resolvido como sendo 2013, nesta apresentação seráresolvido como sendo em 2014.

Exemplo Prático n.º 21 - Atividade desenvolvida por Clube Desportivo

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 422

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• Receitas:

• Gastos:

• Receitas:

• Gastos:

Exemplo Prático n.º 21 - Atividade desenvolvida por Clube Desportivo

Actividade desportiva 123 732,23 EurosReceitas do Bingo 4 763,52 EurosPublicidade 5 985,57 EurosBar 17 507,81 EurosDonativos 2 373,00 EurosAluguer espaço para antenas 14 963.94 EurosSubsídios 24 939.89 Euros

Actividade desportiva 129 432,78 Euros

Bingo 4 129,31 Euros

Bar 12 545,56 Euros

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 423

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1. A entidade é sujeito passivo do imposto por força no disposto na alínea a)do n.º 1 do artigo 2.º do CIRC.

2. O IRC incide sobre o rendimento global, correspondente à soma algébricados rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS –alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do CIRC.

3. Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados do exercício deatividades culturais, recreativas e desportivas (n.º 1 do artigo 11.º do CIRC).

4. No entanto, os rendimentos da publicidade, do bar e aluguer de espaçopara antenas não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º doCIRC.

5. Os subsídios são considerados rendimentos não sujeitos a IRC, nos termosdo n.º 3 do artigo 49.º do CIRC, se se destinarem a financiar a realização defins estatutários.

1. A entidade é sujeito passivo do imposto por força no disposto na alínea a)do n.º 1 do artigo 2.º do CIRC.

2. O IRC incide sobre o rendimento global, correspondente à soma algébricados rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS –alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º do CIRC.

3. Estão isentos de IRC os rendimentos diretamente derivados do exercício deatividades culturais, recreativas e desportivas (n.º 1 do artigo 11.º do CIRC).

4. No entanto, os rendimentos da publicidade, do bar e aluguer de espaçopara antenas não estão isentos por força do n.º 3 do referido artigo 11.º doCIRC.

5. Os subsídios são considerados rendimentos não sujeitos a IRC, nos termosdo n.º 3 do artigo 49.º do CIRC, se se destinarem a financiar a realização defins estatutários.

Exemplo Prático n.º 21 - Resolução

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 424

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Assim a determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentoslíquidos das diversas categorias – n.º 1, do artigo 48.º, do CIRC) corresponde a:Assim a determinação do rendimento global (soma algébrica dos rendimentoslíquidos das diversas categorias – n.º 1, do artigo 48.º, do CIRC) corresponde a:

Exemplo Prático n.º 21 - Resolução

Bingo Publicidade Bar Antenas TotalRendimentoBruto 4.763,52 5.985,57 17.507,81 14.963,94 43.220,84DeduçãoEspecífica 4.129,31 0,00 12.545,56 0,00 16.674,87RendimentoLíquido 634,21 5.985,57 4.962,25 14.963,94 26.545,97RendimentoGlobal 26.545,97

Nota: O Bingo não está sujeito a Imposto Especial de Jogo pelo que não se enquadra noartigo 7.º do CIRC.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 425

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4 – O total de Gastos é de 129.432,78€ mas apenas pudemos deduzir o montante até à concorrênciado rendimento liquido, não sendo os restantes reportáveis para períodos posteriores.6 – No manual é considerado que os 129.432,78 (total dos gastos com atividades desportivas, sãoreferentes a novas infraestruturas, o que não é desde logo linear, no entanto considerando que éassim o montante a considerar nos termos do artigo 54º do EBF seria o montante liquido desubsídios (129.432,78€ - 24.939,89 = 104.492,89€), como apenas podemos deduzir o montante até50% da matéria coletável, em 2014 a dedução seria 0, sendo os 104.492,89€ reportáveis até 2016.

4 – O total de Gastos é de 129.432,78€ mas apenas pudemos deduzir o montante até à concorrênciado rendimento liquido, não sendo os restantes reportáveis para períodos posteriores.6 – No manual é considerado que os 129.432,78 (total dos gastos com atividades desportivas, sãoreferentes a novas infraestruturas, o que não é desde logo linear, no entanto considerando que éassim o montante a considerar nos termos do artigo 54º do EBF seria o montante liquido desubsídios (129.432,78€ - 24.939,89 = 104.492,89€), como apenas podemos deduzir o montante até50% da matéria coletável, em 2014 a dedução seria 0, sendo os 104.492,89€ reportáveis até 2016.

Exemplo Prático n.º 21 - Resolução

1 - Rendimento Global (A incluir no campo D240 da IES) 26.545,972 - Dedução % Gastos Comuns (Art.º 54º CIRC) 03 - Rendimento liquido 26.545,974 - Dedução Gastos em atividades isentas (53º nº7 do CIRC) 26.545,975 – Matéria coletável Inicial 06 – Benefícios Fiscais (artigo 54º nº 2 EBF) 07 – Matéria coletável (A incluir no campo D243 da IES) 0

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Exemplo Prático n.º 21 – Resolução – Obrigações Declarativas

Quadro 7 do Anexo D da IESQuadro 7 do Anexo D da IES

26 545 97

26 545 97

1 - Rendimento Global (A incluir no campo D240 da IES) 26.545,972 - Dedução % Gastos Comuns (Art.º 54º CIRC) 03 - Rendimento liquido 26.545,974 - Dedução Gastos em atividades isentas (53º nº7 do CIRC) 26.545,975 – Matéria coletável Inicial 06 – Benefícios Fiscais (artigo 54º nº 2 EBF) 07 – Matéria coletável (A incluir no campo D243 da IES) 0

0

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Exemplo Prático n.º 21 – Resolução – Obrigações Declarativas

Quadro 9da DM22Quadro 9da DM22

1 - Rendimento Global (A incluir no campo D240 da IES) 26.545,972 - Dedução % Gastos Comuns (Art.º 54º CIRC) 03 - Rendimento liquido 26.545,974 - Dedução Gastos em atividades isentas (53º nº7 do CIRC) 26.545,975 – Matéria coletável Inicial 06 – Benefícios Fiscais (artigo 54º nº 2 EBF) 07 – Matéria coletável (A incluir no campo D243 da IES) 0

. 0 ,00

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Exemplo Prático n.º 21 – Resolução – Obrigações Declarativas

Quadro 10da DM22Quadro 10da DM22

1 - Rendimento Global (A incluir no campo D240 da IES) 26.545,972 - Dedução % Gastos Comuns (Art.º 54º CIRC) 03 - Rendimento liquido 26.545,974 - Dedução Gastos em atividades isentas (53º nº7 do CIRC) 26.545,975 – Matéria coletável Inicial 06 – Benefícios Fiscais (artigo 54º nº 2 EBF) 07 – Matéria coletável (A incluir no campo D243 da IES) 0

21,50 0 00

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IRC – Obrigações Declarativas e outras

• Declarativas – Art.º 117.º:– a) Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação,

nos termos dos artigos 118.º e 119.º;– b) Declaração periódica de rendimentos, nos termos

do artigo 120.º;– c) Declaração anual de informação contabilística e fiscal,

nos termos do artigo 121.º”.• De escrituração:

• Art.º 124.º

É importante realçar que estas entidades deverão preenchero quadro 07 do Anexo D da IES (e não o Q07 da modelo 22)

É importante realçar que estas entidades deverão preenchero quadro 07 do Anexo D da IES (e não o Q07 da modelo 22)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 430

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4.1.3 – Sociedades Anonimas Desportivas (DL 10/2013)• Sociedades Comerciais – portanto fora do âmbito das ESNL

• Opção entre SAD e SDUQ, Lda

Tributação conforme regime especial a criar, enquanto não for criadoaplica-se o regime geral.

Capitais mínimos

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 431

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4.1.4 – Outras situaçõesRendimento Sujeito é determinado pela soma algébrica dosrendimentos das diferentes categorias de IRS (B, F, E, G…), sendo cadauma destas parcelas determinadas de acordo com as regras especificasde cada categoria.

Dedutibilidade de Perdas (prejuízos da categoria B, ou saldo negativo de mais emenos valias…) só podem ser deduzido a rendimentos da mesma categoria nos 5períodos de tributação seguintes, e estando sujeitos os prejuízos aos limites doartigo 52º (70% do rendimento)Gastos Comuns a atividades isentas e sujeitas deduzidas parcialmente (artº 54 nº 1 b)

Quotas - Consideram-se rendimentos não sujeitos a IRC as quotas pagas pelosassociados em conformidade com os estatutos, bem como os subsídiosdestinados a financiar a realização dos fins estatutários. (artº 54 nº 3)Doações - Consideram-se rendimentos isentos os incrementos patrimoniaisobtidos a título gratuito destinados à direta e imediata realização dos finsestatutários.

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 432

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4.1.

5. P

rinci

pais

obr

igaç

ões

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C90 dias após RNPC

15 dias

30 dias

Até 15 de Julho

Até último dia útilde Fevereiro

OBRIGAÇÕESDECLARATIVAS

INSCRIÇÃO/REGISTO

PERIÓDICA DERENDIMENTOS

CESSAÇÃO

ALTERAÇÕES

Em qualquer altura

Até último dia útilde Maio

SUBSTITUIÇÃO

NORMAL

DM10 - Rendimentose Retenções

DOSSIER FISCAL

DECL. ANUAL INF.CONTAB. E FISCAL

Até 15 de JulhoPreparação

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 433

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• 4.1.5 – O Regime de Caixa face ao IRC (ver ponto 2.4.)Comparação de normativos: NCRF-ESNL versus CIRCComparação de normativos: NCRF-ESNL versus CIRC

Dispositivos Legais:NCRF-ESNL CIRC

Disposição Legal DL 36-A/2011, Art.º 10, n,º1 Art.º 124.º, n.º 3Limite 150.000,00 € 150.000,00 €

NCRF-ESNL CIRCArt.º 11, n.º 3 a) Pagamentos e recebimentos Art.º 124,

n.º 1 a)Registo de rendimentos

Art.º 11, n.º 3 a) Pagamentos e recebimentos Art.º 124,n.º 1 b)

Registo de encargos

Art.º 11, n.º 3 b) Património fixo Art.º 124,n.º 1 c)

Registo de inventário deInvestimentos

Art.º 11, n.º 3 c) Direitos e compromissos futuros

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 434

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• 4.1.5 – O Regime de Caixa face ao IRC (ver ponto 2.4.)

RET. TÍTULO DEF.(Outros Rend.)

COM ESTAB.ESTÁVEL

CONTABILIDADEORGANIZADA

NÃO RESIDENTES

SEM ESTAB.ESTÁVEL

ESCRITURAÇÃO(Rend. Prediais)

REND. PRINC.:Outras Cat. IRS REGIME CAIXA

CONTABILIDADEORGANIZADA

NÃO EXERCE ATÍT. PRINCIPAL...

REND. ACESSEC.:Cat. B IRS

CONTABILIDADEORGANIZADA

RESIDENTES

EXERCE ATÍT. PRINCIPAL...

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 435

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• Em termos de IRC:Acerca da opção regime de caixa / contabilidade “organizada” chama-se a

atenção para que quando essa opção for tomada há necessidade de entregar a

Declaração de Alterações preenchendo no quadro 16 :os campos 1 ou 2.

• 4.1.5 – O Regime de Caixa face ao IRC (ver ponto 2.4.)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 436

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4.1.7.1. Tributações autónomas em sede de IRC• Sujeição: art.º. 88.º, n.º 1 do CIRC: 70% (As despesas não documentadas)• Não sujeição: art.º 88.º, n.º 3 do CIRC (Encargos com Viaturas)• Sujeição: art.º 88.º n.º 9 do CIRC (ajudas de custo – caso respeitem a atividades

acessórias tributadas – despacho 200-11-16 Processo 529/05 – Pagina 114Manual)

4.1.7.2. Derrama• As ESNL não estão sujeitas a derrama: Lei das Finanças

4.1.7.3. Pagamento Especial por Conta• As ESNL não estão sujeitas - n.º 1 do art.º 106.º do CIRC, por remissão para o n.º 1

do art.º 104.º

4.1.7.4. Taxa de tributação:• Art.º 87.º, n.º 1: 21,5 %

4.1.7. Obrigações de pagamento e outras

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 437

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"Artigo 55. EBF º - Associações e Confederações1 - Ficam isentos de IRC, exceto no que respeita a rendimentos de capitais e a

rendimentos comerciais, industriais ou agrícolas, tal como são definidos paraefeitos de IRS, e sem prejuízo do disposto no número seguinte:a) As pessoas coletivas públicas, de tipo associativo, criadas por lei para

assegurar a disciplina e representação do exercício de profissões liberais;b) As confederações e associações patronais e sindicais.

2 - Ficam isentos de IRC os rendimentos das associações sindicais e das pessoascoletivas

públicas, de tipo associativo, criadas por lei para assegurar a disciplina erepresentação do

exercício de profissões liberais, derivados de ações de formação prestadas aosrespetivos

associados no âmbito dos seus fins estatutários.3 - Ficam isentos de IRC os rendimentos obtidos por associações de pais derivados

da exploração de cantinas escolares ( )."

Outras Isenções em IRC

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 438

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4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

• O CIVA não contém isenções de carácter pessoal respeitando osnormativos comunitários (…) abrange todas as pessoas singulares oucoletivas que exerçam, habitual ou ocasionalmente, uma atividadeeconómica, entendida esta como qualquer atividade de produção,comércio ou de prestação de serviços (cf. alínea a) do n.º 1 do artigo2.º do CIVA).

• Pelo que o conceito de sujeito passivo do imposto “descura o fim ou oresultado da atividade económica prosseguida, não assumindo relevo,nomeadamente, se é visado ou obtido um lucro […] e a circunstânciade uma entidade poder ser qualificada como um organismo semfinalidade lucrativa, em conformidade com a legislação fiscal ouextrafiscal, não obsta a que a mesma detenha a qualidade de sujeitopassivo do imposto” (Laires, R., ob. cit.).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 440

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As ESNL estão sujeitas a imposto e como tal obrigadas ao cumprimento dasdisposições constantes do Código do IVA.Uma parte significativa beneficia de isenção, embora de uma isençãoincompleta, ou seja não liquidam imposto nas transmissões de bens ouprestações de serviços que efetuam, mas não podem deduzir o imposto quesuportaram para a realização dessas mesmas atividades.

4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

Situação previstas em várias alíneas do artigo 9.º do CIVA:• prestações de serviços médicos e sanitários e transporte de doentes

(alíneas 2 a 5),• transmissões de bens e as prestações de serviços ligadas à segurança ou

assistência sociais, creches, jardins de infância, lares, centros dereabilitação, etc.. (alíneas 6 e 7)

• as que tenham por objeto o ensino e a formação profissional (alíneas 9 a11).

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 441

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A isenção prevista no n.º 7 do art.º 9.º do CIVA está condicionada a “… seja, emqualquer caso, reconhecida pelas autoridades competentes.”, o que implica quenormalmente este tipo de atividade se inicie no regime geral.Quando a autorização for concedida há lugar à entrega duma declaração dealterações (art.º 32.º do CIVA) e à consequente correção do IVA deduzido,porquanto o sujeito passivo passa duma situação de regime geral para umasituação de isenção.O licenciamento é, depois dos pareceres de diversas entidades, concedido pelosCentros regionais de Segurança Social, sendo certo que nem sempre estãoreunidos todos os requisitos pelo que pode existir um prazo de 180 dias para asua regularização.Vide alínea g) do n.º 3 do art.º 3.º, alínea b) do n.º 2 do art.º 16.º e alínea a) don.º 6 do art.º 24.º, todos do CIVA

4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 442

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Outras Isenções em IVA obrigam a cumprir os requisitos do artº 10º do CIVAPara efeitos de isenção, apenas são considerados como organismos semfinalidade lucrativa os que, simultaneamente:

a) Em caso algum distribuam lucros e os seus corpos gerentes nãotenham, por si ou interposta pessoa, algum interesse direto ou indiretonos resultados da exploração;

b) Disponham de escrituração que abranja todas as suas atividades e aponham à disposição dos serviços fiscais, designadamente paracomprovação do referido na alínea anterior;

c) Pratiquem preços homologados pelas autoridades públicas ou, para asoperações não suscetíveis de homologação, preços inferiores aosexigidos para análogas operações pelas empresas comerciais sujeitasde imposto;

d) Não entrem em concorrência direta com sujeitos passivos do imposto.

4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

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Obrigações declarativas:• Declaração de inicio:

•Artigo 31.º do CIVA:• Declaração de alterações:

•Artigo 32.º do CIVA:• Declaração de cessação:

•Artigo 33.º do CIVA:• Declaração periódica:

•Artigo 41.º do CIVA:• Declaração anual e mapas recapitulativos:

•Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de Agosto

4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

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4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

• Em termos de IVA:

• Os Requisitos da Contabilidade constam do art.º 44.º docódigo, idênticos para todos os sujeitos (sejam elesEntidades do Sector não Lucrativo ou não).

• Os Suj. Passivos que não possuam contabilidade – Regimede Caixa, devem utilizar um conjunto específico de livros –Art.º 50.º

• Os Métodos de Dedução relativos a bens de utilização mistatambém são idênticos para todos os sujeitos passivos deIVA (Art.º 23.º do CIVA) – Pro-Rata

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4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA)

Em termos de IVA: Art.º 50.º

1 - Os sujeitos passivos não enquadrados nos regimes especiais previstos na secção IVdo presente capítulo ou que não possuam contabilidade organizada nos termos doCódigo do IRS ou do IRC utilizam, para cumprimento das exigências constantes dos n.ºs 1dos artigos 45.º e 48.º, os seguintes livros de registo:

a) Livro de registo de compras de mercadorias e ou livro de registo de matérias-primas e de consumo;b) Livro de registo de vendas de mercadorias e ou livro de registo de produtosfabricados;c) Livro de registo de serviços prestados;d) Livro de registo de despesas e de operações ligadas a bens de investimento;e) Livro de registo de mercadorias, matérias-primas e de consumo, de produtosfabricados e outras existências à data de 31 de Dezembro de cada ano.

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As ENSL;• Beneficiam em muitos casos de isenção de IVA.• Esta isenção é incompleta: não se liquida imposto nas

transmissões de bens e serviços e não se deduz o impostosuportado (artigo 9.º)

• Se apenas desenvolver atividades isentas que não conferem direito àdedução serão enquadradas para efeitos de IVA como um sujeitopassivo isento nos termos do artigo 9.º do CIVA.

• Caso a entidade, para além das suas atividades próprias desenvolvermais algumas, ainda que constantes do seu objeto estatutário, porquenão compreendidas nas abrangidas pela isenção, ficará sujeita aimposto e não isenta por estas atividades.

4.2. As ESNL no âmbito do Imposto sobre o ValorAcrescentado (IVA) - RESUMO

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• Uma IPSS (lar, centro de dia, apoio ao domicilio) aproveitando a capacidadeda sua cozinha, fornece refeições à Associação de Bombeiros Voluntários doseu concelho.

• A Associação Cultural, Recreativa e Desportiva da Serra, para além das suasatividades próprias, explora um bar, ainda que destinado a sócios.

• Uma outra associação qualquer, abrangida por qualquer das isençõesindicadas, que explora um parque de estacionamento;

Exemplo Prático n.º 22

ResoluçãoEm qualquer das situações indicadas estamos perante operações sujeitas e não isentas,ou seja, tributadas, pelo que a entidade deverá liquidar imposto nestas operações.Contudo, nas suas aquisições de bens ou serviços a entidade depara-se com o destinodesses bens e serviços. Se o destino dos for perfeitamente identificável deduz o impostoque suporta nos bens e serviços destinados às operações em que houve tributação e nãodeduz (são uma componente do seu custo) o imposto contido nesses bens e serviçosdestinados às atividades isentas

Continua…

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Exemplo Prático n.º 22

Resolução(…)Se os bens tiverem destino comum, de acordo com o artigo 23.º do CIVA, a dedução doimposto suportado na aquisição de bens e serviços que sejam utilizados na realização deambos os tipos de operações é determinada do seguinte modo:

a) tratando-se de um bem ou serviço parcialmente afeto à realização de operaçõesnão decorrentes do exercício de uma atividade económica prevista na alínea a)do n.º 1 do artigo 2.º, o imposto não dedutível em resultado dessa afetaçãoparcial é determinado nos termos do n.º 2; ou seja, pela utilização do método deafetação real.

b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, tratando-se de um bem ou serviçoafeto à realização de operações decorrentes do exercício de uma atividadeeconómica prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, parte das quais não confiradireito à dedução, o imposto é dedutível na percentagem correspondente aomontante anual das operações que deem lugar a dedução.

Ou seja, a utilização do chamado método do pro-rata.Continua…..

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Exemplo Prático n.º 22Resolução…Contudo, de acordo com o n.º 2 do mesmo artigo, não obstante o disposto daalínea b) do número anterior, pode o sujeito passivo efetuar a dedução segundoa afetação real de todos ou parte dos bens e serviços utilizados, com base emcritérios objetivos que permitam determinar o grau de utilização desses bens eserviços em operações que conferem direito a dedução e em operações que nãoconferem esse direito, sem prejuízo de a AT lhe vir a impor condições especiaisou a fazer cessar esse procedimento no caso de se verificar que provocam ouque podem provocar distorções significativas na tributação.

O que significa que pode utilizar o método de afetação real, método que aadministração fiscal pode obrigar a utilizar, quando:

a) Quando o sujeito passivo exerça atividades económicas distintas;b) Quando a aplicação do processo referido no n.º 1 conduza a distorções

significativas na tributação.

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Exemplo Prático n.º 22 - Resolução…Há bens e serviços de utilização comum que não é fácil dizer que xpertence a este setor e àquele.Vejamos o caso da Associação Cultural da Serra, que para além das suasatividades próprias explora o bar.A Associação tem instalações próprias: Secretaria, Biblioteca, Sala deJogos e o salão onde funciona o bar e instalações sanitárias.Apenas existe um contador da luz e da água que servem todo o edifício.Qual o valor a imputar a cada um dos departamentos? Se a água apenasse consome no bar e nos sanitários já a luz é consumida em todas aspartes da entidade. E os materiais para as casas de banho? Estão aoserviço das duas partes a isenta e o bar.Os honorários do Técnico Oficial de Contas, são comuns a toda aAssociação.

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Exemplo Prático n.º 22 - Resolução…Serve isto para dizer que mesmo em situações em que o métododa afetação real parece simples existem sempre umas situaçõesresiduais que terão de ser tratadas de forma diferente que pode,neste exemplo, passar por uma afetação real calculada com baseem critérios objetivos, podendo ser referidos a título meramenteindicativo, (conforme ofício-circulado n.º 30103, de 2008.04.23, doGabinete do Subdiretor-geral da área de Gestão do IVA), osseguintes:

a) A área ocupada;b) O número de elementos do pessoal afeto;c) A massa salarial;d) As horas-máquina;e) As horas-homem.

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Exemplo Prático n.º 22 - Resolução

…Em qualquer dos casos, a determinação desses critérios objetivos deve seradaptada à situação e organização concretas do sujeito passivo, à natureza dassuas operações no contexto da atividade global exercida e aos bens ou serviçosadquiridos para as necessidades de todas as operações.Em princípio, o critério para medir o grau de utilização relevante deve serdeterminado caso a caso, bem a bem ou serviço a serviço, em função da suaprópria utilização. Pode admitir-se o recurso a uma chave de repartição oucritério objetivo comum a um conjunto de bens ou serviços, na condição de quetal se fundamente em razões objetivas e relevantes devendo o sujeito passivo,em qualquer dos casos, estar em condições de, comprovadamente, justificar osmétodos e critérios utilizados.Os critérios adotados pelo sujeito passivo no início de cada ano civil devem serutilizados consistentemente nesse período, podendo ser efetuados os devidosajustamentos no final de cada ano.

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4.2.4. Apuramento do imposto:

Subsídios na atividade agrícola

Na sequência da matéria exposta, nomeadamente o tratamento a dar aossubsídios conforme oficio-circulado n.º 30103, de 23/ 05/ 2008, do SIVA, refira-se que no caso de subsídios relacionados com a atividade agrícola, os subsídios(subvenções) que são oriundos da Comunidade Europeia (e atribuídos,nomeadamente através do IFAP), têm um tratamento especial. Este tratamentoresulta do despacho do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 15.10.91 –pagina 135 Manual, onde refere que são de excluir da tributação em IVA assubvenções comunitárias à agricultura.

Assim, tais subsídios por excluídos da tributação não deverão figurar quer nonumerador quer no denominador da fração a que se refere o n.º 4 do artigo 23.ºdo CIVA (pro rata).

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4.2.5. Taxas a aplicar

Artigo 18.º do CIVA:a) lista I 6%;b) lista II 13%;c) Genérica 23%.

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4.2.6 Obrigação de faturaçãoDe acordo com a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do CIVA, os sujeitos passivos são

obrigados a emitir uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de

serviços, tal como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da

qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes

não a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados antes da

data da transmissão de bens ou da prestação de serviços.

Desta forma, não esquecendo que todas estas entidades são sujeitos passivos de

IVA, todas elas estarão sujeitas à emissão de fatura por cada transmissão de

bens ou prestação de serviços que efetuem, bem como às demais obrigações

relacionadas com a faturação (comunicação faturas etc.…).

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nos principaisimpostos

4.2.6 Obrigação de faturaçãoContudo, também refere o n.º 3 do mesmo artigo 29.º que “estãodispensados das obrigações referidas nas alíneas b), c), d) e g) do n.º1 os sujeitos passivos que pratiquem exclusivamente operaçõesisentas de imposto, exceto quando essas operações deem direito adedução nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º”, pelo quetratando-se de entidades totalmente isentas, podem beneficiar dadispensa de emissão de faturas, podendo nesse caso emitir recibosou outros documentos em quitação das importâncias recebidas.

Caso a entidade se encontre dispensada da obrigação de faturação os outrosdocumentos emitidos serão considerados em IRS nos termos da subalínea IIda alínea b do numero 6 do artigo 78º do CIRC

Caso a entidade se encontre dispensada da obrigação de faturação os outrosdocumentos emitidos serão considerados em IRS nos termos da subalínea IIda alínea b do numero 6 do artigo 78º do CIRC

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4.2.6 Obrigação de faturaçãoA obrigatoriedade de emitir a fatura pode ser cumprida quer emitindo a

fatura de acordo com o n.º 5 do artigo 36.º do CIVA, como atrás se referiu,

quer através de emissão de fatura simplificada conforme dispõe o artigo

40.º do CIVA:

Tenha-se porém em atenção, que no caso de operações não isentas,

as mesmas terão de ser forçosamente tituladas por uma fatura

emitida nos termos do n.º 5 do artigo 36.º do CIVA.

Chamamos a atenção para o facto de que as entidades totalmente isentas

que se encontram dispensadas da emissão de faturas, caso as emitam terão

de efetuar a respetiva comunicação.

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4.2.7 Documentos de transporteRecordamos que de acordo com o artigo 1.º do RBC “todos os bens em circulação,em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objetode operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valoracrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporteprocessados nos termos do presente diploma.”

Obrigação de Comunicação Prévia aplicável a todos os sujeitos passivos incluindo as ESNL

No Manual é incluído um breve resumo sobre este regime (tal como sobre as

obrigações de faturação), no entanto como às ESNL são aplicáveis as

disposições que também o são à generalidade das outras entidades não o

vamos analisar em detalhe.

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vo4.2.7 Documentos de transporte

FAQ: Quais as obrigações duma IPSS que distribui refeições ao domicílio

aos seus utentes, em relação ao transporte dessas refeições?

A partir de 1JAN2014 as IPSS´s estão dispensadas de documentos de transporte

relativamente às refeições acima referidas.

Até essa data deveriam emitir documentos de transporte. Como os destinatários,

as quantidades e os locais de descarga são conhecidos devem ser emitidos DT

para cada uma das refeições transportadas.

Como esses destinatários são particulares, a IPSS está dispensada de

comunicar esses DT à AT.”

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Quais as obrigações duma IPSS que efetua serviços de limpeza ao domicílio dos seusutentes, em relação ao transporte dos produtos para a realização dessa prestação deserviços?

A IPSS quando sai do seu local de carga com vários produtos de limpeza não sabe asquantidades a consumir em cada domicílio, devendo emitir um documento de transporteglobal processado por qualquer das vias referidas no ponto 2.3 e nas condições aímencionadas.Quaisquer que sejam as vias utilizadas para o processamento, os documentos detransporte globais devem ser sempre impressos em papel (3 exemplares) e acompanhar osbens (original e duplicado), ainda que exista o código de identificação.

No momento do consumo dos produtos de limpeza, deve ser emitido uma folha de obrapor cada serviço, com referência expressa ao documento de transporte global.

A folha de obra deve ser emitida sem qualquer formalismo nos termos do RBC.

Como esses destinatários são (em regra) particulares, a IPSS está dispensada decomunicar esses DT à AT.

4.2.7 Documentos de transporte

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4.2.8 Restituição do IVA às IPSS, Igreja e BombeirosLegislação mais importante é a seguinte:• Lei 16/2001• Decreto-Lei n.º 20/90• Decreto-Lei n.º 113/90 de 5 de Abril, Estabelece benefícios

fiscais em matéria de imposto sobre o valor acrescentado(IVA) em relação a aquisições de bens e serviços pelasforças armadas, forças e serviços de segurança eassociações e corporações de bombeiros.

Site da AT:http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/apoio_contribuinte/modelos_formularios/iva/Existem dois modelos:• IPSS`s e instituições equiparadas• Instituições da Igreja Católica

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4.2.8 Restituição do IVA às IPSS, Igreja e BombeirosNo caso concreto das IPSS´s, e para podermos compreender a suaaplicação no tempo, teremos de analisar a evolução da vigência dosdiplomas em análise:

• Vigência da Lei 16/2001: Original até 31/08/2009 De 01/09/2009 a 28/04/2010 De 29/04/2010 a 31/12/2010 A partir de 01/01/2011

• Vigência do DL 20/1990: De 01/01/2001 a 31/12/2006 De 01/01/2007 a 31/12/2010 A partir de 01/01/2011

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4.2.8 Restituição do IVA às IPSS, Igreja e BombeirosSobre a restituição deste imposto às IPSS’s é importante realçar aevolução do regime nos últimos 4 anos:• Até 31-12-2010 estas entidades tinham direito à restituição da

totalidade do IVA referido nas 5 alíneas do n.º 1 do art.º 2.º do DL20/90

• Em 2011 perderam o direito a qualquer restituição• Por sua vez em 2012, por força do Orçamento de Estado, foi

possível restituir 50%, mas apenas no tocante às alíneas a)(imóveis) e b) (ativo imobilizado corpóreo - terminologia utilizadano diploma)

• Em 2013 e 2014 de igual modo, e também por força dosrespetivos Orçamentos de Estado, manteve-se a restituição em50% referente às alíneas a) e b);

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Regime de transição:

No entanto e no tocantes aos encargos relacionados comimóveis e ativo imobilizado que estivessem em 31DEZ2010 adecorrer, já contratualizadas ou com decisão de aprovação dacandidatura, a situação manteve-se, isto é, foi possível às IPSS´ssolicitarem a restituição da totalidade do IVA

• Para 2015 o Orçamento de Estado já aprovado mantém estapossibilidade, nos mesmos moldes

4.2.8 Restituição do IVA às IPSS, Igreja e Bombeiros

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A Casa do Catraio, é uma IPSS destinada a promover aeducação de jovens em situação problemática, e comotal isenta de IVA nos termos do art.º 9.º.

Solicitou em 30JUN2011 um pedido de restituição deIVA no montante de 25.000€, dos quais 20.000€ sereferiam a “construção, manutenção e conservação deimóveis” e 5.000€ a “elementos do ativo imobilizadocorpóreo”, tendo qualificado todas estas verbas com ocódigo 351, isto é, como que enquadráveis na alínea a)do n.º 1 do art.º 2.º do DL 20/90.

4.2.8. Restituição do IVA às IPSS, Igrejae Bombeiros• Exemplo Prático n.º 23

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(…)O pedido foi devidamente certificado pela Segurança Social sendoinquestionável que todas as aquisições se destinam à prossecuçãodos respetivos fins estatutários

Posição dos Serviços:

Como nos termos do art.º 130.º da Lei 55-A/2010 – OE2011 foirevogado o art.º 2.º do DL 20/90, mantendo-se contudo em vigorno que respeita às operações que se encontrem em curso em31DEZ2010, os serviços notificaram a instituição no sentido decomprovar a data da candidatura ao financiamento. A instituiçãoinformou que a candidatura tinha sido entregue em 30ABR2009.

4.2.8. Restituição do IVA às IPSS, Igrejae Bombeiros• Exemplo Prático n.º 23

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(…)Os serviços notificaram a entidade em 30JUN2011:

• deferiram parcialmente o pedido, aceitando 20.000 € (alínea a) -código 351),

• indeferiram a verba de 5.000€ por força do n.º 4 do art.º 3.º doDL 20/90 (alínea b) - código 352) e

• advertiram a entidade que deveria solicitar nos meses de JAN eFEV2012 o pedido referente à verba 5.000€E isto porquanto a candidatura tinha sido apresentada em dataanterior a 31/12/2010,

4.2.8. Restituição do IVA às IPSS, Igrejae Bombeiros• Exemplo Prático n.º 23

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.2.9 O Regime de Caixa em sede de IVA

O DL 71/2013 de 30MAI veio a:• Aprovar o Regime de IVA de Caixa• Alterar o CIVA• Revogar:

• a) O Regime Especial de Exigibilidade do IVA dos Serviços de TransporteRodoviário Nacional de Mercadorias, aprovado pela Lei 15/2009, de 1ABR;

• b) O Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Empreitadas eSubempreitadas de Obras Públicas, aprovado pelo DL 204/97 de 9AGO;

• c) O Regime Especial de Exigibilidade do IVA nas Entregas de Bens àsCooperativas Agrícolas, aprovado pelo DL 418/99, de 21OUT,

• Em vigor partir de 1OUT2013

As ESNL podem aplicar este Regime nos mesmos moldes das demais entidades.

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Natureza dos rendimentos IVA IRCReceitas de bilheteira de jogos desportivos Sujeito e não isento IsentoRendas Isento Sujeito e não isento (a)Bares/restaurantes explorados diretamente Sujeito e não isento Sujeito e não isento (a)Bares/restaurantes cedência de exploração Sujeito e não isento Sujeito e não isento (a)Quotizações/Jóias Isento Não sujeitoSubsídios destinados a financiar arealização dos fins estatutários. Não sujeito Não sujeito

Incrementos patrimoniais obtidos a títulogratuito destinados à direta e imediatarealização dos fins estatutários.

Não sujeito Isento

Juros e outros rendimentos de capitais Não sujeito Sujeito e não isento (a)Publicidade e outros natureza comercial Sujeito e não isento Sujeito e não isento (a)

Manifestações ocasionais, abrangidas peloDespacho Normativo 118/85 Isento Sujeito e não isento (a)

(a) Desde que cumulativamente ultrapassem 7.500 € (art.º 54.º do EBF)

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos

4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros impostos (síntese)

Em termos de IMI:Artigo 44.º do EBF, estão isentos:“(…)c) As associações ou organizações de qualquer religião ou cultoàs quais seja reconhecida personalidade jurídica, quanto aostemplos ou edifícios exclusivamente destinados ao culto ou àrealização de fins não económicos com este diretamenterelacionados;d) As associações sindicais e as associações de agricultores, decomerciantes, de industriais e de profissionais independentes,quanto aos prédios ou parte de prédios destinados diretamente àrealização dos seus fins;

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)Em termos de IMI:Artigo 44.º do EBF, estão isentos (continuação):“(…)e) As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e asde mera utilidade pública, quanto aos prédios ou parte de prédiosdestinados diretamente à realização dos seus fins;f) As instituições particulares de solidariedade social e aspessoas coletivas a elas legalmente equiparadas, quanto aosprédios ou parte de prédios destinados diretamente à realizaçãodos seus fins, salvo no que respeita às misericórdias, caso em que obenefício abrange quaisquer imóveis de que sejam proprietárias;

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)Em termos de IMI:Artigo 44.º do EBF, estão isentos (continuação):“(…)

i) As associações desportivas e as associações juvenislegalmente constituídas, quanto aos prédios ou parte de prédiosdestinados diretamente à realização dos seus fins;m) As coletividades de cultura e recreio, as organizações nãogovernamentais e outro tipo de associações não lucrativas, a quemtenha sido reconhecida utilidade pública, relativamente aosprédios utilizados como sedes destas entidades, e mediantedeliberação da assembleia municipal da autarquia onde osmesmos se situem, …”.

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)Em termos de IMT:Estão isentas de IMT (artigo 6.º ) :• As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade

pública, quanto aos bens destinados, direta e imediatamente, à realizaçãodos seus fins estatutários;

• As instituições particulares de solidariedade social e entidades a estaslegalmente equiparadas, quanto aos bens destinados, direta eimediatamente, à realização dos seus fins estatutários;

• As aquisições de bens para fins religiosos, efetuadas por pessoas coletivasreligiosas, como tal inscritas, nos termos da lei que regula a liberdadereligiosa;

• As aquisições de bens por associações de cultura física, quando destinadosa instalações não utilizáveis normalmente em espetáculos com entradaspagas.

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)Em termos de Imposto de Selo:Ao abrigo do artigo 6.º estão isentos de Imposto do Selo, quando este constituaseu encargo:• As pessoas coletivas de utilidade pública administrativa e de mera utilidade

pública;• As instituições particulares de solidariedade social e entidades a estas

legalmente equiparadas;• O jogo do bingo e os jogos organizados por instituições de solidariedade

social, pessoas coletivas legalmente equiparadas ou pessoas coletivas deutilidade pública que desempenhem única e, exclusiva oupredominantemente, fins de caridade, de assistência ou de beneficência,quando a receita se destine aos seus fins estatutários ou, nos termos da lei,reverta obrigatoriamente a favor de outras entidades, com exceção dos jogossociais do Estado.

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)

Em termos de Imposto de sobre Veículos:

Estão isentos deste imposto (artigo 52.º) os veículos para

transporte coletivo dos utentes com lotação de nove lugares,

incluindo o do condutor, adquiridos em estado novo, por

instituições particulares de solidariedade social que se destinem

ao transporte em atividades de interesse público e que se mostrem

adequados à sua natureza e finalidades

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outros

impostos (síntese)

Em termos de Imposto de Imposto Único de Circulação:Estão também isentos de IUC (artigo 5.º) :

• Veículos da administração central, regional, local e das forças militares e de

segurança, bem como os veículos adquiridos pelas associações humanitárias de

bombeiros ou câmaras municipais para o cumprimento das missões de proteção,

socorro, assistência, apoio e combate a incêndios, atribuídas aos seus corpos de

bombeiros;

• Instituições particulares de solidariedade social, isenção que é reconhecida

mediante despacho do Diretor-geral dos Impostos sobre requerimento das entidades

interessadas devidamente documentado.

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4.3. As isenções das ESNL no âmbito de outrosimpostos (síntese)

Outras isenções: Lei n.º 151/99, de 14 de SetembroRegalias e isenções fiscais das pessoas coletivas de utilidadepública

Artigo 1.º - Isenções

Sem prejuízo de outros benefícios previstos na restante legislaçãoaplicável, podem ser concedidas às pessoas coletivas de utilidadepública as seguintes isenções (nomenclatura atualizada):

IS, IMT, IMI, IRC, ISV, IUC e custas judiciais

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4.4. As ESNL e os incentivos fiscais ao Mecenato• O OE2012 revogou do EMC e o Código Fiscal Cooperativo• O OE 2015 prevê a autonomização do Mecenato Cultural

A obrigação declarativa da DM 25 – Donativos Recebidos, (art.ºs66.º, n.º 1 alínea c) do EBF e 11.º-A, n.º 1 alínea c) do EMC), temimplicações no regime de Caixa*.Devem-se registar todos os donativos de forma a determinar:

• o valor anual do donativo,

• o código respetivo e

• a identificação de cada um dos mecenas.* Estas obrigações são comuns a todas as entidades independentemente do

regime contabilísticoCarlos Plácido e Domingos Ribeiro 479

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Declaração Modelo 25

4.4. As ESNL e os incentivos fiscais ao Mecenato

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RESTAN-TES

CASOS

CONTRATOPLURIA-

NUAL6‰

PRÉ-NATAL;MATERNIDADERISCO…MÃESSOLTEIRAS…

8‰

NÃO HÁ MAJORAÇÃO1‰ORGANISMOS ASSOCIATIVOS62n.º 8

a) Cooperativas;b) Museus;c) ONGA’s;d) COP,Federaçõese) INATELf) Ensino g) Feiras

CULTURALAMBIENTAL

DESPORTIVOEDUCACIONAL

62n.º 6

ESTADO

SOCIALFAMILIAR62

n.º 5

RESTANTESCASOS

INFANTÁRIOS3.ª IDADE

TOXIC/SIDA…8‰

IPPS’s;PC utilidade Pública;Centros INATEL;ONG´sEtc…

SOCIAL62

n.º 3

CULTURA,ambienteDESPORTO

CONTRATOPLURIANUALSOCIALS/ LIM.

Estado;Municípios;Etc…

ESTADO62n.º 1

20%30%40%50%

MAJORAÇÃOVALORLIMITEBENEFICIÁRIOTIPO DE

MECENATO

EBF

Limite acumulado∑ → 8 ‰Em 2012 12 ‰

4.5 As ESNL e os incentivos fiscais ao Mecenato

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4.4.2 Donativos

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DONATIVOSDONATIVOSIsenção de a IRC (artigo 54º CIRC)3 - Consideram-se rendimentos não sujeitos a IRC as

quotas pagas pelos associados em conformidade comos estatutos, bem como os subsídios destinados afinanciar a realização dos fins estatutários.

4 - Consideram-se rendimentos isentos os incrementospatrimoniais obtidos a título gratuito destinados àdireta e imediata realização dos fins estatutários.

Apesar de não serem mencionados expressamente os donativos recebidospelas ESNL enquadram-se nos rendimentos isentos (posição já expressamenteassumida pela AT nomeadamente nos despachos 14/11/2005 processo325/05 e no despacho 21/06/2004 processo 739/2004

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vo4. Tributação das ESNL: enquadramento nosprincipais impostos4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

ÍNDICE RELEVANTE…CAPÍTULO II - Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados em categorias ousituações específicas

…SECÇÃO VII - Trabalhadores ao serviço de entidades empregadoras sem finslucrativos

SUBSECÇÃO I Disposições geraisSUBSECÇÃO II - Trabalhadores que exercem funções públicasSUBSECÇÃO III - Trabalhadores do serviço doméstico

CAPÍTULO III - Regime aplicável às situações equiparadas a trabalho por conta deoutrem

SECÇÃO I Membros das igrejas, associações e confissões religiosasSECÇÃO II Trabalhadores em regime de acumulação…

TÍTULO III Regime de seguro social voluntárioCAPÍTULO I Âmbito de aplicaçãoCAPÍTULO II Relação jurídica de vinculaçãoCAPÍTULO III Relação jurídica contributiva

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REGIMES

CONTRIBUTIVOS

Pessoal deServiço

Doméstico

PraticantesDesportivosProfissionais

INDEPENDENTES

Membrosdos ÓrgãosEstatutários

Membros dasIgrejas ...

AtividadesAgrícolas eequiparadas

Trabalhadores emGeral

Comércio, Indústriae Serviços, p/c/outrem

SEGURO SOCIALVOLUNTÁRIO

Art.º 24º e 25º

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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Prossecução de atividades porentidades sem fins lucrativos

Inexistência de entidade empregadora

Redução do âmbito material do regime geral

Adoção de medidas de estímulo ao emprego eao aumento de postos de trabalho

Taxas contributivas mais favoráveis

Sectores de atividade economicamente débeis

RELAÇÃO JURÍDICA CONTRIBUTIVAArt.º 56.º

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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Taxas contributivas mais favoráveisRELAÇÃO JURÍDICA CONTRIBUTIVA

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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Disposição comum– As entidades empregadoras sem fins lucrativos têm direito à

redução da taxa contributiva global, e é determinada em função doâmbito material de proteção

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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488

As taxas contributivas previstas no artigo 112.º são ajustadasprogressivamente desta forma.

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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voAr

t.º 2

81º

4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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4.5. As ESNL e a Taxa Social Única (TSU)

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4.5. Regime do Seguro Social Voluntário

Situações especiais abrangidasTrabalhadores marítimos e os vigias em navios de empresas estrangeiras

Âmbito pessoal

Os voluntários sociais - Os agentes da cooperação

Trabalhadores marítimos nacionais em navios de empresas comuns de pesca

Os tripulantes que se encontrem a exercer atividade profissional em naviosinscritos no Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR).

Os bolseiros de investigação

Os praticantes desportivos de alto rendimento

Art.º 170º

4.5. Regime do Seguro Social Voluntário

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S e guro S ocia l V oluntário - R em unera ções Conv encionais(Base = Percentagem do IAS)

Co ntrib uição a pagarEscalõesP erce ntagem Valor da

R emun eração 2 6,9 % 29,6 % 27,4 %

1. º ( 1 x IAS ) 4 19,22 €

2. º ( 1 ,5 x IAS ) 6 28,83 €

3. º ( 2 x IAS ) 8 38,44 €

e ve ntua lida de sde

Invalidez ,Velh ice e

M orte

Doença,D oença s

Pro fissionaisP aren talidade

Invalide zV elhice e

Morte

e ven tua lid ad esde

DoençasPro fissionais,

Invalidez ,V elh ice e

M orte

4. º ( 2 ,5 x IAS ) 1 .04 8,0 5 €

5. º ( 3 x IAS ) 1 .25 7,6 6 €

6. º ( 4 x IAS ) 1 .67 6,8 8 €

7. º ( 5 x IAS ) 2 .09 6,1 0 €

8. º ( 6 x IAS ) 2 .51 5,3 2 €

9. º ( 7 x IAS ) 2 .93 4,5 4 €

10 .º ( 8 x IAS ) 3 .35 3,7 6 €

generalidadedos cida dãos

inscritosneste Reg ime

TrabalhadoresM aritim os e

V ig ias (Naviosestrangeiros )T rabalhadores

MaritimosN acionais e

Tripu lan tes deNavios

(Madeira)

Tra balhadoresVo lun tários

Sociais,B olseiros deInve stigaç ão ,

Agentes daC ooperaçã o e

P ratican tesDesportivos

de AltoRend im ento

4.5. Regime do Seguro Social Voluntário

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BASE DE INCIDÊNCIA CONTRIBUTIVAAs taxas contributivas previstas no artigo 184.º, são ajustadas

progressivamente da forma seguinte:

- n.º 1 - eventualidades de Invalidez, Velhice e Morte;- n.º 2 - Doença, Doença Profissional, Parentalidade, Invalidez, Velhice e Morte– n.º 3 - eventualidades de Doença Profissional, Invalidez, Velhice e Morte

ver art.º 281º

4.5. Regime do Seguro Social Voluntário

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro 494

[email protected]@sapo.pt

Apresentação disponível

http://domribeiro.webnode.com.pt

Muito obrigado pelaatenção dispensada!!!