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Drible
Com criatividade e trabalho duro, empresários conseguem bons resultados mesmo diante do cenário pouco animador
na crise
www.revistaviverbrasil.com.br
Straten, José Francisco Couto e
M
ENTREVISTA GOVERNADOR FERNANDO PIMENTEL: “NÃO HÁ MOTIVOS PARA TER MEDO DAS DIFICULDADES. VAMOS VENCÊ-LAS”
ARTIGO JOÃO DORIA O DESAFIO DE ALCANÇAR A EFICIÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA
ARTIGO PCO LUTA DIÁRIA PARA CHEGAR À EDIÇÃO 150
Líderes dos setores público e privado vão se reunirpara debater os desafios da mobilidade e novos caminhospara o desenvolvimento sustentável nas cidades brasileiras.Para participar, acesse: www.forumdemobilidadeurbana.com.br
Mais uma iniciativa do LIDE. Quem é líder, participa.
22 de maio, das 8h às 14hAuditório CDL, Belo Horizonte - MG
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Todo esse esforço é recompensado pelo carinho diário dos Pacientes e da nossa Sociedade.
VIVER Abril 17 - 201516
VIVER Entre....
30 Política Corrupção, queda de confiança no governo, inflação...lideranças pedem reformas e diálogo34 Brasil Os impactos dos protestos nas ruas38 Entrevista Fernando Pimentel: “A situação do estado é muito ruim”44 Capa Eles resistem e esperam crescer em tempos de crise econômica54 Economia O etanol volta com tudo e usinas querem bater recorde de produção58 Imprensa A revolução das revistas na era virtual66 Cidade Conjunto moderno da Pampulha rumo a se tornar Patrimônio da Humanidade70 Trânsito A via-crúcis de quem precisa circular pela região do BH Shopping 72 Tecnologia Os aplicativos que colocam a saúde à mão
Número 150 - 17 de abril de 2015 Fotos Capa Pedro Vilela / Agência i7, Elderth Theza
76 Família Enfermeira se especializa em orientar pais sobre o comportamento de bebês80 10 lugares Onde comer espetinhos na capital mineira82 Gastronomia A maratona em busca do melhor tira-gosto do Comida di Buteco86 Bem-estar Ginástica em parques e praças de Belo Horizonte92 Passeio Cultural Marco Nanini e o fervoroso fã de Oscar Wilde em Beije Minha Lápide94 Lazer Pedro Leopoldo Rodeio Show à espera de 100 mil pessoas em junho96 Show Because, o Espetáculo: a história de um jovem à procura de respostas para questões existenciais102 Bate-papo Lyn Kruger: “A melhor cerveja do mundo é sempre aquela que eu esteja bebendo”104 Festas A palestra do secretário Angelo Oswaldo no Em Casa
58
Paulo Werner
= COLUNISTAS26 Coluna do PCO
Paulo Cesar de Oliveira28 Entre Aspas
Jaqueline da Mata68 Giro
Angelina Freitas78 Cantinho do Chef
Da redação84 Viver Melhor Fernando Torres
98 Zoom Da redação
= ARTICULISTAS36 A nossa luta diáriaPaulo Cesar de Oliveira
42 Eficiência na gestão pública: o desafio
João Doria Jr.52 Reforma política
Moreira Franco56 A presidente despertou
alevyadaPaulo Paiva
114 CingapuraHermógenes Ladeira
18
Editorial DIAS INTENSOS
Todos nós temos dias que são melhores que os outros. E alguns que são piores que todos. Todos nós passamos por momentos de enfrentamento, nos quais precisamos nos reorganizar para seguir em frente. Isso vale para uma ou mais pessoas, para um grupo ou di-versos. Fato é que, com a diversidade de gente, gostos e costumes espalhados mundo afora, fica difícil prever amanhãs tão distintos. Por mais que estejamos can-sados de saber que o poder da vidência fica trancado bem distante da gente, ainda tentamos fazer o serviço e acabamos descobrindo tempo perdido. O Brasil está assim neste momento: sem saber ao certo o destino, tentamos de todas as formas entender o que se passa.
Lendo o básico do básico da construção do país, desde a descoberta até a efetiva transformação da ter-ra à vista em uma federação, formamos uma nação pra valer somente após a chegada de dom João, em 1808, fugido de Portugal. E, até hoje, carregamos o que há de pior nesta formação. Mas trazemos e transformamos também o que recebemos de melhor, seja na capacidade de superação, na criatividade de vencer barreiras, na solidariedade ao próximo. Porque, por mais que sejamos medíocres e
aprendizes em muitos pontos, somos um povo soli-dário – fundamental em um momento como este que atravessamos.
Este número marca a edição 150 da revista Viver Brasil. Mas também registra em suas páginas um mo-mento que Minas e o Brasil vivem. Empresas estão se reinventando, pessoas se desdobrando, histórias fina-lizando e outras começando. Os vendedores de lenço ficarão ricos neste ano duro! E, nas palavras do gover-nador de Minas, Fernando Pimentel, “não há motivos para ter medo das dificuldades. Vamos vencê-las”.
Como a cada quinzena, sugiro que leiam, nesta em especial, o artigo do PCO nas páginas a seguir. Fala dessa caminhada insana e cheia de luta que é atuar no mercado editorial e fazer produtos que precisam se adaptar a cada dia ao nosso cliente, o leitor. A essa pessoa, você que nos lê, temos que entregar o nosso melhor. Espero que aproveitem! Já na próxima edição, Viver Brasil passa a ser distribuída em um novo for-mato: serão 50 mil exemplares quinzenais entregues gratuitamente em três das maiores redes do Brasil: Drogarias Araujo, Super Nosso e Minas Park, além da rota VB, com outros 150 estabelecimentos. Avante! E que Deus ilumine cada passo.
Gustavo Cesar Oliveira, [email protected]
VIVER Abril 17 - 2015
Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: Jacques Felix, 19, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP – CEP: 04509-000 – Tel.: (11) 2127-0000
Minas Gerais: Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br
Tiragem quinzenal 60.000 exemplares
Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora executiva Eliana PaulaEditora-geral Maria Eugênia LagesEditora executiva Silvânia Arriel Redação Eliana Fonseca, Eliane Hardy, Fernando Torres, Miriam Gomes Chalfi n e Terezinha MoreiraRepórteres colaboradores Flávio Penna, Jaqueline da Mata e Sueli CottaEstagiário Lucas BastosArticulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes Correspondentes internacionais(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas
Web Bruna Braga (repórter) e Rodrigo Oliveira (trainee)Revisão Maria Ignez Villela Assistente de redação Tamara de Jesus Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano Cabral Fotografi a Agência i7Gerente de marketing e eventos Larissa LopesGerente fi nanceira Marcela GalanAnalista comercial Sumaya MayrinkDepartamento comercial (MG) (31) 3503-8888 – Claudia Ligório, Cristina Souza, Dária Mineiro, José Lopes, Karine Scofi eld, Márcia Perígolo e Sônia Beatriz [email protected] Diretora comercial (SP) Lilica MazerDepartamento comercial (SP)(11) 2127-0000 – Kellany Verardi, Sandra Fernandes, Simone Argiles e Vivian Maso
[email protected] de CirculaçãoLuiz CuinAssinaturas (31) 4063-8156Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A. Entregas Fast EntregasDistribuição em bancas Disa – Distribuidora Sant’ Anna
gustavocesaroliveira gco_brasil
VIVER Abril 17 - 2015
Fale Conosco
Jovens do bemAndo tão desanimada com este país que me deu um alento a reportagem sobre os jovens que fazem de tudo para ajudar os outros. O mundo não está perdido como parece... Nas ruas, a gente só vê jovens com fones no ouvido, presos em seu mundo tecnológico, sem dar atenção a ninguém. Mas, pelos exemplos citados na excelente matéria da jornalista Eliana Fonseca, ainda há um sopro de esperança.
MARIA DAS GRAÇAS LOPES
Excelente a reportagem de capa da Viver Brasil sobre os jovens do bem. Mostra que essa geração não é tão individualista quanto parece.
THÉO SANTOS
Muito bacana a abordagem da matéria sobre os jovens que estão prontos para ajudar. Para fazer o bem, basta vontade e eles têm. São um exemplo a ser seguidos por todos nós.
ELISABETH PADILHA
Pequeno notávelMuito boa a reportagem da jornalista Miriam Gomes Chalfin sobre o Principado de Mônaco. Em minhas andanças pelo mundo, não tive oportunidade de permanecer por mais que um dia neste portentoso lugar, mas certamente pela reportagem,
muito esclarecedora, me atiçou uma vontade imensa de voltar para conhecer melhor esta incomparável beleza. O jeito vai ser programar. Parabéns!
LUCIENE MARTINS RÊGO
Artigo Lúcio CostaO Brasil é maior que qualquer criseParabéns ao empresário Lúcio Costa pelo tão sensato artigo O Brasil é maior do que qualquer crise. Em meio a tantos pirotécnicos de plantão é muito alentador ouvir uma voz lúcida.
SUELI DINIZ
Muito motivador o artigo publicado na revista. Sabemos que temos horizontes infinitos ainda a serem explorados e não se conquista sem o trabalho. Continue sempre fomentando a eficiência.
LUIZ ZANI
Artigo Wagner GomesFestival de absurdosWagner Gomes sempre com um texto limpo e bom de se ler, ainda que recheado de más notícias e sombrias previsões. Se não se reduzir a máquina pública, acho que nunca iniciaremos um processo de moralização
dessa republiqueta de bananas. A quantidade de empregados do governo, com altos salários, além dos cargos de confiança em números alarmantes, precisa ser atacada de frente. Ninguém fala em reduzir efetivamente o número de deputados e senadores. Varrer do mapa a figura do vereador remunerado, além da manada de assessores (aspones) em todos os níveis de governo. Só se vê mordomia, corrupção e impunidade, com um Judiciário que faz por merecer à assertiva do ex-presidente Lula.
JOSÉ ZACARIAS NUNES
EntrevistaExcelente a entrevista com a presidente do Servas, Carolina Oliveira. Não a conheço, mas me pareceu muita simpática, coerente em suas respostas, sem demagogia. Fala da realidade em que estamos vivendo com muita sabedoria.
MARIA DO ROSÁRIO MELO FREIRE
Gostei muito da visão profissionalizada da nova presidente do Servas, Carolina Oliveira, principalmente quando diz que a assistência social vai além da doação de alimentos e das fronteiras da Região Metropolitana de Belo Horizonte.
GEORGE LOPES
JovensGrupos e ONGs mantidos
por pessoas com menos
de 30 anos se esforçam para
mudar vidas do bem
www.revistaviverbrasil.com.br
ISSN 1984-0535
9771984053009
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projetos fi xos e arrecadação entre o grupo
M
ENTREVISTA CAROLINA OLIVEIRA, PRESIDENTE DO SERVAS: “QUEREMOS LEVAR CIDADANIA”
ARTIGO PCO O NOVO PROTAGONISTA POLÍTICO
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INOVARPARA CONTAR
NOVAS HISTÓRIAS.
VIVER Abril 17 - 2015
Santo chocolateMuito interessante a reportagem sobre o chocolate da linha premium. Como chocólatra assumida e de tantos outros que conheço, acredito que a produção tende a aumentar, ultrapassar as 30 mil toneladas produzidas no ano passado, como informou a matéria. Parabéns!
SOPHIA PEREIRA
Elas aparecemDepois de ler a matéria sobre as minitatuagens, até me deu vontade de fazer uma. Achei interessante essa como outras reportagens da Viver Brasil.
REGINA CAMPOS
Dez perguntasMuito esclarecedora a entrevista com o economista Renato Caporali, acusado no caso do Mensalão mineiro e que quer ser julgado antes que o processo prescreva.
JOSÉ REIS FIGUEIREDO
Segredos do boteco Belíssima matéria sobre o Comida di Buteco (edição nº 148) feita pelo jornalista Fernando Torres. Ficou muito bacana! Virei sua fã.
MARIA EULÁLIA ARAÚJO
ErrataAo contrário do que foi publicado na coluna Viver Melhor da edição 149, página 56, o evento que acontece em Belo Horizonte em abril é o 15º Congresso Brasileiro de Coluna, e não de ortopedia.
Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente
Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000
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LEITOR REPÓRTER Que tal ser fotógrafo por um dia? Se você clicou um lugar que o marcou, envie para a gente pelo e-mail [email protected], com o nome do autor do clique e do local fotografado. Receberá uma confi rmação de participação.
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Jovens do bem
Elas aparecem
Festival de absurdos
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ACESSADAS
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CRISE HÍDRICA X CONSTRUTORAS:
SOLUÇÕES E DESAFIOS DO
MERCADO IMOBILIÁRIO
COBERTURA NA CAPITAL MINEIRA, DE
ESTILO LOFT, TEM A PERSONALIDADE
E OS SONHOS DO DONO
Casa no mar Como se não bastasse o cenário paradisíaco do litoral de Trancoso,
a decoração desse refúgio é pura sofisticação
ISSN 2177-2010
9772177201009
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nº 20 | R$ 15,00
AS TENDÊNCIAS E
OS LANÇAMENTOS
DA ABIMAD, A
MAIOR FEIRA DE ALTA
DECORAÇÃO DA
AMÉRICA LATINA
23/03/15 15:45
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Moda festaProduções estilosas para festejar e, se possível, roubar a cena
ISSN 2237-7794
9772237779004
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especial Minas Trend
Em plena estação de calor, uma prévia dos
lançamentos do inverno
2015
Biquínis e maiôs poderosos para saudar o sol
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VIVER Abril 17 - 201524
Pedro Vilela/Agência i7
Em Destaque
Delícias no ar
O sonho antigo de servir um jantar em plena roda gigan-te foi realizado pela chef Agnes Farkasvölgyi, do Bouquet Gar-ni, que no início deste mês con-vidou 90 pessoas para degustar delícias gastronômicas no Par-que Guanabara. Cachorro quen-te de camarão brasileiro, rolinho tailandês de carne picante, ro-cambole com carpaccio italiano e croissant com salmão defuma-do francês foram os pratos ser-vidos por Agnes, em delicadas caixas, já que não havia mesa no brinquedo. A chef convidou seu público a usar todos os sen-tidos não só para usufruir, como também deixar fluir o momento. “Não era simplesmente a comi-da, o cheiro, o paladar ou como ela estava apresentada, mas também as sensações daquele momento. Foi uma experiência completa”, diz. A proprietária do Bouquet Garni, que também é formada em artes plásticas, ado-ra essa mistura da cozinha com a arte e há 12 anos promove o Jan-tar Eat Art, com temas diferen-ciados. O primeiro ocorreu em uma galeria onde o prato servido eram telas, literalmente, comes-tíveis. “Sempre tive um encan-tamento muito grande pela roda gigante e há 5 anos sonhava em realizar este jantar.”
ELIANA FONSECA
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VIVER Abril 17 - 201526
Fraqueza da economia Uma das faces mais feias da
desaceleração econômica acaba de emergir das estatísticas do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi), revelando que o processo de inovação está estagnado no país: diminuiu o número de patentes e de marcas depositadas, voltando aos níveis do início da década. Para piorar, a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) registrou em seu monitoramento tradicional a redução do número de empresas que inovam ou têm intenção de inovar.
Previsão de infl ação sobe: 8,20%
Ainda que o dólar perca força em relação ao real, o impacto da alta recente da moeda na infl ação não pode ser subestimado. Analistas consultados toda semana pelo Banco Central levaram em conta, mais uma vez, o fator câmbio e ajustaram as estimativas para o custo de vida no fi m deste ano no Brasil. A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 voltou a subir: de 8,13% para 8,20%.
Já o PIB... Em relação ao PIB, as estimativas
para este ano tiveram piora marginal: queda de 1,01% ante resultado negativo de 1% previsto na semana anterior. Para 2016, a aposta é de alta de 1,10%, um pouco maior que o 1,05% da última consulta. O humor do mercado só tende a melhorar, no entender de Reginaldo Galhardo, da Treviso Corretora, à medida que amenizar o embate entre Congresso e governo em torno do ajuste fi scal.
POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA
O grande acontecimento econômico do ano, com certeza, será a inauguração da fábrica da Fiat em Goiana, Pernambuco, no dia 28 de abril, com presença confi rmada da presidente Dilma Rousseff , do ex-presidente Lula (que le-vou a fábrica para lá), de 8 governadores do Nordeste, do governador Fernando Pimentel, do ministro do Desenvolvimento Econômico, Armando Monteiro, do presidente da CNI, Ro-bson Andrade, e do presidente da Fiemg, Olavo Machado, devidamente anfi trionados pelo pre-sidente da Fiat, Cledorvino Belini.
A Fiat em Pernambuco
Italianos na pista
Em Lisboa
Tião Mourão
Da Itália, vêm o presidente do Conselho da Fiat, John Elkan (que é neto de Gianni Agnelli) e o CEO da Fiat, Sérgio Marchione. Hoje, a montadora tem jogado todo seu investimento no Brasil e a sede, como sa-bem, fi ca em Betim, cuja planta é uma das maiores do mundo. Superatarefado com a inauguração da
fábrica em Pernambuco, o diretor de Comunicação Marco Antônio Lage.
A mineira Junia Teixeira, morando em Lisboa há 4 anos, atua na poderosa LVMH, como supervisora de vendas da divisão Guerlain. Junia é de Pedro Leopoldo e seu pai Muri-lo Cardoso Teixeira, há mais de 30 anos – ao lado da famí-lia – comanda o restaurante Panela de Pedra, em Matozi-nhos, onde tem uma comida mineira da melhor qualidade. Junia, antes de ir para Portugal, atuou no grupo Shiseido em São Paulo. Sempre na área comercial.
Divulgação
Mauro Scrobogna/Fiat Group
O governador Fernando Pimentel convidou a presidente Dilma Rousseff para ser a oradora oficial da solenidade do dia 21 de abril, em Ouro Preto, quando o governo de Minas agracia personalidades com a Medalha da Incon-fidência. Quem vai receber o Colar da Inconfidência, a maior condecoração de Minas e uma das mais impor-
tantes do Brasil é o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski.
O presidente da Fundação de Cultura de Belo Horizonte, Leônidas de Oliveira, acaba de retornar da Colômbia onde foi ministrar pa-lestra sobre a Escola Livre de Artes. Recentemente, ele esteve na Espanha pelo mesmo motivo. O programa, que vem se tornando cada vez mais conhecido internacionalmente, é o maior descen-
tralizado e gratuito de formação artística do Brasil. Tem como missão garantir a demo-cratização do acesso da população de Belo Horizonte à formação artística e cultural.
Incansável, o empresário João Doria Jr. já prepara mais um grandioso evento, desta vez em Nova Iorque. No dia 13 de maio, promove o Lide Business Meeting, evento em que o go-vernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentará opor-tunidades de investimentos em São Paulo. A apresentação ocorrerá, no Harvard Club. O evento é uma realização do Lide, em conjunto com a Câ-mara de Comércio Brasil – Estados Unidos, que, na véspera, entrega aos ex-presidentes FHC e Bill Clinton o prêmio Personalidade do Ano, durante jantar para 900 convidados.
A diretoria da OAB ainda não trabalha com ne-nhum nome para as eleições que ocorrem em novembro deste ano. O grupo definirá o nome que concorrerá à cadeira ocupada atualmente por Luís Cláudio Chaves em agosto. Certo é que a advocacia mineira terá um re-presentante no primeiro escalão do conselho federal no próximo mandato. No entanto, o nome forte da situação é do advogado Sérgio Murilo Braga, hoje presidente da Caixa dos Advogados, que faz trabalho elogiadíssimo.
VIVER Abril 17 - 2015 27
Lide em Nova Iorque
As eleições da OAB
Inflação pegando A inflação oficial atingiu em março
o maior nível em 20 anos, levando o IPCA acumulado em 12 meses para 8,13%. Lembrando que o teto da meta é 6,5%... E ninguém mais lembra ou toma por base, mas a meta de inflação de verdade é 4,5%. Ainda assim, essa é a inflação oficial. Já a de fato...
Inusitado na política Realmente, nunca foi vista no
país uma situação como a do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha(PMDB), que foi convidado pela presidente Dilma para assumir a pasta de coordenação política no lugar de Miguel Rossetto, recusou e continuava no ministério da Aviaçao Civil. Acabou que a presidente fez o que deveria ter feito desde o inicio: chamou o vice-presidente Michel Temer para ser o articulador do governo. Político experiente, Michel pode ajudar e muito o governo.
Because – O Espetáculo A JAM Engenharia (leia-se Joel Ayres e Américo André Júnior), comemorando seus 25 anos, apresenta Because – O Espetáculo, que narra a trajetória de um jovem. Renata Garzon Prazeres, idealizadora e diretora de Because, conta que não se trata de musical ou ópera rock, mas sim um show único, que reúne a beleza da dança contemporânea, o lirismo do coral e banda, interpretando o universo do quarteto de Liverpool. Mauro Mendes, um dos entusiastas de Because, morou em Londres em 1981, quando participou de bandas. Em BH, fundou a banda Sgt. Pepper’s. Because apresenta-se nos dias 22 e 23 de abril no Cine Theatro Brasil Vallourec.
Oradora of icial
De BH para o mundo
Um museu da PF em BHO prédio da antiga Escola de Odontologia da UFMG, na Cidade Jardim, que está completamente abandonado desde 2002, vai virar museu de Ciências Foren-ses da Polícia Federal, único modelo na América Latina. Os visitantes poderão conhecer técnicas de investigação da PF. As obras estão previstas para 2016.
Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Jaqueline da Mata
Roberto Stuckert Filho
Fotos: Divulgação
Nathália Turcheti
28
Gilberto Silva
EntreAspas
A cidade vai perdendo seus registros. Uma cidade violada é morada da violência”Angelo Oswaldo, secretário de Cultura de Minas Gerais durante palestra no Em Casa, promovido pela VB Comunicação
Foi uma conversa bastante tranquila, com um homem público vivido, experiente e que sabe que essa opção foi a opção que, neste momento, atende as necessidades políticas do governo e do Congresso Nacional”Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, sobre a saída de Pepe Vargas (PT) da Secretaria de Relações Institucionais
Só com liderança fi rme e com planejamento, poderemos promover as reformas para avançarmos de verdade”Antonio Anastasia (PSDB), senador, na Fiemg, com membros da Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa
“Cem dias é a anistia que a sociedade
dá para um governo novo. Está na hora de parar de
choramingar e trabalhar”
Marcus Pestana, presidente do PSDB-MG rebatendo críticas do atual governo petista
Em audiência pública externa da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Daniel Nepomuceno, membro efetivo da comissão de Defesa do Consumidor e recém-nomeado ouvidor, reuniu cidadãos e autoridades do Procon na tentativa de encontrar soluções para que a crise hídrica não cause prejuízo à sociedade. “Quem tem que pagar essa conta é o estado e não o cidadão. As pessoas sabem da importância da preservação da água. O que não pode acontecer é colocar taxas e multas para o cidadão pagar sozinho e sem saber o que o estado, a união e até o município estão fazendo para que a situ-ação não piore”, destaca o vereador. Apesar de repre-sentantes da concessionária de abastecimento de água terem sido convidados, ninguém apareceu. Mas o povo marcou presença mostrando engajamento: o auditório estava lotado com quase 200 pessoas.
ACONTECEU
Desafio de LevyEm almoço debate, com presença histórica de 622
pessoas, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), liderado pelo empresário João Doria Jr.; no final de março, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, lem-brou a importância de toda a sociedade e os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estarem juntos e se empenharem num esforço para alcançar uma trajetória de sustentabilidade. “O ajuste econômico-fiscal prevê forte redução das despesas do governo. Nossa progra-mação financeira é chegarmos aos níveis de 2003, com redução de 30% nos gastos. É forte. Precisamos ter muita disciplina fiscal.” O ministro destacou que o governo está se empenhando na diminuição de gastos, na redu-ção das renúncias, com foco na retomada da produção industrial, não esquecendo da demanda interna.
JAQUELINE DA [email protected]
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PolêmicaEconomia de águaOpiniões divergentes sobre a necessidade de criação de uma delegacia
especializada de combate aos crimes raciais e de intolerância marcou audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas, no dia 7 de abril. O aumento nos casos de assassinatos de jo-vens negros e as ameaças à população judaica foram alguns dos motivos apontados para a criação dessa delegacia, que teria o objetivo de prevenir crimes contra as minorias. Por outro lado, essa nova unidade policial poderia onerar ainda mais o estado. Para a delegada Cristina Coelli, res-ponsável pelos Programas de Polícia Comunitária, mais importante que a criação dessa delegacia é ter uma assessoria de direitos humanos, com núcleos de atuação e pessoas capacitadas para monitorar os crimes.
Vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovaram, em 1º turno, projetos de lei que favorecem o uso racional da água. De autoria do ve-reador Wellington Magalhães (PTN), presidente da Casa, uma das pro-posições aprovadas foi o PL 568/13, que sugere tornar obrigatória, na construção de edifícios, a instalação de hidrômetros individuais, capazes de discriminar o consumo de cada unidade. A medida não dispensa a ins-talação de equipamento para medir o consumo global das áreas comuns da edificação. De acordo com o autor da proposta, a mudança pode favorecer o acompanhamento individual do gasto de água, estimulando o controle do consumo, além de tornar mais justa a partilha das despesas, uma vez que cada condômino passa a pagar por aquilo que consumir.
www.santamalialimentos.com.br
A filha de Geraldo Alckmin, Sophia, publicou mensagem em seu perfil no Facebook sobre o irmão, Thomaz Alckmin, morto no dia 2 de abril, após acidente de helicóptero em Carapicuíba. Ela relata que o irmão ca-çula era “o mais aventureiro e destemido” entre os 3 filhos do governador de São Paulo. “Me emociono lendo tantas mensagens, em sua maioria de pessoas que nem conheço, deixando ao menos uma palavra de apoio. Sai-bam que elas fazem, sim, muita diferença neste momento.”
Na rede
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SUELI COTTA
Pressionada pelos movimentos das ruas e queda da confian-ça do brasileiro no governo,
que chega a 75% de desaprovação nos primeiros meses do seu segundo mandato, a presidente Dilma Rous-seff tenta em vão encontrar a fórmu-la para mudar o mau humor coletivo. A economia vai mal, o custo da cesta
básica aumentou, a inflação voltou a dar as caras, o desemprego ronda as fábricas e o setor produtivo e, até ago-ra, nada indica que o país está con-seguindo reverter essa tendência. Ao contrário, refém do Congresso Na-cional e das trapalhadas políticas de seus principais articuladores, a presi-dente parece cada vez mais enfraque-
cida politicamente. E o pior, começa a receber sinais de que seu mentor, o ex-presidente Lula, também não está satisfeito com a sua atuação e a critica sem constrangimentos. Entre uma denúncia e outra de corrupção em seu governo, da situação cada vez mais grave na Petrobras, sem recur-sos para manter as principais bandei-
Crise, protestos nas ruas, queda de confiança no governo, corrupção... Lideranças apontam para a reforma política e mais diálogo com a população
País insatisfeito
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POLÍTICAArte: Shutterstock - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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ras do PT, o melhor tem sido evitar participar de eventos e esconder-se na solidão do poder.
Longe das vaias e dos rumores das ruas, Dilma não conseguiu se
blindar como o seu mentor. A úni-ca coisa que parece ter dado certo, foi a repaginada no visual, com a perda de peso e intervenções de
rejuvenescimento. Se por fora bela viola, por dentro muita turbu-lência. As queixas em relação a pro-
dadania, e é o que estamos fazendo.” Um dos erros cometidos pela
presidente Dilma, na avaliação do presidente nacional do PSDB, se-nador Aécio Neves, seria o de di-vidir o país entre “nós e eles, os pessimistas” e ressalta a importância do movimento das ruas. “É legítimo e espontâneo, que nasceu do senti-mento de indignação dos brasilei-ros frente à degradação das práticas políticas e à ineficiência do governo, da qual o aparelhamento de ministé-rios e órgãos e o esquema criminoso de corrupção revelado na Petrobras são hoje o maior exemplo. Cabe ao governo do PT executar uma seve-ra correção de rumos, mas, sobretu-
do, adquirir uma capacidade que não tem: a do diálogo com o conjunto da sociedade.”
Já o prefeito de Belo Hori-zonte, Marcio Lacerda, é quem
dá uma dica à presidente do que está acontecendo nas ruas. “São várias as motivações que levam o povo bra-sileiro para as ruas. Uma delas vejo que é a crise de representatividade pela qual estamos passando. Nosso sistema político eleitoral está com-pletamente falido e entendo que esse assunto deve ser tratado como prio-ridade na reforma política que está sendo anunciada.” O líder de Fernan-do Pimentel, no Legislativo, deputa-do Durval Ângelo (PT), também tem
a sua interpretação: “Quando a pre-sidente aparece com 75% de reprova-ção e o Congresso com 91%, é porque falta diálogo. Democracia exige isso”.
Mas no PT, os movimentos das ruas e a insatisfação da população ex-ternada nas pesquisas deixam os seus líderes atordoados e a militância sem rumo. A presidente do PT de Minas, Cida de Jesus, retornou do encontro ocorrido em São Paulo, no final do mês de março, repetindo que no par-tido não há inquietação. “O que preo-cupa são os setores que vêm tentando justificar um golpe e trazer o retroces-so ao país e à democracia”, diz, numa referência ao grupo que defende o impeachment da presidente. Para ela, o importante no momento é a reto-mada do trabalho de base envolven-do prefeitos, vereadores e deputados.
Entre os aliados, no entanto, essa surdez petista incomoda. Para o de-putado Wanderley Miranda (PMDB), líder da maioria na Assembleia Legis-lativa, a voz das ruas pede a revisão do Código Penal, medidas que diminu-am a violência e a retomada do cres-cimento econômico para estancar o desemprego. “O que a sociedade está pedindo ninguém até agora deu a res-posta. É preciso que se trabalhe todas essas questões.”
Deputados que atuam no interior de Minas também estão preocupados não só com o nível de insatisfação
LULA estaria insatisfeito com a atuação da presidente Dilma AÉCIO NEVES: “Cabe ao PT executar uma severa correção de rumos”
Divulgação George Gianni/PSDB
messas eleitorais não cumpridas e a impac-tos de medidas tomadas pelo minis-tro da Fazenda, Joaquim Levy, tem elevado o nível da insatisfação. Ela assiste a tudo do Palácio do Planalto, sem dar uma resposta convincente. O governador Fernando Pimentel, um dos principais conselheiros de Dilma, entende que as manifestações devem ser vistas com naturalidade. “Agora, os governos não podem interromper suas ações em função disso, ao con-trário, têm que trabalhar mais para corresponder às expectativas da ci-
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de eleitores e não eleitores da presi-dente Dilma, mas com a queda na atividade produtiva. Os impactos da crise econômica atingem o agro-negócio. O deputado Antônio Car-los Arantes (PSDB), autor do projeto que regulamenta a comercialização do queijo minas artesanal, afirma que “praticamente todos os setores da produção enfrentam problemas. Eles acreditaram nas promessas de campanha e agora não conseguem se manter devido ao impacto direto no custo. Os produtores de leite são os que mais sentem esses efeitos”. Esse é mais um agravante para a gestão da presidente, na avaliação de Dani-lo de Castro, ex-secretário de governo de Aécio Neves e Antonio Anastasia. Para ele, mais grave ainda são as de-núncias de corrupção na Petrobras e de doação irregular de recursos para o PT nas eleições. “Se confirmado, o impeachment não está descartado.”
O PSDB não irá para as ruas, se-gundo Danilo de Castro, mas não ficará calado em relação a essas de-núncias. O momento é de expec-tativa em relação ao trabalho de apuração das denúncias e de pensar no futuro do país. No caso de o impeachment se tor-nar inevitável, o PSDB vai se posicionar. Difícil mesmo é a situação dos órfãos do ex--governador e líder nacio-
nal do PSB Eduardo Campos, que não sabem que rumo tomar. “Nós perde-mos a nossa principal voz”, diz o de-putado Wander Borges, vice-líder do chamado bloco independente Com-promisso com Minas Gerais.
“Há uma distância imensa en-tre as autoridades e os anseios mais fortes da sociedade”, diz o socialis-ta. Ele, que foi secretário de Desen-volvimento Social no g o v e r n o A n t o n i o Anastasia, decidiu aderir ao bloco in-dependente e “fi-car mais à vontade para votar”. Mesma posição defendida pelo deputado Agosti-nho Patrus Filho (PV), líder do grupo e que t a m b é m decidiu se distanciar da mino-ria como alterna-t i v a d e sobrevi-
POLÍTICA
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vência no Legislativo. Criticado pelos aliados do ex-governador, Agostinho Patrus alega que dessa forma se sente mais confortável defendendo as pró-prias ideias. Agora, foca a sua atenção para tentar entender os recados das ruas. O que está claro para o parla-mentar é que “a corrupção é um mal que tem atingido parte expressiva dos recursos públicos. É preciso que te-nhamos leis que tratem do aspecto restritivo dos que a praticam”.
Um ponto que tem sido comum em todos os partidos diz respeito à necessidade de uma ampla reforma política. “É a mãe de todas as refor-mas”, diz Durval Ângelo. Ele critica, no entanto, o que chama de arreme-do de reforma que o Congresso quer fazer e propõe ampliar a discussão para as propostas defendidas pela OAB e CNBB. O deputado Wander-ley Miranda também defende mu-danças, com ênfase nos custos das campanhas. “É preciso que haja uma definição sobre o financiamento para estabelecer como deve ser a partici-pação das empresas, inclusive, com o impedimento das que prestam serviço ao governo.” Essa discus-são encontra ressonância no PTB. O deputado Dilzon Melo, vice-lí-der do bloco Verdade e Coerência,
entende que as lideran-ças estão reduzidas a questões políticas, fato que acarreta dis-tanciamento do cla-mor das ruas.
Para represen-tantes de partidos mais extremistas como PSOL e PSTU, as manifestações são organizadas pela direita, que se
aproveita da indig-nação da população e defende uma pauta es-pecífica entre os par-tidos de esquerda.
DANILO DE CASTRO:
expectatica com a apuração das denúncias de corrupção na
Petrobras
WANDERLEY MIRANDA: “É preciso que haja defi nição sobre o fi nanciamento”
Leo Neves & Oswaldo Marra
Fredericus Augustus
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ELIANA FONSECA
O Brasil nas Ruas tem sus-citado debates intensos entre os participantes
prós e contrários ao governo fe-deral, mas também uma série de questionamentos de quais são os impactos imediatos des-ses atos, quem se fortalece com eles e, principalmente, quais se-rão os seus reflexos nas eleições municipais do próximo ano. Conversar com especialistas e participantes sobre a impor-tância e futuro desse retorno às ruas é também ver que, no jogo de xadrez em curso, as pautas podem ser mudadas, o partido da base do governo pode ser o mais fortalecido e os protestos que tomaram as ruas em mar-ço terão que ter fôlego extra – tanto na organização, para que os manifestantes não percam o interesse, como também na construção de uma lista clara de reivindicações.
Representante da Frente União Brasil, o aposentado Ge-raldo Souza Romano, 78, diz que a pauta dos movimentos que foram às ruas no último dia 15 de março continua a mesma: o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na preparação do primeiro ato, Romano tirou cerca de 13 mil reais do próprio bolso – e recuperou quase a to-
talidade depois com a venda de camisetas e doações diversas –, mas agora sente que o desa-fio imediato é ter todos os gru-pos como movimento único. “A Frente União Brasil tem o pa-pel importantíssimo de unir os movimentos hoje existentes no Brasil, que têm como pauta a mudança do governo”, diz.
Se na primeira manifesta-ção de rua, o representante da Frente sentiu um maior entu-siasmo dos participantes, o pro-cesso a partir de agora, segundo Romano, está engatinhando, principalmente quanto à agen-da já marcada para novas ma-nifestações. “Precisamos unir os grupos para agir rapidamente. Precisamos tirar o PT do poder, mas é preciso rapidez, já que sa-bemos que, se isso não ocorrer agora, vai ficar mais difícil com o passar dos meses.”
O retorno às ruas e a reintro-dução desse hábito à democra-cia são, na opinião da cientista social Luciana Souza, o melhor impacto. Mas o perigo é que a falta de articulação política – já que alguns dos participantes vão isoladamente às ruas sem in-tegrar nenhum outro fórum ou ter engajamento participativo – pode resultar no efeito micareta. “Muita alegria, muitos posts nas
Especialistas e participantes analisam o que poderá vir das manifestações
Ref lexo das ruas
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B RASI L
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redes sociais e na hora em que uma audiência pública é convo-cada ou petição pública é orga-nizada, o número que aparece para participar é muito menor. Nos anos de 1980, os que iam às ruas continuavam a luta fora de-las”, afirma.
Um dos problemas, segun-do Luciana, é que as pessoas querem mudanças e muitas ve-zes não sabem especificar bem quais. Fazem reivindicações à presidente Dilma, por exemplo, mas a competência é do Con-gresso Nacional, segundo ela. “Infelizmente, muitos da gera-ção atual nem mesmo gostam de falar sobre política e acabam indo para a passeata com causas deslocadas, como a volta do re-gime militar.”
Se o futuro de parte desses protestos está incerto, o presen-te é do fortalecimento do PMDB, na análise do cientista político Rudá Ricci. O movimento das ruas, em sua opinião, não con-seguiu fortalecer o partido opo-sitor ao governo, o PSDB. “Se essas manifestações forem pro-gressivas e abalarem de manei-ra quase fatal o governo Dilma, quem sucede é o PMDB. No caso de não cair, o que é mais prová-vel neste momento, ela vai de-pender ainda mais do PMDB. O partido mais fortalecido com a manifestação é o PMDB”, afir-ma. Para ele, a tendência ago-ra é que o principal partido da base governista, que atualmente tem a presidência do Congresso, abrace uma agenda mais popu-lista para tentar reverter a vota-ção em locais em que o PT estava tirando votos do PMDB. “É um momento de grande força polí-tica e institucional desse parti-do, principalmente visando um maior fortalecimento de 2016.”
Na análise de Luciana Sou-za, o fato de a agenda levada às ruas ser relacionada à reforma política geral pode resultar na perda de votos pelos partidos tradicionais no próximo ano. Votos de legenda podem dimi-nuir e a votação multipartidária aumentar. “Isso resultaria em um desafio maior de governabi-lidade para o chefe do executivo eleito, se a maioria da Câmara dos Vereadores não for de parti-dos aliados.”
Outra possível reviravol-ta pode ser também quanto aos movimentos sociais e trabalha-dores que foram às ruas em mar-ço em defesa da Petrobras e a favor da democracia. Agora, po-dem voltar às ruas, só que dessa vez para cobrar do governo um maior diálogo com as categorias. “Fomos às ruas em março, por-que somos a favor da democracia e quando vemos que há pessoas pedindo a volta de militares, da ditadura, de um impeachment que interrompe um processo le-gítimo, a gente se preocupa”, diz o presidente da Central Úni-ca dos Trabalhadores São Paulo, Adi dos Santos Lima.
Mas o presidente da CUT avisa que as ruas podem se tor-nar também um local de resis-tência ao governo federal, que tem privilegiado uma agenda econômica e insistido em não dialogar com os trabalhadores. “A conjuntura está exigindo dos movimentos sociais e das cen-trais um posicionamento mais forte nas ruas. Estamos insatis-feitos com as medidas do go-verno. E os rumos podem ser de greve. Não estamos fazendo ameaças, essa é somente uma constatação. Se continuar nesse silêncio, o clima pode ficar mais conturbado”, avisa.
Marcelo Sant’Anna/Fotos Públicas
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A nossa luta diáriaVocê tem em mãos a 150ª edição da Viver Brasil. São
6 anos matando um leão por dia. Só assim se consegue colocar nas ruas uma revista. Quem recebe o produto final, não imagina quanto trabalho foi necessário para que isto acontecesse. Não é incomum se pensar na revista da próxi-ma edição, imaginar pautas, preparar entrevistas para, num momento apenas, ser atropelado pelos fatos. Aí é repensar tudo sem perda de tempo. A edição tem data certa e precisa estar nas mãos dos leitores naquele dia. Alguém pode não acreditar, mas há leitores que quase esperam o carteiro, ou o entregador, na porta de casa. É assim a relação do leitor com sua publicação de preferência. Chegam a ficar ansiosos à espera de sua leitura preferida. Esta relação é que alimenta nosso trabalho. Nossos leitores são, no fundo, nossos pauteiros. Procuramos montar uma edição bem à feição de quem a lê. Assumimos a condição de nosso leitor e sabemos, muito bem, quando atingimos nosso objetivo.
Quando erramos – até aqui, felizmente, temos acertado mais do que errado – é uma chuva de cobranças, de críticas. Poucos se lembram quando acertamos em cheio. O silêncio, para nós, é bom sinal, o que não quer dizer não gostamos – e como gostamos! – de receber elogios do nosso público. É na-tural para quem tem prazer em fazer o quê faz. Mas enten-demos o leitor. Fazer benfeito é mesmo nossa obrigação. Ao longo de todos estes anos – 6, beirando o 7º que completare-mos em novembro – procuramos Viver, Viver Brasil e Minas, não apenas sobreviver. E, nesta tarefa, tivemos a parceria de muitos. Incentivadores, parceiros comerciais, colabora-dores, funcionários, todos foram essenciais para atingirmos agora a marca de 150 edições. Muitos dos que iniciaram este projeto ainda com meus filhos, Gustavo Cesar (hoje no comando da empresa) e Paulo Cesar, antes, portanto, de minha incorporação, permanecem conosco. Outros já não estão em nosso dia a dia, mas, nem por isso, deixaram de ser nossos parceiros. Fazem parte de nossa torcida, dos que querem ver o projeto vencedor da Viver Brasil.
Hoje, temos outros empreendimentos editorais. A VB Comunicação edita ainda o jornal Tudo BH, as revistas Viver Casa, Viver Fashion e Robb Report e o Blog do PCO. Nosso compromisso com Minas – afinal somos a principal revista do estado e entre as principais do Brasil, com 60 mil exemplares a cada edição quinzenal – nos levou a criar o Conexão Empresarial, um espaço de debate das coisas de Minas e do Brasil que, mensalmente, recebe na sede da VB lideranças de todos os segmentos da sociedade, para uma conversa franca com um convidado especial. E, em junho, acontece o Conexão Empresarial de Araxá, no Grande Hotel Tauá, para onde se deslocam 450 empresários e formadores de opinião para debater o Brasil e Minas.
Desde aquilo que foi concebido, avançamos muito. Fomos impulsionados pela confiança do povo. Estranho mundo este dos empreendedores. Imaginam que serão de um jeito e, quando assustam, estão bem diferentes. Vão surgindo as necessidades, as oportunidades, e a gente vai avançando numa quase aventura pelo desejo de atender ex-pectativas e de novas demandas que nos são apresentadas pelos companheiros de jornada. A tecnologia tem trazido muitas inovações e maneiras de entregar nosso trabalho – e estamos nos adaptando, criando canais e ferramentas no universo on-line, com possibilidades antes jamais imagi-nadas. É fascinante. Embora, muitas vezes, a ousadia do avanço represente noites indormidas pelas preocupações com os investimentos, mas também pela boa ansiedade dos resultados. Mas valeu a pena. As noites indormidas foram plenamente compensadas pelo tranquilo sono dos que, como cada um de nós aqui da casa, está em paz com a sua consciência, com a certeza do dever cumprido. Sentimento que não significa acomodação, pois o compromisso com o leitor, com nossos incentivadores e parceiros é permanente. Fechamos a edição 150 com a 151 já em preparação. É assim a nossa rotina. Igual a de todos os que acreditaram em nosso projeto e que lutaram para que ele chegasse a esse ponto.
Obrigado aos que nos ensinaram a andar. Obrigado a quem acompanha nossos passos. Continuamos contando com todos vocês nesta caminhada que está apenas come-çando. Por isso temos que andar. Há turbulências à frente? Ótimo, elas são mesmo para serem enfrentadas e vencidas.
Paulo Cesar de Oliveira, jornalista
Paulo Cesar de Oliveira
Desde aquilo que foi concebido, avançamos muito. Fomos impulsionados pela confiança do povo
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/gerdausa/gerdau
www.gerdau.com
Acreditamos que a responsabilidade social e o respeito ao meio ambiente podem transformar o futuro do planeta.Por isso, somos os maiores recicladores de aço da América Latina e nossos índices de recirculação de água se tornaram referência mundial. Em Minas Gerais, conservamos importantes áreas de cerrado, mata atlântica e campos rupestres, como a RPPN Luis Carlos Jurovsky Tamassia e o Monumento Natural da Serra da Moeda. Colaborar com a construção de um mundo melhor é um dos nossos compromissos com o desenvolvimento sustentável.
A melhor maneira de mudar o futuro do planeta é contribuir para transformar a vida das novas gerações.
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Depois de apresentar o chamado Diagnóstico MG, com a real situação do estado, o governador Fernando Pimentel (PT) diz que este será o ano de colocar ordem na casa. “Não será um ano perdido porque tudo o que você faz agora rende frutos logo em seguida”, emenda. Com os dados em mãos e abertos para toda a sociedade, Pimentel afirma que o mais grave de tudo é a falta de gerenciamento, que o afamado choque de gestão nunca existiu. “É estarrecedora a absoluta falta de instrumentos de gerenciamento. E isso é uma das principais causas do descontrole financeiro”, argumenta. O próximo passo é recuperar
a capacidade de gestão em todos os setores da administração pública para, então, ter condições de planejamento. Para isso, ele
aposta no modelo de equipes colegiadas trabalhando na solução dos problemas, como fez à frente da prefeitura de Belo Horizonte e do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Após a auditoria nas contas, qual a real situação do estado?Com a apresentação do diagnóstico, nós cumprimos uma etapa, que era um compromisso assumido na campanha, de governar de forma transparente. Infelizmente, isso demorou mais do que a gente gostaria porque não houve transição. Em Minas, ela foi inexplicavelmente adiada: eu ganhei a eleição no 1º turno, mas o governo anterior optou por só fazer a transição após o 2º turno presidencial. Quando o processo começou, vimos que os números, as coisas apresentadas eram apenas peças de propaganda que os secretários traziam para a nossa comissão. Aquilo era só um simulacro, um faz de conta, não serviu para quase nada. Tivemos, então, que tomar conhecimento da situação real. Por isso que, ao final desse processo, apresentamos o diagnóstico, que é público e já tem um site com os dados. Ainda não é um levantamento completo, mas a situação é muito ruim.
Ano de arrumar a casa
Entrevista Fernando PimentelÀ frente de um estado quebrado, o governador de Minas garante que não fez promessas impossíveis de cumprir e aponta, como maior desafi o,a mudança cultural do modelo de gestão, agora mais participativo
MIRIAM GOMES CHALFIN
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Fotos: Pedro Vilela/Agência i7
O estado tem um déficit de 7,2 bilhões de reais, previsto para este ano. Nos últimos anos, a dívida saltou de 53 bilhões de reais para quase 94 bilhões. Mas a questão não é, e talvez nem seja, só financeira. O mais grave é que encontramos um estado sem condições de gerenciamento. Então, na opinião do senhor, o choque de gestão nunca existiu?Foi uma peça de propaganda utilizada com muita competência pelos governos anteriores, mas, na verdade, não tem gestão. Veja o caso da água, por exemplo, que agora está público porque estamos em emergência hídrica. Assim que conseguimos renovar a diretoria da Copasa, constatamos que a situação era gravíssima, os reservatórios estavam muito abaixo do nível desejável para atravessar o período de seca deste ano. Então, começamos a tomar as providências: fizemos uma primeira reunião com os 15 órgãos do estado que têm alguma interface com a questão hídrica. Para começar, fiz uma pergunta básica: qual a capacidade de reservação de água no estado? Ninguém sabia responder. Nunca foi feito levantamento, não houve uma centralização. Então perguntei quantos poços artesianos estão produzindo em Minas Gerais. Só sabiam quantas outorgas foram dadas. Estou falando de um governo que ficou 12 anos e se autoproclamava como a gestão mais competente do Brasil, talvez do mundo. Outro exemplo: nós tentamos saber qual o valor da folha de pagamento do estado. Ninguém sabe, porque não tem uma folha, há várias: da polícia, da saúde, da educação, dos órgãos autônomos... Cada um faz a sua folha e manda para a Secretaria da Fazenda, que soma aqueles números e, no final do mês, descobre quanto vai pagar. Que gestão é essa? É estarrecedora a absoluta falta de instrumentos
de gerenciamento. E isso é uma das principais causas do descontrole financeiro.
O que será feito, então, daqui para frente?O diagnóstico é importante porque ele serve de marco zero. Nós vamos ter que recuperar a capacidade gerencial do estado. E já começamos a fazê-lo. No caso da água, nós constituímos uma força-tarefa, com 10 secretários e presidentes de empresas, que se reúne toda semana e vai traçando os objetivos, acompanhando e centralizando as decisões. O caso do meio ambiente também é catastrófico: desde fevereiro do ano passado, os funcionários da Secretaria de Meio Ambiente estavam em greve branca, e ninguém tomou a menor providência. Agora que chegamos, conseguimos terminar com o movimento e retomar os trabalhos, mas com 2.700 processos de licenciamento e quase 18 mil pedidos de outorga para perfuração de poços e barragens parados, 110 mil autos de infração não cobrados. Quer dizer, é uma situação quase que de calamidade. Também constituímos uma força-tarefa para enfrentar essa situação delicadíssima.
E qual é o prazo para começar a ter resultados?Já está começando. No caso da água, já começou. Ponto por ponto onde a gente passa a atuar, os resultados estão surgindo. Eu acho que, até meados deste ano, nós já teremos, minimamente, colocado a máquina em condições de funcionar. Você não tem condição de prestar um bom serviço público com tamanho grau de desorganização, de falta de controle e de centralização. Aí vem uma segunda etapa: se você recupera a capacidade de gerenciar, começa, então, a ter condições de planejar o que vai fazer nos próximos 3 anos e meio.
Entrevista
Fernando Pimentel
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“É estarrecedora a absoluta fala de instrumentos de
gerenciamento. E isso é uma das principais
causas do descontrole financeiro”
Voltando à questão hídrica, vai ter racionamento?Devemos ter essa resposta no final do mês de abril, quando começa o período da seca. Vai depender da quantidade de água armazenada nos reservatórios da região metropolitana. Se tiver mais da metade, a gente atravessa a estação da seca. Mas, se houver (racionamento), não será nada extraordinário. Imagino que um dia por semana no máximo.
Qual o balanço que o senhor faz desses 100 dias de governo? É um balanço positivo porque esse prazo nos permitiu enxergar de fato a realidade de Minas Gerais e mostrar para a população. O objetivo é manter essa transparência. Talvez em mais 1 mês, nós vamos criar um conjunto de indicadores fáceis de serem aferidos, simples e que permitam à população acompanhá-los e compará-los de um ano para outro. E transformar isso num canal permanente com a sociedade. Então, esses 100 dias nos serviram para mostrar a realidade e começar a ter soluções. Eu acredito muito, e fiz muito isso quando era prefeito (de BH) e também no ministério (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), na ideia de você ter equipes colegiadas trabalhando na solução das questões.
O senhor falou da importância de ter todas as pessoas envolvidas e focadas. Como está, então, a interlocução com os municípios?Está começando. Nessa etapa de planejamento, nós vamos sair para os municípios, regionalizar a discussão. Nós criamos a figura dos conselhos regionais de governo. Em cada região do estado, vamos ter um fórum, com lideranças empresariais, políticas e sociais, para discutir as prioridades daquela região, não só de obras, mas também de políticas públicas. Isso é uma mudança muito grande no modelo de gestão. Acredito que a sociedade está pedindo canais
de participação mais efetiva dos governos. Penso que, já em maio, nós possamos começar a viajar o estado instalando esses fóruns, mostrando o diagnóstico e discutindo as prioridades, porque elas serão implantadas aos poucos. Na opinião do senhor, por que a dívida de Minas cresceu tanto?As condições contratadas lá atrás, ainda no governo Fernando Henrique (Cardoso), eram muito ruins. Tanto que elas foram revistas no governo da presidente Dilma (Rousseff) e, agora, está no impasse se as condições vão valer para este ano ou só para o que vem. Para Minas Gerais, não altera muito porque o nosso desembolso não vai mudar. O que muda é o estoque final da dívida, que será menor. O segundo motivo é que Minas Gerais, nos últimos 12 anos, não fez o que outros estados fizeram, que é tomar novos financiamentos e pagar uma parte do antigo para aliviar a dívida.
E Minas ainda pode fazer isso?Eu não sei se nós vamos ter espaço ainda, porque grande parte da capacidade de endividamento do estado já foi tomada nesses 12 anos. Foram 15 bilhões de reais de empréstimos nesse período, utilizados em investimentos, e não para pagar a dívida velha. Até acho que uma parte desses investimentos foi boa, como o Proacesso, que é um belo programa. O restante foi para outros tipos de obra que, sinceramente, não sei se eram tão prioritárias.
Falando em obras, e com esse aperto financeiro, as quase 500 que estão paradas podem ser retomadas?Não de imediato, todas de uma vez só. Vamos ter que discutir as prioridades. Em princípio, sou contra não fazer (as obras), principalmente aquelas que já começaram. É desperdício de dinheiro.
Entrevista
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“Vai depender da quantidade de água armazenada nos reservatórios. Se tiver mais da metade, a gente atravessa a estação da seca. Mas, se houver (racionamento), não será nada extraordinário”
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O diagnóstico mostrou que apenas 26% escolas estaduais estão em boas condições. Há alguma estratégia para melhorar isso?Tem que ter. A gente vai discutir isso com as secretarias de Educação. Nós reativamos um mecanismo, que é o fórum dos diretores de escolas. Eu tive essa experiência na prefeitura: um diretor de escola conta muito, até por que ele é eleito. A liderança dos diretores é importante para estimular a educação. Até para discutir as reformas que têm que ser feitas. Os professores não aceitaram a proposta de aumento salarial e prometem entrar em estado de greve dia 29 de abril. O que senhor diz a respeito? Vamos continuar conversando com eles. Quando eles fizeram a assembleia, ainda não tinham conhecimento deste diagnóstico do estado. Acho que isso vai ajudá-los a pensar um pouco na situação. Temos o compromisso de alcançar o piso nacional dos professores dentro do período de mandato. Mas a situação, este ano, é muito complicada. A proposta que fizemos é o máximo que vamos conseguir num estado que está com déficit de 7 bilhões de reais. Entendo muito essa angústia do funcionalismo público, especialmente dos professores, depois de 12 anos tentando obter melhorias e não conseguindo. Se a situação melhorar na virada para o segundo semestre, nós podemos negociar. Após ter o diagnóstico, que promessa de campanha será mais difícil cumprir?Veja bem, nós não fizemos nada tão difícil assim. Há quem diga que essa história do piso nacional dos professores é impossível. Eu não acho. Evidentemente, vai depender dos anos seguintes, de a receita recuperar, de conseguir controlar um pouco o número de designados, que hoje é muito grande. O mais
difícil nós já estamos fazendo, que é a mudança do modelo, agora mais aberto, mais participativo. As pessoas querem saber as coisas, e nós temos a obrigação de mostrar. E ouvir a opinião de todos. Isso é eficiente. Mas é uma mudança cultural, do ponto de vista da administração pública. Acho que isso é o mais difícil.
Como o senhor vê a atual conjuntura nacional e quais os refl exos para Minas?Todo mundo sabe que a conjuntura não é boa, mas vamos falar a verdade: o Brasil não tem nenhum problema grave, estrutural. Os nossos problemas são conjunturais, políticos, econômicos, até institucionais. O Brasil tem capacidade e condição suficiente para resolver seus problemas dentro das suas fronteiras. Isso me deixa muito otimista com o futuro. Para Minas, a conjuntura é muito difícil, mas também temos tudo para resolver os nossos problemas aqui dentro. O estado tem uma das companhias mais eficientes e poderosas do cenário econômico, que é a Cemig. A Copasa, bem administrada, pode ser excelente para prestar bons serviços públicos e também como empresa privada para gerar lucros para os acionistas. O povo mineiro, sabidamente, é afeito ao trabalho. As pessoas, às vezes, não se dão conta disto: o mineiro, na acepção da palavra, é uma profissão. Isso define a nossa vocação para o trabalho. Se nós somos um povo trabalhador e temos uma estrutura econômica e institucional boa, não há motivos para ter medo das dificuldades. Vamos enfrentá-las e vencê-las. O que será feito para atrair novos investimentos no estado?Vamos mostrar e começar a implementar, na virada do semestre, um programa de ação baseado em 3 eixos muito claros: desenvolvimento econômico sustentável, logística inteligente, do século 21, e educação voltada para a inovação.
Entrevista
Fernando Pimentel
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“Se somos um povo trabalhador
e temos uma estrutura econômica
e institucional boa, não há motivos
para ter medo das dificuldades”
Fotos: Pedro Vilela/Agência i7
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VIVER Abril 17 - 2015
Eficiência na gestão pública: o desafio
A fisionomia institucional apresenta imensos contras-tes. De um lado, ilhas de excelência no meio de territórios feudais; de outro, avanços de tecnologia de ponta ao lado de muralhas do passado. Na própria seara da administra-ção pública, uma burocracia altamente profissionalizada convive com largas fatias do mandonismo político, a de-notar o esforço de uns para olhar para frente, sob empuxo de outros, que teimam em conviver com o passado. Se há uma reforma que pode ser chamada de mãe de todas as outras, é a reforma do modelo de gestão do estado.
Alcançá-la exige estratégias como melhorar a qualida-de dos serviços; reequilibrar as finanças; cortar despesas de custeio; revisar contratos; extinguir cargos comissio-nados; aumentar a eficácia do gasto público e da equação custo/benefício; e promover um salto de desenvolvimen-to, ancorado em projetos social e ambientalmente equili-brados. E lógico, melhorar – e muito – a transparência na administração pública.
Tornar a gestão pública pontilhada de bons resul-tados significa redimensionar a estrutura do estado,
mudar comportamentos tradicionais, racionalizando a estrutura de autoridade, reformulando métodos e substituindo critérios subjetivos e amparados no fisiolo-gismo, por sistemas técnicos de desempenho. Diminuir despesas de custeio é prioritário. A folha de salários tem sido uma frente crítica. Nos últimos anos, os gastos com custeio nos estados saíram do índice de 1,1% para mais de 10% do PIB.
O loteamento de espaços, prática que alimenta par-tidos e lideranças, tem se prestado à meta de perpetuar grupos e mandos. A fisionomia administrativa só tem condições de mudar ante a profissionalização da máquina
e a adoção da meritocracia. Poucos entes federativos se propõem a estabelecer sólidos programas de capacitação de funcionários e racionalização de serviços.
A profissionalização se ampara no mérito, na quali-ficação e na expansão da produtividade administrativa. As indicações partidárias incham estruturas, expandem a inércia e multiplicam as teias de interesses escusos. Urge substituir cargos comissionados por uma carreira de es-tado, como em outras democracias, nas quais os quadros permanentes, qualificados e motivados estarão imunes às crises políticas. Não é possível conviver com a farra de viagens de servidores, gastos excessivos com campanhas publicitárias, cartões corporativos e nepotismo.
Da burocracia comprometida com o mérito deverão ser cobrados programas viáveis e críveis, com a adoção de modelos de motivação para as equipes. Não será tarefa fá-cil alterar a fisionomia da gestão pública. É preciso mudar o princípio de que o governante, ao chegar ao poder, como forma de garantir as condições de governabilidade, tem de repartir espaços de ministérios e autarquias com os parti-dos, de acordo com o tamanho e influência de cada um.
A mudança da sistemática envolve a falta de recursos humanos adequados para tornar o estado eficiente. O fortalecimento das áreas de formação, reciclagem e aper-feiçoamento de perfis, voltados para a operação do estado, deve constituir outra prioridade. O círculo vicioso da polí-tica gira mudando figuras e mandos, mas não o sistema. Sob pressão da sociedade, será possível fazer fluir oxigênio nas veias da administração pública.
Por fim, o lembrete de Maquiavel: “Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coi-sas”. Quem patrocina um programa reformista, explica o pensador, tem inimigos entre aqueles que lucram com a velha ordem e poucos defensores que teriam vantagens na nova ordem. A resistência se torna mais forte em ter-ritórios contaminados por mazelas da velha política, nos quais se enquadram o loteamento da burocracia estatal, o descontrole de gastos, a ausência de planejamento, a improvisação, a acomodação e a negligência.
João Doria Jr., empresário e jornalista, ex-presidente da Embratur e presidente
do Grupo de Líderes Empresariais (Lide)
João Doria Jr.
O círculo vicioso da política gira mudando figuras e mandos, mas não o sistema. Sob pressão da sociedade, será possível fazer fluir oxigênio nas veias da administração pública
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TEREZINHA MOREIRA
A previsão é de que a infla-ção feche 2015 em 7,77%, índice mais alto dos úl-
timos anos, e o Produto Inter-no Bruto (PIB) retraia 0,66%, segundo o boletim Focus, di-vulgado pelo Banco Central. Empresas demitindo ou dan-do férias coletivas. Vendas despencando, dólar superva-lorizado, insegurança das cor-porações e população para novos investimentos, crise po-lítica. Este é o cenário econô-mico nada animador esperado ou já vivido no Brasil. A crise
está instalada para alguns seg-mentos sim. Mas, para outros, a história não é bem esta. A si-tuação, pelo menos até o mo-mento, é boa e a expectativa é de crescimento para este ano, com manutenção de investi-mentos. Claro que não é ne-nhum milagre, mas trabalho duro, feito lá atrás para que a situação atual fosse mais con-fortável. Também não há li-mites ao uso da criatividade para fidelizar clientes e manter os bons negócios, mesmo em tempos alarmantes.
ESPECIAL
SALVAÇÃO DA
PÁTRIASETORES QUE CONSEGUEM
CRESCER MESMO NESTES TEMPOS DE CRISE ECONÔMICA NO BRASIL
CAPA
ERIC BRAZ: “Sou realista, mas
confi ante de que as coisas serão feitas para, em 2016, o mercado voltar a
crescer”
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O setor de franchising brasileiro nem tomou conhecimento da crise e deve fechar o ano com crescimen-to de 7% a 9%. “Por ser muito dinâ-mico e uma forma de associativismo boa para ambas as partes, o franchi-sing é o último setor a entrar na crise e o primeiro a sair porque nele o forte fortalece o pequeno”, justifica a dire-tora regional da Associação Brasilei-ra de Franchising em Minas Gerais (ABF/MG), Danyelle Van Straten. Se-
gundo ela, quando há turbulência econômica, o franchising já está uni-do, com processos enxutos, maior eficiência na gestão e operação, o que faz com que o pequeno fran-queado tenha vantagem sobre o em-preendedor individual. “Em função disso, apesar da crise, o setor conti-nua em franca expansão. Quando há dispensa em massa, os demitidos fi-cam com recurso disponível e, mui-tas vezes, investem em franquias.”
Outro dado favorável é o baixo índice de mortalidade das empresas que, segundo o Sebrae, foi de 3,7% em 2014, contra 25% dos negócios tradicionais. A diferença é que o se-tor já é testado. “O franchising no Brasil se mostra consolidado. Não é imune às crises econômicas, mas está preocupado, olhando para den-tro e focado em melhorar o desem-penho das redes e dos franqueados”, diz Danyelle, que é franqueadora
Pedro Vilela/Agência i7
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da marca Depyl Action, empresa es-pecializada em depilação, que nas-ceu de outro negócio da família, a Arcangel, indústria de cera depila-tória, em 1996. “O franchising veio para ser um canal de vendas do nos-so produto e de nossos serviços.” Atualmente, são 98 unidades da De-pyl Action no Brasil e 2 na Venezuela. “Desde 2014 sentimos que vivemos uma época atípica, em que foi pre-ciso se fortalecer, aumentando a eficiência do negócio sem perder a qualidade dos produtos e serviços”. Os resultados estão aparecendo nos números registrados pela empresa, que teve crescimento médio de 30% no 1º trimestre deste ano. “A expec-tativa é de fecharmos 2015 com ex-pansão de 25%”, antecipa.
O presidente da Associação Mi-neira de Supermercados (Amis), Ale-xandre Poni, afirma que a crise tem reflexo no setor, mas com a sinaliza-ção de mudança do comportamento do consumidor em relação à escolha dos produtos. “Ainda pegamos um período sazonal, com o Carnaval. De certa forma não fomos afetados. Os investimentos estão sendo man-tidos porque não queremos partici-par dessa crise”. Em Minas, o setor registrou aumento de 2,58% nas ven-das no 1º bimestre deste ano e deve ganhar 70 unidades, com os 300 mi-lhões de reais de investimentos pre-vistos para 2015, que também serão aplicados em reformas de lojas. Para que a crise passe bem longe do se-tor, Poni diz que as empresas usam e abusam da criatividade, oferecendo cada vez mais serviços, como pizza-rias e restaurantes em suas unidades e um mix de produtos cada vez mais adequado ao seu nicho de clien-tes. “Outras apostas são na melhora constante do atendimento e na pro-ximidade cada vez maior do consu-midor porque acabaram as compras mensais. As pessoas estão indo mais vezes ao supermercado”, observa o
presidente da Amis. “Supermercado vive de escala, a
margem de lucro é muito pequena e por isso não se pode parar de crescer. Nossa expectativa é de fechar 2015 com 10 novas unidades Super Nos-so, Apoio e da bandeira de lojas mais compactas que estamos lançando, e ampliar o faturamento em 10% na comparação com o ano passado”, afirma o presidente do Grupo Super Nosso, Euler Nejm, que retrata bem a realidade do setor. Segundo ele, a crise existe, o setor não está imune, mas tem de apostar na criatividade. “Temos de fazer das dificuldades, oportunidades. O Super Nosso man-tém seu plano de expansão de lojas, mesmo com a atualidade econômi-ca e a crise política. Investimos em
uma indústria para abastecer as lojas e isso fez com que diminuíssemos as perdas, padronizássemos as re-ceitas e melhorássemos a qualidade dos produtos, com a centralização da produção de pães e carnes.” Ou-tra estratégia é o plano de fidelização de clientes, com o programa de mi-lhagem Dotz.
Se o momento econômico ruim ainda não atingiu os supermercados mineiros, o mesmo não se pode di-zer da indústria. “Temos um quadro em que o consumo da população e os investimentos do governo estão em processo de redução. Por conta disso, o setor mais afetado pelo lado da oferta é a indústria. Estimamos que seus índices caiam novamen-te em 2015 em todo o país”, prevê o gerente de economia da Fiemg, Gui-lherme Velloso Leão. Segundo ele, o setor é dividido em 3 segmentos, o de bens de capital (máquinas, equi-pamentos), bens duráveis (carros, linha branca) e commodities e que todos, de alguma forma, foram afe-tados pela situação econômica
ESPECIALCAPA
VIVER Abril 17 - 2015
EULER NEJM:“Temos de fazer das difi culdades, oportunidades”
Divulgação
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48
ESPECIALCAPA
VIVER Abril 17 - 2015
correm para diversificar ni-chos, clientes, áreas que
trabalham. De forma ge-ral, buscam estratégias para reduzir custos e compensar aumento de energia, evitam en-dividamento em crédi-
tos de curto prazo com taxas de juros exces-sivamente altas”, diz
Guilherme Leão. Já que 2015 não
d e v e r á s e r bom para a
indústria, a expectati-
va é que 2 0 1 6
t r a g a n ú -
meros positivos, principalmente se houver redução das taxas de juros e o ajuste fiscal for benfeito.
No mercado de concessioná-rias de veículos desde 1967, repre-sentando 10 marcas, o Grupo Lider, já passou, e superou, várias crises econômicas e aprendeu a lidar com momentos menos favoráveis. “A cri-se para alguns gera oportunidades e para outros é preciso saber enxergá--las”, ensina o diretor do grupo, Eric Braz Tambasco. Segundo ele, a ven-da de veículos registrou crescimen-to em 2012 e queda em 2013, 2014 e 2015, sendo que este ano, o pata-mar de comercialização voltou ao que ocorria há 7 anos. A expectati-va é de que este ano sejam emplaca-dos 2,8 milhões de veículos no Brasil, bem abaixo dos quase 3,5 milhões
de 2014. Mesmo assim, algumas marcas apro-veitam o momento para crescer, casos da Toyo-ta e Hyundai, que apos-tam em lançamentos. “O grupo também vem trabalhando muito no relacionamento com
atual não somente do Brasil, mas do mundo. Como as perspectivas são negativas para 2015 em todos os se-tores, a probabilidade de se conse-guir avançar este ano é baixa. “Em 2014, a indústria de transforma-ção brasileira teve queda de 3,2% e, em Minas, de 4,3%. Para este ano, é prevista nova queda. Os 2 primeiros meses de 2015 registraram redução de 7,1% na indústria geral em Mi-nas e no Brasil, e de 15,2% no fatura-mento da indústria mineira. O ano já segue trajetória de produção físi-ca com números negativos fortes”, informa Leão.
Para passar por este momento de dificuldade, as empresas adota-ram estratégias como maior atenção à gestão do caixa, férias coletivas, pausa na produção para adequar o estoque ao comportamen-to do mercado. Os investi-mentos só permanecem quando são para redu-ção de custos, como troca de equipamen-tos para aumentar a produtividade. Ou-tra alternativa é a terceir ização de etapas do proces-so de produção. “Nesse mo-mento, as empresas
DANYELLE VAN STRATEN:
“O setor continua em franca expansão”
O Brasil é o 4º país em quantidade de marcas no franchising, perde para China, Estados Unidos e Coreia do Sul O país fechou 2014 com 3 mil marcas franqueadoras Tendências: surgimento de franquias nos setores de home care, voltado para pessoas com necessidade de atendimento especial
SEGMENTOS DE MAIOR RELEVÂNCIA:
Negócios, serviços e outros varejos (prestação de serviços, minimarketing, correios): 21%
Alimentação: 20%
Esporte, saúde, beleza e lazer: 18,3%
NOSSA ECONOMIA | Os altos e baixos
Fontes: BC e Amis
Previsão para o
PIB 2015:
-0,66%
Crescimento das vendas nos supermercados
Minas Gerais (1º bimestre/15)
2,58%
Previsão de infl ação para
2015:
7,77%
Investimentos do setor de
supermercados previstos para
o estado (2015)
R$ 300 milhões
Fonte: ABF
Franchising
Elderth Theza
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seus clientes, com ações para se aproximar mais deles”, diz Eric Braz.
Outra forma de fidelizar esse cliente e garantir que o mercado au-tomotor não sofra tanto com as res-trições econômicas é com relação aos juros. De acordo com Eric, em conjunto com as concessionárias, as montadoras estão com taxas mais atrativas, o que ajuda a fechar negó-cios. As concessionárias trabalham com taxas de 0,99% ao mês e paga-mento em 36 parcelas, algo que não se via no mercado. Além disso, o Gru-po Lider tem feito ações comerciais de promoção, como feirões para que o cliente troque o carro. “O automó-vel é um bem de consumo com alta liquidez. Apesar do momento difícil, temos boas oportunidades para se comprar automóvel hoje. Passamos isso aos nossos clientes que têm, in-clusive, seguro de proteção finan-
ceira, que é um benefício no caso de morte, perda do emprego”, enumera Eric Braz. Outra estratégia da rede de concessionárias tem sido a propa-ganda na internet. “Temos direcio-nado esforço maior para a web, que é forte fonte de pesquisas para nossos clientes.” Ele diz que espera que 2015 seja marcado pela reforma política, ajustes fiscais para botar o Brasil no rumo certo. “Se isso tudo acontecer, quem sabe, no fim do ano possamos trabalhar com a reação econômica. Sou realista, mas confiante de que as coisas serão feitas para, em 2016,
o mercado voltar a crescer”, prevê o diretor do Grupo Lider.
Por não depender de recursos es-gotáveis, mas da capacidade criativa, do capital humano e da vontade das pessoas em consumir, este ano deve ser positivo para a economia criati-va, com tendência de crescimento. Termo ainda novo no Brasil, a indús-tria criativa engloba diversas áreas da cultura, audiovisual, mídias, tec-nologia da informação, moda, ar-quitetura, segmentos intensivos em capital intelectual e que têm o co-nhecimento como principal mola propulsora. “A crise não tem dis-tinção de setores porque tudo é, de certa maneira, ligado, mas os da eco-nomia criativa que não dependem de matérias-primas serão menos atingidos do que outros que estão mais ligados à alta ou baixa do dólar. Cada segmento tem um impacto di-
JOSÉ FRANCISCO COUTO DE ARAUJO:
“Este ano, para nossa surpresa, está
sendo bom”
Pedro Vilela/Agência i7
ESPECIALCAPA
ferente. Grupos que não dependem das leis de incentivo também estão mais resistentes à crise”, pondera a coordenadora de economia criativa do Sebrae Minas, Regina Vieira. O se-tor é formado por serviços, um dos que mais crescem no Brasil, e é aju-dado também pela alta faixa etária de jovens, que consomem os produ-tos oferecidos pela indústria criativa, que é fortalecida pela moda, cultura, manifestações artísticas.
O pico de negócios para a Co-nartes Engenharia e Construções foi em 2010, o melhor ano da história da empresa. Em 2011, a construtora re-gistrou queda nos negócios, em 2012 ficou estabilizado, em 2013 houve li-geira recuperação e 2014 foi péssimo em função da Copa e das eleições, se-gundo o sócio-diretor da Conartes, José Francisco Couto de Araujo Can-çado. “Este ano, para nossa surpresa,
está sendo bom. O 1º trimestre, em termos de venda, ficou abaixo somen-te do mesmo período de 2010”, diz José Francisco. O empresário assina-la que no mercado da construção ci-vil há bastante variação dos negócios de uma para outra por causa dos ni-chos específicos. “A Conartes é volta-da para as classes alta e média alta, em BH e São Paulo. Está mais difícil fechar negócio porque as pessoas querem negociar, pois viram que o mercado está para o comprador”, pontua.
José Francisco conta que, mes-mo com bons negócios neste início de ano, ainda há preocupação rela-cionada à economia, que deverá an-dar um pouco de lado até o fim do ano. Mas ele afirma que as medidas de ajuste fiscal do governo estão sen-do tomadas e, por isso, acredita que 2016 será um ano diferente, para me-lhor. “A preocupação é com a manu-
tenção do nível de emprego porque é o desemprego que desanda a econo-mia”, pondera. Um dos motivos para as boas surpresas na Conartes é que não foi cancelado nenhum investi-mento previsto para este ano.
Mas a estratégia da empresa, a partir de agora, é diminuir a veloci-dade da produção de novos empre-endimentos. “Vamos lançar menos, sair dos 4 tradicionais para 2 ou 3, até que o horizonte fique mais cla-ro”, antecipa o empresário. Segun-do o sócio-diretor da Conartes, o ano de 2016 será marcado por um novo perfil de comprador de imóvel: sairá de cena o tradicional investidor, que dará lugar às pessoas que vão adqui-rir o bem para uso próprio. Como o déficit habitacional no Brasil ainda é relativamente alto, a aposta é de que o próximo ano também seja gerador de bons negócios imobiliários.
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VIVER Abril 17 - 2015
Reforma políticaA reforma política não é uma panaceia para resol-
ver todos os problemas. Ela não interfere na subida da inflação, no aumento do desemprego e nem diminui a desigualdade social. Mas, se não enfrenta essas e outras questões de forma direta, podemos dizer que ela certa-mente pacificará a sociedade e devolverá credibilidade às nossas instituições. Portanto é vital e urgente.
As pesquisas de opinião têm mostrado o desgaste do Congresso Nacional, dos partidos, dos políticos que nos governam e dos órgãos de governo. Temas como a corrupção, a manipulação eleitoral, os processos de cam-panha e o financiamento das mesmas têm sido presença visível nas manifestações de rua. Ou seja, as regras e os métodos de operação do sistema eleitoral, a fragilidade
ou a ausência de compromissos programáticos nos nos-sos mais de 30 partidos com atuação no parlamento e as recorrentes denúncias de desvio moral das lideranças políticas compõem esse ambiente que se tornou incom-patível com as aspirações populares. A nação tem dito em grandes manifestações que quer mudar. E vai mudar.
Daí porque o PMDB assumiu a condução, por inter-médio de seu presidente, Michel Temer, da reforma das regras eleitorais ainda neste semestre. Por meio da Fun-dação Ulysses Guimarães (FUG), organizamos seminário com cientistas políticos de vários estados, tratamos de ouvir os militantes do partido e da sociedade e constituí-mos uma comissão com a pluralidade dos segmentos so-ciais que formam a base de sustentação do partido. Estes 3 vetores produziram uma proposta que modifica o atual sistema eleitoral, o financiamento das campanhas, as co-ligações proporcionais, a fidelidade partidária, extingue
a reeleição, cria cláusulas de desempenho dos partidos e altera o tempo de duração dos mandatos com coincidên-cia das eleições para todos os cargos, de presidente da República a vereador.
Entendemos que essas mudanças nas regras do acor-do político que nos rege levarão o país a um ambiente iluminado e arejado. O modelo atual surgiu como um grito a superar as restrições impostas por uma ditadura vintenária e que reprimia as manifestações políticas. No entanto, esse anseio pela abertura irrestrita resultou no desvirtuamento do processo e na banalização do sistema representativo proporcional, que abriu caminho para os chamados puxadores de voto. Na maioria dos casos, são personalidades com pouca ou nenhuma representativi-dade e identidade partidária, mas que, em decorrência de expressiva votação, acabam levando consigo candida-tos com ínfima votação.
O PMDB defende mudar essa regra e adotar o voto majoritário para representação parlamentar. Por esse modelo, serão eleitos os candidatos ao Legislativo com mais votos em ordem decrescente até ser atingido o número total de vagas. Aliado a isso, o partido defende sistema distrital puro, o chamado distritão, em que a área do distrito equivale à área do estado ou do Distrito Federal. Essa sistemática será adotada para a eleição de deputados federais (o distrito equivale às unidades da Fe-deração e Distrito Federal), deputados estaduais (estado) e vereadores (município).
Ao contrário do que poderiam pensar alguns, esse modelo não desvaloriza o partido, uma vez que o Supre-mo Tribunal Federal já decidiu pela fidelidade partidária dos eleitos. O mandato continua sendo do partido.
O financiamento das campanhas então se torna assunto fundamental nesse processo. O PMDB, neste ponto, sugere que se faça constar de forma expressa na Constituição que o financiamento de campanha será público e privado, com a possibilidade de doação de pes-soas jurídicas e físicas diretamente a um único partido.
Temos a certeza de que estas mudanças representam só o início do esforço que cabe a todos nós de termos ins-tituições mais robustas e respeitadas pelo povo.
Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães
Moreira Franco
... esse anseio pela abertura irrestrita resultou no desvirtuamento do processo e na banalização do sistema representativo proporcional...
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FERNANDO TORRES
O universo conspira a favor do etanol em Minas. Enquan-to o preço da gasolina ultra-
passa 3 reais na bomba, com o fim da política de congelamento de pre-ços e o aumento da carga tributá-ria, o álcool comemora a lei estadual 21.527/2014, que baixou a alíquota do ICMS de 19% para 14%. A mudan-ça nas regras, válida a partir de 18 de março, reacende os holofotes para o setor sucroenergético mineiro, que estava em baixa desde 2009, e traz a projeção de que, em alguns anos, o biocombustível se firme como a alternativa mais interessante para abastecimento nos postos.
Passado cerca de 1 mês da redu-
ção da alíquota, Belo Horizonte re-gistra o preço médio de 2,26 reais por litro de etanol, segundo a pesquisa do site Mercado Mineiro. Compara-do aos 30 dias anteriores à lei estadu-al, quando o valor médio era de 2,37 reais, a redução foi de 4,64% e a pa-ridade média ante a gasolina bate os 68%, Os dados são expressivos, mas a expectativa da Associação das In-dústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) é que o custo para o consumidor caia ainda mais. “Se as distribuidoras e os donos de postos repassarem a redução de 5 pontos percentuais de ICMS à bomba, BH pode chegar ao preço médio de até 2,10 reais no litro do etanol”, antevê
o presidente da Siamig, Mário Andra-de Campos.
Com projeções melhores para a safra 2015, que vai de abril a novem-bro, as usinas mineiras pretendem bater recordes em produção e deixar para trás o período de crise. “Ainda este ano, queremos produzir entre 1,8 a 1,9 bilhão de litros de etanol hidra-tado, aquele que o consumidor en-contra no posto, e 1,2 bilhão do etanol misturado à gasolina, no total entre 2,9 a 3 bilhões de litros”, planeja Cam-pos. Para alcançar esses dígitos, a Sia-mig vai investir pesado na campanha Eu Vou de Etanol (facebook.com/eu-voudeetanol), lançada em 14 de abril e com duração de 3 meses. “Queremos
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Alta do preço da gasolina e redução da alíquota de ICMS do etanol favorecem ainda mais o setor sucroenergético mineiro
Tudo a favor
VIVER Abril 17 - 2015
ECONOM IA
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mostrar ao consumidor que o etanol está de volta e pode ficar competitivo em praticamente todo o estado.”
Do lado de cá, os motoristas já co-meçam a perceber que abastecer com álcool traz alívio ao bolso. É o caso do contador Paulo Apolinário, 28. “Sem-pre fico de olho nos preços e alterno o tipo de combustível. Mas, no últi-mo mês, só abasteci com etanol. O percentual de diferença em relação à gasolina está muito mais visível”, diz. Embora o critério de escolha seja o preço, ele observa que o carro ganha mais potência com o biocombustível, já que suporta taxa de compressão maior, tendo melhor rendimento tér-mico do motor. “O consumo é mais rápido, mas como a gasolina está bem mais cara, o custo final compensa.”
Se o que conta mesmo para o consumidor ainda é o preço, o au-mento no consumo de etanol ain-da traz vantagens econômicas. Com 70% da produção na região do Triân-gulo Mineiro, o setor sucroenergéti-co pretende se recobrar do prejuízo dos últimos 5 anos – 8 usinas minei-ras fecham as portas no período e, só em 2014, a produção de cana-de-açú-car caiu de 61 milhões de toneladas
para 59 milhões. “O reaquecimento do mercado de biocombustíveis fa-vorece o desenvolvimento regional, em cidades como Uberaba, Delta, Conceição das Alagoas e Iturama”, lista Campos. O primeiro momento, porém, é de recuperação financeira e não de investimento. “Ainda será um ano difícil, financeiramente falan-do. Se nos solidificarmos em 2016, aí sim poderemos pensar em geração de empregos”, avisa.
A nova fase do etanol também traz vantagens ecológicas, já que é menos poluidor que o combustível
fóssil. Além de emitir, comprovada-mente, menos gases de efeito estufa – com impacto positivo, inclusive, para as doenças respiratórias –, o álcool é um produto limpo e renovável, já que é feito a partir da cana-de-açúcar. Em contrapartida, alguns especialistas acusam a produção da planta em am-plos terrenos de cultivo de acelerar o desmatamento e ser responsável por mudanças climáticas. Campos se de-fende: “As empresas do setor sucroe-nergético estão entre as mais visadas pela fiscalização ambiental e isso fez com que os empresários se adequas-sem à legislação brasileira”.
Ele afirma que, atualmente, a co-lheita é feita mecanicamente e sem queima em 97% do território minei-ro. “Com isso, animais como emas, aves e veados voltaram à área de cana, adotando os canaviais como seu ha-bitat.” Outra mudança decorrente foi a economia de água para lavar a cana, de 5 a 7 metros cúbicos nos anos 1990 para 0,5 a 1 metro cúbico atualmente. “Além disso, as usinas filtram, reutili-zam o caldo extraído da planta como adubo do solo, e o bagaço, para pro-dução de energia da própria fábrica”, afirma o presidente da Siamig.
Fred Magno/Agência i7
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VIVER Abril 17 - 2015
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Variação entre postos:
35,02%
Preço médio:
R$ 2,26
% $ $Preço médio:
R$ 3,31
Fonte: Mercado Mineiro
PAULO APOLINÁRIO: “Sempre fi co de olho nos preços e alterno o tipo de combustível”
MÁRIO CAMPOS: “O etanol pode fi carcompetitivo em todo o estado”
VIVER Abril 17 - 2015
A presidente despertou alevyada
Já era madrugada, quando a presidente despertou se sentindo mais leve, diferentemente do que vinha aconte-cendo desde que foi reeleita. Foi tomada por um sentimen-to de sublime leveza após a posse no dia anterior do novo ministro da Educação. Renato Janine foi muito bem rece-bido por diferentes setores da sociedade e, em particular, pela mídia. No silêncio da noite, ela ouvia, à distância, a voz de Chico Buarque cantando uma de suas canções preferi-das que, nos tempos duros da ditadura, pouco pôde curtir.
Semiconsciente passou a rever seus últimos meses, doloridos, tristes, angustiantes. Foi repassando seus par-ceiros.
O primeiro lhe chegou com flores, lhe trouxe promes-sas de felicidades, lhe deu um grande palácio para viver com pompas de chefe de estado; ofereceu-lhe a possibili-dade de distribuir a riqueza para salvar da miséria os mais pobres; garantiu-lhe o título de mãe do PAC e lhe deu o
poder e a oportunidade para conduzir um país com a mais baixa taxa de desemprego de sua história; permitiu-lhe realizar o seu sonho de acabar com as injustiças, de alinhar o Brasil aos países socialistas, de contribuir para a cons-trução de uma América Latina justa, livre e democrática. Sonho de sua juventude.
Mas lhe exigiu muito. Quer todo o seu governo. Os ministérios mais importantes. Quer lhe vigiar como quem tem ciúmes, exigindo os cargos mais próximos para lhe acompanhar em todos os momentos, até nos mais íntimos. Tomou conta das empresas estatais e, à sua revelia, promo-veu malfeitos que hoje pesam sobre seu governo. Corrup-ção que não é sua, mas está por toda parte em seu governo.
Para o PT não pode dizer não. O segundo veio como parceiro, amante, que parece
nada querer em troca; veio apenas para colaborar com seus desafios; veio para compor um governo de coalizão; ofere-
ceu apoio nas horas difíceis da campanha e lhe prometeu os votos no Congresso, sem cobrar nada por isso; nada pediu; ocupou o palácio próximo ao seu; parece o parceiro ideal, forte, hábil e com presença por toda a parte; aparen-temente dócil, atraente.
Mas, qual o quê? Sempre lhe causando medo. Quer ocupar todos os espaços; tomou conta do Congresso; cada dia lhe dá de presente uma surpresa desagradável; cada dia uma traição; pelos malfeitos, aliou-se ao PT; pelo poder, o confronta; ocupou ministérios estratégicos e cargos impor-tantes nas estatais; ameaçou, publicamente, reduzir por lei o governo, mas luta sempre nos bastidores por mais fatias desse mesmo governo.
Para o PMDB também não pode dizer não. O terceiro lhe chegou não se sabe de onde; nem seu
nome ela sabia; sabia apenas que não concordava com suas ideias, nem com seu tipo esnobe de representante das elites e do mercado; foi chegando sorrateiro, ora dizendo coisas rudes, ora abrindo seu coração; foi se revelando fiel, firme nas posições e hábil nas negociações; foi o único a convencer o PMDB da importância de sua tarefa, mas sua desenvoltura gera ciúmes no PT; parece disposto genui-namente a fazer um ajuste fiscal que lhe permitirá ver de volta o crescimento econômico, os empregos perdidos e a expansão das políticas sociais; veio do nada para ajudá-la a realizar o seu sonho de acabar com a pobreza e construir o caminho da prosperidade, sem nada lhe pedir.
Esse não a deixou dizer não. O dia já está amanhecendo. Vai-se o alívio; novos
conflitos na base do governo; PT e PMDB não se enten-dem; continuam as manifestações nas ruas e os panelaços; inflação em alta; produção industrial em queda; ministros incompetentes não dão conta das atribuições de suas pas-tas; mais denúncias de corrupção; pesquisas de opinião pública mostram queda de sua popularidade. É levada a transformar o governo de coalizão em governo de coabita-ção. Ao PMDB dá a coordenação política, ao PT, o governo.
Economia em ordem e pátria educadora, se pros-perarem, restarão para salvar seu segundo mandato. Aos outros, as batatas.
Paulo Paiva, professor da Fundação Dom Cabral, ex-ministro do Trabalho e do
Planejamento e Orçamento no governo FHC
Paulo Paiva
Economia em ordem e pátria educadora, se prosperarem, restarão para salvar seu segundo mandato. Aos outros, as batatas
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UM COMPLEXO COMERCIAL PARA QUEM ENXERGA ALÉM DA VISTA PANORÂMICA:ENXERGA O FUTURO.
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REVISTAS PASSARAM POR CRISE POLÍTICA, INSTABILIDADE ECONÔMICA E HOJE VIVEM A
POPULARIZAÇÃO DAS NOVAS
TECNOLOGIAS
A NOVA ERA
EDITORIAL
VIVER Abril 17- 2015
ESPECIALI M PR E NSA
Pouco mais de 200 anos nos se-param da primeira revista bra-sileira, publicada em 1812 em
Salvador.Variedades ou Ensaios de Literatura, como o título foi batiza-do, sobreviveu apenas 3 edições, com matérias como Felicidade domésti-ca e Costumes e usos do México. Mas, apesar da vida curta, a revista baiana abriu o caminho para a disseminação da cultura revisteira no país.
Desde então, a revista como meio de comunicação sofreu incontáveis transformações: formou um público leitor, ganhou diversificação e adotou recursos tecnológicos. “Elas se torna-ram veículos segmentados por exce-lência, em termos de público, temas e formatos. Assumiram papel impor-tante e específico no campo da infor-mação”, resume Frederico de Mello Tavares, professor de comunicação na Universidade Federal de Ouro Pre-to (Ufop) e coorganizador do livro A Revista e seu Jornalismo (editora Pen-so, 2013).
Ao longo de 2 séculos, o merca-do editorial assistiu à trajetória de grandes títulos, como as ilustradas O Cruzeiro e Manchete, as femini-nas Jornal das Senhoras e A Cigarra e a mensal Realidade. Entre ascensões e derrocadas, o processo foi marca-do por crises de diferentes níveis. Só nos últimos 50 anos, a castração po-lítica, por exemplo, reduziu a ácida e humorística Pif-Paf a apenas 8 edi-ções. Já a instabilidade econômica dos anos 1990 desencadeou a que-da em larga escala da circulação de títulos – processo revertido com o sucesso do Plano Real, em 1994. No novo século, o advento e a populari-zação de novas tecnologias também abalaram as estruturas do modelo impresso.
Em contraponto, a história mostra que as experiências de for-talecimento e a reinvenção acon-
tecem justamente em momentos de tensão. Se, por um lado, a era virtu-al pulveriza os leitores, por outro, su-gere possibilidades ao mercado. “As principais transformações se processam não só em termos tecnológicos, mas, principalmente, na am-pliação de suas marcas em conteúdos transmídia, isto é, a convergência de dife-rentes meios”, analisa o mestre em comunicação Diego Oliveira, diretor da Ipsos Connect, unidade de negócios de comuni-cação da empresa de pes-quisas francesa Ipsos, uma das maiores do mundo. Segundo ele, a extensão de consumo de uma mes-ma marca, carregando consigo o peso do nome, pode se dar de diversas for-mas e apresentações, como coleções e anuários, promoções, leitura em ou-tras plataformas, aplicativos de celular
e tablet, produtos licenciados, entre outros. “O resultado é o aumento de pontos de contato entre os títulos e o público”, afirma.
A estratégia da conver-gência midiática passa por critérios como o localis-mo. “O Brasil tem tradição muito concentradora de publicações em São Pau-lo e Rio, mas, ao mesmo tempo, ausência de fortes mídias regionais. Não por acaso, o principal fenôme-no da mídia impressa nos últimos anos são os jornais populares, que têm lastro muito forte no universo lo-cal”, observa o jornalista Bruno Leal, professor dos cursos de graduação e pós-
-graduação da UFMG.O grupo VB Comunicação se
insere nesse contexto, especial-mente a Viver Brasil, que com-pleta sua 150ª edição, trajetória
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FERNANDO TORRES
Pedro Vilela/Agência i7
FRASE
“As revistas se tornaram veículos
segmentados por excelência, em termos de
público, temas e formatos”
Frederico Tavares
VIVER Abril 17- 2015
GUSTAVO CESAROLIVEIRA, com PCO: “A Viver tem a regionalização como prioridade máxima”
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percorrida ao longo de pouco mais de 6 anos. Com tiragem quinzenal de 60 mil exemplares, a Viver chega a esta marca como a de maior circulação em Minas Gerais e a única quinzenal, o que faz da VB a principal editora de re-vistas no estado. “Desde a sua criação, em 2008, a Viver tem a regionalização como prioridade máxima, no senti-do de destacar a representatividade de Minas no cenário nacional”, diz o diretor da VB Comunicação, Gus-tavo Cesar Oliveira. No decorrer dos anos, a VB lançou a Viver Minas, re-vista especial com foco nas diferentes regiões do estado, além das segmentadas Viver Casa e Viver Fashion. “São proje-tos que trabalham de fato pelo estado, tornando ain-da maior a relevância da Vi-ver Brasil.”
A VB também se pre-ocupa em ampliar o leque de produtos já associados às suas marcas e refinar a entrega de seus produ-tos. Nos últimos meses, por exemplo, investiu em perfis na rede social Ins-tagram para seus princi-pais produtos: a própria @viverbrasilrevista, o jornal @tudo-bh, a @viverfashionrevista, a @revista-vivercasa, a especial @vivergourmet, a coluna @viver.melhor e o even-to @conexaoempresarial. Todos es-ses produtos em dispositivos móveis também têm página no Facebook, uma forma de multiplicar o acesso às informações divulgadas pela revista.
“Embora o meio impresso seja importante à cultura e com muito tempo de vida, seria um erro que não olhasse para outras formas de comu-nicação possibilitadas pela tecno-logia, especialmente as plataformas móveis. São mudanças irreversíveis e bem-vindas. Na prática, estamos for-matando produtos e serviços ligados ao digital com marcas já estabelecidas
na seara convencional”, diz Gustavo Cesar Oliveira. Entre as novas propos-tas, ainda em gestação, o Leitor Viver, versão digital da coluna Leitor Repór-ter, da Viver. “O espaço deixa de ser estático para ter vida própria, um am-biente em que os leitores passam suas experiências e memórias com fotos, textos e opiniões”, adianta.
Na ponta dos dedosUma das frentes de diálogo é a transi-ção total para o digital. Algumas cor-rentes defendem a transposição de forma que o leitor folheie as páginas
em tablets ou smartphones e, ao toque de dedos, tenha acesso a conteúdos exclu-sivos. É um caminho, mas não o único. “O mercado precisa distinguir o produto revista do conceito revista. Acredito em um modelo virtual que atua mais na questão do conceito, inte-grando imagem, texto, áu-dio e vídeo, possibilitando a interação com o leitor mais jovem”, diz Bruno Leal. Nessa nova proposta, as re-vistas trabalhariam além da periodicidade. “Não há co-
meço, meio e fim, início da página X ou fim da página Y. É uma leitura não linear”, diz Frederico Tavares.
Mas não é só o formato que de-safia a revista digital. Para existir, ela precisa encontrar um modelo de ne-gócio sustentável, uma receita que ultrapasse a antiga lógica das agên-cias de publicidade. Vale lembrar: a equação público + anunciante não mudará: o público preci-sa do anunciante para custe-ar a mídia, e o anunciante precisa do público para
vender seu produto. “A publicidade possui capacidade incrível de se adap-tar. A principal fonte de renda das re-vistas – os anúncios – vai se manter se os editores souberem potencializar o fato de que os consumidores perce-bem a diferença da informação sem credibilidade e posicionamento claro da informação com curadoria, que é mais confiável e tem posicionamento com o qual o leitor se identifica e valo-riza”, diz Diego Oliveira.
Para obter credibilidade, as em-presas de comunicação devem tam-bém se preocupar em não precarizar o jornalismo, independentemente se houver ou não migração para o digi-tal. “Há revistas que enfrentam um período de desconfiança e a digitali-zação talvez não seja o caminho. Do ponto de vista da identidade editorial, há questões que se perderam e só a
VIVER Abril 17- 2015
DIEGO OLIVEIRA: “A publicidade
possui capacidade incrível de adaptar”
Div
ulga
ção
FRASE
“O mercado precisa
distinguir o produto
revista do conceito revista”Bruno Leal
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ESPECIALI M PR E NSA
BANCA DE REVISTAS
O mercado mudou bastante nos últimos anos. Mas, embora, os números já tenham sido melhores, eles não são tão negativos quanto se alardeia
Das 3 principais revistas semanais de informação do país, apenas 1 apresentou queda de circulação em 2014 ...
jan-set 2013 jan-set 2014 A 1,06 milhão 1,16 milhão + 9,16%B 387 mil 390 mil + 0,70%C 332 mil 322 mil - 3,09%
... mas entre as 3 principais mensais, a baixa é mais acentuada
jan-set 2013 jan-set 2014 A (feminina) 419,3 mil 383,1 mil - 8,62%B (adolescente) 344,6 mil 321,6 mil - 6,67%C (educação) 310,2 mil 344 mil + 10,87%
Soma das 22 maiores semanais: - 8,28%jan-set de 2013 jan-set de 20143,61 milhões 3,19 milhões
Soma das 30 maiores mensais: + 4,53%jan-set de 2013 jan-set de 20144,83 milhões 5,05 milhões
Em contrapartida, a soma da circulação das principais semanais e mensais revela o quadro oposto:
Segmentação – O número de títulos no país aumentou 77,9% em 10 anos
Fidelização – A venda total de revistas em bancas caiu 13,1% em 10 anos...
... mas o número de assinantes teve leve aumento de 3,9%
20033,25 mil
20083,91 mil
20135,8 mil
2003244,2
milhões
2008245,9
milhões
2013212
milhões
2003163,6
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2008167,5
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2013170
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Fontes: IVC e distribuidoras/Aner
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Novo Golf
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64 VIVER Abril 17- 2015
AS QUE FIZERAM HISTÓRIA
VARIEDADES OU ENSAIOS DE LITERATURA (1812) Editada pelo português Manoel Antonio da Silva Serva, teve apenas 3 números, com média de 30 páginas cada um
ESPELHO DIAMANTINO (1927-1928)Primeira revista feminina. Havia dicas de moda e culinária, sim, mas também cultura, arte e até uma pitada de política
REVISTA DA SEMANA (1900-1962)Originalmente, era suplemento do Jornal do Brasil. O conteúdo mesclava a crônica social e a fotorreportagem
A CIGARRA (1914-1975)Apresentava matérias de comportamento, dicas domésticas e vida social, um meio termo entre revista feminina e de variedades. Registra textos de Olavo Bilac e Oswald de Andrade
PIF-PAF (1964)Editada por Millôr Fernandes, atacava frontalmente os militares com charges e textos ácidos e jocosos. Durou apenas 4 meses
REALIDADE (1966-1976)Considerada uma das melhores revistas de todos os tempos, seguia o estilo do new journalism, com um texto que enveredava pela literatura
A SEMANA ILUSTRADA (1860-1875)Revista humorística com ilustrações e litografi as. Teve entre seus colaboradores Machado de Assis, Quintino Bocaiúva e Bernardo Guimarães
O CRUZEIRO (1928-1975)Primeira revista de alcance nacional, lançada pelo lendário Assis Chateaubriand. Com a morte de Getúlio Vargas, em 1954, alcançou a tiragem de 700 mil exemplares
MANCHETE (1952-2000)Outra ilustrada de sucesso, idealizada por Adolpho Bloch. Os mineiros Carlos Drummond de Andrade e Fernando Sabino integraram a equipe
tecnologia não resolverá”, aponta Ta-vares. A solução vai além do vendaval da crise econômica: encontra eco na falta de sintonia com o público, devi-do a mudanças não identificadas nos hábitos no consumo de informação. “Algumas editoras subvertem a infor-mação, a qualidade da apuração e da apresentação, uma complexidade e sofisticação específica da revista. Aca-bam publicando textos parecidos com o dos jornais, menos interessantes e
originais. É preciso haver menos re-produção e mais produção”, diz Leal.
Qual será, então, o modelo de re-vista em 2015 e no futuro? É uma res-posta em aberto. “As revistas precisam investir em estratégias de diálogo com o leitor, permitindo troca e ampliação da comunicação”, aponta Diego Oli-veira. Dentro desse contexto, novos títulos devem surgir, visando a ultras-segmentação. Impressos ou digitais? Possivelmente, os 2. “Sou radicalmen-
te contra a ideia de que as revistas, como meio jornalístico, estão perto do fim, bem como os veículos impressos em geral. Títulos sempre nasceram e morreram. Isso permanecerá ocorren-do”, diz Frederico Tavares. Em pou-cas palavras, tão importante quanto definir o formato, o grande desafio das revistas é entender sua vocação e adaptá-la diante do seu leitor, seguin-do um dos critérios que é a razão de ser do jornalismo: divulgar o novo.
ESPECIALI M PR E NSA
66
Suas curvas são tão faladas, vi-sitadas, vistas mundo afora. Sempre há mais para descobrir
nesse conjunto arquitetônico e pai-sagístico estendido ao longo da lagoa da Pampulha, pensado por Juscelino Kubitschek, executado por Oscar Nie-meyer e Burle Marx. Aberto, exposto, sofrido com a ação do tempo, aliviado com obras de restauração. Está lá, deu mais um passo para ser considerado Patrimônio Cultural da Humanidade. Convenceu a Unesco, que aceitou a sua candidatura em março, e agora se prepara para a visita, entre junho e se-tembro, de uma missão de avaliação do Conselho Internacional de Monu-mentos e Sítios (Icomos, sigla em in-glês), órgão consultivo que auxilia a Unesco no julgamento.
“A matriz de responsabilidades prevê um plano de obras para 10 anos e seu constante monitoramento, mas cerca de 70% das ações estão em um processo adiantado”, diz Leônidas José de Oliveira, presidente da Fun-dação Municipal de Cultura. A Casa do Baile, os jardins do Museu de Arte
CICLOVIA, Museu de Arte da Pampulha, a Casa do Baile e a igreja São Francisco: conjunto moderno da Pampulha
Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha tem candidatura aceita para Patrimônio da Humanidade. Resultado sai no próximo ano
Quase um bem moderno
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CI DADE
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Fotos: Pedro Vilela/Agência i7
Trabalhar pela sua proteção é
dever de todos nós e,
sobretudo, do poder público”
Marcio Lacerda,
prefeito de BH
O local entra na lista indicativa da Unesco em 1996
Em dezembro de 2012 recomeça o processo
A Unesco aceita em março deste ano a candidatura do conjunto moderno da Pampulha
Uma missão de avaliação vem a Belo Horizonte, entre junho e setembro, para conhecer o local e promover reuniões técnicas e fazer sabatinas sobre a candidatura
A decisão fi nal será divulgada em junho de 2016 quando contece a 40ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, em Bonn, na Alemanha
RUMO A PATRIMÔNIO
A busca do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Pampulha pelo título
VIVER Abril 17 - 2015
Fonte: Fundação Municipal de Cultura
decisão final está prevista para 2016.“Temos sim um lugar singular,
símbolo e síntese da modernidade e é nosso. Belo Horizonte ganhará muito com o título que a colocará no mapa mundial da cultura”, diz Leônidas Oli-veira. Pode se juntar às já Patrimônio da Humanidade em Congonhas, Dia-mantina e Ouro Preto, nos quesitos histórico e artístico. “Será a segunda cidade brasileira a ter a modernida-de reconhecida e uma das poucas do mundo.” A primeira, Brasília, que, como dizia Niemeyer, teve a capital mineira como exemplo. “É BH fincan-do o pé no mundo.”
da Pampulha (Map), a Casa JK e seus projetos de iluminação ficaram pron-tos. Faltam os outros jardins, o anexo da Casa JK, as praças Dino Barbiere e Alberto Dalva Simão, o Map. “Vamos unificar as ações em torno da candi-datura: as obras, o plano de marke-ting, a restauração dos edifícios e dos jardins, a mobilidade entre ambas.” Tudo a ser feito por uma comissão de gestão criada pela prefeitura de Belo Horizonte no dia 19 de março.
A ideia é unir, preparar-se para não perder a oportunidade de pôr o conjunto arquitetônico moderno e paisagístico da Pampulha à vista do mundo, o que vem sendo tentado desde 1996. “Mas os trabalhos efetivos nunca chegaram a ser implantados”, explica o presidente da fundação. Em 2012, a candidatura foi colocada no plano de governo do prefeito Marcio Lacerda. “Buscamos obter o que a ci-dade já sabe: o grande valor da arqui-tetura”, diz o prefeito. Recomeçado o processo, com a ajuda do Iphan, Mi-nistério Público. Este ano aceita a do-cumentação, a visita programada e a
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Baccarat barQuem gosta de luxo e ostentação, aqui vai uma dica para você se sentir dentro do palácio da realeza. O bar que brilha, os lustres que caem do teto, drinques servidos em verdadeiras taças de cristais, bons coquetéis e uma clientela superexclusiva. Tudo isso num único ambiente. O bar, no segundo andar do hotel Baccarat, está aberto ao público o dia inteiro. Depois de visita ao MoMa, você pode terminar o dia neste luxuoso espaço para um agradável happy hour. Visite o site: www.baccarathotels.com
Hotel de cristalA maior marca de cristal do mundo, a francesa Baccarat, abre o seu primeiro hotel e espaço residencial em Nova Iorque em imponente prédio de 50 andares desenhado pelos arquitetos kidmore, Owings & Merrill. Esse empreendimento é considerado
hoje, no mercado imobiliário, a propriedade mais valiosa dos Estados Unidos. O hotel tem 114 quartos, oferece o primeiro spa da marca de cosméticos La Mer e um restaurante de primeira linha, o Chevalier, que é dirigido por Shea Gallante e Charles Masson (do La Grenouille), grandes chefs de cozinha de NY. O minibar tem iguarias francesas da marca Fauchon e os balcões de mármore nas suítes de luxo são revestidas com produtos La Mer oferecidos como cortesia. Além de tudo, você vai encontrar cristais em todo lugar, até dentro do banheiro. O hotel fi ca em frente ao Museu de Arte Moderna, a poucos metros da Fifth Avenue.
Björk no MoMaO MoMa de Nova Iorque faz uma exibição sobre a vida da cantora islandesa Björk. A apresentação faz parte do projeto multimídia do museu e mistura música e vídeo, texto e artefatos. A linha do tempo da artista é baseada nos lançamentos dos seus álbuns. Traz videoclipes das suas músicas que marcaram época, vistos num pequeno teatro com tela em terceira dimensão. Em outra sala, você poderá ver apetrechos e roupas utilizados em algum dos seus vídeos. Björk é uma cantora que faz música que transcende gêneros. Suas composições são cheias de surpresas, misturando batidas techno com arranjos de cordas. Ela utiliza muito também sons produzidos pela natureza. A mostra fi ca em cartaz até 7 de junho deste ano.
Fotos: Divulgação
P O R A N G E L I N A F R E I T A S
JUL I AN A S I LVAA L U N A D A U M E I F L O R A M A R
www.pbh.gov.br
Programa Escola Integrada. Ensino de qualidade em tempo
integral para 66 mil alunos.
Mais de 100 UMEIs. BH tem hoje a melhor educação
infantil do país.
Cidade Livre do Analfabetismo.BH conquistou, pela 1ª vez,
título concedido pelo MEC.Kits escolares. Uniforme e material
didático gratuitos para todos.
Programa Saúde na Escola. Mais de 100 mil atendimentos por ano.
Programa Escola Aberta. Lazer, esportee qualifi cação profi ssional para
a comunidade nos fi nais de semana.
Melhor IDEB do Brasil entre capitais acima de 2 milhões de habitantes, segundo o Ministério da Educação.
Merenda de qualidade. Reconhecidapela ONG Ação Fome Zero, ligada ao
Ministério do Desenvolvimento Social.N ã o p a r a d e t r a b a l h a r p o r v o c ê
A Prefeitura de Belo Horizonte está fazendo da educação sua maior prioridade.
Implantamos o melhor ensino infantil do Brasil, ampliamos a escola em tempo
integral, democratizamos o acesso às atividades culturais e conquistamos
o título de Município Livre do Analfabetismo. Grandes avanços que estão
transformando nossa cidade e garantindo um presente e um futuro melhor para todos.
T R A N S F O R M A R a v i d a d a s p e s s o a sp e l a e d u c a ç ã o . é a s s i m q u e a g e n t e
f a z a m e l h o r c a p i t a l d o b r a s i l .
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TEREZINHA MOREIRA
O problema é antigo, vem se agravando ao longo dos anos à medida que o número de mo-
radores na região aumenta e multi-plica a quantidade de veículos nas vias. E as previsões não são nada animadoras já que a tendência é de que novos condomínios de luxo pas-sem a ser habitados nos próximos tempos, o que implica mais gente e carros nos horários de pico nas ime-diações do BH Shopping, Nova Lima. A Associação do Vila da Serra e Vale do Sereno (AVS), que foi responsável
pela trincheira que liga a MG–030 à BR–356, inaugurada em 2013, como medida compensatória pelos inves-timentos imobiliários na região, en-comendou estudos para viabilizar intervenções que visam melhorar o tráfego nas imediações nos horá-rios de pico, principalmente. “Os projetos ainda não foram detalha-dos, por isso, não é preciso prever o prazo necessário para execução das obras, nem o valor a ser investido”, antecipa Rodrigo Coelho, diretor da Modelle Logística e Engenharia, em-
presa responsável pelos estudos de tráfego da região.
Rodrigo Coelho diz que a solu-ção para o trânsito não deve ser re-gionalizada e tem de ser planejada a longo prazo. As intervenções pro-postas para a área, neste primeiro instante, vão dar fôlego aos próxi-mos 5 anos na região. “O principal problema encontrado está na capa-cidade do trevo de quatro folhas, em cima e embaixo dos viadutos, o que gera entrelaçamento de veículos e retenção. Com isso, a fila de car-
Aumento de moradores multiplica o de carros na região do BH Shopping e impacta mais ainda as vias
Pior a cada dia
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TRÂNSITO
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Fotos: Pedro Vilela/Agência i7
TUDO PARADO
Você enfrenta muito congestionamento nas imediações do BH Shopping?
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“Passo quase todos os dias aqui. Pelo menos 3 vezes
na semana, especialmente segundas, quartas e sextas-
feiras. O trânsito está sempre congestionado, principalmente
nos horários de pico.”Wellington Braga,
representante comercial
“Toda semana, de segunda a sexta-feira, tenho de passar
por aqui e as vias estão sempre superlotadas. As ruas muito
estreitas e os estacionamentos são em lugares indevidos. Isso
contribui muito para que o local fi que sempre com o trânsito
agarrado.”Flávia Adriana da Silva,
pedagoga
“Passo por esta região várias vezes de carro, ônibus,
caminhão e a situação é sempre a mesma: trânsito agarrado.
Penso que deveriam investir no alargamento das pistas como
opção para resolver o problema porque o fl uxo de veículos aqui é
sempre muito alto.”Márcio Nativo,orçamentista
ros vai crescendo e até a trincheira (que liga a MG–030 à BR–356) passa a não resolver mais o problema por-que ela foi planejada para funcionar com trânsito livre”, explica. O que está sendo proposto, segundo ele, são soluções que não vão exigir no-vas obras de arte, as existentes serão aproveitadas para o melhoramento do tráfego. A proposta é de implan-tação da solução de diamante di-vergente (DDI, na sigla em inglês), que busca eliminar os problemas de entrelaçamento de veículos, com modificações de geometria no lo-cal. “Os investimentos não são nada desprezíveis, mas chegam a ser 10 vezes menores do que as obras de arte antes previstas para a região”, afirma o diretor.
De acordo com o presidente da AVS, Gilmar Dias, a entidade enco-mendou os estudos de tráfego, mas não fez nenhum projeto ainda por-que eles envolvem as prefeituras de Belo Horizonte e Nova Lima e o Ministério Público, que está traba-lhando em conjunto com a associa-ção. “Foram feitos apontamentos locais pela empresa contratada e os estudos estão prontos para serem apresentados ao MP, para revisão técnica.” Segundo ele, a ideia da AVS é fazer uma gestão compartilhada público-privada. “O primeiro passo é validar o diagnóstico, fazer o projeto e depois validá-lo também.”
Gilmar Dias diz que o objetivo da associação é utilizar o dinheiro das medidas compensatórias dos pré-dios construídos na região, na pró-pria localidade e não em outras áreas do município. “Estamos propondo solução inédita, na gestão compar-tilhada com o poder público, para que o recurso seja percebido no lo-cal. Queremos criar uma centralida-de para a região, que tem serviços, bancos, comércio, o que possibilita que as pessoas fiquem perto de suas casas”, informa.
CONCLUSÕES PRELIMINARES
A curto prazo Não implantar viaduto BH-Nova Lima Já foi atendido pelo retorno (trincheira do Extra) e alça da EPO Solução não sistêmica, mas os gargalos continuam para o Vila da Serra e Vale do Sereno O Diverging Diamond Interchange (DDI) aumenta a capacidade do sistema, o controle da relação oferta/demanda e atende à demanda atual e futura dos bairros Vila da Serra e Vale do Sereno
A médio e longo prazos Projeto da Via 20 e Raja com Barão Opção para ligação de tráfego regional, aliviando a MG–030 e a BR–356, o que retira tráfego da região, pela da ligação ao centro de Nova Lima e melhora a acessibilidade ao Vila da Serra e Vale do Sereno
Fonte: Modelle Logística e Engenharia
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Pedro Vilela/Agência i7
JOÃO HENRIQUE PENA REIS:
“O conceito básico é o autocuidado”
Os aplicativos que informam tempo de espera em hospitais, ajudam na prevenção de doenças, aproximam médicos e pacientes...
Saúde à mão
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TECNOLOG IA
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JAQUELINE DA MATA
Uma das maneiras mais simples de usar a tecnologia a seu fa-vor é por meio de aplicativos,
nos quais, no próprio smartphone, a pessoa poderá acompanhar o anda-mento de sua saúde. No dia a dia de hospitais e consultórios é também cada vez mais comum o seu uso, que auxilia e até aproxima o paciente do médico. Vão desde cadernetas de va-cinação eletrônica até medição de pressão. Aos poucos, novas iniciativas têm surgido nessa área.
Um exemplo é o Quickmed que permite ao usuário saber se um hos-pital está cheio ou não antes de sair de casa. Além disso, o aplicativo indi-ca quais são os hospitais mais próxi-mos de um determinado endereço – o que pode ser útil em casos de emer-gência. O app nasceu a partir de uma experiência concreta do empresário de tecnologia e inovação e também advogado Thiago Naves. Com o filho pequeno e recém-iniciado na escola, ele começou a frequentar hospitais e notou que não havia um padrão de atendimento. “Eram horas de espe-ra, como o SUS. Um dia, com meu fi-lho desidratado e vomitando muito, aguardei mais de 5 horas. Foi quando refleti sobre o assunto”, conta.
Idealizado junto com Fernan-do Mascarenhas e Bruno Barbosa, o aplicativo está disponível em todas as capitais do Brasil. O sistema já conta com 331 hospitais cadastrados e mais de 3 mil usuários entre acessos pelo site e pelo aplicativo. Só em Minas são 34 unidades de saúde. “O fator tempo, no caso dos serviços, é quesito funda-mental para o sucesso”, diz Naves.
Derivado da linha Quicksolu-tions, o aplicativo funciona da seguin-te forma: a pessoa que deseja ir a uma unidade de pronto atendimento e ur-gência (seja ela pública ou particular) poderá pesquisar na plataforma qual hospital está mais vazio. Assim que o
usuário chegar ao local, ele também poderá atualizar os dados informan-do aos demais colaboradores a situa-ção de lotação. “Usando o Quickmed, as pessoas se tornam protagonista do sistema de saúde”, diz o advogado.
Já o LifeRank (aplicativo que promove o estilo de vida saudável) nasceu a partir da visão de quem está do outro lado do sistema de saú-de: o médico. O ginecologista e mas-tologista João Henrique Pena Reis, da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig) percebeu o envolvimento das pes-soas com os dispositivos móveis e resolveu investir. “O projeto nasceu de uma visão de 2 fatores predomi-nantes: a prevenção e uma maneira de fazer com que o paciente cumpra os exames necessários recomenda-dos por faixa etária e, por outro lado, também reduzir custos para institui-ções de saúde. A prevenção sai muito mais barata”, afirma.
O aplicativo direciona hábitos de vida e procedimentos médicos de
forma personalizada a promover a saúde, prevenir doenças. Tudo isso com a própria pessoa no controle e bem informada sobre sua respec-tiva performance. Organiza, arma-zena gratuitamente as informações de saúde e exames do paciente de forma fácil de recuperar e compar-tilhar com seu médico ou qualquer outra pessoa. “O conceito básico é o autocuidado. Utilizamos proto-colos cientificamente comprovados para reduzir as chances de contrair as principais doenças evitáveis como diabetes melitus tipo 2, câncer, do-enças cardiovasculares.”
O LifeRank participou do pro-grama do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior – InovAtiva Brasil e den-tre as 75 startups finalistas ficou em terceiro lugar geral. “É um projeto desenhado para melhorar a saúde, a vida das pessoas e a sustentabi-lidade do planeta. Os recursos dis-ponibilizados visam melhorar os diversos indicadores de saúde indi-viduais e com isso gerar bem-estar, menos doenças, mais qualidade de vida”, diz Reis. E o rank é porque o aplicativo vai gerar uma nota con-forme o desempenho da pessoa. A ideia é fazer com que o paciente crie uma rede de apoio, monitoração. “Ele pode fazer um ranking com os familiares, por exemplo. Acaba que uns estimulam os outros a se cuida-rem melhor.”
Para isso, a partir de maio, será disponibilizada nova versão do apli-cativo que funcionará como um big brother. Os usuários ficarão sa-bendo quem foi para a academia, por exemplo, o que estimulará uma competição saudável. E num futuro próximo, pode ser que o app seja dis-ponibilizado ainda por meio de um telefone fixo conectado com a Secre-taria de Saúde de Belo Horizonte.
Eram horas de espera. Um dia, com meu filho desidratado e
vomitando muito, aguardei mais de 5 horas. Foi quando
refleti sobre o assunto”Thiago Naves
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Apertando o teclado, o paciente res-ponderia às perguntas gravadas.
O advento e a popularização do sistema de trocas de mensagens mais usado no mundo, o WhatsApp, pro-voca também uma revolução geral em diversas profissões inclusive na área médica. Na avaliação do médi-co e diretor da Vilara – Clínica de Re-produção Assistida, Marco Melo, esse aplicativo acaba deixando a relação entre médicos e pacientes mais próxi-ma. “Podemos acompanhar, inclusi-ve durante os finais de semana, como está a paciente. E isso também as deixa menos ansiosas. Aqui na clíni-ca respondemos a todas as pacientes por meio de WhatsApp”, conta Melo. Algumas perguntas, como lembra, as pacientes jamais fariam em uma consulta, mas pelo aplicativo se sen-tem mais à vontade. “Como nós tra-balhamos com reprodução assistida, entendemos que a insegurança e as incertezas do casal são muitas. Vários deles fazem contato via WhatsApp para tirar dúvida, entre uma consulta e outra. Algumas pacientes, já muito fragilizadas, compartilham medos e às vezes precisam de uma palavra de incentivo. O médico dessa área pre-cisa ter muito tato porque lida com sonhos, incertezas e negativas. Então essa é mais uma forma de nos fazer-mos presentes e de darmos apoio aos pacientes”, afirma Melo. Apesar da fa-cilidade, o médico enfatiza que What-sApp jamais substitui uma consulta real. “Não existe consulta virtual.”
Grávida, a engenheira química Gizela Gomes Cardoso, que recor-reu a métodos de fertilização para engravidar, não esconde a tranqui-lidade que o WhatsApp traz para sua vida. “Muitas vezes ficamos ini-bidas em ligar para o médico para esclarecer alguma dúvida, já pelo WhatsApp não. Estou sempre me comunicando com meu médico e ele responde. Isso traz uma seguran-ça enorme”, diz Gizela Cardoso.
TECNOLOG IA
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VIDA FACILITADA
QuickmedPermite que o usuário saiba se um hospital está cheio ou não antes de sair de casa. Indica quais as unidades mais próximas de um determinado endereço. Tem como público-alvo pais de crianças pequenas e pessoas que cuidam de idosos. Disponível para Android e iOS do Quickmed e pela internet (www.quickmed.com.br) LifeRank Auxilia nos cuidados com a saúde e armazenamento de exames. Indica exames e vacinas que devem ser feitos conforme a idade do usuário. Disponibiliza um ranking para ser compartilhado em grupos o que indiretamente gera uma cobrança para que os exames estejam em dia. Tem alerta para atividades físicas. Disponível para Android, iPhone e internet (www.liferank.com.br)
PillboxieEsse aplicativo é perfeito para aqueles pacientes que sempre reclamam que se esquecem de tomar o medicamento receitado. É possível configurar lembretes e até colocar o formato do medicamento, para ajudar a encontrá-lo. Ele está disponível, no iPhone, em inglês, e é gratuito
BabyCenterOrienta e oferece informações, principalmente, sobre o desenvolvimento do bebê. Aplicativo grátis para iPhone, iPod Touch e Android
CardiographIdeal para quem precisa traçar um histórico cardíaco. O Cardiograph mede a frequência cardíaca com auxílio da câmera do celular. O resultado pode ser salvo para apresentar ao médico posteriormente. Enquanto o procedimento é feito, o software emite sons. Disponível em Android e iPhone
ThryveSe o paciente está precisando perder uns quilinhos, esse é o aplicativo para ele. A pessoa cadastra o quê e quanto comeu e como se sentiu depois do alimento ingerido. O aplicativo, disponível em iPhone, informa as calorias e faz um gráfi co para que a pessoa acompanhe melhor a sua alimentação
SocorroNesse aplicativo todos os dados de saúde podem ser armazenados. Doenças, alergias, pessoas para contato e medicamentos que toma, entre outros dados, fi cam disponíveis para que, caso precise ser socorrido, e esteja inconsciente, o profi ssional de saúde possa ter acesso e coletar as informações. Disponível somente em iPhone
av. luiz paulo franco,989 - lj 14 - belvedere - bh - 30320-570 (31) 2555-0224estacionamento gratuito
Como você é!
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MÁRCIA QUEIRÓS
Pais de primeira viagem costumam receber recei-tas prontas para conter o choro, aliviar cólicas intestinais, trocar fraldas ou dar um banho se-
guro no bebê. No entanto, não existem regras únicas para os recém-chegados ao mundo. “Há tantas fór-mulas para comer e parar de fazer birra, mas as pes-soas se esquecem da individualidade. Quem é o bebê e em qual ambiente ele vive? É necessário entender a linguagem do bebê, não só do ponto de vista físico, mas psíquico”, diz a enfermeira mineira Nazaré Brito. Estudiosa da obra do inglês Donald Woods Winnicott (1896-1971), primeiro pediatra a desenvolver teorias psicanalíticas sobre o amadurecimento dos recém--nascidos, Nazaré se especializou em orientar mães sobre comportamento e cuidados com crianças de 0 a 3 anos, de forma individualizada.
Em Belo Horizonte, ela atende, pessoalmente, as mães a partir da 34ª semana de gestação, mas também é requisitada por mulheres em outras cidades e do ex-terior, a quem dá assistência on-line. O trabalho come-ça com o conhecimento do ambiente em que o bebê será inserido. Saber como vivem os pais, seus hábitos e comportamentos. Depois vem a organização do quar-to, com dicas para facilitar a rotina, seguida de con-versa sobre a linguagem dos bebês e orientações sobre situações em que os pais podem deparar no pós-parto. Conhecer o desenvolvimento, segundo ela, é de gran-de valia para descobrir a razão de um choro.
“Na maternidade, ponho o pai perto da mãe na hora da amamentação. É importante saber sobre suc-ção e o abocanhar. Um bebê não basta ser alimenta-do, é preciso segurança”, diz. Na casa da criança, a enfermeira orienta sobre rotinas, como troca de fral-das. “Cuidados básicos, como higiene, podem ser aplicados em todos, mas amamentar não, não é ins-tintivo, e há uma cobrança grande em cima da mãe, que mais atrapalha que ajuda. Aí, é preciso conhecer a mãe e respeitar a individualidade para escolher o melhor caminho.”
O interesse de Nazaré pelas teorias de Winnicott surgiu quando, após se formar em enfermagem e obs-tetrícia pela PUC Minas, passou a trabalhar na rede de saúde pública.“Percebi que não bastava só aleitar. Era preciso interação entre mãe e filho”, lembra. Além do site disquebebe.com.br, ela é autora do livro Cuidan-do do Bebê (editora Lastro). Apesar dos ensinamentos, a enfermeira lembra que a maternidade, assim como a vida, é constante aprendizado. “Ninguém a tira de le-tra”, diz. No entanto, não custa tentar.
Juliana Flister/Agência i7
Enfermeira se especializa em orientar pais sobre comportamentos e cuidados individualizados de bebês
Personal mãe
FAM Í LIA
NAZARÉ BRITO:“É preciso conhecer a mãe e respeitar a
individualidade”
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Pizza Aroeira
D A N I E L C A R V A L H O O chef e empresário comanda, ao lado dos pais, Maria Geralda e André Carvalho, e das irmãs, Fabiana e Luciane Carvalho, a pizzaria Parada do Cardoso. É o responsável por criar as diversas combinações de sabores, dos tradicionais aos exóticos, oferecidas pelo estabelecimento. Com mais de 18 anos de existência, a pizzaria já marcou a história do charmoso bairro Santa Tereza.
360 g massa básica
50 g molho ao sugo
160 g de muçarela
115 g de alho fresco
160 g de champignon
70 g de cebola
115 g de calabresa
20 g de pimenta-rosa
25 g de cebolinha
Léo Fontes
Olly Photography
Modo de preparo: Abra um disco de massa e corte do tamanho da
forma grande, deixando sobrar massa sufi ciente para fazer borda (aproximadamente 1 cm de massa)
Coloque o molho ao sugo sobre a massa e espalhe-o
Acrescente a muçarela, uniformemente, por toda massa com molho, reservando um pouco para fi nalizar (gratinar)
Disponha o alho triturado, champignon, cala-bresa e cebola por cima da muçarela, fechando por completo a pizza
Finalize com cebolinha e pimenta rosa. Leve ao forno preaquecido a 250 graus entre 5 e 10 minutos
Quando a pizza estiver assada, corte em 8 fa-tias e sirva sobre pedra correspondente ao tamanho
IngredientesRendimento: 8 fatiasTempo de preparo: 12 a 15’
DivulgaçãoPodia ser algum endereço ao longo da avenida Álvares Cabral, mas a nova rota do descobrimento será o edifício Mirante, no Alto Santa Lúcia. Nos dias 25 e 26 de abril, o local será sede da feira Vinho & Sabores de Portugal, que aporta de caravela pela primeira vez em BH. Entre comes e bebes, o evento trará cerca de 40 produtores portugueses, dos quais 32 representam vinícolas. “Pelo menos 50% delas não têm importadoras no Brasil, como a Herdade do Penedo Gordo e a Quinta Santa Eufemia”, lista o diretor executivo da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Vittorio Lanari Jr. Também vão marcar presença azeites inéditos, enchidos – ou embutidos, em bom português do Brasil –, bacalhau da Taberna do Baltazar, doces e até mesmo cafeteria. “Vamos apresentar a Delta Cafés, uma das maiores empresas de torrefação da Europa”, adianta. (Fernando Torres)
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e mais...Portugal descoberto
Jantar modernistaPrincípios da cozinha molecular do catalão Ferran Adrià são o gancho da nova Confraria Gastronômica de BH, parceria entre a Gusto Distribuidora e a Maestria Gourmet. A largada, no dia 9 de abril, na sede da
Gusto, já mostrou a que veio: os fi nger foods exibiam espuma de beterraba, o lombinho teve cozimento sous-vide (técnica a vácuo e em baixas temperaturas) e a panna cotta levou o sabor frutado da cerveja belga Liefmans. “A intenção é divulgar conceitos da gastronomia modernista, aliado a um ambiente descontraído”, diz o chef Leonardo Abreu, da Maestria Gourmet, que assina os menus com William Mendes. Outro ponto alto é a harmonização simultânea de vinhos e cervejas. “O grupo decide em acordo qual bebida melhor harmoniza com a comida”, explica a sommelier Licia Vieira, proprietária da Gusto. (FT)
Juliana Flister/Agência i7
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POR BRUNA BRAGA E RODRIGO OLIVEIRA
80
10 LUGARES ONDE comer espetinhos em BH
Eles espalharam-se por toda a cidade. Preço, praticidade e animação são algumas vantagens
Pedro Vilela/Agência i7
Churrasquinho do Luizinho Com 16 anos de história e criado
por Luiz Augusto, o Luizinho, a casa oferece várias opções de espetinhos, a maioria por R$ 6 Segunda a sexta das 17h às 24h Avenida Francisco Sá, 197, Prado
O Rei Espetinhos São 3 endereços em Belo Horizonte,
um deles recém-inaugurado, no Anchieta. Os espetinhos tradicionais da casa saem por R$ 5 e os gourmet, como o de camarão, custam R$ 8 Segunda a sexta das 17h às 24h. Sábado na Floresta e Prado das 15h às 20h30 e no Anchieta das 17h às 24h Prado: avenida Francisco Sá, 383 Floresta: rua Jacuí, 505 Anchieta: rua Vitório Marçola, 160
Steak Me O espaço foi inaugurado em 2014
e várias opções de espetos com produção própria. Os tradicionais custam R$ 7, os premium, R$ 12 Segunda e terça das 17h30 às 23h; quarta a sexta das 17h30 às 24h; sábado das 13h às 19hAlameda da Serra, 951, Vila da Serra
Ponto do Espetinho Além dos espetos, a casa oferece
pratos à la carte em 2 endereços, nos bairros São Pedro e Cidade Jardim Terça a sexta das 16h à 1h; sábado das 10h à 1h; domingo das 10h às 22h
Cidade Jardim: avenida Prudente de Morais, 393
São Pedro: rua São Romão, 160
Camarote da Bola O local oferece espetinhos a preço
médio de R$ 5,50 e tem como especialidade da casa o Medalhão de Batatinha, a R$ 6Terça a sexta das 18h às 24h, sábado e domingo das 16h às 22h Rua Brumadinho, 717, Prado
Bulldogs Motorcycle Recanto dos motociclistas em BH, o
espaço recebe bandas aos sábados, que tocam rock clássico. Os espetos custam R$ 6 e os especiais, como o de cordeiro, saem por R$ 8 Segunda a sexta das 17h às 23h; sábado das 12h às 19hRua Odilon Braga, 797, Anchieta
Red Meat Do mesmo grupo que comanda o
Porcão, o local fornece espetos a R$ 5 e os especiais a R$ 10, entre eles o de boi marinado no uísque Jack Daniels Segunda a sábado das 17h às 24h Rua Fernandes Tourinho, 604, Savassi
Espetossauro Com decoração moderninha,
o lugar serve espetos a R$ 5 e opções mais sofisticadas (salmão e costelinha) a R$7. DJ e samba completam o clima Segunda a sexta das 18h às 24h; sábado das 16h às 1hRua Teodomira Diniz Lara, 22, Sagrada Família
V8 Garage O automobilismo dá o tom da
decoração do local, que investe também em shows de rock e exibição de jogos de futebol. Os espetinhos são vendidos a R$ 7 Quarta e quinta, das 18h às 24h; sexta e sábado, das 21h às 3hAvenida Silviano Brandão, 1891, Sagrada Família
Santo Espetinho Com uma proposta noturna, a casa
oferece shows de sertanejo e pagode e todos os espetinhos custam R$ 6 Quarta a sexta, das 22h às 4h; domingo das 16h às 23hRua Padre Eustáquio, 2.288, Padre Eustáquio
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FERNANDO TORRES
Desde o dia 10 de abril, os botequeiros podem degustar – ou devorar –
os tira-gostos dos 45 bares de Belo Horizonte participantes da 16ª edição do concurso Co-mida di Buteco. A maratona da comilança e bebedeira se-gue até 10 de maio, com direito a voto pelo melhor petisco da cidade que, obrigatoriamente, deve legar alguma fruta na re-ceita. Para dar conta da totali-dade dos bares em tão pouco tempo, só mesmo indo a mais de um estabelecimento por dia, desafio proposto à Viver Bra-sil: a reportagem acompanhou a caravana de imprensa por 3 botecos em diferentes bairros de Belo Horizonte. Aqui, você descobre o que está rolando em cada um deles e, de quebra, um tiquinho de impressões parti-culares. Um brinde!
A maratona da 16ª edição do Comida di Buteco em 45 bares de BH, à procura do melhor petisco com fruta, vai até o dia 10 de maio
Alma botequeira
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GASTRONOM IA
Onde: Bar Bocaiúva (rua Paraisópolis, 550, Santa Tereza) Quanto: R$ 24,50
“Pode faltar qualquer coisa aqui, menos bolinho de carne”, diz a cozinheira Maria Marta Souza, com a autoridade de quem frita o famoso salgado há 16 anos na cozinha do Bar Bocaiuva. Se é assim, nada mais natural que o tal bolinho assuma a dianteira na estreia da casa no Comida
di Buteco. A nova versão ganha recheio de banana e é servida com geleia de pimenta. Dois primos próximos complementam o tira-gosto, o bolinho de lombo com abacaxi e o bolinho de frango com damasco, a melhor combinação, na opinião deste repórter botequeiro: sem economia, o damasco dá liga à carne de frango e confere um quê de refi namento a um petisco descontraído.
TRIO DE FRUTAS
Fotos: Beto Eterovick
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Onde: João da Carne (rua Sabinópolis, 172, Carlos Prates) Quanto: R$ 24,50
Já provou almôndega de moela de frango? A invencionice agora é patrimônio do João da Carne, sob a batuta do cozinheiro Cristiano Barcelos. “Tiro toda a gordura da carne, dou uma fermentada e depois moo”, ensina o mestre-
cuca, que, desde pequeno, se metia a dar palpites nas panelas do bar, propriedade de seu pai, participante pela terceira vez do concurso. As 13 unidades da pitoresca almôndega são recheadas com bacon e queijo e vêm acompanhadas de um levíssimo molho de pimenta-biquinho, pimenta-rosa e manga. O resultado é um petisco bem saboroso, com a textura da carne sob medida e recheio suculento, como exige o estômago de quem faz levantamento de copo. Mas o molho pode contar pontos a menos: de tão tímida, a manga passa praticamente despercebida ao paladar.
Onde: Em Canto – Bar du Beto (rua Deputado Bernardino de Sena Figueiredo, 1.011, Cidade Nova) Quanto: R$ 24,50
O bar é do Beto, mas quem manda mesmo é a mulher, a cozinheira Valéria Valadares. “Sou apenas o servo”, garante o próprio. Feitas as apresentações, Valéria serve o Baum Dimais, tira-gosta que integra iscas de pacu – não o peixe, mas um corte pouco conhecido do boi – com lascas de maçã, almôndegas
de frango e chips de batata-doce, servidos com physalis e creme de laranja em uma bandeja artesanal, feita com papel de jornal. “O prato é uma homenagem ao meu pai, que faleceu há 20 anos. Ele dizia que a maçã era o símbolo do amor”, conta a cozinheira. Bem servido, o petisco desce confortável e sem imprevistos, mas bom mesmo é o aperitivo de entrada, o Delícias da Bebela (R$ 14,90), pasteizinhos recheados com banana e o salgadinho Doritos.
AMO-ELA
BAUM DIMAIS
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P O R F E R N A N D O T O R R E S
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Dicas dos brothers
O médico mineiro, vice-campeão do BBB 11, tem clínica no Belvedere e atende no Biocor. Aqui, ele fala sobre reposição hormonal masculina.
A partir de que idade é indicado ao homem fazer reposição hormonal? Quando completar 35 anos. Nessa idade,
há queda progressiva de 1% a 2% ao ano na capacidade de
produção de testosterona, o hormônio essencial para o equilíbrio metabólico masculino.
Muitos homens depois dos
65 anos produzem menos de um terço do necessário à homeostase. Quais são os efeitos do declínio de testosterona? Homens com níveis baixos de testosterona são mais vulneráveis a hipertensão arterial, ataque cardíaco, obesidade, depressão, diabetes e câncer de próstata. A queda na produção do hormônio também ativa a enzima aromatase, que eleva a capacidade de produzir o hormônio feminino estradiol, desequilíbrio responsável pelas doenças da velhice.
WESLEY SCHUNK
KADU PARGA
Terceiro lugar no BBB 10, o personal health coach tem em uma loja de suplementos, justamente o tema de nossa conversa.
Qual a diferença entre anabolizantes e suplementos? Anabolizantes são, em geral, derivados de testosterona, que podem ter análogos sintéticos do hormônio. Suplementos são compostos orgânicos com ação farmacológica, atuando como remédio natural a problemas do organismo.
Suplementos são necessários para o crescimento muscular? Em primeiro lugar, eles não se destinam só a quem pratica atividade física, mas também a pacientes no pós-operatório, crianças com défi cit de vitaminas e idosos. Para o músculo crescer,
o ideal é boa alimentação, descanso e treino regular.
Mas você usa suplementos... Quais? Tenho utilizado o Xpel e o IsoPrime Beef (proteína hidrolisada da carne). O primeiro reduz oinchaço, já que é um potente diurético à base de ervas, e o segundo aumenta a ingestão proteica isenta de glúten e lactose.Porém a suplementação é muito particular e deve ser sugerida após avaliação.
Há um nutriente certo após a atividade física? Não são somente as refeições pós-treino que criam o estado anabólico e sim asoma delas. Mas elas devem incluir carbo e proteína para repor o glicogênio muscular e hepático e reparar o tecido do músculo.
Daniel Magalhães/Divulgação
Poucos dias depois de Pedro Bial encerrar o 15º Big Brother, a Viver Melhor conversou com 2 ex-participantes da área de saúde e fi tness. Confi ra:
Fotos: Divulgação
Fotos: Shutterstock
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Guerra à dengueA críse hídrica escancarou a porta para a dengue. Isso porque, com medo de faltar água, a população passou a armazenar o líquido inadequadamente, aumentando o número de criadouros do Aedes aegypti, como observou o relator da ONU para o Direito à Água e ao Saneamento, o mineiro Léo Heller. A virada pode estar em uma medida de rotina: procurar e eliminar os potenciais focos do mosquito em casa, essência do projeto 10 Minutos contra
a Dengue, elaborado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/
Fiocruz). “Dedicar esse tempo precioso uma vez por semana impede o desenvolvimento dos
ovos e das larvas, que não transmitem a
doença”, afi rma a bióloga Denise Valle,
da Fiocruz. A
iniciativa teve inspiração em ação realizada em Cingapura. “A mobilização popular conseguiu reduzir em 90% o número de focos em apenas 6 semanas”, informa Denise.
Focos que estão na sua casa
Bandejas de ar-condicionadoPiscinasCaixas-d’água abertasRalos e calhasBandejas de geladeiraBaldes, plantas e pneus
Fonte: Fiocruz
A aprovação da
vacina antidengue,
pesquisada pelo
Instituto Butantan,
pode acontecer
ainda em 2015
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FERNANDO TORRES
A praça e os bancos podem até ser os mesmos, mas o uso do espaço público em Belo Ho-rizonte mudou para melhor. Em um movi-
mento cada vez mais visível, os mineiros da geração saúde encontram na sombra das árvores dos nossos 74 parques e 790 praças e jardins o local ideal para praticar atividade física. Há modalidades para todos os gostos, desde a simples caminhada até os exercí-
cios funcionais, a onda fitness que deixa de lado os equipamentos high-tech das academias e aposta no peso do próprio corpo e em movimentos do dia a dia para obter resultados e se manter em forma. A Viver Brasil percorreu o roteiro de algumas das aulas com calendário fixo. Escolha aquele que mais se adapta ao seu horário, percurso e estilo de vida e, sem des-culpas, movimente-se e ocupe a cidade.
Pedro Vilela/Agência i7
Ginástica na rua
PROJETO MOVIMENTE
Praça da Liberdade, Savassi
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B E M-ESTAR
De segunda a quinta-feira, das 19h20 às 20h20 e das 20h20 às 21h20; sábado, às 9hA inspiração veio das praias do Rio de Janeiro e aportou em pleno coração cultural de BH, a praça da Liberdade. Lançado em 2013, o Movimente consiste em aulas coletivas de treino funcional, com exercícios em circuito de força, salto e abdominal para grupos de até 20 alunos. “Nosso foco são pessoas que têm pouco tempo para atividade física ou não gostam de ambiente de academia”, diz o educador físico Mateus Vieira, idealizador e coordenador da aula. A lógica, porém, é semelhante à da academia, com pesos livres, colchonetes, e aparelhos de step e jump. “Cada exercício tem foco não apenas no músculo primário, mas também no secundário, ou seja, quando trabalho o peitoral, por exemplo, também consigo estimular o bíceps, além de intensificar o sistema cardiorrespiratório.” A mensalidade custa a partir de 90 reais.
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Már
cia
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rniz
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1º Previne e trata dores no corpo
6 exercícios para a região do pescoço, 6 para as costas e lombar e 6 para glúteos e pernas
2º Previne e trata dores nas articulações e disfunções internas
6 exercícios para articulações, 6 exercícios para tendões,
6 para órgãos internos
3º Melhora as funções cardiorrespiratórias e harmoniza os órgãos internos
Segunda e quarta, às 7h e às 18h30Desde que o Instituto Unimed-BH revita-lizou a praça Floriano Peixoto, em 2010, a cena daquela região nunca mais foi a mesma.“Passamos a estimular a vida saudável e o bem-estar completo ao ar livre para a população do entorno, inde-pendentemente de ser ou não cliente da Unimed”, diz a gestora do instituto, Cíntia Campos. Um dos projetos de maior inte-resse são as aulas orientadas de alonga-mento e caminhada, com público mensal em torno de 300 pessoas. A rotina consiste em exercícios de alongamento, um rápido aquecimento e meia-hora de caminhada. “Há pessoas que dão 3 voltas, outras 10, cada um no seu ritmo”, observa a edu-cadora física Janaina Resende. Como
os exercícios são extremamente demo-cráticos, o público é bem heterogêneo, de meninas de 18 anos à terceira idade. “Temos um aluno de 103 anos. Hoje, ele está bastante debilitado e não consegue fazer a caminhada, mas faz o alongamen-
to”, conta Janaina. O instituto Unimed--BH também se preocupa em fidelizar os participantes. “Envolvemos os grupos em piqueniques, bailão junino e atividades especiais em dias comemorativos. Temos um calendário anual”, relata Cíntia.
Segunda e quarta, às 8h; sexta, às 7hCriada na década de 1970, pelo ortope-dista Zhuang Yuan Ming, a ginástica te-rapêutica Lian Gong reúne técnicas das artes marciais e da tradicional medicina chinesa. “Ela atua no sistema musculoes-quelético e o principal objetivo é prevenir e tratar dores no corpo”, explica a psicóloga Maristela Botelho, presidente da Associa-ção Brasileira de Lian Gong. Desde 2007, ela coordena um trabalho financiado pela prefeitura de aulas da ginástica em 222 pontos da cidade, no total de 15 mil parti-cipantes. Um dos destaques é o grupo do Barreiro, no bairro Milionários, fundado há 5 anos e com média diária de 75 frequen-tadores, coordenados pela fisioterapeuta Marilda Zacarias. Também há grupos nos parques municipal, Ecológico, na Pampu-lha, e Aggeo Pio Sobrinho, no Buritis. “A Se-cretaria de Saúde fez pesquisas e obteve relatos de melhoria do sono, maior mobili-dade e flexibilidade”, diz Maristela.
ALONGAMENTO E CAMINHADA
ORIENTADAPraça Floriano Peixoto,
Santa Efigênia
LIAN GONGCentro Esportivo Milionários, Barreiro
SAIBA MAIS | O Lian Gong se divide em 3 partes de 18 movimentos/terapias cada:
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Pedro Vilela/Agência i7
Fred Magno/Agência i7
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B E M-ESTAR
Sábado, às 10hQuem dá as ordens por aqui é o core, grupo de 29 pares de músculos que sustentam a bacia, a pélvis e a lombar. “O objetivo é mostrar as possibilidades do corpo. Executamos movimentos de força, fl exibilidade e mobilidade, seguida de alongamento dinâmico”, diz o perso-nal trainer Kenji Takahashi, que coordena aulas semanais na praça do Papa des-de 2011. Com duração de 40 minutos, o treino compreende 8 exercícios em circuito, cada um realizado de 4 a 6 ve-zes, e usa materiais alternativos como corda de pular, garrafas PET e os ban-cos da própria praça. “Também fazemos atividades aeróbicas, agachamentos e corrida. Tudo isso eleva a frequência car-díaca de média para alta, sendo possível queimar até 600 calorias”, explica o ins-
trutor. A média é de 30 frequentadores por aula, com picos de até 60 pessoas. Embora o público mais fi el seja a turma da maromba, a aula é aberta para todos,
a partir da doação de fralda geriátrica. “É possível adaptar a aula para diversos ti-pos de condicionamento físico, de obeso a magro, de criança a idoso.”
Sábado, das 8h às 9h30Faz 12 anos que, semana após semana, o historia-dor Marcelo Giff oni bate ponto no parque municipal para coordenar aulas de tai chi chuan, com a ajuda de 7 monitores. O grupo, formado principalmente por mulheres, é o mais antigo em atividade em Belo Horizonte. “Alguns alunos marcam presença desde o início, mas o projeto ganhou força crescente nos últimos 4 anos. Praticamente, dobramos a média de frequentadores regulares, de 40 para 80 pesso-as”, diz o instrutor. Com atenção para a respiração, o equilíbrio e a coordenação, as aulas treinam as 24 posturas da arte marcial chinesa, em sequên-cias curtas usadas pelas linhas mais modernas. “Dividimos a turma entre iniciantes, intermediários e avançados. Os mais experientes conseguem tra-balhar os 108 movimentos do tai chi tradicional.” Sem fi nanciamento público ou privado, o grupo sobrevive com recursos da própria comunidade. Com isso, acabou por se transformar em uma es-pécie de coletivo de promoção da saúde. Além das aulas, o grupo se reúne para piqueniques, debates e palestras sobre bioética e até sessões de cinema no auditório do próprio parque.
TREINO FUNCIONALPraça do Papa, Mangabeiras
TAI CHI CHUANParque Municipal Américo Renné Giannetti, centro
Pedro Vilela/Agência i7
Juliana Flister/Agência i7
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Se por anos o ator Marco Na-nini arrancou risadas com as tramas de Lineu em A Gran-
de Família, seu mais novo trabalho pretende mostrar uma faceta mais dramática e provocativa do seu ta-
lento. Ele é o ator principal da peça Beije Minha Lápide, no Teatro Sesi-minas nos dias 18 e 19 de abril, com sessões às 20h no sábado e domingo às 19h. No espetáculo, Nanini inter-preta Bala, um fã fervoroso de Oscar
MÚSICA
VICTOR & LEOCom repertório recheado de sucessos, a dupla Victor & Leo faz show no Chevrolet Hall no dia 18 de abril, às 22h. A apresentação faz parte da turnê Viva por mim, nome do último CD lançado pela dupla. Ingressos: R$ 40 a R$ 600. Informações: (31) 4003-5588
A VOLTA DA NX ZERO Após 2 anos longe dos palcos da capital mineira, a banda NX Zero se apresenta no dia 25 de abril, às 22h30, no Music Hall. Em uma fase mais independente, a ban-da comemora o lançamento do EP com 4 músicas inéditas. Ingressos: R$ 45 a R$ 120. Informações: (31) 3209-8686
40 ANOS DE KISSÍcones da história do rock, a banda Kiss retorna a Belo Horizonte para comemorar seus 40 anos de carreira. Conhecidos pelas grandes performances, Gene Simmons e seus companheiros sobem ao palco do Mineirinho, no dia 23 de abril, às 19h. Ingressos: R$ 100 a R$ 600.
TEATRO
RAINHA ELSA ESTÁ CHEGANDOInspirado no desenho, Frozen – Um Reino Congelado chega ao teatro Sesiminas nos dias 25 e 26 de abril. Baseado no conto A Rainha da Neve, o espetáculo tem fantasias completas e máscaras dos personagens. Ingressos: R$ 40 e R$ 80. Informações: (31) 3241-7181
CAMILLE E RODIN Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore dão vida aos artistas plásticos Auguste Rodin e Camille Claudel e sua conturbada história de amor na peça Camille e Rodin. As sessões acontecem às 21h, nos dias 17 e 18 de abril no grande teatro do Cine Theatro Brasil Vallourec. Ingressos: R$ 20 e R$ 40. Informações: (31) 3201-5211
PARA OS FÃS DE ABBANos dias 17 e 18 de abril, os hits e a história da banda Abba chegam ao teatro Bradesco no espetáculo Abba – The history, às 21h. Ingressos: R$ 30 a R$ 100. Informações: (31) 3516-1360
PASSEIO PASSEIO
Wilde e Nanini:combinaçãoperfeita
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LUCAS ROCHA
Hashtag Ana CarolinaA inconfundível e potente voz
de Ana Carolina está de volta ao palco do Chevrolet Hall no dia 24 de abril, às 22h. A cantora chega à capital para lançar seu mais novo DVD, o #AC ao vivo, repetindo a parceria de sucesso com a diretora Monique Gardenberg. Com mais de 15 anos de carreira e 5 milhões
de discos vendidos, Ana Carolina também comemora o sucesso de seu sexto álbum de músicas inédi-tas, que foi indicado pelo Grammy Latino para concorrer ao prêmio de melhor álbum pop contempo-râneo brasileiro 2014. Ingressos de 50 a 720 reais (mesa). Informa-ções: (31) 4003-5588.
Wilde que está preso por quebrar a barreira de vidro que isola o túmu-lo do escritor no famoso cemitério de Père Lachaise, em Paris. O elenco conta ainda com os atores Carolina Pismel, Júlia Marini e Paulo Verlings.
Beije Minha Lápide é um texto inédito de Jô Bilac e aclamado pela crítica por todos os lugares onde es-teve, e, apesar de ser ficção, faz uma alusão real ao curioso ritual dos fãs de Wilde em beijar sua lápide. A peça está repleta de referências a sua vida e trabalho, agradan-do quem as conhece e instigando aqueles que possuem curiosidade em pesquisar mais sobre o irlandês.
Além do sucesso alcançado, sendo indicados aos mais impor-tantes prêmios do teatro brasilei-ro, o espetáculo tem um gostinho especial para Marco Nanini, que há muito tempo desejava trabalhar Oscar Wilde nos palcos, mas não achava o caminho para realizar tal sonho. Pelo menos até o momento de encontrar o texto de Bilac.
Mais que uma referência ao le-gado de Wilde, a peça leva ao pú-blico uma reflexão sobre injustiça, intolerância e homofobia, tão atu-ais quanto no início do século 20. Ingressos de 50 a 70 reais. Informa-ções: (31) 3241-7181.
CULTURALLUCAS R
CULTURAL ON-LINE VERSUS OFF-LINEQuão dependente você é do seu
celular? Essa é uma das temáticas do stand up do ator Marcelo
Serrado, no Cine Theatro Brasil, no dia 26 de abril, às 20h. A peça É o
Que Temos Pra Hoje! conta ainda com a participação do humorista Gigante Léo, vencedor do Prêmio Multishow de Humor. Ingressos: R$ 40 e R$ 80.
Informações: (31) 3022-5511
TRIBUTO A ELTON JOHNOs fãs de Elton John vão poder matar as saudades do cantor no dia 24 de abril. O musical Elton John Tribute chega ao Cine Theatro Brasil para única apresentação às 21h. O espetáculo é comandado pelo maestro Rogério Martins & The Rocket Man Band. Ingressos: R$ 100 e R$ 50. Informações: (31) 3022-5511
EXPOSIÇÃO
NO MUNDO DE KANDINSKYAs obras e infl uências artísticas de Wassily Kandinsky são os temas da exposição Kandinsky: tudo começa num ponto. A mostra fi ca disponível no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) entre os dias 15 de abril e 22 de junho. Entrada gratuita. Informações: (31) 3431-9400
TUBOS E ARTEEm comemoração ao dia do aço, celebrado em 9 de abril, o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal recebe a exposição Tubismo V , do artista Ricardo Carvão até o dia 10 de maio. Fica aberta da quarta-feira até o domingo, das 12h às 18h. Entrada gratuita
CINEMA
ON THE ROADCom uma seleção de 21 fi lmes, a mostra Sem Destino: Filmes na Estrada chega ao Cine Humberto Mauro e fi ca em cartaz até o dia 30 de abril. Entre os títulos em cartaz, destaque para Easy Rider, de Dennis Hopper, e Diários de Motocicleta, do brasileiro Walter Salles. Entrada gratuita. Informações: (31) 3236-7400
Fotos: Divulgação
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Vem aí a 12ª edição do Pedro Le-opoldo Rodeio Show, evento que se tornou referência en-
tre as principais festas do segmento no país. Este ano, além do tradicio-nal circuito de montaria, a festa traz grandes nomes da música sertaneja e pop como Jorge e Mateus, Cristia-no Araújo, Israel Novaes, Henrique & Juliano, Neto LX, Mc Guimê. E não poderia faltar toda animação da musa do axé baiano Ivete San-galo, que participa do segundo dia em cima do trio elétrico. A expec-tativa de público, segundo Gilberto Viana, um dos organizadores, é de aproximadamente 100 mil pessoas nos 5 dias de evento. “A programa-ção é muito boa uma vez que esta-mos trazendo os principais nomes da música sertaneja e pop do país”, diz Viana.
O evento conta com 5 tipos de ca-marotes e 4 palcos, além de atrativa praça de alimentação com comidas típicas de Minas. Abrindo a primei-ra noite do rodeio, no dia 3 de junho, véspera do feriado de Corpus Chris-ti, o palco principal vai contar com 2 shows de grandes expoentes da músi-ca sertaneja e pop: o causador de efei-tos Cristiano Araújo, trazendo seus sucessos como Maus bocados, Efeitos, Bara berê. No segundo dia, toda ener-
gia da baiana Ivete Sangalo é que pro-mete sacudir os convidados.
Mas os dias de maior estimativa de público, segundo o organizador, são sexta-feira (dia 5) e sábado (6). No dia 5 de junho, o palco principal vai contar com megashow da dupla Hen-rique & Juliano. Já o sábado é a vez de Jorge & Mateus que trazem para o palco principal seus recentes suces-sos Nocaute e 31/12, além de seus hits de sucesso como A hora é agora, Aí já era e Amo noite e dia. E para fechar o rodeio, no domingo, o palco princi-pal recebe todo o carisma e remelexo de Eduardo Costa, que vai cantar seus maiores sucessos como Os 10 man-damentos do amor, Enamorado e Ca-chaceiro.
Para quem vai participar pela primeira vez do evento é interessan-
te saber que após as atrações do pal-co em frente à arena, a festa continua nos camarotes Infinity Black, Ala Vip e Vip Fusion Super Bull. E o palco 2, localizado próximo à praça de ali-mentação, terá uma programação variada com a proposta de difundir a cultura caipira e regional.
E como não poderia faltar, a festa traz a montaria em touro e as provas dos Três Tambores, onde as amazo-nas participam de um bonito e ele-gante circuito.
SERVIÇOQuando: de 3 a 7 de junho, no Parque de Exposições Assis Chateaubriand (avenida Rômulo Juliano, centro de Pedro Leopoldo, a 40 km de Belo Horizonte) Ingressos: www.aloingressos.com.br e www.plrs.com.br
Pedro Leopoldo espera 100 mil pessoas para as apresentações de cantores sertanejos, pop e de axé
Um show de rodeio
VIVER Abril 17 - 2015
LAZ E R
Divulgação
PEDRO LEOPOLDO RODEIO, que chega à 12ª edição
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JAQUELINE DA MATA
Emocionante e denso, Because o Espetáculo leva para o palco a jornada de um jovem que se
angustia e sai em busca de respostas para suas questões existenciais. Em 90 minutos, 14 bailarinos se desdobram e interpretam, por meio da dança contemporânea e teatral, questiona-mentos do verdadeiro sentido da vida. Com estreia marcada para o dia 22 de abril, no Theatro Brasil Vallourec, a narrativa traz canções de John Len-non e Paul McCartney interpretadas por uma banda que toca ao vivo.
“É um projeto arrojado, ambicio-so, contado por um grupo de bailari-nos minuciosamente selecionados, com figurinos elaborados para cada uma das cenas”, diz o produtor e mú-sico Mauro Mendes. Ele revela que, no critério da seleção, buscou bailarinos que reuniam características de dança clássica e contemporânea, além de sa-berem interpretar.
Ao todo, no palco, estão 44 artis-
Bruno Senna
Because, o Espetáculo conta a história de
um jovem à procura de respostas para
suas questões existenciais
Poética da vida
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SHOW
tas, entre bailarinos, coralistas e ins-trumentistas. Daí a difícil classificação da narrativa. Para Renata Garzon Pra-zeres, idealizadora e diretora, a mon-tagem não é nem musical nem ópera, mas sim uma narrativa cênica com-pleta, que reúne a beleza expressiva da dança contemporânea e o lirismo do coral de vozes e banda. E por falar no coral, este é composto por 20 cora-listas entre barítonos, contraltos e so-pranos, fora a banda com renomados músicos. Do repertório dos Beatles, cuja Renata é fã, foram selecionadas 18 canções de diferentes fases do fa-moso quarteto de Liverpool.
A sequência da história foi cos-turada de maneira a integrar toda a equipe que, literalmente, suou 3 vezes por semana durante um ano inteiro de ensaios. Mauro Mendes revela ain-da que existe um show de projeções com temáticas e recursos de última geração de iluminação. O resultado, que vale a pena conferir, é fruto de um trabalho em conjunto que envolve de-dicação e amor à arte.
“Acreditamos que o Because, por sua grandiosidade e riqueza artística, será uma experiência rica para todos que o assistirem. Ao unir em um pal-co elenco tão competente e expressi-vo com dança, banda, coral e música clássica, o resultado impressiona a to-dos que amam a música dos Beatles”, afirma Joel Aires da Motta Filho, dire-tor comercial da JAM Engenharia de Ar Condicionado. A empresa está pa-trocinando o espetáculo em comemo-ração aos seus 25 anos de vida.
SERVIÇODias 22 e 23 de abril, às 21 horas, no Cine Theatro Brasil Vallourec. Ingressos R$ 100
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Detalhes podem fazer toda a diferença. É em cima dessa fi losofi a que o gerente-geral do Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá, Alisson Viei-ra Marques, trabalha para encantar os clientes. “A ideia é a questão da inovação, criar produtos diferencia-dos para dar algo a mais, ir além dos resorts comuns”, diz Alisson, que assumiu a gerência em novembro passado. Entre os mimos es-tão, por exemplo, receber o hóspede com escalda-pés para relaxar, dar as boas--vindas com espumante e água, oferecer frutas ge-ladas e caipirinha para quem curte a piscina... A receita tem dado certo, e a expectativa é aumentar em 10% o número de hóspedes este ano, em relação a 98
Princesa cheia de talentos
Na primeira fi la do desfi le de abertura do Minas Trend, a princesa Paola de Orleans e Bragança esbanjava simpatia, enquanto contava os seus planos para este ano. Dona da Glambox, loja on-line que funciona por assinatura, em que indica os melhores lançamentos de beleza, Paola também desenha lenços e outros tipos de acessórios. O próximo desafi o é criar uma linha voltada para casa, que deve ser lançada ainda este ano. De onde vem tanta inspiração? Ela explica que das inúmeras viagens que faz, principalmente, com o marido e fotógrafo Tinko Czetwertynski, que, além de primo distante da moça, também é da realeza. Ele é príncipe e compõe a alta nobreza da Polônia.
Inovação, palavra de ordem
2014. Eventos temáticos também agradam em cheio, não só os clientes do Grande Hotel, que vêm de todas as regiões do país, como também turistas hospedados em outros locais e moradores da cidade e do entorno. É o caso da Páscoa Iluminada, que vai até o dia 20 de abril, com expectativa de atrair 40 mil pessoas. “O evento propicia ter movimento expressivo
fora dos feriados. Está sendo um sucesso”, garante Alisson, que trabalha no grupo há 10 anos. Começou prestando consultoria e
treinamento na área de alimentos e bebidas nos hotéis da rede
em Caeté e Atibaia. Tam-bém atuou como maître
nas duas unidades. Obviamente, o con-vite para Araxá não foi por acaso...
Adriano Ramos
Tião Mourão
Fotos: Divulgação
VIVER Abril 17 - 2015
As mulheres ganham cada vez mais espaço no mercado de trabalho e conquistam áreas tradicionalmente masculinas. É o caso da engenheira agrônoma belo-horizontina Fabiana Alves, que assumiu o Rural Banking, uma das áreas mais importantes do Rabobank Brasil, conhecido como o banco número 1º do agronegócio. Em um ambiente predominantemente masculino, ela comanda área com mais de 140 pessoas e atende produtores de larga escala.
Em sua equipe são as mulheres que predominam e, dos cargos de gerência, 63% são chefiados por executivas.
Poderio das mulheres
Belo Horizonte vai ganhar em maio mais uma igreja inclusiva, a Fonte de Água Viva, criada pelo pastor Gregory Rodrigues. “A igreja nasceu da procura, vamos reunir pessoas que se sentem abandonadas”, diz o pastor que, recentemente, divorciou-se do companheiro Sérgio Rodrigo, com quem era casado desde 2011. A luta de Gregory é antiga. Anteriormente, ele criou a igreja inclusiva Manancial, mas acabou se desligando e a instituição foi fechada. “A diferença da igreja inclusiva é que acreditamos que duas pessoas do mesmo sexo podem se relacionar, desde que haja respeito.” Formado no seminário de uma igreja batista, ele faz graduação em teologia e história. Prepara, também para maio, o lançamento do site Fora do armário.
Igreja inclusiva
Pedro Vilela/Agência i7
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Herdeiro do restaurante Xapuri, o chef Flávio Trombino comemora o sucesso da primeira edição do festival Minas de Cabo a Rabo. Os jantares, com frequência média de 70 pessoas cada um, revelaram a culinária típica de 5 regiões de Minas, com a participação de chefs do interior, como Tanea Romão, do Kitanda Brasil, de Tiradentes, e
Pablo Oazen, do Garagem Gastrobar, de Juiz de Fora, e harmonização de diferentes sabores e lúpulos da cervejaria Backer. “Agora, a ideia é levarmos os cardápios para restaurantes do Vale do Mucuri, Zona da Mata e Triângulo”, planeja Trombino. Outra ideia é repetir o sucesso na capital, mas com o tema Brasil de Cabo a Rabo.
“Minas são muitas”
É difícil não reconhecer uma roupa da Elvira Matilde. O estilo dos desenhos, as cores de Gabriela Demarco criaram uma identidade inconfundível para a marca criada em 1991. Os sapatos de Virgínia Barros, há 11 anos no mercado também não fi cam atrás, têm muita personalidade. Nada mais natural do que o encontro das duas grifes. Neste inverno, Gabriela convidou
Virgínia para modifi car algumas de suas criações, que têm a ver com o público da Elivra Matilde e fazer modelos que caem perfeitamente na coleção, inspirada em elementos essenciais para a costura como alfi netes, carretéis e botões. Os sapatos ganharam aplicações de estampas e riscos de costura no couro. “São calçados que falam das duas identidades”, diz Virgínia.
Inhotimem Sampa
Pela primeira vez, o Instituto Inhotim ultrapassa as divisas de Minas e desembarca em São Paulo, no Itaú Cultural. Inaugurada no início do mês, a exposição Do Objeto para o Mundo – Coleção Inhotim fi ca em cartaz até 31 de maio, com mais de 50 obras de 29 artistas do neoconcretismo. À frente da empreitada, está o diretor artístico Rodrigo Moura, que divide a curadoria com a portuguesa Inês Grosso. “A ideia foi colocar os trabalhos dos anos 1950, 60 e 70 em diálogo com os mais recentes, mostrando que eles estão reverberando até os dias de hoje”, explica Moura, que completa 10 anos de atuação no instituto. O belo-horizontino de 39 anos conta que a arte sempre esteve presente, despertada pela literatura. Depois, como consequência natural, ele se encantou pela música, o cinema, as artes plásticas... Inclusive, fez cursos livres na Escola Guignard e teve, como professor, nada menos que Amilcar de Castro, falecido em 2002.
Daniela Paoliello
Juliana Guerra
VIVER Abril 17 - 2015
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O diretor-geral do Biocor Instituto, Mario Vrandecic, está muito feliz com a homenagem que recebeu da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, no último mês, pelo pioneirismo e serviços prestados à pesquisa, ao desenvolvimento e ao aprimoramento contínuo da cardiologia e da cirurgia cardiovascular no Brasil e no exterior. Apenas 10 médicos foram agraciados. “Essa homenagem é um reconhecimento do ponto de vista profi ssional, de inovações, de técnicas, de resultados de cirurgia. Enfi m, são muitos quesitos”, afi rma. Médico cirurgião, Vrandecic é autor de vários estudos e patentes, como a bioprótese cardíaca Porcina, que é o único produto ou substituto valvar implantável fabricado fora do território norte-americano, aprovado pelo FDA e utilizado nos Estados Unidos e no mundo.
Mesmo morando há 5 anos em Honolulu, no Havaí, o mestre em jiu-jítsu Aldo Oliveira, 36, mais conhecido como Caveirinha, mantém o elo com Belo Horizonte, onde iniciou carreira. “Embora esteja trabalhando fora do país, meu coração está em Minas, onde iniciei minha carreira aos 17 anos”, diz. E nem poderia ser diferente. Sua academia
em BH, a 4Gym, no Anchieta, é base de treino do faixa-preta Matheus Nicolau, 22, destaque já em sua primeira apresentação no TUF Brasil. “É uma grande promessa brasileira”, antevê Caveirinha. No currículo, o mestre também coleciona a formação de 200 atletas faixa-preta distribuídos nos Estados Unidos, Europa e Emirados Árabes, entre eles o atual campeão do peso-leve do UFC, Rafael dos Anjos, e o peso-médio Ígor Araújo. E ele pensa alto. “Planejo abrir no próximo ano academia no Texas e na Califórnia. Vou dominar o mundo.”
Homenagemmerecida
Faca na caveiraPedro Vilela/Agência i7
Igor Coelho/Agência i7
VIVER Abril 17- 2015102
Mulher e cerveja
Como nasceu seu interesse pela produção e pesquisas sobre cervejas?Quando era universitária eu produzia cerveja em casa. Depois de formada, fui trabalhar na South African Breweries como pesquisadora.
Qual a sua avaliação das cervejas produzidas no Brasil? A minha experiência com a produção de cerveja no Brasil ainda é limitada. Porém, a cervejaria Backer que visitei produz uma bebida muito limpa.
Qual o segredo para produzir uma boa cerveja? Conhecimento do processo e manter a cervejaria limpa e higienizada.
No Brasil, a produção e o consumo de cervejas, é um universo formado em maioria por homens. Nos últimos anos, as mulheres têm conquistado lugar no mercado cervejeiro e criado também confrarias de degustação. Nos Estados Unidos, elas já conquistaram seu espaço no mercado cervejeiro? Nós Estados Unidos, as mulheres estão contribuindo cada vez mais para ambos: a cultura cervejeira e a produção de boas cervejas. Isso é uma tendência que eu prevejo irá ocorrer no resto do mundo, inclusive no Brasil – apesar de a produção e o consumo ainda serem predominantemente da esfera masculina. Fale-me um pouco sobre você. A sua formação? Quando se ingressou na Siebel Institute of Technology e por quê?
Eu sou mestre em ciência da fermentação e minha formação universitária foi em química, microbiologia e bioquímica. Quando eu trabalhava na South African Breweries criei um programa de treinamento para cervejeiros, microbiologistas e profissionais em embalagem. Eu sempre gostei de ensinar e em 1995 entrei para a Siebel como professora.
Viaja sempre para outros países para dar cursos? Qual cerveja você considera a melhor do mundo? Viajo bastante para ministrar cursos. A melhor cerveja do mundo é sempre aquela que eu esteja bebendo no momento. Eu amo muitas e tenho degustado diversos rótulos ótimos em minhas viagens.
Há estudos que comprovam benefícios da cerveja para a saúde? Bebida com moderação, que benefícios ela pode trazer para a saúde? Sim, existem estudos científicos sobre os benefícios de beber cerveja. Se consumida em moderação, ela é antioxidante, diminui níveis de estresse e faz bem para a saúde. Também é provado que a cerveja é mais eficaz na hidratação do que a água.
É a primeira vez que vem a Minas? Quais são suas impressões sobre o estado?Sim. O estado tem um clima maravilhoso. As pessoas que conheci são agradáveis e elas me fizeram sentir em casa.
Bate-papo com Lyn Kruger
As mulheres chegaram ao mercado cervejeiro, tanto na produção quanto na cultura, e devem ocupar cada vez mais espaço. “Isso é uma tendência que eu prevejo irá ocorrer no resto do mundo, inclusive no Brasil”, diz Lyn Kruger, chefe de operações e presidente da Siebel Institute of Technology, escola em Chicago, nos Estados Unidos, onde entrou como professora em 1995. Mestre em microbiologia, ela diz que desde a época da universidade fazia bebida em casa e não parou mais. Criou um programa de treinamento para cervejeiros, microbiologistas e profissionais em embalagens. “Eu sempre gostei de ensinar.” Veio a Belo Horizonte, no final de março, para curso de análise sensorial na cervejaria artesanal Backer e reservou um tempo na agenda lotada para a conversa com a Viver Brasil. Confira a seguir:
Divulgação
VIVER Abril 17 - 2015104
O quê 6PalestraOnde 6 Espaço V
O secretário de Estado da Cultura, Angelo Oswaldo, ministrou a palestra Minas: Estado da Cultura da Arte, a convite do Em Casa. Na oportunidade, foi lançada a primeira edição de 2015 da revista Viver Casa, publicação do grupo VB Comunicação. Decoradores, designers, arquitetos e lojistas participaram do evento, que teve apoio da Ergramar e colaboração de Prodel Eventos, Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), Cristina Misk Buffet e Allegra. Fotos: Tião Mourão
6 Daniel Miranda, Gustavo Cesar Oliveira e Luiz Sternick6 A apresentação do diretor da VB Comunicação, Gustavo Cesar Oliveira
6 Eliana Paula, Paulo Conti, Ariane Santos e Tiago Linhares6 Ricardo Carvão, Angelo Oswaldo e Vivien de Casttro
6Larissa Lopes e Rodrigo de Carvalho
6 Lidiana Mendes, Ricardo Almeida e Sônia Beatriz
6 Matheus Carvalho e Rodrigo Moraes
6 Adarlan Rodrigues, Márcia Perígolo e Wuander Ferreira
6Márcia Perígolo, Dulce Campolina e Denise Campos Ferreira
VIVER Abril 17 - 2015 105
6 A palestra do secretário Angelo Oswaldo
6 Andrea Ker Bacha, Angelo Oswaldo e Maria Augusta Zuquim
6 Nina e Fernando Pacheco, Inajá Figueiredo e Márcia Perígolo
6 Rômulo Massiere, Karine Scofield e José Lopes
6 Andrea Misk e PCO
6 Angela Gutierrez, Angelo Oswaldo e Heloísa Aline
6 Andréa Zerbetto, Rodrigo Torres e Dária Mineiro
6 Nina e Fernando Pacheco, Nilson Faria e Maria Eugênia Lages
6 Angela Gutierrez e PCO
6 Jaqueline Frauches e PCO
6 Dulce Campolina, Denise Campos Ferreira e Marília Greco
6 Giovani Costa e Marcelo Braga
VIVER Abril 17 - 2015106
O quê 6Minas TrendOnde 6 Expominas
Foi impecável o desfile de abertura do Minas Trend, um dos principais eventos de moda do país, que em sua 16ª edição teve como tema Viva Ciclicamente, inspirado nos movimentos cíclicos da natureza. Com casting de peso, styling de Paulo Martinez e beleza de Ricardo dos Anjos, o desfile apresentou 36 looks antecipando as tendências da próxima coleção primavera-verão. Recebendo os convidados, Olavo Machado Junior, presidente da Fiemg e um dos idealizadores do Minas Trend. Fotos: Tião Mourão
6 Paulo Navarro, Nelson Dabés e Antônio Marum
6 Angelo Oswaldo, Altamir Rôso, Afonso Gonzaga, Antônio Marum e Francisco Campolina
6 Eva Lanski, Márcia Roizenbruch, Débora Boczar, Clarice Andrade
6 Nora Fernandes, Ana Lúcia Rodarte e Patrícia Loureiro6 Dária Mineiro e Eliana Paula
6 Humberto Alves Pereira, Olavo Machado Junior e José Amaro Siqueira
6 Terezinha Machado, Kátia Alvarenga, Marilu Sette Câmara, Cláudia Magalhães e Maria Elvira Salles Ferreira
6 Filipe Martini, Carlos Azevedo, Paula Bitencourt e Fernando Mascarenhas
6 Íris Chaves, Kátia Lage e Sylvia Thomé
6 Aguinaldo Diniz Filho, Marilu Sette Câmara, Olavo e Terezinha Machado e Bernardo Diniz
6 Marilu Sette Câmara, Cidinha e Marco Antônio Castello Branco
VIVER Abril 17 - 2015 107
6 O desfile de abertura
6 Laura Rabe, Angelo Oswaldo, Vera e Manoel Bernardes
6 Luciano Araújo, Marco Antônio Castello Branco e Fábio Veras
6 Altamir e Alessandra Rôso, Miriam Rezende e Elis Araújo
6 Cristina Dastian, Naira Shulu e Tatiana Naves
6 Olavo e Terezinha Machado e Carolina Oliveira
6 Os chefs Felipe Lanna e Cantídio Lanna, responsáveis pelo coquetel
6 Sérgio e Berenice Cavalieri
6 Humberto Alves Pereira, Luciana Alves Pereira, Munyque Fernandes e Henrique Azevedo
6 Marco Antônio Castello Branco e Cidinha, Maria Pacce e Carolina Oliveira
6 Carolina Malloy, Paola de Orleans e Bragança e Marcela Malloy
6 Maria Tereza Duarte, Maria Duarte, Lívia Azevedo e Christine Escher
6 Adriana Vicintin, Juliana Morandi, Carolina Oliveira, Bruna Guimarães, Laís Casas e Débora Leoni
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O quê 6Lançamento TV MinutoOnde 6 Band Minas
O Grupo Bandeirantes e a Frontti Midia lançaram oficialmente, em Belo Horizonte, a TV Minuto. A nova mídia integra a Outernet, empresa do grupo líder no país no segmento de mídia out of home. A operação oferece informação, entretenimento e prestação de serviços aos usuários do transporte público. São mais de 1,3 mil telas espalhadas nos ônibus convencionais, articulados, executivos e Move em toda cidade. Até o final do ano, a meta é instalar mais mil novos equipamentos. Fotos: Tião Mourão
6 Eric Braz Tambasco, Antônio Teles, José Saad Duailibi e Júlio Prado
6 José Saad Duailibi e Dryelle Benettone
6 Juliana Prazeres, Stella D’angelo e Júlia Prazeres
6 Roberto Hilton, Cíntia Lima e Anderson França
6 José Saad Duailibi, Ricardo Guimarães e Ronaldo Lopes
6 Adalclever Lopes, José Saad Duailibi e o vice-governador Antônio Andrade
6 Júlio Prado, Munyque Fernandes e Paulo Moraes
6 Simone Moreira, Paulo Assunção e Araceli Mesquita
6 Babi e Fernando Vasconcelos e Luciana Moraes
6 Adalclever Lopes, Rodrigo Lucena e Carlos Rubens Doné
6 PCO e o diretor-geral da Band Minas, José Saad Duailibi
6 Paulo Navarro, Wagner Espanha, Humberto Alves Pereira e Celso Picchioni
6 Adolfo Rezende eAdalclever Lopes
O quê 6Corrida AraujoOnde 6 Pampulha
Foi um sucesso a Corrida Araujo. Em 4 modalidades – Corrida de 10,9km e 5 km, Caminhada de 3 km e Cãominhada de 3km –, ela comemorou os 109 anos da Drogaria Araujo e contou com diversas atrações para os participantes, como shows, sorteios de brindes, alongamentos, exercícios e exames na Arena. Durante o evento, o Projeto Social Liga da Justiça/BH recolheu camisas para serem doadas para instituições carentes. Fotos: Tião Mourão
6 No pódio, os primeiros colocados dos 10 km: Sérgio Celestino da Silva (4º), Jacob Kembo (2º), Gilmar Silvestre Lopes (1º), Luiz Paulo Antunes (3º) e Reginaldo José Silva (5º)
6 Marco Antônio Araujo e os netos João Vitor, Pedro e Maria Eduarda
6 Mauricelia Costa, Adriano Letro e Terezinha Costa 6 Jacob Kembo recebe o prêmio pelo 2º lugar
6 Romário Carvalho, Rosângela Pereira, Daniela Campolina e Arilze Pereira
6 Keila Souza e Bruno Gonçalves
6 Luiz Paula Antunes recebe o prêmio pelo 3º lugar
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O quê 6ChurrascoOnde 6 Lagoa Santa
Foi para homenagear os novos membros do Conselho Consultivo do Ibef Minas e os executivos financeiros da Anglogold Ashanti, CBMM, Cenibra, Fiat/Chrysler e Drogaria Araujo, empresas agraciadas com o prêmio Excelência em Finanças Corporativas de Minas Gerais, o movimentado churrasco oferecido por Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, presidente do Ibef Minas, em sua casa de campo no Condado da Lagoa. O evento reuniu dirigentes de entidades de classe e de empresas e jornalistas. Fotos: Tião Mourão
6 Célia da Costa, Roberto e Laura Baraldi
6 Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Olavo Machado Junior, Humberto Alves Pereira e Wagner Espanha
6 Carlos Alberto e Dora Teixeira de Oliveira, Elizabeth e Lúcio Sampaio6 Manoel e Maria Guimarães, Marilene e Serafim Jardim
6 Aníbal Teixeira, Marilene e Serafim Jardim
6 Sérgio Bruno Zech Coelho, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Luiz Fernando Enoch e Luiz Brandão
6 José Eduardo Cabral, José Roberto Cabral, Miguel Borges e Mauro Santos Ferreira
6 Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Paulo Brant e Alexia Paiva
6 Sérgio e Denise Frade, Dora Teixeira de Oliveira, Maria Elvira Salles Ferreira e Carlos Alberto Teixeira de Oliveira
6 Ana Maria Coser, Glorinha Pereira Diniz e Maria Elvira Salles Ferreira
O quê 615 anosOnde 6 Boate do
PIC
A jovem Mariana Cunha Gonçalves viveu um conto de fadas com a festa de 15 anos que ganhou de seus pais, Merçano Felipe Gonçalves e Norma Gazire Cunha Gonçalves. O ponto alto da festa, com bufê de Hélida Lino e som do DJ Eduardo Aum, foi a valsa dançada com o pai, os padrinhos e o avô Antônio Egídio Gomes Cunha, presidente da Ergramar Mármores e Granitos, que dizia já estar se preparando para a festa de 15 anos da neta caçula, Natália Cunha Gonçalves. Fotos: Robson de Oliveira
6 Mariana com a mãe, Norma, e seu avô Antônio Egídio
6 A aniversariante Mariana
6 Mariana dançando valsa com o pai Merçano Felipe Gonçalves
6 Marcelo Gazire Cunha, Mariana, Antônio Egídio Gomes Cunha, Natália, Merçano e Norma Gonçalves
6 A debutante Mariana6 Mariana e a avó paterna, Ana Eufl ausina Gonçalves
6 Mariana e o avó Antônio Egídio Gomes Cunha
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O quê 6AniversárioOnde 6 Lourdes
O almoço em comemoração aos 46 anos do deputado estadual Felipe Attiê, que cumpre seu primeiro mandato, acabou se transformando em um encontro pluripartidário e ilustrou bem o modo mineiro de fazer política com P maiúsculo. A festa mostrou que, embora em lados opostos em questões internas e partidárias, os adversários são capazes de se tratarem com cortesia e de passarem horas em longas e descontraídas conversas, mesmo que com intenções ocultas. Fotos: Tião Mourão
6 Célia Pinto Coelho, Dalva e Eduardo Campos
6 Alencar da Silveira Júnior e Francilene, Luciana e Felipe Attiê
6 Tiago Ulisses, Felipe Attiê e Ivair Nogueira
6 Gil Pereira e Adalclever Lopes
6 Clea Nogueira, João Leite e Eliana
6 Célia Pinto Coelho, Felipe Attiê, Alberto Pinto Coelho, Luciana Santos, Luiz Felipe e Maria Fernanda Athié
6 Felipe Attiê e Luciana Santos com os fi lhos Yasmin, Maria Fernanda e Luiz Felipe Attiê
6 Wanderley Miranda, Felipe Attiê, Adalclever Lopes, Dilzon Melo, Antônio Carlos Arantes e Ivair Nogueira
6 Clea Nogueira, Cristina Pereira, Luciana Attiê e Fátima Miranda
VIVER Abril 17 - 2015
Cingapura
Antes que venha alguém sugerir uma correção quero esclarecer que a grafia Singapura é igualmente certa. O que importa, e desejo fazer, é prestar uma homenagem a este extraordinário país que faz apenas 70 anos em 2015, e se coloca entre os líderes mundiais em desenvolvimento humano e também o quarto maior centro financeiro do mundo com apenas 5 milhões de habitantes, em área de 700 quilômetros quadrados. O país é o terceiro maior centro de refinação de petróleo do mundo e é também o segundo maior mercado de jogos de cassinos. Vejam que não há nenhuma incompatibilidade. O porto da Cidade de Cingapura é um do 5 mais movimentados do mundo. Por ser o país com o 9º IDH da atualidade e com a 3º maior renda per capita do planeta, não é de surpreender que Cingapura seja o lar do maior número de famílias milio-nárias em dólar, também no mundo. O governo é parla-
mentarista e unicameral. O Partido de Ação Popular (PAP) é tido como um partido forte, altamente qualificado e cuja administração se baseia na meritocracia. O sistema legal se baseia na common law inglesa, mas não há julgamento por júri. Crimes de natureza mais grave, como, por exem-plo, o tráfico de drogas, é punido com a pena de morte. E não adianta pedido de clemência da presidente que não vai ser atendida.
Tivemos, eu e Diva, a oportunidade de conhecer Cin-gapura em 2005. Fizemos uma conexão em Hong Kong. O voo pela Cingapura Air Lines é o primeiro diferencial, com um serviço de bordo de primeiríssima classe. Chegamos de madrugada e após o desembaraço da bagagem, cordial e eficiente, logo estávamos sendo levados para o hotel. De imediato a gentileza na recepção. Nenhuma burocracia. Deixaram tudo para o dia seguinte, pois reconheciam que
tínhamos necessidade prioritária de descansar. E assim foi feito.
No dia seguinte, já refeitos da viagem, circulamos pela cidade com um guia competente e a primeira coisa que notamos foi sua limpeza. A diferença para o Brasil, lamen-tavelmente, é enorme. Não há qualquer papel jogado no chão. Não importa quão movimentada seja a rua. Não há chicletes pregado nos encostos de bancos nas calçadas. Mesmo porque o chicletes é proibido por lei, a compra e venda. As lixeiras são uniformizadas e atendem a necessi-dade de todos.
As ruas e praças são profusamente arborizadas e cada árvore é identificada com sua espécie e data em que foi plantada. Apesar de altamente urbanizada, quase metade desta cidade-país é coberta por vegetação nativa. Pouco a pouco novas áreas vão sendo adicionadas com o avanço sobre o mar ou com a ligação a pequenas ilhas mais próxi-mas. A maioria da população é chinesa ou de descenden-tes. Outros são malaios ou ainda indianos e cerca de 60% da população nasceu no próprio país. As línguas oficiais são o inglês, o chinês, o malaio e o tâmil. Assim o país cria uma nova geração poliglota, preparada para enfrentar o novo mundo para o qual seus predecessores cuidaram de incluí-los.
Visitamos vários bairros residenciais. Casas com jar-dins e amplas varandas. Ruas largas e calmas. Se há distin-ções de classe entre um bairro e outro, é bom lembrar que vivem aqui famílias das mais ricas do mundo, a segurança é para todos. Você pode andar pelas ruas do bairro, do centro, ou da região portuária, onde há vários bares e res-taurantes, sem que seja importunado. Eventuais bêbados existem por toda parte. E policiais também.
Derrotados pelos japoneses em 1942, o premier Wins-ton Churchill declarou que a entrega de Cingapura foi “o pior desastre e a maior capitulação da história britânica”. Cingapura é hoje uma das maiores vitórias de seu povo e um grande exemplo para o mundo. Lastimável que o Brasil esteja se deixando levar para os piores exemplos da América Latina e de países árabes, financiando ditaduras e deixando gerações inteiras ao desconhecimento de exem-plos tão bem-sucedidos.
Hermógenes Ladeira, empresário
Lastimável que o Brasil esteja se deixando levar para os piores exemplos da América Latina e de países árabes, financiando ditaduras...
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Hermógenes Ladeira
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