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Vício Dependência das redes sociais já é tratada como transtorno, causando prejuízos no trabalho, estudo... v irt ual ISSN 1984-0535 9 771984 053009 9 9 1 0 0 monitora curtidas e comentários M ENTREVISTA BRUNO WANDERLEY, CIENTISTA POLÍTICO: “LAVA JATO SE PERMITE UMA SÉRIE DE IRREGULARIDADES” ARTIGO PCO FAXINA NAS ELEIÇÕES É ESSENCIAL para você! www.revistaviverbrasil.com.br

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Vício

Dependência das redes sociais já é tratada como transtorno, causando prejuízos no trabalho, estudo...

v ir t ualISSN 1984-0535

9771984053009

99

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M

ENTREVISTA BRUNO WANDERLEY, CIENTISTA POLÍTICO:“LAVA JATO SE PERMITE UMA SÉRIE DE IRREGULARIDADES”

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PROGRAMAÇÃOCOMPLETA

27 JUN | TERÇA18h45 | Curso de Iniciação ao Vinho | Gerson Lopes

20h45 | Quando o Preço é Puro Prazer! | Kaili Oliveira

21h | Show da Banda Off White

28 JUN | QUARTA18h45 | Queijos e Vinhos: na Sintonia do Inverno | Carolina Peñaloza

20h45 | Itália e seus Sabores | Chef Matheus Paratella e Antonio Antonelli

21h | Apresentação do DJ Lutti

29 JUN | QUINTA18h45 | Galvão Bueno Narrando seus Vinhos | Galvão Bueno

20h45 | Vinhos Ibéricos: Quatro Regiões Clássicas

Gerard Baneras, Duarte Salema e José Oliveira

21h | Show da Banda Áudio Box

30 JUN | SEXTA18h45 | Vinhos para o Inverno | German Garfinkel

20h45 | Curso Avançado de Vinhos – Especial Chile | Juan Ignacio Montt

21h | Show da Marina Araújo

1º JUL | SÁBADO

16h30 | Aprendendo a Escolher Bons Vinhos | Wesley Moreira

18h30 | As Cinco Uvas mais Nobres do Mundo | Márcio Oliveira

20h45 | Harmonizando Pães e Vinhos | Gerson Lopes e Jacques Paulin

21h | Apresentação do DJ Lutti

2 JUL | DOMINGO13h30 | O Vinho e o Famoso Leitão à Pururuca: uma Combinação Imperdível

Luiz Ney e Gerson Lopes

16h | Os Cinco Clássicos da França | Christovão Oliveira

18h | Curso Intermediário de Vinhos - Combinando Vinho e Comida | Gerson Lopes

18h | Show da Tânia Azze

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Goiás tem chamado a atenção de

outros estados por ser um dos pou-

cos que consegue atravessar, quase

incólume, a maior crise econômica

já enfrentada pelo Brasil. Enquan-

to outras unidades da federação

têm difi culdades para cumprir seus

compromissos, Goiás paga em dia

os fornecedores e o funcionalismo

e consegue manter índices de cres-

cimento invejáveis. Levantamento

do IBGE mostra que o crescimento

industrial de Goiás, no primeiro bi-

mestre de 2017, foi de 4,9%, o ter-

ceiro maior do país. Essa condição

de destaque em meio à tormenta

fi cou ainda mais nítida desde o fi -

nal de março, quando o Governo

de Goiás lançou um extenso paco-

te de investimentos, totalizando

mais de R$ 9 bilhões - sendo R$

6 bilhões em recursos públicos

e R$ 3 bilhões da iniciativa pri-

vada. É a mais eloquente prova de

que Goiás está, defi nitivamente,

na vanguarda da recuperação da

economia nacional.

R$ 9 BILHÕESINVESTIMENTO CONJUNTO COLOCA

O ESTADO NA VANGUARDA DA

SUPERAÇÃO DA CRISE NO PAÍS

R$ 6 bilhões em recursos públicos

e R$ 3 bilhões da iniciativa privada para obras

estruturantes, que vão manter o “coração do Brasil”

pulsando cada vez mais forte

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Organização

O sucesso de Goiás diante da cri-

se pode ser entendido pela forma

como o atual governo vem utili-

zando uma conhecida receita: pla-

nejamento, disciplina e austerida-

de. Já no fi nal de 2014, quando os

efeitos da instabilidade econômi-

ca estavam evidentes, foi realizada

uma ampla reforma administrati-

va, dotando Goiás da mais enxuta

estrutura administrativa do país:

somente sete secretarias. O pro-

cesso não foi fácil e gerou desgas-

tes políticos: a economia forçada

incomodou setores do funcionalis-

mo e criou tensões na base políti-

ca do governo. Mas os desgastes

eram esperados e, como se viu,

superáveis.

Força municipalista

Prefeitos e representantes muni-

cipais logo enxergaram a força e

o potencial do programa Goiás na

Frente, manifestando apoio à sua

realização. Até mesmo membros

da oposição ao atual governo. Isso

porque uma signifi cativa parcela

dos investimentos, cerca de R$

550 milhões, será toda destinada

a obras defi nidas diretamente pe-

los prefeitos dos 246 municípios

goianos. Por trás dessa ação, exis-

te uma inteligência administrativa

rara em terras nacionais. Ao ouvir

as prioridades dos prefeitos em

seu planejamento, o governo goia-

no assume menos riscos de errar.

Reduz bastante a margem para

eventuais distorções, tão comuns

quando se trata de iniciativas uni-

direcionais, “de cima para baixo”.

Afi nal, o recurso será investido

justamente no que o representan-

te da comunidade indicou ao go-

verno.

Compreendendo as difi culdades

fi nanceiras das prefeituras, o go-

verno fi xou a contrapartida obri-

gatória dos municípios referente

à assinatura dos convênios para o

percentual simbólico de 1%. Além

da contrapartida, todas as prefei-

turas deverão participar do Pro-

grama Goiás Competitivo e Inova-

dor, que defi ne metas para elevar

o nível de competitividade de Goi-

ás em relação aos outros estados

brasileiros.

Transparência

O Programa Goiás na Frente é uma

referência em gestão transparen-

te. Cada centavo do programa

teve sua fonte detalhada e inspe-

cionada. Ou seja, os recursos es-

tão garantidos, assim como estão

especifi cadas e planejadas todas

as obras do amplo leque de inves-

timentos. Entre as ações anuncia-

das, foram incluídas medidas es-

pecífi cas para acompanhamento

minucioso acerca do fl uxo e do

ritmo das realizações. Com isso,

a população saberá exatamente

o que o governo faz com os re-

cursos públicos, dando o exemplo

do montante de quase R$ 1 bilhão

oriundo da venda do segmento de

distribuição da companhia ener-

gética do Estado, a Celg, concluída

no fi nal do ano passado.

INFORME PUBLICITÁRIO

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Para dar agilidade à liberação de

recursos às prefeituras, o gover-

no criou o Portal de Convênios

do Estado de Goiás (www.portal.

convenios.go.gov.br). O portal vai

permitir que o governo acompa-

nhe em tempo real todas as fases

da celebração dos convênios, a

gestão do capital liberado, a pres-

tação de contas e a disponibiliza-

ção dos dados para a sociedade.

Os investimentos elencados no

programa goiano serão dedica-

dos principalmente a obras de

infraestrutura - rodoviária e de

melhoria da rede de energia elé-

trica. Mas há recursos signifi cati-

vos para áreas de evidente cunho

social - saúde, saneamento, edu-

cação, habitação etc. Outro foco

é o investimento direto em ações

de desenvolvimento econômico

e na preservação ambiental. Ou

seja, garantias diretas de que Goi-

ás se consolidará na vanguarda

do Brasil que está emergindo do

pós-crise.

Resultados

O Governo deu início aos investi-

mentos do Goiás na Frente 13 dias

após o lançamento do programa,

destinando R$ 98 milhões para a

obra de reforço da Subestação de

Luziânia (Entorno do Distrito Fe-

deral). Com previsão de entrega

para agosto de 2018, a obra ga-

rantirá efi ciência energética para

toda a região do Entorno de Bra-

sília e atenderá à grande deman-

da do município de Cristalina em

relação a pivôs, além de propor-

cionar efi ciência energética às fa-

mílias, ao comércio e à indústria.

Para viabilizar a implementação

do programa, os 246 municípios

goianos foram divididos em 11 re-

gionais. No início de maio, a comi-

tiva do Goiás na Frente começou

a percorrer o Estado, realizando

encontros locais com os prefeitos.

Em 20 dias, a agenda de trabalho

foi integralmente cumprida. To-

das as regionais foram visitadas

para a liberação dos recursos e a

assinatura de ordens de serviço e

convênios.

Com planejamento, racionaliza-

ção e transparência na aplicação

de recursos, o programa Goiás na

Frente possibilitará o desenvolvi-

mento de todas as regiões do Es-

tado. O investimento maciço em

obras estruturantes e de impor-

tância social vai melhorar a quali-

dade de vida de toda a população

em um Estado que já conta com

índices de desenvolvimento eco-

nômico e social entre os melhores

do país.

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Obras públicas/ Agetop - R$ 2,2 bilhões

Educação - R$ 513 milhões

Saúde - R$ 250 milhões

Segurança - R$ 345 milhões

Saneago - R$ 550 milhões

Desenvolvimento - R$ 102 milhões

Meio Ambiente - R$ 100 milhões

Moradia - R$ 300 milhões

Energia - R$ 3 bilhões

Prefeituras - R$ 500 milhões

Emater - R$ 25,5 milhões

AGR - R$ 200 milhões

Juceg - R$ 18 milhões

Universidades Estaduais - R$ 21 milhões

Saneago Ambiental - R$ 469 milhões

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Entorno Sul do DF: R$ 850 milhões

Entorno Norte do DF: R$ 205 milhões

Nordeste: R$ 440 milhões

Sudeste: R$ 230 milhões

Sul: R$ 403 milhões

Norte: R$ 422 milhões

Oeste: R$ 430 milhões

Sudoeste: R$ 311 milhões

Região Metropolitana: R$ 1 bilhão

Vale do Araguaia: R$ 207 milhões

Vale do São Patrício: R$ 712 milhões

DESTINAÇÃO REGIÕES ATENDIDAS

INOVAÇÃO QUE CUIDA DAS PESSOAS

Recursos venda da Celg - R$ 850 milhões

Operação de Crédito - R$ 600 milhões

Fundos: Protege, Funproduzir, Transporte - R$ 1,5 bilhão

Recursos vinculados/ Tesouro - R$ 945 milhões

Convênio União - R$ 374 milhões

Crédito outorgado de ICMS - R$ 300 milhões

Recursos próprios / Agências estaduais - R$ 647 milhões

Recursos Celg GT - SPE - R$ 144 milhões

Habitação / Convênio Federal - R$ 700 milhões

Ciência e Tecnologia - R$ 100 milhões

0 3 BILHÕES

Investimentos da Enel Brasil S.A. - R$ 3 bilhões

FONTES DE RECURSOS:

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Editorial NOVA VIVER BRASIL

A edição número 199 marca o último número da Viver Brasil nas formas atuais. Trabalhando sempre para entregar o melhor ao leitor e ao anunciante, estamos fazendo mudanças expressivas na publica-ção. Desde a estética ao editorial, será um novo projeto. Depois de oito anos, seguimos para o nono de cara nova. A cargo do designer Gus-tavo Greco, um dos brasileiros mais premiados em festivais de criação mundo afora, a nova Viver Brasil será finalizada na última semana de julho e terá circulação em agosto. Além das novas linhas gráficas, pas-saremos a oferecer uma publicação mensal, ainda mais gostosa, infor-mativa, com grande influência de fotografias e textos mais concisos, diretos e de leitura adequada ao momento que vivemos.

A VB mantém as publicações semanais do Tudo BH, que também surgirá em agosto de cara e alma novas. Um dos grandes diferenciais da Viver Brasil será seu alcance: serão 100 mil exemplares mensais. Em nenhum outro momento da história da comunicação em Minas tivemos uma revista com tiragem tão ampla. Manteremos a circu-

lação atual nas redes Araujo, Super Nosso e Estapar. Outros 50 mil

exemplares serão acrescentados em formato que irá surpreender positivamente o mercado.

Entre os dias 8 e 11 de junho, foi realizada a edição anual do Conexão Empresarial 2017. Foram cerca de 120 grupos empresariais participantes, mais 49 empresas que apoiaram a iniciativa. Durante três dias, Tiradentes debateu Minas e o Brasil, ouviu diversas personali-dades de vários setores, apresentou caminhos, provocou temas impor-tantes como as reformas que preci-sam ser feitas para que o Brasil rume para novas etapas. Minas precisa levantar a sua voz! E essa voz emana do povo, dos líderes do setor produ-tivo que criam empregos e deman-das para o desenvolvimento. Por mais que estejamos passando por momentos de alta tensão, cautela, paciência e persistência serão ingre-dientes fundamentais. Peço a Deus que coloque nossos representantes nos trilhos de um futuro melhor. A VB seguirá acreditando, trabalhan-do e fazendo a sua parte. Agradeço de maneira muito especial a todas as pessoas que têm ajudado a cons-truir cada parte da VB, seja nas pu-blicações, nos eventos ou em todos os serviços que prestamos. Uma ótima leitura e espero que gostem bastante da nova Viver! Até lá.

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: rua Joaquim Floriano, 397 - 2º andar - Itaim Bibi CEP: 04534-011 – Tel.: (11) 2127-0000/ 3198-3695

Minas Gerais: rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 50.000 exemplares

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar Oliveira

Editora-geral Maria Eugênia Lages

Redação Eliane Hardy, Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Gomes Chalfi n

Repórteres colaboradores Flávio Penna e Sueli Cotta

Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silvae Luciano Cabral

Revisão Maria Ignez Villela

EstagiáriosGuilherme Aroeira e Maíra Leni

Articulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Olavo Machado, Paulo Paiva e Wagner Gomes

Fotografi a Agência i7

Analista comercial Sumaya Mayrink

Departamento comercial (MG) (31) [email protected]

Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A.

[email protected]

Gustavo Cesar Oliveira, diretor

gustavocesaroliveira gco_brasil

VIVER Entre....

22 Entrevista

28 Capa

36 Mídia

40 Viver Minas

46 Turismo

52 Cultura

58 Eventos

Encarte Conexão Empresarial Tiradentes

= COLUNAS

18 Coluna do PCO

20 Entre Aspas

44 Semi & Novos

50 Cantinho do Chef

51 Viver Melhor

54 Zoom

= ARTICULISTAS

26 Paulo Cesar de Oliveira

34 Sério Murilo Braga

38 José Martins de Godoy

66 Hermógenes Ladeira

Nº 199 - 16 de junho de 2017 Foto Capa Pedro Vilela/Agência i7

[email protected]

VIVER Junho 16 - 2017

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Fale Conosco

Barril de pólvoraExcelente o título da entrevista com o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto. Realmente, parece que estamos em cima de um barril de pólvora, prestes a explodir e destruir o que restou. A crise política é um mal que envergonha todos nós, brasileiros. Resta saber se tem cura para isso e, o mais preocupante, a tempo.

JOSÉ OLÍMPIO DE BARROS

Corruptos e corruptoresMuito bom o artigo do jornalista Paulo Cesar de Oliveira. De fato, somos nós que elegemos esse bando de ladrões que ocupam o Congresso. Sem falar nas pequenas corrupções do dia a dia que, às vezes, cometemos sem perceber. Espero que o país seja realmente passado a limpo e que tenhamos um futuro digno.

ELIZABETH SANTOS OLIVEIRA

Sem voltaA tecnologia é, sem dúvida, um grande diferencial no ensino. O problema é que, nos cursos de pedagogia, esse assunto é ainda pouco abordado, sem o devido aprofundamento. As universidades têm que se atualizar quanto a isso. Não adianta ter o melhor campus, professores com título de doutor, mas deixar a desejar nesse assunto tão importante.

MARIA DA CONSOLAÇÃO FERREIRA DUARTE

Muito boa a matéria sobre o uso

da tecnologia na sala de aula – e fora dela. Meu filho melhorou muito o desempenho em matemática e português com o uso de aplicativos específicos para essas áreas. Além disso, ficou muito mais motivado a estudar e a fazer pesquisas. Segundo ele, as aulas ficam mais dinâmicas e interessantes.

TÂNIA SILVA MENDONÇA

A versatilidade de GabiAdorei ver a cantora Gabriela Pepino na capa da Viver Brasil. Acompanho o trabalho dela desde o início, quando ainda cantava em barzinhos de Belo Horizonte, e ela soube conquistar o seu espaço. Realmente, Gabi tem uma voz maravilhosa e um talento de poucos. Parabéns!

RAFAEL SATILI GOMES

Que bacana a Viver Brasil dar destaque, na capa, a uma cantora de Belo Horizonte que já faz sucesso em vários cantos do Brasil e até mesmo no exterior. Gabriela tem uma voz belíssima e, de fato, canta com a alma, com total entrega. Torço para que ela continue nos brindando com suas músicas maravilhosas por muito tempo!

SORAYA DE CARVALHO BRAGA

Amor sem idadeAdorei a matéria dos casais na maturidade, com exemplos que nos inspiram. Não é por que alguém ficou mais velho que não tem direito de ser feliz, de namorar, de curtir a vida a dois. A maturidade pode trazer rugas,

Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG CEP: 34000-000

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dificuldades, insegurança com relação ao sexo, mas vem com um espírito mais evoluído e com a certeza do que realmente vale a pena. Afinal, quem disse que amor tem idade? Não tem mesmo!

GEÓRGIA CHAVES CAMPOS

Que bom ver uma reportagem que mostra como é o amor entre casais mais velhos. Encontrar alguém na maturidade faz um senhor bem à saúde, nos faz voltar à adolescência, a querer viver momentos únicos o mais intensamente possível – afinal, o tempo agora não está a nosso favor. Eu, por exemplo, tenho 75 anos e encontrei o meu verdadeiro amor há dez. Somos muito felizes, companheiros, um respeita o espaço do outro. Parabéns ao repórter pela sensibilidade.

MARIA JOSÉ SALES DE SOUZA

Bem perto do Dia dos Namorados, foi muito bom ler uma matéria que fala do amor sem idade. Adorei as histórias dos casais mostrados na reportagem. São histórias que nos incentivam e mostram o que realmente importa, principalmente nos dias de hoje, em que o imediatismo impera.

WAGNER SANTANNA SOARES

ISSN 1984-0535

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A alma de

A cantora belo-horizontina Gabriela Pepino consolida carreira com novo trabalho, que traduz fase de plenitude da artista

Gabi

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e gosto de experimentar”

M

ENTREVISTA HUMBERTO SOUTO, PREFEITO DE MONTES CLAROS: “É PRECISO CONTINUAR COM AS REFORMAS”

ARTIGO PCO BONS SE AFASTARAM DA POLÍTICA

para você!

14 VIVER Junho 16 - 2017

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Viver on-line

ANIVERSÁRIO DO GALPÃO – Os belo-hori-zontinos poderão conferir a turnê come-morativa dos 35 anos do grupo Galpão até 11 de junho. As peças realizadas nos teatros podem ser conferidas pelo valor de R$ 10 a R$ 30. Já na praça do Papa, a entrada é fran-ca. Informações: (31) 3277-6437.

SEM MOLDES - Em cartaz até 30 de junho no Centro de Arte Popular Cemig, a exposi-ção Célio de Faria – Pinturas traz paisagens, fl ores e uma série de telas com temas abs-

tratos do pintor mineiro. Às terças, quartas e sextas, as visitas ocorrem das 10h às 19h; às quintas, das 12h às 21h; e aos sábados e domingos, das 12h às 19h. Entrada gratuita. Informações: (31) 3222-3231.

ROCK INTERNACIONAL – A banda america-na The Maine se apresenta em 22 de julho no Teatro Bradesco às 20h. O grupo vem ao Brasil para promover o último álbum, Lovely Little Loney. Ingressos: de R$ 100 a R$ 240. Informações: (31) 3516-1360.

PASSEIO CULTURAL

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ACESSADAS

1. Sem volta

2. Viver Melhor

3. Amor sem idade

@vivergourmet

Vista da mata do Jambreiro numa manhã de outonoENVIADA POR: TÚLIO DE CARVALHO RESENDE

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VIVER Junho 16 - 201718

Sem espaço para aumento Empresários querem mais efi ciência do governo no lugar de impostos. O recado é do presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr., que considera a carga tributária no país muito grande, penalizando a sociedade como um todo de maneira perversa. Para o líder empresarial, não há mais espaço para novos aumentos, como o que está acontecendo em Minas Gerais com os preços de combustíveis e outros produtos. Olavo Machado acredita que, como o reajuste dos impostos passa a valer no ano que vem, até lá o governador Fernando Pimentel desista de colocá-lo em prática. Mesmo porque, se a economia não reagir, o problema do governo será muito maior.

Vade retro

O status de ex-presidente da Câmara tem revelado um karma maldito. Para quem não sabe, karma signifi ca que os efeitos das nossas ações voltarão para nós no futuro. Que o digam Michel Temer, Aécio Neves, João Paulo Cunha do Nascimento, Severino José Cavalcanti Ferreira, Henrique Alves e Eduardo Cunha. Rodrigo Maia promete engrossar essa lista. A lista do Senado não difere muito e também promete nitroglicerina pura.

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

Quem acha que Lula está morto depois de tantas denúncias encontra-se completamente enganado. Pesquisas apontam que ele continua fortíssimo e, se não aparecer um candidato com apelo popular, pode se eleger em 2018. Para alguns analistas, um nome que pode bater de frente com o petista é o prefeito de São Paulo, João Doria Jr., possível escolhido pelo PSDB se o gover-nador Geraldo Alckmin abrir mão da candidatura. Ainda no tucanato, surge o nome do governador de Goiás, Marconi Perillo, que está no quarto mandato.

Lula continua na pista

À espera de Palocci

Cenário ideal

Wilson Dias/Abr

Wilson Dias/Abr

A tensão do ex-presidente Lula nos últimos dias está diretamente relacionada ao potencial estrago que a delação do ex-ministro Antonio Palocci pode ter contra ele. Um dos homens fortes do petista, Palocci mostra que nunca brincou em serviço. Investigado-res da Lava Jato descobriram que o Projeto Consul-toria Empresarial e Financeira, controlada por ele, recebeu entre 2007 e 2015, 81,3 milhões de reais de 47 empresas. Isso só das empresas que transferi-ram valores superiores a 300 mil reais.

O ministro Luís Roberto Barroso traçou o cenário que desejaria ver concreti-zado nos planos político, econômico e social, a partir de um projeto progres-sista fundado no tripé democracia, livre iniciativa e justiça social. Para ele, os valores do futuro são os “perenes da fi losofi a moral”, quais sejam, a busca pela felicidade, o dever para com o próximo e a realização da justiça. Só falta combinar com os nossos valorosos políticos!

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Ao decidir modernizar a gestão em São Paulo, o pre-feito João Doria, passou a cobrar de seus auxiliares respostas rápidas às demandas do município. Nesse processo, o secretário de Justiça, Anderson Pomi-ni, tem sido peça-chave. Ele contratou empresas de tecnologia para organizar as informações sobre os devedores do município. O objetivo é fazer buscas no Google para tentar encontrar bens dos contribuintes,

para que sejam cobradas as dívidas que estão há anos nas prateleiras. A nova tecnologia pretende mapear toda a rede de pessoas físicas e jurídicas para já entregar aos juízes todos os bens penhoráveis dos devedores. O sistema, segundo Pomini, estava defasado.

Os partidos políticos estão perdidos, sem saber que rumo seguir nas eleições do ano que vem. As pesqui-sas encomendadas apresentam resultados difusos e confusos. Vários nomes aparecem para a disputa ao governo de Minas, como o do governador Fernando Pimentel, do prefeito de Betim, Vitorio Mediolli (PHS),

do ex-deputado Dinis Pinheiro (PP) e até do prefeito Alexandre Kalil (PHS). Mas até agora, ninguém sabe que linha seguir para conquistar o eleitor.

Uma das preocupações do presidente da Faemg, Roberto Simões, além da crise política e econômica, diz respeito ao rápido crescimento da população. Ele acredita que, em 30 anos, o Brasil precisará produzir 40% mais alimentos do que produz hoje, e isso só se dará com respeito ao meio ambiente, uso racional de irrigação, consciência e boas técnicas. Para tanto, a saída, segundo Simões, é a de fo-mentar a modernização dos processos legais, priorizando uma legislação mais eficiente e que realmente promova o meio ambiente.

Estamos em uma democracia, comandada por partidos que se assemelham à estrutura do crime organizado, na qual a esperança comprou, com caixa dois, o medo. Ninguém vê uma saída e, per-cebam, já estão no forno novas delações. Tiririca (PR), o palhaço eleito deputado federal em 2010, com votação recorde, tinha como slogan: “Vote no Tiririca. Pior do que tá, não fica”. Ficou.

VIVER Junho 16 - 2017 19

Modernização dos processos legais

A que ponto chegamos!

Valeu a torcida O ainda senador Aécio Neves,

bem antes do sorteio que distribuiu o seu inquérito para o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, confidenciava a aliados que torcia para cair, justamente, com o magistrado sorteado. É sua crença, inabalável, de que é imune às pressões. Crença que já era...

Dinheiro de boa origem Quem se lembra do nome

Posto da Torre? Foi lá que teve origem a ordem de batismo da operação Lava Jato por ser usado para lavar recurso sujo do esquema. Pois bem, dia desses ele estava em promoção. Perto de hotéis que hospedam parlamentares em Brasília, oferecia desconto de 10 centavos no litro da gasolina para quem usasse dinheiro vivo como forma de pagamento. E não questionava se o dinheiro era de boa origem... A fila ficou enorme e congestionou aquela região.

De cara nova Marcio Lacerda (PSB)

encontrou a forma de se apresentar para o eleitor e já tem até slogan: Minas de Cara Nova. A fama que ganhou de ser técnico e não político é explorada com o que ele chama de seu “jeito franco e sincero, um jeito mineiro de governar”. Para Lacerda, o que precisa existir é política com honestidade e ética.

Identificando os devedores

Sem rumo

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Sueli Cotta

Pedro Vilela/Agência i7

Pedro Vilela/Agência i7

Divulgação

Leon Rodrigues

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A pressa do presidente do diretório estadual do PSDB, Domingos Sávio, em pular do barco do senador mineiro Aécio Neves, após a denúncia da Pro-curadoria-Geral da República, irritou muitos tucanos. Sávio está sendo cha-mado de traidor por membros do par-tido. Mas ele não é o único. Outros par-lamentares próximos a Aécio também tiveram o mesmo comportamento.

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José Cruz/ABr

Entre Aspas

As sucessivas crises têm gera-do mais do que incertezas. Que o digam os 14 milhões de desempre-gados. O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega tem acom-panhado os empresários mineiros para encontrar alternativas para evitar que o setor produtivo se afunde no processo. Apesar da tur-bulência, Nóbrega acredita que os sinais de saída da recessão são reais e, com ela, vem a recuperação da confiança. Otimista, ele aposta que

as previsões de redução da inflação para cerca de 4%, em 2017, e 4,35%, em 2018, vão se confirmar. Os juros devem cair para menos de um dígi-to, o que pode impulsionar o cres-cimento. Mas, avisa: a crise política vai continuar na pauta.

Uma das principais dificuldadesdo setor hoteleiro é o de tornar Belo Horizonte um roteiro atraente para os turistas. Com a média de ocupações dos hotéis entre 42% e 45%, a nova presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG), Érica Drumond, quer atrair mais visitantes aproveitando-se das festas juninas. A capital entrou, neste ano, no edital de festejos juninos do Ministério do Turismo e da Embratur entre os cinco maiores destinos turísticos do país no período. Ela pode enfrentar resistência, no entanto, com o novo ocupante da pasta de Turismo na prefeitura, o ex-ministro Juca Ferreira (PT), um baiano de Salvador, com pouca intimidade com o jeitinho mineiro.

OS SINAIS E AS INCERTEZAS

Durante 13 anos, o governador Fernando Pi-mentel (PT) reclama que foi acusado e caluniado devido a uma denúncia rejeitada no dia 7 de ju-nho, por unanimidade, pelo Superior Tribunal de Justiça. O processo, movido pelo Ministério Público do estado, em 2004, questionava a falta de licita-ção para implantação do Projeto Olho Vivo, programa na área de segurança na PBH. Pimentel se diz aliviado e feliz, mas reclama que o desgaste político e moral per-manecem. “Isso faz parte da vida política”, mas espera que os outros

processos que existem contra ele, sejam anali-sados sem tanta demora e que “se traga a verdade à luz”. “Eu tenho a cons-ciência tranquila. Não tenho nada escondido, não tenho conta na Suíça,

não tenho imóvel escondido. Mi-nha vida foi devassada nos últimos dois anos e meio com essas inves-tigações e não encontraram nada contra mim”, afirma. Pimentel pondera que não basta a palavra de um delator preso para dizer que aquilo é verdade e disse que está muito cauteloso com as denúncias que têm surgido.

ANÁLISE SEM DEMORA

TURISTAS PARA FESTAS JUNINAS

VIVER Junho 16 - 2017

POR SUELI COTTA | [email protected]

“ Aquele que se sabe profundo esforça-se por ser claro; aquele

que gostaria de parecer profundo à multidão esforça-se por ser obscuro”.

Friedrich Nietzsche - fi lósofo alemão (1844/1900)

REVOADA TUCANAGeorge Gianni/PSDB

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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VIVER Junho 16 - 2017

Nenhum brasileiro tem dúvidas de que o Brasil é outro desde o início da operação Lava Jato. O maior escândalo de corrupção da história do país, envolvendo empresários e políticos, causou espanto pelo poderio das empresas envolvidas, pelos valores astronômicos desviados e das propinas pagas e pelo envolvimento de ministros, ex-presidentes, enfim, da elite da política. Onde tudo isso vai parar? Ninguém sabe. Para o cientista político e professor da UFMG Bruno Wanderley, o risco é que o país fique instável. Ele avisa também que, se não houver mudanças nas regras atuais, que permitem o que ocorreu no país nos últimos anos, as eleições subsequentes só vão mudar os atores.

O que mudou no Brasil com a operação Lava Jato?Meu receio é que tenha virado um país instável. A esperança é a de que seja uma crise passageira, um espasmo de depuração. Mas não acredito muito em depurações.

Acredito em boas regras, em boas instituições, em rotina administrativa, em que, pouco a pouco, vamos

aprendendo a limitar os abusos de poder econômico na política e, por extensão, na corrupção. Se formos

depender de um espasmo depuratório, é mau sinal. Significa a desestabilização do sistema político, o risco de uma instabilidade institucional mais ou menos crônica, o prejuízo ao combate à corrupção. O sistema depende do império da lei, de rotina administrativa, da prestação de contas por autoridades não só nas eleições, de um ambiente

de previsibilidade e estabilidade institucional. Quando todos lutam para sobreviver à próxima semana, presumo que o jogo político fica mais brutal. Meu temor é que, eventualmente, por baixo das melhores intenções, nossos procuradores e juízes estejam cerrando os galhos sobre o qual estão sentados. O que deu poder para eles foram os 30 anos de estabilidade política, que produziu certa autonomia

As (más) regras do jogo

Entrevista Bruno WanderleyCientista político analisa com criticidade os mandos e desmandos da operação Lava Jato e a queda de braços em Brasília. Para ele, o sistema brasileiro não apenas facilita, como endossa a corrupção

SUELI COTTA

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administrativa, sistema político e ordem constitucional estáveis e fortes. Se elas se desestabilizam, vai tudo junto, inclusive a capacidade de controle dos juízes e procuradores.

O Judiciário tem interpretado a lei dependendo da reação da população. Está ocorrendo uma livre interpretação da Constituição?Sim, e isso me preocupa muito. Acho péssimo sinal quando o Judiciário se importa com a popularidade da decisão A ou B. Alguns juízes pensam na sua missão profissional como uma espécie de causa política, inclusive a ser ganha. Para isso existem as instâncias superiores, e para isso existe o Supremo Tribunal Federal. A primeira missão do STF é zelar pela estabilidade constitucional e pela integridade da observância à Constituição pelos poderes constituídos e pela estabilidade das instituições e da ordem política. E acho que o Supremo está vacilando. Longe de dizer que não se pode investigar esse ou aquele. Quem foi pego, se tem provas contra, tem que ser investigado. Mas o Supremo deve zelar o tempo todo pela integridade do devido processo legal, pela observância da lei e pela subordinação desses meios a alguma finalidade presumivelmente justa ou popular, sem subverter completamente sua missão.

A queda de braços entre o STF e o Congresso pode agravar a situação?Isso é indesejável e tendemos a fulanizar essa briga, com vilões e mocinhos, bandidos e heróis. Mas nunca é assim. Quando nossa compreensão de uma disputa política

depende de um enquadramento maniqueísta, em que de um lado está o bem e de outro lado está o mal, só temos uma certeza: a de que não estamos entendendo nada. Na disputa política, inevitavelmente, estamos arbitrando conflitos de interesse. Alguns políticos terão compromisso com um lado, outros, com outro. São nossos conflitos que batem ali. Se tivermos boas regras, os políticos estarão orientados primariamente para representar seus eleitores. Mas se forem ruins, eles podem estar orientados para representar financiadores – e acho que esse é o caso em boa medida. Não resolvemos isso simplesmente multiplicando processos contra centenas de deputados. Quando existe algum tipo de prática indesejável, que se disseminou a ponto de parecer que todo mundo está implicado, temos que começar a pensar nas regras em vigor e em que medida elas empurram a elite política rumo a ela. Selecionam eventualmente quem é poderoso, com financiadores poderosos. Por que são essas pessoas que ganham as eleições? Se essas pessoas têm vantagens eleitorais – e elas têm –, então temos um viés de seleção embutido. Enquanto as regras vigorarem, não adianta prender centenas de políticos. Quem entrar no lugar será igual ou pior.

São os que detêm poder econômico que ditam as regras?O que temos, basicamente, é uma regra catastrófica e única no planeta sobre financiamento de campanha. O teto que incide sobre os doadores é proporcional à sua renda. Se cada

Entrevista

Bruno Wanderley

“O Supremo tem que zelar o tempo todo

pela integridade do devido processo legal,

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finalidade justa”

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um pode doar 10% da sua riqueza, para quem um candidato racional vai pedir dinheiro? Para quem tem muito. Todo mundo faz isso? Não. Mas quem não faz perde a eleição. Quem ganhou a eleição nos últimos anos ou eram pessoas que, desde o início, tinham boas relações com financiadores poderosos ou pessoas que, para não perderem, optaram por jogar esse jogo. As pessoas, chocadas, perguntam se todo mundo depende “desses caras”. A resposta é sim. A lei manda os candidatos irem atrás dos “caras”. Quem não foi perdeu. Nosso problema não é proteger uma sociedade virtuosa contra uma elite política predatória. Temos que proteger o sistema político dessa predação pelo poder econômico, e isso não conseguimos. Não é fácil em lugar nenhum do mundo, mas o nosso é primoroso em dar poder ao financiador por causa do teto de 10%.

Regras frágeis causaram os problemas que o país está vivendo?Junte-se a elas as eleições de deputados e vereadores que reúnem centenas, às vezes mais de mil candidatos em um distrito só, o que significa que são candidaturas frágeis, políticos eleitos com 1% ou 2% dos votos. Se são muitos candidatos e poucos doadores, quem dita as regras? Quando um Joesley Batista fala que deu propina para mais de 1,8 mil políticos, isso é conversa fiada, porque não se consegue administrar quase duas mil candidaturas para ações de suborno. Com que tipo de planilha você opera esse tipo de esquema? Não é no varejo que a Odebrecht ou Batista operam. Eles compram influência no atacado. Ao financiar 2 mil, eles fazem isso legalmente, porque a lei é uma aberração. Garantem para si boa vontade, portas abertas no sistema político. Não compram nenhuma medida específica, mas, sim, a garantia de que serão ouvidos, de que

vão encontrar portas abertas. Como o Joesley tem uma renda pessoal que passa de 1 bilhão de reais, ele está legalmente autorizado a doar 100 milhões em um único ano.

O senhor acredita que haverá alguma mudança na reforma política que está sendo analisada no Congresso?Um ambiente de crise não facilita a discussão. Ao contrário, dificulta. Nos últimos 15 anos, os parlamentares têm pautado a reforma política. Em 2003, uma comissão da Câmara atacou frontalmente a questão do financiamento de campanha, quando ninguém estava pensando nisso. Por falta de ideia melhor, os autores propuseram no relatório do deputado Ronaldo Caiado financiamento exclusivo e lista fechada, mas apanharam e foram criticados por querer utilizar dinheiro público nas campanhas. Boa ou má, era uma proposta que lidava com um problema real. A imprensa tratou a ideia como patifaria e a área acadêmica ignorou solenemente. Deu no que deu. Acho injusto processar deputados por atacado, como na lista do ministro Fachin, com 80, 90 nomes de deputados, quando, na verdade, ninguém sabe o que fazer nessa matéria, em como regular os financiamentos de campanha. Os políticos dançaram conforme a música. Temos uma regra que é uma anomalia. Quem ganhou eleições nos últimos 30 anos conseguiu porque era famoso ou financiado por grandes doadores.

Com a divisão do país promovida pelos políticos, o que se vê é um lado torcendo pela prisão de Aécio Neves e outro pela de Lula. É esse o roteiro esperado?Considero isso extremamente contraproducente. Não vejo nenhum motivo para comemorar a prisão de um ou de outro. Não é assim que a gente melhora, sobretudo no caso do Lula. Eles estão, literalmente, procurando a bala de prata há dois anos e não acharam nada

Entrevista

Bruno Wanderley

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“Se a lei permite a cada um doar 10% da sua riqueza, para quem um candidato racional vai pedir dinheiro? Para quem tem muito. Todo mundo faz isso? Não. Mas quem não faz perde a eleição”

VIVER Junho 16 - 2017

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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comprometedor. Acharam certa promiscuidade, que pode ser embaraçosa. Acho que isso é um desvio equivocado da Lava Jato. Ela devia se ater a fazer a investigação criminal, independentemente de interpretações e especulações sobre ramificações políticas, forçando a barra e correndo o risco de, com isso, não só desmoralizar a investigação, como desestabilizar o sistema político. É politicamente ingênuo achar que vão depurar o sistema. Ele reflete nossos conflitos de interesses, sempre vai operar sob a égide do poder econômico, sempre vai ter gente poderosa interessada em comprar decisões. Haverá corrupção em maior ou menor medida. O que podemos fazer é tornar mais difícil para o poder econômico executar essa compra. A ideia de que se façam acordos de um lado e de outro é criminosa. Juiz nenhum pode fazer acordo dessa natureza. Ao fim de tudo, sairemos mais fracos e em um sistema mais corrupto do que nunca.

O juiz Sérgio Moro virou uma espécie de herói nacional. Isso é perigoso?Sim, sobretudo, porque a Lava Jato se permite uma série de irregularidades, apostando na popularidade da sua causa. Apostou de maneira bem-

sucedida e a imprensa embarcou, deu carta-branca. Isso está claro em um artigo do próprio Moro, de 2004, sobre as Mãos Limpas, em que ele fala da estratégia de fazer andamentos seletivos, de mobilizar a imprensa para pressionar a pessoa a fazer a delação, estender prisões, de deixar a pessoa em blackout de informação. Só que tudo isso é manifestamente inconstitucional. Quando o Aécio disse que perdeu a eleição para uma organização criminosa e veio um juiz prendendo políticos ou gente ligada à política, mesmo que não seja certo, quem vai falar contra, quando os políticos chamam uns aos outros de criminosos? Vendeu-se a ideia de que o Moro era um herói que estava prendendo bandidos. O Supremo se acovardou, para usar a expressão do Lula, e quando já havia caído o governo da Dilma, veio a denúncia de que a outra turma é a mesma coisa. Eu me preocupo com a decisão do Supremo, por 9 a 2, de que, para processar um governador, não precisa de autorização das assembleias legislativas, salvo dispositivo específico constitucional. É perigoso, pois abre a porta para que tudo o que estamos vendo em nível federal se espalhe pelos 27 estados.

Entrevista

Bruno Wanderley

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VIVER Junho 16 - 2017

Faxina nas eleiçõesO assunto pode ser enfadonho – até concordo que é,

ainda mais num momento como o atual, em que só se fala em crise –, mas inevitável. É que estamos muito mais próxi-mos do que parece de uma nova eleição. O ano de 2018 está bem ali e teremos que voltar às urnas para escolher presi-dente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.

Os que reclamam não ser a hora de falar em política, que o momento é de preocupação com a economia e as consequências de sua paralisação, como os 14 milhões de desempregados, não devem se esquecer de que, sem resol-ver a primeira, não se cuida da segunda. É como disse Ber-tolt Brecht, dramaturgo alemão (ou pelo menos se atribui a ele): “o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha,

do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas”. É da ignorância política, ou da omissão política, “que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, cor-rupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

Radical? Não, realista. A ascensão do mau político – e como eles existem no Brasil! – é a raiz de nossos problemas. E, que ninguém se iluda, se não houver uma mudança radical no comportamento do eleitor e da sociedade como um todo, teremos enorme dificuldade para matar esta raiz. É que chegamos a um estágio tal de degradação que o mau cheiro que exala da atividade política afasta os bons. Há um ditado popular que retrata bem a situação: “quem com os porcos se mistura, farelo come”. Quem tem o paladar mais refinado e se recusa a comer farelos prefere não se misturar. Prefere evitar rótulo de corrupto, que, lamenta-velmente, muitas vezes de forma injusta e irresponsável, é colocado no político tão logo ele sai ungido das urnas. A so-ciedade, se deseja mesmo mudança, terá que encarar esta

situação, deixar de colocar todos no mesmo balaio, pois o carimbo de que todos são iguais só interessa aos ruins e péssimos. Saber separar para saber escolher é fundamen-tal para que os vocacionados a servir tenham coragem de ocupar seus espaços.

Sem a faxina, podem apostar, será impossível mudar. Será impossível recolocar a economia do país nos trilhos. As crises econômicas são cíclicas e atingem todos os paí-ses, maiores ou menores, mais ou menos desenvolvidos. Com a globalização, uma gripe na economia chinesa pode provocar uma pneumonia no mundo. Uma bolha bancária nos Estados Unidos pode tirar o emprego de um caseiro de sítio no interior de Minas. Seus efeitos, no entanto, po-dem ser maiores ou menores dependendo da seriedade e competência com que são enfrentados pelos governos. Pa-íses como o Brasil têm a enorme tendência de tratar essas questões de forma demagógica, sem impor austeridade no trato da coisa pública. Austeridade em momentos de crise significa impor sacrifícios necessários para atravessar o mar revolto com alguma segurança.

Mas sacrifícios podem significar perda de votos, ainda mais se os tempos de bonança não retornarem antes do período eleitoral. E ninguém está disposto a correr o risco de perder votos só para tirar o país da bancarrota. Prefere o caminho da falácia, da enganação de um povo que ado-ra ser enganado por falsas promessas, ainda mais se elas forem de benefícios pessoais. É dessa forma que fazemos política. E assim viveremos em crises cotidianas, sem nos modernizarmos, sem, efetivamente, nos estruturarmos para mantermos uma economia minimamente estável, menos sujeita à ciclotimia do setor. E assim vamos chegar atrasados ao passado. Ao futuro, nem pensar.

Pensem nisso, no entanto, sem se esquecer de que não basta se preocupar com o presidente. É preciso lem-brar que governadores e prefeitos também fazem estra-gos. Que deputados – estaduais e federais – e senadores fazem muito mais. Lembre-se de que a despreocupação com o voto leva às más escolhas de ministros – também do Judiciário –, assessores, dirigentes de estatais e de uma série de outras autoridades que, reparem, fazem parte do cardápio das delações.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Paulo Cesar de Oliveira

Chegamos a um estágio tal de degradação que o mau cheiro que exala da atividade política afasta os bons

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MIRIAM GOMES CHALFIN

Se você passa muito tempo co-nectado, sente total desespe-ro se estiver sem o celular, vive

acessando as redes sociais, fica irri-tado ou deprimido se não tem como checá-las ou recebeu poucas curti-das, tem prejuízos no trabalho e nos relacionamentos sociais e afetivos, cuidado: você pode estar dependen-te. “Temos observado que as redes sociais têm sido utilizadas, cada vez mais, com mais frequência e intensi-dade. Isso contribui para que as pes-soas fiquem bem mais dependentes porque a comunicação, na atualida-de, tem sido primordialmente vir-tual. É comum que a pessoa faça uma postagem e fique na expectativa de que o retorno seja quase imedia-to. Quando obtém o retorno, se sente aliviada e segue postando. É um mo-vimento de estímulo e resposta que, dada a facilidade do uso sempre à mão do smartphone, aumenta a pos-sibilidade do uso abusivo”, afirma a psicóloga Sylvia van Enck Meira, do Programa de Dependências Tecno-lógicas do Ambulatório Integrado dos Transtornos do Impulso (Pro- Amiti) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP).

“As redes sociais provocam es-tímulos que atingem o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina, neurotransmissor que causa prazer. A pessoa tende a repe-tir esse comportamento em busca daquela sensação ou para se afastar de sentimentos negativos que esteja vivenciando, como tristeza, ansie-dade, solidão”, destaca a psiquiatra Julia Khoury, professora do Depar-tamento de Saúde Metal da Facul-dade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Inclusive, ela realizou, juntamente com o coordenador do Ambulatório

FIQUE ATENTO!

de Dependências Químicas do Hos-pital das Clínicas da UFMG, o psi-quiatra Frederico Duarte Garcia, a chamada Avaliação do Risco de De-pendência de Smartphones em Es-tudantes Universitários.

A pesquisa foi feita entre 2014 e 2016, com 415 alunos da UFMG. Cada um deles respondeu a um questionário com 26 questões rela-cionadas ao uso de celular, como, por exemplo, “Eu me sinto inquieto e irritado quando não tenho acesso ao smartphone” ou “Em mais de uma ocasião, eu dormi menos que quatro horas porque fiquei usando o smart-phone”. No resultado, quem mar-cou sete ou mais questões com “sim” tem alto risco para dependência e deveria procurar um psiquiatra para ter o diagnóstico. Segundo Julia,

Fonte: www.dependenciadeinternet.com.br (Pro-Amiti/IPq do HC/FMUSP)

1. Você fi ca mais tempo na internet do que com pessoas “reais”?

Costuma gastar suas horas com atividades on-line mais do que com pessoas da sua família, amigos ou de outro tipo de relacionamento

2. Você não consegue manter seu próprio controle na internet?

Conecta-se apenas para “dar uma olhada” e acaba fi cando bem mais do que o planejado

3. Você acha que “sem a internet nãodá para fi car”?

Se por qualquer razão você não pode estar on-line durante algumas horas/períodos e percebe-se ansioso ou com tédio ou irritado e, quando volta a conectar-se, fi ca bem de novo

4. Você se percebe incapaz de diminuir o tempo on-line, mas, pelo contrário, ele só aumenta?

Caso você já tenha feito tentativas frustradas para diminuir o tempo de uso e vem notando que, a cada dia que passa, você permanece mais tempo

conectado para ter a mesma satisfação

5. Você tem mentido ou disfarçado para os outros sobre o tempo que fi ca conectado?

Desde que começou a fi car mais tempo on-line, você tem tentado enganar ou mentir para seus familiares ou pessoas mais próximas a respeito da relação que você estabelece com o tempo na internet

6. Você sente que, sem a internet, a vida não teria graça? Se não consegue mais sentir o mesmo prazer que antes nas atividades off -line ou sente-se melhor na vida virtual do que em qualquer outra situação real. Ou tem notado que, desde que começou a usar com maior frequência a internet, vem sentindo-se irritado ou deprimido

7. Mesmo sem estar conectado, preocupa-se com o que está acontecendo no mundo virtual?

Quando você está envolvido em outras tarefas cotidianas e não pode estar on-line, dá um jeito para fi car “inteirado” dos acontecimentos virtuais

Sinais de dependência de internet e redes sociais:

A MÉDICA JULIA KHOURYpesquisou o risco de dependência

Pedro Vilela/Agência i7

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44% dos entrevistados apresenta-ram rastreamento positivo e foram atendidos por especialistas. Des-se total, 73% (137 pessoas) tive-ram diagnóstico de dependência de smartphone e 93% (127), de redes sociais. “A dependência do celular reflete a de redes sociais porque o acesso é muito mais facilitado”, co-menta a pesquisadora.

As consequências desse tipo de transtorno vão da redução do ren-dimento acadêmico, laboral e de outras atividades não relacionadas, como esportes e convívio social, à menor quantidade e qualidade do sono, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito. “Também pode aumentar sintomas de ansie-dade e depressão e causar dores no pescoço, no punho e nas costas por causa da posição”, acrescenta Julia Khoury.

O universitário Alexsander Dou-glas Matias, 23 anos, reconhece que, por várias vezes, correu risco de ser atropelado porque estava acessando as redes sociais na rua. Também já sentiu dor no braço por causa da má postura e perdeu prova na faculdade

ESPECIALCAPA

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Em abril, quando comecei um novo relacionamento, resolvi dar um

tempo porque isso ia me atrapalhar ”Luísa Soares Carneiro

porque não conseguiu acordar. “To-das as noites, fico no celular e, mui-tas vezes, cheguei a dormir apenas duas horas. Quando acordo, a pri-meira coisa que faço é olhar o Ins-tagram. Inclusive, acordo mais cedo para isso”, diz. Ele mesmo se consi-dera dependente de redes sociais, já que tentou se desapegar e não con-seguiu. “Desativei meu Facebook e Instagram, mas não consegui ficar sem. Fiquei muito mal de pegar o telefone e não ter nenhuma notifi-cação, não poder ver os conteúdos que gosto, os blogueiros e digital in-fluencers”, explica.

O relacionamento interpessoal

também sofre as consequências. “Quando saio com meus amigos, fico postando fotos. Sempre tem alguém que fala para eu conversar em vez de ficar no celular. Já chegou a atra-palhar meu namoro, deu briga. Meu namorado queria mais atenção”, conta. Até mesmo o trabalho foi afe-tado. “Quando fui demitido, um dos motivos para isso foi o fato de eu ficar sempre olhando o celular”, revela. A vontade de acessar as redes o tem-po todo é tão grande, que Alexsander não sai de casa sem o aparato com-pleto: iPhone, relógio que conecta ao celular e iPad. “Isso para não correr o risco de ficar desconectado. Saio com eles todos os dias. O celular e o reló-gio são inseparáveis”, frisa. Ele tam-bém não se importa em gastar com aparelhos de última geração. “Que-ro cada vez mais um celular melhor para poder acessar as redes sociais e ter mais conforto. No último ano, comprei quatro aparelhos”, justifica.

Mas como saber se, neste mun-do totalmente globalizado pela tec-nologia, a pessoa é ou não viciada? Para a psicóloga Sylvia Meira, a de-pendência ocorre quando não se consegue deixar de usar o aparelho ou acessar as redes e, assim, outras demandas da vida acabam fican-do de lado. A reação também é ou-tro componente: se a pessoa não tem acesso ao smartphone, fica ir-ritada, ansiosa ou deprimida. “Isso traz uma série de problemas quan-do se pensa na questão das intera-ções sociais e familiares. Pessoas que estão vivendo períodos difíceis na vida (desamparo, perdas afetivas e/ou profissionais) são mais susceptí-veis a essa dependência. Muitas ve-zes, elas estão com dificuldades para enfrentar situações na vida como tomar decisões e agir no mundo e acabam buscando refúgio na apare-lhagem, aliviando um pouco a tensão do momento. As redes sociais fun-cionariam como um tipo de escape

Pedro Vilela/Agência i7

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da situação que está gerando angús-tia ou ansiedade e, para obter alívio e prazer, a pessoa precisará acessar cada vez mais, como se fosse uma droga”, afirma a psicóloga.

Além do prazer, as redes sociais também trazem sofrimento. Por exemplo, quando a resposta não é o que a pessoa gostaria, como ter poucas curtidas ou receber comen-tários com os quais não concorda. Daí é apenas um passo para achar que não é querida, aceita ou admira-da – e uma bofetada na autoestima. “A felicidade das redes sociais geral-mente prejudica quem tem predis-posição à ansiedade e à depressão. As pessoas têm que entender que essa felicidade postada é ilusória”, alerta Julia Khoury.

“Para quem é depressivo e usa redes sociais para se sentir melhor, a tecnologia ajuda no momento, mas

ela não combate a causa do proble-ma”, completa Sylvia Meira. Por ou-tro lado, o relacionamento virtual pode ajudar no caso de fobia social. “O problema é que isso tende a fazer com que as pessoas busquem cada vez menos relacionamentos reais”, pondera a psiquiatra Julia.

“O fato de a realidade das redes sociais ser falsa quase me afetou. Sigo um monte de modelos. Quando uma posta foto de corpo sensacional, penso que gostaria de ser igual a ela. Acabo indo à academia ou fechando a boca para não engordar. Mas não acho que isso seja um problema, é um incentivo”, comenta a universi-tária Clara Marques Damasceno, 23 anos, que se considera viciada em re-des sociais. Ela confessa que fica co-nectada praticamente a manhã toda e à noite. “Gosto de saber dos outros, o que estão fazendo, ver fotos.

ARIANA PENNACCHIA: mais de 18 horas seguidas com o telefone na mão

Pedro Miquilino

Especialista des- taca benefícios da natação para bebês

Modalidade pode ser praticada a partir dos 6 meses de vida, com aulas individuais ou com a participação dos pais

A natação é a única atividade físi-ca que pode ser praticada a partir dos 6 meses de vida, contribuindo para o de-senvolvimento motor do bebê. Através da modalidade, a criança trabalha todos os músculos, auxiliando no aperfeiçoamen-to dos movimentos e refl exos, além da aptidão cardiorrespiratória. Um trabalho realizado pela Universidade de Ciências e Tecnologia da Noruega, provou que bebês que praticam natação têm melhores re-sultados, anos mais tarde, em exercícios que exigem equilíbrio e habilidades para alcançar objetos.

Segundo a professora de Natação Baby da Cia Athletica, Izabela Campos, a natação é um esporte completo, em que os pequenos são estimulados a trabalhar todos os músculos do corpo de forma lúdica e divertida. “A natação melhora a coordenação motora em outras modali-dades, pois as crianças são estimuladas a

desenvolver o equilíbrio, os saltos, deslo-camentos com braços e pernas, além da fl utuação” explica a professora.

Izabella avalia que a introdução do exercício físico na infância ajuda no de-senvolvimento físico, mental e social do indivíduo. “A natação para bebês propicia a primeira socialização das crianças, por-que têm contato com outras da mesma faixa etária”, observa.

As aulas têm duração de 30 minutos e podem ser realizadas até três vezes por

semana. A atividade pode ser praticada em grupo, com o auxílio dos pais, e indivi-dual, entre a criança e o professor. A partir de dois anos os bebês passam a entrar na piscina acompanhados apenas dos pro-fessores.

Há três meses o economista Paulo Zschaber, colocou a fi lha Nina, de um ano e um mês, na natação. “Nina nunca foi à escola e estar com outros bebês a esti-mula bastante, ela se diverte. Como nós utilizamos comandos cantados, percebo que hoje ela atende melhor as instruções e adquiriu uma rotina disciplinar das tare-fas do dia a dia” conta.

www.ciaathletica.com.br

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É uma distração. Também tenho mania de postar fotos minhas e fico monitorando curtidas e comentá-rios. Já cheguei a apagar fotos que tiveram poucas curtidas”, conta Cla-ra. Ela também diz que sente dor no pulso pelo excesso de uso do smart-phone e que, na faculdade, às vezes fica desatenta por causa de notifica-ções recebidas.

A universitária Ariana Pennac-chia, 20 anos, diz que já chegou a sentir dores nas costas por causa da má postura na hora de utilizar o smartphone. Também pudera: como ela tem um blog, canal no You-tube e perfil no Instagram, acaba fi-cando de 18 a 19 horas, sem parar, com o telefone na mão. “Até na hora de comer e quando estou can-sada, fico olhando as redes sociais. Apesar de tudo, acho que melhorei. No começo, há mais ou menos três anos, eu praticamente deixei a mi-nha vida social de lado para ficar nas redes sociais. Hoje, consigo fazer as duas coisas”, garante. Mesmo assim, quando sai com os amigos, eles re-clamam que ela não para de checar as notificações. A dependência é tão grande, que Ariana confessa que, se estiver sem o aparelho, fica maluca. “Recentemente, meu celular que-brou e fiquei sem ele por seis dias. Eu acordava e sentia que estava fal-tando um pedaço de mim”, frisa.

Já Luísa Soares Carneiro, de 19 anos, tomou a iniciativa de dar um tempo nas redes sociais. “Ano pas-sado, posso dizer que eu era viciada. Acessava as redes sociais o tempo todo para ver o que as pessoas esta-vam postando e também páginas de humor. Eu me sentia feliz, me dis-traía e não pensava em outras coi-sas. Quando não acessava, sentia ansiedade. As pessoas reclamavam comigo porque eu só dava atenção ao celular. Meus pais falavam comi-go, mas eu não prestava atenção. Em abril, quando comecei um novo re-

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Tenho mania de postar fotos e monitorar

curtidas e comentários. Já cheguei a apagar fotos que tiveram poucas curtidas”

Clara Marques Damasceno

lacionamento, resolvi dar um tempo porque isso ia me atrapalhar”, conta a universitária.

A abstinência foi um período di-fícil. “No início, ficava querendo en-trar nas redes, me sentia triste por não saber o que estava acontecendo. Dava a sensação de estar desligada do mundo. Depois, fui percebendo que estava sendo muito mais pro-dutiva na faculdade e no trabalho. Desativei meu Facebook e só acesso o Instagram para ver o que me inte-ressa, como fotos de arquitetura e de amigos”, comemora. Luísa também destaca que o fato de as redes sociais mostrarem só coisas bonitas e felizes

influenciou a atitude dela. “Percebi que esse mundo criado era irreal, era só aparência, não tinha conteúdo.” Por isso mesmo, ela faz questão de deixar um recado: “Muita gente pre-cisa perceber que o mundo das redes sociais não ajuda a vida de ninguém. É só entretenimento”.

Luísa é um exemplo de quem conseguiu resolver, por conta pró-pria, esse tipo de dependência. En-tretanto, há casos de pessoas que precisam de ajuda especializada, in-cluindo avaliação neuropsicológi-ca, entrevistas e atendimento com psiquiatra. Por enquanto, essa de-pendência não é reconhecida como doença. No entanto, identificam-se, associados a ela, quadros de ansie-dade generalizada, como ansiedade, depressão e transtornos do contro-le dos impulsos. “Ainda que não se possa associar a dependência tec-nológica como causa da depressão ou ansiedade, o uso dela pode estar ligado a sintomas dessas doenças, inclusive à fobia social ou ao Trans-torno de Déficit de Atenção e Hipe-ratividade”, frisa a psicóloga Sylvia van Enck Meira.

Pedro Vilela/Agência i7

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Judicialização da crise

Ao tratar dos princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, o parág. único do art. 1º da Carta Constitucional estabelece que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Portanto, por força de fundamental norma constitucional, cabe ao povo, com exclusividade, o exercício do poder. Nesse contexto, os mais recentes fatos políticos, especialmente a partir do segundo turno da disputa eleitoral de 2014, merecem uma reflexão.

Com a inesperada chegada de Aécio Neves ao segun-do turno em 2014, assim como os inesperados apoios de Marina Silva e do espólio de Eduardo Campos, a disputa eleitoral ganhou tonalidade maniqueísta (direita x esquer-da - ricos x pobres - progressistas x reacionários), dividindo ao meio o país. Com o resultado da disputa e o sufrágio da petista Dilma Rousseff, com pouco mais de 3% de di-ferença, consolidou-se o “racha nacional”, dando início à judicialização da crise institucional.

Judicializando, para “encher o saco do PT”, segundo gravação já tornada pública de seu ex-presidente, o PSDB ajuizou AIJE nº 194358 - Ação de Investigação Judicial Eleitoral perante o Tribunal Superior Eleitoral, visando a cassação da Chapa Dilma/Temer, o que, na forma do art. 80, da CF, caso ocorresse no primeiro biênio, levaria à presidência do país, respectivamente, os presidentes da Câmara dos Deputados (atualmente deputado Rodrigo Maia, DEM-RJ) do Senado Federal (atualmente o senador

Eunício Oliveira, PMDB-CE) e do STF (atualmente minis-tra Carmen Lúcia) e, ocorrendo após o primeiro biênio, conduziria à eleição indireta (art. 81, 1º, CF).

Contudo, atropelada pelo fenômeno da convulsão nacional, que, inviabilizando a governabilidade, passou a dividir ruas, praças e avenidas entre os verde-amarelos e os vermelhos, a judicialização implantada pela AIJE nº 194358 ficou “adormecida” nos escaninhos do TSE.

A seguir, logo após divulgação pelo então vice-pre-sidente Temer de inusitado “programa de governo do PMDB”, mais uma vez escorado na judicialização da crise política, econômica e institucional, veio o “meio-impea-chment” da presidente Dilma, sob o inovador argumento de “pedaladas fiscais”, apesar de usual em anteriores governos. “Meio-impeachment” porque, apesar da perda do mandato, o ministro Ricardo Lewandowiski (STF), que presidiu o processo no Senado Federal, fracionou a pena e deixou de lado a segunda parte da condenação (art. 52, CF.) “com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis”. Assumiu Temer, o vice-presidente eleito.

Agora, a pouco mais de 16 meses para as eleições, retorna o Brasil ao maniqueísmo ou “bipartidarismo”. Voltamos a ser coxinhas e mortadelas. Assistimos os desdobramentos dos múltiplos inquéritos e processos, dos mensalões, da lava-jato, das prisões, depoimentos e delações, dos pedidos de impeachment, como fanáticos torcedores de futebol, alguns, inclusive membros do Poder Judiciário, vibrando para que seja rasgada a Consti-tuição da República, com o impeachment do presidente e antecipação de eleições diretas.

Tudo, promovido a conta-gotas pelos poderes do ino-perante Estado, já que a cada manhã, tarde ou noite, pode-mos esperar uma “novidade”, uma nova prisão, uma nova delação, a aterrorizar as vidas dos que produzem todas nossas riquezas: os trabalhadores e os empresários.

Chegou a hora de assumirmos o protagonismo que nos reserva a Carta da República - “todo poder emana do povo” - e exercermos nossa soberania, deixando nossas disputas para outubro de 2018 e, todos, filiarmos a um único parti-do, o Partido da República Federativa do Brasil.

Sérgio Murilo Braga – presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de MG

Sérgio Murilo Braga

A pouco mais de 16 meses para as eleições, retorna o Brasil ao maniqueísmo ou “bipartidarismo”. Voltamos a ser coxinhas e mortadelas. Assistimos os desdobramentos dos múltiplos inquéritos e processos como fanáticos torcedores de futebol

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MAÍRA LENI

Os mineiros acabaram de ganhar, dia 12 de junho, uma nova fre-quência de rádio para ficar sin-

tonizados, a Super Notícia (91,7 FM). O nome não é por acaso, já que a esco-lha aproveita o recall do próprio jornal que já circula em Belo Horizonte des-de 2002. A proposta é idealizada pela Sempre Editora, pertencente ao Gru-po Sada, que carrega em seu portfólio outros produtos jornalísticos, a exem-plo dos jornais O Tempo, Pampulha e o próprio Super Notícia, o jornal mais vendido do país, com média de circu-lação de 249 mil exemplares, segundo a Associação Nacional de Jornais (da-

dos referentes a 2015).A partir de longas negociações

com a Rede Planeta de Comunicação, responsável pelas rádios Liberdade FM e Fã FM, comandada por Ronaldo e Eduardo Lapinha, a ideia finalmen-te saiu do papel. Ainda com coorde-nação geral de Rogério Maurício, um time de peso também está envolvido no projeto, com os apresentadores ad-vindos da extinta Rádio Globo, como os jornalistas Paulo Roberto e Osval-do Reis, além do diretor executivo He-ron Guimarães e a vice- presidente da Sempre Editora, Marina Medioli.

A estreia vai na contramão, por

exemplo, da Noruega, que oficialmen-te desligou as redes de sinal FM no iní-cio de 2017. Já no Brasil, o rádio ainda é um meio democrático crescente. Se-gundo dados do Ibope Media, 89% da população das principais regiões me-tropolitanas brasileiras acompanham esse tipo de mídia. Na região metro-politana, diariamente, são mais de 1,2 milhão de pessoas atingidas pelas on-das, com tempo médio de quatro ho-ras e 36 minutos por dia de consumo do meio. As notícias e prestação de serviços ocupam 65% das grades, se-guidas de 47% das sequências de mú-sicas sem intervalos.

Jornal popular mais vendido do país ganha também os ouvidos dos mineiros por meio de emissora de rádio

Super vai ao ar

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M Í DIATIME DE PESO:

equipe conta com profi ssionais

experientes

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Para Heron Guimarães, o rádio tem proximidade com as pessoas: “O Super já tem essa identificação com os belo-horizontinos e a rádio vem para consolidar isso ainda mais. Toda a ino-vação, experiência e credibilidade do grupo em produção de conteúdo jor-nalístico serão transportadas”. Apesar de a área esportiva ser um dos carros--chefes, ao sintonizar a Super Notícia FM, o ouvinte ficará informado sobre o trânsito, as principais notícias do dia, o cenário político e econômico do país, as novidades do mundo das cele-bridades, além de vasta programação musical que mesclará gêneros musi-cais, dos mais antigos até os atuais.

No comando do Super FC estará o renomado jornalista Osvaldo Reis, também conhecido como Pequeti-to. O locutor com mais de 30 anos de experiência fornecerá em tópicos as principais notícias do futebol no iní-cio das tardes. “Minha expectativa é

a mais positiva possível. O jornal já tem tradição. Acredito que o ouvinte/internauta está carente de boa opção de rádio em BH. A Super Notícia FM vai poder ocupar essa lacuna. Quere-mos conquistar o carinho do públi-co”, afirma ele.

Rogério Maurício é categórico ao dizer que a nova emissora oferecerá programação de qualidade para to-dos os públicos. “Essa combinação fará com que o leitor se torne ouvin-

te da nova emissora. Vamos ter atra-ções que atendam as donas de casa, os trabalhadores e os mais jovens. É uma rádio que vai informar e entre-ter o público com qualidade”, adian-ta o jornalista.

A emissora já nasce falando alto. Nessa primeira etapa, recebe a he-rança da Fã FM, que está presen-te em 60 cidades em um raio de 200 quilômetros de Belo Horizonte e tem 185 mil ouvintes por minuto na região metropolitana. Com grande parte dos equipamentos importados da Alemanha e dos Estados Unidos, a nova emissora já possui infraestru-tura moderna e pretende elevar bas-tante o número de ouvintes da antiga rádio no primeiro ano.

Ainda segundo dados do Ibope Me-dia, com a vida agitada na cidade, 92% dos ouvintes escutam rádio pelo celu-lar ou outro dispositivo móvel. Saben-do da forma como o público consome rádio, a Sempre Editora investirá nos conteúdos multimídia – com o intuito de cativar as novas gerações. A produ-ção pretende realizar lives e 14 horas de transmissão visual pelo site por meio da página oficial no Facebook.

Fotos: Daniel de Cerqueira/divulgação

ABRAS E PEQUETITO: notícias do futebol

ROGÉRIO MAURÍCIO: programação para

todos os públicos

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produtiva da gastronomia mineira.

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Esqueçamos Brasília: ao trabalho

No penúltimo artigo, afirmei que havia atingido o limi-te da paciência. Todavia, o limite do brasileiro tem que ser elástico. A situação só piora, e o país parece derreter. Debi-tei ao foro privilegiado as mazelas que vêm nos assolando. Tinha a expectativa de que fosse derrogado pelo Con-gresso. No Senado, em segunda votação, a PEC proposta originalmente foi desfigurada. “Nossos representantes” querem mesmo o salvo-conduto para delinquir, ampa-rados na morosidade da terceira instância. Na Câmara, tudo indica que o foro terá o mesmo desfecho. Nenhum parlamentar será preso, em vista da manutenção dos privilégios. Recentemente, com a delação de executivos da JBS, ficou demonstrado que não há exceção, a maioria encontra-se na vala comum. Agora não dá para diferenciar este ou aquele partido. É tudo igual. O espírito público e a lisura nos procedimentos são retórica de discursos.

Revisitando pronunciamentos de envolvidos, constata-se a desfaçatez. Todos os mencionados em delações negam peremptoriamente, na cara de pau, qualquer participação nos fatos narrados, dizendo que são ilações, mentiras, a fim de que os delatores tenham penas reduzidas. Como a rapinagem foi generalizada, articula-se um “acordão” para proteger a corja, inclusi-ve sufocando a Lava Jato.

Do ponto de vista da gestão, tem-se que visar os cabe-ças do movimento, em consonância com a Lei de Pareto: em todo problema, poucas causas são importantes e mui-tas, triviais. É imprescindível cassar os nomes conhecidos, sendo desnecessário nomeá-los. São eles os grandes articuladores na luta pela manutenção deste lamentável

estado de coisas. Se, por um passe de mágica, pudéssemos eliminar os líderes da corrupção, haveria uma onda mora-lizadora, a ponto de se construir uma consciência de que delitos como colar em provas e estacionar em local proi-bido são muito graves. Hoje, esses “pequenos” delitos são considerados “fichinhas” comparados ao que acontece no país, devido à promiscuidade entre os setores privado e público. Como “não há mal que nunca acabe”, fico na esperança de algum fato novo, que mude nossa realidade.

Podemos amenizar o clima: esqueçamos Brasília. Ali-ás, vejo bons exemplos acontecerem. O campo está dando resposta à crise, com safra recorde de grãos. A indústria de caminhões e máquinas está exportando montantes substanciais. Não obstante, muitas associações de classe e empresários ainda ficam aguardando concessões e provi-dências do poder central. Na minha vida na universidade, trabalhamos para a indústria incessantemente e, por isso, captamos recursos para nossas atividades de ensino e pesquisa. Trabalhamos muito para governos e empresas e fomos remunerados pelo trabalho, sempre produzindo resultados além dos prometidos. Não devemos favor.

A propósito, todo povo tem o governo que merece – há controvérsias, pois acho que não merecíamos os últimos governos. Os Estados Unidos têm Trump agora. Não é que ele rompeu com o Tratado de Paris? Cabe à China, grande poluidora, tomar a liderança na condução de ações para frear as mudanças climáticas. Dando o exemplo, acaba de inaugurar a maior usina solar flutuante.

Da minha parte, também contribuo. Instalei usinas de geração de energia solar, uma na minha residência e duas na fazenda. Já tenho uma produção de 6,5 mil kWh/mês. Quando da primeira usina, em 2015, havia cerca de 400 projetos no país. Agora, quando da instalação da segunda, são cerca de 12 mil, e o custo caiu 30%. Vamos trabalhar, pessoal! Ora et labora, lema dos beneditinos. Em 2018, va-mos tratar os políticos como merecem. Quanto a Trump, espero que fique isolado do concerto das nações.

José Martins de Godoy, engenheiro pela UFMG, dr. engenheiro pela Norges

Tekniske Hogskole, ex-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, cofundador

do INDG, instituidor e integrante do Conselho de Administração Superior da

Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), presidente do Conselho de

Administração do Instituto Aquila. Visite www.blogdogodoy.com

José Martins de Godoy

Todos os mencionados em delações negam peremptoriamente, na cara de pau, qualquer participação, dizendo que são ilações, mentiras, a fim de que os delatores tenham penas reduzidas

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O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Codemig, lança um novo programa para fortalecer toda a

cadeia produtiva da gastronomia mineira. Da agricultura aos restaurantes, da produção artesanal de alimentos às

grandes indústrias do setor. O Mais Gastronomia tem todos os ingredientes para promover a geração de emprego

e renda, desenvolvimento econômico, atração de turistas e investimentos. E preparou outra novidade deliciosa:

Mineiraria, a casa da gastronomia de Minas Gerais. O Mais Gastronomia é mais sabor na mesa e mais crescimento

para o setor no nosso Estado.

Conheça o + Gastronomia.Um prato cheio para Minas Gerais crescer.

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VIVER MINAS VALE DO AÇO

ENTREVISTA

Uarlen Valério40

Positividade e

crescimentoREGIONAL DO VALE DO AÇO MANTÉM VISÃO MAIS FAVORÁVEL AO DESENVOLVIMENTO E INCENTIVA CRIAÇÃO DE NOVAS EMPRESAS

Para muitos setores, os indica-dores econômicos e políticos já apontam um momento mais

favorável e uma possível retomada no desenvolvimento dos negócios. Apesar de ter abalado as estruturas e ainda trazer muita insegurança, o es-cândalo da JBS não afetou em quase nada o trabalho na regional do Vale do Aço da Fiemg. Sob o comando do presidente Luciano Araújo, a regional está mantendo o foco nos seus proje-tos que visam a criação de novas em-presas, a exemplo do programa Ga-rimpando oportunidades e das obras da BR-381, que ganham fôlego maior neste ano com a inauguração do via-duto na região de Caeté.

Como as mudanças políticas ocorri-das no último ano afetaram a região do Vale do Aço?

Existe uma resposta em relação ao antes e depois do escândalo da JBS. Estávamos caminhando para um cli-ma muito positivo de recuperação. A Usiminas, por exemplo, deu prejuízo em todos os últimos trimestres, mas, neste último, verificado em janeiro, fevereiro e março, teve resultados

positivos. Além disso, ela anunciou, para 2018, a ligação do alto-forno 1 que estava desativado. É um cenário com muita coisa boa para aconte-cer, como o projeto da BR-381, que está andando. O índice de confiança do empresariado estava melhoran-do progressivamente, mas, agora, com mais esse escândalo políti-co, a gente fica um pouco pre-ocupado em como será esse desfecho. Até então, era a sensação que o pior havia passado.

No ano passado, o se-tor automotivo foi um dos mais afetados pela crise. Houve melhorias e um plano de ação para a retomada no desenvolvi-mento?

Na verda-de, a queda no consumo está ligada direta-mente na queda da renda das

LUCAS ROCHA

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VIVER Junho 16 - 2017 41

MINAS

pessoas e no desemprego. Com este cenário, também em nível de gover-no, a ideia era começar a gerar no-vamente empregos. Recentemen-te, tivemos um saldo positivo com a geração de uma média de 60 mil empregos novos, o que, consequen-temente, provocaria reaquecimento na economia e no consumo e, en-tão, uma melhoria no setor. Só que, para esse desenvolvimento aconte-cer, também estávamos contando com a reforma da Previdência e tra-balhista, o que nos ajudaria. Agora, não sabemos.

Qual a situação atual do projeto Nova 381? A expectativa ainda é positiva?

O projeto da BR-381 não pode ser considerado como um todo, mas sim em trechos. Hoje, temos o lote 7, do trevo de Barão de Co-cais até Caeté, onde a Construtora Brasil está desenvolvendo o pro-jeto. A ideia é conseguir este ano 340 milhões de reais de orçamento para aplicar na rodovia e entregar, ainda este ano, aquele viaduto de

600 metros na região. Uma pista já está pronta, estão fazendo a se-

gunda pista agora. Também queremos entregar em tor-no de 20 a 23 quilômetros já pavimentados e dupli-cados em 2017. Além dis-so, também conseguimos, há duas semanas, iniciar as obras de conectar os tú-neis. No geral, é um cená-

rio muito positivo, mas não temos previsão para entre-

gar a obra inteira e sim por etapas. Até porque tivemos

um problema: a construtora espanhola Isolux Corsán, que

tinha ganhado seis trechos da obra, entrou em recuperação

judicial em fevereiro deste ano. Com essa recuperação, precisa-

mos fazer novamente as licitações.

Porém, como não há orçamento no país, estamos concentrando o valor que temos nestes trechos em obras da Construtora Brasil.

Quais os projetos em destaque na Fiemg do Vale do Aço atualmente?

Primeiro, nossa agenda de con-vergência do Vale do Aço. Monta-mos um fórum de lideranças com todos os presidentes das principais entidades da região e aí criamos uma agenda de convergência em seis ei-xos: infraestrutura, saúde, educação, segurança, competitividade e sus-tentabilidade. Dentro destes eixos, temos vários temas, como a BR-381, a estrada regional da MG-760, rea-dequação do aeroporto e uma série de questões. Essa agenda criou um ambiente muito positivo na região, porque as lideranças se uniram para buscar juntas um objetivo com muito mais foco. Outro ponto a ser ressaltado foi o programa chamado Garimpando oportunidades. A ideia é que empresas-âncora abram as portas para empresas menores da região. Essas empresas menores vão entender sua necessidade e desen-volver uma solução de tecnologia regional para atender essa deman-da. Estamos chamando de adensa-mento da cadeia produtiva, que é gerar novos negócios e empresas na região. O empresário vai ter apoio do Sebrae para ajudá-lo na gestão. Também estamos lançando um centro de engenharia para ajudar na questão de desenvolvimento tecno-lógico dessas empresas. Após o lan-çamento do piloto na Usiminas, já acertamos com a Aperam, Cenibra e ArcellorMittal de João Monlevade para ser implementado. Acredita-mos que vai dar uma movimentada boa na região.

Como tem sido o apoio dos gover-nos, seja no que diz respeito ao in-centivo e aos investimentos finan-

ceiros nos projetos propostos pela Fiemg Vale do Aço?

Nessa agenda de convergência, todos falamos a mesma língua. Con-seguimos integrar todas essas lide-ranças políticas e também as entida-des da sociedade civil com um único propósito, e isso é muito importante e positivo para o desenvolvimento.

Qual a situação atual do aero-porto de Ipatinga? Ele já se man-tém unicamente com a iniciativa privada?

Isso ainda é um problema. A Usiminas, primeiro, devolveu para o governo. O governo fez a licita-ção, uma empresa ganhou. Mas houve um problema e foi preci-so refazer essa licitação. Tivemos duas empresas participando, só que a que ganhou foi impugnada. Ela entrou com recurso, e criou-se mais um problema. Conclusão: a licitação foi novamente cancelada e estamos aguardando outra para resolver a questão do aeroporto.

Quais as expectativas para o segun-do semestre na região?

Existe um cenário positivo se de-senvolvendo, uma boa expectativa.Estamos apostando tudo no pro-jeto Garimpando oportunidades e no início das obras no trecho 3.1 da BR-381, que vai gerar muitos negó-cios para a região. Esperamos que, melhorando esse cenário político e principalmente com a reforma tra-balhista, as empresas voltem a acre-ditar e a investir no país. Por estar muito concentrado nesta questão da indústria de base, espera-se que o Vale do Aço tenha investimento em infraestrutura, uma forma que acreditamos ser importante na re-tomada do crescimento. O Vale do Aço, com certeza, será contemplado neste desenvolvimento, justamente pelas características das indústrias na região.

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VIVER Junho 16 - 201742

Energia nos

negóciosINVESTIMENTOS NO SETOR DE PRODUÇÃO EÓLICA TRAZ BONS FRUTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

Fundado em 1974, o grupo Emal-to se consolidou como uma das grandes indústrias do estado e

do país. Está subdividido nos setores de indústria mecânica, estruturas me-tálicas, montagens industriais, ener-gia, agronegócios, Torque Diesel, o Emaltech e a Fundação Emalto. Mas é o último projeto, inaugurado em feve-reiro deste ano, que vem chamando a atenção e fortalecendo o crescimento da região do Vale do Aço, mais preci-samente em Santana do Paraíso.

Com a criação da Emalto Energia em 2016, a empresa viu na produção de energia eólica uma oportunida-de para a expansão de seus negócios, criando uma nova planta para a fabri-cação de peças que conectam os ro-tores às torres eólicas. “Esse interesse na produção de energia eólica é resul-tado das estratégias do grupo Emalto em expandir seus negócios entrando em outros nichos de mercado. A apos-ta neste setor já fazia parte dessas es-tratégias que vieram culminar com a expansão da geração de energia limpa em todo o mundo”, comenta Alexan-dre Torquetti Júnior, diretor adminis-trativo da Emalto.

Em nono lugar na geração eólica do mundo, a produção desse tipo de energia no país tem sido incentivada

pelo governo federal com investimen-tos, políticas públicas e até mesmo lei-lões de diversos parques eólicos com o objetivo de desenvolvimento desse mercado. Em 2014, a Emalto adquiriu uma área de 38 mil metros quadrados em galpões industriais da Usiminas com o intuito de adaptar as instala-ções para a produção de equipamen-tos para a indústria de óleo e gás.

Com a exploração do pré-sal, o projeto se tornou inviável e, desde então, foram anos analisando o me-lhor modelo de planta para a produ-ção de bens de capital para um setor que estivesse provocando o aqueci-mento da demanda por materiais e equipamentos.

Atualmente, esses galpões sediam

o parque industrial para a produção das peças das torres eólicas em uma estrutura inovadora, toda climatizada e bem organizada. Sem detalhar valo-res, o investimento focou na compra de equipamentos de usinagem para a fabricação do hub, peça em que se co-nectam os rotores e pás dessas torres.

Acreditando no potencial do pro-jeto e na produção de uma energia mais limpa, o grupo Emalto já plane-ja expandir o investimento no setor e na produção de outras partes que compõem o equipamento. “Estamos no início do projeto com usinagens diversas e com previsões de intensifi-cações na fabricação de caldeiradas e estruturas metálicas”, revela Alexan-dre Torquetti.

LUCAS ROCHA

Elvira Nascimento

VIVER MINAS VALE DO AÇO

ECONOM IA

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MINAS

VIVER Junho 16 - 2017 43

Fotos: Bernardo Salce/Agência i7

INGREDIENTES4 unidades de tornedor de fi lé com aproximadamente 150 g cada4 fatias de baconSal e pimenta a gosto1 cebola média picadaAlho picado1 caldo de carne200 ml de vinho madeira1/2 xícara de molho shoyu1 colher de sopa de amido de milho150 g de champignon fatiadoMODO DE PREPAROTempere os fi lés com sal, pimenta-do- reino e alho picado. Contorne-os

com as fatias de bacon. Em uma frigideira untada com manteiga, coloque-os por aproximadamente quatro minutos de cada lado. Retire e reserve. Na mesma frigideira, coloque a cebola. Adicione o vinho e o molho shoyu. Logo em seguida, coloque o caldo da carne dissolvido em copo de água com o amido. Deixe ferver e coloque os champignons. Adicione os fi lés ao molho e sirva.

Receita fornecida pelo restaurante Tradição, na avenida Carlos Chagas, 294, bairro Cidade Nobre - Ipatinga/MG. Telefone: (31) 3822-3422.

FILÉ MIGNON AO MOLHO MADEIRARESTAURANTE TRADIÇÃO (Ipatinga)

Divulgação

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Aproveitando a vizinhança e o fato de que o Salão do Automóvel de São Paulo ocorrerá apenas em 2018, várias montadoras escolheram a mostra de Buenos Aires para revelar novidades. Se o Fiat Argo já havia sido lançado no Brasil – e da Argentina virá a versão sedã Projeto X6S –, a restilização do Ford EcoSport

(foto); o Chevrolet Equinox, que vai ocupar o posto do Captiva; a picape Renault Alaskan, que compartilha a plataforma com a Nissan Frontier e com a futura Mercedes Classe X; e a versão defi nitiva do subcompacto Kwid dão as caras primeiro do outro lado da fronteira, para, só depois, aportar nas concessionárias do lado verde e amarelo.

VIVER Junho 16 - 201744

Retorno ao pódio

Novidades hermanas

Um dos principais nomes do automobilismo mineiro, Rafa Matos voltou com tudo às competições. Radicado nos Estados Unidos, ele tem trabalhado como orientador de jovens pilotos e se tornou sócio da equipe Next Level Motorsports. Na etapa de Detroit da categoria Trans-Am, disputada com chassis

tubulares e motores V8, em circuitos mistos, ele saltou da 12ª posição no grid, depois dos problemas na qualifi cação, para receber a bandeirada em segundo com o Chevrolet Camaro da equipe HP Tech. O detalhe é que se tratava do primeiro contato com o staff e a categoria.

POR WILLIAM BONJARDIM

Dica da quinzenaOs controles de estabilidade e tração são sistemas importantes para auxiliar o motorista em situações de aderência precária ou risco de acidente e estão presentes em um número cada vez maior de veículos. Mas, você sabe como funcionam e como podem ajudá-lo a sair de enrascadas? Esse é o tema de mais um vídeo do canal Seminovos BH Notícias, que você acompanha em goo.gl/F9SRS4.

Sinais de reaçãoOs números de vendas de

novos e seminovos em maio confi rmam: o mercado começa a reagir. Na comparação com os cinco primeiros meses de 2016, houve alta de 2% entre os zero-quilômetros e, considerando apenas o mês, foram 17,26% de crescimento. O Chevrolet Onix segue como o mais vendido: 68.318 unidades emplacadas.

Chris Clarke/Trans-Am/divulgação

COM RODRIGO GINI

& SEMI NOVOS

Ford/divulgação

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FERNANDO TORRES

Jeferson Hermida/divulgação

Marcelo Isola/divulgação

Pensando nas férias de julho, montamos uma lista de nove

destinos do Brasil e da América Latina onde o frio sempre dá as

caras. Pegue seu cachecol e escolha sua viagem preferida

Rota de inverno

VIVER Junho 16 - 2017

TU R ISMO

A decisão de D. Pedro 2º de construir um palácio na

SERRA FLUMINENSE alterou o destino da região.

Até hoje, a trinca Petrópolis, Teresópolis e Nova Fri-

burgo desponta como refúgio turístico. Petrópo-

lis, a porta de entrada, mantém a aura histórica

no centro, a exemplo dos casarões da avenida

Koeller e do palacete do Museu Imperial, en-

quanto o distrito de Itaipava concentra varia-

da gastronomia e vida noturna agitada. Terê,

por sua vez, é polo do turismo de aventura:

lá fica a entrada principal para o Parque

Nacional da Serra dos Órgãos (foto), cujo

principal cartão-postal é o pico Dedo de

Deus. De colonização suíça, Nova Fri-

burgo abriga distritos de paisagens

privilegiadas, caso de Lumiar, reduto

de cachoeiras, piscinas naturais e

até mesmo um cânion; e São Pedro

da Serra com lojinhas de artesa-

nato, bares restaurantes.

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ção

Gonzalo Martinez Infante/divulgação

VIVER Junho 16 - 2017

BARILOCHE tem status imbatí-

vel quando se fala em destino de

neve na América Latina. A duas ho-

ras de voo de Buenos Aires, a paisa-

gem tem picos nevados e estações

de esqui e snowboard, como a Cer-

ro Catedral (foto), com 53 pistas em

2,1 mil metros de altitude. Outra forma

de conhecer a região é navegar pelos la-

gos glaciais. No Nahuel Huapil, o passeio

de catamarã atravessa águas transparen-

tes até a Isla Victoria, que inspirou a fl oresta

do desenho animado Bambi, além de incluir

a visita de gaivotas afoitas por biscoitos ofe-

recidos nas mãos dos turistas. À noite, o point

noturno são as chocolaterias e os bares e res-

taurantes da Calle Mitre, no Centro Cívico. O car-

dápio tem massas, sequências de fondue, pratos

de origem alemã e carnes argentinas, incluindo aí

o cordeiro patagônico.

O nevoeiro sob as montanhas cobertas de ipês e araucárias anuncia: estamos em MONTE VERDE. Estrategicamente locali-zado no lado mineiro da serra da Mantiqueira, o vilarejo preserva a tradição europeia de seus funda-dores, traduzida nos chalés em estilo enxaimel e na gastronomia. Trutas são o principal exemplo de ingrediente local, ao lado das ge-leias artesanais da Edelweiss e da Tia Nata e dos pratos alemães da Choperia do Fritz. Fora do com-pacto centrinho, trilhas levam aos picos da região, todos com mirantes incríveis, como a Pedra Redonda, de 1,9 mil metros de al-titude. O turismo de aventura ain-da passa pela pista de patinação no gelo e pelo Circuito Fazenda Radical, com passeio de quadri-ciclo, arvorismo e a tirolesa de 450 metros de extensão por cima dos carvalhos.

A 2,6 mil metros de altitude, BOGOTÁ se fi rma como uma das cidades mais vibrantes da América Latina, cheia de cultura e diversão. É o caso do bairro Candelária, no centro histórico, que concentra casarões de arquitetura colonial e atrações como o Museu do Ouro (com artefatos pré-colombianos), o Museu Botero e a vista panorâmica do Cerro de Monserrate. Já a Zona Rosa e a Zona T apresentam astral mais moderninho, com shoppings, lojas de rua, bares e casas noturnas. Bastante turístico, o restaurante-balada Andrés Carne de Res tem gastronomia típica, decoração inspirada em A Divina Comédia, de Dante Alighieri, shows de salsa e performances dos anos 1970. Aos fi ns de semana, um passeio de trem a vapor parte da capital colombiana até vila de Zipaquirá, que abriga a famosa Catedral de Sal (foto), dentro de uma mina salina.

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QUITO, a capital do Equador, vive nas altu-

ras. Do alto de seus 2,8 mil metros, está ro-

deada de montanhas e vulcões andinos; por

isso mesmo, pode ser explorada via telefé-

rico, que proporciona uma privilegiada vis-

ta panorâmica a partir de inacreditáveis

4 mil metros. Lá embaixo, as ruas exibem

rica arquitetura colonial, com grande des-

taque para a dourada igreja da Companhia

de Jesus (1750), e mais de 50 museus de

história e arte, como a La Capilla del Hom-

bre, iniciativa do pintor Oswaldo Guaya-

samín. Na estação de Chimbacalle, trens

levam à zona rural e à avenida dos Vul-

cões, com lagos, vales e crateras. Quito

ainda está a apenas 13 quilômetros de

distância da linha do Equador: a briga

pelo ponto exato da divisa se dá entre

o museu Intiñan e o monumento Ciu-

dad Mitad del Mundo.

48

TU R ISMO

VIVER Junho 16 - 2017

Conhecer Bento Gonçalves, no vale dos Vinhedos, equivale a uma viagem etílico-gastronômica. Estão por lá as melho-res vinícolas do país, como Casa Valduga (foto) Miolo, Au-rora, Salton e outras 30 marcas, todas abertas à visitação aos parreirais, ao processo de elaboração e à degustação. O vinho também dá as caras no passeio de maria- fumaça até Carlos Barbosa e Garibaldi, com apresentação de grupos folclóricos, e na hospedagem, caso do Spa do Vinho, com tratamento ligados à bebida de Baco. Para acompanhar, os rodízios de galeto são o prato-símbolo de Bento Gonçalves, servidos com sopa de capelete, polenta e massas caseiras. O destino ainda engloba turismo de aventura no Parque Gasper e a visita à estrada Caminhos de Pedra, com casas do tempo da imigração italiana, há mais de 150 anos.

Divulgação

Jorge Blay Photo

Divulgação/quito.com.eq

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Dona das temperaturas mais baixas do

Brasil, a SERRA CATARINENSE é muito

fotogênica. O polo turístico se concentra

nos hotéis-fazenda e pousadas das ge-

ladas Urubici, São Joaquim, Bom Jardim

da Serra e Lages, pontos de partida para

mirar paisagens com grande probabilidade

de estarem cobertas de gelo, a exemplo do

cânion das Laranjeiras, das serras do Rio

do Rastro e do Corvo Branco e do morro do

Campestre (foto). Dona do histórico registro

de nada menos que 10 graus negativos, São

Joaquim costuma ter árvores e lagos congela-

dos e também dias de neve. Entre as atrações,

a vinícola Villa Fracioni, a maior do estado, o

parque de aventura Snow Valley e comidinhas

à base de maçã, cuja plantação domina a re-

gião. Já Urubici oferece o “Dia do Campeiro”, na

fazenda Chapada do Lajeado, com direito a orde-

nha, churrasco e chá da tarde.

49VIVER Junho 16 - 2017

O lugar mais austral do mundo. Assim é considerado USHUAIA, na Patagônia Argentina, cujo inverno pode chegar à sensação térmica de 20 graus negativos. A apenas mil quilômetros da Antártida, a cidade con-ta com a estação de esqui Cerro Castor (foto) de pistas fáceis e complexas, que atraem os maiores nomes do esporte. Há ainda o passeio pelo Trem do Fim do Mundo, que percorre o Parque Nacional da Terra do Fogo. No quesito aventura, que tal percorrer as trilhas às

margens do lago Escondido e acabar o passeio com um bom vinho e churrasco argentinos? O centro é pequeno, mas guarda boas surpresas com muitas lojas, boates, restaurantes. Dica: almoçar tendo como cenário o Canal de Beagle, que divide Ushuaia das ilhas do extremo sul.

CAMBARÁ DO SUL é um destino que merece ser visto no inverno. A cidade está entre dois parques nacionais, o Aparados da Serra, no território gaúcho, e o da Serra Geral, do lado catarinense, o que faz do ecoturismo a principal atração. No primeiro, ponto alto para o cânion do Itaimbezinho, com trilhas matutinas a partir de 45 minutos e vista para os paredões verticais de até 720 metros de profundidade. Já o parque da Serra Geral, a nove quilômetros do centro, revela a muralha do cânion de Forta-leza (foto), de imponentes 940 metros, vistos em trekking de 50 minutos. As demais atrações incluem passeio de jipe ao Cir-cuito das Águas, rapel nas ca-choeiras, tour rural, cavalgadas pelas trilhas dos tropeiros e de-gustação do famoso mel produ-zido no Apiário Cambará.

Fotos: divulgação

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VIVER Junho 2 - 201750

Com gosto pela cozinha desde pequeno, quando via o pai cozinhar no fogão à lenha, André criou, em 2015, o blog Cozinhe para Ela, com o intuito de estimular os homens a cozinharem. A partir daí, surgiu a demanda de aulas de culinárias temáticas, realizadas mensalmente.

(Serve oito pessoas)

INGREDIENTES 500 g de canjiquinha 1 kg de costelinha

suína com osso 500 g de lombo suíno 300 g de linguiça calabresa 250 g de bacon 2 cebolas 1 cabeça de alho 2 tomates 2 tabletes de

caldo de carne 1 dose de cachaça Sal com alho

Pimenta-biquinho, molho de pimenta e cebolinha a gosto

MODO DE PREPARO Lave a canjiquinha até a água

fi car transparente. Deixe de molho por duas horas, escorra e reserve Corte a costelinha e o lombo em pedaços pequenos.Tempere com sal e alho. Para a costelinha, acrescente molho de

pimenta e cachaça Corte o bacon, os tomates e as cebolas em cubinhos, e a calabresa e o alho, em fatias fi nas Frite a costelinha e o lombo em uma panela (de preferência, de ferro). Deixe escorrer sobre papel-toalha Em uma panela grande, doure a cebola picada em um fi o de óleo. Depois, frite o bacon Acrescente a calabresa, o alho, o tomate e o

caldo de carne. Deixe cozinhar até o tomate desmanchar

Junte a costelinha e o lombo. Adicione a canjiquinha e frite, sempre mexendo para não grudar Adicione água fervente até cobrir os ingredientes. Deixe cozinhar por 40 minutos e vá colocando água aos poucos Tempere com sal e pimenta a gosto. Decore com pimenta-biquinho e cebolinha.

Canjiquinhamineira

André BarretoCozinhe pra Ela

Receitas e muito mais nas redes sociais da Viver Gourmet. Siga Facebook: Viver Gourmet / Instagram: @vivergourmet

Fotos: Pedro Vilela / Agência i7

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Atenção plenaP O R F E R N A N D O T O R R E S

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Siga a Viver Melhor nas redes sociais: Facebook: Viver Melhor / Instagram: @viver.melhor

VIVER Junho 16 - 2017

O tempo dedicado à atividade física diminui cada vez mais. No curso virtual Giro de Emagrecimento Rápido, o protocolo diário dura apenas 13 minutos e promete reduzir medidas consideráveis em 40 dias. “São 76 treinos anaeróbicos, globais e de alta intensidade, usando apenas o peso do corpo. É ideal para quem não tem tempo de ir à academia”, conta o educador físico Lúcio Teixeira, criador do método. Quem adquire o pacote de vídeos pode optar pela autogestão ou pelo programa de mentoria. No segundo caso, Teixeira coordena o treinamento, sugestões de alimentação e até comparação de rótulos no supermercado. “Monitoro os desempenhos individuais diariamente pelo sistema eletrônico e pelo WhatsApp”, diz.

Magro a jato

Que nirvana, que nada! Todo mundo quer atingir o mindfulness, estado de concentração máximo, a despeito de divagações. O processo para chegar “lá” passa pelo treino da mente. “Por meio da meditação, buscamos direcionar a atenção para o presente, estimulando uma postura aberta e de aceitação”, descreve o psicólogo Paulo Faleiro, coordenador do Núcleo de Mindfulness (Numi), no São Pedro. O desenvolvimento da habilidade passa por práticas de respiração, caminhada meditativa, percepção corporal e movimentos de atenção plena, semelhantes aos do ioga e do pilates. Mas, atenção: embora seja tendência no meio corporativo, o mindfulness está longe de ser ensimesmado. “A busca pela consciência acolhe a presença do outro e o que acontece à sua volta e não só o olhar para si mesmo”, destaca.

Símbolo da boa mesa, o fondue estraga qualquer dieta. Apenas 300 gramas da versão de queijo batem em 1,3 mil kcal, enquanto a mesma porção de chocolate com creme de leite supera 900 kcal. Mas dá para tornar a receita mais light. “Nosso fondue de queijo sem lactose tem 30% a menos de calorias”, garante Sergio Monteiro, do Tchê Parrilla, no Serra. Para não pesar nos acompanhamentos, a casa serve brócolis, tomate-uva, cenoura baby, pão com grãos e ovo de codorna – se pedir com jeitinho, rola até batata-doce. “As sequências fi t ainda tem fondue de frango na pedra de sal rosa do Himalaia e chocolate diet”, informa.

Fotos: Dunk/Gustavo Roscoe

Foto

lia

Inverno sem culpa

Divulgação

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LUCAS ROCHA

Quando deu seu primeiro pas-so rumo à carreira que lhe daria notoriedade, Sylvio

Coutinho era apenas um estudan-te ajudando a organizar um festival de música no colégio. Anos depois, tendo participado de grandes pro-jetos, a exemplo das fotografias da reforma do Mineirão, o artista vive mais um momento emblemático da carreira com a abertura da expo-sição Sylvio Coutinho mostra Belo Horizonte, na Casa Fiat de Cultura.

Inaugurada em 6 de junho e em cartaz até 30 de julho, a mostra reú-ne 27 fotografias, 65 gravuras, além

de vídeos e réplicas em 3D de mo-numentos históricos de Belo Ho-rizonte. As fotos, principalmente, foram produzidas em um momento delicado, quando Sylvio se recupe-rava de um acidente e sua princi-pal estratégia de reabilitação era pedalar pela cidade com a câmera a tiracolo. “Eu andava em torno de 25 quilômetros por dia e registrava entre 200 a 500 fotos”, recorda ele.

O resultado desse trabalho foi um retrato de Belo Horizonte na sua forma mais pura e crua, como seus moradores estão acostumados a ver. Desde os cartões-postais, as

OUTRO ÂNGULO:o fotógrafo e sua visão peculiar

Sylvio Coutinho mostra um olhar singular sobre a cidade em exposição até julho na Casa Fiat de Cultura

A mesma BH,

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CU LTU RA

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belezas escondidas no cotidiano e até mesmo o que desperta o incô-modo, como a sujeira das ruas, a aglomeração de cartazes publicitá-rios em muros e edificações em ruí-nas. “Traduzir essa cidade, que não para pra posar, em linguagem artís-tica da fotografia, não é fácil. Sylvio Coutinho o fez e a retrata de dentro pra fora, clicando sua alma. Esta é a Belo Horizonte que Sylvio Coutinho preparou, cuidadosamente”, diz o curador Marcelo Xavier.

Toda essa vivência e experiên-cia ressaltaram aos olhos do artista as necessidades cada vez mais gri-tantes da capital mineira, que agora ele coloca em pauta no seu trabalho como forma de serem discutidas e cobradas das autoridades. Exem-plo disso é o debate sobre soluções de mobilidade para o trânsito, que atendam a ciclistas, cadeirantes e

deficientes visuais. “Precisamos que todos os moradores e visitantes se locomovam plenamente na cidade e compartilhem os espaços com har-monia”, reflete o fotógrafo.

Outro ponto que tem ganhado atenção já dos primeiros visitantes são as réplicas dos pontos turísticos, desenvolvidos em laboratórios cedi-dos pela fábrica da Fiat. “Tem sido emocionante ver isso acontecer, pois todos os detalhes das réplicas foram construídos a partir das fo-tos que produzi, seja por drones ou no chão. Vai muito além de mostrar o que são esses pontos, principal-mente quando vemos os deficientes visuais tatearem as réplicas e con-seguirem ver esses lugares de outra maneira”, afirma Sylvio.

A ocasião também marca o iní-cio das comemorações da Casa Fiat para os 120 anos de Belo Horizonte e

o lançamento do livro de Coutinho, BH 120, um registro de uma cidade ampla, cheia de vida, dinâmica, ca-ótica e ocupada por pessoas. “Mi-nha intenção, neste momento, é mostrar uma cidade pulsante, co-lorida. Quero que as pessoas des-cubram que Belo Horizonte é feita para ser ocupada, desfrutada e per-corrida”, diz o fotógrafo.

A Casa Fiat ainda inclui na lis-ta de projetos paralelos uma série de ações educativas. “Não se trata de uma exposição de fotografias, mas da fotografia de uma cida-de. De uma cidade que continua a mesma, mas, ainda assim, muda sempre dia após dia. Não temos ex-pectativas em números, mas, com certeza, será uma exposição que atrairá um público enorme”, avalia José Eduardo de Lima Pereira, pre-sidente da instituição.

Fotos: Sylvio Coutinho

porém, diferente

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Do lazer à arquiteturaA realidade virtual vai muito além da diversão. Um dos exemplos é o uso na arquitetura, em que o cliente pode “entrar” no projeto e ver cada detalhe de perto. A arquiteta Bruna Del Sarto pesquisou bastante sobre a tecnologia e, agora, oferece esse diferencial ao mercado, fazendo desde um único ambiente até o projeto completo de uma casa, incluindo o design de interiores. O melhor é que o trabalho em realidade virtual sai pelo

mesmo preço do tradicional. Os ganhos, entretanto, são muitos. “Com o uso dos óculos 3D, os clientes otimizam tempo e fazem escolhas mais assertivas”, atesta Bruna, frisando que a procura pelo serviço vem aumentando. Há um ano, ela fazia um projeto com a tecnologia por mês e, hoje, o número chega a três. Bruna também aluga o equipamento para construtoras e lojas de móveis e faz a conversão do projeto para óculos 3D para profi ssionais da área.

Fred Magno/Agência i7

Guto Muniz

Colaboração: Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Gomes Chalfi n

Reinvenção na TVSão anos e anos de história emocionando o pú-blico, seja no Brasil ou fora dele. Depois de imortalizar seu nome no teatro como uma das criadoras do Grupo Galpão, a mineira Teuda Bara se prepara para integrar o elenco de A vila, novo programa humorístico do canal fe-chado Multishow, criado e protagonizado pelo ator Paulo Gustavo, com previsão para estreia em agosto. O convite, feito pelo próprio humorista, veio depois que ele assistiu ao trabalho de Teuda em Nós, trabalho recente do Galpão, dirigido por Marcio Abreu. No programa, Teuda será uma mãe possessiva, com veia cômica forte. Sobre o desafi o de integrar um elenco fi xo na TV, ela conta: “Achei que o Paulo Gustavo ia me mandar de volta! Eu falei com ele que levava sete meses pra estrear uma peça, e aqui é decorar em um dia para gravar no outro. No início, foi mais difícil, mas você vai se apossando da personagem e fi ca mais fácil. Isso sem falar da ajuda do elenco que é incrível e está em muita sintonia.”

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Música do bemMuito mais que ensinar a tocar instrumentos, as aulas de música refletem no melhor desenvolvimento escolar e ajudam a lidar com a vida em geral. Essa é a percepção das professoras Taciana Carolina Oliveira (esq.) e Renata Benedetto, sócias da rede Quatro por Quatro, que participa do projeto Música na Escola. Criado pela prefeitura, o programa abrange alunos do 1º ao 9º ano do ensino fundamental, com aulas gratuitas de teoria musical, flauta doce, teclado, violão e violino, com aulas duas vezes por semana, no contraturno. Somente nas três unidades da rede, 800 crianças e adolescentes participam do projeto. Os resultados são visíveis. “A música é benéfica em qualquer idade. Auxilia na questão social, na memória, concentração, no respeito um com o outro, no autoconhecimento”, acrescenta Taciana. Segundo ela, o diferencial da rede, fundada em 2011, é a metodologia totalmente voltada para o ensino da música para crianças e adolescentes.

Uarlen Valério/Agência i7

PORTOBELLOOpen de Tennis

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A história na música dos amigos Daniel Gallagher (dir.) e Lucas Bandeira é antiga e, apesar de ter fi cado em segundo plano nos últimos anos, volta com tudo em 2017. Eles acabam de lançar o projeto Novell com a proposta de gravar músicas autorais convidando nomes importantes da música mineira para tocar e cantar, a exemplo de Cláudio Venturini e Gabi Mello. “O primeiro critério é ser mineiro. O segundo é ser bom. Como tocamos há muitos anos, conhecemos centenas de músicos em Minas. Quando compomos uma música, naturalmente os nomes vêm

à cabeça. As músicas acabam ‘pedindo’ músicos e intérpretes com alguma característica. Então, o processo é natural”, conta Daniel. Para o pontapé inicial, eles lançaram, recentemente, o videoclipe de Back again que pode ser assistido no Youtube e já está sendo executado nas rádios. O EP de lançamento, #1, pode ser ouvido completo no Spotify.

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DNA mineiro

“Eu não vendo cílios, eu vendo autoestima.” Com essa frase, a empresária Michelle Cabral defi ne a The Lashes Co., grife de embelezamento do olhar inaugurada em outubro de 2015 e, hoje, referência nacional em extensão de cílios. Formada em engenharia química, Michele conheceu o serviço no exterior, começou a pesquisar a respeito e viu que não havia nada parecido no Brasil. O negócio deu tão certo que ela precisou contratar seis artistas de cílios – que ela mesma formou, vale dizer – para dar conta da agenda cheia. O procedimento demora duas horas e é feito num estúdio equipado com conforto e segurança. “A proposta é vender uma experiência de beleza e naturalidade, não a beleza

Ver um fi lme e, ao mesmo tempo, degustar um bom vinho, um chocolate quente com churros ou uma irresistível pizza em pão sírio... Opções são o que não faltam no cardápio da sala Premier da rede Cineart, que acaba de ser repaginado pelo chef Pablo Abreu. Formado em gastronomia pela escola Mausi Sebess, em Buenos Aires, Pablo inovou no quesito bebidas, incluindo vinhos do novo mundo, nos pratos e nos cafés. Uma das novidades é o trio de mini-hambúrgueres com cebola confi tada, queijo e pão de abóbora. Mas o sanduíche de frango com queijo gruyère e mostarda de mel é o campeão de pedidos. “Também o pralinê de castanhas com toque de canela tem saída bacana”, frisa. Em média são vendidos 30 produtos por sessão – cabem 49 pessoas no espaço VIP -, sendo que a sala também é muito procurada para realização de eventos, com cardápio recheado de canapés, brusquetas, minissanduíches e sobremesas variadas. Uma tentação!

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

Eduardo Nascimento

Tim-tim no cinema

O olhar diz tudo artifi cial”, diz. A técnica mais procurada é o volume russo, com fi os de seda ou cashmere de no máximo 0,07 milímetro de espessura. Michelle também dá cursos em todo o Brasil, por meio da Lashes Co. Academy, focada em mulheres empreendedoras.

Juliana Foini

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A arte culinária presente nos

pequenos detalhes.

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Juliana Flister/Agência i7

Figurinhas já carimbadas no Clube Chalezinho, o gestor de festas de formaturas Guilherme Guimarães (esq.) e o promoter Elzio Pereira passam a integrar o time de sócios da casa. E a aquisição já resulta em novidades. Além da boate, o espaço estreia dois novos núcleos, o Quintal Chalé e a drinqueria Jabu. “Queremos reforçar o conceito de diversão para todos, com diversos perfi s e momentos”, adianta Guilherme. Localizado no estacionamento, o Quintal se inspira nos mercados de rua (leia-se food parks), com a intenção de misturar gastronomia e arte – a área tem um grafi te de 600 metros quadrados do artista Matheus Aminadab. Já a Jabu é uma drinqueria aos pés de uma jabuticabeira de 60 anos, que aportou de guindaste no Chalé. “Trouxemos uma carta de drinques muito diferenciada, criada em parceria com a coquetelaria The Juniper 44º, de São Paulo”, adianta Guilherme.

Reforma do Chalé

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O quê 6AniversárioOnde 6 Itatiaia

Rádio Bar

Os 60 anos do diretor de mercado da Rádio Itatiaia, Carlos Rubens Doné, foram comemorados em festa surpresa organizada por sua mulher Sandra Armani, pelo gerente comercial da rádio, Bruno Bianchini, e pela supervisora de promoção, Mariana Diniz. Cerca de 350 convidados, entre políticos, empresários, jornalistas, publicitários, nomes do mundo do futebol, familiares e amigos, foram abraçar o aniversariante. A noite só foi terminar às 3 horas da manhã, ao som do DJ Roger Peres. Fotos: Tião Mourão

6 Sandra Armani, Carlos Rubens Doné e José Saad Duailibi

6 Carlos Rubens Doné, Sandra Armani e Wagner Espanha

6 Renata Armani, Paula Armani e Júlia 6 Carlos Rubens Doné, Elaine e Valmyr Mattioli

6 Eduardo Costa, Carlos Rubens Doné, Sandra Armani, Lidia Costa e Antonio Anastasia

6 Cadu Doné, Alexandre Kalil e Carlos Rubens Doné

6 Rodrigo Maia e Maria Fernanda Menin6 Adalclever Lopes, Carlo Rubens Doné e Sandra Armani

6 Ruben Fernandes e Raquel Patrus

6 Cadu Doné, Carlos Rubens Doné e Daniel Nepomuceno

6 Milton Naves, Laudívio Carvalho e Cadu Doné

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6 Marcio Lacerda e Carlos Rubens Doné 6 Alba Coelho e Cláudio Carneiro

6 llma Araújo, Emanuel Carneiro, Alexandre Kalil, Carlos Rubens Doné e Ursúla Nogueira

6 Mariana e Humberto Alves Pereira Filho, Modesto Araujo e Humberto Alves Pereira

6 Fred, Carlos Rubens Doné, Geovana, Júlia, Sandra e Paula Armani

Apresenta

O mais importante evento de CICLISMO INDOORao AR LIVRE da América Latina

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O quê 6Noite de autógrafosOnde 6 PIC Cidade

Em noite de autógrafos prestigiada, o fundador e presidente da Solutions Gestão de Seguros, Sérgio Frade, lançou o livro Riscos & Seguros – Uma visão dos seguros sob a ótica da gestão de riscos corporativos e pessoais (Ed. O Lutador). Contendo diversos artigos sobre seguros publicados pelo autor, a obra tem como objetivo mostrar a importância dos seguros para a vida das empresas e das pessoas, a importância do mapeamento de riscos e a correta escolha da apólice. Fotos: Tião Mourão

6 Rodrigo Godoy e Luísa Lolli

6 Eduardo Picchioni e Hugo Picchioni

6 Geraldo Moura Tavares, Antônio Batista da Silva Júnior, Sérgio Frade e Eduardo Bernis

6 Paulo Paiva e Sérgio Frade

6 Emanuele Sarmento, Marcelo Alvim e Sérgio Frade

6 Paula Pereira, Mariana Teixeira, Anna Carolina, Mariana Marques e Bruna Magalhães

6 Adriano Sampaio, Miriam Dayrell e Geraldo Moura Tavares

6 Paulo Paiva, Sérgio Frade, Antônio Batista da Silva Júnior e Paulo Brant

6 Hiram Firmino, Sérgio Frade, Carlos Alberto Teixeira de Oliveira e Aristóteles Atheniense

6 Rosana Neves, Eduardo Neves e Denise Frade

6 Karla Squarcio, Zilma Santos e Fabrícia Medeiros

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O quê 6ExposiçãoOnde 6 Praça da

Liberdade

A Casa Fiat de Cultura abriu as homenagens aos 120 anos de Bel Horizonte com a exposição multimídia Sylvio Coutinho mostra Belo Horizonte na Casa Fiat de Cultura. Com curadoria de Marcelo Xavier, a mostra reúne 27 fotografias - a maioria delas o fotógrafo tirou pedalando de bicicleta pela cidade -, além de vídeos e réplicas em 3D de monumentos históricos de Belo Horizonte. Na ocasião, foi lançado o livro de Sylvio, intitulado BH 120, com textos de Bernardo Maranhão. Fotos: Tião Mourão

6 Isaura Maranhão, Lívia Tameirão e Olivia Costa Couto

6 Doorgal Andrada, José Eduardo Lima Pereira, Gabriel Azevedo e Mateus Simões

6 Viviane Oliveira e Jefferson Vaz de Oliveira

6 Débora Salles, Mabel Salles, Marly Viana Pena, Olímpia Costa e Leda Beirão

6 Marcelo Latorre, Cláudia Pereira Rezende e Eduardo Lery Vieira

6 Maria Inês Tavares Pinto Coelho e Marly Sorel Campos

6 Sylvio Coutinho e José Eduardo Lima Pereira

6 Paulo Moura, Quintino Vargas e José Afonso Bicalho 6 Jacob e Consuelo Máximo

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O quê 6Feijoada 25Onde 6 Juiz de Fora

A famosa Feijoada do Cesar Romero completou 25 anos e repetiu o sucesso dos anos anteriores, o que comprova o prestígio do colunista juiz-forano. Cerca de 2 mil pessoas, entre figuras dos meios político, empresarial e social do Rio de Janeiro, de BH e São Paulo, circularam pelo Centro de Eventos Capitólio. Com comida mineira da melhor qualidade, sorteio de brindes e atrações musicais, a feijoada destina parte de sua renda para entidades assistenciais da cidade. Fotos: Toninho Carvalho, Andréa Ottoni, Wólmer Monteiro, Brendha Torres e Wanderson Monteiro

6 Toninho Simão, Vania Landa e Cesar Romero

6 Os deputados Mário Heringer e Edvaldo Piccinini, Vânia Piccinini e Francisco Campos Silva

6 Wanessa Barbosa, Homero Gonçalves Neto e Thais Landa 6 Márcia Neves e a filha Carol

6 Vitor Valverde, CR, Marcio Lacerda, Wilson Cid e Toninho Andrada

6 Luiz Cláudio e Fernanda Santos Pinto com Daniele e o prefeito Bruno Siqueira

6 Suzana Neves e Desirée Couri

6 Silvestre Detoni, deputado Noraldino Júnior e Marcelo Detoni

6 O deputado Marcus Pestana e Wagner Parrot

6 Juracy Neves e Maria Helena Zacaron

6 O deputado Isauro Calais e Norma Affonso

6 Jovino Campos e Paulo Roberto Lopes

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O quê 6AniversárioOnde 6 Juiz de Fora

No dia seguinte à famosa feijoada, que acaba de completar 25 anos de sucesso, o colunista Cesar Romero recebeu amigos para almoço de aniversário no Unique, no Novo Horizonte. O prefeito Bruno e Daniele Siqueira prestigiaram a elegante tarde de animados papos, primoroso menu do Fátima Buffet e a boa música de Will Oliveira, que já rodou meio mundo tocando e cantando no Club Med e em cruzeiros marítimos. Fotos: Andréa Ottoni

6 Cesar Romero, Daniele e o prefeito Bruno Siqueira 6 Isabella e a mãe Karla Fortuna

6 Eduardo Villela de Andrade, Rominho Andrade, Cesar Romero e Jovino Campos

6 Marília e Omar Ferreira

6 Rosana e Ricardo Campello 6 Nara e João Márcio Coelho 6 Eduardo dos Santos e Luciana Bellini 6 Flávia e Renato Loures

6 Cesar Romero, João Carlos Quirino e Angélica Torres, Maurício e Sueli Ribeiro

6 Edson e Fátima Alvim, Vânia de Landa e Cesar Romero

6 O deputado Marcus Pestana, Pedro Itaboray e os pais Deliane e Márcio Itaboray

6 Maria Giovanini Corrêa e o filho Cesar Romero

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Imprevisão do tempo

A cada dia que se passa, o tempo se torna mais curto para o presidente Michel Temer. Seus aliados aguardam ansiosos o noticiário político-judicial, se assim podemos chamar, com os nomes citados nas últimas delações. Avaliam as últimas pesquisas de opinião. E ambas, no-ticiário e pesquisa, foram desastrosas para o governo, tendo a aprovação caído a apenas 5%.

Quanto às demais notícias na imprensa, as referên-cias aos ministros mais fortes não foram nada animado-ras. Nada mais que referências, mas, em alguns casos, é o quanto basta. O afastamento do ministro Geddel Fer-reira Lima começou assim. Provavelmente, o presidente imagina que vai ser diferente com os ministros Padilha e Moreira Franco. Espero que esteja certo, ainda que remando contra a maré.

E para aumentar as preocupações do presidente, ti-vemos o PSB negando-lhe apoio na votação dos projetos de interesse do governo. São 35 votos a menos. Que difi-culdade estará ocorrendo com esses propostas que não conseguem ir avante, sendo elas do maior interesse da sociedade? Ou se convencem os ilustríssimos deputados e senadores da fundamental importância da mudança nas regras da Previdência, das leis trabalhistas e também de nosso sistema tributário ou o Brasil será afastado de seu futuro, impondo um atraso que somente será recu-perado em décadas. Parece mesmo inverossímil que o Legislativo, tão consciente de seus poderes, não tenha a grandeza de melhor avaliar e aprovar medidas que inte-ressam à sociedade brasileira, contrariadas tão somente por setores que visam retardar qualquer medida que

signifique prejuízo às suas mordomias de toda ordem. Esperar por unanimidade é sonho quixotesco.

O afastamento do Ministro da Justiça é outro fato a demonstrar que as nomeações feitas de afogadilho não são duradouras. E a negativa do deputado peemedebis-ta Osmar Serraglio em assumir o Ministério da Trans-parência foi outro desgaste a ser assumido por Michel Temer. A decisão a ser tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral pode desencadear em seu afastamento. Mas pode ocorrer também um pedido de vista por um dos ministros, o que provocará um novo adiamento da sen-tença terminal.

Não bastassem tantas preocupações a atormentar Temer, o ministro Edson Fachin acrescentou mais uma: na última semana, o presidente teve de responder a um questionário elaborado pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato. Vai assim se estreitando mais e mais o caminho percorrido. Os danos causados pelas de-lações dos irmãos Batista, da JBS, são incomensuráveis e certamente ainda não se encerraram, tal a grandeza de suas peripécias financeiras e econômicas. Tem-se ago-ra como muito provável a revisão de sua sentença, que poucos entenderam e ninguém aceitou. Afinal, os crimes cometidos por ambos foram da mesma gravidade – ou maiores – que aqueles cometidos por Marcelo Odebre-cht, que está preso e terá de pagar muitos bilhões por seus malfeitos. Enquanto isso, os irmãos Joesley e Wes-ley, livres e soltos, mudaram-se para os Estados Unidos, transferindo também para lá e outras partes do mundo os seus negócios. O deputado Rocha Loures (PMDB), apanhado com uma mala contendo 500 mil reais, é pes-soa da máxima confiança de Michel Temer e foi por ele recomendado aos quadrilheiros da JBS.

Nesse meio tempo, vão os brasileiros assistindo a esse verdadeiro tsunami de bilhões de reais e a um lamaçal de crimes, seguindo uma rota sem direção e destino. Superando crise atrás de crise, cujo desfecho certamente não será bom para o país e menos ainda para seus cidadãos, vamos todos preparando o lombo para as duras consequências de todo esse desacerto político, moral e econômico.

Hermógenes Ladeira, empresário

O tempo se torna cada vez mais curto para Michel Temer. O noticiário “político-judicial” e as últimas pesquisas, foram desastrosas para o governo, tendo a aprovação caído a 5%

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Hermógenes Ladeira

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