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Dicas para um ano repleto de realizações ISSN 1984-0535 9 771984 053009 3 4 1 0 0 www.revistaviverbrasil.com.br M ENTREVISTA DANIEL NEPOMUCENO, PRESIDENTE DO ATLÉTICO-MG: “SONHO COM O MUNDIAL DE CLUBES” ARTIGO PCO CORREÇÃO DE ROTA NO 2º MANDATO Previsões esotéricas para os próximos réveillon em BH e interior de MG

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Dicas para um ano repleto de realizações

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ENTREVISTA DANIEL NEPOMUCENO, PRESIDENTE DO ATLÉTICO-MG: “SONHO COM O MUNDIAL DE CLUBES”

ARTIGO PCO CORREÇÃO DE ROTA NO 2º MANDATO

Previsões esotéricas para os próximos

réveillon em BH e interior de MG

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No próximo ano, vamos continuar com o nosso jornalismo verdade e uma programação ainda mais diferenciada, com o melhor sinal HD.

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VAMOS ALÇAR VOOS MAIS ALTOS.

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VIVER Dezembro 19 - 201416

VIVER Entre....

36 Assistência socialServas implanta ferramenta para garantir transparência nas ações40 BrasilTráfego congestionado:SP é a cidade com maior fluxo de helicópteros44 MercadoOs raros vinhos da Enoteca Decanter: 1,8 mil rótulos48 Mercado imobiliárioParadisíaca ilha: complexo de condomínios de luxo em Escarpas do Lago52 ComércioDecoração e sugestõesde presentes do Boulevard Shopping58 VoluntariadoAjuda salvadora: dasituação de violência a uma vida digna60 ReportagemOs médicos que vão até os doentes mais necessitados64 EntrevistaDaniel Nepomuceno, do Atlético:“O futebol passa por uma redução drástica de recursos”70 CapaProjeto 2015: especialistas dão dicas para que planos sejam colocados em prática

= COLUNISTAS30 Coluna do PCO

Paulo Cesar de Oliveira32 Entre AspasClaúdia Rezende

54 GiroAngelina Freitas88 Viver MelhorFernando Torres

96 Cantinho do Chef Luciana Avelino

108 ZoomMárcia Queirós

= ARTICULISTAS38 Vai ser o ano

Paulo Cesar de Oliveira42 Que tal um tag along na

política?Wagner Gomes

46 Desafios da nova equipe econômica

Olavo Machado56 Perdemos o bonde da

históriaJosé Martins de Godoy82 Ai que saudade que

tenho...Lúcio Costa

130 Os mascotesHermógenes Ladeira

Fotos Capa Pedro Vilela/ Agência i7 Fotomontagem Paulo Werner

78 PrevisãoO que virá? Com a palavra numeróloga, taróloga e ichinológo80 LazerJantar íntimo, baladas, relaxamento... as várias opções para a virada do ano

84 ComportamentoA revolução na família brasileira90 EducaçãoBelo Horizonte inaugura a 100ª Umei98 CidadeCores, aromas, sabores e histórias dos mercados às vésperas do Natal102 Passeio CulturalAs obras do InstitutoInhotim em BH104 LivroTudo é rio, romance da publicitária Carla Madeira106 CulturaAdvogada contaseus amores em livro112 Bate-papoFilósofo Alfeu Trancoso:“Se bobearmos, o desejo nos pede obediência”114 Conexão EmpresarialAlberto Pinto Coelho: “Vou continuar militante na oposição”118 Festas O lançamento da mostra Alma e poder da mulher

Pedro Vilela/Agência i7

Número 143 - 19 de dezembro 2014

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VIVER Dezembro 19 - 201418

Editorial

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: Jacques Felix, 19, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP – CEP: 04509-000 – Tel.: (11) 2127-0000

Minas Gerais: Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 60.000 exemplares

MUITO MAIS DO QUE UM DIA APÓS O OUTRO

O calendário organizado em anos foi uma invenção das mais geniais de toda a história da humanidade. Além de atender as necessidades religiosas de uma determinada cultura, o tem-po dividido em fatias industrializa a esperança, como escreveu o grande poeta Carlos Drum-mond de Andrade. A virada é extremamente simbólica, em todos os sentidos. Se nada deu certo naquele período de 12 meses, que tal ten-tar diferente em outra caminhada que se inicia? Para a chegada de 2015, a Viver Brasil ouviu es-pecialistas em diversas áreas: negócios, nutrição, carreira, atividade física e questões ligadas ao bem-estar psicológico e espiritual. São dicas de como planejar bem o ano que se aproxima e percor-rer, sem sobressaltos e com as

realizações almejadas no final, a breve estrada de 2015. Breve, sim, pois o tempo pede passagem e não permite um só instante de inércia. Os planos programados e reprogramados nos últimos dias do ano devem, enfim, serem cumpridos. Chega de falsas promessas. Aliás, já estamos saturados delas. Por dias melhores, que tal começar com um réveillon inesquecível? Para quem ficar na capital mineira, outra reportagem dessa edição sugere algumas boas alternativas de festa. E para embalar com laço de ouro o pacote de Ano Novo, não poderiam faltar aquelas previsões esotéri-cas que todos gostam de ler, mas ninguém, em sã consciência, apostaria todas as fichas. Mas o que importa? Afinal, a esperança não é ciência; é companheira inseparável da alma humana. Óti-mas festas e um 2015 pra lá de especial a todos!

Homero Dolabella, diretor de redaçã[email protected]

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora Executiva Eliana PaulaDiretor de redação Homero Dolabella Editora-executiva Silvânia Arriel Chefe de redação Maria Eugênia LagesSubeditora Luciana AvelinoEditora-adjunta Cláudia RezendeRedação Eliana Fonseca, Eliane Hardy, Fernando Torres, Márcia Queirós, Miriam Gomes Chalfi n e Terezinha MoreiraRepórteres colaboradores Flávio Penna e Jaqueline da Mata Estagiária Patrícia CarvalhoArticulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes Correspondentes internacionais

(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas Trainees de web Bruna Braga e Clara Novais Revisão Maria Ignez Villela Secretária de redação Tamara de Jesus Editor de arte Renato Luiz Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano Cabral Fotografi a Agência i7Gerente de marketing e eventos Larissa LopesGerente fi nanceira Marcela GalanAssistente comercial Sumaya MayrinkDepartamento comercial (MG) (31) 3503-8888 – Cláudia Ligório, Dária Mineiro, José Lopes, Karine Scofi eld, Márcia Perígolo e Sônia Beatriz [email protected] Diretora comercial (SP) Lilica Mazer

Departamento comercial (SP)(11) 2127-0000 – Kellany Verardi,Milena Mutarelli e Simone [email protected] de CirculaçãoLuiz CuinAssinaturas (31) 4063-8156Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A. Entregas Fast EntregasDistribuição em bancas Disa – Distribuidora Sant’ Anna

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Fale Conosco

Eles não paramParabéns à Viver Brasil por reservar a capa da revista para os senhores que continuam atuantes na vida profissional. Parece que há um certo preconceito dos meios de comunicação com as pessoas mais velhas. Só dão espaço para falar de beleza, de como ficar mais jovem, de quem ficou rico na juventude etc, e esquecem da sabedoria que os indivíduos com mais de 65 anos têm. Gostei muito da matéria, bem escrita.

FRANCISCA PADILHA

É empolgante, um alento a reportagem sobre os empresários com mais de 65 anos que continuam no trabalho. Quando eu chegar a essa idade também quero me manter na ativa. Parabéns ao jornalista Fernando Torres, que contou a história deles de forma brilhante.

REGIANE NASCIMENTO

Por que parar de trabalhar? Enquanto existir vida, haverá trabalho. Parabéns pela matéria.

LUIZ HENRIQUE BARBOSA HORTA

EntrevistaO médico Roberto Fonseca foi direto ao ponto quando convoca a sociedade a discutir os custos abusivos

de medicamentos para o tratamento do câncer. Havia acabado de ler a entrevista na Viver Brasil quando uma conhecida me disse que a mãe estava internada em um hospital de Belo Horizonte com a doença, precisava com urgência tomar um remédio, de 8 mil reais, mas o plano não autorizou. Como deixar uma pessoa morrer por causa de dinheiro? A família se reuniu, juntou dinheiro e pagou. Fiquei chocado com a história.

NELSON ALVARENGA

Excelente a entrevista com o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior (edição 140), que sempre defende os interesses da indústria mineira com um olhar na realidade e outro no futuro. A verdade é que os cenários internos e externos para a indústria mineira e brasileira não são animadores e se os poderes políticos não enxergarem os gargalhos que impedem o fortalecimento e o desenvolvimento da indústria nacional e agirem de forma rápida e planejada teremos cada vez menos indústrias e mais desempregados. Tão importante quanto qualificar mão de obra pelo Pronatec é criar um ambiente favorável para que a indústria possa ser competitiva, produtiva e liberta de tantas amarras fiscais, ambientais, burocráticas e restritivas que

o próprio governo impõe ao cotidiano do empreendedor industrial brasileiro.

EZIO DARIOLI

Artigo Lúcio CostaQuem é vip de verdadeApós ler a crônica Quem é vip de verdade, na Viver Brasil, andei metabolizando algumas ideias que ouso passar ao articulista, pois tenho certeza de que a sua humildade pregada é autêntica. Seus parágrafos me inspiraram uma parábola, principalmente a afirmativa em verbete de que “nós, humanos, somos meros micróbios pensantes de importância ínfima na imensidão celeste”. “Era uma vez um poderoso dono de todas as pedreiras da Terra, possuidor de mármores e granitos imensos, que chamou seu filho, abriu a gaveta da mesa e de dentro tirou um diamante pequeno, mas tão puro que sua luminosidade clareou mais ainda a sala iluminada com lâmpadas Philips (também aproveito para o devido merchandising... mesmo tendo só um leitor).” E disse: “Este diamante vale por 200 das minhas grandes pedreiras”. Depois tirou um rubi de um vermelho mais intenso que o pôr do sol no inverno, e também disse: “E esse rubi vale por 400 pedreiras”. E assim prosseguiu mostrando ao filho que o tamanho das pedras

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Com mais de 65 anos, a aposentadoria não faz parte dos planos desses empresáriosparamI

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José Martins

Martins

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ENTREVISTA ROBERTO FONSECA, DA ONCOMED: PREÇOS ABUSIVOS DAS DROGAS CONTRA O CÂNCER

ARTIGO PCO VIRTUDE DE PIMENTEL: A MODERAÇÃO

Eles não

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Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000

E-mail: [email protected]

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nem sempre significavam terem um grande valor. Acredito que assim também somos nós, os humanos. O Creador (com e,e não criador com i, como criador de confusão), nos deu algo que os imensos astros, como a estrela Cochero ou a pedra cometa 67-p de 4 quilômetros, não têm: a liberdade! Os astros imensos não conseguem sair nem um mísero segundo ou milímetro de sua órbita, ao ponto de um vil micróbio humano acertá-lo com bodocada com uma máquina de lavar roupas a 511 milhões de distância e com 10 anos de espera!

Mas o homem muda, altera, começa ou termina a própria ou a trajetória de outro, quando quer e como quer. Usando sábia ou burramente a sua característica maior, a liberdade, que o faz não ser micróbio nem poeira universal, mas muito valioso no contexto cósmico.

CARLOS VEIGA DAMASCENO

ZoomA nota sobre o incentivo à leitura ficou ótima. Agradeço à jornalista Márcia Queirós o carinho.

CHRISTINA FABEL

No L do MalettaMuito interessante a reportagem da Viver Brasil (edição 141) sobre os bares do Maletta. Amei ler sobre isso. Mas voltem lá! São singulares as lojas de quinquilharias, sebos, livrarias e antiguidades.

ANNA MARIA HORTA VIDIGALL

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Leitor Repórter

É a sua vez de mostrar que tem faro jornalístico. Fo-to grafou uma cena inusitada? Visitou um lugar para-disíaco e fez foto digna de cartão-postal? Registrou um momento ím par que me rece ser compartilhado com outras pessoas? Agora você te rá a oportunidade de mostrar seu talen to. Envie sua foto para a revista Vi ver

Bra sil. As melhores serão publicadas e você terá seu dia como repórter fotográfico. O endereço para en-vio é: [email protected]. As fotos deverão estar em alta resolução. No e-mail, deverão

constar os dados do autor (nome, telefone, endereço e RG) e uma breve descrição da foto.

“A ciência descreve as coisas como são; a arte, como são sentidas, como se sente que são”

FERNANDO PESSOA

Foto da igreja de Nossa Senhora do Carmo, clicada em uma tarde, em Ouro Preto.

ENVIADA POR: ROSA TRÓPIA

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VIVER MELHORDicas de saúde e bem-estar. É assim que a Viver Melhor leva a você opções para melhorar ainda mais a qualidade de vida. Acesse @viver.melhor e facebook.com/vb.vivermelhor e fi que ligado!

VIVER CASAPara quem procura referência, inspiração e bom gosto em arquitetura e decoração, acompanhe a Viver Casa nas redes sociais: facebook.com/revistavivercasa e no Instagram @revistavivercasa.

BLOG DO PCOAcesse notícias sobre o universo político, econômico, empresarial e os eventos da alta sociedade mineira. Cadastre seu e-mail e tenha acesso, diariamente, a newsletter do Blog do PCO. www.blogdopco.com.br.

Em sua nova expedição, a VIver Minas explora a região Central do estado, incluindo Belo Horizonte e região metropolitana, e mostra como é a economia, cultura, gas-tronomia e comércio locais. Mais uma oportunidade de conhecer as riquezas do estado. Acesse o conteúdo on-line pelo site: www.viverminas.com.br.

VIVER MINAS

Em toda edição, o Passeio Cultural traz dicas de programação em BH e região. Se você tem alguma foto que gostaria de compartilhar, marque a Viver Brasil. A melhor foto será repostada no Instagram da revista.

Siga a Viver no Instagram (@viverbrasilrevista) e no Facebook (facebook.com/revistaviverbrasil) e fi que por dentro das novidades.

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Gestão em MG

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Traduza em presentes o que você sente.

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VIVER Dezembro 19 - 201428

Estevam Avell

Em Destaque

O dom deMatheus

Mineiro de Ouro Branco, o ator Matheus Abreu, 17, é a grande revelação de O Segredo dos Diamantes, filme do cineasta mineiro Helvécio Ratton, que estreou nos cinemas neste mês. No trabalho, voltado para o público infanto-juvenil, ele interpreta Angelo, um garoto de 14 anos que parte em busca de um tesouro para salvar a vida do pai. Depois da participação em O Segredo dos Dia-mantes, que já faturou o prêmio de Melhor Filme no Júri Popular do Festival de Cinema de Grama-do (RS), Matheus passou em testes da Rede Glo-bo e agora está no Rio de Janeiro, onde participa dos ensaios da minissérie Dois Irmãos, que estreia em 2015. Matheus diz que não pode contar sobre o que interpretará na trama televisiva baseada no romance de Milton Hatoum, mas informações

dão conta de que ele viverá o personagem de Cauã Reymond jovem, tamanha semelhança física en-tre os 2. Se não quis aprofundar na minissérie, Matheus esbanjou palavras sobre o seu primeiro trabalho no cinema. “Foi uma das melhores expe-riências da minha vida, atuar ao lado de atores ta-rimbados, como Dira Paes e Rodolfo Vaz, e outros jovens como eu , no filme de Ratton”, conta o ra-paz, que se identificou com o personagem Ange-lo. “Sou determinado como ele”, define Matheus. Ele descobriu o teatro aos 9 anos, no colégio, em Ouro Branco, depois veio para BH, onde fez curso no Galpão. Quando conversou com a reportagem, ele aguardava o resultado no Enem para o curso de artes cênicas. Torcia para ser aprovado em uma fa-culdade do Rio, onde quer prosseguir carreira.

MÁRCIA QUEIRÓS

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VIVER Dezembro 19 - 201430

Quem se lembra do motorista do Collor?

Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral que analisaram a pres-tação de contas da candidata do PT à Presidência em 2014, Dilma Rousseff , recomendaram a sua rejeição. Porém as contas foram apro va das com ressalvas. Nunca é demais relembrar, no entanto, que “a segunda maior fornecedora da campanha de Dilma Rousseff tem como um dos sócios administradores uma pessoa que, até o ano passado, declarava o ofício de motorista como profi ssão”.

Precedentes... Em 2010, Ricardo Lewandowski,

sempre ele, ignorou a opinião dos técnicos, que recomendavam a rejeição das contas de Dilma, e as aprovou, no que foi seguido por seus pares. Ele chegou a omitir a avaliação técnica em seu texto fi nal. Mesmo que as contas fossem rejeitadas pelo TSE, Dilma pode ser diplomada. A oposição, ainda assim, terá em mãos trunfo para fazer um barulho consistente. O motorista que ganhava 2 mil reais e que, agora, é sócio de um empreendimento que está em segundo lugar no item das despesas do PT não está à vontade como um dos donos de uma empresa que fatura 24 milhões com um único cliente.

Araujo em expansãoModesto Araujo inaugura, ainda este ano, a 140ª loja, desta vez no Serena Mall. O presidente da drogaria diz que a ideia é continuar expandindo o número de lojas e já pensa no mercado em cidades do interior de Minas.

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

Confesso que a emoção me bateu na semana passada quando atendi um convite do prefeito Marcio Lacerda para a inauguração da 100ª Unidade Municipal de Educação Infantil. As Umeis foram criadas por Fernando Pimentel e dinamizadas por Marcio que chegou a 100ª e disse que vai atingir a 150ª em 2016. O que é a Umei? É um equipamento de Primeiro Mundo para a educação in fantil. A criança que entra ali, com certeza, se sente altamente valorizada e dá gosto estudar, foi o que senti no rosto das crianças. Enfi m, é uma realidade. Seria muitíssimo importante que os formadores de opinião fossem co-nhecer in loco as Umeis. Dá orgulho visitar uma Umei com tudo cuidado pela se-cretária municipal de Educação, Sueli Balisa.

Umei, um projeto fantástico

A imagem do Legislativo

OAB/MG fará museu

Um Congresso sob suspeita de participação no escândalo da Petrobras, além de cooptado pelo Poder Executivo, ajudou a institucionalizar o toma lá, dá cá. Por isso a imagem tem se deteriorado tanto. O Le gislativo, mais corporativo do que nunca, procrastinou, enquanto pode, a cassação do deputado André Vargas. Ademais o perfi l de seus dirigentes tam bém não ajuda em nada. A população não confi a, nem um pouco, nessa turma que aí está.

A OAB Minas quer construir um museu para contar e preservar a história do direito no estado. O local pretendido é o prédio da Facul-dade de Direito da UFMG, no centro de BH. O projeto será enviado pelo presidente da entidade, Luís Cláudio Chaves, à Presidência da República e ao Ministério da Educação. “Já conversamos com

o vice-presidente Michel Temer, que nos autorizou a construir o museu no local”, diz Chaves. A ideia é que a OAB arque com os custos das obras para construir o museu e com a manutenção do prédio. “O local foi um centro importante contra o golpe mili-tar.” A faculdade será transferida, até 2016, para o campus Pampulha.

Adão de Souza PBH/ASSCOM

Pedro Vilela/Agência i7

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Joaquim Levy, futuro ministro da Fazenda, já acenou que estimulará decididamente o investimento em infra-estrutura, por meio da oferta privada. É crença mesmo. O ministro é um entusiasta das parcerias público privadas desde a discussão do projeto de lei federal, nos idos de 2003. Não deixa de ser um oportuno estímulo para no-vas PPPs em Minas, que já ostenta o maior portfólio de projetos em operação e em fase de contratação como é o caso, dentre outros, da MG –050, o Complexo Penal de Neves, o Contorno Metropolitano e o Aeroporto Regional de Juiz de Fora que aca-ba de ganhar o seu primeiro voo diário da Gol para Belo Horizonte e São Paulo.

A empresária e artista plástica Dulce Campolina retorna, no final do mês, de uma longa viagem que fez ao México, Peru, Guatemala, Chile, Estados Unidos (Arizona), Turquia, Marrocos, Tailândia, Laos, Camboja e Vietnã. A motivação não é só turística, mas também de pesquisa para a ex-posição de pinturas: Tribus. Em todos esses lugares, Dulce conta que encontrou artesanatos com pontos em comum. “Seria o inconsciente coletivo”, diz. A artista está fazendo uma leitura dos símbolos, grafismos.

Com intuito de oferecer a seus clientes algo inusitado e personalizado, a Suggar (leia-se Lúcio Costa) uniu o talento de um importante nome das artes plásticas ao sofisticado design de seus produtos e criou uma nova linha: a Art Collection Suggar. O consagrado Ro-

gério Fernandes foi o artista escolhido para usar os produtos Suggar como telas. Inspirando-se na celebração da amizade e nos bons momentos entre amigos, Rogério Fernandes customizou eletrodomésticos Suggar com sua arte autênti-ca, intuitiva e livre, que mistura o real e o imaginário. A alta qualidade Suggar, que ganhou pinceladas de irreverência de Fernandes, certamente ganhará espaço nobre nas casas. Os artigos já estão expostos na Eletroraro do Ponteio.

VIVER Dezembro 19 - 2014 31

Arte na Suggar

Mais mudança no trânsito O Denatran vai apresentar, brevemente, os novos modelos para o Certificado de Registro de Veículo (CRV) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), além do novo formato da carteira de habilitação – o modelo atual é de 1994. Segundo o Denatran, os padrões adotados vão dificultar falsificações, adulterações, além de fraudes no pagamento do IPVA. A carteira de motorista, por exemplo, terá 28 dispositivos de segurança, enquanto os papéis dos veículos virão com 17 métodos, cada. As mudanças estão previstas nas resoluções 511 e 512 do Contran e os modelos entrarão em vigor a partir do dia 1º de julho de 2015.

Campeão mundial de homicídios

De cada 100 pessoas que são assassinadas por ano no planeta, cerca de 13 são registrados no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o total de homicídios no mundo chega a 475 mil. Em números absolutos, o Brasil é o líder no ranking, com estimativa de 64,3 mil homicídios em 2012, seguido por 52 mil na Índia, 26 mil no México, 20 mil na Colômbia, 18 mil na Rússia e na África do Sul e 17 mil na Venezuela e nos EUA. Por desconfiar dos nossos números, os da OMS são bem superiores ao que o governo brasileiro forneceu à entidade, com relação a 2012.

Ministro é entusiasta das PPPs

Um link entre artesanatos diversos

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Jaqueline da Mata

Wilson Dias/ABr

Tião Mourão

Tião Mourão

O rei Roberto Carlos com Daniela e o prefeito de Juiz de Fora, Bru-no Siqueira. O rei disse ao Bruno: “Não sabia que menor de idade podia ser prefeito”. Neste ano, Bruno chegou ao 40, ou seja, tem um futuro promissor pela frente.

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Antônio Cruz/Agência Brasil

EntreAspas

O futuro de quem entra na política é de dedicação. Vou continuar militante na oposição”Alberto Pinto Coelho (PP), governador de Minas, prestes a deixar o posto, em palestra no Conexão Empresarial, anunciando que vai ficar do lado oposto ao do próximo governador, Fernando Pimentel (PT)

O Brasil merecia a verdade, as novas gerações mereciam a verdade, e principalmente aqueles que perderam... [chora] Que continuam sofrendo como se eles morressem de novo a cada dia”Dilma Rousseff (PT), presidente da República, ao receber o relatório fi nal da Comissão Nacional da Verdade

O governo desrespeitou um dos pilares fundamentais da Lei de Responsabilidade Fiscal (...) e estabeleceu um novo padrão: quando a lei não é cumprida, muda-se a lei”Aécio Neves (PSDB), senador, sobre o projeto de ajuste fi scal, do governo federal

“Os militares cometeram a burrice de me prender”

Lula (PT), ex-presidente, em depoimento à Comissão Nacional da Verdade

A Comissão Nacional da Verdade aproveitou o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, para entregar à presidente Dilma Rousseff o relatório final do trabalho realizado há 2 anos e 7 meses. O documento contém 2 mil páginas, com informações sobre atos de violações de direitos humanos durante os anos de 1946 a 1988. A cerimônia foi acompanhada por ministros e autoridades do governo, além de integrantes de entidades ligadas aos direitos humanos, vítimas do período militar e familiares dos que já morreram. A presidente chorou durante o discurso.

ACONTECEU

Reação mineira II

Reação mineira

Curiosamente, as parlamentares agredidas recentemente com ataques machistas dentro do Congresso são todas do PCdoB, com exceção de Maria do Rosário, que é petista e já fez parte do governo de Dilma Rousseff. Será por que o partido é um dos que mais defendem a bandeira do direito das mulheres e das minorias e, por isso, s uas integrantes se expõem mais? É para se pensar. Em tempo, PT, PCdoB, PSB e Psol entraram com pedido de cassação do mandato do deputado no Conselho de Ética da Câmara. Os partidos também anunciaram que vão ingressar com ação na Justiça contra ele.

Depois de toda a confusão armada no Congresso Nacional devido à agressão dirigida pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-MG) à deputada Maria do Rosário (PT-RS), partiu de Minas a iniciativa de mudança nas normas da casa para evitar atitudes do tipo. A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) propôs alteração no Código de Ética do Legislativo para punir agressões machistas vindas dos parlamentares. Outras vítimas recentes de ataques sexistas foram as deputadas Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Alice Portugal (PCdoB-BA).

CLÁUDIA [email protected]

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Entre duas, a piorFacebook Prefeitura de Nova Lima

Nos muros da cidade

Nova Lima deu um passo à frente em direção à coleta seletiva de lixo. Instalou lixeiras nas ruas com recipientes separados para recicláveis e não recicláveis. A iniciativa até que é boa, mas nada adianta se não houver conscientização. Mesmo com 2 lugares à disposição para depositar o lixo, algum cidadão nova-limense fez questão de ignorar e tacou logo no chão um saco plástico. Que feio!

Uma grande e colorida pintura tomou conta da esquina da avenida Santos Dumont com rua Rio de Janeiro. As imagens dela não são aleatórias. São de 3 artistas mineiros, personagens do longa-metragem Otto. Ernane Moreira, Eduardo Moreira e Juan Queiroz foram retratados no painel de 13 metros, assinada por Nilo Zack, que coloriu a passarela da São Paulo Fashion Week 2014, Ataíde Miranda e Lucas Prada. O palhaço Meio Sorriso, vivido por Ernane Alves no filme, vai também estampar a nova coleção da marca mineira Ancestral e será tema de uma exposição coletiva.

CAIU NA REDED e l e g a d o E d s o n M o r e i r a , V i a Facebook: Senso de proteção dos animais está mais forte do que de muitos humanos atualmente. É para parar e refletir sobre como estamos cada dia mais egoístas.

Marcus Pestana, via Facebook: A faxina ética começou hoje. Nesse momento votamos a cassação do dep. André Vargas (PT/PR) por suas ligações com o doleiro.

Gilmar Machado, via Facebook: Desde que assumimos a adminis-tração da prefeitura de Uberlândia enfrentamos várias dificuldades orçamentárias como a queda de repasses por parte do governo do estado.

@rogeriocorreia: Reunião com Pi-mentel demonstra a transição do FAZ DE CONTAS e a HERANÇA MALDITA!

De fi na estirpe Minas é mesmo internacional.

E um dos nomes no mundo fashion que propagam o nome do estado é o da blogueira Thássia Naves. Em Miami (EUA), uma relações públicas da gigante Kreps DeMaria disse à esta colunista: “Ah, acompanho a Thássia Naves. Gosto muito”. A mineira de Uberlândia dita tendências para madames e fashionistas de todas os cantos. Thássia também é citada em novo hit do rapper Criolo, em tom de crítica. Na música Cartão de visita, diz: “Thássia tem um blog de fi na estirpe”.

Mais verde Estão mobilizados os

moradores do Jardim América, Oeste de BH, para tentar evitar o fi m da área verde do bairro. Eles gostariam que o local fosse transformado em parque, reserva ou praça, mas, ao que parece, o destino dele será abrigar condomínio com 2 torres de 23 andares cada, com 273 apartamentos, 750 vagas de garagem e 48 lojas, tomando um quarteirão inteiro.

Vale ouro De Montes Claros, Júnior

Soares trabalha há 12 anos fora do país, primeiro na Espanha e agora no Peru, na Agroenergy, e tem novidades para os brasileiros. A empresa vai lançar no país o vinho branco com ouro 24 quilates, o Cava de Oro Maset 24 K Gold. É a única empresa que vai comercializar, a partir de 2015, a bebida na América do Sul, com distribuição nas capitais, entre elas, Belo Horizonte, para o mercado de luxo. Hábito de beber ouro vem desde egípcios e hebreus, garantem os produtores da cava dourada.

Thiago Krautz

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Entre Aspas

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S H O P P I N G D E L R E Y . S H O P P I N G C O N T A G E M . S H O P P I N G S E T E L A G O A S . I N D E P E N D Ê N C I A S H O P P I N G - J U I Z D E F O R A

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DILKE FONSECA

A implantação de uma poderosa ferramenta de gerenciamento de doações realizadas pelo Ser-

vas é um dos legados que serão dei-xados pela presidente da instituição, Célia Pinto Coelho. Trata-se do Siste-ma de Controle de Doações que pos-sibilita o acesso ao Cadastro Geral de Convenentes (Cagec) de entidades in-teressadas em realizar convênios com o estado. Esse cadastro informa sobre a situação de regularidade da docu-mentação da entidade, se há alguma pendência e se está apta a estabele-cer convênios. “O sistema vai garantir mais agilidade, transparência e segu-rança nas ações do Servas, já que, para atender as demandas das entidades de assistência social, confirmará a regula-ridade da situação diretamente no Ca-gec”, informa a presidente do Servas,

Célia Pinto Coelho.À frente da instituição

desde janeiro de 2014, Cé-lia afirma que, ao assumir, o seu foco foi o de dar con-tinuidade às ações criadas e executadas nos últimos anos. Entre essas iniciati-vas destacam-se os projetos Valores de Minas, de arte, cultura e cidadania, volta-do para jovens, e o VitaVida, que oferece complemento alimentar para centenas de instituições em todas as re-giões. Este programa é exe-cutado em 4 fábricas em Contagem, Janaúba, Montes Claros e Uberaba.

A partir da doação de exceden-tes da produção agrícola, por meio de processo de desidratação, o progra-

ma distribui complemen-to alimentar para cerca de 700 instituições sociais. A produção mensal, segundo ela, é de 216 mil refeições, além de banana-passa, dis-tribuída para o programa de recuperação nutricional da Pastoral da Criança, em Montes Claros. Outro des-taque é o Centro Mineiro de Referência em Resídu-os e, entre as campanhas, a de Valorização do Idoso e o Proteja nossas Crianças.

O Servas tem hoje mais de uma dezena de ações e programas inovadores. Como o Valores de Minas, que seleciona a cada ano, 570 jovens, estudantes de escolas públicas, para experiências em teatro, dança, circo,

Igor Coelho/Agência i7

FRASE

“Quem trabalha com

a questão social tem a

oportunidade de uma

experiência rica”

Célia Pinto Coelho

Célia Pinto Coelho deixa o Servas com o legado de ter implantado uma ferramenta que garante agilidade e transparência nas ações

Dever cumprido

VIVER Dezembro 19 - 2014

ASSISTÊ NCIA SOCIAL

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música e artes visuais. De 2005 até agora o programa for-mou cerca de 6 mil jovens. E o Centro Mineiro de Referên-cia em Resíduos, que entre outras ações, busca o resgate, a valorização da pessoa, mais do que uma nova consciência ambiental, além de alternativas para transformar resíduos em oportunidades de trabalho e renda e de inclusão so-cioprodutiva de catadores de materiais recicláveis.

Já, por meio do Programa Reciclando Oportunidades e do Bolsa Reciclagem, catadores de materiais recicláveis são remunerados pelos serviços ambientais prestados. Do terceiro trimestre de 2012 ao segundo trimestre deste ano, foram comercializadas 60.440 toneladas de material reci-clável, beneficiando cerca de 1.500 catadores por meio de 80 associações e repassados 7, 1 milhões de reais.

Os Centros Solidários de Educação Infantil, por sua vez, espaços especialmente construídos para receber crianças de até 6 anos, estão em 19 municípios, atenden-do famílias que saem para o trabalho e deixam seus filhos em horário integral. Também foram construídas 5 brin-quedotecas hospitalares e mais 253 móveis destinadas a crianças de até 14 anos, em hospitais públicos e filantró-picos, unidades da Aape e centros de educação infantil em todas as regiões de Minas. Já o Programa Digna Idade apoiou 658 Instituições de Longa Permanência para Ido-sos em 427 municípios, realizando reformas, adquirindo equipamentos e capacitando gestores e cuidadores.

Como cidadã e educadora, Célia Pinto Coelho diz que a questão social sempre foi latente em sua trajetória pes-soal. Nos últimos 16 anos, atuou em ações sociais e de voluntariado. “Costumo dizer, sou barranqueira do São Francisco, onde fui criada, conheci de perto a dificuldade da nossa gente e esse foi mais um desafio para mim. Mu-dei ainda criança para Uberlândia, onde vivi até vir para Belo Horizonte, aos 21 anos. Tenho identidade com a cau-sa do voluntariado.”

Testemunha da diferença que o voluntariado pode fa-zer na vida de muitas pessoas e da sociedade, Célia acre-dita que essas ações mudam não só a realidade de quem recebe. “Há um potencial transformador e catalisador nas ações de voluntariado em prol do bem-estar. Quem tra-balha com a questão social tem a oportunidade de uma experiência rica, dinâmica e gratificante. Mas precisa ter também a capacidade e a humildade para aprender e en-xergar as pessoas e o contexto”, ensina

Ela diz que assumiu o Servas em janeiro de 2014, du-plamente honrada e desafiada por suceder Andrea Neves que, “com vanguardismo atrelado à sua competência fez do Servas, juntamente com sua equipe, uma verdadei-ra ferramenta de transformação social em nosso estado.” Célia Pinto afirma que encerra sua participação com o sentimento de dever cumprido.

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Vai ser o anoEntre o que crise que nada! e o que crise danada, há

um meio termo, que nos tira do risco da euforia e do imobilismo pelo medo. É esse meio termo que precisa-mos buscar no 2015 que se inicia. Não podemos desco-nhecer que o país vive dificuldades em sua economia, causadas por fatores externos, mas também por falhas de gestão. Os efeitos externos, teremos que absorver, mas os erros de gestão serão certamente corrigidos. A presidente Dilma, ao escolher sua equipe econômica do segundo mandato, deixou claro o compromisso com a correção de rumos da economia. O pragmatismo venceu o ideológico o que significa que teremos um go-verno efetivamente voltado para o controle da inflação e dos gastos públicos que, na prática, significa compro-misso com o crescimento econômico.

Esses ajustes, e não poderia ser diferente, exigirão austeridade fiscal, reduzindo um pouco os investimen-tos públicos nos primeiros meses de governo. Crise? Claro que não, mas é inevitável o uso, pelo governo, do freio de arrumação, com reflexos nas atividades priva-das também, que vão precisar se reorganizar de acordo com as ações governamentais. Nós, pessoas físicas, também teremos que rever alguns comportamentos, nos reeducando financeiramente. É assim que roda a roda da economia. Nenhuma nação aguenta, indefini-damente, o consumo irresponsável de seus cidadãos. Não se propõe aqui que as pessoas deixem de consumir. Ao contrário, o que se deseja é que consumam, mas de forma responsável, até porque o consumismo destem-perado alimenta a inflação. E nada mais perverso com o assalariado do que a inflação que corrói salários.

A austeridade federal já anunciada vai refletir nos governos estaduais. Eleito governador, Fernando Pimentel, tenham certeza, fará um governo financei-ramente responsável. Dele pode-se até discordar em questões ideológicas, mas, como administrador, já deu provas de sua competência como prefeito de BH e como ministro. Na prefeitura, Pimentel deu mostra de que é possível realizar muito sem ultrapassar a capacidade de endividamento. É isso que precisamos compreender e exercitar. E isso não deve assustar ninguém. Temos, a partir de um governo austero, todas as condições de retomar o crescimento da economia. E é o que acon-tecerá em 2015. Já existem sinais de que a economia estabilizou-se. Se fosse um avião, diríamos que ela está na cabeceira da pista pronta para decolar. Talvez faltan-do completar o tanque de combustível ou tirar algum excesso de peso para que seja um voo bem tranquilo. O combustível fica por nossa conta, com o exercício da capacidade de empreender e de consumir com respon-sabilidade, e o alívio no peso fica sob a responsabilidade do governo, a quem cabe encaminhar as reformas ne-cessárias. Reformas reclamadas há muito tempo e que nenhum governante consegue realizar. Talvez esta seja mais uma tarefa a que devemos nos dedicar.

Precisamos, a sociedade como um todo, pressionar e apoiar o governo – isso vale para todos os níveis – para que as reformas aconteçam. Para que elas se efetivem é fundamental que sejam propostas agora, se possível no dia das posses de presidente e governadores. A cada dia que passar, não tenham dúvidas, a aprovação das mu-danças que queremos, ficará mais difícil. Mas de nada adiantará o governo propor se não houver a pressão popular sobre o parlamento para que elas sejam apro-vadas. É preciso acreditar que vamos conseguir. Somos uma das maiores economias do mundo, apesar dos go-vernos. Temos empresários capazes, força de trabalho e enorme demanda de produtos e serviços a atender, vinda dos novos consumidores que o país incorporou nos últimos anos. Se agirmos, se participarmos, não há como dar errado. O avião vai decolar para um longo e bem sustentado voo. 2015 vai ser o ano.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Paulo Cesar de Oliveira

É preciso acreditar que vamos conseguir. Somos uma das maiores economias do mundo, apesar dos governos

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CUIDAR DE VOCÊ. ESSE É O PLANO.

Tudo pede moderação. Viver, não.

unimedbh.com.br

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LEONARDO ZANON

Quem fica sentado em um dos pontos de ônibus no cruza-mento das avenidas Juscelino

Kubitschek e Faria Lima, no bairro da Vila Olímpia, um dos mais movimen-tados da cidade de São Paulo e um dos principais centros financeiros do mu-nicípio, percebe que o trânsito é in-tenso durante todo o dia. É um vaivém de motocicletas, carros, ônibus, bici-cletas e pedestres. Mas não são ape-nas eles que atraem olhares curiosos de profissionais que trabalham na re-gião ou de simples passantes.

Os helicópteros que sobem e des-cem, em um movimento frenético de pouso e decolagem, também são me-recedoras de olhares. Visto de cima, a clássica pintura azul em alguns dos principais prédios é corriqueira. Pa-rece até um jogo de damas. “Traba-lho em um dos prédios na Faria Lima e, quando saio para almoçar, percebo que o tráfego aéreo é grande”, con-ta Carla Martins, analista de Supply Chain da LataPack Ball. “Já ouvir dizer que há mais helipontos do que pon-tos de ônibus.” Carla não está erra-da. Até 2009 a região da Vila Olímpia concentrava 25 estacionamentos de helicópteros contra 24 pontos de ôni-

HELICÓPTEROsobrevoa a avenida

Faria Lima: um dos locais mais movimentados

São Paulo é a cidade com maior fluxo de pousos e decolagens de helicópteros do mundo. O bairro da Vila Olímpia tem número recorde de helipontos

VIVER Dezembro 19 - 2014

B RASI L

Pelo alto, sem trânsito

Divulgação

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dados colocam a capital paulista em primeiro lugar, à frente até de Nova Iorque. “O setor cresceu, em média, cerca de 20% ao ano desde 2009. Por isso, a regulamentação do uso, prin-cipalmente em locais movimentados, deve ser baseada em estudos técni-cos individualizados”, diz Jorge Fa-ria, presidente da Abraphe. “O estudo dos impactos é necessário justamente para contribuir com a determinação de viabilidade operacional para cada heliponto.”

Os números positi-vos não devem cair mes-mo com a instabilidade econômica. Todos os mo-delos, que partem de apro-ximadamente 360 mil reais e podem chegar a quase 17 milhões, são cobiçados por executivos que não po-dem perder tempo. Preci-sam cruzar a cidade, estar em municípios próximos à capital para reuniões e voltar para acompanhar o andamento de suas companhias. Empresas como Itaú, Bradesco, Casas Bahia, BRF, Pão de Açúcar contam com helicópteros.

A busca frenética por esses veí-culos tem causado um movimento

incomum nas principais fabricantes norte-americanas, canadenses e eu-ropeias: fila de espera. Segundo elas, quem adquirir aeronave nova hoje terá que esperar mais de 1 ano, pelo menos, para recebê-la. Por isso, quem tem se destacado é a brasileira He-libras. Algumas aeronaves, como Esquilo, tem boa parte de seus com-ponentes produzidos no país, permi-tindo assim que o comprador utilize

linha de financiamento do BNDES. Além disso, com a fábrica em Itajubá, as ven-das e as entregas acabam sendo facilitadas. “Esse mo-delo é ótimo para carregar até 6 passageiros e 1 piloto”, diz Eduardo Ferreira, presi-dente da Helibras.

O mercado de heli-cópteros em São Paulo é tão promissor que no bair-ro do Jaguaré, na Zona Oeste, há um dos maiores

heliportos da América Latina. O He-licidade é como se fosse um pequeno aeroporto executivo. Idealizado pelo economista Fabio Tinelli, o Helicida-de iniciou suas operações em 2002. “Sempre fui um apaixonado pelo mercado aéreo.”

Andre Faccioli

NÚMERO

411 é o número de helicópteros

registrados em São Paulo

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bus, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil e a SPTrans, empresa de transporte da capital, dentro de suas imediações. A expansão imobiliária e a falta de segurança nas ruas foram as grandes responsáveis pela instalação de helipontos em boa parte dos em-preendimentos levantados durante meados da década passada.

Com o crescimento desenfreado e uma legislação ultrapassada, mui-tos desses helipontos foram instala-dos quase que um ao lado do outro, próximo a escolas e hospitais. Por isso, desde 2013, a prefeitura instau-rou comissão para avaliar os impactos do barulho. De acordo com o Coman-do da Aeronáutica, deveria haver 1 heliponto a cada raio de 500 metros. Muitos foram reprovados, o que ge-rou demanda de processos na Justiça para utilização dos espaços, ainda em fase de averiguação. Dessa forma, fi-cou mais difícil obter o alvará. Apenas 2 edifícios conseguiram liberação nos últimos meses.

Um dos helipontos mais movi-mentados da região está instalado no hotel Blue Tree Premium, na Faria Lima. Para atender aos aproximados 100 pousos e decolagens mensais – em época de grandes eventos, como Fórmula 1, este número cresce –, o grupo comandado pela empresária Chieko Aoki modernizou e criou ser-viços especiais. Com capacidade para receber aparelhos de até 3 toneladas, tem sala vip e vista de 360º da cidade.

As regiões da Vila Olímpia e da avenida Paulista concentram o maior fluxo de helicópteros por metro qua-drado do Brasil. Hoje, já são mais de 30 helipontos na Vila Olímpia e de 20 nas redondezas da Paulista. Essa cobiça de brasileiros pelos veículos aéreos resultou em um número im-pressionante: segundo a Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero (Abraphe), a cidade possui frota de 411 helicópteros, com cerca de 2,2 mil pousos e decolagens por dia. Esses

VISTA DO HELICIDADE:aeroporto executivo

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Que tal um tag along na política?Os acionistas minoritários da Petrobras buscam for-

mas de preservarem a defesa de seus direitos, visando assegurar a recuperação dos recursos que aplicaram na compra de ações da companhia. Aliás, o movimento que hoje ocorre nos Estados Unidos, procurando apurar as transações não republicanas ocorridas na Petrobras – fruto de uma gestão fraudulenta e temerária já confessada – não tem outro sentido, senão o de garantir aos papéis ali nego-ciados a transparência que o seu rigoroso mercado requer. Afinal, trata-se de um megadesvio, que já está classificado entre os 10 maiores de todos os tempos, envolvendo go-vernos do mundo inteiro. Os acionistas minoritários bra-sileiros buscam uma válvula de escape que, por analogia, sensibilize nossos tribunais. Embora não seja bem o caso, o mecanismo do tag along, sem tradução para o português, determina, ao investidor que adquirir ações do grupo do controle de uma sociedade anônima, que o mesmo assu-ma algumas obrigações com os acionistas minoritários.

Nada mal se o conceito for estendido à política. Ao vo-tar num candidato, o eleitor estará comprando suas ações. Se a performance for prejudicada pelo desempenho do eleito, o acionista deve ser compensado. Estariam todos dispostos a assumir tal risco? A teoria do domínio do fato está a indicar-nos que, por mais que não se creia nas bru-xas, elas, de fato, no caso, existem. Até parece a história de um gângster norte-americano que, após cometer atroci-dade e ser questionado por sua mulher, que dizia enxergar nele, também, muita bondade, saiu-se com essa: o meu equilíbrio consiste em saber conviver com a exata carga de pecados que sou capaz de carregar. Assim parecem se comportar, no dizer do delator premiado Paulo Roberto Costa, algumas dezenas de nossos atuais parlamentares.

Chegou a hora da verdade para os empresários e políti-cos responsáveis por toda essa farsa e farra com o dinheiro público. A cadeia corruptora vai se delineando à medida que avançam as investigações da operação Lava-Jato, de forma bem mais avassaladora do que na Porto Seguro. Nada obstante, há que se reconhecer a autenticidade e legi-timidade da reeleição de Dilma Rousseff como presidente da República. Está fora de questão ou propósito dar guarida a essa estupidez de pregação de golpe militar ou qualquer merda desse tipo, sem que isso signifique conivência com a impunidade dos corruptos e, agora, corruptores. Todos somos iguais perante a lei. Nossos mais altos representan-tes da cadeia política (sem trocadilho) podem e devem ser responsabilizados, caso os seus atos assim justifiquem.

Não mais adiantam nem mais enganam aos incautos os gestos de soberba praticados pelos condenados, visan-do a transformar a si mesmos em heróis, já que, aos olhos da lei, são infratores. A nossa presidente tem por dever de ofício fazer um ministério de notáveis, para unir o país. É público e notório que o PT não dispõe de quadro técnico qualificado suficiente para ajudá-la a tirar-nos dessa crise de confiança. A fila que se forma para as delações premia-das sugere que o exemplo de Marcos Valério – cuja cana se aproxima dos 20 anos – de alguma forma antecipa o que potencialmente os aguarda, caso não se safem desse im-bróglio. E o que dizer dos desdobramentos que já resvalam em outras estatais e fundos de pensão? Só Deus sabe dizer onde tudo isso vai parar, agora que o PT não mais detém o monopólio das ruas... E olha que Ricardo Semler alerta que esse comportamento vem ocorrendo desde 1970, citando o exemplo de sua própria empresa nas relações com a Petro-bras. Paulo Francis, também, que o diga, pois ao morrer era vítima de um processo por difamação, por ter abordado o tema em sua época. De lá para cá a corrupção na Petrobras passou de endêmica a epidêmica. Chega de fingirmos de surdos, pois o brasileiro já se mostra cansado de toda essa empulhação. Torçamos para que essa catarse coletiva, que estamos vivenciando, possa escorraçar com a nossa indife-rença e substituir esse perigoso fatalismo pela indignação pedagógica, para que esse estado de coisas não seja mais aceito com tanta naturalidade.

Wagner Gomes, administrador de empresas

Wagner Gomes

Chegou a hora da verdade para os empresários e políticos responsáveis por toda essa farsa com o dinheiro público

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FERNANDO TORRES

Amante dos prazeres etílicos, o escritor escocês Robert Louis Stevenson costumava dizer que

vinho é poesia engarrafada. Dada a definição como verdadeira, a Enoteca Decanter, na Savassi, é uma bibliote-ca dos melhores poemas. Às vésperas de completar 10 anos, o espaço detém 1,8 mil rótulos de 80 das melhores vi-nícolas do Velho e do Novo Mundo, como a italiana Pio Cesare, da região de Barolo, e a argentina Luigi Bosca, de Mendoza. “Oferecemos vinhos que, realmente, encantam e apenas marcas próprias, exclusivas”, diz o enotecário Flávio Morais, sócio-diretor da casa.

Mais que vitrine de comerciali-zação da bebida, a Enoteca envereda por um conceito difundido na Euro-pa, com cardápio harmonizado e ta-ças para degustação. Morais é o nome por trás do empreendimento, inaugu-rado em 2005. “Já distribuía os rótu-los da importadora Decanter na Royal Emporium, no Mercado do Cruzeiro, e decidi assumir o risco e o investimento de apostar em um negócio ainda iné-dito no Brasil, expandindo os limites da marca”, conta. A proposta vingou e originou mais 11 enotecas similares pelo país, em cidades como São Paulo, Santos (SP), Curitiba e Blumenau, sede da importadora Decanter.

Fred Magno/Agência i7

Enoteca Decanter completa 10 anos, com 1,8 mil rótulos de 80 das melhores vinícolas do mundo

Vinhos raros

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M E RCADO

Grande parte da operação da Eno-teca é abastecer eventos corporativos e a adega dos melhores restaurantes da cidade. É o caso do Villa Roberti, no Belvedere, que, além da carta privi-legiada, acaba de inaugurar o Espaço Ferrari, varanda temática dedicada ex-clusivamente à vinícola de espuman-tes Ferrari, da Itália, um dos líderes mundiais entre as bebidas produzi-das pelo método Champenoise – para se ter uma ideia, a safra 2007 do rótu-lo Ferrari Perlé conquistou este ano o prêmio de melhor espumante do mundo pelo World Champion Spa-rkling Wine Outside of Champagne. “É uma das marcas mais especiais da nossa adega, importada com exclusi-vidade”, contextualiza Morais. A ini-ciativa da criação do espaço, único no mundo, veio da própria Decanter.

E por que escolher Minas e não mer-cados considerados mais maduros, como Rio Grande do Sul e São Paulo? “Belo Horizonte representa hoje 40% de toda importação e comercialização da Ferrari no país. É um índice supe-rior a todos as demais cidades.”

Além da maior difusão da marca, a Enoteca Decanter planeja para 2015 o lançamento de vinhos e harmoni-zações. Ainda no primeiro semestre, desembarcam por aqui, vinícolas da Itália, França e Chile e, na sequência, Portugal, Espanha e Argentina. Entre os destaques, o italiano Umani Ron-chi, de 55 a 180 reais, e o português José Maria da Fonseca, entre 120 a 670 reais. “Esta vinícola portuguesa, a mais antiga do país, se mantém em ascen-são. É uma bebida realmente concei-tuada”, diz Morais.

FLÁVIO MORAIS:“Oferecemos marcas próprias e exclusivas”

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Desafios da nova equipe econômica

O setor produtivo brasileiro aguarda ansiosamen-te que a nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff comece a trabalhar, de forma a estancar o pro-cesso de desaquecimento da economia nacional e reco-locar o país nos trilhos do crescimento. A verdade é que, embora se costume dizer que são diferentes os tempos da política e da economia, hoje eles são rigorosamente iguais e urgentes. Não custa relembrar o recado das últimas eleições: o que as urnas disseram, com muita clareza, é que o povo brasileiro espera por mudanças e espera que elas sejam feitas nas práticas políticas e na economia, com respeito aos interesses do país e da sociedade brasileira.

Do ponto de vista da economia, sobretudo da indús-tria, a mensagem é a mesma: precisamos de mudanças – e precisamos já. As estatísticas confirmam para este ano crescimento quase nulo do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,2%. Também mostram a taxa de inflação beirando perigosamente o teto da meta estabelecida pelo próprio BC, de 6,5%. Na média dos últimos 4 anos, o crescimen-to do PIB será de 1,6% anuais.

Este é o cenário que aguarda os novos ministros – e para revertê-lo é preciso mostrá-lo nas suas cores reais, por mais fortes que elas possam ser. É preciso reconhe-cer que nos aproximamos perigosamente do fundo do poço para que possamos perceber a necessidade de nos mobilizarmos todos – governo, parlamentares, empre-sários e trabalhadores – para buscar novos caminhos. As mesmas estatísticas que mostram o desempenho medíocre da economia no presente, também apontam que no médio e longo prazo a situação não é diferente. Para 2017 e 2018, o PIB potencial – crescimento possível e sustentado da economia nas atuais condições – é de

2,5%. Muito pouco para um país que chegou a crescer 4,5% nos primeiros 4 anos do governo do presidente Lula e muito menos que os 5%, 6% prometidos, em vão, pelo ministro Mantega desde 2011.

A indústria, principalmente no setor de transforma-ção, responsável pela geração de empregos de qualida-de e agregação de valor ao produto nacional por meio da inovação e da tecnologia, é a principal vítima desse processo que corrói a capacidade de crescer do país. Estudo divulgado pela Confederação Nacional da In-dústria (CNI) mostra que, cada vez mais, os brasileiros estão comprando produtos importados: no terceiro tri-mestre deste ano, quase 22% dos produtos consumidos no nosso país vieram de países estrangeiros. É o maior percentual desde 2007, quando as estatísticas começa-ram a ser feitas.

Como nossas exportações também definham, a conclusão óbvia é a de que estamos perdendo mercados internacionais duramente conquistados no passado e – ainda mais grave – estamos entregando o nosso mercado interno à concorrência internacional. A par-ticipação da indústria de transformação no PIB, que chegou a quase 30% nos anos 1980, está hoje ao redor de 13%, mesmo patamar dos anos 50 do século passado. Estamos pagando o preço de não termos feito, no tempo certo, as grandes reformas estruturais necessárias e ur-gentes nos campos tributário, das relações trabalhistas, Previdência Social e a reforma política. Também fomos lenientes, nos últimos anos, com o controle da inflação, a gestão das taxas de juros e as concessões no setor de infraestrutura. Perdemos competitividade e, via de con-sequência, estamos perdendo mercado.

Neste cenário preocupante, a posição da indústria é clara. Reconhecemos e defendemos a importância dos programas sociais do governo para atender segmentos carentes da população, em regiões de economia ainda menos desenvolvida, mas também entendemos que é igualmente necessário que a economia cresça e gere os impostos necessários para financiar esses programas. E isso, com certeza, só se fará se o país voltar a crescer.

Olavo Machado, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas

Gerais (Sistema Fiemg)

Olavo Machado

Como nossas exportações também definham, a conclusão óbvia é a de que estamos perdendo mercados internacionais...

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Como nos tempos antigos, uma ilha paradisíaca foi descoberta, de forma inesperada, por um

navegador. Embora tenha paixão por navegar no mar, foi deslizando pelo céu que ele avistou a porção de ter-ra. E não era mar, era um paraíso no meio da água doce. Como ninguém tinha visto? Aquilo ali não existe! Exis-tia, sim, e deu início a um empreendi-mento completamente inovador em Minas Gerais. Em Escarpas do Lago, no Centro-Oeste, região já bem co-nhecida por suas construções, con-domínios, frequentadores, festas, paisagem natural e por ser banhada pelo lago de Furnas. Mas agora é di-ferente. O que está em construção na ilha e na península que a cerca leva ao máximo o termo de exclusividade. Por

isso, recebeu o apropriado conceito de Escarpas Internacional.

O complexo Green Harbour Fly--In Destiny é composto pela Ilha de Escarpas e a Coast Villa. O primeiro, como diz o nome, é uma ilha. Nela, está sendo construído, já em fase de implantação de infraestrutura, um condomínio exclusivo, com 44 terre-nos e área total de 240 mil metros qua-drados. Não são terrenos quaisquer, mas com frente de 40 metros lineares, coisa rara por aí, e dentro do conceito condomínio boutique, no qual menos é mais. “O que a gente vê muito hoje é terreno-linguiça”, diz Alexandre Pe-nido, um dos investidores do empre-endimento, fazendo metáfora com os lotes que são estreitos mais têm pro-fundidade. Ele lembra também que o

PISTA DE POUSO:45 minutos de São Paulo e 35 minutos de Belo Horizonte

Ilha e península em Escarpas do Lago começam a ser transformadas em complexo de condomínios de luxo

O paraíso é aqui

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M E RCADO I MOB I LIÁR IO

formato mais largo permite que o pro-prietário tenha mais privacidade com relação ao vizinho.

Esse é um dos diferenciais da ilha, mas tem mais. Todos os sortudos pro-prietários de áreas lá terão vista e aces-so para a água, sendo que alguns são mais privilegiados, os que escolherem as 2 pontas, como lembra Márcio Bis-soli, o outro investidor, sócio de Pe-nido. “De um lado, vai ser praia, do outro, deck. Quem comprar as pon-tas, vai ter as 2 situações”, observa. Ele mesmo é um desses, que escolheu a área privilegiada – e mais valorizada – para construir uma casa. “A minha já está reservada e comprada”, refor-ça. O local que vai simular uma praia vai receber areia branca. Na ponta em que vai haver o deck, Bissoli tem ideia clara do que vai fazer: “Lá, eu vou co-locar uma piscina de borda infinita”.

A península, que recebeu o nome de Coast Villa, é outra área rica em atrativos e exclusividade. A princi-pal delas é a pista de pouso para jatos

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com 1.400 metros de extensão, com a modalidade fly-in, por meio da qual os proprietários – 87 ao todo – pode-rão ir taxiando até a porta de casa. Lá, terão área suficiente para construí-rem o local para guardar as aerona-ves. Se não quiserem, terão a opção de deixá-las no hangar da pista. “É algo que quase ninguém tem”, desta-ca Penido. A coisa se torna ainda mais única devido à característica da área,

de ser uma península, o que permite que, de um lado do terreno, o dono estacione o jatinho e, do outro, atra-que a lancha, já que todos também terão frente d’água.

Depois que a infraestrutura esti-ver pronta, o que está previsto já para 2015, os proprietários poderão cons-truir as casas conforme o próprio gos-to e dentro do padrão correspondente às 2 áreas. Lembrando que o projeto

arquitetônico de todo o complexo leva a assinatura de nada menos que o ar-quiteto Gustavo Penna, responsável por obras de destaque em Minas Ge-rais, como a do novo Mineirão. “Tudo passou pela mente criativa dele (Gus-tavo). A única coisa que a gente pediu era que fosse exclusivo”, lembra Peni-do. A responsável pelo paisagismo é Carla Pimentel, que assina jardins em condomínios como o Alphaville,

PERSPECTIVA do beach club

Fotos: Divulgação

VISTA DO Green Harbour Fly-In Coast Villa

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COMPOSTO POR Ilha de Escarpas, com 44 terrenos, heliponto, sede social e restaurante

Coast Villa, com 87 terrenos, pista de jatos, marina, centro equestre e golfe

Onde fi ca o Green Harbour?A 6 min de Escarpas do Lago Lotes na Ilha: 3.200 mil m2 (média) cada

Lotes no Coast Villa:3.500 mil m2 (média) cada

Site: www.escarpasinternacional.com.br

ESCARPASINTERNACIONAL

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em Nova Lima, e tem participações constantes nos ambientes da Casa Cor. “O paisagismo está lindo”, acres-centa Bissoli.

Além da beleza e da exclusivida-de do local, o privilegiado que adqui-rir um imóvel em qualquer das áreas do Green Harbour vai desfrutar de outras facilidades, como campos de golfe, heliporto, marina, quadra de tênis com visão 360° do entorno, sa-las de ginástica e centro equestre. Está, ainda, dentro do projeto dos sócios a construção de um hotel de alto padrão no local, para convida-dos dos proprietários ou outros hós-pedes que queiram conhecer o lugar. No momento, os sócios estão ava-liando a bandeira que será responsá-vel pela administração do hotel e do beach club.

Na Ilha de Escarpas, haverá, tam-bém, um restaurante. Ele vai ser a única área da Ilha aberta ao público, que, no entanto, só terá acesso por meio de helicóptero e barco. O tem-po de travessia da Ilha até Escarpas do Lago é de 6 minutos. Para completar, não bastasse tudo o que vai existir no complexo, bem próximo de lá, existe o parque Paredão, em Guapé, outra op-ção para os moradores e convidados aproveitarem a natureza.

Diante de tanta coisa a ser vista, a boa notícia é que as obras do comple-xo já estão bem adiantadas. De acor-do com Penido, todo o projeto está licenciado. Na Ilha, já foram realiza-dos a supressão vegetal, o sistema viá-rio, a drenagem das ruas. Agora, serão iniciados o calçamento e as redes de água e energia. No Coast Villa, estão em andamento as obras viárias e já foi terraplanada a pista de jatos – que tem 75 por 1.400 metros. Em março de 2015, já deverá estar pronta.

Por causa dessa projeção, Pe-nido e Bissoli já planejam fazer um pré-lançamento do complexo para o mercado durante o réveillon, época em que a movimentação é alta em Es-

MERCADO IMOBILIÁRIO

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PERSPECTIVAda Ilha de Escarpas

ACESSOao restaurante pelo

elevador panorâmico na Ilha de Escarpas

Fotos: Divulgação

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para Ribeirão Preto. Fora que é possí-vel fazer o percurso de helicóptero. O complexo também fica a 35 minutos de Belo Horizonte e 1 hora do Rio de Janeiro, de avião.

A respeito de valores, Penido e Bissoli preferem manter a discrição. Só para se ter ideia, apenas na pis-ta de jatos, o investimento é de 12 milhões de reais. Os terrenos serão vendidos por entre 500 e 800 reais o metro quadrado. Segundo Bissoli, embora ainda não tenha sido feito lançamento oficial, 9 lotes já foram reservados depois de apresentação do projeto em São Paulo.

Entre os que já garantiram espaço na terra prometida, estão Gustavo e Ricardo Cavanelas Pentagna Guima-rães. Eles contam que são apaixona-dos pela região e que o lago de Furnas tem beleza ímpar. O Escarpas Inter-nacional é, para os 2, o melhor em-preendimento imobiliário da região, devido à concepção, arquitetura, in-fraestrutura e solidez do grupo, o que torna a compra também um bom in-vestimento. Os principais atrativos, na opinião deles, são as belezas naturais, aliadas à condição única do empree-endimento, com facilidade de acesso e projetos diferenciados.

E como tudo isso começou? Foi exatamente por causa de Escarpas, onde Penido e Bissoli se conhece-ram, fizeram amizade e decidiram fazer negócios juntos. Eles são em-presários que têm visto em Minas bons potenciais de desenvolvimen-to. Penido atua na construção civil, além de ser cônsul honorário do Chi-le. Bissoli nasceu em Cataguases, vi-veu boa parte da vida no Rio e veio para BH há cerca de 5 anos, para in-vestir em mineração. Foi ele quem deu a sorte de ver a ilha sobre o lago. “Estava sobrevoando o lago e vi a ilha, pensei que daria para um com-plexo imobiliário de luxo.” E não é que dava mesmo? E isso é só o nasci-mento de Escarpas Internacional.

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carpas. O lançamento deverá ser feito em abril de 2015, quando a região está ainda mais bonita, por causa da cheia do lago, do céu azul e da ausência de chuvas. Principalmente, o público-al-vo do empreendimento são compra-dores de São Paulo (capital), Ribeirão Preto, Belo Horizonte e região do en-torno de Escarpas.

De acordo com os sócios, Ribeirão Preto já tem um público que conhe-ce e frequenta Escarpas, onde muitos ribeirão-pretenses têm moradias. No caso de São Paulo, o grande argumen-to agora é o encurtamento da distân-cia, já que, com a facilidade da pista de pouso, de avião, é de apenas 45 minu-tosde um ponto a outro, assim como é

PERSPECTIVAdo campo de golfe

EM CONSTRUÇÃO: terraplanagem da

pista de jatos

NATUREZAcachoeiras no entorno

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Brinquedos e atrações que encan-tam adultos e crianças. Assim pode ser definida a decoração de

Natal do Boulevard Shopping, na zona Leste de Belo Horizonte. “Intitulada Casa de chá do Papai Noel, a decoração é inte-rativa. Nos brinquedos debaixo da árvore crianças e adultos podem brincar juntos. A adesão de pais e filhos está sendo mui-to grande”, diz a gerente de marketing do Boulevard Shopping, Andrea Panisset. Segundo ela, o centro de compras optou pela contratação do trabalho da Cecília Dale, uma das principais empresas de decoração natalina do Brasil.

Andrea afirma que o Boulevard se destacou nestes 4 anos, por priorizar as decorações interativas, mas a deste Na-tal supera a dos anteriores no gosto dos frequentadores do mall. Outro atrativo é o show de neve, que sempre ocorre em 2 horários diários: às 19 e 20 horas, com du-ração de 10 minutos cada seção. O show acontecerá até o dia 23 de dezembro.

Outra atração é o sorteio de 1 veí-culo Volvo XC60. A cada 400 reais em compras, o cliente ganha cupom para concorrer ao luxuoso carro. A promo-ção se estenderá até 31 de dezembro. “O sorteio será realizado no dia 2 de ja-neiro de 2015”, antecipa Andrea Panis-set, que está otimista com as vendas de Natal no Boulevard Shopping.

Letícia Almeida

Decoração interativa no Boulevard Shopping supera anos anteriores e cai no gosto dos frequentadores

Show no Natal

VIVER Dezembro 19 - 2014

COM É RCIO

Até 20/12: lojas abertas das 10h às 23hDias 22 e 23/12: das 9h às 23hDomingos: das 10h às 22h Dia 24/12: das 9h às 18hDia 31/12: das 10h às 18h1º/1/2015: fechadas. Alimentação: funcionamento facultativo

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VIVER Dezembro 19 - 201454

Napóles, no sul da Itália, é conhecida pela música, gastronomia e seus famosos alfaiates, que fazem a melhor moda masculina, símbolo de elegância no mundo. Os ternos têm estilo, qualidade e uma tradição por trás daqueles que o fazem. Os artesões inventam moda, são criativos, têm liberdade de misturarem cores, sabem escolher

os melhores tecidos e seguem as antigas tradições da alfaiataria napolitana. A cidade e a província estão cheios de pequenos e grandes

alfaiates que, mesmo com os tempos modernos, conservaram a antiga tradição de corte e costura feitos a mão. O bom gosto e a elegância de saber se vestir são qualidades inatas. E, para os napolitanos, a aparência é de fundamental importância e é por essa razão que os pequenos alfaiates ainda continuam a existir e passam de uma geração a outra. As marcas mais famosas são Kiton, Rubinacci, Finamore 1925, Cesare Attolini, entre outras.

Terra encantada

Nas semanas que antecedem o Natal, Nova Iorque se transforma em uma terra encantada. As árvores são acesas e as lojas de departamento mais famosas mostram um show de decorações incríveis. Os visitantes e moradores da cidade curtem a patinação no gelo, na pista do Rockefeller Center do Bryant Park ou até mesmo no Central Park. As temperaturas estão abaixo de zero, mas em todo lugar que você vá, há uma sensação de aconchego e o frio fi ca do lado de fora. Nessa época, não se pode perder o show do Radio City Christmas Spectacular e o balé O Quebra-nozes faz parte da tradição natalina. E sem falar da maratona de compras, embora todas as lojas fi quem lotadas, você pode encontrar bons descontos. Não existe outro lugar no mundo que se pode comparar com o Natal de NY.

As trufasÉ uma loja de luxo dedicada à compra de produtos à base de trufas que fi ca dentro do Palazzo Serbelloni, no centro de Milão. São 4 salas projetadas pela arquiteta Laura Franco, onde fornece diferentes sugestões, que vai do bar, restaurante e loja. Com um menu à la carte, especialidades do chef Marco Fossati, você vai fazer degustações dos melhores pratos com tartufos. Uma das salas, em particular, é dedicada à compra de produtos assinados Tartufi & Friends, que abre em 2015, novas salas de trufas em Londres e Dubai.

Pasquale Arcopinto

Victoria Lipov/Shutterstock.com

P O R A N G E L I N A F R E I T A S

Terno estiloso

Divulgação

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Perdemos o bonde da história

Parece que está definido: a China é a principal fábrica do mundo. Os Estados Unidos são o supermercado: produzem conhecimentos, tecnologias, produtos de alta tecnologia embutida, compram de todos e vendem de tudo. Ao Brasil resta o papel de exportador de commodities, minérios e alimentos, mesmo assim com muita dificuldade. Eu que o diga: meu projeto de irrigação na fazenda encontra todo tipo de entraves, atraso na entrega de equipamentos e materiais, falta de pessoal especializado para montagens, burocracias, demora na ligação de energia. Vai atrasar quase 1 ano.

Muitos empresários brasileiros transferiram fábricas para a China. Lá os produtos são fabricados, colocadas as marcas e etiquetas e vendidos aqui como se fossem pro-duzidos localmente. Trata-se de ampla gama de produtos. Segundo estudo da Fiesp, a participação industrial no PIB brasileiro em 2004 foi de 19,3%; em 2012, caiu para 13,3%, e pode atingir 9,3%, em 2029, se imperarem as mesmas condições. Nossa indústria está derretendo, não mais tem mercado por não ser competitiva. Relata ainda o estudo que todos os países que conseguiram dobrar a renda per capita, no intervalo de 10 a 20 anos, tinham participação industrial de 20% a 30% no PIB. Logo, a melhoria de renda do nosso povo está comprometida.

Precisamos de um choque de produção, em que tenha-mos produtos em abundância e de boa qualidade. Parece que a política é produzir pouco e vender caro. Assim, o lucro projetado é mantido. Seria mais inteligente produzir muito, vender barato e, certamente, obter maior lucro. Haveria eco-nomia de escala, geraria mais empregos e elevaria a renda da população, política crucial para o país. Diante do atual quadro, as pessoas de maior renda reagem e vão a Miami e Nova Iorque, que são as principais fontes abastecedoras. A quantidade de produtos e a concorrência são tão fortes que o custo da viagem é compensado regiamente. Para se ter uma ideia, um artigo de vestuário, de qualidade comparável, custa 30 dólares e em BH é vendido por 150 dólares. Muitas pessoas vão a Miami comprar enxovais de recém-nascidos. Adquirem tudo para os primeiros meses e, entusiasmados

com preços, compram para os anos seguintes. Adquirem também o carrinho para transporte da criança e a cadeirinha de automóvel. Mesmo pagando os impostos, é altamente compensador. Daí se compreende a razão dos altos gastos de brasileiros no exterior, com compras e turismo. Aliás, o turismo no país é proibitivo. Uma temporada no Rio é mais cara do que em Miami. Assistimos a tudo passivamente.

É dificílimo ser empreendedor no Brasil. É um dos países menos amigáveis para essa atividade. Há muitas oportuni-dades de ganhos de gestão para o aumento da produtivida-de, como otimização de processos, redução de desperdícios de materiais e energia, treinamento de pessoal para melhor execução das tarefas, entre outros. Porém fora da empresa a luta é inglória: carência de infraestrutura, burocracia severa, elevados tributos, a anacrônica CLT, a corrupção endêmica, são exemplos de entraves que minam os mais entusiastas. Associações de classe deveriam conduzir lutas renhidas con-tra tudo isso. Infelizmente, há dirigentes dessas organizações alinhados com o governo, outros disputando eleições, o que diminui o poder de reivindicar. Não há esperança!

Além do exposto, julgo que nosso estágio é bem pior do que parece. A situação é deplorável nas contas públicas, na educação, na saúde, na segurança (1 pessoa é assassinada a cada 10 minutos), no trânsito (160 são mortas por dia, dados de 2012), estamos perdendo a guerra para o tráfico, entre outros. Assisti há poucos dias a uma palestra de um prócer governista. Alinhavou alguns dados e destacou que temos uma situação privilegiada, a melhor de nossa história. Pensei que discorria sobre outro país. A gastança de má qualidade está oficializada. Austeridade é outro choque de que preci-samos. Qualquer chefe de família que gastasse mais do que ganha, por muitos anos, já estaria insolvente. As contas têm que fechar, isso é trivial. Mas a propaganda oficial demonstra uma situação cor-de-rosa. Isto induz brasileiros, v.g., a gastar no exterior, todo ano, cerca de 30 bilhões de dólares. Não tem problema, somos ricos e tudo vai bem. Nada vai mudar, mantenham-se os 39 ministérios.

José Martins de Godoy, engenheiro pela UFMG, dr. engenheiro pela Norges

Tekniske Hogskole, ex-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, cofundador

do INDG, instituidor e integrante do Conselho de Administração Superior da

Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), presidente do Conselho de

Administração do Instituto Aquila

José Martins de Godoy

A gastança de má qualidade está oficializada

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Rua Martim de Carvalho, 75 – Bairro Santo AgostinhoInformações: (031) 3292-5251 - Email: [email protected]

Que tal começar 2015 em grande estilo saboreando pratos preparados por um

dos Chefs mais premiados do Brasil?

Então não perca tempo, faça já sua reserva!

“Desejamos a todos um ano repleto de realizações e conquistas!”

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O La Palma deseja a você que este novo ano traga novos sorrisos, novos sonhos e novas conquistas.

FELIZ ANO NOVO!

Que possamos estar mais um ano juntos.

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ELIANA FONSECA

O que pode ser capaz de modifi-car a vida de verdade? De sair de um extremo de violência e

dificuldades financeiras, além de ou-tras faltas, e partir para uma guina-da de 180 graus? Há um dito popular de que quem ajuda acaba ganhando mais benefícios do que quem rece-be. Contaremos aqui, nessa reporta-gem, 3 histórias de quem estendeu e de quem pegou com gratidão a mão estendida. Se quem ajudou saiu modi-ficado, o beneficiado pôde recomeçar sua história. O abraço e o apoio foram dados no momento exato e foi graças a ele que as pernas ganharam força para uma caminhada, que rendeu frutos, trabalho, abriu consciências e foi um ponto divisor em suas vidas.

A auxiliar administrativo Jaqueline Guimarães de Carvalho, 21, fala com desenvoltura de um passado extrema-mente triste em que sofreu violência física por parte do pai e de um namo-rado que tentou matá-la por 4 vezes. O que fazer quando a vida perde o sen-tido aos 10 e continua assim aos 12 e piora aos 15. A jovem começou a na-morar uma pessoa mais velha que re-velou suas fotos íntimas no bairro em que morava. O pai triplicou sua violên-cia contra a filha e o resultado foi cár-cere privado. Quando Jaqueline ficou sabendo do projeto ViraVida, da Fie-mg, a única coisa que queria era sair de casa para não ver a violência contra si, a mãe e os irmãos.

“Minha vida se transformou em um verdadeiro inferno. Entrar no Vi-raVida significou uma válvula de es-cape”, conta. Esse programa, que funciona em Contagem, nasceu de uma forma interessante e justamente para ajudar pessoas como Jaqueline. O presidente do conselho nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Jair Meneguelli, em uma viagem à Forta-leza percebeu no restaurante menores sofrendo exploração sexual. Primeiro,

Histórias de 3 pessoas que receberam apoio ou ajudaram e conseguiram dar

uma virada de 180 graus

VIVER Dezembro 19 - 2014

VOLU NTAR IADO

Vida nova

o projeto foi iniciado justamente na capital do Ceará até se espalhar pelo Brasil. Atualmente em Minas, há 2 ci-dades – Contagem e Montes Claros.

A metodologia funciona de forma simples em que a presença de jovens que sofreram algum tipo de violên-cia é trabalhada por meio de psicoló-gos, mas também com aulas, oficinas, atendimento médico, cursos profis-

sionalizantes. Caso, depois de partici-parem do ViraVida, surgir o desejo de cursar uma faculdade, podem fazê-lo gratuitamente, desde que vinculada ao Sistema Fiemg. A coordenadora do ViraVida, Ana Maria Nascimento, ex-plica que o programa não só dá supor-te a esse jovem, como também o ajuda a chegar ao mercado de trabalho ou empreender algum negócio. “Mensal-

JAQUELINE GUIMARÃES,com Luciene Araújo (de verde): “Me tornei uma pessoa melhor”

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mente, ele tem bolsa de 500 reais, da qual 400 vão diretamente para ele e 100 reais para uma pou-pança. Ao final do curso, recebe esse dinheiro para fazer algo, in-clusive que pode resultar em um negócio próprio.”

Voltando à Jaqueline, a moça mudou completamente sua história. Se fortaleceu, hoje cursa faculdade e graças ao seu desempenho conseguiu o que considera um sonho: emprego na própria Fiemg. “Sem eu sa-ber, a Luciene (Regina Araújo, geren-te de ação social da Fiemg) entregou o meu currículo e concorri a uma vaga.” Foi um processo difícil. “Me tornei uma pessoa melhor. ”

A dona de casa Vera Lúcia Martins dos Reis, 52, tem 7 filhos. Moradora há 36 anos do bairro Jardim Teresó-polis, em Betim, a perspectiva não era das melhores. Ela conta que os índices de violência eram altos no bairro. Em 2004, veio o que considera o precursor de uma série de mudanças positivas, o programa Árvore da Vida. Seis dos 7 filhos passaram pelo programa e con-seguiram abrir seus negócios, melho-res empregos, uma vida mais digna, de crescimento. “As pessoas da região também têm uma vida melhor.”

O Árvore da Vida foi criado pela Fiat com a proposta inicial de abrir diálogo com a comunidade vizinha, com altos índices de vulnerabilida-de. Com uma população jovem, es-colaridade baixa e serviços sociais inexistentes, a região passava por rápido crescimento. Era preciso um projeto que desse conta dessa com-plexidade e possibilitasse o fortale-cimento da comunidade, educação, geração de trabalho e renda. O re-sultado, segundo a coordenadora de relações com a comunidade da Fiat, Luciana Tosta, é que 10 anos depois, as mudanças positivas são cada vez mais perceptíveis.

Atualmente, mais de 20 mil mo-

radores já foram atendidos. Os reflexos são uma população mais consciente de seus direitos, com grupos de refe-rência da comunidade para debater desafios e soluções, projetos de gera-ção de trabalho e renda, oficinas de canto coral, percussão, cursos de em-preendedorismo e de qualificação, além da formação de educadores, su-porte psicossocial a famílias.

“Em 9 anos, entre as famílias com membros beneficiárias do Árvore da Vida, a renda média doméstica teve crescimento real de 105,7%, passando de 944,87 reais em junho de 2004 para 1.943,56 em novembro de 2013”, ob-

serva Luciana Tosta. Há também o lado do voluntário

que procura uma instituição para aju-dar, como foi o caso da relações públi-cas e publicitária Nathália Rezende. Cofundadora do movimento Volun-tário Coletivo ficou sensibilizada com a instituição Lar Teresa de Jesus, que acolhe pacientes com câncer. Queria ajudar com o que sabia fazer, comu-nicação, para aumentar a captação de recursos e dar maior visibilidade ao projeto. Nathália mobilizou uma rede de amigos e, graças à parceria, conse-guiu revitalizar a logomarca, o site, a fan page e produzir um vídeo institu-

cional. O que começou com os mais próximos foi se ampliando. “A de-manda cresceu e foi necessário criar-mos o site do Voluntário Coletivo, em que as pessoas oferecem seu tra-balho e organizamos a demanda de acordo com as habilidades.”

O Voluntário Coletivo começou em uma única instituição e atual-mente contribui com 40. Conta com equipe de mais de 400 pessoas. A coordenadora de captação e recur-sos e sustentabilidade do Lar Teresa de Jesus, Pamela Martins, diz que o trabalho alavancou a área de comu-nicação. “Houve avanços nas redes sociais e amadurecimento para au-mentar a captação de recursos.” NATHÁLIA (à frente) com Shirley Vieira e Pamela

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

Fred Magno/Agência i7

VIVER Dezembro 19 - 2014

VERA LÚCIA MARTINS,

com a diretora Luciana Tosta (ao centro) e a família: vida

melhor

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ELIANA FONSECA

ESPECIAL

ESSENCIALAJUDAMÉDICOS QUE DEIXAM SEUS

CONSULTÓRIOS E VÃO ATÉ OS DOENTES MAIS NECESSITADOS

R E PORTAG E M

ROBERTO BESSA JÚNIOR, em uma tribo no Brasil: “Tenho aprendido que posso viver contente em diferentes situações”

As sonhadas férias, para eles, sig-nificam trabalho. E por mais que a rotina do consultório seja

árdua, nada pode antecipar, para um médico em missão humanitária, o que é atendimento em um país da África Subsaariana ou do Afeganistão, para citar alguns dos lugares escolhi-dos. Se o surto de malária está grande, não adianta tentar barrar multidões que chegam com pneumonia, me-ningite, febre tifoide, mesmo saben-do que a tenda improvisada só tem remédios para a doença endêmica. E há, também, o ebola, a cólera, a aids... sem contar os conflitos que colocam a vida desses profissionais em risco. O coração fica apertado, mas eles absor-vem que são pequenos no enfrenta-mento de um problema gigantesco. E vão aqui e acolá, tapando os buracos, fazendo dezenas de atendimentos di-

Fotos: Arquivo Pessoal

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VIVER Dezembro 19 - 2014 61

ários, dormindo em lugares impro-visados. E, muitas vezes, em viagem paga do próprio bolso.

Não são poucos os médicos que fazem esse caminho todos os anos. Podem ficar 1 semana ou passar 6 meses. O médico que já participou de missão humanitária é categórico. Acredita que o maior beneficiado por esse tipo de trabalho é ele. Em outu-bro, o anestesista Roberto Cardoso Bessa Júnior, 42, esteve no Haiti. Fez parte da missão Tour of Hope Hai-ti 2014, para ajudar o país que, de-pois de 4 anos do terremoto, ainda continua devastado. “Fui para servir, apoiar. Fiz o que as pessoas queriam. Sou um contribuinte.”

É assim desde 2008, quando o anestesista se reuniu com mais 4 pro-fissionais e 1 estudante de medicina para visitar o Centro Médico Evangé-lico de Lubango, em Angola. Quan-do chegou ao local, se deparou com aparelho de anestesia há 1 ano e meio parado porque ninguém sabia manu-seá-lo. “Coloquei o aparelho para fun-cionar e anestesiei de tudo”.

Voltou impressionado pelo tra-balho do médico e falou para a espo-sa, dentista, que deveriam conhecer outras realidades. Escolheram as do Brasil e passaram a cuidar das co-munidades carentes do Amazonas. O dinheiro para essas viagens veio do próprio bolso do médico. “Pelo menos 1 vez por ano, faço um pro-jeto. Sei que o impacto é muito pe-queno, mas acredito que qualquer tipo de atendimento, por menor que seja, é melhor do que nenhum. Via-jo também porque preciso. Do pon-to de vista pessoal, tenho aprendido que posso viver contente em diferen-tes situações. Posso dormir em uma rede, tomar banho de caneca, ter co-mida regrada, porque sei o que nor-teia minha vida.”

Apesar de viverem na mesma ci-dade, Belo Horizonte, o ginecologis-ta Ilveu Cosme Dias, 53, não conhece

Roberto Júnior, mas estiveram no mesmo hospital em Lubango, Ango-la, trabalhando com o doutor Foster. Ilveu passou 17 dias na cidade com o canadense e, tal como seu colega, também encontrou equipamento, ul-trassom portátil, que estava parado. Além de utilizar o aparelho em várias consultas, capacitou um enfermei-ro, com curso rápido para aprender a mexer no ultrassom. “Quando ele tem qualquer dúvida, escaneia as imagens e me envia por e-mail para que tam-bém possa analisá-las”, diz.

No final de 2012, resolveu voltar com a esposa, também dentista, para o mesmo local. A ideia era não só que atendessem juntos as pessoas ne-cessitadas, mas também pudessem capacitá-las para que dessem con-tinuidade àquele trabalho. Viajava com o doutor Foster para fazer aten-dimentos em outras cidades e em uma dessas vezes foi até Kalukembe. “Atendi a 5 adolescentes com per-furação intestinal por febre tifoide. Nunca havia feito atendimento de

pessoas com essa doença.” Mas, neste ano, Dias e nem a es-

posa pretendem voltar à África. Pre-sidente do Centro de Promoção e Assistência Social Ana Bernardina (Cepas), que trabalha com a popu-lação carente do bairro Primeiro de Maio, percebeu que não é preciso ir tão longe. “Temos uma África den-tro do Brasil. A realidade não difere muito. Há pessoas sem saneamento, convivendo com a violência, extrema-mente carentes. A diferença é que na África Subsaariana há extremos, com pessoas muito ricas e outras muito pobres. Aqui há classes intermediá-rias, mas se tem o muito pobre no Bra-sil, vou ficar aqui.”

Essa percepção que a nossa reali-dade também merece toda a atenção dos médicos, e também missões pelo país, levou a pediatra e geneticista Eu-gênia Ribeiro Valadares, 53, a passar por uma situação no mínimo curiosa. No Norte do país, quando subiu o rio Amazonas atendendo comunidades ribeirinhas, ouviu de um secretário

Arquivo Pessoal

SÉRGIO HENRIQUE DE CASTRO CABRAL, em Serra Leoa: “A interpretação de mundo muda”

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EUGÊNIA VALADARES,cuida de índio no Norte

do país: “A ajuda que as pessoas dão parece pequena, mas é igual semente. Vira árvore”

ILVEU COSME DIAS (segundo à esq.), em Lubango: “Tem muito

pobre no Brasil, vou fi car aqui”

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de saúde que a popula-ção detestava médicos, fa-zendo comparação nada amistosa entre os profis-sionais e o interesse pelo dinheiro. Tudo porque não conseguia encontrar mé-dicos interessados em tra-balhar na região. Quando ouviu que a profissional estava ali de forma volun-tária, ficou boquiaberto. “Falei que a minha motiva-ção não era o dinheiro. Quero fazer a diferença. Existe também um trabalho com motivação amorosa”, diz.

Eugênia já cuidou de diversas tri-bos indígenas, populações ribeirinhas e tal como os médicos anteriores, sempre tenta, a cada viagem, também levar alguns ensinamentos e aprender com seus pacientes. Em missões por tribos, notou crianças desnutridas. Em um desses lugares descobriu ba-lança e ensinou um índio a fazer a pe-sagem e acompanhar o crescimento da criança, na tentativa de diminuir o problema, já que nem sempre há mé-dicos na região. Também constatou que não adianta dar remédio e falar em horário para a população indíge-na. “É preciso ter alguém encarregado de dar o medicamento na hora certa, porque o índio não tem o costume de ter um relógio para guiar suas horas.”

A médica passou 1 mês no Cam-boja, na Ásia, e também foi diversas vezes ao Haiti. Na primeira, em 2011, pediu à prefeitura de Belo Horizonte que doasse medicamentos próximos do vencimento. Recebeu 500 tonela-das. Ela e outros médicos levaram re-médios em suas bagagens. Em 2015, Eugênia está se preparando para ir a Angola. “A ajuda que as pessoas dão parece pequena, mas é igual semente. Vira árvore”, afirma sobre as missões humanitárias que participou e envol-veu diferentes tipos de profissionais.

O pediatra Sérgio Henrique de Castro Cabral, 48, já esteve no Su-

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ESPECIALR E PORTAG E M

dão, Camboja, Haiti, Afeganistão, Colômbia, Complexo do Alemão, Somália, Líbia, Serra Leoa, Quênia, Nicará-gua, entre outros lugares. Há 3 anos não participa de missão, mas espe-ra terminar um curso em fevereiro do próximo ano para viajar e ampa-rar pessoas de outros países. Cabral fez medicina em Cuba e sempre so-nhou em poder ajudar diferentes po-pulações. Mas abriu consultório em sua cidade, Bom Despacho, prospe-rou e também postergou a decisão. Até que, em 2007, se candidatou para missão no Sudão em uma organiza-ção humanitária. Quando chegou ao país, o impacto foi imenso. “Uma coisa era criança desnutrida em Bom Despacho, outra era nesse país, onde ela está, literalmente, em pele e osso, além de ter outras doenças.” Chegou

a ficar de 1 a 6 meses em alguns des-ses lugares.

As experiências em missões hu-manitárias o acordaram, em sua de-finição, para as verdades do mundo. A solidariedade ao próximo sempre esteve presente na vida de Cabral, muito por causa dos pais que sem-pre ajudaram os outros, mas o des-conhecido o modificou ainda mais. Era impossível continuar a mesma vida. “A interpretação de mundo muda. Quando voltei ao Brasil da primeira missão, ao mesmo tempo tudo estava igual, mas também di-ferente. Enfrentar essa experiência, com coisas graves e difíceis, é algo muito profundo.”

Fotos: Arquivo Pessoal

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Uma equipe com performance recuperada nos gramados, mas com a parte financeira na UTI. Esse é o Clube Atlético Mineiro que Daniel Diniz Nepomuceno, 36, tem nas mãos para comandar até 2017. Eleito neste mês para dirigir a agremiação, ele substitui Alexandre Kalil e entra para a história como segundo presidente mais jovem do Galo. A idade tenra não lhe rouba o sono. Pelo contrário. Daniel diz conhecer desde os primeiros anos de vida o time, que aprendeu a amar com o pai, o desembargador José Nepomuceno da Silva, atleticano fanático, que costumava começar a segunda-feira de mau humor se o time alvinegro fizesse feio no domingo. Seguindo os passos paternos, Daniel foi conselheiro do Atlético e, nos últimos 6 anos, ocupou a vice-

presidência. A militância esportiva divide espaço com a política. Formado em direito e ciências políticas, é vereador de

Belo Horizonte pelo PSB e exerceu cargos nas esferas pública e privada. “Estou aí de coração aberto,

disposto ao trabalho. Sou um gestor público, graças a Deus, com um currículo muito bom”,

orgulha-se Daniel que, na primeira semana à frente do clube, fez 2 viagens. O primeiro destino foi Brasília, na tentativa de solucionar o parcelamento da dívida do clube com a

Receita Federal, estimada em 270 milhões de reais. A outra foi para Buenos Aires.

Apesar de toda a experiência, Daniel considera o amor ao Galo o principal

ingrediente para a boa gestão. Casado com a advogada Isabella e pai de Francisco, 1 ano, e Tomás, 3, ele confessa amar somente a família antes do Galo. Sonha encerrar o mandato com a conquista do Mundial de Clubes pelo Atlético. Em 2015, o time vai disputar a Libertadores pela 3ª vez consecutiva. Confira os projetos de Daniel

Nepomuceno à frente do Galo.

‘Estou de coração aberto’

Entrevista Daniel Diniz NepomucenoJovem, mas com longo histórico político e, mais ainda, de torcedor fi el do Clube Atlético Mineiro, o vereador e ex-secretário de governo mal assumiu a presidência do time alvinegro e já tem agenda lotada até 2017

POR MÁRCIA QUEIRÓS

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Fotos: Divulgação

Como começou a sua história com o clube?Meu pai sempre foi conselheiro do Atlético e sempre me levou até para rachão de categoria de base. Me tornei conselheiro, há mais ou menos 10 anos. Durante 6 anos, fui vice-presidente.

Já fez loucura pelo time? Não existe atleticano que não seja apaixonado, muito menos os que trabalham pelo Atlético. A primeira coisa que você precisa para representar a torcida é ser torcedor. Tenho vários casos, de voltar a pé do estádio, de pagar promessa, mas a maior loucura que você pode fazer é trazer toda a sua família para a paixão pelo clube. Meu pai ficava vermelho e ficava sem conversar na segunda-feira quando o time perdia. E a gente é pego pelo mesmo caminho.

E o que aprendeu na convivência com Alexandre Kalil?O mais importante que ele ensinou para todo mundo foi o tamanho do Atlético. Sempre colocou que o Atlético é maior do que a gente imagina. Com esse pensamento, o clube voltou a ser campeão.

O que ficou decidido em Brasília com relação à dívida tributária do clube?O Kalil fechou acordo com a Fazenda para pagamento da dívida tributária do clube, só que, quase 1 ano depois, precisa ser homologado pela Justiça de Minas, que entende que não tem como homologar. A gente está lutando para que Brasília homologue, porque é essencial para a saúde financeira do clube, sobretudo em segurança para trabalhar e acabar com os bloqueios que estão acontecendo. Homologando, a questão do Refis está resolvida.

Prevê mais um ano de dificuldades, com atrasos salariais?O futebol brasileiro, como um todo,

está passando por redução muito drástica de recursos, patrocínios e tudo mais. Cabe aos presidentes gerenciar essa perda de receita, e a maneira mais eficiente é criar novas receitas, fazer com que os torcedores se tornem sócio-torcedores e frequentem mais os jogos.

Como pretende aumentar a receita?Investir no futebol sempre traz retorno direto. Se você monta uma equipe boa, automaticamente, a torcida abraça o clube. A vantagem é que a torcida atleticana sempre cooperou com o clube, independentemente da situação. A decisão foi praticamente de manter todos os jogadores da base e correr atrás de reforços. Meu primeiro ato como presidente foi a renovação do contrato com o Levir Culpi como comandante. A partir do momento que mantém uma equipe competitiva, você reforça o sócio-torcedor, cria uma maneira para que tenha estádios cheios em todos os jogos no campeonato e conversa com o mercado para patrocinar a camisa, que é o principal.

Tem plano para aumentar as ações de marketing e de venda da marca?Nos últimos anos, a gente praticamente quintuplicou os valores de patrocínio com a camisa do Atlético. O que prejudicou um pouco é que, com a questão do Independência, um estádio menor, a gente ficou limitado em trazer um sócio-torcedor mais amplo. Agora começaram a vender os ingressos na internet, e é um bom passo. O Atlético tem possibilidade de jogar no Mineirão, como fez neste ano. Com relação ao marketing, a gente tem que aproveitar mais a imagem de nossos jogadores, que são ídolos, como Leonardo Silva, Victor, Tardelli e outros, para nos ajudar nessa ação conjunta com o torcedor. Por último, fazer ação agressiva com os clubes de lazer, o Labareda e a Vila Olímpica, que estão entre os melhores de

Entrevista

Daniel Nepomuceno

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“O futebol brasileiro, como um todo, está

passando por redução muito drástica de

recursos, patrocínios e tudo mais”

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Belo Horizonte e têm capacidade de atrair mais sócios.

Qual é o estágio das ações para construção de um estádio? É realidade ou falta muito para ser concretizado?A gente está trabalhando isso há quase 1 ano. O estádio, que será construído na região Oeste, na Via Expressa, limite com Contagem, tem bons parceiros, só que é uma questão financeira. Outros clubes que trabalharam estádios sofreram demais por causa de equação financeira. O Grêmio fez um estádio, mas, hoje, com o estádio pronto, pega pouca receita com ingressos e teve de abrir mão de muita coisa. O Palmeiras fez um estádio com perspectiva de gastar x e gastou muito mais. A gestão tem de ser muito responsável. Nós temos projeto muito avançado, com terreno cedido por um grupo da construção. Desde meados deste ano, a economia tem dado um grito, as pessoas andam com insegurança muito grande. As grandes empresas, que seriam parceiras, pediram para esperar. Uma delas, que estava quase disposta a bancar um terço da obra, recuou. E existem parceiros que estão esperando o mercado dar uma estabilizada. O estádio é um trabalho que está cada vez mais se aproximando da realidade, mas com responsabilidade. É um projeto de longo prazo. É chute prever agora quando poderá ser concretizado.

O maior rival do Atlético, o Cruzeiro, aponta como meta principal de 2015 a conquista do Mundial de Clubes. O planejamento 2015 do Atlético também coloca o Mundial como meta?O Atlético mostrou, no final do ano, que é capaz de ganhar todos os títulos de 2015. Como estamos com a Libertadores como meta, o Mundial se aproxima. A gente tem um treinador, uma equipe e uma comissão técnica de ponta. Vamos pensar primeiro na Libertadores, depois, a gente pensa no Mundial.

Pretende manter o Tardelli?O Tardelli está tendo proposta bilionária do futebol chinês, que age até de maneira agressiva contra os clubes brasileiros. Chega e oferece um salário absurdo. Desastabiliza a relação jogador/clube. Isso é de uma covardia muito grande, mas a gente inspira nosso elenco e sabe que tem jogadores com história com o clube. Esse assunto está sendo tratado e vamos aguardar a proposta que o jogador fará. Vamos fazer tudo para mantê-lo. É nossa prioridade.

Qual o valor que o clube aceitaria para uma eventual venda do Tardelli?Não existe a possibilidade de trabalhar valores em aberto, não. Questão de valores é muito interna, cabe só ao clube e ao atleta. Isso não tem discussão externa, não.

O clube pretende continuar contratando jogadores pontuais, como um centroavante de referência?Pretende continuar contratando jogadores pontuais que têm reconhecimento mundial e que compõem. A base do Atlético só conseguiu aparecer porque a gente conseguiu fazer essa equação de experiência, técnica e revelação. Não se pode começar o ano querendo trazer todos os jogadores. O Atlético é uma vitrine, todo mundo quer jogar no clube, mas você tem uma base que merece respeito e status.

Qual o seu maior sonho como presidente do Galo? Que legado pretende deixar?Meu maior sonho é o Mundial. Mas é muito cedo para falar que iremos conquistá-lo, porque futebol é questão em que não adianta trabalhar lá na frente. Trabalha para ganhar o próximo jogo. O meu sonho é esse. Tem de trabalhar mesmo, passar noite sem dormir, viabilizar o clube, sempre esperando retorno do nosso bom trabalho. Isso que o Kalil fez nos últimos 6 anos.

Entrevista

66

“O estádio é um trabalho que está cada vez mais se aproximando da realidade, mas com responsabilidade. É um projeto de longo prazo”

VIVER Dezembro 19 - 2014

Daniel Nepomuceno

Fotos: Divulgação

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68 VIVER Dezembro 19 - 2014

“No futebol, quem está ao meu lado e quem eu vinculo são pessoas em quem eu confio e que dormem com a consciência limpa”

Como conciliar o cargo de presidente de um time com um mandato político?Dá para conciliar. Eu abri mão de concorrer a deputado estadual justamente para ter meu tempo mais dedicado ao Atlético.

Há muitas críticas à falta de profi ssionalismo no futebol brasileiro. Ainda temos que vencer o amadorismo?Acho que o futebol precisa dar uma organizada, principalmente no calendário, há coisas que são inerentes a ele. Há muita gente séria. O futebol brasileiro passa por transformação, mas lenta. Os clubes brasileiros mostram competitividade com o mercado europeu e estão bem avançados em relação aos clubes sul-americanos, mas precisam de modernidade, principalmente com relação ao calendário, um pouco cruel, contínuo. Os clubes daqui e de outros etados deveriam ser mais valorizados em relação aos do eixo Rio-São Paulo, que tem cota de televisão maior, mais visibilidade.

E a ética, é levada em conta nas transações do futebol brasileiro?Eu me aproximo de pessoas que são éticas, com que você consiga ter relacionamento leal. Em qualquer profissão, há bom e mau caráter. No futebol, quem está ao meu lado e quem eu vinculo são pessoas em quem confio e que dormem com a consciência limpa. Se você quiser fazer bom trabalho, tem de se aliar a pessoas do bem.

Como enxerga o “tapetão” nos campeonatos nacionais, decidindo até a queda de times? É desorganização dos clubes ou falta de clareza nas regras?As decisões da Justiça esportiva têm de ser imediatas, não podem depender de decisão que possa adiar a posição na tabela. No ano passado com o Fluminense e neste ano com o América. Se uma pessoa de má-fé, que meta contra você uma ação, você

consegue ser surpreendido depois da ação. Se essas ações tivessem agilidade dentro das confederações, evitaria essa mudança de time na tabela. Morosidade causa isso. É má-gestão e morosidade. A desorganização não é dos clubes, é do processo das confederações e federações, da análise das inscrições dos jogadores. É simples. Eu tenho um profissional que está há quase 40 anos no Atlético, a principal função dele é ficar atento às inscrições dos jogadores. Não pode ser um problema só do clube. As confederações e federações têm de ter o trabalho preventivo para avisar ao clube que está cometendo um erro, mas não depois, para perder ponto na tabela depois de jogado. Você não pode prejudicar a torcida e os jogadores que fizeram um bom trabalho por causa de um erro administrativo, que muitas vezes o presidente e a diretoria não ficam sabendo.

O Guilherme já mostrou que pode ser muito útil ao Galo e, justamente agora, está mais para sair do que fi car no clube.?Guilherme é bom jogador, que tem contrato até março, e vamos tentar renovar com ele. Eu não tive tempo ainda para sentar com os jogadores, é minha prioridade.

Quando?Ah, não consigo responder isso agora. Não consigo nem dormir mais.

Você está otimista com os próximos anos da presidente Dilma Rousseff (PT) no poder?Fico preocupado com a questão econômica, ela realmente me assusta um pouco, a gente conversa muito com empresários e gestores que estão um pouco assustados. Mas sou um cara otimista e, por isso, acredito que isso vá passar, e a gente consiga ter um bom governo também.

Entrevista

Daniel Nepomuceno

Fotos: Divulgação

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VIVER Dezembro 19 - 201470

ESPECIAL

EMOCIONAL

CAPA

Para a psicóloga e psicanalista Carmem Farage, o sentimento de renovação na virada do ano não é simples sensação. “É pausa necessária para olhar para dentro e avaliar os sentimentos. Fazer um balanço e se reprogramar para o próximo ano é muito saudável.” Segundo Carmem, o planejamento é vital: um passo da concretização. “Os planos são combustíveis para o agir.” Já o não planejamento demonstra falta de controle, sucumbir-se ao fácil da vida.”O dia passou num segundo diante do Facebook e nada foi feito de concreto.” A apatia, de acordo com a terapeuta, é deixar a vida predestinada ao acaso, eximir-se do papel de protagonista. “Precisamos ter o seguinte raciocínio: quem manda na minha vida sou eu. Para isso, temos de investir no autoconhecimento.” Um bom exercício que ela recomenda nessa época é a escrita, o chamado brainstorming. Sugere colocar no papel de forma aleatória tudo o que viveu

no último ano. No dia seguinte, é hora de ler e fazer uma análise crítica para, no terceiro dia, planejar as metas do ano seguinte. “Mas é preciso tomar cuidado com o imediatismo dos dias de hoje. Temos de ter consciência de que há uma vida inteira para ser transformada, como um processo. Embora saibamos que em 1 ou 2 anos não podemos mudar tudo, podemos ir fazendo ajustes aqui e ali.” Em relação aos erros e fracassos que possam aparecer nas rememorações, Carmem comenta que não devem ser encarados como negativos e, sim, como fontes de experiências, fortalecimentos internos. Outra questão importante é a adoção de pensamentos e olhares positivos. “O ideal é sempre procurar o que há de bom em cada coisa. Como nossa mente é uma poderosa usina de energia, é interessante focar no positivo. Por outro lado, devemos evitar o lamento. A vitimização é a pior coisa que pode acontecer.”

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VIVER Dezembro 19 - 2014 71

LUCIANA AVELINO

Não tem jeito. Para a maio-ria das pessoas, além de serem momentos de co-

memoração, os últimos instan-tes do ano costumam abrigar os desejos, sonhos, planos para os novos 365 dias que irão configu-rar o próximo calendário vigente. É como se, em meio a uma espé-cie de despedida, pudéssemos ter uma nova chance, um novo começo. Seja o ritual mero sim-bolismo ou não – a psicóloga e psicanalista Carmem Farage ga-

rante que não é –, o período se-ria, sim, mais que propício para tais confabulações íntimas. “O balanço do que se passou e o pla-nejamento do que está por vir são mesmo necessários. É preci-so que sejamos senhores do nos-so próprio tempo e não meros espectadores, como propõe Zeca Pagodinho na música Deixa a Vida me Levar, Vida leva Eu...” Já que, muitas vezes, precisamos de bem mais do que boas intenções e vontades para colocar os obje-

tivos em prática – que vão des-de fazer exercícios físicos, parar de fumar, mudar de emprego, adotar alimentação mais saudá-vel e economizar –, consultamos Carmem e outros 5 profissionais acerca das áreas de psicologia, finanças, nutrição, profissional, pessoal e condicionamento físico para nos inspirar a ir em frente. A palavra mais repetida foi pla-nejamento. Também ouvimos 6 pessoas que já deram partida rumo a mudanças para 2015.

FIM DE MAIS UM ANO, ÉPOCA DE BALANÇO E PROMESSAS. ESPECIALISTAS DÃO DICAS PARA QUE SEUS PLANOS REALMENTE

SEJAM COLOCADOS EM PRÁTICA A PARTIR DE JANEIRO

REBECCA FERRARI, 39, consultora de marketing

Igor Coelho/Agência i7

Fotos: Shutterstock

“Há 2 meses, por conta do agravamento do Alzheimer do meu pai, resolvi procurar uma terapia alternativa para me equilibrar. Em decorrência do próprio desconhecimento da doença, de todo o processo de adaptação em torno dela (médicos, remédios e cuidadores) e da mudança na minha rotina – passei a trabalhar em home ofi cce –, fi quei ansiosa, nervosa e até imaginando que poderia também ter a doença. Precisava me preparar para que, ano que vem, pudesse retomar meu trabalho, que estava meio paralisado, de forma mais

produtiva, assim como as rotinas social e familiar. Sinto que a terapia tem me ajudado a me organizar. É muito confortador ter com quem dividir as difi culdades, ouvir outras perspectivas e aprender a distribuir o tempo. Minha vida estava embolando. É importante saber pedir ajuda, assim como também é preciso fi car bem para socorrer o outro, no caso o meu pai. Estou mais aliviada. Tenho certeza que, à medida que a doença for se agravando – e infelizmente, essa é a tendência – saberei lidar com mais tranquilidade.”

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VIDA PESSOAL Normalmente, segundo a especialista em coaching pessoal Jaqueline Rezende, as pessoas sabem o que querem, mas têm difi culdade de como chegar lá. “Basicamente, fazemos junto ao cliente um levantamento dos seus objetivos de vida e o acompanhamos para que sejam alcançados”, diz. Segundo ela, o trabalho é desenvolvido com foco em 5 esferas: carreira, vida pessoal, família, dinheiro e relacionamentos sociais. “Defi nimos metas para cada um desses setores para 1, 2 e 5 anos, a partir do seguinte quadrante de indagações: o que eu quero e já tenho (o que deve ser mantido); o que eu quero e não tenho (o que deve ser buscado);

aquilo que eu não quero e não tenho (deve ser evitado); o que eu tenho e não quero (deve ser eliminado).” A proposta é sugerir equilíbrio em todos os setores da vida. “Vemos, por exemplo, muitos executivos bem-sucedidos sem a menor qualidade de vida, superestressados, justamente porque não conseguem se dedicar ao lazer, aos relacionamentos sociais e familiares em paralelo à demanda de trabalho.” Basicamente, Jaqueline propõe e ensina as pessoas a administrarem o tempo, ter planejamento e serem disciplinadas. “É preciso saber dividir o tempo entre tarefas e objetivos pessoais e profi ssionais. Não se esquecer de que a vida é uma só.”

Fotos: Shutterstock

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ESPECIALCAPA

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CARREIRA

ESPORTES

Psicóloga organizacional e diretora do Instituto do Desenvolvimento e Gestão Empresarial (Idege), Maria Antonieta Barbosa Rossi diz que casos de insatisfação na área profi ssional são demanda recorrente no escritório. “Algumas pessoas trabalham tão angustiadas e desanimadas, que são bombardeadas constantemente por seus estados emocionais, chegando a desenvolver quadros de tristeza profunda, depressão e até alcoolismo.” Por essas e outras, no balanço de fi m de ano, colocar a profi ssão em avaliação parece ser inevitável. “Não dá para passar 5 dias pensando na folga do fi m de semana. Protelar a decisão de mudança também é prorrogar a chance de se realizar profi ssionalmente. Pode-se até arriscar uma

demissão, se for o caso de se ser solteiro ou ter boas reservas.” Mas o ideal, segundo a profi ssional, é investir pesado na busca de outra ocupação. Antonieta atenta que é preciso cautela, não apenas em relação ao ganho salarial e condições de trabalho, como em relação ao perfi l e habilidade. A expert em carreira costuma dizer que, mesmo que se goste do atual trabalho, o recomendado é não se acomodar. “Investir em coaching, técnicas de autoconhecimento, cursos de especialização e mandar currículos é sempre aconselhável.” O caminho sugerido é que as pessoas tentem aliar capacitação com prazer. “Dessa forma, a tendência é que o trabalho seja absorvido de forma leve, estimulante.”

Enquanto novembro e dezembro costumam ser, normalmente, meses de baixa nas academias, as matrículas tendem a aumentar em janeiro e fevereiro. “É comum, hábito, as pessoas associarem o início do ano com a retomada da atividade física ou mesmo com o início de treinos mais intensos”, diz o coordenador de educação física com especialização esportiva e lazer da Fórmula, Eduardo Valentim Pinto. De acordo com ele, a atual procura pela rotina de exercícios decorre tanto pela questão da estética quanto pela adoção de uma vida mais saudável. “A prática de esporte regular bem orientada, pelo menos 3 vezes por semana, de 30 a 60 minutos,

melhora a qualidade de vida, de sono, o condicionamento físico, a disposição para trabalhar, o humor, o emocional, a condição cardiovascular, entre outros.” Para as pessoas que ainda não incluíram a atividade física na rotina diária, Eduardo diz que ela deve ser entendida como um benefício real. “Pode até ser mais difícil no início, mas depois se torna automático.” O coordenador sugere a escolha de uma atividade que a pessoa sinta prazer em executar, seja individual ou coletiva. “É fato que aulas coletivas estimulam o convívio e são mais motivadoras e que, nas aulas com personal trainer, por exemplo, as pessoas tendem a fi car mais comprometidas.”

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VERÔNICA SOUZA DURÃES, 36, gerente de atendimento e operações

“Há 6 anos em uma mesma empresa, agência de publicidade com foco em mercado imobiliário, sempre trabalhei muito, sem limites, agregando responsabilidades. Depois que me casei e, posteriormente, tive minha fi lha, hoje com 1 ano e 8 meses, as demandas de trabalho atingiram seu ápice. Passei então a me sentir muito pressionada, dividida e, mesmo desdobrando-me, sentia que não correspondia à atenção que devia dar para a vida familiar. No

início deste ano, procurei uma coaching pessoal para me orientar, fazer um mapeamento da minha vida. Senti necessidade de parar para planejar meus passos, meu futuro. Hoje sou uma pessoa mais feliz nos 2 setores: pessoal e profi ssional. Passei a colocar limites de trabalho, a administrar melhor o tempo, dar prioridade na hora certa para família e o trabalho. Aprendi ferramentas para ter equilíbrio, sair da vida tumultuada que levava.”

Divulgação

73VIVER Dezembro 19 - 2014

ALINE SANCHES, 39,estilista e artista plástica

LUIZ GUILHERME PRETTI,27, analista comercial

“Moro na Itália há 12 anos e estou aqui em Belo Horizonte, onde nasci e minha família mora, há 2 meses. Vou fi car até março, quando tudo estiver resolvido para o lançamento da minha marca de roupas, que já é reconhecida no exterior. Já visitei e fechei vários profi ssionais, como gerente, fornecedores, costureiras. Mês passado, fi z uma exposição na galeria do artista plástico Fernando Vignoli para apresentar minha arte, que é a aplicação de pinturas autorais em peças do vestuário

feminino. Foi um sucesso, que rendeu sinal verde para esse investimento que planejei há um tempo e fi z reservas fi nanceiras para ele. Estou otimista. Acredito que meu produto, disponibilizado em peças numeradas, é arrojado e de altíssima qualidade. E, hoje, as pessoas buscam, desejam, justamente o que é diferente. Com essa aposta no o a abertura para o mercado brasileiro, pretendo voltar ao Brasil 2 vezes por ano, a cada lançamento de coleção.”

“Frequento regularmente a academia há cerca de 7 anos e sempre fui mais focado à malhação aeróbica até este ano quando passei, nos últimos meses, a investir na musculação. Por conta das práticas mais intensas de motocross e bicicross, meu objetivo passou a ser direcionado para o ganho de massa magra e melhora de condicionamento físico. A intenção é, ano que vem, continuar, gradativamente, preparando-me – aumentando os pesos e repetições nos treinos, por exemplo

– com acompanhamento profi ssional para dar conta dos grandes esforços físicos que essas atividades exigem. Percorro trilhas intensas no sábado e domingo de moto com amigos por horas e, durante a semana, pedalo cerca de 3 dias. Para mim, investir em esportes e exercícios é superimportante tanto pelo viés da saúde como pela questão do bem-estar. Se não pratico, fi co incomodado. Tenho necessidade, mesmo, de extravasar. É excelente para a cabeça.”

Igor Coelho/Agência i7

Fred Magno / Agência i7

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ESPECIALCAPA

VIVER Dezembro 19 - 2014

NUTRIÇÃO

ENTREVISTA

Perder peso e ter alimentação balanceada são desejos clássicos de um novo ano e, claro, recorrentes, ao consultório da nutricionista Geisilene Souza da Silva de Mello. “A maior demanda é a associação entre o desconforto visual vinculado a questões de saúde como taxas de colesterol e glicose no limite.” De modo geral, a especialista acredita que as pessoas desejam emagrecer e ter dieta saudável sem a mudança no estilo de vida e hábitos alimentares, o que classifi ca de impossível. “É preciso ter planejamento, disciplina, abrir mão de alguns alimentos, substituir outros, enfi m, ter estratégias e acompanhamento.” Para a nutricionista, uma boa alimentação é investir na saúde.

“Costumo dizer que é melhor comer hoje 3 frutas por dia do que tomar remédio para úlcera no futuro.” A pressa e a falta de tempo tão apregoadas no dia a dia não são empecilhos na visão de Geisilene. “Se a pessoa for dedicada, irá se empenhar. O ideal é criar situações favoráveis a um bom desempenho, como estipular cardápios em casa com alimentos variados, levar lanches apropriados para o trabalho, alimentar-se de 3 em 3 horas, manter boa hidratação, fazer uma lista prévia antes de ir ao supermercado.” A nutricionista concorda que o ritual dá trabalho, mas reforça que se deve ter em mente que é a saúde que está em jogo e, como os benefícios são tantos, todos os esforços valem a pena.

Bate-papo com Ken O’Donnell, australiano radicado no Brasil, diretor da Brahma Kumaris na América do Sul e autor de 12 livros sobre desenvolvi-mento pessoal e organizacional.

Divulgação

FINANÇAS Professor de fi nanças e coordenador da Faculdade IBS/FGV, Ewerson Moraes, diz que a regra básica para se ter um ano fi nanceiramente bem equilibrado passa pela disciplina e controle. “A primeira coisa a fazer é um planejamento no papel e segui-lo à risca. Preparar um orçamento contendo o valor que se ganha, quanto se gasta e o que sobra.” Da sobra, ele diz que é importante avaliar o que se pretende gastar. Se for comprar uma casa, por exemplo, é interessante observar quanto seria preciso e se o dinheiro é sufi ciente. Outro passo fundamental é somar os custos futuros que a aquisição vai ter, como o IPVA no caso de um carro, combustível, seguro, revisão

periódica etc. Entre os pecados capitais mais cometidos, o expert cita: não estabelecer metas, não anotar gastos, achar que guardar tudo na cabeça resolve, agir por impulso, assumir compromissos maiores do que se consegue cumprir, utilizar crédito de forma desordenada e descontrolada e não calcular juros. “Muitas vezes as pessoas pegam como referência o valor do IPTU e IPVA do ano anterior sem fazer os ajustes necessários.” Para chegar em 2016 sem estresse fi nanceiro, Ewerson Moraes sugere poupar. “O ideal é guardar um valor que corresponda a 30% do salário. Se após calcular a renda e diminuir as despesas e não sobrar, é preciso criar uma forma de ganhar mais 30%.”

Fotos: Shutterstock

O que sugere acerca do crescimento pessoal para 2015?Um bom começo é entendermos que a realidade à nossa volta é uma expres-são dos nossos pensamentos, palavras e atos. Isso não significa que criamos os outros atores ou a matéria que fa-zem parte da nossa realidade. Mas, sim, a criamos e sustentamos por nos-sa maneira de pensar, falar e fazer. Por isso, qualquer planejamento que con-temple um futuro diferente ou melhor tem de partir de uma retomada das rédeas através de algum trabalho con-sistente de autoconhecimento e refle-xão. Pensar, falar e fazer o de sempre

garante apenas a continuação do mes-mo. Temos de fazer intervenção no estado interno que nos conceda força espiritual e compreensão profundas da equação da vida. Nossa consciência atrai os acontecimentos que passam a afeitar nossas emoções. Já que o mun-do vive tantas confusões de todo tipo devemos procurar fazer planos e ações relevantes. O mundo precisa daqueles que podem agregar valor. Como ter sucesso em um mundo de tan-tas cobranças pessoais e externas?O sucesso é um estado interno que consegue ser mantido em equilíbrio não importa o que aconteça. Todos

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ANA CAROLINA M. DOS SANTOS,19, estudante de fi sioterapia “Por conta de muita ansiedade que passei o ano inteiro ao fi car estudando para o vestibular – em que graças a Deus consegui passar –, acabei engordando 7 quilos. Comia muita besteira, me alimentava fora de hora e tomava muito refrigerante, ou seja, fazia tudo errado. Mês passado, depois que tudo acabou, com minha vaga garantida, resolvi procurar uma nutricionista para voltar à minha forma anterior e começar o ano que vem com tudo

em ordem. Também aproveitei para voltar a malhar. Estou fazendo caminhada todos os dias e jump 3 vezes por semana. Apesar de não ter tido nenhum problema de saúde, fi quei incomodada com o ganho de peso e o fato de as roupas terem fi cado apertadas. Já emagreci um pouco e estou sentindo mais animada. Vou começar 2015 com um pique novo e superdisposta. A consulta foi um pontapé nesta nova fase da minha vida.”

temos qualidades positivas próprias, que ninguém e nada consegue roubar a não ser se deixarmos. Como uma das características principais do caos é a imprevisibilidade, depender de acon-tecimentos externos bem-sucedidos é receita incerta. Já que não podemos controlar os outros e nem o que acon-tece à volta, nosso sucesso maior está na forma como lidamos com os fatos. Se o conceito de nós mesmos depende do aval dos outros ou de alguma prova material é como se tivéssemos delega-do ao externo a nossa capacidade de viver bem.Como driblar as dificuldades, perdas,

sofrimentos do dia a dia? O desafio para a maioria é equilibrar os diversos aspectos da vida. No cur-so de um dia temos que ser pais de uns, filhos de outros, maridos, che-fes, cidadãos – a lista é interminá-vel. Só há uma maneira de não ficar perdido nos malabarismos de tan-tos papéis. A fragmentação da vida acontece quando tentamos separar as partes em departamentos como se uma coisa não tivesse nada a ver com outra. O fato de que tentamos viver várias vidas de uma vez não é só a causa dos conflitos com outros indivíduos. É a razão da insatisfa-

ção pessoal. Uma das melhores res-postas para situações perturbadoras ou tristes é desenvolver o estado de observação desapegada. Cada situa-ção e comportamento têm passado, presente e futuro. A visão estreita, personalista, imediatista e repleta de expectativas é um convite para sofrer. Temos que aprender a abrir perspectiva para enxergar os ante-cedentes passados, os impactos pre-sentes e consequências futuras de todas as cenas da peça do teatro da vida que acontece à nossa frente. As-sim, entendemos mais, perdoamos mais e decidimos melhor.

Juliana Flister/Agência i7

AGILBERTO E PEDRO PIRES MARTINS DA COSTA, DONOS DE RESTAURANTES “O ano de 2015 vai começar com novidades. No fi nal de fevereiro ou início de março, vamos inaugurar a sexta unidade da Olegário em BH. Será no bairro São Pedro, dentro do hotel chamado Lavras 150, que é o endereço do empreendimento, bem em frente ao Pátio Savassi. Estamos satisfeitos com a empreitada, numa época em que a economia se encontra bem retraída, embora o planejamento para sua abertura tenha começado há cerca de quase 2 anos. O que mais nos encorajou nesse investimento,

calculado em cerca de 1 milhão de reais, foi a natureza do negócio, que se tornou nossa expertise: unir serviço de restaurante e hotelaria. Somos um dos grupos locais de maior visibilidade. Do ponto de vista de negócios, é excelente, pois a partir do momento que temos know how para atender os 2 tipos de públicos, a mão de obra e os custos fi xos são pulverizados. Acreditamos que a nova unidade tem tudo para ser mais um sucesso: a marca já é conhecida gastronomicamente e o ponto, melhor impossível. ”

Fred Magno / Agência i7

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ELIANA FONSECA

Próximo a uma vila no deserto, um mestre e seu discípulo con-templavam a paisagem. Um

homem chega e revela a intenção de morar naquele vilarejo e então per-gunta ao mestre como eram as pessoas daquele lugar. Ele responde com outra pergunta de como eram as pessoas do lugar onde ele morava. Eram más, mesquinhas, responde o homem. O mestre pede desculpas, mas fala que ele encontrará o mesmo tipo de pes-soa na vila. Tempos depois, surge ou-tro homem, demonstrando o mesmo

Fotos: Igor Coeho/Agência i7

Especialistas dizem que nada se move sozinho, nossas ações são determinantes para o que virá em 2015

VIVER Dezembro 19 - 2014

PR EVISÃO

Poder de mudardesejo e faz a mesma pergunta. O mestre revida com o questionamento de como eram seus antigos vizinhos. Desta vez, o homem diz que eram bons, amorosos e o mestre responde que ele encontrará ali exatamente esse tipo de pessoa. O discípulo, surpreen-dido, pergunta ao mestre porque as respostas foram diferentes para os 2 homens. E ele diz, simplesmente, que as pessoas encontram aquilo que es-tão buscando.

A história contada pelo ichinó-logo Sérgio Condé serve para ilustrar

bem as previsões para o próximo ano. O que exatamente você espera? Catás-trofes ou uma vida boa? 2015 pode ser tudo isso, porque qualquer que seja a perspectiva do que falaremos abai-xo, tudo pode ser entendido pelo lado positivo e negativo. Ao contrário de acreditar que tudo se move sozinho, no destino imutável da humanidade, quando se trata da vida de cada um, os pensamentos, as ações, a manei-ra como se relaciona consigo e com o mundo, são preponderantes para que cada pedra do caminho seja lançada.

Primeiramente, o I Ching tem uma pe-culiaridade. A consulta é para a pessoa que está sentada à frente do ichinólogo, ele responde perguntas. E o questionamento foi feito para os leitores da Viver Brasil sobre qual seria a mensagem e a estratégia para se viver melhor em 2015. O primeiro hexa-grama sorteado ao acaso, o 42, O Aumento indica que chegou o momento de as pes-soas serem generosas, de compartilharem, de terem atitudes que benefi ciem a si e o próximo, para o bem. Sérgio Condé observa que este hexagrama do I Ching indica casa-mento do Céu com a Terra, o que signifi ca que o espiritual dá a mão ao material e as pessoas necessitadas recebem ajuda.

Mas qual é o contexto exato desse au-mento? É o de cada um criar, interiormente, as condições propícias à sua manifestação. Condé brinca que “somos eternamente responsáveis por aquilo que cultivamos”. Então, é preciso cultivar a receptividade e o amor ao bem. “É preciso fi car atento, pois, tendo recebido tantos dons do alto, a pes-

soa tem a responsabilidade de expressar sua gratidão realizando uma obra signifi ca-tiva. Esse hexagrama fala de relações assi-métricas em que um está em condições de dar e o outro de receber. Quando essa dupla funciona bem, o aumento é certo, tanto no nível espiritual quanto no material.”

O ichinólogo diz que, em termos pesso-ais, é um momento favorável para resolver pendências consigo mesmo, de cuidar de si. “A estratégia de 2015 é começar por você, que é tanto o grande necessitado quanto o generoso.” O segundo hexagra-ma, resultante da linha mutante, é o 27, chamado As Bordas da Boca. Curiosamen-te, em meio ao turbilhão de informações recebidas cotidianamente de várias partes do mundo, o I Ching fala do que se coloca para dentro e para fora de si, seja tanto no que diz respeito a informações, mas tam-bém alimentação, sentimentos, crenças. É preciso que haja um fi ltro e que, assim, so-mente coloquemos para dentro e para fora, aquilo que tenha uma boa qualidade.

GENEROSIDADE, POR I CHING

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Pedro Vilela/Agência i7

VIVER Dezembro 19 - 2014

A numeróloga Patrícia Hermínia diz que 2015 vem com a força do número 8, que vibra na abundância, na justiça, na retidão, na honestidade. “Este é um ano bom para as pessoas reverem o concei-to de honestidade. É um ano também de autoconhecimento, em que cada pes-soa deve fazer aos outros o que gostaria que fi zessem a si mesma”, diz. Segundo Patrícia, 2015 será um ano visionário que, aproveitado da forma correta, pode contribuir para o crescimento pessoal e para o mundo.

Mas é preciso vibrar de acordo com o número para que tudo saia da forma positiva. Numerólogo e astrólogo, Pitá-goras, que viveu no ano 600 a.C, anali-sava que, se o universo vibrava em pura energia para todos, o grande desafi o era descobrir por que pessoas que agiam de forma semelhante não tinham uma vida parecida. “Ele descobriu que as que agiam positivamente com a história vi-bracional delas, com os números que pertenciam a elas, traziam para a vida muitas conquistas. Mas pessoas que

negavam esses números, bloqueavam a vida, trazendo dores e sofrimento para o seu cotidiano”, observa Patrícia.

Para a numerologia, não existem coincidências na vida, somente a vibra-ção e temos que estar atentos a ela. “É preciso acreditar na abundância divina que existe. Temos tudo de que precisa-mos, mas nos falta a fé.”

O caminho para cada um entrar defi -nitivamente na atitude de transforma-ção para que haja mudança positiva na vida é o autoconhecimento. “É por meio dele que cada um vai se autodescobrir, se autoperdoar, testar a si mesmo. Tem que passar pelo emocional, elaborar, observar e fazer as mudanças necessá-rias na vida.”

Se a prosperidade e abundância an-dam fugindo dos seus caminhos, se-gundo Patrícia, 2015 será um ano de observar a relação que você tem com essas qualidades. É preciso mudar. “A humanidade não tem medo do fracasso, mas sim do sucesso. Temos medo do nosso poder.”

Uma das cartas mais profícuas do tarô, a estrela, foi a primeira retirada pela taróloga Durga Dasi sobre as pers-pectivas para o Brasil no próximo ano. É uma carta vinculada não só à espiri-tualidade, mas também ao questiona-mento de valores. “Essa carta mostra que as pessoas vão se agarrar muito à fé, mas ao mesmo tempo vão ques-tionar valores e partir em busca da sua verdade, sem superfi cialidade”, diz.

A leitura do tarô também mostra um brasileiro mais consciente e menos consumista, e também mais respon-sável por si mesmo. Para Durga, isso pode signifi car uma mudança de vida das pessoas, que passam a assumir a responsabilidade pela sua felicidade e saúde, não terceirizando nada que diz respeito à sua vida ao outro. “O brasilei-ro é meio infantil porque não assume a sua responsabilidade na vida. Mas vejo que, se ele quer saúde, vai mudar para que isso ocorra, se alimentando me-lhor, fazendo a sua parte. Não só nesse setor, mas em outros.”

Mais uma vez, as manifestações se-rão algo muito presente na vida dos brasileiros em 2015. Só que, desta vez, a taróloga vê algo diferente, longe das ruas. “As estratégias irão mudar, com as pessoas utilizando mais o verbo, as redes sociais, de uma forma mais sábia para ter voz em suas reivindicações.”

Se escândalos como o da Petrobras ganharam muitas manchetes este ano, 2015, segundo o tarô, sugere ainda mais descobertas de corrupção. Segundo Durga, esse vai ser um ano de Ogum, de são Jorge, que é o da lei e da espada. “Se 2014 foi de justiça e lei, esse movimento vai continuar com força no próximo ano. Quem descum-prir a lei vai ser julgado. As coisas não fi carão tão baratas como tem ocorrido até aqui.”

Na área diplomática, o Brasil tam-bém pode se preparar para mudanças drásticas de apoios internacionais. “É provável que antigos inimigos pas-sem a ser aliados e aliados passem a ser inimigos.”

A ESTRELA, PELO TARÔ

AUTOCONHECIMENTO, PELA NUMEROLOGIA

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RESTAURANTE O CONDEEspecializado em alta gastronomia contemporânea, o restaurante & bar O Conde promove o Réveillon Nobre. Situado na Cidade Jardim, um dos endereços mais valorizados da cidade, a casa resgata a realeza vinda para o Brasil no século 19, representada na capital mineira pelo Conde de Linhares. O restaurante é conhecido pelo cardápio sofisticado e contemporâneo, com tradicional carta de vinhos. No réveillon, o chef Carlos Bruno Carneiro prepara mesa especial, e um DJ irá comandar as picapes.

Onde: rua Conde de Linhares, 345, no bairro Cidade Jardim Telefone: (31) 2531-6964. Reservas limitadas a 150 pessoas Menu: O chef Carlos Bruno Carneiro, que dirige a casa, promete mesa de antepastos e

frios, 3 opções de prato principal e bruschettas, como volantes. As bebidas estão inclusas: uísque, chope, água, refrigerante e espumante Preços: 320 por pessoa

RESTAURANTE DO PORTOAs 2 unidades do Porto, restaurante especializado em cozinha portuguesa, receberão clientes na virada para jantar ao som de piano, decoração especial, mesa de frutas e espumante ao preço

promocional de 49 reais a garrafa

Onde: rua Espírito Santo, 1.507, no bairro de Lourdes.

Rua Conselheiro Lafaiete, 2099, no Cidade Nova. Telefone: (31) 3222-7300 e (31) 3482-9870 Menu e preços: Entre as sugestões de pratos, estão o tradicional bacalhau à gomes de sá (119 reais) e a moqueca de peixe (124 reais) – cada 1 deles serve 2 pessoas – e o bacalhau grelhado com arroz de

braga (202 reais), para 3 pessoas

FESTA BH ROOTSQuem curte balada, a quarta edição da festa BH Roots, que anima vários espaços de Belo Horizonte e Nova Lima, vai acontecer no réveillon, com reggae, hip-hop e música eletrônica. A banda paulistana Maneva, de reggae, e os Haikaiss MCs serão a grande atração. Ainda, para esquentar a pista, os DJs Coyote Beatz, Zeu e outros convidados

Onde: Canadá Eventos, Jardim Canadá, em Nova Lima Telefone: (31) 3209-0505 (31) 8664-9731 (Oi, WhatsApp) ou (31) 9316-3240 (Tim, WhatsApp) Menu: A festa segue o estilo all inclusive com Absolut Premium vodca (até 1h), cerveja Budweiser, vodca Smirnoff, água, suco Del Valle, refrigerante, espumante, catuaba, mesa de frios e frutas da época

Opções de réveillon em BH e cidades próximas vão das tradicionais festas com ceia a baladas com reggae e hip-hop e pacotes em spa de luxo

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LAZ E R

Bem-vindo Ano Novo

BANDA MANEVA, atração da BH Roots

Divulgação

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inclui espumantes Rio Sol, uísque Red Label, caipirinha, caipiroska, suco, refrigerante, água mineral e, claro, o chope do Pinguim, considerado os mais famoso do Brasil, e suas 8 combinações. Elas poderão ser servidas à vontade Preços: 350 reais (individual adulto) e 200 (crianças e adolescentes de 8 a 17 anos). Crianças menores de 7 anos não pagam

PORCÃO E ESPAÇO MEETO Réveillon Allegria já virou tradição no Porcão BH e Espaço Meet, mas neste ano promete ser mais animado ainda. O Espaço Meet será embalado com samba do grupo Samba de Empório e sertanejo, da dupla Denis e Renan. Já o espaço Porcão terá show do cantor, compositor e instrumentista Nego Henrique. No repertório música brasileira contemporânea, dançante e com pegada

Onde: avenida Raja Gabaglia, 2.671, São Bento. Telefones: (31) 8516-7360 e 8402-8180 Menu: O Espaço Premium (mesas no Porcão) servirá rodízio da 21 às 0h30. As

bebidas continuam até as 6 horas. O open bar inclui uísque 8 anos, espumante, vodca, cerveja, energético, citrus, refrigerante, suco e água. Open food com rodízio Porcão completo. Já o Espaço Meet terá bufê japonês, mesa de antepastos, petiscos e salgados finos. No open bar, uísque 8 anos, espumante, vodca, cerveja, energético, citrus, refrigerante, suco e água. Ambos os espaços terão direito à café da manhã Preços: Porcão: 300 reais à 350 (1º lote) dependendo da localização da mesa no salão (mínimo de 4 pessoas). No Espaço Meet, os valores são 190 reais, feminino, e 230 reais masculino, no 1º lote

NA MATA CAFÉ BHA programação da casa para receber 2015 terá show de Tarso & Thalles e as presenças dos DJs Louis e Julio Guedes, além de queima de fogos. Para quem quiser curtir os momentos da badalada casa na rua Marília de Dirceu, a noite da virada será uma ótima oportunidade para fechar 2014. No próximo ano, o Na Mata Café BH reabrirá em novo endereço

Onde: rua Marília de Dirceu, 56, Lourdes Telefones: (31) 3654-1733 e (31) 9628-8149 Menu: mesa de antepastos, salgados finos (Meet Buffet) e mesa de café da manhã. Open bar Premium, com Ballantines, Absolut, espumante e Heineken Preços: 1.200 reais (mesa para 4 pessoas) e 3 mil (lounges, no mínimo de 10 pessoas). Ingressos avulsos: 250 reais (masculino) e 200 (feminino)

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MÁRCIA QUEIRÓS

Tem jantarzinho inti-mista ao som de piano, balada com hip-hop e

reggae, relax no spa e festa com direito a hospedagem em suíte chiquérrima para despertar o ano de 2015 com a alma renovada. Quem for passar o réveillon em Belo Horizonte, cidades dos arre-dores e interior pode contar uma gama de festas, para to-dos os gostos, bolsos e ida-des. A Viver Brasil fez uma seleção de locais para brindar a virada. Escolha a sua festa.

Raphael Duarte

VIVER Dezembro 19 - 2014

Preços: 140 reais (1º lote, masculino e 110 reais (feminino); 160 reais (2º lote, masculino) e 130 reais (feminino); preços ainda indisponíveis no 3º lote

PINGUIMO Restaurante e Choperia Pinguim terá festa com ceia e atrações para todas as idades. A noite contará com cardápio exclusivo de pratos e bebidas da casa, boate com DJ e estacionamento com manobristas. Para garantir a diversão das crianças, monitores cuidarão da farra dos pequeninos em exclusivo espaço infantil. O charmoso casarão que abriga o restaurante estará decorado para a festa e espera receber 400 convidados

Onde: rua Grão Mogol, 157, Carmo Sion Telefone: (31) 3282-2007. Os convites são limitados Menu: São 12 opções de entrada entre antepastos e frios, saladas especiais,

como a de camarão com endívia, musse de gorgonzola e nozes, terrine de tomate seco com azeitonas e maionese de bacalhau. A ceia terá 20 opções de pratos principais, tais como quiche alho-poró, cabrito ao molho de vinho, picanha na cerveja e cascata de camarão. Quatro tipos de sobremesas finalizarão o menu. A carta de bebidas

PORCÃO e Espaço Meet

Shutterstock

Raphael Duarte

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LAZ E R

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OURO MINASEm parceria com o Champagne Veuvet Clicquot, o Ouro Minas promete réveillon inesquecível. A festa do único 5 estrelas de Belo Horizonte é reconhecida como uma das mais luxuosas e badaladas. A virada contará com bufê de entradas, pratos principais e sobremesas assinadas pelo chef Hélio Santos. Para aquecer ainda mais a noite, a banda Dib Six e DVJ Cimar animam os convidados

Onde: avenida Cristiano Machado, 4001 Telefone: (31) 3429-4321 Menu: a mesa de antepastos terá mais de 15 opções, entre frios, queijos e pães. No bufê quente, estão incluídos pratos para começar o ano com sorte, como arroz com lentilha e damas, além de carnes e massas. Destaque para ossobuco de cordeiro ao molho e mix de ervas baby legumes no azeite de trufa branca (cenoura de rama, aspargos, brócolis e miniberinjela). São 7 opções de sobremesas e mesa de café para o final da ceia. De bebidas, água, refrigerante, cerveja Stella Artoi long neck, champanhe Veuve Clicquot e uísque Johnnie Walker Black label Preços: 570 reais por pessoa em mesa compartilhada e 370 reais por pessoa, sem mesa. Crianças de 6 a 11 anos pagam 185 reais, sem lugar à mesa no salão principal. Crianças até 5 anos não pagam. O Ouro Minas oferece tarifa especial na hospedagem para quem adquirir os

convites da festa. A diária sai a partir de 320 reais para 2 pessoas, em apartamento standard, com café da manhã. Check-in no dia 31 de dezembro e check-out até as 18 horas (mediante disponibilidade) do 1° de janeiro

OTHON PALACEConhecido por realizar um dos mais animados réveillons de Belo Horizonte, o Othon Palace terá como novidade neste ano pratos típicos preparados pelo chef Manoel Pereira. A festa é realizada no restaurante Varadão, localizado no 25º andar do hotel, de onde se descortina uma das vistas mais deslumbrantes da cidade. O cenário fica ainda melhor com os fogos da festa da virada. Para o brinde ao Ano Novo, o espaço recebe decoração especial. A festa será embalada pela banda Música & Cia

Onde: avenida Afonso Pena, 1. 050, 25º andar, centro Telefones: (31) 2126-0090

e 2126-0000 Menu: entre as opções frias, o chef Manoel

Pereira preparou 9 sugestões intituladas de Ilha do Mar, com pratos à base de peixes, frutos do mar e crustáceos. As saladas contam com criações como as peras marinadas com gorgonzola e cogumelo gligliati. Para as sugestões de pratos principais, o chef optou por ingredientes que são verdadeiros símbolos da época como o bacalhau e as lentilhas. De sobremesa, entre as várias opções, não vai faltar o famoso pudim Othon. Bebidas incluídas: água mineral, refrigerante, cerveja nacional, vinhos branco e tinto e espumante nacional para o brinde da virada Preço: R$ 450 a ceia por pessoa

RÉVEILLON DO MARANHÃO O Churrasquinho do Manuel da lagoa da Pampulha recebe, pelo sexto ano, o Réveillon do Maranhão, realizado por Valdez Maranhão, fotógrafo, empresário e organizador de tradicional feijoada. Será uma noite eclética com shows do Tykerê e do DJ Diego Avila. O local

oferece vista privilegiada do espetáculo dos fogos da lagoa da Pampulha

Onde: avenida Otacílio Negrão de Lima, 17.736 Menu: A festa, que é totalmente open bar e food, conta com vasto cardápio com espumante, cerveja, vodca, água, refrigerante e ainda ceia completa com saladas e pratos quentes. No final da noite, para repor as energias e começar bem o ano, será servido café da manhã completo Telefones: (31) 9235-3540, 3459-9897, 8673-1478 e 3441-3471 Preço: 600 reais, a mesa para 4 pessoas (1º lote)

CLUBE CHALEZINHOUm dos maiores complexos de luxo do planeta, a Veuve Clicquot Möet Henessy desembarca no réveillon do Clube Chalezinho para virada regada a champanhe, cardápio estrelado e boa música. A casa vai ser tomada pela decoração especial em tons de branco e dourado, ambientes cobertos, lounge ao ar livre, show de fogos, além de 2 pistas de dança. Na pista, alto astral, os convidados vão curtir músicas variadas, incluindo marchinhas de Carnaval, samba, MPB e pop dos anos 1990. Já no espaço Good Vibes haverá muita música jovem com funk, house music, axé e sertanejo. DJ Siman, mais convidados

Onde: avenida Mário Werneck, 530, Buritis Menu: bufê assinado pelos chefs Rusty Marcellini e Paulinho, inclui salada de abobrinha, salmão gravlax, bacalhau à brás, arroz de pato, cuscuz marroquino, penne OURO Minas

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mediterrâneo e nhoque com ragu de lombo natalino; café da manhã, frutas e mesa de doces. Open bar com vodca, caipifrutas, rum, cuba libre, cerveja, sucos, citrus, refrigerante, água, 1 garrafa de Veuve Clicquot por mesa Telefone: (31) 3286-3155 Preços: 233 (masculino) e 197 (feminino); 296 (mesa)

BOATE NASALAOs DJs Lauro Malloy e Breno Rocha prometem agitar a passagem do ano na boate naSala

Endereço: BR–356, 2.500, loja 120-D, Ponteio Lar Shopping, no Santa Lúcia Preços: 100 (masculino) com 35 em bônus de consumo e 60 reais (feminino) com 25 em bônus Telefone: (31) 3284-3904

CLUBE HAVANNACasa de alto padrão de Contagem, o Cube Havanna realiza a primeira festa de réveillon. A noite Chandon White vai celebrar a parceria da casa com a Chandon Brasil, uma das maiores vinícolas de

espumantes do mundo. A noitada promete o melhor do serviço open bar, em meio à diversão dos artistas que compõem o line-up Havanna com o som supereclético da banda Playsamba com seu pagode e estilos variados, o sertanejo de Fábio Jr & Matheus, além do DJ Felipe Porto discotecando

Onde: avenida Londres, 67, no bairro Eldorado, Contagem Menu: mesa de frios e café da manhã. Open bar com vodca, cerveja, sucos, citrus, refrigerante e água Preços: 130 reais (masculino) e 90 (feminino) Telefone: (31) 3391-

2662

PEQUENA TIRADENTESO hotel butique prepara programação diferenciada. Haverá lounge exclusivo da Veuve Clicquot montado ao ar livre, mesa de antepastos especiais, queima de fogos e garafa de champanhe por quarto para brindar a virada.

Endereço: avenida Governador Israel Pinheiro, 670, Tiradentes Preços: entre 3.955 reais (suíte standart) até 6.643,20 (suíte Ouro) para 4 noites Telefone: (32) 3355-1262

PARA RELAXAR – RESORTS Aqueles que desejam curtir o réveillon em resorts, Rede Tauá de Hotéis e o Spa Espaço Águas Claras oferece pacotes especiais TAUÁ GRANDE HOTEL E TERMAS DE ARAXÁ

Dia: 31/12 a 4/01/15 Local: Araxá, Minas*Preço: 5.744, mínimo de 4 diárias, para 2 adultos em apartamento superior. Crianças de 0 a 6 anos como cortesia. Pensão completa incluindo café da manhã,

almoço, chá da tarde e jantar. Bebidas a parte

TAUÁ RESORT CAETÉ

Dia: 28/13 a 2/1/15 Local: Caeté, Minas*Preço: 4.223, mínimo de 4 diárias, para 2 adultos em apartamento superior. Crianças de 0 a 6 anos como cortesia. Pensão completa incluindo café da manhã, almoço e jantar. Bebidas a parte

*Valores sujeito a alteração, sem aviso prévio. Mais informações e reservas podem ser feitas pelo site www.tauaresorts.com.br, ou pelo telefone (31) 3236-1900.

SPA ESPAÇO ÁGUAS CLARASLocalizado a 30 quilômetros de Belo Horizonte, O Spa Espaço Águas Claras, em Macacos, preparou uma programação exclusiva para o réveillon. Estão incluídas atividades e terapias para o relaxamento e descanso, aliando o conceito de saúde e bem-estar. Ideal para quem deseja iniciar o ano com qualidade de vida.Cercado por natureza privilegiada e exuberante, o complexo do Spa conta com 10 mil metros quadrados de mata atlântica preservada, traduzidos por um bioma riquíssimo de fl ora e fauna. Os hóspedes terão diversas atividades, como pratos da alta gastronomia, atividade físicas monitoradas, procedimentos corporais, faciais, massagens, banhos e tratamentos estéticos. Para a virada do ano, o pacote inclui jantar especial, fogos de artifício, música ao vivo com a cantora Carol Gualberto e brinde

Informações e reservas: podem ser feitas pelo site www.espacoaguasclaras.com.br ou telefone (31) 3547-7400 SPA Espaço Águas Claras

CHALEZINHO

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Divulgação

Fotos: Divulgação

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Ai que saudades que tenho...Além “da minha infância querida, da aurora da

minha vida, dos anos que não voltam mais”, plagian-do o poeta brasileiro Casimiro de Abreu, também me bate, politicamente, uma patriótica saudade dos es-cândalos políticos de governos passados: como eram simplórios!

Fernando Collor sofrendo impeachment por ter se apropriado indevidamente de um Fiat Elba... Kkk! Dá vontade de rir!

PC Farias, inventor do mensalão, que se tornou um produto bastante copiado, organizando sistema-ticamente a corrupção política, foi preso por causa de uma mixaria, comparativamente aos bilhões que se roubam hoje, impunemente...

Esses são fatos que hoje seriam mais apropria-damente julgados num tribunal de pequenas causas – dada a insignificância monetária – se comparados aos bilhões atualmente surrupiados Brasil afora, principalmente em empresas públicas de porte inter-nacional, como a Petrobras e outras do mesmo naipe.

E o Itamar Franco, tadinho, ridicularizado por ter levado a periguete Lilian Ramos, sem calcinha, mostrando suas partes pudentas (e gordurosas), no camarote onde assistia, embasbacado, ao desfile das escolas de sambas cariocas...

Belos tempos, belos dias... E parece que não vol-tam mais, pois a barra de hoje é pesadíssima, digna de fazer inveja a Al Capone e à famigerada máfia russa.

Hoje, com o instituto da delação premiada (que ignoro ser uma criação brasileira) – aparentemente sim, pois absolve o pecador como um bom padre no confessionário –, uma pergunta se faz presente, em toda cabeça minimamente pensante: se o autodela-tante confessa ter afanado 252 milhões que promete devolver em troca da liberdade, quanta grana o feda-zunha moitou lá fora ou transformou em patrimônio pessoal, hem? Quanto mais?

O dobro seria pouco... Dez vezes mais razoável... Cinquenta, talvez. Dependendo da ambição desme-dida que alguns pilantras têm, 100 vezes não seria um multiplicador descartável. “Amor sincero custa caro” e apoio/cumplicidade política tem seu preço evoluin-do dia a dia.

Fica a dúvida, que nem os advogados dos melian-tes devem saber, pois isso melhoraria seus homéricos honorários advocatícios, outra máfia, dizem por aí...

E as licenças judiciais para que os condenados – Zé Dirceu, por exemplo – viajem, passem o Natal e o Ano Novo com suas distintas famílias ou usem somente uma pulseira eletrônica – produto digno de ser confeccionado pela Cartier, adornado com pedras preciosas de alto valor – diferentemente dos presos comuns que sofrem as agruras de uma prisão de verdade, bastante diversas do hotel 5 estrelas dos po-líticos apenados! Eu, hem, puxa vida! Dá vontade de ir-me embora pra Pasárgada, pois lá sou amigo do rei, terei tratamento de príncipe na vida que escolherei (segundo Manuel Bandeira).

Vou-me embora mesmo, como alguns brasileiros, envergonhados da situação atual, estão fazendo.

Bye, bye.

Ano que vem eu volto.

Lúcio Costa, empresário

Lúcio Costa

Belos tempos, belos dias... E parece que não voltam mais, pois a barra de hoje é pesadíssima, digna de fazer inveja a Al Capone e à famigerada máfia russa

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Sua empresa precisa de tempo para crescer.Principalmente do seu.Com o Hoffmam Gestão Empresarial, você concentra as rotinas contábeis, fiscais, financeiras e de folha de pagamento de seu negócio em um escritório contábil de excelência e conta com a orientação e o acompanhamento de profissionais especializados. Tudo para que você invista mais tempo nos próximos passos da sua empresa.

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ELIANA FONSECA

Vidas diferentes, pessoas diversas, interliga-das por um mesmo conceito, o do amor. E mes-mo que certas religiões não suportem, que

legisladores tentem barrar direitos, que elas te-nham que partir para outro país para conseguir ter um filho ou mesmo desmontar o conceito de família tradicional, não estão nem aí para concepções arrai-gadas. Querem ser felizes. O que é família para você?

É tudo família

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COM PORTAM E NTO

MARCO AURÉLIO,Roberto de Souza

e os fi lhos Natalie e Valentin

Divulgação

Casais homoafetivos, pais separados e em outros relacionamentos, pessoas que moram com animais... as várias configurações na evolução social

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Aqui encontrará as novas represen-tações e as histórias de casais homo-afetivos que lutam pela visibilidade e pelos seus direitos, mas enquan-to isso continuam suas vidas e formam famílias. Ou as de mães que, pela própria felicidade e também a dos filhos, resolveram terminar um relacionamento que julgavam para a vida intei-ra. Pessoas que moram com os seus animais e consideram que também formam um núcleo familiar. A transformação não pede licença, ela acontece. Aqui, um pouco da dinâmica desse novo tempo. Em cons-tante revolução.

Enquanto o projeto de lei 6583/13, do Estatuto da Família, tramita no Congres-so Nacional com pontos polêmicos – além de restringir o conceito de fa-mília a somente à união do homem e da mulher, ainda proíbe a ado-ção de crianças por casais homos-sexuais, Roberto de Souza Silva, 32, e Marco Aurélio Lucas, 33, curtem os filhos Valentin e Natalie. O casal integra o movimento #Nossafami-liaexiste, manifestação que ganhou as redes sociais em repúdio ao PL 6583/13. Casados desde 2010, Mar-co queria uma família e convenceu Roberto. Como queriam filho bioló-gico, tentaram, aqui no Brasil, encon-trar uma mulher para que fosse feita a inseminação, por meio da barriga de aluguel. Não deu certo. A partir daí pensaram em viajar para a Ucrânia para concretizar o sonho. Não preci-saram ir tão longe. Conseguiram uma barriga de aluguel para gerar os 2 fi-lhos nos Estados Unidos.

Valentim e Natalie nasceram este ano e sua certidão, obtida jun-to ao consulado do Brasil nos Esta-dos Unidos, reconhece legalmente a paternidade do casal. Hoje com Va-lentin e Natalie, os pais sentem a fa-mília completa e contam com o apoio

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GRAZIELLA NICOLAI,com o fi lho Matheus e Bruno Bechelany

lany, 40, e o núcleo familiar passou a ter formação cada vez mais corri-queira – um pai de coração, que leva Matheus para escola, responde por ele e construiu uma relação maravi-lhosa com o menino.

Já a empresária Déborah Ribei-ro da Silva, 28, ficou grávida ainda na faculdade e teve a filha Maria Lu-ísa, hoje com 7 anos. Casou-se com o namorado, mas não deu certo. Há 3 anos se separou e desde então passou a morar sozinha com a filha, repetin-do um formato que já havia visto com os pais, que se divorciaram quando ela tinha 11 anos. O pai de Maria Lu-ísa é presente na criação, mas o dia a dia, as responsabilidades, escola, cui-dados, ficam por conta de Déborah.

O novo núcleo familiar integrado por ela e a filha foi questionado ainda antes da separação. Ela queria o me-lhor para Maria Luísa e, mesmo com a relação não indo tão bem, pensou em continuar vivendo com o ex-marido para que a filha não fosse privada

não só das mães, tias, primas, como pas-saram a se revezar até nos afazeres profissionais para cuidar dos bebês. “Passamos a integrar a campanha #Nossafamiliaexiste porque é impor-tante colaborar contando a nossa his-tória. Nem precisávamos pedir esses direitos que estamos pedindo. Nos-sos filhos são tão amados, esperados, bem cuidados. Não estamos prejudi-cando a vida de ninguém.”

A necessidade do direito à feli-cidade atinge a todos. A arquiteta Graziella Nicolai, 38, se casou há 10 anos e esperava que o casamento fosse para sempre. No meio do ca-minho, teve o filho Matheus, 7. Tro-cou a segurança pela felicidade dela e do filho. “Meus pais foram casados a vida toda e quando me casei, não esperava me separar.” Mas as ideias divergentes, a infelicidade e o amor pelo filho a fizeram mudar o rumo da vida. Com a separação há 4 anos, construiu uma nova representação de família, formada por ela e o filho. Tudo mudou há 1 ano, quando se ca-sou novamente com Bruno Beche-

Pedro Vilela/Agência i7

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de uma família completa. Após muito diálogo, os pais chegaram à conclu-são que o melhor era a separação, e a filha passou a ter ajuda psicológi-ca para essa nova fase da vida. “Ela é minha grande parceira e compa-nheira”, diz. Além de cuidar da filha e da casa, Déborah tem uma empresa e ainda encontra tempo para ter vida social saudável. É bem resolvida e fe-liz com sua escolha.

Talvez a autonomia no viver nun-ca tenha sido tão levada em conta como na atualidade. Ninguém pede licença para fazer o que deseja. Ca-sadas há 10 anos, a arquiteta Rísia Botrel, 44, e a funcionária da Justiça Karina Medeiros, 35, têm uma filha, Nina, de 8 meses. Elas nunca espe-raram leis para conduzir suas vidas. Antes da votação do Supremo sobre a união homoafetiva como união está-vel, as 2 já haviam entrado na Justiça

pelo reconhecimento da união. Além da felicidade por terem se encontra-do e agora concretizado o sonho de ter uma filha, Rísia e Karina possuem um núcleo familiar, de amigos e pro-fissional cujos laços são o amor e o respeito. Karina se indigna com pos-sibilidades de leis e limitações retró-gadas que, na sua opinião, se devem à confusão de determinados legisla-dores, que não sabem definir o que podem ou não limitar, misturando valores religiosos com sociais na con-tramão até mesmo de direitos já ad-quiridos, como o da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

“É preciso que as pessoas per-cebam que família é o que cada um acha que é. Vai muito além de qual-quer padrão”, reflete. Nina foi ges-tada por Karina, que é mãe perante a lei. Rísia entrou com um processo para que a Justiça também reconhe-

ça a criança como sua filha, para que ela possa assegurar todos os direi-tos legais possíveis. “Estou querendo simplesmente proteger, dar o direito do nome, a segurança do meu patri-mônio e, apesar disso tudo, a Justiça não decide.”

Para garantir o direito de todos, o Instituto Brasileiro de Direito de Fa-mília criou, há alguns anos, um texto que se transformou no projeto Esta-tuto das Famílias, que foi apresen-tado pela senadora Lídice da Mata. É completamente diferente do PL 6583/13 por trazer um debate de in-clusão de todas as representações fa-miliares. “É preciso que as pessoas que desejam restringir o conceito de família entendam que ela transcende, atualmente, a vários arranjos familia-res”, diz o presidente do instituto, Ro-drigo da Cunha. O projeto do Estatuto das Famílias já tem parecer favorá-

COM PORTAM E NTO

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RÍSIA BOTREL,a fi lha Nina e

Karina Medeiros

Pedro Vilela/Agência i7

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vel na Comissão de Constituição e Justiça. No próximo ano, será debatido em audiências públicas com a sociedade civil.

Mesmo com tantas penden-gas, não adianta cercar com gra-des imaginárias ou reais, a família é uma organização em constan-te evolução. Basta retomar um pouco a história quando, há 50 anos, o mundo assistia ao apa-recimento da pílula anticoncep-cional e da liberação feminina. O choro era livre e muitos acredita-vam que aquele, de fato, era o fim da família. Imagina uma mulher saindo para trabalhar e tendo na bolsa uma pílula anticoncepcio-nal? “Qualquer mudança na or-ganização familiar ameaça uma ordem, que é imaginária, porque sempre houve esses modos de procriação e de filiação. Entretan-to, eles eram marginais em relação aos padrões oficiais ou, simplesmen-te, ignorados”, diz o psicólogo e psica-

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nalista Paulo Roberto Ceccarelli. A psicóloga Gláucia Rezen-

de Tavares vai além e fala que o coroamento de qualquer família bem-sucedida é sua capacidade de fazer filhos adultos que, co-locados diante da vida, possam fazer escolhas lúcidas e susten-táveis. Nem sempre a chamada família convencional dá conta desse desafio. “Não é incomum, atualmente, uma quebra hierár-quica, em que a mãe funciona como filha da sua filha. Ou de pais que ficaram paralisados na ado-lescência que entram em disputa com o filho por não aceitar o en-velhecimento.”

Ceccarelli afirma que colo-car uma criança no mundo não transforma os genitores em pais e que o nascimento tem que ser modificado em filiação para que

a criança se constitua como sujeito. “Para que isso ocorra, é preciso que a criança tenha um grupo familiar, al-guém que lhe dê berço. Pouco impor-ta quem vai dar esse berço, se uma mulher sozinha, um homem sozinho, 2 homens, 2 mulheres.”

Essa evolução é tão transcenden-te que chega também a formatos im-pensáveis até há bem pouco tempo. Com população de animais de esti-mação que ultrapassa 100 milhões no país, há diversas pessoas que fizeram do seu pet também sua família. Esse é o caso da fisioterapeuta Maria Elisa dos Santos, 49, que vive com o seu hu-sher Zeus, uma gralha a quem chama de Can Can e um tico-tico rei. “Casei, me separei depois de 12 anos, tive fi-lhos que cresceram e foram cada um para um lado. Fiquei sozinha e, sin-ceramente, eles são a melhor compa-nhia que tenho.”

Maria Elisa brinca que há mui-tas famílias de diversos formatos, mas que a sua é bem tranquila. “Não me sinto solitária. Eles são a minha companhia.”

DEBORAH DA SILVA, com Maria Luísa:“Minha grande parceira”

MARIA ELISA DOS SANTOS, com Zeus: “Não me sinto solitária”

Igor Coelho/Agência i7

Pedro Vilela/Agência i7

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P O R F E R N A N D O T O R R E S

Tratamentos estéticos não invasivos podem ser a solução para dar um up na pele que começa a apresentar sinais da idade. Conversamos com o médico Alexandre Silveira, especializado em medicina e cirurgia estética e diretor da Clin Escultural, que nos conta algumas das técnicas do momento. Veja o que apuramos.

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Rosto jovem

FIO SILHOUETTELançada este ano no Brasil, a técnica promete efeito lifting imediato e contínuo - e o melhor, sem cortes. “Aplicado por meio de pequenos furos na pele, geralmente 2 de cada lado do rosto, o Silhouette puxa o músculo para o lado contrário da gravidade. As principais indicações são pálpebras, bigode chinês e contorno do queixo”, descreve o cirurgião. O princípio é o mesmo dos antigos fi os russos e búlgaros, mas a grande vantagem do Silhouette é a composição de ácido polilático, substância biológica naturalmente absorvida pelo organismo entre 2 a 3 anos. “A reabsorção provoca estímulo de colágeno no período, garantindo mais fi rmeza à pele”, diz Silveira. O Silhouette é realizado em consultório, com duração média de 40 minutos e anestesia local. Após o tratamento, recomenda-se evitar luz solar, mastigação intensa e atividades físicas por uma semana.

ÁCIDO HIALURÔNICOA substância tem sido amplamente utilizada em consultórios para tratar rugas, suavizar olheiras e sulcos e refazer o volume dos lábios e o contorno da mandíbula. “Naturalmente produzido e absorvido pelo corpo e absorvível, o ácido sustenta as células, garante a hidratação e favorece a produção de colágeno, estimulando o rejuvenescimento”, explica Silveira. O preenchimento é feito por meio de agulhas fi níssimas e anestesia local. Mas cuidado: em quantidades exageradas,

o ácido hialurônico pode causar distorções e um efeito plastifi cado. “É mais recomendável que o profi ssional escolhido faça correções menores e, se for necessário, reaplique a substância em outra sessão.”

LASER ELEKTRA Desenvolvido em Israel, promete

clarear as incômodas manchas na pele (melasma) e olheiras. O clareamento costuma ser visível já na primeira sessão, mas o recomendável para efeito duradouro são, no mínimo, 3 a 5 sessões. “Ele

consegue penetrar a camada mais profunda da pele, causando a ruptura do pigmento de melanina, mas deve ser feito, preferencialmente, no período de frio”, diz Silveira. O efeito pode ser potencializado com peeling químico.

Catherine Servel/Trunk Archive e Divulgação

Shutterstock

Divulgação

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A expressão francesa broder au crochet (bordar com o gancho) se aplica bem a crochetagem, técnica da fi sioterapia que começa a ganhar espaço em Belo Horizonte. Criada na Suécia dos anos 1970, o método utiliza ganchos de aço parecidos com agulhas de crochê para tratar problemas como tendinite, torcicolo e nevralgia. “Os ganchos são friccionados nos músculos e ligamentos da região da lesão, aumentando o fl uxo sanguíneo e causando alívio da dor quase que instantaneamente”, explica a fi sioterapeuta Sandra Cunha, do Studio Pilates Luiza Cardoso.

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Gancho de crochê

Reza a superstição que comer 1 colher de lentilha antes da virada de 31 de dezembro assegura fartura e sorte. A romã é ainda mais poderosa: chupar 7 pérolas no réveillon e 9 no Dia de Reis e guardar os caroços na carteira atrai dinheiro o ano todo. Acredite ou não, o fato é que a ingestão regular desses alimentos garante benefícios à saúde. No arroz, na salada ou no ensopado, a lentilha é fonte de proteína vegetal e é rica em fi bras e vitaminas do complexo B que ajudam a regular o intestino. Já a romã é fonte de vitaminas A, que retarda o envelhecimento e melhora a visão, e C, recomendada para fortalecer o sistema imunológico. O ácido fólico, por sua vez, é indicado para a saúde cardiovascular e das gestantes.

Visite a Viver Melhor no site da revista Viver Brasil (revistaviverbrasil.com.br) e tenha acesso à receita da foto acima, elaborada com exclusividade pelo chef Douglas Santos, do bufê Fora do Comum.

Fred Magno/Agência i7

Igor Coelho/Agência i7

Simpatias de Ano Novo

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ESPECIAL

DE OLHO NO FUTUROBH CHEGA À 100ª UMEI E TERÁ 153 UNIDADES DE ENSINO INFANTIL ATÉ 2016 COM A META DE FORMAR CIDADÃOS

Denis Dias

E DUCAÇÃO

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MIRIAM GOMES CHALFINE TEREZINHA MOREIRA

Chegar a 2016 com 153 Unida-des Municipais de Educação Infantil (Umeis) com capa-

cidade para atender 84 mil crian-ças de 0 a 6 anos. Essa é a meta da Secretaria de Educação de Belo Horizonte para o município. Atu-almente, 100 Umeis – a centésima foi inaugurada dia 11 de dezembro – estão em pleno funcionamento, contra as 40 existentes até 2009. As unidades foram criadas pelo gover-nador eleito de Minas Gerais, Fer-nando Pimentel (PT), quando era prefeito da capital, e consideradas, na época, uma ferramenta ca-paz de promover um salto na educação infantil de Belo Ho-rizonte.

“As Umeis permitiram às crianças das famílias mais po-bres de Belo Horizonte terem ensino de qualidade e recebe-rem os estímulos adequados na primeira infância”, destaca Pimentel. Outro ponto positi-vo, além da questão educacio-nal, segundo o ex-prefeito, foi com

MARCIO LACERDA durante a inauguração da 100ª Umei, no bairro Santa Branca

Antônio Rodrigues PBH/ASSCOM

relação às famílias das crianças atendidas. “As Umeis trouxeram tranquilidade e segurança aos pais e mães que trabalham fora, antecipando a entrada das me-ninas e dos meninos menores de 6 anos na escola, o que vai in-fluenciá-los definitivamente por toda a vida escolar e também na vida adulta. Tenho muito orgu-

lho de ter tornado as Umeis realida-de”, afirma Pimentel.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), reforça que as Umeis beneficiam os moradores com o que é mais importante para formação de cidadãos: a educação de qualidade nos primeiros anos de vida. “Com elas, podemos construir uma sociedade melhor, com pro-moção da democracia e responsabi-lidade social. Hoje, podemos bater no peito e afirmar, com orgulho, que Belo Horizonte tem as melhores escolas infantis do Brasil.”

A importância das unidades é endossada pela secretária mu-nicipal de Educação, Sueli Bali-za. Atualmente, as escolas infantis funcionam em unidades próprias e parceiras e atendem 52 mil alu-nos. “As Umeis têm importância

UNIDADE TIMBIRAS na rua Timbiras, centro de Belo Horizonte

UMEI no Ouro Minas

Fotos: PBH/ASSCOM

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muito grande para o atendimento das crianças de 0 a 6 anos, previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação (LDB). Conseguimos mais que dobrar o número de unida-des desde 2009. Somente este ano, abrimos 11,9 mil novas vagas”, diz a secretária.

A aceleração no número de Umeis em funcionamento em Belo Horizonte foi possibilitada pela primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Brasil na área da educação infantil, firmada entre a prefeitura da capital e a Inova BH/Odebrecht. Com a PPP, a construção das esco-las e a operação de serviços não pe-dagógicos, como manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, segurança e limpeza, além dos cui-dados com a sustentabilidade am-biental e o mobiliário, ficam sob a

responsabilidade da empresa par-ceira, concessionária do serviço por 20 anos. “O projeto de constru-ção dos prédios é um modelo ex-tremamente inovador, arrojado, totalmente adaptável para o aten-dimento a essa faixa etária e é exe-cutado em um tempo muito curto: entre 10 meses e 1 ano, a edificação é concluída”, informa Sueli Baliza.

Outra grande vantagem, além do tempo recorde da construção dos prédios, é que a concessioná-ria fica responsável pela prestação de serviços administrativos, deixan-do para a prefeitura somente a área pedagógica. “É retirado da escola o dia a dia na parte administrativa das unidades educacionais. O trabalho dos profissionais da prefeitura se volta para o acompanhamento pe-dagógico dos alunos. Isso faz com

que, realmente, as pessoas se dedi-quem mais à área da educação”, ex-plica a secretária.

Apesar de ainda não haver pes-quisas, a nova forma de funciona-mento das Umeis está agradando os profissionais da área. Segundo a secretária Sueli Baliza, os direto-res das Umeis oriundas das PPPs têm acenado positivamente para o novo modelo, mostrando mais fa-cilidade na parte pedagógica. A ex-pectativa é de que, nos próximos anos, possam ser auferidos resul-tados com mais firmeza no que se refere ao desenvolvimento dos alu-nos e à consequente melhora na educação infantil.

De acordo com Sueli Baliza, por ser uma novidade que começa a dar bons frutos em Belo Horizonte, a PPP da educação está atraindo

ESPECIALE DUCAÇÃO

VIVER Dezembro 19 - 2014

UMEI no bairro Jaqueline,

em Venda Nova

Henrique Pimentel

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SAIBA MAIS | Por dentro da PPP da educação

Iniciativa: prefeitura de Belo Horizonte e Inova BH, empresa da Odebrecht Properties Unidades a serem construídas: 51, nas regiões Centro-Sul, Pampulha, Venda Nova, Noroeste, Norte, Nordeste, Leste, Oeste e Barreiro

Investimento total:

R$ 250 milhões Crianças benefi ciadas:

cerca de 25 mil alunos Responsabilidade da concessionária: manutenção das instalações elétricas e hidráulicas, segurança, limpeza, sustentabilidade ambiental e compra de mobiliário Unidades entregues e em funcionamento: 24, das quais 20 Umeis e 4 Emefs

Alunos benefi ciados até o momento:

12 mil Umeis e Emefs em construção: 27 Previsão para entrega de todas as unidades: fevereiro de 2016

UMEIS Estrutura: 10 salas de aula, cozinha e refeitório, sala multiuso, berçário, fraldário, biblioteca, sala de atividades, sala de professores, sala de reunião, playground externo Capacidade de cada unidade: 440 crianças Última inauguração: Umei Santa Branca, região da Pampulha, em 11/12/2014 Bairros com Umeis já construídas: Belmonte, Minaslândia, Elos, Palmeiras, São João Batista, Urca Confi sco, Jaqueline, Guarani, Pacajá, Santa Branca, Lucas Monteiro Machado, Alto Vera Cruz, Manacás, Diamante, Cinquentenário, Floramar, Santa Rosa, Maldonado, Planalto e Jardim Vitória Estrutura interna: cozinha, refeitório, despensa fria, instalações sanitárias adaptadas por idade e turma, pátio coberto, 2 salas de aula para crianças de 1 e 2 anos, sala multiuso, biblioteca, fraldário, berçário, sala de atividades, sala de coordenação, secretaria, depósito e elevador, além de 8 salas de aula para crianças de 3 a 5 anos, sala de

reuniões e instalações sanitárias adaptadas Estrutura externa: estacionamento, horta, jardins, parquinho, auditório, pátio e estruturas para a colocação de resíduos e alocação de botijões de gás

Investimento:

R$ 3,7 milhões, sendo R$ 1,3 milhão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

UMEFS: Estrutura: 16 salas de aula, ginásio poliesportivo, refeitório com 156 lugares, cozinha, escovários, vestiários, auditório para 158 lugares, biblioteca, laboratório, sala de computação, mecanografi a e almoxarifado, salas de diretoria, professores, atendimento, depósitos Bairros com Emefs já construídas: Solar Rubi, Piratininga, Granja de Freitas e Jardim Leblon Capacidade de cada escola: 960 alunos

Henrique Pimentel

Fontes: Inova BH e PBH

Antônio Rodrigues/PBH

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olhares de todo o Brasil para o ensi-no fundamental da capital mineira. “Temos recebido visitas de secretá-rios de várias partes do país, princi-palmente das capitais. Esse projeto inovador também foi premiado por aqui e recebeu indicações a prêmios internacionais por trazer a concep-ção do pensamento de que cada um faz aquilo que sabe fazer bem, ao se-parar as áreas administrativas e pe-dagógicas”, diz Sueli. Mas, para ela, outro ponto fundamental no suces-so da parceria é a participação das famílias dos estudantes.

O contrato de PPP com a Ino-va BH, empresa da Odebrecht Pro-perties, foi fechado em 2012, mas, efetivamente, começou no ano seguinte. Originalmen-

ESPECIALE DUCAÇÃO

VIVER Dezembro 19 - 2014

te, seriam construídas 37 escolas, número que aumentou para 51 de-pois da inclusão de um aditivo no contrato, sendo 46 Umeis e 5 Es-colas Municipais de Ensino Fun-damental, as Emefs. Ao todo, o investimento será de 250 milhões de reais. Segundo Clébio Batista, diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, responsável pela construção dos prédios, até ago-ra foram entregues 24 unidades

(20 Umeis e 4 Emefs). A previsão é ter todas prontas até fevereiro de 2016, média de 2 por mês, benefi-ciando 25 mil alunos.

Para o diretor superinten-dente da Odebrecht Infraes-trutura, Sérgio Neves, é um orgulho participar dessa ini-ciativa pioneira. “Sem dúvida, esse é um projeto que permi-

FERNANDO PIMENTEL: “As Umeis trouxeram segurança aos pais”

Asscom/PBH

Nélio Rodrigues

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te a união dos esforços entre o se-tor governamental e o empresarial, em benefício da população. Graças a esse modelo, em pouco mais de 1 ano, foi possível a construção de 24 novas escolas”, diz.

A diretora de Investimentos da Inova BH, Christini Kubo, também faz questão de destacar como gran-de vantagem da PPP o fato de a pre-feitura poder se dedicar somente às questões ligadas à educação. “A operação e a conservação do edi-fício ficam totalmente a cargo da contratada”, resume. Clébio Batis-ta reforça: “Ainda não há números, mas as diretoras das escolas con-firmam que conseguem se dedicar integralmente às questões pedagó-gicas. Qualquer tipo de problema no equipamento público é resolvido dentro de prazo estabelecido. É um

trabalho de eficiência”. Dentro des-sa lógica, quanto melhor a qualidade dos materiais usados na construção, menor e mais fácil a manutenção.

A rapidez da construção também é ponto a favor. Segundo Clébio, os prédios são erguidos seguindo a me-todologia Light Steel Frame (LSF), amplamente utilizada em países como Estados Unidos, Canadá e Ja-pão, mas ainda pouco usual no Bra-sil. O principal elemento estrutural é o aço galvanizado, de baixo peso. “Usamos perfis de aço leve, que são pré-montados na fábrica. Depois, as estruturas são levadas para o cantei-ro de obras para a montagem final”, explica. Ao todo, o gasto médio na construção é de 10 meses, enquan-to o método tradicional demora, em média, 2 anos. “Com isso, a prefeitu-ra consegue ter um produto de qua-

lidade em tempo mais rápido para atender a demanda da comunida-de”, afirma o diretor.

“Como construtores, estamos contribuindo com nossos conheci-mentos em tecnologias construtivas que permitem acelerar a conclu-são das obras, mantendo um estrito compromisso com a sustentabilida-de. Ao mesmo tempo, o projeto tem permitido a geração de emprego e renda para trabalhadores locais na construção civil, o que também é um indutor de melhores condi-ções de vida para nossa população”, acrescenta o diretor Sérgio Neves. Segundo ele, com a PPP, Minas Ge-rais está se tornando referência para outros estados que também têm a intenção de aumentar a oferta de es-colas para a população e ampliar a qualidade da educação.

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ESCOLAS INFANTIS no Santa Rosa (à esq.) e Barreiro

Antônio Ridrigues/PBH

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(porção para 6 pessoas)

DO PERNIL

2 kg de pernil de cordeiro médio

500 ml de vinho tinto

6 dentes de alho

1 maço de alecrim

1 unidade de cebola

sal e pimenta a gosto

2 folhas de louro

DA BATATA ASSADA COM MEL DE TRUFAS

½ kg de batata bolinha

2 dentes de alho

200 g de manteiga sem sal

Sal e pimenta a gosto

50 ml de mel de trufa

POR LUCIANA AVELINO

Ingredientes

Pernil deao molho de alecrim acompanhado com batata assada e mel de trufas

cordeiro

M A U R O D E F R E I T A S Formado em gastronomia, atualmente ocupa o posto de chef executivo da cozinha do restaurante Drummond, localizado no lobby do hotel Holiday Inn, na Savassi. Atua, há mais de 18 anos em redutos gastronômicos internacionais, como o InterContinental Rio de Janeiro e o Holiday Inn Parque Anhembi (SP), além de endereços na Argentina, México e França.

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Chef e proprietária das livrarias-cafeterias Café Book e Spiral com Café, Mariana Dornas lançou o livro Prosas e Sabores de Minas. Com projeto gráfi co de Marcelo Xavier e recheada de fotos de Cristiano Machado, a publicação reúne receitas mineiríssimas cedidas por convidados de diversas áreas, como o músico Beto Guedes, o ilustrador e cartunista Mário Vale, o arquiteto João

Diniz, o comunicador Tutti Maravilha e o advogado Hildeu Brando. “São 24 receitas, das mais modernas

às caseiras, que valorizam os ingredientes típicos de Minas”, resume Mariana, cujos bolos caseiros fazem o maior sucessos nas livrarias. “São mais de 25 sabores, entre tradicionais,

integrais e sem glúten.”

VIVER Dezembro 19 - 2014 97

e mais...

Receitas mineiras

Casa novaMatuzalém Gonzaga acaba de mudar o endereço de seu restaurante. A casa homônima, especializada na comida baiana e frutos do mar, passou a funcionar, desde o início do mês, na orla da Pampulha, bem em frente onde nos tempos idos funcionava o lendário bar Redondo. O novo ponto é o terceiro do chef na capital mineira – começou no Santa Amélia e, depois, transferiu-se para o Planalto – e quarto no país: a estreia foi em pleno Pelourinho, em Salvador. No menu do restaurante, além de pratos à la carte, com toda a variedade e peculiaridade baianas, servidas no almoço e no jantar, há também self-service de comida mineira no almoço. “Se a opção é apenas petiscar, a sugestão vai para o

quiosque instalado na entrada da propriedade, que serve tira-gosto, água de coco e cerveja, ou para o reduto da baiana do acarajé, que recepciona os comensais com a pedida mais baiana de todas”, diz o chef mineiro Matuzalém, que ano que vem completa 36 anos de gastronomia.

Modo de fazerO PERNIL

Em uma travessa, coloque o pernil, o alho, a cebola, o alecrim, o vinho, o sal, a pimenta e o louro e acrescente um pouco de água.

Deixe marinando por 12 horas, depois retire-o e leve ao forno regando sempre com um pouco do caldo para não ressecar por aproximadamente 2 horas

Tire o pernil e corte em fatias fi nas

A BATATA ASSADA Ponha as batatas em

uma assadeira, tempere, coloque a manteiga e leve para assar em forno 160º durante 25 minutos

Retire as batatas e regue com o mel de trufas e sirva em seguida

Montagem do prato:

Sirva o pernil de cordeiro em fatias acompanhado das batatas

Pedro Vilela/Agência i7

Divulgação

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MIRIAM GOMES CHALFIN

Engana-se quem pensa que só os shoppings ficam intransi-táveis nesta época do ano. Os

tradicionais mercados também são disputados por quem procura desde ingredientes básicos até os presentes mais originais. E para comprovar essa afirmação, a reportagem da Viver Bra-sil visitou os mercados mais badala-dos de Belo Horizonte: o Central e o Distrital do Cruzeiro, que registram, respectivamente, movimento 40% e 50% maior no mês de dezembro.

Os espaços são um verdadeiro mundo de cores, aromas e sabores, produtos de qualidade e atendimen-to personalizado. Opção é o que não falta. Impossível não se render, por exemplo, às delícias do Tião do Bis-coito, como é conhecido o simpático Sebastião Galdino, 56 anos e há 40 no Mercado do Cruzeiro. Assim que um possível cliente se aproxima da loja Delícias da Vovó, Tião logo oferece cafezinho e biscoitos à vontade. Você experimenta um, outro, mais um... Se

JOSÉ EUSTÁQUIO DE MORAIS: “Aqui, as pessoas encontram de tudo”

Central e Distrital do Cruzeiro, com imensa variedade

de produtos e muita história

para contar, atraem ainda mais gente neste

período de Natal

Época de mercado

VIVER Dezembro 19 - 2014

CI DADE

bobear, nem consegue almoçar de-pois. “Acho que o atendimento é o di-ferencial. Meu maior patrimônio são os clientes”, justifica o comerciante, que começou com 20 tipos do pro-duto e, hoje, oferece 500 variedades. Como se não bastasse, Tião vende também frutas secas, castanhas, no-zes, roscas, chocolates, casquinha de sorvete, balas, batatinha frita...

Por dia, passam pela loja de 400 a 500 pessoas. Para atender tanta gente,

Tião conta com a ajuda de 8 funcio-nárias. “São só mulheres, porque elas atendem melhor, são mais carinho-sas com os fregueses”, explica. Em de-zembro, calcula que o movimento na banca aumente 200% em média. Se-gundo ele, nesta época, a maioria das pessoas compra castanhas e frutas se-cas para as comemorações típicas.

Também há 40 anos no mercado, José Eustáquio de Morais, 61, vende coisas da roça: feijão, fubá e farinha a granel, café moído na hora, paçoca de carne, manteiga de garrafa, canela em cavaco e açafrão, só para citar alguns exemplos. “Aqui no mercado, as pes-soas encontram de tudo e produtos típicos de Minas, sem ser industria-lizados. Elas querem qualidade, mas também atendimento e um ambiente tranquilo, familiar.”

Dona Guiomar Lúcia de Almei-da, a Guiomar dos Tomates, também está no local desde a fundação, há 4 décadas. Aos 84 anos de idade, 70 de-les como feirante, a sorridente senho-ra garante que só deixará de vender no mercado quando morrer. “Adoro

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trabalhar aqui. Os fregueses são aten-ciosos e os colegas também. Não me queixo de ninguém”, comenta. Com saúde invejável, dona Guiomar faz questão de ir à Ceasa com os sobri-nhos, toda semana, para comprar 20 caixas de tomates, além de banana, abacaxi e moranga.

Se a preferência for por produ-tos naturais diferentes, tudo bem: na loja Néctar do Cerrado, o proprietá-rio Cássio Avelino Pereira vende ge-leias, molhos, doces, queijos, óleos e polpas feitos em parceria com comu-nidades extrativistas, principalmen-te do sertão norte-mineiro. Alguns exemplos: óleo de pequi, farinha de jatobá, paçoca de pilão, castanha de baru, geleia de murici, azeite de bu-riti. “O chique, hoje, é ter produtos regionais na sua mesa”, diz o comer-ciante, que atende chefs em busca de ingredientes inusitados, tipicamente mineiros e brasileiros, como flor de sal de Mossoró e azeite de oliva da serra da Mantiqueira.

Não só as novidades, como tam-bém os produtos tradicionais atraem gente de várias partes da cidade, de Minas e até de outros estados. O servidor público Rogério Reis, de Santa Maria (RS) e morador de BH há 16 anos, frequenta o Mer-cado do Cruzeiro para tomar café de qualidade e comprar, princi-palmente, frutas e água mine-ral. “É bem variado, organizado e prático. Tem a cara de Minas e está cada vez melhor.” O casal de aposentados José Carlos de Cas-tro Gomes e Linda Maria Mes-sias Gomes mora em Ponte Nova e vem a BH uma vez por mês. Lugar obrigatório é o Distrital. “Compramos peixe, bacalhau, grãos, biscoitos e produtos sírios. Todos têm qualidade superior e, normalmente, o preço é melhor também”, diz José Carlos.

O vice-presidente da Associa-ção dos Comerciantes do Mer-

SEBASTIÃO GALDINO:“Meu maior patrimônio são os clientes”

GUIOMAR DE ALMEIDA,70 anos como feirante: “Adoro aqui”

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

VIVER Dezembro 19 - 2014

cado do Cruzeiro, Wayne Stochiero, lembra que o espaço completa 40 anos este mês. Para comemorar a data, o mercado passou por reforma recentemente. Mas o que mais cha-ma a atenção dos consumidores, na opinião do dirigente, é o atendimento diferenciado. “As pessoas estão dando uma freada na vida, buscando valores perdidos. O mercado vai na contra-mão dessa correria do dia a dia. Nos

shoppings e nos supermercados, o cliente é apenas um número. Aqui, não: ele é chamado pelo nome. Na verdade, somos uma grande família.”

Segundo Wayne, muita gente também procura o local atrás de di-versidade cultural e gastronômica. Este ano, por exemplo, foi inaugura-do o Multiespaço Distrital, que abriga o bar e restaurante Balaio de Gato, a cafeteria gourmet Academia do Café,

a Cum Panio Atelier de Pães, a Dis-coteca Pública, com várias opções de vinil, e a cervejaria artesanal Harmonia. Nessa área também acontecem lançamentos de livros, shows e atrações infantis. Até 31 de janeiro, o espaço vai abrigar o Furor – Férias Urbanas Repletas de Ótimos Rolês, idealizado e pro-duzido pela Cria! Cultura. A pro-gramação está disponível no www.facebook.com/furor. Também são comuns as feiras de artesanato e os eventos de gastronomia, com participação de chefs renomados.

Aliás, os mercados são um paraíso para quem gosta de criar pratos diferentes e irresistíveis. A publicitária e estudante de gas-tronomia Janete Sales frequen-ta o Mercado Central todo mês. “Aqui tem muita diversidade e

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produtos que não acho em outros lu-gares, como a farinha de amêndoa. Sempre encontro novidades para pre-parar meus pratos”, diz.

Claro que o Mercado Central ofe-rece muito mais que matérias-primas para a arte culinária: são 400 lojas, distribuídas em mais de 22 mil me-tros quadrados. O mundo de opções inclui enfeites, brinquedos, roupas, almofadas, panelas de pedra, bijute-rias, suvenires, vela em pó, produtos esotéricos, berrantes, pentes de osso, chás... Os visitantes também vão en-contrar figuras folclóricas, como o Percy Rosa de Miranda, conhecido como Percy do Alho. O comerciante é um dos mais antigos: soma 60 anos de vida no mercado. Os 84 anos de idade não o impedem de ir todos os dias ao local, abrir a banca bem cedo e atender os fregueses. E o senhorzi-nho garante que o cliente pode com-prar de olhos fechados: “Entendo de alho mais que padre entende de igre-ja. Vendo de 50 a 60 quilos do produto cascado por dia”.

O vendedor de frutas Antônio Procópio Filho, 79 anos, também tra-balha no Mercado Central há 6 déca-das. O carro-chefe é o abacaxi, inteiro ou em pedaços, este para degustar na hora. Por semana, são vendidas de 1.200 a 1.500 unidades. Na época de Natal, a procu-ra aumenta 40%

CI DADE

VIVER Dezembro 19 - 2014

FRASE

“Isso aqui é minha vida. Não tenho

clientes, tenho amigos. Já dei

e recebi conselhos.” Antônio Procópio

Filho

PERCY ROSA: “Entendo de alho mais que padre de igreja”

Igor Coelho/Agência i7

Pedro Vilela/Agência i7

em média. Seu Antônio confessa que adora trabalhar no local. “Isso aqui é minha vida. Não tenho clientes, te-nho amigos. Já dei e recebi conselhos. É como uma terapia.” Ele faz questão de dizer que só fez o primário e criou os 3 filhos vendendo frutas. Inclusive, 2 deles concluíram o curso superior – em economia e odontologia.

Vicente Henriques Campos, 76, conhecido como Xará, também fez só o primário e tem 2 filhos formados na faculdade. No mercado há 50 anos, 20 deles vendendo castanhas, amêndo-as confeitadas e frutas secas e cristali-zadas, seu Xará bate ponto todo santo dia. “Nunca tirei férias. Gosto do que faço”, resume. Segundo ele, os pro-dutos mais procurados são castanha--do-pará e de caju. Apesar de não ter

noção de quantos compradores aten-de, ele garante que o movimento pra-ticamente dobra nesta época do ano.

O diretor superintendente do Mercado Central, Luiz Carlos Braga, afirma que, no período natalino, o nú-mero de visitantes passa de 31 mil para 43 mil por dia de semana. Turistas são figurinhas fáceis e têm à disposição monitores bilíngues, que fazem visitas guiadas, e posto exclusivo de informa-ções. “Aqui é um ponto turístico. Pelo mercado, a pessoa conhece a cultura local”, destaca. Inclusive, este ano, a diretoria promove um concurso cul-tural em que o participante tem que escrever o que o mercado represen-ta para ele. Uma comissão vai julgar a melhor frase, e o vencedor ganhará uma pintura novinha na casa.

Para 2015, o plano é incremen-tar a gastronomia, já que muitos chefs frequentam o local. “Todos os even-tos serão voltados para o tema. Have-rá feiras gastronômicas, concurso de chefs e participação do Mercado Cen-tral em eventos fora do estado, como em Gramado”, anuncia. E as noivas que pretendem fazer um book diferen-te têm espaço garantido no mercado. Segundo Luiz Carlos, muitas nubentes procuram o local por causa do cenário colorido. Com certeza, além de cores, alegria, otimismo e um montão de coi-sas boas não faltam por aqui.

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VIVER Dezembro 19 - 2014102

Pela primeira vez, o Instituto Inhotim exibe parte do seu acervo no Palácio das Artes e

no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, em Belo Horizonte. A exposição Do Objeto para o Mundo

– Coleção Inhotim está em cartaz até o dia 8 de março de 2015 e apresen-ta mais de 50 obras, que estavam na sede do instituto, em Brumadinho, na Grande BH.

O recorte do acervo tem como

MÚSICA PRÉ-CEIA NA WEST PUBOs sertanejos Israel e Rodolff o são as atrações da primeira pré-ceia da West Pub, no dia 23 de dezembro. Além dos cantores, a dupla Alles e Adriano e o DJ Leandro Rallo sobem no palco da casa. Ingressos: R$50 (feminino) e R$ 70 (masculino) no 1° lote. Informações: (31) 2512-3852

ROSA DE SARONSucesso nacional, a banda gospel Rosa de Saron lança em BH, no dia 20 de dezembro, seu novo álbum Cartas ao Remetente. O show acontecerá no Chevrolet Hall, às 23h, e terá no repertório 14 canções inéditas e sucessos que marcaram a carreira da banda. Ingressos: de R$ 27 a R$ 94. Informações: (31) 4003-5588

SUNSHINE NASALAAo som dos residentes Lauro Malloy e Breno Rocha, a Sunshine agita a boate naSala, no dia 24 de dezembro, a partir da meia-noite. Assinada por por Thassio Siman, a festa conta com atração surpresa e café da manhã. Informações: (31) 3286-4705

RAGA MOFECom repertório dedicado aos anos 1990, a banda Raga Mofe promete resgatar canções e coreografi as que marcaram a época, dia 25 de dezembro, na Casa de Cultura. Entre os sucessos, estão A Luz de Tieta, Pimpolho e Carrinho de Mão. Ingressos: R$ 30 (no dia) e R$ 20 (antecipado). Informações: (31) 9753-2979

TEATRO A MENINA QUE ENTRA EM LIVROSA companhia de O Trem apresenta o espetáculo A menina que entra em livros, no Teatro Bradesco, dia 10 de janeiro. Com direção de Juliano Barone e textos de Lívia Gaudêncio, a peça narra a história de garota que está prestes a ganhar um irmãzinho. Ingressos: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia). Informações: (31) 3516-1360

Coleção Inhotim em BH

PASSEIO PASSEIO

Fotos: Divulgação

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VIVER Dezembro 19 - 2014 103

PATRÍCIA CARVALHO

David Guetta Sucesso nas pistas interna-

cionais e brasileiras, o DJ fran-cês David Guetta desembarca em Belo Horizonte e faz única apre-sentação na Explanada do está-dio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, no dia 11 de janeiro. O show faz parte da turnê Listen,

lançada mundialmente em no-vembro. Além de David Guetta, a programação terá abertura do DJ brasiliense Alok e set list espe-cial dos DJs Breno Rocha, Rogerio Solldera e Marcelo Cic. Ingressos: de 280 a 440 reais. Informações: (31) 2532-8201.

ponto de partida, o ano de 1950, mo-mento histórico em que a arte deixa de se resumir a objetos para existir de maneira mais aberta para o mun-do e transita até os dias de hoje. A mostra propõe uma análise da for-

mação do campo da arte contem-porânea a partir da coleção e do programa da instituição, inaugu-rada em 2006. “São obras que dei-xam perceber possíveis caminhos na história da arte dos últimos 50 anos, que permitiram ao Inhotim ser o que é”, diz o curador da expo-sição, Rodrigo Moura.

Na Grande Galeria do Palácio das Artes, as obras estão organi-zadas em 4 núcleos, as históricas dialogam com trabalhos mais re-centes. Entre os destaques, estão trabalhos de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Gabriel Sierra, Jac Leirner, Cinthia Marcelle. No Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, a videoinstalação Homo sapiens sapiens, 2005, de Pipilotti Rist, filmada no Inhotim, antes da abertura à visitação pública, será exibida pela primeira vez no Brasil. A exposição tem entrada franca. As visitações podem ser feitas de terça a sábado, das 9h30 às 21h, e domin-go, das 16h às 21h. Informações: (31) 3236-7400.

CULTURALPATRÍCIA CARV

CULTURAL EXPOSIÇÃO RIGOLETTOSucesso de público, a ópera Rigoletto da Fundação Clóvis Salgado ganha mostra temporária dos fi gurinos usados durante as apresentações. As peças produzidas pela argentina Sofi a Di Nuzio estão em exposição até o dia 21 de dezembro, no Memorial Minas Vale, no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Entrada franca. Informações: (31) 3308-4000

PROJETO PAREDE O Projeto Parede, do Sesc Palladium, apresenta até o dia 21 de dezembro, o painel A duração de algumas coisas: pedra, planta e pera, assinado pela artista Janaína Rodrigues. Entrada franca. Informações: (31) 3270-8100

MIRA Trabalhos de artistas indígenas do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru estão reunidos na mostra Mira – Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas, em cartaz no Espaço de Conhecimento da UFMG, até o dia 4 de janeiro. Entrada franca. Informações: (31) 3409-8350

BRACHER – PINTURA & PERMANÊNCIAO Centro Cultural Banco do Brasil exibe até o dia 10 de dezembro, a mostra Bracher – Pintura & Permanência, do pintor Carlos Bracher. São 86 obras e entre os destaques estão os retratos de Fernando Brant, Milton Nascimento e Gabriel Vilela. Entrada franca. Informações: (31) 3431-9400

CINEMA

ESPECIAL DE NATALNos dias 20 e 21 de dezembro, o Cine Humberto Mauro apresenta a mostra Especial de Natal. A programação inclui os fi lmes Férias de Natal, de Robert Siodmak; Contos de Natal, de Brian Desmond, e Edward Mãos de Tesoura, de Tim Burton. Entrada franca. Informações: (31) 3236-7400

Daniela Paoliello

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MIRIAM GOMES CHALFIN

Escrever um livro não é tarefa fácil: ficar diante da página em branco, dar conta de se expor,

de lidar com você mesmo e com o que se quer dizer. “Na literatura, não tem briefing pré-estabelecido. É a luta de compreender o que eu quero expressar e construir. É mui-to mais desafiador que criar uma peça publicitária: faço isso há 27 anos”, define a diretora de criação da Agência Lápis Raro, Carla Madei-ra, que acaba de lançar Tudo é rio (Editora Quixote, 200 páginas, 40 re-ais). O romance de estreia tem como pano de fundo o triângulo amoro-so entre uma prostituta e um casal muito apaixonado, mas que vive uma relação amorosa violenta.

O quarto personagem é o nar-rador, que conhece muito bem cada envolvido e traz as questões de como os 3 são impactados com a situação. “Ele abre espaço para a reflexão. Minha expectativa é que as pessoas leiam e topem refletir. A história particular assume dimen-são universal. Trabalha com amor, dor, erotismo, perdão, enfim, com questões muito existenciais”, ex-plica Carla. Segundo ela, muitas

pessoas comentaram que ficaram surpresas com o desenrolar da tra-ma, que, apesar de ser ficção, tem

muito a ver com a realidade e com a condição humana de fazer coisas boas e ruins.

O título da obra se baseia na tese do biólogo chileno Humberto Maturana de que as emoções são paisagens internas. “E nossas pai-sagens são águas internas, são mui-to líquidas, como o choro. Nossa emoção é fluxo, é rio. Tudo é rio”, destaca a autora. Ela conta que a ideia de escrever um livro surgiu há 15 anos, mas a trama era outra. Depois de muitos capítulos, uma cena chocante de briga entre um casal a paralisou e ela acabou lar-gando o projeto. “No ano passado, essa história passou a me cutucar e comecei de novo. Foram 8 meses me dedicando diariamente”, lem-bra Carla. Para finalizar, a autora convida todos a entrar nessas águas com ela: “É uma história que pren-de muito, do início ao fim, como a correnteza de rio”.

Cris Cortez

Publicitária lança romance sobre amor, erotismo, dor, perdão, que abre espaço para reflexões existenciais

Internos rios

VIVER Dezembro 19 - 2014

LIVRO

Nossas paisagens são águas internas, são

muito líquidas, como o choro. Nossa emoção

é fl uxo, é rio”Carla Madeira

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TEREZINHA MOREIRA

Depois de ter passado 4 anos escrito, mas engavetado, bas-tou ser lançado para desper-

tar o interesse de cineastas e virar filme. Foi o que aconteceu com o li-vro Norberto e outros amores, escrito pela advogada Isa Chloris. Lançado no início deste ano no Rio de Janei-ro, e, em Belo Horizonte, neste mês, conta um pouco das histórias vivi-das por Isa. “O cineasta Júlio Lellis leu o livro, chorou muito e disse que quer rodar um filme”, conta Isa, que será a produtora do projeto. O ro-teiro, já aprovado, é de André Da-min. Breno Dessurno será o outro diretor. Os recursos, para produzir o longa-metragem, serão buscados na Lei de Incentivo Fiscal. O filme será rodado no primeiro semestre de 2015, em produção binacional, com nossos hermanos. O astro, Nor-berto, será vivido por um ator ar-gentino. “Todos vão sair do cinema chorando.”

Isa e Norberto se conheceram quando tinham 21 e 22 anos, no posto 8 da praia de Ipanema, no Rio, onde ela morava com a família. Viveram uma rápida, mas intensa história de amor, que durou apenas 28 dias, em fevereiro de 1970. Mas, para ele, não foi apenas um amor de verão. Porém depois desse perí-odo, em que o estrangeiro Norber-to, com seu carisma, conquistou a confiança da família de Isa, tendo passado uns dias em sua casa a con-

vite de seus pais, retornou para Bue-nos Aires, onde estudava física. “Ele me escreveu, dizendo que me ama-va, que viria para o Rio, mas nunca mais apareceu”, relembra Isa.

A vida precisava seguir. Isa teve outros namorados, casou-se, teve as filhas Camila e Paloma. “Mas o Nor-berto nunca saiu da minha cabeça.” Há 25 anos, após sua separação, pe-diu à filha para procurar o amado na internet. “Descobrimos que tinha

sido um astrofísico famoso, escri-to o livro Big Bang. Conseguimos o número do telefone da casa da mãe dele. Liguei e seu irmão atendeu”, conta a advogada. A notícia não foi boa: Norberto havia morrido há 10 anos. As palavras ditas por Gerardo, irmão de Norberto, jamais foram es-quecidas por Isa. No livro, ela conta que Gerardo disse que o irmão ja-mais a esqueceu, que ela era muito importante para ele, que a amava muito. “Mas o destino nos separou.”

Como tem formação espiritua-lista, Isa conta que visualizou o Nor-berto como o seu grande amor. “Me alegrei muito com a rápida histó-ria que vivemos, tanto que, quando soube que ele morreu, me senti viú-va. O Norberto foi uma coisa muito bonita.” Isa acredita que seu encon-tro com Norberto foi pré-determi-

nado. “Tenho certeza de que, quando desencarnar, vou encontrá-lo porque, para o verdadeiro amor, não existe morte”, diz Isa, que decidiu escrever o livro instigada por frase de um poema que ga-

nhou do meio avô Carlos Drummond de Andrade, quando se casou: “Amar se aprende amando. Me

questionei isso a vida inteira e concluí que o importante é ser ama-da, sem dúvida nenhuma, tanto que meu filho, este livro, nasceu dessa de-cisão de ser amada.”

Fred Magno/Agência i7

Publicação de advogada, que conta a sua rápida história romântica com o argentino Norberto, vai virar longa-metragem

Os amores de Isa

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CU LTU RA

ISA CHLORIS “O destino nos separou”

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VIVER Dezembro 19 - 2014108

Em 2 anos, a aposentada Neusa Maria dos Reis, 61, venceu 62 con-cursos de beleza na terceira idade no Brasil. Devido à conquista das faixas, ela entrou para o RankBrasil em 2013 e 2014. “Casei jovem e não pude par-ticipar de concursos. Hoje realizo um sonho”, conta. O estímulo para se candidatar veio do namorado, o em-presário Franklin Lopes, que aplaude de pé a amada. “Não tenho ciúmes, eu a chamo de minha miss”, declara Franklin. Viúva, com 2 fi lhos crescidos, e avó de 5 netos, ela vive com os pais em um sítio em Ibiá, no Alto Parana-íba, de onde sai para as disputas de beleza. Em 2015, ela embarca para a Guatemala, onde concorre ao primeiro título internacional. O segredo da be-leza, ela diz que vem do jeito de levar a vida, com paciência. “Sou abençoada por Deus, é a genética. Não faço muita coisa”, garante.

MÁRCIA QUEIRÓS

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Ele ajudou a transformar um espaço histórico no Rio de Janeiro, anteriormente degradado, no corredor cultural mais famoso do país. Agora, acaba de abrir empreendimento no Centro Histórico do Rio Antigo. Mineiro de Ferros, Vale do Rio Doce, Plínio Froes, 59, inaugurou no mês passado, na rua do Lavradio, a Galeria Scenarium, com a mostra Azul cobalto – Azulejos e memórias, que conta a trajetória da peça da arquitetura de 1670 até hoje. O acervo é fruto da coleção do sócio de Plínio, Nelson Torzecki. Nas paredes, peças recolhidas de casas em demolição, de colecionadores e assinadas por artistas como o pernambucano Francisco Brennand. Até fevereiro, a galeria abriga, ainda, mostra de arte contemporânea. O novo espaço reforça a vocação cultural do Rio Scenarium, misto de antiquário e bar com shows de música brasileira, aberto por Froes há mais de 10 anos. Foram a abertura de espaços culturais e a mobilização de empresários, como Froes, que estimularam a revitalização da rua histórica, hoje referência internacional de lazer no Rio.

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Walter Tavares Sales, médico ginecologista e assistente da clínica ginecológica da Santa Casa de Belo Horizonte, recebe a Ordem do Mérito Legislativo. O reconhecimento é pelo trabalho realizado sobretudo com as mulheres vítimas do câncer de mama.

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VIVER Dezembro 19 - 2014110

A empresária Maria Elvira Salles Ferreira não se cansa de pôr o pé na estrada. Ela conhece 103 países dos 5 continentes e planeja chegar a 2016 com a meta de 120. Os últimos lugares que visitou foram Irã e Catar, mas seu roteiro de sair pelo mundo começou aos 15 anos, pelos vizinhos Uruguai e Argentina.

Como deputada e militante em questões ligadas às mulheres, a empresária também teve a chance de conhecer outras nações. Indagada sobre o país inesquecível, ela não titubeia: o Butão. “Lá tudo é diferente, seja na arquitetura seja no modo de viver”, descreve. Ela estuda, ainda, os destinos para 2015.

Pé na estrada

A Academia de Santa Cecília, em Roma, uma das mais prestigiadas instituições artísticas da Europa, admitiu pela primeira vez um brasileiro para realizar programa de formação. O compositor mineiro Sérgio Rodrigo foi selecionado junto a mais 2 compositores, entre candidatos de diversas

partes do mundo, para estudos na academia italiana. Natural de Diamantina, ele realizou musicais na Fundação de Educação Artística e na Escola de Música da UFMG.No dia 16 dezembro, a Fundação de Educação Artística realizou concerto em homenagem e apoio ao jovem compositor.

Talento mineiro

Brinde à Bulgari

O 130º aniversário da marca italiana Bulgari ganhou celebração em Belo Horizonte. O empresário Manoel Bernardes, dono da joalheria Manoel Bernardes, transformou a loja do BH Shopping, no piso Mariana, em grande butique da marca. A celebração foi brindada com coquetel e lançamento do relógio Carbon Gold.

Alberto Wu

Divulgação

Juliana Flister/Agência i7

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Juliana Flister/Agência i7

Alberto Wu

Já imaginou um casamento com decoração inspirada em criações de bijuterias, outra em vestidos de noivas ou na arte dos crochês? Designer de festas, Odette Castro rouba cena com a produção de festas com a cara da noiva, que marcam história, todas com no máximo 300 convidados. Na empreitada, ela chama outro artista para participar. No casamento da fi lha, apaixonada por bijuterias, Odette trabalhou a 4 mãos com a bambambã Mary Figueiredo, e não faltaram pérolas pelo salão. Uma noiva romântica, que se casará em abril, terá festa inspirada nas criações da estilista Aparecida Blanc, que cedeu vestidos para ornamentar a festa. Toalhas e suplás serão confeccionados com peças do dia D. “Tudo muito artesanal e feito à mão, causa muita emoção nos convidados”, diz.

Jeito novo de casarA Vert Hotéis, que tem no comando a mineira Érica Drumond, trabalha com pacotes especiaispara o réveillon e o Carnaval no Rio de Janeiro. O Ramada Hotel e Suítes

Riocentro, na região da Barra da Tijuca, oferece pacote especial para os 2 períodos, quando o Rio torna-se o grande destino do país.

Estadia no Rio

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VIVER Dezembro 19 - 2014112

Controle do desejo

Por que o Natal se tornou uma data de tanto consumo?É uma festa campesina, surgida antes de Cristo. As pessoas se reuniam em torno do Deus solar, para se despedir do último dia de sol, pois a partir daí em diante o inverno seria rigoroso. Comiam e bebiam muito, porque precisavam de força para vencer os obstáculos com o frio. Veio o Cristianismo, 333 d.C., e colocou o nascimento de Cristo nesta data. A força da congregação, do abraço e da comida para a celebração permaneceram para sempre. A festa tornou-se, então, ao longo do tempo, mais gastronômica. As pessoas comem até enjoar por ter vencido a batalha do ano. Pouco ligamos para Cristo, ligamos para a festa, para o empaturrar e o consumir.

É possível frear o desejo em tempos de tantos apelos?Sim, com muita sabedoria, na vida as pessoas têm que controlar as emoções buscando a razão. Tudo em exagero é ruim. A felicidade, afinal, não é só um dia de come e come, bebe e bebe, e aí? Esperar o Carnaval? Não. É preciso equilíbrio entre a razão e a emoção, as parceiras da alma, durante o tempo todo para não haver excessos, exageros. A felicidade deve ser buscada todos os dias e esse imediatismo é perigoso. Contagia até as crianças. Uma avó outro dia me contou que a neta ganhou 7 presentes de Natal e queria mais. O fim dela é não encontrar nada.

Acredita que a insatisfação é maior nos dias de hoje?Sempre ficamos insatisfeitos. Reclamamos que o tempo está passando rápido, que não dá para fazer tudo, mas na verdade não é o tempo que está apressado, mas nós mesmos. Nessa corrida em busca de nossos desejos não vemos o tempo passar. As pessoas precisam aprender a gostar de coisas mínimas e ter sabedoria para fazer escolhas e usufruir de tudo sem estragos e exageros. Por que não prolongamos o gesto de amar, abraçar e admirar do Natal para o ano inteiro? Para ser feliz, é preciso buscar algo que dê prazer, paixão. Sou casado com uma bióloga há 40 anos e nosso maior hobby é ir para a serra do Cipó, onde desfrutamos a natureza e eu fotografo. Fico 1 hora ao lado de uma florzinha para fotografá-la, isso me dá felicidade.

E o amor?Ele, o maior inimigo do desejo, que é cruel, desenfreado. O amor coloca restrições, mas não é restritivo. Se você é casado há vários anos e ama seu parceiro ou parceira, pode sim ter desejo por outra pessoa. Mas vem o amor e pergunta: posso? O meu parceiro merece uma traição? Ou quando você quer fazer um programa com os amigos e sua mulher não quer. Se vocês combinam, se entendem, o amor permite a felicidade comum. Você não vai, mas vai ser feliz, é uma prisão consentida e feliz. O amor traz calma, o desejo não, ele sempre quer mais.

Bate-papo com Alfeu Trancoso

P O R M Á R C I A Q U E I R Ó S

O desejo desenfreado é o maior drama da sociedade do século 21. A opinião é do filósofo Alfeu Trancoso, 71. Professor da PUC Minas, fotógrafo e ambientalista, ele diz que o ato do desejar aflora ainda mais nesta época do ano, com a chegada do Natal, período em que o apelo para o ter e comprar aumenta. “A primeira condição para ser feliz é controlar o desejo. É claro que ninguém vive sem ele, mas muitas vezes é uma busca para o que não existe. Se bobearmos, o desejo nos pede obediência. É preciso sabedoria”, diz Trancoso. Ele alerta para o exacerbado estímulo ao consumo, que tem produzido geração de crianças insaciáveis, e o avanço tecnológico. “Os jovens compram hoje um celular já desejando o outro mais avançado”, afirma o filósofo, que discorre abaixo não só sobre o desejo, mas sobre a felicidade e o amor, o antídoto ao desejo.

Ângela Lutterbach

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Alberto Pinto Coelho recomenda ao novo governador reconhecer os méritos da atual administração e diz que vai continuar militante

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O recomeço

CON EXÃO E M PR ESAR IAL

TEREZINHA MOREIRA

Reconhecer méritos e continuá--los é, com certeza, um gran-de gesto, mas é antes de tudo,

o começo de um grande estadista.” Foi com estas palavras que o gover-nador de Minas, Alberto Pinto Coe-lho (PP), recomendou ao governador eleito do estado, Fernando Pimentel (PT), que se mire no exemplo de ou-tro governante mineiro, João Pinhei-ro, que imortalizou os dizeres em um quadro na parede de seu gabinete no Palácio da Liberdade: “Amo a luta com vertigem. Gosto das dificuldades

que desafiam a minha atividade. Sou fanático dos grandes obstáculos que exigem esforços supremos. O impre-visto me deslumbra e a necessidade das grandes ocasiões me fascina”. As frases foram citadas por Alberto Pin-to Coelho em sua palestra na última edição do Conexão Empresarial. O evento, promovido pela VB Comuni-cação, tem apoio da Anglo American, MBR, Usiminas, Clube de Permuta, Pad e Assembleia de Minas e conta como media partners da Band, rádio Itatiaia, JChebly. O Tempo, Diário do

Comércio, Jornal da Cidade, Jornal de Brasília. A decoração do Espaço V e os mobiliários ficaram por conta da Ver-de Musgo e o almoço servido aos con-vidados, a cargo do Club do Chef.

Sobre seu futuro político, o quase ex-governador de Minas, se disse um homem forjado no parlamento, onde impera a busca do consenso. “Com a experiência da Assembleia, fui para o executivo, que me enriqueceu mui-to. O futuro de quem está na política é o da dedicação. Vou continuar mili-tante na oposição”, disse Alberto Pin-

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Fotos: Tião Mourão

to Coelho, que está há quase 20 anos na vida pública, ocupando cargos ele-tivos, dos quais 16 na Assembleia de Minas, e os últimos 4 no governo do estado, como vice e, desde abril deste ano, como governador. Em sua pales-tra, ele fez um rápido balanço dos úl-

timos 12 anos dos governos de Minas, com foco especial no desenvolvimen-to econômico, educação, segurança e saúde. “Foram 12 anos de trabalho para os 21,6 milhões de mineiros que dão voz e rosto aos valores da minei-ridade”, afirmou ele, que destacou o

fato de Minas ser a síntese nacional com suas várias realidades. Uma delas está no semiárido, cuja área de 210 mil quilômetros quadrados – que engloba 85 municípios – é maior do que Sergi-pe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

O planejamento a curto, médio

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VIVER Dezembro 19 - 2014

1. Palestra do governador Alberto Pinto Coelho

2. Gil Pereira, Euler Nejm e Emanuel Carneiro

3. Rogério Nery, Arlen Santiago, Bráulio Braz e Luiz Antônio Athayde

4. Joaquim Cardoso e Flávio Morais

5. Helenice Laguardia, Wagner Espanha, Celso Pichioni, Humberto Alves Pereira e Geraldo Moura Tavares

6. Luiz Antônio Athayde, Raimundo Benoni e Denise Rabello

7. PCO, Arlen Santiago, Maria Elvira Salles Ferreira e Bráulio Braz

8. Rogério Nery, Breno Abbott Link e GCO

9. Vinicius Alzamora e Cristiana Kumaira

10. Túlio Ferreira, Marcelo Coury e Samuel Flam

11. Marcio Damasio e Henrique Azevedo

12. Alberto Pinto Coelho Filho, PCO, Alberto Pinto Coelho e GCO

13. Arlen Santiago, Arthur Liacre, Fernando Dias, Pedro Borrego e Bráulio Braz

14. Lúcio Costa, Alberto Pinto Coelho e PCO

15. Júlia Chaves, Cândida Bicalho e Clarice Ferreira

16. Olavo Machado Junior, Modesto Araujo e

Rodrigo Ferraz

17. José Martins de Godoy e Geraldo Moura Tavares

18. Maria Eugênia Lages, Gabriela Lobo e Jaqueline da Mata

19. Olavo Machado, Hermógenes Ladeira e Alberto Pinto Coelho

20. Décio Freire, Alberto Pinto Coelho e Luiz Paulo Barreto

21. GCO, Paulo Castellari e PCO

22. Júlia Chaves, Clarice Ferreira e Eliana Paula

23. Rodrigo Ferraz, Afonso Celso Álvares, Romel Alves Lage, José Edward

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CON EXÃO E M PR ESAR IAL

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e longo prazos, na visão do governa-dor, é algo a ser comemorado, pois nele está o bojo da eficiência dos úl-timos 3 mandatos. Um dos aspec-tos citados por ele foi a criação da Aerotrópolis no entorno do aero-porto de Confins, que foi um dos fatores preponderantes para que sua administração passasse à ini-ciativa privada, por meio de con-cessão. “Os últimos governadores deixam um legado para Minas Gerais. O estado que entregamos é bem diferente do que pegamos

em 2002”, assegurou Alberto Pin-to Coelho, citando os avanços re-gistrados nas áreas de educação, em que Minas tem o melhor ensi-no fundamental do Brasil; da saú-de, na qual o estado é o 4º melhor do país; da redução da pobreza; da economia, em que Minas é 3ª maior potência brasileira, tendo reduzido a diferença para o Rio de Janeiro, a 2ª maior economia do país. “Na contramão dos outros estados, Minas conseguiu aumen-tar a participação da indústria no

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Produto Interno Bruto do estado”, destacou.

Entre outras conquistas, o go-vernador citou a de ganho real do funcionalismo público, que foi de 295% de 2002 para 2014, com au-mento na folha de pagamento de 7,3 bilhões para 28,8 bilhões de reais no período. Os investimentos nas esco-las do estado ficaram em 2,2 bilhões de reais. “São realizações que repre-sentam esforço e trabalho de uma equipe dedicada e competente”, dis-se Alberto Pinto Coelho.

Fotos: Tião Mourão

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24. Denise Rabello, Ana Lúcia Gazzola e Maria Paula Pinheiro

25. Bráulio Braz, Paulo Cesar Alkimim de Oliveira e Leonardo Bortoletto

26. Rodrigo Freire, Berilo Torres, Cristianne Barreto e Cristiano Rennó

27. Sérgio Neves, Flávio Bernardes, Christiano Parreira e Eric Braz Tambasco

28. Lígia Dutra e Paulo Assunção

28. Alberto Pinto Coelho, Olavo Machado e Alex Braga

30. Renata Vilhena, Rogério Nery e Wagner Velloso

31. Júlio Onofre, Fernando Lage, Raimundo Benoni e Luiz Antônio Athayde

32. Humberto Alves Pereira, Edmundo Lanna e Arlen Santiago

33. Henrique Azevedo, Emanuel Carneiro, Carlos Rubens Doné e Rodrigo Ferraz

34. Marcelo Vorcaro, Marlus Farjado e Lúcio Costa

35. Mário Campos Filho e Alberto Pinto Coelho

36. Olavo Machado, Alberto Salum e Danilo de Castro

37. Paulo Cesar Alkimim e Pedro Nogueira

38. Rubens Lessa e Alberto Pinto Coelho

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O quê 6 CoquetelOnde 6 América Móveis

A América Móveis promoveu coquetel para apresentação de seu showroom com exposição de fotos de mulheres atuantes e representativas de vários setores. Sob o olhar das lentes do fotógrafo Odilon Araújo, as retratadas na mostra Alma e poder da mulher usaram joias de Rosália Nazareth. A exposição, coordenada por Heliane Moreira, reúne 22 fotos e pode ser conferida na loja da América Móveis, localizada no bairro São Pedro. Fotos: Tião Mourão

6 Maria Thereza Terence, Adriano Lopes e Heliane Moreira

6 Lucinha Maciel, Izabel Borges, Adrianna Ferreira, Heliane Moreira, Jacqueline Salomão e Jéssica Avelar

6 Maria Rita Vilanova, Daniele Amorim, Roberta Oliveira e Izis Leite

6 André Mattar, Janine Ester, Cristina Morethson e Ângelo Coelho

6 Andrea Buratto, Simone, Renato Arcuri e Mirna Godinho Porcaro

6 Luiza Miranda, Jane Magalhães, Odilon Araújo e Heliane Moreira

6 Wolfgamg e Cássia Hormes

6 Johanna, PCO, Luiza e Thomaz Rebelo Horta

6 Jane Magalhães, Anaine Pitchon e Maria Thereza Terence

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6 Graziella Figueiredo e Thaísa Godoy6 Jane Magalhães, Rosália Nazarth, Thaisa Godoy

6 Beatriz Lodi e Renata Rosa 6 PCO, Adriano Lopes e Luiza Lanna

6 leide Amorim, Marcelo Segrini, Raquel Brum, Adriano Lopes e Heliane Moreira

6 Fádua Andere, Maria Carmem Bicalho, Caio Márcio Magalhães, Tânia Nazareth e Mara Nazaré Magalhães

6 Jamila Laje e Beth Marquez

6 Adriano Lopes e Myrna Porcaro

6 Lucinha Maciel, Johanna Anastasia e Tomás Rebelo Horta

6 Thaiane Nejm, Herbert Engler Sohn e Elizabeth Nejm

6 Roberta Oliveira, Myrna Porcaro e Andrea Buratto

6 Adriana Coelho e Pedro Lima

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O quê 6Meeting InternacionalOnde 6 Espanha

Uma comitiva de autoridades e empresários brasileiros participou, em Barcelona, da 19ª edição do Meeting International, maior encontro corporativo brasileiro fora do Brasil, para discutir questões sobre o comércio exterior e investimentos entre os 2 países. O evento, promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr, em parceria com a Apex Brasil, promoveu rodadas de negócios para identificar oportunidades de negócios bilaterais. Fotos: Gustavo Rampini

6 Adriane Galisteu e Alexandre Iódice

6 João Doria Jr., Bia Doria, Malu Verçosa, Daniela Mercury e José Maria Aznar

6 Bia Doria, Luiz Fernando Furlan, Fátima e Norberto Birman 6 Ferran Adrià e João Doria Jr

6 Luigi e Andreia Baricelli, João Doria Jr, Adriane Galisteu e Alexandre Iódice

6 Shorena Mikara e Gady Gronich

6 Moreira Franco, ministro da Aviação Civil, e João Doria Jr.

6 João Rodarte e Sílvia

6 Luigi Baricelli e Andreia

6 Moreira Franco e Clara Maria Vasconcelos

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O quê 6LivroOnde 6 Bairro da

Serra

A publicitária Carla Madeira movimentou a Vila 211 com o lançamento de seu romance de estreia Tudo é rio. A história trata do triângulo amoroso entre um casal e uma prostituta, cuja relação obsessiva é recheada de sentimentos imobilizadores como amor, dor e perdão. Diretora de criação da agência Lápis Raro, Carla começou a escrever o livro há 15 anos. Depois de interromper o trabalho por um bom tempo, em 2013 reiniciou o romance, agora editado pela Quixote. Fotos: Uarlen Valério

6 Henrique Santana, Titi Walter e André Baptista

6 Alencar Perdigão e Agnes Farkasvölgyi

6 Antônio Pierre, Angela Radicchi, Liana e Alexandre Joncew

6 Vitória Wilden e Ruy Pimenta

6 Luiza Barcelos e Rosângela Camelo

6 Suzana Latini, Antônio Henrique Del Prete e Helvécio Flores

6 Carla Madeira e José Amaro Siqueira

6 Paulo Assunção, Cláudia Lopes e Sérgio Bernardes

6 José Saad Duailibi, Simone Moreira, José Amaro Siqueira e Wagner Espanha

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6 Marilu Araújo rodeada pelos filhos Flávio e Gilberto Verdolin Araújo e Lilian Verdolin Araújo Tunes

6 José Carvalho Jorge e Aldija, Marilu Verdolin Araújo, Maria Victória Capelão e Franklin Bethônico

6 Lucitane Chequer e Marilu Araújo6 Ângela Paixão Lages, Vera Faria, Heloísa Cardoso e Mariângela Lima

6 Marilu Araújo entre Mauro e Lilian Tunes

6 Patrícia Dias, Maurício Freitas, Flávia e Bilac Pinto

O quê 6AniversárioOnde 6 Em Lourdes

Marilu Verdolin Araújo não deixa passar em brancas nuvens o seu aniversário. Este ano reuniu os amigos no salão de festas do edifício Pablo Neruda, onde reside sua filha Lilian e Mauro Tunes, para almoço com cardápio do Club do Chef e show da cantora Carla Lopes. A empresária Liliane Carneiro Costa deu uma canja mostrando repertório de músicas românticas. A organização da festa foi da Mariângela Lima Produções e Giovani Armani Decorações decorou o salão. Fotos: Tião Mourão

O quê 6PrêmioOnde 6 PIC Cidade

A Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas de Minas Gerais encerrou suas atividades em 2014 com a entrega do 3º Prêmio ADCE Minas de Responsabilidade Social ao presidente da Celulose Nipo Brasileira (Cenibra), Paulo Brant. O prêmio foi um reconhecimento ao trabalho e ativo compromisso empresarial e social. A cerimônia de premiação aconteceu durante jantar de confraternização de Natal da entidade com a presença de associados e convidados. Fotos: Tião Mourão

6 Sérgio Cavalieri, Paulo Brant e o presidente da ADCE Minas, Sérgio Frade

6 Paulo Brant, Filipe Palhares Guerra e Karina Oliveira

6 Regina Mota, Rosália Paraíso e Cida Dadegam

6 Marcos Nogueira, Adriana Silveira, Denise Frade, Rosália Paraíso e Geraldo Moura Tavares

6 Marcos Santos, Moacir e Maria Célia Brant, Alexia Paiva e Paulo Brant

6 Maria Flávia Máximo, Consuelo e Jacob Máximo e Paulo Lamac6 Lúcio e Patrícia Costa e Sérgio Cavalieri

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O quê 6Ao vivoOnde 6 Praça da

Liberdade

Reconhecido internacionalmente como um dos mestres da pintura brasileira, Carlos Bracher fez uma performance ao vivo retratando o compositor mineiro Lô Borges, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está em cartaz a exposição Bracher – Pintura & Permanência. Além da intervenção ao vivo, o público pôde participar do processo criativo de Bracher e conferir a mostra retrospectiva de 57 anos de sua carreira em exibição até o dia 12 de janeiro. Fotos: Tião Mourão

6 Lô Borges e Carlos Bracher com o quadro finalizado

6 Carminha Dall’orto, Mariângela Rezende, Carlos Bracher, Normelita Dall’orto e Tânia Zebral

6 Paulo Lemos, Fani Bracher e Mauro Werkema

6 Carlos Bracher retrata ao vivo Lô Borges

6 Blima Bracher, Larissa Bracher e Lígia Dutra

6 Lô Borges, Carlos Bracher, Lígia Dutra e Larissa Bracher

6 Henrique e Maria Lúcia Godoy

6 Maria Dalva Pereira, Levanis Pereira, Isadora Pereira, Gustavo Pereira, Maria Lúcia Pereira, Osvaldo Pereira

6 Rodolpho Gomes, Osvaldo Pereira, Hercely Gomes, Isadora Pereira, Gustavo Pereira, Maria Lúcia Gomes, Isabela Gomes

6 Isadora Pereira e Eliana Paula6 Lucas Alves, Isadora Pereira, Gustavo Pereira e Joseane Pereira

6 Johnny Alcantara, Isadora Pereira e Isabela Gomes

6 Rodolpho Gomes, Isadora Pereira, Gustavo Pereira, Isabela Gomes

O quê 6CasamentoOnde 6 Contagem

Foi dos mais bonitos o casamento da fisioterapeuta Isadora Gomes Pereira com o farmacêutico Gustavo Marques Pereira. Após o religioso, na Paróquia de Santo Agostinho, os noivos brindaram a união em elegante recepção na Sociedade Hípica de Contagem, com bufê de Cleo Perrela, decoração de Fábio Splendore e a Banda MP6 animando a pista até o amanhecer. A noiva é filha de Maria Lúcia Gomes Pereira e Osvaldo Pereira e o noivo, de Maria Dalva do Amaral Pereira e Levanir Amaral Pereira. Fotos: Luiz Palhares

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O quê 6PalestraOnde 6 Enoteca

Decanter

O Lide Minas reuniu os seus associados para uma palestra do ex-presidente da Usiminas Marco Antonio Castello Branco. Integrante da equipe de transição do governo e cotado para a presidência da Codemig, Marco Antonio falou do empenho do governador eleito Fernando Pimentel em implementar bons projetos em nosso estado. Disse ainda que a presidente Dilma Rousseff, por ser mineira e amiga pessoal de Pimentel, tem todo o interesse no sucesso da gestão do novo governador de Minas. Fotos: Uarlen Valério

6 Marco Antonio Castello Branco e PCO

6 Marcela Galan, Marcelo Mesquita, Perla Vanessa Silva e Eliana Paula

6 O diretor da Enoteca Decanter, Flávio Morais, Helenice Laguardia, Cristiano Parreiras e J. D. Vital

6 Gustavo Cesar Oliveira, Flávio Morais e Eduardo Gribel

6 Gustavo Cesar Oliveira e Salvador Ohana

6 A diretora executiva do Lide Minas, Natália Vieira Brusaferro, faz a apresentação do palestrante

6 Sérgio Leonardo, Eduardo Martins e Lucas Couto

6 Marco Antonio Castello Branco e Eduardo Martins

6 Marco Antonio Castello Branco, Cristiano Parreiras e Flávio Couto Bernardes

6 O presidente do Lide Minas, Paulo Cesar de Oliveira, e Flávio Couto Bernardes

6 Lucas Couto e Salvador Ohana

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VIVER Dezembro 19 - 2014 129

6 Ângela Prudente, Nélio Rodrigues e Márcia Prudente

6 Eliana Paula, Gustavo Serpa, Dária Mineiro e Renato Luiz

6 Rodrigo Matos, Paulo Laborne e Wagner Espanha

6 José Carlos Menezes e PCO

6 Simone Marques, Marcelo Blade e Márcia Queirós

6 Suzely Ortênzio, Elizabeth Ribeiro e Zuzu Dumont

6 Márcia Francisco, Márcia Queirós e Gabriella Francisco Rajão

O quê 6 Chute da Revolta

Onde 6Casa Dourada

O cinefotógrafo e jornalista Nélio Rodrigues recebeu convidados no lançamento da campanha nacional Chute da Revolta. Durante o coquetel de lançamento, foram oferecidas para os convidados 300 camisetas da campanha e apresentados exposição e vídeo-documentário com depoimentos de personagens que chutaram a bola da campanha contra a situação atual do Brasil. Com os recursos arrecadados com a venda das camisetas, Nélio pretende lançar a campanha em todo o país. Fotos: Tião Mourão

6 Flávio Gontijo, Roberto Gontijo e Herikson Martins

6 Monique Ferreira, Júlio Prado e Stanley Gusman

6 Walter Navarro e Maria Elvira Salles Ferreira 6 José Saad Duailibi e Roberto Gontijo

6 José Saad Duailibi, Almir Sales e João Carlos Amaral6 Almir Sales e Luiz Tito

O quê 6 HomengemOnde 6 Santa Lúcia

O diretor-geral do Grupo Bandeirantes em Minas, José Saad Duailibi, foi homenageado pela Confraria Fogão a Lenha do empresário Roberto Gontijo. A confraria é um espaço informal voltado para encontros entre amigos e para homenagear pessoas e entidades. No evento, regado a bons papos e boa comida com a presença de políticos, empresários, publicitários e jornalistas, Duailibi recebeu uma placa em reconhecimento a seu trabalho de divulgação das coisas e dos valores de Minas. Fotos: Tião Mourão

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VIVER Dezembro 19 - 2014

Os mascotes

A já reconhecida arrogância da presidente Dilma pa-rece estar se alastrando para outras figuras que merecem destaque na imprensa brasileira, entre os quais presiden-tes de entidades que se julgam tão, ou mais, importantes que a primeira mandatária deste nosso entristecido Brasil. Um cacoete que não merecia imitação. Um episódio re-cente veio confirmar esse mal costume que tem marcado o comportamento até mesmo de executivos de entidades não governamentais como é o caso do Comité Olímpico do Brasil.

Alguém criou, em silêncio, os mascotes para as Olim-píadas que vão realizar-se no Brasil em 2016. Em soleni-dade aberta à imprensa, os jornalistas presentes e o povo brasileiro tomaram conhecimento das estranhas figuras, já prontas e acabadas. Na mesma ocasião foi solicitada aos presentes, e a todos os leitores, a escolha entre 2 nomes

sugeridos para os bonecos. Se os bonecos apresentados já eram de gosto duvidoso, os nomes bateram o recorde dessa avaliação negativa. Um autêntico repeteco do nome Fuleco, criado para a Copa do Mundo e que foi um fracas-so. Simplesmente Oba e Eba ou então, pior ainda, Tiba Tuque e Esquindim. Alguém, senão o próprio criador, ou aqueles que defendem intransigentemente a criação, pode entender tais disparates? Nem os bonecos e tam-pouco os nomes têm nada a ver com o futebol ou a fauna brasileira. São dois alienígenas que mereceram várias crí-ticas na imprensa. Eis que diante dessas reprovações vem o outrora simpático Carlos Nuzman, presidente do COB, e em ácidas declarações tentou explicar as identidades dos bonecos e afirmou que são as crianças que devem avaliar

a criação, pois são elas que vão adquirí-las. Ledo engano, são os adultos que devem ser motivados. Os torcedores dos esportes a terem lugar nas Olimpíadas. Aqueles que pagarão caros ingressos e poderão, quem sabe, até levar os filhos. São estes que poderão, se impulsionados pelas fi-guras dos mascotes, vir a comprar os mesmos. As crianças são presenteadas e não adquirentes.

Em desfile defronte o Maracanã alguns países desfi-laram seus mascotes durante as Olimpíadas que cada um organizou. E a maioria buscou inspiração em sua fauna ou tradições. O Brasil tem figuras bastante divulgadas que atenderiam muito bem o objetivo pretendido pelo pre-sidente Carlos Nuzman, poupando a todos de sua dese-legante defesa dos bonecos marcianos. Monteiro Lobato em sua extensa e valiosa obra oferece inúmeras opções. No Sítio do Pica Pau Amarelo, o sr. Nuzman encontraria inúmeras opções, sem precisar dispender nem um tostão com essa malfadada criação.

Mas é na cabeça do povo que está a melhor criação de um mascote para as Olimpíadas, o tatu-bola. De todos co-nhecido. Adultos e crianças. Por que razão não foi adotada essa tão simpática figura? E o papagaio, tão conhecido por todos, por que não adotá-lo?

Como o Brasil se vê estupefato diante desse assalto à Petrobras, soluções adotadas por decisões de um pequeno grupo, distantes do princípio da relação custo/benefício, nos trazem sempre preocupações.

A comprovar o desinteresse da população adul-ta com relação à escolha do nome para os bonecos alienígenas, até o último domingo menos de 200 mil pessoas tinham sugerido algum nome. Convenhamos que numa população de 200 milhões ou, deixemos por menos, algo em torno de 20 milhões de torcedores es-palhados por todo o país, cada um amante de seu clube, 200 mil é quase nada.

Esperemos que a declaração destrambelhada do presidente do Comitê Olímpico do Brasil tenha sido fru-to desse triste e estupefaciente momento que vive todo o país, à exceção dos políticos e empresários envolvidos até o pescoço nessa grossa bandalheira cometida con-tra a Petrobras.

Hermógenes Ladeira, empresário

Mas é na cabeça do povo, que está a melhor criação de um mascote para as Olimpíadas, o tatu-bola. De todos conhecidos. Adultos e crianças. Por que razão não foi adotada essa tão simpática figura

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Hermógenes Ladeira

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