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www.revistaviverbrasil.com.br M ENTREVISTA MÁRIO CAMPOS, PRESIDENTE DO SIAMIG: ESTADO SEM BENEFÍCIOS FISCAIS PARA A INDÚSTRIA ARTIGO PCO BUROCRACIA NÃO IMPEDE CORRUPÇÃO para você! Seguir em comemora oitavo aniversário com histórias de buscaram novos caminhos frente ISSN 1984-0535 9 771984 053009 7 8 1 0 0

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ENTREVISTA MÁRIO CAMPOS, PRESIDENTE DO SIAMIG:ESTADO SEM BENEFÍCIOS FISCAIS PARA A INDÚSTRIA

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Há 8 anos, o Grupo VB oferece entretenimento e conhecimento aos leitores. São várias publicações impressas e digitais: Viver Brasil, Viver Casa, Viver Fashion, Robb Report, Jornal Tudo BH, Blog do PCO e Portal TudoBH, além da nova plataforma de conteúdo, Nossa Conexão, dos eventos Conexão Empresarial e Car of the Year, e shows exclusivos para estreitar o relacionamento.

Viver Brasil, prazer em comunicar com você.

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Editorial Então, chegou a hora! Hora de

agradecer muito a cada um dos leito-res, aos milhares de seres humanos que vêm acompanhando e presti-giando nosso trabalho ao longo dos anos. Nada tem sentido sem avanço. Nenhum caminho prospera sem resul-tado. Nosso avanço é ser uma revista cada dia melhor, diversa, democrática e justa no que escrevemos e propomos. Uma publicação que, realmente, traga mais que notícias, leve conhecimento. Seja também leve na forma, gostosa de folhear e também de navegar. Que possa falar do mundo gay sem pré--conceito. E que ao mesmo tempo possa denunciar fatos e situações que atrasam e estragam a sociedade.

Em 8 anos de Viver Brasil, tivemos de tudo nas nossas capas: a primeira mostrava o prefeito Marcio Lacerda, recém-eleito; tivemos exemplares re-colhidos pela Justiça pelas denúncias sobre o ex-prefeito de Nova Lima Car-los Rodrigues; casais homossexuais fa-laram sobre as mudanças de compor-tamento, em claro respeito às opções.

Essa é a essência da Viver Brasil: ser plural, livre e comprometida com o melhor para BH, Minas e o país. Milhares de anunciantes acreditaram

e acreditam na VB Comu-nicação, transformando nosso trabalho em ser-viço para a população e

resultado para os anunciantes. Com a Rota VB e com os parceiros

Drogaria Araujo, Super Nosso e Esta-par, conseguimos mudar a forma de distribuição e chegar a milhares de no-vos leitores. Leitores pra gente, clientes para os anunciantes. Sou 8. Desde que nasci, dia 26, o número com que mais me identifico é o 8. E justamente nesse ano duro, de provações e sacrifícios, Deus nos brinda com a chegada nessa data. Muito obrigado! Muito obrigado ao meu pai, parceiro e chefe, pela con-fiança, ensinamentos e duras quando necessário. Além de sócio e amigo, ele é meu pai e serei filho dele por quantas vidas Deus deixar. Nesta, em especial, entrego meu amor, disposição para os enfrentamentos e muita vontade de seguir em frente. Ao PCO, os 8 e os próximos 80, as vitórias e os sacrifícios. São mais de 50 anos trabalhando todos os dias em prol de Minas e do Brasil. No último dia 9, completou seus 71 anos como a minha maior e melhor refe-rência e um dos caras que realmente movimentam o processo.

Nas próximas páginas, nossos 8 anos são dedicados a você, leitor, nossa razão. A todos os colaboradores da VB, acreditem: mesmo em um ce-nário turbulento como o que estamos, seguiremos com fé e entrega ao que fazemos. Hoje e sempre. Até a próxima edição! Abraços.

VIVER Novembro 25 - 2016

Viver Brasil é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: rua Joaquim Floriano, 397 - 2º andar - Itaim Bibi CEP: 04534-011 – Tel.: (11) 2127-0000/ 3198-3695

Minas Gerais: rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

Tiragem quinzenal 50.000 exemplares

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora executiva Eliana Paula

Editora-geral Maria Eugênia Lages

Redação Eliane Hardy, Fernando Torres, Lucas Rocha e Miriam Gomes Chalfi n

Repórteres colaboradores Flávio Penna e Sueli Cotta

Estagiários Alex Vilaça e Renata Rocha

Articulistas Hermógenes Ladeira, José Martins de Godoy, Luis Cláudio Chaves, Olavo Machado, Matheus Cotta, Paulo Paiva e Wagner Gomes

Correspondentes internacionais(Paris) Igor Tameirão (Nova Iorque) Angelina Freitas

Revisão Maria Ignez Villela

Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano Cabral

Fotografi a Agência i7

Gerente fi nanceira Marcela Galan

Analista comercial Sumaya Mayrink

Departamento comercial (MG) (31) 3503-8888Angélica Maciel de Figueiredo, Márcia Perígolo e Nathália [email protected]

Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A.

[email protected]

Gustavo Cesar Oliveira, diretor

gustavocesaroliveira gco_brasil

VIVER Entre....

28 Conexão Empresarial34 Entrevista38 Serviço40 Especial aniversário46 Política54 Viver Minas62 Voluntariado64 Novembro Azul72 Eventos

= COLUNAS24 Coluna do PCO26 Entre Aspas56 Por Minas58 Semi & Novos60 Cantinho do Chef66 Viver Melhor68 Zoom= ARTICULISTAS32 Paulo Cesar de Oliveira52 José Martins de Godoy82 Hermógenes Ladeira

Nº 187 - 25 de novembro de 2016 Capa Arte: Paulo Werner/Foto: Fotolia

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Obrigado a você

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Fale Conosco

Doutor em gestãoMuito interessante e oportuna a matéria sobre a palestra do médico Mario Vrandecic, que não é apenas especializado em saúde, mas também em gestão hospitalar. Concordo totalmente com ele, quando fala que o gestor precisa olhar a empresa de cima, de forma global. Por isso mesmo o Biocor é um hospital sustentável e que se destaca no Brasil. Parabéns, doutor Mario, pela competência e dedicação!

OTÁVIO DE BARROS SOUTO

Memórias inventadasAmei encontrar a revista Viver Fashion dentro da Viver Brasil. Foi uma ótima surpresa! Fiquei encantada com o editorial de moda, tão bem produzido, com fotos lindas! Parabéns à equipe. Já estou contando os dias para receber a próxima edição.

ROSILENE LOPES ALVIM

Debaixo dos caracóisMuito bacana a matéria do repórter Lucas Rocha, com as terapias capilares. Os cabelos são, sem dúvida, o queridinho das

mulheres e nada como um bom tratamento para deixá-los bonitos e saudáveis. Adorei as dicas!

FERNANDA MARIA DE SOUZA PINHO

O desaforo do privilégioLi o artigo, gostei muito: rico, oportuno, antídoto à nossa amnésia de cidadãos, clamor lúcido contra os privilégios descabidos e a absurda inércia que perpetua a impunidade das classes dominantes do nosso país, onde 95% dos homicídios têm a apuração da autoria e a punição dos algozes sepultada

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NOVEMBRO AZUL CAMPANHA DESTACA IMPORTÂNCIA DE MANTER CUIDADO COM A SAÚDE O ANO TODO

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VIVER FASHION AS TENDÊNCIAS REVELADAS NO MINAS TREND E AS PEÇAS QUE NÃO PODEM FALTAR NO GUARDA-ROUPA DE VERÃO

Comentários sobre o conteúdo editorial da Viver Brasil, sugestões e críticas a matérias. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço. Além do nome do autor, o e-mail também poderá ser publicado. Por razões de espaço ou clareza, os textos poderão ser publicados resumidamente

Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34000-000

E-mail: [email protected]

para sempre junto aos cadáveres. Faço minhas as suas palavras. Parabéns!

TÚLIO GALIZZI

Parabéns por mais um excelente artigo. Este país tem conserto, sim! Vamos torcer para que seja logo, para que possamos usufruir do grande país que o Brasil será um dia, com certeza! Para isso, precisamos de políticos responsáveis, que possam corrigir a sua trajetória, entre outras coisas, por meio da eliminação desses “privilégios”,

implementação de leis contra a corrupção, redução de impostos que sufocam o povo e os investidores, correção do Custo Brasil, que hoje não permite que o país seja competitivo no mercado mundial. Um forte abraço.

ARTUR RAMOS

Saúde integralMuito importante a matéria sobre a conscientização de os homens cuidarem da saúde. É comum eles deixarem a ida ao médico só quando sentem algum desconforto, mas é

fundamental que se preocupem com a prevenção, assim como nós, mulheres. Fiquei encantada com a horta que o professor João Batista e a esposa fizeram no quintal de casa. O cuidado com a saúde começa dentro do lar!

SABRINA SANTOS FONSECA SOUZA

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O DUPLO HUMANO: A luta do bem e do mal dentro de nós. Esse é o tema do quarto romance do jornalista Maurício Lara, O porco, que será lançado no dia 24 de novembro, a partir das 18h30, na Casa do Jornalista. Informações: (31) 3378-0877

SHAKESPEARE CONTEMPORÂNEO: Espe-táculo dirigido por Pedro Paulo Cava, com textos escolhidos por Jota Dangelo, A pai-xão segundo Shakespeare fi ca em cartaz

até 18 de dezembro, no Teatro da Cida-de. A montagem faz uma releitura mais contemporânea de textos como Hamlet, Othelo e Romeu e Julieta. Ingressos: R$25 e R$50. Informações: (31) 3273-1050

OITO ESTAÇÕES: No dia 3 de dezembro, às 16h30, a Orquestra de Ouro Preto apre-senta, na Sala Minas Gerais, as Estações portenhas de Piazzola e as Quatro esta-ções do italiano Vivaldi. Ingressos: R$10 a R$ 80. Informações: (31) 4003-1212

PASSEIO CULTURAL

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ACESSADAS

1. 10 lugares para comer doce em BH

2. Amor que não se mede

3. O desaforo do privilégio

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Millenium Park, em ChicagoENVIADA POR:

RICARDO CASTRO

É a sua vez de mostrar que tem faro jornalístico. Fo to grafou uma cena inusitada? Saiba como participar em nosso site www.revistaviverbrasil.com.br

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Boca do FornoCLÁSSICO MINEIRO

O presidente Michel Temer perdeu uma boa ocasião para fi car calado. Ao avaliar que uma eventual prisão do ex-presidente Lula causa-ria instabilidade ao governo e ao país, deu a entender que não tem vocação para estadista. Tentando corrigir a gafe, disse que não há o que

questionar se a detenção vier depois de uma condenação. De quebra transfere a res-ponsabilidade para o Congresso, esquecendo-se de seu poder de veto. Francamente...

VIVER Novembro 25 - 201624

Notícia falsa como tática de campanha

A famosa frase do ex-premiê britânico Winston Churchill “uma mentira dá meia-volta ao mundo antes mesmo de a verdade ter chance de vestir as calças” é o argumento usado por marqueteiros e especialistas em mídia eletrônica para encher a internet com notícias falsas e promete ser o principal arsenal para as próximas eleições. A tática foi usada pelos candidatos nas eleições municipais e também na campanha nos Estados Unidos. Lá existem publicações especializadas em plantar notícias falsas. A ideia é a de lançar a dúvida e deixar para o alvo da notícia sair da enrascada.

Projeções para a economia brasileira

O que os empresários temiam está se concretizando: a economia tem difi culdade de sair da crise. Para muitos setores, 2016 foi um ano perdido e as agências nacionais e internacionais estão prevendo um crescimento no Brasil só no fi nal de 2017. O economista chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, projeta uma queda de 3,3% no PIB neste ano. Já para 2017, por enquanto, a previsão é de estabilidade.

Decepcionante

POR PAULO CESAR DE OLIVEIRA

O atual presidente da Câmara dos Deputados, o carioca Rodrigo Maia (DEM), vai ter que suar a camisa e comprar muitos votos para conseguir a sua reeleição, apesar de ter o apoio do presi-dente Michel Temer. Um parecer da chefi a jurí-dica da mesa da Câmara mostra que, do ponto de vista legal, Rodrigo Maia – que tem um man-dato tampão – não poderá ser candidato em fevereiro. No entanto, Maia fará de tudo para ter mais um mandato na presidência da Câmara dos Deputados.

Rodrigo Maia briga pela reeleição

Dobrar a meta

Luís Macedo/Câmara dos Deputados

A prisão dos ex-governadores do Rio Antony Garotinho e Sérgio Cabral está dei-xando muitos políticos apavorados com os próximos desdobramentos da Operação Lava Jato e com as operações paralelas. Alguns presentes caros estão sendo devol-vidos, mas nenhum chega ao nível do anel que a ex-primeira-dama do Rio Adriana Anselmo recebeu do empreiteiro Fernando Cavendish, no valor de 800 mil reais. O temor é o de que, com a proximidade do Natal, os envolvidos nas investigações fi -quem empolgados e queiram dobrar a meta de prisões para este ano.

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABrMarcelo Camargo/ABr

Energia limpaA Cemig está em 24º lugar no ranking Top 100 Green Uti-lities da consultoria americana Energy Intelligence, que reúne as 100 empresas do setor energético mundial com menores taxas de emissão de gases de efeito estufa. Pelo levantamento, 98% da capacidade de geração da Cemig correspondem a fontes de energia limpa. O presidente da estatal mineira, Mauro Borges, comemora o resultado e a

capacidade do corpo técnico da Cemig em atuar de forma sustentável.

Com expectativa de abrir mais 40 unidades no próximo ano e prestes a inaugurar um novo e moderno Centro de Distribuição na Região Metropolitana de Belo Ho-rizonte, a Drogaria Araujo é a mais nova parceira da CH Tecnologia. Com 16 anos de mercado e atuação nacional, a empresa de tecnologia ficará responsável por todos os pontos eletrônicos das lojas, controle de acesso e equipe do Centro de Distribuição e da Matriz. “A Drogaria Araujo é um cliente de peso e muito renomado para o nosso portfólio, que agrega tanto valor à nossa marca, quanto uma ex-periência riquíssima à nossa equipe. Estamos muito felizes com esta importante conquista institucional”, destaca Hudson Carvalho, CEO da CH Tecnologia.

O presidente da Fiemg, Olavo Machado, está disposto a trabalhar em parceria com o prefeito eleito Alexandre Kalil, em projetos que qualifiquem a economia da cidade, em termos de inovação, de-senvolvimento de tecnologia e agregação de valor aos produtos gerados. São vários os projetos desenvolvidos pela entidade em-presarial em parceria com a CNI, Senai, Sesi, Sebrae, Codemig, Indi, Fapemig e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvi-mento Econômico. A ideia é a de transformar Belo Horizonte na capital do conhecimento, da tecnologia e da inovação.

A tecnologia já tem sido a melhor amiga de inúmeros se-tores que movimentam a economia do nosso país e isso não é diferente com as construtoras e o mercado imobili-ário. Desde o planejamento, entrega da obra e até mesmo na administração do condomínio, os softwares ajudam a economizar tempo e dinheiro, muitas vezes os grandes vilões do setor. A construtora aderiu aos óculos de reali-dade virtual e já investe na novidade para seus estandes de vendas. “Começamos a utilizar essa tecnologia em 2015, para apresentar um de nossos empreendimentos, e o resultado foi surpreendente! Levamos na pasta o apartamento decorado para apresentação ao cliente”, conta Daniel Katz, presidente da Katz Construções.

VIVER Novembro 25 - 2016 25

Capital do conhecimento

Tecnologia na Katz

Sinais de alerta Onde tem fumaça tem

fogo. O governo começa a pôr suas barbas de molho, temendo que uma onda de protestos se espalhe pelo Brasil. Tensão no Rio, tensão em Brasília, Congresso querendo se proteger com medidas corporativas, de fato, constituem ingredientes de alta combustão.

Guerra é guerra O presidente do Senado,

Renan Calheiros, ao classificar como “tolice” a reação de associações de magistrados diante da criação de uma comissão para tentar barrar supersalários nos Três Poderes, mexeu em casa de maribondo. Em nota, a Associação dos Juízes Federais pediu que a “investigação dos supersalários não se restrinja ao Judiciário” e, ironizando, destacou ser incompatível que “o administrador do serviço de xerox da Câmara dos Deputados receba vencimento igual a um ministro do Superior Tribunal de Justiça”. Chumbo trocado não dói.

Baby Beef na Raja Belo Horizonte vai ganhar

a segunda casa do Baby Beef, a partir de março, na avenida Raja Gabaglia em imóvel ao lado da Band. O Baby Beef foi inaugurado há mais de 10 anos ao lado do Minas Shopping, na Cristiano Machado. E dizem que serão mantidos os mesmos preços da unidade da Cristiano Machado.

CH Tecnologia na Araujo

Colaboração: Ana Cortez, Eliane Hardy, Flávio Penna e Sueli Cotta

Foca Lisboa/BH-Tec

Tião Mourão

Fabiano Aguiar Gonçalves

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Entre Aspas

VIVER Novembro 25 - 2016

POR SUELI COTTA | [email protected] Sem um nome capaz de empolgar o eleitorado mineiro, o PMDB come-ça, ainda timidamente, a discutir a participação do partido nas eleições para o governo de Minas em 2018. Por enquanto, a alternativa é a repetição da aliança com o PT, caso Fernando Pimentel resolva disputar a reeleição. No entanto, o vice Antônio Andrade, que se impôs na eleição passada, vai perdendo espaço no partido e deverá ser substituído.

PMDB BUSCACAMINHO

“Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem.”

Nelson RodriguesAPERTO FINANCEIRO

A dificuldade que os governado-res estão enfrentando para quitar as folhas de pagamento e o 13º é só um dos problemas reflexos da crise econômica brasileira, que parece não ter fim. Os contorcionismos fiscais e negociações com o governo federal para engordar os cofres nos estados não compensam as perdas nas re-ceitas. Em Minas, o governo ainda enfrenta um problema a mais, com a suspensão das atividades da Samarco em razão do acidente em Mariana, que foi um duro golpe não só para o meio ambiente, mas também para a arrecadação.

O cientista político Mark Lilla analisa o cenário nos Estados Unidos que levou Donald Trump a vencer as eleições nos EUA, situação que lembra o comportamento do eleitor brasileiro nas eleições municipais. A primeira pergunta que ele faz é o que essas pessoas estão pensando. O questionamento o levou a duas inter-pretações sobre o fenômeno Trump e o populismo em geral. Para Lilla, essas pessoas que se sentem atraídas por figuras populistas enxergam sua situação claramente e estão reagin-do à nova realidade em suas vidas: a reação seria a tentativa de achar uma forma de enfrentar a realidade que enfrentam. Há uma sensação

global, segundo ele, de que o presente não faz sentido e é insuportável. As pessoas também estão desligadas da política e não encontram mais um partido que as represente. Como se vê, o colapso político e partidário não é exclusividade do Brasil.

O POPULISMO LÁ E CÁ

Divulgação

Está pronto para entrar na pauta de votação no plenário do Senado o projeto que legaliza a exploração de jogos de azar no país. A proposta, que deve ser votada ainda neste ano, define quais jogos podem ou não ser explorados; os critérios para concessão de autorização; as regras para distribuição de prê-mios e arrecadação de tributos; infrações administrativas e crimes em decorrência da violação das regras. Ela se divide em três seções:

cassinos, bingos e jogo do bicho. A estimativa dos parlamentares é a de que a aprovação possa signifi-car a arrecadação de 29 bilhões de reais em tributos para o governo nos próximos três anos. Os que são contra a proposta acreditam que os jogos serão usados para lavagem de dinheiro. Na Câmara, tramita o Marco Regulatório dos Jogos, que trata da legalização de cassinos e caça-níqueis. A ideia é fundir os dois projetos mais adiante.

LEGALIZAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR

Arquivo pessoal

Mesmo os mais otimistas em rela-ção à melhoria na economia brasileira não esperam grandes alterações no primeiro semestre de 2017. O corte de 7,1 bilhões de reais no orçamento da União para os investimentos das es-tatais é o indicativo de que o governo está com o pé no freio e de que o ano que vem não será de muitas obras. Só o Ministério dos Transportes terá corte de 30% nos recursos para inves-timentos em infraestrutura. Se o go-verno autorizar a conclusão das obras paralisadas, já estará muito bom.

MENOS RECURSOS

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SUELI COTTA

O diretor da Prumo Logística, Fer-nando Schuffner, apresentou para empresários e autorida-

des mineiras o potencial do Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, durante o almoço-palestra no Conexão Empresarial, evento pro-movido pelo grupo VB Comunicação, no Espaço V, em Nova Lima. O por-to que, segundo ele, é a maior obra de infraestrutura do país, tem as mesmas características dos portos indústria da China, Índia e Japão e foi idealiza-

do pelo empresário Eike Batista para levar o minério de ferro ao mercado internacional. Sem condições de con-tinuar com o empreendimento, Eike deixou o projeto, que foi assumido pelo grupo norte-americano de óleo e gás UGR e é administrado pela Prumo Logística. Schuffner traduz o espaço como uma ferramenta para otimizar a logística das empresas, com eficiên-cia e rapidez, com sua estrutura sendo adequada de acordo com as necessi-dades de cada setor produtivo.

Tião Mourão

Diretor da Prumo Logística destaca potencial do Porto do Açu, construído para atender as necessidades de Minas

Porto para Minas

VIVER Novembro 25 - 2016

CON EXÃO E M PR ESAR IAL

FERNANDO SCHUFFNER:investimentos de 13 bilhões naimplantação

GRANDE EMPREENDIMENTO

CONFIANDO NA ECONOMIA

O Porto do Açu é atualmen-te um dos maiores empreen-dimentos logísticos do país. Localizado em uma área de 90 km2, ao norte do estado do Rio de Janeiro, próximo às cidades de Campos dos Goytacazes e de São João da Barra. A sua es-trutura inclui 17 km de cais e até 23m de profundidade, com capacidade para receber até 47 embarcações simultaneamen-te, incluindo navios de grande porte. O acesso ao porto é fei-to pela BR-101 e a expectativa é a de recuperar a malha fer-roviária até Vitória, no Espírito Santo, como mais uma alterna-tiva de acesso ao porto. Segun-do Fernando Schyffner, Açu foi pensado dentro dos mais modernos conceitos de porto--indústria, com a previsão de instalação de um Distrito In-dustrial e uma retroárea para armazenamento e movimenta-ção de carga.

Os investimentos na infra-estrutura do porto chegam a 13 bilhões de reais para uma área ocupada de 3%. Pelo menos seis mil pessoas trabalham no local e a expectativa, de acor-do com Fernando Schuffner, é a de chegar a 100 mil trabalha-dores, quando o Porto de Açu ti-ver com 70% da área ocupada. Todo esse investimento foi

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PARQUE AVENIDA: A Incorporação Imobiliária encontra-se registrada sob o nº R9 - matrícula 126601, no 1º Ofício de Registro de Imóveis de Belo Horizonte/MG. O projeto encontra-se aprovado na Prefeitura de Belo Horizonte sob o número do alvará 2012/25.166. Incorporadora: Thuban Empreendimento Imobiliário Ltda.

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ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO

A estrutura oferecida vai per-mitir que empresas estrangeiras possam escoar suas mercadorias para países da América Latina. Esse o interesse demonstrado por empresas japonesas, que procu-raram informações do governo brasileiro sobre o local. Uma das características de Açu é justa-mente a de oferecer a mesma in-fraestrutura portuária dos portos indústria da China, Japão e Índia. Empresas estrangeiras já entra-ram em contato com o governo brasileiro pedindo informações sobre o andamento do processo da ZPE em Porto do Açu. Os di-retores da Prumo estão levando informações sobre a estrutura do porto para empresários da Índia, Alemanha, China, Coreia e ou-tros países.

Na apresentação do Porto do Açu para os empresários mi-neiros, Fernando Schuffner lem-brou das palavras do presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr, que se refere ao Açu como o porto de Minas Gerais. A ideia é a de ade-quar a estrutura do local às neces-sidades das indústrias mineiras de minério de ferro, para escoar a sua produção de grãos e para im-portação de insumos. Uma das vantagens em relação aos portos públicos é o de que Açu é total-mente administrado pela inicia-tiva privada. Isso significa que a prestação de serviços é melhor, porque os empregados são con-tratados pela sua capacidade e não por imposição dos sindica-tos, como acontece em Santos, por exemplo.

A estrutura gigantesca entrou em operação em 2014 com o T1, que é um terminal offshore. Passaram por ali mais de 100 navios de miné-rio de ferro para a Anglo American (que opera em Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais) com o transporte de mais de 13 milhões de toneladas do produto. A Prumo e a Anglo American possuem uma joint

venture, chamada Ferroport, que é formada 50% por cada companhia. No T1, também está localizado o Terminal de Petróleo (T-OIL), que possui capacidade para movimen-tar 1,2 milhão de barris de petróleo por dia. O T2, também em opera-ção, é um terminal no entorno de um canal para navegação com 6,5 km de extensão.

A expectativa de Fernando Schuffner é a de conseguir nos primeiros meses de 2017 a auto-rização do governo federal para a criação de uma Zona de Proces-samento de Exportação (ZPE) no Porto do Açu. As ZPEs são desti-nadas à instalação de empresas

voltadas para o comércio exporta-dores, com tratamento tributário diferenciado, cambial e adminis-trativo específicos. Além disso, para a aquisição de bens e servi-ços no mercado interno, há sus-pensão da cobrança do IPI, Cofins e PIS/Pasep. Nas exportações,

também são suspensos o AFRMM (Adicional de Frete para Reno-vação da Marinha Mercante) e o Imposto de Importação. Mas as empresas instaladas no local têm que destinar 80% da produção à exportação para ter acesso a esses benefícios fiscais.

pensado contando com a recu-peração da economia brasilei-ra. Quando a situação melhorar, Schuffner acredita que as empre-sas terão uma estrutura adequada para exportar seus produtos e isso deve acontecer em pouco tempo. As projeções da Prumo são para que daqui há três anos a indús-tria de óleo e gás estará pungente, como outros setores da economia. E, nesse caso, quem estiver pre-parado sairá na frente e por isso Schuffner entende que a indús-tria mineira precisa pensar em se preparar e se planejar para “surfar nesta onda”. Para ele, um indica-tivo do potencial do Porto de Açu está no crescimento da receita. De 2015 a 2016 o aumento foi de 35%. De 2016 para 2017 os números de-vem chegar a 47% de crescimento e de 2017 a 2018 em 60%.

O Conexão Empresarial é um almoço-palestra promovido pela VB Comunicação. Apoiadores: Anglo American, Amil, Banco Mercantil do Brasil, CH Tecnologia, Clube de Permuta, Pad, Valspe, Banco UBS, NetService, Cemig/Governo de Minas GeraisMedia partners: Rádio Itatiaia, Band, JChebly, jornais de Brasília, da Cidade, Diário do Comércio e O TempoMobiliário: Morieli FestasDecoração: Verde MusgoÁudio e vídeo: GravasomAlmoço: Club do Chef

30 VIVER Novembro 25 - 2016

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VIVER Novembro 25 - 2016

O engano da burocraciaPaulo Cesar de Oliveira

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O mundo se espantou e nós aqui ficamos “baban-do” de inveja da eficiência da prefeitura de Fukuoka, no Japão, que, em menos de uma semana, devolveu ao trânsito duas avenidas movimentadas da cidade obstru-ídas por uma enorme cratera que surgiu do nada. Antes mesmo de identificar os motivos do surgimento do grande buraco, a prefeitura cuidou de recuperar a área, entregue rapidamente em melhores condições do que se encontrava anteriormente, garantiram os técnicos. O fato, mostrado com destaque pela imprensa de todo o mundo e pelas redes sociais, deixou exposta a incom-petência de nossos governantes e o quanto a burocracia do estado é prejudicial ao povo. Fosse entre nós e uma semana não seria tempo suficiente nem mesmo para a contratação, pelo regime de tomada de preços, para levantar as causas do fenômeno. Só depois deste levan-tamento é que se abriria concorrência para o projeto e depois realização da obra. Num prazo que nunca é infe-rior a 90 dias, isto se uma das empreiteiras – sempre elas – derrotada no processo não recorrer ao Judiciário ale-gando erro na licitação. Aí todos sabemos que qualquer assunto, quando chega ao Judiciário, cai num buraco ainda mais profundo do que as crateras que surgem do nada e fica meses à espera de uma definição. E a socie-dade penando com a ineficiência do estado.

Podem até alegar os de boa-fé que os cuidados que aqui temos, com licitações, projetos, perícias, são imprescindíveis para se evitar fraudes, com prejuízos para os cofres públicos. Ledo engano. Toda essa buro-cracia, dispendiosa para o estado, é herança de nossos colonizadores e serve apenas para vender facilidades diante de uma suposta barreira de dificuldades. Quem conhece minimamente de licitações públicas sabe per-feitamente que elas são facilmente manipuláveis para

atender interesses inconfessáveis. Com a vantagem de dar aparência de legalidade aos atos. O que impede a corrupção, bem ao contrário do que acreditam os ingê-nuos e apregoam os espertos, não é a burocracia, o falso zelo com a coisa pública. O estado, na verdade, perde parte de sua eficiência – talvez uma parte menor, pois as maiores perdas são por incompetência – com a sua burocracia, supostamente uma forma de protegê-lo.

Toda esta regulamentação que trava decisões poderia ser dispensada se tivéssemos uma legislação rígida, que punisse com rigor e rapidez os corruptos. Ou alguém imagina que no Japão ou nos outros países mais desenvolvidos e mais sérios não existe corrupção? Existe, em menor volume apenas porque há neles puni-ções pesadas. Só por isso são menos corruptos. Afinal, o homem é o homem em qualquer parte do mundo. E corrupção é inerente ao homem. Ou não? Há quem du-vide que a burocracia é a porta aberta para a corrupção, sugiro uma rápida olhada nas ações contra corrupção desencadeadas pelas diversas operações em andamen-to pelo país – a mais simbólica delas a Lava Jato. Repa-rem que todos os envolvidos fraudaram licitações. Não deixaram de realizá-las, ao contrário, fizeram com todo o zelo, abusando, naturalmente, dos artigos ocultos de todas as leis, que, segundo auditores, é exatamente aquele que ensina como burlar o que está escrito nas normas. Aliás, é voz corrente que toda lei, ao ser sancio-nada, traz consigo o manual de como fraudá-la. E neste ponto, registre-se, a burocracia estatal é especialista.

Num momento em que tanto se fala em reformas – política, previdenciária, trabalhista etc –, bem que poderíamos cuidar de, sem burocracia, reformar nossa administração pública. Retirar os entraves legais para torná-la mais ágil, mais moderna e mais barata. Quanto mais simples, mais transparente, mais fácil de fiscalizar. Resumindo, vamos acabar com as dificuldades para acabar com o comércio da facilidade. Sem nos esque-cermos de tornar mais rígidas as punições e mais ágeis a fiscalização e os processos punitivos. Vocês verão que em pouco tempo acabaremos com as crateras orçamen-tárias . E com as morais também.

Paulo Cesar de Oliveira, jornalista

Toda esta regulamentação poderia ser dispensada se tivéssemos uma legislação rígida, que punisse com rigor os corruptos

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VIVER Novembro 25 - 2016

Desde a redução da alíquota de ICMS do etanol, de 19% para 14%, o setor se tornou mais competitivo em Minas Gerais e teve um crescimento significativo no consumo. Minas tem a segunda maior frota de carros do país, perdendo apenas para São Paulo, que também é o maior consumidor do etanol. O governo paulista adotou a alíquota de 12% em 2004 e, só dez anos depois, os empresários

mineiros conseguiram convencer o governo a fazer o mesmo. Mas um projeto que tramita na Assembleia Legislativa, também de autoria do Executivo, ameaça esse crescimento, segundo o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Mário Campos. A proposta pretende passar a cobrança do imposto de 14% para 20%. Um golpe para os empresários que passaram a investir no estado. A boa notícia é que o açúcar está valorizado no mercado internacional, após um período de queda, e está ajudando o setor a se recompor.

Vários segmentos tinham expectativa de melhora com

a mudança de governo. Para o setor sucroenergético, houve

alguma alteração?Nosso segmento tem uma forte

ligação com a área externa. Nós somos o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. Nós tivemos, entre 2010 e 2015, um período ruim para o açúcar, somado a uma intervenção muito grande do governo federal no setor de etanol, ao começar a regular o preço do nosso concorrente, que é a gasolina. O governo manteve o preço estável por praticamente cinco anos e isso prejudicou muito o setor, que não conseguia repassar para frente as elevações do custo. Nós chegamos, em 2015, com uma dívida muito alta. Devíamos o equivalente a 110% do nosso faturamento. É como se já começássemos o ano devendo o faturamento daquele ano mais uma parte da safra seguinte. Em setembro de 2015, ocorreu uma inversão no mercado internacional do açúcar e houve um déficit entre a produção e o consumo. Quando isso ocorre, o preço altera. Com a saída do governo anterior e a entrada do governo Temer, houve uma grande desvalorização do real. O aumento do preço do açúcar no mercado internacional, aliado à desvalorização do real, tornou o açúcar brasileiro, em reais por tonelada, muito competitivo. Isso está fazendo com que o setor se recupere, em termos de endividamento. Somado a esse movimento, nós tivemos, no fim de 2014 e início de 2015, uma inflexão nessa política de intervenção do governo em relação ao combustível. Houve uma recomposição de

Avanço ameaçado

Entrevista Mário CamposPresidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais analisa o mercado; projeto de lei que pretende aumentar o ICMS do etanol de 14% para 20% é um golpe para quem investiu no setor

SUELI COTTA

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impostos e um reajuste no final de 2014. Essa situação ajudou a dar mais competitividade ao etanol no mercado, com o consequente aumento da procura do produto. Isso em nível federal e no estado?Especificamente em Minas Gerais, nós tivemos, nesse período, a maior transformação do mercado de combustíveis e um dos cases de maior sucesso no Brasil, que foi copiado em vários outros estados. Ao final de 2014, o governo alterou as alíquotas de ICMS de combustíveis. O etanol tinha uma alíquota de 19% e foi reduzido para 14%. A gasolina tinha ICMS de 27% e passou para 29%. Isso criou o maior diferencial de alíquotas de ICMS de combustíveis, que foi para 15 pontos percentuais. A alteração foi acordada com o novo governo?A aprovação foi no final do governo de Alberto Pinto Coelho, mas, como a aprovação foi em novembro, houve o acordo do governo Pimentel. A redução do ICMS diminuiu a relação de preço entre o etanol e a gasolina na bomba. Isso elevou o consumo do álcool em Minas Gerais. Nós tínhamos uma produção elevada e, por não ter mercado em Minas, ela estava sendo destinada a outros, principalmente São Paulo. Minas, que tem a segunda maior frota de veículos do país, está em quinto lugar no consumo de etanol. Era muito complicado até discutir ações em prol do setor com outros estados porque não estávamos fazendo o dever de casa. Minas produzia, mas não tinha consumo. Nós temos uma refinaria, que foi construída na década de 1960, que atende apenas 60% do mercado mineiro de gasolina, lembrando que

Minas não tem petróleo. Por outro lado, estávamos produzindo o etanol, que estava sendo consumido em outros estados, e ao mesmo tempo estávamos importando gasolina. Com esse cenário, conseguimos mostrar para os agentes públicos a importância da redução do ICMS do etanol para que ele pudesse ser consumido internamente. E nós conseguimos. Com a mudança na alíquota, no ano passado, tivemos um aumento de 138% na demanda do etanol hidratado em Minas Gerais. Essa medida do governo serviu como efeito pedagógico para vários estados. O governo reduziu o preço da gasolina e a alegação nos postos foi a de que o etanol é que impediu que essa redução chegasse ao consumidor. O preço do álcool ainda não compensa?Tanto nós quanto a parte de produção da Petrobras fazemos o produto e somos obrigados, por uma legislação da ANP (Agência Nacional de Petróleo), a vender para os revendedores de combustíveis, que repassam aos postos revendedores. Ou seja, o produtor não tem acesso à ponta. Uma redução ou elevação de preço do etanol, ou elevação de alíquota, um benefício fiscal só vai chegar até o consumidor se o distribuidor ou os postos promoverem esse repasse. Quando analisamos a alíquota de combustíveis, principalmente depois de um período tão longo de intervenção como tivemos, não podemos mudar a política de um ano para o outro. O investimento no setor não é de curto prazo. Temos que aumentar a capacidade da indústria, plantar mais cana, tornar as áreas de produção já existentes mais produtivas. São várias ações e esse investimento não é feito da noite para o dia.

Entrevista

Mário Campos

“Minas, que tem a segunda maior

frota de veículos do país, está em quinto

lugar no consumo de etanol. Não

estávamos fazendo o dever de casa”

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Quando olhamos esse projeto de lei que está tramitando na Assembleia, que em pouco mais de um ano vai ter nova modificação, isso mexe com as expectativas dos investidores. Qual a mudança o governo pretende fazer?O projeto de lei altera a alíquota do álcool hidratado de 14% para 20% e há um dispositivo que diz que a alíquota pode vir a ser de 16%. O que nós queremos demonstrar ao governo é que, no caso da produção de etanol, que é a cana de açúcar, você faz o investimento hoje pensando, no mínimo, em médio prazo porque o ciclo da cana dura entre cinco e seis anos. Ter essa possibilidade de variação no mercado é muito ruim e, dificilmente, um empresário vai tomar uma decisão de investimento no estado com base nessa possível alteração em tão pouco espaço de tempo. São Paulo reduziu a alíquota de ICMS para 12% em 2004. Em Minas Gerais, a redução veio dez anos depois. Essa alteração em um período tão curto em relação à modificação, que foi tão importante para o setor, beneficiou também o consumidor. Ele tem a possibilidade de colocar em seu carro um produto limpo e renovável e com preço competitivo. Estamos em mais de 120 municípios mineiros e geramos 62 mil empregos diretos. O setor fatura, no estado, 9 bilhões de reais ao ano e boa parte do recurso fica na região. As indústrias são indutoras de crescimento. O projeto aumenta inclusive em relação ao que já era antes da redução?A alíquota de ICMS era de 19% e vai passar para 20%. Nós temos um estado que, ao contrário de outros, não tem benefícios fiscais para as indústrias. Defendemos a redução da alíquota no passado porque acreditamos que precisamos de mercado. Para isso, precisamos ser competitivos e ter alíquotas baixas de ICMS dos combustíveis. O fato é que não temos benefício fiscal, mas temos mercado. O ano passado demonstrou que podemos aumentar esse mercado. Temos que

observar que, por mais que tenhamos tido um aumento de consumo no ano passado, o máximo que conseguimos alcançar foi 30% do consumo de ciclo Otto, que é a soma de gasolina e etanol, ou seja, menos de um terço do consumo de combustíveis em Minas Gerais, que foi entre setembro e outubro. Hoje estamos com níveis em torno de 22%. É muito importante a manutenção desse diferencial entre as alíquotas de combustível para termos um álcool competitivo para o consumidor. Como o setor passou por um período grande de intervenção, estávamos nos organizando para aumentar a produção, trazer novos produtores para Minas e reativar as unidades fechadas. Perdemos nove unidades de usinas nos últimos anos e havia o interesse na reativação de algumas delas. Quando o investidor olha para isso, ele olha para as possibilidades que Minas Gerais tem. É sabido que, em Minas, e isso é uma reclamação de toda a classe empresarial, temos uma legislação ambiental mais restritiva. Temos uma área trabalhista que é mais complexa do que em outros estados e isso tem a ver com a cultura do mineiro, com Judiciário e fiscalização mais ativos. Como fi ca a situação do setor ?O setor vai crescer. Ele tem hoje como base um mercado demandante de açúcar, exportamos dois terços do que é produzido. A produção neste ano deve chegar a 37 milhões de toneladas. O etanol é mais para o mercado interno e deve gerar em torno de 28 bilhões de litros. Mas o vetor de açúcar para os próximos dois anos é importante para o crescimento. Isso pode trazer investimentos para o estado, como já está ocorrendo. Temos três novas fábricas de açúcar para entrar em operação ano que vem. Temos 35 fábricas, no total, em Minas Gerais. Quanto o setor gera na arrecadação de ICMS para o estado?Só com a produção de etanol, geramos 450 milhões de reais.

Entrevista

Mário Campos

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“O setor vai crescer. Ele tem hoje como base um mercado demandante de açúcar, exportamos dois terços do que é produzido”

VIVER Novembro 25 - 2016

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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MIRIAM GOMES CHALFIN

Imagine poder recarregar o cartão de bilhetagem eletrônica nos pon-tos finais da linha e no comércio. E

o melhor: sem fila. Pois essa facilida-de já está disponível para os usuários do transporte público metropolitano, por meio de equipamento portátil de transações eletrônicas. Outra novi-dade são os terminais de autoatendi-mento (ATM), em várias estações de transferência e alguns postos de ven-da do cartão Ótimo. Neles, o passa-geiro poderá comprar e recarregar o cartão, além de consultar o saldo.

“A ideia é facilitar a vida do pas-sageiro e aumentar sua segurança”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passagei-ros Metropolitano (Sintram)/Consór-cio Ótimo, Rubens Lessa, lembrando que o uso do cartão agiliza as viagens e o embarque e desembarque. Segun-do ele, é constante a preocupação em acompanhar o desenvolvimento da tecnologia. “Procuramos sempre tra-zer as novidades para o bem-estar dos usuários, melhorando o conforto e a segurança”, acrescenta.

Lessa afirma que, com relação à segurança, o Sintram conta também com o sistema de rastreamento com GPS. “Com ele, verificamos se o ve-ículo está cumprindo os horários e o itinerário. Também possibilita ter imagens, em tempo real, de estações e terminais, dando ainda mais se-gurança aos agentes de bordo e aos passageiros”, frisa. Além disso, é pos-sível monitorar a direção do motoris-ta, avaliando itens como controle de velocidade e de curvas e frenagens bruscas. “Já temos como resultado a

Tecnologia facilita a vida de passageiros do sistema de transporte público metropolitano

Pontos a favor

VIVER Novembro 25 - 2016

SE RVIÇO

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Pedro Vilela/Agência i7

Fotos: Sintram/Divulgação

RUBENS LESSA: novo sistema de recarga

de cartões aumenta a segurança

Frota total (municipal e metropolitana)

3.550 ônibusEmpresas associadas

35 Cartões Ótimo

2,7 milhões Passageiros transportados/mês

26 milhõesPostos de emprego

15 mil

VIVER Novembro 25 - 2016

redução do número de ocorrências e de acidentes. Os motoristas passaram a dirigir com mais prudência”, afirma.

Ainda na área de tecnologia, o sis-tema Sigom Vision faz o reconheci-mento facial biométrico do passageiro com direito à gratuidade. “A grande vantagem é que não onera o usuário pagante”, destaca Lessa. Mas o bene-fício vai além: o beneficiário é tratado como passageiro comum, podendo passar pela roleta e escolher o assento.

Mas os investimentos não ficam somente na tecnologia: o sindicato faz questão de aplicar recursos na qua-lificação profissional. Há dois meses, começou o curso de reciclagem Tran-sitando pelas Vias da Gentileza e In-clusão. A ideia é que os funcionários tratem melhor os usuários. Outro cur-so implantado este ano foi o de Ca-pacitação Básica do Agente do Move Metropolitano, com foco na resolução de conflitos e no diálogo.

Para melhorar a mobilidade, en-tretanto, é preciso muito mais: ação do poder público. “É fundamental priorizar o transporte coletivo, por meio de corredores ou faixas exclusi-vas. Foi feito menos do que deveria. O Move precisa ser estendido a mais corredores da região metropolitana, como a avenida Amazonas, e ser ex-pandido na Nossa Senhora do Carmo e outros”, exemplifica Lessa.

Com relação à crise brasileira, o presidente do Sintram comenta que houve queda significativa no núme-ro de pessoas transportadas. “Nossa atividade está diretamente ligada à economia. Tivemos média de 20% de redução nos últimos dois anos, tanto no faturamento quanto no número de passageiros”, calcula. Segundo Lessa, o mercado ainda não mostrou reação, mas a expectativa é de que a situação se estabilize em breve e que o cresci-mento seja retomado. Para se adequar ao momento, foi preciso cortar cus-tos, a partir da redução de viagens e da quilometragem rodada.

RAIO X

Foto

lia

CORREDOR DO MOVE: necessidade de expansão

VIVER Novembro 25 - 201640

FERNANDO TORRES

Às vésperas da virada de mais um ano, a revista Viver Bra-sil comemora seu oitavo aniversário. Dado o contexto em que o Brasil e o mundo vivem, a junção entre data e

número cabalístico não poderia ser mais simbólica. Na inter-pretação da numerologia, o 8 deitado representa a energia do infinito, mas também a conjuntura de mudanças e transfor-mações dadas pelo início de um novo ciclo.

O número também traz consigo a energia da expansão, alcançada pela mediação entre o mundo físico e espiritual, entre o divino e o terreno. “A forma do número reproduz a busca da energia do céu, usada na Terra e, logo em seguida, devolvida para o alto. Esta vivência leva ao crescimento em equilíbrio, nem demasiadamente apegado à matéria, nem empobrecido espiritualmente, mas com responsabilidade e foco”, analisa a numeróloga Laykari de Almeida, membro da Academia de Numerologia Cóndor Blanco, no Chile.

Sob essa lógica, a Viver Brasil desafia as tempestades de 2016 e projeta a expansão, redescobrindo dia a dia o po-tencial de princípios, valores e conceitos, equilibrando os dois mundos. “Ao mesmo tempo em que cada cidadão dos quatro cantos do país passa por uma onda de renovação, em busca de novos tempos e práticas, a VB Comunicação também faz esse movimento. Vibramos com as conquistas, mas também aprendemos com os erros para, dessa forma, seguir em frente, com equilíbrio, justiça, prosperidade e bem-aventurança”, reflete Gustavo Cesar Oliveira, diretor da VB Comunicação.

Para marcar a comemoração dos 8 anos, buscamos his-tórias de pessoas que, seja pelo desejo ou pela imposição do destino, encerraram um ciclo e buscaram forças palpá-veis ou cósmicas para se reinventar e iniciar novas histórias. Acompanhe conosco a saga destes heróis do cotidiano.

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A ENERGIA DO NÚMERO 8 EMBALA O ANIVERSÁRIO DA

VIVER BRASIL E OUTRAS HISTÓRIAS DE RENOVAÇÃO

AN IVE RSÁR IO

Arte: Paulo Werner. Foto: Fotolia

Faz quatro anos que a corretora Lúcia Palhano perdeu o fi lho, André, de apenas 33, vítima de acidente de moto. Como continuar a viver diante da dor do luto? A resposta chegou pelo correio. Co-lecionador de arte em papel, André havia comprado muitas gravuras, de diferentes países, e mandado entregar no endereço da família. Dia após dia, as encomendas não paravam de chegar. Lúcia entendeu aquilo como um convite, uma forma de manter a conexão com André. “Passei madrugadas inteiras nos sites das gale-rias, tentando entender aquela arte com o viés do olhar dele”, revela.

Mais do que apenas ver, a mãe enlu-tada passou a ser também uma compra-dora, com a ajuda do outro fi lho, o artista Alê Fonseca (com Lúcia, na foto). Nessa toada, adquiriu mais de 500 obras. Sem espaço para guardá-las, decidiu abrir um espaço onde pudesse expor o acervo, es-pécie de presente póstumo a André.

Foi assim que nasceu a cAsA – Obras sobre Papel, inaugurada em 2015 no Santa Efi gênia com a exposição Todos André. “Fizemos uma mostra de 55 gra-vuras de 33 artistas do Brasil e do exterior

chamados André, em referência à idade em que ele faleceu”, recorda Lúcia. Como galeria, a cAsA ainda reúne acervo de ar-tistas como Iberê Camargo, Emílio Goeldi, Picasso e Salvador Dalí.

“Sinto que é uma missão apresentar essa arte às pessoas, expandir e disse-minar os desenhos, fotografi as ou aqua-

relas em papel. Inaugurar a galeria foi iniciar outro ciclo”, diz. Lúcia revela ainda que lidar com as gravuras a ajuda a se-guir em frente. “O que me move em rela-ção à cAsA é a conexão com meus fi lhos. É bem doído, não deixa de doer nunca. De certa forma, estou sempre à espera da volta do meu André.”

Aos 34 anos, Leonardo Mar ques já havia trabalhado

em banco, multinacional farmacêutica e companhia de telefonia celular. Mas queria mesmo era se aventurar no setor de bares e restaurantes. “Na turma de amigos, sempre fui o cozinheiro ofi cial. Achava que trabalhar com comida era fi chinha”, recorda.

Foi com essa ideia que ele e um ami-go abriram o bar Fábrica da Carne, no São Pedro. Quase foi à falência. “Erramos em tudo, do cardápio à escolha de fun-cionários e do ponto comercial. Em um ano, havia zerado minhas economias e acumulado 11 ações trabalhistas”, con-ta. Para pagar as dívidas, Leonardo des-manchou a sociedade, permutou o alu-guel de seu apartamento e foi morar nos fundos do bar. Mais: mudou o nome para Boteco da Carne e reformulou drastica-mente o cardápio e o conceito. “Vivia no

bar em tempo integral. Com apenas dois funcionários, revezava na cozinha, no atendimento, no caixa. Mas foi assim que consegui sobreviver fi nanceiramente.”

Mais experiente, Leonardo se depa-rou com a oportunidade de abrir outro bar, no Lourdes. Nasceu aí o Gonzaga Bu-tiquim e, mais adiante, a transferência do Boteco da Carne para a região. “Agora, já conseguia faturar três vezes mais”, con-tabiliza. Em 2011, ele deu outro passo ousado: também no Lourdes, inaugurou a costelaria Monjardim. “Consegui de-senvolver um conceito forte o sufi ciente para abrir a segunda unidade e estou em vias de abrir outra em Brasília”, diz.

Com cinco bares e restaurantes, Leonardo considera que cada negócio é um recomeço. “Por mais experiência que tenha adquirido, erro por inúmeras ve-zes. Mas já consigo fazer a empresa girar mais rápido, com mais tranquilidade.”

VIVER Novembro 25 - 2016 41

CONEXÃO PÓSTUMA

SUPERAÇÃO DA BANCARROTAJuliana Flister/Agência i7

Mateus Baranowski/Divulgação

42 VIVER Novembro 25 - 2016

ESPECIALAN IVE RSÁR IO

Com os ponteiros da ba-lança apontados para 117 quilos,

o analista de sistemas Norton Martins ainda pode se considerar obeso. Mas nada comparado ao ápice de quatro meses atrás, quando atingiu 160 quilos, combinados a oito tipos de medi-camentos para tratar sintomas da obesidade, como pressão alta, tri-glicérides irregular e pré-diabetes.

Não é a primeira vez que Nor-ton chega a esse peso. “Desde criança tinha uma alimentação desequilibrada, confundindo fome com saciedade”, lembra. Há três anos, chegou a fazer dietas radi-cais e perdeu 63 quilos – encon-trados tempos depois. Desta vez, ele jura, a mudança será diferente. “Chegou o ponto em que preciso mudar de vida. É uma questão de saúde, de autoestima”, afi rma.

O primeiro passo foi no divã do psi-cólogo, onde Norton assimilou melhor sua relação com a comida. De lá pra cá, lançou mão da reeducação alimen-tar, acompanhado do nutrólogo José Roberto Melo. Faz restrição de açúcar

e carboidratos e fracionamento das re-feições, associadas a otimizadores de hormônios e fórmulas para diminuir a ansiedade e a sensação de fome. Vêm daí os mais de 40 quilos eliminados e o abandono de sete dos oito medicamen-

tos até então regulares – fi cou apenas a fórmula para pressão alta. “É muita química que deixei de colocar sistematicamente no meu organismo. Agora trato as causas, não os sintomas.”

Norton encara o tratamen-to como o marco da mudança, mas não o fi nal. Falta ainda, por exemplo, encontrar uma atividade física prazerosa e regular. “Que-ro chegar aos 80 quilos de forma permanente e, para isso, preciso ter persistência. Emagrecer é uma consequência, mas meu foco principal é a saúde”, afi rma.

EM BUSCA DO NOVO CORPO

Juliana Flister/Agência i7

Advogada com sólida carreira em cargos de gerência jurídica, Tarsila Neiva gostava do que fazia, mas não se sentia efetivamente realizada. “Faltava alguma coisa, sentia que algo gritava dentro de mim”, lembra. No desejo de mudar de área, em 2013 ela decidiu tirar um ano sabático. Na ocasião, uma amiga a con-vidou para ser sócia de uma loja de aces-sórios femininos. Era a oportunidade de empreender... por que não?

Tarsila aceitou o desafi o e trocou a vida de advogada pela de empreende-dora e comerciante. Foi além da expe-riência do dia e fez cursos de consulto-ria de imagem e fashion design. E foi aí que realmente se descobriu. “Adequar uma imagem é muito mais amplo que produzir o look. Envolve, principalmente, identifi car quem é aquela pessoa e o que ela deseja passar para os outros, ou seja, construir a identidade visual”, descreve.

Reiniciar a vida profi ssional em uma área completamente diferente não foi tarefa fácil. De 2015 para cá,

Tarsila vendeu sua par-te na sociedade da loja e passou a investir na carreira de con-sultora de imagem. O trabalho inclui serviços de avaliação de biotipo, corte e cor de cabelo, maquiagem, personal stylist, personal shopping, compor-tamento e etiqueta. “O maior desafi o tem sido encontrar clientes. Devido ao cenário da crise econômica, a maior parte deles opta por desmembrar as tarefas. Mas acredito que é uma pro-fi ssão promissora, ainda com poucos profi ssionais”, diz.

Tarsila também reconhece o es-panto e certo preconceito de pesso-as próximas por abandonar a carreira como advogada. “Todo mundo fi ca curioso, imagina certo glamour na pro-fi ssão. Mas, hoje, vejo como o maior glamour estimular a pessoa a deixar de ser um personagem e conseguir cres-cer naquilo que ela realmente é. Quero ser um instrumento de mudança na vida das pessoas.”

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44 VIVER Novembro 25 - 2016

Suzene Furtado foi casa-da por 22 anos. Mas, ao longo

do casamento, o marido possessivo não permitia que ela e os seis fi lhos tives-sem vida própria. Em casa, proibia livros, internet, celular, música popular, rock. Sair de casa sozinha ou trabalhar? Nem pensar. “Se eu falava em separação, ele me ameaçava dizendo que iria atropelar meus pais. Era um controle doentio, uma psicopatia”, recorda.

Mas, aos poucos, Suzene deu o gri-to de liberdade. “Pedi para a minha mãe me inscrever no vestibular para pedago-gia, sem contar para ninguém. Ele fi cou furioso, mas fui aprovada em terceiro lugar e comecei a estudar”, conta. A fa-culdade expandiu a mente de Suzene, e ela decidiu que queria mais. Começou a trabalhar em uma creche, prestou Enem e passou em biblioteconomia na UFMG. “Nessa época, a relação já estava no fi m. Como a casa era minha, mandei ele tirar as coisas pessoais e ir embora.”

A partir daí, Suzene emendou os dois cursos com estágios e o trabalho em uma biblioteca. “Tive oportunidades de desenvolver diferentes ações, como inte-grar literatura e bandas de rock e forró. Relatei essas práticas em um concurso e fi quei em primeiro lugar”, lembra. Assim que concluiu pedagogia, Suzene também

passou no concurso para professora de ensino fundamental. Assumiu o cargo este ano, ao mesmo tempo em que fi -naliza o curso de biblioteconomia. Ela ainda arranja tempo para ser contadora de histórias e planeja iniciar o mestrado. “O mais curioso é que a transformação começou aos meus 45 anos”, refl ete.

SEM LIMITESPedro Vilela/Agência i7

Pedro Vilela/Agência i7

ESPECIALAN IVE RSÁR IO

“Policial federal é baleado em assalto”, dizia a manchete do jornal. Ao sair de uma pizzaria, Geraldo de Castro Neto e um amigo foram abordados por marginais. Houve troca de tiros e uma bala acertou em cheio o rosto do agente, perfurou a primeira vértebra cervical e fi cou alojada na nuca. A lesão atingiu duas artérias,

causando lesões na medula e no cérebro. Ele entrou em coma por uma semana e, ao acordar, havia perdido os movimentos e a fala. “Os médicos achavam que eu não voltaria a andar, mas eu tinha a sensação de que aquilo era momentâneo”, recorda.

Geraldo falava português, inglês e italiano e, quando voltou a articular as

primeiras palavras, mis-turava, sem querer, os três idiomas. “Era uma vitória po-der me comunicar e me fazer entendido”, afi rma. Devagar e com sessões de fo-noaudiologia, ele voltou à normalidade e à fl uência. Vencer a tetraplegia foi outro desafi o. “Lembro a primeira vez em que consegui mexer o pé e do primeiro dia em que consegui levantar, com a ajuda da enfermeira.” Em um processo de dis-ciplina diária e tratamento fi sioterápico, Geraldo voltou a andar.

Teve mais difi culdades em recuperar os movimentos dos braços e das mãos. “Atividades simples como amarrar o sa-pato e cortar a unha demandaram longo aprendizado. Movimento o braço esquer-do, mas meu lado direito é meio robótico. Perdi os movimentos fi nos dos dedos e a sensibilidade dos punhos aos cotovelos”, relata. Para Geraldo, essas limitações não são entraves. “Convivo pacifi camente. Lembro que é preciso pensar positivo, de forma pragmática e ter resiliência. Afi nal, foi assim que consegui vencer”, diz.

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FERNANDO TORRES

Dez barracas se espalham pelo vão livre do edifício principal do Colégio Estadual Central,

em Lourdes. Com a permissão dos pais, uma média de 80 adolescentes adota a escola projetada por Oscar Niemeyer como casa desde 6 de outu-bro. Os ocupantes, como se intitulam, confeccionam cartazes de protesto e usam o pátio tombado como tribu-na de assembleias, oficinas, palestras e debates. Revezam-se ao banho nos vestiários, cozinham em uma copa

ESTADUAL CENTRAL:80 adolescentes tomaram o pátio

Visitamos três escolas ocupadas em Belo Horizonte para entender quem sãoe o que pretendem os alunos insatisfeitos com os rumos da educação

Primavera estudantil

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POLÍTICA

improvisada, ouvem música e dan-çam nos horários de lazer.

O Estadual Central não está so-zinho no fenômeno das ocupações estudantis, que, por capricho da his-tória, acontecem na primavera. Até o fechamento da reportagem, 167 es-colas públicas de ensino médio e fun-damental de Minas haviam aderido ao protesto – 40 só em Belo Horizon-te e região metropolitana –, confor-me a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). No ensino su-perior, a Associação dos Reitores das Universidades Federais (Andifes) re-gistrava 17 instituições paralisadas em nível parcial ou total.

Quem são esses estudantes? Se-ria muito equivocado generalizar, a exemplo do que fazem os revoltados na internet. Embora compartilhem o discurso contra a cartilha educacio-nal desenhada pelo governo Michel Temer – especialmente a Emenda

Constitucional 241/55, que trata do congelamento de gastos federais por 20 anos, e a Medida Provisória 746, que promove alterações na estrutura do ensino médio –, cada aluno e esco-la é um poço de peculiaridades.

Há, por exemplo, a fileira que dis-corda da ocupação. “Em outubro, alu-nos ligados aos grupos Direita Minas e Movimento Brasil Livre fizeram uma manifestação contrária. Vieram com camisas do Bolsonaro, cartazes racis-tas e nos chamando de vagabundos”, conta a ocupante Daniela Moura, pre-sidente do grêmio estudantil do Esta-dual Central. A adolescente de 16 anos também relata retaliações na forma de bombas caseiras, ameaças no Fa-cebook e xingamentos no entorno da escola. “O jovem é criminalizado e excluído da política o tempo todo. Se somos o futuro da sociedade, por que não fomos envolvidos na formulação dos projetos?”, questiona.

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POLÍTICA

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Articulada, Daniela critica pontos das medidas anunciadas pelo Minis-tério da Educação, como o aumen-to da carga anual do ensino médio de 800 horas para 1,4 mil. “O perío-do integral é uma norma que dificul-ta o acesso pelos estudantes de baixa renda, que precisam trabalhar para ajudar em casa. O que o governo vai conseguir com isso é aumentar a eva-são e ainda mais a desigualdade”, ataca. Outro tema espinhoso é o pro-jeto de lei Escola sem Partido (193/2016), apelidado de Lei da Mordaça. “O programa diz querer acabar com a doutrina-ção política e ideológica, mas, na verdade, pretende acabar com a liberdade de expressão. Desconstruímos muitos pre-conceitos por meio da escola."

Em um grupo eclético, que inclui gays, transexuais e negros, a linha política dos cartazes e adesivos colados no peito adere ao #ForaTemer. Mas vai além disso. “Quere-mos uma escola diversa, com mais cultura e espaço para a diversidade, não só aqui, mas em todo o país”, diz Lorena Fonseca, de 15 anos. Como as aulas no colégio conti-nuam a ocorrer normalmente – regra estabelecida para não atrasar o calen-dário escolar –, as alunas Maria Edu-arda Ferreira, 16, e Helen Alves, 15, observam os manifestantes de longe. “Concordo com praticamente tudo. Mas meus pais não me deixaram par-ticipar da ocupação. Têm medo que algo ruim aconteça”, conta.

Do outro lado da cidade, no bair-ro Betânia, a Escola Estadual Dom Ca-bral se declarou ocupada em 31 de outubro, um dia depois do segundo turno eleitoral. O grupo é mais enxu-to, em torno de 30 alunos ativos. “Não somos uma escola politizada. Pra co-meçar, não temos nem grêmio estu-dantil”, relata Beatriz Vitória, de 15 anos, uma das ocupantes. Enquanto o

Estadual Central tem em sua fileira de ex-alunos nomes célebres como Hen-fil e Fernando Sabino, a Dom Cabral sempre recebeu alunos da periferia e, como determinou nossa indigesta e cínica história, segue quase invisí-vel. “Para a maioria dos alunos, ocu-par não faz diferença e muitos deles nem sabem o que é a PEC. Mas anun-ciar esse movimento foi grande passo político para a instituição. Nada pare-cido havia acontecido antes aqui. So-mos a primeira escola da região a se mobilizar”, demarca a estudante.

Nessa linha de raciocínio, o grupo de alunos defende a reforma do ensi-no médio, mas não nos moldes anun-ciados. “A MP quer tirar disciplinas como sociologia e filosofia do currícu-lo obrigatório, algo semelhante ao que o regime militar fez. É um absurdo, pois são as únicas aulas que nos ensi-

nam a ter pensamento crí-tico. Se já está difícil termos jovens pensantes, imagina sem essas matérias”, critica Beatriz. Como alternativa, o grupo defende uma edu-cação com hierarquia mais horizontal e diversificada. “O molde da escola atual é de uma cadeia em regime semiaberto. A gente vem

pra cá, cumpre um período de pena e depois vai pra casa. Queremos ter pra-zer em ficar aqui. Durante a ocupa-ção, por exemplo, já tivemos oficinas de teatro, grafite, dança, cozinha e re-dação para o Enem”, diz o estudante Rafael David, de 17.

Dos colégios, o clima esquentou também rumo ao ensino superior. Na Universidade Federal de Minas Ge-rais, vários prédios já se declararam ocupados, como a Faculdade de Fi-losofia e Ciências Humanas (Fafich), a Faculdade de Educação (FaE) e o Centro de Atividades Didáticas de Ci-ências Naturais (CAD1). A adesão tem sido alta. Na Escola de Arquitetura da UFMG, por exemplo, a maior assem-bleia reuniu 400 pessoas, entre alu-nos e professores. “Nosso movimento é basicamente contra a PEC 241/55 e também para somar forças

DANIELA MOURA:"quebra de preconceitos por meio da escola"

Juliana Flister/Agência i7

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POLÍTICA

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aos estudantes do ensino médio, que iniciaram o movimento”, resume Rita Davis, do curso de design.

O prédio modernista na Savassi tem a particularidade de ser mais vi-sível à cidade. Justamente por isso, os alunos se reúnem no jardim externo: levam para lá a cozinha móvel e ses-sões de debate. “Logo que a PEC foi anunciada, os movimentos sociais fizeram manifestações na rua, mas houve pouco impacto. Como recurso de luta, as ocupações estão surtindo mais efeito, dando voz e protagonis-mo aos alunos”, articula Estevão Go-mes, do mestrado em arquitetura.

A crescente ocupação dos prédios da UFMG começou na paralisação de 24 de outubro. Com a larga adesão, os estudantes viram que havia a possi-bilidade de manter a discussão viva.

guns aqui trabalham ou fazem estágio e não têm como conciliar o movimen-to com a vida acadêmica curricular”, diz André Jacomini, do sexto período.

Dos 91 professores que dão aula no prédio, 52 aprovaram a iniciativa em nota. “Muitos comparecem, par-ticipam das atividades, propõem pro-gramação, dão aulões coletivos, rodas de debate. Não estamos parados. É um lugar para aprender” relata Rita. Estevão chama a atenção para como um palestrante demonstrou que a ideia de congelar os gastos em 20 anos pode comprometer a mobilidade ur-bana. “Isso significaria não termos novas estações de metrô em Belo Ho-rizonte nas próximas décadas, já que os recursos para as obras vêm do go-verno federal, que já não atendem as demandas existentes”, expõe.

Para além dessas bandeiras, o grupo apresenta um discurso idea-lista. Quer fomentar uma experiên-cia, desconstruir a apatia política, ir contra a estagnação. “É também uma proposta de resgate da união e da voz estudantil. Um movimento exclusiva-mente nosso, já que as manifestações de rua nem sempre representam nos-so discurso”, diz Alice Rennó, do sexto período. “Começamos contra a PEC, mas agora nos posicionamos tam-bém contra o modelo de educação. Não queremos voltar à normalidade, às velhas hierarquias. Como alunos, queremos mais interação, mais pen-samento crítico”, anuncia Rita. Pela direção do vento, as flores da prima-vera estão apenas desabrochando.

Segundo o grupo, a aceitação foi pa-cífica. “Abrimos à votação e tivemos posições contrárias, mas em clima amigável. Fazemos questão de hori-zontalizar o movimento e desenvolver o poder de autonomia”, diz Raul Pa-checo, do segundo período de arqui-tetura. Ao contrário do ensino médio, os estudantes optaram por suspender as aulas. “A intenção é incomodar. Al-

DOM CABRAL: ocupação é um marco político

para a escola do Betânia

ESCOLA DE ARQUITETURA: contato com moradores do entorno

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

Juliana Flister/Agência i7

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VIVER Novembro 25 - 2016

A luta pelo equilíbrio fiscal

Uma família, uma empresa, um país não podem gastar mais que arrecadam. Infelizmente, esta não é a realidade que vivenciamos no Brasil. As consequências podem ser graves: a família entra em colapso, a empresa vai à falência e o país perde a credibilidade e dá o calote. Nas entida-des de que participei, duas fundações e uma empresa de consultoria e três editoras, tive como princípio o rígido cuidado com o caixa e o controle dos gastos, conseguindo sempre significativos superávits. Os empreendimentos foram autossustentáveis e nunca foi necessário recorrer a empréstimos bancários ou atrasar compromissos. Na condução da consultoria, as equipes trabalhavam nas em-presas assistidas, não sendo preciso dispor de escritórios espaçosos para acomodar ditas equipes. Apenas espaço para administração, treinamentos e relacionamento com clientes. Optei por escritórios sóbrios, espartanos, sem luxo,

dando demonstração de que itens supérfluos não agregam valor. Preferi destinar quantias significativas para remune-rações, formação e desenvolvimento dos recursos huma-nos. Afinal, em qualquer área de atuação, não se consegue sucesso sem excelentes equipes.

No momento, constatamos que as finanças do país estão caminhado para o colapso. Em artigo escrito há meses, disse que o endividamento caminhava célere para atingir 3 trilhões de reais no fim do ano. Já ultrapassou esta soma e pode chegar a 3,3 trilhões até dezembro. A maioria dos estados está endividada, vide Rio e Minas. É produto da gastança desenfreada, da irresponsabilidade gerencial, inobservância da LRF. Grande parte dos recursos destina--se à remuneração de servidores, devido ao empreguismo descontrolado. Em sã consciência, precisaria da PEC 241? Ora, os gestores políticos deveriam ser fiéis condutores do orçamento, respeitando a realidade de que as despesas não podem ultrapassar as receitas. Mas no Brasil não é assim. Nesta toada, caminharíamos para o caos total e o calote. A PEC 241 vai impedir o crescimento dos gastos, limitando-os

aos do ano anterior, acrescidos da inflação. É incrível que o conceito cristalino de equilíbrio de receitas e despesas necessite de lei específica para ser cumprido. Parece que a PEC vai ser aprovada. Só se espera que, realmente, seja obedecida. Na teoria, impedirá reajuste de remuneração de servidores; criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa; admissão ou contratação de pessoal, a não ser em caso de reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa; realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias; criação de despesa obrigatória; criação ou ex-pansão de programas e linhas de financiamento; concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tribu-tária. É importante ressaltar que atinge todos os poderes.

Os opositores à medida, munidos de um leque de men-tiras, argumentam, entre outros, que a redução dos gastos vai prejudicar os programas sociais e as áreas de educação e saúde. Que julgam eles? Que a escalada da dívida pública deva continuar sem controle? É claro que, no início, todos apoiavam a destinação de recursos para combater a fome e a pobreza extrema. Esperavam-se, contudo, programas complementares que viessem capacitar as pessoas e encaminhá-las a empregos. Como os programas sociais se tornaram permanentes e mecanismo de manutenção de determinado grupo no poder, é preciso que sejam revistos. Além disso, já foram constatadas muitas fraudes na sua execução. Quanto às áreas de educação e saúde, julga-se que mais recursos não vão mudar o quadro. O que falta é gestão. Não há foco na solução dos problemas. Sequer há identificação dos reais problemas e as causas fundamentais que os acarretam. Onde há um esforço sério de aplicação da gestão na educação, por exemplo, tem-se importante melhoria dos resultados. Haja vista a cidade de Manaus, que deu um show no último Ideb, sem o aporte de recursos adicionais. Enquanto continuarem perdidos, sem focar nos problemas prioritários, o paliativo é culpar a falta de recur-sos pelos trágicos resultados nas citadas áreas.

José Martins de Godoy, engenheiro pela UFMG, dr. engenheiro pela Norges

Tekniske Hogskole, ex-diretor da Escola de Engenharia da UFMG, cofundador

do INDG, instituidor e integrante do Conselho de Administração Superior da

Fundação de Desenvolvimento Gerencial (FDG), presidente do Conselho de

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José Martins de Godoy

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52

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O empresário, en-genheiro e eco-nomista Alta-

mir de Araújo Rôso Filho esteve à frente da regional do Vale do Rio Grande da Federa-ção das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), de 2010 a 2015, quando assumiu a Secre-taria de Estado de Desen-volvimento Econômico do governo de Minas. O bom filho à casa retorna, após 18 meses de experiências boas e outras, nem tanto. Ele faz uma radiografia da economia local e reve-la que o desenvolvimen-to regional está atrelado às reformas econômica e política.

Após 18 meses como secretário de Desenvolvimento de Minas Ge-rais, o senhor retorna à regional Vale do Rio Grande da Fiemg. Que bagagem traz desse período?

Foi um tempo de muito apren-

ANA ELIZABETH DINIZ

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ção

dizado, em que procurei viver in-tensamente todos os dias. Acredito ter dado minha cota de contribui-ção ao meu estado e à minha re-gião. As ações dentro de uma estru-tura de governo não têm a mesma

objetividade e agilidade do setor privado, que é minha origem, e foi daí que retirei meu conhecimento para trabalhar na administração estadual. Tive êxito em alguns mo-mentos e também frustrações em

VIVER Novembro 25 - 2016 55

outros. Saí do governo com mais conhecimentos técnicos, mas o mais importante foi a maturidade que adquiri e as inúmeras amiza-des conquistadas que levarei pelo resto da vida. Entre as diversas percepções que tive durante esse período, a mais importante foi a de que precisamos de um estado cada vez menor e que interfira o míni-mo possível nas ações da iniciativa privada, que entendo ser a grande alavancadora do desenvolvimento de nosso país.

Em que pé está a aprovação da alteração da Zona de Processa-mento de Exportação (ZPE) pelo Congresso Nacional? A ZPE de Uberaba será efetivamente criada e poderá alavancar o crescimento econômico regional?

No Congresso Nacional, ela re-cebeu emenda do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henri-que Eduardo Alves (RN), está em análise e, possivelmente, atrasará um pouco, porém sua aprovação é tida como certa. A ZPE de Uberaba já está aprovada, inclusive com o decreto da Presidência da Repúbli-ca que autoriza o início de sua im-plantação. A possibilidade de êxito da ZPE de Uberaba é muito gran-de devido à localização geográfica estratégica do município que con-ta com excelentes rodovias com pista dupla e ferrovias que fazem ligação com os principais portos e aeroportos por onde poderão ser exportados os produtos aqui pro-duzidos. A área destinada à futura ZPE também é privilegiada, por se tratar de local de boa topografia, às margens da BR-050 e próxima ao porto seco, um dos mais ativos

de Minas Gerais. Entretanto, o êxi-to da ZPE de Uberaba e de todas as outras em processo de implan-tação dependem da aprovação no Congresso Nacional, uma vez que a legislação vigente vem inviabi-lizando sua operacionalidade ao longo dos anos.

Qual a sua avaliação sobre o de-sempenho industrial regional em 2016? Os setores de adubo e su-croalcooleiro se mantêm em cres-cimento ou foram afetados pela crise?

O desempenho regional em 2016 também sofreu os reflexos das crises política e econômica do país, porém as características de nossa base econômica, que tem o agronegócio como uma das prin-cipais atividades, vêm minimizar um pouco a crise generalizada da nossa economia. A redução das alí-quotas do ICMS em 2015 e o bom preço do açúcar no mercado inter-nacional têm possibilitado o au-mento da produção e trazem boas perspectivas para o setor sucroal-cooleiro, que vem se recuperan-do de grandes dificuldades. Esse é um setor altamente promissor e da maior importância para o Brasil, Minas Gerais e para nossa região. O setor de adubos é muito represen-tativo em Uberaba, visto que aqui está implantada uma das maiores unidades da América do Sul, a Vale Fertilizantes. Vale ressaltar que o setor de fertilizantes no Brasil en-frenta um grande problema que precisa ser resolvido: todo o fer-tilizante importado entra no país com alíquota zero, enquanto que o produto fabricado aqui está sujeito ao pagamento de impostos, o que

caracteriza uma concorrência des-leal.

O número de demissões nas in-dústrias é preocupante?

Muito, principalmente pelas consequências sociais que somen-te serão resolvidas com a criação de novos postos de trabalho que, por sua vez, só virão com o reaque-cimento da economia que, infeliz-mente, será lento e gradual.

Que projetos foram responsáveis este ano por alavancar a econo-mia regional?

A região continua contando com uma agricultura forte e vem investindo cada vez mais em tec-nologia e inovação. Por outro lado, Uberaba vem se consolidando como um grande centro de logís-tica. Neste ano, tivemos a inau-guração da unidade da VLI para transbordo e armazenagens de grãos e açúcar, uma das maiores do mundo com essas caracterís-ticas e que chegará a receber até 1.200 carretas/dia de produtos que serão oportunamente transporta-dos via ferrovia para os portos de São Paulo.

Quais as perspectivas para o setor industrial para o próximo ano?

Todo empresário precisa ser otimista, mas também deve ser re-alista, pois negócios e investimen-tos precisam ser feitos com base em dados reais e não em suposições e achismos. Dessa forma, o setor in-dustrial terá um 2017 difícil, com perspectivas de lento crescimento econômico, pois estará vinculado às votações das imprescindíveis re-formas econômica e política.

MINAS

As feiras de touros registrados rea-lizadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, de Uberaba, passam a contar com um importante atrativo para a comunidade rural. Enquanto as visitas e negociações são conduzidas nos currais dos reprodutores, os produ-tores, familiares e funcionários passam por triagem e entrevistas e podem fazer exames para detecção de câncer gine-cológico, de mama, de próstata, de pele e avaliação óssea, aplicados pela equi-pe de profi ssionais da saúde.

Trata-se da campanha Prevenção no Campo, que acaba de ser lançada por meio de uma parceria entre a Asso-ciação Brasileira de Criadores de Zebu

(ABCZ), a Emater e o hospital Dr. Hélio Angotti, de Uberaba, e que será reali-zada junto à comunidade rural de mu-nicípios da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, onde acontecem os eventos do Pró-Genética.

O projeto Saúde no Campo é uma iniciativa do vice-presidente do hospital Dr. Hélio Angotti, Gabriel Prata Rezende, e com responsabilidade social da ABCZ. “As feiras de touros têm o caráter de contribuir para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo ao trans-ferir a genética dos animais registra-dos, proporcionando um avanço na efi -ciência do rebanho e, em consequência, na renda das famílias. Agora, temos a

oportunidade de atuarmos como faci-litadores desse trabalho de promoção de saúde, que contempla uma necessi-dade básica dessa população”, diz o di-retor do Pró-Genética, Rivaldo Machado Borges Junior.

A primeira ação da equipe do Hos-pital para o Projeto “Saúde no Campo”, na feira de touros de União de Minas, registrou 384 atendimentos realizados pela equipe de enfermagem. Foram realizadas cem coletas para exame de papanicolau, 90 agendamentos de den-sitometria óssea, 90 de mamografi a, 20 de cintilografi a do miocárdio e 84 coletas de sangue para dosagem do PSA (prevenção a tumor na próstata).

Saúde do homem do campo

Iniciativa da ABCZ leva cuidados básicos à comunidade rural

VIVER Novembro 25 - 201656

P O R A N A E L I Z A B E T H D I N I Z

POR MINASS úd d h

POR MINASABCZ/Divulgação

Tenho dito Nasci em Uberaba, gostomuito de animais e acho que aprefeitura deve fi car sempre atentaao trabalho do centro de zoonosesem relação à população de animaisabandonados. Trata-se de umaquestão de saúde pública. A cidadetem algumas ONGs que cuidamdisto, mas sei de outras quemantêm um trabalho tão efi caz emseus órgãos ofi ciais municipais quenão existe abandono, portanto, nãohá risco de doenças que tenham

Uberaba éima para

de existemtrabalho emgmentos.”eno, 58,lista

INGREDIENTES: 1 kg de costela de boi com

osso em pedaços 1 colher (sopa) de óleo 1 cebola grande picada 2 dentes de alho picados 2 colheres (sopa) de extrato de

tomate 2 xícaras (chá) de cerveja preta 1 cubo de caldo de carne 1 folha de louro Sal e pimenta-do-reino a gosto Cebolinha picada para polvilhar

MODO DE PREPARO: Aqueça uma panela de pressão com o óleo, em fogo alto, e doure a costela. Diminua o fogo para médio, acrescente a cebola, o alho e refogue por três minutos.

Despeje o extrato de tomate e frite por dois minutos. Acrescente a cerveja, o caldo de carne, o louro, sal e pimenta e tampe. Cozinhe por 50 minutos depois de iniciada a pressão e desligue. Retire a pressão, abra a panela e verifique se a carne amaciou e o molho engrossou. Transfira para uma travessa e sirva polvilhado com cebolinha.

VIVER Novembro 25 - 2016

Receita

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Costela na cerveja preta

Divulgação

Arte sustentável

Transformar sobras de papel, lis-tas telefônicas e guias recolhidos por meio do programa de logística re-versa em produtos artesanais. Essa foi a forma sustentável que a Algar Telecom, empresa de telecomunica-ções do Grupo Algar, encontrou para

reaproveitar o material que normal-mente é reutilizado na produção de papéis (que viram novas listas) para gerar outros produtos e, ao mesmo tempo, renda para pequenos arte-sãos da região onde essas mídias são distribuídas. O projeto foi iniciado em

Algar Telecom busca artesãos para produzir peças de artesanato com guias e listas

telefônicas

Algar/Divulgaçãosetembro em Uberlândia e agora será am-pliado para outras cidades da região, entre elas Ituiutaba.

“Iniciamos o projeto em Uberlândia e agora estamos estendendo para outras ci-dades da região. Assim, unimos reaprovei-tamento de materiais e empreendedorismo social, visto que os artesãos recebem a ma-téria-prima sem custo”, enfatizou Cristiana Heluy, assessora de marca, comunicação e sustentabilidade da empresa.

A ideia foi apresentada à empresa pela W&B Artesanato, com quem a parceria já está sendo realizada e agora o projeto está aberto a outros artesãos que realizem tra-balhos com esse tipo de material.

Entre as cidades que podem participar do projeto, estão as que são cobertas pelos guias e listas telefônicas: Uberaba, Frutal, Iturama, Patos de Minas, Carmo do Parana-íba, Vazante, Pará de Minas, Nova Serrana e Ituiutaba (em Minas Gerais), além de Ba-tatais, Guaíra, Ituverava, Orlândia, São Joa-quim da Barra e Franca (em São Paulo).

Em nova casa – o centro de convenções SP Expo, com estacionamento e ar-condicionado –, o Salão do Automóvel 2016 mostrou que a melhor resposta à crise econômica é investir, qualifi car os produtos e apostar no fascínio das quatro rodas. Se superesportivos ou modelos de luxo como o SUV Maserati Levante são para pouquíssimos, outras novidades já cabem em mais bolsos. A Honda mostrou seu WR-V, que é uma tentativa de fazer, do Fit,

um SUV compacto – personalidade própria ele até tem. A Renault aproveitou para mostrar o Captur (foto) de produção, desenvolvido sobre a plataforma do Duster e, por isso, maior do que o irmão europeu. As opções de motorização são o novo 1.6 SCe e o nem tão novo 2.0 quatro cilindros F4R. A pré-venda da versão top parte dos R$ 89 mil. O Kwid, esperado também na versão defi nitiva, ainda apareceu como conceito, mas ainda este ano ganha lançamento ofi cial.

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Teve quem não veio

Salão do Automóveltraz boas novidades

O modelo que popularizou o conceito de SUV no Brasil ganhou uma repaginada em sua segunda geração, mas não deu as caras em São Paulo. A Ford aposta no mercado norte-americano para vender o EcoSport, apesar de seu tamanho reduzido para os padrões de lá (quem diria...) e revelou a restilização na mostra de Los Angeles. A grade hexagonal no estilo Kinetic subiu e agora é emoldurada pelos faróis, também de desenho novo. Na traseira,

mudam apenas detalhes; já o interior do modelo para a terra do Tio Sam ganhou bastante em cores, equipamento sonoro e recursos multimídia. Esse já roda disfarçado por aqui e em breve substitui o atual. Dúvida é a aposta no tricilíndrico 1.0 turbo que equipa o Fiesta e pode encarecê-lo.

POR WILLIAM BONJARDIM

Falando em Salão

Depois do Kicks, a Nissan revelou a nova Frontier, que divide a plataforma com a Renault Alaskan e a Mercedes GLT, ambas previstas para o Brasil. No Salão, ela mediu forças – e dividiu atenções – com todas as concorrentes, que passaram por mudanças signifi cativas: VW Amarok, Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e Mitsubishi L200 Triton Sport. Opções, como se vê, não faltam.

Renault/Divulgação

COM RODRIGO GINI

Dica da semana

Sabe aquela turma que gosta de equipar o carro com uma verdadeira usina sonora e incomodar quem está em volta com o volume no último? Pois é, uma mudança na legislação de trânsito vai acabar com a festa dessa turma. Se antes era necessário um equipamento para aferir o excesso de decibéis, agora vai bastar o testemunho do agente, Quer saber mais? Então curta o divertido vídeo sobre o tema no canal Seminovos BH Notícias no YouTube (http://bit.ly/dicadasemana187).

& SEMI NOVOS

Ford/Divulgação

VIVER Novembro 25 - 201660

Natural de Alvarenga, no Sudeste de Minas, Célio Silva iniciou a carreira no restaurante Hokkaido, onde se apaixonou pela cozinha japonesa. Há exatos dois anos, ainda na fase dos preparativos para a inauguração, passou a compor a equipe do Akemi Oriental Fusion, onde comanda a ala dedicada aos pratos quentes.

Teppan de salmão e legumes

Célio SilvaAkemi Oriental Fusion

Receitas e muito mais nas redes sociais da Viver Gourmet. Siga Facebook: Viver Gourmet / Instagram: @vivergourmet

INGREDIENTES(serve duas pessoas)

250 g de fi lé de salmão 30 g de abobrinha20 g de berinjela30 g de batata-inglesa30 g de batata-doce30 g de cebola20 g de cenoura10 g de abóbora-japonesa10 g de pimentão colorido10 g de brócolis1 colher de sopa de

manteiga com sal25 ml de saquêSal a gosto

Pedro Vilela/Agência i7

Juliana Flister/Agência i7

MODO DE PREPARO: Corte o salmão em duas porções de 125 gramas Em uma chapa (grill ou frigideira quente), coloque o peixe até que doure por fora, com ½ colher de manteiga. Tempere com um pouco de sal e reserve

Após higienizar os legumes, corte os brócolis em fl oretes, a cebola e o pimentão em tiras largas e o restante dos legumes

em lâminas de 0,5 centímetro aproximadamente Leve-os para a mesma panela usada para preparar o salmão, com o restante da manteiga e uma pitada de sal Acrescente o saquê e mexa até evaporar

Em seguida, tampe e deixe cozinhar até que os legumes fi quem al dente Junte o salmão e sirva em um prato ou travessa

LUCAS ROCHA

A união faz a força e a diferença, e nos pequenos gestos pode-mos provocar grandes transfor-

mações na vida do próximo. É tendo isso em mente que foi dado o ponta-pé inicial para a primeira edição do jantar beneficente em prol da Comu-nidade Terapêutica Leão da Tribo de Judá que acontece em 5 de dezem-bro, às 20h, no Espaço V, no Vale do Sereno, Nova Lima. A noite contará com jantar assinado pelo chef Améri-co Piacenza e apresentação do cantor belo-horizontino Wilson Sideral, que preparou pocket show com voz e vio-lão. A produção estima que 120 con-vidados compareçam à ocasião, que tem adesão mínima de 150 reais.

A Comunidade Terapêutica Leão da Tribo de Judá foi fundada em 2010 por Álvaro César Ramirez em parceria com um grupo de pais que viviam a

difícil realidade de ter um ente queri-do em situação de dependência quí-mica. Com capacidade para atender até 30 pacientes, a casa sobrevive in-tegralmente da ação de voluntários e doações para manter o tratamento de reabilitação.

Atualmente, a Leão da Tribo de Judá trabalha com o programa sus-tentado em três pilares: espiritualida-de, laborterapia e terapias de apoio. “O tratamento é 100% voluntário e baseado na proposta de promover um conteúdo que permita a mudança de estilo de vida. Acreditamos que o grande sucesso do tratamento está no esforço em identificar as realidades de cada um e se aproximar delas para po-

der ajudá-los”, conta Ramirez.Quem entende dessa realidade é

Lucas Penido, nome por trás do por-tal de lifestyle e loja The Hype BR e um dos principais incentivadores da comunidade. Ex-dependente quími-co, ele cresceu em Nova Iorque e re-tornou para a capital há cinco anos, quando conheceu a Leão da Tribo de Judá graças aos amigos. Apaixonou-se à primeira vista. “É até difícil expli-car meu sentimento quando cheguei lá, algo que nunca vi igual. A Tribo de Judá não se adapta ao que os voluntá-rios precisam, e sim o contrário. O jan-tar permite que as pessoas conheçam a comunidade, ajudem e não toma o tempo dos voluntário”, conta.

Igor Formiga/Divulgação

Jantar beneficente em prol da Comunidade Terapêutica Leão da Tribo de Judá movimenta a capital

Juntos por todos VOLU NTAR IADO

WILSON SIDERAL:atração musical da noite

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MIRIAM GOMES CHALFIN

O homem brasileiro tem cons-ciência de que precisa ter atenção com a saúde, mas des-

conhece o assunto câncer de prósta-ta. A constatação é da pesquisa Um retrato da saúde do homem no Bra-sil, realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Kaiser Associates, e divulgada no úl-timo dia 17, em plena campanha do Novembro Azul. Ao todo, foram en-trevistados 1.130 homens com mais de 18 anos, de todas as classes sociais e nas principais capitais.

O levantamento mostra que 74% dos entrevistados foram ao médico pelo menos uma vez nos últimos seis meses. Mas o clínico-geral é o mais procurado, com 54%, contra 10% da especialidade urologia. A pesqui-sa também aponta que 32% dos en-trevistados conhecem alguém que teve ou tem câncer de próstata. “O dado que mais chama a atenção é que apenas pequena minoria trata do assunto. O homem ainda não está to-

talmente esclarecido da importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Assim, ainda há um gran-de campo a ser trabalhado”, afirma o urologista Renato Falci Júnior, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

O assunto deve ser abordado a partir dos 40 anos, para que o homem saiba do que se trata e tenha projeto de prevenção ao longo da vida – as-sim como fazem as mulheres. Aliás, a proporção em relação à ida ao mé-dico é de seis mulheres para um ho-mem. “Ele, geralmentem vai quando tem algum sintoma ou é levado pela mulher”, frisa Falci. Entretanto, é im-portante esclarecer que não são ape-nas os homens a partir dos 40 anos que devem se preocupar com a saúde: “O jovem também deve ter atenção. O câncer nos testículos, por exemplo, é mais frequente entre a adolescência e os 35 anos”, alerta.

Para Falci, a desinformação vai além do paciente, chegando também a médicos não especialistas em uro-logia. “Informação é a chave de tudo. Por parte dos generalistas, existe uma deficiência na triagem em geral para encaminhar o paciente ao especia-lista, por desconhecimento de deta-lhes do câncer de próstata”, explica. Também deve-se levar em conta a di-ficuldade de acesso à saúde, especial-mente na rede pública – muitas vezes, o paciente sequer consegue marcar uma consulta na especialidade.

Outro dado que chama a aten-ção é o crescimento da internet para a busca de informações sobre saú-de. “Não dá para negar a internet no mundo moderno. Ela é parceira do médico, e não inimiga, mas é preci-so selecionar as informações. O ide-al é checá-las e ter respaldo médico. Uma coisa é a gente errar na compra virtual de um objeto, mas, com rela-ção à saúde, o dano pode ser irrepa-rável”, frisa Falci.

VIVER Novembro 25 - 2016

Pesquisa aponta que apenas 10% dos homens procuram o urologista, muitos por falta de conhecimento da importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

DesconhecidoNOVE M B RO AZ U L

Sim 56Não 44

%

Plano de saúde

%

Conhece alguém que teve ou tem câncer de próstata?

Sim 32Não 68

SAÚDE DO HOMEMAmostra inclui 1.130 homens das principais capitais. Saiba mais:

18 a 30 4831 a 40 2841 a 50 1351 a 60 8Mais de 60 3

%

Faixa etária

%

Empregado 76Desempregado 21Aposentado 3

Ocupação

Mais de 10 SM 12De 5 a 10 SM 28De 2 a 5 SM 38Até 2 SM 22

%Renda familiar (SM)

SM = Salário Mínimo

Solteiro 44Casado 41Vive com companheiro (a) 13Divorciado 3Viúvo 0

Estado civilSim 74Não 26

%

Foi ao médico nos últimos 6 meses? (*)

Clínico geral 54Outro 17Cardiologista 15Urologista 10

%

Especialidades mais consultadas: (*)

%Doenças/fatores de risco mais comuns: (*)

Hipertensão arterial 14Colesterol alto 10Doenças respiratórias 10Obesidade 9Diabetes 6Doenças cardíacas 3Câncer 0

%

Médico 81Websites 50Família 32Redes sociais 26Amigos 20Não busco informações 4Outros 2

Onde busca informações sobre sua saúde? (*)

Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida / Kaiser Associates

%

(*) IC= +-3%: Intervalo de Confi ança máximo (pode ser menor à medida que as porcentagens se distanciem de 50%), com nível de signifi cância de 5%

P O R F E R N A N D O T O R R E S

Às vésperas do Dia Mundial de Combate à Aids, o Brasil se depara, novamente, com outra epidemia transmitida pelas relações sexuais: a sífi lis, com 230 mil casos registrados desde 2010. “Os jovens têm se descuidado do preservativo, facilitando o contágio”, observa o infectologista Unaí Tupinam-bás, da Faculdade de Medicina da UFMG. Caracteri-zada por lesões indolores na genitália, no ânus e na boca, a DST é tratada com penicilina, que consegue eliminar totalmente a bactéria do oganismo. O problema é que muitas pessoas estão infectadas e não sabem. “As lesões aumentam a chance de transmissão do HIV e, em caso de gravidez, põem em risco a gestação e o desenvolvimento do bebê”, alerta o médico. Virar o jogo e acabar com o surto depen-de, além do uso de camisinha, de testes regulares, disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.

A volta da síf ilis

55% dos infectados têm entre 20 a 39 anos

56% dos casos estão na

região Sudeste

Fonte: Ministério da Saúde/dados referentes aos 65,8 mil casos de 2015

Fotos: Fotolia

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Choque térmicoCom o recém-lançado livro O Quente e o Frio da Voz, a fonoaudióloga mineira Janaína Pimenta propõe o uso da termoterapia para cuidar das pregas vocais. “O frio e o calor são recursos simples que previnem e ajudam a recuperar o inchaço dos músculos da laringe”, descreve Janaína, que atende famosos como Ivete Sangalo e os sertanejos Victor & Leo. Na mesma lógica da medicina do esporte, a aplicação de gelo por 20 a 30 minutos na região do pescoço ajuda a controlar as lesões já existentes. O vapor quente, por sua vez, evita que elas apareçam. “O aquecimento aumenta a circulação dosangue, fazendo uma espécie de drenagem nas pregas”, diz a fonoaudiologista.

Cérebro saradoMais uma razão para se manter ativo na velhice – fazer musculação duas vezes por semana ajuda a estimular a função cerebral e, como consequência, prevenir o mal de Alzheimer e outras demências. É que o levantamento de peso contribui para a melhora das funções cognitivas, segundo estudo da Universidade de Sidney, na Austrália. “Além disso, os exercícios de força muscular previnem a osteoporose e aumentam as chances de o idoso continuar a desempenhar as atividades do cotidiano”, acrescenta o médico Igor Lanna, especialista em geriatria.

NOTA IGC4NOTA4 Recredenciamento

do MEC

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Melhor nota. Melhor faculdadedo interior de Minas.

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68

A experiência do engenheiro Cássio Cruz como praticante de swing (troca de casais) rendeu frutos. Todo saidinho, o mineiro acaba de lançar o app Affinity SW, que utiliza o celular para conectar interessados a fim da brincadeira coletiva. “Morava em Ouro Branco e tinha dificuldade para encontrar outros swingers. No interior, as pessoas são muito retraídas”, re-clama. Problema resolvido: como usuários, Cássio e a mulher, a secretária Giulliana Rocha, já se

encontraram com três casais da cidade de 38 mil habitantes. “Todo mundo, em todo lugar, tem seu fetiche. O aplicativo poupa tempo e deixa as pessoas felizes”, garante. A novidade já chegou a 57 países, com mais de 50 mil downloads. “Depois do Brasil, os Estados Uni-dos são o carro-chefe. Tivemos que fazer uma ação de urgência para providenciar a plataforma em quatro idiomas”, conta ele, esque-cendo-se de que a linguagem do corpo é universal.

Mãe de duas meninas, a empresá-ria Liliane Carmo levou a um novo patamar as brincadeiras de Barbie com a pequena Lis, de 4 anos. Criou a marca Paixão Estampada, es-pecializada em transformar dese-nhos de crianças em estampas de roupas. O primeiro, concebido para a filha e para a boneca, foi posta-do no Facebook e rendeu mais de 400 pedidos de encomenda em duas horas. “O projeto foi inspirado em outro similar de uma mãe ame-ricana e não havia nada igual aqui no Brasil. Quando fiz para a Lis, não entendia nada de tecidos e, mesmo assim, ela disse que foi o melhor presente da vida dela. A ideia sem-pre foi dar esse protagonismo e en-volvimento da criança com a roupa pelo desenho que mostra tanto da personalidade delas”, conta.

Colaboração: Fernando Torres e Lucas Rocha

Moda afetivaSexo na palma da mão

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Mestre em carisma

Paixão sem idadeA corrida esteve presente na maior parte da vida de Afonso Cappai. Aos 72 anos, ela tem significado ainda mais especial. Entre as viagens como consultor, Cappai sempre acha um lugar e horário para praticar. Incentivado pelo pensamento de que já teria conseguido dar a volta ao mundo, começou a registrar o projeto da Linha do Equador, tendo como referência a distância de 40 mil quilômetros. Já com a quilometragem rodada marcando os 35 mil, o corredor deve completar a meta em 2019, correndo na linha virtual do Equador, no Macapá. Com o objetivo de inspirar as pessoas, ele lança o livro Paixão por Correr, em que conta sua história. “A corrida me dá qualidade de vida e me ajuda a viver

mais. Quero mostrar às pessoas que é possível ter saúde mantendo as coisas que você gosta. Eu, por exemplo, não abro mão da cervejinha”, diverte-se.

Roberto Benatti

Pedro Vilela/Agência i7anos, hoje ela ocupa o cargo de maître no prestigiado D’Artagnan Bistrô, em Lourdes. Formada em Serviço Social, Nogueira não che-gou a exercer a profissão, mas mantém a paixão e a vontade de um dia prestar concurso para a área. Atualmente, dedica-se exclusiva-mente ao restaurante que a convi-dou especialmente para assumir a vaga. “Sou extremamente grata ao D’Artagnan pela oportunidade de voltar para cá. Com uma história longa como a minha, que passa também pelo restaurante A Favo-rita, é incrível manter essa relação tão boa com os clientes. São tantos anos que já conheço grande parte e pude acompanhá-los em várias fa-ses, de quando alguns eram apenas namorados, depois casaram e hoje vêm aqui com os filhos”, relembra a maître.

O ano era 1996. Foi quando Ales-sandra Nogueira deu seu primeiro passo no mundo da gastronomia, ainda como garçonete. Aos 41

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Entre 28 e 30 de novembro, o hotel Mercure Lourdes recebe a segunda edição do Congresso Mineiro de Gastronomia. Com o objetivo de abordar as principais tendências mundiais do mercado e temas como sustentabilidade, turismo e empreendedorismo, o evento con-tará com aulas de cozinha show, degustações, exposição de produ-tos, palestras, workshops, ofi cinas, mesas-redondas, encontro de blo-

Tendências gastro

gueiros e outras atividades. Na lista de chefs participantes, nomes de peso como Leonardo Paixão, Jaime Solares e Júlia Martins. “Trata-se de uma excelente oportunidade para empresários e profi ssionais promo-

verem intercâmbio de ideias, con-quistarem novos mercados e, ainda, realizarem negócios entre si”, conta Marcelo Wanderley (à esq.), um dos organizadores do evento, ao lado de Nelson Cunha.

Maíra Rolim/Agenda Comunicação

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Que a magia do Natal ganhe

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O quê 6Conexão EmpresarialOnde 6 Espaço V

O Porto do Açu foi apresentado a empresários e autoridades mineiras pelo diretor comercial da Prumo Logística, Fernando Schuffner, durante o almoço-palestra promovido pelo Conexão Empresarial, evento do grupo VB Comunicação. No encontro, Schuffner mostrou as potencialidades de negócios que podem ser geradas no complexo portuário, o maior porto privado do país localizado em São João da Barra, no Rio de Janeiro, e que contou com investimentos da ordem de 13 bilhões. Fotos: Tião Mourão

6 Palestra de Fernando Schuffner

6 Silmara Sales e Idalmo Sales

6 Natan Portes e Alexandre Boaventura

6 Diego Borges e Daniel Baeta

6 Elson de Barros Gomes Júnior, Vítor Penido e Leonardo Ananda

6 José Marcílio, Marcílio Soares e Daniel Baeta

6 Vanessa Teixeira, Fernando Shuffner e Bárbara Bortolin 6 GCO, Fernando Schuffner e PCO

6 Paulo Navarro, Humberto Alves Pereira, Valentino Rizzioli, Celso Picchioni

6 Felipe Palhares Guerra Lage e Rodrigo Palhares Guerra Lage6 Valentino Rizzioli e Vítor Penido

6 Marcílio Soares, Idalmo Sales e Silmara Sales

6 Vanessa Teixeira, Bárbara Bortolin e GCO

6 Hudson Carvalho, SassáMartins e Rodrigo Cury

6 Angélica Figueiredo e Nathália Peixoto

6 Idalmo Sales e Wagner Espanha

6 Anderson Thurner e Maria Eugênia Lages 6 Elson de Barros Gomes Júnior e GCO

6 Ricardo Costin, Sérgio Pitchon, Daniel Baeta e Cristiano Braga

6 Marcílio Soares, José Marcílio Nunes e Helvécio Flores

6 Fernando Schuffner, Vítor Penido e PCO

6 José Marcílio Nunes e Valentino Rizzioli

6 Nathália Peixoto, Angélica Figueiredo, Maria Eugênia Lages e Sueli Cotta

6 Francisco Pontello, Jefferson Martins e Luiz Brandão

6 Zilma Santos, Marco Paulo Mascarenhas, Fabrícia Medeiros, Roberta Soares e Lucélia Dias

6 Simone Gomes, Léo Bortoletto e Juliana Couto Martins

6 Marcos Abreu e Marcos Carneiro

6 Arndt Ohletz e Maria Ximena Alvarez

6 Aracy Oliveira, Manoel Guimarães e Sérgio Pitchon

6 Roland Von Urban e Francisco Pontello

VIVER Novembro 25 - 2016 73

VIVER Novembro 25 - 201674

O quê 6AniversárioOnde 6 Pampulha

A elegante Dorita Freitas Castro comemorou 80 anos em grande estilo, recebendo familiares e os muitos amigos para um impecável almoço pilotado pelo chef Cantídio Lanna, no charmoso espaço de eventos do Clube do Ipê. Ao lado da filha Kiki, do genro Lesley Scarioli, dos netos Anna e João e rodeada das irmãs Mazinha, Vivinha, Pichita, Helena e Lourdinha, a aniversariante esbanjava alegria. A festa teve pista animada por um professor de dança e pelo som do DJ Murilo Rico. Fotos: J. Urias

6 Dorita Freitas Castro, Pichita Lanna e Imaculada Ballesteros

6 Telma Ribeiro, Maria Augusta Viana, Dorita Freitas Castro e Tetê Soares

6 Maria de Lourdes Drumond, Luciana Coutinho, Dorita Freitas Castro e Cláudia Rios

6 Isaura Sperb, José Gil Duarte e Fernanda Sperb 6 Dorita Freitas Castro, Luiza Lanna e PCO

6 Silvia Pompéia, Dorita Freitas Castro e Antonieta Pinheiro

6 Alberto Laender, Cristina Trivellato, Dorita Freitas Castro, Ana Luiza Trivellato e Ulisses Lins

6 Cláudia Santos, Kiki Scarioli, Anna Scarioli e Luiza Filizzola

6 Sandra e Cantídio Lanna, Kiki Scarioli e Raphael Lanna

6 Leila Arges, Mírian Kalil, Dorita Freitas Castro e Shirlei Lima

6 Daniela Soares, Mariana Scarioli e Letícia Gontijo

6 Nilda Scarioli, Júlio Soares, Daniela Soares e Júlia Soares

6 Luiza Lanna, Tomás Anastasia Rebelo Horta e Johanna

6 Marcelo Melo, André Vitória, Tomás Anastasia Rebelo Horta e Fernando Lopes

6 Kiki Scarioli, Mírian Kalil e Lesley Scarioli

6 As irmãs Mazinha, Vivinha, Pichita, Dorita, Helena e Lourdinha Harmendani

VIVER Novembro 25 - 201676

O quê 6Lançamento de livroOnde 6 Pátio Savassi

O escritor e jornalista JD Vital lançou na Livraria Leitura seu terceiro livro, intitulado A revoada dos anjos de Minas (ou a Diáspora de Mariana), Editora Autêntica. O livro retrata, entre outros temas, o fechamento temporário do tradicional Seminário Maior de Mariana, em 1967, por determinação do arcebispo dom Oscar de Oliveira. O seminário era dirigido pelos padres lazaristas do Caraça, trazidos pelo ex-bispo de Mariana, dom Antônio Ferreira Viçoso. Fotos: Tião Mourão

6 JD Vital e Rejane Dias 6 Chico Brant e JD Vital

6 Leoni Pires e JD Vital

6 Renato Dias Cardoso e JD Vital

6 Carlos Alberto Bezerra de Moura, JD Vital, Antônio Gilberto Ribeiro Castro e Hernane Rogério Salles Moura

6 Pedro Lemos, dom Francisco Barroso e JD Vital

6 Guy Almeida e JD Vital

6 JD Vital, João Batista Lembi Ferreira e Elmás Vital

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O quê 6CasamentoOnde 6 Espaço

Maggiore

Foi dos mais bonitos, com a presença de representantes do setor sucroalcooleiro mineiro, o casamento do presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) e dos Sindicatos da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Minas Gerais, Mário Ferreira Campos Filho, com Angela Valentino. Após o religioso, os noivos brindaram a união com uma bela festa com bufê do Gustare, decoração da Florescer, cerimonial de Sheilla Arrais e ao som do Dj Vavá. Fotos: Tião Mourão

6 Ângela e sua mãe Terezinha Venâncio Valentino

6 Mário Campos e Ângela Valentino

6 Samuel, Ilma, Francisco Simões e Mário Campos

6 Leonardo Campos, Raquel Campos, Terezinha Campos, Bruna Oliveira, Rômulo Campos

6 Padre André, Ângela e Mário Campos

6 Terezinha Venâncio Valentino, Ângela Valentino, Mário Campos, Terezinha Nunes de Lima Campos e Mário Ferreira Campos

6 Mário Campos, Andréa Vioti e Robert Lyra

VIVER Novembro 25 - 2016 79

6 Ilivane Valentino, Elizângela Valentino, Alexandre Ferreira

6 Bruna Oliveira, Leonardo Campos, Ângela, Mário Campos, Elizangela Valentino, Alexandre Ferreira

6 Gil Pereira e Cristina Pereira6 Mário Ribeiro, Luiza Nunes Lima Campos e Lavínia Campos

6 Luiz Marques, Antonieta Marques, Heloísa e Luiz Custódio Martins

6 Bruna Oliveira, Terezinha Valentino, Juliana Silveira, Ângela Valentino, Ilivane Valentino, Lavinia e Luiza Nunes Campos

6 Mário Campos, Mário Ferreira Campos e Leonardo Campos

6 Ângela Valentino, Nicoli, Gabriela, Raquel

6 Antônio Carlos Arantes, Sirlene Arantes, Luciana e Felipe Atiê

6 Alberto Pinto Coelho, Anderson Adauto e Ângela Mayrink

6 Romeu Silveira, Mário Ferreira Campos, Palmira Campos, Yaskara Campos, Rômulo Campos

6 Juliana Silveira, Frederico Nunes, Ângela, Mário Campos, Heloisa e Luiza Custódio Martins

VIVER Novembro 25 - 201680

O quê 6Sessão de autógrafosOnde 6 Espaço Cultural do

jornal O Tempo

Colegas de trabalho - ambos são cronistas do jornal O Tempo - e apaixonados por bichos, Laura Medioli e Fernando Fabbrini lançaram o delicioso livro “Só de Bicho: Crônicas Divertidas para Quem Ama os Animais”, pela Sempre Editora. Com prefácio do cientista e professor Ângelo Machado, a obra é uma coletânea de histórias emocionantes e bem humoradas sobre bichos escritas pelos autores. A renda com a venda dos livros será revertida para ONGs protetoras dos animais. Fotos: Tião Mourão

6 Reinaldo Lima, Júnia Lima, Maria Vitória Lima, Laura Medioli e Fernando Fabbrini

6 Silvana Melo, Carla Chaves, Maura Botinha6 Ângelo Osvaldo de Araújo, Wanda Werneck e Felipe Naves

6 Christiana Malm, Suzete Malm, Aira Kalil, Dalva Junqueira

6 Maria Luiza Falci e Nima Falci6 Carlos Herculano Lopes, Fernando Fabbrini e Laura Medioli

6 Fernando Fabbrini, Laura Medioli e Humberto Alves Pereira

6 Aurora Russi, Fernando Fabbrini, Laura Medioli, Ângelo Osvaldo Araújo e Daniela Medioli

6 Daniela, Vittorio Medioli, Glorinha Machado, Laura e Marina Medioli

6 Glorinha e Ângelo Machado

VIVER Novembro 25 - 2016

O Brasil pede socorro

Começo hoje minha crônica com duas pequenas estórias. Cidadão socialmente bem posicionado, mo-rador no Morumbi, bairro de moradores da classe alta em São Paulo, cunhado do governador daquele estado, praticamente vizinho do palácio do governo, teve a casa assaltada, e isto apesar da residência possuir um forte e dispendioso aparato de segurança. Os assaltantes, eram seis, pouco ligaram para todos esses detalhes. Imobili-zaram os guardas e empregados da residência. Agredi-ram violentamente a vítima e fugiram levando tudo que podiam, joias, relógios e dinheiro. Mudo o palco e os acontecimentos. Em Belo Horizonte, praticamente no mesmo dia, em horário diferente, uma jovem é também assaltada, junto com seu namorado, por dois bandidos que lhes roubam os tênis. Não satisfeito um dos me-liantes atira, covardemente, contra a vítima indefesa

por mera maldade. Ainda que socorrida, a pobre jovem não resistiu aos ferimentos. Outro furto, desta feita com uma morte. Um latrocínio portanto.

Se abrirmos quaisquer outros jornais de todo o país, tomaremos conhecimento de ocorrências como essas de norte ao sul do Brasil. É um número de mor-tes violentas superior ao que ocorre na guerra da Síria. Voltemos aos dias de hoje. Sei bem das limitações deste cronista, ainda que dispondo de um espaço privilegia-do na revista Viver. Por isso, gostaria muito que essas preocupações pudessem repercutir entre meus leitores, cujos respectivos prestígios, sei bem, atingem os níveis mais elevados junto a nossos governos, estadual e fede-ral. Nosso Brasil está correndo sério risco. Não podemos mais aceitar passivamente tamanho descontrole da cri-

minalidade. Não se trata de vergonha, é receio mesmo. Mata-se hoje, em nosso país, por dez tostões. Morrem homens e mulheres. Morrem crianças. Morrem poli-ciais. Ultrapassamos todos os limites suportáveis.

Nenhum brasileiro, hoje, sai às ruas de sua cidade com a tranquilidade que o fazia no passado. Não im-porta se capital ou interior. E não estou falando de um tempo tão longínquo. Dez anos apenas. Nunca as casas em que moramos foram tão protegidas contra assaltos. Cercas elétricas, dispositivos de alarme. Segurança ele-trônica. Portas de aço. Guarda armada. E um medo per-manente. Não vemos policiais nas ruas e nos sentimos rigorosamente desamparados. Os crimes de estupro se-guem crescentes a cada ano. São mulheres ainda jovens que carregarão o impacto dessa violência para o resto de suas vidas. Ou mulheres maduras que sofrem da mesma forma. O perigo ronda nossas escolas e igualmente os campus de nossas universidades. As saídas dos estudan-tes de quaisquer delas são precedidas de todo o cuidado e recomendações. E apesar de tantas preocupações os assaltos e mortes continuam a acontecer.

A segurança vai ganhando prioridade entre os bra-sileiros. Mais que a saúde, que é outro caos. A impren-sa nacional, e estou falando dos principais jornais, é um retrato diário da criminalidade que a todos atinge. Editoriais os mais diversos e contudentes clamam por providências. E nada acontece. Temos de nos movimen-tar junto a todas as autoridades que nossas relações o permitirem, para fazer repercutir nossas preocupações a respeito. Mais que isso. Alertar, com veemência, para a gravidade da situação e lembrar aos políticos que as eleições de 2018 estão próximas. Os eleitores, estou cer-to, não perdoarão o desinteresse de seus representantes em Brasília ou no Estado. O Brasil lidera hoje o ranking mundial de homicídios. Somente esta indesejável lide-rança já seria suficiente, entendo eu, para que nossos governantes adotassem medidas bem planejadas, mais objetivas e eficazes para reduzir a criminalidade. En-tretanto nada acontece. Precisamos de ações muito urgentes.

O Brasil pede e merece socorro.

Hermógenes Ladeira, empresário

Nenhum brasileiro, hoje, sai às ruas de sua cidade com a tranquilidade que o fazia no passado. Não importa se capital ou interior. E não estou falando de um tempo tão longínquo

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Hermógenes Ladeira

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