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EDIÇÃO ESPECIAL MOB OF GOD UM GRUPO ECLÉTICO

Entrevista Mob Of God

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Mais uma edição especial do Som À Letra

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EDIÇÃO ESPECIAL

MOB OF GOD

UM GRUPO ECLÉTICO

Editorial Som à procura de novos talentos

Chamam-se Mob of God e representam uma importante passo no projecto Som à Letra, que a partir de agora vai estar atento aos talentos emergentes que a internet nos presenteia.

O contexto musical está em contínua mutação e a internet é a grande responsável. Youtube, myspace, facebook revelam-se ferramentas cruciais na divulgação de novos talentos. O próprio Som à Letra tem alargado a cada dia o seu público graças aos beneficios da net colaborativa, ou melhor, web 2.0. Mantém-se, contudo, o hino do Som À Letra nesta nova fase, com os dois “V” a liderar: Vintage e Vanguardismo. Narrativas acústicas, reportagens, artigos sobre movimentos musiciais , radialistas que fizeram história integram a ideologia do Som à Letra. Há pouco mais de seis meses o projecto tem crescido a cada dia, muito devido ao feedback do público.

Para a semana uma emissão especial A menina dança? Produção, Realização, Edição: Irene Leite

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somaletra.blogspot.com retrovoltagens.wordpress.com

Um programa de Irene Leite e Daniela Espírito Santo

Novas categorias são quase diariamente pensadas com o objectivo de reunir as bases para o site do Som À Letra. Mais tarde será a vez do jornal. Mas para quê apressar? Devarinho se vai a longe , diz o ditado popular. Assim também pensa o Som À Letra , sempre com o contributo dos seus leitores, parte integrante deste projecto.

Um feedback é sempre bem vindo: [email protected] Até já. Irene Leite

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Do jazz, ao rock, do blues ao metal , do fado ao funk. São estes os ingredientes musicais dos Mob of God, banda lisboeta que promete dar que falar nos próximos tempos. O Som à Letra falou com Maria João Oliveira, vocalista do grupo, para conhecer o projecto desta “geração de Deus”. Texto de Irene Leite

MOB OF GOD UM GRUPO ECLÉTICO

C hamam-se Mob of God e são uma banda lisboeta que no seu repertório musical abarca géneros tão distintos como o jazz, o rock, metal , blues ou funk. O grupo é composto por Maria João Oliveira (voz) ,Nuno Tavares (guitarra eléctrica e voz) ,Pedro Torradas (baixo) , Ricardo Penedo (teclas) e Bruno Gaspar (bateria). As origens A amizade que liga os membros do grupo conduziu à criação do conceito Mob of God por volta de 2004. “É difícil apontar datas”, começa por explicar ao Som à Letra Maria João Oliveira, vocalista do grupo. “Na verdade, o Nuno, o Pedro e o Bruno são amigos de infância , dando sempe lugar a experiências

entre os três, com intervalos pelo meio “e projectos paralelos”. Depois , foi a vez de Ricardo juntar-se ao grupo, mantendo-se, contudo, o carácter experimental do projecto. Só com a entrada da vocalista , Maria João Oliveira , em 2008 é que tudo muda nos Mob of God, agora um grupo comprometido com o público. Depois de tantos anos em experiência musical, as evoluções na sonoridade do grupo decorrem sempre. “Desde que "fechámos" a formação da banda temos criado músicas novas e simultaneamente trabalhado as que já existiam. As primeiras reflectem-nos mais, mas as últimas soam-nos mais consistentes” explica Maria João Oliveira ao Som à Letra.

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Porquê Mob of God? Outro dos aspectos que intrigou o Som à Letra quando começou a explorar este grupo foi o seu nome : Mob of God. Traduzida literalmente (o Som à Letra ousou aplicar o termo geração) significa “ Gente de Deus”, “Máfia de Deus”, ou mesmo “Multidão de Deus”. No entanto, para o grupo “trata-se sobretudo de um conceito paradoxal que no fundo está ligado à nossa condição humana enquanto seres imperfeitos dotados de consciência, aptos para o bem e para o mal”.

Haverá algum cheirinho a Doors? Com tantas bandas (vejam a extensa lista do Youtube...) e estilos musicais diversificados há sempre uma dúvida a pairar:será que há alguma banda/cantor com especial destaque neste grupo? Por exenplo, na spoke from a tree haverá algum cheirinho a Doors???... “Não necessariamente em todos os casos! É até uma honra perceber que somos comparados a música que as pessoas gostam.”, esclarece de imediato Maria João Oliveira. “Como costumamos dizer, as nossas músicas são reflexos de momentos, estados pontuais. Por isso não deixa de ser curioso, que diferentes pessoas apontem diferentes nomes. E lisonjeador… que nos liguem a algo que gostam, mas é sempre algo inesperado para nós”, conclui a vocalista dos Mob of God.

“A única coerência que procuramos é guiada pelo nosso gosto e democracia dentro da banda” Um dos caracteres disitintos que o Som à Letra apreendeu desde ,logo aquando da audição das músicas dos Mob of God é a capacidade de uma música em concreto abarcar todo um conjunto de influências musicais distiintas, possivelmente ligadas a cada um dos membros do grupo. De facto, a sonoridade “foi sofrendo transformações, conforme a inclusão dos elementos. Foi e é algo também influenciado pelo background de cada um noutros projectos anteriores e paralelos”, confessa Maria João Oliveira ao Som à Letra. ´”O Ricardo vinha de um projecto ska e punk ,o Nuno do grunge, eu fazia covers mais Pop, Soul, Jazz, por exemplo. Basicamente alguém tem uma ideia, e todos interpretam essa ideia de acordo com a sua visão pessoal, e essa interpretação resulta no nosso som final”, remata a vocalista.

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O Som à Letra aconselha: http://www.myspace.com/mobofgod http://www.youtube.com/mobofg

As novas tecnologias como rampa de lançamento dos Mob of God

A s redes sociais (youtube, myspace ou facebook) têm sido importantes para a

divulgação mas também maturação dos Mob of God. “O feedback tem sido positivo e motivador. Essa consciência de que existem pessoas minimamente atentas ao que fazemos, faz-nos continuar a apostar no projecto e a levá-lo o mais seriamente possível” , diz Maria João Oliveira. Para já, os Mob of God ainda não apresentam EP, mas já estão a trabalhar o cartão de visita do grupo. “Creio que no final do Verão já estará à venda. Estamos a trabalhar nesse sentido”, avança a vocalista. Depois será a vez dos concertos.” Para breve, esperemos”. A banda também ainda não estabeleceu contactos com editoras. “Estamos por nossa conta e risco e não sabemos bem o que podemos esperar a seguir. Como tudo, tem vantagens e desvantagens, mas é algo consciente. Se fizer sentido no futuro, tentaremos entrar em contacto com alguma editora”, remata a vocalista do grupo.

As nossas músicas são reflexos

de momentos, estados

pontuais. Por isso não deixa de ser curioso,

que diferentes pessoas apontem diferentes

nomes”

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