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EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

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EQUIPA TÉCNICA

Eng. Paulo Noronha Equipa técnica da IrRADIARE coordenada por:

Eng. João Rodrigues Eng. Marcos António Nogueira

Eng. Artur Silva Dra. Elsa Maria Nunes

Eng. Américo Alexandre Pires

Janeiro 2015

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Índice

Vila Nova de Foz Côa ............................................. 1

Matriz energética ................................................. 5

Nota Metodológica .................................................................................. 6

Vetores Energéticos ................................................................................. 7

Consumos Setoriais .................................................................................. 8

Índices e Indicadores de Densidade e Intensidade Energética ............. 11

Desagregação subsetorial de consumos ................................................ 46

Comparação de indicadores de Vila Nova de Foz Côa com

Portugal Continental ............................................ 50

Matriz de Emissões ............................................... 51

Nota Metodológica ................................................................................ 51

Emissões Setoriais .................................................................................. 52

Emissões por Vetor Energético .............................................................. 53

Produção Renovável ............................................. 54

Plano de ação para a energia sustentável ................... 59

Medidas de sustentabilidade energética ............................................... 62

Quantificação das medidas de sustentabilidade energética ................. 90

Análise SWOT ................................................... 100

Benefício energético e ambiental ........................... 106

Instrumentos ....................................................................................... 108

Programas............................................................................................ 110

Inovação .............................................................................................. 112

Modelo de implementação .................................... 113

PAES ..................................................................................................... 115

Equipamentos e projetos ................................................ 117

Consumos Energéticos e Emissões de CO2 ............................ 117

Carácter Inovador ........................................................ 117

Boas Práticas........................................................................................ 118

Balanço Financeiro .............................................................................. 122

Promoção da Eficiência Energética e Penetração das Energias

Renováveis .............................................................................................. 127

Estratégia nacional de energia ......................................... 128

Agenda Regional da Energia e Outras Agendas Regionais Relevantes

............................................................................... 128

Nota Final ........................................................ 129

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Índice de figuras

Figura 1 - Localização geográfica do Município de Vila Nova

de Foz Côa ........................................................... 2

Figura 2 - População residente no Município de Vila Nova de

Foz Côa no período de 2000 a 2012 .............................. 3

Figura 3 - Distribuição setorial do VAB em Vila Nova de Foz

Côa no ano 2012 ..................................................... 3

Figura 4 - Consumo de Energia por Vetor Energético em

2010, 2020 e 2030 [%] .............................................. 7

Figura 5 - Consumo de Energia Elétrica por Setor de

Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%] ............................. 8

Figura 6 - Consumo Total de Combustíveis Fósseis por Setor

de Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%] .......................... 9

Figura 7 - Consumo Total de Energia por Setor de Atividade

em 2010, 2020 e 2030 [%] ........................................ 10

Figura 8 - Consumo de Energia Final ........................... 11

Figura 9 - Intensidade Energética do concelho ............... 12

Figura 10 - Intensidade Energética por Setor de Atividade . 13

Figura 11 - Consumo de Energia por Habitante ............... 14

Figura 12 - Consumo Total de Energia no Setor Doméstico . 15

Figura 13 - Consumo Total de Energia no Setor Indústria ... 16

Figura 14 - Consumo Total de Energia no Setor Serviços .... 17

Figura 15 - Consumo Total de Energia no Setor Agrícola .... 18

Figura 16 - Consumo Total de Energia no Setor Transportes 19

Figura 17 - Consumo Total de Energia Elétrica ............... 20

Figura 18 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor

Doméstico .......................................................... 21

Figura 19 - Consumo de Energia Elétrica no Setor Industrial 22

Figura 20 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor

Serviços ............................................................. 23

Figura 21 - Consumo Total de Energia Elétrica em Serviços de

Abastecimento de Água .......................................... 24

Figura 22 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor

Turismo – Restauração ............................................ 25

Figura 23 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor

Turismo – Hotelaria ............................................... 26

Figura 24 - Consumo Total de Energia Elétrica por Habitante

....................................................................... 27

Figura 25 - Consumo de Energia Elétrica no Setor Doméstico

por Habitante ...................................................... 28

Figura 26 - Consumo de Energia Elétrica por Consumidor

Industrial ........................................................... 29

Figura 27 – Consumo Total de Gás Butano e de Gás Propano30

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Figura 28 - Consumo Total de Gás Natural .................... 31

Figura 29 - Consumo Total de Gasolinas e Gás Auto ......... 32

Figura 30 - Total de Gasóleo Rodoviário Vendido ............ 33

Figura 31 - Consumo Total de Outros Gasóleos ............... 34

Figura 32 - Consumo Total de Combustíveis Petrolíferos ... 35

Figura 33 - Consumo Total de Energia de Origem Petrolífera

no Setor Transportes ............................................. 36

Figura 34 - Consumo Total de Energia Elétrica do Setor

Doméstico por Edifício de Habitação e por Alojamento ..... 37

Figura 35 - Consumo Total de Energia do Setor Doméstico por

Edifício de Habitação e por Alojamento ....................... 38

Figura 36 - Consumo Total de Energia Elétrica em Iluminação

Pública .............................................................. 39

Figura 37 - Custo da Energia Elétrica Consumida em

Iluminação Pública no Total de Despesas Municipais ........ 40

Figura 38 - Consumo Total de Energia por Trabalhador por

Conta de Outrem no Setor Industrial e Serviços .............. 41

Figura 39 - Consumo Total de Energia no Setor Agrícola por

Custo do Trabalho ................................................. 42

Figura 40 - Consumo Total de Energia no Setor Serviços por

Custo do Trabalho ................................................. 43

Figura 41 - Consumo Total de Energia no Setor Industrial por

Custo de Trabalho ................................................. 44

Figura 42 - Custo da Energia Elétrica Consumida no Setor

Industrial por Custo do Trabalho ................................ 45

Figura 43 - Emissões de CO2 por Setor de Atividade em 2010,

2020 e 2030 [%] .................................................... 52

Figura 44 - Emissões de CO2 por Vetor Energético Consumido

em 2010, 2020 e 2030 [%] ........................................ 53

Figura 45 - Repartição da Produção Renovável de Energia

Elétrica em Portugal por Fonte Energética (2010) ........... 55

Figura 46 - Repartição da Produção Renovável de Energia

Elétrica em Vila Nova de Foz Côa por Fonte Energética

(2010) ............................................................... 56

Figura 47 - Centros electroprodutores de base renovável

localizados na região de abrangência da CIM Douro (2014) . 57

Figura 48 - Irradiação global e potencial máximo de produção

de energia elétrica fotovoltaica em Portugal Continental

(2010) (Fonte: JRC) ............................................... 58

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Índice de quadros

Quadro 1- Consumo de Energia Elétrica por Subsetor (2010).

....................................................................... 46

Quadro 2- Consumo de Gás Natural por Subsetor (2010). ... 48

Quadro 3- Vendas de Combustíveis Petrolíferos por Subsetor

(2010). .............................................................. 49

Quadro 4 - Comparação dos principais indicadores

energéticos de Vila Nova de Foz Côa com Portugal

Continental (2010). ............................................... 50

Quadro 5 - Produção Renovável de Energia Elétrica em

Portugal Continental por Fonte Energética (2010) ........... 54

Quadro 6 - Produção Renovável de Energia Elétrica na área

de abrangência da Agência de Energia de Vila Nova de Foz

Côa por Fonte Energética (2010) ............................... 56

Quadro 7 - Consumo de energia em 2008 - referência para a

quantificação do impacto da implementação de medidas de

sustentabilidade energética. .................................... 92

Quadro 8 - Consumo de energia estimado par 2020 admitindo

a implementação de medidas de sustentabilidade

energética. ......................................................... 94

Quadro 9 - Estimativa da redução de consumo de energia

conseguida com implementação das medidas de

sustentabilidade energética. .................................... 96

Quadro 10 - Quadro resumo dos valores agregados da

estimativa de impacto de implementação das medidas de

sustentabilidade energética ..................................... 99

Quadro 11 - Quadro resumo das reduções conseguidas com a

implementação das medidas de sustentabilidade energética,

tomando como referência o ano base de 2008................ 99

Quadro 12 - Estimativa do volume de investimento líquido

em sustentabilidade energética necessário para a

implementação das medidas do PAES no setor municipal .. 125

Quadro 13 - Estimativa do volume de investimento líquido

privado em sustentabilidade energética necessário para a

implementação das medidas do PAES ......................... 125

Quadro 14 - Potenciais fontes de financiamento público para

a implementação das medidas do PAES e respetivo volume

de investimento .................................................. 126

Quadro 15 - Potenciais fontes de financiamento privado para

a implementação das medidas do PAES e respetivo volume

de investimento .................................................. 126

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1 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

VILA NOVA DE FOZ CÔA

Vila Nova de Foz Côa fica situado na região norte de Portugal

e sub-região do Douro. A vila foi elevada à categoria de

cidade em 1997 e é um Município digno de se visitar. O seu

património artístico e cultural é vasto e as paisagens de

beleza única. É possível contemplar os dois rios que

atravessam a cidade, o Douro e o Côa, e que são tão

importantes à população. O concelho tem diversos miradouros

que permitem à população e aos visitantes apreciar a beleza

de toda a região. Vila Nova de Foz Côa possui diversos

monumentos de vigia e defesa do tempo da civilização

castreja que faz parte da história do concelho. Entre eles

estão o Castelo Melhor, o Castelo Velho e o Castelo de

Numão, todos eles distintos. Foram construídos em diferentes

épocas, as suas muralhas estão dispostas de forma distinta e

foram uteis em diversos momentos da história. A agricultura

tem grande importância neste concelho e em toda a região do

Douro. A amêndoa está presente em todas as freguesias do

concelho de Vila Nova de Foz Côa e este é o concelho em

Portugal com maior densidade de amendoeiras. Outras

produções de qualidade no concelho são o vinho e o azeite.

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2 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Figura 1 - Localização geográfica do Município de Vila Nova de Foz Côa

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3 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Vila Nova de Foz Côa tem uma densidade populacional de 18

habitantes/Km2 (2012), inferior à densidade populacional

média do País (115 habitantes/Km2, 2012).

De acordo com dados divulgados pelo INE a população

residente no Município diminuiu gradualmente na última

década. A figura 2 ilustra a evolução da população residente

no concelho no período de 2000 a 2012.

8.485

7.9137.322

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

2000 2005 2010

[hab]

População Residente [hab/ano]

Figura 2 - População residente no Município de Vila Nova de Foz Côa no período de 2000 a 2012

As atividades de indústria constituem o setor de atividade

predominante no Município, destacando-se também a

atividade de serviçps, como ilustrado na figura 3.

13%

50%

37%

Distribuição setorial do VAB em 2012 [%]

Setor agrícola

Setor industrial

Setor de serviços

Figura 3 - Distribuição setorial do VAB em Vila Nova de Foz Côa no ano 2012

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4 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Vila Nova de Foz Côa integra a Comunidade Intermunicipal

do Douro - CIM Douro - constituída a 2 de Fevereiro

de 2009. A CIM Douro visa promover o planeamento e a

gestão da estratégia de desenvolvimento económico, social e

ambiental do território da NUTS III Douro.

A CIM Douro é uma associação de fins múltiplos, pessoa

coletiva de direito público de natureza associativa e

âmbito territorial e visa a realização de interesses comuns

aos Municípios que a integram.

A sua intervenção estende-se aos municípios de Alijó,

Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta,

Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Murça,

Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de

Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço,

Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila

Real. A área de abrangência da CIM Douro estende-se numa

superfície de cerca de 4.032 Km2, na qual residem cerca de

201.741 habitantes (ano 2012).

A CIM Douro pretende contribuir para um modelo de

desenvolvimento sustentável, atuando na procura de

soluções inovadoras com menor impacte ambiental e na

introdução de conceitos de eficiência energética e ambiental

nos processos de planeamento e de ordenamento do

território. Através das suas agências de energia a

Comunidade Intermunicipal do Douro tem trabalhado

ativamente na promoção da Energia Sustentável na região.

Destacam-se os projetos AREDOURO – Biomassa no

Aquecimento e AREDOURO – Ações na Iluminação Pública,

dois dos projetos mais emblemáticos desenvolvidos.

O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu

no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas

de aquecimento com recurso a biomassa florestal em

edifícios de educação localizados em municípios do Vale do

Douro Norte. O projeto resultou no investimento de cerca de

1.200.000,00€ para instalação, em escolas do 1º CEB e

Jardins de Infância, de diversas tecnologias de sistemas de

aquecimento a biomassa florestal (Briquetes e Pellets),

tendo sido obtidos financiamentos através de candidaturas

apresentadas ao QCAII – Programa ENERGIA e ao QCAIII –

Programa PRIME – Medida MAPE.

O projeto “AREDOURO – Ações na Iluminação Pública"

decorreu no período 2000 - 2010 e envolveu diversas

atuações na vertente da Iluminação Pública (IP). Numa

primeira fase o projeto abrangeu 7 municípios da atual

CIMDOURO e resultou num investimento de 2.500.000€. Na

fase posterior o projeto foi alargado a todos os municípios da

área de abrangência da AREDOURO, representando um

investimento de cerca de 38.000€.

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5 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

MATRIZ ENERGÉTICA

Com a execução da matriz energética de Vila Nova de Foz

Côa pretende-se caracterizar os consumos energéticos locais

e as respetivas tendências evolutivas, permitindo

fundamentar processos de tomada de decisão, a nível local e

regional e, consequentemente, progredir no aumento da

sustentabilidade e na melhoria de qualidade de vida das

populações.

A matriz energética é também um instrumento de avaliação

do potencial de desenvolvimento do sistema energético do

Município e uma ferramenta fundamental para a definição de

estratégias energéticas e ambientais. A análise previsional

realizada permite atuar proativamente, na gestão da procura

e da oferta, no sentido de promover a sustentabilidade

energética do Município.

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6 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Nota Metodológica

Na presente análise propõem-se cenários de evolução da

procura energética para um horizonte temporal que se

encerra em 2030.

Os cenários são calculados através de um modelo

matemático que toma por base as projeções disponíveis,

através de organizações internacionais e organismos públicos

responsáveis por planeamento e estudo prospetivo. Estas

projeções referem-se a variáveis macroeconómicas e

demográficas. Complementarmente são considerados os

cenários de evolução do sistema energético nacional,

estimados para o espaço nacional.

Entre o conjunto de entidades cujas referências foram

consideradas destaca-se o Eurostat, a Agência Europeia do

Ambiente, a Agência Internacional de Energia, a Direção-

Geral de Mobilidade e Transportes da Comissão Europeia, a

Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia, o Centro

Comum de Investigação da Comissão Europeia (JRC), a

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Económico e naturalmente os organismos nacionais

relevantes como sejam a Direção Geral de Energia e

Geologia, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Entidade

Reguladora dos Serviços Energéticos e o Instituto Nacional de

Estatística.

O cenário macroeconómico e energético proposto pela

Comissão Europeia, em 2013 no “EU Energy, transport and

GHG emissions trends to 2050” destaca-se de entre os

elementos considerados como referência dos cenários

propostos. Esses cenários utilizaram como recurso o modelo

PRIMES, apoiado por alguns modelos mais especializados e

bases de dados, como os que se orientam para a previsão da

evolução dos mercados energéticos internacionais.

Considera-se ainda, como referência, o modelo POLES do

sistema energético mundial, o GEM-E3, e alguns modelos

macroeconómicos.

Os resultados propostos decorrem da utilização, para o

território considerado, de um modelo específico

desenvolvido pela IrRADIARE, Science for evolution®.

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7 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Vetores Energéticos

Na figura 4 são ilustrados os consumos de energia por vetor

energético para os anos 2010, 2020 e 2030. Os consumos

distribuem-se pelos seguintes vetores energéticos:

eletricidade, gás natural, butano, propano, gasolina e gás

auto, gasóleo rodoviário, gasóleos coloridos (gasóleo colorido

e gasóleo colorido para aquecimento) e outros combustíveis

industriais (fuelóleo, petróleo e coque de petróleo). Deste

modo, visualiza-se a evolução da proporção do consumo de

cada vetor energético no consumo total de energia

consumida no Município.

No ano 2010 (figura 4) observa-se uma utilização

relativamente variada e distribuída de vetores energéticos

utilizados no Município, destacando-se os consumos de

gasóleo rodoviário (55%) e de eletricidade (20%).

20%

0%2%

4%

11%55%

8% 0%24%

0%

2%

3%

11%54%

6% 0%25%

0%2%

3%

11%

53%

6% 0%

Consumo de Energia por Vetor Energético [%]

Eletricidade

Gás Natural

Butano

Propano

Gasolinas e Gás Auto

Gasóleo Rodoviário

Gasóleos Coloridos

Outros

2020

2030

2010

Figura 4 - Consumo de Energia por Vetor Energético em 2010, 2020 e 2030 [%]

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8 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Consumos Setoriais

Na figura abaixo apresentada (figura 5) ilustram-se os

consumos de energia elétrica por setor de atividade para os

anos 2010, 2020 e 2030. Os consumos de energia

apresentados são referentes aos principais setores

consumidores de eletricidade: doméstico, industrial,

agricultura, serviços, serviços de abastecimento de água,

turismo e iluminação pública. Deste modo, é possível

observar a evolução da proporção energética de cada setor

no consumo total de energia elétrica do Município, ao longo

do período de projeção.

O gráfico da figura 5, relativo aos consumos de energia

elétrica por setor de atividade no ano 2010, põe em

evidência as elevadas necessidades elétricas do setor

doméstico que consome cerca de 43% do total de energia

elétrica utilizada no Município. O setor serviços apresenta

também uma parcela significativa do consumo (13%).

43%

12% 4%

13%

1%4%

11%

12%

42%

13%5%

18%

1%

4%

7%

10%

45%

13%

5%

19%

1%

4%

6%

7%

Consumo de Energia Elétrica por Setor de Atividade [%]

Setor Doméstico

Indústria

Agricultura

Serviços

Abastecimento de Água

Turismo

Iluminação de Edifícios Públicos

Iluminação de Vias Públicas

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

Figura 5 - Consumo de Energia Elétrica por Setor de Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%]

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9 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 6 ilustra os consumos de combustíveis de origem

fóssil por setor de atividade para os anos 2010, 2020 e 2030.

Os consumos representados são referentes aos principais

setores consumidores deste tipo de combustíveis,

nomeadamente os setores doméstico, industrial, agricultura,

serviços e transportes. Deste modo, é possível observar a

evolução da proporção da procura por combustíveis fósseis

de cada setor no consumo total do Município ao longo do

período de projeções.

Observando o gráfico referente à procura de combustíveis de

origem fóssil por setor de atividade no ano 2010 (figura 6),

visualiza-se a predominância da procura do setor

transportes, ao qual correspondem 76% dos consumos,

seguindo-se o setor indústria e agricultura com,

respetivamente, 8% e 7% dos consumos.

5%8%

7%

4%

76%

6%2%

6%

3%

83%

6%2%

6%

3%

83%

Consumo de Combustíveis Fósseis por Setor de Atividade [%]

Setor Doméstico

Indústria

Agricultura

Serviços

Transportes

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

Figura 6 - Consumo Total de Combustíveis Fósseis por Setor de Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%]

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10 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura seguinte apresenta-se os consumos de energia total

por setor de atividade para os anos 2010, 2020 e 2030. Os

consumos totais de energia apresentados são referentes aos

principais setores consumidores de energia no Município,

designadamente os setores doméstico, industrial,

agricultura, serviços e transportes, sendo possível observar a

evolução da proporção energética de cada setor no consumo

total de energia do Município, ao longo do período de

análise.

Observando o gráfico apresentado na figura 7, verifica-se

uma predominância da procura energética no setor

transportes no ano 2010, representando 60% da procura de

energia, seguido dos setores doméstico e serviços, com 13% e

12% dos consumos, respetivamente.

13%

8%

7%

12%

60%

14%

5%

6%

12%

63%

16%

5%

6%

11%

62%

Consumo Total de Energia por Setor de Atividade [%]

Setor Doméstico

Indústria

Agricultura

Serviços

Transportes

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

Figura 7 - Consumo Total de Energia por Setor de Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%]

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11 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Índices e Indicadores de Densidade e Intensidade Energética

Na figura apresenta-se a variação do consumo de energia

final ao longo do período considerado. O consumo

representado resulta do somatório de todos os consumos de

energia do Município, independentemente da fonte de

energia e do setor consumidor. Deste modo, para o cálculo

do consumo de energia final procedeu-se ao somatório dos

consumos locais de energia elétrica e combustíveis de

origem petrolífera, para cada ano.

De acordo com o ilustrado verifica-se uma oscilação dos

consumos de energia final até 2010, diminuindo até 2025,

altura em que se prevê um crescimento discreto.

101.215

111.232 107.479

90.13286.518 84.686 85.582

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

140.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo de Energia Final [MWh/ano]

Figura 8 - Consumo de Energia Final

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12 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico aqui apresentado é representativo da evolução da

intensidade energética, indicador energético definido pelo

quociente entre o consumo de energia e o PIB local. É de

salientar que a intensidade energética foi determinada

considerando a energia final e não a energia primária. A

abordagem adotada reflete a natureza local das medidas de

gestão de consumo privilegiando a atuação, no sentido, por

exemplo da eficiência energética, na procura face à oferta

de serviços energéticos.

Pela análise do gráfico apresentado verifica-se uma

diminuição global da intensidade energética do Município ao

longo de todo o período em análise.

A intensidade energética deverá reduzir significativamente

em resultado de um eventual aumento da procura de energia

inferior ao crescimento económico do Município,

evidenciando um aumento da eficiência energética nas

atividades desenvolvidas em Vila Nova de Foz Côa.

100

91

78

67

60

5449

0

20

40

60

80

100

120

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[%]

Intensidade Energética do Concelho [2000=100%]

Figura 9 - Intensidade Energética do concelho

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13 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura apresenta-se a variação da intensidade energética

por setor de atividade. A intensidade energética dos setores

industrial, serviços e agrícola corresponde ao quociente

entre o consumo total de energia do setor e o VAB do setor a

que respeita. A intensidade energética dos transportes é

determinada pelo quociente entre o consumo de total de

energia do setor e o PIB local.

Observando as curvas da figura verifica-se uma variação

significativa da intensidade energética pontual no setor

indústria entre 2000 e 2011, seguida de uma tendência geral

de diminuição até 2030.

O setor serviços apresenta, de um modo geral, um

decréscimo da intensidade energética ao longo do período

em análise, com aumentos ligeiros em 2005 e 2010.

Relativamente ao setor transportes verifica-se um

decréscimo deste indicador ao longo de todo o período em

análise.

O setor agrícola apresenta oscilações ao nível da intensidade

energética de 2000 a 2011, período após o qual se verifica

um decréscimo da intensidade energética. Regista-se ainda

um aumento discreto deste indicador no final do período

prospetivo.

590

650

395

301

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Intensidade Energética por Setor de Atividade [MWh/M€/ano]

Intensidade Energética do Setor Agrícola [MWh/M€/ano]

Intensidade Energética do Setor de Transportes [MWh/M€/ano]

Intensidade Energética do Setor Industrial [MWh/M€/ano]

Intensidade Energética do Setor de Serviços [MWh/M€/ano]

Figura 10 - Intensidade Energética por Setor de Atividade

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14 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico apresentado ilustra o consumo de energia final por

habitante. Este indicador energético foi determinado a partir

da divisão do consumo de energia final pela população

residente no Município.

O gráfico revela, globalmente, um aumento do consumo

energético per capita no período de 2000 a 2030.

11,9

14,1

14,7

13,0 13,514,4

16,1

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/hab]

Consumo de Energia por Habitante [MWh/hab/ano]

Figura 11 - Consumo de Energia por Habitante

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15 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura apresenta o consumo total de energia consumida no

setor doméstico, que resulta do somatório dos consumos

domésticos de energia elétrica, gás natural e combustíveis

de origem petrolífera, para cada ano do período em análise.

O gráfico apresentado revela oscilações no consumo total de

energia neste setor até 2011. Observa-se um aumento dos

consumos energéticos domésticos no período subsequente,

até 2015. De 2015 a 2025 prevê-se uma diminuição do

consumo de energia neste setor, verificando-se a inversão

desta tendência entre 2025 e 2030, de acordo com as atuais

tendências que demonstram uma procura crescente por

qualidade de vida e conforto. Simultaneamente, alterações

na estrutura familiar nomeadamente pelo aumento de

famílias monoparentais e agregados apenas com um

elemento levam a um aumento do número de habitações

expectável, segundo as previsões demográficas, que se

reflete num aumento dos consumos energéticos domésticos.

Estes aumentos devem-se fundamentalmente a climatização,

aquecimento de águas sanitárias e consumos energéticos de

equipamentos tipicamente associados a edifícios.

12.894

14.227 13.972

12.432 12.179 12.357

13.243

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Doméstico [MWh/ano]

Figura 12 - Consumo Total de Energia no Setor Doméstico

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16 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico apresentado é relativo ao consumo total de energia

no setor da indústria, tendo sido obtido pela soma dos

consumos de energia elétrica, gás natural e combustíveis de

origem petrolífera no setor.

Analisando a figura apresentada, verifica-se que o consumo

de energia no setor aumenta globalmente de 2000 a 2002,

decrescendo posteriormente, até 2008. Entre 2008 e 2011

verifica-se um crescimento no consumo. De 2011 para 2012

verifica-se uma queda acentuada no consumo que se

mantém relativamente estável até 2025, ano a partir do qual

cresce de forma moderada.

8.470

9.920 9.113

4.125 4.174 4.174 4.315

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Indústria [MWh/ano]

Figura 13 - Consumo Total de Energia no Setor Indústria

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17 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura é ilustrativa da procura de energia pelo setor de

serviços, consumo referente ao somatório dos consumos do

setor de energia elétrica, gás e combustíveis de origem

petrolífera, para cada ano.

Quanto à procura energética específica do setor serviços, a

figura ilustra oscilações até ao ano de 2012. Após este ano o

consumo tende a decrescer de forma discreta.

O gráfico apresentado indicia que o aumento expectável da

eficiência energética em novos edifícios e equipamentos

poderá influenciar os consumos de energia no setor serviços.

7.474

13.041 12.399

10.138 9.937 9.562 9.526

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Serviços [MWh/ano]

Figura 14 - Consumo Total de Energia no Setor Serviços

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18 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura apresentada ilustra-se a evolução do consumo total

de energia no setor da agricultura, para o período em

análise, de 2000 a 2030. A figura apresentada foi obtida

determinando o somatório dos consumos anuais de energia

elétrica, gás e combustíveis de origem petrolífera verificados

para o setor.

A figura coloca em evidência oscilações nos consumos

energéticos do setor no período de 2000 a 2012, período

após o qual é verificável um decréscimo do consumo de

energia no setor da agricultura.

No período de 2025 a 2030, a figura ilustra um crescimento

discreto.

5.499

6.8347.307

5.5365.337 5.237 5.287

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Agrícola [MWh/ano]

Figura 15 - Consumo Total de Energia no Setor Agrícola

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19 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 16 é ilustrativa do consumo total de energia do setor

dos transportes, representando a soma dos consumos anuais

de energia elétrica e combustíveis de origem fóssil do setor.

A figura apresentada revela uma tendência de diminuição do

consumo ao longo do período em análise.

Estes resultados deverão ser influenciados pela instabilidade

dos preços dos combustíveis petrolíferos e pelo aumento de

medidas de eficiência energética, indiciando ainda uma

possível saturação do setor no final do período em análise.

66.87767.210

64.688

57.90154.891

53.356 53.211

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Transportes [MWh/ano]

Figura 16 - Consumo Total de Energia no Setor Transportes

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20 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Nesta figura apresenta-se o consumo total de energia

elétrica do Município, definida pelo somatório dos consumos

setoriais de energia elétrica.

Pela análise do gráfico apresentado, observa-se que a

procura deste vetor energético apresenta uma tendência

global de aumento até 2010, registando-se no período de

2010 a 2020 uma tendência de diminuição. Após este ano e

até final do período em análise, regista-se um aumento

discreto do consumo total de energia elétrica.

Paralelamente à progressiva implementação de medidas de

eficiência energética observa-se uma tendência para um

maior uso de eletricidade em detrimento de outras fontes de

energia. Esta tendência é impulsionada, fundamentalmente,

pela substituição do uso de combustíveis fósseis em

aquecimento e arrefecimento ambiente, assim como no

setor de transportes, pela crescente utilização de

equipamentos elétricos e eletrónicos e pela tendência de

automatização e mecanização de sistemas e processos.

14.885

20.370

21.865

20.464 20.472 20.48721.557

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica [MWh/ano]

Figura 17 - Consumo Total de Energia Elétrica

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21 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 18 ilustra a evolução prevista do consumo de energia

elétrica no setor doméstico, para o período de 2000 a 2030.

A figura apresentada ilustra a utilização crescente de

energia elétrica no setor doméstico ao longo do período de

2000 a 2010. Nos anos seguintes é ilustrada uma tendência

de diminuição do uso doméstico de eletricidade, esperando-

se uma retoma de crescimento, moderada após 2020.

Estes resultados devem-se predominantemente à procura

crescente por conforto nas habitações. O uso de sistemas de

ar condicionado para climatização de edifícios residenciais,

por exemplo, assim como o maior recurso a equipamentos

eletrónicos domésticos e a tecnologias de comunicação e

informação, que independentemente do local de uso podem

possuir baterias tipicamente carregadas em casa, induzem

um aumento do consumo de eletricidade no setor doméstico

por habitante.

6.701

8.9579.442

8.566 8.5148.795

9.691

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Doméstico [MWh/ano]

Figura 18 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Doméstico

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22 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura é apresentada a evolução prevista do consumo de

energia elétrica no setor industrial, para o período de 2000 a

2030.

No que respeita à procura de energia elétrica pelo setor

verifica-se um aumento da procura de energia de 2000 a

2005, seguido de uma diminuição até 2008. Entre este ano e

2010 verifica-se, novamente crescimento no consumo,

registando-se novamente decréscimo até 2012. Após 2012 o

comportamento deste indicador revela maior estabilidade,

registando-se crescimento até final do período.

Este aumento pode ser impulsionado pela tendência

crescente de mecanização e automatização de processos.

1.827

2.840

2.665

2.4272.564 2.609

2.754

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Industrial [MWh/ano]

Figura 19 - Consumo de Energia Elétrica no Setor Industrial

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23 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico apresentado na figura 20 é referente ao consumo

de energia elétrica no setor de serviços.

Observando o gráfico, verifica-se que a procura de energia

elétrica no setor de serviços aumenta ao longo de todo o

período em análise.

A tendência evolutiva dos consumos neste setor evidencia

que, apesar do aumento na qualidade do uso da energia,

com novas exigências ao nível da eficiência energética a

serem integradas nos investimentos em novos edifícios e

infraestruturas de serviços, os consumos de energia elétrica

tendem a continuar a aumentar. O crescente uso de energia

elétrica para aquecimento e arrefecimento ambiente

constitui um dos principais impulsionadores desta tendência.

2.997

3.770 3.826

4.5644.713 4.796

5.064

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Serviços [MWh/ano]

Figura 20 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Serviços

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24 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico ilustra o consumo total de energia elétrica do setor

de serviços de abastecimento de água.

De um modo global observa-se um aumento dos consumos de

energia até ao ano de 2010, ano a partir do qual os consumos

diminuem.

A preocupação crescente com a qualidade da água

abastecida e a reestruturação do sistema no que concerne à

captação, transporte e distribuição, coincidente com a

tendência para a mecanização e automatização dos sistemas

de abastecimento, apresenta-se como um contributo de

destaque para o aumento da procura de eletricidade no

período compreendido entre 2000 e 2010, sendo o

decréscimo evidenciado nos restantes anos eventualmente

influenciado pela procura de maior eficiência nos processos.

142153

301

236219

200 190

0

50

100

150

200

250

300

350

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica em Serviços de Abastecimento de Água [MWh/ano]

Figura 21 - Consumo Total de Energia Elétrica em Serviços de Abastecimento de Água

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25 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura ilustra a evolução prevista do consumo de energia

elétrica no setor do turismo, na restauração.

Pela análise do gráfico observa-se que os consumos de

energia elétrica apresentam uma tendência acentuada de

diminuição até 2012.

Após 2012 e até 2025, a tendência revelada pela análise do

gráfico é de estabilização, registando-se crescimento após

este ano e até final do período prospetivo.

O crescimento da procura energética deste subsetor do

turismo advém das previsões de equilíbrio entre a

consolidação da dimensão e tipologia de oferta e o reforço

em qualidade, conforto e diversidade.

1.059 1.116

721

582 582 583613

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Turismo - Restauração [MWh/ano]

Figura 22 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Turismo – Restauração

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26 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura ilustra a evolução prevista do consumo de energia

elétrica no setor turismo, na hotelaria.

Pela análise do gráfico observa-se que os consumos de

energia elétrica aumentam significativamente do período em

análise, sendo particularmente relevante, neste contexto o

ano de 2012.

Este aumento pode estar relacionado com a abertura de

novas unidades hoteleiras e com a necessidade de responder

à procura de conforto e à crescente automatização.

19

63

47

146 146 146

154

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Turismo - Hotelaria [MWh/ano]

Figura 23 - Consumo Total de Energia Elétrica no Setor Turismo – Hotelaria

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27 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico apresentado na figura 24 é ilustrativo da evolução

do consumo total de energia elétrica por habitante. Este

indicador energético é definido pelo quociente entre o

consumo total de energia elétrica no Município e o número

de residentes locais.

O gráfico apresentado indicia um aumento do consumo de

energia elétrica por habitante ao longo de todo o período em

análise.

O comportamento apresentado na figura é impulsionado pela

crescente procura individual por conforto e pela alteração

dos estilos de habitação e necessidades energéticas.

1,8

2,6

3,0 3,0

3,2

3,5

4,1

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/hab]

Consumo Total de Energia Elétrica por Habitante [MWh/hab/ano]

Figura 24 - Consumo Total de Energia Elétrica por Habitante

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28 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 25 diz respeito à evolução do consumo total de

energia elétrica no setor doméstico por habitante. Este

indicador energético resulta do quociente entre o consumo

total de energia elétrica no setor doméstico no Município e o

número de residentes locais.

Pelo gráfico apresentado, verifica-se que o consumo

doméstico de energia elétrica tende, globalmente, a

aumentar. Conforme referido anteriormente, esta tendência

advém da procura crescente de eletricidade pelo setor

doméstico.

A melhoria da qualidade de vida, com maior conforto

impulsiona o aumento dos consumos energéticos domésticos

por habitante. A alteração dos estilos de habitação, com

destaque para a redução do número médio de residentes por

alojamento induz também um maior consumo de energia

elétrica no setor doméstico por habitante.

0,8

1,1

1,31,2

1,3

1,5

1,8

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/hab]

Consumo de Energia Elétrica no Setor Doméstico por Habitante [MWh/hab/ano]

Figura 25 - Consumo de Energia Elétrica no Setor Doméstico por Habitante

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29 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura apresenta-se a evolução do consumo de energia

elétrica do setor industrial por consumidor industrial, para o

período de 2000 a 2030.

A análise do gráfico apresentado revela oscilações até ao ano

de 2010. Após 2010 a procura de eletricidade pela indústria

tende a diminuir discretamente, situação que se mantém até

2025. No final do período prospetivo – de 2025 a 2030 –

regista-se um aumento, igualmente discreto.

Este aumento pode ser reflexo da tendência de mecanização

e automatização de processos, no contexto de aumento de

produtividade e de qualidade. A moderação deste aumento

pode indiciar ainda o efeito do aumento da eficiência

energética e do surgimento de efeitos de saturação do

crescimento dos consumos específicos no setor industrial.

12,9

22,2

26,024,6

24,4 24,2 24,5

0

5

10

15

20

25

30

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/cons]

Consumo de Energia Elétrica por Consumidor Industrial [MWh/cons/ano]

Figura 26 - Consumo de Energia Elétrica por Consumidor Industrial

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30 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura 27 é possível comparar a evolução da procura de

gás butano e de gás propano, ao longo do período em

análise.

Observando o gráfico verifica-se que os consumos de gás

propano e de gás butano apresentam uma tendência global

de redução da procura ao longo de todo o período em

análise. No caso específico do gás butano, regista-se um

crescimento até 2003, seguido de algumas oscilações até

2011, ano a partir do qual decresce de forma regular.

O comportamento decrescente evidenciado nas curvas

apresentadas reflete a tendência de substituição destes

combustíveis por outros mais seguros e cómodos e com

menores impactes ambientais em termos de emissões de

CO2.

3.074

2.065

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

5.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Gás Butano e de Gás Propano [MWh/ano]

Consumo Total de Gás Propano [MWh/ano] Consumo Total de Gás Butano [MWh/ano]

Figura 27 – Consumo Total de Gás Butano e de Gás Propano

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31 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura apresentada ilustra o consumo total de gás natural

em Vila Nova de Foz Côa ao longo do período de 2012 a

2030.

De acordo com o gráfico apresentado registam-se consumos

de gás natural a partir de 2012, havendo a partir deste ano e

até 2030 um decréscimo moderado no consumo.

Pelo facto de se tratar de um combustível mais limpo que os

combustíveis petrolíferos, o gás natural tem sido utilizado

como substituto de gás butano e propano, em utilizações

domésticas e de serviços, e de gasóleos e fuel, em

utilizações térmicas e industriais. No entanto, as previsões

de aumento considerável dos preços dos combustíveis fósseis

deverão impulsionar uma tendência decrescente da procura

de gás natural.

Na medida em que, no município, o consumo deste vetor

teve início em 2012, poderá verificar-se uma subavaliação do

modelo de previsão, do ponto de vista da maturidade do

mercado de gás natural. Encontram-se previstas para a

região envolvente do município várias unidades autónomas

de gás natural, pelo que este é ainda um vetor energético

pouco maduro. A evolução de consumos de gás natural nos

próximos anos permitirá modelar a adaptação do mercado de

gás natural no município e aferir a tendência de consumos a

médio-longo prazo.

0,00 0,00 0,00

0,35

0,33 0,33

0,31

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Gás Natural [MWh/ano]

Figura 28 - Consumo Total de Gás Natural

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32 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico da figura 29 é referente ao consumo total de

gasolinas e gás auto no Município e resulta da soma do

consumo total de gasolinas e do consumo total de gás auto.

O consumo total de gasolinas integra os consumos de

gasolina sem chumbo 95, gasolina sem chumbo 98 e gasolina

aditivada.

O gráfico apresentado ilustra uma tendência global de

redução dos consumos de gasolinas e gás auto de 2000 a

2030. A tendência apresentada reflete as variações da

procura de combustíveis petrolíferos como consequência do

aumento dos preços do petróleo e da procura por

combustíveis mais sustentáveis.

A saturação do setor transportes - destacando-se o veículo

rodoviário individual - apresenta-se também como um

possível fator de relevo para o decréscimo da procura ao

longo do período prospetivo.

21.963

17.004

11.886

10.155 9.6289.358 9.333

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Gasolinas e Gás Auto [MWh/ano]

Figura 29 - Consumo Total de Gasolinas e Gás Auto

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33 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico da figura 30 ilustra a evolução do consumo de

gasóleo rodoviário ocorrido em Vila Nova de Foz Côa.

No gráfico apresentado observa-se um aumento da procura

de gasóleo rodoviário de 2000 a 2009. Após este ano e até

2030, o gráfico ilustra previsões de diminuição.

Este comportamento advém simultaneamente do aumento

dos custos dos combustíveis, da saturação do setor

transportes e da implementação de políticas de eficiência

energética e de consequente redução de consumos.

49.068

56.262

59.061

48.91046.367

45.07144.948

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Gasóleo Rodoviário [MWh/ano]

Figura 30 - Total de Gasóleo Rodoviário Vendido

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34 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 31 ilustra a evolução prevista do consumo de outros

gasóleos, para o período de 2000 a 2030.

Analisando o gráfico apresentado observa-se que o consumo

de outros gasóleos apresenta um aumento significativo de

2000 a 2003, seguido de um decréscimo ao longo de todo o

período em análise.

A tendência de aumento dos custos dos combustíveis

petrolíferos e de substituição destes combustíveis por outros

com menores impactes ambientais em termos de emissões

de CO2, assim como a implementação de políticas de

eficiência energética, justificam a evolução a médio-longo

prazo desta tipologia de fontes energéticas.

5.724

10.415

8.322

5.1214.855 4.719

4.706

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Outros Gasóleos [MWh/ano]

Figura 31 - Consumo Total de Outros Gasóleos

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35 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Esta figura corresponde à representação gráfica do consumo

total de combustíveis petrolíferos no Município que resulta

do somatório dos consumos dos vetores energéticos: gás

butano, gás propano, gás auto, gasolinas, gasóleo rodoviário,

outros gasóleos e outros combustíveis petrolíferos (fuelóleo e

petróleo).

Analisando a figura apresentada observa-se um aumento no

uso de combustíveis petrolíferos de 2000 a 2002, verificando-

se a partir deste ano uma tendência para a diminuição neste

tipo de consumo.

86.330 90.86285.614

69.66766.046

64.199 64.024

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Combustíveis Petrolíferos [MWh/ano]

Figura 32 - Consumo Total de Combustíveis Petrolíferos

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36 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura observa-se a representação gráfica do consumo

total de energia de origem petrolífera consumida pelo setor

dos transportes.

De acordo com o gráfico apresentado, verifica-se uma

redução global da procura a partir de 2003 e até final do

período em análise, refletindo uma menor utilização destes

combustíveis nos transportes e uma eventual saturação do

setor.

66.87767.120 64.632

57.901 54.89153.356 53.211

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia de Origem Petrolífera no Setor Transportes [MWh/ano]

Figura 33 - Consumo Total de Energia de Origem Petrolífera no Setor Transportes

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37 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura 34 apresenta-se a variação dos consumos totais de

energia elétrica do setor doméstico por edifício de habitação

e por alojamento. Os indicadores energéticos apresentados

são definidos pelo quociente entre o total de energia

consumida pelo setor doméstico e o número de edifícios de

habitação e de alojamentos existentes, respetivamente.

As curvas apresentadas revelam um aumento da procura de

energia ao longo de todo o período em análise.

Este comportamento resultará de fatores como a maior

procura por conforto e o incremento na qualidade das

habitações.

1,3

1,4

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Consumo Total de Energia Elétrica do Setor Doméstico por Edifício de Habitação e por Alojamento

Consumo Total de Energia Elétrica do Setor Doméstico por Alojamento [MWh/aloj/ano]

Consumo Total de Energia Elétrica do Setor Doméstico por Edifício de Habitação [MWh/edif/ano]

Figura 34 - Consumo Total de Energia Elétrica do Setor Doméstico por Edifício de Habitação e por Alojamento

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38 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Pela análise da figura acima é possível comparar a evolução

do consumo total de energia do setor doméstico por edifício

de habitação e por alojamento.

As curvas apresentadas evidenciam oscilações até ao ano de

2012 evidenciando a partir desse ano uma tendência global

de crescimento. 1,9

2,1

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

Consumo Total de Energia do Setor Doméstico por Edifício de Habitação e por Alojamento

Consumo Total de Energia do Setor Doméstico por Alojamento [MWh/aloj/ano]

Consumo Total de Energia do Setor Doméstico por Edifício de Habitação [MWh/edif/ano]

Figura 35 - Consumo Total de Energia do Setor Doméstico por Edifício de Habitação e por Alojamento

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39 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O gráfico apresentado é ilustrativo da evolução dos

consumos de energia elétrica em iluminação pública,

distinguindo-se duas curvas, uma referente ao consumo de

energia elétrica em iluminação de edifícios públicos e outra

ao consumo de energia elétrica em iluminação de vias

públicas. Esta distinção justifica-se pelo facto de existirem

diferenças significativas entre a iluminação de edifícios

públicos e de vias públicas, tais como a tecnologia de

conversão, a rigidez da utilização, os custos, a correlação

com o ordenamento do território e a interligação com outras

prioridades - segurança, no caso das vias públicas,

atratividade, no caso dos edifícios públicos.

Observa-se ainda que, globalmente, o consumo de energia

elétrica em iluminação de edifícios públicos aumentou de

2000 a 2010 apresentando evidências de inversão desta

tendência nos anos subsequentes associada, possivelmente,

à utilização de equipamentos mais eficientes e à

modificação de comportamentos.

Os consumos de energia elétrica em iluminação de vias

públicas aumentaram no período de 2000 a 2011, refletindo

o crescimento das áreas urbanas eletrificadas no Município.

Após este ano observa-se uma diminuição do consumo,

possivelmente associada à implementação de equipamentos

mais eficientes. Esta tendência deverá manter-se até 2030.

2.291

1.567

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia Elétrica em Iluminação Pública [MWh/ano]

Consumo Total de Energia Elétrica em Iluminação de Vias Públicas [MWh/ano]

Consumo Total de Energia Elétrica em Iluminação de Edifícios Públicos [MWh/ano]

Figura 36 - Consumo Total de Energia Elétrica em Iluminação Pública

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40 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A figura 37 respeita à representação gráfica do custo da

energia elétrica consumida em iluminação pública no total

de despesas municipais. As curvas apresentadas foram

traçadas determinando a percentagem que corresponde aos

custos associados ao consumo de energia elétrica para

iluminação pública, vias públicas e edifícios, relativamente

ao total de despesas municipais.

Observando os gráficos apresentados constata-se que o custo

da energia elétrica consumida em iluminação de edifícios

públicos no total de despesas municipais evidencia um

aumento de 2000 a 2011, diminuindo substancialmente

depois até ao final do período em análise.

Globalmente o custo da energia elétrica em iluminação de

vias públicas tende a aumentar até 2010, ano após o qual

começa a diminuir, discreta mas consistentemente até 2030.

2,8

3,1

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[%]

Custo da Energia Elétrica Consumida em Iluminação Pública no Total de Despesas Municipais [%]

Custo da Energia Elétrica Consumida em Iluminação de Vias Públicas no Total de Despesas Municipais [%]

Custo da Energia Elétrica Consumida em Iluminação de Edifícios Públicos no Total de Despesas Municipais [%]

Figura 37 - Custo da Energia Elétrica Consumida em Iluminação Pública no Total de Despesas Municipais

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41 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura 18 apresenta-se a evolução dos consumos totais de

energia por despesa média anual dos trabalhadores por conta

de outrem relativamente aos setores industrial e serviços.

Ambos os indicadores energéticos são obtidos pelo quociente

entre o consumo total de energia do respetivo setor e o

número de trabalhadores por conta de outrem em cada setor

de atividade.

Analisando a curva apresentada, observa-se que o consumo

total de energia por trabalhador por conta de outrem no

setor serviços apresenta oscilações entre 2000 e 2010,

diminuindo discretamente ao longo do restante período em

análise.

Relativamente ao consumo total de energia por trabalhador

por conta de outrem em atividades industriais observa-se

uma tendência global de aumento deste indicador de 2000 a

2011, seguido de uma diminuição que se verifica até final do

período em análise. A tendência de decréscimo destes

indicadores ao longo do período prospetivo reflete a

expectável redução da intensidade energética em ambos os

setores, associada à utilização de novas tecnologias mais

eficientes.

31

20

0

10

20

30

40

50

60

70

80

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/trab]

Consumo Total de Energia por Trabalhador por Conta de Outrem no Sector Industrial e Serviços [MWh/trab/ano]

Consumo Total de Energia por Trabalhador por Conta de Outrem - Setor Serviços [MWh/trab/ano]

Consumo Total de Energia por Trabalhador por Conta de Outrem - Setor Industrial [MWh/trab/ano]

Figura 38 - Consumo Total de Energia por Trabalhador por Conta de Outrem no Setor Industrial e Serviços

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42 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura 39 apresenta-se a evolução do consumo total de

energia no setor agrícola, por custo do trabalho.

O gráfico revela um aumento significativo no consumo total

de energia no setor entre 2000 e 2002, seguido de uma

diminuição ao longo do restante período.

Esta tendência pode ser motivada pelo expectável aumento

da eficiência energética no setor. 12,4

7,18,8

7,8 7,16,2 5,7

0

5

10

15

20

25

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh]

Consumo Total de Energia no Setor Agrícola por Custo do Trabalho [MWh/€/ano]

Figura 39 - Consumo Total de Energia no Setor Agrícola por Custo do Trabalho

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43 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura 40 está representado o consumo total de energia

no setor serviços por custo do trabalho.

Pela análise do gráfico verifica-se um aumento muito

significativo nos consumos de 2000 para 2002.

No período posterior e até 2030 é expectável uma

diminuição do consumo total de energia no setor serviços por

custo do trabalho.

Esta tendência de diminuição deverá ser impulsionada,

previsivelmente, pelo aumento da eficiência energética no

setor serviços.

5,0

4,2 4,1

3,4 3,4

2,9

2,7

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/€]

Consumo Total de Energia no Setor Serviços por Custo do Trabalho [MWh/€/ano]

Figura 40 - Consumo Total de Energia no Setor Serviços por Custo do Trabalho

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44 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Nesta figura está representado o consumo total de energia

no setor industrial por custo do trabalho.

Pela análise do gráfico apresentado constata-se que existe

oscilações muito acentuadas no consumo no setor indústria

por custo do trabalho até 2010, ano após qual é esperada

diminuição no consumo, reflexo de um provável aumento da

eficiência energética no setor.

6,6

7,5

4,4

2,0 1,91,5 1,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

10,0

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/€]

Consumo Total de Energia no Setor Industrial por Custo de Trabalho [MWh/€/ano]

Figura 41 - Consumo Total de Energia no Setor Industrial por Custo de Trabalho

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45 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Na figura à direita está representado o custo da energia

elétrica no setor industrial por custo do trabalho.

A figura 42 coloca em evidência uma tendência de aumento

do custo da energia elétrica consumida no setor industrial

por custo do trabalho no período de 2000 a 2004. Após 2004

regista-se um decréscimo, seguido de nova subida, sendo

que após o ano de 2019 se verifica diminuição do custo da

eletricidade consumida na indústria por custo do trabalho .

Esta tendência de diminuição do custo da eletricidade

consumida na indústria por custo do trabalho pode

evidenciar um aumento da eficiência do setor.

11

18

1314

15

12

11

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030

[MWh/€]

Custo da Energia Elétrica Consumida no Setor Industrial por Custo do Trabalho [MWh/€/ano]

Figura 42 - Custo da Energia Elétrica Consumida no Setor Industrial por Custo do Trabalho

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46 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Desagregação subsetorial de consumos

Ilustra-se de seguida a desagregação subsetorial de consumos

energéticos para o ano de 2010.

O quadro 1 é referente à desagregação do consumo de

energia elétrica por subsetor consumidor. Em relação ao

consumo deste vetor energético predomina a procura

energética pelo setor doméstico.

Quadro 1- Consumo de Energia Elétrica por Subsetor (2010).

SectorConsumo de Electricidade

[MWh/ano]

Consumo doméstico 9.442

Iluminação vias públicas e sinalização semafórica 2.607

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 1.197

Indústria das bebidas 1.028

Atividades de edição 885

Agricultura, produção animal 805

Outras indústrias extrativas 804

Restauração e similares 721

Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos 547

Indústrias alimentares 522

Bibliotecas, arquivos e museus 414

Apoio social com alojamento 309

Captação, tratamento e distribuição de água 301

Atividades de saúde humana 232

Telecomunicações 222

Educação 218

Atividades de serviços financeiros 207

Atividades desportivas, de diversão e recreativas 181

Silvicultura 161

Promoção imobiliária e construção 150

Organizações associativas 148

Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos 137

Comércio, manutenção e reparação de automóveis e motociclos 88

Agências de viagem, operadores turísticos 79

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47 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

SectorConsumo de Electricidade

[MWh/ano]

Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos 61

Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes 54

Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 49

Atividades relacionadas com as indústrias extrativas 48

Alojamento 47

Consultoria e programação informática 46

Fabricação de produtos metálicos 26

Outras atividades de serviços pessoais 25

Serviços administrativos e de apoio às empresas 23

Teatro, música e dança 18

Fabrico de mobiliário e de colchões 11

Manutenção de edifícios e jardins 11

Indústrias da madeira e cortiça 8,3

Fabricação de produtos químicos 7,6

Atividades de rádio e de televisão 6,7

Atividades imobiliárias 6,5

Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 5,3

Engenharia civil 3,6

Atividades auxiliares de serviços financeiros e seguros 3,1Seguros, fundos de pensões, exceto segurança social

obrigatória2,9

Fabricação de têxteis 1,5

Indústria do vestuário 1,3

Impressão e reprodução de suportes gravados 0,02

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48 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

No quadro 2 apresenta-se a desagregação de consumos de

gás natural por subsetor consumidor. Em relação ao consumo

de gás natural, verifica-se a importância da procura

energética pelo subsetor doméstico.

Quadro 2- Consumo de Gás Natural por Subsetor (2010).

SectorConsumo de Gás Natural

[MWh/ano]

Consumo doméstico 0,00

Atividades de saúde humana 0,00

Educação 0,00

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 0,00

Apoio social sem alojamento 0,00

Alojamento 0,00

Restauração e similares 0,00

Indústria das bebidas 0,00

Indústrias alimentares 0,00

Atividades desportivas, de diversão e recreativas 0,00

Apoio social com alojamento 0,00

Agricultura, produção animal 0,00

Atividades jurídicas e de contabilidade 0,00

Promoção imobiliária e construção 0,00

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49 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

A desagregação de vendas de combustíveis petrolíferos por

subsetor consumidor é apresentada no quadro 3. Esta

desagregação põe em evidência a elevada procura

energética pelo subsetor transportes terrestres e por

oleodutos ou gasodutos.

Quadro 3- Vendas de Combustíveis Petrolíferos por Subsetor (2010).

Sector

Combustíveis Petrolíferos

Vendidos

[MWh/ano]

Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos 35.070

Agricultura, produção animal 6.342

Consumo doméstico 4.530

Outras indústrias extrativas 3.157

Engenharia civil 2.986

Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos 1.300

Apoio social com alojamento 787

Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos 680

Educação 412

Administração pública, defesa e segurança social obrigatória 324

Atividades especializadas de construção 179

Indústrias alimentares 107

Apoio social sem alojamento 68

Teatro, música e dança 62

Restauração e similares 27

Indústria das bebidas 20

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50 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

COMPARAÇÃO DE INDICADORES DE VILA NOVA DE FOZ CÔA COM PORTUGAL CONTINENTAL

Neste capítulo apresenta-se uma breve análise comparativa

de Vila Nova de Foz Côa com Portugal Continental.

Quadro 4 - Comparação dos principais indicadores energéticos de Vila Nova de Foz Côa com Portugal Continental (2010).

Vila Nova de

Foz CôaPortugal

Intensidade Energética

[MWh/M€]1.188 1.008

Consumo de Energia por Habitante

[MWh/hab]15 16

Consumo Total de Energia Eléctrica no

S. Doméstico por Habitante [MWh/hab]1,3 1,4

Consumo Total de Energia Eléctrica

do S. Doméstico por Alojamento [MWh/aloj]1,4 2,5

Consumo Gás Natural no S. Doméstico

por Habitante [kWh/hab]0,00 347

Intensidade Energética dos Serviços

[MWh/M€]375 223

Consumo Total de Energia nos Serviços

por Trabalhador [MWh/trab]37 17

Custos da Energia Eléctrica Consumida

nos Serviços por Custo do Trabalho [%]16 8,3

Consumo de Gás Natural nos Serviços

por VAB Terciário [MWh/M€]0,00 30

Intensidade Energética Industrial

[MWh/M€]859 1.251

Consumo Total de Energia na Indústria

por Trabalhador [MWh/trab]44 57

Custos da Energia Eléctrica na Indústria

por Custo do Trabalho [%]13 22

Intensidade Energética dos Transportes

Rodoviários [MWh/M€]714 428

Consumo de Energia em Transportes

Rodoviários por Habitante [MWh/hab]8,8 6,7

Consumo Energético em Iluminação

Pública por Receitas do Município [MWh/1000€]0,75 0,76

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51 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

MATRIZ DE EMISSÕES

A matriz de emissões de CO2 constitui o principal resultado

do inventário de referência de emissões, ao quantificar as

emissões de CO2 resultantes do consumo de energia ocorrido

em Vila Nova de Foz Côa e ao identificar as principais fontes

destas emissões.

Nota Metodológica

A metodologia adotada para a determinação das emissões de

CO2 é baseada nas recomendações do Joint Research Centre

para a execução dos Planos de Ação para a Energia

Sustentável.

Como tal, os cenários apresentados são determinados por

aplicação de fatores de emissão aos cenários resultantes da

execução da matriz energética, tendo-se optado pela

utilização de fatores de emissão standard, em linha com os

princípios do IPCC.

No âmbito da execução da matriz de emissões propõem-se

cenários de evolução da procura energética e respetivas

emissões para um horizonte temporal que se encerra em

2030.

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52 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Emissões Setoriais

A figura seguinte é referente às emissões de CO2 por setor de

atividade consumidor de energia para os anos 2010, 2020 e

2030, respetivamente.

Os valores de emissão apresentados são referentes aos

setores: doméstico, industrial, agrícola, serviços e

transportes. Deste modo, é possível observar a evolução das

emissões de CO2 para cada setor tendo em conta o consumo

total de energia, ao longo do período de projeção.

Observando o gráfico apresentado na figura 43 verifica-se

uma predominância da procura energética pelo setor

transportes no ano 2010, representando 52% das emissões de

CO2, seguido dos setores serviços e doméstico, com 20% e

14% das emissões, respetivamente.

14%

8%6%

20%

52%

15%

5%

6%19%

55%

17%

5%6%

18%

54%

Emissões de CO2 por Setor de Atividade [%]

Setor Doméstico

Indústria

Agricultura

Serviços

Transportes

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

2020

2030

2010

Figura 43 - Emissões de CO2 por Setor de Atividade em 2010, 2020 e 2030 [%]

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53 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Emissões por Vetor Energético

A figura seguinte é referente às emissões de CO2 por vetor

energético consumido nos anos 2010, 2015, 2020 e 2030. Os

valores de emissão apresentados respeitam às vendas dos

vetores energéticos: energia elétrica, gás natural, gases

butano e propano, gasolinas e gás auto, gasóleo rodoviário,

gasóleo colorido entre outros combustíveis de uso

maioritariamente industrial. Deste modo, é possível observar

a evolução das emissões de CO2 por vetor energético tendo

em conta o consumo total de energia, ao longo do período

de projeção.

Assim, pela análise da figura 44 observa-se que em 2010

cerca de 52% têm origem em consumo de gasóleo rodoviário

e 26% das emissões de CO2 em consumo de eletricidade.

26%

0%2%3%

10%52%

7% 0%30%

0%2%3%

10%

50%

5% 0%

32%

0%2%

3%

9%

49%

5% 0%

Emissões de CO2 por Vetor Energético Consumido [%]

Eletricidade

Gás Natural

Butano

Propano

Gasolinas e Gás Auto

Gasóleo Rodoviário

Gasóleos Coloridos

Outros

2020

2030

2010

2020

2030

2010

Figura 44 - Emissões de CO2 por Vetor Energético Consumido em 2010, 2020 e 2030 [%]

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54 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

PRODUÇÃO RENOVÁVEL

A situação de escassez que caracteriza os combustíveis

fósseis associada à instabilidade dos mercados enfatiza a

necessidade de recorrer a fontes de energia renováveis. Em

Portugal a produção energética com recurso às energias

hídrica, eólica e da biomassa com cogeração, já atingiu um

estado de maturidade que permite que estas fontes sejam

competitivas e que se destaquem das restantes ao nível da

produção de energia anual.

Apresentam-se seguidamente os valores de produção

renovável de energia elétrica em Portugal, no ano de 2010

(quadro 5), e a respetiva repartição por fonte energética

(figura 45).

Quadro 5 - Produção Renovável de Energia Elétrica em Portugal Continental por Fonte Energética (2010)

Portugal

Energia Hídrica [MWh/ano] 16.249.001

Energia Eólica [MWh/ano] 9.023.998

Biomassa com Cogeração [MWh/ano] 1.578.516

Biomassa sem Cogeração [MWh/ano] 612.160

RSU [MWh/ano] 454.847

Biogás [MWh/ano] 100.491

Energia Fotovoltaica [MWh/ano] 213.298

Total [MWh/ano] 28.232.311

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55 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

57%

32%

6%2%2%

0,36%

1%

Produção Renovável de Eletricidade em Portugal por Fonte Energética em 2010 [%]

Energia Hídrica

Energia Eólica

Biomassa com Cogeração

Biomassa sem Cogeração

RSU

Biogás

Energia Fotovoltaica

Figura 45 - Repartição da Produção Renovável de Energia Elétrica em Portugal por Fonte Energética (2010)

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56 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

No caso concreto de Vila Nova de Foz Côa, foram produzidos

647.432 MWh/ano de energia elétrica no ano 2010, como

ilustrado no quadro 6 e na figura 46.

Quadro 6 - Produção Renovável de Energia Elétrica na área de abrangência da Agência de Energia de Vila Nova de Foz Côa por Fonte Energética

(2010)

Vila Nova de Foz

Côa

Energia Hídrica [MWh/ano] 647.432

Energia Eólica [MWh/ano] 0,00

Biomassa com Cogeração [MWh/ano] 0,00

Biomassa sem Cogeração [MWh/ano] 0,00

RSU [MWh/ano] 0,00

Biogás [MWh/ano] 0,00

Energia Fotovoltaica [MWh/ano] 0,00

Total [MWh/ano] 647.432

100%

Produção Renovável de Eletricidade por Fonte Energética no Município em 2010 [%]

Energia Hídrica

Figura 46 - Repartição da Produção Renovável de Energia Elétrica em Vila Nova de Foz Côa por Fonte Energética (2010)

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57 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Destaca-se ainda o potencial que a região envolvente do

município de Vila Nova de Foz Côa apresenta. Na figura 47 são

apresentados os centros electroprodutores localizados na área

de abrangência da CIM Douro.

Sendo Portugal um dos países europeus com os mais altos

níveis de radiação solar, o município de Vila Nova de Foz Côa

tem um elevado potencial de produção de energia

fotovoltaica, com potencial de geração de índices superiores a

1300 kWh/ano por cada kWp instalado, em condições ideais

(figura 48).

Figura 47 - Centros electroprodutores de base renovável localizados na região de abrangência da CIM Douro (2014)

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58 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Figura 48 - Irradiação global e potencial máximo de produção de energia elétrica fotovoltaica em Portugal Continental (2010) (Fonte: JRC)

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59 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

PLANO DE AÇÃO PARA A ENERGIA SUSTENTÁVEL

"O Pacto de Autarcas pode e deve ser a força motriz da governança verde, de partilha de conhecimentos e de boas práticas entre as cidades, municípios e governos nacionais"

Jerzy Buzek, Presidente do Parlamento Europeu de 2009 a 2014

O Plano de Ação para a Energia Sustentável do município de

Vila Nova de Foz Côa concretiza o compromisso assumido

aquando da adesão ao Pacto de Autarcas europeus.

O Pacto de Autarcas é um compromisso mútuo assumido pelos

signatários para ultrapassarem as metas traçadas pela política

energética da União Europeia em matéria de redução das

emissões de CO2, através de um aumento da eficiência

energética e de uma produção e utilização mais limpa da

energia.

O Pacto dos Autarcas é uma das mais relevantes e ambiciosas

iniciativas europeias, no contexto do combate às alterações

climáticas.

Para atingirem os objetivos de redução das emissões de CO2

até 2020 os signatários do Pacto dos Autarcas assumem o

compromisso de:

Superar os objetivos definidos pela UE para 2020

reduzindo as emissões nos territórios respetivos em,

pelo menos, 20% mercê da aplicação de um plano de

ação em matéria de energia sustentável nas áreas de

atividade que relevam das suas competências. O

compromisso e o plano de ação serão ratificados de

acordo com os respetivos procedimentos;

Elaborar um inventário de referência das emissões como

base para o plano de ação em matéria de energia

sustentável;

Apresentar o plano de ação em matéria de energia

sustentável no prazo de um ano a contar da data da

assinatura;

Adaptar as estruturas municipais, incluindo a atribuição

de recursos humanos suficientes, a fim de levar a cabo

as ações necessárias;

Mobilizar a sociedade civil para participar no

desenvolvimento do plano de ação, delineando as

políticas e medidas necessárias para aplicar e realizar os

objetivos do plano;

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60 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Apresentar um relatório de aplicação, pelo menos, de

dois em dois anos após a apresentação do plano de ação

para fins de avaliação, acompanhamento e verificação;

Partilhar experiência e o saber-fazer com outras

entidades territoriais;

Organizar Dias da Energia ou Dias do Pacto Municipal em

cooperação com a Comissão Europeia e outras partes

interessadas, permitindo aos cidadãos beneficiar

diretamente das oportunidades e vantagens oferecidas

por uma utilização mais inteligente da energia e

informar periodicamente os meios de comunicação

social locais sobre a evolução do plano de ação;

Participar e contribuir para a Conferência anual de

Autarcas da UE para uma Europa da Energia Sustentável;

Divulgar a mensagem do Pacto nos fóruns apropriados e,

em particular, encorajar outros autarcas a aderir ao

Pacto.

Utilizando como ponto de partida a Matriz Energética e, em

especial a sua dimensão prospetiva, que se apresenta neste

documento, são identificadas áreas onde se deve intervir

prioritariamente e são definidas as ações a implementar,

sendo igualmente analisado o potencial de redução das

emissões de CO2.

O Plano de Ação agora apresentado segue a metodologia

proposta pelo Pacto dos Autarcas com as devidas adaptações à

realidade do município de Vila Nova de Foz Côa, utilizando

como referência os resultados obtidos na matriz energética,

quer no que respeita à situação de referência, quer no que

respeita às previsões da sua evolução.

Na implementação do PAES, a CIM Douro, designada pela

comissão executiva como Entidade Coordenadora Territorial

para o Pacto de Autarcas da região do Douro, disponibiliza

orientação estratégica e apoio financeiro e técnico ao

município de Vila Nova de Foz Côa.

Em colaboração com a CIM Douro o município de Vila Nova de

Foz Côa vai desenvolver diversas ações de mobilização de

agentes locais, empresariais, sociais e institucionais, e

munícipes, passando à prática o compromisso assumido de:

Adaptar a sua estrutura administrativa, incluindo a

afetação dos recursos humanos suficientes, de forma a

poderem realizar as ações necessárias;

Difundir a mensagem do Pacto nos fóruns apropriados e

encorajar os Municípios para se juntarem ao Pacto;

Partilhar experiências e conhecimentos através da

realização de dia locais para a Energia e eventos no

âmbito da temática ambiente e energia, participando

ou enviando contributos para a cerimónia anual do

Pacto de Autarcas.

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61 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Neste contexto, será promovida a formação de um Grupo

Local de Suporte à implementação do PAES, grupo esse que

terá um papel fundamental na difusão das boas práticas de

eficiência energética e de integração de renováveis, de forma

a atingir as metas fixadas.

Será ainda dada especial atenção à população escolar

reconhecendo o importante papel das crianças e jovens na

sensibilização da sociedade, no seu global.

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62 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Medidas de sustentabilidade energética

No âmbito da realização do Plano de Ação para a

Sustentabilidade Energética, foram definidas diversas medidas

de sustentabilidade energética cuja implementação permitirá

o cumprimento do compromisso assumido com a assinatura do

Pacto de autarcas, nomeadamente a redução de pelo menos

20% das emissões do município até 2020.

De modo a assegurar a viabilidade da implementação das

medidas propostas e o sucesso da implementação do plano de

ação, todas as medidas apresentadas foram analisadas do

ponto de vista do potencial de redução de emissões no

município, com base nas suas características específicas e na

caracterização energética e identificação de fontes de

emissões de CO2 resultantes da realização do inventário de

referência de emissões.

As medidas consideradas no presente PAES foram selecionadas

tendo em conta as seguintes opções:

Iluminação eficiente em edifícios

Elaborar um “Plano de Iluminação Eficiente” que conte com a participação de profissionais da área dos serviços, equipamentos públicos e/ou agentes privados.

Este plano deverá promover a substituição de equipamentos

de iluminação ineficientes por outros de maior eficiência

energética, sem comprometer as necessidades da população

neste domínio, e a qualidade da iluminação, refletindo-se

numa redução de consumos e consequentemente na

diminuição de emissões de CO2 e da fatura energética.

A iluminação é uma das utilizações finais de energia em que a

introdução de soluções energeticamente eficientes mais

compensa, quer em termos de fatura energética, quer ao

nível de conforto. Tipicamente, numa habitação é possível

reduzir o consumo de eletricidade para iluminação entre 15 a

20%, sem prejuízo de usufruir dos benefícios de uma luz de

boa qualidade, sendo que este potencial de redução pode

ainda atingir os 30 – 50% no caso de edifícios de escritórios,

comerciais e instalações de lazer.

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63 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Neste contexto, analisaram-se diversas possibilidades de

aumento da eficiência da iluminação interior, destacando-se a

substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas

fluorescentes compactas (LFC) ou tubulares, conseguindo-se

com esta medida reduções que podem atingir economias de

aproximadamente 75%. Esta medida refletir-se-á também

numa redução de custos quer pela redução da fatura

energética quer pela maior durabilidade das LFC. As lâmpadas

fluorescentes têm um elevado período de vida, cerca de 8000

horas, ou seja, 15 vezes superior ao período de vida da

lâmpada incandescente.

Considerou-se ainda a possibilidade de, em casos particulares,

ocorrer a substituição de lâmpadas ineficientes por lâmpadas

com a tecnologia LED (Díodo Emissor de Luz), obtendo-se uma

redução do consumo ainda superior, que poderá alcançar uma

diminuição de 90% do consumo relativamente às lâmpadas

incandescentes. Adicionalmente, a tecnologia LED confere às

lâmpadas uma elevada longevidade, apresentando um período

de vida cerca de 50 vezes superior ao da lâmpada

incandescente convencional.

Para além da redução energética direta referida, a

substituição de lâmpadas ineficientes contribui ainda para a

redução indireta de consumos em arrefecimento do ar

ambiente, devido à maior capacidade de conversão de energia

em luz, das lâmpadas mais eficientes, minimizando os

desperdícios de parte da mesma sob a forma de calor.

Associada à substituição de lâmpadas com deficiente

eficiência energética por outras muito mais eficazes,

poderemos levar em linha de conta, a otimização dos sistemas

de comando da iluminação, introduzindo detetores de

presença. Estes aliam conforto e segurança a uma maior

eficiência energética. O controlo que fazem da iluminação

permite evitar consumos desnecessários em espaços em que a

permanência e utilização do público seja elevada (open-

spaces, salas de espera, entre outros) ou em espaços em que

tanto a permanência, como o tempo de utilização do público,

sejam reduzidos (instalações sanitárias, corredores, escadas).

Gestão otimizada de iluminação pública

Gerir de forma adequada os recursos energéticos nomeadamente através da seleção de tecnologias e sistemas de gestão, informação, monitorização e controlo da qualidade da iluminação pública, nomeadamente balastros que permitem uma melhor gestão do fluxo energético/luminoso na IP.

A iluminação pública representa uma das parcelas de maior

peso na fatura energética dos municípios, representando um

elevado potencial de poupança de energia.

Esta poupança poderá refletir-se através de uma melhoria na

eficiência dos balastros utilizados assim como um maior

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64 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

recurso aos redutores de fluxo e sensores de luminosidade,

controlando o seu período de funcionamento.

Os reguladores de fluxo luminoso permitem uma diminuição

automática do consumo de energia, durante um determinado

período, mantendo a qualidade e segurança do local a

iluminar.

Deste modo, torna-se possível o aumento do período de vida

útil de cada ponto de luz e a redução do consumo de energia

em horas de pouca movimentação nas vias públicas. Esta

redução poderá alcançar até 40% dos consumos energéticos

em iluminação pública. Este equipamento apresenta também

a possibilidade de integração em todos os circuitos de

iluminação equipados com lâmpadas de descarga como

fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio e iodetos

metálicos.

Os balastros interligam a fonte de alimentação de um circuito

elétrico e uma ou mais lâmpadas de descarga. As funções dos

balastros são ao nível de permitir o arranque e limitar a

corrente das lâmpadas ao seu valor normal durante o

funcionamento. A substituição de balastros eletromagnéticos

convencionais por balastros eletrónicos apresenta vantagens

como uma melhor gestão do fluxo luminoso e energético em

função da densidade de tráfego, das condições atmosféricas,

da adaptabilidade aos parâmetros locais do projeto de

iluminação e da compensação do fator de manutenção do

fluxo luminoso das lâmpadas, que tendem a sofrer

depreciação ao longo do tempo. Esta substituição permite

ainda uma redução substancial das perdas energéticas e da

energia reativa, face aos balastros eletromagnéticos.

Esta solução pode ser implementada em novos equipamentos

e em equipamentos já em funcionamento.

A otimização da rede através de uma distribuição e adequação

do número de luminárias e intensidade luminosa integrada

com a implementação de sistemas que permitem o controlo

remoto ou automático possibilitam também uma gestão

adequada e eficiente face a cada situação.

A interligação deste controlo com sistemas abertos de gestão

de energia representam um benefício adicional para a gestão

otimizada de iluminação pública, permitindo medições

relevantes para a gestão de consumos e de ativos. A utilização

de sistemas abertos, através de protocolos de integração

partilháveis permite ainda absorver de forma continuada a

inovação tecnológica e uma maior diversidade de planos de

otimização e investimento.

LED's e luminárias eficientes em iluminação pública

Substituir luminárias pouco eficientes por luminárias mais eficientes, para melhorar a relação qualidade/custo. A tecnologia led é a solução mais

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65 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

eficiente dentro das soluções para a Iluminação Pública (IP) e sinalização semafórica.

O elevado consumo de energia em iluminação pública é

frequentemente impulsionado por uma baixa eficiência do

sistema de iluminação, consequência da predominância do uso

de equipamento pouco eficiente, como lâmpadas de vapor de

mercúrio – altamente ineficientes, luminárias e semáforos de

baixa eficiência, entre ouros.

Atualmente existem já no mercado soluções que permitem

uma IP eficiente com a mesma qualidade. Uma das

possibilidades passa pela substituição de luminárias pouco

eficientes, como por exemplo luminárias que emitem luz em

direções ou zonas que não necessitam de iluminação, como

por exemplo luz emitida para o céu (poluição luminosa).

Outra solução consiste na substituição de fatores externos a

luminárias, as lâmpadas, por exemplo. A utilização de

lâmpadas de vapor de mercúrio em iluminação pública é

desaconselhada, pois estas apresentam um baixo rendimento

luminoso e à medida que envelhecem o seu fluxo reduz-se

consideravelmente. Por sua vez, a utilização de lâmpadas com

elevado rendimento luminoso, como o caso das lâmpadas de

vapor de sódio, por exemplo, permitem reduzir o consumo de

energia elétrica e apresentam uma restituição de cor

adequada para a iluminação pública das vias urbanas e de

zonas pedonais.

Relativamente às lâmpadas para iluminação pública as

soluções do mercado passam também pelos LED`s,

destacando-se o seu uso na sinalização semafórica. A

utilização desta tecnologia em semáforos permite uma

redução dos consumos de cerca de 80% a 90%, quando

comparado ao consumo de lâmpadas incandescentes de

mesma intensidade luminosa. Para além disso, devido ao seu

baixo consumo, os LED`s podem ainda ser alimentados por

painéis fotovoltaicos.

Outra das vantagens apontadas relaciona-se com o aumento

da segurança rodoviária, dado que o índice de reflexão da luz

solar é 50% mais baixo neste sistema do que no tradicional,

permitindo uma maior visibilidade e acabando com a ilusão de

que as lâmpadas estão ligadas, quando efetivamente não

estão.

Auditorias energéticas, construção eficiente e certificação de edifícios

Promover a construção eficiente e a realização de auditorias nos edifícios, serviços públicos e indústrias que permitam a identificação e avaliação do grau de eficiência energética, resultando na certificação energética.

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66 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O setor dos edifícios é responsável pelo consumo de

aproximadamente 40% da energia final na Europa. Mais de 50%

deste consumo pode ser reduzido através de medidas de

eficiência energética.

A implementação de medidas que permitam a minimização de

perdas de calor, como seja o isolamento térmico poderá

contribuir para essa redução. A adequação do isolamento

térmico é fundamental para uma minimização das trocas

térmicas existentes. De modo a obter um isolamento eficiente

é necessário ajustar a temperatura do ar, paredes,

pavimentos e tetos, o qual pode ser feito na construção base

dos edifícios. A aplicação de alterações a este nível, contribui

para uma melhor classificação energética.

A construção eficiente permite um melhor comportamento do

edifício em termos energéticos, motivando uma boa

classificação energética. Através da construção eficiente

pretende-se otimizar recursos, mantendo o máximo conforto,

considerando técnicas de arquitetura bioclimática. Na prática,

uma construção eficiente considera as características

intrínsecas dos locais nomeadamente a exposição solar

condições climáticas e de geografia, e tem em conta a

criteriosa seleção de materiais, que permitam uma maior

eficiência. As auditorias energéticas são fundamentais para

uma avaliação e quantificação correta dos consumos. As

auditorias permitem analisar e caracterizar em detalhe o

estado dos equipamentos que consomem energia, os custos

inerentes, identificando situações a corrigir ou melhorar. Face

a esta análise são definidas soluções viáveis que permitam um

aumento da eficiência energética no edifício.

O processo de certificação envolve a atuação de um perito

qualificado, o qual verifica, através de auditorias, a par do

acima mencionado, a conformidade regulamentar do edifício

no âmbito do(s) regulamento(s) aplicáveis (REH - Regulamento

de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação e/ou

RECS - Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios

de Comércio e Serviços), classificá-lo de acordo com o seu

desempenho energético, com base numa escala de A+ (melhor

desempenho) a F (pior desempenho)

O Certificado Energético de um edifício descreve o seu

desempenho energético e inclui o cálculo dos consumos de

energia previstos, decorrentes da sua utilização, permitindo

comprovar a correta aplicação da regulamentação térmica e

da qualidade do ar interior em vigor para o edifício e para os

seus sistemas energéticos. Nos edifícios existentes, o

certificado energético proporciona informação sobre as

medidas de melhoria de desempenho energético, com

viabilidade económica, que o proprietário pode, sem riscos,

implementar para reduzir as suas despesas energéticas e

potenciar o conforto do edifício. Assim, com esta classificação

sabe-se qual o escalão atribuído ao edifício e quais os

próximos passos para atingir uma melhor eficiência do edifício

certificado.

No contexto legal, a certificação energética é obrigatória

desde do dia 1 de Janeiro 2009 para todos os edifícios que

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67 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

estejam em processo de venda ou de aluguer. Em particular,

os edifícios de grande dimensão de comércio e serviços assim

como edifícios públicos deverão fazer uma avaliação periódica

do seu potencial, no contexto da certificação energética.

Sistemas abertos de gestão de energia

Utilizar tecnologias de informação e comunicação como instrumentos de melhoria da eficiência energética e a redução de consumos em edifícios públicos e privados, iluminação pública e transportes.

A integração de tecnologias de informação e comunicação em

edifícios e equipamentos, através da disponibilização de um

Sistema Aberto de Gestão Energética, que integre um Sistema

Inteligente de Gestão Energética e uma Plataforma

Colaborativa, apresenta um elevado potencial ao nível da

identificação, análise, redução e monitorização de consumos

e emissões de CO2.

A utilização de um Sistema Inteligente de Gestão Energética,

capaz de receber informação de faturação eletrónica, de

telecontagem através de sensores e de caraterização de

utilização permite otimizar consumos, monitorizar em tempo

real e minimizar desperdícios. Obtém-se assim uma maior

eficiência na gestão energética integrada de ativos e

consumos, reduzindo gastos e melhorando o desempenho. O

acesso a esta tecnologia permite a gestores e utilizadores de

edifícios e equipamentos, públicos e privados, iluminação

pública, frotas, entre outros, monitorizar em tempo real a

procura de energia, controlar a faturação e analisar a

adequação de opções de racionalização dos perfis de

consumo, de contratação do abastecimento e de melhoria da

eficiência. A integração de funções de telecomando num

Sistema Inteligente de Gestão Energética possibilita ainda o

controlo automático e/ou pontual de sistemas energéticos de

forma a eliminar consumos supérfluos sem comprometer a sua

funcionalidade.

Equipamentos domésticos eficientes

Promover uma renovação gradual de equipamentos domésticos consumidores pouco eficientes em especial os eletrodomésticos.

Os eletrodomésticos são equipamentos de utilização comum

num edifício, seja qual for a sua tipologia, pelo que deve ser

privilegiada a utilização de equipamentos mais eficientes

Devido aos crescentes avanços tecnológicos os consumidores

têm ao seu dispor equipamentos cada vez mais eficientes,

devendo por isso ser promovida uma substituição mais ou

menos regular dos equipamentos existentes por modelos mais

eficientes. A título ilustrativo do potencial de redução de

consumos desta medida, apresenta-se o cenário de renovação

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68 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

de todos os equipamentos domésticos de uma habitação, o

que se poderia traduzir numa redução anual dos consumos

elétricos da ordem dos 30%. Em edifícios com tipologias

diferentes que as habitacionais, a variedade de

eletrodomésticos que encontramos é reduzida, no entanto, a

repetição do número de aparelhos do mesmo tipo e o número

de utilizações a que são sujeitos pode ser elevada, o que nos

leva a considerar, para estes edifícios, uma possibilidade de

redução dos consumos elétricos anuais, perto da mesma

ordem de grandeza que os de habitação.

De modo a identificar a eficiência energética dos

equipamentos domésticos, existe a etiqueta energética. O seu

âmbito de utilização é comum em toda a Europa e constitui

uma ferramenta informativa ao serviço do consumidor.

Segundo a legislação vigente é obrigatório ao vendedor exibir

a etiqueta energética de cada modelo de eletrodoméstico. As

etiquetas Energy Star e GEA são utilizadas em equipamentos

de escritório e na eletrónica de consumo.

Equipamentos de escritório eficientes

Promover a renovação gradual de equipamentos de escritório pouco eficientes por outros mais eficientes.

A crescente introdução de equipamentos elétricos e

eletrónicos em escritórios verificada nos últimos anos

representa um aumento considerável no consumo energético

dos edifícios. Por outro lado, verifica-se também um elevado

potencial de economia de energia associado à utilização

destes equipamentos.

O aproveitamento integral do potencial de economia de

energia de alguns equipamentos elétricos e eletrónicos pode

ser conseguido através da seleção e aquisição de

equipamentos energeticamente eficientes.

A título de exemplo, refere-se a possibilidade de conseguir

uma economia de energia até 80% pela substituição de

computadores de secretária por computadores portáteis. Do

mesmo modo, a substituição de monitores CRT convencionais

por monitores LCD pode levar a uma redução dos consumos

em cerca de 50%, assim como a substituição de dispositivos

monofunção por dispositivos centralizados multifunções que

permite uma redução máxima dos consumos também na

ordem dos 50%.

Neste âmbito, destaca-se ainda a importância de privilegiar os

critérios de eficiência energética aquando da seleção dos

equipamentos de escritório a adquirir, nomeadamente de

optar por equipamentos que possuam etiqueta Energy Star

(usada em equipamentos de baixo consumo em standby), que

apresentem um dimensionamento correto, que disponham de

inibidores de consumo energético no modo desligado, entre

outros.

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69 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Equipamentos e processos industriais eficientes

Promover uma renovação gradual de equipamentos industriais por outros mais eficientes e promover a otimização de processos industriais visando a melhoria da sustentabilidade

A Indústria representa, em Portugal, 34% da energia final

consumida por setor de atividade. É o segundo setor com

maior consumo de energia final, sendo apenas ultrapassado

pelo setor dos transportes em dois pontos percentuais.

De acordo com estes dados, tem sido crescente a preocupação

com o aumento da eficiência energética neste sector, sendo

uma das metas da Estratégia Nacional de Energia para 2020.

Com vista a alcançar este objetivo, existem algumas medidas

que ajudam os industriais a adequar os seus equipamentos e

processos a novas tecnologias e estratégias. A melhoria da

eficiência energética nas Indústrias em Portugal sustenta-se

em medidas transversais, que proporcionam uma melhoria na

economia portuguesa.

Alguns dos aspetos a melhorar são de grande impacto na

indústria e podem facilmente ser adaptados a novas

abordagens. Neste contexto merecem destaque os sistemas

acionados por motores elétricos, os processos de produção de

calor e frio, a iluminação e a eficiência do processo industrial.

Em relação aos sistemas acionados por motores elétricos

destaca-se a questão da otimização dos motores, a melhoria

energética dos sistemas de bombagem, dos sistemas de

ventilação e dos sistemas de compressão. A rede de

distribuição de ar comprimido e os dispositivos de utilização

final podem também ter melhorias a nível dos seus consumos

energéticos.

Os métodos de produção de calor e frio como a cogeração, os

sistemas de combustão, a recuperação de calor e o frio

industrial, são processos que consomem bastante energia e é

importante torná-los mais eficientes e sustentáveis.

A adoção das Melhores Técnicas Disponíveis contribui para

uma melhoria da eficiência energética evitando e reduzindo

as emissões e o impacto ambiental do setor industrial.

Para tornar esta medida de eficiência de equipamentos e de

processos industriais verdadeiramente eficaz é necessário

fazer um controlo e monitorização das medidas

implementadas. É também essencial integrar diferentes

processos, fazer a manutenção de equipamentos e assegurar

isolamentos térmicos eficientes, sempre que aplicável.

Equipamentos de força motriz eficientes

Melhorar a eficiência energética de equipamentos de força motriz através da sua renovação gradual por

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70 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

outros mais eficientes, através da instalação de equipamentos complementares e/ou pela melhoria da adequação às condições de funcionamento.

Os equipamentos de força motriz eficiente representam cerca

de metade dos usos finais de eletricidade em Portugal e a sua

aplicação é transversal a todos os setores de atividade, desde

os simples equipamentos de uso doméstico até às máquinas

industriais.

Com a utilização e o passar dos anos estes equipamentos

perdem eficiência, utilizando mais recursos energéticos para

desempenhar a mesma função. Para além disso, a tecnologia

evolui muito rapidamente e seguindo diretivas de melhoria de

desempenho energético, pelo que os equipamentos

atualmente disponíveis no mercado apresentam eficiências

energéticas superiores. Desta forma, a renovação de

equipamentos de força motriz por outros mais eficientes

apresenta um impacto relevante ao nível da redução de

consumos de energia e, consequentemente, de redução de

emissão de gases com efeito de estufa.

O ajustamento da adequação da potência de motores às

máquinas que acionam constitui a medida prioritária de

melhoria de eficiência energética de equipamentos de força

motriz. Os motores dimensionados de modo a funcionarem

acima de 75% da sua carga nominal apresentam um maior

rendimento. Em motores elétricos o rendimento tende a

aumentar com o aumento da sua potência nominal. Motores

de potência inferior a 1 kW, por exemplo, apresentam uma

eficiência na ordem dos 50-70%, motores entre 1 kW e10 kW

apresentam eficiências de 75-85% e motores de potências

maiores podem atingir os 90-95% de eficiência.

No caso de motores de indução cujo regime de funcionamento

seja muito variável poderá optar-se pela instalação de

Variadores Eletrónicos de Velocidade (VEVs). Vários estudos

indicam esta solução como a que maior potencial de poupança

apresenta. Os VEVs permitem atuar sobre a amplitude e a

frequência da tensão de alimentação do motor, controlando a

sua velocidade angular e o seu binário. Para além do controlo

de velocidade os VEVs conferem uma maior proteção térmica

aos motores e possibilitam arranque e paragens suaves,

proporcionando um menor desgaste mecânico e elétrico do

equipamento.

Alternativamente, poderá ser considerada a utilização dos

motores de alta eficiência (MAE). Através da utilização de

melhores materiais construtivos, melhores acabamentos e

alteração de características dimensionais dos motores, os MAE

apresentam uma melhoria de rendimento, relativamente a

motores convencionais, que se situa tipicamente nos 3 - 4%,

podendo no entanto atingir um máximo de 8%. Embora

apresentem um custo mais elevado os MAE tornam-se

rentáveis em utilizações mais longas.

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71 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Energia solar térmica

Instalar coletores solares térmicos em edifícios de alojamento turístico, doméstico, de atividades de saúde humana, atividades desportivas, entre outros.

A instalação de sistemas de aproveitamento solar térmico

permite diminuir o consumo de combustíveis fósseis e

eletricidade utilizados para produção de águas quentes e em

sistemas de aquecimento/arrefecimento. Simultaneamente, a

tecnologia de solar térmico pode ajudar a diminuir os

problemas associados a picos de carga no sistema elétrico, ao

oferecer aquecimento/arrefecimento não baseado em

eletricidade.

As aplicações de sistemas solar térmico em edifícios

residenciais representam a maioria das instalações desta

tecnologia na Europa. A produção de Águas Quentes Sanitárias

(AQS) constitui a principal utilização destes sistemas (90%). No

entanto, sobretudo na Europa Central, tem vindo a crescer a

taxa de utilização de sistemas solares térmicos para suporte a

sistemas de aquecimento ambiente, inclusivamente em redes

de aquecimento urbano (distric heating). Existem ainda

instalações industriais que recorrem a esta tecnologia para

fornecimento de calor de baixa temperatura.

A utilização de sistemas de termossifão, mais frequentes na

Europa do Sul, permite suprimir cerca de 70-90% das

necessidades de água quente num alojamento médio, gerando

700-1.000 kWh de calor útil por cada kWtérmico instalado.

Relativamente aos sistemas de bombeamento, predominantes

na Europa Central e Norte, permitem a produção de cerca de

50-70% das necessidades de água quente num alojamento

médio gerando 500-650 kWh por kWtérmico instalado.

A utilização de sistemas combinados (combinação de água

quente sanitária e aquecimento ambiente) apresenta também

um elevado potencial de redução de consumos de energia em

edifícios. Num edifício bem isolado, a fração solar na

utilização energética para produção de AQS e calor ambiente

pode representar cerca de 25-40%.

O custo desta tecnologia constitui uma das principais barreiras

à sua expansão. Apesar dos baixos custos de operação e

manutenção relativamente a outras tecnologias alternativas,

o investimento inicial é alto. Contudo, com o aumento dos

preços das energias fósseis nas próximas décadas, os sistemas

solares térmicos tendem a tornar-se ainda mais competitivos

e a permitir, a médio longo prazo, maiores poupanças em

fatura energética.

Sistemas de climatização e ventilação eficientes

Melhorar a eficiência energética de sistemas de climatização e ventilação de edifícios de alojamento

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72 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

turístico, serviços, doméstico, de atividades de saúde humana e atividades desportivas e recreativas, entre outros.

Os sistemas de climatização e ventilação desempenham um

papel essencial na manutenção do conforto térmico e da

qualidade do ar interior dos edifícios. Em contrapartida, estes

sistemas são responsáveis por uma parte significativa da

fatura energética de um edifício e pelas emissões de CO2 para

a atmosfera, donde resulta que melhorar a sua eficiência

energética seja fundamental.

O ajustamento dos equipamentos de climatização e ventilação

às necessidades específicas de utilização, a seleção de

equipamentos privilegiando a eficiência energética e a

instalação adequada destes equipamentos são fatores

essenciais.

As bombas de calor surgem como uma opção sustentável ao

nível da climatização, na medida em que a fonte principal de

energia da bomba de calor é o ar exterior,

independentemente da temperatura a que este se encontra.

Ao extrair e comprimir o ar exterior através de um

compressor, este equipamento permite, com ajuda de um

permutador de calor, aquecer o ar interior do edifício. Estes

sistemas permitem o aquecimento quer de água quer do ar

ambiente de uma forma eficiente, na medida em que esta

tecnologia consome apenas 25% de energia elétrica na

compressão do ar, obtendo do ar exterior os restantes 75% da

energia necessária para o aquecimento ambiente. As bombas

de calor podem utilizar uma fonte geotérmica. Devido aos

elevados rendimentos energéticos que atingem, tornam-se

uma solução a considerar quando se pretende

aquecer/arrefecer uma habitação/edifício.

Estes sistemas, apesar de abastecidos a eletricidade, utilizam

a temperatura estável do subsolo e/ou dos lençóis de água

subterrâneos para aquecer ou arrefecer uma casa ou um

edifício sendo a sua eficiência determinada pelo tipo de solo e

a existência ou não de lençóis de água. Este tipo de sistema

assegura também o aquecimento das águas sanitárias, se

necessário.

Sempre que possível deverão ser implementados sistemas de

ventilação natural em detrimento de equipamentos de

ventilação mecânica, numa ótica de otimização de recursos,

de eficiência energética e de redução de custos.

A instalação de unidades de controlo automático de sistemas

de climatização e ventilação contribui igualmente para uma

melhoria da eficiência energética destes equipamentos.

Temporizadores, sensores de presença e termostatos são

alguns exemplos de unidades de controlo automático são

tipicamente associados a sistemas de climatização e

ventilação eficientes

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73 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Caldeiras eficientes

Renovar as caldeiras, utilizando sistemas de alimentação tecnologicamente mais eficientes ou substituir as caldeiras por outras mais eficientes.

A renovação de caldeiras antigas por outras de tecnologia

mais recente pode traduzir-se numa diminuição de consumos

energéticos significativa.

As caldeiras mais recentes, de alta eficiência, conseguem

transformar a energia térmica desperdiçada nos gases de

combustão (11% da energia produzida pela combustão) em

energia útil para a caldeira/sistema, atingindo uma eficiência

de 91 a 93%.

Existe no mercado um leque de soluções tecnológicas que

permitem o controlo eficiente do sistema de caldeiras através

de sistemas automatizados, o que possibilita uma melhor

gestão da energia gasta pela caldeira, face às necessidades do

edifício.

No caso de caldeiras domésticas, encontra-se disponível um

sistema de catalogação por estrelas, indicador da eficiência

energética destes equipamentos, devendo ser privilegiados os

de maior rendimento energético. ~

Biomassa e resíduos florestais

Promover o uso de biomassa florestal e resíduos florestais como combustível para a produção sustentável de diversas formas de energia final: eletricidade, calor e produção combinada de calor e eletricidade.

A utilização da biomassa como fonte energética constitui uma

forma sustentável de produção de energia e de redução do

uso de combustíveis fósseis. Em processos de combustão de

biomassa florestal e resíduos vegetais para produção de

energia podem ser utilizadas uma vasta gama de materiais

tais como: lenha, resíduos de madeira, resíduos florestais,

resíduos agrícolas e resíduos de indústrias de alimentos e

papel. Apesar da utilização de biomassa tradicional, incluindo

lenha, continuar a ser uma importante fonte de energia,

novas formas compactadas de biomassa com elevada

qualidade, tais como aglomerados de madeira e briquetes, são

cada vez mais utilizados, apesar de seu custo mais elevado.

Apesar de os processos de combustão da biomassa levarem à

emissão de CO2, o balanço global do uso desta fonte

energética é nulo, uma vez que o dióxido de carbono

absorvido durante o crescimento da planta iguala o CO2

libertado durante a queima.

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74 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Biocombustíveis e fontes de energia alternativas em transportes

Promover a utilização de biocombustíveis e fontes de energia alternativas como combustível principal ou em misturas com outros combustíveis.

Atualmente, o setor dos transportes é quase exclusivamente

dependente dos produtos petrolíferos, o que o torna um dos

principais responsáveis pela emissão de gases com efeito de

estufa. A promoção da produção e da utilização de

biocombustíveis terá um impacto significativo quer na

redução da pegada carbónica do setor quer na redução da

dependência energética do município e do país.

O biodiesel produzido a partir de óleos, usados ou novos, de

origem vegetal ou animal constitui uma fonte energética

sustentável alternativa ao uso de gasóleo, correspondendo ao

tipo de biocombustível mais frequentemente utilizado em

território nacional. A utilização a 100% deste biocombustível

pode requerer uma pequena conversão no motor e órgãos

mecânicos da viatura. Contudo existem já várias marcas de

automóveis que admitem o uso deste tipo de combustível

numa percentagem de mistura com o gasóleo.

Outros biocombustíveis apresentam também um elevado

potencial. Destaca-se, por exemplo, o biogás produzido

através de biomassa e/ou da fração biodegradável de

resíduos, não apresentando qualquer eventual competição

com a produção de alimentos. Este biocombustível pode ser

purificado até à qualidade de gás natural para utilização em

transportes.

O uso de biocombustíveis é extremamente benéfico a nível

ambiental, uma vez que a sua origem pode ser vegetal,

levando a que o balanço de emissões associadas à sua

utilização seja neutro, ou residual, minimizando a deposição

em aterro e valorizando resíduos poluentes, como resíduos

orgânicos, óleos alimentares usados ou gorduras animais.

A Comissão Europeia tem vindo a apoiar o desenvolvimento de

hidrogénio e células de combustível desde o início da década

de 1990. As células de combustível utilizam hidrogénio e

oxigénio para gerar eletricidade através de uma reação

eletroquímica, sem emissão de poluentes e sem ruído.

O hidrogénio apresenta um elevado potencial como energia

limpa e eficiente em aplicações estacionárias, portáteis e de

transporte, sendo encarado como um elemento importante no

futuro mix energético, em transportes. A nível europeu

decorrem diversos projetos com o objetivo de apoiar a

implementação de frotas de veículos movidos a pilhas de

combustível, desenvolvendo em paralelo infraestruturas para

a produção de hidrogénio e estações de abastecimento.

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75 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Veículos e frotas eficientes

Incorporar veículos eficientes, renovando assim, gradualmente a frota de viaturas de transporte terrestre.

O transporte rodoviário é responsável pela maior parte da

mobilidade gerada, sendo que na União Europeia o automóvel

representava em 2008, 72% da mobilidade total motorizada. A

crescente dependência dos transportes privados e o aumento

do número de viagens por passageiro tem originado graves

problemas sociais, económicos e ambientais, nomeadamente

o consumo ineficiente de energia no setor dos transportes.

Atualmente, mais de 20% da energia final consumida na União

Europeia é da responsabilidade do setor dos transportes,

sendo que no ano de 2008, em Portugal, este setor era

responsável por 28% do consumo total de energia final.

A eficiência e a redução de emissões de gases com efeito de

estufa estão cada vez mais presentes no setor automóvel: a

indústria automóvel tem vindo a registar enormes progressos

com vista à redução de emissões de CO2 e o desenvolvimento

tecnológico tem sido evidente no cumprimento desse

objetivo.

Presentemente, a substituição dos veículos antigos por

veículos novos da mesma gama assegura, por si só um

incremento na eficiência energética e consequentemente uma

redução dos consumos de combustível por km percorrido.

Contudo, não é necessária a substituição integral da viatura

para obter benefícios ao nível energético e ambiental, ou

seja, em muitos veículos uma manutenção eficaz pode ser

significativa, em termos da eficiência do mesmo.

Mobilidade elétrica

Adquirir veículos elétricos e adotar medidas estratégicas de promoção da substituição de veículos a combustíveis fósseis por veículos elétricos.

O aumento do uso de fontes de energia alternativas e de

veículos energeticamente eficientes e limpos, assim como a

sua integração no sistema de transportes urbanos, constitui

uma estratégia-chave para melhoria da sustentabilidade e da

qualidade de vida urbana, assim como para a redução da

dependência de combustíveis fósseis. Com os atuais avanços

tecnológicos, quer ao nível das baterias, quer das

infraestruturas de recarga, a utilização de veículos elétricos

tem vindo a revelar-se uma solução viável.

Os veículos elétricos têm incorporado diferentes tipos de

tecnologias, nomeadamente ao nível da estrutura, carroçaria,

sistemas de propulsão e fontes de energia, podendo distinguir-

se veículos elétricos a baterias, veículos híbridos elétricos e

veículos elétricos a pilhas de combustível. As principais

limitações dos veículos elétricos a baterias relacionam-se com

a capacidade limitada das baterias e a sua autonomia.

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76 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Relativamente aos veículos híbridos elétricos, os custos

elevados e a sua complexidade constituem os principais

obstáculos à sua difusão. Os veículos elétricos a pilhas de

combustível encontram-se ainda em fase de desenvolvimento,

apresentando, contudo, um elevado potencial. Os custos de

produção e a falta de postos de abastecimento serão os

principais entraves à expansão desta tecnologia.

A compra de um veículo elétrico a baterias permite uma

grande poupança energética, dado que os motores elétricos

são muito mais eficientes que os motores de combustão

interna. Um veículo elétrico a baterias gasta, em média,

entre 0,1 a 0,23 kWh por quilómetro, enquanto um veículo

com um motor de combustão interna gasta, em média, cerca

de 0,98 kWh por quilómetro. Com esta performance o veículo

elétrico a baterias permite uma grande redução do custo por

deslocação.

Os veículos elétricos híbridos combinam mais que um motor

propulsor, com diferentes tipos de alimentação, sendo mais

comum a combinação de um motor de combustão e um motor

elétrico. Este sistema tem sido desenvolvido com o objetivo

de melhorar a eficiência energética dos automóveis, estando

associado normalmente mais do que um motor propulsor,

diferentes tipos de alimentação, aproveitamento da energia

cinética gerada pela travagem e sistema de start-stop, que

pára e arranca automaticamente o motor de combustão

interna. A comercialização crescente de veículos elétricos

híbridos permitiu o aumento do desempenho e autonomia dos

veículos com propulsão elétrica. De modo a diminuir custos

têm sido realizados esforços de melhoramento de diversos

subsistemas elétricos dos veículos híbridos nomeadamente

motor elétrico, eletrónica de potência, unidades de gestão de

energia e baterias.

No sentido de favorecer uma crescente utilização do veículo

elétrico como alternativa aos meios de transporte rodoviários

que utilizam combustíveis fósseis poderá ser promovida a

disponibilização de infraestruturas exclusivas para veículos

elétricos, tais como pontos de carregamento ou lugares de

estacionamento. Ações de divulgação e sensibilização,

nomeadamente através da possibilidade de efetuar test drives

e da criação de serviços de aluguer de veículos elétricos, por

exemplo, constituem também ações de incentivo à mobilidade

elétrica.

A disponibilização de bicicletas elétricas públicas e a criação

de serviços de aluguer de bicicletas elétricas são também

projetos de relevo para a democratização destas tecnologias e

para a viabilização de um novo perfil de mobilidade urbana.

Portugal dispõe um conjunto de competências muito

relevantes nas áreas da fabricação de bicicletas (elétricas e

não elétricas), com expressão empresarial e empregadora nas

vertentes da produção e integração de componentes,

montagem de bicicletas e de motociclos e design. Acresce

ainda o investimento recente na criação de uma plataforma

nacional para a mobilidade elétrica que poderá contribuir

para estruturar um Cluster de Indústrias de Mobilidade

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77 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Elétrica de duas rodas. Esta é uma indústria relativamente

nova - impulsionada pelo desenvolvimento de novas baterias -

pelo que é ainda um setor onde é possível a entrada de novos

players. Para que tal seja possível é essencial que exista uma

concertação entre as políticas públicas e as estratégias

empresariais que crie as condições para o crescimento dos

atores locais e a estruturação de uma cadeia de fornecimento

competente nas áreas tecnológicas fundamentais.

A substituição de veículos convencionais por veículos elétricos

e híbridos em frotas cativas de entidades locais, regionais ou

nacionais, bem como em frotas de transporte rodoviário de

passageiros e de mercadorias é recomendada como vetor de

disseminação desta tipologia de veículos. Este método

permite identificar e ultrapassar eventuais dificuldades

técnicas e logísticas do abastecimento das frotas, assim como

promover o aumento de infraestruturas de abastecimento

disponíveis. A promoção do uso de veículos elétricos e

híbridos poderá ser reforçada pelo desenvolvimento de

políticas e soluções que criem uma massa crítica inicial capaz

de aceder a melhores preços de aquisição destes veículos. O

favorecimento de utilizadores destes veículos ao nível de

condições de estacionamento ou carga fiscal poderá

impulsionar a opção por estas tecnologias.

A associação de sistemas de produção renovável de

eletricidade a infraestruturas de carregamento de veículos

elétricos permite acentuar a redução de emissões de GEE

conseguida com a utilização de veículos elétricos. Desta forma

consegue-se também uma redução da dependência de

combustíveis fósseis, com impactos positivos ao nível da

economia local e nacional.

Otimização da rede de transportes

Criar um plano de mobilidade regional que promova sinergias entre diversos modos de transporte e respetivos utentes e que promova a otimização e criação de novas soluções de mobilidade. Criar uma plataforma inteligente de gestão de energia para gestão integrada da mobilidade e melhoria da sustentabilidade.

A criação de uma rede de transportes responsável e que sirva

a população é essencial para uma maior sustentabilidade na

mobilidade de pessoas e mercadorias. O desenvolvimento de

novos conceitos de mobilidade, organização dos transportes,

logística e soluções de planeamento permitirá melhorar a

eficiência e reduzir a poluição atmosférica e o ruído nas zonas

urbanas, nomeadamente o desenvolvimento de sistemas de

transporte inteligentes e integrados, metodologias inovadoras

de gestão da procura e soluções alternativas para transportes

coletivos e não motorizados. As atividades de apoio à análise

e desenvolvimento de políticas, nomeadamente sobre os

aspetos socioeconómicos dos transportes e promoção da

inovação para responder aos desafios colocados pelos

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78 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

transportes também devem acompanhar todo o processo de

otimização da rede de transportes.

A integração das diversas componentes de gestão da

sustentabilidade a nível local e regional numa única

ferramenta de gestão de sustentabilidade partilhada,

incluindo a mobilidade, tem-se revelado fundamental para o

sucesso das estratégias e agendas locais. Esta metodologia

deverá ser suportada pela utilização de uma plataforma

inteligente de gestão de energia com ligação a elementos

periféricos (sensores, smartphones, etc.) que permitam a

disponibilização e o acesso a funcionalidades de análise

retrospetiva do desempenho e a informação e monitorização

em tempo real. Ao nível da mobilidade, a plataforma

inteligente de gestão de energia deverá estar associada a

aplicações de transportes inteligentes e de gestão. Esta

plataforma deve caracterizar-se ainda por uma integração

plena dos fluxos de informação, sistemas de gestão, redes de

infraestruturas e serviços de mobilidade, recorrendo a

tecnologias abertas e a novas aplicações de navegação e

cronometria baseadas em sistemas de navegação por satélite.

A criação de um plano de mobilidade regional que promova

sinergias entre diversos modos de transporte e respetivos

utentes é de grande relevância. A implementação de um

sistema de transportes intermodal “porta-a-porta”, por

exemplo, poderá levar a uma maior integração entre os modos

de transporte, reduzindo significativamente

congestionamentos de tráfego, facilitando a acessibilidade

dos idosos e utilizadores vulneráveis.

A criação de sinergias com empresas e coletividades, entre

outros, para implementação de soluções alternativas de

mobilidade deve também ser promovida. Podem igualmente

ser promovidas medidas de promoção da utilização

transportes públicos por parte de entidades empregadoras ou

medidas de discriminação positiva de utilizadores de

transportes sustentáveis.

A deslocação de público para grandes eventos implica diversos

fatores que dificilmente são controlados, como

engarrafamentos de tráfego rodoviário, dificuldades de

estacionamento de veículos, entre outras, comprometendo

muitas vezes a sustentabilidade destas iniciativas. Como tal, o

planeamento de eventos deverá contemplar a disponibilização

de zonas estacionamento associadas a transportes coletivos

que façam a ligação entre as zonas de estacionamento e o

local do evento.

Só a adoção de uma metodologia inteligente de planeamento

e gestão integrados poderá responder simultaneamente às

questões da mobilidade sustentável, da procura e oferta de

energia, da qualidade do ar e do ambiente urbano e da gestão

de ativos e infraestrutura. Esta metodologia deve inserir-se

num quadro estratégico que considere as metas de

sustentabilidade, nomeadamente de emissões de CO2 e dê

resposta às necessidades da população.

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79 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Aumento da “pedonalidade” e do uso da bicicleta

Promover a mobilidade pedonal e ciclável nomeadamente em situação de lazer e tempos livres, promovendo a sensibilização a estes meios de deslocação.

Atualmente, por questões ambientais e de saúde pública, é

cada vez mais reconhecido que os modos de transporte suaves

(deslocação individual e de locomoção sobre rodas sem

recurso a energia combustível) podem ser uma alternativa nas

deslocações de curta distância ou em conjugação com outros

modos. A promoção deste tipo de deslocações permite uma

redução indireta e marginal do número de veículos em

circulação, sendo no entanto uma mais-valia para redução da

dependência energética e das emissões de gases com efeito

de estufa e também para a saúde humana.

De modo a promover o aumento da mobilidade a pé,

considera-se essencial dotar de melhores condições de

conforto e de maior nível de prioridade os percursos com

maiores fluxos de peões. Destacam-se as zonas com maior

intensidade de comércio e serviços, bem como os pólos de

maior concentração turística, zonas envolventes dos principais

polos geradores de viagens e de zonas residenciais.

Deverá ser assegurada de forma permanente, através de uma

adequada monitorização das suas condições e das ações de

manutenção adequadas, devendo ainda ser promovido o

aumento da segurança dos seus utilizadores, por via de uma

melhoria no desenho urbano e retificação das situações que

conduzem ao risco de atropelamentos.

Como incentivo ao uso da bicicleta deverá ser promovida a

mobilidade ciclável em atividades recreativas e de lazer e

como prática desportiva. A utilização da bicicleta em

atividades regulares irá fomentar o gosto por este meio de

transporte e promover a melhoria das condições físicas dos

seus utilizadores, levando a uma maior utilização deste

veículo, inclusivamente como modo de transporte alternativo

em deslocações de menor distância.

Complementarmente, deverá também proceder-se à

sensibilização e formação da população para a utilização e

convivência com os modos de transporte suaves.

Destaca-se ainda a relevância desta medida ao nível da

promoção da economia nacional. Como referido, Portugal

dispõe de um conjunto de competências muito relevantes nas

áreas da produção de componentes, montagem de bicicletas e

motociclos.

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80 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Otimização da vertente energética e climática do planeamento urbano

Reabilitar o edificado, promovendo uma reabilitação energeticamente eficiente nomeadamente através da elaboração de um manual de desenho bioclimático urbano, de um plano para a melhoria e otimização da rede urbana. Adaptação do Plano Diretor Municipal (PDM), mantendo a sustentabilidade energética como elemento determinante.

No sentido da melhoria da sustentabilidade urbana, a

elaboração de um manual ou plano de reabilitação urbana

torna-se premente, assim como a adaptação do Plano Diretor

Municipal, entre outros, tomando como base as melhores

soluções para a sustentabilidade energética.

A elaboração de um manual de desenho bioclimático urbano

irá contribuir para a melhoria das condições de conforto do

parque edificado através de um melhor aproveitamento dos

recursos naturais. Desta forma será promovida a adoção de

soluções, por exemplo, de melhoria do conforto térmico dos

edifícios com menor consumo de energia ou maior de

aproveitamento de luz natural.

A maioria das deslocações da população é feita entre casa e

trabalho, devendo por isso ser promovida a concentração de

conjuntos de serviços ou indústrias que minimize as distâncias

de deslocação e que, em simultâneo, permita criar uma boa

rede de acessos a esses locais e a possibilitar uma alargada

oferta de transportes públicos coletivos.

Em complemento deverá ainda ser fomentada uma estrutura

da rede viária urbana principal que facilite os

atravessamentos dos centros urbanos, assim como a entrada e

saída destes, de modo a torná-la perfeitamente funcional para

os diferentes utilizadores. Deste modo possibilita-se também

a libertação da rede secundária e uma maior facilidade do

acesso local, privilegiando o modo pedonal e ciclável e o uso

de transportes públicos. Desta forma contribui-se

significativamente para aumentar a qualidade de vida dos

cidadãos, assim como para a promoção da sustentabilidade do

município.

Num município com boas políticas de urbanização e

mobilidade a qualidade de vida da população aumenta na

medida em que se reduzem os tempos de deslocação e,

consequentemente, a energia necessária à deslocação e a

emissão de gases com efeito de estufa.

De igual modo, é fundamental que o PDM se adapte a estas

necessidades de deslocação da população de modo a encurtar

as distâncias e maximizar a eficiência energética através de

um planeamento do território pensado e ponderado.

A intervenção ao nível da reabilitação urbana, integrada numa

ótica de desenvolvimento sustentável, permite alcançar uma

maior qualificação espaço público e promover o

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desenvolvimento económico e social. Deste modo, atua-se no

sentido da inovação nas soluções da qualificação urbana e no

reforço da atratividade das cidades e da qualidade de vida das

populações.

Gestão sustentável de água

Melhorar o modelo atual da gestão da procura e consumo de água, para procurar uma melhor eficiência energética.

O setor da água é, simultaneamente, fonte de produção de

energia renovável e limpa e, enquanto consumidor de energia,

contribuinte para a emissão dos gases com efeito de estufa

quando esta é produzida a partir de combustíveis fósseis.

Este setor é um importante consumidor de energia, sobretudo

nas áreas da captação, tratamento e distribuição de água

potável e da drenagem, tratamento e descarga de águas

residuais.

O processo de gestão da água deve começar na captação

mantendo-se até ao cliente final e ao tratamento de efluentes

residuais. A previsão do consumo de água por hora e a

identificação das horas de pico permite uma gestão que serve

melhor o cliente e fornecedor, assegurando a manutenção do

abastecimento com recurso a menores consumos energéticos

e em consequência a menos emissões de CO2.

O aquecimento de água para uso doméstico é também

responsável por um significativo consumo de energia, assim

como a captação e bombagem para uso agrícola, outra área

onde o consumo de energia pode ser significativo. A

sensibilização e a implementação de medidas de moderação

do consumo de água nestes setores poderá refletir uma

poupança de energia.

Refere-se ainda a possibilidade de as estações de tratamento

de águas residuais, ETAR`s, serem centros produtores de

energia recorrendo à cogeração e à produção de energia em

digestores anaeróbios.

A redução do consumo de água e o aumento da eficiência

energética dos sistemas de operação e de gestão resultante

da otimização do modelo de gestão da água contribui assim

para uma redução de energia consumida.

Gestão sustentável de resíduos

Conceber ou melhorar o modelo de gestão de resíduos, atingindo a máxima eficiência da utilização de energia.

Em Portugal são produzidos, em média, diariamente 1,4 kg de

resíduos domésticos por habitante, sendo importante a

sensibilização e a educação para a prevenção da produção de

resíduos.

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82 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Os impactes energéticos resultantes de uma gestão adequada

de resíduos são enormes, na medida em que prevenindo a

produção de resíduos deixa de se consumir uma grande

quantidade de energia em processos de extração, no

transporte e na transformação de matérias-primas e

posteriormente na recolha e tratamento dos próprios

resíduos.

Por outro lado, o investimento em sensibilização e educação

para prevenção de resíduos e para a separação e reciclagem

de materiais como vidro, plástico, papel e metal permite

economizar recursos, combater a emissão de poluentes e GEE

e limitar a ocupação de solos para deposição de lixos,

contribuindo para um modelo de desenvolvimento sustentável

e para um ambiente melhor.

A valorização orgânica, por digestão anaeróbia ou

compostagem, e a valorização energética, através da

inceneração de resíduos, constituem também medidas

estratégicas de redução de emissões de GEE, na medida em

que a maioria das emissões de metano se devem à degradação

da matéria orgânica em Aterros Sanitários.

A digestão anaeróbia de resíduos orgânicos leva à produção de

biogás, que poderá ser utilizado para produção de energia

térmica e/ou elétrica ou que pode ser purificado para injeção

na rede de gás natural ou para utilização como combustível

para transportes. Por sua vez, o encaminhamento de matéria

orgânica para uma estação de compostagem permite a

produção de um "composto" com elevada qualidade para a

agricultura.

A valorização energética de resíduos permite também a

produção de energia térmica e elétrica com recurso a um

combustível alternativo e a produção de metano pela

degradação da matéria orgânica. Apesar de se tratar de um

processo de combustão é efetuado um controlo rigoroso das

emissões de gases produzidas, minimizando a emissão de

poluentes e GEE,

No caso particular dos óleos alimentares usados, estes podem

ser utilizados para produção de biodiesel.

Otimização da distribuição de frotas

Conceber um plano para a introdução de melhorias na rede de distribuição e apoio aos serviços urbanos de modo a permitir uma melhor gestão das frotas.

Muitas empresas possuem frotas de veículos afetos à sua

atividade e/ou atribuídos a quadros da empresa, tipicamente

com funções de gestão (conselho de administração, quadros

diretivos).

Assim, a gestão de frotas, sobretudo ao nível da logística,

assume um papel fundamental para melhorar a eficiência das

empresas, já que integra a gestão da cadeia de abastecimento

que planeia, implementa e controla o fluxo de bens, serviços

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e informação entre o ponto de origem e o ponto de consumo,

de modo a ir ao encontro das necessidades dos clientes.

A tipologia de medidas a implementar no âmbito da gestão de

frotas inclui a otimização de percursos (especialmente

importante nos casos de empresas de distribuição ou cuja

atividade implique visitas regulares a clientes, a aquisição de

frotas de veículos menos poluentes (por exemplo: veículos

híbridos, veículos elétricos, recurso a bicicletas para

distribuição local, ou outros que permitam a redução das

externalidades ambientais) e a revisão da política de

atribuição de viaturas da empresa de modo a fomentar a

racionalização da atribuição de viaturas

Uma boa gestão de frotas conduz a uma vantagem

competitiva e a uma redução dos custos, assim como à

redução de consumos energéticos e respetivas emissões de

CO2.

Otimização da mobilidade profissional e pendular

Implementar planos de mobilidade para trabalhadores e utentes dos estabelecimentos empresariais no município.

As deslocações de trabalhadores, visitantes e fornecedores de

serviços constituem uma quota significativa das deslocações

realizadas diariamente o município e por isso, os polos

geradores/atratores de viagens, detêm um papel importante

no domínio da gestão da mobilidade e da sustentabilidade do

sistema.

Como tal, a adoção de boas práticas de mobilidade deverá

constituir-se como uma realidade no seio da atividade laboral,

em especial nas grandes empresas e nos polos

geradores/atratores de viagem.

Neste contexto a conceção e implementação integrada de

plano de mobilidade que induzam o aumento do uso de

transportes coletivos sobretudo para deslocações pendulares

adquire relevância e constitui uma ferramenta de grande

utilidade à promoção da sustentabilidade energética.

Na medida em que haverá sempre um grupo significativo de

indivíduos que por motivos profissionais ou da sua vida pessoal

continuarão a recorrer ao automóvel para realização das suas

deslocações, deverão também ser preconizadas medidas que

visem otimizar/racionalizar o recurso à utilização do

automóvel. Neste âmbito poderá considerar-se a realização de

uma análise da viabilidade de implementação de medidas de

promoção de Carpooling (partilha de uma viatura entre

colaboradores que realizam o mesmo percurso, repartindo

entre si o custo das viagens), Carsharing (uso de veículos

disponibilizados/alugados em determinados pontos para

deslocações pontuais) ou Vanpooling (partilha de

miniautocarros disponibilizados para deslocações a pontos

específicos, como empresas, serviços comerciais, entre

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84 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

outros), por exemplo, que permitiriam uma redução do

número de veículos em circulação diariamente.

A criação de modelos de gestão do estacionamento pode

também ser utilizada como um instrumento de gestão e

controle da procura de transporte individual. Nas zonas

centrais dos centros urbanos, conter a utilização do

estacionamento de longa duração na via pública associado às

deslocações pendulares (empregados do comércio e serviços)

permitirá garantir a existência de estacionamento de rotação

para os visitantes, designadamente clientes e fornecedores.

Sensibilização e educação para a sustentabilidade climática

Planear um conjunto de ações para sensibilizar a população para boas práticas ambientais e energéticas. Promover e criar estruturas técnicas para aconselhamento na área da eficiência energética.

Alguns fatores sociais, culturais e psicológicos impedem os

utilizadores de fazer poupanças em energia. Estas barreiras ao

comportamento energeticamente eficiente estão associadas,

sobretudo à falta de informação associada a maus hábitos de

consumo.

O caminho para a sustentabilidade passa por uma maior

informação e educação no sentido de alterar os

comportamentos.

Para tal, a sensibilização/educação da população, direcionada

para as diferentes faixas etárias da população, pode se

realizada através de campanhas de promoção de boas práticas

de eficiência energética, rotulagem de aparelhos, avisos sobre

equipamentos com maior eficiência energética, educação nas

escolas, disponibilização de manuais de boas práticas e

divulgação de tecnologias de monitorização tais como

sensores e contadores de consumo.

O aconselhamento por especialistas, na sequência de

auditorias, pode ser necessário para ajudar a população a

tornar-se consciente de possíveis poupanças de energia e

medir o impacte do seu comportamento. Uma solução poderá

passar pela criação de uma rede de técnicos para

identificação e apresentação de medidas com viabilidade

técnico-económica ao setor doméstico e de serviços, que

possibilitem a efetiva redução de consumos nos edifícios

residenciais e de serviços. Os consumidores bem informados

escolhem ações que permitem uma maior poupança de

energia, sem alterar o seu conforto.

A sensibilização da população passa também por uma partilha

de elementos comuns, nomeadamente através das tecnologias

da informação. Esta partilha permite a divulgação de eventos

de sensibilização para temáticas como as alterações

climáticas ou a importância do desenvolvimento sustentável,

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85 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

o que resulta numa maior vontade de intervenção por parte

da comunidade.

Otimização do desempenho profissional

Implementar medidas de formação, sensibilização e educação para os trabalhadores municipais e de empresas privadas que operem veículos ou equipamentos intensivamente consumidores de energia.

A sensibilização para as boas práticas contra o desperdício

junto dos trabalhadores permite aumentar a consciência

ambiental e modificar comportamentos. Apesar de existirem

inúmeras aplicações de controlo cujo objetivo é o de reduzir o

consumo associado a uma determinada tarefa, existem fatores

que são totalmente controlados pelo trabalhador.

A existência de sistemas abertos que identifiquem eventuais

medidas a implementar e a promoção da consciencialização

de um trabalhador através de formação associada a uma

determinada medida de eficiência energética pode criar um

efeito de contágio, uma vez que o formando poderá ensinar

colegas, amigos e família a ter uma conduta mais sustentável.

Neste contexto, e como exemplo apresenta-se o facto de

poucos condutores saberem como explorar da melhor forma as

potencialidades dos veículos com cada vez menores consumos

médios e emissões de CO2 por quilómetro. Implementar

medidas de formação, sensibilização e educação permite

incutir mudanças nos hábitos de condução que podem

traduzir-se em ganhos significativos.

Redução voluntária de emissões de carbono

Promover e criar uma estrutura técnica para o aconselhamento na área da eficiência energética para o setor da indústria e serviços.

O Mercado do Carbono Voluntário surge em paralelo com o

Mercado do Carbono Regulado e tem como objetivo

compensar as emissões por indivíduos ou empresas que não

têm obrigação legal de acordo com Regime de Comércio de

Licenças de Emissão de GEE, de modo a mitigar os seus efeitos

ambientais, em medidas de unidades de CO2 equivalente.

O princípio científico baseia-se no fato de os gases com efeito

de estufa se misturarem rapidamente no ar, dispersando-se

por todo o planeta. Como tal, é irrelevante onde as reduções

de GEE ocorram, importando apenas que seja emitido menos

carbono para a atmosfera.

O Mercado do Carbono Voluntário tem crescido fortemente

nos últimos anos face à crescente preocupação das empresas

com as suas emissões, sendo cada vez maior o número de

projetos relacionados, por exemplo, com as energias

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86 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

renováveis ou plantação de florestas. A principal vantagem

deste mercado consiste na possibilidade de serem aceites

projetos de pequena dimensão, ao contrário do que acontece

atualmente no mercado organizado.

Atualmente, existem ainda muitos setores de atividade sem

limitações de emissões de gases com efeito estufa, mas que,

através destes mercados, podem contribuir para a redução

destas. Para tal, deverá ser criada uma estrutura técnica

capaz de divulgar o potencial do Mercado do Carbono

Voluntário e que promova a inserção de projetos neste

mercado. Esta equipa deverá ainda dispor de capacidade

técnica para proceder à realização de inventários de emissões

que se ajustem às especificidades de cada cliente e

adaptáveis a um período de tempo específico, permitindo a

contabilização de qualquer produção específica (de algum

produto ou serviço), evento, ou outro não previsto, tendo por

base diretrizes internacionais de cálculo.

A aplicação desta medida parte em muito da vontade

voluntária das empresas em mudar o seu historial energético e

aumentar a sua sustentabilidade, sendo por isso fundamental

a sensibilização do setor empresarial.

Compras públicas ecológicas

Conceber uma ferramenta que permita medir ecologicamente todas a compras do município.

As aquisições públicas perfazem mais de 16% do Produto

Interno Bruto da União Europeia. Deste modo, é inegável o

potencial que as compras públicas ecológicas têm para o

desenvolvimento sustentável e para a redução de GEE.

Em simultâneo, a compra ecológica de produtos ou serviços

por parte de entidades públicas transmite uma imagem

positiva ao mercado, servindo de exemplo a outras

identidades, e incentiva as empresas para procurar inovar os

seus produtos de forma a estes serem verdadeiros produtos

sustentáveis.

Reconhecendo o contributo que as compras públicas

ecológicas terão para o desenvolvimento sustentável, foi

apresentada a Resolução do Conselho de Ministros n.º

65/2007, de 7 de Maio que aprova a Estratégia Nacional para

as Compras Públicas Ecológicas 2008-2010. Esta estratégia

define os produtos e serviços prioritários com os quais as

entidades públicas devem iniciar a sua política de compras

ecológicas. Em relação a estes produtos e serviços, foram

ainda desenvolvidos critérios ecológicos, a aplicar pelos

diversos organismos na sua política de contratação pública.

Deste modo, surge a necessidade de conceber uma

ferramenta que tenha em consideração os critérios ecológicos

a aplicar no âmbito da nova política de contratação pública e

que permita medir ecologicamente todos os produtos e

serviços a serem contratados selos serviços municipais.

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87 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Suporte ao investimento urbano e empresarial sustentável

Apoiar tecnicamente e discriminar positivamente novos investimentos imobiliários sustentáveis e certificados.

O apoio a novos investimentos é de extrema importância para

o desenvolvimento económico das regiões e municípios,

devendo por isso ser disponibilizado apoio e informação que

permita a captação de investimento e que fomente o

empreendedorismo, apoio este que poderá ser fornecido

através de estruturas locais de apoio. Considera-se

fundamental que seja assegurado o apoio necessário à

promoção de projetos sustentáveis e à divulgação de

empresas com produtos sustentáveis e ainda o apoio à

investigação, visando um crescimento económico que

contribua para as metas de sustentabilidade da região e que

não comprometa a qualidade de vida da envolvente onde esta

se insere.

Com a discriminação positiva torna-se mais fácil a empresas

que ainda não iniciaram uma atividade sustentável optarem

por privilegiar as questões ambientais aquando do

desenvolvimento do seu plano de negócios. A discriminação

positiva deverá privilegiar investimentos que têm em conta o

crescimento sustentável como incentivo ao desenvolvimento

de projetos, ideias e atividades sustentáveis e

energeticamente eficientes

Geração renovável integrada

Promover e incentivar o investimento em projetos de minigeração e outros projetos de produção de energia para autoconsumo ou venda de energia com recurso a fontes de energia renovável.

O aumento da utilização de energia de origem renovável

constitui um dos principais objetivos da União Europeia para

as próximas décadas, destacando as metas de 20% de energias

renováveis no mix energético da União Europeia em 2020,

estabelecido na estratégia Europeia para a Energia e

Alterações Climáticas (estratégia 20-20-20).

Neste contexto, prevê-se a implementação e o incentivo ao

investimento em projetos de minigeração e outros projetos de

produção de energia para autoconsumo ou venda de energia

com recurso a fontes de energia renovável, designadamente:

Energia fotovoltaica: A energia solar pode ser utilizada

para produção de eletricidade através da instalação de

painéis solares fotovoltaicos para autoconsumo ou

injeção na rede. O enquadramento legislativo do

autoconsumo foi disponibilizado em Outubro de 2014,

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88 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

apresentando diversas vantagens como a sua fácil

instalação e manutenção.

Energia eólica: A energia eólica representa o

aproveitamento da energia cinética contida no vento

para produzir energia mecânica que, por sua vez é

transformada em energia elétrica por um gerador

elétrico. A energia eólica está diretamente ligada á

energia solar na medida que tem origem no

aquecimento da atmosfera pelo sol, que põe em

movimento massas de ar.

As minieólicas, ou geradores de pequeno porte, são

capazes de gerar uma parte significativa da energia

elétrica consumida numa habitação familiar ou numa

pequena indústria contribuindo para a redução de

gastos. Apresenta uma boa relação custo/benefício e

um período de recuperação do investimento

relativamente rápido.

Desde que haja condições climatéricas e físicas

apropriadas, as minieólicas permitem gerar energia

durante muitas horas no ano. Conjugadas com painéis

solares, baterias e outros equipamentos, podem

permitir total autonomia energética

Biogás: O biogás é obtido através da digestão anaeróbia

de compostos orgânicos, podendo ser utilizado para a

produção de energia. A produção e a utilização do

biogás apresentam benefícios ambientais e económicos

na medida em promove a qualidade de vida e contribui

para o desenvolvimento económico e social.

Biomassa: A biomassa é a matéria orgânica de origem

vegetal ou animal, que pode ser utilizada no estado

sólido, líquido ou gasoso. A biomassa, quando

queimada, é uma fonte de energia que pode ser usada

em centrais térmicas para produzir eletricidade e calor.

Adicionalmente o uso de resíduos florestais com este

fim diminui o risco de incêndio, se a limpeza for

conjugada com um correto ordenamento florestal.

Num processo cogeração (Combined Heat and Power) a

biomassa, o gerador produz energia elétrica e energia

térmica, podendo esta ser utilizada para aquecimento

central, produção de águas quentes sanitárias,

aquecimento de piscinas, entre outros. As soluções de

cogeração biomassa encontram-se disponíveis quer para

o setor residencial quer para o setor industrial.

Energia geotérmica: A energia geotérmica é uma

solução económica e eficiente para o aquecimento

ambiente, de águas, piscicultura ou processos

industriais.

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89 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Valorização energética de RSU: Os resíduos sólidos

urbanos (RSU) podem ser sujeitos a diferentes processos

quer de tratamento quer de valorização. O processo de

valorização energética consiste na combustão dos

resíduos sólidos em câmara de combustão. O vapor

produzido no processo pode ser utilizado para produção

de energia elétrica que pode ser injetada na rede.

Apesar das vantagens económicas e ambientais do

investimento em projetos de minigeração e/ou produção de

energia para autoconsumo, a falta de massa crítica destes

investimentos continua a ser uma barreira à captação de

investimento direto por parte de investidores convencionais.

A disponibilização de uma plataforma de geração renovável

integrada poderá atuar como um mecanismo de investimento.

Ao integrar projetos dispersos de geração renovável a

pequena escala, conferindo-lhe dimensão, esta plataforma

representa uma solução para ultrapassar a falta de massa

crítica e atrair investidores. A divulgação de oportunidades de

investimento em energias renováveis e eficiência energética

em edifícios públicos e privados irá constituir uma ferramenta

de promoção, atração e fixação de investimento público e

privado adicional na sustentabilidade energética. Esta

ferramenta poderá potenciar a instalação de equipamentos

fotovoltaicos, mini-hídricas, minieólicas, cogeração a

biomassa, entre outros, em edifícios públicos e privados, quer

para produção de eletricidade em regime de minigeração,

quer para autoconsumo ou venda de calor a privados.

Ao expor estas oportunidades de investimento, será ainda

promovido o envolvimento da sociedade no investimento em

projetos de minigeração e/ou produção de energia para

autoconsumo, quer como potenciais investidores quer como

potenciais beneficiários.

A implementação desta plataforma de geração renovável

integrada poderá, também, contribuir para superar barreiras à

internacionalização de PME e facilitar o acesso ao

financiamento através do aumento da visibilidade e

capacidade de divulgação dos projetos de minigeração e/ou

produção de energia para autoconsumo e dos respetivos

atores.

Mini-Hídricas e/ou micro-hídricas

Promover e implementar pequenos aproveitamentos hidroelétricos, para produção de energia elétrica ou outras finalidades, como armazenamento de água para abastecimento doméstico e industrial, rega ou controlo de cheias.

O aproveitamento otimizado dos recursos energéticos é um

vetor necessário ao desenvolvimento e ao progresso

económico.

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90 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Os aproveitamentos hídricos desempenham em Portugal uma

função importante na produção de energia elétrica utilizando

recursos próprios e renováveis. Os pequenos aproveitamentos

hidroelétricos, vulgarmente designados por mini-hídricas e/ou

micro-hídricas, representam apenas uma pequena

percentagem do valor total da potência instalada. Este tipo

de aproveitamento é promissor no contexto do sistema

electroprodutor.

A energia hidroelétrica é uma das energias renováveis mais

eficientes. Grande parte dos efeitos negativos são reversíveis

pela própria natureza e o impacte ambiental mais significativo

ocorre durante a fase de construção. As centrais mini-hídricas

e/ou micro-hídricas, pela sua dimensão, pelo reduzido

impacte ambiental e pela sua utilização múltipla, constituem

oportunidades de elevado potencial económico, ambiental,

estratégico e social.

Para além do benefício da produção de energia a partir de

fonte renovável, as mini-hídricas e/ou micro-hídricas

permitem controlar e regularizar o caudal dos rios, alimentar

sistemas de rega, apoiar o combate a incêndios, captar água

para consumo humano e contribuir para o desenvolvimento

das atividades agro-pastoris.

Quantificação das medidas de sustentabilidade energética

Neste capítulo apresenta-se a quantificação estimada do

impacto da implementação das medidas de sustentabilidade

energética preconizadas neste PAES, considerando os

seguintes setores consumidores de energia:

1. Serviços municipais;

2. Setor de serviços (não municipais);

3. Setor doméstico;

4. Indústria extrativa e transformadora, excluindo

indústrias CELE;

5. Transportes;

6. Agricultura, silvicultura e pescas.

Nas tabelas seguintes são apresentados os consumos de

energia no ano 2008, considerado como ano de referência

para o inventário de emissões. Esses consumos estão

desagregados por subsetor e vetor energético.

Adicionalmente, apresenta-se uma antevisão para 2020 com

uma desagregação por setor e vetor energético semelhantes,

considerando a implementação de medidas de

sustentabilidade energética prevista no PAES.

Page 97: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

91 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Ainda neste capítulo são apresentados os indicadores

agregados de redução de consumos de energia, emissões de

CO2 e fatura energética resultantes da aplicação dessas

medidas sobre as emissões consideradas no inventário.

Page 98: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

92 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 7 - Consumo de energia em 2008 - referência para a quantificação do impacto da implementação de medidas de sustentabilidade energética.

Energia

ElétricaButano Propano Gás Auto

Gasolina

Aditivada

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasóleo

Colorido p/

Aquecimento

Fuel PetróleosCoque de

petróleoBiodiesel

Gás

Natural

Agricultura, produção animal 554 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6.587 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Silvicultura 172 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Pesca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração de hulha e lenhite 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração de petróleo bruto e gás natural 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração e preparação de minérios metálicos 107 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras indústrias extrativas 205 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.138 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades relac. com as ind. extrativas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias alimentares 481 0,00 118 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria das bebidas 1.185 0,00 0,00 0,00 0,00 432 102 1.751 862 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do tabaco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de têxteis 0,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do vestuário 2,2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do couro 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias da madeira e cortiça 5,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de pasta, papel e cartão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Impressão e reprodução de suportes gravados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos químicos 14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos farmacêuticos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias metalúrgicas de base 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos metálicos 29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de equipamentos informáticos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de equipamento elétrico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de veículos automóveis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de outro equipamento de transporte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabrico de mobiliário e de colchões 12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras indústrias transformadoras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reparação, manutenção e instalação de máquinas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Recolha, tratamento e eliminação de resíduos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Descontaminação e atividades similares 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Promoção imobiliária ; construção 52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Engenharia civil 1,3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades especializadas de construção 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos 115 0,00 6,7 0,00 0,00 12.093 1.386 49.388 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transportes por água 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transportes aéreos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Captação, tratamento e distribuição de água 157 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alojamento 41 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumo de energia no ano de referência [MWh/ano]

Page 99: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

93 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Energia

ElétricaButano Propano Gás Auto

Gasolina

Aditivada

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasóleo

Colorido p/

Aquecimento

Fuel PetróleosCoque de

petróleoBiodiesel

Gás

Natural

Restauração e similares 777 0,00 10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio, manutenção e reparação de automóveis e motociclos 93 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos 151 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.201 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos 925 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 526 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes 79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades postais e de courier 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de edição 330 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades cinematográficas, de vídeo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de rádio e de televisão 6,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Telecomunicações 178 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consultoria e programação informática 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades dos serviços de informação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de serviços financeiros 219 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Seguros, fundos de pensões, exceto segurança social obrigatória 2,9 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades auxiliares de serviços financeiros e seguros 3,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades imobiliárias 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades jurídicas e de contabilidade 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades das sedes sociais e consultoria para gestão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de arquitetura, engenharia e técnicas afins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de investigação científica e de desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras atividades de consultoria, científicas e técnicas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades veterinárias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de aluguer 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de emprego 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Agências de viagem, operadores turísticos 68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Investigação e segurança 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Manutenção de edifícios e jardins 13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Serviços administrativos e de apoio às empresas 26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Administração pública e defesa; segurança social obrigatória 964 0,00 365 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Educação 245 0,00 440 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de saúde humana 214 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Apoio social com alojamento 274 0,00 828 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Apoio social sem alojamento 0,00 0,00 32 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Teatro, música e dança 31 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Bibliotecas, arquivos e museus 8,0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Lotarias e outros jogos de apostas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades desportivas, de diversão e recreativas 155 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Organizações associativas 103 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reparação de computadores e de bens de uso pessoal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras atividades de serviços pessoais 29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades dos org. internacionais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Iluminação vias públicas e sinalização semafórica 2.351 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumo doméstico 8.875 2.824 1.783 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumo de energia no ano de referência [MWh/ano]

Page 100: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

94 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 8 - Consumo de energia estimado par 2020 admitindo a implementação de medidas de sustentabilidade energética.

Energia

ElétricaButano Propano Gás Auto

Gasolina

Aditivada

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasóleo

Colorido p/

Aquecimento

Fuel PetróleosCoque de

petróleoBiodiesel

Gás

Natural

Agricultura, produção animal 990 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.241 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Silvicultura 35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,5 0,00 0,00 0,00

Pesca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração de hulha e lenhite 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração de petróleo bruto e gás natural 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Extração e preparação de minérios metálicos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras indústrias extrativas 717 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 489 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades relac. com as ind. extrativas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias alimentares 178 0,00 21 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria das bebidas 1.312 0,00 23 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do tabaco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de têxteis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do vestuário 1,3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústria do couro 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias da madeira e cortiça 6,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de pasta, papel e cartão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Impressão e reprodução de suportes gravados 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos químicos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos farmacêuticos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 4,4 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Indústrias metalúrgicas de base 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de produtos metálicos 13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de equipamentos informáticos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de equipamento elétrico 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de veículos automóveis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabricação de outro equipamento de transporte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fabrico de mobiliário e de colchões 7,1 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras indústrias transformadoras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reparação, manutenção e instalação de máquinas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Recolha, tratamento e eliminação de resíduos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Descontaminação e atividades similares 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Promoção imobiliária ; construção 211 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Engenharia civil 3,7 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 454 0,00 138 315 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades especializadas de construção 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 165 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transportes terrestres e por oleodutos ou gasodutos 0,00 0,00 4,7 0,00 0,00 6.480 640 33.471 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.347 0,00

Transportes por água 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Transportes aéreos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Captação, tratamento e distribuição de água 212 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Alojamento 121 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumo de energia no ano 2020 [MWh/ano]

Page 101: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

95 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Energia

ElétricaButano Propano Gás Auto

Gasolina

Aditivada

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasolina

s/Chumbo

95

Gasolina

s/Chumbo

98

Gasóleo

Colorido p/

Aquecimento

Fuel PetróleosCoque de

petróleoBiodiesel

Gás

Natural

Restauração e similares 534 0,00 73 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio, manutenção e reparação de automóveis e motociclos 60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio por grosso, exceto automóveis e motociclos 117 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Comércio a retalho, exceto automóveis e motociclos 1.194 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 194 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Armazenagem e atividades auxiliares dos transportes 47 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades postais e de courier 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de edição 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades cinematográficas, de vídeo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de rádio e de televisão 12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Telecomunicações 246 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consultoria e programação informática 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades dos serviços de informação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de serviços financeiros 143 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Seguros, fundos de pensões, exceto segurança social obrigatória 2,6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades auxiliares de serviços financeiros e seguros 1,7 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades imobiliárias 3,5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades jurídicas e de contabilidade 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades das sedes sociais e consultoria para gestão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de arquitetura, engenharia e técnicas afins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de investigação científica e de desenvolvimento 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião 37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras atividades de consultoria, científicas e técnicas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades veterinárias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de aluguer 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de emprego 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Agências de viagem, operadores turísticos 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Investigação e segurança 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Manutenção de edifícios e jardins 72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Serviços administrativos e de apoio às empresas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Administração pública e defesa; segurança social obrigatória 987 0,00 342 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Educação 170 0,00 251 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades de saúde humana 212 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Apoio social com alojamento 203 0,00 500 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Apoio social sem alojamento 0,00 0,00 38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Teatro, música e dança 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Bibliotecas, arquivos e museus 267 0,00 108 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Lotarias e outros jogos de apostas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades desportivas, de diversão e recreativas 20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Organizações associativas 50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reparação de computadores e de bens de uso pessoal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outras atividades de serviços pessoais 833 0,00 6,6 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Atividades dos org. internacionais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Iluminação vias públicas e sinalização semafórica 1.564 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Consumo doméstico 7.011 1.832 1.341 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 256 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31

Consumo de energia no ano 2020 [MWh/ano]

Page 102: EQUIPA TÉCNICA - Covenant of Mayors...O projeto “AREDOURO – Biomassa no Aquecimento" decorreu no período 2000 - 2006 e visou a implementação de sistemas de aquecimento com

96 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 9 - Estimativa da redução de consumo de energia conseguida com implementação das medidas de sustentabilidade energética.

Iluminação eficiente em edifícios 473 0,46

Gestão otimizada de iluminação pública 235 0,23

Auditorias energéticas, construção eficiente e

certificação de edifícios233 0,23

Veículos e frotas eficientes 14.147 14

Mobilidade elétrica 1.886 1,8

Otimização da rede de transportes 105 0,10

Equipamentos de força motriz eficientes 43 0,04

Sistemas abertos de gestão energia 104 0,10

LED`s e luminárias eficientes em iluminação pública 341 0,33

Energia solar térmica 293 0,29

Sistemas de climatização e ventilação eficientes 92 0,09

Caldeiras eficientes 60 0,06

Biomassa e resíduos florestais 149 0,15

Redução de

consumos

energéticos

[%]

Medidas de sustentabilidade energética

Redução de

consumos

energéticos

[MWh/ano]

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97 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Biocombustíveis e fontes de energia alternativas em

transportes143 0,14

Otimização da vertente energética e climática do

planeamento urbano18 0,02

Gestão sustentável de água 33 0,03

Gestão sustentável de resíduos 0,00 0,00

Otimização da distribuição de frotas 20 0,02

Equipamentos de escritório eficientes 149 0,15

Gás natural 6,4 0,01

Equipamentos domésticos eficientes 1.131 1,1

Sensibilização e educação para a sustentabilidade

climática23 0,02

Equipamentos e processos industriais eficientes 23 0,02

Redução voluntária de emissões de carbono 11 0,01

Aumento da “pedonalidade” e do uso da bicicleta 18 0,02

Otimização da mobilidade profissional e pendular 38 0,04

Medidas de sustentabilidade energética

Redução de

consumos

energéticos

[MWh/ano]

Redução de

consumos

energéticos

[%]

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98 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Geração renovável integrada 1.019 1,00

Compras públicas ecológicas 19 0,02

Mini-hídricas 0,00 0,00

Suporte ao investimento urbano e empresarial

sustentável14 0,01

Otimização do desempenho profissional 11 0,01

Total 20.836 20

Medidas de sustentabilidade energética

Redução de

consumos

energéticos

[MWh/ano]

Redução de

consumos

energéticos

[%]

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99 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 10 - Quadro resumo dos valores agregados da estimativa de impacto de implementação das medidas de sustentabilidade energética

Cenário base

sem aplicação de medidas2008 102.206 28.753 12.970.159

Cenário base

com aplicação de medidas2008 81.370 22.884 10.221.531

Cenário projetado

sem aplicação de medidas2020 91.044 24.824 11.529.250

Cenário projetado

com aplicação de medidas2020 71.390 19.560 8.962.943

Ano

Consumo

de energia

[MWh]

Emissões

de CO2

[tCO2]

Fatura

Energética

[€]

Quadro 11 - Quadro resumo das reduções conseguidas com a implementação das medidas de sustentabilidade energética, tomando como referência o

ano base de 2008.

Reduções

(Cenário base)

Reduções

(Cenário projetado)

Consumo de energia 20% 22%

Emissões de CO2 20% 21%

Redução da fatura energética 21% 22%

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100 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

ANÁLISE SWOT

Neste capítulo apresenta-se uma análise SWOT simplificada

através da qual se situa o município no contexto conjuntural

em que se inicia a implementação do PAES. Da observação das

conclusões da análise SWOT evidencia-se a importância das

particularidades da presente conjuntura económica, nas

condicionantes que influenciam a implementação do PAES. As

conclusões da análise SWOT foram consideradas na seleção e

dimensionamento das medidas e devem ser tidas em conta na

programação da sua implementação.

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101 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Strengths/

Forças

Enquadramento político e regulamentar

favorável à implementação de medidas

que visem promover a eficiência

energética;

Enquadramento político e regulamentar

favorável à implementação de medidas

que visem reduzir a dependência de

combustíveis fósseis, nomeadamente pela

geração renovável;

Dinamismo local e comunidade local

aberta à introdução de novas soluções no

domínio da eficiência energética e da

produção de energia a partir de fontes

renováveis;

Iniciativa municipal pode funcionar como

referência para a comunidade local,

estabelecendo boas práticas no domínio

da eficiência energética e de geração de

energia a partir de fontes renováveis, em

particular no setor dos serviços não

públicos e doméstico.

Existência de uma estrutura dinâmica e

com capacidade de apoiar os Municípios

na divulgação e sensibilização dos

munícipes e agentes económicos

relevantes.

Weaknesses/ Fraquezas

Limitações à capacidade de investimento

público, o que conduz a que a

implementação das medidas do PAES

ocorra predominantemente com base em

investimento privado ou fundos

estruturais.

Dispersão na liderança de processos e

eventual fraqueza na gestão da

implementação do PAES que fica

condicionado ao alinhamento de

interesses entre agentes públicos e

privados.

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102 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Opportunities/ Oportunidades

Potencial de oportunidades de

financiamento estrutural de medidas de

eficiência energética, quer no que

respeita a investimento público quer no

que respeita a investimento privado

(sistema de incentivos);

Setor privado dinâmico no domínio de

soluções de eficiência energética e

capacidade da oferta regional e nacional

nesse domínio;

Contexto político global favorece a

atuação à escala regional.

Threats/ Ameaças

Existência e perceção de uma grave crise

económica podem tornar difícil a

implementação de medidas com

investimento;

Natural resistência à mudança pode ditar

o recurso às soluções usadas

tradicionalmente

Dificuldades no acesso a financiamento;

Disparidades nos consumos energéticos

nas diferentes estações do ano poderão

dificultar a definição das soluções mais

adequadas, quer em termos de

eficiência, quer em termos de integração

de renováveis.

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103 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O enquadramento internacional condiciona fortemente o setor

energético. Este enquadramento é caracterizado pela

crescente globalização e interdependência das várias

economias nacionais e pela existência de uma rápida mutação

tecnológica. Dada a relevância das questões ambientais no

panorama internacional atual, é importante ressalvar a

importância das tecnologias e sistemas de energia

sustentáveis.

O Conselho Europeu de Ministros de Transportes,

Telecomunicações e Energia, realizado a 13 de Junho de 2014,

no Luxemburgo, dedicou-se à vertente da energia nos

seguintes pontos:

Alterações indiretas do uso do solo;

Seguimento do Conselho Europeu de Março de 2014;

Preços da energia, proteção dos consumidores

vulneráveis e competitividade;

Relações internacionais no domínio da energia.

Quanto ao primeiro ponto, foi alcançado um acordo político

que modifica as diretivas sobre a qualidade dos combustíveis

de 1998 e as energias renováveis de 2009. O objetivo da

diretiva é iniciar uma transição para biocombustíveis que

permitam reduções substanciais das emissões de gases com

efeito de estufa.

No seguimento do conselho de ministros de Março, foi feito

um balanço e foram destacados os pontos relativos à

segurança energética, às interligações e ao quadro para o

clima e a energia para 2030.

Foi sugerido um quadro para as futuras políticas da UE em

matéria de energia e de clima, que pretende lançar um

processo destinado a alcançar um consenso quanto à forma de

desenvolver estas políticas no futuro. As principais medidas

propostas são:

Uma meta para a redução dos gases com efeito de

estufa de 40% em relação aos níveis de 1990, a alcançar

exclusivamente através de medidas nacionais (sem

recorrer a créditos internacionais);

Uma meta para as energias renováveis de, pelo menos,

27% do consumo energético, com margem de

flexibilidade suficiente para permitir aos Estados-

Membro definirem objetivos nacionais;

A eficiência energética como componente-chave do

quadro para 2030: a revisão da diretiva relativa à

eficiência energética será concluída no decorrer de

2014.

O terceiro ponto do conselho aborda o mercado interno da

energia, a dimensão externa e os consumidores.

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104 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O debate relativo ao último ponto do conselho centrou-se, nos

atuais quadros energéticos multilaterais e na questão da

cooperação energética no Mediterrâneo. Foi destacada a

importância do desenvolvimento destes quadros multilaterais

e de materializar o forte potencial da cooperação energética

na região mediterrânica, para benefício da segurança

energética da União Europeia.

Portugal é um país com escassos recursos energéticos

próprios, nomeadamente, aqueles que asseguram a

generalidade das necessidades energéticas da maioria dos

países desenvolvidos (como o petróleo, o carvão e o gás).

As grandes linhas estratégicas para o setor da energia, estão

expressas na Estratégia Nacional para a Energia, (aprovada

pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 15 de

Abril de 2010).

As opções de política energética assumidas na Estratégia

Nacional para a Energia-ENE 2020 assumem - se como um

fator de crescimento de economia, de promoção da

concorrência nos mercados da energia, de criação de valor e

de emprego qualificado em setores com elevada incorporação

tecnológica. Pretende-se manter Portugal na fronteira

tecnológica das energias alternativas, potenciando a produção

e exportação de soluções com elevado valor acrescentado,

que permitam ainda diminuir a dependência energética do

exterior e reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

A Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020) assenta sobre

cinco eixos principais, a saber:

Eixo 1 - Agenda para a competitividade, o crescimento e

a independência energética e financeira.

Eixo 2 - Aposta nas energias renováveis.

Eixo 3 - Promoção da eficiência energética.

Eixo 4 - Garantia da segurança de abastecimento.

Eixo 5 - Sustentabilidade económica e ambiental.

A ENE 2020 tem como objetivos:

1. Reduzir a dependência energética do País face ao

exterior para 74% em 2020, atingindo o objetivo

de 31% da energia final, contribuindo para os

objetivos comunitários.

2. Garantir o cumprimento dos compromissos

assumidos por Portugal no contexto das políticas

europeias de combate às alterações climáticas,

permitindo que em 2020, 60% da eletricidade

produzida tenha origem em fontes renováveis.

3. Criar riqueza e consolidar um cluster energético

no setor das energias renováveis e da eficiência

energética, criando mais 121.000 postos de

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105 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

trabalho e proporcionando exportações

equivalentes a 400 M€.

4. Promover o desenvolvimento sustentável criando

condições para reduzir adicionalmente, no

horizonte de 2020, 20 milhões de toneladas de

emissões de CO2, garantindo de forma clara o

cumprimento das metas de redução de emissões

assumidas por Portugal no quadro europeu e

criando condições para a recolha de benefícios

diretos e indiretos no mercado de emissões que

serão reinvestidos na promoção das energias

renováveis e da eficiência energética.

5. Criar, até 2012, um fundo de equilíbrio tarifário,

que contribua para minimizar as variações das

tarifas de eletricidade, beneficiando os

consumidores e criando um quadro de

sustentabilidade económica que suporte o

crescimento a longo prazo da utilização das

energias renováveis.

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106 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

BENEFÍCIO ENERGÉTICO E AMBIENTAL

No presente capítulo definem-se os mecanismos potenciadores

das mais-valias em termos de benefício energético-ambiental

das soluções propostas e implementadas. Estes mecanismos

orientam-se predominantemente para a disseminação de

boas-práticas implementadas e para a difusão dos aspetos

inovadores das soluções adotadas. Estes mecanismos têm por

objetivo maximizar a replicação, designadamente pelos

municípios, das soluções e, por consequência, os impactos

positivos para a eficiência energética e para o ambiente, face

ao investimento público e privado perspetivado.

Desses mecanismos resulta a articulação e suporte ao

desenvolvimento de políticas públicas locais de

sustentabilidade energética e climática e a respetiva

integração com políticas regionais, nacionais e europeias.

Esses mecanismos têm impacto em quatro objetivos:

1. Maximização das oportunidades de utilização

eficiente de energia com correspondente redução

das emissões de gases com efeito de estufa

considerando medidas e ações por setor ou

subsetor de atividade, ano, vetor energético;

2. Estabelecimento de roteiros da sustentabilidade

energética concretizáveis através de um mapa de

oportunidades de melhoria de eficiência

energética que agregue as possibilidades

inventariadas, tomando como referência os termos

exigidos pelo Pacto dos Autarcas Europeus e

considerando análises custo / benefício por

tipologia de consumo e medida de intervenção;

3. Disponibilização de observatório da

sustentabilidade energética que agregue o maior

número possível de intervenções consideradas

neste PAES, em que se inclui a disponibilização da

plataforma Web de suporte, orientada para a

exploração dos indicadores energéticos,

económicos, sociais e ambientais, para a promoção

da eficiência energética e climática e para a

mobilização de agentes públicos, empresariais e

privados;

4. Apoio às iniciativas públicas orientadas para a

promoção de estratégias mais vastas de

sustentabilidade e para a dinamização dos

respetivos impactos na inovação, na

competitividade, na atração de investimento, na

internacionalização e no crescimento económico.

Os aspetos inovadores da gestão do presente conjunto de

intervenções incluem:

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107 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Monitorização contínua do desempenho térmico e

energético das soluções consideradas no PAES;

Utilização de tecnologias inovadoras de monitorização,

integração de dados e publicação Web;

Seleção das melhores práticas disponíveis e

equipamentos “estado-da-arte”;

Atualização regular do inventário da procura de energia

e emissões de CO2;

Acompanhamento da evolução da eficiência energética

nos diversos setores;

Avaliação continuada da evolução da procura energética

desagregada por segmento, tipologia e subsetor;

Integração de medições periódicas do desempenho

energético dos edifícios;

Adoção de modelo avançado de gestão da

implementação do PAES, das parecerias locais e da

participação pública considerando a implementação de

correções a desvios verificados;

Divulgação continuada das medidas e dos resultados

obtidos;

Utilização de plataforma Web específica partilhada com

o observatório da sustentabilidade energética.

Em especial, os mecanismos de monitorização e gestão ativa

permitem o tratamento continuado, para além da recolha e

tratamento de toda a informação relevante sobre os fluxos de

energia primária e final e as emissões de Gases com Efeito de

Estufa (CO2) e a respetiva integração no observatório

considerado.

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108 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Instrumentos

Os mecanismos de maximização do impacto energético e

ambiental, marginais à implementação das medidas

consideradas no presente PAES, baseiam-se nos seguintes

instrumentos:

Integração em observatório local da sustentabilidade energética

O Observatório de Sustentabilidade Energética, o qual estará

aberto a agregar o maior número possível de intervenções da

natureza proposta, é um instrumento de apoio à decisão, nas

áreas de atuação que se relacionam com a sustentabilidade

energética e climática e com a promoção de fatores de

competitividade e inovação induzidos pelas medidas de

eficiência energética. O Observatório inclui, para além da

análise da procura energética setorial, da disponibilidade e

custo dos vetores energéticos e dos balanços energéticos

locais, uma análise prospetiva das variáveis económicas,

sociais e ambientais principais para o período 2010-2030. O

Observatório fornece um conjunto significativo de indicadores

para a gestão do Balanço de Carbono, conteúdos para o

Roteiro para a Sustentabilidade Energética e as bases para a

análise custo-benefício das respetivas medidas. Em aplicações

futuras, o Observatório pode incluir um contador de energia e

de emissões em tempo real-sempre que as entidades

aderentes aceitem conectar os seus sistemas de gestão ativa

de consumos-as respetivas faturas energéticas nos diversos

setores aderentes - locais ou regionais, empresariais e outros -

vetores energéticos, o valor acumulado de energia

economizada pelas medidas e intervenções relevantes,

indicadores de competitividade para a localização de novas

empresas, indicadores demográficos, etc.

Integração em inventário estatístico e balanço de Energia e de Carbono

O balanço agrega os consumos monitorizados ao observatório

e o inventário das oportunidades de replicação, a energia

gerada e utilizada nas entidades aderentes e o abastecimento

energético nos principais vetores energéticos. O balanço

energético é desenvolvido e atualizado através de indicadores

recolhidos localmente e através de informação de inventário

estatístico, em ambos os casos completada com utilização de

modelação matemática. O balanço de carbono concentra-se

na dimensão energética das emissões.

Plataforma Web

A Plataforma Web permite o acesso e exploração dos

indicadores considerados - energéticos, económicos, sociais,

ambientais - na sua dimensão local e comparada. A

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109 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Plataforma Web é um meio de comunicação orientado para

manter a interação com as entidades parceiras na construção

e concretização das estratégias públicas de eficiência

energética. Adicionalmente, a Plataforma fornece o suporte

para as funcionalidades de concentração e sistematização de

dados, inquéritos, recolha de documentação, participação em

redes ou eventos. A plataforma é, também, o suporte

operacional para o desenvolvimento de programas e projetos

de sustentabilidade energética que integram o presente PAES.

Infografia Web

A plataforma Web recorre a infografia dinâmica e interativa

para visualização dos dados e cartografia interativa para

comparação dos indicadores selecionados, com a envolvente

regional, nacional, ibérica e europeia.

Roteiro para Sustentabilidade Energética

O roteiro é um mapa de oportunidades de implementação de

medidas de sustentabilidade energética particularmente

orientado para cooperar com o setor privado e social. Trata-se

de um elemento-chave para a integração das estratégias de

sustentabilidade energética e climática consideradas com as

do município e do país, com o objetivo da integração de ações

nas estratégias regionais e nacionais de sustentabilidade

energética e consequentemente para a inclusão de agentes

privados nessas estratégias. A elaboração do roteiro

compreende quatro etapas. Na primeira é avaliada a

sustentabilidade da operação dos serviços públicos, na

segunda analisa-se a sustentabilidade do município, na

terceira faz-se uma análise prospetiva (período 2000-2030) e

na quarta recomendam-se medidas de melhoria da

sustentabilidade. O roteiro é apoiado pelos indicadores

tratados pelo observatório, terá, potencialmente face à

disponibilidade de patrocínios específicos, três versões:

edição simplificada (para um público generalista), edição

dinâmica Web para consulta e exploração e uma apresentação

detalhada para os diversos públicos envolvidos.

A produção dos instrumentos propostos concretiza-se em

paralelo com o presente PAES em articulação técnica e

financeira. A articulação técnica resulta da partilha de dados

de monitorização ativa e gestão do balanço e a articulação

financeira resulta da simultaneidade da disponibilização dos

instrumentos.

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110 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Programas

Os instrumentos que suportam os mecanismos de potenciação

dos benefícios energéticos e ambientais do presente PAES

orientam-se para a promoção da replicação das medidas

energético-ambientais e da emergência de programas de

promoção da sustentabilidade energética. Esses programas

podem operacionalizar-se localmente, em locais de potencial

replicação da presente intervenção, através de programas e

estratégicas públicas específicas, para as quais esses

instrumentos fornecem contributos decisivos. Essas

estratégicas potenciam a eficiência e melhoram a eficácia de

medidas orientadas para o desenvolvimento simbiótico de

políticas públicas de sustentabilidade e inovação.

Enumeram-se alguns programas dessa natureza, beneficiários

das medidas inovadoras previstas na presente intervenção as

quais suportam os mecanismos de potenciação dos benefícios

energético-ambientais.

Programas de empreendedorismo sustentável.

As medidas de melhoria de eficiência energética, nos seus

vários domínios, são geradoras da procura de soluções

inovadoras, tecnologicamente avançadas e economicamente

competitivas. Estas soluções tendem a apelar ao

estabelecimento de novas áreas de negócio ou novas

empresas, sendo assim geradoras de emprego, indutoras de

qualificação e impulsionadoras de inovação. O programa

empreendedorismo sustentável (que inclui tanto as novas

empresas como as novas áreas de negócio de empresas já

estabelecidas) resulta da coordenação de ações de

qualificação, capacitação e dinamização da oferta

empresarial com a gestão das medidas de melhoria de

eficiência.

Programas de “Sustentabilidade Inteligente”.

Os programas de sustentabilidade inteligente permitem

estabelecer os mecanismos de gestão das intervenções

técnicas e operacionais, a elaboração de especificações e

termos de referência, o contacto com fornecedores,

investidores, financiadores e prestadores de serviços. Os

programas orientar-se-iam prioritariamente para a melhoria

de eficiência dos grandes consumos, como sejam a iluminação

pública, piscinas, pavilhões, parques industriais, redes de

mobilidade e transportes e para o apoio aos empresários e

cidadãos no acesso a soluções e sistemas mais eficientes. Um

programa “Sustentabilidade Inteligente” daria especial ênfase

à avaliação integrada dos benefícios energéticos, climáticos,

ambientais e económicos pelo que se interrelaciona com a

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111 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

utilização da Plataforma Web que permite a exploração do

Observatório da Sustentabilidade Energética.

Concursos de ideias, ações de sensibilização e mobilização e prémio de sustentabilidade.

A mobilização dos diversos públicos - serviços, empresas,

imprensa, cidadãos, comunidade escolar, seniores,

comerciantes etc. - para as estratégias de sustentabilidade

requer a dinamização de oportunidades de participação.

Simultaneamente, é importante a valorização positiva das

atitudes, ações e iniciativas convergentes com as metas de

sustentabilidade. Os concursos de ideias e os prémios, por

exemplo, têm como objetivo fornecer oportunidades de

participação e mobilização, sendo em simultâneo um meio de

divulgação das políticas públicas, das medidas e dos

instrumentos, designadamente o Observatório da

Sustentabilidade Energética, ao serviço das estratégias de

sustentabilidade energética.

Temporadas da Sustentabilidade.

A continuidade da comunicação é fundamental para a

visibilidade externa e a valorização interna dos desafios,

oportunidade e resultados das políticas públicas regionais de

sustentabilidade e inovação. Uma temporada da

sustentabilidade incluiria calendário de iniciativas, conversas,

visitas, roteiros, dias abertos, seminários, tipicamente de

frequência mensal, a organizar coordenadamente com um

programa de sustentabilidade inteligente. Os conteúdos

utilizados ao longo da temporada podem basear-se tanto no

Observatório como no Roteiro.

Os indicadores que se apresentam seguidamente permitem

avaliar o impacto dos instrumentos e dos programas que estes

viabilizem em torno da promoção dos valores energético-

ambientais do presente Plano.

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112 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Inovação

Os mecanismos de maximização do benefício energético e

ambiental são inovadores em três planos.

No primeiro salienta-se o carácter integrado das medidas

propostas e dos instrumentos de replicação, os quais atuam de

forma convergente para suportar um conjunto alargado de

potenciais medidas de melhoria da eficiência energética.

Responde-se assim com uma abordagem inovadora a uma

atuação setorizada mas grandemente replicável, a qual

favorece, ainda, a integração de medidas específicas de

pequena escala nas políticas públicas nos domínios da energia,

do ambiente e da sustentabilidade climática. A integração dos

instrumentos beneficia a eficiência da gestão das intervenções

e medidas relevantes.

No segundo plano, consideram-se as metodologias de análise

setorializada, tipificada, territorializada, vetorizada e

prospetiva dos balanços energéticos. Esta abordagem resulta

da utilização de modelos matemáticos que têm vindo a ser

desenvolvidos pela IrRADIARE e do volume de dados

acumulados por esta empresa, em resultado de um número

muito significativo de aplicações de melhoria de eficiência

energética. Com base no Observatório que promove a

replicação obtém-se informação relevante para o

estabelecimento de prioridades e para o dimensionamento das

intervenções de melhoria da eficiência energética, de redução

de fatura e de mitigação da emissão de gases com efeito de

estufa.

No terceiro plano, toma-se como inovadora a utilização de

plataformas Web interativas, colaborativas e partilhadas.

Estas orientam-se para favorecer o estabelecimento de redes

regionais de agentes envolvidos com as estratégias de

melhoria da sustentabilidade energética e ambiental. Esta

abordagem favorece a projeção da imagem da intervenção,

em linha com as tendências globais que favorecem a

inovação, a criatividade, as redes e a valorização do

conhecimento.

No capítulo seguinte mencionam-se elementos de contexto a

ter em conta na promoção dos valores energético-ambientais

que o presente PAES transporta.

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113 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

MODELO DE IMPLEMENTAÇÃO

Neste PAES foram considerados cenários de intervenção os

quais combinariam, potencialmente, soluções de melhoria de

eficiência energética de entre as seguintes:

Iluminação eficiente em edifícios

Gestão otimizada de iluminação pública

LED's e luminárias eficientes em iluminação pública

Auditorias energéticas, construção eficiente e

certificação de edifícios

Sistemas abertos de gestão de energia

Equipamentos domésticos eficientes

Equipamentos de escritório eficientes

Equipamentos e processos industriais eficientes

Equipamentos de força motriz eficientes

Energia solar térmica

Sistemas de climatização e ventilação eficientes

Caldeiras eficientes

Biomassa e resíduos florestais

Biocombustíveis e fontes de energia alternativas em

transportes

Veículos e frotas eficientes

Mobilidade elétrica

Otimização da rede de transportes

Aumento da “pedonalidade” e do uso da bicicleta

Otimização da vertente energética e climática do

planeamento urbano

Gestão sustentável de água

Gestão sustentável de resíduos

Otimização da distribuição de frotas

Otimização da mobilidade profissional e pendular

Sensibilização e educação para a sustentabilidade

climática

Otimização do desempenho profissional

Redução voluntária de emissões de carbono

Compras públicas ecológicas

Suporte ao investimento urbano e empresarial

sustentável

Geração renovável integrada

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114 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Energia fotovoltaica

Energia eólica

Biogás

Biomassa

Energia geotérmica

Valorização energética de RSU

Mini-hídricas e/ou micro-hídricas

De modo a assegurar a obtenção dos resultados pretendidos,

as medidas de melhoria da sustentabilidade energética foram

definidas após a realização de levantamento de opções de

intervenção e necessidades energéticas, garantindo assim a

aplicabilidade.

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115 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

PAES

As intervenções preconizadas dividem-se, tipicamente, em

quatro grandes etapas: formulação, projeto, execução e

manutenção.

As intervenções estruturam‐se tipicamente em três etapas,

como se segue.

Etapa 1. Formulação e diagnóstico

1.1. Diagnóstico das necessidades energéticas, estrutura física do equipamento, sistemas de operação e abastecimento energético

1.2. Análise da capacidade institucional e admissibilidade para financiamento;

1.3. Processo de auditoria simplificada;

1.4. Simulação e modelação matemática para análise prévia da viabilidade da intervenção;

1.5. Elaboração de versão preliminar dos Planos de Racionalização Energética específicos quando aplicável

1.6. Dimensionamento preliminar das medidas de melhoria do desempenho energético;

1.7. Análise económica e financeira preliminar;

1.8. Elaboração das componentes técnicas da candidatura;

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116 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

1.9. Elaboração das componentes financeiras da candidatura;

1.10. Elaboração das componentes administrativas da candidatura;

1.11. Recolha de documentação;

Etapa 2. Estudos específicos e projeto

2.1. Processo de auditoria, modelação, análise e certificação de acordo com os requisitos do SCE quando aplicável;

2.2. Projeto de engenharia quando aplicável;

2.3. Projeto de integração;

2.4. Projeto de utilização e exploração;

2.5. Seleção de equipamentos;

Etapa 3. Execução

3.1. Projeto de execução;

3.2. Execução física da intervenção

3.3. Execução física das intervenções

3.4 Implementação de sistemas de Gestão Ativa da Procura Energética;

Etapa 4. Manutenção e gestão de desempenho

4.1. Conclusão do processo de certificação energética;

4.2. Monitorização e integração;

4.3. Manutenção;

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117 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Equipamentos e projetos

No âmbito deste PAES, que enquadra intervenções técnicas,

não há lugar a pré‐indicação vinculativa de equipamentos. Os

projetos de engenharia devem, sempre que aplicável

determinar a solução ótima face à melhor oferta no mercado,

às condicionantes técnicas do projeto e às melhores

tecnologias disponíveis certificadas. As medidas incluídas no

PAES inserem de modo coerente numa estratégia de melhoria

contínua da sustentabilidade energética do município. A

exigência de razoabilidade, em especial no que concerne ao

retorno do investimento proposto, conduziu à seleção das

medidas de sustentabilidade energética estudadas de entre o

espectro de possibilidades considerado. Assim, satisfaz-se a

exigência de coerência e razoabilidade do plano proposto.

As intervenções consideradas conduzem à redução de

emissões de gases com efeito de estufa verificáveis, medidas

em toneladas de equivalentes de CO2 (tCO2).

Consumos Energéticos e Emissões de CO2

Cada intervenção contribuirá para uma significativa redução

da emissão de gases com efeito de estufa, nomeadamente de

CO2, que de outra forma não ocorreriam, i.e., tipicamente os

projetos não estarão abrangidos pelas políticas e medidas do

PNAC ou por outro diploma legal aplicável pelo que é elegível

para colocação nos mercados de carbono em condições a

estudar.

As reduções de emissões de CO2 serão verificadas ex-ante e

post-ante em fase de utilização das soluções que decorram

deste PAES. Assim, o PAES estará em linha com o objetivo de

contribuir para a redução do saldo negativo positivo ao nível

da emissão de gases com efeito de estufa e contribuir para um

decréscimo na fatura energética nacional. Pretende-se

promover a utilização racional de energia, contribuindo para a

diminuição da fatura energética e combater as alterações

climáticas através da redução das emissões CO2.

Carácter Inovador

A implementação das medidas previstas neste PAES compara

com as melhores práticas no plano Europeu, nomeadamente

nas preconizadas pelas agências regionais de energia, de

acordo com os casos-estudo publicados pela DG-TREN da

Comissão Europeia.

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118 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Boas Práticas

A valorização das componentes consideradas no PAES como

“boas práticas” tomou como base uma metodologia de análise

comparativa. Como base para esta análise comparativa

tomou-se o conjunto integral de todos os projetos do

programa europeu “Energia Inteligente para a Europa”. A base

de comparação apresenta três características que a

qualificam como utilizável para a valorização como de boas

práticas das intervenções estudadas:

1. O conjunto de intervenções pesquisada como base

comparativa para avaliação do carácter inovador e

de boas práticas é tematicamente mais vasto que o

diretamente exigido pela tipologia da intervenção

pelo que se assume ser uma amostragem

significativa;

2. O investimento Europeu na disseminação de boas

práticas, especificamente através do programa

criado para o efeito - o programa Energia

Inteligente - é reconhecido globalmente como

sendo o mais avançado, inovador, maduro e

consequente, pelo que universalmente deve ser

considerado com a base correta para a avaliação

de intervenções e respetiva qualificação como de

Boas Práticas.

3. Os dados do conjunto de intervenções pesquisado

são públicos e estão sistematicamente organizados

por entidades idóneas e neutras relativamente à

propriedade, origem ou característica das soluções

estudadas, o que o qualifica como uma base fiável

para comparação e qualificação de “boas

práticas”.

O conjunto de projetos avaliados é de 48 intervenções que

seguidamente se enumeram por país:

Reino Unido

Calderdale and Kirklees Energy Savers - CAKES Kirklees Energy

Services

Community Action for Energy (CAfE) in the UK, Ecodyfi

Lydney Local Power, Severn Wye Energy Agency

Switching onto Sunlight in Wales, Mid Wales Energy Agency,

Wales

Action Today for a Sustainable Tomorrow: The Energy Strategy

for Cornwall, Cornwall Sustainable Energy Partnership

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119 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Installation of ground-source heat pumps in social housing

homes, Penwith Housing Association

Environment and Innovation, Millfi eld Primary School

Suécia

Nearby heating in the county of Kronoberg, Energikontor

Sydost

The FEE-projet: Force for Energy by Children, Energy Advice

Centres in seven European countries

Energy efficiency in churches, Ethics & Energy

Energy Gain, Lidköping municipality

Alemanha

The Energy Benchmark Pool Energy Agency of Frankfurt

Solar Roof Initiative - Berlin, Senatsverwaltung für

Stadtentwicklung Berlin

The European Energy Trophy, B.&S.U. Beratungs - & Service-

Gesellschaft Umwelt

Polycity, Hochschule für Technik Stuttgart

República Checa

Integrated Energy Plan of the Frydlant Microregion, ENVIROS

s.r.o.

ELAR - Energy Labelling of Household Appliances, SEVEn, The

Energy Efficiency Center, o.p.s.

Energy in Minds! Energy agency of the Zlín region

Espanha

Barcelona Solar Thermal Ordinance, Barcelona Energy Agency

Saving Energy in Residential Housing, Agencia Provincial de la

Energía de Burgos

RESINBUIL, Agencia Provincial de la Energía de Burgos

Itália

PV Campaign within the Programme ‘Photovoltaic Roofs

2003’, ALESA / Province of Chieti

RESIS - Renewable Energy Sources in Schools, AGEAS Salerno

“Residence Le Sorgenti”, Cooperativa Santa Francesca

Cabrini Due

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120 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Austria

Establishing a regional market for Third Party Finance (TPF) in

Upper Austria, O.Ö. Energiesparverband

Biomass for Fronius - A Third Party Finance Project, Fronius

International Austria

Irlanda

Secondary Schools Energy Awareness Programme, Wexford

Energy Management Agency Ltd

Green-Schools, An Taisce - The National Trust for Ireland

Holanda

The ‘warm and comfortable living’ campaign EnergieBureau

Amersfoort

Itália

Energy and schools in Modena The Energy Agency of Modena

Dinamarca

European Green Cities, Cenergia & Green City

Bulgária

Feasibility Studies on JI Project under Kyoto Protocol,

Municipal Energy Agency – Rousse

Lituânia

Assessment of Energy Saving Potential in Residential Buildings

in Kaunas City, Kaunas Regional Energy Agency

Bélgica

Refurbishment of the energy installations in a housing

complex, MANAGIMM - MODULO architects

As intervenções estudadas foram selecionadas, avaliadas e

organizadas de modo a manter conformidade com as “boas

práticas” analisadas de entre os resultados do conjunto de

projetos acima enumerado.

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121 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

As boas práticas consideradas como referências estão listadas

nos seguintes documentos de referência:

Local energy action, EU good practices 2008 - European

Commission Directorate-general for Energy and

Transport, Brussels

Local energy action, EU good practices 2007 - European

Commission Directorate-general for Energy and

Transport, Brussels

Local energy action, EU good practices 2005 - European

Commission Directorate-general for Energy and

Transport, Brussels

Local energy action, EU good practices 2004 - European

Commission Directorate-general for Energy and

Transport, Brussels

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122 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Balanço Financeiro

Os impactos financeiros da exploração dos resultados das

intervenções estudadas advêm do balanço de dois fatores

principais: num dos termos do balanço encontra-se o

investimento, traduzido pela despesa marginal

correspondente à sua disponibilização e continuado

alargamento e no outro, o valor acrescentado pela

intervenção nos domínios da redução da fatura energética, da

exposição ao mercado voluntário de carbono, se aplicável, da

dinamização da atividade económica nos setores relevantes e

nos impactos financeiros da melhoria do desempenho

económico da atividade da entidade beneficiária e, menos

diretamente, da região em que se insere.

Mais em detalhe enumeram-se as fontes de receitas e as

componentes de investimento a considerar:

Finanças públicas municipais (despesa evitada):

Despesa evitada em resultado da redução da fatura energética

conseguida pela aplicação das medidas planeadas de

“sustentabilidade inteligente” orientadas para o consumo

energético de serviços e equipamentos;

Despesa, efetiva e potencial, evitada em resultado da

melhoria da eficiência de processos, em especial através da

redução do tempo de aplicação das medidas face a processos

alternativos que não beneficiem das metodologias de gestão

implícitas na intervenção estudada.

Despesa potencial evitada em resultado da melhoria da

eficácia das medidas através da avaliação custo-benefício

viabilizada com a utilização dos mecanismos propostos, da

integração com o sistema de certificação e da consequente

possibilidade de otimização das prioridades de despesa e de

atração de investimento privado na solidariedade social.

Finanças públicas municipais (receitas diretas):

Receitas adicionais - O impacto na melhoria dos serviços

prestados, e correspondente potencial de desenvolvimento de

novas atividades económicas, induz benefício marginal face

aos atuais níveis atingidos pela atividade corrente.

Rendimentos de propriedade pública - O aumento da procura

de soluções energeticamente eficientes é indutor do

desenvolvimento de novos negócios da energia, em que se

incluem mecanismos de contratação de desempenho inseríveis

na abertura de novas linhas de atividade em empresas

existentes. Esta procura é geradora de crescimento da

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123 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

utilização de equipamentos e meios institucionais, com

consequente aumento das correspondentes receitas.

Receitas diretas eventuais - A internalização de fundos

comunitários, nacionais ou globais resultantes,

respetivamente, de investimentos cofinanciados, inserção em

programas governamentais como aquele a que se submete a

intervenção descrita ou, por exemplo, da exposição ao

mercado voluntário de carbono, correspondem a receitas

diretas eventuais resultantes da aplicação dos instrumentos

propostos e dos programas acima mencionados

exemplificativamente.

Finanças públicas municipais (receita indireta):

Imposto municipal sobre imóveis - O aumento da atividade

económica, estimável como efeito colateral do investimento

na melhoria do conforto térmico que se inclui na presente

intervenção, pode, tendencialmente, corresponder a um

aumento dos valores coletados em impostos municipais na

região de influência da entidade beneficiária, na circunstância

da futura transferência de propriedade do atual parque de

habitação social. A atração de novos residentes, induzida pelo

crescimento da atividade económica, em especial da que se

orienta para os serviços de elevado valor acrescentado, como

podem ser os serviços de educação ou serviços de saúde e

cuidados continuados, entre outros, é geradora do

crescimento do valor dos ativos locais o que, a médio-prazo,

corresponde ao crescimento dos impostos locais.

Derrama e participação variável sobre impostos diretos e

indiretos de correntes do aumento do PIB e do VAB - o

crescimento da atividade económica é induzido diretamente

pelo investimento proposto e indiretamente pela melhoria do

desempenho da entidade beneficiária através de três

mecanismos. O primeiro decorre do valor acrescentado da

aplicação de novas soluções energéticas, o segundo da

redução da destruição de valor, resultante da ineficiência

energética e da externalização de recursos económicos, e o

terceiro da criação de um ambiente económico mais atrativo,

inovador e competitivo para a atração e fixação de

investimento em especial nas áreas em que a entidade

beneficiária presta serviços - em especial nas áreas de

elevado valor acrescentado como serviços de educação ou

serviços de saúde e cuidados continuados, entre outros. Todos

os três mecanismos convergem para a geração de impostos

diretos e indiretos sobre o rendimento, a atividade económica

e o valor acrescentado.

A natureza e o significado do retorno económico e financeiro

expectável, tanto para as finanças públicas como para o

rendimento privado institucional, indiciam uma elevada

eficiência marginal do investimento proposto reforçam, a par

dos efeitos diretos a pertinência da presente intervenção.

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124 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

O saldo positivo, no médio prazo, do ponto de vista das

finanças públicas locais e nacionais, atesta da qualidade da

despesa pública estudada.

A quantificação detalhada das incidências económico-

financeiras, em especial nas finanças públicas, é efetuada na

primeira fase do projeto, antes da finalização da intervenção

e emissão de certificado, e atualizada anualmente. Esta

análise detalhada é realizada paralelamente à programação

das medidas integrantes dos programas enunciados e

viabilizados pelos instrumentos propostos. A análise

prospetiva de indicadores possibilita a avaliação custo-

benefício resultante da quantificação detalhada das

incidências económico-financeiras no município.

Nos quadros que se seguem apresenta-se um sumário da

estimativa do investimento necessário à implementação das

medidas propostas, por setor de atividade, e as principais

fontes de financiamento que se prevê poderem apoiar esse

investimento e respetivos montantes.

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125 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 12 - Estimativa do volume de investimento líquido em sustentabilidade energética necessário para a implementação das medidas

do PAES no setor municipal

Setor municipalInvestimento público

comparticipável [€]

Edifícios e equipamentos/instalações

municipais116.704

Iluminação pública municipal 178.956

Total 295.660

Quadro 13 - Estimativa do volume de investimento líquido privado em sustentabilidade energética necessário para a implementação das medidas

do PAES

Setor privadoInvestimento líquido

privado [€]

Edifícios e equipamentos de serviços (não-

municipais) e agricultura204.172

Edifícios residenciais 885.503

Indústrias 125.481

Transportes 1.033.623

Produção de energia renovável 1.093.142

Total 3.341.920

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126 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Quadro 14 - Potenciais fontes de financiamento público para a implementação das medidas do PAES e respetivo volume de investimento

Fontes de financiamento público

Investimento líquido em

eficiência energética e

integração de renováveis

[€]

Fundos estruturais, fundos de

coesão e programas governamentais900.549

Outras fontes 127.598

Total 1.028.146

Quadro 15 - Potenciais fontes de financiamento privado para a implementação das medidas do PAES e respetivo volume de investimento

Fontes de financiamento privado

Investimento líquido em

eficiência energética e

integração de renováveis

[€]

Investimento privado de empresas de serviços de

energia com contratos de desempenho energético887.774

Investimento líquido em sustentabilidade energética

nos setores serviços e agricultura149.249

Investimento líquido em sustentabilidade energética

no setor indústria102.547

Investimento líquido em sustentabilidade energética

no setor doméstico857.597

Investimento líquido em sustentabilidade energética

no setor transportes612.266

Total 2.609.434

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127 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Promoção da Eficiência Energética e Penetração das Energias Renováveis

Tal com referido anteriormente e à luz das determinações da

Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020), através

do enquadramento nas linhas de rumo para a competitividade

e para a independência energética do país, através da aposta

nas energias renováveis e na promoção integrada da eficiência

energética, garantindo a sustentabilidade económica e

ambiental do modelo energético, o PAES agora apresentado

contribui para o aumento da eficiência energética e da

penetração das energias renováveis, pois prevê a

implementação das seguintes medidas:

Implementação de soluções de maior eficiência

energética (exemplificativamente, iluminação, painéis

solares, sistemas de recuperação e ou gestão de energia

entre muitas outras, que visem a melhoria e a redução

da fatura energética);

Instalação de sistemas de produção de energia de fonte

renovável (exemplificativamente, geração de potência

térmica ou elétrica com base em radiação solar);

Instalação de sistemas de gestão ativa

(exemplificativamente, telecontagem ou monitorização

para otimização da procura).

Estas operações consideradas no PAES são pertinentes à

luz das determinações do seguinte dispositivo

estratégico:

Estratégia Nacional para a Energia 2020 (ENE 2020),

através do enquadramento nas linhas de rumo para a

competitividade e para a independência energética do

país, através da aposta nas energias renováveis e na

promoção integrada da eficiência energética,

garantindo a sustentabilidade económica e ambiental do

modelo energético.

Plano de ação para a eficiência energética, nas

vertentes de Dinamização de Empresas de Serviços de

Energia, na coordenação com o Programa Nacional para

as Alterações Climáticas, na valorização dos incentivos

diretos à eficiência energética e na meta de 10% de

poupança até 2015 e no Programa Portugal Eficiência

2015;

Plano Nacional para as Alterações Climáticas, no que

respeita ao conteúdo das medidas MAE (Medidas

Adicionais de Melhoria da Eficiência);

Quadro de Referência Estratégica Nacional e Plano

Operacional Regional, de acordo com o conteúdo da

medida e tipologia de operação destinatárias da

presente operação.

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128 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

Estratégia nacional de energia

A elaboração do presente PAES teve como linha de orientação

o traçar de objetivos de melhoria dos níveis de eficiência no

consumo de energia e do aumento da penetração de

renováveis. São, paralelamente, servidos objetivos de

interesse nacional: a melhoria da sustentabilidade energética

do país, redução da dependência externa do abastecimento

de energia e redução da intensidade energética da economia

nacional. Os objetivos de interesse nacional estão em linha

com a Estratégia Nacional de Energia, ENE2020, previamente

mencionada.

A intervenção agora descrita encontra-se, igualmente, em

linha com os objetivos do PO regional.

Agenda Regional da Energia e Outras Agendas Regionais Relevantes

Alguns dos projetos considerados no PAES são pertinentes e

vão ao encontro da visão e prioridades estratégicas da agenda

regional de energia, nomeadamente á luz dos seguintes

objetivos:

1. Desenvolvimento de Sistemas de Conversão

Descentralizada;

2. Promoção de Utilização da Água Quente Solar;

3. Racionalização de Sistemas de Utilização de

Energia;

4. Promoção da Eficiência Energético-ambiental;

5. Generalização e aplicação adequada dos critérios

de preferência associados à promoção da

eficiência energético-ambiental.

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129 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

NOTA FINAL

A elevada intensidade energética expõe o município de Vila

Nova de Foz Côa a um círculo vicioso: a fatura energética

absorve valor, reduzindo a capacidade de investimento -

público, privado ou, em particular neste caso, doméstico -

que por sua vez permitiria melhorar o desempenho e reduzir a

fatura energética reduzindo também as emissões de GEE.

Assim, num contexto de preços elevados de abastecimento

energético, uma economia com elevada intensidade

energética e de emissões de GEE está sujeita a um risco

acrescido de diferenciação negativa face a mercados

concorrentes. A severidade das recentes subidas de preços dos

bens energéticos impõe urgência no desenvolvimento de

soluções políticas que permitam romper o círculo vicioso da

elevada intensidade energética e de emissões de GEE.

Adicionalmente, a exposição continuada à flutuação e

eventual crescimento dos preços da energia:

Retira poder de compra às famílias e ameaça a qualidade de

vida dos agregados economicamente mais frágeis;

Agrava a desigualdade de oportunidades entre regiões, na

medida em que impõe custos acrescidos às estruturas

territoriais mais dispersas e mais dependentes das ligações

intra e inter-regionais;

Ameaça a diversidade setorial do tecido económico, na

medida em que fragiliza as empresas energeticamente mais

intensivas e, por consequência, ameaça a resiliência do tecido

económico, a estabilidade dos clusters setoriais e o emprego;

Fragiliza a competitividade das exportações nacionais, em

especial aquelas cuja cadeia logística seja menos eficiente ou

projetem os seus produtos para mercados mais longínquos,

afetando negativamente as condições de vida das populações;

Favorece a especulação económica, na medida em que

flutuações frequentes e intensas da estrutura de preços

desfavorecem a consolidação de alternativas de mercado

consolidadas;

Aumenta a despesa pública na medida em que os custos de

energia são uma rubrica significativa da despesa pública

corrente afetando indiretamente as prestações sociais;

Assim, a replicação das soluções propostas deverá responder,

através das suas componentes, funcionalidades e instrumentos

constitutivos, aos requisitos de suporte aos seguintes

processos:

Mitigação da exposição das famílias, das empresas e do setor

público aos elevados preços dos bens e serviços energéticos;

Desagravamento da intensidade energética e carbónica;

Articulação das soluções orientadas para redução da

intensidade energética e de emissões de GEE com as que se

dirigem à melhoria da qualidade de vida, da sustentabilidade,

da competitividade da economia e da igualdade de

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130 PAES // Município de Vila Nova de Foz Côa

oportunidades, também entre setores sociais, económicos e

regiões, entre outras.

O conceito-chave que sustenta a especificação da solução de

maximização dos benefícios energético-ambientais proposta

é: suportar a mobilização da iniciativa, pública e privada, em

torno dos objetivos de melhoria da sustentabilidade

energética e climática, em especial no que se relaciona com o

reforço da competitividade e inovação dos mercados de

serviços energéticos e com a participação da população e dos

tecidos sociais, institucionais e económicos no cumprimento

de metas de redução da intensidade energética e de emissão

de gases com efeito de estufa no domínio de abrangência.

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