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Era uma vez uma imagem...e outras histórias

Era uma vez uma imagem...eoutrashistórias

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Imagens e histórias criadas pelos alunos do Ensino Especial.

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Era uma vez uma imagem...e outras histórias

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Título: “Era uma vez uma imagem...e outras histórias”Imagens e Textos: Andreia Ribeiro, Raul Gomes, Claúdia Franco, David Parente,Manuel Casimiro, Sónia Dantas, Marisa Mina, Filipe Abel. 2011Agradecimentos aos professores: Sandra Fonseca, Sónia Ferreira, Manuela Lopes, Sérgio Carvalho, João Carlos Pereira.Impressão e acabamentos: Livrário designData de Impressão: Dezembro de 2011.Editora BAh!

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Era uma vez uma imagem... e outras histórias”

Um projecto que envolve alunos com Necessidades

Educativas Especiais de caráter permanente, desenvolvido

na disciplina de Expressão Plástica em articulação com a dis-

ciplina de Linguagem e Comunicação e a Biblioteca Escolar.

Através do exercício plástico, os alunos criam ima-

gens, a partir de um objecto que observam na sua forma, cor e

textura. As imagens, num jogo de associação de ideias e senti-

dos, leva-os à criação de histórias e à leitura de livros de autor.

Agrupamento de Escola Pintor José de Brito

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O Homem que tinha uma nuvem na cabeça

Certo dia, António passeava pelo jardim. O dia estava lindo, mas aos poucos começou a ficar escuro, cada vez mais escuro e desatou a chover.

As nuvens eram mesmo muitas e de repente veio a trovoada. Houve um raio tão forte, tão forte que até fez cair algumas nuvens. Uma delas caiu mesmo em cima da cabeça do António. Coitado… ficou cheio de medo e a pensar como iria fazer para ir para casa com uma nuvem na cabeça… iria molhar tudo! O melhor seria comer e dormir na banheira.

António começou a ficar muito triste, pois a sua vida já não era como dantes. Não podia ver televisão, não podia andar de carro, não podia ir ao cinema e o pior de tudo, não podia brincar com os seus filhos, muito menos dar-lhes um beijo de boa noite.

Estava mesmo infeliz. Não podia viver mais assim! De repente teve uma grande ideia: Vou de férias para um país muito quente. Falou com a mulher e com os filhos e resolveu ir.

Foi para uma ilha tropical, mesmo no meio das Caraíbas. Lá estava muito calor, não chovia e por isso podia dormir na praia sem molhar tudo.

Ao fim de dois dias de lá estar, a nuvem começou a derreter e, como o calor era muito, desapareceu de vez.

O António ficou tão contente por estar livre da maldita nuvem que regressou imediatamente a casa para poder finalmente abraçar a mulher e os filhos!

Manuel Casimiro

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A menina das aparas-lápis

Era uma vez a menina das aparas. Chamava-se Marisa e vivia no campo. Tinha uma égua chamada Loira.

Um dia, a Loira andava no campo de futebol a comer erva e fugiu para o monte de Outeiro. Ao fim da tarde, a mãe da Marisa mandou-a ao campo da bola para trazer a Loira. Mas não a encontrou.

A menina foi de bicicleta dizer à mãe que não estava lá a égua.

A Marisa, já desesperada, pegou na sua bicicleta e, com a autorização da mãe, andou à procura do animal pela região.

Não estava lá a égua e a Marisa telefonou ao pai a dizer que a Loira não estava lá no campo de futebol. O pai recebeu um telefonema de um amigo que encontrara o equídeo. O animal estava com outros cavalos nos campos em Outeiro. Como ela estava bem e havia boas pastagens deixaram a Loira ficar dois meses.

Ao fim deste tempo, a Marisa foi com o pai e um colega buscar o animal numa carrinha.

Tudo acabou bem, mas a Loira anda nos campos presa.

Filipe Abel Gomes

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Está a dar muito trabalho

Era uma vez um robô contratado pela menina Liana, de dez anos, que era muito preguiçosa.

Esta máquina, em forma de boneco gigante, fazia o trabalho doméstico que a mãe da Liana destinava para a filha. Enquanto a menina brincava e via televisão ou conversava com as amigas ao telemóvel, o robô varria o chão, limpava o pó, lavava a louça, fazia as camas, aspirava e até levava o cão à rua.

Há seis meses que a Liana tinha este robô, comprado com o dinheiro do seu mealheiro, que resultava das prendas de aniversário das avós e dos tios. Mas ela estava a ficar incomodada com o facto de ele não parar de reclamar «Está a dar muito trabalho! Está a dar muito trabalho!».

Um dia, aconteceu o pior… Estava a máquina ocupada na sua tarefa de passear o cão, quando umas gotas de água começaram a cair do céu. Estava a chuviscar, mas depressa se tornou numa forte chuvada. Não só o canídeo se molhou como o robô ficou encharcado.

Estão a imaginar o que aconteceu?!

O «Está a dar muito trabalho!» avariou e nunca mais pôde ajudar a Liana. A mãe dela descobriu o que se passou e, a partir daí, a filha foi obrigada a trabalhar e a cumprir todas as tarefas e mais algumas.

Com isto, a menina aprendeu que não vale a pena ser preguiçosa e que devemos fazer um esforço para aprendermos de tudo um pouco, pois todas as experiências são importantes para o nosso crescimento diário.

David Parente

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A história do flamingo e do gatotas

Um dia, quando um Flamingo estava tranquilo a comer peixes no rio, caiu nele. A sua sorte é que o gato, chamado Gatotas, salvou-o. Para isso, foi buscar uma corda e atou-a ao Flamingo, puxando-o para cima. Já em terra, a ave estava cheia de frio e não tinha onde ficar, pois não tinha residência. Perturbado, o Flamingo perguntou:

-Sabes de um sítio onde posso ficar? Não tenho para onde ir e estou cheio de frio e arrepiado.

Prontamente, o gato respondeu:

- Claro que sim. A minha casa é perto daqui e podes lá ficar o tempo que quiseres.

O Flamingo Chafira aceitou e perguntou quando poderia ir. O Gatotas respondeu que aquele era o momento certo. Porém, deviam aproveitar o momento para dar um passeio e recuperar do susto.

Quando chegaram a casa, viram que alguém a tinha assaltado e que tin-ham roubado 500 euros. O gato ficou muito aflito porque já não poderia comprar nada.

Então, o Gatotas decidiu fazer queixa à polícia. Entretanto, os dois amigos combinaram estar atentos à possível entrada de intrusos. Afinal, o criminoso volta sempre ao local do crime, não é verdade? Mais tarde, Chafira descobriu pegadas pequeninas de ratos. O gato ficou à espreita e, um dia, fez uma armadilha na qual os ratos ficaram presos. Eram eles os ladrões. Devolveram o dinheiro ao Gatotas e este resolveu deixá-los fugir.

Os ratos aprenderam a lição, o Gatotas passou a ter mais cuidado com os buracos da sua casa e o trabalho da polícia foi poupado. Afinal, nós somos os melhores guardiães da nossa casa.

Marisa Mina

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O Monstro da Escola

Era uma vez um monstro que vivia na escola primária da minha aldeia.

As crianças quando entravam na escola pela primeira vez tinham muito medo e fugiam assustadas sempre que o viam por perto, no entanto quando terminavam o quarto ano e tinham de deixar a escola, choravam por terem de partir sem ele.

Sim, é verdade, tratava-se de um monstro muito feio, com a boca enorme de onde saíam dois grandes dentes afiados, mas à parte destas características físicas terríveis, o monstro da escola tinha bom coração, gostava das crianças, brincava com elas e lia-lhes histórias de encantar durante o recreio.

Este monstro continuou a viver na escola durante anos e anos, fazendo grandes amizades com as crianças que por lá iam passando, todos o adoravam e queriam conhecê-lo.

Sim, era um monstro, mas de bom coração!

Claúdia Franco

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O Polvo

No Oceano Atlântico, há um polvo chamado Tintureiro, diferente de todos os outros. Os seus tentáculos são coloridos, uns curtos e outros longos, a cabeça arredondada com bonitas cores, que variam entre o rosa e o lilás.

O Tintureiro é muito comilão, pois gosta muito de comer peixes, cama-rões, mexilhões, amêijoas e todo as espécies de peixes pequenos.

Recentemente, houve um cardume que chegou de outro mar e decidiu fixar residência perto do tintureiro. Junto também chegaram polvos jovens que se tornaram seus amigos. Todos os dias, vão pescar e almoçar juntos.

De repente, um polvo começou a vomitar, a ficar com uma cor diferente e levaram-no para o hospital dos polvos, que ficava debaixo de uma rocha envolvida por algas de muitas cores. O caranguejo, que era o veterinário, disse que foi o princípio de um envenenamento, causado por um peixe que comeu estragado. Tiveram que dar uma medicação para o polvo começar a deitar fora o veneno que ingeriu do peixe, mas tinha de ficar em observações até ao outro dia, para ver como passava a noite.

Toda a comunidade oceânica ficou a saber o que tinha acontecido. Foi necessário tomar medidas e encontrar o causador de toda aquela poluição. Então, o senhor comissário da polícia, o Lagostim, levou a cabo um inquérito para encontrar o culpado. Descobriu-se umas manchas enormes de crude e de petróleo. Foi isso que envenenou o polvo.

Julga-se que o responsável tenha sido um petroleiro que passou há uns dias. Como os cardumes não tinham meios para fazer a limpeza, decidiram nadar para mais longe onde havia água fresca.

Entretanto, os pescadores estranharam não verem polvos nem peixes durante algum tempo. Também perceberam os efeitos da poluição e então decidiram estar mais atentos e também eles evitar poluir o mar que é de todos.

Sónia Dantas

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Flamingo Estrelinha

Era uma vez um flamingo com um nome muito bonito, ESTRELINHA. Tinha as penas e o corpo em tons de branco e cor-de-rosa, as estrelas decoravam o seu corpo. Media um metro e trinta centímetros de altura, pesaria aí uma dúzia de quilogramas. Era guloso, ai se era, e adorava comer algas e crustáceos, mas não era capaz de resistir a um peixinho pequenino, colorido, traquina e nervoso, a sua maior tentação, o seu único pecado capital.Vagueava atento por ali, num povoado rural com uma dúzia de casas humildes e brancas, quando viu uma senhora a abrir uma janela da sua moradia, talvez para que a casa pudesse respirar.Logo que a dona da casa se afastou, curioso e esfomeado, o Estrelinha aproximou-se daquela casa branca de um só piso. Pôs-se a espreitar para o interior e deu de caras com um aquário redondo, contendo três peixes vermelhos, um dos quais, o Luka, morto e esquecido ao comprido.Aproveitando a ausência de seres humanos, entrou muito sor-rateiramente dentro do edifício, dirigiu-se à casinha dos peixinhos, mergulhou dentro da água e zás… apanhou o inde-feso Puka pelo bico. Comeu-o sofregamente e sem piedade, deixando como único habitante daquele aquário o ainda sortudo Tuka.Com mais um pecado na alma, colocou-se numa desordenada fuga a sete pés, nunca mais ninguém o viu.Dali a uma hora, a dona Francelina chegou a casa com compras e comida para os seus muito queridos peixinhos. Ao chegar perto do aquário, reparou no Luka morto e no desaparecimento do Puka. Ficou furiosa, se ficou, e pôs-se aos gritos:- Onde está o meu Puka? Que é feito do meu Pukinha?Resolveu então procurar uma ratoeira forte e com provas dadas no assassinato de ratazanas. Encontrou-a, montou-a e colocou-a fora de casa e junto à janela agora fechada.

Andreia Ribeiro

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O Monstro dos Agrafos

Era uma vez um monstro dos agrafos que se chamava Sassassais. Era um monstro que tinha uma aparência humana, sendo conhecido na aldeia por Senhor Veloso.

Um certo dia, resolveu oferecer a uma vizinha uns restos de lenha que tinham sobrado, pois a seu mando, uns madeireiros tinham abatido uns pinheiros para lenha.

Esta vizinha decidiu fazer uma fogueira para queimar os des-perdícios da lenha. Como tinha que se deslocar à cidade para tratar de uns assuntos, deixou a fogueira a arder. Quando voltou da cidade, não só tinham ardido os desperdícios da lenha, como também toda a lenha que se encontrava no mesmo local e que pertencia ao Senhor Veloso.

A vizinha ficou muito atrapalhada, sem saber o que dizer ao dono da lenha. Quando este foi bater à sua porta, depois de se ter apercebido que toda a sua lenha tinha ardido, perguntando-lhe o que tinha acontecido, a senhora respondeu-lhe que provavelmente teriam sido os madeireiros, os autores do crime.

Ficando muito furioso com o sucedido e querendo saciar a sua fúria, dirigiu-se à sua caverna. Quando lá chegou, devorou todos os agrafos da sua reserva, voltando à sua forma inicial: transformou-se de novo no Monstro dos Agrafos!

Raúl Gomes