ESCOLA: GRESV. Guerreiros da Coroa Encantada.

PRESIDENTES: Clarissa Souza e Gabriella Santos.

CARNAVALESCO: Thales Porto.

DIRETOR DE CARNAVAL: Felipe Nicolau

CORES OFICIAIS: Verde e Branco.

SÍMBOLO: Coruja.

FUNDAÇÃO: 2 de Março de 2012.

LOCALIZAÇÃO: Niteroi/RJ.

CARNAVAL LIESE 2016

ENREDO: O Clamor de um povo Guerreiro

SETORES: 7 setores

ALEGORIAS: 8 Alegorias e 3 Tripés

ALAS: 32 alas

O Clamor de um povo guerreiro

A Guerreiros da Coroa Encantada apresenta no carnaval LIESE 2016 o enredo “O clamor de um povo guerreiro”, assinado pelo carnavalesco Thales Porto. Em um mundo sujo pela lama da corrupção e manchado com o sangue dos mais fracos, derramado em busca de poder, o enredo leva o personagem principal “Futuro da nação” a viajar pelos livros para conhecer todo o passado de lutas e pedidos de socorro ocorridos no Brasil.

Mergulhando em páginas e voltando no período colonial do Brasil, podem-se ouvir os gritos dos donos da terra em busca de liberdade. Torturas e mortes jamais abalam o coração esperançoso de um amante das terras brasileiras, dando sempre força para ainda lutar por um futuro melhor. A passagem por todo o histórico de lutas e revoltas brasileiras mantem a chama da esperança acesa.

Ao compreender melhor um passado de amarguras e batalhas, o presente se torna mais compreensível, apesar de jamais ser justo. Como dito por Nelson Rodrigues, “amar é dar razão a quem não tem”, o amor à nação torna necessário o entendimento do presente para que, assim, possa amar o suficiente a ponto de transformar o futuro em busca de tornar, então, a pátria amada a gloriosa cantada em seu hino.

O amor tudo é capaz de transformar, o samba tudo é capaz de amar. A essência da escola de samba em formação de caráter e união mostra uma luz no fim do túnel, formando pessoas melhores e inundadas de compaixão, itens necessários para a vivência do amor. Um país não pode ser transformado com ciência e regras básicas, mas com sabedoria e união permitindo, então, o samba sambar na corrupção.

Sinopse:

Um ser jamais consegue viver na escuridão. Jamais conseguiria viver em um mundo preto e branco, sem cor, sem graça, sem vida. Impossível conviver em meio a uma nação morta e sem brilho, já que brilha em seu peito uma chama de esperança. Uma chama em verde e amarelo que insiste em iluminar um coração mergulhado no abismo de um país manchado de corrupção.

O melhor amigo do coração entristecido é um livro de histórias enriquecido. Assim, cada página me envolve como almas abraçando um corpo que desfalece. As letras com um bailado hesitante inundam a mente vazia, tomando para si todos os pensamentos um dia já existidos. Palavras soltas inundam em uma coreografia aparente sem fim, se transformando em vozes e gritos de histórias esquecidas no tempo.

Assim me deixo levar, ser envolvido e absorvido com todas as minhas forças para viajar em cada linha deste livro. Engolido por uma forte onda de sabedoria, meu peito brilha como há muito tempo já não vejo. A tal da esperança, a qual já nem me preocupava, toma força encantadora. Impulsionado pela vivacidade agindo em meu corpo me agarro à primeira impulsão de esperança. Ali, inundado em verde, amarelo,

azul e branco, me vejo posado no capítulo um, onde começo a jornada que mudará o futuro de uma nação.

CAPÍTULO UM

“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas,De um povo heroico o brado retumbanteE o sol da liberdade, em raios fúlgidos,

Brilhou no céu da pátria nesse instante”.

Era mais que um deserto de papel com palavras ao vento. Era um lugar majestoso, humilde e sincero, onde se via em cada folha verde da densa vegetação o brilho da liberdade selvagem. Margens plácidas de águas cristalinas percorriam o paraíso, onde os raios de sol dançavam diante do grande Éden logo reconhecido. Como não reconhecer a pátria amada? Como não perceber que aquele lugar tranquilo e amigável, de terra que tudo dá, vem a ser a nação sagrada que sempre colherá frutos futuros.

No decorrer de linhas e parágrafos, a tranquilidade acaba ameaçada, quando estrangeiros pisam no solo brasileiro. Pessoas estranhas com realidades diferentes se encontram destacadas na natureza surreal. Com espelhos e riquezas conquistam o povo nativo conseguindo amizade mesmo sem uma palavra trocar. Vivencio, então, o primeiro ar de cortesia, onde índios e portugueses se unem por um único objetivo, defender a terra da investida espanhola.

Povos impetuosos que se acham mais evoluídos dominam nossos corações para fornecer à tal de coroa Portuguesa, riqueza e poder. É aí então que ouço, após festas e recepções, os primeiros gritos de clamor. Os portugueses que chegaram tão de mansinho, feras selvagens se mostraram pelo caminho. Com a mesma agressividade que investiram contra os espanhóis, assim trataram os donos da terra, roubando não só sua casa, mas também sua liberdade.

Vejo, diante dessas páginas do livro, tantos dos nossos abatidos como feras em uma caçada. Não foi fácil dominar os de experiência na mata, mas com a brutalidade das armas, acabaram rendidos. Muitas guerras e conflitos ocorrem por essa terra, entre mortos e feridos, alguns escravos se recupera. Os Portugueses se tornam os donos da terra, roubam com dor e sofrimento dos frutos indígenas. Nem mesmo Zumbi consegue alcançar mais a liberdade um dia existida. Não sendo índios suficientes, negros da África então trazia.

O homem branco tudo dominou. O egoísmo e a ganancia passaram a imperar. O país em tudo mudou, virou terra sem lei. Brancos contra brancos, pessoas contra pessoas. O deslumbre da terra foi todo roubado, sobrando apenas tristeza, trabalho e sofrimento. O clamor não cessava, forças para lutar já não existiam, mas o povo guerreiro jamais desistiria. Ao fim do capítulo eu cheguei, incomodado por ver tanta alegria ser furtada, mas precisava acompanhar a história para encontrar o sentido daquela esperança que brilhava em meu peito.

CAPÍTULO DOIS

“Se o penhor dessa igualdade,Conseguimos conquistar com braço forte

Em teu seio, ó liberdade,Desafia o nosso peito a própria morte!”

Ao chegar ao segundo capítulo, em nada me lembrava o paraíso que me conquistou ao primeiro olhar. As páginas que expiravam tranquilidade e prazer agora só apresentam a palavra AMBIÇÃO. Caminhando em meio a esta nova corte colonial portuguesa, apenas vejo o desejo de riqueza e incansável exploração dos que não têm escolhas para a própria vida.

Os próprios portugueses brigam entre si, alguns mais justos tentam melhorar o que ainda não está completamente arruinado, mas a ganancia não permite que algo seja mudado. Quando caminho mais atento aos parágrafos em pedras de mão, me encontro em meio a uma grande confusão. A briga agora é pelo ouro encontrado e cada vez mais explorado.

A corte portuguesa, monarquia autoritária, controla tudo por aqui. Eles conseguem explorar seus próprios colonos, que a partir de agora passam a clamar por justiça. Com o quinto do inferno cobrado, famílias de bem são obrigadas a conhecer o inimigo para não serem mortas. O ouro nesse lugar vale mais que a vida e com a vida muitos impostos foram pagos. Ouvi dizer que ideais franceses podem mudar tudo, mas foi assim que o Sr. Tiradentes perdeu a cabeça em praça pública.

Povo de fé que não desiste, em meio a tanta desigualdade e maldade a esperança se mantem de pé e brilha cada vez mais forte em busca de liberdade, igualdade e fraternidade, mesmo que para conseguir essa seja preciso desafiar o próprio peito à morte. O braço forte que tira o ouro das minas é o braço forte de luta com a morte. Um capítulo em que os fracos enxergam maldade, daqui eu retiro força para que minha pequena chama verde e amarela inunde novos corações.

CAPÍTULO TRÊS

“Ó pátria amada,Idolatrada,

Salve! Salve!”

Continuando a viagem inusitada, novos períodos e ideias vão chegando. Os ideais iluministas já surgidos na Inconfidência Mineira vão tomando o gosto do povo. Por aqui alguns já suscitam levantes contra a coroa. Quanto caminho por essas longas estradas, mais esperança eu consigo enxergar no olhar de cada pessoa. A busca incessante da independência da coroa aflora cada vez mais a vontade de lutar.

Alfaiates, padres, civis, todos se unem por aqui contra a corte Portuguesa. A tristeza que reinava está se transformando coragem de buscar ir além do que é imposto.

A necessidade de uma vida melhor juntamente com novos pensamentos pode fazer toda a diferença, seja em um futuro distante ou próximo.

A corte desta vez, por medo de perder controle de Lisboa, está voltando à cidade natal. Deixou aqui D. Pedro, que conseguiu ser mais esperto que toda a corte junta. Proclamou a Independência do Brasil às margens do Ipiranga, transformando o paraíso em seu Império pessoal. Mudanças chegaram à pátria amada, mas não foram as solicitadas pelo povo. Vivi aqui então uma troca de coroas.

Salve salve aos corações que por impulso acreditaram em uma mudança real. No fim deste capítulo o carrasco não se dá mal. O Imperador que supostamente era bonzinho começa a mostrar suas garras. Independência ou morte? Independência de sua família essa terra santa conseguiu, mas a morte dos justos o imperador não impediu.

CAPÍTULO QUATRO

“Brasil, um sonho intenso, um raio vívidoDe amor e de esperança à terra desce

Se em teu formoso céu, risonho e límpidoA imagem do cruzeiro resplandece”

O caminhar sem aprendizado é um cansaço em vão, mas uma viagem por entre páginas de sonhos vale a penas se viver. Após percorrer páginas no nordeste brasileiro, encontro nesse novo parágrafo o sofrimento do norte abandonado. A região do Grão-Pará na miséria se encontrava. Os guerreiros que um dia lutaram por uma vida digna aos seus, hoje no porão de um navio se encontravam. E então, gritos e clamores ecoavam por toda a região.

Um tal Laurentino Gomes relatou o episódio final: “eram sete horas da manhã do dia 22 quando se correu a escotilha do navio em presença do comandante... E o que viu ele? Um montão de duzentos e cinquenta e dois corpos, mortos, lívidos, cobertos de sangue, dilacerados, rasgadas as carnes com horrível catadura e sinais de que tinham expirado na mais longa e penosa agonia”.

Batalhas vão acontecendo no decorrer de toda a antiga Terra de Santa Cruz. Até mesmo na Capital a província de abalou. Um vintém foi o estopim para que a batalha que o povo sonhou acontecesse. De amor e de esperança o povo vive e toma forças para lutar. Finalmente vi então a justiça vencer, o vintém foi cancelado permitindo então o povo sentir seu poder.

No fim desse período o governo se perdeu. A economia e a politica se desestabilizaram. Estou vendo um colapso enfim acontecer, e com o Imperador doente, o império apodrecer. Assim então enfraquecido, os militarem estão agindo. Tomando o poder do país querido, com um grande pé na bunda, da corte se despedindo. Minha caminhada não para aqui, mas meu peito brilha com raio vívido de amor e de esperança, vendo então surgir a República do Brasil.

CAPÍTULO CINCO

“Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso

E o teu futuro espelha essa grandeza”

Reconheço nessa terra um mundo mais moderno. Pouca coisa mudou após a Proclamação da República, mas a desigualdade social apenas cresce por aqui. O rico cada vez fica mais rico, o pobre da miséria não consegue sair. Mas acima de tudo o povo é mais lucido e tem consciência do seu poder. Armados ou não lutam sem medo.

A miséria exacerbada começa a incomodar a todos. O Brasil percebe valer mais do que isso. Apesar de a cultura não ser oferecida a todos, a população finalmente percebe valer mais que ratos. Lutam por ideais e direitos iguais, com armas na mão agora batalham por qualquer coisa, mas não percebem que até mesmo uma vacina pode ser mais poderosa.

Os guerreiros enfim se reconhecem fortes, impávidos, e não desistem de lutar por um futuro grandioso. A revolta da chibata chega para destronar de vez aqueles que acreditam ser superiores. O gigante Brasil desperta mais uma vez. Não se encontra pequeno e mesquinho por governantes indignos, mas reconhece sua grandeza por seus filhos guerreiros.

CAPÍTULO SEIS

“Terra adoradaEntre outras mil

És tu, Brasil,Ó pátria amada!”

Ao mudar de capítulo um grande salto eu consigo dar, alcançando lutas mais próximas. Percebo então que o país da união já não existe mais. Volto eu para a escuridão que um dia já deixei para trás. Mas por mais incrível que possa parecer, o brilho da chama não deixa de ascender. É inevitável reconhecer essa terra adorada, mesmo que sem cor, suja pela maldade humana.

O povo brasileiro jamais se cansa de lutar, e assim tenta colorir novamente a terra santa com seus raios verdes e amarelos. Ó pátria amada, como não lutar por ti que és majestosa entre outras mil? Em busca da sabedoria, exige-se aqui a democracia. Mesmo sendo uma aposta sem certeza de sucesso, ao menos ao povo dar os votos diretos.

A sujeira que tenta ofuscar o brilho da nação amada vem dos chiqueiros dos corruptos. A luta agora é contra estes porcos que mergulham na lama da vergonha por pura ganancia. Roubaram até mesmo o dinheiro justo dos trabalhadores para a inflação tentar controlar, mas muitos enlouqueceram ou deixaram suas vidas por la. Mas a

grande massa guerreira não se deixa abalar, e impondo mais uma vez o poder popular consegue limpar o governo brasileiro.

CAPÍTULO FINAL

“Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,

Brasil!”

Um povo com espirito de guerreiro jamais cansa de clamar. E assim tentaremos até o fim. Chegando então no grande capítulo final, muita sujeira consegui enxergar. A corrupção parece impregnada na realidade da sociedade. Até mesmo as revoltas estão podres de enganação. Hoje gritos e clamores se confundem com o som dos famintos, sedentos por um pedaço de pão, mas que seja o pão honesto, ganho com o suor do rosto...

Um filho não desiste de sua mãe, um apaixonado não desiste de seu amor, um cão não desiste de seu dono, e assim, com o mais puro amor fincado na essência do ser, um brasileiro não desiste de sua Pátria amada Brasil! O que um dia era uma pequena chama num coração vazio, hoje é um grande sol brilhando sobre o mar. Mesmo com um passado de lutas e misérias, o povo nunca deixou de lutar.

Mas hoje o som que ouço já não é de gritos ou clamores, mas de um som mais excitante. Algo que domina a alma e invade o coração, o samba que muitos pensam ser apenas diversão vai muito além. A escola de samba em sua essência vai muito além de formação de sambistas, forma caráter, traz união, causa amor e produz compaixão. Hoje me sinto como uma coruja encantada, mais que símbolo da sabedoria, mas também clarividência, a mim pertence a faixa da presidência.

Acabaram os capítulos, mas continuo a esperar vitórias alcançar. E a vitória vem da luta, da união. União desse povo que só quer ser viver e não ter a vergonha de ser feliz... E através da sabedoria do samba busco a vida que sempre quis. Com a compaixão alcançada e a paz semeada viverei sambando, sou o futuro da nação, sou o futuro desse país.

Enredo:

O clamor de um povo guerreiro

Comissão de frente: Contando o passado para viver o presente. Samba, o futuro da nação.

SIGNIFICADO: O futuro da nossa nação está a procura de alguma forma de sair desta realidade frustrante em que o país se encontra. Sendo assim resolve buscar na história uma solução para nossos problemas atuais, investigando no passado os erros cometidos que geraram os erros no presente. Assim, dar-se conta que o clamor do povo, o pedido de socorro vem dos verdadeiros donos da terra com a chegada dos forasteiros chamados colonos. Ao conhecer os principais guerreiros que lutaram pela nação, este pequeno “gigante” encontra um caminho de paz e união. Percebeu que o samba pode sim ser o futuro da nação. A casa da união, da alegria e companheirismo tem muito a ensinar à esse povo que tanto sofre e busca por dias melhores. É sambando que vamos conquistar o coração mais duro que existir, “porque o samba agoniza, mas não morre!”

COMPONENTES: Futuro da Nação, Índio, Zumbi, Filipe dos Santos, Tiradentes, Cara pintada, Colono português, Mascate, Princesa Isabel, Anita Garibaldi e Luiz Carlos Prestes.

FANTASIAS: As fantasias destes componentes traduzem fielmente as características de cada personagem, sendo realizadas em tecido brilhoso com bordados em pedras. Na cabeça, uma meia máscara de látex representando as faces de cada personagem.

COMPONENTES PÁGINAS VIVAS: Representando então as páginas ganhando vida a fantasia possui calça e camisa em tecido brocado bege bordado com pedraria. Na cabeça, páginas de livros abertas no mesmo tom da fantasia, também bordadas. Quando na base, a fantasia se confunde à capa do livro, ficando então invisíveis.

Tripé 01: (Tripé da comissão de frente) Livro “O clamor de um povo guerreiro”.

SIGNIFICADO: O livro, sendo o melhor amigo do personagem principal do enredo, o envolverá apresentando as histórias ocorridas de passado de sofrimento e clamor, em busca de construir um futuro melhor.

TRIPÉ: O tripé representando o livro “O clamor de um povo guerreiro” será cenário para a evolução da comissão de frente. Um livro de 6m de altura possui estrutura para abrir e fechar. Dentro será base para os 14 componentes que dele sairão. Os 10

personagens estarão escondidos dentro dele, e os outros 4 embutidos na capa. A capa to livro será inteira forrada em tecido brocado bordado em bege com a logo do enredo estampado em sua capa. Na “encadernação” do livro, uma escada marinheiro dá acesso ao seu topo, onde fincará a bandeira do Brasil.

O livro estará inteiro iluminado com refletores em led branco frio para destacar o trabalho do brocado bordado. A base não receberá destaque para que fique invisível, dando impressão de o livro deslizar na avenida.

EVOLUÇÃO: O “futuro da nação”, que se encontra em um mundo preto e branco, está em busca de entender a existência da chama verde e amarela em seu coração. Ele chega puxando um grande livro ao qual é seu melhor amigo. Assim, as páginas dos livros criam vida e envolvem o personagem principal. Estes então abrem o livro, dando vida à principais personagens das histórias de luta e revolução brasileiras.

Estes personagens envolvem o pequeno “Futuro da nação” em um bailado intenso, apresentando a ele a forma que cada um se doou para a construção de um futuro melhor. Até que no movimento de apresentação da escola de samba e saudação, os personagens apresentam ao pequeno a chance de mudar o mundo, o samba.

Após tal descoberta, estes personagens pegam uma cesta de papel em verde e amarelo e dá um banho de esperança e brasilidade no futuro da nação, acendendo sua roupa em verde, amarelo, azul e branco. Ao se dar conta da sua brasilidade e ter certeza de poder ajudar o país, este sobe no livro e hástia a bandeira do Brasil.

SETOR 01: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante E o sol da liberdade, em raios fúlgidos Brilhou no céu da pátria nesse instante”.

SIGNIFICADO: Brado heroico para quem? A liberdade realmente brilhou em raios fúlgidos?

O primeiro setor apresenta os primeiros clamores do verdadeiro povo brasileiro, os nativos. Este começa com as primeiras capturas dos verdadeiros donos das terras Brasileiras, até os primeiros conflitos entre os próprios portugueses. O inicio desta história mostra tantos índios mortos ou aprisionados para servir os portugueses nas mãos dos bandeirantes, passa pela expulsão dos Holandeses chegando ao ponto alto da ganancia, iniciando conflitos entre os lusitanos.

Os primeiros clamores não atendidos, os primeiros sangues da terra, derramados na terra, acabando com o sol da liberdade do verdadeiro povo heroico. À frente do abre alas, um longo tapete brasileiro se estende para a história verde, amarela, azul e branca passar, levando o povo guerreiro a uma nova esperança de liberdade.

Ala 01: Guerra do Iguape

SIGNIFICADO: A primeira guerra registrada na história brasileira data 1534, após o Tratado de Tordesilhas, onde espanhóis acompanhados de índios Carijós se instalaram na região de São Vicente em São Paulo. Fundaram a Vila e chegaram a vencer pequenas batalhas contra Franceses. Logo, quando a força de defesa Luso-brasileira chegou à região, iniciou-se uma grande batalha onde os espanhóis foram derrotados. Em seguida, estes espanhóis invadiram São Vicente, saqueando e incendiando toda a região, sendo então expulsos pela força luso-brasileira.

FANTASIA: Sendo predominantemente verde para fazer parte do tapete nas cores da bandeira, a fantasia representa Luso-brasileiros que venceram a guerra do Iguape. A fantasia é composta por calça bufante verde folha presa em botas de cano longo em preto. Blusas largas brancas são ajustadas por longos coletes em verde folha com rebuscados bordados em dourado. A cabeça é composta por chapéu de caça verde folha com duas longas plumas vermelhas (onde completa no traje as cores da bandeira portuguesa). O esplendor preso ao colete é um pomposo fundo de plumas em tom verde bandeira, de onde saem duas bandeiras, uma portuguesa e outra espanhola, representando a batalha. As bandeiras, assim como a ponta do chapéu, são chamuscadas, representando os saques e incêndios ocorridos na Vila de São Vicente.

Cor predominante: Verde bandeira

Casal de Mestre Sala e Porta bandeira: A Confederação dos Tamoios

SIGNIFICADO: A Confederação dos Tamoios foi uma reunião dos Caciques das tribos Tupinambás para organizar revolta contra os colonos que estavam pondo em prática um ataque para aprisionar e escravizar os Tupinambás. Os Tupinambás habitavam desde o litoral Bertioga (em São Paulo), até Cabo Frio (Rio de Janeiro). Tudo começou com a união de João Ramalho (parceiro do governador da capitania de São Vicente) e a filha da tribo dos guaianeses, causando um ato conhecido como cunhadismo, que seria trégua de paz uma vez que um braço passa a fazer parte desta tribo. Se aproveitando desta, os portugueses fizeram um levante e atacaram as tribos, obrigando os Tamuya (os antigos) a se organizarem nesta confederação de contra ataque. Em 1567 os portugueses contaram com reforços na luta com o capitão mor Estácio de Sá, e enfim conseguiram vencer, com os Guerreiros Tupinambás se retirando rumo à Bahia de Guanabara.

FANTASIAS: Mestre Sala – João Ramalho; O Mestre Sala representa o colono que se casou com a índia, possibilitando o início do ataque. Sua indumentária será tradicional do português em tom nude, contendo uma calça de malha justa lisa com bota de cano longo cravejado em pedrarias. Sua casaca longa, que alcança o joelho do mestre sala, inteiro em pedraria nude com alto brilho, cinturado com um sinto em couro cru com um punhal a cintura. A cabeça da fantasia é composta por sua tradicional barba e cabelo, coroada com penas de rabo de galo desidratadas e penas de faisão desidratado com fuê em verde bandeira e grande bordado em pedrarias que se estendem em parte das penas. O esplendor possui uma capa que recai sobre o ombro esquerdo, tendo sua ponta direita presa na parte inferior do esplendor. Este é todo em penas de faisão desidratada com fuê em verde bandeira. O centro do esplendor é todo trabalhado em penas de rabo de galo desidratado e bordado em pedraria nude. Na mão, um leque em penas de rabo de galo desidratada e pedraria.

Porta Bandeira – Índia Tupinambá; A Porta bandeira representa a índia filha da tribo Tupinambá que se casou com o colono português, abrindo guarda de sua tribo para o ataque. A indumentária da Porta bandeira será no mesmo tom do mestre sala, em nude e palha. A parte superior da fantasia terá mangas compridas em segunda pele com pedrarias e pinturas indígenas brancas bordadas em pedraria. O corpete em bordado de alto brilho em formas indígenas terminando em um falso tomara que caia. A saia dá continuidade ao desenho bordado em formato tradicional, em saia longa finalizada em uma barra robusta em faisões desidratados com fuê verde bandeira. Entre a barra de faisões e a saia bordada, um maciço inteiriço na saia inteira em capim dourado com pedrarias. O esplendor é todo em penas de faisão desidratada com fuê em verde bandeira. A cabeça da fantasia é um grande cocar com base em trabalho de bordado de pedraria. Acima, faisões desidratados e acabamento em penas de rabo de galo também desidratados. O centro do esplendor é todo trabalhado em penas de rabo de galo desidratado e bordado em pedraria nude. Na mão, um leque em penas de rabo de galo desidratada e pedraria.

Cor predominante: Tons de nude e palha, para maior destaque do pavilhão verde.

Ala 02: Guerra dos Aimorés.

SIGNIFICADO: A Guerra dos Aimorés foi um conflito entre colonizadores e a Tribo dos Índios Aimorés, na tentativa de escravizá-los. Tendo hábitos nômades, os Aimorés se espalhavam desde as bacias dos rios Paraguaçu e Jaguaripe aos atuais municípios de Ilhéus e Porto Seguro. Os Aimorés venceram as batalhas, e todas as feitorias dos colonos foram destruídas.

FANTASIA: Representando os Índios Aimorés, sendo mais um povo que clama pela nação, a fantasia inteira em amarelo, apenas em detalhe azul. Um macacão segunda pele em malha amarela é base para a fantasia composta por um saiote em tiras em amarelo com pequenas penas em acabamento às tiras. O sapato, uma sandália em couro sintético cru vazado, dando sensação de estarem descalços. Uma grande gola/ombreira, em amarelo, aramada com desenhos indígenas também serve de apoio para o esplendor. A borda desta também possui borda aplicada em tiras também amarelas com penas em azul. O tronco, com a malha exposta, apresenta pintura indígena. O esplendor em formado de lança possui uma grande borda com plumas amarelas. O centro deste contempla desenho indígena. A cabeça inicia em uma base de cocar em formato trapezoidal invertido amarelo com desenhos indígenas. Nas laterais deste surgem dois círculos como adornos da orelha utilizados por esta tribo, dando sequencia a um terceiro círculo no queixo. Acima deste trapézio, um maciço de plumas amarelas completa este cocar, com três faisões azuis na frente. Tornozeleiras e punhos em formato de trapézio amarelo com desenhos indígenas e acabamento em plumas completam a indumentária. Como adereço de mão, uma lança em amarelo com trabalho em penas azuis próximas à “lâmina” da lança.

Cor predominante: Amarelo ouro.

Ala 03: Guerra dos Potiguares

SIGNIFICADO: A guerra dos Potiguares eram os conflitos dos colonos contra os Índios Potiguares também com a intenção de escravizá-los e dominar seus territórios. A tribos dos Potiguares ocupavam cerca de 40 mil léguas ocupando a Serra da Copaoba. Em nove meses foram queimados várias aldeias, e mortos mais de 1500 índios. Com isso muitos fugiram para outras pequenas aldeias, outros se dirigiram para a foz do Rio Grande, onde os portugueses criaram um pequeno Arraial no ano em que a guerra terminou.

FANTASIA: Representando então os Índios Potiguares, que também foram atacados pelos colonos portugueses no Brasil colonial, Sua fantasia faz parte da grande bandeira nacional formada pelas primeiras alas, sendo então interira azul Royal. Um macacão

como segunda pele em malha azul Royal forma um fundo para a fantasia. Sandália vazada em couro sintético cru para dar sensação de descalço. Uma tanga em algodão cru com a ponta desfiada, tingido em azul. Uma grande gola/ombreira, em azul royal, aramada com desenhos indígenas também serve de apoio para o esplendor. A borda desta em marabu também azul. O esplendor em vime trançado, com uma grande borda em pluma azul Royal. Na cabeça um grande cocar tradicional com penas em leque azul. Tornozeleiras e punhos em formato de trapézio azul com desenhos indígenas e acabamento em plumas completam a indumentária. O adereço de mão, um bastão com desenhos indígenas e um grande pingente em penas azuis.

Cor predominante: Azul royal.

Abre-alas: Bandeirantes, a captura dos donos da terra

SIGNIFICADO: Os Bandeirantes foram um dos principais e mais sangrentos movimentos realizados no Brasil, ainda colônia. Eram expedições realizadas com a finalidade de explorar riquezas e aprisionar índios para que fossem utilizados como escravos. Estes foram responsáveis por dizimarem grande parte dos índios locais, e muitos outros escravizados, obrigados a trabalhos forçados.

ALEGORIA: O abre-alas é composto por duas alegorias acopladas somando cerca de 45m de comprimento. Esta alegoria representa a expedição dos Bandeirantes pela mata brasileira, a captura dos índios e todo o sangue derramado por estes expedicionários.

Á frente da alegoria, duas esculturas de índios com arcos e flechas ladeiam em queijos acoplados o letreiro com o nome da escola. Toda a saia da alegoria é a reprodução de terra enlameada e enraizada, fazendo referencia ao título da alegoria “donos da TERRA”. Um primeiro platô mais baixo é cenário para encenação da captura dos índios pelos bandeirantes que surgem de dentro da floresta, cujo é cenário de fundo deste, assim como no platô acima. O centro do carro alegórico é a mata explorada. No primeiro andar das laterais, composições são intercaladas, sendo bandeirantes sobre

pedras e capins de tarucel de etafon e índios presos em gaiolas suspensas projetadas fora da base da alegoria. No segundo piso da primeira parte da alegoria estão presentes mais Bandeirantes, e coroando este um semi destaque representando a força do índio guerreiro. O segundo piso da segunda parte da alegoria dá continuidade à mata, tendo composições (bandeirantes) em cavalarias brancas forradas em tecido trabalhado e ornado suspensas projetadas além do piso. No terceiro piso desta segunda parte dá coroamento a floresta citada e uma gaiola maior coroada com o Destaque da alegoria (Sangue da Terra). Como fundo a alegoria contará com 3 ocas vazias representando a extinção local, além de acabamento das florestas com as árvores.

Esta alegoria terá como elemento surpresa uma encenação na ligação entre as partes da acoplagem, onde no momento em que “todos os índios” forem “presos”, o ultimo índio escalará uma árvore no topo da primeira parte, e se lançará em tirolesa até a segunda parte da alegoria, caindo exatamente na gaiola aos pés do Destaque (citados acima), sendo pego em uma emboscada.

A iluminação da mata será predominantemente em neon verde, cor da escola. As composições possuirão iluminação branca para maior destaque da obra e movimentos. Já as luzes do destaque serão em branco na fantasia e vermelho no costeiro. Toda a alegoria possuirá neon embaixo, dando efeito de flutuar no piso. Letreiro, esculturas de índios, as ocas, e detalhes na saia, luzes mistas com efeito de troca de cores.

Obs: Na primeira parte da alegoria podem-se perceber índios livres, para o efeito de captura destes. Já a segunda parte contará apenas com índios presos, mostrando o triunfo dos Bandeirantes em nossa história.

Cor predominante: Verde folha.

COMPOSIÇÃO 01: Nome – Índios; Os índios capturados e (ou) mortos pelos Bandeirantes no período Colonial. 12 destas composições são fixas, localizadas em gaiolas penduradas nas laterais da alegoria. Os outros fazem parte da área coreografada da alegoria (perseguidos pelos Bandeirantes).

Optando por ser composta por pessoas pardas ou mulatas a fantasia é composta por uma tanga em tecido cru bordado em desenhos indígenas, cocar em palha e penas vermelhas, pintura corporal indígena em vermelho e adornos em palha e penas nos tornozelos e bíceps.

Cor predominante: Nude e palha.

COMPOSIÇÃO 02 (Mista): Nome – Os Bandeirantes; os bandeirantes expedicionários no Brasil colônia responsáveis pela captura dos índios. Estas composições estarão

divididas em queijos comuns, cavalaria da segunda parte do carro, e o setor coreografado (ficando parte do período escondidos dentro da alegoria).

A fantasia é composta por calça em marrom por dentro de botas pretas de canos alongados. Camisa de alfaiataria branca com leves bordados nas mangas por baixo de coletes alongados e acinturados em couro sintético marrom. A cabeça da fantasia será um chapéu de longa aba em marrom, com leves envergaduras na frente. Nas mãos cada composição receberá uma espingarda de cano longo em acetato decorado, réplica da arma utilizada pelos Bandeirantes. As composições da cavalaria receberão capas laterais em tecido preto com leves bordados em acompanhamento com o adorno das camisas.

Cor predominante: Marrom e preto.

SEMI DESTAQUE (Feminino): Nome – A força do índio guerreiro; Representa a força e domínio do índio e a resistência à captura.

A fantasia conta com uma tanga em tecido cru com um detalhado bordado em cristais em desenhos indígenas, cocar em forro bordado e penas verdes, pintura corporal indígena em branco e dourado e adornos em dourado e pena nos tornozelos e bíceps. Um grande costeiro em plumas verdes com detalhes em penas de faisão cru, apoiados em ombreiras com intenção de movimento durante o desfile.

Cor predominante: Verde.

DESTAQUE (Masculino): Nome – Sangue da Terra; Representa o sangue dos índios derramados pelos Bandeirantes em suas expedições, onde a grande maioria destes foi dizimada.

Fantasia toda em vermelho sangue com detalhado bordado em cristais e acabamento escamado em formato de gotas (gotas de sangue). Sua cabeça é composta por 4 chifres de bodes coroando a grande maldade. Seu grande costeiro preso sobre o queijo é de plumas e penas de faisão albino tingidas em vermelho sangue, com seus acabamentos também bordados conforme o acabamento da fantasia.

Cor predominante: Vermelho.

Ala 04: Guerra dos Palmares, a luta do rei do Quilombo.

SIGNIFICADO: Após muitos maus-tratos dos senhores de engenho, os escravos começaram a fugir, fundando comunidades escondidas de nominadas Quilombos, sendo a maior delas conhecida como Quilombo dos Palmares. Com os senhores sofrendo grandes perdas, e os escravos fugitivos, liderados por um escravo conhecido como Zumbi dos Palmares executando resgates nas senzalas, os governantes locais mandaram Bandeirantes atacarem os quilombos. Os Quilombolas resistiram bravamente a vários ataques liderados por diversos comandantes. Contando então com ajuda de bandeirantes de São Paulo, foi montada uma tropa com mais de 1000 homens, derrotando então os Quilombolas no dia 20 de novembro de 1695, sendo Zumbi decapitado, tendo sua

cabeça exposta em praça pública para servir de lição aos outros escravos. Até hoje Zumbi é lembrado como força e coragem ao povo brasileiro.

FANTASIA: Representando então o Líder da Guerra dos Palmares, a fantasia possui como segunda pele um macacão em malha marrom como base. Uma calça balonê em juta crua é completada por um cinto de corda, tendo o cós da calça afofado. Sandálias em couro sintético cru causa sensação de estarem descalços. O tronco segue apenas em malha, finalizado com uma gola em meia lua de vime envernizado trançado. A borda interna da gola é forrada em juta, já a borda externa possui acamamento com forro em juta e borda em Palha da Costa. Na cabeça, forma trapezoidal invertido em vime envernizado possui as bordas forradas com juta. A borda superior é coroada com palha da costa e penas de pavão desidratado. Três penas longas de faisão desidratados enriquecem o coroamento da fantasia. O esplendor é uma coroa circular em vime envernizado trançado, possuindo abertura em sua parte inferior. Na borda desta coroa, penas de pavão desidratado completam a forma. No centro do resplendor, longa cascata de Palha da Costa em queda, alcançando além do formato do costeiro. Na mão uma longa lança, decorada com palha da costa.

Cor predominante: Palha.

Ala 05: Insurreição Pernambucana

SIGNIFICADO: Após Pernambuco estar convivendo em um tratado de paz entre Portugueses e Holandeses, a Holanda passa por dificuldades financeiras, resolvendo cobrar com juros os empréstimos feitos aos colonos dali. Isto iniciou uma grande guerra chamada Insurreição Pernambucana (também denomina da Guerra da Luz Divina). Contando com diversos nomes importantes da época, aos poucos os colonos conseguiram expulsar os Holandeses de terras brasileiras, tendo então um dos principais nomes como Governador de Pernambuco, João Fernandes Vieira. Este acontecimento é considerado por muitos historiadores como o primeiro manifesto popular de insatisfação, uma vez que brancos, negros e índios se uniram por uma única causa, expulsar os Holandeses.

FANTASIA: Representando então João Fernandes Vieira, governador de Pernambuco após a Insurreição, a fantasia possui calça branca com botas de cano longo em azul royal. A camisa cinturada em manga comprida e gola alta reproduz a vestimenta utilizada na época, suas cores representam a bandeira de Pernambuco. A camisa em azul royal com bordas em branco bordado, é traçado por uma faixa tradicionalmente utilizada pelos senhores da época. Esta será como o arco íris da bandeira. O chapéu, tradicional dos senhores em pontas pontudas será em azul royal com uma estrela prata em seu meio, assim como sua borda. Uma longa pluma branca completa seu ornato. O esplendor da fantasia possui como estrutura o grande sol da bandeira de Pernambuco, porém em prata, com uma cruz em vermelho pendurada na ponta inferior do mesmo. O sol é completado em grandes plumas brancas, reluzindo o centro do esplendor. A

fantasia é composta por prata e branco representando o segundo nome sugerido ao acontecido, Guerra da Luz Divina.

Cor predominante: Branco.

Ala 06: Guerra dos Bárbaros – Almas perdidas (Baianas)

SIGNIFICADO: Em 1699, bandeirantes e comandantes foram responsáveis pelo assassinato de 400 índios Paiacu e a prisão de outros 250, envolvendo homens, mulheres e crianças. Para a Colônia Portuguesa na época, bárbaros eram os indígenas que não aceitavam se unir à coroa, muitas vezes rebelando-se. Com a missão de exterminar os índios inimigos dos colonos, chegaram à tribo dos Paiacu alegando missão de paz, sendo recebidos com festas. Ao começarem a dançar e folgarem, os soldados da comitiva atacaram toda a tribo, iniciando o massacre. De acordo com os colonos, apenas executaram mais uma guerra justa, ao atacarem mais uma tribo rebelada contra a Coroa. Após este ataque, outros muitos foram executados por todo o país, porém nenhum chegou à tamanha crueldade como os da tribo Paiacu.

FANTASIA: As Baianas estarão representando as almas perdidas em tal ataque, lembrando os índios que, mesmo buscando paz foram brutalmente exterminados por busca de poder. A saia das baianas será em formato tradicional, longo, babados em camadas de tecido marrom. A última borda da saia é inteira em palha da costa, chegando a encostar algumas pontas do chão. Estolas em estamparia indígena em marrom com bordas douradas possui rosto de índios em acetado e sobrepõem a saia rodada das baianas. Pendão de bolas com franjas de palha da costa são pendurados nas pontas das estolas. Entre as estolas das saias, tecidos de pontas triangulares mais curtos, em mais uma estamparia indígena em marrom com bordas douradas e rosto de índio em acetato completam o acabamento da saia. Estes também possuem pendão de bolas com franjas de palha da costa em suas pontas. A cintura da saia possui acabamento em maciço de palha da costa e pendão de bolas com franjas de palha da costa. No tronco, a bata em marrom serve como base para a gola em estamparias indígenas em marrom com borda em dourado. Esta gola é curta para facilitar movimentos das baianas. A borda inferior da gola tem acabamento em palha da costa com um pendão de bola com franja também de palha. As ombreiras da gola possuem maciço de plumas marrons. Não possuindo esplendor, na parte traseira da gola longas palhas da costa caem como um véu. A cabeça possui estrutura em dourado com um detalhe na testa, e detalhamento em arco. Acompanhando este detalhamento, plumas marrons completam o cocar, com 5 penas de faisão cru com fuê em pena de ganso branca. Na parte traseira deste cocar, longa palha da costa cai, acompanhando o efeito de véu das costas da fantasia. Este véu representa luto pelas almas perdidas, representadas pelos rostos presentes na saia. Os punhos, em formato trapezoidal possui mesma estamparia da gola, com longa palha da costa recaindo da parte inferior.

Cor predominante: Marrom.

Ala 07: Revolta dos irmãos Beckman

SIGNIFICADO: A revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida no maranhão, causado por grande insatisfação dos comerciantes locais por causa da companhia instalada pela Coroa portuguesa. Também havia insatisfação pelos produtos importados, e baixa mão de obra. Com a intenção de acabarem com o monopólio aplicado pela coroa, os irmãos Beckman, dois produtores rurais do Maranhão, com apoio dos comerciantes locais saquearam os depósitos da companhia, expulsaram os Jesuítas e destituíram o governador. Em contra ataque a coroa portuguesa nomeou novo governador, e autorizou a condenação dos irmãos à forca.

FANTASIA: Representando o sacrifício dos irmãos Beckman pela causa do povo, a fantasia consta com calça branca em cetim, botas longas em bege. O tronco conta com uma camisa de manga longa com punhos dobrados em cetim branco. Uma bata tradicional em bege cinturado completa a vestimenta com cordas, e na cintura uma espada. Na cabeça um chapéu tradicional da época em bege. O esplendor conta com uma réplica de madeiramento de forca em acetato com uma corda no pescoço. O costeiro é completado em 6 hastes de bandeiras do Maranhão com plumas beges nas pontas.

Cor predominante: Bege.

Alegoria 02: A guerra dos Mascates

SIGNIFICADO: A Guerra dos Mascates foi uma revolta nativista que ocorreu em Pernambuco, envolvendo Recife e Olinda. Com a expulsão dos Holandeses do Nordeste brasileiro, a economia açucareira sofreu uma grande crise, atingindo extremamente Olinda, grande centro político e econômico de Pernambuco. Em contrapartida, Recife passava a se destacar economicamente graças as atividades dos Mascates (comerciantes portugueses) que comercializavam outros produtos como grãos e café. Outra atividade econômica destes mascates era o empréstimo de dinheiro a juros. Após clima de hostilidade e rivalidade entre ambas, Olinda invadiu Recife como defesa para não perder seu poder político, dando início assim à Guerra dos Mascates. Os recifenses estando mais bem estruturado invadiram Olinda em contra ataque destruindo Vilas e engenhos. A Guerra encerrou-se após a nomeação de um novo Governador de Pernambuco, Félix José Machado. Os Mascates conseguiram definitivamente a autonomia de Recife, que no ano seguinte se tornou sede administrativa de Pernambuco.

ALEGORIA: A alegoria representa a realidade das duas cidades, dando sentido à Guerra dos Mascates. Toda a saia da alegoria é composta em Cana de Açúcar, principal motivo da queda econômica de Olinda. Tambores de diferentes alturas, revestidos de cana são anexados à estrutura rígida retangular da alegoria, alcançando o limite de 12m de largura. Estes são queijos para as composições que representam os escravos, mão de obra barata que auxiliou na economia de recife. Ainda pelo primeiro piso, sacas de grãos em juta representam estas economias.

O carro, sendo tridimensional, possui em seu centro duas construções de mesmo tipo, a da frente um armazém de Mascates, nas cores da bandeira de recife. Atrás, a câmara política de Olinda, nas cores da bandeira de Olinda. Nas portas do primeiro piso, composições representam os Mascates que trabalharam para erguer Recife. No pavimento superior, nas sacadas, os componentes representam os Coronéis de Olinda.

À frente do armazém, uma semi destaque representa o poder do comércio em um balanço na construção. No lado oposto, a semi destaque representa o poder político. No telhado então, seis esculturas de portugueses bigodudos com uma coxa na mão representam os portugueses que na realidade engordavam com o trabalho dos “mais fracos” socialmente falando. Junto com estes, sacas escritas café, com ouro dentro representa a riqueza adquirida com o produto brasileiro, engordando a coroa. O destaque da alegoria, em cima de uma saca com ouro representa a ganancia portuguesa.

A iluminação interna da saia da alegoria é toda em neon verde, assim como a iluminação externa valorizando a cana de açúcar. A iluminação das sacas e da construção é em refletores branco quente, em efeito de pisca. A iluminação dos

componentes e das esculturas em cima do telhado será toda em refletores fixos de lâmpada branca quente, assim como a iluminação do destaque principal.

Cores predominantes: Verde, amarelo e branco.

COMPOSIÇÃO 01(Masculina): Nome – Escravos do comércio; Representam a mão de obra barata que auxiliou a economia de recife a se erguer. A fantasia que representa estes escravos é composta por uma calça balonê em algodão cru encardido com betume, corpo desnudo e descalço. Na cabeça, uma saca fechada. Pintura corporal completa em marrom escuro, representando a pele negra.

Cores predominantes: Nude e marrom.

COMPOSIÇÃO 02: Nome – Os Mascates; Representando os comerciantes portugueses, a fantasia é composta por calça balonê marrom com bota de cano longo marrom, camisa larga de manga fofa em cetim branco. Na cabeça, chapéu de pontas alongadas com três penas na lateral. Completando a vestimenta, uma libra em madeira e cestas de vime com alimentos dentro como aipim, banana e grãos. Bigode tradicional português, alto colante finaliza a caracterização da composição.

Cor predominante: Marrom.

COMPOSIÇÃO 03: Nome – Olindenses; Representam os políticos Olindenses que lutaram para não perder o poder político e econômico de Pernambuco. A fantasia conta com calça balonê branco com bota de cano longo marrom, camisa comprida em cetim branco com abotoaduras. Casaco grande em tecido aveludado marrom com as pontas das mangas bordadas em dourado. Na cabeça um grande chapéu marrom de pontas alongadas, bordas da aba em dourado, e com penas brancas na lateral.

Cores predominantes: Branco e marrom.

SEMI DESTAQUE 01(Feminino): Nome – Poder do Comércio; Representando o poder do comércio, a destaque vestirá um biquíni bordado em pedraria azul royal. O tronco continuará o trabalho de bordado das pedrarias em pedra alto colante. A sandália em azul cintilante possui tiras que completam a panturrilha. No costeiro, um trabalho em ferro rendado servirá de base, para penas de faisão albino tingido de azul pavão com fuê de pena de ganso branco. No Peito, uma faixa em branco com a escrita cravejada, “Casa do Comércio”.

Cor predominante: Azul royal.

SEMI DESTAQUE 02 (Feminino): Nome – Poder da Política: Representando o poder do comércio, a destaque vestirá um biquíni bordado em pedraria branca. O tronco continuará o trabalho de bordado das pedrarias em pedra alto colante. A sandália em

branco cintilante possui tiras que completam a panturrilha. No costeiro, um trabalho em ferro rendado servirá de base, para penas de faisão albino com fuê de pena de ganso azul royal. No Peito, uma faixa em azul royal com a escrita cravejada, “Casa da Política”.

Cor predominante: Branco.

DESTAQUE (Masculino): Nome – Ganancia Portuguesa; Representando a ganancia em poder e dinheiro dos portugueses, a fantasia é inteira dourada, em cima de um queijo representando uma saca de café cheia de ouro. A fantasia possui calça longa rica em bordado de pedraria dourada, assim como camisa de manga longa, também bordada. Na cabeça uma coroa rica em detalhes, também dourada. O esplendor, estruturado no queijo, uma grande estrutura de metal rendado, com trabalho de plumas metalizadas forram toda a extensão do esplendor de 3m de altura.

SETOR 02: “Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte Em teu seio, ó liberdade Desafia o nosso peito a própria morte!”

SIGNIFICADO: O segundo setor representa a ambição portuguesa sobre o mais rico material encontrado em terras brasileiras, o ouro. Este traz o grande clamor de liberdade e igualdade deste povo que tanto sofreu para enriquecer a Coroa Portuguesa. O pesado trabalho os deu braços fortes também para lutar por seu sonho, a liberdade dos abusos da Metrópole. Desafiaram a tudo e a todos em busca de dar aos seus um viver digno, sem maus tratos e violência, enfrentaram até mesmo a morte em busca de Liberdade, ainda que tardia.

O segundo setor é inteiro trabalhado em dourado, representando o ouro pelo qual tanto o povo sofreu, sendo praticamente escravizado pela coroa, e o vermelho que representa o luxo da corte portuguesa ao qual se teve que bancar, mesmo que obrigados e oprimidos.

Ala 08: Revolta de Filipe dos Santos

SIGNIFICADO: Minas Gerais se tornando grande fonte de ouro, se tornou a grande ambição da coroa portuguesa. A Revolta de Filipe dos Santos, também conhecida como Revolta de Vila Rica (local do ocorrido) foi uma das primeiras revoltas organizadas dos nativos brasileiros contra a Coroa Portuguesa reivindicando os altos impostos sobre o ouro retirado. Felipe dos Santos Freire, rico fazendeiro que também estava sendo atingido por tais impostos, atraiu a atenção dos populares com ideias de acabar com as casas de fundições instaladas pela coroa para o controle do ouro, e diminuição da fiscalização da metrópole. Assim iniciou a revolta que durou cerca de um mês, revoltosos armados tomaram parte de Vila Rica. Após chamar os revoltosos para negociar, o governador contra atacou, aprisionando todos os que participavam. Filipe dos Santos, considerado líder da revolta, foi condenado e executado. Após, casas de revoltosos foram incendiadas, e a coroa aumentou a fiscalização na colônia.

FANTASIA: Representando então o líder da Revolta, Filipe dos Santos, a fantasia conta com uma calça em tecido dourado com bota em cano longo verde. A base da fantasia é uma blusa em cetim branco de gola rendada e sem manga. O colete em tecido brilhoso verde sem manga é longo e abotoado. Um cinto em verde cintura o colete. Finalizando a parte de cima da vestimenta, uma grande casaca dourada com manga bordada e rendada e ombreira com franjas. A cabeça da fantasia contempla peruca de canecalon em corte tradicional com frente encaracolada e fino rabo de cavalo com uma fina fita verde. O chapéu, que também ajuda a prender a peruca, um capacete armado da época em dourado com plumas amarelas no coroamento. O esplendor da fantasia é a estrela de 8 pontas da bandeira de Vila Rica em acetato dourado bordado com paetês dourados e verdes. Este tem sua borda em plumas amarelas. Em cada ponta desta estrela, 3 hastes

com fuês de plumas verdes nas pontas completam o trabalho. A fantasia dourada com toques verdes referencia o ouro brasileiro, motivo da ambição da coroa.

Cor predominante: Dourado.

Ala 09: Guerra Guaranítica (Coreografada)

SIGNIFICADO: A Guerra da Guaranítica foi uma série de confrontos violentos entre os Índios Guaranis e Soldados Portugueses e Espanhóis. Após acordo entre as duas coroas, decidiu-se nova distribuição de terras, decidindo então os Espanhóis a expulsarem os índios Guaranis. A tribo já tendo convívio com a Coroa Portuguesa, responderam na mesma altura, liderados pelo Índio Sepé Tiaraju. Esta guerra teve como consequência a morte de mais de 20 mil índios, além da redução de influencia dos Jesuítas na região sul do país. Até hoje, o índio Sepé Tiaraju é considerado herói da resistência indígena contra a repressão europeia.

FANTASIA: Representando então os índios do sul através da imagem de seu líder Sepé Tiaraju, a fantasia conta com larga blusa em vermelho, sendo sua saia um cavalo em vime revestido de tecido vermelho. O acabamento inferior do cavalo, todo em fitas acetinadas vermelhas. A cabeça da fantasia é uma peruca de penteado indígena local em canecalon preto. Um cocar simples de faixa de tecido com maciço de plumas vermelhas na frente completa a cabeça, além de fixar a peruca no componente.

Em vez de utilizar esplendor, a fantasia conta com um costeiro simples, um tubo em tecido vermelho com “flechas” com pontas em plumas aparentes em vermelho. Na mão, um arco completa o figurino dos Guaranis durante os conflitos. A fantasia inteiramente vermelha representa o massacre dos mais de 20 mil índios.

Cor predominante: Vermelho.

Ala 10: Conspiração do Curvelo

SIGNIFICADO: Em 1755, com a intensão de reconstruir Lisboa que havia sofrido com um terremoto, a Corte expulsou os Jesuítas da região das Capitanias de Minas para assim se apoderar de seus tesouros. Não sendo suficiente, a corte aumentou os impostos, iniciando definitivamente as revoltas locais, tendo inicio em Vila Rica, Sabará e o Arraial de Santo Antônio de Curvelo, dando origem à chamada Conspiração de Curvelo. Esta conspiração entre nomes importantes de Minas culminou na tão conhecida Inconfidência Mineira.

FANTASIA: Representando então portugueses que se revoltaram contra a coroa na Conspiração do Curvelo, a fantasia conta com calça verde e bota de cano longo em listras douradas e verdes. A blusa larga cinturada possui borda pontiaguda e mangas bufantes, conforme vestimentas de soldados portugueses. Esta blusa é em faixas

douradas com tecido interno em verde. A borda da blusa possui pompons brancos. A luva em dourado com bordado dourado dá acabamento por cima da manga da blusa, também possuindo um pompom branco em cada luva. A gola em tecido em branco com bordado dourado possui renda branca por toda a borda. Esta possui também em cada lado o Brasão da cidade de Curvelo. O chapéu dourado em formato tradicional da corte portuguesa, pontudas à frente possui em sua borda renda, em combinação à gola. Também conta com três plumas amarelas em seu topo. Uma peruca preta Chanel em canecalon preto completa o figurino tradicional português. O esplendor possui um triangulo dourado com borda em plumas amarelas, representando o início da Inconfidência Mineira. Na parte detrás do esplendor uma estamparia com o Brasão da cidade de Curvelo completa a fantasia e facilita a leitura da mesma. A fantasia em dourado representa o ouro pelo qual a corte cresceu o interesse, e o verde representa a cor da bandeira da cidade de Curvelo, local do acontecimento.

Cor predominante: Dourado.

2º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: O quinto dos infernos

SIGNIFICADO: Com o enriquecimento através do ouro nas Minas, a corte portuguesa impôs pesados impostos sobre o ouro retirado. Todo o ouro deveria ser enviado às casas de fundição para serem transformados em barras com o brasão português, e de todo o ouro, deveria ser dado um quinto à Coroa Portuguesa. Sendo então estes impostos odiados pelo pelos donos das minas auríferas, os chamavam de Quinto dos infernos. A tributação destes foi um dos principais motivos para o acontecimento da Inconfidência Mineira.

FANTASIAS: Mestre Sala – O inferno; Representando metaforicamente o Diabo que cobrava o pesado imposto, a fantasia conta com uma calça em malha brilhosa vermelha com uma bota de cano alto vermelho. A casaca do mestre sala, em tecido de paetê, possui uma borda em grande pelúcia vermelha, assim como as mangas. Luvas vermelhas completam o figurino. A cabeça da fantasia é composta por uma peruca de longa pelúcia vermelha, com dois longos chifres à frente. Maquiagens por todo o rosto em vermelho auxiliam na uniformidade da vestimenta. Um esplendor em plumas vermelhas com o centro em penas de rabo de galo pretas finaliza a composição.

Porta Bandeira – O quinto; Representando o imposto cobrado, a fantasia conta com a saia em forma mais arredondada com bordado representando o ouro bruto. Plumas em tom dourado finaliza o acabamento da saia. A bota em dourado possui solado ante derrapante. O corpete dourado da fantasia em manga longa possui rebuscado ornato em pedrarias. A cabeça da fantasia possui trabalho detalhado em estrutura metálica dourada com decoração em pedrarias, e um trabalho intenso em plumas de tom dourado finalizam a composição da cabeça. Pintura por todo o rosto em dourado apresenta uniformidade do ouro, além de combinar com a fantasia do mestre sala. O costeiro em plumas de mesmo tom da saia completa o figurino da Porta bandeira.

Cores predominantes: Vermelho e dourado.

Alegoria 03: Inconfidência Mineira

SIGNIFICADO: Um dos mais importantes movimentos sociais da história do Brasil, a Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, significa a luta do povo pela liberdade, contra a opressão do governo português. Além dos grandes impostos cobrados pela coroa em cima do ouro retirado, a opressão só aumentava e a coroa passou a interferir no crescimento industrial local. Com a grande retirada do ouro das minas, o ouro foi reduzindo, porém a coroa não reduziu os impostos. Com esta drástica redução a coroa criou o “Derrrama” onde era imposta a obrigatoriedade de pagar 1500kg mensais, quando não atingida a meta, os soldados da corte invadiam as casas retirando seus pertences até atingirem a meta determinada.

Estando o povo cansado com tais atitudes da coroa, um grupo liderado pelo alfaiate Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, possuía a ideia de conquistar liberdade definitiva e implementar a República no país. Este grupo desenvolveu uma nova bandeira para o Brasil, um triângulo vermelho num fundo branco com a descrição em latim: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia), que após veio a ser o símbolo da revolta, e bandeira de Minas Gerais.

Tendo então todo o ataque planejado e a data marcada, um dos inconfidentes delatou todo o plano para a Coroa Portuguesa em troca de perdão à sua dívida. Todos foram presos e acusados pelo crime de infidelidade ao rei. Uns foram deportados para a África, outros presos. Sendo líder do movimento, Tiradentes foi enforcado em praça pública e teve sua cabeça exposta como lição.

Curiosidades foram expostas após por estudantes tais como a informação que a cabeça de Tiradentes, exposta em praça pública, foi roubada logo em seguida. Outra informação conta que a Igreja Católica não era permitida a badalar sinos e traçar luto para acusados pela corte por infidelidade ao rei. Assim, como ato de rebeldia, sabendo da opressão da coroa e a injustiça contra Tiradentes, ao ser enforcado a igreja badalou seus sinos 5 vezes.

ALEGORIA: Uma grande mina bruta de ouro será explorada na avenida. A base da alegoria é toda forrada como pedras brutas de ouro gigantes em trabalho de espuma e acetato dourado. Em meio a estas pedras, carrinhos de madeira de retirada de pedras usadas nas minas adornam as laterais. Três carrinhos destes, em escala maior dão a face da alegoria. Nestas pedras brutas, composições representando a corte portuguesa, que são representadas por corvos. O centro desta alegoria é uma mina bruta de retirada de ouro com madeiramento aparente e pedras brutas feitas de espuma e acetato dourados. Nestes, trabalhadores das minas são representados.

Na parte da frente da alegoria, uma grande roda suspensa por uma coluna em madeira gira com 6 componentes “enforcados”. Em cima da roda dos enforcados acontece a encenação do enforcamento de Tiradentes, onde com o apoio de equipamento de bungee jumping, o piso abre para o enforcamento, porém Tiradentes desce por inteiro e reaparece na frente da alegoria balançando a bandeira da revolta representando a vitória sobre a coroa, ainda que tardia. Em volta desta roda, colunas barrocas douradas em ordem crescente são queijos para composições representando a ambição da coroa. Estas colunas representam o luxo da coroa sustentada pelo ouro brasileiro.

Na parte detrás da alegoria, a Igreja Católica Mineira se localiza de costas para a alegoria, representando a reprovação aos atos da Coroa, que foi demonstrada com o badalar dos sinos durante o enforcamento de Tiradentes. Em cima do telhado da Igreja, o Destaque representando o desejo da liberdade. Completando o cenário, várias bandeiras da revolução são aplicadas na saia do carro e em cima da mina de ouro.

A iluminação da saia da alegoria é em amarelo, dando a sensação de que o ouro está flutuando na avenida branca. A iluminação da alegoria em canhões possui luz branca quente e amarela valorizando o dourado. Todos os destaques e composições

possuem iluminação branca fria para destaca-los. Lâmpadas de flash strobo causarão efeito por todo o trabalho de pedras brutas de ouro na alegoria, valorizando-os ainda mais.

Cor predominante: Dourado.

COMPOSIÇÃO 01: Nome – Trabalhadores das minas; Representando os trabalhadores das minas à fantasia é composta por malha em marrom escuro, calças balonet em juta com elástico no tornozelo. Todas as composições descalças. Blusão largo em algodão cru com trabalho de betume para encardir compõe a fantasia. Na cabeça, chapéu de aba curta em palha completa a vestimenta dos trabalhadores das minas.

Cor predominante: Bege.

COMPOSIÇÃO 02 (Misto): Nome – Corvos imperiais; Representando os soldados da coroa enviados para fiscalizarem a tirada do ouro como corvos sobre sua presa, a fantasia é composta por calça em pelúcia preta, sapatilha preta. A blusa com asas nas mangas é inteira revestida de penas e pelúcia. O capuz sai da blusa e toma toda a cabeça que faz o formato do pássaro, com seu bico negro na testa do componente. Acima da cabeça da ave, uma coroa imperial dourada finaliza a fantasia. Estes componentes possuirão pintura negra por todo o rosto, dando então impressão de ser mesmo a ave.

Cor predominante: Preto.

COMPOSIÇÃO 03 (Misto): Nome – Os enforcados; Representando o enforcamento sofrido pelo representante da confidencia possui sua fantasia composta por uma longa túnica em Oxford branca e voal também branco para esvoaçar a fantasia. Esta túnica possui grande bordado por todo corpo e barra da túnica em paetês dourados. Na cabeça peruca e barbas tradicionais da figura de Tiradentes em canecalon castanhos. São todos descalços. No pescoço um laço de corda de enforcamento emenda na barra de ferro de sustentação do componente, que são soldados na roda e terminam em uma cinta presas na cintura e virilha do componente, escondidos por baixo da túnica. Esta barra possui tratamento de pintura para dar continuidade da corda de enforcamento.

Cor predominante: Branco.

COMPOSIÇÃO 04 (feminino): Nome – Ambição portuguesa; Representando a ambição portuguesa sobre o ouro retirado das minas brasileiras a fantasia é composta por curta saia aramada em tecido dourado bordado, sandálias altas tipo gladiadoras bordadas em dourado também. Um corpete em acetato dourado bordado modela o corpo apoiando embaixo dos seios desnudos. Na cabeça, apoio aramado em trabalho barroco dourado e bordado em pedraria forma uma coroa imperial. Esta é coroada em plumas amarelas e faisões albinos tingidos em dourado. O costeiro dourado também aramado em formato

barroco é cercado por plumária amarela coroada em maciço de penas de faisão albino tingidos de amarelo.

Cor predominante: dourado.

SEMI DESTAQUE: Nome – Tiradentes; Representando Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, a fantasia é composta por simples túnica branca em Oxford com as barras em um leve bordado dourado, o componente fica descalço. Completando essa composição, peruca e barba tradicional da imagem de Tiradentes em canecalon castanho. Uma corda de enforcamento no pescoço causa a impressão de enforcamento na avenida para a evolução descrita na Alegoria.

Cor predominante: Branco.

DESTAQUE: Nome – Liberdade ainda que tardia; Representando o desejo de liberdade do povo brasileiro, o destaque possui grande vestido em A que encerra em um coroamento de plumas brancas. O vestido, inteiramente branco bordado com um triângulo de pedrarias vermelhas. Na cabeça uma coroa modelada de correntes arrebentadas recebe grande trabalho de penas de faisão albino com fuês vermelhos. O costeiro estruturado no queijo é um grande trabalho de triângulos vermelhos com correntes douradas arrebentadas, ambos trabalhados em pedrarias. Este costeiro é inteiro cercado de grandes plumas brancas, coroadas em um maciço de faisões albinos com fues vermelhos.

Cor predominante: Branco.

SETOR 03: “Ó pátria amada Idolatrada Salve! Salve!”

SIGNIFICADO: No terceiro setor, ideias iluministas e revolucionarias francesa chegam ao Brasil, ampliando então o desejo dos verdadeiros patriotas da liberdade da Coroa Portuguesa. Conspirações por várias regiões começam a surgir, todas com um mesmo ideal: aplicar o sentido de República ao país, tentando então acabar com os abusos impostos pela Coroa Portuguesa. Salve! Todos os que deram suas vidas por sua pátria amada. Salve! A todos os que clamaram e lutaram por liberdade, mesmo que caindo em mais um golpe Português, sendo preso pelo Imperialismo de Dom Pedro. Enfim cores começam a surgir, assim como as ideias revolucionárias, apesar de ainda dominadas pelo poder de Portugal.

Ala 11: Conjurações, a revolta dos alfaiates.

SIGNIFICADO: A revolta dos alfaiates, ou Conjuração Baiana, era conhecida dessa forma por diversos profissionais deste segmento ter auxiliado a liderar tal revolução. Seu objetivo, assim como outras, era romper laços coloniais com Portugal. Os participantes possuíam ideias iluministas vindas da Europa, e conseguiu conquistar a elite Baiana, assim como os setores populares. Estes pregavam a emancipação do Brasil perante a Coroa portuguesa, defendiam a implantação da república, liberdade comercial, igualdade social e libertação dos escravos e aumento salarial dos escravos. Em agosto de 1798, membros da conjuração foram presos ao distribuírem panfletos nas portas das igrejas e esquinas das vielas, antes mesmo de o movimento estourar, assim como a Inconfidência Mineira. Ao serem ameaçados, foram delatando todos os outros. Estima-se que centenas foram capturadas, sendo quarenta e nove presos e enforcados, tendo suas cabeças expostas em praças.

FANTASIA: Representando então os alfaiates que deram nome à revolução, a fantasia é composta por calça balonet em tecido brilhoso lilás, sapato roxo acompanhado por meião listrado em lilás e branco. Camisa em cetim branco com gravata roxa funciona como base para a casaca lilás com sua parte interna, assim como gola em listrado em lilás com branco. Na borda da manga, uma barra também listrada seguindo o padrão da fantasia. Na ponta da lateral esquerda da casaca, as 6 estrelas símbolo da Bahia são bordadas em roxo. O chapéu lilás em belas abas de pontas bordadas em roxo. Saindo da parte superior, longas plumas roxas dão volume e requinte. O costeiro inteiro em “panfletos” branco envelhecido em formato de pergaminho, tendo um recaindo sobre o ombro direito. Em volta destes panfletos, plumas lilás dão volume à fantasia, deixando-a mais requintada e luxuosa.

Cor predominante: Lilás.

Ala 12: Conspiração dos Suassunas (Coreografada).

SIGNIFICADO: Nos anos de 1800, ideias francesas começaram a inundar cabeças pensantes da época, fazendo pensar em todos os problemas por qual o povo pernambucano passava. Baseado nestas ideias, Padre Arruda Câmara fundou uma sociedade secreta chamada Areópago de Itambé, ligada a Maçonaria. Com essas ideias democráticas, Padre Arruda uniu-se com os irmãos Suassuna, proprietários do Engenho Suassuna, que eram influenciados por ideais republicanos iniciando uma conspiração contra o governo local. Porém antes mesmo de porem planos em prática, estes foram denunciados e presos, pondo abaixo todas as ideias. Mais tarde vieram a ser soltos por falta de provas.

FANTASIA: Representando então o Sacerdote que deu origem à Conspiração apoiado pelos irmãos Suassunas, a fantasia é composta por um longo hábito de monge em bege com borda inferior e das mangas em tarucel de etafon revestidos em dourado representa o sacerdócio presente na conspiração. Nestes, ainda uma barra bordada também em dourado. Na cintura, uma faixa em dourado com estola caída. No peito um bordado com a Imagem do “Olho que tudo vê” representa a mistura católica com a Maçonaria. A gola com capuz possui mesmo acabamento de bordas seguindo mesmo trabalho de cores. Sapatos fechados em bege completam o figurino. Diante da coreografia, abre-se o velcro na parte da frente revelando um macacão em segunda pele em grandes listras verticais nas cores azul, branco e vermelho. O manto do hábito tem seu lado invertido se tornando nas cores da bandeira da França, ainda com os mesmos bordados em dourado. No peito no local do “Olho que tudo vê”, surge bordado o símbolo Maçônico. Este movimento revela em meio à conspiração a ação da Maçonaria e as ideias francesas, consideradas infames na época.

Cores predominantes: Bege e dourado/ vermelho, azul e branco.

Tripé 02: Revolução Pernambucana

SIGNIFICADO: Então mais uma vez Pernambuco é cenário de revolução social com intensões emancipacionistas. Estando então a opressão da Coroa cada vez pior, a fome e miséria local se intensificaram com a grande seca em 1816. Dessa forma mais uma vez o povo foi à luta tentar dar um basta nas condições precárias impostas pela Metrópole. Sacerdotes e civis se uniram com a intensão de um levante. Os revoltosos invadiram Recife e libertaram os presos políticos, fazendo com que o Governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro fugisse para o Rio de Janeiro. Assim os revoltosos empregaram um governo provisório, reduzindo os impostos e aumentando os salários dos militares.

Preocupado então com a possibilidade da revolta se ampliar em outras províncias, Don João VI organizou uma forte repressão militar contra os revoltosos. As tropas oficiais da corte invadiram Recife em 75 dias de batalhas, resultando na derrota dos revoltosos. Os líderes então foram presos e condenados à morte.

TRIPÉ: Representando então os revoltosos que organizaram o levante contra a coroa, o tripé é composto por três esculturas de aproximadamente 8,50m de altura. As esculturas laterais são padres e a do meio um civil. O chassi do tripé em formato orgânico possui em sua parte traseira o arco da bandeira de Pernambuco acompanhado do sol e a estrela.

À frente da alegoria então a cruz vermelha completa a presença da bandeira de Pernambuco. As esculturas e o chassi possuem revestimento em restos de madeira do barracão entre outros materiais recicláveis como galhos secos e esponjas naturais. A iluminação do tripé é toda em refletores de luz branca quente, valorizando então os materiais trabalhados.

Cor predominante: Marrom (madeira)

Ala 13: Revolução Liberal

SIGNIFICADO: Esta Revolução ocorreu na Europa, porém muito afetou o Brasil. Quando as tropas Napoleônicas atacaram a corte de Portugal, a Família Real embarcou em seus navios rumo ao Brasil. Portugal, com o auxilio da Inglaterra, conseguiu reagir ao ataque, mantendo o poder, porém Portos brasileiros e portugueses tiveram que ficar abertos, prejudicando a economia monárquica. A Revolução Liberal deu inicio em uma assembleia com o governo provisório em Lisboa aprovou nova Carta Constitucional que reduzia a autoridade monárquica, fazendo com que a Corte Portuguesa voltasse às pressas à Portugal, deixando então seu filho, D. Pedro para reorganizar o Brasil, com intensão de recolonização e distribuição política e econômica. Este feito teve grande influencia na Independência do Brasil.

FANTASIA: Representando então a fuga da Familia Imperial de Portugal, causando a Revolução Liberal, a ala é dividida em casais representando Dom João VI e Carlota Joaquina chegando ao Brasil após sua fuga. A fantasia de Dom João VI é composta por calça balonet em cetim branco bordado em dourado com meias e sapatos dourados. A camisa em tecido de estamparia brilhosa em branco e magenta dá base à casaca magenta com ombreiras douradas com pingentes pendurados. Uma faixa nas cores da bandeira portuguesa atravessa o tronco do componente por cima da casaca. Nas costas uma grande capa em veludo magenta com um poá de penas brancas por toda a borda da capa. Na mão a tradicional grande coxa de frango em acetato. Na cabeça da fantasia, tradicional penteado de Dom João VI com suas costeletas em canecalom branco. Em cima uma coroa em estrutura de ferro forrada por acetato prensado, bordado em pedrarias.

A fantasia de Carlota Joaquina é composta por uma grande saia armada com lateral e traseira em veludo magenta, e a frente em cortinado branco de voal. Sapato com pequeno salto em dourado com um pompom magenta na ponta. O corpete da fantasia em tecido magenta bordado com branco possui na frente o mesmo trabalho de cortinado em branco, acompanhando o padrão da saia. O corpete possui mangas longas com bordas boca de sino rendadas e bordadas em magenta e branco. A gola armada ultrapassando os ombros, todo em renda branca, possui trabalho de renda nas bordas também. Desta borda, varas de ferros curvadas e encapadas em dourado tem sua finalização um fuê de pompom magenta. Na cabeça, uma grande perucaria tradicional da época em canecalom branco. Maquiagem facial obrigatória com círculos rosa nas bochechas.

Cor predominante: Magenta.

Musas: Coroa por Coroa

SIGNIFICADO: Apesar de as cabeças pensantes da época já estarem ideias revolucionárias como a implantação de república, a Coroa Portuguesa não estava disposta de perder o poder do Brasil. Mesmo D. João VI sofrendo um golpe do próprio filho designado a cuidar das terras brasileiras, D. Pedro dá ao Brasil a tão sonhada independência, porém sem soltar as rédeas. O Brasil então se torna Império, controlada pelo então Imperador D. Pedro. Assim, no dito popular, trocaram-se seis por meia dúzia, uma vez que o Brasil continuou com grande ligação à Coroa Portuguesa.

FANTASIAS: Representando então a troca da coroa pela própria coroa, duas musas terão este sentido à frente da Alegoria da Independência. Ambas as fantasias possuem estrutura iguais, tendo apenas detalhes e cores diferentes. As fantasias são compostas por saia armada sem frente, com um biquíni em bordado dourado. Sandálias plataforma estilo gladiador bordadas em pedraria. A parte de cima contempla bustiê bordado em pedrarias representando a riqueza da coroa. Na cabeça, coroas portuguesas. O costeiro da coroa portuguesa, o brasão da coroa portuguesa com penas de faisão albino tingidas nas cores da bandeira portuguesa. Na fantasia da coroa brasileira, o Brasão do Império

Brasileiro, também com acabamento em faisões tingidos em verde, amarelo e azul. Cada fantasia segue as cores especificas de Portugal e do Brasil.

Cor predominante: Não definido.

Alegoria 04: Independência conquistada

SIGNIFICADO: A Independência do Brasil ocorreu em 7 de setembro de 1822 às margens no riacho Ipiranga em São Paulo por D. Pedro II. Após desacatar ordens vindas de Portugal para retornar ao seu país a pedido do povo, proclamou a frase “Independência ou morte!” dando liberdade politica e econômica ao Brasil, atendendo ao clamor do povo que aqui vivia. Além da autonomia politica e econômica, o desgaste econômico com restrições e altos impostos cobrados pela coroa portuguesa e a vontade de recolonização do território brasileiro também foram causas de tal ato.

D. Pedro tomou algumas medidas pré-independencia com o objetivo de preparar o país para tal processo, tais como: organizar a Marinha de guerra, convocar assembleia constituinte, determinou o retorno de tropas portuguesas, ter poder de reprovar medidas enviadas por Portugal e visitou cidades para acalmar os povos abrasados pela revolta. Ao receber a carta de Portugal em meio a sua viagem de Santos a São Paulo, exigindo seu retorno ao País Europeu, D. Pedro proclamou independência, se tornando então Imperador do Brasil.

O momento foi teoricamente registrado em uma pintura do artística Pedro Américo em 1888 na Itália, encomendado pela família real que investia na construção do Museu do Ipiranga. A verdadeira intenção da obra era ressaltar o poder Monárquico recém-instaurado no Império do Brasil. Existem evidencias de o quadro não ser uma descrição fiel do ocorrido em 1822, sendo estas:

Apesar de pintado sobre um Cavalo, naquela época D. Pedro utilizava Burricos e mulas para longas viagens, por serem mais resistentes;

A comitiva de D. Pedro em longas viagens era pequena; O calor local não permitia a utilização de uniformes de gala conforme o

representado; A casa pintada ao fundo veio a ser construída em aproximadamente 1884

(cerca de 62 anos após a proclamação); A localização geográfica do riacho Ipiranga se encontra no lado oposto

da realidade; Apesar de pintado com aparência de vitória, existem histórias que D.

Pedro estava com uma grande diarreia, parando então à beira do riacho para se recuperar;

A fauna e a flora local eram em grande proporção, além de existirem índios nas localidades.

ALEGORIA: A alegoria que representa a Independência do Brasil possui seu chassi em forma orgânica encerrando em uma frente circular de 8m de diâmetro. Nesta frente circular possui uma Coroa Imperial de 8,50m de altura flutuando em um espelho d’água. Saindo da frente desta coroa, uma escultura de 6,50m de D. Pedro montado em uma mula. Esta escultura é projetada em balanço à frente da alegoria. Nesta, D. Pedro em vestimentas simples, postura ereta, espada erguida na mão e chapéu na cabeça. Este trabalho em isopor modelado, revestido em fibra de vidro com pintura artística colorida em alto brilho.

Na parte superior da Coroa Imperial, um destaque representando a liberdade imperial, tendo seu costeiro baseado na Cruz Imperial. No centro da circunferência por dentro da coroa, uma ilha é palco para as composições que representam a guarda real, baseada na guarda utilizada por D. Pedro na época, e referenciada à guarda presidencial Dragões da Independência.

Na parte detrás do chassi, uma grande escadaria se inicia na forma orgânica, dando continuidade em formato circular. Toda esta escadaria, assim como toda a saia da alegoria, forma a flora local, sendo trabalhada em grandes folhas modeladas, formando uma grande massa de vegetal. No raio central desta escadaria, até a coroa, um riacho em quedas (Riacho Ipiranga) sem prolonga até o espelho d’água ao qual a Coroa Imperial repousa. No alto do riacho o segundo destaque da alegoria representa “O grito do Ipiranga”.

No primeiro piso da alegoria, saindo em meio às folhas grandes, índios escondidos em grandes moitas de espadas de São Jorge. As moitas de Espada de São Jorge, juntamente com a guarda Dragões da Independência e a imagem do Imperador em vestes vermelhas sobre o cavalo branco, popularmente, faz referencia a São Jorge (Ogum no sincretismo religioso), um dos principais santos protetores da nação brasileira. No decorrer da escadaria com folhas, saem as composições que representam a fauna diversificada na época por todo o Brasil.

A iluminação da saia da alegoria, assim como a parte da flora recebe iluminação em led verde. As composições da fauna, assim como os destaques, recebem iluminação branca quente. Na coroa, grandes canhões multicoloridos em led fazem uma grande dança de cores, dando movimento à grande escultura. Para dar destaque à água do riacho e do espelho d’água, iluminação branca fria destaca o movimento da água corrente na alegoria.

Cores predominantes: Verde e dourado.

COMPOSIÇÃO 01 (Mista): Nome – Índios da Independência; Historiadores acreditam que existiam índios na região do riacho Ipiranga, podendo então ter presenciado a proclamação da independência, escondidos.

A fantasia é composta por uma tanga em tecido de algodão cru ornado em penas coloridas. Colares em algodão cru e penas dão volumes na parte superior, desnuda. Na cabeça, cocar em estrutura de vime com grandes plumas em vermelho com três faisões albinos tingidos em azul pavão no centro do cocar. Tornozeleiras e punhos em algodão cru e penas coloridas fazem acabamento corporal, juntamente com a pintura indígena. Todas as composições descalças, e em meio ao maciço de espadas de São Jorge.

Cores predominantes: Nude e vermelho.

COMPOSIÇÃO 02 (Mista): Nome – Dragões da Independência; Os dragões da independência (atualmente a guarda presidencial do Brasil), é a guarda de D. Pedro, presente nas suas viagens e na proclamação. Estas composições coreografadas fará movimentos de reverencia à corte, proclamação da independência, atos de revolta (clamor popular) e de guarda real.

Sendo a fantasia inspirada na pintura de Pedro Américo (Grito da Independência – 1888), a vestimenta é composta por calça em cetim branco com botas em cano logo, couro sintético preto. A camisa em manga comprida da fantasia (uniforme da guarda) em cetim branco possui grande abotoadura em dourado centro da vestimenta. As bordas das mangas e gola decoradas em bordados em dourado e vermelho. Atravessando o tronco, a faixa imperial tradicional da guarda.

A cabeça da fantasia é composta por um capacete de acetato com plumagem vermelha, e canecalon em queda do centro do capacete com 0,50m de comprimento em queda. Nas mãos, luvas brancas e uma espada em acetato prata e dourado. Na altura da cintura, um burrico com estrutura de vime e acabamento em pelúcia baixa marrom. Preso por suspensórios é pendurado por baixo da camisa da fantasia.

Cores predominantes: Branco e marrom

COMPOSIÇÃO 03 (Mista): Nome – Fauna; Apesar de não estar registrado na pintura da proclamação da independência, estudos mostram que a fauna e a flora da região do Ipiranga ainda eram intensas em 1822. Os componentes apresentam a realidade contada pelos estudos no momento do ato.

As composições são compostas por fantasias de animais da fauna local, sendo representadas pela Arara azul, mico, raposa e a onça. As fantasias possuem macacão em malha como segunda pele na cor apropriada para cada animal, acompanhada por sapatilha de mesma cor. A arara azul possuirá gola com asas que vão até as mãos, em penas azuis, assim como suas saias com o rabo. Os outros animais possuem golas em pelúcia longa nas cores apropriadas, assim como as saias com rabos de acordo. As cabeças das fantasias serão em espuma com acabamento em pelúcia ou pena, de acordo com o animal representado.

Cores predominantes: Arara azul – azulOnça – pardo com manchasRaposa – MarromMico – Dourado e pardo

DESTAQUE 01 (feminino): Nome – Independência Imperial; Representa a liberdade do povo brasileiro em relação à Coroa Imperial. Estará localizada na parte superior da Coroa.

A fantasia é um longo vestido de gala em tom bordô (cor de luxo para o império), inteiramente bordado em pedrarias. A estrutura da saia funciona como estrutura de segurança do destaque, em ferro forrado. Na cabeça uma Coroa dourada cravejada em pedrarias representa a “Coroa Imperial”. Seu costeiro, estruturado no queijo, é um grande trabalho em metal trançado dourado cravejado com pedrarias, sendo coroada com a cruz imperial da Corte Portuguesa.

Cores predominantes: Bordô e dourado.

DESTAQUE 02 (feminino): Nome – O grito do Ipiranga; Representa a proclamação de D. Pedro, conhecida como o grito da Independência, também apresentado no hino Nacional (“Ouviram do Ipiranga às Margens plácidas”).

A fantasia é um longo vestido em corte A, em bordado escamado em degrade azul claro ao verde folha, tendo o efeito das cores de baixo para cima, sendo a destaque coroada com uma cabeça em grandes plumas verdes com faisões albinos tingidos também em verde. Este efeito liga o início do riacho do Ipiranga a sua real paisagem, cercada pela fauna e pela flora. A estrutura da saia funciona como estrutura de segurança do destaque, em ferro forrado.

Cores predominantes: Verde e azul (degrade).

SETOR 04: “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce Se em teu formoso céu, risonho e límpido A imagem do cruzeiro resplandece”

SIGNIFICADO: Brasil, país de sonhos intensos. O quarto setor na escola luta contra a monarquia imposta no Brasil. O povo, com ideais republicanos começam a sonhar então com um país mais justo e democrático, onde todos possuem direitos. Em cores mais quentes as alas representam com mais intensidade a briga do povo sofrido contra o luxo da coroa de tirar dos pobres para alimentar então os ricos. E assim passam a lutar por este sonho, que mantido de forma intensa permitiu chegar ao fim com louvores, proclamando então a República. Assim, o dia 16 de novembro amanheceu mais leve, o céu risonho e límpido finalmente refletiu o desejo do povo realizado.

Ala 14: Cabanagem

SIGNIFICADO: Com a Independência do Brasil, em nada melhorou a vida no Norte do país. A Província de Grão-Pará se recusava a subordinar ao Império de D. Pedro, exigindo ordens da Coroa Portuguesa. Vivendo em plena miséria, os que vieram a ser chamados de Cabanos (por serem obrigados a viver em cabanas de barro na beira do rio) começaram a se revoltar contra o governo local, iniciando um conflito. Conseguindo então dominar a atual situação, foram executados cinco homens para servir de exemplo, porém não foi o suficiente para o autoritarismo e crueldade do comandante Greenfell. Mandou aprisionar os 253 suspeitos de participação no porão do Navio Brigue “Palhaço” por tempo indeterminado. Contam registros que o caos no porão, unidos com fome, falta de ar e calor intenso resumia em gritos tortuosos que tomavam toda a província. Para completar, derramou sobre os prisioneiros uma intensa nuvem de cal vivo, torturando, sufocando e consumindo todos. Apenas um conseguiu sobreviver a tal massacre que ficou conhecido pelo mundo inteiro. Este veio a ser o início desconhecido da Cabanagem, que era mais que um pedido de socorro, mas também um grito de vingança. Durante o longo conflito da cabanagem, os cabanos chegaram a tomar o poder, porém com traição de um dos líderes, e intensas investidas dos soldados imperiais, os cabanos não resistiram no poder. Com outros vários massacres, estes foram devorados mais uma vez pelo poder da coroa.

FANTASIA: Representando então estes guerreiros a fantasia é composta por calça em tecido brilhoso laranja com penas na altura do joelho com borda repicada. Por baixo desta borda, uma camada de tecido brilhoso repicado em cor telha. Na cintura um drapeado com o mesmo tecido brilhoso cor telha. A sandália aberta com duas tiras na cor laranja. Parte superior, um colete aberto sem manga em tecido brilhoso cor telha. Na cabeça, a representação do Navio Brigue Palhaço em espuma com a carcaça cor telha e as velas em tecido cru. O costeiro possui acabamento no entorno do pescoço em “palha cor telha”, recebe uma camada emplumas laranjas, e acabamento em volta com penas de

faisão albinos tingidos em cor telha com fuês laranjas. Os punhos em drapeado laranja com bordado, sendo na mão esquerda pendurada um facão em acetato usado na revolta.

Cores predominantes: Laranja e telha.

Ala 15: Revolução Farroupilha

SIGNIFICADO: A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi mais um levante de insatisfação contra o Governo Imperial, levando então ideais Republicanos. Seu líder, Bento Gonçalves, chegou a ser preso e mesmo assim assumiu a presidência em meio a vitórias dos Farrapos. Suas lutas estavam voltadas ao pedido de independência regional, não sendo autorizado pelo Império. Em 1842, o Império designou Duque de Caxias para que encerrasse de vez as batalhas, assim de uma vez por todas enfraquecendo os Farrapos, que acabaram aceitando o acordo Imperial. Alguns foram os que ficaram marcados na história da Guerra dos Farrapos, mas a personagem que mais se destacou foi Anita Garibald, descendente de espanhois guerreira, se tornou uma das figuras mais importante aos Farrapos. Lutou até o fim da revolução ao lado de seu amor Giuseppe Garibaldi. Ao fim da guerra, viajou com seu novo marido até a Itália pela libertação local. Apesar da derrota dos Farrapos, Anita se tornou símbolo de luta e esperança para todo o país.

FANTASIA: Representando então Anita Garibald a fantasia é composta por longo e pregueado vestido em marrom brilhoso com mangas ¾ afofadas com elástico nas bordas, cinturado com uma faixa em tecido vermelho brilhoso em um nó. Botas de cano curto em vermelho completam características das vestimentas do sul do país. A gola aramada é composta por tecido brilhoso em vermelho com renda por toda a borda. A finalização da gola se dá a faixa vermelha em nó com mesmo padrão da cintura. Na cabeça, um chapéu redondo de abas não tão compridas em vermelho possui um trabalho em plumária vermelha. O costeiro é composto por oito hastes com fuê em pompom vermelho com a bandeira Farroupilha pendurada.

Cores predominantes: Marrom e vermelho.

Ala 16: Sabinada e Balaiada

SIGNIFICADO: Outras revoltas foram acontecendo espalhadas pelo Brasil com o mesmo sonho de liberalismo e tentativa de independência. Cada região com seus motivos, mas todos com o mesmo objetivo. A Sabinada, que ocorreu na Bahia, estourou após a Guarda Imperial exigir novos recrutamentos para a Guerra dos Farrapos. A Balaiada no Maranhão estourou após a queda do comercio de algodão. Ambas, a exemplo da Cabanagem, tomaram proporções razoáveis, mas todos passaram a sofrer repressões, não permitindo então o sucesso das missões.

FANTASIA: Representando as duas revoltas, a ala será dividida ao meio com duas fantasias. A fantasia representando a Sabinada, sendo os soldados recrutados por obrigação, será composta por calça comprida em cetim branco, sapato fechado preto, a camisa em cetim azul royal com botões possui suas bordas em vermelho e grandes ombreiras em dourado com franja. Uma faixa branca traça a diagonal da farda indicando soldado oficial. Na cabeça, um chapéu trapezoidal invertido em azul royal possui intenso bordado em dourado e plumas vermelhas a sua frente.

Representando a Balaiada, sendo então os trabalhadores com o algodão, a fantasia é composta por calça dobrada no joelho em cetim branco, camisa em tecido listrado amarelo possuem suas mangas dobradas em ¾ e é cinturada por um cordão de São Francisco. Sandálias abertas em amarelo completam a vestimenta. Na cabeça um grande chapéu amarelo com abas longas tradicionais dos trabalhadores em plantações. Nas Costas, um grande cesto em vime trançado com algodão sintético finaliza a fantasia.

Cores predominantes: Azul royal, amarelo e branco.

Ala 17 (Passistas): Revolta do Vintém

SIGNIFICADO: A Revolta do Vintém ocorreu na Capital do Rio de Janeiro em 1879 por causa do reajuste da passagem dos bondes de tração animal para o valor de 20 réis (um vintém). Assim a população se reuniu em frente ao Palácio Imperial para uma grande manifestação. No primeiro dia do próximo ano, data em que passaria a valer o reajuste, novas manifestações em maiores proporções tomou a Capital, exigindo apoio do exercito. Os manifestantes mataram animais que puxavam bondes e machucavam os motoristas dos bondes. Os soldados revidavam com balas. Aos poucos os manifestantes foram dispersos, porém deixando uma dezena de mortos e feridos. Com a pressão da manifestação, as autoridades voltaram atrás, cancelando o aumento da tarifa.

FANTASIA: Representando então os motivos da Revolta do Vintém a fantasia das passistas é composta por sandália prata estilo gladiadora, biquíni feito de “moedas” de vintém bordada em brilho prata. O busto segue o padrão do biquíni em moedas de vintém bordada em brilho. O esplendor é feito com o brasão inspirado na própria moeda. A sua volta, penas de faisão albino tingido em vermelho. Em meio aos faisões, hastes com grandes moedas de vintém em acetado bordado, prata. A cabeça, base em metal revestido de prata brilhoso é a estrutura para um bonde puxado por dois cavalos de em acetato vermelho bordado em vermelho e prata. Coroando a cabeça, penas de faisão albino tingidos em vermelho. Nos punhos base em moedas de vintém bordadas em prata, um grande leque em penas de faisão albino vermelho, e então 5 moedas de vintém em acetato penduradas em diferentes tamanhos.

Cores predominantes: Prata e vermelho.

Ala 18 (Bateria): Liberdade ainda que tardia

SIGNIFICADO: A abolição iniciou através de diversas atitudes sociais contra a utilização de escravos no Brasil. Com pensamentos abolicionistas, comerciantes passaram a contratar assalariados, indústrias começaram a surgir, dentre outras atitudes. Aos poucos os negros foram conseguindo sua suposta liberdade. Em 1888 então finalmente Princesa Isabel, filha de D. Pedro II, assinou a Lei Áurea cujo libertava todos os escravos. Contam os historiadores que o motivo pelo qual Princesa Isabel assinou o documento, foi ter se apaixonado por um negro. Atualmente, a liberdade adquirida em 1888 é motivo de crítica, uma vez que em pleno século XXI a cor da pele ainda é motivo de preconceito e desigualdade.

EVOLUÇÃO: A bateria vem no quarto setor da escola representando a liberdade dos escravos entrará no recuo, saindo então à frente da última alegoria da escola. A fantasia permite então sua segunda leitura atual indicando que mesmo com o documento assinado e tendo se passado mais de 120 anos, nem todos conseguiram a liberdade verdadeira mesmo nos dias de hoje, com essa injusta desigualdade.

Então a frente das cabines de jurados, os 10 atabaques da bateria envolve a Rainha de Bateria representando a Princesa Isabel e um dos integrantes em meio a dança da liberdade, além de coreografia e quatro bossas apresentadas.

FANTASIA: Representando os escravos que conseguiram a liberdade tão desejada, os ritmistas da nossa bateria vestirão uma fantasia composta por um macacão em malha marrom escuro como segunda pele, com pintura imitando músculos do corpo. Calça em juta com brilho, tendo então um cinto largo em correntes douradas, com correntes presas da cintura à borda da perna. A sandália é aberta com tira presa atrás em dourado. Na gola, aramada, um trabalho em tecido estampado branco com marrom e trabalho com correntes de plástico em dourado. A borda da gola em tarucel de etafon revestido em dourado, também com trabalho em correntes douradas. A cabeça, formato trapezoidal invertido com as bordas em tarucel dourado e um grande trabalho com correntes de plástico dourado. Acima grande plumária crua com topo em faisão cru com fuê branco. Punhos e tornozelos em acabamento dourado com correntes presas.

Cores predominantes: Marrom e dourado.

RAINHA DE BATERIA: Nome – A princesa da liberdade; Representando então Princesa Isabel, filha de D. Pedro, princesa que assinou a Lei Aurea libertando os escravos a fantasia é composta por um biquíni em pedraria bordada curto com saias laterais em voal rosa bordado em dourado. A partir deste biquíni, sobe um corpete em pedrarias bordadas em tom de rosa até a base dos seios. Nos seios um “broche” em joia. No pescoço um grande colar em pedrarias rosa e douradas. O costeiro da rainha possui sua base em pedrarias rosa, saindo então grande base em longas penas de faisão albino tingidos de rosa. Em meio às penas de faisão, 8 hastes com correntes douradas caem sobre as costas da rainha. Na cabeça uma grande base em dourado com pedrarias é

coroada com penas de faisão albino tingido de rosa. A sandália estilo gladiador em dourado é toda bordada em pedraria rosa. Nos punhos, trabalho em metal dourado bordado com pedrarias rosa, saindo então um grande leque em penas de faisão de mesmo tipo do costeiro.

Alegoria 05: Golpe Militar – O baile do “pé na bunda”.

SIGNIFICADO: A Monarquia brasileira já sofria com o descontentamento da população do país, porém entrou verdadeiramente em crise a partir do momento em que começou a interferir em outras autoridades do país, tais como a igreja católica e o exército militar, além de corrupção da corte e reprovação de fazendeiros e comerciantes. Durante todos esses problemas, D. Pedro ficou doente, se afastando ainda mais do poder da Monarquia, permitindo então que o movimento Republicano crescesse pelo país. Então em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca com apoio dos republicanos demitiu o conselho de Ministros e seu presidente. Na noite deste mesmo dia, o marechal assinou o manifesto proclamando a república iniciando ou governo provisório, dando fim então à monarquia no Brasil após 67 anos.

Sabe-se que a monarquia vivia de forma exagerada e fútil, sempre necessitavam de grandes festas e acontecimentos. Criticando então esta maneira de vida desnecessária, nesta grande ironia a proclamação da República é comemorada com um grande Baile estilo português ao qual a corte leva um pé na bunda, perdendo então o controle nacional.

ALEGORIA: Representando então um grande baile colonial, a alegoria possui forma rígida e arredondada, todo com balaústres coloniais em dourado. Toda a base da alegoria possui pintura em réplica de mármore vermelho, como construções portuguesas da época. No centro, um salão de baile em formato circular com 6m de diâmetro, em piso de mosaico em tons de branco, cinza e preto. Quatro colunas barrocas douradas com abóbodas também barrocas formam o suporte para um grande lustre dourado com cristais aceso. Estas abóbodas formam o suporte para o Destaque da alegoria, representando o Imperador destronado. Nas laterais deste salão, mais uma coluna em cada lado possui sua abóboda em balanço projetada para fora do salão com lustre em dourado com cristais.

O salão possui acesso pela frente da alegoria com uma escada imponente em pintura de mármore com carpete vermelho, e a parte detrás com escada em madeira comum (representando a saída dos fundos) Em cada ponta dessas escadas, postes iluminados barrocos em dourado com 5 cúpulas em cada. No salão as composições executam coreografia. Nas maiores varandas, duas na frente e duas atrás, esculturas douradas de militares colonos em cavalarias e colunas com abóbodas projetadas com lustres dourados com cristais. Estas colunas também estão presentes nas laterais.

Nas varandas laterais, composições de colonos portugueses, e nas varandas da frente militares da época. As varadas da traseira da alegoria ficam vazias para a execução da coreografia com a retirada dos portugueses do salão. Todo o piso da alegoria possui forro de carpete vermelho, demonstrando luxo da corte portuguesa. Toda a alegoria possui muitos refletores em led branco quente, valorizando o trabalho de pintura e dourado da alegoria.

COMPOSIÇÃO 01 (Mista – 4 casais): Nome – Corte Imperial do pé na bunda; Representando então a corte portuguesa em noite de gala, as mulheres estarão vestidas com grandes saias armadas em ferro com sobreposição de Chita estampada com tecido aveludado liso. O corpete com a frente na mesma chita estampada e completada com o tecido aveludado, possuindo mangas bufantes com renda nas bordas e da gola. Grandes colares com bordados em pedraria dão imponência na vestimenta. Na cabeça, grande perucaria branca em canecalon branco com brilhos. Em uma das mãos um grande leque com bordado em pedraria e a borda em plumas brancas.

O homem vestirá calça balonê em tecido aveludado em combinação com a dama. Meia em tecido estampado com sapato pontudo da mesma cor do tecido aveludado. Uma camisa em estamparia em combinação com as meias possui acabamento em renda. Uma grande casaca em tecido aveludado é finalizada em grande manga bufante com acabamento em estamparia. A borda da manga possui finalização em renda branca. Na cabeça, perucaria em Chanel com ponta encaracolada, e grande chapéu aveludado de mesma cor da vestimenta aveludada com finalização em plumas brancas.

Na traseira de ambas as fantasias estarão estampadas a sola de um sapato em preto representando então o chamado “pé na bunda” dos portugueses na era imperial. A coreografia da composição evolui em um baile tradicional, até a subida dos militares

tomando conta do salão, obrigando então a retirada dos Imperiais pelos fundos do salão, sendo então pela escada de madeira.

Cor predominante: Não definido.

COMPOSIÇÃO 02 (Mista – casais): Nome – Corte do pé na bunda; Representando o restante da corte imperial, a fantasia das composições segue o padrão das fantasias das composições um, mantendo a variação de cores e também a estampa de sola na traseira da fantasia.

Cor predominante: Não definido

COMPOSIÇÃO 03 (Masculino): Nome – Militares no poder; Representando os Militares que tomaram o poder proclamando a República. A fantasia é composta por calça em tecido aveludado azul royal bordado em dourado, bota cano alto em preto. A grande casaca em tecido aveludado azul royal é cinturado por um cinto em dourado. A casaca possui gola alta em grande bordado dourado e botões duplos dourados. Nas bordas das mangas, grande bordado em dourado. Ombreiras douradas com franjas completam a casaca. Na cabeça um grande chapéu em aveludado azul royal possui plumas brancas.

Estes militares possuem coreografia em concordância com a composição 01, onde os militares tomam posse do salão principal proclamando a República, e expulsando a corte imperial pelos fundos do baile.

Cor predominante: Azul royal.

DESTAQUE: Nome – Imperador destronado; Representando de forma cômica D. Pedro II, destronado para a proclamação da República, a fantasia é composta por calça dourada com bordado em pedraria, sapatos dourados. A casaca em dourado bordada em pedraria com gola alta. No peito esquerdo, medalhas em dourado e bronze com fitas. Completando a casaca, ombreiras douradas com franjas e botões duplos. Faixa em verde e amarelo cruza o peito do imperador, que recebe na cabeça uma coroa dourada em pedraria. Dando o sentido cômico do destaque, este fica sentado em uma base “invisível” escondida por dentro da calça, dando impressão de estar sentado em um trono que foi retirado. O costeiro preso na própria base acima das abóbodas, o contorno do brasão Imperial em estrutura metálica dourada com pedraria, e toda a borda em plumas metalizadas em dourado e acabamento em plumas brancas.

SETOR 05: “Gigante pela própria natureza És belo, és forte, impávido colosso E o teu futuro espelha essa grandeza”

SIGNIFICADO: O gigante não cansa de lutar por um futuro mais brilhante. O quinto setor traz as primeiras revoltas após a Proclamação da República, cuja realidade em pouca coisa mudou no país. A desigualdade social estava cada vez mais agravada, cidades em grandes colapsos e governantes pouco interessados. Em tons mais sóbrios o setor mostra a lucidez da população em sua causa e a vontade de construir um futuro melhor aos seus.

Ala 19: Revolução Federalista

SIGNIFICADO: Esta revolução foi uma Guerra Civil após proclamação da República contra o governo de Júlio de Castilho no Rio Grande do Sul. Assim os Federalistas iniciou uma disputa sangrenta para a tomada de poder. Esta veio a dar origem à Revolta Armada.

FANTASIA: Representando os Federalistas, a fantasia é composta por calça larga com elástico na borda em cetim branco. A sapatilha em branco. A blusa de cetim branco, também larga bordado em paetê prata e cinto prata. Lenço vermelho brilhoso amarrado na gola. O esplendor é uma mão fechada em espuma (símbolo do federalismo) com um lenço em tecido vermelho saindo da mão. Em volta da mão, plumas brancas.

Cor predominante: Branco.

Ala 20: Revolta da Armada

SIGNIFICADO: A revolta armada inicialmente foi uma grande represália ao governo de Marechal Deodoro da Fonseca e ao seu vice Marechal Floriano Peixoto. A população e militares pegaram em armas iniciando uma verdadeira Guerra sangrenta. Em sua segunda parte, os revoltosos tentaram obrigar Marechal Floriano Peixoto convocar nova eleição, porém o presidente conseguiu ir abafando o movimento com auxilio de tropas de São Paulo.

FANTASIA: Representando a revolta a fantasia é composta por uma calça prata com sapatilha prata. Na parte de cima, uma camisa em malha branca é fundo para a camisa em “balas de armas” feitas com resto de alumínio. Na cabeça, um elmo em prata com plumas brancas. O costeiro possui 5 armas em acetato prata intercalados com hastes com faixas presidenciais rasgadas. Nos punhos, acessório em prata com bordado de paetês.

Cor predominante: Prata

Ala 21: Guerra de Canudos

SIGNIFICADO: Os habitantes de Canudos, mesmo com a proclamação da República, continuavam sofrendo com a escarces de comida, com a seca do sertão e o desleixo dos governantes. Influenciados por Antônio Conselheiro que acreditava ser emissário de Deus para acabar com a desigualdade social, o povo iniciou a batalha para coagir o governador da Bahia, porém acabaram massacrados por um exercito de 10 mil homens.

FANTASIA: Representando Antônio Conselheiro, quem iniciou a revolta, a fantasia é composta por uma grande túnica em tecido brilhoso azul claro, cinturado por um cíngulo prata. Na cabeça uma grande peruca com barba em canecalom branco enrolado. Na mão, seu cajado em estrutura de madeira encapada de prata. O costeiro é uma grande cruz em acetato azul em tom mais escuro bordado em paetês. Nos pés uma sandália aberta em prata.

Ala 22: Revolta da Vacina (Coreografada).

SIGNIFICADO: Com o crescimento desordenado da Capital Rio de Janeiro, tendo então suas áreas pobres em total precariedade, iniciou grandes problemas de salubridade, tais como diversas epidemias como a varíola. A população não compreendia todas as ações do governo como a campanha de vacinação e a destruição dos cortiços, e então iniciaram um levante popular conhecido como revolta da vacina. A revolta foi controlada com força policial deixando 30 mortos, 100 feridos e várias pessoas presas e deportadas.

FANTASIA: Representando a população pobre que sofria com a falta de informação e a insalubridade do Rio, a fantasia é composta por calça branca em cetim, sandália aberta branca. Uma camiseta estilo bata em camadas azul pavão com bordado em paetês. Na blusa, baratas, vermes e ratos em borracha ficam pendurados representando a insalubridade. Na cabeça, em meio à plumas azul pavão, os mesmos bichos se amontoam. Na mão uma grande vacina em acetato. Na coreografia, o povo aplica essa vacina no componente ao lado, em outro momento, fazem grande revolução.

Alegoria 06: Revolta da Chibata

SIGNIFICADO: No início do século XX, os marinheiros brasileiros eram submetidos a trabalhos pesados, baixos salários e péssimas condições de trabalho. Como se não bastasse tal caos, membros de patentes inferiores torturados e presos em câmaras de isolamento. Em 1910, ao comando do Marujo João Cândido, negro e analfabeto, os marinheiros tomaram as embarcações, exigindo ao presidente Hermes da Fonseca melhorias, folga semanal e a abolição dos castigos. Caso não aceitassem as exigências,

bombardeariam a capital. Percebendo a seriedade da revolta, o presidente acatou as exigências sem punir os envolvidos na revolta.

ALEGORIA: A alegoria numero 6 representa a tomada das embarcações nacionais pelos marinheiros rebeldes. O chassi do carro possui formato de embarcação, tendo seu primeiro andar em escadarias de 4 pisos em acabamento de tecido drapeado para efeito de mar e espumas. Em meio a estas escadarias, esculturas de corais completam o cenário marítimo. Nestas, 140 composições coreografadas farão efeitos de águas revoltas ao redor de uma grande embarcação.

Um dragão marinho negro percorre o centro da alegoria como se carregasse a embarcação nas costas. A referência do dragão vem da canção de Aldir Blac Candido, chamada Mestre Sala dos mares, censurada pelos militares. Na canção, Aldir Blac Candido se refere João Cândido (Marinheiro que comandou a revolta) como Dragão do mar, almirante negro Este dragão possui um total de 25 metros de comprimento, sua cabeça se projeta além do chassi, assim como sua calda. Além de ambos possuírem movimentos.

Acima do dragão, uma fragata tradicional da marinha, totalizando cerca de 12 metros de altura da alegoria. Nas laterais da embarcação, imagens originais dos marinheiros participantes da revolta são esculpidas e ornadas. Sobre o navio, composições de marinheiros dão a sensação de terem tomado o navio. Pendurados de ponta cabeça na lateral da alegoria, nove composições de capitães, demonstram fraqueza. Estes serão convidados de uma trupe. Sobre a cabine de comando do navio, o Destaque representa João Cândido, e abaixo, mais um capitão pendurado de ponta cabeça. Embaixo da cabine, uma imagem de João Cândido esculpida em gesso e fibra de vidro, pintadas em preto e prata. Em cima das três chaminés do navio, estarão três semi destaques chamados de Marujos da Chibata.

A iluminação da saia interna da alegoria será em neon azul royal, dando sentido de flutuar na pista. A escadaria possuirá canhões de luzes brancas para iluminação da embarcação, dos corais e dos detalhes da saia. Esta terá como auxilio os leds presentes

nas fantasias das composições. O dragão, além de iluminado por canhões de luzes brancas, também possuirão lâmpadas de flash strobo, piscando por toda a escultura. Toda a embarcação possuirá canhões intercalando luzes azuis e brancas, e nas composições e destaques, refletores brancos.

Para completar como efeito surpresa, todo o movimento da embarcação sendo carregada pelo dragão em meio às águas revoltas apresentadas pela coreografia das composições, 10 máquina de bolhas de sabão estará distribuída nas escadarias da alegoria, dando toque de sofisticação e surpresa.

Cor predominante: Branco e azul

COMPOSIÇÃO 01 (Mista, 140 composições): Nome – Mar Revolto; As composições formarão o mar que envolve a embarcação tomada pelos marinheiros na Revolta da Chibata. Estas composições se localizarão nas escadarias no piso da alegoria, se distribuindo de intercaladamente, para efeito de ondas na coreografia. A fantasia contará com uma saia longa de tecido voal azul com matizados em tons mais escuros. Esta saia vai além do piso, tornando acabamento do espelho da escada. Uma segunda pele azulada em malha justa cobrirá toda a parte superior do troco e luvas de mesmo material e cor, servindo de fundo para uma grande casula em voal azul com matizados mais escuros e bordados brilhosos. Por cima deste voal, tecido transparente com efeito furta-cor completará o efeito de água. Toda a borda desta grande casula terá acabamento em fita de led azul, que em movimento fará parte do efeito da saia. A cabeça da fantasia possui um escamado bordado detalhado, e é coroado com longas faixas de tecidos aramados moldados e bordados.

Cor predominante: Azul

COMPOSIÇÃO 02 (Masculino, 14 composições): Nome – Marinheiros Revoltados; Composição que representam os marujos que tomaram as embarcações será composta por tradicional farda marinha do século XX em cetim , calça, sapatos e camisa brancas bordadas em prata, pala amarrada no pescoço em azul marinho com bordado e na cabeça o tradicional Caxangá branco, com uma âncora bordada na frente. O esplendor da fantasia terá apoio de ombros, composto por uma boia vermelha e azul central com chibatas penduradas. Todo entorno da boia em longas plumas brancas.

Cor predominante: Branco

COMPOSIÇÃO 03: (Masculino, 9 composições): Nome – Capitães rendidos; Representando o poder rendido dos capitães das embarcações tomadas. Será utilizada farda tradicional de Capitão em cetim bordado, com calça e sapatos brancos e camisa azul marinho em cetim brocado bordado em dourado, tendo ombreiras douradas. O quepe em azul bordado de dourado será preso com elástico, uma vez que a composição estará pendurada em cordas tradicionais. O equipamento de segurança estará escondido por baixo da fantasia.

Cor predominante: Azul marinho

SEMI DESTAQUE 01(Masculino, 3 semi destaques): Nome – Marujos da chibata; Estes representarão a força dos Marujos. Suas fantasias serão compostas por calça de linho brancas e sapatos brancos. Fantasia sem camisa, com a pala em azul marinho bordado amarrado no pescoço. Na cabeça o tradicional Caxangá branco com uma âncora bordada na frente. O esplendor da fantasia terá apoio de ombros, composto por uma boia vermelha e azul central. Todo entorno da boia em longas plumas brancas e faisões crus.

Cor predominante: Branco

DESTAQUE: Nome – João Cândido, o revolucionário da chibata; Representando o Marujo que comandou a Revolta da Chibata, o destaque trajará uma farda oficial de marujo inteiramente bordada em branco com pequenos detalhes em azul marinho, a pala também bordada. Sua cabeça esplendorosa com o Caxangá em meio a plumas azul. Seu costeiro de 2m x 1,5m possui uma ancora trabalhada em pedrarias no centro com um grande trabalho em plumas brancas e azuis, e trabalhos com faisão albino tingido em azul.

Cor predominante: Branco e azul

SETOR 06: “Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil Ó pátria amada!”

SIGNIFICADO: O amor a pátria amada jamais deixará de existir. Mesmo em tempos escuros, vivendo em um país preto e branco, a esperança nunca deixa de existir. Esperança essa verde e amarela que brilha sempre no peito do povo brasileiro, dando forças para lutar. As mudanças conquistadas eram apenas ilusão, mas o brilho da nação não permite que esta terra adorada viva nas trevas, pois entre outras mil, és tu Brasil, a pátria amada do povo.

Ala 23: Coluna Prestes

SIGNIFICADO: A coluna prestes foi movimento liderado por militares contra a república velha. O primeiro levante ocorrido no Rio de Janeiro recebeu nome de Tenentismo. Logo após ocorreu em São Paulo, e assim em outras regiões do Brasil. Assim, estes grupos de todo o Brasil se reuniram e Foz do Iguaçu e partiram em uma caminhada por todo o Brasil. Ao finalizar sua peregrinação pelos 11 estados percorridos, o grupo se desfez, encerrando a Coluna Prestes.

FANTASIA: Representando então a coluna prestes a fantasia será composta por calça em cetim preto com sapato fechado preto, camisa em cetim branco com terno em cetim preto. A gola servirá de apoio para a grande ombreira em forma de libra rudimentar onde um lado estará um peso escrito republica velha e do outro um peso com o símbolo comunista em prata. A cabeça da continuidade à estrutura com a modelagem em espuma da cabeça de Miguel Costa Prestes com a boca vedada. Nesta venda a palavra voto se encontra, representando o desejo do voto secreto.

Cor predominante: Preto.

Ala 24: Revolução de 1930 (Coreografada)

SIGNIFICADO: No ano anterior (1929), uma grave crise afeta o mundo inteiro, atrapalhando a exportação do café no Brasil, fazendo com que trabalhasse uma politica de reorganização econômica nacional. Com uma fraude eleitoral, Júlio Prestes é eleito presidente do Brasil, vencendo então Getúlio Vargas. Com o caos econômico o Brasil novamente entra em conflito, o governo impopular enfraquece, permitindo então um golpe de estado com a posse de Getúlio Vargas no ano de 1930.

FANTASIA: Representando então a “dança das cadeiras” que ocorreu com o golpe de estado ocorrido em 1930, a ala será dividida em duplas que carregaram a cadeira presidencial, realizando a coreografia da dança das cadeiras. Representando o presidente

eleito, Julio Prestes, da república velha, a fantasia em verde escuro composta por calça em cetim, sapato fechado bicolor verde e branco e terno em estampado verde brilhoso. Na cabeça máscara meio rosto em látex imitando a face de Júlio Prestes, possibilitando o integrante cantar. Completando, uma faixa em verde e amarelo com o nome Júlio Prestes escrito.

Representando então o presidente que tomou posse, Getúlio Vargas, a fantasia em preto composta por calça em cetim, sapato fechado bicolor preto e branco e terno brilhoso em preto. Na cabeça máscara meio rosto em látex imitando a face de Getúlio Vargas, e completando, uma faixa verde e amarelo com seu nome. Esta ala possui como adereço a cadeira presidencial, sendo ela em dourado trabalhado, com o símbolo da República estampado em seu encosto.

Cores predominantes: Preto, verde e dourado.

Ala 25: Golpe Militar de 64

SIGNIFICADO: O governo do Brasil na época estava um caos e a inflação altíssima. Com isso os movimentos sociais começaram a tomar novas forças. Os líderes estudantis clamavam pelo fim do analfabetismo e exclusão social. Com o governo enfraquecido foi fácil os Militares tomarem o poder. Com os Militares no poder, grande momento de censura e abuso de poder. Iniciou então a Ditadura Militar, tentando calar com balas e torturas o clamor do povo guerreiro.

FANTASIA: Representando a repressão militar sobre o povo a fantasia é composta por meia calça listrada em preto e branco, sapato fechado preto, bermuda em cetim preto com bordas dobradas. A camisa de manga longa estampada é dividida onde metade direita do corpo da blusa é a estampa da bandeira nacional e o lado esquerdo listrado em preto e branco. A manga direita listrada em preto e branco com o punho em preto. A manga esquerda em estampa da bandeira nacional também com punho preto. Traçado no tronco do componente uma faixa branca com a escrita “censurado”. Na cabeça, um chapéu reto listrado em branco e preto. O costeiro é um grande esqueleto em espuma com o quepe militar em verde. As mãos do esqueleto são ligadas às mãos dos componentes através de varas de ferro revestidas em preto, dando movimento ao esqueleto.

Cores predominantes: Branco e preto.

Ala 26: Luta Armada Comunista

SIGNIFICADO: A luta armada comunista se refere à Guerrilhas de esquerda que visavam interromper a Ditadura militar com a implantação do Comunismo e do Socialismo no Brasil. Cerca de 12 militares que passaram a ser perseguidos pelo

Militarismo, iniciando então esta guerrilha ao lado dos comunistas. Estes receberam diversos apoios de outros países contra o Militarismo brasileiro.

FANTASIA: Representando os comunistas que se armaram contra a Ditadura, Uma calça brilhosa em cinza chumbo com a sapatilha também em cinza chumbo. A blusa em manga comprida cinza chumbo possui o símbolo do comunismo bordado em amarelo. No costeiro, a base é o símbolo do comunismo em vermelho. Em suas laterais, grandes asas em rabo de galo preto. A cabeça possui a foice de um lado e o martelo do outro lado com um grande coroamento em penas de rabo de galo. Na mão uma grande arma em acetato vermelho.

Cor predominante: Cinza chumbo.

Ala 27: Diretas já!

SIGNIFICADO: Diretas já foi o maior movimento popular do Brasil, que exigia o fim da ditadura militar exigindo o voto direto para presidente. O país estava em crise, índice de desemprego alto, inflação alta, dívidas exorbitantes. Com o apoio popular, os brasileiros foram para as ruas, porem mesmo com a força popular, a emenda não foi aprovada na câmara. Restaram então as eleições indiretas ao povo brasileiro.

FANTASIA: Representando o manifesto a fantasia é composta por saiote estampado com fotografias da época em preto e branco com borda em tarucel de etafon revestido em preto, sandália fechada preta. Na parte de cima camiseta de malha preta como base para a gola aramada estampada com fotografias da época em preto e branco. Desta cola, duas faixas irregulares aramadas são projetadas em curva no tronco do componente em verde e amarelo. A cabeça inicia com a base em penas pretas, sendo substituídas então por plumas verdes e amarelas. O costeiro é composto por três placas pretas com escritas brancas presas em hastes. Nas placas as escritas “Diretas já!”, “Eu quero votar para presidente” e “ Amanha será um novo dia”. Acima de cada placa dessas será feito trabalho em plumária preta. Tornozeleiras e punhos em acabamento de tecido estampado com tarucel nas bordas.

Cores predominantes: Preto e branco.

Alegoria 07: O Impeachment (Fernando Collor)

SIGNIFICADO: Após anos de Ditadura Militar e eleição de votos indiretos, o povo brasileiro elegeu Fernando Collor de Melo como presidente. Logo após sua posse na presidência sua popularidade começou a cair ao confiscar saldos bancários da poupança da sociedade com intenção de frear a inflação. Com isso diversas empresas faliram, pessoas perderam tudo, e muitas ficaram loucas ou se mataram. Como se não bastasse o caos, a inflação tomou rumos contrários, e chegou a atingir 400% em seu mandato. No

ano seguinte surgiram os primeiros escândalos de corrupção envolvendo o presidente e seu tesoureiro conhecido como PC Farias. Após tantos escândalos e decepções, o povo brasileiro mostrou que a esperança é verde e amarelo, e tomou as ruas das principais capitais do país com a campanha “Fora Collor”, conseguindo então abertura do processo de Impeachment. Em dezembro de 1992, um pouco antes da autorização de Impeachment, Fernando Collor de Melo renuncia ao posto, dando seu lugar ao vice-presidente Itamar Franco.

ALEGORIA: Seu Chassi é formado por retângulos e losangos em referencia às formas marcantes da bandeira do Brasil. Possui pisos escalonados e 6 totens na lateral como queijos, além de 8 queijos escalonados para outras composições. Toda a saia da alegoria possui acabamento em acetato, e.v.a e espelhos, formando várias bandeiras do Brasil em preto e espelho, significando o país em luto pelos crimes de corrupção.

Ao redor da alegoria nesses dois pisos, composições em preto com placas representando os manifestantes da época clamaram por justiça. Nessas laterais, 3 totens de cada lado em verde e amarelo se destacam (são os únicos itens em verde e amarelo da alegoria), que são queijos para as composições em verde e amarelo, representando a esperança do povo em tentar fazer justiça por um país melhor.

No centro da alegoria, 3 losangos escalonados carregam os principais elementos do carro. Todos em acabamentos de jornais da época com reportagens do presidente Collor. O primeiro losango possui o bico da frente mais baixo para carregar a Semi destaque “Tesouro roubado”, representando o saldo das poupanças que foram confiscados. Este losango possui três frentes de cofres de bancos. Sobre este, um cofre

carrega o destaque da alegoria, representando “Loucuras de um país em crise”, em menção aos que ficaram loucos com o golpe da poupança. Ainda sobre o losango, notas e moedas adornam o cenário com as composições “Loucos e pobres” ainda representando todo o dinheiro perdido por estes que tiveram suas vidas arruinadas.

No segundo losango um pouco mais acima, uma piscina de lama com notas espalhadas. Nas bordas superiores da alegoria, cinco esculturas de porcos entrando na lama representam os corruptos que mergulham na sujeira por cobiça. Nesta piscina os componentes “Porcos engravatados” se sujam na lama da corrupção para catar o dinheiro sujo, em menção aos crimes de corrupção do governo Collor.

No ultimo e mais alto losango, uma escultura em movimento de Fernando Collor de Melo, de 12m de altura acena ao povo, tentando reconquistar a confiança do povo, alegando ser inocente.

Os oito queijos escalonados pela alegoria possui sua coluna com diversas televisões, algumas transmitindo reportagens da época. As tvs, juntamente com o acabamento de jornais estão relacionados à importância da mídia na luta do povo contra o governo. Sobre estes queijos estão as composições “A inocência da corrupção”. Encerrando a alegoria em sua parte detrás, três traves sequenciais com homens presos em elásticos subindo e descendo fazer o movimento referente aos índices de inflação descontrolados no governo, mesmo confiscando a poupança da população.

A iluminação da saia da alegoria é toda em branco frio, mantendo a tonalidade neutra da alegoria, assim como os canhões de luz da alegoria. Os queijos em verde e amarelo possuem sua iluminação nas mesmas cores. O efeito de canhoes intercalando iluminação nos três principais pisos da alegoria dá maior destaque ao centro da alegoria. Grandes canhões de luz branca quente são responsáveis pela iluminação da grande escultura de Collor.

Cor Predominante: Branco e preto

COMPOSIÇÃO 01(Misto): Nome – Movimento Fora Collor; Representam os manifestantes que tomaram as ruas das principais Capitais do Brasil em movimento de manifesto pedindo a saída de Collor da presidência da república. Este movimento ficou marcado na história por além de ter obtido sucesso no clamor, foi o primeiro grande movimento social após a ditadura militar.

Esta composição é composta por roupas do dia a dia dos anos 90 estando carnavalizadas e em tons de preto e prata. Homens de calça ou bermudas em tecido preto e camisa em tecido preto com pequenos espelhos de pet, tênis em preto e prata. As mulheres de saias e shorts preto com pequenos espelhos e camisetas em tecido preto. Sandálias com saltos em preto também. As composições contam com pinturas de rosto de manifestantes. Nas mãos, placas brancas com escritas “Fora Collor”, como demonstrada em fotos da época.

Cores Predominantes: Preto e espelhado

COMPOSIÇÃO 02 (Misto): Nome – Loucos e pobres; Representando então os que ficaram loucos com a apreensão da poupança, a fantasia é composta por calça branca brilhosa, sapatilha branca. Uma camisa de força branca bordada e perucas loucas de canecalon completam a fantasia.

Cor predominante: Branco.

COMPOSIÇÃO 03 (Masculino): Nome – Porcos engravatados; Representando os políticos corruptos a fantasia é composta por terno completo em tecido brilhoso preto, gravata verde e blusa branca. Cédulas bordadas são presas nos ternos. Na cabeça, uma grande cabeça de porco rosa em espuma completa a composição. Estes ficarão em uma banheira de lama catando dinheiro e se sujando na corrupção.

Cor predominante: Preto.

COMPOSIÇÃO 04 (Feminino): Nome – A esperança é verde e amarela; Representando a esperança que nunca morre no coração brasileiro a fantasia é composta por saia em bandeirolas verde e amarela com pompom nas pontas. O bustiê bordado em verde e amarelo possui grandes franjas com pompons também. O costeiro é uma grande asa em tecido brilhoso em furta-cor verde e amarelo. A sandália segue o padrão da saia, finalizado em bandeirolas verde e amarelo. Na cabeça peruca de canecalon em verde Chanel. Punhos bordados em verde e amarelo completam o figurino.

Cores predominantes: Verde e amarelo.

SEMI DESTAQUE 01 (Feminino): Nome – A inocência da corrupção; Esta fantasia é composta por saiote esfarrapado em branco encardido de betume e sandália também esfarrapada em preto. No bustiê, top branco encardido com colete esfarrapado como resto de terno destruído em preto. Na cabeça, auréolas esfarrapadas e encardidas. O costeiro são asas em penas pretas esfarrapadas com cédulas de dinheiro bordadas em pedraria no meio das penas.

Cores predominantes: Preto e branco encardido.

SEMI DESTAQUE 02 (Feminino): Nome – O tesouro roubado; Representando a poupança confiscada, a fantasia recebe destaque sendo inteiramente dourada. Sandália, biquíni e bustiê inteiros bordados com moedas com pedrarias. Um esplendor em penas de faisão dourado encorpa a fantasia. Na cabeça, grade aramada bordada em pedrarias com plumas de faisão douradas.

Cor predominante: Dourado.

DESTAQUE: Nome – Loucuras de um país em crise; Com a representação do caos da crise financeira do governo Collor, a fantasia é composta por sandália em fitas brancas,

saiote também em fitas brancas bordadas. O bustiê é uma grande faixa modelada formando um bustiê também bordado. Faixas aramadas se projetam deste bustiê. No punho, faixas soltas dão movimento na fantasia. Na cabeça, trabalho em faixas bordadas e aramadas com plumas brancas. O costeiro, grandes asas brancas com pedrarias dão asas à loucura.

Cor predominante: Branco.

SETOR 07: “Dos filhos deste solo és mãe gentil Pátria amada Brasil!”

SIGNIFICADO: Acima de todos os problemas que atingem o Brasil, o povo não cansa de clamar e de lutar. O futuro desta nação depende da esperança e da vontade de todos. Vontade de mudar uma realidade que vem dos ancestrais, mas que não é suficiente para a construção de um mundo novo.

Ala 28: Caras pintadas

SIGNIFICADO: Ficou conhecido como Movimento dos Caras pintadas o movimento que reuniu milhares de jovens e adolescentes em sua maioria nas ruas de todo o Brasil contra o Governo Collor. Essas manifestações lutavam contra os absurdos do governo que em meio a crise estava afundando o Brasil. Sendo grande parte estudantes de classe média e não politizados, facilmente adquiriram apoio popular e tendo grande importância no impeachment de Collor.

FANTASIA: Representando os Caras Pintadas, a fantasia é composta por calça em estampa azul e branca, sendo a perna direita curta e a esquerda longa, com as bordas em tarucel de etafon. Sapato fechado azul. A parte de cima possui camiseta em malha azul lisa estilo segunda pele como base para o colete curto com mangas compridas em estampa azul e branca. As bordas do colete também recebem acabamento em tarucel revestido em azul. Na cabeça, pintura no rosto em verde e amarelo. A cabeça recebe um chapéu em formato trapezoidal invertido com acabamento em plumas azuis. O costeiro, que é estruturado no próprio colete, recebe uma bandeira com pintura em verde e amarelo com o escrito “Caras Pintadas”.

Ala 29: Revolta do busão

SIGNIFICADO: A exemplo da revolta do Vintém e dos Caras pintadas, o povo mais uma vez se reuniu nas ruas em prol de justiça. Há anos os brasileiros sofrem com aumentos exacerbados nas tarifas de transportes públicos. A revolta do busão então foi mais um manifesto popular contra esses aumentos que afligem as classes menores. No ano o povo venceu não acontecendo o aumento, porém não durou muito tempo.

FANTASIA: A fantasia da revolta do busão conta com um macacão estilo jardineira em tecido brilhoso verde limão e bordado. No corpo, encaixado no tronco, um ônibus com estrutura de vime revestido de pet e tecido nas cores verde limão e amarelo. O ônibus terá efeito de piscar faróis e lanternas. Este estará suspenso por suspensórios amarelos. Embaixo do macacão, uma blusa brilhosa amarela. Sandália aberta em verde limão. Na cabeça, uma grande moeda de 20 centavos em prata é base para plumas verde limão. Completando a fantasia, punhos de mesma cor do macacão com bordado.

Ala 30: Coxinhas x Mortadelas (Ala das Crianças)

SIGNIFICADO: Com tantos problemas políticos e econômicos na atualidade, vários protestos estão acontecendo por todas as grandes capitais. Dessa forma, o Brasil se dividiu em dois grupos políticos, esquerda e direita, cada um destes apelidado de uma forma. Os de direita foram nomeados “Coxinhas”, termo dado para aquela pessoa certinha. Este termo foi criado ainda da ditadura, mas sendo intensivamente utilizado agora. Os esquerdistas, entretanto passaram recentemente a ser chamados de mortadela, uma vez que é oferecido lanche (pão com mortadela) para aumentar quantidade de pessoas nos manifestos.

FANTASIA: Em representação aos protestos atuais de maneira cômica, a ala das crianças vem dividida ao meio, sendo metade coxinhas e metade mortadelas. A fantasia de coxinhas é composta por malha como segunda pele em cor nude. Uma grande coxinha em espuma compõe todo o corpo da criança, tendo o acesso dos braços e pernas. Na gola, um acabamento também em espuma referindo a frango desfiado saindo da coxinha. Na cabeça, a ponta desta também em espuma. A fantasia de mortadelas é composta por malha como segunda pele em cor nude. Um sanduiche de pão com mortadela em espuma compõe o corpo da criança, tendo acesso dos braços e pernas. Na cabeça, a ponta do pão também em espuma. Estes darão impressão de manifestação em frente ao tripé representando o Planalto Central.

Cor predominante: Bege.

Tripé 03: #Planalto Brasília

SIGNIFICADO: O Planalto Central, juntamente com o Congresso Nacional brasileiro é um dos conjuntos arquitetônicos mais importantes do País. Projetado por Oscar Niemeyer inaugurado em 1960 foi projetado para ser o Centro da capital do Brasil. Dessa forma é cenário de grandes eventos políticos, assim como também de vários protestos. Sendo assim será apresentado o grande palco da era moderna da política nacional.

ALEGORIA: O tripé traz o Conjunto do Congresso Nacional, sendo cenário de mais um protesto representado pela ala anterior (Coxinhas x Mortadelas).

Desta forma a obra virá em formato original, com seu revestimento inteiro em retângulo de papeis reutilizados, pintados de branco com palavras de ordem e clamor escritas. As vidraças do Palácio do Planalto serão compostas por acetato para aparentar o vidro. Sobre as duas cúpulas acima do Palácio do Planalto virão as duas composições permitidas em tripés. A famosa rampa do Palácio será projetada em balanço, sendo lançada à frente da estrutura do tripé, descendo até próximo do chão.

Toda a iluminação deste tripé será de baixo para cima, nas cores da bandeira nacional (verde, amarelo, azul e branco). A iluminação interna da saia será em neon branco quente, apresentando aparência de flutuar na avenida. A iluminação das composições será inteira em branco quente para melhor destacar a pintura corporal.

Cor predominante: Branco

COMPOSIÇÕES (feminina, 2 composições): Nomes: Ordem e a outra Progresso; Estarão representando o maior clamor da nação: Ordem e Progresso. O verdadeiro sentido de todo aquele cenário acontecer, mas que até hoje não foi inteiramente respeitado. Serão compostas por um tapa sexo nude, e pintura corporal em todo o corpo, trabalho detalhado da bandeira do Brasil em tinta cintilante. Cada uma receberá uma faixa em cetim branco com o nome da fantasia (Ordem e a outra progresso). Uma grande cabeça em plumas e penas nas cores da bandeira, o Costeiro tendo no centro o símbolo da República cercado por um belo trabalho em plumas verdes e penas rabo de galo.

Cores predominantes: Verde, amarelo e azul.

Ala 31: “Contra a corrupção, meu voto é sim!”

SIGNIFICADO: Uma nova era de Impeachment começou. Novamente o povo voltou às ruas pedindo justiça, lutando contra a corrupção e a desigualdade. Mais uma vez o gigante desperta para prender os ratos e eliminar os porcos. E assim seguir em frente, não tendo vergonha de lutar pelos direitos, e gritar sempre que necessário “Sim contra a corrupção!”.

FANTASIA: Representando o voto contra a corrupção a fantasia será formada por calça em tecido brilhoso amarelo com sapato fechado amarelo. Camisa de botão amarela com gravata em tecido de paetê azul será base para o terno em tecido brilhoso formado com a bandeira do Brasil. Na cabeça um chapéu Panamá amarelo bordado em paetê completa o traje elegante. Na mão um estandarte em verde, amarelo e azul com acabamento em fitas de cetim nas mesmas cores com o dizer “Contra a corrupção, voto sim!”.

Alegoria 08: Vem pro samba, o futuro da nação é aqui!

SIGNIFICADO: O samba pode ir muito além do que se imagina, o samba é brasilidade. Com ele aprende-se história do Brasil, religiosidade, geografia, culinária e acima de tudo, amor. Embora marginalizado por alguns, representa na atualidade, tendo em vista a decadência cultural e estudantil no Brasil, a grande esperança de futuro para essa gente. A escola de samba não é simplesmente formação de sambistas, mas formação de caráter, união, compaixão e amor. Sentimentos puros que unificados com a sabedoria sambística pode mudar uma nação inteira, trazendo nova esperança para o povo que mesmo cansado não desiste de lutar.

ALEGORIA: Esta é uma grande festa de brasilidade, cultura e união. À frente da alegoria uma base com o formato do mapa brasileiro possui movimento em sua forma, sendo os estados em diferentes tamanhos. O “Brasil” é a base para o símbolo da escola, a coruja em cima da coroa, vir recebendo o privilégio de ser eleita presidente. A coruja como símbolo de sabedoria, sendo esta uma sambista, traz de volta a esperança de mudança ao povo. Esta coruja possui movimentos e efeito de sonorização. À frente deste, um sambista realizando espetáculo de samba. Os pisos da alegoria serão forrados em carpetes nas cores verde, amarelo e azul.

Na área central da alegoria, corujas posadas sobre livros trás os clamores do povo como educação, amor, união e segurança, sendo então o oferecido pela sabedoria. A mistura de livros e surdos trás a essência da escola de samba em sua necessidade de formar pessoas e não apenas sambistas. Então queijos sobre pilhas de livros e pilhas de surdos são intercalados no corpo da alegoria. Estes giram embaixo do queijo que trás a composição sambando com a vida. Em uma parte principal desta área, um grande surdo trabalhado em espelhos e recortes será palco para o terceiro casal de mestre sala e porta bandeira, representando Meu pavilhão é verde, amarelo, azul e branco. Sobre este surdo, o pavilhão da escola estampado.

Na parte detrás desta área central um grande conjunto de queijos com acabamentos em bandeirolas triangulares em tecido brilhoso em verde, amarelo e azul com pompom branco nas pontas. Este conjunto formará um formato piramidal em circulo, contendo o destaque no centro representando a vitória na missão. Este conjunto de queijos será palco para composição coreografada representando A união faz a força, a força trás a vitória.

As laterais da alegoria será composta por varandas semi circulares com guarda corpos em metal forrados e decorados com bandeirolas triangulares seguindo o padrão do conjunto de queijos. Na varanda central, em escadaria, se posicionará sentados a velha guarda da escola. Nas varandas das pontas, estarão presentes as velhas guarda das coirmãs convidadas. Estes representam a sabedoria do passado. Em outras varandas de mesmo padrão em piso mais baixo as alas das crianças das coirmãs convidadas representando o futuro da nação sambista.

O acabamento da saia do primeiro piso será realizado em encaixes de peças de reciclagem formando diversas bandeiras do Brasil. No segundo piso, o trabalho se da diferenciado em texturização também formando a bandeira nacional. A saia do terceiro piso receberá trabalho de pintura tropicalista com pinturas da natureza local formando a mesma bandeira. Estes diferentes trabalhos homenageia também artistas brasileiros de vários segmentos. Todo esse trabalho será realizado por jovens da comunidade.

A iluminação interna as saia será em led revezando as cores amarelo, azul e verde, dando efeito de flutuar na avenida. A iluminação da alegoria inteira será em refletores nas cores branco quente, amarelo, azul e verde. Quatro canhões de papel picado estarão distribuídos na alegoria, assim como as oito máquinas de fumaça. Na coruja principal, grandes refletores em branco quente iluminarão a escultura de 12m de altura. Quatro moving heads darão acabamento de elegância ultima alegoria do desfile.

COMPOSIÇÃO 01 (Velha guarda): Nome – Sabedoria do passado; Representando este passado sambístico glorioso, a fantasia é composta por elegante calça de alfaiataria em branco com sapato fechado em branco. A camisa masculina em alfaiataria verde com um trabalho chapéu panamá com o pavilhão da escola. A dama estará com uma camisa verde em botões duplos e gola v com abas arredondadas. Um elegante chapéu também com o pavilhão da escola finalizará a vestimenta.

COMPOSIÇÃO 02 (Velha guarda convidada): Nome – Sabedoria do passado; Representando este passado sambístico glorioso, a fantasia é composta por elegante calça de alfaiataria em branco com sapato fechado em branco. A camisa masculina em alfaiataria branca com um trabalho chapéu panamá com o pavilhão de sua escola. A dama estará com uma camisa branca em botões duplos e gola v com abas arredondadas. Um elegante chapéu também com o pavilhão de sua escola finalizará a vestimenta.

COMPOSIÇÃO 03 (Ala das crianças convidada): Nome – Futuro da nação sambista; Representando o futuro da nação sambista a fantasia das crianças é composta por calça lisa brilhosa em azul royal, sapato branco, camisa brilhosa listrada verde e amarela e chapéu panamá com um grande bordado com a bandeira do Brasil.COMPOSIÇÃO 04 (Feminino): Nome – Sambando com a vida; Esta composição será formada por saia em bandeirolas triangulares, verde e amarela, aramadas e modeladas com pompons brancos nas pontas. Sandália estilo gladiadora em verde com pompons brancos dando acabamento. Busto simples com bordado em verde e amarelo servirá de base para a gola em mesmo acabamento da saia, também sendo aramada e modelada. N cabeça, as mesmas bandeirolas servirão de base para trabalho plumáreo em verde e amarelo. O costeiro permanece o estilo com as bandeirolas aramadas, e em volta um pequeno acabamento em plumas amarelas e um maior em plumas verdes sobrepondo. O punho com o mesmo acabamento recebe fitas acetinadas longas com pompons brancos completando a fantasia.

COMPOSIÇÃO 05 (Coreografada – mista): Nome – A união faz a força, a força trás a vitória; Esta composição possui uma grande saia em tecido fino brilhoso azul royal, longa presa no próprio queijo. A estrutura de segurança do componente será por baixo desta saia. Uma grande blusa com mangas morcego possuem um bordado abstrato representando a brasilidade vitoriosa. Na cabeça, uma base aramada com pedrarias verde e azul, sendo base para penas de faisão albino tingidas em azul royal com fuês verdes. A coreografia chega a unir as mãos dos componentes formando a força vinda da união.

SEMI DESTAQUE: Nome – Samba sambado; O sambista estará vestido e alinhado em um terno de linho branco tradicional, sapato bicolor branco e preto, gravata amarela e chapéu de malandro branco. A vestimenta branca tomará destaque sobre a base em verde.

3º CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA: Nome - Meu pavilhão é verde, amarelo, azul e branco; O mestre sala possuirá sua casaca e calça formando uma grande bandeira do Brasil em pedraria. O costeiro será base com circulo em plumas azuis, triângulos em tecido com pedraria amarelo cercado por grandes plumas verdes. Sua cabeça uma base em metal com pedraria em azul servirá de base para grandes plumas amarelas e verdes. A porta bandeira terá sua saia e corpete formando também a bandeira com a borda da saia em plumas verdes. Costeiro e cabeça iguais as do mestre sala. O pavilhão terá um lado a bandeira do Brasil e o outro o pavilhão da escola.

DESTAQUE: Nome – Vitória na missão; O destaque possuirá vestido em A com estrutura de segurança por baixo da saia. O grande vestido será bordado uma grande obra abstrata em pedraria representando a vitória na visão abrasileirada nas cores da bandeira. A cabeça de estrutura metálica com pedrarias será base para penas de faisão albino tingidas de azul royal com fuês amarelos. O costeiro terá um grande trabalho com as bandeirolas aramadas bordadas com pedrarias e grandes jogos de leques de penas de faisão albinos tingidos de azul royal com fuês amarelos.

Ala 32: Futuro da nação (Compositores)

SIGNIFICADO: Nenhuma luta é em vão quando se pensa em buscar um futuro melhor. Todo o grito de clamor iniciado pelos índios no descobrimento até os dias de hoje não será em vão quando for construído um futuro digno para aqueles que virão um dia também tentar fazer a diferença.

FANTASIA: Representando o futuro da nação, a fantasia da Ala de compositores é composta por jardineira em tecido brilhoso verde com bordas em tarucel de etafon revestido em tecido amarelo, camiseta em tecido listrado brilhoso em amarelo e azul. Tênis amarelo e azul vai compor a fantasia. Na cabeça, boné em verde, amarelo e azul. Na mão, um grande pirulito em verde e amarelo escrito “FUTURO”.

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