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Gesp.010.01

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O

JOÃO MANUEL VIDEIRA REDUTO TOMÉ

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO

EM DESIGN DE EQUIPAMENTO

Dezembro/2012

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Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé

i

“ O design gera inovação; a inovação reforça a marca; a marca constrói

fidelidade e a fidelidade sustenta os lucros.”

Marty Neumeir

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Relatório de Estágio Curricular João Manuel Videira Reduto Tomé

ii

Ficha De Identificação

Discente: João Manuel Videira Reduto Tomé

Número: 1009512

Curso de Licenciatura: Design de Equipamento

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior

Tecnologia e Gestão

Entidade promotora do estágio: Câmara Municipal da Guarda

Morada: Praça do Município

Código Postal: 6301-854 Guarda

Telefone: 271 220 200

Fax: 271 220 280

Correio eletrónico: [email protected]

Site: www.mun-guarda.pt

Supervisor na Instituição: Vítor Manuel dos Santos Gama

Grau Académico: Licenciado em Arquitetura

Duração do Estágio: 280 horas

Início do Estágio: 10 de Setembro de 2012

Conclusão do Estágio: 6 de Novembro de 2012

Professor Orientador: Arlindo Ferreira

Grau Académico: Mestre

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iii

Plano de Estágio

O plano de estágio consistirá na realização de uma Estrutura Modular

Multifuncional. Assim, projetar-se-á um módulo que possa vir a desempenhar diversas

funções dentro do futuro edifício Centro Tecnológico e Logístico da Guarda (CTLG).

O referido módulo poderá ser utilizado isoladamente ou acoplado a outros.

Este projeto deverá estar preparado para que possa permitir diversas

utilizações/funções apenas com ligeiras adaptações, ex.: posto de informações, sala de

reuniões e bar.

O estudo a realizar deverá incluir as seguintes componentes: desenho da forma,

estudo volumétrico e espacial, pormenores de construção, materiais, cores e luz.

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iv

Resumo do Estágio

O presente trabalho tem como objetivo relatar toda a atividade desenvolvida pelo

estagiário, durante um período com duração de 280 horas, cerca de dois meses, na

Câmara Municipal da Guarda (CMG).

Da frequência deste estágio, resultou o desenvolvimento de um trabalho que

consistiu na criação de um módulo destinado a múltiplas funções, sendo um projeto

totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido com materiais já

comercializados no mercado. Assim, optou-se pela escolha de materiais mais

económicos dado o orçamento, atribuído pela Comunidade Económica Europeia (CEE)

para equipamentos e construção do CTLG, ser de um milhão e seiscentos euros, valor

considerado bastante reduzido para um edifício com grandes dimensões.

Palavras-chave: Mobilidade, Funcionalidade, Segurança, Ergonomia e Estética.

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v

Agradecimentos

Gostaria de aproveitar este excerto de relatório para agradecer à Câmara

Municipal da Guarda (CMG), pela oportunidade da realização do meu estágio e

confiança no meu trabalho.

Dirijo o meu agradecimento pela amabilidade e disponibilidade, ao arquiteto

Vítor Manuel dos Santos Gama, supervisor de estágio na instituição acolhedora e ao

arquiteto Nuno Rolo Morais, pelo companheirismo e apoio prestado, em toda a fase de

desenvolvimento do projeto.

Sou grato ao meu orientador Professor Arlindo Ferreira, por ter aceitado o meu

pedido de orientação de estágio curricular, oferendo-me o seu contributo, o seu

conhecimento e a sua amizade não só durante o estágio, como ao longo de toda a minha

formação superior.

Quero também agradecer a todos os professores que me acompanharam durante

o Curso de Design de Equipamento, por terem contribuído para a minha valorização

pessoal e profissional.

Agradeço ainda ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), pela oportunidade de

formação curricular.

Os meus agradecimentos finais vão para os meus pais, pela orientação,

dedicação, incentivo e apoio constante, nesta fase do meu curso e durante toda a minha

vida.

Por fim, agradeço a todos os que, de forma direta e indireta, contribuíram para a

realização deste trabalho.

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vi

Índice Geral

Ficha De Identificação ...................................................................................................... ii

Plano de Estágio .............................................................................................................. iii

Resumo do Estágio .......................................................................................................... iv

Agradecimentos ................................................................................................................ v

Índice Geral ..................................................................................................................... vi

Índice de Figuras ............................................................................................................ vii

Índice de Organigramas ................................................................................................... ix

Índice de Anexos ............................................................................................................. ix

Abreviaturas e siglas ......................................................................................................... x

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo I .......................................................................................................................... 2

1.1. Enquadramento Territorial ..................................................................................... 3

1.2. Caracterização da instituição acolhedora ............................................................. 10

1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda .................................... 11

1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio .................................................. 13

Capítulo II ....................................................................................................................... 14

2.1. Enquadramento Teórico ....................................................................................... 15

2.2. Trabalho desenvolvido ......................................................................................... 17

2.2.1. Introdução ao projeto .................................................................................... 17

2.2.2. Projeto do Módulo Multifuncional ................................................................ 19

Conclusão ....................................................................................................................... 47

Bibliografia ..................................................................................................................... 48

Web grafia ...................................................................................................................... 49

ANEXOS .......................................................................................................................... A

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vii

Índice de Figuras

Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda ........................................................................... 4

Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda .............................................................................. 4

Figura 3: Localização da Guarda no Mapa ....................................................................... 9

Figura 4: Bandeira ............................................................................................................ 9

Figura 5: Brasão ............................................................................................................... 9

Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho ............................................................ 10

Figura 7: Logotipo da C.M.G. ........................................................................................ 10

Figura 8: Esboço do estudo da forma ............................................................................. 20

Figura 9: Esboço procurando novas formas ................................................................... 20

Figura 10: Módulo fechado ............................................................................................ 20

Figura 11: Cantos ........................................................................................................... 20

Figura 12: União de módulos ......................................................................................... 20

Figura 13: Sistema variável de encaixe .......................................................................... 22

Figura 14: Sistema universal de união ............................................................................ 22

Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea ....................................................................... 22

Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea .............................................................. 22

Figura 17: Esboço da Forma ........................................................................................... 23

Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos ................................................................ 23

Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes ........................................................... 23

Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural ......................................... 23

Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas ........................................................ 23

Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares ............................................. 24

Figura 23: Encaixe .......................................................................................................... 24

Figura 24: Corte experimental ........................................................................................ 25

Figura 25: Ângulo de 90º ................................................................................................ 25

Figura 26: Curva experimental ....................................................................................... 25

Figura 27: Curva em placa Seplux ................................................................................. 25

Figura 28: Policarbonato e acessórios ............................................................................ 26

Figura 29: Policarbonato e fixador ................................................................................. 26

Figura 30: Amostra de cores ........................................................................................... 26

Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável ......................... 27

Figura 32: Estrutura do Spinpark.................................................................................... 28

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viii

Figura 33: Esboço de estrutura retangular ...................................................................... 28

Figura 34: Estrutura ........................................................................................................ 29

Figura 35: Sistema de elevação (em posição de repouso) .............................................. 30

Figura 36: Sistema de elevação (em posição de trabalho).............................................. 30

Figura 37: Ajustamento à inclinação .............................................................................. 30

Figura 38: Encaixe rápido da trotinete ........................................................................... 31

Figura 39: Encaixe rápido na estrutura ........................................................................... 31

Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha) ............. 32

Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux” ....................................................................... 33

Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas ............................................................ 34

Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato ......................................................... 34

Figura 44: Sistema de sustentação central ...................................................................... 35

Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador, cerra juntas, cabo de aço ....................... 35

Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo ............................ 35

Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4 pontos do módulo (pormenor) ......... 35

Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta ........................................................... 36

Figura 49: Vedante de pelúcia ........................................................................................ 36

Figura 50: Cortiça ........................................................................................................... 37

Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo ............................................................................ 37

Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em abajures de candeeiros................... 37

Figura 53: OSB pintado de vermelho; ............................................................................ 37

Figura 54: Fechadura ...................................................................................................... 38

Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922 ............................................................................. 38

Figura 56: Cilindro para fechadura ................................................................................. 39

Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B” ....................................................................... 39

Figura 58: Espelho .......................................................................................................... 39

Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M” ................................................................. 39

Figura 60: Sistema de calha ............................................................................................ 40

Figura 61: Sistema “Geze Rollan 80”............................................................................. 40

Figura 62: Cantoneira, estrutura, parafuso e policarbonato............................................ 41

Figura 63: Par de asas ..................................................................................................... 42

Figura 64: Par de asas “Bestloque C2209” ..................................................................... 42

Figura 65: Rede aplicada no módulo .............................................................................. 43

Figura 66: Rolo de rede eletrosoldada ............................................................................ 43

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ix

Figura 67: Policarbonato Alveolar de ligação ................................................................ 44

Figura 68: União entre três módulos .............................................................................. 44

Figura 69: Módulo (vista interior) .................................................................................. 45

Figura 70: Três módulos acoplados (vista interior) ........................................................ 45

Figura 71: Módulo (vista exterior) ................................................................................. 46

Figura 72: Acoplação entre módulos .............................................................................. 46

Índice de Organigramas

Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda............................................................... 11 Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras ............................ 12

Índice de Anexos

Anexo 1 – Enquadramento Histórico e Arquitetónico da Guarda .................................... B

Anexo 2 – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda .................................................... C

Anexo 3 – Informações Adicionais do Policarbonato ...................................................... E

Anexo 4 – Especificações do Sistema Utilizado para a Porta de Correr .......................... F

Anexo 5 – Tabela de Cantoneiras ..................................................................................... G

Anexo 6 – Acessibilidades ............................................................................................... H

Anexo 7 – Orçamento dos Materiais para o Módulo........................................................ L

Anexo 8 - Perspetivas ....................................................................................................... N

Anexo 9 - Desenho Técnico ............................................................................................. Q

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x

Abreviaturas e siglas

2D – Bidimensional

3D – Tridimensional

A23 – Autoestrada número 23

A25 – Autoestrada número 25

CAD – Desenho assistido por computador

CEE – Comunidade Económica Europeia

cm – Centímetros

CMG – Câmara Municipal da Guarda

CTLG – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda

DMOE – Departamento de Manutenção e Otimização de Equipamentos

DPUO – Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obra

ESTG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão

hab./km2

– Habitantes por quilómetro quadrado

Inox – Inoxidável

IPG – Instituto Politécnico da Guarda

m2 – Metro quadrado

ml – Metro linear

mm – Milímetros

OSB – Oriented Strand Board (aglomerado de partículas de madeira longas e orientadas)

PLIE – Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial

un. - Unitário

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1

Introdução

O relatório aqui exposto, descreve as atividades desenvolvidas no estágio, que

decorreu entre o dia 6 de setembro e 10 de novembro de 2012, na Câmara Municipal da

Guarda, no âmbito da unidade curricular “Estágio”, constante do plano curricular do

Curso de Design de Equipamento da Escola Superior de Tecnologia e Gestão no

Instituto Politécnico da Guarda.

Este documento apresenta, segundo a ordem cronológica da sua execução, o

projeto desenvolvido no Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras (DPUO),

na Divisão de Obra e no Setor de Desenvolvimento de Projetos, na instituição acima

referida. A mesma não dispõe da área de Design, na medida em que a equipa de

arquitetos e técnicos de desenho, sempre que necessário, executam também o trabalho

referente ao designer. Daí que, a escolha deste local para realizar o estágio, tenha sido

bastante enriquecedora, na medida em que tive a oportunidade de estabelecer contacto

com uma nova realidade, ao executar um projeto, envolvendo as áreas, design,

arquitetura e engenharia.

Com o tema de estágio proposto pela CMG pretende-se a construção de um

módulo destinado ao edifício CTLG, tendo este como autor do projeto, em

desenvolvimento, o arquiteto Nuno Rolo Morais. O futuro edifício a instalar no lote 2,

do Novo Pólo Industrial da Guarda (Plataforma Logística) possuirá vários módulos,

assumindo os mesmos uma vocação multifuncional, entre elas, servir de edifício sede

aos serviços centrais do Pólo Industrial, podendo acolher iniciativas diversificadas na

área de apoio empresarial, promoção, exposição e divulgação de atividades e outras.

A elaboração deste documento assenta numa estrutura onde, na primeira parte,

surge a apresentação do local de estágio, fazendo alusão ao enquadramento geográfico e

demográfico da cidade.

A segunda parte descreve, detalhadamente, a atividade prática desenvolvida

durante o estágio, onde apresentei a sequência correta da realização das experiências

que, com precisão, foram realizadas, para além de abordar as dificuldades sentidas e as

soluções encontradas.

Cabe à última parte, apresentar a conclusão sobre todo o trabalho desenvolvido,

bem com os anexos constituídos pelos desenhos técnicos e outras informações

complementares, respeitantes ao projeto elaborado.

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2

Capítulo I

Enquadramento Territorial e Caracterização da Instituição

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3

1.1. Enquadramento Territorial

A Cidade da Guarda é sede de concelho e capital de distrito. Localiza-se na antiga

província da Beira Alta, na Região Centro (NUT II) e na Sub-região (NUT III) Beira

Interior Norte. É a cidade portuguesa de maior altitude (1056 m) e uma das mais altas

da Europa. Fica situada no último contraforte Nordeste da Serra da Estrela mais ou

menos localizada no local onde os Romanos tiveram a antiga Lancia Oppidiana vindo

esta mais tarde a ser destruída pelos bárbaros.

O concelho abrange uma área de 712,1 km2,tendo uma densidade populacional de

59,74 hab./km2

e 42 541 habitantes (2011), sendo estes conhecidos por guardenses ou

ainda por egitanienses. Esta cidade encontra-se inserida num concelho subdividido em

55 freguesias: Adão, Albardo, Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Alvendre, Arrifana,

Avelãs de Ambom, Avelãs da Ribeira, Benespera, Carvalhal Meão, Casal de Cinza,

Castanheira, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Famalicão, Fernão Joanes, Gagos,

Gonçalo, Gonçalo Bocas, João Antão, Maçainhas, Marmeleiro, Meios, Mizarela, Monte

Margarida, Panóias de Cima, Pega, Pera do Moço, Pero Soares, Porto da Carne,

Pousade, Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Rochoso, Santana de Azinha,

Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Guarda (São Vicente), Guarda (Sé), Seixo

Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Valhelhas, Vela, Videmonte, Vila

Cortês de Mondego, Vila Fernando, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro, São

Miguel da Guarda.

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4

Compreende 14 concelhos: Almeida, Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Figueira

de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel,

Seia, Sabugal, Trancoso e Vila Nova de Foz Coa. O município é limitado a nordeste

pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por

Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico

da Beira.

Figura 2: Mapa do Distrito da Guarda

Fonte: www.adguarda.pt

Figura 1: Mapa do Concelho da Guarda

Fonte: http://portugal.veraki.pt

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Acessibilidades

No que concerne a acessos rodoviários importantes tem a A25 que liga Aveiro à

fronteira de Vilar Formoso, com cerca de 190 Km, inaugurado o último troço em 30 de

setembro de 2006. Em Fuentes de Oñoro, contínua a A-62 espanhola, dando ligação a

Madrid e ao resto da Europa. A A23 que liga a Guarda ao nó da A1 em Torres Novas,

com uma extensão de cerca de 216 Km, tendo sido inaugurado o último troço em finais

de 2003 e ainda o IP2 que liga Guarda a Bragança.

Em relação ao nível ferroviário, a Cidade da Guarda tem a linha da Beira Alta

inaugurada a 3 de Agosto de 1882, atualmente eletrificada. Permitindo esta a circulação

de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo o principal eixo

ferroviário para o transporte internacional de passageiros e de mercadorias, com destino

à Europa. Nela circulam os comboios internacionais Sud Express entre Lisboa e

Hendaye e o Lusitânia – Comboio Hotel entre Lisboa e Madrid.

Tem também a Linha da Beira Baixa, inaugurada no dia 11 de Maio de 1893,

atualmente encerrada para obras, o troço Guarda Covilhã sem reabertura prevista.

Os efes da Guarda - sua explicação

Dada a sua estratégica localização, a cidade da Guarda avista-se ao longe no

horizonte. Ela é conhecida pela cidade dos 5 “efes” tendo a sua origem várias

explicações, mas a mais conhecida e consensual é a seguinte:

1- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua

força;

2- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;

3- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica as suas neves;

4- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e

trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de

Castela, durante a crise de 1383-85. Teve ainda Fôlego para combater na batalha de

Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis (D. João

I) como Rei;

5- Formosa: pela sua natural beleza.

“Fria” é um dos “efes”, que caracterizam a cidade da Guarda.

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6

Embora de forma envergonhada, em relação a outros tempos, a neve ainda visita

a cidade, mantendo-lhe a sua beleza e transmitindo uma imagem de pureza.

Esse manto branco que cobre a paisagem, consegue inspirar artistas plásticos,

fotógrafos e poetas, tendo neste campo ficado imortalizada a poesia de um homem que

nesta cidade viveu e passou parte da sua vida, Augusto Gil com a bela “Balada da

Neve”. Daí que, a neve faça parte da marca da Guarda.

A Guarda e o seu meio ambiente

O ar, reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação

Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade

Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a

Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada

a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um

sanatório dedicado à cura da tuberculose.

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo

seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima

qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiárias das

maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a

bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e

para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de

Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três

bacias hidrográficas se encontram.

É também uma zona que tem sido aproveitada para a mineração, havendo até

algum folclore popular que afiança existir uma enorme jazida de urânio sob a cidade e

que os Americanos, durante a Guerra Fria, sabendo deste facto, teriam proposto a

Salazar mudar a cidade pedra por pedra para outro local. Certo é o facto de existir

algum nível de radiação, especialmente em espaços fechados devido ao gás Radão.

Os "pergaminhos" da cidade

Existiu um rei, o segundo de Portugal, D. Sancho I, que se vestiu de poeta e

sonhou a Guarda a quem concedeu em 1199 o seu foral. Trata-se, pois, de uma cidade

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contemporânea da nacionalidade, onde existia ocupação anterior e que completou oito

séculos de existência em 1999.

Esta cidade foi palco de importantes acontecimentos militares da História de

Portugal, designadamente nos momentos mais conturbados da luta pela independência.

Foi, por outro lado, local escolhido por diversos reis da I e II dinastias para sancionarem

tratados, estabelecerem acordos diplomáticos e convocarem as Cortes.

Na Guarda juntam-se as tradições militares (defesa da fronteira) e religiosa.

Ambas deixaram abundantes marcas no património edificado: a Torre de Menagem do

século XII; a Sé Catedral, construída entre os séculos XIV e XVI em substituição da

anterior; o Convento de S. Francisco, do século XIII; as Igrejas barrocas da

Misericórdia e de S. Vicente e o antigo Paço Episcopal.

Deve ainda recordar-se a tradição hospitalar, através dos conhecidos sanatórios

de finais de oitocentos.

Centro Histórico

Na zona mais elevada de um planalto, desenvolveu-se o núcleo medieval da

Guarda, onde se implantou a Torre de Menagem, acima referida, considerada uma peça

importante no campo defensivo da cidade, como um padrão famoso das lutas do

passado. O morro com a Torre é tudo o que resta da antiga fortaleza mais alta de

Portugal, o castelo da Guarda. Recentemente, deram-se por concluídas as obras de

valorização desta Torre, considerada um símbolo de identidade e afirmação para todos

os guardenses. Lá do alto desfruta-se uma esplêndida vista panorâmica a 360º sobre o

Centro Histórico e as redondezas.

A área denominada de Centro Histórico é um dos mais importantes conjuntos

urbanos de origem medieval do país, onde ainda existem marcas da arquitetura filipina,

sóbria e imponente, como são as belas “janelas de canto”, com vários exemplares na

cidade.

A Judiaria pode ainda hoje ser visitada no Centro Histórico. Deve-se aos judeus

a introdução da indústria de peles.

De entre as cinco aberturas para o exterior, que faziam parte da zona muralhada,

subsistem três, entre elas, a grandiosa e arquitetónica Torre dos Ferreiros. Também se

encontram nesta área, diversos edifícios de valor histórico, destacando-se um, atrás

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referenciado, considerado o ex-libris da Guarda que é a sua Sé Catedral. Este majestoso

templo, iniciado com D. João I, a pedido do Bispo Frei Vasco de Lamego, deu-se por

concluído 150 anos mais tarde, em 1540. Ele apresenta diferentes estilos arquitetónicos,

encantando-nos, com o Românico, o Gótico e o Manuelino e com planta de três naves.

Numa vista aérea da Sé Catedral, visualizamos a imposição de uma cruz a formar a sua

cobertura, conforme a foto no anexo 1. Embora o granito seja uma pedra dura de

modelar, nele foram feitas as suas torres octogonais, gárgulas, portais, brasões, agulhas

erguidas aos céus, querendo-nos contar todas as histórias, não só as bíblicas como

outras. Este notável monumento organiza-se em torno da Praça Luís de Camões,

popularmente conhecida por “Praça Velha”. A estátua do fundador da cidade, D.

Sancho I, inicialmente, colocada no centro da Praça foi, recentemente, transferida para o

recanto da Sé. Situa-se, também, neste espaço, o antigo edifício dos Paços do Concelho

com as suas gárgulas e esferas armilares, ornamentado com painéis de azulejo de

Cargaleiro, representando as freguesias que compõem o concelho.

Registam-se, no interior do Centro Histórico, alguns exemplares de arquitetura

civil notáveis, tais como: a casa medieval da Rua dos Clérigos, a chamada "Casa de D.

Sancho", o solar filipino da família Alarcão e certos pormenores manuelinos,

renascentistas e barrocos.

No Largo João de Almeida, situa-se a igreja da Misericórdia que remonta ao

século XVII, com o portal enquadrado por duas torres sineiras e suportando uma

imagem da Senhora da Misericórdia, predominando no seu interior o estilo barroco, nas

formas e na decoração.

Outros núcleos históricos e arqueológicos

A Guarda está rodeada de vestígios da ocupação humana que remontam à época

pré-histórica. O Museu Regional conserva alguns desses testemunhos, podendo outros

encontrar-se à medida que nos afastamos do centro urbano: os castros do Tintinolho e

do Jarmelo, a ponte romana da Mizarela ou a anta da Pêra do Moço, assinalando

presenças muito anteriores à formação da nacionalidade.

As Igrejas do Mileu, da Aldeia Viçosa, de S. Miguel e de Codeceiro (estas com

o seu pelourinho), são testemunho da antiga relevância de povoações vizinhas da

Guarda, hoje absorvidas pelo seu desenvolvimento urbanístico, como sendo o caso da

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Igreja do Mileu do período românico, local de antigo culto da Nossa Senhora e

recentemente restaurada.

Todos estes vestígios assinalados, nos roteiros turísticos, distribuídos pela

Câmara Municipal e pela Região de Turismo da Serra da Estrela, deverão ser

valorizados numa perspetiva de turismo ecológico que demanda a Serra da Estrela.

Património cultural da região

A cidade da Guarda é polo de atração de um conjunto de populações rurais que

vivem em pequenas aldeias e aglomerados serranos, de que ainda restam importantes

presenças no território. A articulação entre as populações rurais e a população da

cidade, por vezes, é desenvolvida nas aldeias, mantendo-se ativas explorações agrícolas

que importam produtos de marca (sobretudo queijos e enchidos), bem como tradições

artesanais que vale a pena manter e divulgar (cestos, ferragens, campainhas de bronze,

mobiliário). Existem, ainda, hábitos de ocupação dos tempos livres, como festas e jogos

populares, que merecem ser preservados como património cultural vivo da região.

Figura 5: Brasão

Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki

/Guarda

Figura 3: Localização da Guarda no

Mapa

Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/Gu

arda

Figura 4: Bandeira

Fonte:.http://pt.wikipedia.org/wiki/

Guarda

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1.2. Caracterização da instituição acolhedora

O atual edifício dos Paços do Concelho encontra-se implantado na zona da

antiga Praça da Boavista ou Praça do Mercado, atualmente Praça do Município. Este

novo edifício foi inaugurado em 1993, apresenta, na fachada principal, uma Torre do

Relógio com o objetivo de fazer alusão às Torres Sineiras da Sé Catedral.

Esta instituição tem como principal objetivo participar nas atividades do

desenvolvimento económico e social do Concelho. Nesse sentido, tem envidado

esforços, de modo a promover a satisfação das necessidades das comunidades locais,

principalmente no que respeita ao desenvolvimento socioeconómico, ao saneamento

básico, ordenamento do território, abastecimento público, à saúde, ao ambiente, à

educação, desporto e cultura. Neste âmbito, esta instituição tem vindo a desenvolver um

conjunto de atividades culturais, tornando a sua agenda muito vasta e apelativa. Esta

programação cultural torna-se importante não só para a valorização da população, como

também para atrair quadros qualificados e ainda transmitir uma boa imagem da

localidade. A autarquia tem feito investimentos ao nível de equipamentos culturais

distribuídos pela cidade. Como exemplo disso, sobressai o novo Teatro Municipal da

Guarda (TMG), a nova Biblioteca Eduardo Lourenço que, juntamente com o Centro de

Estudos Ibéricos (CEI), se situa na Quinta de Alarcão.

Este Município dispõe de capacidade técnica e de aptidões para planeamento e

lançamento de concursos públicos, respeitantes a acessibilidades e à construção de infra

– estruturas.

Figura 7: Logotipo da C.M.G.

Fonte: CMG

Figura 6: Atual Edifício dos Paços do Concelho

Fonte: http://capeiaarraiana.pt

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1.2.1. Estrutura orgânica da Câmara Municipal da Guarda

A administração da CMG é constituída por um presidente, sendo atualmente,

Joaquim Carlos Dias Valente e por vereadores, um dos quais designado vice-presidente,

intermediário executivo colegial da instituição, eleitos pelos cidadãos eleitores

recenseados na sua área.

A Câmara está divida, conforme organograma 1, em quatro departamentos:

Departamento de Administração Geral;

Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras;

Departamento de Manutenção Otimização de Equipamentos;

Departamento de Desenvolvimento, Social Económico, Cultural e Humano.

Diretor Municipal: António Júlio Gomes Patrício

Organigrama 1: Câmara Municipal da Guarda

Fonte: www.mun-guarda.pt

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O estágio desenvolveu-se no DPUO, na Divisão de Obras, no Sector de

Desenvolvimento de Projetos, como se pode verificar no organigrama 2, circunscrito a

vermelho. Encontrando-se estes serviços instalados no segundo piso do edifício da

CMG.

Diretor do Departamento: Joaquim Luís da Costa Gomes

Chefes Divisão:

- Planeamento e Ordenamento do Território: Joaquim Luís da Costa Gomes

- Gestão Urbanística: Fernando Jorge Duarte Lopes

- Obras: Vítor Manuel dos Santos Gama

Organigrama 2: Departamento de Planeamento, Urbanismo e Obras

Fonte: www.mun-guarda.pt

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1.3. Objetivos do trabalho desenvolvido no Estágio

O presente estágio, tem como objetivo desenvolver um trabalho prático, no

âmbito do Design de Equipamento, seguindo uma Metodologia Projetual, com vista a

uma melhor organização de todas as fases necessárias à sua conceção. Devendo esta

proporcionar, de forma harmoniosa, o enquadramento arquitetónico com o espaço

envolvente.

O projeto orienta-se segundo os objetivos:

Pesquisar/Investigar;

Esboçar;

Projetar um módulo multifuncional;

Utilizar materiais comercializados no mercado;

Cumprir o limite orçamental;

Aplicar conhecimentos adquiridos na formação académica.

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Capítulo II Enquadramento Teórico

Desenvolvimento do Estágio

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2.1. Enquadramento Teórico

O design nasceu em 1919 [1], quando Walter Gropius fundou a Bauhaus (escola

de design de artes plásticas e arquitetura) em Weimar. A Bauhaus foi uma das maiores e

mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no Design e na arquitetura,

sendo a primeira escola de design do mundo.

Segundo Munari [1], um designer é um projetista dotado do sentido estético;

dele depende em boa parte o êxito de uma determinada criação. Sempre que a forma de

um objeto de utilidade, como por exemplo uma máquina de escrever, um binóculo, uma

poltrona, um ventilador, uma panela, um frigorífico, é bem estudada, constitui um fator

determinante no aumento de vendas. Assim sendo, o papel de um designer de

equipamento é antever problemas de utilização que podem resultar de um mau projeto e

fazer com que o objeto seja intuitivo e de fácil utilização, que crie, em simultâneo, no

utilizador uma sensação de bem estar e uma ligação emotiva e sensorial.

Quando compramos um produto, inicialmente, ele afeta o nosso quotidiano,

logo, projetá-lo será uma responsabilidade não só económica, sustentável, pessoal, mas

também social.

Nos primeiros tempos do racionalismo, afirmava-se que um objeto era “belo”

por ser funcional e apenas se considerava a função estritamente prática, tendo como

exemplo as formas dos instrumentos de trabalho. Hoje, já não se toma em consideração

a beleza, mas antes a coerência formal e também a função “decorativa” do objeto como

elemento de interação emocional, porque a beleza considerada em si, pode definir

aquilo a que se chama estilo e transformar qualquer objeto dessa tendência apenas

porque é novo. Nessa sequência, tivemos num passado recente, o estilo aerodinâmico

não só nos aviões e automóveis, mas também nos puxadores dos móveis, nos carrinhos

de bebé e nas poltronas.

É, sem dúvida, compreensível que em todo o design tem que existir um projeto

que respeite uma estrutura desde o início ao fim. Organizar um projeto, por etapas,

racionaliza o desenvolvimento do mesmo, conseguindo orientar o controlo criativo. É

de primordial importância, na atividade do designer, a aplicação da Metodologia

Projetual, de forma a permitir um avanço gradual das fases do processo e constante

avaliação das mesmas, com vista ao sucesso do projeto. Não deverá dissociar-se da

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metodologia, duas questões consideradas suas auxiliares, sendo elas, a Antropometria e

Ergonomia.

De origem grega, a palavra Antropometria significa “medida do homem”,

reportando-se ao estudo e compreensão da variação das medidas físicas humanas,

desempenhando um papel importante no design, onde os dados estatísticos sobre as

dimensões do corpo na população, são utilizados para otimizar produtos. A Ergonomia é

a ciência de projetar produtos, máquinas e sistemas, com o objetivo de aumentar a

segurança, o conforto e eficiência dos utilizadores aplicando-se a qualquer tarefa física

humana.

É essencial para qualquer designer, ter este tipo de conhecimentos em relação à

ergonomia e antropometria. Conhecimento esse que, deverá ser sempre considerado,

durante o processo de conceção de qualquer produto, para que no resultado final se

obtenham equipamentos de fácil manuseamento, intuitivos e práticos, não causando

quaisquer possibilidades de lesão aos utilizadores.

Como ferramenta indispensável, em projeto de design, é a recolha de dados de

épocas anteriores para exemplos semelhantes, análise Diacrónica e a investigação sobre

soluções já existentes para problemas contemporâneos semelhantes, a análise

Sincrónica.

Considerada não menos importante é uma outra ferramenta que, com a ascensão

dos softwares de modelação 3D, cada vez mais designers chegam ao mercado de

trabalho sem fazerem uso dela, apesar de ser essencial para o seu sucesso: o esboço.

Muitos designers não dão importância a esta lacuna por acharem que não têm jeito para

desenhar. O poder do esboço não está em reproduzir fielmente o objeto, mas sim em ser

uma forma rápida de trabalhar ideias, explorar conceitos e comunicar facilmente frente

a frente com o cliente através de desenhos.

O primeiro passo de um projeto deve sempre passar pelo esboço.

Porém, esta ascensão do 3D veio trazer ferramentas de visualização que se

tornaram fundamentais na prática do design do produto. Através de renderizações

(imagens de modelos 3D geradas por computador), um designer de equipamento pode

reproduzir um objeto com um elevado grau de realidade, mostrando as suas dimensões,

as suas cores e materiais, bem como texturas e condições de iluminação.

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2.2. Trabalho desenvolvido

2.2.1. Introdução ao projeto

Para dar início ao meu estágio curricular, dei entrada na Câmara Municipal da

Guarda, no dia 10 de Setembro, dirigindo-me aos Recursos Humanos e daí fui

encaminhado para o DPUO, mais propriamente, na divisão de obra e no sector de

desenvolvimento de projetos, local onde o mesmo decorreu. Aí, fui recebido pelo chefe

de divisão e meu supervisor nesta instituição, o arquiteto Vítor Gama que muito

agradavelmente me acolheu e integrou na sua equipa de projetos, com o objetivo de

abordar novas ideias necessárias ao desenvolvimento de projetos urbanísticos e

consequentemente melhorar a qualidade de vida dos munícipes.

Assim sendo, a instituição espera que a área de Design de Equipamento dê o seu

contributo no sentido de dar nova roupagem a esses projetos.

Neste contexto, o supervisor apresentou uma sugestão de trabalho para eu

realizar ao longo das duzentas e oitenta horas de estágio, tratando-se de um projeto

(módulo multifuncional) exequível, tornando-se assim, segundo ele, mais interessante e

motivador para o estagiário desenvolver. O projeto proposto, além de se destinar a

múltiplas funções, deveria ser totalmente modular e sob a condição de ser desenvolvido

com materiais já comercializados no mercado. Prendendo-se esta condição, com o

limite monetário não devendo este exceder o valor máximo, destinado ao orçamento

para a construção, sendo o mesmo comparticipado pela CEE.

De seguida, o supervisor de estágio apresentou-me a um outro arquiteto, Nuno

Rolo Morais, por este se encontrar a desenvolver o projeto do edifício CTLG, onde os

módulos multifuncionais irão ser instalados e, como tal, poder-me-ia acompanhar

melhor neste trabalho, tirando-me eventuais dúvidas, sempre que estas surgissem.

A partir deste momento, foi-me cedido o anteprojeto do referido edifício em 2D,

realizado no programa Autocad da Autodesk e ainda me foi entregue o mesmo projeto

em 3D executado no programa Google Sketchup, conforme se entra no anexo 2, para

melhor percecionar o seu espaço.

Todo o trabalho inerente ao projeto do módulo em questão, foi executado por

mim, no meu computador portátil, dado entender que não seria correto, da minha parte,

proceder à instalação do programa Inventor Profissional 2012 da Autodesk num

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computador que além de pertencer a uma instituição pública, não dispõe de capacidade

suficiente para correr o referido programa.

O Inventor foi utilizado no desenho tridimensional, sendo todo o projeto nele

testado e modelado e ainda no desenho técnico bidimensional, no que se refere às

plantas, alçados, cortes, pormenores e suas legendas.

Quanto ao programa AutoCad 2D 2012, além de ter sido utilizado no desenho

experimental da forma, serviu também para verificar no projeto do CTLG, as medidas e

local onde vão ser instalados os módulos, dado o projeto do edifício ter sido realizado

no mesmo software.

Após o arquiteto responsável, pelo acompanhamento do meu estágio, me ter

enquadrado no projeto que eu iria desenvolver, fez referência ao local de instalação do

mesmo. Sendo este instalado no CTLG que, por sua vez, ir-se-á situar na Plataforma

Logística, localizada junto à povoação da Gata e com boa acessibilidade à entrada sul da

A23. Esta Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) ali implantada foi

implementada pela autarquia, em parceria com alguns empresários.

Trata-se de uma área destinada ao desenvolvimento e qualificação da atividade

industrial, onde irão existir, em simultâneo, uma área logística regional e ainda um

centro de serviços de apoio à atividade empresarial.

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2.2.2 Projeto do Módulo Multifuncional Metodologia utilizada

No desenvolvimento de todo o trabalho executado, ao longo do estágio, foi dada

importância à Metodologia Projetual, tendo esta norteado todo o processo de design que

acompanhou a integração dos módulos, no projeto desenvolvido.

O levantamento das necessidades foi feito conjuntamente com o arquiteto

responsável pelo projeto do edifício CTLG.

Dado ter sido a instituição a propor-me o projeto, senti a necessidade de partir

para a sua redefinição.

No sentido de se esclarecer alguns aspetos alusivos ao projeto e conhecer este,

mais pormenorizadamente, houve necessidade do recurso a várias sessões de «Briefing»

com o arquiteto. Num destes, foram definidos os requisitos essenciais a levar em

consideração no projeto, sendo eles:

Os módulos poderem ser utilizados individualmente ou unidos entre dois, três,

quatro ou mais;

Ter quatro portas de modo a facilitar a comunicação através deles, dado que, na

segunda fase de construção vão existir módulos sem terem acesso ao exterior, obrigando

assim a fazer o acesso através de outros módulos;

Privilegiar a entrada de luz;

Material leve e resistente;

Condições térmicas e acústicas;

Relação qualidade/preço.

Neste “Briefing” foi ainda abordada a questão dos pilares centrais de sustentação

do edifício que constituem a principal condicionante na implantação e dimensão dos

módulos. Dada a exigência do anteprojeto do CTLG pretender um determinado número

de módulos encaixados entre os pilares, limita assim as suas dimensões e acrescendo a

condição de deixar um determinado espaço entre os mesmos, para passagem da

componente técnica. Esta última exigência foi apresentada pelo arquiteto, de modo a

ocultar a passagem de tubos e cabos elétricos, sendo esta parte, posteriormente,

projetada pelos técnicos da área.

Limitando também o sucesso do projeto encontra-se, o fator monetário, não

devendo este exceder o valor máximo destinado ao orçamento do CTLG.

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A partir do reconhecimento do conceito de trabalho a desenvolver procedi,

através da internet, à investigação e recolha de dados contemporâneos e de épocas

diferentes para situações análogas. Esta análise sincrónica e diacrónica ajudou-me a

conhecer melhor os sistemas modulares existentes, utilizados na arquitetura e no design,

bem como alguns materiais. Apesar de ter feito uma vasta pesquisa, não encontrei um

projeto similar ao pretendido, seguidamente procedi à fase do esboço, passando por

diferentes fases ao encontro das melhores soluções, vendo-se algumas nas figuras 8 e 9.

Contribuindo a forma para o processo de comunicação estética e sob o ponto de

vista funcional, a forma geométrica que, inicialmente, esbocei foi baseada no 3D e na

planta que me foi cedida pela instituição e se encontra nos anexos.

Baseado na mesma forma, comecei por criar um modelo de junção destes

módulos. Então, surgiu-me a ideia de utilizar as oito peças que formam os cantos,

bastando para isso inverter o sentido das mesmas, como se poderá verificar nas figuras

10, 11 e 12.

Figura 9: Esboço procurando novas formas

Fonte: Elaboração Própria

Figura 12: União de módulos

Fonte: Elaboração Própria

Figura 11: Cantos

Fonte: Elaboração Própria

Figura 10: Módulo fechado

Fonte: Elaboração Própria

Figura 8: Esboço do estudo da forma

Fonte: Elaboração Própria

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Posteriormente, procedi à pesquisa, mais aprofundada, sobre materiais, a aplicar

nas paredes e no teto do módulo.

Após ter ponderado sobre diferentes materiais, cheguei à conclusão que seria

uma boa opção a utilização do policarbonato alveolar, dado este reunir as exigências

pré-estabelecidas.

O Policarbonato Alveolar é um polímero pertencente à classe dos

Termoplásticos. O material em causa é leve, facilitando assim a sua mobilidade; permite

uma boa passagem de luz por ser transparente como o vidro; proporciona boas

condições térmicas, permitindo economia energética e um isolamento acústico

considerável para um maior conforto; elevada resistência ao impacto; é resistente ao

calor, ao frio e à flexão; pode ser curvado a frio (com grande raio) e curvado a quente

(com o raio pretendido).

Com a utilização deste material, que se enquadra na reciclagem do plástico, no

Grupo 7 “Outros”, promove-se um Ecodesign, dada a sua reutilização e reciclagem,

eliminando assim a quantidade de substâncias nocivas, contribuindo para um melhor

ambiente. E ainda, devido à sua durabilidade, encontra-se apto para longos ciclos de

vida.

Tendo em atenção a mobilidade pretendida para a criação deste módulo,

considerei a fácil montagem e desmontagem das placas de policarbonato alveolar. Neste

sentido, fui seletivo na escolha dos encaixes.

Comecei por encontrar o modelo representado na figura 13, sendo este

inadequado para o efeito, visto criar um corte de passagem de luz e mostrando-se

inestético, apesar de ser resistente. Prossegui com a pesquisa e, de seguida, encontrei o

modelo da figura 14 que, depois de aplicado no projeto e visualizado exteriormente, me

pareceu ser razoável. No entanto, à semelhança do anterior, também este, interiormente,

faz o corte da passagem de luz tornando-se desagradável visualmente.

Passando ao modelo da figura 15, à primeira vista, pareceu ser o ideal, não

encontrando nele os inconvenientes dos modelos anteriores, excetuando o encaixe que

pareceu pouco seguro. Cheguei até ao último modelo, representado na figura 16. Dado

este apresentar as características pretendidas e anular os aspetos menos positivos dos

outros, foi o escolhido.

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Seguidamente, fiz uma investigação a nível de empresas que fornecem este

modelo selecionado, pedindo-lhes orçamentos e mais detalhes sobre as suas

características, como sendo, a espessura, largura, comprimento, percentagem da

transmissão de luz, cores, desenho técnico do perfil, entre outros.

Estabeleci vários contatos telefónicos e via correio eletrónico, com diversas

empresas portuguesas e espanholas, tendo, entre elas, optado pela Bevelop instalada na

Ericeira. Dialoguei, telefonicamente, com um vendedor da referida empresa que, de

imediato, se disponibilizou, juntamente com um técnico, a deslocar-se à CMG em

3/10/2012, a fim de proceder à apresentação de materiais e suas aplicações, deixando

amostras de alguns deles para melhor contacto com os mesmos.

Enquanto aguardei pela vinda dos elementos daquela empresa, fui esboçando,

através das ferramentas CAD, novas propostas da forma das paredes do módulo, como

consta nas figuras 17 e 19, baseando-me nas placas da marca Seplux, fornecidas pela

empresa referida, com largura de 333,3 mm. Apresentei as várias soluções ao arquiteto,

tendo ele optado pela da figura 19, que tem paredes duplas, com a função de ocultar a

estrutura e melhorar as condições térmicas e acústicas. Ambas as paredes utilizam

placas de 333,3 mm, apenas diferindo na espessura, sendo a exterior de 20 mm e a

interior de 16 mm, os cantos têm forma arredondada. O arquiteto aprovou esta forma,

pela sua simplicidade, facilitando a mobilidade do módulo e melhorando o

Figura 13: Sistema variável de encaixe

Fonte: www.cimianto.pt Figura 14: Sistema universal de união

Fonte: www.la-aluminios.com

Figura 16: Encaixe arredondado macho/fêmea

Fonte: www.cimianto.pt

Figura 15: Encaixe reto de macho/fêmea

Fonte: www.sepitalia.com

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aproveitamento de área. Ao invés da apresentada na figura 17 que, apesar de mostrar

maior criatividade, achou que a mesma tinha como inconveniente a redução de área e

maior dificuldade em se acoplar a outros módulos. Após a seleção, passei-a do esboço

para a modelação em 3D, a fim de se obter uma melhor perceção da realidade, como

pode ser visualizada na figura 21.

Figura 21: Modelação em 3D com paredes duplas

Fonte: Elaboração própria

Figura 20: Esboço dos módulos em volta do pilar estrutural

Fonte: Elaboração Própria

Figura 19: Esboço do módulo com duas paredes

Fonte: Elaboração própria

Figura 18: Esboço com dois módulos Unidos

Fonte: Elaboração própria

Figura 17: Esboço da Forma

Fonte: Elaboração própria

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Entretanto, chegou o dia da reunião presidida pelos elementos representantes da

empresa Bevelop. Nela, estiveram também presentes o supervisor do meu estágio, o

arquiteto autor do CTLG, o diretor do Departamento de Manutenção e Otimização de

Equipamentos (DMOE), uma estagiária do curso de arquitetura e eu. Iniciou-se esta

reunião, com a apresentação de algumas amostras de placas de policarbonato alveolar

da marca Seplux, anteriormente referida, com espessuras e tonalidades diferentes, como

mostram as figuras 22 e 23. Este modelo de placas corresponde precisamente ao

utilizado nos esboços anteriores.

No decorrer da apresentação, surgiu a dúvida ao arquiteto Nuno Morais, ao

supervisor e a mim, quanto à possibilidade de criar na placa, um ângulo de 90º com um

raio de 193 mm. Passou-se à experimentação, como forma de verificação da hipótese.

Tentou fazer-se uma curvatura a frio, mas sem êxito, dado as placas possuírem pouca

largura, não atingindo assim o raio de curvatura necessário, para esta operação. Perante

este facto, eu propus ao vendedor, a possibilidade de se fazer cortes na placa, por ter já

utilizado esta técnica, na cadeira de maquetagem, para fazer curvaturas no cartão pluma.

Através de dois cortes, formou-se um ângulo de 90º, neste material.

Esta é uma solução, no entanto, tem alguns inconvenientes: a perda significativa

de resistência; mau aspeto visual; possível entrada de resíduos, através dos cortes;

excesso de maleabilidade.

Figura 23: Encaixe

Fonte: Própria.

Figura 22: Perfis de diferentes Policarbonatos Alveolares

Fonte: Própria.

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Não realizado com esta solução, pensei na execução da curvatura a quente,

com o intuito de colmatar as lacunas encontradas.

Mostrei aos elementos da empresa, a figura 27, onde é visualizada uma

curvatura feita neste material. Esta fotografia é um exemplo da aplicação deste material,

fornecido e aplicado pela conceituada empresa Sepitalia.

Após esta visualização, a curvatura a quente foi considerada viável.

Figura 25: Ângulo de 90º

Fonte: Própria

Figura 24: Corte experimental

Fonte: Própria

Figura 26: Curva experimental

Fonte: Própria

Figura 27: Curva em placa Seplux

Fonte: www.sepitalia.com

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26

Posteriormente, também nos foram apresentados alguns acessórios para este

material, assim como soluções de fixação possíveis de utilização neste projeto. Foi-nos

ainda apresentado, um catálogo da marca Danpalon sobre policarbonato e suas

aplicações.

De seguida, testámos, manualmente, a resistência dos materiais, mais

propriamente a sua reação à força exercida pelo homem, bem como a fixação do

encaixe.

Também nos foram apresentadas pequenas amostras de placas de policarbonato

alveolar e amostras de cores, encaixe das mesmas, peça para fixação e calha em

alumínio, sendo tudo isto da marca Danpalon.

Procedeu-se à negociação de preços, aguardando uma resposta.

Tive a oportunidade de apresentar o projeto, ainda em curso, de modo a que o

vendedor e o técnico, se pronunciassem sobre a sua viabilidade, tendo obtido uma

resposta favorável.

Figura 30: Amostra de cores

Fonte: Própria

Figura 29: Policarbonato e fixador

Fonte: Própria

Figura 28: Policarbonato e acessórios

Fonte: Própria

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Numa última abordagem e fora do contexto do projeto, mostraram-nos algumas

soluções de impermeabilizações, dado também estar presente o diretor do DMOE,

interessado por esta área. É de considerar estas soluções uma mais-valia em matéria de

construção e reparação de obras. Ainda neste âmbito de infiltrações foi apresentada uma

novidade em Portugal. Trata-se de um produto alemão, aplicado numa superfície de

parede limpa e seca, denominado de “penso” que vem dentro de uma cápsula

juntamente com um par de luvas, sendo também este produto, no nosso país, uma

exclusividade desta empresa, garantindo uma durabilidade por um período de dez anos.

Estrutura e Prumos

Após a apresentação e exemplificação da aplicação dos materiais, por parte dos

dois representastes da empresa, cheguei à conclusão que seria necessária a existência de

uma estrutura metálica, como suporte do policarbonato. Então, resolvi fazer esboços de

algumas possíveis formas de estruturas, preocupando-me com a segurança e a

resistência, dentro de uma linha simples e discreta, cortando o menos possível a entrada

de luz.

Entretanto, o arquiteto ao observar estes esboços, sugeriu que fizesse a

estrutura em cantoneira, com uma forma assumida, de modo a enquadrar-se mais no seu

estilo pessoal, estando este muito presente no CTLG. Dentro desse género, ele

aconselhou-me a fazer uma pesquisa sobre modelo de estruturas, nomeadamente, a

utilizada no Spinpark de Braga, podendo ser visualizada na figura 32.

Figura 31: Esboços de estruturas com encaixe rápido e pilar ajustável.

Fonte: Elaboração Própria

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A partir daí, envidei todos os meus esforços, no sentido de dar cumprimento ao

modelo/estilo sugerido.

No respeitante à cantoneira, decidi excluí-la por tê-la achado pesada e inestética,

dando lugar a um tubo quadrado, em aço de uso geral, dado este ter um perfil bastante

mais leve e criar outro impacto visual.

Inicialmente, surgiu-me a ideia de colocar em cada parede, três peças

retangulares, construídas em tubo metálico, como se pode observar na figura 33. As

mesmas serviram de estrutura e funcionaram como apoio do policarbonato,

minimizando o corte de luz e não descurando demasiado a minha ideia de estética.

Figura 33: Esboço de estrutura retangular

Fonte: Elaboração Própria

Figura 32: Estrutura do Spinpark.

Fonte: www.topboxdesign.com

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Ao nível de estrutura metálica seria o suficiente para sustentar o policarbonato e

seus acessórios, portas e sistemas de apoio. No entanto, para ir ao encontro do estilo do

arquiteto, este mais uma vez sugeriu que procurasse assemelhar mais à construção que

anteriormente deu como referência, ou seja, estrutura do Spinpark de Braga. Para se

conseguir essa semelhança, ficando o tubo bem realçado, optei por dar a forma de dois

“X” a cada uma das peças metálicas laterais, ficando estas mais evidenciadas. A

estrutura central, em função da sua pequena dimensão e simplicidade, foi concebida em

forma de “X”, conforme ilustração da figura34.

Devido às limitações monetárias e conciliando com o estilo preferencial do

arquiteto, decidi retirar a parede interior em policarbonato alveolar de 16 mm de

espessura e colocar apenas a parede exterior, ficando assim em destaque a estrutura.

Segundo a opinião dos técnicos da Bevelop, uma parede de 20 mm de espessura,

será o suficiente em termos térmicos, acústicos e de resistência, visto estar instalado

num espaço interior.

Foi necessária a criação de quatro prumos estruturais, servindo os mesmos de

sustentabilidade a toda a estrutura do módulo. Esses prumos foram projetados, segundo

as necessidades, em dois tubos circulares, em aço de uso geral, trabalhando um dentro

do outro, levando o que trabalha interiormente furos de 11 mm de diâmetro com

espaçamento 75 mm entre eles, de modo a fazer um ajustamento ao teto, segundo a sua

Figura 34: Estrutura

Fonte: Elaboração Própria

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altura e inclinação. Devido a esta inclinação, criei na parte superior do tubo uma peça

ajustável de apoio e fixação.

Relativamente ao tubo exterior, houve necessidade de lhe aplicar na sua

extremidade inferior, um perno como adjuvante da sua fixação na base e na parte

superior um tubo roscado no qual vai trabalhar uma porca roscada, que por sua vez

possui um varão móvel, onde vai ser exercida força, de modo a facilitar um perfeito

ajuste ao teto. Essa porca tem também um furo, no sentido oposto ao do varão móvel,

servindo, sempre que necessário, à introdução de um varão, para ajudar a dar um aperto

mais forte e eficaz, podendo o sistema ser visualizado na figura 35. Nesse sistema de

aperto, apliquei uma peça em varão de 10 mm que facilmente é introduzida ou retirada

do furo, o que lhe adiciona a particularidade de ajustamento rápido e bloqueio,

permanecendo no local, devido à sua forma, sempre que esteja em fase de repouso.

Seguidamente, passei à fase de montagem da estrutura, sendo necessária a

criação de umas peças.

Ao criar este sistema, inspirei-me no mecanismo de uma trotinete, tendo nele

verificado o seu eficaz e rápido funcionamento, apresentado na figura 38.

As peças que projetei são em tubo quadrado, de aço de uso geral com 30 x 30 x

2 mm, as quais vão permitir a junção das várias peças que constituem a estrutura, como

mostra a figura 39. Estas peças permitem a estabilização e a fixação que é feita através

de molas com ponta esférica, de forma a fazer o acoplamento entre as várias peças,

permitindo este sistema uma fácil montagem e desmontagem. De modo a executar esta

operação, apenas é necessário pressionar a esfera.

Figura 37: Ajustamento à

inclinação

Fonte: Elaboração Própria

Figura 36: Sistema de elevação

(em posição de trabalho)

Fonte: Elaboração Própria

Figura 35: Sistema de elevação

(em posição de repouso)

Fonte: Elaboração Própria

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Às peças que vão formar os cantos, foram-lhes soldadas chapas de 5 mm de

espessura, para que elas se possam fixar aos prumos, através de um furo, dando assim

estabilidade ao módulo. Cada uma destas peças tem ainda a função de fazer a junção

entre duas paredes, tendo o seu estudo sido baseado na posterior ligação entre módulos,

sempre que necessário. A peça em questão, tem a forma arredondada, de modo a fazer o

acompanhamento do ângulo de curvatura que criei nos cantos de policarbonato,

conduzindo a uma economia de espaço e privilegiando a estética.

Em relação ao tubo que escolhi para a estrutura é quadrado, em aço de uso geral,

não havendo necessidade de um outro material de preço superior, visto a sua aplicação

ser num espaço interior não sujeito às intempéries. Contudo, este material vai ser sujeito

a um tratamento anti corrosão, levando um revestimento primário e de seguida pintado

de preto fosco.

No caso dos prumos, será aplicado tubo redondo também este em aço de uso

geral, mas vai ser polido e protegido com verniz para metais, a fim de evitar a oxidação.

A tonalidade polida tem como finalidade, criar um alto contraste com o preto fosco da

estrutura.

Montagem do Policarbonato

Após a montagem da estrutura metálica, parti para a do policarbonato. Tendo

este que ser colocado em duas calhas, uma denominada de perfil inferior e a outra de

superior, dado as dimensões e funções serem diferentes. Optei por a calha Seplux para

Figura 38: Encaixe rápido da trotinete

Fonte: Própria

Figura 39: Encaixe rápido na estrutura

Fonte: Elaboração Própria

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policarbonato alveolar de 20 mm, porque tem a particularidade de ter um vedante em

borracha que permite melhor vedação térmica e acústica. E ainda possuir uma aba para

melhor fixação mecânica e a inferior possuir duas abas interiores, que por sua vez, irão

impedir que o policarbonato toque na parte inferior da calha. Torna-se necessário que

estas calhas sejam fixadas à estrutura metálica. Para tal, foram utilizados os «rebites

pop» para a calha inferior, em virtude de esta ser aplicada na face inferior da estrutura e

existir um espaço reduzido entre a estrutura e a base de betão. Em relação à calha

superior, utilizei parafusos com rosca de chapa.

Estas calhas fazem curvaturas no sítio dos cantos do módulo, de forma a

acompanhar o policarbonato, bem como a peça da estrutura que forma os cantos.

Projetei alguns cortes nestas calhas, de modo a conseguir encaixá-las nas formas

pretendidas.

Estando as calhas colocadas, chegou a altura da aplicação do policarbonato. Mas

antes desta aplicação deverá ser colocada uma fita de alumínio nas duas extremidades

de cada peça do policarbonato, para assim evitar a entrada de resíduos.

Decidi colocar uma “Grapa Seplux” ao centro de cada placa de policarbonato,

para uma melhor fixação à estrutura, sendo aparafusada à barra central da mesma. Esta

peça é colocada no encaixe “macho” devendo ser aplicada antes de encaixar a segunda

peça e assim sucessivamente.

Figura 40: Acompanhamento de curvaturas (estrutura, policarbonato e calha)

Fonte: Elaboração Própria

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Teto e seus Componentes

Relativamente ao teto, optei pelas placas Danpalon “DP16 Multicell”, de 16 mm

de espessura por 60 cm de largura, por ter gostado do seu perfil, parecendo-me

oferecerem resistência, com pequeno ângulo de oscilação. O seu encaixe pareceu-me

também bastante resistente, devido ao sistema de união através do “U-2 Connector”,

encontrando-se estes equipamentos representados nas figuras anteriores 28 e 29.

Para a obtenção de melhores níveis de transmissão de luz, escolhi o tom “clear”

(transparente).

Todas as placas devem ser fechadas nas duas extremidades com fita de alumínio,

tal como o “U-2 Connector” com a peça “End cap for “U-2” conector”.

Para fixação das placas optei pela calha “Aluminum UDP”, as quais vão ser

fixadas, através de parafusos de chapa, a cantoneiras de abas iguais 20 x 3 mm. Esta

cantoneira tem a particularidade de permitir retirar, faseadamente, o teto ou as paredes

laterais.

Figura 41: Aplicação da “Grapa Seplux”

Fonte: Elaboração Própria

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No teto surgiu o problema dos cantos, devido à passagem dos prumos. Para

solucionar este problema criei uma peça para cada canto, tendo utilizado um perfil “H”

também em policarbonato, onde fiz os cortes adequados de modo a encaixar

corretamente nesta situação, de maneira a não haver perdas térmicas e acústicas, como

mostra a figura 43.

Como forma de evitar possíveis oscilações e suporte de teto, quando retiradas as

paredes centrais, para unir os módulos, resolvi suspender o teto, através de cinco cabos

de aço, distribuídos em pontos estratégicos fixados à cobertura do CTLG. Utilizei os

seguintes acessórios para os cabos de aço: manilha (para fixação ao teto do CTLG);

manilha em barra metálica, por mim projetada devido à inexistência no mercado com as

Figura 43: Encaixes dos cantos em policarbonato

Fonte: Elaboração Própria

Figura 42: Cantoneira para a fixação das calhas

Fonte: Elaboração Própria

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dimensões pretendidas (indo esta fixar ao “U-2 Connector”); esticador (permite este um

melhor ajustamento de folgas); argola para cabo de aço; cerra juntas; mosquetão (este

faz a ligação entre a manilha projetada e o esticador).

Optei por colocar um cabo de aço no ponto central do módulo, sendo este fixado

a uma placa de policarbonato compacto de 10mm de espessura, que irá proporcionar o

seu aperto e a entrada do cabo. A placa dará um bom suporte ao teto devido às suas

dimensões, a mesma poderá ser utilizada também, como base para fixação de armadura

de iluminação, apresentada na figura 44.

Figura 47: Sistema de sustentação aplicado em 4

pontos do módulo (pormenor)

Fonte: Elaboração Própria

Figura 45: Conjunto de mosquetão, esticador,

cerra juntas, cabo de aço

Fonte: Elaboração Própria

Figura 44: Sistema de sustentação central

Fonte: Elaboração Própria

Figura 46: Sistema de sustentação aplicado em 4

pontos do módulo

Fonte: Elaboração Própria

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Porta e seus componentes

Relativamente à porta, o arquiteto sugeriu que fosse de abrir, para melhor

vedação. De seguida, analisei a situação e verifiquei que esta hipótese iria retirar muito

espaço, além de poder tornar-se agressivo, aquando da passagem entre módulos, dado

cada um destes, possuir quatro portas.

Como solução mais viável, para este caso, propus-me criar o modelo de porta de

correr, ainda que este conduza a pequenas perdas de temperatura e comprometa o

espaço a nível de som. No sentido de minimizar esta situação, utilizei vedantes de

pelúcia em torno do vão da porta, conforme a figura 48.

Em contrapartida, a porta de correr melhora substancialmente a nível de

acessibilidades. Neste âmbito, é de considerar a imposição ergonómica, visando esta

garantir a segurança, comodidade e facilidade de utilização a todos os utilizadores com

necessidades especiais que acedam ao seu interior e tirem partido deste.

A estrutura da porta levará um aro em madeira maciça com 30 x 30 mm, sendo

preenchido o seu interior com cartão favado, ajudando assim a evitar o empeno.

Novamente, procedi a uma pesquisa sobre materiais a aplicar nas duas faces

exteriores, numa análise sincrónica, fiquei em dúvida entre a cortiça, o “Bulletin Board”

da marca Forbo, o “Filme Policarbonato 3D” e o OSB. A cortiça devido não só ao seu

elevado nível acústico, como também pelo contraste de textura e cor na composição

com o policarbonato. O “Bulletin Board” da marca Forbo por ter gostado da sua textura

e cor, além da sua funcionalidade, é um revestimento em linoleum, sendo ideal para

painéis de afixação, podendo ser útil para informação complementar ao módulo. Não

Figura 49: Vedante de pelúcia

Fonte: www.batista-gomes.pt

Figura 48: Vedante de pelúcia aplicado na porta

Fonte: Elaboração Própria

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optei por estes materiais devido ao seu preço elevado. Em relação ao “Filme

Policarbonato 3D”, este é um material cinético 3D, formado por multi-lentes, com

espetaculares efeitos de relevo, mas tem como desvantagem, na aplicação da porta, o

facto de ser demasiado maleável.

Por fim, decidi-me pelo OSB, um material composto por pequenas lascas de

madeira orientadas, segundo uma determinada direção. Essas partículas de madeira

depois de revestidas com cola, são dispostas em camadas, permitindo aumentar assim a

resistência do painel.

Considerando-se algumas das suas vantagens: resistência à deformação, à rutura;

excelente relação entre resistência e peso; fácil utilização, podendo ser facilmente

serrado, furado, aplainado, lixado, pregado, cravado ou aparafusado junto ao bordo sem

rachar; facilmente colado e pintado; tem baixo custo.

Para além de todas estas particularidades, no seu processo de fabrico, não são

utilizadas árvores adultas como matéria-prima. Sendo esta proveniente de florestas

Figura 53: OSB pintado de vermelho;

Fonte: http://typegregory.blogspot.pt

Figura 51: “Bulletin Board” da Forbo

Fonte: www.forbo-flooring.com.pt

Figura 50: Cortiça

Fonte: www.zazzle.pt

Figura 52: “Filme Policarbonato 3D” utilizado em

abajures de candeeiros

Fonte: www.mitera.pt

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geridas de forma sustentável e o material ser totalmente reciclável indo assim

influenciar o tipo de resíduos gerados e conduzindo a um impacto ambiental reduzido.

Não menos importante é a sua durabilidade, alongando o seu ciclo de vida.

Com a finalidade de dar outro acabamento e resistência à porta, ir-lhe-á ser

aplicado um aro de perfil “U” em aço Inox com 2 mm de espessura.

No respeitante à fechadura escolhi a “JNF IN.20.922”, devido a esta possuir um

gancho totalmente recolhível na posição de aberta, não ferindo assim os utilizadores,

sendo a mesma, visível, na figura 55. Tive em linha de conta, o espaço que vai da testa

ao centro da entrada do cilindro. Optei pelo modelo de fechadura de maior distância que

o fabricante apresenta no mercado, devido à acessibilidade, respeitando às distâncias

(normas) atuais em vigor.

Em relação ao cilindro preferi o “JNF IN.19.520.1B”, visto tratar-se de um perfil

europeu com botão pelo lado interior (sistema de bloqueamento manual) e chave pelo

exterior.

Figura 55: Fechadura JNF IN.20.922

Fonte: www.mabalgarve.net

Figura 54: Fechadura

Fonte: Elaboração Própria

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Dado a porta ter 40 mm de espessura e o cilindro 60 mm de comprimento, iriam

ficar 10 mm de cada lado do cilindro, para fora da porta, o que ficaria inestético.

Pretendendo dar um melhor acabamento em torno do cilindro, utilizei o espelho

“JNF IN.04.36O Y10M”. Este espelho como tem 10 mm de espessura permitiu fazer um

melhor remate ao cilindro ficando este nivelado com o espelho. As suas dimensões são

as seguintes: 72 mm comprimento, 32 mm largura e 10 mm de espessura.

Figura 58: Espelho

Fonte: Elaboração Própria

Figura 59: Espelho “JNF IN.04.36O Y10M”

Fonte: www.jnf.pt

Figura 57: Cilindro “JNF IN.19.520.1B”

Fonte: www.gosimat.pt/

Figura 56: Cilindro para fechadura

Fonte: Elaboração Própria

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Para sustentação da porta, escolhi o sistema de calha “Geze Rollan 80”,

conforme a figura 60, conjunto que inclui: calha, rodízios, batentes e guia. O mesmo,

suporta portas até 80kg, podendo ser aplicado no teto ou na parede.

Cheguei à conclusão que, seria mais vantajoso utilizar este sistema, dado o

mesmo ter um preço acessível e preencher os requisitos qualidade/preço. Este vai

satisfazer as necessidades visto ter optado por uma porta não muito pesada, logo isso

não obriga a um sistema muito complexo e, por isso, mais fácil encontrar no mercado a

preços mais acessíveis, apesar de ser um bom e fiável sistema, tanto a nível de calha

como de roletes, peças de travamento e as de suporte da porta.

Quanto aos suportes de fixação da calha, surgiu um problema, devido à porta ter

mais espessura que a calha. Os apoios que trás de origem são destinados a portas com

menos espessura, fazendo com que a calha toque na base de fixação. Esta calha tem

31,2 mm de espessura e a porta que projetei tem 44 mm de espessura, podendo as

mesmas serem consultadas nos anexos 4 e 9.

Confrontando-me com este problema, expu-lo ao arquiteto, dando-lhe duas

possíveis soluções para o resolver: utilizar placas de OSB e de Cartão Favado com

menos espessura, a fim de reduzir a espessura da totalidade da porta, tendo como

inconveniente diminuir algumas qualidades, ou utilizar cantoneiras com abas maiores

para afastar mais a calha da estrutura e assim haver espaço disponível para o

funcionamento da porta.

Tendo sido a segunda hipótese a sua opção e, para ir ao seu encontro, consultei

algumas tabelas de cantoneiras, optando pela de abas iguais com 40 x 4 mm, podendo a

tabela ser consultada, no anexo 5. De seguida, coloquei-as, estrategicamente, pela calha

Figura 60: Sistema de calha

Fonte: Elaboração Própria

Figura 61: Sistema “Geze Rollan 80”

Fonte: http://carvalhobatista.pt

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de forma a fixá-la em pontos disponíveis na estrutura. Como forma de fixação a esta,

utilizei parafusos M8 com 47 mm de cumprimento. Estes têm como limite esta medida,

dada a falta de espaço disponível e o parafuso juntamente com a porca M8 auto-frenante

(impede a sua movimentação acidental), ao atravessar a estrutura poderá ferir o

policarbonato.

Para acionar o deslocamento da porta utilizei um par de asas “Bestloque

C2209/19 x 200" em aço inox satinado com 19 mm diâmetro e 200 mm altura.

A escolha deste equipamento, neste material, deve-se ao facto de ele ser

resistente à oxidação, para além de ter uma aparência higiénica, com facilidade de

limpeza e um forte apelo visual, com o seu ar de leveza e de modernidade.

Para uma melhor interação entre o utilizador e este equipamento, no aspeto da

acessibilidade e manuseamento, fiz uma investigação sobre medidas básicas a aplicar.

Procurei cumprir as medidas antropométricas, para que o equipamento se adaptasse à

sua função.

Figura 62: Cantoneira, estrutura, parafuso e policarbonato

Fonte: Elaboração Própria

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Rede

Dado o projetista ter idealizado para o CTLG, tetos falsos de rede, achei que

deveria usá-la também, de modo a fazer a ligação entre o teto do módulo e o teto falso

do edifício que fica a cerca de 4 m de altura.

Depois de ter feito uma vasta pesquisa, cheguei à rede eletrosoldada,

quadriculada e galvanizada, com quadriculas 25x25 mm, arame de 1,75 mm de

espessura e 1 m de altura. Ela é fornecida em rolos de 25 m de comprimento.

A rede irá ser aplicada na parte superior do módulo, acima do teto, fazendo a

mesma o contorno dos quatro prumos aos quais vai ser fixada através de abraçadeiras de

serrilha, utilizando 20 m de comprimento em cada módulo.

Tendo esta rede agradado ao arquiteto ele decidiu utilizá-la em todo o teto falso

do edifício, havendo assim uma linguagem mais uniforme.

Figura 64: Par de asas “Bestloque C2209”

Fonte:www.mabalgarve.net

Figura 63: Par de asas

Fonte: Elaboração Própria

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43

União entre módulos

No sentido de proceder à união entre módulos é necessário começar por

desmontar todos os componentes que constituem as paredes dos módulos a unir.

De modo a alcançar este objetivo, fiz o seguinte:

para a união das peças que formam os cantos estruturais, projetei uma outra,

também em tubo quadrado, em aço de uso geral com 35 x 35 x 2 mm;

para a união das placas em policarbonato alveolar que formam as paredes,

utilizei placas de 20 mm de espessura e 333,3 mm de largura iguais às restantes, na qual

projetei dois ângulos de 90º que vai permitir fazer a ligação através do encaixe

macho/fêmea, visível na figura 64;

para unir o teto, vai ser utilizada uma placa de policarbonato alveolar de 16

mm de espessura, a qual vai ser unida às restantes, através dos perfis “H” feito do

mesmo material;

para a ligação das calhas de suporte do policarbonato, entre os cantos, foram

aplicadas outras do mesmo modelo, tendo o modo de fixação sido igual ao anterior.

Pensando na estética, tentei fazer com que estas peças de união fossem uma

continuidade do módulo e assim se integrassem na mesma linguagem.

Figura 66: Rolo de rede

eletrosoldada

Fonte:.www.hilarioalves.com

Figura 65: Rede aplicada no módulo

Fonte: Elaboração própria

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44

Condicionantes à realização do projeto

Dado o edifício CTLG assumir uma vocação multifuncional, consequentemente

a projeção deste módulo destina-se a diferentes valências.

No desenvolvimento deste projeto tentei associar a qualidade ao preço, com

vista a enquadrar-se dentro dos parâmetros orçamentais previstos. No entanto, deparei

com alguns condicionalismos, para além do económico que limitou a escolha de outros

materiais, houve ainda a nível de estética. Gostaria de ter feito uma maior composição

de cores, utilizando policarbonato colorido. Mas, na eventualidade de o utilizador

necessitar permanecer no módulo, por um longo período de tempo, irá prejudicar a

visão devido à reflexão de cor, aquando da penetração da luz. Pensei também numa

iluminação com LEDs que oferece longa vida útil, baixos consumos e alta eficiência

energética, para além do efeito visual pretendido. Na impossibilidade da utilização do

policarbonato colorido, seria uma boa aposta, em termos de inovação e estética a

aplicação deste tipo de iluminação. A sua luz iria ser projetada na parte exterior do

módulo, dando-lhe cor, luz e efeito, mas devido ao seu elevado preço, não foi aplicado.

Figura 68: União entre três módulos

Fonte: Elaboração Própria

Figura 67: Policarbonato Alveolar de

ligação

Fonte: Elaboração Própria

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45

Considerações finais do projeto

Os princípios funcionais, de segurança e estéticos foram claramente tidos em

conta, pelo que procurei conciliar todos eles de modo a obter um resultado positivo,

coerente, abordando sempre a necessidade do Design.

Com este projeto pretendi privilegiar tanto a estética como a funcionalidade,

dando a possibilidade do utilizador adequar, consoante a funcionalidade pretendida, ou

necessária, o módulo.

Como objetivo adicional podem estes módulos funcionar independentemente, ou

serem acoplados, dado terem a particularidade, no caso de se pretender um espaço mais

amplo, de se juntarem (um, dois, três ou mais módulos).

A solução final que apresentei para o problema, relativo ao trabalho de estágio,

proposto pelo meu supervisor arquiteto Vítor Gama, encontra-se nas figuras 69, 70, 71,

72 e com mais detalhes nos anexos 8 e 9.

Figura 70: Três módulos acoplados (vista interior)

Fonte: Elaboração própria

Figura 69: Módulo (vista interior)

Fonte: Elaboração própria

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Figura 72: Acoplação entre módulos

Fonte: Elaboração própria

Figura 71: Módulo (vista exterior)

Fonte: Elaboração própria

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47

Conclusão

Este documento é o testemunho de uma experiência obtida durante a realização

deste estágio, que se torna indispensável à consolidação das aprendizagens adquiridas

durante o curso. Sem dúvida, que a grande parte desses conhecimentos teóricos tiveram

bastante utilidade, ao longo destes dois meses. Não passando essa importância apenas

por validar as competências académicas, mas também tem que ser vista como uma

ponte entre o ensino e o mercado de trabalho. Embora esta experiência tenha sido uma

proximidade com a realidade, sei que ainda há um longo percurso a percorrer neste

sentido.

De acordo com toda a atividade exercida, neste período, a mesma foi avaliada de

maneira metódica e cuidadosa, baseada em estudos, em pesquisas, respeitando os

princípios básicos, o conceito e a necessidade de Design na vida quotidiana do ser

humano. Para mim, este estágio tornou-se uma experiência bastante positiva, na medida

em que nele reforcei os conhecimentos estudados, associando-os às tecnologias, no

desenvolvimento de um projeto diferente, onde não só na área estudada como noutras

alarguei os meus horizontes.

Tive a perceção do quanto é importante ter cuidado com todas as questões

ligadas ao mecanismo, funcionalidade, segurança, conciliando com a estética, sendo

esta privilegiada.

No entanto, ao longo deste tempo, algumas dificuldades apareceram, mas com o

contributo do arquiteto que acompanhou o meu estágio, com quem facilmente me

adaptei e identifiquei com a sua forma de trabalho, consegui transpô-las.

Espero que o meu trabalho tenha correspondido ao grau de exigência pretendido,

que venha a ser aplicado e que, de alguma forma, consiga atingir os resultados de

rentabilidade pretendidos, mesmo com todas as limitações inerentes, adversidades e

circunstâncias.

Em jeito de reflexão, considero muito gratificante, a realização deste projeto,

neste departamento desta instituição, com colaboradores disponíveis que me trouxeram

inúmeras vantagens, ao nível profissional.

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48

Bibliografia Câmara Municipal da Guarda. Manual de Acolhimento. Edição A, 2007.

Ferreira, Arlindo. Dossier da Disciplina de Metodologia Projetual, 1º Ano, Curso de

Design de Equipamento, ESTG, 2009/2010.

Guia da norma brasileira, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos, 2004.

Jorge, Filipe e Saraiva, António. Guarda Vista do Céu. 1º edição. Argumentum

Edições, 2009.

Lourenço, Miguel. Dossier da Disciplina de Ergonomia, 2º ano, Curso de Design de

Equipamento, ESTG, 2010/2011.

[1] Munari, Bruno. A Arte Como Ofício. Lisboa: Coleção Dimensões-1, 1982.

Neufert, Peter. Arte de projetar em arquitetura. 17ª edição. Barcelona: Editorial

Gustavo Gili, SL, 2004.

Panero, Julius e Zelnik, Martin. Dimensionamento humano para espaços interiores.

Barcelona: Gustavo Gili, SA, 2002.

Reis, A., Correia dos; Farinha, M., Brazão; Farinha, J. S. Brazão. Tabelas técnicas.

Lisboa: Técnicas E.T.L., 2005.

Reinas, André. Dossier da Disciplina de Materiais, 2º ano, Curso de Design de

Equipamento, ESTG, 2011/2012.

Teles, Paula. Guia da Acessibilidade e Mobilidade para Todos. Lisboa: Secretaria de

Estado Adjunta e da Reabilitação, 2007.

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49

Web grafia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarda (acedido em 10/11/2012)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_da_Beira_Baixa (acedido em 10/11/2012)

http://www.3marcos.com (acedido a 3/10/2012)

http://www.acimadamedia.com (acedido a 11/10/2012)

http://www.aeessg.ipg.pt (acedido em 8/11/2012)

http://www.agc-lda.com (acedido em 11/10/2012)

http://www.amorim.com (acedido em 2/10/2012)

http://www.archiexpo.es (acedido em 11/9/2012)

http://www.archiproducts.com (acedido a 10/9/2012)

http://www.batista-gomes.pt (acedido a 12/10/2012)

http://www.cobermat.pt (acedido em 13/9/2012)

http://www.correiaparafusos.pt (acedido a 3/10/2012)

http://www.cristalino.pt (acedido em 14/9/2012)

http://www.danpalon.com (acedido em 4/10/2012)

http://www.dimatur.pt (acedido em 14/9/2012)

http://www.fachagas.pt (acedido em 8/10/2012)

http://www.forbo-flooring.com.pt (acedido em 4/10/2012)

http://www.gerflor.pt (acedido em 5/10/2012)

http://www.gosimat.pt (acedido em 27/9/2012)

http://www.hilarioalves.com (acedido em 12/10/2012)

http://www.importubos.com (acedido em 11/10/2012)

http://www.inr.pt (acedido em 5/10/2012)

http://www.interportas.net (acedido em 12/10/2012)

http://www.jnf.pt (acedido em 10/10/2012)

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50

http://www.joaoseixas.pt (acedido em 11/10/2012)

http://www.jsoarescorreia.pt (acedido em 8/10/2012)

http://www.jular.pt (acedido em 12/10/2012)

http://www.la-aluminios.com (acedido em 14/9/2012)

http://www.mabalgarve.net (acedido em 11/10/2012)

http://www.marianitech.com (acedido em 5/10/2012)

http://www.mitera.pt (acedido em 5/10/2012)

http://www.mun-guarda.pt (acedido em 9/11/2012)

http://www.openspace.pt (acedido em 12/10/2012)

http://www.palplastic.es (acedido em 4/10/2012)

http://www.plexicril.pt (acedido em 14/9/2012)

http://www.polysolution.com.br (acedido em 14/9/2012)

http://www.rbdrinks.pt/polycarbonate.php (acedido em 20/12/2012)

http://www.represtor.com (acedido em 11/10/2012)

http://www.sacastro-ferragens.com (acedido em 9/10/2012)

http://www.sotecnisol.pt (acedido a 10/9/2012)

http://www.speedfusion.pt (acedido em 12/10/2012)

http://www.teminsa.com (acedido a 8/10/2012)

http://www.vedamisto.pt (acedido em 11/10/2012)

http://www.vedarame.pt (acedido em 11/10/2012)

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A

ANEXOS

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B

Porta da Erva

Fonte: http://img.geocaching.com

Porta d'El Rei

Fonte: http://upload.wikimedia.org

Torre de Menagem

Fonte: http://www.mun-guarda.pt

Antigo edifício dos Paços do Concelho

Fonte: http://upload.wikimedia.org

Sé Catedral (vista traseira)

Fonte:.http://www.turismo.guarda.pt

Sé Catedral (vista fontal)

Fonte: http://www.skyscrapercity.com

Torre dos Ferreiros

Fonte: http://mw2.google.com

Igreja da Misericórdia

Fonte: http://upload.wikimedia.org

Solar dos Alarcão

Fonte:.http://upload.wikimedia.org

Sé Catedral (vista aérea)

Fonte: Saraiva, A. e Jorge, F., Guarda Vista do

Céu; 2009

Capela do Mileu

Fonte: www.cise.pt

Anexo 1 – Enquadramento Histórico e Arquitetónico da Guarda

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C

Vista de Sudoeste. Escadas de Emergência

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Vista de Noroeste. Entrada

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Escadas de emergência. Platibanda de proteção/reflexão solar.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Vista de sudeste. Escadas de emergência. Saídas do auditório.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Vista geral desde a entrada.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Anexo 2 – Centro Tecnológico e Logístico da Guarda

Vista geral.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

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D

Rampa de acesso ao piso 1.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Módulos em cima e auditório em baixo

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Chegada ao piso 1. Cafetaria à vista.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Vista da cafetaria para o pátio descoberto interno.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Pátio descoberto com Bétulas

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais Auditório ao fundo.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Cafetaria

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

Módulos e casa de banho.

Fonte: arquiteto Nuno Rolo Morais

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E

Anexo 3 – Informações complementares do Policarbonato

Precauções

Apesar do Policarbonato ser muito mais leve que o vidro as estruturas devem ser

dimensionadas para o efeito do vento, que é muito maior que o peso próprio das

estruturas com policarbonato ou com vidro.

Não usar elementos de limpeza abrasivos ou altamente alcalinos, como por

exemplo: saponáceos ou limpadores a base de amoníaco.

Não usar Butilo Celusolo nem Isopropanol na superfície protetora do

Policarbonato.

Não lavar as chapas de Policarbonato sob sol forte ou temperatura elevada.

Não aplicar esforços físicos nas estruturas e chapas sem orientação prévia.

Manuseamento

As chapas de policarbonato podem ser cortadas e furadas. Recomendamos serras

de fita ou circulares e brocas fabricadas de aço carbono.

Para as operações de corte e furação, as chapas devem estar bem fixadas em

bancadas de trabalho, para que se evitem riscos.

É importante que ao final da operação de corte as extremidades das chapas sejam

levemente arredondadas, evitando o acúmulo de tensões residuais.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/plasticos/policarbonato.php

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F

Anexo 4 – Especificações do sistema utilizado para a porta de correr

Dimensões do Sistema

Fonte: http://joker.od.ua/systems/images/geze/Rollan03.gif

Dimensões do Sistema

Fonte: http://pe4.hmcdn.de/media/2012/12/10/item/19/95/24/53/1/item_L_199524531_351273051.jpg

Acessórios do Sistema “Geze Rollan 80”

Fonte: http://www.beschlagsfachhandel.de/images/produkte/i12/121-rollan-80kg.jpg

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G

Anexo 5 – Tabela de Cantoneiras

Consultei a seguinte tabela não só para selecionar a cantoneira a fim de sustentar

o sistema da porta de correr, como também para fixar as calhas de suporte do

policarbonato. A escolha refere-se às que se encontram em destaque.

Tabela de Cantoneira de Abas Iguais

Fonte: http://www.fachagas.pt/cache/bin/XPQWfpAXX617UzkZMyMbs1ZKU.pdf

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H

Anexo 6 – Acessibilidades

Fonte: Panero, J. e Zelnik, M., Dimensionamento Humano Para Espaços Interiores. Editorial Gustavo Gili, SA,

Barcelona, 2002.

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I

Fonte: Panero, J. e Zelnik, M., Dimensionamento Humano Para Espaços Interiores. Editorial Gustavo Gili, SA,

Barcelona, 2002.

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J

Fonte: Guia da norma brasileira, Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2004

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K

Fonte: Teles, P., Guia da Acessibilidade e Mobilidade para Todos, Secretaria de Estado Adjunta e da

Reabilitação, Lisboa, 2007.

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L

Anexo 7 – Orçamento dos materiais para o Módulo

Empresa Descrição do Material Preço

Unitário Nº de Peças

Quantidade Total

J.Soares Correia

(Guarda)

Telf.: 271238269

Tubo redondo 50x2 2,50€ /ml 17,12 ml 42,80€

J.Soares Correia Tubo redondo 45x1,50 1,74€ ml 15,60 ml 27,14€

J.Soares Correia Tudo redondo 55x1,50 ? 4 peças

roscadas 0,60 ml ?

J.Soares Correia Tubo quadrado 35x35x2 2,06 € 150,392 ml 309,81€

J.Soares Correia Tubo quadrado 30x30x2 1,72 € 2,11 ml 3,63 €

Hilário e Alves

Telf.: 244 684 314

Email:geral@hilarioal

ves.com

REDE L.A. 25X25X1.75 1.00MT

Rede electrosoldada, quadriculada e

galvanizada. Rolo de 25 metros.

78,25€/

rolo 78,25€

Bevelop

Telf.: 261 866 895

Email:

[email protected]

Perfil superior da marca Seplux

Calha em Alumínio para policarbonato com

20 mm de espessura, possui aba lateral para

fixação e borracha vedante.

4,10€ /ml 19,997 ml 81,99€

Bevelop

Perfil inferior Seplux

Calha em Alumínio para policarbonato com

20 mm de espessura, possui aba lateral para

fixação e borracha vedante.

3,36€ / ml 41,456 ml 139,29€

Bevelop

Perfil Danpalon Aluminum UDP

Calha em Alumínio para policarbonato com

16 mm de espessura.

2,65€ / ml 20,15 ml 53,40 €

Bevelop

Seplux 20X333,3mm 17,17€ /m

2

163,2 ml

54.394 m2

933,95 €

Bevelop Danpalon 16 mm Multicell (600) 26,96€/m2

44,937 ml

26,962 m2

726,90€

Bevelop OMEGA POLICARBONATO

NATURAL 1,62€/ml 39,944 ml 64,70€

Bevelop

Grapa seplux

Permite uma melhor fixação do

policarbonato Seplux 20.

0,80€ €/un. 40 32€

Bevelop Cinta de Alumínio (rolo de 33m) 0,27€ / ml 82 ml 22,14 €

Perfil “U” em aço Inox com 2 mm 24,8 ml

Madeira 30 x 22 24.74 ml

Lival

Telf.: 224119420

Email:

lival.embalagens@gm

ail.com

PRANCHA FAVO 12 2040x940x22 mm. 5,43€ /un 4 21,72 €

Jular

Telf.: 229 953 638

Email: [email protected]

Placas de OSB-3

(para ambientes húmidos) c/ 2500x1250x9

mm

4,48 €/ m2

14€ /un. 8 112 €

Carvalho, Batista &

Cª., Sa

Calha Geze Rollan 80

Medidas standard (mm): 910-1100 57,50 € 4 57,50 €

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M

Telf.: 223 392 120

Email:

orcamentos@carvalho

batista.pt

Conjunto que inclui calha, rodízios,

batentes e guia, para portas até 80kg.

Aplicável no teto ou na parede.

Mabalgarve

Telf.: 289 828 189

Email:

[email protected]

Par Asas BESTLOQUE C2209/19 x 200

Inox

Par de asas inox satinado com 19mm

diâmetro e 200mm altura.

15.50 €

o par 4 62 €

Mabalgarve

JNF IN.20.922

Fechadura de embutir para portas de correr

com espessura mínima de 35mm. Gancho

recolhível e entrada para cilindro europeu.

Frente e chapa testa em Aço Inox.

Inclui testa para parede e material de

fixação.

7.20 € / un. 4 28,8 €

JNF

Telf.: 224 663 230

Email: [email protected]

JNF IN.19.520.1B

Cilindro de Perfil Europeu com botão por

um lado e chave pelo outro. Acabamento

em Níquel Escovado.

9, 00 € / un 4 36 €

JNF

JNF IN.04.36O Y10M

Espelho para cilindro perfil europeu em

Inox satinado. Espessura total de 10mm.

3,60€ / un. 8 28,8€

JNF

JNF IN.10.204

Cabo de aço de 4 mm de diâmetro. Carga

de rutura: 900 kg.

1,90 € / ml 5 Varia Varia

JNF JNF IN.10.430

Olhal com porca M8. Em Aço Inox. 3,20€ / un. 1 3,20 €

JNF

JNF IN.10.011

Esticador de Aço Inox. 9,60€ / un. 5 48 €

JNF JNF IN.10.040

Argola para cabo de aço. Em Aço Inox.

0,30€ / un. 10 3 €

JNF JNF IN.10.050

Cerra cabos. Em Aço Inox.

1,30€ / un. 10 13 €

JNF

JNF IN.10.103

Mosquetão com 8 mm de diâmetro e

suporta carga máxima de 220 kg. Em Aço

Inox.

2,20€ / un. 5 11 €

JNF

JNF IN.10.120

Manilha reta com eixo de 5mm de diâmetro

e suporta carga máxima de 600 kg. Em Aço

Inox.

1,35€ / un. 5 6,75 €

Chagas S.A.

Telf.: 244 828 567

Cantoneira de abas iguais em aço de uso

geral com 20 x 3 mm 1,06 € / ml 0,64 ml 0,68 €

Chagas S.A. Cantoneira de abas iguais em aço de uso

geral com 40 x 4 mm 4,18 € / ml 0,56 ml 2,35 €

Acima da Média

Telf.: 289 865 726

Perfil “H” em Policarbonato para placas de

16 mm 39,6 € / ml 0.98 ml 38,80 €

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N

Anexo 8 - Perspetivas

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Q

Anexo 9 –

Desenhos Técnicos

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