ESCOLHA E AFIAÇÃO DE FACÕES

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ESCOLHA E AFIAO DE FACESCOMBATE A INCNDIO FLORESTAL 1. INTRODUO No de hoje que o homem usa lminas em suas atividades rotineiras, assim, quer seja preparando um alimento ou abrindo picadas na selva, deve-se dispor da lmina adequada para a realizao da tarefa. Em se tratando de combate a incndio florestal, o combatente, ao ser acionado para a tarefa, deve se informar do tipo de vegetao que vai enfrentar para poder levar o equipamento certo, para realizar a tarefa com o menor desperdcio de energia. Neste trabalho falaremos da escolha da lmina, do tamanho do faco utilizado em nossas atividades, a forma correta de afiao da ferramenta e o tipo de pedra ou afiador indicado para a afiao. Ser tratado ainda do tipo de fio de cada lmina, para que o usurio possa usufruir ao mximo a afiao de sua ferramenta, da angulao que a lmina deve fazer com o objeto a ser cortado e o manejo do faco. Boa leitura, e espero ter contribudo para sua aprendizagem.

Abner Ferreira de Carvalho Maj. QOCBM [email protected] (98) 8846-6722

2. A ESCOLHA DO FACO Existe no mercado inmeros tipos, tamanhos e modelos de faces. Quanto mais rebuscados e famosos, maior o valor da lmina. Contudo, existe no mercado faces a preos acessveis e que atendem a necessidade do usurio. Escolha seu faco de acordo com sua necessidade, assim, se for fazer picadas em vegetao fechada e grossa sugiro um faco acima de 16, para vegetao mais fina (na sua maioria gramnea e pequenos galhos) sugiro um faco entre 10 a 12, por no ser muito pesado e atender a necessidade. Contudo, um faco que no muito pesado, e atende de forma mediana, aos dois extremos o de 14. Abaixo temos um pequeno quadro que demonstramos as principais vantagens e desvantagens dos diversos tipos de faces.

TIPO/TAMANHO FACO 10 a 12

VANTAGENS - Mais leve; - Fcil acomodao (pequeno); - Corta facilmente grama e galhos pequenos. - se fixado ao coldre no toca ao cho quando agachado. - De peso mediano; - Acomodao no to difcil; - Corta facilmente desde gramneas a galho mais grossos;

DESVANTAGENS - Por no ter peso no corta os galhos mais grosso com facilidade, fazendo o combatente desperdiar muita energia;

FACO 14

FACO 16 a 20

- No adequado para galhos muito grossos; - Quando fixado ao coldre toca ao cho quando o combatente fica de ccoras. - Corta facilmente galhos mais - se fixado ao coldre toca o grossos; cho com facilidade, atrapalhando as atividades, devendo ser fixado a tiracolo.

A vantagem do faco de 10 a 12 sua leveza e tamanho, pois cabe facilmente em qualquer mochila. Contudo, como leve, faz com que o usurio desperdice muita energia no corte de galhos mais grossos. J o faco acima de 16 tem um peso mais adequado para cortes em vegetao mais espessa, contudo, tem a desvantagem de ser grande, geralmente no cabe na mochila. Outra desvantagem de faces acima de 16 que, se fixado no coldre toca o solo sempre que o seu usurio executar tarefas agachado. Vale lembrar que, para cada atividade tem-se a ferramenta certa. Como o usurio no tem como levar para o combate, para a sobrevivncia ou para o acampamento, todas as ferramentas que dispe, o faco que indico para o combatente do fogo o de 14. Este faco mediano, tanto em tamanho quanto em peso, e no faz feio junto s tarefas triviais. Com relao lmina, deve-se ter em mente que quanto maior a dureza da lmina, mais difcil ser para afi-la, a vantagem que um fio de uma lmina mais dura

(diamantada por exemplo) manter seu fio por mais tempo durante as atividades. Por outro lado, quanto mais baixa a dureza da lmina, mais fcil ser afi-la, porm mais curta ser a vida do faco. Mesmo assim, a grande vantagem que, uma lmina de baixa dureza pode ser afiada em qualquer pedra de riacho, fato que no ocorre com o faco de maior dureza. Como j falado anteriormente, existe inmeros tipos de faces no Brasil e mudo a fora, existem ainda os fabricados artesanalmente pelos diversos cuteleiros, contudo os mais baratos so os faces produzidos industrialmente, dentre estes, os que mais facilmente se encontram no mercado so os faces da marca TRAMONTINA. Os faces da Tramontina so simples, leves, resistentes, flexveis e atendem perfeitamente nossas necessidades. Estes faces, geralmente de valor bem acessveis, so forjados em ao carbono (ao que enferruja), contudo no vem preparado para nossas atividades, exigindo uma a afiao a seu gosto, pois em geral os faces no vm afiados. Escolhido o faco adequado, siga para o prximo captulo onde falaremos de maneira introdutria, sobre as partes do faco e as sugestes de adaptao e afiao da lmina.

3. DIVISO E ANATOMIA DO FACO Uma das principais dvidas de quem adquire um faco como afi-lo. Aqui instruiremos o usurio a fazer uma boa afiao. Vale lembrar que quanto maior o faco maior o seu peso, portanto mais adequado para cortes mais robustos. Por outro lado, quanto menor o faco mais apropriado para atividades leves. Neste manual, trabalharemos a afiao de um faco especfico, podendo ser de fabricao da Tramontina, Corneta ou similar, desde que mantenha as caractersticas abaixo: Faco de 14; Cabo de Polipropileno de alta resistncia, madeira ou osso com arrebites de lato ou alumnio; Lmina em ao carbono de 2mm de espessura.

Toda afiao deve ter como premissa trabalhar o gume (ngulo de corte) adequado para o tipo de material que se vai cortar e suportar. No caso do combatente, seu faco por ser mediano deve est preparado para cortar desde uma folha de papel a tarefas mais resistentes, o que nos leva a fazer algumas adaptaes. conhecer as partes de nosso faco. Antes, porm, devemos

3.1. ANATOMIA DO FACO Com relao nomenclatura das partes do faco, no existe um consenso ou uniformidade geral, isto porque, regionalmente, cada parte pode assumir uma denominao especfica. De maneira geral, todo faco possui uma lmina e algum tipo de cabo que permita a sua empunhadura. Entretanto, o tipo de lmina, o formato no qual foi modelada, o tipo e o material do cabo ou de suas guarnies demanda uma enormidade de tipos e subtipos, cada um com suas caractersticas prprias. Com objetivo de padronizar as partes do faco, apresentamos as seguintes divises:

1. Ponta; 2. Lmina; 3. Gume; 4. Dorso ou Espinha; 5. Ricasso; palavra de origem inglesa, sem traduo para o portugus, tambm conhecido nos pases de lngua espanhola como bigotera, uma herana das espadas, servindo como reforo ao conjunto da lmina. 6. Boto (parte integral da lmina que distribui o peso do conjunto); 7. Talas do cabo; 8. Pinos de fixao ou cravo; 9. Espiga (extenso da lmina ao longo do cabo, em alguns faces pode ficar oculta); 10. Talo, base ou pomo (proporciona mais controle e segurana na empunhadura do faco. Alguns pomos tm caractersticas funcionais como em facas de combate e podem servir de martelo ou quebra-vidros em facas de sobrevivncia).O boto uma parte essencial nas facas forjadas integrais, e geralmente um indicador da qualidade tcnica do arteso que a construiu.

3.2. DIVISO DO FACO Tendo em vista que o faco do combatente utilizado para inmeras funes, servindo inclusive como p e cavador, sugiro dividir o faco em seis (6) partes para facilitar a explicao das modificaes que faremos.

A parte mais utilizada do faco a dois (2), pois o faco utilizado para cortes mais pesados. Assim pouco se utiliza a parte trs (3) do faco e o incio da lmina. Outra parte que no utilizado de forma alguma o dorso do faco. Assim, sugiro que potencializemos estas partes e a tornemos teis para nossa atividade. A ponta Oriental (1) foi projetada para suportar mais impacto que as demais partes, caso queira afiar esta parte, sugiro que seja feito com movimentos circulares. A parte (2) utilizada em trabalhos mais pesados, ser afiada com um ngulo mais fechado (25 a 30) e a parte de afiao mais precisa (3), ser trabalhada uma afiao escandinava (gume mais fino). A afiao escandinava permite um corte mais delicado. Para facilitar nossa amolao vamos pintar as partes que iremos afiar no faco, conforme abaixo

A pintura da lmina auxilia o usurio a manter a preciso do fio durante a afiao, fazendo quem afia observar como est a fabricao do fio.

3.3. CONHECENDO A LMINA DO FACO1 3.3.1. Fio ou Gume Pode-se definir fio ou gume como a capacidade que o faco possui em realizar, com preciso, facilidade e perfeio uma operao de corte em material pr-escolhido. Por preciso, definimos o corte efetuado em local determinado e na profundidade e espessura desejadas; por facilidade, que esse corte possa ser efetuado com um mnimo de esforo ou presso sobre o instrumento e a perfeio caracteriza a operao na qual as fibras do material so efetivamente cortadas e no rasgadas ou esfiapadas. Cabe ressaltar que quase impossvel utilizar um faco quando ele vem da fbrica, pois ele vem rombudo (sego), assim, cabe ao usurio afi-lo, e adapt-lo s suas necessidades. Depois de afi-lo, deve-se firmar o fio, para que ele no vire durante a atividade.

Veja os detalhes do Fio ou Gume na figura abaixo:

Olhando a figura acima, pode-se identificar que em a a seco da lmina est completamente sem fio (rombudo), ela no est em condies de efetuar uma operao de corte tal como descrita anteriormente. Em b, mostrada uma seco de lmina corretamente afiada, podendo-se observar seu perfeito fio de corte, pronto para ser utilizado. Em c, pode-se notar uma lmina corretamente afiada, mas com fio "virado", prejudicando sensivelmente sua capacidade de corte. A afiao de qualquer objeto cortante e neste caso do faco, passa por duas operaes diferentes relativas afiao. A primeira, chamada de afiao propriamente dita, e a segunda, chamada de assentamento do fio onde se tira a rebarba, deixando o fio pronto para uso.

1

Informaes reproduzidas com AUTORIZAO ESPECIAL da Revista MAGNUM, artigo originalmente publicado na edio no 47 de abril-maio/1996, de autoria do Engenheiro CRESO M. ZANOTTA

A operao de afiao realizada com o auxilio de limas, lixas e pedras de afiar. J o assentamento do fio, feito com chairas ou assentadores. Vale lembrar que o tipo de fio determinado pelo tipo de material que desejamos cortar. Mostraremos abaixo alguns tipos de fios de lminas existentes e suas utilizaes.

O fio de um instrumento cortante definido pelo seu ngulo de afiao; quanto menor o ngulo, maior poder cortante ter o instrumento. Por outro lado, a durabilidade do fio ser comprometida pela possibilidade deste "virar" ou at mesmo quebrar. No se pode utilizar um fio com ngulo pequeno em ferramenta que ir produzir corte com golpes tais como faces, machados e similares. Abaixo fazemos uma distribuio dos ngulos de afiao segundo sua utilizao: MATERIAL UTILIZADO NGULOS ngulos pequenos (15 a 17 graus) DESCRIO instrumentos de corte tipo navalha, lmina de barbear ou aqueles para emprego cirrgico; ngulos ideais para facas destinadas ao trabalho com carne, incluindo aquelas para filetar peixes; facas de Caa, canivetes instrumentos de uso geral; e outros

Entre 17 e 20 graus

De 20 a 23 graus

adequados para facas pesadas; e De 23 a 25 graus

utilizados Entre 25 e 30 graus machados

em

faces,

trinchantes

e

3.3.2. Geometria Transversal da lmina2 Se fizermos um corte transversal em uma lmina e a observarmos esta lmina de frente (do dorso at o fio), podemos perceber melhor a geometria da lmina. Uma lmina usada para cortar plos deve ser diferente da lmina utilizada para derrubar rvores. Assim, quando vamos confeccionar uma ferramenta precisamos conhecer o seu propsito Veja alguns tipos de geometrias para lminas de apenas um fio: Scandinavian Flat Ground High flat' Hollow Ground Convex Ground Cinzel

1 Scandinavian Scandinavian ou scandi uma variao do Flat Ground deixando bastante massa na lmina e, consequentemente mais pesada. 2 Flat Ground Esta geometria cria um plano s, do dorso at o fio. Este plano confere ao gume a possbilidade de um fio bastante acentuado. bastante comum. Sua principal caracterstica a leveza e o equilbrio. 3 High flat' Variao do Flat Ground deixando pouca massa na lmina. 4 Hollow Ground So dois desbastes cncavos laterais. A lmina tem fica com pouca massa prxima ao fio e deve ser usada para servios delicados. Existe uma boa chance do gume ser bastante afiado. Normalmente esta geometria usada para navalhas. 5 Convex Ground Existe bastante massa proxima ao fio. Neste caso, a lmina torna-se resistente a trabalhos mais pesados. Machados so um exemplo clssico para lminas do tipo convexa. 6 Cinzel A geometria em forma de cinzel caracterizada pelo vazado em apenas um lado da lmina. Utilizada geralmente em ferramentas onde precisa-se manter o corte reto e empurar o material cortado para apenas um lado. As facas para corte de peixe, na culinria Japonesa, so em forma de cinzel.2

Material pesquisado no site: http://www.sbccutelaria.org.br/wiki/index.php?title=Geometria_Transversal_da_Lamina

3.4. MATERIAL PARA AFIAO3 3.4.1. Material abrasivo para Afiao Existe uma infinidade de materiais abrasivos para afiao, cuja finalidade retirar material da lmina de forma a obter o ngulo adequado para esta. Estes materiais vo desde aqueles impregnados de diamantes sintticos at pedras naturais e artificiais. As pedras artificiais combinadas so as de melhor custo/benefcio para o iniciante. O tamanho do gro abrasivo (grana), est diretamente ligado eficincia do arrancamento do material da lmina, pois, quanto maior, tambm maior ser a partcula retirada e mais rpido ser o processo de afiao. O ideal iniciar o processo de afiao utilizando pedras de grana grossa, de modo a obter um desbaste rpido, e continu-lo com o auxlio de outras, com granas cada vez mais finas, at conseguir o fio e o acabamento desejados.

3.4.2. Pedra de Afiar As pedras de afiar esto divididas em dois tipos bsicos: naturais e artificiais. Entre as primeiras, as mais conhecidas so aquelas descobertas h sculos no Estado de Arkansas, EUA, e utilizadas tanto pelos primeiros pioneiros norte-americanos quanto pelos ndios que l habitavam. Posteriormente estas pedras foram comercializadas em todo o mundo com o nome de "Arkansas stones" (pedras de Arkansas). Essas pedras, cujo nome tcnico novaculite, so constitudas de slica pura transformada em rocha pelo calor e presso gerados durante a formao da crosta terrestre e encontradas com granulao para desbaste suave ("soft"), mdia ("medium"), fina ("fine") e dura ("hard") esta ltima em geral de cor preta. Observe abaixo uma pedra de Arkansas, elas geralmente vem em caixas de madeiras.

3

Material pesquisado no site: http://www.sbccutelaria.org.br/wiki/index.php?title=Geometria_Transversal_da_Lamina

3.4.2.1. Pedra de Afiar Naturais So facilmente encontradas nas matas ou nas proximidades de crregos, riachos ou rios:

Se no nas matas, mas em um rancho com algum recurso ou em stios e fazendas as possibilidades se ampliam muito e vo daquela soleira de porta em mrmore ou granito at aquela lima que todo peo carrega no bolso traseiro da cala. De maneira improvisada a afiao pode ser feita em uma pia, na calada ou mesmo na borda inferior de uma xcara.

3.4.2.2. Pedra de Afiar Artificiais combinadas e tipo canoa As pedras de afiar artificiais so facilmente encontradas nos supermercados e lojas de ferramentas, veja algumas fotos abaixo: A pedra combinada apresenta faces com diferentes agressividades. Uma mais grossa para desbaste e outra mais fina para afinar o gume afinando-o at limites aceitveis.

PEDRA DE AFIAR COMBINADA Produzida em xido de Alumnio ou Carbeto de Silcio. Possui uma camada com granulometria fina para acabamento e uma camada com

granulometria mdia para desbaste.

PEDRA CANOA Produzida em xido de Alumnio. Para uso em afiao manual de ferramentas, facas, enxadas, etc.

3.4.3. Chaira A Chaira um utenslio de ao rolio, em mdia com 30 cm de comprimento e 2 cm de largura, em que se assenta o fio das facas. As chairas so encontradas facilmente nos supermercados e lojas de ferramentas, veja algumas fotos abaixo:

A chaira sempre deve possuir uma dureza superior a da faca ou faco, caso contrrio o fio ser danificado, pois a faca estar "cortando" o ao da chaira. Esta colocao apesar de parecer lgica, importantssima, pois existe atualmente no mercado brasileiro, chairas que no possuem tratamentos trmicos adequados ( em alguns casos nem possuem tratamento trmico e sim apenas uma camada de cromo duro na superfcie que sai ao longo do tempo ).

3.5. AFIAO DO FACO Uma das principais dvidas de quem adquire um faco como afi-lo. Aqui instruiremos o usurio a fazer uma boa afiao. Para esta atividade, escolhemos um faco de 14, com as caractersticas relatada no item 3.1 deste manual. Independente do tipo de pedra utilizada (naturais ou artificiais), a tcnica a ser empregada na afiao exatamente a mesma. Com relao s pedras diamantadas, a grande diferena est em sua capacidade de corte e, portanto, na rapidez com que se pode efetuar as diversas operaes de afiao. Assim, dispondo-se de pedras com granas adequadas o resultado final deve ser o mesmo, quer sejam empregadas somente pedras naturais, artificiais ou ambas. Para facilitar a atividade de afiao seguiremos os seguintes passos: 1 PASSO: Escolha o local de afiao do faco A afiao uma atividade de repetio, exigindo ser executado em posio confortvel e anatmica, pois pode originar uma LER ( leso por esforo repetitivo ). Assim, tanto em p quanto sentado, o executor da afiao deve se posicionar de maneira confortvel.

2 PASSO: Pegue o faco e o material para amolao (lima, pedra de amolar, lixa, chaira ou madeira).

3 PASSO: Pintar o faco conforme descrito no item 3.3 e mostrado abaixo.

Depois de pintadas as partes de seu faco, vamos iniciar sua afiao.

4 PASSO: Fixar o faco na horizontal, de preferncia em uma mesa com mora;

5 PASSO: Desbaste do faco. Pegue a lima e desbaste a rea pintada, obedecendo o tipo de corte que voc decidiu fazer. Sugerimos o fio convex para a ponta oriental e rea de corte mais pesado. Para a rea de afiao mais precisa sugerimos o fio Scandi.

5 PASSO: Depois de desbastado com a lima retire o faco da mora ou mesa e continue a afiao com a pedra de amolar. A pedra de amolar deve estar em uma altura confortvel e fixada, de forma que no corra durante a afiao. Sugerimos colocar a pedra em uma caixa antiderrapante ou sobre uma flanela dobrada, a finalidade que ela no corra. Vale lembrar que a pedra deve estar em uma altura que proporcione conforto ao executor.

A lmina deve colocada na angulao que se deseja (25 a 30 com a horizontal) e afiada de forma a percorrer toda a extenso da pedra de amolar. O movimento deve ser feito em movimentos repetitivos e contnuos, como se o executor quisesse tirar lascas da pedra e deve ser executado somente na rea do corte convex, conforme demonstrado nas figuras que se seguem:

a)

Segurar o faco com firmeza com uma das mos. Comear com a ponta do faco sobre a pedra, em um ngulo de 30 com a horizontal. Utilize a outra mo como guia, mantendo uma presso continua sobre a lmina;

b)

Deslizar o faco sobre a pedra fazendo uma presso leve;

c)

Manter o movimento at chegar ao final da lmina;

d)

Virar o faco e comear outra vez, afiando a partir da ponta at a base;

e)

importante afiar em uma nica direo para se obter um fio uniforme e regular. Finalizar com a chaira.

f)

Primeiramente fixe o faco na horizontal, de preferncia em uma mesa com mora;

g) h)

Com a utilizao de uma lima de ao, afine a parte da rea (3) do faco;

4. DFD http://www.armabranca.com/2009/10/16/a-anatomia-da-faca/ http://www.cutelariaartesanal.com.br/blogvca/2009/08/principais-partes-de-uma-faca/ http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/sic/faca-trinchante-66175n.aspx http://pt.wikipedia.org/wiki/Faca

http://www.sbccutelaria.org.br/wiki/index.php?title=Geometria_Transversal_da_Lamina http://www.youtube.com/watch?v=PmnNLiLFHow&feature=related Fazendo fogo por friquio http://www.youtube.com/watch?v=47pmjuoAc88&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=UaRa-EFpVB0

http://zumbiscorp.com.br/index.php/artigos-e-manuais/artigos-pesquisas/37afiar-laminas http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/sic/faca-trinchante66175n.aspx http://www.atelierdobonsai.com.br/afiar.html http://www.pelliccioli.com.br/culinaria/especiarias_produtos/afiar_faca.html

As facas fabricadas em ao carbono apresentam algumas vantagens importantes que esto basicamente relacionadas ao baixo custo do ao e a facilidade de afiao. Pelo lado das desvantagens o ao carbono se caracteriza por no possuir resistncia oxidao (ferrugem).

Desta forma alguns cuidados precisam ser adotados para que tanto o desempenho, assim como a vida til deste produto, sejam satisfatrios.

PREVENINDO-SE: Alguns pequenos cuidados podem ajudar-nos enormemente, dia destes um caador que foi caar bfalos em uma grande fazenda onde os mesmos esto alongados e muito violentos teve que tirar o couro do bfalo usando um pequeno canivete, pois as facas que levou mostraram-se totalmente inadequadas para a tarefa. S conseguiu o seu intento, pois pde afiar extremamente bem o canivete. A mgica que nos salva de uma terrvel faca cega um pequeno pedao de lixa dentro da carteira ou mesmo dentro da carteira plstica dos documentos do carro: Estas lixas colocadas sobre uma superfcie plana que pode ser at mesmo o salto da botina como sugere o Ed Fowlers podem afiar de forma profissional a lmina. Qual a grana? O ideal seria ter duas granas, uma mais grossa como uma 100 ou 120 e uma mais fina como uma 180 ou 220. Se no for possvel opte pela 120 se for para afiaes mais grosseiras ou pela 180 para afiaes mais delicadas. Sei que deixei muita coisa pra trs, Propositalmente no mostrei os testes com cada um dos recursos mencionados, pois certamente o abrasivo que ir usar ser diferente dos aqui apresentados, mas com jeito e pacincia suas facas no precisaro usar culos escuros e bengalas brancas!! Se descobrir novas maneiras de afiar improvisadamente mande-me a idia e at mesmo o material fotogrfico, se desejar, assim no futuro poderemos editar novas verses deste pequeno trabalho. Boa diverso!!

O BushcraftO Bushcraft uma atividade cuja traduo mais livre para o portugus seria "artes do mato". Engloba todo um conjunto de tcnicas e capacidades de sobrevivncia, adaptao e ao sobre o meio natural que j fizeram parte do passado e tradio humana em vrias culturas, mas tem vindo a cair no esquecimento da populao em geral, quer por falta da sua prtica, quer por serem consideradas por alguns como ultrapassadas e desnecessrias. Falamos de coisas to simples como saber acender um fogo sem fsforos ou isqueiros, saber construir um abrigo, uma jangada ou uma cesta com fibras naturais. Inclui ainda o conhecimento de como fabricar uma corda, esculpir uma colher ou outros utenslios em madeira e construir uma faca, machado ou ferramentas semelhantes. Estas so algumas das atividades que h algumas dcadas eram bastante comuns, mas que com

a industrializao sem tem vindo a perder. No obstante o seu valor permanece imutvel, sendo estas tcnicas e os princpios subjacentes s mesmas a base de toda a sociedade industrializada. O praticante de Bushcraft no se prope a reinventar a roda, apenas, a saber, como funciona como a pode fazer, e como a pode utilizar para resolver problemas. Toda a base da evoluo humana, e no fundo da prpria sobrevivncia depende de uma s coisa: capacidade de adaptao. Torna-se necessrio olhar para um objeto, um pedao de madeira, barro, couro ou pedra e no ver aquilo que o objeto , mas aquilo que o objeto pode ser. O Bushcraft distingue-se de vrias outras atividades, at da prpria "sobrevivncia" como vista pelo grande pblico no sentido em que vai para alm do "sobreviver a algo" num curto espao de tempo, estando mais prximo do "viver depois de algo" numa perspectiva de mais longo prazo. Da a importncia de algumas preocupaes, como conhecer os recursos de cada regio, as pocas de produo de cada planta, os animais de cada zona, etc . A grande riqueza e mais-valia de prtica de todas estas artes, com a incluso de tcnicas de primeiros socorros, etc., o conhecimento do mundo e de ns prprios que nos torna mais capazes e confiantes de ultrapassar os problemas, quer no quotidiano quer em situaes extremas, conhecimento esse que se espera que se um dia vier a ser preciso, e nunca saberemos quando o ser, nos possa ser til a ns e a quem de ns puder precisar na altura." Entrem na comunidade e venham compartilhar o conhecimento conosco: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=103187649