Espaço aberto nº 49

Hospital de Clínicas de Porto Alegre – Nº 49 – Novembro/ Dezembro de 2014

RECONHECIMENTOHCPA concede láureaa Henrique Paim e a Sérgio Pinto Machado

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE (HCPA)

Rua Ramiro Barcelos, 2.350 – CEP 90035-903 – Porto Alegre/ RS – www.hcpa.ufrgs.br

ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Presidente: Amarilio Vieira de Macedo Neto

Vice-presidente Médica: Nadine Clausell

Vice-presidente Administrativa: Tanira Torelly Pinto

Coordenadora do Grupo de Enfermagem: Ana Maria Müller de Magalhães

Coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-graduação: Eduardo Pandolfi Passos

ESPAÇO ABERTO Publicação da Coordenadoria de Comunicação do HCPA

Coordenadora responsável: Elisa Kopplin Ferraretto – Reg. prof. 6784/RS

Jornalistas: Camila Schäfer e Raquel Schneider

Fotógrafo: Clóvis Prates

Planejamento gráfico: VERDI – www.verdi.com.br

EXPEDIENTE

Gostaria que esse contato chegasse ao conhecimento de todos os profissionais dos setores CTI, 5º, 6º, 7º, Emergência e Laboratório. Minha mãe ficou internada durante cem dias e teve uma série de complicações devido à sua patologia e tratamento, mas conseguiu vencer graças a Deus, que colocou pessoas maravilhosas em seu caminho para cuidar dela. Muito obrigado ao pessoal da higienização, técnicos de enfermagem, de laboratório, enfermeiros, médicos, nutricionistas e técnicos de nutrição, fisioterapeutas, psicólogos e a todos que passavam e faziam um afago lhe dizendo que

ela ia superar. Quero, acima de tudo, deixar um registro especial à equipe do CTI/Medicina Interna, que, nos piores momentos, esteve ali não só com ela, mas também me dando uma força imensa. Obrigada!Cátia Catarina da Silva Guedes

Desejo externar meu agradecimento à médica

Cristina Rolim Neumann e equipe, pelo

atendimento no posto Santa Cecília e imediato

encaminhamento ao HCPA, onde o pessoal

da Emergência foi muito solícito. Também

agradeço à equipe do Bloco Cirúrgico, pelo

atendimento durante meu período no hospital.

Foi de primeiro mundo, nota dez.

Edegar Nelson Tatsch

Obrigado a todos os funcionários do HCPA, pelo ótimo atendimento prestado a minha esposa Josye R. Santos. Cada vez mais admiro o trabalho dos profissionais dessa instituição, que, apesar da frequente superlotação e dificuldades na Emergência, ainda conseguem manter um atendimento de ótima qualidade, com simpatia e dedicação. Também quero lembrar das instalações, sempre muito limpas, e os quartos para os pacientes sempre muito bem equipados, com uma alta qualidade. Mais uma vez muito obrigado a vocês!Emerson Rocha

MURAL DE RECADOS

No dia 22 de setembro completei cinco

anos de meu transplante de medula

óssea. Queria agradecer em primeiro

lugar a Deus e depois aos profissionais

do HCPA, pela competência e

dedicação, que fizeram e fazem com

que esse procedimento tenha sucesso.

Espero poder comemorar mais cinco,

dez, quantos anos Deus quiser. Um

abraço a todos.

Loacir Custodio Iturbide

Agradecemos aos médicos(as),

enfermeiras(os) da UTI Neonatal e

Pediátrica e a todos os funcionários

do HCPA, pela atenção, carinho,

humanidade e profissionalismo com que

trataram o pequeno Pyetro e seus pais e

familiares. Vocês foram dez! Parabéns!

Edu Teixeira

Nº 48 – Novembro/ Dezembro de 2014 | 3Jornal Espaço Aberto

FUNDAÇÃO MÉDICAMARCELO GOLDANI É REELEITO PRESIDENTE

UM PIANO NO HOSPITALA MAGIA DA MÚSICA PERCORRE OS CORREDORES DO HCPA

Na tarde do dia 27 de outubro, quem estava no 2º andar do HCPA, ou mesmo em pavimentos próximos, foi surpreendido por sons diferentes, alheios à corrida e às vezes tensa rotina do hospital. Notas musicais, inicialmente tímidas, foram crescen-do, tomando conta dos corredores. Uma funcionária da higienização se aproximou aos pouquinhos. De repente chegaram funcionários ad-ministrativos. Dois professores. Al-guns alunos. No saguão do térreo, visitantes erguiam a cabeça, curiosos.

Foi assim que a comunidade do Clínicas ficou sabendo da novidade: agora, a casa conta com um piano. Tudo começou, meses atrás, com

O professor Marcelo Zubaran Goldani foi reeleito presidente da Fundação Médica do Rio Grande do Sul. Ele permanece na gestão da instituição até 2016. O resultado foi divulgado no mês de outubro. A composição da diretoria ficou re-presentada da seguinte forma: dire-tor Administrativo, Francisco Jorge

Gestão segue até 2016

Professor Schwartsmann foi um dos intérpretes

uma ideia do professor Fernando Abreu, da Pneumologia Pediátrica. Homem de grande cultura e sensibi-lidade artística, nomeado curador da Fundação Médica, Fernando Abreu achava que faltava ao hospital este toque a mais de humanização que só a música proporciona. A direção da Fundação, por meio de seu pre-sidente, Marcelo Goldani, abraçou a ideia e comprou o piano de meia cauda que, com cessão de uso ao HCPA, agora compõe a paisagem do hall do 2º andar.

A ideia é que o instrumento seja usado na abertura do Grand Round, encontro já tradicional do hospital, e em outros eventos e comemorações,

ou simplesmente para a expressão artística de um profissional, um es-tudante, um paciente, um visitante. Uma das primeiras intérpretes foi Sofia Dutra, gerente de internação do Hospital Moinhos de Vento que, fazendo uma visita à Administração do Clínicas, aproveitou para dar uma palhinha. “Fiquei muito feliz com o convite e encantada com o piano, com as pessoas. Pessoas que têm música no coração têm alma. Já estou me convidando outras vezes para fugir e dar uma tocadinha nesse ma-ravilhoso piano. Só tenho a agrade-cer pelo bem que vocês me fizeram”, declarou Sofia.

Dois dias depois, na abertura do Grand Round, alunos e professores também tocaram temas conhecidos do público. O chefe do Serviço de On-cologia do HCPA, Gilberto Schwarts-mann, foi um dos professores intér-pretes e, entre os alunos, destacou-se Luísa Klaus Pilz, doutoranda do Pro-grama de Pós-graduação em Psiquia-tria. “Apesar da minha formação em saúde, sempre fui apaixonada por música e fico muito feliz em saber que existe agora esse espaço. Acho que a arte representa a vida e a vida é o que estudamos e preservamos em um hospital”, disse Luísa.

Arsego Quadros de Oliveira; diretor de Finanças, Matheus Roriz Silva Cruz; diretor de Desenvolvimento e Projetos, Marino Muxfeldt Bianchin; diretor de Relações Institucionais, Fernando Grilo Gomes; diretor de Fomento e Captação de Recursos, Fernando Thomé; diretora de Patri-mônio, Lisiane Girardi Paskulin.

Nº 48 – Novembro/ Dezembro de 20144 | Hospital de Clínicas de Porto Alegre

RANKING VALORCLÍNICAS ESTÁ ENTRE AS MIL EMPRESAS COM MELHOR DESEMPENHO

COMUNICAÇÃOHCPA CONQUISTA PRÊMIO NACIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS

TOP SER HUMANOPRÊMIO RECONHECEU TRABALHO NA ÁREA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

SELO A3PDISTINÇÃO RECONHECE

SUSTENTABILIDADE NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi destaque na edição 2014 do anu-

ário Valor 1000, que consagra as empresas com melhores desempenhos em 26 setores da economia. O HCPA figura na posição 438 no setor de atividade Serviços Médicos - um avanço em relação à posição do ano anterior, em que estava na 490. Na região Sul, o hospital também fica em evidência: está entre as empresas de melhor desempenho e maiores no seu setor, figurando como a maior de toda a região e na 14ª posição entre as consideradas melhores.

Com o case Nosso time merece essa conquista: comunicação e infor-mação como elementos estratégicos para a busca da Acreditação Inter-nacional no HCPA, a Coordenadoria de Comunicação conquistou o Prê-mio Nacional de Relações Públicas, na categoria Relações Públicas e a Comunicação Integrada em Orga-nizações Públicas. O trabalho des-creveu as ações de comunicação realizadas para informar e estimular a comunidade interna na busca da Acreditação Internacional da Joint Comission International. A cerimônia

O HCPA conquistou o Top Ser Huma-no – edição 2014, prêmio que evidencia e reconhece as empresas que se des-tacaram por suas práticas de gestão de pessoas, desenvolvimento huma-no e responsabilidade social. O case vencedor foi A educação a distância (EAD) como estratégia para potenciali-zar a disseminação de conhecimento e a qualificação dos colaboradores em um hospital público, que relata a trajetória da implantação da educação a distância no HCPA. Conforme demonstrou o tra-balho, foi possível observar resultados

O Clínicas recebeu do Ministé-rio do Meio Ambiente o Selo A3P de Sustentabilidade na Administração Pública. A distinção, concedida em setembro, é conferida em reconhe-cimento às instituições públicas pelo empenho na implementação da Agenda, por meio da adesão formal ao Programa Agenda Ambiental na Administração Pública. O selo tem por objetivo reconhecer e divulgar boas práticas de gestão baseadas em conceitos de sustentabilidade que já são implantadas pela Administração Pública em todo o país.

Entrega da distinção aconteceu no dia 2 de dezembro, em São Paulo

significativos quanto ao número de profissionais capacitados, a satisfação com os cursos oferecidos e a melhoria nos processos de trabalho evidenciados através de indicadores pós-treinamento.

de entrega aconteceu no dia 2 de dezembro, em São Paulo.

O projeto destacou como, atra-vés de atividades comunicacionais, foi possível estimular e desenvolver ações de educação e informação do público interno sobre as normativas exigidas pelo Programa, além de criar um ambiente propício ao trabalho em equipe, o que resultou na certificação internacional. O HCPA foi o primeiro do Brasil e o terceiro na América do Sul a possuir o selo de Acreditação concedido a hospitais que são tam-bém centros médicos acadêmicos.


RANKING VALORCLÍNICAS ESTÁ ENTRE AS MIL EMPRESAS COM MELHOR DESEMPENHO

PARCERIA COM OMSCLÍNICAS É RECOMENDADO PARA COOPERAÇÃO COM HOSPITAIS AFRICANOS

QUALIDADE E SEGURANÇAHCPA ATINGE 96,56% DE CONFORMIDADES NA AVALIAÇÃO DO CBA

Hospital está estudando um projeto de cooperação técnica

Comunidade interna acompanhou apresentação da síntese da avaliação

Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) estiveram no Clínicas no dia 9 de outubro para conhecer a estrutura e o pro-grama de qualidade e segurança do hospital. O objetivo foi discutir sobre uma possível parceria entre o HCPA e hospitais africanos para implantação de programas nessa área. Além do presidente do Clí-nicas, Amarilio Vieira de Macedo Neto, também participaram da reu-nião representantes da Administra-

Entre os dias 15 e 19 de setembro, o hospital passou por uma avaliação simulada de manutenção da Acre-ditação, com o objetivo de verificar a continuidade e evolução da qua-lidade e segurança adquiridas ao longo dos últimos anos. A avaliação foi feita pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e o relatório final encontrou conformidade em 96,56% dos elementos de mensuração, bem próximo do resultado obtido quando o Clínicas recebeu o selo de Acre-ditação da Joint Commission Inter-national (97,6%), em novembro do ano passado.

ção Central e do Qualis. Pela OMS, participaram o coordenador do Programa APPS (Parceria Africana para Segurança do Paciente), Sha-ms Syed, e a coordenadora da Rede ePORTUGUESe, Regina Ungerer.

Na ocasião, foram apresentados o APPS e a Rede ePORTUGUESe. O HCPA foi o hospital brasileiro indi-cado pela equipe do Proqualis para participar do programa APPS por ser a instituição brasileira com o melhor perfil para estabelecer par-

ceria com um hospital africano de língua portuguesa. De acordo com a coordenadora do Qualis, Helena Barreto dos Santos, no momento, o hospital está estudando um projeto de cooperação técnica que viabi-lize o financiamento. “Este é um grande reconhecimento ao time do HCPA, que se esforça todos os dias para manter os princípios de qualidade e segurança do pacien-te dentro do sistema público de saúde”, disse.

A coordenadora do Qualis, Hele-na Barreto dos Santos, comemorou o resultado. “Baixamos um pouco o percentual em relação a quan-do recebemos o selo, mas isso é normal. Ainda assim, esse foi nosso melhor resultado em uma avaliação simulada. Significa que estamos con-seguindo manter a mobilização, o conhecimento e o envolvimento da equipe nos processos que garantem qualidade e segurança”.

Dos 1.281 elementos de mensu-ração, apenas três foram apontados como não-conformes e 41 como parcialmente conformes.


Representantes de empresas nor-te-americanas da área de Tecnologia da Informação em Saúde visitaram o HCPA no dia 16 de setembro. A delega-ção foi recebida pelo coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação (GPPG), professor Eduardo Pandolfi Passos; pela representante do Escri-tório de Inovação em Saúde, Fernanda dos Santos de Oliveira; e pelo assessor Tiago Andres Vaz.

A visita teve como objetivo apre-sentar o trabalho do Clínicas nas suas mais diversas áreas de atuação - em especial, as inovações permanentes em assistência, ensino e pesquisa. Após a apresentação do vídeo insti-

HCPA CONECTANOVOS APLICATIVOS FACILITAM DIA A DIA NO HOSPITAL

INOVAÇÃOCLÍNICAS RECEBE DELEGAÇÃO

Após a implantação do projeto HCPA Conecta, em junho, algumas melhorias foram pensadas e de-senvolvidas e outras ainda estão em teste para que o dia a dia da comunidade interna do Clínicas seja mais produtivo, organizado e seguro. Confira algumas delas:

CAPACITAÇÃO NASFERRAMENTAS: Após enquete com os Google guides, foi elaborado um plano de capacitação nas ferramentas. A ideia é divulgar a toda a comunidade do HCPA as turmas por demanda, para melhor explorar o potencial do ambiente Google.

Visita de empresas norte-americanas aconteceu no dia 16 de setembro

tucional, os visitantes acompanharam uma apresentação do assessor Tiago Vaz, que abordou o atual momento de expansão do hospital e, em especial, o trabalho do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) e seu

papel como modelo para os demais hospitais universitários do país.

Os integrantes da delegação tam-bém conheceram o memorial do HCPA e visitaram as obras do Centro Integra-do de Tecnologia da Informação (Citi).

No segundo semestre iniciou uma nova fase do HCPA Conecta, denominada Transformação, com um workshop cujo objetivo foi identificar situações que podem se beneficiar de soluções oferecidas pelas ferramentas Google. O evento, com cerca de 30 participantes, foi conduzido pelo engenheiro John Yandziak, da Google. Entre as soluções introduzidas estão a integração da fotografia do crachá com a do cadastro de contatos no e-mail do HCPA e o registro da oferta de órgãos para doação. Na Enfermagem, a implementação da Escala de Classificação de Pacientes de Perroca, instrumento que avalia o grau de dependência dos pacientes em relação aos cuidados da Enfermagem, é uma alternativa para organizar a assistência frente às demandas específicas, que variam dependendo do perfil das pessoas atendidas. A aplicação sistemática do instrumento possibilita mensurar a carga de trabalho da equipe de Enfermagem, a qual impacta em indicadores de qualidade e segurança do paciente, como infecções, quedas e satisfação.

ExEMPLO DO HOSPITAL:No encontro da Google, realizado em outubro, o vice-presidente da Google for Work na América Latina, Carl Scha-cher, citou o HCPA, introduzindo os casos de uso em desenvolvimento e convidando a coordenadora do projeto HCPA Conecta, Maria Luiza Malvezzi, a participar como painelista.

Utilização da Escala de Perroca

CASOS DE USO:


BANCO DE DADOSATUALIZAÇÃO AMPLIA VELOCIDADE E SEGURANÇA DOS SISTEMAS

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃOREITOR DA UFRGS E PRESIDENTE DO HCPA VISITAM OBRAS DO CITI

Foram modificados ambientes instalados na sala-cofre

Dirigentes ficaram satisfeitos com andamento

No dia 4 de outubro, foi realiza-da uma atualização tecnológica do Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) do HCPA. A operação técnica, comandada pela Coorde-nadoria de Gestão da Tecnologia da Informação (CGTI), foi complexa, durando aproximadamente 22 horas e causando uma parada completa no sistema por cerca de seis.

O foco da atualização foram os novos ambientes de computação instalados na sala-cofre do hospital, capazes de proporcionar conexões de alta velocidade, segurança e me-lhores mecanismos de tolerância a falhas. Também houve investimento em equipamentos novos, com o ob-jetivo de contar com a versão mais recente do SGBD e com maior nível de suporte técnico do fabricante, garantindo as melhores condições para a guarda de informações de todos os sistemas corporativos. “Es-

Representantes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) visitaram no dia 5 de agosto as obras do Centro Integrado de Tecnologia da Informação (Citi), iniciativa que possibilitará a unifica-ção da infraestrutura das áreas de TI das duas instituições. Entre os que acompanharam a visita estiveram o presidente do hospital, Amarilio Vieira de Macedo Neto, e o reitor da universidade, Carlos Alexandre Netto.

Após subir até o segundo andar do prédio, o coordenador de Enge-nharia e Manutenção do HCPA, Jorge Giora, explicou quais os recursos e materiais utilizados e onde ficariam

tamos com os sistemas operando normalmente e já contamos com significativo ganho de performan-

as salas. Com seis andares, o prédio terá lajes com maior espessura de concreto e adotará o conceito de edifício verde. “Teremos aproveita-mento de água da chuva e menor consumo de energia”, disse Giora.

Para Carlos Alexandre Netto, este é um passo importante na integra-ção dos serviços da universidade e do hospital. “Somos ponto de in-terconexão da internet e o projeto do Citi será muito importante para os serviços que a universidade e o hospital prestam à sociedade. É um projeto de grande envergadura”, afirmou.

A previsão de conclusão das obras é maio de 2015.

ce e segurança”, afirma o chefe do Serviço de Suporte à Infraestrutura de TI, Fábio da Silva Santana.


BANCO DE CORDÃOREALIZADA PRIMEIRA DOAÇÃO DE HOSPITAL PARCEIRO

A rede integrada nacional e mundial de banco de sangue de cordão umbilical, da qual o Hospital de Clínicas faz parte, recebeu uma importante contribuição no dia 6 de agosto: a data marcou a realização do primeiro procedimento de doação do sangue de cordão umbilical fruto da parceria entre a instituição e o Hospital Moinhos de Vento (HMV). A iniciativa inte-gra uma recente política institucional do HCPA, que tem como objetivo a parceria com outras maternidades. A primeira ação foi o convênio com o Centro Obstétrico do HMV, juntamente com a capacitação das enfermeiras para a coleta.

O Hospital de Clínicas é a única instituição pública no estado capacitada para o armazenamento de sangue de cordão, daí a importância de atuar na ampliação das possibilidades de captação. O chefe do Serviço de Hemoterapia, Tor Gunnar Hugo Onsten, comenta que são realizadas em média 13 coletas ao mês e o objetivo é ampliar este número para cerca de 80.

NOVAS POSSIBILIDADES EM FOCO

A enfermeira Monalisa Sosnoski foi uma das integrantes da equipe que trabalhou na capacitação dos profissionais do HMV e destacou o empenho de todos os envolvidos.

“Avaliamos esta iniciativa de forma extremamente positiva e gratificante para os profissionais e para a comu-nidade em geral. Esperamos poder continuar colaborando e nos empe-nhando em melhorar estes processos.”

De acordo com a chefe da Unidade de Criobiologia/ BSCUP, Liane Marise Rohsig, a iniciativa visa ampliar o leque de atuação do BSCUP-HCPA, oportuni-zando também às mães que realizam seu parto em outros hospitais a do-ação do sangue de cordão umbilical de seu bebê. “Nossa expectativa é contemplar outras maternidades da grande Porto Alegre. Desta forma, o HCPA assume o seu compromisso so-

Expectativa é contemplar outros locais

Objetivo é chegar a cerca de 80 coletas por mês

cial como responsável pelo processa-mento e armazenamento do sangue de cordão umbilical e viabiliza parceria com diferentes maternidades para a coleta, a exemplo do que já ocorre em outros estados brasileiros e em outros países”, disse Liane.

O Hospital de Clínicas está aberto a parcerias com outras instituições, que podem entrar em contato atra-vés do telefone (51) 3359.7654.


DOAÇÃO DE ÓRGÃOSCOMUNIDADE DO HCPA ENGAJA-SE NA CAMPANHA QUE RECRUTOU “SALVA-VIDAS”

TABAGISMOAÇÕES MARCAM COMBATE AO FUMO

Em setembro, o hospital orga-nizou uma programação especial sobre doação de órgãos, tema que tem seu Dia Nacional em 27 daque-le mês. A campanha criada pela Coordenadoria de Comunicação ofereceu “vagas para salva-vidas”, convidando a comunidade interna a aderir à causa. Ao longo do dia 22, no saguão interno, no térreo, houve uma ação para que as pessoas se declarassem doadoras de órgãos, colando adesivos com seus nomes em um painel.

A realização de uma campanha sobre o tema foi uma encomenda da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HCPA. Seu coor-denador, Paulo Carvalho, ressaltou a importância de promover ações como essa. “Queremos sensibilizar a comunidade interna para que co-nheça mais sobre a doação e leve

Centenas de nomes foram colados no painel de doadores

Fim do fumódromo foi uma das iniciativas

essas informações para casa, pois ouvimos com frequência das pes-soas que, ao perderem um familiar, não sabiam se era ou não seu desejo ser doador.”

Quem conhece de perto os be-nefícios da doação faz questão de ajudar, como é o caso da enfermeira

que atua na área de transplantes de fígado, Soraia Arruda. “Eu vejo o paciente em uma posição grave e também percebo a melhora que acontece a partir do transplante”, relata. É por isso que, ao final da ação, o painel estava coberto de nomes de novos salva-vidas.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agos-to, ganhou destaque no Hospital de Clínicas: em um quiosque no saguão, profissionais orientaram e distribuíram materiais informativos para interessados em parar de fumar. Além disso, nas portarias foram dis-tribuídos folhetos ao público, com informações sobre as limitações dos locais de fumo nas imediações do hospital, conforme estabelecido pela legislação.

Outra ação importante foi o fim da área de tolerância ao fumo que ficava localizada em frente à Emer-gência. A ação alinha-se ao Decreto Federal 8.262, de maio deste ano, que proibiu o fumo em locais fe-

chados e de uso coletivo em todo território nacional, extinguindo os fumódromos e vetando toda e qual-quer propaganda comercial. Desde 1989, a Comissão de Controle do Tabagismo do HCPA atua com inicia-tivas como a conscientização sobre os prejuízos do fumo, fiscalização e adequação às normas vigentes e realização de tratamentos para fumantes que desejam largar o ci-garro. Vale lembrar que o Serviço de Medicina Ocupacional oferece tratamento às pessoas que desejam parar de fumar.


ASSISTÊNCIANIR TEM COMO OBJETIVO ORGANIZAR O FLUxO DE PACIENTES NOS LEITOS HOSPITALARES

RAIO X MÓVELSOMENTE PROFISSIONAIS DO SERVIÇO DE RADIOLOGIA PODEM OPERAR O APARELHO DE RAIOS x

No final do ano passado foi consti-tuído o Núcleo Interno de Regulação (NIR). Sua função é organizar o flu-xo de entrada dos pacientes, tanto eletivos, quando agudos (urgência).

Devido à escassez de leitos hospi-talares, internar um paciente é uma das maiores dificuldades enfrenta-das pelas equipes médicas, tanto na Emergência, como nos Ambulatórios, onde a espera pode fazer uma do-ença avançar e o quadro clínico do paciente piorar. Esta piora pode fazer com que um paciente, antes eletivo, tenha que procurar a Emergência pelo agravamento de seu estado, gerando superlotação da unidade.

Após avaliação criteriosa destas necessidades, o NIR criou um sistema que hoje interliga as informações de diversas áreas e Serviços e distribui os leitos disponíveis, diariamente. Quando um grupo de leitos é liberado,

A instituição conta com diversos equipamentos que garantem agilida-de e precisão aos diagnósticos. Entre eles, estão os aparelhos de raios x móvel, que foram projetados exclusi-vamente para a realização de exames radiológicos em pacientes impossi-bilitados de serem deslocados até o Serviço de Radiologia. Inspeções periódicas e rígidos procedimentos de controle asseguram a garantia de

Equipe do NIR

uma parte fica com as prioridades institucionais (CTI e sala de recupera-ção) e o restante fica à disposição do NIR para distribuição entre eletivos e agudos. Para operar de forma justa e garantir a rotatividade de leitos, o Núcleo criou um ranking em que os serviços médicos recebem pontos ao dar alta para os pacientes antes do meio-dia e em finais de sema-na, por exemplo. Aqueles que mais pontuam têm mais leitos disponíveis para internações eletivas, conforme suas necessidades. “Apesar de ainda ser difícil ofertar leitos eletivos, este sistema já garante uma oferta mais equilibrada e o tempo de espera para internações eletivas já está menor do que era antes”, afirma Rafael Scheffel, médico regulador do NIR.

Com o melhor uso do leito hos-pitalar, espera-se tornar mais curta e homogênea a espera por leitos na

Emergência e dar andamento às in-ternações de pacientes eletivos sem que eles precisem ir à Emergência pelo agravamento de seu estado. Até o momento, apenas os leitos clínicos estão sendo regulados pelo NIR, mas há planos para expansão para outras áreas, como a Pediatria e as cirurgias.

A sala do NIR fica no térreo, pró-xima ao refeitório, e os contatos são: ramal 17292 ou e-mail L – [email protected].

qualidade dos emissores de radiação da máquina. No entanto, somente a Radiologia possui profissionais quali-

NAS UNIDADESQuando o aparelho de raios x é usado nas

diferentes unidades do hospital, é neces-

sário que os colaboradores do setor sigam

as orientações do profissional da área da

Radiologia durante a realização de exames.

• A equipe da unidade pode auxiliar o téc-

nico em radiologia a posicionar o paciente

e o detector de imagem para o exame,

pois não há risco de exposição à radiação

neste momento.

• Ao aviso do técnico em radiologia, todos

os profissionais da unidade devem sair da

sala onde ocorrerá o exame. Caso não seja

possível sair, é obrigatório o afastamento

ficados para a operação do aparelho de raios x e para a contenção de pacientes examinados.

de, pelo menos, dois metros da região de

incidência dos raios x no paciente. Nes-

ta distância, a saúde e segurança dos

profissionais estão asseguradas. Após a

incidência dos raios x, pode-se retornar

à rotina normalmente.

• Importante lembrar que os raios x acabam

no momento que a irradiação termina. Eles

não ficam “no ar” e não há risco de con-

taminação como a biológica ou química.

Em caso de dúvidas sobre o uso dos apa-relhos de raios x móvel, deve-se entrar em contato com o Serviço de Física Médica e Radioproteção pelos ramais 8557 ou 8514. Inspeções garantem segurança


ACOLHIMENTOSALUNOS DA MEDICINA E DEMAIS ÁREAS DA SAÚDE SÃO RECEPCIONADOS

Os acadêmicos do quarto semes-tre da Faculdade de Medicina da Ufrgs receberam, no dia 20 de julho, jalecos brancos em cerimônia organi-zada pelo Programa de Acolhimento aos Acadêmicos do HCPA. Os alunos iniciam neste semestre o ciclo clínico do curso de Medicina, quando pas-sam a realizar atividades práticas no hospital. Na cerimônia de acolhida, os estudantes receberam o juramento de Hipócrates e um kit com álcool gel e informações institucionais, além de orientações para iniciar a atuação na assistência hospitalar.

Já no dia 13 de agosto, foram re-alizadas duas cerimônias, uma de-dicada a acadêmicos do primeiro semestre de Medicina e outra aos dos demais cursos da área da saúde, que realizam estágio curricular no hospital. Os eventos tiveram início com a manifestação de boas-vindas da vice-presidente Médica, profes-sora Nadine Clausell. O Programa de Acolhimento consiste em recepcionar os alunos com o objetivo de fornecer instruções indispensáveis às suas atividades na instituição em áreas como controle de infecção hospitalar, privacidade e sigilo, NR 32, prontuário eletrônico e biossegurança.

Quarto semestre de Medicina da Ufrgs

Primeiro semestre de Medicina da Ufrgs

Alunos dos cursos da área da saúde


RECONHECIMENTOHCPA CONCEDE LÁUREA A HENRIQUE PAIM E A SÉRGIO PINTO MACHADO

Em clima de emoção, foi realizada, no dia 28 de novembro, a cerimônia de Entrega da Láurea HCPA, conce-dida ao ministro da Educação, Hen-rique Paim, e ao ex-presidente do hospital, Sérgio Pinto Machado. A Láurea HCPA é a maior condecoração oferecida pelo hospital, destinada a distiguir personalidades que tenham prestado serviços relevantes à Edu-cação, às Ciências da Saúde, à ins-tituição ou à comunidade em geral.

A entrega das medalhas foi rea-lizada pelo presidente do hospital, professor Amarilio Vieira de Macedo Neto, a cada um dos homenageados, aplaudidos de pé pelo público. Em sua fala, Amarilio enalteceu a traje-tória de cada um, ressaltando, por exemplo, a importância dos feitos do professor Sérgio Pinto Machado para a evolução do Clínicas, citando, entre os tópicos, a modernização promovida na área da tecnologia da informação. “Se, hoje, o HCPA é destaque no cenário nacional por ter seu modelo de gestão implemen-tado em outros hospitais universitá-rios, a partir de seus aplicativos de gestão hospitalar, é graças às bases sólidas estabelecidas pelo profes-sor Sérgio Pinto Machado.” Ao se dirigir ao outro homenageado da cerimônia, o presidente destacou o apoio e sensibilidade do ministro Henrique Paim em relação às ne-

cessidades do hospital. “Ministro, esta láurea simboliza o reconheci-mento do Hospital de Clínicas à sua incansável dedicação à causa dos hospitais universitários, instituições indispensáveis para a construção de um país melhor, com mais saúde, educação e ciência.”

Em um discurso entremeado por pausas para conter a emoção, o ex-presidente do hospital, Sérgio Pinto Machado, agradeceu pela distinção, afirmando que presidir a instituição foi seu maior desafio pes-soal e profissional. “Quando eu sinto saudades - e sinto - vejo que é uma

prova do quan-to foi bom fazer parte da vida e da história desta casa”, disse. Tam-bém grato pela homenagem, o ministro da Edu-cação, Henrique Paim, elogiou o trabalho de-senvolvido pelo HCPA. “Esta cul-

tura de planejamento e governança que existe aqui não tem paralelo na gestão pública no Brasil”, disse.

A cerimônia também contou com a manifestação do vice-reitor da Ufrgs, Rui Oppermann, que ressaltou que o Clínicas é “orgulho de toda a comunidade, do estado e da Ufrgs". A data do evento coincidiu com o aniversário de 80 anos da univer-sidade, conforme lembrou Opper-mann. Ao final, os homenageados receberam os cumprimentos dos participantes em coquetel realizado no saguão do hospital.

Criada em 1989, em 25 anos, a Láurea HCPA foi outorgada a apenas oito pessoas. O primeiro laureado, no final da década de 1989, foi o ex-reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professor Eduardo Faraco, propulsor do iní-cio das atividades do HCPA. Já a mais recente foi concedida em 1997 ao professor Carlos César de Albu-querque, que atuou por 12 anos da presidência do HCPA e, posterior-mente, foi escolhido ministro da Saúde do país.

Professor Amarilio enalteceu a trajetória dos homenageados

Laureados receberam cumprimentos após cerimônia


Laureados receberam cumprimentos após cerimônia

CONHEÇA OS HOMENAGEADOS

SÉRGIO PINTO MACHADO Graduou-se em Medicina pela Ufrgs. É es-pecialista em Clínica Psiquiátrica, mestre em Saúde Pública com ênfase em Saúde Mental pela Johns Hopkins University, dou-tor em Psiquiatria pela Ufrgs e Psicanalista, membro efetivo da Associação Psicoanalí-tica Internacional. Foi professor da Facul-dade de Medicina da Ufrgs de 1973 a 2013, chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina por duas gestões e membro da Comissão de Especialistas do Ensino Médico do Ministério da Educação. No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ocupou os cargos de chefe do Serviço de Psiquiatria, adjunto da Vice-presidência Médica e vice-presidente Médico. Foi presidente da Associação dos Médicos Assistentes do HCPA e vice-presidente da Fundação Médica do Rio Grande do Sul, na primeira gestão da entidade. Presidiu o Hospital de Clínicas nas gestões 1996-2000, 2000-2004 e 2004-2008. Durante os três mandatos na Presidência, integrou a Dire-toria da Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino.

HENRIQUE PAIM Ocupou, desde 2006, o cargo de secre-tário-executivo do MEC. Em 2014, assu-miu o cargo de ministro da Educação. Foi presidente do Fundo Nacional de Desen-volvimento da Educação, subsecretário Especial do Conselho de Desenvolvimen-to Econômico e Social da Presidência da República e secretário Estadual de Coor-denação e Planejamento do Rio Grande do Sul. Exerceu também as funções de coordenador de Relações Internacionais da Prefeitura de Porto Alegre, secretário Municipal de Captação de Recursos e Cooperação Internacional de Porto Alegre e analista de Projetos do Banco de Desen-volvimento do Estado do Rio Grande do Sul. É professor de Economia do Centro Universitário La Salle, licenciado e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal Fluminen-se (UFF) e Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul).


G R A N D RO U N DÚltima edição do ano traz como tema a farmacoeconomia

Depois de 38 encontros e mais de 8 mil participantes, o Grand Round, tradicional evento científico do HCPA, teve sua última edição no dia 3 de dezembro. O tema do debate, Farma-coeconomia, foi tratado por Denizar Vianna Araujo, professor associado do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e Carisi Anne Polanczyk, professora do Serviço de Cardiologia do HCPA.

Por se tratar da última edição do ano, o coordenador do Grand Round, professor James Fleck, fez a abertura agradecendo o convite feito pela vice-presidência Médica: “além de me sentir extremamente honrado, aprendi muito nestes encontros”.

A Farmacoeconomia é um tema que pode auxiliar médicos, gesto-res e formuladores de políticas de saúde na difícil tarefa de tomar de-cisões em um ambiente de escassez de recursos. De acordo com Carisi, um sistema de saúde sustentável atende as necessidades do presen-te, sem comprometer a capacidade de outros, no futuro ou em outros locais, de alcançar suas necessida-des. A professora trouxe dois casos clínicos para debate, onde o custo e a efetividade de cada tipo de trata-mento foram discutidos. “A questão

Araujo falou sobre eficiênciaversus equidade

Na mesa, todos concordaram que decisão não pode ser de terceiros

NÚMEROS DOGRAND ROUND

2014

3888.613 pessoas

Encontros:

Palestrantesexternos:

Participantes:

Grand Round com maior número de participantes:

é: quais as bases para uma decisão justa, igualitária, eficiente e racional?”

Araujo também deixou alguns questionamentos para o público. Se-gundo ele, as profissões de saúde se concentram na ética individualista, no “saúde não tem preço”. No en-tanto, a economia se fixa na ética do bem comum, ou ética do social.

“Sabemos que decisões individuais influenciam no coletivo e vice-ver-sa. Como saber se um tratamento caro vai ser efetivo? Esse dilema, da eficiência versus equidade, hoje é compartilhado em vários sistemas de saúde e começa a ser fortemente debatido”, explicou.

O professor também mostrou que, em alguns países, existe um limite de custo por ano de vida ganho. No Brasil, isso ainda não existe e os de-batedores do Grand Round discuti-ram se seria uma medida válida. A questão da judicialização da saúde também foi trazida ao debate, pois muitas vezes a decisão acaba ficando com terceiros. “Os médicos precisam participar dessa decisão. E não só os médicos, mas a sociedade”, disse o professor Fleck. Na mesa, todos con-cordaram que, apesar de parecer um assunto distante da profissão médica, a economia também precisa fazer parte da rotina assistencial.

“Reposição de vitamina D para todo adulto com níveis séricos baixos?”


ARTE E MEIO AMBIENTECRIANÇAS TÊM UM DIA DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL SÓ PARA ELAS

O dia 2 de outubro começou de uma forma diferente no Hospital de Clínicas: com ar de expectativa, crian-ças da creche do HCPA, do Instituto de Educação e da Escola Estadual Luciana de Abreu aguardavam o iní-cio da peça As Aventuras do Peque-no Príncipe, do Instituto de Artes da Ufrgs. A apresentação foi a primeira atração da programação Arte, Meio Ambiente e uma Vida mais Saudável, com atividades abertas à comuni-dade e ações com escolas locais. “É um estimulo à cultura. A partir desta programação, já estamos trabalhan-do também na leitura do livro, por exemplo. Estas ocasiões oportunizam uma sistemática pedagógica mais rica”, afirmou a professora da Escola Estadual Luciana de Abreu, Graziela Clemens Nemetz.

A peça teatral foi seguida de ofi-cina com pintura e grafite, através do projeto Transformando com Gra-fite, do coletivo de artistas Núcleo Urbanoide. Alunos do Instituto de Educação da Ufrgs realizaram pin-tura de painéis que, depois, foram colocados junto aos tapumes das obras de expansão do hospital. “Eu achei muito legal pintar”, comentou Henrique Nazari, de 12 anos. “Adorei participar. A peça foi divertida e a pintura também”, relatou Gabriela

Dias, 12 anos. Outra edição da ativi-dade foi realizada também à tarde, para outras turmas.

A programação contemplou ainda apresentações gratuitas abertas ao público, como a contação de histórias Causos do Romualdo, baseada na obra de Simões Lopes Neto. Já no final da tarde, a partir das 18h, o re-pertório da música popular brasileira ganhou o palco com a performance do Coletivo de Música Popular do Instituto de Artes da Ufrgs.

Encenação de As Aventuras do Pequeno Príncipe foi uma das atrações

Alunos participaram de oficinaPainéis pintados por crianças foram instalados junto às obras


AMPLIAÇÃO

uma cidade dentro do clínicasVocê imagina o que acontece

dentro dos tapumes que encobrem a obra de ampliação do hospital? Já ficou curioso(a) para saber o que são aquelas pequenas construções, como trabalham as máquinas, o que levam e trazem os caminhões? Nes-ta edição, o Espaço Aberto traz os detalhes dessa grande obra, que vai aumentar em 70% a capacidade física do Hospital de Clínicas. “Para execu-tar uma ampliação dessa magnitude, tivemos que montar praticamente uma cidade dentro do HCPA”, explica o chefe do Serviço de Engenharia de Edificações, Fernando Martins Perei-ra. “Junto com a obra principal existe a secundária. É a obra dentro da obra, que garante a logística do canteiro, a circulação de pessoas e de materiais”, complementa o engenheiro civil da Concremat, Ricardo Bonini.

Acompanhe no desenho os prin-cipais detalhes do canteiro.

FUNDAÇÕESA fase de fundações prevê a exe-cução das paredes diafragma, que fazem a contenção do solo em todo o perímetro da obra e serão o su-porte para a estrutura dos prédios anexos. Cada parede dessas, que é feita de concreto armado, tem em média 24 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de oito andares. São cerca de 1,2 mil tone-ladas de aço e 7 mil metros cúbicos de concreto. Na base, será feita uma laje para suportar a pressão da água do lençol freático. A intervenção é só física e sem risco de contaminação do lençol freático.

MEIO AMBIENTEOs lava-rodas ficam na saída dos portões e são utilizados para que os caminhões não levem sujeira para a via pública. Essa é uma questão ambiental que precisa ser respeitada. Quando saem, os caminhões param no local indicado, os pneus recebem um jato de água e o solo barreado cai em uma câmara. Depois de um tempo, ele decanta e a água pode ser reaproveitada na obra.

Sobre as árvores, já foram reali-zados cinco transplantes e a com-pensação prevê o plantio de mais de 2,8 mil mudas no entorno do HCPA.

Curiosidade:Durante as escavações, se-rão 280 caminhões remo-vendo solo por dia, durante cerca de 60 dias. O solo é despejado em um aterro credenciado pela Secretaria Municipal do Meio Ambien-te (Smam).


uma cidade dentro do clínicas

PESSOASA fase inicial das obras, especialmen-te a de fundações, depende muito mais de máquinas. Mesmo assim, já são cerca de 200 funcionários traba-lhando no canteiro de obras. No auge dos trabalhos, esse número pode chegar a 600 funcionários.

CARPINTARIAFoi montada no canteiro uma carpin-taria, que prepara os mais variados materiais de placas de compensado necessários para as obras.

TRANSPORTEAssim como no restante do cantei-ro, a pavimentação das vias internas também é provisória, para que os caminhões possam transitar com materiais e suprimentos. No perí-metro da obra, foi construído ainda um caminho de segurança, onde as pessoas podem circular sem perigo.

INSTALAÇÕESO prédio branco, que pode ser visto tanto da via pública, quanto de den-tro do hospital, abriga os escritórios das empresas Tratenge, Engeform e Concremat. A construção provisó-ria tem dois andares e cerca de 60 pessoas trabalham ali, entre enge-nheiros, técnicos e administradores, que dão suporte aos profissionais que atuam diretamente nas obras. No canteiro há também refeitório, sanitários, vestiários, área de des-canso e ambulatório.

ENERGIA ELÉTRICAE ÁGUAO canteiro de obras tem uma rede elétrica exclusiva e provisória para abastecer o local, além de suprimen-tos externos de caminhões pipas para abastecimento de água, em torno de 45 mil litros por dia.


DESPEDIDAFALECE O CRIADOR DO SERVIÇO DE CIRURGIA PEDIÁTRICA

HOMENAGEMPROFESSORES APOSENTADOS SÃO APLAUDIDOS EM PÉ PELA COMUNIDADE DO HCPA

LEMBRANÇASGRAND ROUND DA PEDIATRIA RECORDA PROFESSORA ELIANA TROTTA

O professor Carlos Roberto He-redia Antunes, criador e chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica du-rante 30 anos, faleceu no dia 8 de outubro. Antunes ensinou alunos da Faculdade de Medicina da Uni-versidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e treinou residentes de Cirurgia Geral e Pediátrica, que hoje atuam nos Serviços. De acordo com

A edição do Grand Round da Pediatria de 20 de agosto prestou homenagem à ex-chefe da UTI Pedi-átrica, professora Eliana Trotta, que faleceu em 30 de julho, vítima de morte súbita. Na cerimônia, foram entregues flores aos familiares e rea-lizadas manifestações de apreço por profissionais que conviveram com a

o professor José Carlos Fraga, que foi seu residente, o professor Antunes foi o primeiro cirurgião do Rio Grande do Sul com treinamento em Cirurgia Pediátrica fora do país. “Ele era mui-to disponível para ensinar e muito preocupado com os aspectos emo-cionais da criança após uma cirurgia. Preocupava-se muito com possíveis traumas depois dos procedimentos,

Antunes: exemplo para residentes

Familiares receberam flores

Grupo foi homenageado pela trajetória

Dez professores das áreas de Me-dicina e Odontologia que se aposen-taram ao longo de 2014 foram home-nageados pelo Hospital de Clínicas, justamente no Dia do Professor, 15 de outubro. Discursando em nome dos homenageados, a professora Helena Pandikow relembrou a época em que eram estudantes. “Eram momentos em que discutíamos o momento do país, a ditadura e assuntos de aula. Assim, desenvolvemos precocemente nosso relacionamento pessoal, que nos beneficiou depois, tanto na fa-culdade quanto no hospital”, ressaltou.

O presidente Amarilio Vieira de Ma-cedo Neto reforçou a importância dos

docentes na conquista da excelência do hospital. “Quando nos perguntam o que faz o Clínicas ser assim, res-pondemos que um dos pilares são as pessoas que nele atuam. Então nada mais justo do que homenagear vocês, que participaram da história do HCPA e foram pioneiros em diversas áreas da instituição”, disse Amarilio

professora. O professor Paulo Car-valho, que trabalhou com Eliana por quase 40 anos, fez um resgate da trajetória da colega, ressaltando sua marcante dedicação. “Nada a abatia, nada lhe era impossível e tudo o que fazia era com alegria, dedicação e organização. Não media esforços para atingir os objetivos propostos.”

aos docentes.Os professores receberam uma

medalha do hospital e, ao final da ce-rimônia, subiram todos ao palco para a foto de grupo. Neste momento, a plateia ficou toda em pé e, durante um longo tempo, aplaudiu os homenage-ados, que ficaram muito emocionados com o reconhecimento e o carinho.

Foto: Raquel Schneider

tanto que foi pioneiro na criação de uma reunião da Cirurgia Pediátrica com a Psicologia. Reunião esta que persiste até hoje”, disse Fraga.


HOMENAGEMPROFESSORES APOSENTADOS SÃO APLAUDIDOS EM PÉ PELA COMUNIDADE DO HCPA

A trajetória de excelência dos funcionários do Clínicas ultrapassa a atuação profissional: há muitos anos, já tinha gente representando a ins-tituição e fazendo bonito no campo de futebol, como é o caso do time de 1977, que foi campeão invicto dos jogos promovidos pelo Sesc na época.

Você também pode contribuir com este espaço: basta enviar a sugestão de foto junto da descrição do momento a que ela se refere para o e-mail [email protected], com o assunto “Foto para o Espaço Aberto”.

1. José de Marco2. José Carlos Ribeiro3. Marco Aurélio Rosa4. Jurandir Rosa (Danda)5. Marco Orélio Miranda (Passarinho)

Parte dos integrantes do time segue no hospital, como é o caso de José de Marco, chefe de se-ção na Gráfica e há 39 anos no Clínicas; José Carlos Ribeiro, agente administrativo no Raio X,também com 39 anos de casa; Marco Aurélio Rosa, chefe de seção na Engenharia, com 38 anos de HCPA; Jurandir Rosa (Danda), técnico de manutenção na Engenharia, também com 38 anos de hospital; Marco Orélio Miranda (Passarinho), auxiliar de contabilidade, que está há 37 anos no HCPA.


DISTINÇÃO

Funcionários são reconhecidos pelo tempo de serviço


Nº 48 – Novembro/ Dezembro de 2014 | 21Jornal Espaço Aberto Nº 48 – Novembro/ Dezembro de 2014 | 21Jornal Espaço Aberto

Aos poucos os 319 lu-gares do Anfiteatro Car-los César de Albuquer-que, do HCPA, foram sendo preenchidos. De-pois deles, os corredores e as escadas já estavam ocupados por colegas, amigos e familiares que traziam presentes e flo-res. Todos queriam pres-tigiar e homenagear os funcionários que, em

2014, completaram 25, 30, 35 e 40 anos de tra-balho ininterruptos no Hospital de Clínicas. Já tradicional no HCPA, a cerimônia de Distinção por Tempo de Serviço foi realizada na tarde do dia 30 de outubro e, como de costume, teve lotação máxima e ver-dadeiras “torcidas” para os homenageados.


Como não pôde com-parecer pessoalmente ao evento, o presiden-te do hospital, profes-sor Amarilio Vieira de Macedo Neto, en-viou uma mensagem aos distinguidos. Ele agradeceu pela longa jornada de dedicação


ao Clínicas e afirmou que essas pessoas são verdadeiros exemplos de como cuidar do paciente. “Aqui estão pessoas que conheço há tanto tempo, verda-deiros representantes do que o HCPA tem de melhor.”


A vice-presidente Médica, professora Nadine Clausell, tam-bém fez uso da pala-vra, afirmando que as trajetórias de todos são muito parecidas e que há uma identifica-ção enorme com “esta


casa”. “Ter vocês aqui hoje nos deixa muito felizes. Nós todos te-mos a responsabilida-de de fazer essa marca se repetir. Sem vocês, o hospital não seria re-conhecido pela exce-lência como é hoje.”


34ª SEMANA CIENTÍFICAEDIÇÃO DESTE ANO ABORDOU O ESTADO DA ARTE

O ponto em que algo deixa de ser um projeto técnico para se tornar uma obra-prima: assim se define o estado da arte, considerado o nível mais alto de desenvolvimento. Este foi o tema da 34ª Semana Científica, realizada de 1º a 5 de setembro. Confira alguns dos momentos mais marcantes.

CERIMÔNIA DE ABERTURAO coordenador do Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação, Eduardo Passos, desta-cou a importância de se refletir sobre a integração entre pesquisa científica e sociedade. A cerimônia contou com a participação do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), José Rubens Rebelatto. O presi-dente do HCPA, professor Amarilio Vieira de Macedo Neto, citou uma frase do professor e cientista Carlos Chagas Filho sobre um hospital universitário:

“Neste local, se ensina porque se pesquisa”. Segundo o presidente, “essa frase sintetiza nosso intuito e a obrigação que temos por trabalhar com o sistema universitário”.

INOVAÇÕES NA AVALIAÇÃOUma das novidades em 2014 foi o método de avaliação da mostra de pôsteres e da apresentação de te-mas livres: pela primeira vez, foram usados dispositivos móveis para a verificação dos trabalhos, através de link de acesso ou QR Code via tablet ou celular. A novidade possibi-litou acesso antecipado aos resumos, além de permitir que os dados fos-sem computados em tempo real. Ao todo, foram inscritos 886 trabalhos. Destes, 32 receberam a nota máxima pelos avaliadores e foram indicados para a apresentação oral.

PRESENÇAS INTERNACIONAISEntre diversas presenças internacio-nais, o evento contou com apresen-tação do professor da Universidade de Washington (EUA) Richard Satava, que realizou a conferência de aber-tura sobre a cirurgia robótica e os avanços mais recentes na área. Já o Grand Round, que foi integrado à programação da semana, teve como atração a pesquisadora grega Evan-thia Diamanti-Kandarakis, que falou sobre os efeitos dos disruptores en-dócrinos, substâncias sintéticas ou naturais que se assemelham a hor-mônios e interferem no organismo.


VIDEOCONFERÊNCIASAs videoconferências possibilitaram apresentações de palestrantes de outros locais. Foi o caso, por exem-plo, do pesquisador que é referência e que trabalha em um dos maiores centros de transplante de ilhotas do mundo, Bernhard Hering, que falou direto de Minnesota (EUA). Também dos Estados Unidos, foi transmitida a palestra do professor Flávio Kap-czinski, que abordou o estado da arte em Psiquiatria. Já Marcelo Cypel se apresentou de Toronto (Canadá), abordando o tema do transplante pulmonar.

RETORNO PARA A SOCIEDADEEm uma ação diferenciada, foi divulgado em primeira mão para a sociedade o resultado de pesquisas envolvendo alunos e escolas do município. O professor Luis Augusto Rohde divulgou os resultados de suas pesquisas sobre Transtor-no de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) nas escolas públicas de Porto Alegre. Na sequência, a professora Tânia Furlanetto falou sobre o projeto desenvolvido na Escola Estadual Anne Frank, intitulado Educar para uma vida saudável. A atividade englobou ainda uma feira de ciências com alunos da Escola Anne Frank, que apresentaram trabalhos desenvolvidos nesse projeto. A tarde encerrou com apresentação do Grupo de Teatro do HCPA.

TROFÉU JORGE PINTO RIBEIROO Troféu Jorge Pinto Ribeiro foi des-tinado ao reitor da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul, Carlos Alexandre Netto. “Sob a direção dos professores da Ufrgs, a produção de conhecimento no Clínicas vem conquistando destaque cada vez maior no cenário nacional e inter-nacional”, afirmou o presidente do HCPA. O reitor da Ufrgs agradeceu pela entrega do troféu e comentou sobre a criação das plataformas de conhecimento, iniciativa do governo federal para estimular a associação entre pesquisadores, centros de criação de conhecimento, indústria e governo. BANCA DE JORNALISTAS

Quatro pesquisadores que tiveram seus trabalhos selecionados por especialistas ao longo da semana enfrentaram o desafio de, ao final do evento, fazer uma apresentação para o público leigo e para uma banca de jornalistas convidados, exerci-tando a aproximação entre o uni-verso científico e a linguagem leiga. A banca formada pelos jornalistas Fernando Rotta (FM Cultura), Laura Medina (RBSTV) e Fabíola Bach (Zero Hora) escolheu para premiação a apresentação de Natane Tenedini Lopes. Também apresentaram seus trabalhos as alunas Rafaela Vanin Pinto Ribeiro, Livia D´Avila Paskulin e Bianca Peixoto Nascimento.


FRONTEIRAS DO PENSAMENTOPALESTRA COM PAUL BLOOM LEVA GRANDE PÚBLICO AO AUDITÓRIO

TEDMEDCLÍNICAS INTEGRA REDE MUNDIAL PARA RECEPÇÃO DE CONFERÊNCIAS AO VIVO

Por natureza, o ser humano é bondoso, capaz de empatia e pos-sui um senso rudimentar de justi-ça: essas foram as conclusões dos estudos realizados pelo professor da Universidade de Yale (EUA) Paul Bloom. Os resultados da pesquisa foram apresentados por ele no dia 26 de agosto, no auditório José Baldi, em atividade integrante do evento Fronteiras do Pensamento, dirigida à comunidade do HCPA e da Ufrgs. Na palestra “O que nos faz bons ou maus”, Bloom expôs os estudos realizados com bebês, em que eles manifestam preferências por per-sonagens com atitudes generosas, escolhendo, em dado experimento, o fantoche que divide o brinquedo ao invés daquele que é egoísta. “A aversão ao que é mau é ainda mais forte do que a propensão ao que é

Mais de 140 países conectados simultaneamente para assistir a pa-lestras de ideias inspiradoras na área da Medicina: com esta proposta, foi realizado o TEDMED, com transmis-são ao vivo de conferências realiza-das em Washington e San Francisco, nos Estados Unidos, de 10 a 12 de

Noções de moralidade já estão presentes em bebês, diz especialista

Palestras foram intercaladas com apresentações artísticas

bom e somos inclinados a punir maus comportamentos e a recompensar os bons”, explicou.

Bloom enfatizou a importância da sociedade e da cultura como meca-nismos que atuam no sentido de nos

tornarem seres humanos melhores. Depois da apresentação, o professor respondeu perguntas feitas pelos participantes e, na sequência, conhe-ceu instalações do HCPA - entre elas, o laboratório de Psiquiatria Molecular.

setembro. Pela primeira vez, o HCPA foi um dos pontos autorizados a re-ceber e retransmitir as atividades. A médica responsável pela iniciativa no hospital, Ana Claudia Tonelli, recep-cionou os participantes, detalhando o trabalho da organização que geren-cia as conferências internacionais e

suas diferentes divisões. “A intenção é discutir as transformações do setor, energizar nosso trabalho e ampliar a visão de mundo. São três dias de programação para questionarmos nossos procedimentos e termos in-sights inspiradores”, resumiu.

As palestras foram intercaladas com apresentações artísticas. Dentro da programação, foi realizada uma edição especial do Grand Round, com debate sobre as conferências do turno da manhã de quarta-feira. A atividade foi moderada pelo pro-fessor James Fleck e contou com a participação de Carisi Polanczyk, Flávio Fuchs, Erno Harzheim, Maria Celeste Osorio Wender e José Ro-berto Goldim.

Foto: Camila Schafer


Noções de moralidade já estão presentes em bebês, diz especialista

CONSELHO DIRETORCOMUNIDADE ELEGE REPRESENTANTE DOS FUNCIONÁRIOS

HCPA PREVPLANO COMPLETA CINCO ANOS E PARTICIPANTES TIRAM DÚVIDAS

O novo representante dos funcio-nários no Conselho Diretor do HCPA é Edison Luiz da Silva Vasconcelos, da Coordenadoria de Gestão de Pesso-as, com Luciane Moni Soares como suplente. O resultado foi divulgado após o segundo turno das eleições, no mês de setembro.

O Plano HCPA Prev completou cinco anos em outubro e, para tirar as dúvidas das pessoas conside-radas elegíveis para a aposenta-doria complementar, foi realizada uma palestra da BB Previdência no dia 29 de setembro. No hospital, quase 800 pessoas se encaixam nos pré-requisitos para requerer o benefício.

Com o anfiteatro Carlos César de Albuquerque lotado, Joaquim Mello falou sobre o plano, seu funciona-mento e benefícios e tirou dúvidas dos participantes. O especialista esclareceu, por exemplo, se vale a pena antecipar a aposentadoria, qual a melhor idade para requerer o benefício e as opções de recebi-mento. “A previdência social já foi motivo de crise em países desenvol-vidos, por isso a previdência privada é a que oferece maior segurança atualmente.”

Como conviver com a aposenta-doria foi o tema da palestra com médico Marcos Cabrera, que encer-rou o evento. Segundo o profissio-nal, é difícil convencer as pessoas a aderirem à previdência privada por-que o ser humano está acostumado

Edison foi o escolhido

Segundo Marcos Cabrera, o ser humano está acostumado com o prazer imediato

Joaquim Mello falou sobre o plano

com o prazer imediato. “No entanto, para um envelhecimento saudável, a saúde financeira também precisa estar bem, pois ela influencia na saúde em geral. É preciso inves-tir a longo prazo em qualidade de vida”, disse. O médico incentivou os participantes a continuarem ativos fisicamente, mentalmente, afetiva-mente e espiritualmente, procuran-do atividades que lhes deem prazer após a aposentadoria.

Apuradas as cinco urnas eletrôni-cas, dos 5.475 funcionários habilitados à votação, 2.238 votantes comparece-ram ao pleito, o que equivale a 40,88%, sendo 2.168 votos nominais; foram 23 brancos e 47 nulos. A chapa escolhida contou com 1.304 votos contra a se-gunda colocada, que teve 864 votos.


ALIMENTAÇÃOREFEITÓRIO RETOMA PREPARAÇÕES PRÓPRIAS

Em uma ação muito comemo-rada pela comunidade interna, o refeitório do Hospital de Clínicas retomou as preparações próprias em novembro. No primeiro dia de retorno, foram dezenas de mani-festações positivas – tanto que elas ganharam espaço em um mural na cozinha, para que todos comemo-rassem o resultado: “só tenho a agra-decer a esta equipe que faz uma refeição tão gostosa. O arroz inte-gral estava fazendo falta. Parabéns!”, dizia uma das notas. Na produção, o clima foi de festa: cozinheiro há 19 anos no hospital, Ricardo Silveira comemorou o retorno a seu posto de origem – durante o período em

A chefe do Serviço de Nutrição, Ivete de Deus Fontoura, afirma que embora tenha sido complexo atuar em meio a obras, valeu a pena: “hoje temos uma área mais adequada para trabalhar, melhor fluxo de produção e equipamentos mais modernos”. Ela cita como exemplo a recente aqui-sição de um resfriador que reduz de 60°C para 10°C a temperatura dos alimentos em um período de até duas horas, evitando a proliferação

que a empresa terceirizada assumiu as refeições, outras atribuições fo-ram desempenhadas além da pre-paração da comida dos pacientes.

“Se antes nós já fazíamos grandes eventos, com refeições temáticas, por exemplo, imagine agora, com toda esta nova estrutura”, comentou, feliz com a melhoria das condições de trabalho, em especial, com o novo sistema de climatização.

Para quem consome os alimentos, houve um benefício importante: a equipe técnica modificou as prepara-ções, reduzindo a presença de sódio. Os produtos industrializados foram substituídos por ervas frescas, com foco na melhoria da saúde de todos. Ricardo comemorou o retorno

Sala exclusiva para manuseio de carnes é uma das novidades

Refeições ganharam tempero especial,com menos sódio

REFORMA SEGUE EM OUTROS PONTOS

de bactérias. Outra novidade foi a construção de uma sala refrigerada exclusiva para o manuseio da car-ne crua. “É uma área climatizada e controlada, o que possibilita maior segurança alimentar”, conta. Além disso, a saída de resíduos foi com-pletamente isolada da produção de alimentos, com um corredor externo.

O subalmoxarifado 6 também re-cebeu melhorias, com ambientação otimizada e climatização. “Eu gostei

muito da minha casa nova! Ficou mais agradável e mais fácil de acessar e localizar os itens”, conta a funcioná-ria do setor Marlise Schmitt.

Vale lembrar que a reforma ain-da não terminou e segue para suas próximas etapas: “Não haverá mais interrupção do fornecimento das re-feições, mas será preciso a compre-ensão de todos porque teremos obras no espaço do próprio refeitório, para outras alterações na área de produção e ampliação dos lugares”, avisa Ivete.


Ricardo comemorou o retorno

DESTAQUES

O professor do Serviço de Gastro-enterologia Mario Reis Álvares-da-Silvaparticipou recentemente de dois eventos internacionais: World Trans-plant Congress, em San Francisco (EUA), e Encontro de la Sociedad de Gastroenterología da la Provincia de Buenos Aires, em La Plata (Argentina). Também coordenou o Joint Meeting Liver & IBD, em Montevidéu (Uruguai).

Já a médica Luciana Harlacher, do mesmo Serviço, foi a única médica brasileira a participar do treinamento Train the Trainers in Colonoscopy, em Wolverhampton (Inglaterra).

O professor Apio Antunes, do Serviço de Neuro-logia, proferiu três palestras no Curso de Educação Continuada para Países do Terceiro Mundo, em julho, no Zimbábue: Tratamento dos abscessos cerebrais, Abordagem cirúrgica dos Schwanomas vestibulares e Indicações e limitações da craniotomia descom-pressiva no AVC isquêmico.

O Programa de Assistência do Transplante de Célula-tronco He-matopoiética foi destaque no XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de TMO, realizado em Belo Horizonte, vencendo o Prêmio Fani Job de Melhor Trabalho Multiprofissional. Também participaram do evento, como con-ferencistas, a professora Lucia Silla e a farmacêutica Joice Zuchermann.

eVentos da Gastro

PrÊmio Fani JoB

Palestras em neuroloGia


DESTAQUES

Duas pesquisas de alunos de doutorado desenvolvidas no HCPA receberam o Prêmio Ufrgs de Tese, que destacou trabalhos aprovados nos programas de pós-graduação da universidade em 2013. Os pre-miados foram Fernanda Sales Luiz Vianna, orientada pela professora Lavinia Schüler-Faccini, dentro do PPG de Genética e Biologia Mole-cular, e Vanessa Bley Ribeiro, orien-tada por Afonso Luiz Barth, no PPG de Ciências Farmacêuticas.

Apresentações de casos ao vivo foram realizadas no HCPA em agos-to, dentro da programação do XXXV Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Os procedimentos foram feitos pelos professores Alci-des José Zago, Alexandre do Canto Zago e Marco Vugman Wainstein, em conjunto com profissionais norte-americanos.

Trabalhar, estudar e ter um filho em um momento inesperado da vida: como tantas pessoas, Maria Aparecida Rodrigues Sarmento, de 47 anos, precisou encontrar o equilíbrio entre todos estes ingredientes e, além disso, manter a força de vontade para seguir em busca do sonho de mu-dar de área profissional. Durante oito anos e meio, trabalhou na área de Higienização do HCPA. Neste período, conseguiu realizar o curso técnico em Enfermagem, sua verdadeira vocação. “Sempre tive interesse por esta área e ver colegas da assistência trabalhando me deu mais certeza de que era o que eu gostaria de fazer”, conta.

Logo após concluir o curso, teve uma surpresa: estava grávida. “Meu filho foi uma motivação: eu cuidava dele e estudava ao mesmo tempo. Nem sem-pre foi fácil, mas sabia que, se persistisse, conseguiria”, afirma. O resultado chegou: depois de três anos fazendo diversas provas de concursos para a área, ela deixou, em outubro, o HCPA para assumir o cargo de técnica de Enfermagem no Grupo Hospitalar Conceição. “Saio com o coração apertado e com um carinho enorme pelo Clínicas, que me proporcionou a chance de mudar de vida e onde eu aprendi tanto”, ressalta.

teses Premiadas

conGresso de HemodinÂmica

dedicaÇÃo recomPensada


No 69º Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o professor Flavio Fuchs, do Serviço de Cardio-logia, recebeu o Destaque em Pes-quisa, por sua intensa e produtiva carreira como pesquisador na espe-cialidade. A segunda homenagem foi o Mérito SBC, para o professor Jorge Pinto Ribeiro (in memoriam), devido à destacada atividade na Sociedade Brasileira de Cardiologia ao longo de sua carreira.

Os projetos do Instituto Nacional de Genética Médica Populacional (Inagemp), sediado no HCPA, mereceram a capa da Revista Fapesp do mês de agosto. Entre eles está o Censo Nacional de Isolados (Ceniso) e as pesquisas envolvendo doenças raras. O Inagemp é coordenado pelo professor Roberto Giugliani, chefe do Serviço de Genética do HCPA, e o Ceniso, pela professora Lavinia Schüler-Faccini. A reportagem relata ainda o dia a dia da equipe de Lavinia e o aconselhamento genético prestado no HCPA.

O chefe do Serviço de Cirurgia Torácica do HCPA, Mauricio Guidi Saueressig, participou, junto com o médico contratado William Lorenzi, em Milão (Itália), do Congresso Europeu de Cirurgia Cardiotorácica. A pesquisa apresentada foi desen-volvida pelo Serviço de Cirurgia Torácica com o apoio do Fundo de Incentivo à Pesquisa e Eventos (Fipe). O estudo também fez parte da dissertação de mestrado de William Lorenzi, que atualmente é médico contratado do serviço.

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correndo nas veias. Doe sangue.

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Espaço aberto nº 49