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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI ADRIANO ALVINO BAUMANN ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ/SC: UMA ANÁLISE DA EXPRESSIVIDADE DOS ATRATIVOS Balneário Camboriú 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

ADRIANO ALVINO BAUMANN

ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ/SC: UMA ANÁLISE DA EXPRESSIV IDADE DOS

ATRATIVOS

Balneário Camboriú

2008

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ADRIANO ALVINO BAUMANN

ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ/SC: UMA ANÁLISE DA EXPRESSIV IDADE DOS

ATRATIVOS

Produção Técnico-Científica apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientadora: Profª. Dra. Marlene Huebes Novaes

Balneário Camboriú

2008

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ADRIANO ALVINO BAUMANN

ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ/SC: UMA ANÁLISE DA EXPRESSIVIDADE DOS

ATRATIVOS

Esta Produção Técnica-Científica foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria e aprovada pelo Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Ciências Sociais Aplicadas Sub-Área: Turismo e Hotelaria

Balneário Camboriú, 30 de junho de 2008.

Profª. Drª. Marlene Huebes Novaes UNIVALI – CE de Balneário Camboriú

Orientadora

Profª. MSc Célia Denise Uller UNIVALI – CE de Balneário Camboriú

Membro

Prof. Dr. Ailton dos Santos Júnior UNIVALI – CE de Balneário Camboriú

Membro

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DEDICATÓRIA

Quero dedicar este trabalho a meu pai Alvino (in memorian), à minha mãe Valburge, aos

meus irmãos Eliane e Charles, à minha esposa Jaqueline, à minha filha Karen, e à todos que

me ajudaram, me apoiaram e de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui.

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AGRADECIMENTOS

A Deus que sempre esteve ao meu lado, me guiando e motivando para eu alcançar

meus objetivos.

A minha família, especialmente meu pai Alvino, minha mãe Valburge, meus irmãos

Eliane e Charles, minha esposa Jaqueline e a minha filha Karen.

A Drª Marlene Huebes Novaes, agradeço pelas suas orientações, pela paciência

dispensada comigo, enfim, por toda a ajuda que recebi na confecção deste trabalho.

A todos os colaboradores da FITUR que me ajudaram e apoiaram em todos os dias

que fiquei estagiando, agradeço por tudo.

Aos professores, que repassaram todo o conteúdo na área de Turismo e Hotelaria e

ajudaram na busca do conhecimento.

Agradeço aos meus amigos acadêmicos e colaboradores da UNIVALI que me

auxiliaram nos diversos momentos, durante estes anos de Universidade.

Enfim, a todos que ajudaram nesta caminhada, Obrigado!

.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Recursos Humanos Conforme Organograma atual da FITUR-2008...................... 76

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Mapa de Localização do Município de Itajaí.......................................................... 28

Figura 2: Localidades do Espaço Rural de Itajaí.................................................................... 31

Figura 3: Capela Nossa Senhora Perpétuo Socorro; Entrada Parque Aquático Baia - Baia... 34

Figura 4: Casarão Antigo, Próximo Parque do Agricultor - Baia........................................... 34

Figura 5: Diversas Vistas Internas do Parque do Agricultor - Baia....................................... 35

Figura 6: Palco Para Shows e Exposição de Animais Durante a Festa do Colono - Baia...... 35

Figura 7: Sinalização Entrada do Campeche; Ponte Pênsil do Campeche............................. 36

Figura 8: Igreja Santo Antônio – Espinheiros........................................................................ 37

Figura 9: Paisagem Observada da Rua Fermino Vieira Cordeiro; Propriedade Rural –

Espinheiros.............................................................................................................................

37

Figura 10: Recanto Crocodillas – Km 12............................................................................... 38

Figura 11: Igreja São Sebastião; Plantações e Criação de Gado – Laranjeiras...................... 39

Figura 12: Casarão Antigo – Limoeiro................................................................................... 39

Figura 13: Mineral Aqua Park – Limoeiro............................................................................. 40

Figura 14: Capela Nossa Senhora de Fátima – Rio do Meio.................................................. 41

Figura 15: Portal de Entrada da Cascata Zacarias; Vista da Piscina e Instalações Internas –

Rio do Meio............................................................................................................................

41

Figura 16: Rizicultura; Agroindústria – Rio do Meio............................................................ 42

Figura 17: Recanto do Cavalo – Rio do Meio........................................................................ 42

Figura 18: Placa Indicando a Localidade; Cultivo de Hortaliças (Colônia Japonesa);

Barragem Rio Itajaí Mirim – Rio Novo..................................................................................

43

Figura 19: Igreja Senhor Bom Jesus – Salseiros................................................................... 44

Figura 20: Hotel 10................................................................................................................. 44

Figura 21: Capela São Roque; Paisagem Observada da Capela – São Roque....................... 45

Figura 22: Paisagem Natural Observada da Estrada Geral São Roque; Pecuária.................. 46

Figura 23: Rizicultura; Rio Itajaí – Açu – Volta de Cima...................................................... 47

Figura 24: Campo de Futebol Associação Esportiva Natalense – Volta de Cima.................. 47

Figura 25: Museu Gente do Vale Itaipava.............................................................................. 48

Figura 26: Pesque Pague Lira – Brilhante I............................................................................ 49

Figura 27: Pesque Pague Lira – Brilhante I............................................................................ 49

Figura 28: Igreja Santo Antônio – Brilhante I........................................................................ 50

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Figura 29: Refúgio Vô João Vó Ciça – Brilhante II............................................................... 50

Figura 30: Cascata Daniela – Brilhante II.............................................................................. 51

Figura 31: Recanto das Palmeira; Cachoeira Sete Quedas – Brilhante II.............................. 51

Figura 32: Refúgio 3 Quedas; Lagoa – Brilhante II............................................................... 51

Figura 33: Morro da Antena – Brilhante II............................................................................. 52

Figura 34: Atrativos no Espaço Rural de Itajaí...................................................................... 53

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Caracterização do Potencial das Localidades Rurais de Itajaí.............................. 33

Quadro 2: Modelo de Estrutura Mínima Para Avaliação Mercadológica.............................. 54

Quadro 3: Avaliação da Condição Mercadológica, Segundo a Expressão dos Recursos

Turísticos................................................................................................................................

55

Quadro 4: Avaliação do Estado dos Atrativos........................................................................ 55

Quadro 5: Avaliação da Situação Mercadológica, Segundo a Expressão dos Recursos

Turísticos................................................................................................................................

55

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LISTA DE APÊNDICES

Apêndice A: Crachá utilizado no Carnaval de Itajaí – 2008.................................................. 96

Apêndice B: Crachá utilizado no Receptivo de Navios – 2008.............................................. 97

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LISTA DE ANEXOS

Anexo A- Lei n° 2832/93....................................................................................................... 61

Anexo B- Lei n° 6902/81....................................................................................................... 62

Anexo C- Mapa das Localidades – Zona Rural de Itajaí........................................................ 63

Anexo D- Roteiro de Cicloturismo em Itajaí.......................................................................... 64

Anexo E – Folder – 26ª Festa Nacional do Colono................................................................ 65

Anexo F – Folder – 11° Encontro das Mulheres Agricultoras de Itajaí................................. 66

Anexo G – Lei n° 2429/88...................................................................................................... 99

Anexo H – Lei n° 3604/2001.................................................................................................. 100

Anexo I – Lei Complementar n° 110/2007............................................................................ 101

Anexo J - Lei nº 8666/93........................................................................................................ 102

Anexo L - Lei n° 01/1992....................................................................................................... 103

Anexo M – Lei n° 6494/77..................................................................................................... 104

Anexo N – Carta de Autorização de Estágio.......................................................................... 105

Anexo O – Termo de Compromisso de Estágio..................................................................... 106

Anexo P – Programa de Estágio............................................................................................ 107

Anexo Q – Controle de Carga Horário em Estágio................................................................ 108

Anexo R– Avaliação do Estágio Supervisionado................................................................... 109

Anexo S – Declaração de Estágio........................................................................................... 110

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RESUMO

O presente estudo tem a finalidade de apresentar uma análise da expressividade dos atrativos no Espaço Rural de Itajaí – SC, visando a inclusão em roteiros turísticos. As áreas rurais dos municípios estão sendo utilizadas como um segmento novo de diversificação do produto turístico que vem desenvolvendo-se de uma forma extraordinária, através do desenvolvimento do turismo rural. Os indicadores de estudo passaram pela busca de base teórica sobre roteiros turísticos, espaço rural e a importância da organização do produto, mapeamento e identificação do potencial turístico das principais localidades rurais de Itajaí, apresentando um ensaio da condição mercadológica e avaliando o desempenho dos fatores de atratividade das localidades do espaço rural de Itajaí – SC. Destaca-se que a simples classificação das localidades quanto à expressividade mercadológica não pode ser o objetivo final de um estudo desta natureza. Sugere-se a construção de alguma proposta básica para que os produtores rurais possam operacionalizar o potencial das localidades de maior potencial do espaço rural, sempre buscando a sustentabilidade.

Palavras-chave: Turismo. Espaço Rural. Expressividade. Atrativos.

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SUMÁRIO

PARTE I

PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE ESTÁGIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 16

2. OBJETIVOS..................................................................................................................... 19

2.1 Objetivo Geral................................................................................................................. 19

2.2 Objetivos Específicos...................................................................................................... 19

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................... 20

3.1 Contextualização do Turismo........................................................................................ 20

3.2 Segmentação do Turismo e Suas Modalidades............................................................ 26

3.3 Roteiros Turísticos.......................................................................................................... 26

4. RESULTADOS E ANÁLISE DO ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ.. ........................... 28

4.1 Caracterização de Itajaí................................................................................................. 28

4.2 Identificação do Espaço Rural de Itajaí....................................................................... 31

4.2.1 A Localidade de Arraial dos Cunhas............................................................................. 33

4.2.2 A Localidade de Baia..................................................................................................... 33

4.2.3 A Localidade de Canhanduba........................................................................................ 35

4.2.4 A Localidade de Campeche........................................................................................... 36

4.2.5 A Localidade de Espinheiros e Espinheirinhos............................................................. 36

4.2.6 A Localidade de KM 12................................................................................................ 38

4.2.7 A Localidade de Laranjeiras.......................................................................................... 38

4.2.8 A Localidade de Limoeiro............................................................................................. 39

4.2.9 A Localidade de Paciência............................................................................................. 40

4.2.10 A Localidade de Rio do Meio...................................................................................... 41

4.2.11 A Localidade de Rio Novo.......................................................................................... 42

4.2.12 A Localidade de Salseiros........................................................................................... 43

4.2.13 A Localidade de São Roque........................................................................................ 45

4.2.14 A Localidade de Volta de Cima................................................................................... 46

4.2.15 A Localidade de Itaipava............................................................................................. 47

4.2.16 A Localidade de Brilhante I e II.................................................................................. 48

4.3 A Análise do Cenário Rural de Itajaí........................................................................... 52

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4.3.1 A Atratividade no Espaço Rural: Um Ensaio Metodológico......................................... 54

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 57

REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 59

ANEXOS................................................................................................................................ 60

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PARTE II

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO....................................................................................... 70

1.1 Identificação da Empresa............................................................................................... 70

1.2 Identificação do Acadêmico........................................................................................... 70

2 JUSTIFICATIVA.............................................................................................................. 71

3 OBJETIVOS...................................................................................................................... 73

3.1 Objetivo Geral................................................................................................................. 73

3.2 Indicadores dos resultados parciais durante o estágio................................................ 73

4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA.......................................................................................... 74

4.1 Evolução Histórica.......................................................................................................... 74

4.2 Infra-estrutura Física Atual........................................................................................... 74

4.3 Infra-estrutura Administrativa..................................................................................... 76

4.4 Recursos Humanos Segundo o Organograma............................................................. 76

4.5 Serviços Prestados ao Mercado Turístico..................................................................... 77

5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR DEPART AMENTO.. 78

5.1 Setor: Diretoria de Turismo.............................................................................................. 78

5.1.1 Funções da Diretoria...................................................................................................... 78

5.1.2 Infra-estrutura da Diretoria............................................................................................ 79

5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico na Diretoria................................................ 80

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos.............................................................................. 81

5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas........................................... 81

5.2 Setor: Posto de Informações Turísticas........................................................................ 82

5.2.1 Funções do Setor............................................................................................................ 83

5.2.2 Infra-estrutura do Setor.................................................................................................. 83

5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no Setor “PIT” .......................................... 83

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos.............................................................................. 84

5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas. ......................................... 85

5.3 Departamento Administrativo/Financeiro .................................................................. 85

5.3.1 Funções administrativas do Departamento.................................................................... 85

5.3.2 Infra-estrutura do Departamento.................................................................................... 86

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5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no Departamento........................................ 87

5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos.............................................................................. 87

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas........................................... 88

6 ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS............. ........................................ 89

6.1 Pontos positivos............................................................................................................... 90

6.2 Pontos limitantes............................................................................................................. 90

6.3 Sugestões administrativas.............................................................................................. 90

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 91

REFERÊNCIAS.................................................................................................................... 93

ASSESSORIAS TÉCNICAS................................................................................................ 94

APÊNDICES......................................................................................................................... 95

ANEXOS................................................................................................................................ 98

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1 INTRODUÇÃO

As áreas rurais dos municípios estão sendo utilizadas como um segmento novo de

diversificação do produto turístico que vem desenvolvendo-se de uma forma extraordinária,

através do desenvolvimento do turismo rural.

Incluir a área rural no roteiro turístico de uma destinação tem sido uma alternativa para

as comunidades das zonas rurais, considerando que os produtores dependem do clima, da

situação econômica dos lugares para vendas de suas colheitas, e infelizmente as mudanças

climáticas tem sido constantes, assim como a mudança na economia dos países, resultando

muitas vezes em prejuízo aos produtores.

Itajaí, localizado na Foz do Rio Itajaí Açú, às margens do Oceano Atlântico, próximo

de grandes destinações turísticas como Balneário Camboriú, Itapema, Porto Belo, Penha

(Beto Carrero), Brusque e Blumenau e conta com a facilidade nos acessos através do

aeroporto de Navegantes, a BR 101 e a BR 470, tornando esta região, um importante pólo do

turismo estadual, nacional e até internacional. Itajaí possui 303,8 Km², sendo 74,4% zona

rural e 25,6% zona urbana.

Esta atividade vem proporcionando alternativas de desenvolvimento para os espaços

rurais, podendo viabilizar a possibilidade real de desenvolvimento local e regional,

principalmente para pequenos municípios que estão, de certa forma, excluídos dos principais

circuitos produtivos. Trata-se de municípios que tem a agricultura em pequena escala, como

principal fonte econômica.

O fato da área rural de Itajaí ser três vezes maior que a urbana e com potencial para o

desenvolvimento de atividade econômica alternativa, neste caso, o turismo no espaço rural,

justifica-se a elaboração do presente projeto. A atividade turística no meio rural proporciona

diversos benefícios quando devidamente planejado, como a diversificação de renda; geração

de empregos; efeito multiplicador; preservação do patrimônio natural e cultural; melhoria na

qualidade de vida local; diversificação dos pólos turísticos; melhoria da formação educacional

do homem do campo e o desenvolvimento do espírito de participação e parceria.

A necessidade de viajar, principalmente por parte dos cidadãos urbanos, tem seguido

uma tendência de crescimento. No Brasil, cada vez mais pessoas residentes nos grandes

centros vêem-se em situação de extremo desconforto, seja pela falta de espaço, poluição ou

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excesso de trabalho. O stress resultante impulsiona esses cidadãos a procurarem locais mais

tranqüilos para passarem o final de semana e férias.

O turismo no espaço rural é uma opção da comunidade para buscar a diversificação da base econômica. No entanto, seu futuro depende da qualidade do produto oferecido, da promoção dos valores locais e da autenticidade cultural, paralelamente ao meio ambiente preservado. (ANSARAH apud NOVAES, 1999, p. 152)

A metodologia utilizada foi de um estudo exploratório descritivo, através de pesquisa

bibliográfica para aprofundamento teórico sobre assuntos relacionados à temática de turismo

no espaço rural. Ainda utilizou-se de visitas “in loco”, nas principais localidades rurais,

conforme mapeado na Figura 2. Por fim, utilizou-se da metodologia de fatores de atratividade

turística apresentada por Vaz (2002) como o elemento que exerce influência significativa na

decisão de um turista, quando da escolha de sua destinação de viagem, de seu roteiro.

A análise visando a inclusão do espaço rural no roteiro turístico de Itajaí justifica-se

pelo potencial existente no espaço rural do município, pois Itajaí está localizada no litoral

centro-norte de Santa Catarina, e está inserida no roteiro regional denominado Costa Verde &

Mar, juntamente com outros 10 municípios da região, entre eles Balneário Camboriú,

Itapema, Piçarras, Bombinhas e Penha. Vale destacar que os municípios participantes do

roteiro regional Costa Verde & Mar, investem fortemente nas ações de marketing da região.

A cidade de Itajaí possui atrativos naturais importantes no seu espaço rural, com

paisagens exuberantes, uma cobertura de mata nativa significativa (floresta atlântica),

recursos hídricos capazes de proporcionar aos turistas atividades de lazer. Atualmente, o

município possui um roteiro turístico, conforme demonstra o Sistema de Informações

Turísticas de Itajaí – SITI, criado pela Fundação Itajaiense de Turismo – FITUR (2008),

podendo ser citados os seguintes atrativos turísticos: Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento,

Igreja Imaculada Conceição, Mercado Velho, Museu Histórico, Morro da Cruz, Bico do

Papagaio e as diferentes praias existentes – Praia da Atalaia, Praia do Geremias, Praia de

Cabeçudas, Praia Brava e os Molhes da Barra.

Segundo o Ministério do Turismo: “Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo

Rural”, a conceituação de Turismo Rural fundamenta-se em aspectos que se referem ao

turismo, ao território, à base econômica, aos recursos naturais e culturais e à sociedade. Com

base nesses aspectos, e nas contribuições dos parceiros de todo o País, define-se turismo rural

como:

O conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e

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serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2003, p.4)

Esta atividade vem proporcionando estratégias de desenvolvimento para os espaços

rurais, podendo viabilizar a possibilidade real de desenvolvimento local e regional,

principalmente para pequenos municípios que estão, de certa forma, excluídos dos principais

circuitos produtivos. Trata-se de municípios que tem a agricultura em pequena escala, como

principal fonte econômica.

A necessidade de viajar, principalmente por parte dos cidadãos urbanos, tem seguido

uma tendência de crescimento. No Brasil, cada vez mais pessoas residentes nos grandes

centros vêem-se em situação de extremo desconforto, seja pela falta de espaço, poluição ou

excesso de trabalho. O stress resultante impulsiona esses cidadãos a procurarem locais mais

tranqüilos para passarem os finais de semana e férias.

Há um projeto elaborado pela equipe da FITUR intitulado “Elaboração e formatação

de um roteiro de Turismo Rural”, em fase de análise e aprovação junto ao Governo do Estado

de Santa Catarina (Secretaria de Desenvolvimento Regional). Isto demonstra que há interesse

por parte do poder público municipal em desenvolver este roteiro na área rural do município,

pois poderão ser gerados mais empregos e mais oportunidades para a comunidade rural de

Itajaí, assim como influenciar positivamente na economia da cidade.

Assim justifica-se a realização do presente projeto de pesquisa para a FITUR, para a

área rural de Itajaí, pode oferecer um produto turístico que atenda uma demanda regional,

proporcionando uma opção aos tradicionais passeios à praia e, principalmente, possibilitando

ao proprietário rural uma diversificação de sua renda.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Identificar a expressividade dos atrativos visando a inclusão do espaço rural em roteiro

turístico de Itajaí/SC.

2.2 Objetivos Específicos

• Buscar base teórica sobre roteiros turísticos, do espaço rural e importância da organização

do produto;

• Mapear e identificar o potencial turístico das principais localidades rurais de Itajaí;

• Apresentar um ensaio da condição mercadológica do espaço rural, através do uso da

metodologia de Vaz.

• Avaliar o desempenho dos fatores de atratividade das localidades do espaço rural de Itajaí

– SC.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Contextualização do Turismo

Ao se falar em turismo, percebe-se a grande importância da atividade como maior

rendimento econômico e geração de empregos. Segundo a Organização Mundial do Turismo

(OMT, 1998, p.44): “Turismo são as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens

e estadias em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período de tempo

,consecutivo inferior a um ano com fins de descanso, negócios e outros motivos”.

Considerado por analistas de mercado, empresários, entre outros, como sendo um

fenômeno multiplicador, o turismo é um fator social, econômico, cultural e político.

Segundo De La Torre (1994, p.19), o turismo é caracterizado como:

Fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de indivíduos ou grupos de pessoas que fundamentalmente por motivos de recreação, descanso, cultura ou saúde, saem do seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas inter relações de importância social, econômica e cultural.

Inúmeras definições são atribuídas ao turismo, que deriva da palavra inglesa tour que

quer dizer volta, no sentido de ir e retornar ao seu ponto de partida. E o turista é toda pessoa

que pratica o turismo sempre em busca de satisfazer seus desejos e necessidades.

Pode-se dizer ainda que o turismo é o fenômeno de interação entre o turista e o núcleo

receptor e de todas as atividades decorrentes dessa interação, tornando-se uma atividade

complexa.

Para Barretto (1999, p.63), “[...] o turismo é essencialmente o movimento de pessoas e

atendimento às suas necessidades, assim como as necessidades das outras pessoas que não

viajam”.

A nova era do turismo está mais forte do que nunca, onde os empreendimentos

turísticos estão competentes e o mercado vem se atualizando juntamente com o avanço

tecnológico. Na atualidade a atividade turística apresenta os mais elevados índices de

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crescimento no contexto econômico mundial. Ao lado do petróleo e das comunicações, o

mercado turístico é o que mais cresce em todo o mundo.

De acordo com Ruschmann (1997, p.15):

O crescimento da demanda e, conseqüentemente, da oferta turística, e as facilidades para as viagens tornaram o mundo inteiro acessível aos viajantes ávidos por novas e emocionantes experiências em regiões com recursos naturais e culturais consideráveis.

Para Bahl (2004), a associação de aspectos ligados ao aumento do tempo livre das

pessoas em geral e a vontade de aumentar a qualidade de vida, faz com que o Turismo exija a

tomada de posições que possam interferir nos campos públicos e privados em busca de

dignidade e qualidade.

A respeito da grande variedade de conceitos de turismo pode-se elucidar:

Em suma, o fato de o Turismo encontrar-se ligado praticamente, a quase todos os setores da atividade social humana é o principal causa da grande variedade de conceito, todos eles válidos enquanto se circunscrevem aos campos em que é estudado. Não se pode dizer que esse ou aquele conceito é errôneo ou inadequado quando se pretende conceituar o Turismo sob uma ótica diferente, já que isso levaria as discussões estéreis. Estas poriam justamente em evidencia as limitações conceituais existentes sobre o fenômeno. (BENI, 2004, p.39).

Além disso, o fenômeno turístico tem uma importante influência política e cultural.

Como prova disso, diversos países do mundo adotaram o turismo como um setor de destaque

no cotidiano.

Por ser uma atividade altamente lucrativa, movimenta milhões de pessoas diariamente.

Seus benefícios se expandem por um vasto campo de negócios, sendo uma das maiores forças

criadoras de emprego em todo o mundo.

O desenvolvimento alcançado pelo turismo está expresso nos diversos segmentos da

atividade turística, norteada pelos aspectos sociais, como por exemplo, (turismo popular da

terceira idade), econômico (turismo de negócios e de feiras), ecológico (turismo de natureza e

rural) e cultural (turismo de visita a locais com grande patrimônio histórico e artístico) e

também pelos aspectos de diversão e entretenimento (turismo de parques temáticos, de

aventura), saúde (turismo climático e hidromineral), de estudos (turismo científico,

educacional e industrial) e de religiosidade, como romarias e peregrinações (turismo

religioso). Todos esses seguimentos com suas características próprias de estratificação social

(demanda) e seus atrativos turísticos (oferta), sendo praticado de uma maneira intensa

(turismo de massa), ou de uma forma mais seletiva e equilibrada (turismo brando).

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O turismo é uma atividade sofisticada que movimenta bilhões de dólares por ano e atinge centenas de milhões de pessoas. Inúmeros locais transformam-se em complexos turísticos pelas mais variadas razões: belezas naturais, núcleos históricos ou artísticos, centros comerciais, de convenções ou culturais, eventos esportivos ou ligados ao show business, grandes metrópoles ou complexos industriais ou ainda centros turísticos artificiais como a Disneyland em Los Angeles (TRIGO, 2001, p. 60).

Lage e Milone (2000, p.15) ressaltam a importância do turismo atual frente à

economia quando afirmam que “nenhuma atividade econômica compete tão intensamente no

ambiente da globalização quanto à indústria de viagens e turismo”.

As condições de vida têm se deteriorado nas grandes metrópoles e conduzem ao fato

de que uma parcela crescente da população busca uma fuga da realidade parcialmente

atribuída ao novo estilo de vida da população em todo o mundo, durante as férias, fins de

semanas e feriados.

Cada vez mais, pessoas em todo o mundo encontram nas viagens a melhor alternativa

para preencher seu tempo livre, obtendo boas perspectivas para o turismo. Um novo

aeroporto, ou um hotel, por exemplo, levam muitos anos para serem construídos envolvendo e

impactando os mais diversos segmentos, além da arquitetura, construção, decoração,

engenharia, telecomunicações, entre outros. Além disso, criam diretamente postos de

trabalho, como os que serão ocupados pelos funcionários de uma empresa aérea, hoteleira,

restaurantes e demais estabelecimentos.

O mercado mundial do turismo está tendo um crescimento razoável comparável ao de

antes de 11 de setembro de 2001, quando ocorreram os atentados nos Estados Unidos,

ressaltando ainda ao último atentado da Inglaterra, onde um brasileiro acabou perdendo a

vida. Tais fatos afetam o volume de pessoas no tráfego aéreo internacional e na diminuição de

hóspedes em hotéis devido à falta de segurança.

O marco principal do início da atividade turística brasileira nos moldes atuais

aconteceu em 1992, motivado pelas festas do Centenário da Independência. Surgiram os

primeiros hotéis no Rio de Janeiro e foi criada a Sociedade Brasileira de Turismo,

posteriormente chamada de Touring Club do Brasil. Em 1952, surgiu a Associação Brasileira

de Agentes de Viagens – ABAV.

O Brasil tem um grande potencial turístico representado pelo clima, fauna e flora

abundantes, recursos hídricos e sociais como a cultura, culinária, entre outros que atraem um

grande número de turistas. No site oficial do Ministério do Turismo, alguns atributos do país

são citados: O Brasil, dado sua vasta extensão territorial, de dimensões continentais, possui

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uma tipologia climática variada. Além de sua extensão, outros fatores influentes nos diversos

climas brasileiros são as condições de temperatura, altitude, pressão e proximidade com o

oceano. Esta grande diferenciação climática do país resulta, por sua vez, em paisagens

vegetais bastante variadas, o que faz do Brasil um dos países detentores do ecossistema mais

variado e complexo no mundo.

Para o turista, isto significa a possibilidade de desfrutar durante o ano inteiro de

inúmeras alternativas de produtos turísticos. Para o Brasil é a garantia de um avanço

econômico social nas mais diversas regiões e possibilita a expansão do mercado de trabalho

para muitas localidades que usufruem destes potenciais no objetivo de melhorar a qualidade

de vida.

Além de toda beleza natural o Brasil em seu sistema político elaborou alguns planos

voltados para o turismo. Lage e Milone (2000, p.15) afirmam: “A partir de 1995 o Turismo

Nacional foi impulsionado pela elaboração da Política Nacional do Turismo – Diretrizes e

Estratégias, elaboradas em conjunto por toda a cadeia produtora do setor”. Este plano tem por

objetivo a qualidade de vida da população local, o crescimento e aperfeiçoamento da

atividade turística com o plano de marketing, treinamento e qualificação de mão-de-obra, a

potencialização do turismo, entre outros.

Neste período, surgiu o Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT,

implantado nos municípios com potencial turístico, para a obtenção da melhoria na qualidade

dos serviços prestados e a consciência da comunidade local para o desenvolvimento do

turismo sustentável. Com a integração dos municípios de forma organizada por região, foi

criada o Programa de Regionalização do Turismo que vem como uma evolução das ações do

PNMT.

O Governo Federal, através do Ministério do Turismo, criou o PNT – Plano Nacional

de Turismo e concebeu o PNT 2003-2007, visando desenvolver o produto turístico com

qualidade, aproveitando as diversidades regionais, culturais e naturais, de forma a estimular o

consumo do produto turístico brasileiro no mercado nacional e internacional; criar mais

empregos, aumentar o número de turistas estrangeiros, gerar 8 bilhões de dólares em divisas,

aumentar o número de passageiros nos vôos domésticos e ampliar a oferta turística brasileira,

desenvolvendo produtos de qualidade, são metas estabelecidas neste período.

Na continuidade, o Ministério do Turismo criou o Plano Nacional de Turismo – PNT

2007/2010 – uma Viagem de Inclusão, porém com outras metas; neste plano o governo

pretende utilizar o turismo como instrumento para a inclusão social. Através de planejamento

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e gestão transforma o turismo numa fonte de geração de renda e empregos no Brasil. Este

plano tem diversas metas:

Promover a realização de 217 milhões de viagens no mercado interno; criar 1,7 milhões de novos empregos e ocupações; estruturar 65 destinos turísticos com padrão de qualidade internacional; gerar 7,7 bilhões de dólares em divisas. (PNT – 2007-2010, p. 10).

Atualmente, o governo federal tem criado diversas ações, como por exemplo o Projeto

Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, onde 65 destinos indutores do

desenvolvimento foram escolhidos entre as 59 regiões turísticas em todas as Unidades da

Federação, eles servirão de modelo de destinos indutores do desenvolvimento turístico

regional e tentarão alcançar a competitividade em nível internacional. Entre estes municípios,

foram escolhidos alguns do Estado de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Florianópolis e

São Joaquim. O Programa Viaja Mais foi criado para estimular e promover viagens a

determinados grupos de consumidores com renda insuficiente para usufruir a experiência

turística e também para que tem suas possibilidades de lazer limitadas; recentemente o

Programa Viaja Mais – Melhor Idade foi posto em prática, para dar ao público da melhor

idade acesso ao turismo.

O Programa de Regionalização do Turismo, criado pelo Ministério do Turismo, tem

como um dos seus objetivos a diversificação da oferta. A Roteirização Turística é uma

estratégia que prevê a inserção de produtos diferenciados nos mercados nacional e

internacional, sendo assim um processo para estruturar a oferta de uma região e transforma-la

em um produto rentável e comercialmente viável. A roteirização promove a integração e o

compromisso dos atores envolvidos, o adensamento dos negócios na região, a inclusão social,

o resgate e a preservação dos valores culturais e ambientais da região. Ainda com relação a

roteirização, segundo o Ministério do Turismo (2007, p. 2):

A criação e consolidação de novos roteiros turísticos e o aumento de investimentos nos já existentes, com vista à qualificação dos serviços, possibilita o aumento do fluxo de turistas, propiciando sua maior permanência na região turística e, consequentemente, maior circulação de dinheiro.

Logo, a roteirização turística tem como objetivo geral estruturar, qualificar e ampliar

a oferta de produtos turísticos de forma integrada e organizada.

No entanto, apesar de inúmeras tentativas de planejamentos direcionados ao

incremento da atividade turística no Brasil, existe na verdade, grandes desafios, tais como

inovar não só em turismo de massa, mas também no ecoturismo, com a melhoria da infra-

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estrutura básica e mão-de-obra qualificada, para melhor atender os turistas atingindo suas

necessidades e desejos.

O Brasil possui vários estados com grande potencial turístico, dentre eles destaca-se

Santa Catarina, na região Sul. Embora ocupe pouco mais de 1% do território brasileiro, o

estado possui papel de destaque no cenário nacional, e não apenas por seus índices sociais e

econômicos.

Santa Catarina ocupa posição estratégica no centro geográfico da progressiva região

Sul do país e no Mercosul, organismo que agrega Argentina, Uruguai e Paraguai num bloco

econômico. Destaca-se por ser um dos raros lugares do Brasil onde ocorre neve, na qualidade

de suas estâncias hidrominerais e na rica cultura de seu povo.

Para Monteiro (2000, p.21), “[...] agricultura, indústria e turismo são os pilares da

economia de Santa Catarina, que cresceu 340% nos últimos 30 anos e hoje exporta para 170

países”. O estado possui um litoral privilegiado onde se concentram pontos turísticos já

consagrados como Florianópolis, Balneário Camboriú e Blumenau, serras belíssimas e um

circuito de festas para atração ao visitante. Estas atrações recebem turistas do país inteiro.

Além de belezas naturais, Santa Catarina possui de boa infra-estrutura voltada para o

turismo. Aeroportos com vôos nacionais e internacionais, portos marítimos, segurança

pública, uma variedade em opção de hotéis, bares e restaurantes que atendam todas as

necessidades e desejos do turista e especialmente a qualidade de vida, onde juntos apresentam

o desenvolvimento econômico do estado.

Como em todos estados, Santa Catarina também apresenta alguns itens deficientes.

Dentre eles, com maior urgência é a BR 101. Segundo Beni (2004 p.133): “Para o

desenvolvimento socioeconômico de uma região, os sistemas viários e de transportes são de

vital importância, mormente quando visam promover a expansão e o desenvolvimento do

turismo.”

Sendo assim é importante que haja uma parceria do governo federal e estadual, para

amenizar estes impactos negativos que acabam prejudicando o turismo na região.

O estado se firmou também nos últimos anos, como pólo de atração de turistas da

terceira idade que freqüentam as praias após a alta temporada. Boa parte desse público acaba

optando por morar no litoral, o que atrai cidadãos com grande poder aquisitivo que encontram

aqui a tranqüilidade que desejam.

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3.2 Segmentação do Turismo e suas modalidades

A segmentação no turismo permite separar a população em grupos homogêneos,

podendo-se verificar as diferentes motivações e outros fatores que fazem pessoas optarem por

determinada destinação. Essa segmentação possibilita o conhecimento dos principais destinos,

os tipos de transporte, a composição demográfica dos turistas (faixa etária, ciclo de vida, nível

econômico, renda, escolaridade, ocupação, estado civil e estilo de vida. Saber o motivo da

viagem ainda é o principal meio disponível para segmentar o mercado.

Segundo Ansarah (2004, p.25) existem muitas maneiras de segmentar um determinado

mercado, conforme sua modalidade: geográfica, demográfica, socieconômica, padrões de

consumo, benefícios procurados, estilo de vida, personalidade, caracterização econômica.

Segundo a OMT apud Ansarah (2003, p. 112):

Para concorrer no mercado turístico, as organizações dos setores públicos e privado devem saber quem são seus clientes e o que querem, devem ser capazes de comunicar a disponibilidade dos produtos e serviços turísticos aos potenciais clientes e convence-los a tornarem–se clientes de fato, ou seja, a viajarem até um destino ou atração tenha sido trabalhado ou a comprarem produtos e serviços, como um pacote turístico ou uma passagem aérea.

De acordo com Trigo, apud Ignarra (2002, p. 288): quanto aos critérios de

segmentação, o turismo rural está enquadrado como grau de urbanização turística.

Na segmentação do tipo psicográfica, onde são avaliados a personalidade do

consumidor, atitudes, crenças, valores, estilo de vida e modos de expressão, estão inseridos os

seguintes tipos de turismo: turismo surpresa, de aventura, espacial, esportivo, de golfe,

gastronômico, enoturismo, ecológico, rural, de praia e hidroviário.

3.3 Roteiros Turísticos

Há tempos que o ser humano procura viajar, seja para negócios ou para atividades de

lazer. Em muitos casos, as viagens para o público que deseja lazer e diversão são

acompanhados de roteiros turísticos, que ajudarão o viajante na questão da utilização correta

do tempo, visitando os atrativos turísticos e os serviços oferecidos em tais destinações.

Conforme Bahl (2004, p. 43), a proposição de roteiros exige criatividade no seu

planejamento e a oferta de bens e serviços exige criatividade no seu planejamento e a oferta

de bens e serviços bem delineados contribui para a elaboração de produtos diferenciados ou

de cunho personalizado.

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É essencial para a elaboração de um roteiro de viagem a análise da localidade,

principalmente na posição em que a destinação se apresentará aos visitantes. Segundo Vaz

(2002, p. 61), as posições podem ser classificadas como:

Destinação Principal: é a principal posição que uma localidade pode ocupar no mercado turístico;

Destinação Secundária ou de Roteiro: muitos pacotes são compostos por várias destinações turísticas ao longo de um determinado percurso;

Escala: Muitas vezes, em função do tempo prolongado consumido pela viagem em si (transporte entre as localidades de origem destinação), o roteiro prevê paradas estratégicas para repouso ou abastecimento;

Portão de Entrada: algumas localidades apresentam posição geográfica estratégica, situando-se no rumo de uma via natural de acesso (rio ou mar) ou em região de fronteira, no curso de uma rodovia ou ferrovia. Outras, devido a uma importância política e econômica resultante de fatores históricos, que engendram os grandes centros financeiros e administrativos de um país, exigem construção de aeroportos para atende à demanda de pessoas oriundas de diversos países e regiões;

Satélite: Ao abordarmos as Destinações Secundárias ou de Roteiro, duas situações básicas foram apresentadas, respectivamente se o roteiro possuía ou não um Destinação Principal. Cada uma dessas situações pode ainda, na verdade, apresentar uma variação, em que localidades de maior permanência sejam alternadas com localidades menos expressivas, de menor permanência. Normalmente, o primeiro grupo representa a atratividade central do pacote e o segundo insere-se em função de circunstâncias geográficas, por situar-se na proximidade das localidades do primeiro grupo. Por tal razão, podemos denominar estas últimas de Destinações Satélites, constituindo-se em localidades que, por algum aspecto especial e pela sua posição estratégica, adicionam atratividade ao pacote sem comprometer os custos e o preço do produto;

Passagem: Por definição, a localidade de passagem não constitui uma destinação turística. É exemplificada por cidades que se alinham ao longo de rodovias, mas que normalmente não constam dos roteiros turísticos.

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4 RESULTADOS E ANÁLISE DO ESPAÇO RURAL DE ITAJAÍ

Analisando o espaço rural do município de Itajaí, pode-se perceber que há potencial

revelado através dos atrativos naturais, culturais e entretenimento e lazer, para utilização do

espaço rural em roteiros turísticos. A população local e turistas já visitam alguns

empreendimentos que estão instalados na área rural, são cascatas, lagoas com peixes (pesque-

pague), parques aquáticos, restaurantes, festa do colono – pode-se citar a Cascata Zacarias,

Cascata Daniela, Pesque Pague do Lira, Mineral Aqua Park, Refúgio Vô João e Vó Cica e a

Festa do Colono, realizada no Parque do Agricultor, bairro Baia, que atrai anualmente

milhares de visitantes.

Conforme informações obtidas na FITUR, há um roteiro de cicloturismo, denominado

Circuito Costa Verde & Mar, com uma rota já definida que atravessa o espaço rural do

município, passando por Laranjeiras, Campeche, Brilhante 1 e 2, Arraial dos Cunha,

Paciência, Km 12, Baia, Rio do Meio, Volta de Cima, Espinheiros e Espinheirinhos, São

Roque, Rio Novo e Itaipava, tendo cada localidade um atrativo respectivo, seja pela

paisagem, produtos coloniais, artesanato, olarias, plantações diversas, lagoas de pesca, passeio

de cavalo, entre outros.

4.1 Caracterização de Itajaí

O município de Itajaí está situado na região Sul do Brasil, ao norte do Estado de Santa

Catarina, fazendo divisa com vários municípios: ao norte com Navegantes, ao sul com

Camboriú e Balneário Camboriú, ao leste com o Oceâno Atlântico e a oeste com Ilhota,

Brusque e Gaspar.

O município possui uma área de 304 km², sendo 226 km² de área rural e 78 km² de

área urbana e fica distante 94 km. da capital do Estado de Santa Catarina, Florianópolis.

Figura 01: Mapa de localização do município de Itajaí – SC Fonte: Disponível no site < http//www.itajai.sc.gov.br > 2008

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O clima de Itajaí é classificado como mesotérmico úmido, com temperatura média de

21,24º, temperatura máxima 37º e mínima 10º C.. As chuvas são mais freqüentes no verão,

variando entre 1400 mm e 2000 mm anuais; a umidade do ar equivale a 84% e pressão

atmosférica média de 1010,0 milibares.

A palavra Itajaí é de origem tupi-guarani e significa “rio que corre sobre pedras”. Itajaí

está situada na foz do rio Itajaí-açú, possui uma cultura variada com predominância de

açorianos, tornou-se emancipado em 15 de junho de 1860; Antonio Menezes de Vasconcelos

Drummond e Agostinho Alves Ramos foram os que deram os primeiros passos para a

ocupação da cidade. A população de Itajaí é estimada em 160 mil habitantes, sendo 154.195

habitantes na área urbana e 5.544 habitantes na área rural. Foi colonizada por açorianos,

alemães e italianos, os habitantes são vistos como um povo receptivo e hospitaleiro.

Pensando no turismo, a administração municipal construiu anos atrás o Píer turístico,

onde diversos navios de cruzeiros marítimos atracam e trazem visitante de várias partes do

mundo.

Itajaí está em acelerado nível de crescimento, é uma das cidades que se destacam no

Estado, está próxima do aeroporto, possui um porto responsável por grande parte do

movimento na área de exportação e importação no país; a atividade pesqueira também é

abrangente, sendo atividade de extrema relevância para a economia do município.

Várias indústrias estão instaladas no município, gerando empregos e fortalecendo a

economia: indústria fabricante de cimento, indústria de pescados, indústria têxtil, indústria

tecnológica e indústrias na área de fabricação de tijolos, telhas e artefatos de cimento.

O município de Itajaí é cortado pela rodovia BR 101, facilitando a ligação com a

região Sul e Norte do país; também está próximo da rodovia BR 470, que fazendo ligação

com a região Leste/Oeste do Estado de Santa Catarina. O município de Navegantes, que faz

divisa com Itajaí, possui um dos principais aeroportos do Estado. Itajaí é uma dessas cidades

do litoral catarinense, que apesar de ter como suas principais atividades econômicas a pesca, o

porto e a agricultura, também recebe turistas, pois tem excelentes praias, tem vários atrativos

culturais, faz divisa com Balneário Camboriú e possui um píer para atracação de navios de

passageiros.

Esta cidade é privilegiada, pois o visitante pode optar entre os diversos tipos de praias:

Praia de Cabeçudas, Atalaia, Geremias, Praia Brava, todas estão situadas a poucos minutos do

centro da cidade. A praia da Atalaia é ideal para os praticantes de surf; em Cabeçudas está

situado o Hotel Cabeçudas, construído em 1928, sendo o primeiro hotel para veranistas do

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Estado; a praia Brava é a maior em extensão e atrai um público diferenciado, sendo na sua

maioria das classes A e B, é mais distante do centro e faz divisa com o município de

Balneário Camboriú.

Outras atrações localizadas na área urbana de Itajaí estão disponíveis para os

visitantes: Bico do Papagaio; Farol de Cabeçudas; Caverna do Morcego; Morro da Cruz;

Relógio do Sol; Porto de Itajaí; Mercado Público Municipal; Igreja Matriz do Santíssimo

Sacramento; Igreja Imaculada Conceição; Casa da Cultura Dide Brandão; Herbário Barbosa

Rodrigues.

Itajaí também está presente no Circuito das Festas de Outubro, trazendo a Marejada

Festa do Mar e do Pescado, que destaca a cultura portuguesa e a gastronomia baseada em

frutos do mar.

Segundo Castelli (1999, p.67):

Todo município tem algo a mostrar devem preocupar-se com as coisas simples, que estão ao seu alcance elaborando passeios na cidade, apresentando de maneira atraente os recursos existentes, porque cada município possui a sua festa, seu rodeio, desfile, igreja ou monumento, ou seja, independente dos seus atrativos, a forma como são organizados e apresentados é fundamental para dar início às correntes turísticas.

Existem no município 35 bairros, dos quais 17 estão situados na área urbana: São

Judas, São João, São Vicente, Santa Clara, Fazenda, Ressacada, Centro, Cordeiros, Cidade

Nova, Dom Bosco, Praia Brava, Barra do Rio, Vila Operária, Cabeçudas, Fiúza Lima,

Mineral e Nossa Senhora das Graças.

Os demais bairros (18) situam-se na área rural do município, sendo eles: Rio do Meio,

Itaipava, Canhanduba, Rio Novo, Salseiros, Espinheiros, Espinheirinhos, Volta de Cima, Km

12, Baia, Paciência, Arraial dos Cunha, Brilhante I, Brilhante II, Laranjeiras, Limoeiro,

Campeche, e São Roque, conforme mapa a seguir:

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Figura 2: Localidades do Espaço Rural de Itajaí Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (2008)

Observando a Figura 2, constata-se que a área rural é significativamente maior do que

a urbana.

Todos os atrativos citados atualmente já fazem parte do roteiro turístico de Itajaí,

porém há no município um extenso espaço rural que apesar de possuir pequenos atrativos

como cascatas e empreendimentos do tipo “pesque-pague”, ainda necessita de planejamento e

organização para ser melhor aproveitado.

4.2 Identificação do Espaço Rural de Itajaí

A ausência de dados oficiais que retratem com mais precisão a situação sócio-

econômica do setor agropecuário itajaiense levaram a Secretaria Municipal de Agricultura,

em conjunto com a empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) e a

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Companhia de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC) a propor a realização de um

recadastramento rural.

Segundo Censo Demográfico 2000, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2000), da população total de Itajaí, 5.531 são moradores da zona rural, instalados em

1.239 domicílios. A área total do município é de 303,8 Km2, sendo 74,4% zona rural e 25,6%

zona urbana.

Vale destacar o potencial do município na produção de alimentos e sua viabilização,

para agregar valores e gerar empregos e renda no meio rural; alia-se esse potencial ao grande

marcado consumidor regional, com razoável alto poder aquisitivo. Isso vale dizer que nossa

agropecuária esta estrategicamente bem situada, em termos de colocação dos seus produtos no

mercado consumidor. (CARDOSO, 2004).

O meio rural de Itajaí tem uma vocação natural para o desenvolvimento do turismo no

meio rural visto que a atividade turística, vem crescendo a cada dia. O município possui 18

comunidades rurais, distribuídas entre 226 km2 de área rural. Cada comunidade cultiva

produtos agrícolas específicos, atrativos e áreas de entretenimento e lazer, conforme descritos

abaixo.

LOCALIDADES RURAIS

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

ATRATIVOS NATURAIS

ATRATIVOS CULTURAIS

ENTRETENIMENTO

E LAZER

Arraial dos cunhas Arroz irrigado Lagoas - Pesque-pague Baia Maracuja, pepino,

produção rosca de polvilho (Jonas)

- Festa do Colono, Capela Nossa Senhora Perpétuo Socorro

Parque do Agricultor Gilmar Graff; Áreas esportivas

Brilhante i Arroz, mandioca, melancia e piscicultura

Cascata Três Quedas, animais silvestres, trilhas, lagoas

Comida típica Cavalgadas

Brilhante ii Abacaxi, Criação de abelhas

Morro do Brilhante, cachoeiras

Igreja Santo Antonio

Cavalgadas, parque infantil, áreas esportivas, lanchonetes e parque aquático

Campeche Arroz, pecuária, granja Figueiras centenárias, lagoa

Capela São José, Trilhas

Pesque-pague

Canhanduba Arroz - Sítios - Espinheirinhos Feijão, mandioca, milho

e banana, pecuária - Trilhas -

Espinheiros Usina de leite, horticultura, pecuária, cultivo de palmeiras

- Propriedades agrícolas

-

Itaipava Hortaliças, derivados do leite e arroz

- Igreja São Pedro, Museu Gente do Vale

-

Km 12 Arroz e maracujá Cachoeira, lagoas - Recanto Crocodillas Laranjeiras Arroz, pecuária,

produtos coloniais - Igreja São Sebastião Artesanato

Limoeiro Arroz Cascata Igreja São Sebastião Parque Aquático Mineral Aqua Park

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Paciência Arroz, maracujá, mandioca, avicultura e pecuária

Cascata Igreja Nossa Senhora Aparecida

Produtos coloniais

Rio do Meio Avicultura, suinocultura e arroz

Lagoas, Cascata Zacarias

Capela Nossa Senhora de Fátima

Trilhas, áreas esportivas, Sítios, Recanto do Cavalo

Rio Novo Horticultura, cutivo de palmeiras e gengibre

Rio Itajaí Mirim Barragem do Rio Itajaí Mirim

-

Salseiros Pecuária, feijão, melancia e milho

Rio Itajaí-Açú Igreja Bom Senhor Jesus

Hotel 10

São Roque Feijão, horticultura, milho e agroindústria

Lagoas Igreja do São Roque Engenho de farinha, trilhas, cavalgadas, ranchos coloniais, barragem

Volta de Cima Arroz , pecuária, feijão, milho, hortaliças, cultivo de palmeiras e melancia

Rio Itajaí - Açú Capela Espírito Santo

Campo de futebol (Associação Natalense)

Quadro 1: Caracterização do potencial das localidades rurais de Itajaí. Fonte: Secretaria de Agricultura de Itajaí, (2008), completado por Baumann, 2008.

As comunidades rurais de Itajaí possuem suas particularidades, sendo elas cultural,

ambientais, estilo de vida, etc, por isso vale relatar um pouco de cada uma delas. A

organização e o planejamento do turismo rural irá agregar valor aos produtos e serviços que

podem ser oferecidos no espaço rural e ao mesmo tempo contribuirá para a conservação do

meio ambiente e a valorização da comunidade rural brasileira.

4.2.1 A Localidade de Arraial dos Cunhas

Localizada as margens da Rodovia Antonio Heil, Km 06, ao longo da rodovia

apresenta paisagens exuberante composta pelas plantações de arroz irrigado. Muito

antigamente, residia nesta comunidade um número expressivo de pessoas da mesma família,

cujo sobrenome era Cunha, na qual os moradores decidiram batizar a localidade como Arraial

dos Cunhas. (CARDOSO, 2004). Atualmente, os agricultores desta comunidade têm como

principal fonte de renda o cultivo de arroz irrigado.

Conforme o quadro 1, esta localidade não possui atrativos culturais, apenas algumas

atividades de entretenimento e lazer (pesque-pague) e lagoas.

4.2.2 A Localidade de Baia

A comunidade Baia é sede da segunda maior festa do município, a Festa Nacional do

Colono, realizada anualmente, que vem recebendo um público estimado de 60.000 pessoas a

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cada ano. Esta comunidade esta localizada nas extensões da rua Marcos Albino, na qual

recebeu o nome Baia em razão de que no passado vários ribeirões cortavam a rua, sendo que

não existia ponte de passagem, na qual os moradores passavam por dentro da água com suas

carroças, bicicletas, a pé, etc, para poderem se locomover às suas casas e para o trabalho. Por

estes motivos moradores antigos chamavam de Baia, na qual o nome permanece até os dias

atuais. O principal cultivo reserva-se ao plantio de maracujá e pepino. (CARDOSO, 2004).

Edificações antigas existentes, a Capela Nossa Senhora Perpétuo Socorro e aFesta

Nacional do Colono são os atrativos culturais desta localidade, demonstrado no quadro 1;

entre as atividades de entretenimento e lazer destaca-se o empreendimento Esporte Clube

Baia, tendo sua infra-estrutura de piscinas, quiosques, bar e campo de futebol.

Figura 3: Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; Entrada do Parque Aquático Esportivo Baia– Baia. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 4: Casarão antigo, próximo ao Parque do Agricultor – Baia. Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 5: Diversas vistas internas do Parque do Agricultor – Baia. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 6: Palco para Shows e Exposição de Animais durante a Festa do Colono, realizada no Parque do Agricultor - Baia. Fonte: Disponível no site < http//www.itajai.sc.gov.br > 2008.

4.2.3 A Localidade de Canhanduba

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A maioria dos moradores desconhece a origem do nome. Localizada as margens da

BR 101, o principal cultivo desta comunidade é o arroz irrigado. Atualmente a comunidade

não possui nenhum tipo de empreendimento que esteja recebendo turistas, somente há a

presença de chácaras particulares. Esta comunidade faz divisa com Balneário Camboriú, o

que ocasiona a invasão de moradores vindos de desta cidade, o que ocasiona na perda de

identidade local.

Nesta localidade há um aspecto limitante, pois é onde está instalado o Aterro Sanitário

de Itajaí, local utilizado para depósito do lixo de Itajaí e cidades vizinhas.

4.2.4 A Localidade de Campeche

Esta comunidade já foi chamada de Morreti, mas em homenagem a uma grande árvore

chamada Campeche existente no local, os moradores passaram a chamar o local com este

nome. Os primeiros moradores a habitarem esta comunidade foram da família Quintino, por

volta de 1.860. (CARDOSO, 2004). Hoje, residem cerca de 100 famílias, que cultivam na sua

maioria, o arroz irrigado, estando repleta de propriedades agrícolas, sendo um grande atrativo

para desenvolvimento do turismo rural.

Figura 7: Sinalização indicando a entrada da Comunidade Agrícola Campeche; Ponte pênsil - Campeche. Fonte: Baumann, 2008.

Conforme o quadro 1, esta localidade possui locais para trilhas e um pesque-pague e

paisagens com figueiras centenárias e lagoas.

4.2.5 A Localidade de Espinheiros e Espinheirinhos

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Receberam este nome porque a primeira família a habitar esta localidade tinha como

sobrenome “Pinheiro”, que em homenagem a estes moradores passaram a chamar o local de

Espinheiros, depois os moradores dividiram o local chamando-o de Espinheiros e

Espinheirinhos. Ambas localidades tem características semelhantes, o principal cultivo são

arroz, mandioca, feijão, milho, banana e hortaliças, como também a pecuária. Estas

plantações são de pequena escala, sendo a maioria delas para próprio consumo.

Figura 8: Igreja Santo Antonio, Espinheiros. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 9: Paisagem observada da Rua Fermino Vieira Cordeiro; Propriedade rural – Espinheiros. Fonte: Baumann, 2008.

Estas duas localidades estão localizadas as margens da BR 101, tendo como segundo

acesso a Rodovia Jorge Lacerda, dois ótimos acessos devidamente pavimentados, entretanto

proporciona o desenvolvimento crescente tendo já características de centros urbanos.

Em Espinheiros está situada a Igreja de Santo Antônio, onde é realizada anualmente a

Festa de Santo Antônio e paisagens exuberantes, com vegetação preservada e algumas

propriedades rurais.

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4.2.6 A Localidade de Km 12

Esta é uma das mais antigas comunidades, e recebeu este nome por distanciar-se a

exatamente 12 km da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento, no Centro de Itajaí. Localizada

ás margens da Rodovia Antonio Heil, a principal fonte de renda da comunidade é o cultivo de

arroz irrigado e do maracujá. A comunidade do km 12, tem empreendimentos que estão

iniciando para recebimento de turistas, apresentando grandes perspectivas para atividade.

Figura 10: Recanto Crocodillas (para realização de eventos e festas) – Km 12 Fonte: O autor, 2008.

Esta localidade é pequena em extensão territorial, se comparada com as outras

localidades, dispõe de local para realização de festas e eventos (Recanto Crocodillas) e uma

igreja.

4.2.7 A Localidade de Laranjeiras

Como o próprio nome já revela, Laranjeiras originou-se pelo simples fatos de se

cultivar por muitos anos o plantio de laranjas. Hoje, a maior produtividade da comunidade é o

cultivo de arroz irrigado e pecuária. (CARDOSO, 2004). Na localidade há a extração de areia,

que por sinal localizada no inicio e principal acesso a localidade, o que acaba prejudicando as

belezas naturais da região. Grandes extensões de cultivo de arroz, e a Festa XX uma das

maiores festas populares realizadas no meio rural, realizada sempre no mês de janeiro,

anualmente, que segundo Presidente da Capela Sr. Luiz Cadori os visitantes nesta festa

chagam a aproximadamente 2.000 pessoas.

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Figura 11: Igreja São Sebastião - Laranjeiras; Plantações e criação de gado – Laranjeiras. Fonte: Baumann, 2008.

Nesta Localidade há uma igreja localizada no alto de um morro, onde pode-se

contemplar uma linda vista da região.

4.2.8 A Localidade de Limoeiro

A maioria dos moradores desconhece a origem do nome, mas como o próprio nome da

comunidade induz, acredita-se que ali havia muitos pés de limoeiro, árvore esta que produz o

limão. Esta comunidade tem como tradição o cultivo de arroz irrigado. (CARDOSO, 2004).

A comunidade está localizada as margens da Rodovia Antonio Heil, Km 08, sendo

limite com a cidade de Brusque. Este localidade possui parque aquático e área esportiva

(campo de futebol).

Figura 12 – Casarão antigo - Limoeiro Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 13: Mineral Aqua Park - Limoeiro.

Fonte: Baumann, 2008.

O empreendimento Mineral Aqua Park é principal atrativo da Localidade de Limoeiro,

atrai milhares de turistas durante a temporada de verão e realiza festas e eventos o ano inteiro;

há também construções antigas em estilo germânico e cascatas em locais mais afastados.

4.2.9 A Localidade de Paciência

O arroz irrigado é produzido nesta comunidade deste 1973, além do arroz é produzido

também maracujá e mandioca. Seu nome originou-se da falta de paciência de dois homens

que estavam abrindo uma estrada na mata fechada para formar ali a esta comunidade. Como

era longe de tudo, vinha um caminhão buscá-los para almoçar. Cansados com o atraso do

caminhão, eles diziam que tinha que ter muita paciência para trabalhar naquele local. Então,

quando a rua ficou pronta, decidiram batizar de Paciência. (CARDOSO, 2004). Nesta

comunidade há a presença de muitas chácaras e fazendas, porém nenhuma propriedade

desenvolve alguma atividade voltada ao turismo.

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Esta Localidade não possui atrativos relevantes e está distante da Rodovia Antonio

Heil, o que torna limitante o seu uso para atividades turísticas, apesar de ser uma área muito

bonita e rica em vegetação.

4.2.10 A Localidade de Rio do Meio

A comunidade se iniciou com a chegada da família Garcia por volta do ano de 1800,

recebeu este nome porque era cortada quase ao meio, por um rio. A maioria das famílias tem

sua renda voltada para a agricultura. O principal cultivo é o arroz irrigado, avicultura e

suinocultura. Esta comunidade tem belezas naturais, como a mata, parque aquático, pesque e

pague e atividades de agroindústria como a produção de biscoitos.

Figura 14: Capela Nossa Senhora de Fátima – Rio do Meio. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 15: Portal de entrada da Cascata Zacarias; vista da piscina e instalações internas (Cascata Zacarias) – Rio do Meio. Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 16: Rizicultura; Agroindústria – Rio do Meio. Fonte: O autor, 2008.

Figura 17: Recanto do Cavalo – Rio do Meio Fonte: O autor, 2008.

Conforme observado no quadro 1, há diversos atrativos culturais e naturais na região

do Rio do Meio, entre elas a Cascata Zacarias, que atrai milhares de pessoas durante a

temporada de verão, Recanto Cavalo – propriedade particular com belezas naturais, atividades

de avicultura e rizicultura e a Capela Nossa Senhora de Fátima como atrativo cultural.

4.2.11 A Localidade de Rio Novo

A comunidade surgiu na década de 1970 e é considerado o cinturão verde da cidade,

pois é o maior cultivo é de hortaliças do município, do tipo: alface, agrião, couve-flor,

repolho, etc. Atualmente parte dos supermercados da região são abastecidos com as hortaliças

e verduras desta comunidade.

Rio Novo tem este nome devido ao canal de retificação do Rio Itajaí-Mirim localizar-

se na comunidade. È conhecida popularmente como Colônia Japonesa, por ter recebido vários

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moradores oriundos do Japão que residem na comunidade até hoje. Atualmente esta

comunidade é a única 100% agrícola, pois todas as pessoas que lá vivem, tem sua renda

totalmente vinda da agricultura. (CARDOSO,2004). Sendo a cultura e modo de vida desta

comunidade extremamente pura e agrícola, o que é aspecto fundamental para implantação do

turismo rural, essa convivência da vida no campo.

Figura 18: Placa indicando a localidade e cultivo de hortaliças (Colônia Japonesa) e a Barragem – Rio Itajaí Mirim, Rio Novo. Fonte: Baumann, 2008.

Predomina na Localidade do Rio Novo o cultivo de hortaliças, sendo a maioria dos

agricultores descendentes de japoneses, onde recentemente foi inaugurada a Barragem do

Itajaí-Mirim, tornando-se um atrativo que desperta a curiosidade dos visitantes.

4.2.12 A Localidade de Salseiros

Nas margens do Rio Itajaí-Açú, onde se localiza esta comunidade, existiam muitos pés

de salgueiro. O salgueiro é uma árvore comum em terrenos úmidos ou em beiras de rios. O

nome da comunidade surgiu porque os moradores mais antigos chamavam e conheciam esta

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árvore como salseiro, e resolveram chamar, assim, também a comunidade. (CARDOSO,

2004).

Atualmente esta comunidade está sofrendo muito com o êxodo rural, pois quase não

existem mais agricultores, a única atividade desenvolvida é a pecuária, porém em muita

pequena escala.

Figura 19: Igreja Senhor Bom Jesus, Salseiros. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 20: Hotel 10 - Salseiros Fonte: Baumann, 2008.

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Em Salseiros, parte da Localidade já é caracterizada como perímetro urbano, mas

ainda existem atividades agropecuárias nesta região; como atrativo cultural, a Igreja Bom

Senhor Jesus, localizada as margens da BR 101. Também recentemente foi inaugurado o

Hotel 10, que possui no seu entorno restaurante, posto para abastecimento de combustíveis e

situa-se frente à BR 101.

4.2.13 A Localidade de São Roque

Na comunidade de São Roque reside o maior número de Italianos da cidade. Esta

comunidade interliga os municípios de Ilhota e Itajaí, e já foi o maior produtor e exportador

de gengibre, atualmente se destaca a produção de feijão, horticultura e milho, além de

produtos derivados do leite. A comunidade já foi chamada de Toca da Onça e passou a ser

chamada de São Roque porque a primeira Igreja que foi construída no local, tendo como

padroeiro o São Roque. (CARDOSO, 2004).

Atividades de agroindústria também se destacam, tendo ótimo perfil para receber

turistas devido a grande quantidade de agricultores e suas belezas naturais. O lazer através de

cavalgadas é a preferência da comunidade local.

Figura 21: Capela São Roque; paisagem observada da Capela – São Roque. Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 22: Paisagem natural observada da Estrada Geral de São Roque; Pecuária – São Roque. Fonte: Baumann, 2008.

Nesta Localidade, entre os atrativos, destaca-se a Igreja do São Roque, que, devido à

sua localização no alto de um morro, pode se desfrutar de uma bela paisagem.

4.2.14 A Localidade de Volta de Cima

A comunidade de Volta de Cima recebeu este nome pelos moradores das comunidades

Salseiros e Espinheiros, devido sua localização estar ás margens do Rio Itajaí-Açú.

Justamente onde o Rio faz uma volta (curva). (CARDOSO, 2004).

Os principais cultivos desta comunidade são arroz irrigado, pecuária, milho e feijão.

Sua extensão é as margens do Rio Itajaí-Açú como mencionado acima, facilitando a produção

do arroz, na qual exige uma grande quantidade de água para seu cultivo, porém segunda dados

da Secretaria de Agricultura há um declínio das atividades agrícolas na comunidade de Volta

de Cima. Atualmente não há nenhum tipo de atividade voltada ao turismo, mas perante as

belas plantações de arroz juntamente com o seu manejo, poderá se pensar numa possibilidade

de fazer com que os turistas participem da colheita do arroz tornando se assim um atrativo.

Destaca-se na Localidade de Volta de Cima o cultivo de arroz, o Rio Itajaí-Açú e o

campo de futebol da Associação Natalense.

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Figura 23: Rizicultura; Rio Itajaí-Açú – Volta de Cima Fonte: Baumann, 2008.

Figura 24: Campo de Futebol – Associação Esportiva Natalense Futebol Clube; Pecuária – Volta de Cima Fonte: Baumann, 2008.

4.2.15 A Localidade de Itaipava

A comunidade de Itaipava é considerada, segunda Prefeitura de Itajaí, parte do

perímetro urbano do município, porém ainda cultiva seu aspecto rural. As atividades

desenvolvidas são hortaliças, arroz-irrigado e derivados do leite, seu nome é de origem Tupi-

Garani e significa pedra que atravessa água. (CARDOSO, 2004).

Apesar de ser considerada uma localidade do perímetro urbano está situada a margem

da Rodovia Antonio Heil, bem perto das demais comunidades agrícolas, que por ela ser um

tanto mais desenvolvida pode dar suporte ao desenvolvimento do turismo no meio rural com

sua infra-estrutura, sendo restaurantes, mercados, postos de gasolina, postos de saúde, salão

de beleza, lojas, farmácias, etc.

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Figura 25: Museu Gente do Vale, Itaipava. Fonte: Baumann, 2008.

O grande destaque da localidade da Itaipava é seu atrativo cultural mais expressivo, o

Museu Gente do Vale foi recentemente construído e possui diversos objetos antigos utilizados

pela comunidade local; há também um número expressivo de olarias, que são fábricas de

tijolos e telhas, que atraem a curiosidade de quem nunca presenciou o processo de fabricação

destes materiais.

4.2.16 A Localidade de Brilhante I e II

As comunidades Brilhante I e Brilhante II receberam este nome depois de o Sr. Nato

Gastaldi avistar uma luz muito forte e brilhante no local ao mergulhar no Rio Itajaí-Mirim,

passando então a chamar a localidade de Brilhante, que foi dividido pela sua grandiosidade de

extensão territorial. (CARDOSO, 2004). Os principais cultivos desta comunidade são arroz,

mandioca, melancia, abacaxi e piscicultura. Elas são destaque no que se refere a aspectos

naturais e interesse pela atividade turística.

As comunidades de Brilhante I e II hoje são áreas de preservação ambiental, aprovadas

através da Lei Federal 6.902 ano de 1981 e Lei municipal nº 2832, na qual fica criada a Área

de Preservação Ambiental – APA, numa área de 20.147.036,38 m2 que dispõe sobre criação

de estações ecológicas e área de proteção ambiental. Esta localidade possui cascata, pesque e

pague, trilhas, área esportiva e comida típica, apresentando ótimos quesitos para a

implantação da atividade turística.

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Figura 26: Pesque Pague Lira (Lagoas) – Brilhante I Fonte: Baumann, 2008.

Figura 27: Pesque Pague Lira (Lagoas, Restaurante, Recreação infantil e Campo de futebol) – Brilhante I Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 28: Igreja de Santo Antonio – Brilhante II. Fonte: Baumann, 2008.

Figura 29: Refúgio Vô João Vó Ciça – Entrada e vistas internas – Brilhante II. Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 30 – Cascata Daniela – Brilhante II Fonte: Baumann, 2008.

Figura 31: Recanto das Palmeiras; Cachoeira Sete Quedas – Brilhante II Fonte: Baumann, 2008.

Figura 32: Refúgio 3 Quedas; Lagoa – Brilhante II. Fonte: Baumann, 2008.

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Figura 33: Morro da Antena – Brilhante II. Fonte: Baumann, 2008.

A Localidade de Brilhante I e Brilhante II possui diversos atrativos, naturais, culturais

e áreas para entretenimento e lazer. As opções são diversas, a começar pelo pesque pague do

Lira, próximo a Rodovia Antonio Heil, de fácil acesso e boas instalações; a Igreja de Santo

Antônio também destaca-se pela sua arquitetura; para quem procura paz e sossego, alguns

empreendimentos foram construídos, o Refúgio Vô João Vó Ciça, o Refúgio Três Quedas, a

Cascata Daniela, o Recanto das Palmeiras, todos situado numa região onde predomina a paz e

a tranqüilidade; há diversos atrativos naturais, como a Cachoeira Sete Quedas, o Morro da

Antena (onde é possível contemplar, devido a altura do morro, várias cidades vizinhas) e

lagoas encontradas em algumas propriedades rurais. Pela sua diversidade de atrativos

expressivos, percebe-se que é uma das melhores áreas do município para exploração do

turismo rural.

4.3 A Análise do Cenário Rural de Itajaí

A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica para aprofundamento teórico

sobre assuntos relacionados à temática de turismo no espaço rural. Ainda utilizou-se de visitas

“in loco” nas principais localidades rurais.

Na análise dos atrativos utilizou-se da metodologia de fatores de atratividade turística

apresentada por Vaz (2002).

Para identificar o potencial turístico existente nas comunidades rurais, para possível

inclusão no roteiro turístico do município de Itajaí, foram analisados os empreendimentos

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existentes e as áreas ainda não exploradas para a atividade turística, verificando o grau de

expressividade de cada atrativo.

Os dados foram adquiridos através de levantamento fotográfico nas

comunidades, onde obteve-se informações pertinentes ao turismo rural diretamente nas

propriedades através dos Livros, Jornais e TCC de Turismo e Hotelaria, visitas “in loco”

entrevistando agricultores e famílias instaladas nas localidades rurais. Ainda tomou-se como

base para o roteiro das visitas in loco os estudos e relatórios existentes na Prefeitura de Itajaí,

Secretaria de Agricultura e FITUR.

Apesar do expressivo número de atrativos no espaço rural de Itajaí, notou-se que

apenas alguns apresentam mais expressividade, para a elaboração de um roteiro: Morro da

Antena, Cachoeira Sete Quedas, Museu Gente do Vale, Festa do Colono, Capela São Roque;

contudo, há vários equipamentos de lazer que devem ser considerados: Mineral Aqua Park,

Pesque Pague do Lira, Cascata Zacarias, Cascata Daniela, Refúgio Vô João Vó Ciça, Recanto

Crocodillas. A partir das visitas in loco ilustradas no item 4.2 que identificou alguns

atrativos do espaço rural conforme localidades visitadas, pontuou-se na Figura 34 os atrativos

de maior atratividade segundo Vaz (2002).

Figura 34: Atrativos no Espaço Rural de Itajaí

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Fonte: Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, com inclusão dos atrativos por

Baumann (2008)

A partir das visitas in loco ilustradas no item 4.2 identificaram-se alguns atrativos do

espaço rural conforme localidades visitadas, pontuou-se na Figura 28 os atrativos de maior

atratividade segundo Vaz (2002).

4.3.1 A atratividade no espaço rural: um ensaio da metodologia de Vaz

Buscando abrigo teórico na metodologia proposta por Vaz (2002) definiram-se as

etapas para elaboração do roteiro, a ser analisado e aplicado pela FITUR, na construção de

roteiros turísticos do Espaço rural de Itajaí, que são: mobilização, estudo preliminar e

roteirização.

A etapa da mobilização consiste em aproximar a população receptora da realidade

turística. Neste estudo dirigido será verificada a ordenação geopolítica e administrativa da

região, verificação da oferta existente, levantamento da economia regional, pré-mapeamento

das regiões com expressividade e seus atrativos; na etapa de roteirização, será feito um pré-

mapeamento dos atrativos em destaque.

Utilizando a metodologia de Vaz (2002, p. 61), deverá ser analisada a expressividade

da destinação, iniciando pelo levantamento da posição da localidade no roteiro de viagem.

Itajaí pode ser classificada como Destinação Secundária ou de Roteiro, pois é uma

cidade faz divisa com Balneário Camboriú (Destinação Principal) e atrai turistas que querem

conhecer cidades próximas, com atrativos diferentes.

Avaliando-se a situação estratégica da posição da localidade, pode-se classificar o

município de Itajaí como Interdependente, já que depende das cidades vizinhas para ter uma

demanda significativa.

Para a avaliação do desempenho dos fatores de atratividade, deverão ser avaliados dois

aspectos: a Condição Mercadológica verificando-se a expressividade e o estado dos fatores e a

Potencialidade Mercadológica, que consiste em avaliar a importância estratégica para as ações

de marketing. Cada atrativo deve ser avaliado, considerando-se os dados conforme tabela

abaixo:

Expressividade Alta Média Baixa Estado Ótimo/Bom Regular Mau/Péssimo Situação Mercadológica Aproveitável Viável Descartável Quadro 2: Modelo de estrutura mínima para avaliação da situação mercadológica. VAZ,2002.

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O Fator de Atratividade turística é fundamental para análise da expressividade da

localidade, pois interfere diretamente na decisão de um turista na escolha de uma destinação,

deverá haver alguma característica particular que influencie na hora de optar por um destino;

o município, independente de sua extensão territorial, terá que possuir algo diferente,

importante, que possa ser mostrado.

A seguir realizou-se um ensaio sobre a expressividade, analisando alguns atrativos

prioritários, segundo a expressão dos recursos turísticos, tomando como objeto de análise as

Localidades de Itaipava, Brilhante I e II e Baia.

Atrativos Condição Mercadológica Cachoeiras, Cascatas, Trilhas 2 Igrejas 2 Manifestações Religiosas 1 Festa do Colono 3 Museu Gente do Vale 3 Produtos Coloniais 2 Artesanato 2 1 – Expressividade baixa; 2 – Expressividade média; 3 – Expressividade Alta

Quadro 3: Avaliação da Condição Mercadológica, segundo a expressão dos recursos turísticos. VAZ,

2002.

Observa-se, Quadro 3, que há expressividade alta ou média na maioria dos atrativos,

considerando que cada um possui uma característica em especial, despertando a curiosidade

dos visitantes; são lugares onde há acesso com vias pavimentadas, ligadas à Rodovia Antonio

Heil, rodovia que dá acesso ao município de Brusque e a poucos quilômetros da Rodovia Br

101.

Atrativos Estado Cachoeiras 3 Igrejas 3 Manifestações Religiosas 1 Festa do Colono 3 Museu Gente do Vale 3 Produtos Coloniais 3 Artesanato 2 1 – Mau/Péssimo; 2 – Regular; 3 – Ótimo/Bom

Quadro 4: Avaliação do Estado dos atrativos. VAZ, 2002. Avaliando o Estado dos atrativos, pode-se afirmar que em termos de conservação,

presença e vitalidade a maioria possui condições para visitação e exploração.

Atrativos Situação Mercadológica Cachoeiras 2

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Igrejas 2 Manifestações Religiosas 1 Festa do Colono 3 Museu Gente do Vale 3 Produtos Coloniais 3 Artesanato 3 1 – Descartável; 2 – Viável; 3 – Aproveitável

Quadro 5: Avaliação Situação Mercadológica, segundo a expressão dos recursos turísticos. VAZ, 2002.

Quanto a Situação Mercadológica, verifica-se que grande parte dos atrativos

encontram-se classificadas como Aproveitável ou Viável, comparando com os dados dos

Quadros 3 e 4, pois os atrativos estão inteiramente ou quase na sua plenitude de exploração

turística; outros podem ser melhor explorados turisticamente, desde que se invista na sua

adequação ou revitalização.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste estudo foi identificar a expressividade dos atrativos para inclusão do

espaço rural no roteiro turístico de Itajaí, analisando a situação atual da atividade turística no

município, identificando o potencial existente e sua expressividade. Apresentou-se uma

proposta de roteirização com etapas definidas na metodologia de Vaz (2002), com o intuito de

auxiliar na elaboração e formatação do roteiro visando o desenvolvimento turístico no

município, bem com criar uma opção de renda para agricultores e famílias da área rural,

também gerando empregos ou alternativa de renda e estimulando a conscientização para

preservação do meio ambiente.

Há uma variedade em atrativos turísticos no espaço rural de Itajaí, são eventos rurais e

culturais, turismo cultural, comércio de produtos coloniais diversos, gastronomia

diferenciada, produção agrícola, e diversos atrativos naturais como cachoeiras, lagoas,

morros, vegetação abundante e animais silvestres. No entanto, a elaboração e venda de roteiro

necessita do produto formatado e com expressividade e condições mercadológicas.

A metodologia apontada por Vaz poderá apontar os melhores direcionamentos a partir

da expressividade dos atrativos das localidades rurais de Itajaí – SC.

Apesar de haver projetos no setor público municipal, ainda observam-se problemas

com a captação de recursos, dificuldade em na aquisição de financiamentos para os

empreendimentos, falta de informações à comunidade rural e maior envolvimento do setor

público municipal.

Sugere-se a implantação de políticas públicas para criação de estratégias para o

desenvolvimento da atividade turística no espaço rural, sempre buscando a sustentabilidade,

através do uso de critérios metodológicos de análise do potencial. Um fator limitante para o

desenvolvimento da atividade é a falta de organização das comunidades, podendo

comprometer o desenvolvimento e a expansão dos empreendimentos, o que aponta a

necessidade de projetos de conscientização.

Pode-se perceber o interesse dos agricultores e famílias da comunidade rural, da

administração pública municipal na proposta para inclusão do espaço rural no roteiro turístico

do município. Portanto, somente com a união das comunidades em parceria com o poder

público municipal e o trade é que efetivamente garantirá o desenvolvimento da atividade

turística no espaço rural e consequentemente as condições necessárias para atendimento aos

visitantes, promoção e comercialização do produto.

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Desenvolver roteiros no sentido de impulsionar a atividade turística no espaço rural

deve ser uma opção da comunidade, mas o poder público tem a função de trabalhar na

organização do produto através de incentivos e orientações técnicas. Sem a formatação de um

produto que possa atender as necessidades da demanda turística regional, pode-se

comprometer a viabilidade da proposta.

Com o uso da metodologia de Vaz, apesar de algumas limitações em decorrência do

tempo e aprofundamento teórico foi possível avaliar o espaço rural e concluir que há

condições para o uso desta área para a atividade turística, desde que haja organização,

planejamento. Assim, a qualidade do produto oferecido, a valorização dos produtos locais, da

cultura local e o desenvolvimento de roteiros viáveis, incluindo a preservação do meio

ambiente precisam estar evidenciadas nas metas da proposta dos roteiros rurais de Itajaí-SC.

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REFERÊNCIAS

ANSARAH, Marilia Gomes dos Reis. Turismo. Como Aprender, como ensinar. 3 ed. São

Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2004.

ANSARAH, Marilia Gomes dos Reis. Turismo: Segmentação de Mercado. São Paulo:

Futura, 2004.

BAHL, Miguel. Viagens e Roteiros Turísticos. Curitiba: Protexto, 2004.

BENI, M.C. Análise estrutural do turismo. 10 ed., São Paulo: Senac, 2004.

CARDOSO, E. R. Raízes. Itajaí: Alfanativa, 2004.

DE LA TORRE, O. O Turismo: fenômeno social. México: Fondo de Cultura, 1994.

IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do turismo. São Paulo: Pioneira, 2002.

LAGE, B.H.G.; MILONE, P.C.. Turismo: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000.

MONTEIRO, Rogério. Santa Catarina terra de contrastes. Florianópolis: Mares do Sul,

2000.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO-MTO. Desenvolvimento do Turismo

Sustentável. Madri: WTO, 1998.

RUSCHMANN, D. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente. 6

ed. Campinas: Papirus, 1997

RUSCHMANN, Doris van de Meene. Turismo e planejamento sustentável: A proteção do

meio ambiente. 8 ed. Campinas, SP: Papirus, 2001.

TRIGO, Luiz Gonzaga Godoi. Análises regionais e globais do turismo brasileiro. São

Paulo: Roca, 2001.

VAZ, Gil Nuno. Marketing Turístico: Receptivo e Emissivo: um roteiro estratégico para

projetos mercadológicos públicos e privados. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Disponível em

<http://www.ibge.gov.br> Acesso em 8 de maio de 2008.

MINISTÉRIO DO TURISMO DO BRASIL. Disponível em: http://www.turismo.gov.br

Acesso em 8 de maio de 2008.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAJAÍ. Disponível no site <http//www.itajai.sc.gov.br>.

Acesso em 15 de março de 2008.

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO – SPDU.

Disponível no site <http//www.itajai.sc.gov.br>. Acesso em 15 de março de 2008.

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ANEXOS

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ANEXO A

Lei n° 2832, de 22 de setembro de 1993.

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ANEXO B

Lei n° 6.902, de 27 de abril de 1981.

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ANEXO C

MAPA DE LOCALIDADES – ZONA RURAL DE ITAJAÍ

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ANEXO D

ROTEIRO DE CICLOTURISMO EM ITAJAÍ

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ANEXO E

FOLDER DA 26ª FESTA NACIONAL DO COLONO

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ANEXO F

FOLDER – 11° ENCONTRO MUNICIPAL DAS MULHERES AGRICU LTORAS E

RURAIS DE ITAJAÍ

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PARTE II

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ADRIANO ALVINO BAUMANN

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ADRIANO ALVINO BAUMANN

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

FUNDAÇÃO ITAJAIENSE DE TURISMO

FITUR

Relatório do Estágio Supervisionado apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientadora: Profª. Dra. Marlene Huebes Novaes

Balneário Camboriú

2008

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1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Identificação da Empresa

• Fundação Itajaiense de Turismo – FITUR

• Endereço: Av. Ministro Victor Konder, 303 – Centro – Itajaí/SC

• CEP: 88.301-700

• CNPJ: 04.514.987/0001-24

• Inscrição Estadual: isenta

• Telefone: (47) 3348-1080

• Superintendente: Osmar Guilherme Schmitt

1.2 Identificação do Acadêmico

• Adriano Alvino Baumann

• Filiação: Alvino Baumann e Valburge Baumann

• RG: 4/R 1997.661

• CPF: 757.120.919-68

• Endereço: Rua Rio Araguaia, 211 – Bairro: São João – Itajaí/SC

• CEP: 88304-420

• Telefone: (47) 3349-6017 / (47) 9912-6304

• E-mail: [email protected]

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2 JUSTIFICATIVA

O Estágio Supervisionado tem suas atividades fundamentadas na Lei nº 6.494, de

07/12/1977, regulamentada pelo Decreto nº 87.497, de 18/08/1982, pareceres normativos CST

nº326, de 06/05/1971, Instruções para a Fiscalização de Estágio, Resolução nº 127/CONSUN

- CaEn/07, da Universidade do Vale do Itajaí e pelas normas administrativas aprovadas pela

Coordenação do Curso de Turismo e Hotelaria, da Universidade do Vale do Itajaí.

A prática executada durante o estágio supervisionado proporciona ao futuro

profissional da área de Turismo e Hotelaria experiência e o fazem assimilar como funcionam

as ações praticadas diariamente no local escolhido para estagiar. O aluno passa a experimentar

todas as práticas vividas no mercado de trabalho. Conforme verifica-se em Kolb apud Novaes

(2001, p. 375) o estágio é uma experiência vivida pelo aluno em uma organização servirá para

refletir, sistematizar e testar os conhecimentos teóricos e instrumentais discutidos durante o

curso de graduação.

Atualmente, pode-se considerar o turismo como a terceira maior indústria mundial,

sendo assim uma importante fonte de recursos para a economia no mundo. Através de

pesquisa feita pelo WTTC – Conselho Mundial de Viagens e Turismo (World Travel &

Tourism Council), em 2007 espera-se para o segmento de viagens e turismo a quantia de US$

7.060.3 bilhões de dólares na economia mundial em vigor , com previsão para US$ 13.231.6

bilhões em 2017.

Nota-se que com o crescimento da demanda surgirão vários impactos sociais, que

serão menores ou nulos com o planejamento turístico executado pelo setor público, resultando

na preservação e sobrevivência da destinação.

A finalidade do planejamento turístico consiste em ordenar as ações do homem sobre o território e ocupa-se em direcionar a construção de equipamentos e facilidades de forma adequada evitando dessa forma, os efeitos negativos nos recursos, que os destroem ou reduzem sua atratividade. (RUSCHMANN, 2001, p.9)

Considerando que o planejamento é importante para o desenvolvimento da economia,

os órgãos de turismo público defendem os interesses da comunidade e orientam o “trade”

para a utilização eficaz dos atrativos.

Ainda pode-se considerar que:

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A coordenação do processo de organização de um dado setor é um papel elementar do Estado, pois esta não poderia ser uma atribuição de qualquer agente social; somente o poder público tem legitimidade para representar os interesses da coletividade (CRUZ 2002, p.26)

A motivação pela escolha da área do turismo público está na vontade em aprender

sobre como planejar melhor uma destinação, a fim de corresponder com a expectativa dos

turistas quanto ao destino que compram, assim como vivenciar as políticas de promoção das

belezas de Itajaí em âmbito estadual e nacional.

Então, escolher a FITUR para o estágio supervisionado demonstra o interesse do

acadêmico pela gestão pública do turismo, comprometido com a implantação do

desenvolvimento turístico do município.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Adquirir, aprimorar e desenvolver atitudes e hábitos profissionais, utilizando o

conhecimento técnico adquirido no Curso de Turismo e da Hotelaria.

3.2 Indicadores dos resultados parciais durante o estágio

• Pesquisar na literatura específica os fundamentos teóricos necessários na área de Turismo

Público.

• Tomar conhecimento, identificando a estrutura administrativa e organizacional da

Fundação Itajaiense de Turismo - FITUR

• Durante a realização do estágio, aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nos setores

da Fundação.

• Com a finalidade de compreender o funcionamento das atividades no Turismo Público,

juntar as informações observadas e vividas no estágio, como também elaborar o relatório

de estágio.

• Emitir o relatório de estágio, com base nas informações obtidas.

• Verificar a existência de uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser

planejada no projeto de ação, exigência parcial para obtenção do título de bacharel em

Turismo e Hotelaria.

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4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

4.1 Evolução Histórica

O município de Itajaí está situado no litoral norte de Santa Catarina, possui uma

população com mais de 163.000 habitantes (IBGE, 2008), começou a ser povoado no início

do século XIX, com a chegada de portugueses oriundos de Portugal. O município foi criado

pela Lei nº 164, de 04/04/1859, mas sua instalação somente se deu em 15 de julho de 1860.

No século XX iniciaram as atividades no turismo público no município de Itajaí,

quando no final da década de 60 um grupo de empresários formaram a Comissão Municipal

de Turismo com a finalidade de desenvolver a atividade turística na cidade.

Em 1988 foi criada a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, criada

especificamente para tratar de assuntos relacionados ao turismo, instituída através da Lei 2429

de 19 de dezembro de 1988, durante a gestão do Prefeito Arnaldo Schmitt Junior, cujas

competências estavam descritas no Art. 14 da referida Lei.

Houve uma mudança na estrutura administrativa do poder executivo, no ano de 1992,

em virtude de insuficiência de recursos financeiros e humanos, e foi criada, através da Lei

Complementar 01 de 18/12/1992, a Secretaria de Turismo e a Secretaria de Cultura e

Esportes, implantada somente no ano de 1993.

Com o objetivo de incentivar e organizar o desenvolvimento da atividade turística no

município foi instituído, através da Lei 3604 de 20/04/2001, a Fundação Itajaiense de

Turismo (FITUR), (Anexo ”A”) Entidade Jurídica de Direito Público e Autonomia

Administrativa e Financeira. A Fundação é responsável por identificar matérias-primas e

transformá-las em produto turístico, através de políticas públicas setoriais e planejamento,

definindo prioridades e objetivos para desenvolvimento do setor. Após a criação do Pier

Turístico de Itajaí no ano de 2001, na gestão do Prefeito Jandir Bellini, Itajaí recebe diversos

navios de cruzeiros marítimos, com um número expressivo de turistas que visitam Itajaí e

região. Em 2007 a Lei Complementar n° 110 de 29/06/2007 estabelece competências das

Diretorias.

4.2 Infra-Estrutura Física Atual

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O endereço atual da Fundação Itajaiense de Turismo – FITUR é Avenida Ministro

Victor Konder, 303 – Centro, junto ao Centro de Promoções Itajaí-Tur, onde está sendo

construído o futuro Centreventos.

As instalações da FITUR estão situadas logo na entrada do Centro de Promoções

Itajaí-Tur, local que também é utilizado como bilheteria na época da realização Marejada. Os

escritórios estão divididos em várias salas, sendo a sala do Superintendente, a sala onde pode

está a Secretária da Superintendência e outra sala contendo o Departamento de Planejamento

e Marketing e a Telefonista, o Departamento Administrativo (responsável pela zeladora);

posteriormente encontra-se uma sala contendo Departamento Financeiro, com seus

respectivos auxiliares administrativos. A próxima edificação comporta as instalações do

Departamento de Turismo, onde há a recepção do setor, a sala do Diretor de Turismo e a

Secretária da Diretoria de Turismo, a sala do Departamento de Relações Públicas (responsável

pelos PITS – Posto de Informações Turísticas), Departamento de Promoção Turística,

Departamento de Produto Turístico e Departamento de Comunicação, que apóiam o

Departamento de Turismo.

Há ainda uma cozinha, adjacente as instalações principais, que servem a toda sua

estrutura. Localizados em outros endereços, os PIT’s, auxiliam os turistas, fornecendo

informações turísticas: um está situado na Avenida Vereador Abraão João Francisco –

conhecida como Contorno Sul e o outro posto está localizado na área central da cidade, ao

lado da Igreja Matriz.

No ano de 2007 parte da estrutura localizada no Centro de Eventos Itajaí-Tur foi

demolida para abrigar o Centreventos, que está com sua construção bem adiantada, com a

conclusão da obra prevista para o ano de 2008.

O Centro de Eventos vai dar um impulso expressivo ao turismo de lazer e negócios.,

pois permitirá a realização de grandes eventos empresariais, esportivos, culturais e artísticos,

trazendo desenvolvimento a Itajaí e toda a região. A primeira etapa da obra se iniciou em

julho de 2006. Em 2007, mesmo sem estar concluído, o Centro de Eventos já abrigou a

Marejada. Foram construídos o pavilhão de feiras e eventos, com capacidade para 2.500

pessoas, um palco para shows e a infra-estrutura do teatro, com capacidade para 500 pessoas,

totalizando 3 mil m2 de área. O pavilhão principal vai comportar 3.300 pessoas sentadas ou 6

mil em pé. As obras vão ocupar a área do Parque da Marejada e um terreno ao lado será usado

para construir mais um pavilhão e estacionamento.

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4.3 Infra-estrutura Administrativa

Figura 07: Organograma da Fundação Itajaiense de Turismo – FITUR – 2008 Fonte: Fundação Itajaiense de Turismo - FITUR 4.4 Recursos Humanos segundo o Organograma

Nº de

CARGO/FUNÇÃO Funcionários

SUPERINTENDÊNCIA

Superintendente 01 Secretária da Superintendência 01 Auxiliar Administrativo Telefonista

01 01

SUPERINTENDENTE

DIRETORIA DE TURISMO

SECRETARIA DA SUPERINTENDÊNCIA

RELAÇÕES PÚBLICAS

ADMINISTRATIVO

PRODUTO TURÍSTICO

PROMOÇÃO TURÍSTICA

PIT (5)

GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E MARKETING

ZELADORAS (1)

TELEFONISTA

COMUNICAÇÃO

SECRETÁRIA DE TURISMO

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DIRETORIA DE TURISMO

Diretor de Turismo 01 Secretária da Diretoria de Turismo Assessor de Direção (Relações Públicas)

01 01

Assessor de Gestão (Promoção Turística) Assessor de Gestão (Produto Turístico) Assistente Administrativo (Comunicação) Recepcionistas (PITS)

02 01 01 05

TOTAL

16

Tabela 1 - Recursos Humanos conforme Organograma atual da FITUR-2008

Fonte: Recursos Humanos da FITUR, segundo o organograma atual.

4.5 Serviços prestados ao mercado turístico

A FITUR tem como objetivo fomentar e desenvolver a atividade turística, sempre

trabalhando no sentido de buscar a eficiência nos serviços, seguindo os prepostos

estabelecidos na Lei 3604/01, art. 2°. As atividades da fundação são diversas:

• Atuar na atividade turística do Município, incentivando, promovendo e difundindo a fim

de desenvolver o potencial turístico do Município;

• Reformulação de recursos humanos para o setor, buscando profissionais condizentes com

a área de atuação (atualmente vários bacharéis em Turismo trabalham na Fundação);

• Elaborar e executar, pesquisa sobre oferta e demanda turística, analisando os fatores de

oscilação de mercado;

• Divulgação de eventos e atrativos do município no âmbito regional, estadual, nacional e

internacional;

• Planejamento e execução de ações, visando melhorar o mercado turístico do município;

• Criação de projetos, buscando melhorar e aperfeiçoar o turismo local.

• Analisar e propor a política de desenvolvimento turístico;

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5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS POR DEPAR TAMENTO

5.1 Setor: Diretoria de Turismo

Responsável: Darlan Haussen Martins Junior

Período: 03/12/2007 a 09/02/2008

Horas: 330

5.1.1 Funções da Diretoria

A Diretoria tem como função impulsionar e coordenar, com o setor público e privado,

as atividades turísticas da comunidade local através de programas e projetos emoldurados no

Plano de Desenvolvimento e no Plano Estratégico do município.

Neste departamento são planejadas, coordenadas e executadas as ações que visam

estimular o turismo no município de Itajaí. Ao Departamento também são agregados os postos

de informações turísticas (PITs).

De acordo com a Lei Complementar de Itajaí-SC, nº 110 de 29/06/2007 (anexo) são

competências da Diretoria:

I - auxiliar diretamente o Superintendente em todas as suas atribuições e competências, assim

como nos trabalhos técnicos de elaboração de relatórios, pareceres, trabalhos de pesquisa,

acompanhamento e avaliação do desempenho das atribuições da sua Diretoria tanto quanto

das demais áreas da Fundação;

II - dirigir, por determinação direta ou delegação, os trabalhos dos comissionados titulares dos

cargos de Assessor de Direção e de Assistente de Gestão nos níveis A, B e C, quando estes

tiverem sido designados pelo secretário da pasta para atuarem na respectiva diretoria;

III - dirigir todos os expedientes relativos à implementação de ações que visem ao permanente

controle da qualidade dos bens e serviços turísticos;

IV - elaborar, sistematicamente, pesquisas sobre oferta e demanda turística, e analisando

fatores de oscilação de mercado;

V - promover outras atividades atinentes ao desenvolvimento da política municipal de

fomento ao turismo;

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VI - dirigir os Postos de Informações Turísticas, assim como dirigir ou acompanhar os

programas, projetos e atividades que se realizam no âmbito destas unidades;

VII - apresentar ao secretário da pasta relatório gerencial periódico de todas as atividades

realizadas no âmbito de sua diretoria.

VII – Organização do receptivo dos navios no Píer Turístico, trabalhando em conjunto com a

Superintendência do Porto e a Receita Federal.

VIII – Planejar todas as operações e ações necessárias para a temporada de verão.

5.1.2 Infra-estrutura da Diretoria

A Diretoria está localizada no prédio central da FITUR, subdividido em 3 salas, sendo

a primeira a sala da Diretoria e do Superintendente a segunda para a telefonista e

contabilidade e a terceira destinada a Gerência de Gestão.

a) Recepção

• 1 mesa em compensado, formato de “L”, com três gavetas;

• 1 armário em madeira, tipo cômoda, com três gavetas;

• 1 cadeira com base fixa e caixa giratória, sem braços;

• 2 cadeiras, tipo poltrona, estofadas, sem braços;

• 1 central telefônica;

• 1 cesto para lixo;

• 1 aparelho de telefone fax.

b) Diretoria

• 1 mesa em madeira, para o computador;

• 1 mesa/escrivaninha em madeira com duas gavetas;

• 2 cadeiras estofadas em ferro, sem rodízios, sem braços;

• 1 aparelho telefônico;

• 1 microcomputador completo;

• 1 impressora jato de tinta;

• 1 aparelho de ar condicionado;

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• 2 cestos para lixo;

• 1 armário em madeira com duas portas .

c) Gerência de Gestão

• 4 mesas em compensado, conjugadas em estilo “tele marketing”, com duas gavetas cada;

• 1 mesa em compensado de reunião com capacidade para 8 pessoas;

• 1 armário em compensado com duas portas;

• 2 cadeiras com base fixa e caixa giratória, sem braços;

• 3 cadeiras estofadas e em ferro, sem rodízios, sem braços;

• 4 microcomputadores completos;

• 4 aparelhos telefônicos.

5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico na Diretoria

a) Atividades Técnicas:

• Auxílio na verificação das ações para a Temporada 2007/2008, entrando em contato com

todos os responsáveis para o bom andamento de temporada de verão.

• Revisão do novo guia turístico de Itajaí (SITI) – verificação da localização dos pontos

turísticos e demais itens a serem retificados no guia; verificação da posição correta das

vias principais; colocação de sentido das vias (mão única ou duas mãos).

• Realização de ligações telefônicas para toda a rede hoteleira, para verificação de estragos,

pois houve uma forte tempestade no município nesta época.

• Receptivo de navios: auxílio na montagem e limpeza da estrutura para recebimento dos

visitantes, separação de folders e demais materiais que são entregues e elaboração da

futura lei de incentivo fiscal para a atividade turística na cidade de Itajaí.

• Atendimento ao público em geral e organização da reunião do curso de capacitação para o

receptivo de turistas de cruzeiro.

• Colaboração na Organização e Operacionalização do Carnaval 2008, efetuando entrega de

material de divulgação do Carnaval (leques) a toda rede hoteleira de Itajaí; participação

durante a realização do desfile na Avenida Beira Rio auxiliando na organização do

camarote, controlando a entrada e saída de pessoas e servindo os jurados, providenciando

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o material necessário (lápis, caneta, papel, etc.) para o desenvolvimento de suas

atividades, fornecendo também bebidas, alimentos, até o término do desfile.

b) Atividades de Rotina

• Atendimento telefônico à turistas, agências de viagens, hotéis, orgãos públicos, outros

departamentos e pessoas envolvidas no trade turístico.

• Envio e recebimento de Fax, para diversos departamentos, bem como a empresas e

pessoas interessadas em no envio de documentos a Fundação.

• Acompanhamento nas visitas da equipe da FITUR, vistorias “in loco” na Praia Brava,

para averiguação do estado de conservação das passarelas e da limpeza da praia; visita a

alguns hotéis para tratar de assuntos diversos.

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

O desenvolvimento das atividades no Departamento de Turismo, mesmo sendo

algumas de menor importância, auxiliaram na compreensão do funcionamento da

administração pública e sua organização, conciliando com os conhecimentos adquiridos no

Curso de Turismo e Hotelaria da UNIVALI, sempre com o auxílio dos colaboradores da

Diretoria. O período de estágio neste setor foi crucial para entender como as decisões são

tomadas, os fatores externos que influenciam nos processos decisórios e o acompanhamento

das atividades desenvolvidas:

• Auxiliar o júri no camarote, durante o desfile do Carnaval 2008, permitindo assim,

praticar os conhecimentos adquiridos na disciplina de Relações Públicas.

• Na participação em um stand da Náutica Fair, ocorrida em Florianópolis, durante a

temporada de verão, proporcionou o uso dos conhecimentos das disciplinas de Marketing

e Eventos.

• Os conhecimentos adquiridos na disciplina de Legislação aplicada ao Turismo foram

úteis, principalmente numa repartição pública, que obedece a legislação vigente, seja na

prestação de contas ao Tribunal de Contas e em diversos atos praticados.

5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas.

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Como aspecto positivo, vale destacar o aprendizado e o convívio destas experiências

diárias para a formação de opinião e conclusão do período acadêmico no curso de turismo e

hotelaria e a forma correta da execução dos serviços, principalmente na valorização da

imagem do município nos eventos regionais e nacionais

A interferência causada no trade pela gestão da FITUR tem importância na economia

local, criando a expectativa da necessidade de oferecer as melhores políticas públicas.

A proposta para inclusão do espaço rural no roteiro turístico de Itajaí poderá

proporcionar ao município um crescimento econômico já eminente e a consolidação do

município no cenário turístico nacional, com a diversificação de oferta e novos roteiros

turísticos.

Observação das ações definidas para o turismo no município, participação no

planejamento e definição de recursos humanos para a reestruturação do Plano de Cargos e

Salários do município, profissionais capacitados nos setores estagiados, forte conscientização

e preservação das culturas locais.

Nos aspectos limitantes, a falta de recursos financeiros para a Fundação, limita um

pouco o trabalho dos colaboradores, faltam equipamentos, como por exemplo a falta de

impressoras, sendo utilizada apenas uma atualmente que serve a todos os departamentos; nos

dias em que há receptivo de navios e nas saídas para participação em eventos, faltam verbas

para auxiliar na alimentação e outras despesas dos colaboradores.

Como sugestão recomenda-se a abertura de concurso público aberto aos profissionais

na área de turismo e hotelaria, pois atualmente não há cargo específico de bacharel em

turismo ou turismólogo na Fundação.

Verificou-se certo atraso na divulgação do Carnaval da cidade, outro problema

causado pela falta de verbas e planejamento. Como sugestão recomenda-se utilizar a mão de

obra especializada existente na região, capacitação dos colaboradores que atuam nos Postos

de Informações Turísticas, conscientizar a população da importância da participação da

comunidade como divulgador do produto turístico da cidade e na receptividade do turista.

5.2 Setor: Posto de Informações Turísticas

Responsável – Shirley Adriano

Período: 11/02/2008 a 29/02/2008.

Horas: 60.

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5.2.1 Funções do Setor

O Posto de Informações Turísticas – PIT, busca informar os turistas que querem mais

detalhes sobre a cidade e a região; muitas vezes o PIT é o primeiro contato com os visitantes,

o que constata a importância do trabalho realizado neste setor. Conforme o estatuto da

FITUR, suas funções são:

• Dar informações atualizadas sobre turismo no município e demais dúvidas dos visitantes;

• Aplicar pesquisas sobre oferta e demanda turística, para posterior análise;

• Disponibilizar todo material informativo e promocional aos visitantes;

• Dar informações sobre a cidade de Itajaí aos visitantes.

5.2.2 Infra-estrutura do Setor

Há dois postos de informações na cidade: um está localizado na Avenida Vereador

Abraão João Francisco, também conhecida como Contorno Sul e o outro está situado ao lado

da Igreja Matriz, área central de Itajaí. Cada PIT possui os seguintes recursos materiais:

a) PIT situado na Avenida Abraão João Francisco (Contorno Sul)

• 01 balcão em “L” com 02 gavetas;

• 03 cadeiras;

• 01 sofá de 03 lugares;

• 01 televisão de 14 polegadas;

• 01 armário de 02 portas;

• 02 banheiros

• 01 aparelho de som com CD;

• 01 telefone;

• 01 depósito

• 01 geladeira

• 01 balcão com pia

• 01 bebedouro

b) PIT localizado ao lado Igreja Matriz

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• 02 cadeiras;

• 01 aparador com bebedouro;

• 01 armário com 02 portas;

• 02 banheiros (1 masculino e 1 feminino);

• 01 mesa com 03 gavetas.

5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no Setor “PIT”

O acadêmico realizou estágio nos dois Postos de Informações Turísticas. O período

escolhido foi estrategicamente definido para que se pudesse observar o movimento decorrente

à vinda de turistas para a temporada de verão.

a) Atendimento ao Público.

Pessoas de todas as partes do Brasil buscavam informações quanto à roteiros,

localização de praias, pontos turísticos, rede hoteleira e eventos locais e regionais, e para isso ,

forma utilizados os mapas e demais materiais informativos disponibilizados na mesa e no

mostruário disponível no interior do PIT.

Vários atendimentos telefônicos também foram efetuados pelo estagiário, sendo que a

maioria das ligações eram informações relacionadas a indicações de hotéis, preços de

ingressos para o Parque Unipraias e para outros atrativos da região.

b) Atividades de rotina

Organização de pastas, solicitação de material de expediente, solicitação de reparos,

organização do material a ser entregue aos visitantes.

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

Na condição de estagiário e acadêmico, o trabalho no Posto de Informação Turística foi

importante para conhecer todos os detalhes dos meios de divulgação e receptividade adotados

pela FITUR. Os visitantes frequentemente elogiavam, pela presteza e solução dos problemas,

por estar estrategicamente localizado em uma das principais entradas da cidade de Itajaí. O

estágio neste setor proporcionou ao acadêmico a oportunidade de praticar o conhecimento

adquirido nas disciplinas de Planejamento e Organização do Turismo e Relações Públicas.

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5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas.

A preocupação da FITUR na manutenção do Posto de Informação Turística como

centro de referência ao turista, dando a primeira impressão da cidade no que se refere ao

receber e informar, pode ser considerado aspecto positivo.

Como aspecto limitante a falta de mapas mais detalhados, com a localização exata das

principais destinações, no caso da possibilidade de o turista levar consigo o mapa. Também

foi identificada a necessidade de preparar os colaboradores do Posto com cursos de línguas

estrangeiras, principalmente o espanhol e o inglês, para o atendimento da demanda

estrangeira.

5.3 Departamento Administrativo/Financeiro

Responsável – Andressa Mianes

Período: 24/01/2008 a 10/02/2008.

Horas: 60.

5.3.1 Funções administrativas do Departamento

O Departamento Administrativo/Financeiro é responsável pelo pagamento das contas

efetuadas pela Fundação, pela emissão de cheques, pelo controle de aplicações e saldos. O

objetivo é coordenar a execução financeira da FITUR. Compreende também as atividades de

compras, contas a receber e a pagar.

Para efetuar as compras de materiais de consumo e permanentes e para contratação de

serviços de diversos tipos são necessários os procedimentos conforme preconiza a Lei

8666/93 que dispõe sobre Licitações e Contratos da Administração Pública.

Outras atribuições do Departamento:

• Prestação das contas públicas;

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• Repassar dados para o sistema de Auditoria de Contas Públicas (E-SFINGE)1 do Tribunal

de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC);

• Prestar informações ao Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Obras (E-

SFINGE-OBRAS)2 do TCE/SC;

• Execução dos balancetes mensais e do balanço anual;

• Previsão das despesas fixas mensais;

• Solicitação de verbas para pagamento das despesas fixas e extraordinárias através de

Memorando encaminhado a Prefeitura de Itajaí;

• Orçar e efetuar as compras e serviços necessários ao bom desempenho das atividades da

FITUR;

• Empenho e pagamento de compras e serviços realizados;

5.3.2 Infra-estrutura do Departamento

Considerando que no departamento são atendidas pessoas (fornecedores e contribuintes), as

instalações poderiam ser mais espaçosas, principalmente para proporcionar conforto a essas

pessoas, que poderão levar uma boa impressão do departamento.

Sua infra-estrutura é composta por:

• 02 mesas em formato “L” com 03 gavetas cada;

• 01 mesa de escritório com 03 gavetas;

• 03 cadeiras com rodinhas;

• 02 armários de 02 portas com chaves;

• 01 poltrona;

• 01 cofre;

• 02 telefones;

• 02 computadores;

• 01 impressora de formulário contínuo;

1 Banco de dados sobre notas de empenho, comprovantes de pagamentos, movimentação bancária, dados contáveis, etc., que objetivam a obtenção e a análise por meio eletrônico das informações mensais das Unidades Gestoras. 2 Sistema informatizado através do qual as Unidades Gestoras prestam informações via Internet e on line cadastrando as obras públicas, logo apos a conclusão do processo licitatório e registrando, periodicamente os eventos ocorridos e o andamento dos contratos, com o preenchimento de formulários disponibilizados nas telas do Sistema.

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• 01 ar-condicionado;

• 03 cestas de lixo;

• 01 banheiro.

5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no Departamento

a) Atividade de recepção

Atendimento às ligações internas e externas para realizar cotações orçamentárias,

utilizadas para aquisição de materiais, arquivamento de documentos, informações pertinentes

ao setor e recepção e encaminhamento do público em geral.

b) Cotação de preços

Conforme estabelecido pela Lei 8666/93, e para transparência nas contas públicas, são

confeccionados mínimo 03 orçamentos (com a verificação do menor preço) para a aquisição

de material de expediente para uso das Diretorias.

c) Solicitação de compras e serviços

Os produtos ou serviços constantes nos orçamentos são analisados, é emitida uma

comunicação interna a Superintendência para que a mesma autorize a aquisição. Autorizada a

compra ou serviço, é emitido o empenho através do sistema eletrônico para envio a Empresa

vencedora, a fim de entregar as mercadorias ou realizar a execução do serviço.

d) Processamento dos pagamentos

Após a confecção dos orçamentos e da autorização de compra/serviços, todos os dados

do fornecedor, razão social, valor do documento, é lançado no sistema para emissão do

cheque. Finalizando este processo o mesmo é anexado ao empenho e é aguardada a liberação

dos recursos pela Prefeitura de Itajaí (a Prefeitura libera os recursos até o dia 10 de cada mês).

Estando o valor disponível na conta corrente da Fundação os cheques são encaminhados ao

Superintendente para assinatura e pagamento dos fornecedores. Realizado o pagamento, é

realizado o lançamento na planilha e no sistema informatizado, no final de cada mês é

efetuada a conciliação bancária, se correspondente, os empenhos são encaminhados para

arquivo.

5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

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Em relação aos conhecimentos adquiridos destaca-se a verificação dos trâmites legais,

os procedimentos ocorridos em razão do Carnaval e dos eventos realizados na cidade.

O funcionamento do processo de compra e contratação de serviços na administração

pública, bem como o processo de arrecadação pública.

Verificou-se a importância do aprendizado obtido no conteúdo repassado nas

disciplinas de Contabilidade de Custos, Geral e Matemática Financeira, que auxiliaram na

compreensão das atividades executadas no Departamento Financeiro.

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas.

Como aspecto positivo destaca-se organização existente no setor, principalmente no

preenchimento dos documentos e arquivamento, pois ficam disponíveis para alguma auditoria

do Tribunal de Contas ou para simples conferência.

Nos aspectos limitantes a falta de conhecimento dos procedimentos administrativos

pelas outras Diretorias, o que acaba dificultando o funcionamento do Departamento.

Recomenda-se, como sugestão administrativa, a realização de reuniões com os

colaboradores, visando esclarecer os procedimentos orçamentários e o funcionamento da

máquina pública, esclarecendo processos licitatórios, compra precedidas de requisições,

aprovações e cotações de preços.

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6 ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS.

Realizar o estágio em uma repartição pública, especificamente na FITUR, foi

gratificante, pois os dados obtidos, a experiência adquirida trabalhando diariamente na

Fundação proporciona ao acadêmico a noção de como funcionam, na prática, o planejamento

e as ações na área de turismo em um município.

Os estagiários deixam sua parcela de contribuição à repartição, com os seus

conhecimentos acadêmicos, podendo sugerir e aplicar novos métodos na instituição escolhida.

Isto pode ser verificado no início do estágio, quando o Superintendente autoriza a entrada do

estagiário na instituição, acrescentando-se a receptividade dos colaboradores.

A demanda de serviços na fundação é composta por diversas atividades, que exigem

rapidez e dinamismo, principalmente na época da temporada de verão, porque a cidade

precisa estar preparada para receber os visitantes. Confeccionar ofícios, memorandos,

comunicação interna, enviar e receber fax e e-mail, atender o telefone, atender as pessoas que

procuram informações na Fundação, auxiliar o Superintendente, o Diretor e os demais

funcionários. Todas as atividades desde as mais complexas até as mais simples ajudaram no

processo de aprendizagem.

As diversas ações que foram executadas durante a temporada de verão e no carnaval, o

planejamento, a organização para deixar tudo perfeito para os turistas e os munícipes

usufruírem, foi outro ponto de destaque.

O estágio realizado nos setores da FITUR ajudou a aprimorar os conhecimentos

acadêmicos e a capacidade exploratória desenvolvida por meio da detalhada observação dos

setores, pontos positivos e suas limitações. Estas observações permitiram situações para

futuras mudanças e apresentou proposições de melhoras no processo de gestão pública.

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6.1 Pontos positivos:

Ao realizar o estágio em uma repartição pública, verificou-se como funcionam as

ações de planejamento turístico em um município na prática, através dos trabalhos realizados

na Fundação e do entrosamento e participação com os demais colaboradores. As ações

realizadas durante o carnaval e em toda a temporada de verão demonstraram o quanto é

complexa a forma para organizar uma cidade, para que haja satisfação dos visitantes.

Foi possível aprimorar os conhecimentos acadêmicos e colher dados sobre o espaço

rural em Itajaí, os projetos já existentes na área de turismo rural e poder compartilhar o

conhecimento com os colaboradores mais experientes da Fundação.

6.2 Pontos limitantes:

Apesar de todo engajamento dos colaboradores, muitos deles com pós graduação e até

mestrado na área de Turismo e Hotelaria, em alguns momentos faltam recursos financeiros,

como por exemplo para ajudar os colaboradores que trabalham nos dias de receptivo de

navios, que pagam almoço e lanche do próprio bolso, mesmo trabalhando nos finais de

semana ou feriados; como numa repartição pública as decisões dependem de pessoas com

cargos comissionados, que são ligadas a algum partido político, nem sempre as atitudes

tomadas são as melhores, pois algumas pessoas que ocupam tais cargos não possuem

conhecimento técnico suficiente, condizente com sua função.

Também percebe-se que algumas empresas da iniciativa privada não colaboram o

suficiente para que a administração pública possa de alguma maneira melhorar a destinação,

por exemplo, alguns hotéis quase recusam fornecer informações sobre a taxa de ocupação,

informação importante para conhecer a demanda existe no município.

6.3 Sugestões administrativas:

Como sugestões administrativas recomenda-se que haja mais reuniões com os

colaboradores, com o intuito de esclarecer os procedimentos e o funcionamento da máquina

pública, os detalhes dos processos licitatórios; sugere-se também uma reforma nas instalações

atuais, onde há falta de equipamentos, banheiros, parte da instalação telefônica é improvisada;

o envio de mais recursos financeiros à Fundação colaboraria em alguns procedimentos, tanto

no receptivo de navios, como na participação de colaboradores em exposições, feiras, etc.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Terminado o estágio supervisionado, percebe-se a maior preparação para as atividades

exercidas na gestão pública, várias atitudes e procedimentos foram adotados na Fundação,

absorvendo o conhecimento da realidade do mercado atual e a importância da qualidade na

prestação dos serviços, tudo foi assimilado e ajudará na preparação como futuro profissional

da área de turismo e hotelaria.

Os conhecimentos adquiridos foram valiosos, ao saber de todos os detalhes da política

de turismo público em Itajaí, percebeu-se que para haver desenvolvimento do turismo no

município é necessário o envolvimento da comunidade, da iniciativa privada e do governo, a

fim de realizarem ações conjuntas e transformar esta atividade numa alternativa para a

economia do município.

Foi possível empregar os conhecimentos teóricos estudados em sala de aula durante

vários momentos, nos diferentes Departamentos durante a realização do estágio. O estudo de

diversas disciplinas foi de vital importância, o conteúdo diversificado que abrange a área de

turismo é absolutamente necessário para a atuação na gestão pública.

As etapas do planejamento, desde a verificação dos objetivos até a execução das ações

foram assimiladas, e assim verificou-se como é complexo executar o que foi planejado, pois a

gestão pública depende também de decisões políticas, que limitam a eficácia das ações.

Vários projetos estão atualmente em fase de análise e aprovação, que geralmente dependem

de tramitação em outros órgãos públicos e causam lentidão para alcançar determinados

objetivos.

As atividades realizadas durante o estágio supervisionado ajudaram na capacitação do

acadêmico, atingindo os objetivos propostos desde o início do estágio. O planejamento no

Turismo Público a nível municipal, que depende de decisões políticas, leis e fundamentos

teóricos afins, é complexo, mas de extrema valia. Estas experiências compiladas puderam

identificar a viabilidade do potencial projeto de ação.

A presteza dos colaboradores na reunião de dados foi fundamental para a compilação

deste relatório e fundamentais para elucidar dúvidas observadas pelo acadêmico no decorrer

do estagio supervisionado.

O acadêmico percebeu, após a interação com os colaboradores, que há uma equipe

bem formada e focada em desenvolver as políticas públicas para promover o desenvolvimento

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sócio-econômico do município, melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e ter um município

bem preparado para receber os visitantes.

E por fim, foram identificadas situações de potenciais mudanças e para isso tornou-se

concreto a implantação do projeto de ação que visa fomentar ainda mais as políticas voltadas

ao turismo, desenvolvidas com grande competência pelos profissionais da FITUR.

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REFERÊNCIAS

CRUZ, R. C. Política de Turismo e Território, 2ª ed., São Paulo: Contexto, 2002.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Disponível em

<http://www.ibge.gov.br> Acesso em 8 de maio de 2008.

RUSCHMANN, Doris van de Meene. Turismo e planejamento sustentável: A proteção do

meio ambiente. 8 ed. Campinas, SP: Papirus, 2001.

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ASSESSORIAS TÉCNICAS

Responsável pelo Estágio: Prof. MSc Arno Minella.

Orientadora de conteúdo e metodologia: Profª. Drª Marlene Novaes Huebes.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

CRACHÁ UTILIZADO NO CARNAVAL DE ITAJAÍ - 2008

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APÊNDICE B

CRACHÁ UTILIZADO NO RECEPTIVO DE NAVIOS - 2008

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ANEXOS

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ANEXO G

Lei n° 2429, de 19 de dezembro de 1988.

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ANEXO H

Lei n° 3604, de 20 de abril de 2001.

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ANEXO I

Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2007.

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ANEXO J

Lei nº8666, de 21 de junho de 1993.

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ANEXO L

Lei Complementar nº 1, de 18 de dezembro de 1992.

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ANEXO M

Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977.

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ANEXO N

Carta de Autorização de Estágio.

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ANEXO O

Termo de Compromisso de Estágio.

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ANEXO P

Programa de Estágio

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ANEXO Q

Controle de Carga Horário em Estágio.

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ANEXO R

Avaliação do Estágio Supervisionado.

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ANEXO S

Declaração de Estágio.