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Tweet COMENTÁRIOS 31.930 Visualizações Por Maria Luciana Rincón 23 jun 2015 18h 26 BIZARRO Espantese com outras 4 curiosidades sinistras sobre canibalismo Não existem dúvidas de que o canibalismo é um assunto extremamente polêmico, e aqui no Mega Curioso mesmo já falamos a respeito de algumas curiosidades sinistras sobre ele em uma de nossas matérias. Por outro lado, justamente por essa prática ser considerado tabu pela maioria das culturas, o assunto também desperta o fascínio de muita gente. Segundo Phil Edwards do portal Vox, há anos que historiadores, antropólogos e outros cientistas vêm estudando o canibalismo para tentar entender o motivo de ele ser praticado, quem pode ser afetado por ele, e quando ele ocorre. E a seguir você poderá descobrir mais curiosidades sinistras e surpreendentes relacionadas com essa prática: 1 – Origem do termo 2

Espante-se Com Outras 4 Curiosidades Sinistras Sobre Canibalismo - Mega Curioso

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Por Maria Luciana Rincón 23 jun 2015  18h 26

BIZARRO

Espantese com outras 4 curiosidadessinistras sobre canibalismo

Não existem dúvidas de que ocanibalismo é um assuntoextremamente polêmico, e aqui

no Mega Curioso mesmo já falamos arespeito de algumas curiosidades sinistrassobre ele em uma de nossas matérias. Por

outro lado, justamente por essa prática ser considerado tabu pela maioria dasculturas, o assunto também desperta o fascínio de muita gente.

Segundo Phil Edwards do portal Vox, há anos que historiadores, antropólogos eoutros cientistas vêm estudando o canibalismo para tentar entender o motivo de eleser praticado, quem pode ser afetado por ele, e quando ele ocorre. E a seguir vocêpoderá descobrir mais curiosidades sinistras e surpreendentes relacionadas comessa prática:

1 – Origem do termo

2

De acordo com Phil, o termo “canibal” é derivado do nome “caníbales” — que foicomo os conquistadores espanhóis chamaram os caribes, povos que habitavam asPequenas Antilhas, quando chegaram por lá. Pois, segundo os europeus, osindígenas devoravam os corpos de seus inimigos ritualmente, e existe um pouco decontrovérsia a respeito dessa história.

Alguns pesquisadores acreditam que os caribes não eram canibais, mas, como elesestavam em constante batalha contra colonizadores de vários países europeus, orumor teria sido espalhado pelos espanhóis para criar medo entre osconquistadores “concorrentes”. Por outro lado, existem evidências de que oscaribes guardavam partes dos corpos dos inimigos como troféus de guerra,portanto, o canibalismo não pode ser completamente descartado.

2 – Hoje eu, amanhã você

Segundo Phil, um dos registros históricos mais antigos sobre o canibalismo data dofinal do século 16, e descreve as práticas do povo Tupi — aqui do Brasil. De acordocom o documento, a prática de devorar os corpos de integrantes de tribos rivais erauma tradição que havia sido transmitida através de várias gerações, e muitas vezesos indígenas conviviam com os cativos durante vários meses antes de devorálos.

E durante esse tempo juntos, tanto os prisioneiros como “anfitriões” cantavammúsicas nas quais lançavam provocações e ameaças sobre o futuro banquete. Oconteúdo das provocações geralmente se referia ao fato de que, assim como ocativo seria devorado pelos membros da tribo, em outra ocasião o contrário tambémpoderia acontecer. Tipo: um dia da caça e outro do caçador, sabe?

3 – Seleção natural

A maioria de nós está programada para se contra o canibalismo, e existem razõesbiológicas para isso. Conforme comentamos na nossa matéria anterior sobre ocanibalismo, devorar outros seres humanos, especialmente o cérebro, podeprovocar o kuru.

Essa doença é semelhante à doença da vaca louca e ocorre como resultado datransmissão dos príons, proteínas presentes no cérebro dos doentes capazes deinteragir com o material genético dos infectados. O kuru não tem cura e os primeirossintomas são fortes tremores pelo corpo — e acabam com a morte.

A doença foi identificada pela primeira vez na década de 50 entre os integrantes datribo Fore, de Papua Nova Guiné. Um dos costumes dos integrantes dessacomunidade é o devorar os corpos de seus parentes mortos para limpar seusespíritos e, em decorrência disso, milhares contraíram o kuru e acabaram morrendo— e infectando mais membros da tribo.

No entanto, nos últimos 200 anos, alguns indivíduos da comunidade desenvolveramuma mutação genética que previne que eles contraiam o kuru. Isso significa que opovo Fore começou a se adaptar geneticamente — através da seleção natural —para praticar o canibalismo. Entretanto, nos últimos anos ocorreram váriasmudanças sociais e políticas no país, e a prática de devorar os corpos de familiaresmortos está entrando em declínio.

4 – Medidas desesperadas

É praticamente inevitável pensar sobre o canibalismo e não sentir um arrepio naespinha e se lembrar de histórias macabras que ouvimos por aí. Contudo, éimportante ter em mente que existem povos que praticam o canibalismo como partede sua cultura — como a tribo Fore, que descrevemos acima —, assim como emdeterminadas circunstâncias, pessoas foram forçadas a se render a ele parasobreviver.

Nesses casos, os antropólogos argumentam que o termo mais adequado seria“antropofagismo” — em vez de “canibalismo” —, já que não se trata de umaquestão de hábito alimentar, mas sim de necessidade. E existem diversos casosfamosos ao longo da Históriade indivíduos que, em momentos de desespero,tiveram que saciar a fome comendo outros humanos.

Um desses casos é o dos sobreviventes do voo 571 da Força Aérea Uruguaia quecaiu nos Andes em 1972. A aeronave transportava 45 passageiros, e os quesobreviveram à queda e às condições extremas do local, tiveram que se alimentarda carne dos companheiros mortos para sobreviver aos mais de dois meses que sepassaram até que eles fossem resgatados.

Local do acidente do voo 571 da Força Aérea Uruguaia

Outro caso famoso é o da Expedição Donner, cujos integrantes ficaram presos pelaneve nas montanhas de Serra Nevada nos EUA — localizada entre a Califórnia e oEstado de Nevada — durante quase quatro meses. Tudo aconteceu em 1846, e ogrupo era composto originalmente por 87 pessoas.

Depois de ficarem sem comida, os viajantes passaram a se alimentar dos ossosfervidos de animais e até de um cão de estimação, mas tiveram que começar acomer a carne dos que foram morrendo. Apenas 46 pessoas do grupo originalsobreviveram à tragédia.

FONTE(S)  Phil Edwards/Vox

IMAGENS  Vox   Wikipedia 1   Wikipedia 2   History.org  Wikipedia

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Representação da Expedição Donner