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002 | MAIO 2015 | R$20,00 Especial mulher Confira o ensaio com Fernanda Tavares, os lançamentos de moda, as novidades na cena do design e muito mais ENTREVISTA philippe starck PERFIL wagner resende PROJETO jacobsen arquitetura ARTE miró

Especial Mulher

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Confira o ensaio com Fernanda Tavares, os lançamentos de moda, as novidades na cena do design e muito mais.

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002 | MAIO 2015 | R$20,00

EspecialmulherConfi ra o ensaio com Fernanda Tavares, os lançamentos de moda, as novidades na cena do design e muito mais

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ENTREVISTA philippe starck PERFIL wagner resende PROJETO jacobsen arquitetura ARTE miró

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Nosso papel

LUCIANO RIBEIRO

Por que lançar mais uma revista no mercado? Em um mundo cada vez mais digital, faz sentido investir em papel? Pode, uma publicação impressa, ter a mesma repercussão que blogs, sites e mídias sociais? A segun-da edição de Made to Live, que chega agora às suas mãos, tenta, de certa forma, responder essas perguntas. À primeira questão, diria que vale a pena, sim, lançar uma revista desde que ela seja impecável na embalagem e no conteúdo – por isso Made é impressa na melhor grá-fi ca do País e conta com os mais competentes profi ssio-nais. Acredito também que compensa investir em papel porque revistas continuam sendo uma ótima maneira de se criar uma marca. Quanto à repercussão, difícil comparar um post visto por um milhão de pessoas a uma edição que passa na mão de menos de 100 mil. Mas se o blog faz a venda imediata, a revista ajuda no posiciona-mento da marca. São mídias diferentes e complementa-res. Com intenção de entregar uma publicação relevante, e atemporal, mostramos aqui desde uma entrevista com Philippe Starck feita pelo também designer Brunno Jahara, em Milão, até um ensaio de moda com Fernanda Tavares, idealizado por Flavia Pommianosky. Confi ra.

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C O L A B O R A D O R E SC O L A B O R A D O R E S

Brunno JaharaDESIGNER

Um dos mais promissores designers da nova geração, o carioca se divide em dois estúdios, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, onde cria mobiliários que exploram o sentido e provocam refl exão. No Salão do Móvel de Milão, em abril, ele foi um dos brasileiros que mais apresentaram projetos. Ainda assim, conseguiu arrumar um tempinho para entrevistar, com exclusividade para Made, o mestre francês Philippe Starck.

Claudia JordãoJORNALISTA

Com mais de 15 anos de estrada, ela já trabalhou na IstoÉ e na Veja São Paulo, entre outros. Há três anos, em busca de qualidade de vida e mais tempo com o fi lho, Francisco, trocou a rotina das redações pela vida de freelancer. Colabora para publicações diversas, cobrindo do que mais gosta: gente, moda, design, tendências e comportamento. Nesta edição, escreveu sobre a hospedagem Locanda di Doris, na Itália, e sobre o espaço Tofi q House.

Maguy EtlinESTILISTA

Radicada no Brasil há 20 anos, a francesa se diz apaixonada por absolutamente tudo no País. Jet-setter fervorosa e devoradora de sites e blogs de temáticas variadas, ela difi cilmente fi ca por fora das tendências do momento e dos lançamentos mais incríveis que pipocam nos quatro cantos do globo. Teria alguém melhor para fazer a curadoria de peças da seção Design de Made? A partir deste número, ela é nossa colunista ofi cial.

Ricardo GaiosoJORNALISTA

À frente da agência de comunicação Timbre, o diretor criativo é especialista em comportamento e tendência de consumo ligados ao universo do design – elemento usado por ele como ponto de partida para exposições, instalações artísticas e campanhas. Colaborador das publicações Flair Austria, H.O.M.E. Alemanha, AD France, Ricardo entrevista Humberto Campana para este número de Made.

Fabio BarteltFOTÓGRAFO

Um dos principais fotógrafos do País em atuação no segmento fashion, Fabio tem no portfólio inúmeras campanhas publicitárias e editoriais de revistas. Em 2011, ganhou o Prêmio Abril de Jornalismo por uma capa da Elle. Entre as celebridades já clicadas por ele estão Gisele Bündchen, Grazi Massafera e Fernanda Lima. Nesta edição de Made, fotografou o ensaio com a modelo Fernanda Tavares.

Flavia PommianoskyFASHION ST YLIST

Há mais de 20 anos colaborando para revistas, marcas e agências de publicidade, Flavia e Davi Ramos são dois dos nomes mais respeitados quando o assunto é construção de imagem de moda. Dupla inseparável, eles apresentam sempre editoriais impecáveis. “Nosso maior prazer é pensar em pautas e elaborar cada detalhe com uma equipe afi nada”, pontua ela. Nesta Made, eles assinam a edição de moda.

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R E V I S TA M A D E . C O M . B R

A Made to Live é uma publicação da Ferrari Edições.CNPJ 16.515.002/0001-53

A Made to Live não se responsabiliza pelos conceitos

emitidos nos artigos assinados. As pessoas que não constam

no expediente da revista não têm autorização para falar em

nome da Made to Live ou retirar qualquer tipo de material

para produção de editorial caso não tenham em seu poder

uma carta atualizada e datada, em papel timbrado, assinada

por um integrante que conste no expediente.

C O N C E P Ç Ã O E D I T O R I A L

P U B L I S H E R SLili Carneiro [email protected] Ribeiro [email protected]

P R O J E T O G R Á F I C OZé Renato Maia zrmaia.com.br

E D I T O R AFlora Monteiro fl [email protected]

P R O D U Ç Ã O E X E C U T I VABianca Nunes [email protected]

E D I T O R D E A R T E C O N V I DA D OAlex Vargas Cassalho

E S TA G I Á R I A SIsabela Giugno [email protected]ís Franklin [email protected] Sung [email protected]

R E V I S Ã OLuciana Sanches

C O L A B O R A D O R E SAdriana NazarianBrunno JaharaClaudia FidelisClaudia JordãoEduardo SimõesFabio BarteltFlavia PommianoskyFrederic JeanGabriela LongmanJoana DaleJoão BertholiniLeonardo FinottiLívia BrevesMaguy EtlinManu OristanioMarcelo KatsukiMarcus Vinícius YamadaMaria Fernanda TembraPedro KokPriscila SakagamiRicardo Gaioso Rony RodriguesValentino FialdiniVictor Aff aro

E D I T O R A F E R R A R I

D I R E T O R E X E C U T I V ORodrigo Ferrari [email protected]

E X E C U T I VA S D E C O N TA SAdriana Rodrigues [email protected] Madalosso [email protected] Junqueira [email protected] Pujol [email protected]

C O O R D E N A D O R A C O M E R C I A LMiriam Elias [email protected]

M A R K E T I N G

G E R E N T E D E M A R K E T I N GGéssica Romanini [email protected]

A N A L I S TA D E M A R K E T I N GVictor Batista [email protected]

E S TA G I Á R I AJúlia Queiroz [email protected]

M A I L I N GMariana Cardoso [email protected]

F I N A N C E I R ORose Silva [email protected]

PA R A A N U N C I A [email protected] 11 3286 0202

PA R A A S S I N A [email protected]

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D I S T R I B U I Ç Ã O M A I L I N GTreelog

FA C E B O O KFacebook/revistamade

I N S TA G R A MInstagram@revistamade

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R E V I S TA M A D E . C O M . B R

E N T R E V I S TA024 |Mão na massaO designer Brunno Jahara entrevista Philippe Starck sobre a inauguração da TOG, em SP

P E R F I L094 |O eleitoConheça a trajetória de Wagner Resende, chef do Parigi Bistrot, a nova casa do Grupo Fasano

G A S T R O N O M I A098 |Ice, ice, baby!Pedras de gelo com formatos e tamanhos variados para incrementar qualquer drink

D E S T I N O060 |Dolce far nienteConheça a Locanda di Doris, na Itália, a pousada de Doris Sochaczewski e Valentino Fialdini

V I T R I N E D E S I G N052 |Garimpo criativoVeja quais são as peças de design mais cool do momento na seleção feita por Maguy Etlin

A R T E048 |Casa de criaçãoA Tofi q House sedia festas e eventos badalados do segmento artístico paulistano

E N T R E V I S TA054 |Campana para todos?Humberto Campana fala sobre a nova linha de mobiliários em parceria com a marca A Lot Of

E N S A I O072 |Mulher autênticaA modelo Fernanda Tavares veste os looks mais quentes da temporada

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A R T E140 |Joan Miró em cenaO artista espanhol ganha megaexposição no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo

P E N S ATA144 |À fl or da peleA dermatologista Maria Fernanda Tembra lista os truques para uma aparência natural

M O T O R126 |Lorde hi-techConheça a segunda geração do Jaguar XF, o modelo mais moderno da marca inglesa

D E S T I N O116 |Caminho das ÍndiasFabiana Pastore revela o que há de mais encantador na Índia

P R O J E T O130 |Certo, por linhas tortasO Jacobsen Arquitetura assina o projeto de uma casa de campo no interior paulista

C E S TA B Á S I C A124 |Partiu St. BarthMaythe Birman revela os itens que não podem faltar em sua bagagem

P R O J E T O102 |Harmonia arquitetônicaO FCStudio desenha o projeto de arquitetura e de interiores de apartamento em São Paulo

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No dia 21 de maio, o designer francês Philippe Starck desembarca na capital paulista para a abertura da primeira loja conceito da TOG, marca brasileira que criou em parceria com o grupo Grendene e os empresários André Esteves, Alexandre Allard e Nizan Guanaes. Com projeto da Triptyque, a concept store TOG vai concentrar mobiliários e objetos acessíveis, com forte pegada criativa. A intenção dos sócios é democratizar o design. “A ideia principal da empresa é tentar resolver um paradoxo: somos cada vez mais pessoas e temos cada vez menos dinheiro. Precisamos de produção em massa”, diz Starck. Confi ra, a seguir, a entrevista que ele concedeu ao designer carioca Brunno Jahara.

A convite de Made to Live, o carioca Brunno Jahara conversou com Philippe Starck durante o Salão do Móvel de Milão sobre sustentabilidade, criatividade, o futuro do design nacional e a nova loja que o francês abre este mês em São Paulo

POR | Brunno Jahara

MÃO NA MASSA

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Como você vê o design brasileiro? Acho que há um grande potencial de criatividade no País, porque é um povo bom, divertido e muito livre. Mas parece que muitos designers continuam a tradi-ção de móveis de madeira, com um pouco de infl u-ência do que foi criado em Milão na década de 1960, um pouco da Escandinávia, e não vejo tanta evolução. Não há ninguém quebrando as barreiras do design tradicional. Isso vai acontecer, mas, quanto antes, melhor. Vemos na feira de Milão muitos brasileiros, mais do que pessoas de qualquer outra nacionalidade. Isso signifi ca que vocês estão interessados em design e que querem algo novo, alegre, brilhante.

O que o Brasil pode agregar em termos de design? E o que o precisa aprender com outros países?Aprender com outros países? Nada. Apenas aprender com a vida e a civilização que criatividade é o maior bem e um dever. E brasileiros, chineses, japoneses, franceses, todos precisam trabalhar mais para pensar fora da caixa. O designer transforma uma ideia em objeto, como um alquimista que pode criar qualquer coisa. Você desenvolve um formato e surge, por exem-

plo, uma cadeira. Tudo é possível. Você acha que podemos fazer qualquer coisa? Quais são os limites deste mundo material?Algumas pessoas dizem que o céu é o limite, mas não é verdade. Seus sonhos e suas ambições são o limite. Não há limite, exceto a ética. Sempre tente fazer pro-dutos honestos, tente usar mais materiais recicláveis, nunca trabalhe em algo ruim para as pessoas, como bebidas alcoólicas, tabaco e jogos. E é isso. Você cria sua própria ética e deve ser fi el a ela. Esse é o limite. Fora isso, não se deve respeitar ou seguir regras.

Atualmente, a sustentabilidade é um assunto muito discutido. Como produzir objetos sustentáveis num mercado destinado à massifi cação?É necessário criar coisas com qualidade para ter lon-gevidade, para que elas não saiam de moda, para que durem. Não se deve comprar para si mesmo, mas sim para seus fi lhos. Quando algo pode ser usado por 20,

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Em equipe—Ao lado, time de designers da TOG. Na página seguinte, em sentido horário, Jahara e Starck durante a entrevista em Milão, cadeira Alu Betty, de Antonio Citterio, caixa Pays Sage, de Ambroise Maggiar, e cadeira Maria Maria, de Starck. Na dupla de abertura, retrato do designer francês, que, em breve, estará no Brasil para o lançamento da loja da TOG

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30 anos, o material não importa. O problema é usar um material que precisa ser jogado fora a cada seis meses. Precisamos inventar o que chamo de descres-cimento positivo. Vou descrescer, consumir menos, mas continuarei criando.

Qual será o papel do designer no futuro? Já esta-mos no futuro?Designers precisam se lembrar de que não é neces-sário testar, sempre, uma solução materialista. É preciso usar seu conhecimento para solucionar uma necessidade, mas com atenção ao mundo moderno, que não tolera mais tanto desperdício.

A TOG, sua marca criada em parceria com a Gren-dene e os empresários Alexandre Allard, André Esteves e Nizan Guanaes, abre a primeira loja física em maio, em São Paulo. Ela causa enorme burburi-nho não somente por envolver o seu nome, mas tam-bém pelo caráter inovador da produção das peças. O que a marca tem de mais revolucionário?A estrutura é inovadora. A ideia principal da empresa é tentar resolver um paradoxo: somos cada vez mais pessoas e temos cada vez menos dinheiro. Precisamos de produção em massa. Somente ela pode melho-rar a qualidade, baixar os preços e tornar as coisas acessíveis. A dúvida que resta diante deste cenário é: como ter um produto exclusivo? Ninguém conseguiu encontrar essa resposta, exceto a TOG. A marca é a primeira proposta séria para conciliar dois mundos opostos: o do cérebro, com computador, engenharia, ferramentas, injeção e multiplicação, e o da arte, com intuição, fantasia e exclusividade. Atualmente, é fácil encontrar peças produzidas em massa, mas achar algo único é muito difícil e caro. Trabalhamos em todos os ângulos desse problema e encontramos o cami-nho para oferecer produtos baratos, mas exclusivos. Temos cinco etapas de personalização. É possível escolher a cor do assento, das costas, o formato e o material sem encarecer o produto fi nal.

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Mobília—Acima, banco Figure, de Sam Hecht e Kim Colin e, abaixo, cadeira Rita Veld, de Starck. À direita, croqui da loja em São Paulo, projetada pela Triptyque. Na página seguinte, o designer com a peça Joa Sekoya

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É como se a pessoa pudesse desenvolver o seu próprio móvel e sentir que está criando?Ela está criando. E não paramos por aí. Estamos estudando meios para oferecer as peças por sistema de impressão 3D de código aberto. Ou seja, devemos apre-sentar, no ano que vem, móveis que poderão ser impres-sos em casa por qualquer pessoa [com uma impressora 3D]. É por isso que acho que a TOG explorou todas as possibilidades para ser a melhor no setor.

A loja conceito da TOG poderia ser inaugurada em qualquer cidade do mundo. Por que escolhe-ram abrir o espaço físico em São Paulo?Porque a TOG é uma empresa brasileira e temos orgu-lho disso. Acreditamos na energia e na criatividade do País e esperamos ter, em breve, um designer do Brasil no time de criadores da marca. Não existe nada mais lógico, mas ainda estamos em busca da pessoa ideal. Como a TOG é um conceito totalmente novo, acho interessante começar no Brasil, que é mais aberto e divertido.

Você tem planos ou projetos futuros que gostaria de compartilhar? Estamos terminando o maior barco particular da história da humanidade. E ainda trabalhando em um veículo elétrico, em diversos produtos elétricos conectados, novos móveis, perfumes, sapatos etc.

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“Acho que há um grande potencial de criatividade no País, porque é um povo bom, divertido e muito livre. Mas parece que muitos designers continuam a tradição de móveis de madeira”

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Sinta-se em casa

Foi em Santa Teresa que a fo-tógrafa Anna Kahn encontrou o lugar perfeito para abrir a Villa Sophia, um espaço que funciona como residência artística e hos-pedagem. Em suas andanças pelo bairro, achou duas casas gemi-nadas com fachada art déco e se apaixonou. Chamou a arquiteta Bel Lobo (retrato) para transfor-mar as moradas em uma só, criar três estúdios com vida própria – todos têm banheiro, minicozinha e lounge –, uma sala de estar com dez janelões, um jardim interno e ainda ambientar tudo. “Por fora, a casa é preservada, não pude-mos mexer, mas, na área interna, obtivemos a licença para alterar o desenho original. Derrubamos paredes e tornamos os ambientes maiores. E o pavimento inferior, onde fi cava o porão, virou uma segunda casinha com um jardim”, conta Anna, que teve a mão de Bel também na decoração. Os móveis vintage são todos da coleção particular da arquiteta e do marido, Bob Neri. São peças emprestadas, que vão passar um tempo sob os cuidados de Anna. – Lívia Breves

Villa Sophia, Rua Áurea, 107, Santa Teresa, Rio de Janeiro T 21 98686 1968

Com projeto da arquiteta Bel Lobo, a recém-inaugurada Villa Sophia, no Rio de Janeiro, recebe hóspedes e residências artísticas

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Amigos de longa data, os paulistanos Eduar-do Carneiro e João Luis Tavares tinham mais em comum do que o gosto pelo empreende-dorismo. Apaixonada por design e arquite-tura, a dupla resolveu fazer do interesse um business. Foram até o Mato Grosso desbravar madeireiras – certifi cadas, é claro – atrás dos mais belos troncos naturais da região. Das viagens mensais para o Centro-Oeste, o duo volta carregado de toras rústicas que se transformam em bancos, mesas, banquetas e itens de décor, como champanheiras, vasos e bandejas, tudo com a chancela Floresta Urbana. As peças podem ser adquiridas sob encomenda no perfi l on-line da marca @fl orestaurbana. – Lili Carneiro

Comemorando 20 anos de even-to, a Maison&Objet, trade show de design com sede em Paris, faz a primeira edição em Miami. De 12 a 15 de maio, mais de 200 exposito-res vão apresentar novidades em móveis, iluminação, louças e objetos de decoração. Para estimular a pro-dução nacional, o comitê parisiense, com auxílio da curadoria da Velvet Design, incluiu designers brasilei-ros no circuito, como Leo Capote e Zanini de Zanine. “Selecionamos talentos jovens, mas promissores. A feira é uma oportunidade para eles exporem trabalhos e fazerem networking. É uma troca muito rica”, comenta Roberta Queiroz, da Velvet. – Laís Franklin

Madeira e Design

Versão americana

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O nível de requinte do lançamento Tourbillon Cylindrique Geosphères Vasco da Gama, da Montblanc, é tanto que a parte de trás da peça, toda de ouro rosé, ganhou um par de globos que retratam 24 fusos horários do mundo. Com mostrador arredondado de ouro 18 quilates, caixa de 47 mm de diâmetro e pul-seira de couro de crocodilo, a edição tem apenas 18 unidades, todas feitas à mão pelos artesãos da grife, em Villeret, na Suíça. – Adriana Nazarian

Minutos preciosos

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A Wallcovering acaba de incluir uma nova coleção de papéis de parede no portfólio. Batizada de Audacity, a linha é lançamento da marca belga Concordia Textiles e con-templa produtos de cores, padrões, texturas e materiais variados. Ideais para conferir um ar colorido, jovem e moderno ao ambiente. – Isabela Giugno

Contra a parede

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Som, em alto e bom tom

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Instalado no distrito de Toranomon, em Tóquio, desde 1962, o preciosíssi-mo Hotel Okura é o símbolo da nova e inusitada campanha lançada pela Bottega Veneta. Queridinho do visio-nário Tomas Maier, diretor criativo da marca italiana, o espaço passará por uma grande reforma ainda neste ano, em ação que pretende incentivar a preservação da arquitetura mo-dernista japonesa. “O Japão abriga obras maravilhosas, e é crucial que estimulemos a preservação dessas construções. Só assim será possível passar essa herança cultural para as gerações futuras”, afi rma Tomas. Para isso, todos que estiverem de passagem pelas terras nipônicas serão incentivados a clicar uma foto dentro do hotel e compartilhar no Instagram com a hashtag #Mymo-mentatOkura. – Isabela Giugno

Joia nipônica

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A comida brasileira é protagonista no Puro, recém--aberto restaurante que já está dando o que falar entre os cariocas. É a primeira casa autoral de Pedro Siqueira, chef paulistano com passagens pelo Taillevent, em Paris, e D.O.M, em São Paulo. “Quero fazer o simples, uma cozinha que resgata o lado afetivo das receitas e que privilegie a pureza dos ingredientes. Sirvo alho-poró com raiz, batata-baroa com casca. Tento ser o mais orgânico e sustentável possível”, explica ele. O cardápio sazonal des-taca clássicos que marcaram a infância de Pedro, como o bolinho de arroz carreteiro e matambre braseado com abóbora caramelada. O projeto arquitetônico, assinado por Ligia Cury, tem um janelão de vidro aberto para o verde do Jardim Botânico. – Joana Dale

Beleza pura

purorestaurante.com.br

Projetada pelo designer dinamarquês Øivind Alexander Slaatto, a caixa de som BeoPlay A9, da Bang & Olufsen, ganha nova versão com detalhes de ouro rosa. É a linha Love Aff air, edição limitada em come-moração aos 90 anos da marca, que também apresenta releitura de outros seis produtos, entre eles a recém lançada BeoVision Avant 85” e a solução integrada BeaVision 11-46” – Laís Franklin

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Lançado neste mês, o edifício Huma Itaim tem 24 andares e 58 aparta-mentos cujas plantas variam entre 44 e 139 metros quadrados. O projeto, elaborado pelo escritório UNA Arqui-tetos, emprega o uso abundante de madeira, concreto e vidro para possibi-litar maior incidência de luz natural no interior das unidades. Já o paisagismo é assinado por Sergio Santana e inspi-rado nos pocket parks nova-iorquinos. O prédio ainda faz uma gentileza ao entorno, oferecendo, no térreo, uma praça aberta para a rua. Para fechar com chave de ouro, as áreas co-muns, como espaço gourmet, café e academia, são decorados pelo Triplex Arquitetura. – Isabela Giugno

Verticalizando

huma.net.br

Fãs da Ralph Lauren já podem comemorar: a primeira butique da marca no Brasil acaba de abrir as portas no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. Com 850 metros quadrados, a loja foi inspirada na arquitetura dos grandes ranchos residenciais brasileiros. Não à toa, a fachada traz arcos de pedra, gesso branco e duas enormes fontes de água. Entre os lançamentos estão coleções femininas e masculinas, acessórios e artigos de couro, cal-çados, relojoaria, além da linha de produtos para casa. - Laís Franklin

Muito além da polo

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O brasileiro studio mk27 é o mais novo integrante do Inspiration and Process in Architecture, série especial de ca-dernos lançada pela marca Moleskine. Para o projeto, dedicado a nomes da arquitetura contemporânea, Marcio Kogan abriu as portas de seu escri-tório durante dez dias e permitiu que toda a rotina da equipe, incluindo reu-niões, realização de obras e eventos, fosse registrada. O produto fi nal é um diário cujas páginas são estampadas por croquis, desenhos, fotos e textos que relatam todo o processo criativo do time. “Com tom voyeurístico, mos-tramos que o cotidiano dos arquitetos é muito mais que desenhar, já que a concepção dos projetos só ocupa 5% do nosso tempo. Os 95% restantes são tarefas intermináveis que realizamos para gerar um sonho”, revela Kogan. – Isabela Giugno

Volume arquitetônico

livrariacultura.com.br

Com um visual supercharmoso, as bicicletas Foff a, que fazem o maior sucesso em Londres, acabam de chegar ao Brasil. Para circular por trajetos urbanos, invista no modelo Single Speed (foto), que combina design dos anos 1920 com tecnologia de ponta. Para percursos em terre-nos montanhosos, aposte na Urban, munida de para-lama e ganchos para bagageiro. Delicada e clássica, a Iris é a sugestão para passeios pelo campo. Basta escolher seu modelo no site e sair pedalando por aí. – Isabela Giugno

Design sobre rodas

foff abikes.com.br

A Lolitta, grife de sucesso entre as fashionistas paulistanas, acaba de inaugurar uma fl agship store no Shopping Iguatemi de São Paulo. Com a identidade visual totalmente reformulada pelo estúdio de design Amarelo, a loja, projetada pela arqui-teta Carolina Maluhy, traduz a femini-lidade e a sofi sticação das peças assinadas pela estilista Lolita Hannud (foto). Nas araras do endereço já está a coleção de inverno 2015. Inspirada no Antigo Egito, a linha explora formas retas e geométricas, além de mesclar texturas e tramas em saias, vestidos, calças, blusas e casacos de tricô. – Isabela Giugno

De casa nova

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Direto dos ateliês franceses para o salão do Museu de Arte Brasileira, da Faap, os artesãos responsáveis por assinar as icônicas criações da Her-mès desembarcam no Brasil em maio para uma mostra inusitada. Durante os dez dias de exposição, os profi s-sionais fabricarão selas, taças, lenços e as eternas Birkin bags, que são a marca registrada da grife. E o melhor: todo o processo acontecerá sob os olhares curiosos dos visitantes. Quem passar pela mostra, que fez suces-so na Tailândia e chega à Áustria em julho, poderá, além de observar, interagir e conversar com os artistas. Imperdível, a exibição será ambien-tada em um cenário concebido pela designer milanesa Paola Navone. Já a trilha sonora fi ca a cargo do barulho frenético das ferramentas usadas pelos artesãos. – Isabela Giugno

Luxo artesanal

faap.br/museu

Fornada

[email protected]

Não há dieta low carb que resista a uma fornada de pães quentinhos preparados artesanalmente por Izabela Tavares. Fei-tos com ingredientes fresquíssimos como trigo sarraceno, alecrim, centeio, sal rosa do Himalaia e castanhas, essas delícias são a mais nova empreitada da modelo. Formada em gastronomia pela Anhembi Morumbi, ela sempre quis produzir seu próprio fermento natural e, após ganhar um livro de culinária, decidiu colocar a mão na massa, literalmente. “Nunca pensei em virar padeira, mas comecei a assar os pães na cozinha da minha casa e resolvi fotografá-los para publi-car no Instagram. Fez o maior sucesso!”, comemora. Vira e mexe, as gostosuras pipocam, carregadas de elogios, nas redes sociais de gourmands paulistanos. Se você aderiu à onda do healthy lifestyle, não se desespere: os pãezinhos caseiros são menos calóricos e mil vezes mais sa-borosos. Encomende por e-mail – e coma sem moderação. – Isabela Giugno

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POR | Laís Franklin

PEÇA ÚNICAMade pinçou os lançamentos mais quentes da temporada. Confi ra, a seguir, roupas, acessórios, joias e gadgets que não podem fi car de fora da sua wish list

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Desejo concretocasaco Diane von Furstenberg dvf.com;

bolsa Dolce&Gabbana dolcegabbana.com; bracelete Chanel chanel.com.br; chapéu Burberry burberry.com; sandália Jimmy Choo jimmychoo.com; bolsa Prada prada.com;

velas Hermès hermes.com; brinco Dior dior.com

Em altafl at Louis Vuitton louisvuitton.com; óculos Fendi fendi.

com; brinco Mauricio Monteiro mauriciomonteirojoias.com.br; bolsa Coach brazil.coach.com; sofá Carbono Design

carbonodesign.com.br; bolsa Valentino valentino.com

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Tudo bluebracelete Montblanc montblanc.com; cinto Tod’s tods.com;

relógio Rolex rolex.com; blazer Ricardo Almeida ricardoalmeida.com.br; bolsa Burberry burberry.com; gravata Ricardo Almeida

ricardoalmeida.com.br; sapato Burberry burberry.com

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Estilo fi nofone Bang & Olufsen bang-olufsen.com;

carteira Prada prada.com.br; relógio Jaeger-LeCoultre jaeger-lecoultre.com; relógio Panerai panerai.com; bolsa Gucci gucci.

com; caneta Montblanc montblanc.com; jaqueta Brunello Cucinelli brunellocucinelli.com

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Back to blackmochila Prada prada.com.br; blazer Burberry burberry.com;

relógio Vacheron Constantin vacheron-constantin.com; sapato Tod’s tods.com; bolsa Dolce&Gabbana dolcegabbana.com;

caixa acústica Bang & Olufsen bang-olufsen.com

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Objeto de desejobolsa Tod’s tods.com; sapato Tod’s tods.com; bolsa Longchamp longchamp.com; calça Ricardo Almeida

ricardoalmeida.com.br; jaqueta Coach brazil.coach.com; relógio Rolex rolex.com; cinto Gucci gucci.com; tênis

Ermenegildo Zegna zegna.com

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Inspirada na Brody House – um mix de clube de arte, ateliês e hotel butique, em Budapeste –, a Tofi q House funciona, desde agosto de 2013, na rua Gro-enlândia, em São Paulo. Fundada pelo engenheiro belga radicado no Brasil Nicolas Keutgen, a casa, no entanto, vem ganhando fama desde o ano passado quando passou a receber festas e encontros badala-dos do universo artístico. Aconteceram lá eventos da SP-Arte e um almoço em homenagem à perfor-mer sérvia Marina Abramovic, só para citar os mais recentes. Mas a Tofi q House é muito mais que badala-ção. “Nossa missão central é promover as artes e apoiar novos talentos”, resume Ines Coelho, diretora da casa.

A Tofi q é um clube fechado para sócios – algo até então inédito por aqui –, onde acontecem residências que já contribuem para o universo artístico paulistano.

Ao pagar um fee mensal, cada membro tem o direito de usufruir da estonteante casa, que possui salas de reunião e jantar, jardim, piscina, além de outros ambientes. A Tofi q também oferece ao grupo o programa NCA – New Collectors Academy, no qual são ministradas palestras sobre caminhos para dar apoio à arte.

Por meio dos eventos e do clube, a casa consegue patrocinar as residências artísticas, que ocorrem desde a inauguração e já receberam mais de 15 talen-tos. Há dois meses, o curador Fernando Ticoulat é o responsável pela escolha dos participantes. As experiências duram de seis meses a um ano para brasileiros, cerca de dois meses para estrangeiros e acontecem em seis ateliês instalados no mesmo terreno. “Aqui, o artista tem mais tempo para desen-volver a sua linguagem e, além disso, recebe o nosso apoio no contato com galerias e colecionadores”, diz Fernando, que também organiza exposições, como a coletiva Procura-se, que ocorreu, em abril, no local.

Sede de eventos badalados, comemorações privativas e residências artísticas, a Tofi q House, no Jardim Europa, movimenta o métier das artes paulistano

POR | Claudia Jordão FOTOGRAFIAS | Manu Oristanio

CASA DE CRIAÇÃO

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Hoje, o projeto abriga artistas contemporâneos que representam diversas vertentes. São eles: Renata de Bonis, Associação Massa Falida, Tiago Mestre, Victor Leguy, Rogério Mesquita e Jaime Lauriano. O dia a dia nos ateliês é acompanhado por Fernando, mas o resi-dente é livre para seguir sua rotina. A aposta da Tofi q já rendeu frutos. Lauriano, por exemplo, acaba de assinar com a Galeria Leme, e duas de suas obras passaram a integrar o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte do Rio - MAR.

A Tofi q funciona numa ex-residência familiar do Jardim Europa, e o projeto da reforma é da arquiteta Maria Paz, sobrinha de Bernardo Paz, fundador de

Inhotim. Para imprimir o clima de “sempre em cons-trução” aos ambientes, a pintura de quatro paredes foi descascada e há tijolos à vista. O décor é único e segue a tendência do upcycling – processo que, além de reci-clar materiais, dá origem a produtos de melhor quali-dade ou peças de design. Móveis como cadeiras, ban-cos e mesas foram construídos no local com madeira reaproveitada. Os projetos são de Nicolas Keutgen e do designer Felipe Protti, do ateliê Prototype, na Vila Madalena. Nas paredes, nada mais coerente: peças de artistas produzidas nas residências. Uma iniciativa e tanto para quem gosta e faz arte.

Cenário artístico—Acima, os ateliês da Tofi q House. À direita, ambiente social com móveis do designer Felipe Protti. Na página ao lado, obras em desenvolvimento na casa, por onde já passaram mais de 15 residentes. Na dupla de abertura, detalhes da sala de estar e retrato do curador Fernando Ticoulat

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Garimpo criativo De elementos decorativos a acessórios fashion, Maguy montou, especialmente para Made, uma seleção de produtos com design de tirar o chapéu. A partir desta edição, ela assume, ofi cialmente, a curadoria da seção

MAGUY ETLIN Sempre por dentro das novidades e tendências mundo afora, a francesa é referência em estilo no Brasil, onde vive há 20 anos

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01 Tear Drop Chair

O pufe propicia a experiência de sentar numa gota d’água. productdesigncenter.jp

02 Eames House Bird

Com design de Charles e Ray Eames para Vitra, é uma peça decorativa e lúdica.eamesoffi ce.com

03 LetMeSee

A linha colorida e delicada é ideal para quem não enxerga bem de perto ou de longe. see-concept.com

04 Fresh Express Max

A máquina corta frutas e legumes em diferentes formatos e tamanhos. tefal.co.uk

05 IXION

As janelas do avião são de telas OLED, que transmitem imagens panorâmicas do exterior e videoconferências.technicondesign.com

06 Mockneck

A segunda pele é ultraleve, absorve o suor e dissipa o calor do corpo como nenhuma outra.zerofi t.com

07 Flirting iPhone

A capinha para iPhone foi feita pela it-girl e estilista italiana Chiara Ferragni.chiaraferragnicollection.com

08 TomTom Golfer Watch

O relógio mostra o gráfi co do campo de golfe e a distância até o buraco.tomtom.com

09 Kanken

De fi bra sintética, a mochila é leve e resistente ao calor e a produtos químicos. fjallraven.com/kanken

10 Balloon Lamp

Luzes de LED, que não emitem calor, foram colocadas dentro de balões nesta luminária ecológica e durável. kyouei-ltd.co.jp

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Ao mesclar artesanato e tecnologia, os irmãos mais poderosos do design nacional lançam sua linha mais acessível de mobiliários, a coleção Estrela, para a marca A Lot Of. Em entrevista exclusiva, Humberto Campana fala sobre a importância das criações para o atual momento de carreira da dupla

POR | Ricardo Gaioso

CAMPANA PARA TODOS

Humberto e Fernando Campana são reconhecidos mundo afora pelo tom subversivo com o qual reinventam objetos sim-ples e corriqueiros do cotidiano. Por meio de um humor sofi sti-cado, cujo repertório envolve tradições regionais e materiais desvalorizados como palhas, cordas e ripas de madeira, eles criam móveis com status de obras de arte. Encarando o desafi o de desenvolver uma coleção de design acessível no Brasil, a dupla, em parceria com a marca A Lot Of, combinou uma interessante trama de artesanato com intervenções de alta tecnologia. Ferramentas manuais do ateliê passaram a dialo-gar com maquinário de ponta, produzindo itens que traduzem a nova demanda da indústria - peças contemporâneas a preços acessíveis - sem abrir mão de uma assinatura exclusiva. A cole-ção Estrela, inspirada nas bolachas do mar, foi apresentada, em abril, no Salão do Móvel de Milão, na Itália.

O Estudio Campana deu o pontapé inicial em Milão ao lançar a coleção Estrela para a A Lot Of, cuja inspiração vem das bolachas do mar. Qual é a relação de vocês com a natureza? Trabalhar com tecnologia foi um desafi o?Meu avô tinha uma fazenda de café, em Brotas, que foi o nosso playground na infância. A região é cheia de rios, então nós fazí-amos aquário para os peixes e zoológico com as galinhas e os porcos. Tínhamos um universo onírico ao nosso dispor, além de um cinema local que passava fi lmes de Bergman, Fellini e Stan-ley Kubrick. A fusão com essa janela do mundo fi cou arraigada

em nosso DNA. Tudo o que fi zemos para esse projeto foi trazer essa poesia em estado bruto, aperfeiçoada tecnicamente com o olhar apurado do Pedro Franco, diretor da A Lot Of. Quería-mos desenvolver uma coleção no Brasil que fosse democrática, que atingisse um público maior, não só a elite, e que fugisse um pouco desse estigma de que só criamos produtos high-end. Já fazemos isso com a Melissa, por meio dos calçados, mas com o design é a primeira vez. Conseguimos criar uma coleção de produção muito rápida, com corte a laser, um robô para soldar tudo, e ainda com preços honestos.

A ideia de produzir uma coleção de mobiliários mais aces-sível era um desejo antigo? Como enxergam essa democra-tização no atual momento da carreira de vocês?Sim, a maturidade nos leva a agir e a pensar em uma perspec-tiva macro, para a sociedade como um todo. Sem descartar, claro, as peças one-off , desenvolvidas em paralelo em menor escala, como os produtos para a Alessi. É importante dialogar nesses dois campos. Eu gosto muito de chão de fábrica, em decorrência de nossa carreira de 20 anos trabalhando pes-soalmente com o artesão, e de poder explorar o lado técnico em detalhes, tanto no nosso estúdio, em São Paulo, como na Itália, onde trabalhamos bastante.

Como essa experiência quase visceral em realidades tão distintas é equacionada no processo criativo de vocês? O que o Brasil pode aprender com o mercado internacional e vice-versa?Em questão de tecnologia, estamos em pé de igualdade com o estrangeiro. Para a coleção da A Lot Of, por exemplo, consegui-mos criar lustres feitos com LED sem fi ação alguma. Porém, o que eu traria para o Brasil seria, sem dúvida, a direção de arte. R

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“Queríamos desenvolver uma coleção no Brasil que fosse democrática, que atingisse um público maior, não só a elite”

Empresas que trabalham com design precisam dar unidade às peças, desenvolver campanhas de qualidade, saber como comunicar um lançamento de um produto na mídia e para as pessoas. Poucas marcas nacionais têm esse trabalho bem defi nido. Eu diria que La Lampe [cuja direção criativa é assinada pelo estúdio de design Nada Se Leva], Etel e Dpot são algumas das que têm estratégias de comunicação como na Itália, que é uma verdadeira potência no assunto.

Vocês também assinaram o design do estande da A Lot Of no Salão do Móvel de Milão deste ano. Como se dá essa interatividade entre peça e espaço? Vocês imagi-nam como cada criação é incorporada pelo cliente? O design contemporâneo é um crossover entre disciplinas, como cenografi a, biologia, cinema e teatro, entre outros. O criador do século XXI engloba diversos segmentos, lança um olhar clínico de 360 graus na curadoria, do lançamento a detalhes da apresentação, passando pelo plano de comunicação. Gosto de atuar assim e de ampliar a ideia à potência máxima, pensando até na sacola que vai ser distribuída para a imprensa. Por ser uma fábula a ser criada, o design vai se depurando conforme ganha forma, ele pede para onde quer ir. Portanto, nunca pensamos no uso, e sim em satisfazer a alma.

O trabalho de vocês tem um viés bastante artesanal. Como fi zeram para manter a essência das criações em uma série industrial?Com a ajuda do Pedro e de sua tecnologia de ponta. O primeiro protótipo foi feito com um soldador do ateliê, rabisquei aquelas estrelas no papel e fomos soldando uma a uma, entendendo as possibilidades. Muitas vezes só faço um desenho para registrar a ideia. Como viajamos bastante, frequentemente isso vem em um guardanapo de restaurante, bilhete de trem e papel de hotel. Depois, para alguns projetos, a equipe projeta o 3D. Acredito que, como designer, preciso manusear os materiais, compreender seus limites. Fica difícil desenhar uma peça só com o 3D, perde o DNA e a alma humana do negócio.

Após terem assinado projetos para marcas de luxo como Louis Vuitton, H.Stern e Trousseau, como veem a incorporação do design em uma campanha ou coleção de moda? É fazendo ponte entre a arte e o universo fashion que as grifes encontram expressão para traduzir os valores do universo da marca. Elas ampliam e potencializam seus

códigos por meio do design, seja em uma coleção, nas vitrines ou nas campanhas e, assim, reinventam--se, apresentando novas dimensões em um conceito de modernidade, sem fi car obsoletas em ferramen-tas antiquadas e monótonas.

Existem iniciativas do Estudio Campana com ONGs e comunidades Brasil afora. Como o design pode melhorar a vida das pessoas?Como ferramenta social, temos uma tradição grande no trabalho manual. O artesanato brasileiro é muito mais rico que na Tailândia, por exemplo. É importante poder traduzir essa riqueza, manter vivo algo que pode ser destruído. Aliás, resgatar a tradição popular do País é um aspecto forte do nosso trabalho desde os anos 1980. Fomos muito infl uenciados por Lina Bo Bardi e por suas exposições de artesanato. Refl etia sobre o modo como ela traduzia esse universo de forma tão elegante e requintada por meio da cenografi a e da foto-grafi a. Até então, eu era advogado, meu olhar e minha educação se deram observando as obras dessa grande mulher, do Sesc Pompeia à Casa do Benin. Admiro também o trabalho desenvolvido por Marcelo Rosen-baum no Acre e em outras regiões, a partir do qual cria peças respeitando o conceito indígena e aplicando seus traços, sem obstruir a história da comunidade.

Quais trabalhos devem mantê-los ocupados neste ano?Neste momento, estamos focados em terminar uma residência privada em São Paulo, incluindo o projeto de interiores, e também um café em Paris, no Marais.

NA DUPLA DE ABERTURA

Criadores—Fernando e Humberto Campana com a coleção Estrela, desenvolvida para A Lot Of

High-tech—Ao lado, mesas de jantar e lateral e cadeira da coleção Estrela, todas lançadas no Salão do Móvel de Milão, em abril

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Tem que terPOR | Adriana Nazarian

01 EMPORIO ARMANI

A mochila prova que a onda esportiva nada tem de passageira. Com materiais deluxe, linhas geométricas e estampas com efeito óptico, a versão da Armani deve ganhar as ruas.armani.com

Primavera/verão 2015

02 YVES SAINT LAURENT

Para os homens que gostam de adicionar toques de irreverência ao guarda-roupa, eis a aposta da grife francesa. O tecido sofi sticado ajuda a tirar a dupla jeans e camisa do básico.ysl.com

Primavera/verão 2015

04 DOLCE&GABBANA

O shape é clássico, mas o mix de marrom e preto, quase imperceptível, adiciona um toque (ainda) mais sofi sticado à peça. Afi nal, o bom e velho terno também merece sair da mesmice.dolcegabbana.com

Primavera/verão 2015

05 LOUIS VUITTON

Neste lançamento, uma pincelada de azul turbina o clássico monograma da maison. Para homens que gostam de imprimir sua personalidade nos mínimos detalhes da rotina.louisvuitton.com

Primavera/verão 2015

03 MONTBLANC

A pulseira tem rastreador de atividade, com notifi cações inteligentes, controles remotos e a função fi nd-me. Pela primeira vez, um relógio mecânico com funções digitais.montblanc.com

TimeWalker Urban Speed e-Strap

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07 BOTTEGA VENETA

O conforto dos sapatos de jazz infl uenciou os modelos elaborados artesanalmente pela marca. Com cores suaves, eles seguem a essência despretensiosa da coleção. bottegaveneta.com

Primavera/verão 2015

08 HERMÈS

Sob a ótica da grife francesa, um simples passeio na cidade é sinônimo de elegância máxima. Na fórmula mais do que certeira, sobreposições de tons escuros, gola alta e casacos pesados.hermes.com

Outono/inverno 2015

06 MASTER & DYNAMIC

Superconfortável, o fone é feito com couro premium e alumínio, tudo para durar décadas. De tão estiloso, deve virar objeto de design nas casas e estúdios de quem sabe das coisas.masterdynamic.com

MH40

10 HUGO BOSS

O boné ganha acabamento luxuoso. Isso porque o inverno da marca é inspirado em refúgios queridinhos da temporada de neve como Aspen e St. Moritz. Meio street, total cool.hugoboss.com

Outono/inverno 2015

11 DUTCHMANN

São apenas dez bicicletas artesanais. A peça tem roda tripla de carbono, pneus by Vredestein e armação com o mesmo design utilizado na Track World Championship dos anos 1980.dutchmann.co.za

The Vicious Cycle

09 PAULO ALVES

A nova criação do designer tem pegada ecológica: o assento foi elaborado com um tecido que contém 70% de algodão reciclado e 30% de garrafas PET. pauloalves.com.br

Cadeira Atibaia

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D E S T I N O | I TÁ L I A

DOLCE FAR NIENTE

POR | Claudia Jordão FOTOGRAFIAS | Valentino Fialdini

Recém-inaugurada pela empresária Doris Sochaczewski e pelo fotógrafo Valentino Fialdini, a Locanda di Doris é uma charmosa hospedaria na região da Úmbria, ideal para quem quer descobrir a Itália em sua forma mais pura

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D E S T I N O | I TÁ L I A

Bucólico—Ao lado, panorama da região da Úmbria; abaixo, a suíte Amore, decorada com cama Zanotta e pintura de Roberto Micoli

NA PÁGINA AO LADO

Detalhes—No canto superior, ambiente de leitura da suíte Amore; à direita, retrato de Doris e Valentino no jardim da hospedagem

NA DUPLA ANTERIOR

Paraíso campestre—A vista da Locanda di Doris, que é rodeada por 200 pés de oliveira, para a cidade de Todi

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Contemplar amanheceres, pisar na grama, consu-mir produtos locais, apreciar bons vinhos e ver o tempo passar devagar. É tudo isso, e mais um pouco, que a Locanda di Doris proporciona a seus hóspe-des. Em uma charmosa propriedade cercada por 200 pés de oliveira, no entorno da cidade de Todi, no coração da Úmbria, interior da Itália, a pousada acaba de ser inaugurada pela empresária Doris Sochaczewski, da loja de décor Coisas da Doris, situada nos Jardins, em São Paulo, e pelo fotógrafo Valentino Fialdini. Em julho do ano passado, o casal deu um basta à vida estressante na metrópole pau-lista para se instalar na sossegada região e abrir o negócio. “Ao me mudar para cá, abri mão de algu-mas mordomias em nome de uma vida mais simples e hoje sou mais feliz”, diz ela.

Depois de muito bater perna, Doris encontrou o lugar que procurava para dar início à empreitada: um terreno de cinco mil metros quadrados, no meio do Parque Fluvial do Rio Tibre, a 9 km do centro

histórico de Todi, ao lado da Toscana, e a pouco mais de uma hora de carro de Roma. A casa, um antigo estábulo de um castelo, tem 210 metros quadra-dos e foi reformada pela arquiteta local, Donatella Serafi ni, sob a direção do casal. O projeto privilegia a sustentabilidade com painéis solares e cisternas para captação de água da chuva – uma exigência dos proprietários. Resultado: a locanda oferece sala de visita, sala de jantar, cozinha e apenas duas suítes com entradas independentes, batizadas de Passione e Amore – homenagens a São Valentino. As obras da pérgola e da piscina estão sendo concluídas, de olho nos verões europeus que aquecem o turismo com fes-tivais de música clássica e pop, cinema e comida.

Conhecer Todi é experimentar outro ritmo de vida. O Ristorante Umbra, por exemplo, possui um terraço digno de cenário de cinema. Da locanda é possível desbravar outras vilas e acessar a Itália em sua forma mais pura. A histórica Assis, cidadezinha natal de São Francisco de Assis, a 40 minutos da hospedaria, vale a

“Ao me mudar para cá, abri mão de algumas mordomias em nome de uma vida mais simples, e hoje sou mais feliz”

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Elegância discreta—Acima, a suíte Passione, que abriga uma tela de Vera Martins e obras de Valentino; ao lado, mesinha lateral da suíte Amore e o interior do convento La Scarzuola, na região da Úmbria

NA PÁGINA AO LADO

Pedregulho—No topo, a sala de jantar com mesa de madeira comprada em Milão e o emblemático lustre Sputnik. Destaque para a parede de pedra do ambiente, que imprime um ar campestre ao interior da hospedagem

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visita. Mas imperdível mesmo é o vilarejo Civita de Bagnoregio, conhecida como a “cidade que morre” pelo fato de estar sendo corroída pela forte erosão da região, também a cerca de meia hora da pousada. Ao cruzar a ponte pedonal que dá acesso à vila, a vista é belíssima. Prove as delícias da cozi-nha do Hostaria La Cantina e do L’Arco del Gusto, ambos ótimos para o almoço.

O décor da locanda é um microcosmo do bom gosto do casal: um mix de obras de arte, objetos de design, peças garimpadas na região e produtos, é claro, da Coisas de Doris. “Ao longo dos oito meses que fi camos em Todi acompanhando a reforma, percorremos feiras de peças antigas e modernas e compramos alguns objetos de desejo, afi nal, aqui, isso é possível”, conta Doris. “Cada item foi pen-sado e estudado antes de ser adquirido”, completa. Entre as peças que decoram os espaços estão um quadro de Walmor Corrêa, uma moldura de Pablo Reinoso e a surrealista cadeira de pernas cruzadas do designer mineiro Luiz Philippe.

A aconchegante sala de visitas da Locanda é um convite ao desligamento. Para imprimir essa atmosfera, o casal apostou em poltronas Ro, da

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Fritz Hansen, no tom rosa, num tapete preto de couro de vaca e numa seleção de livros, paixão do casal, entre outros itens. Na sala de jantar, uma mesa de madeira rovere comprada em Milão e um lustre Sputnik, de Arezzo, passeiam do rús-tico ao vintage. Na Suíte Amore, equipada com cama da Zanotta, há uma pintura colorida do Roberto Micoli, além de fotos e esculturas do pró-prio Valentino Fialdini. Na Suíte Passione, des-taque para a tela de Vera Martins e para a réplica em miniatura da icônica obra de Duchamp. Nos banheiros, amenities da Ortigia, à base de ingre-dientes naturais da Sicília. Já a cozinha é aberta aos hóspedes, que podem preparar refeições a partir de ingredientes locais comprados em Todi. Enfi m, a casa perfeita para quem quer sentir na pele – e na alma – o prazer de não fazer nada e se entregar ao dolce far niente.

locandadidoris.com

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Sossego—Acima, à esquerda, cantinho da sala de estar com uma réplica do móbile do escultor americano Alexander Calder; à direita, o banheiro das suítes, que oferece produtos naturais da marca Ortigia; ao lado, área íntima da suíte Passione

NA PÁGINA ANTERIOR

Vintage—Acima, vista geral da sala de estar, que guarda as poltronas Ro, da Fritz Hansen; abaixo, outro ângulo do living, que se integra ao ambiente de jantar e tem o piso de cimento queimado

“Ao longo dos oito meses de reforma, percorremos feiras de peças antigas e modernas e compramos alguns objetos de desejo, afi nal, aqui, isso é possível”

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Por todos os cantos01

Moog

A estante de Sergio e Jack Fahrer é inspirada nos sintetizadores da música progressiva dos anos 1970. fahrer.com.br

POR | Adriana Nazarian

02 Build

A cabeceira e as mesas laterais adicionam um caráter funcional à cama. Design de Francesco Rota. casualmoveis.com.br

03 C118

Difícil não se impactar pela estrutura de ferro vazado e pelo mix de materiais e cores do sofá by Felipe Protti. carbonodesign.com.br

04 Chuva

O aparador, de madeira e lâmina de freijó do designer Leo Romano, parece estar fl anando pelo céu – daí o nome.decamerondesign.com.br

05 Parachute

De fi o de aço revestido de cobre, a luminária de Nathan Yong pode ser armada de diferentes formas.ligneroset.com.br

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06 Albert

Do designer Jader Almeida, a luminária é de vidro soprado, aço carbono, latão, madeira e cortiça. lalampe.com.br

07 XX

Funcional, mas com essência de escultura, o móvel foi desenhado por Fien Muller e Hannes van Severen. mullervanseveren.be

08 Drink glass set

Os copos compõem a linha lançada pela Seletti em parceira com a Diesel. Novidade na Conceito: fi rmacasa.conceitofi rmacasa.com.br

09 Acrylique

Leveza é palavra-chave nas mesinhas laterais de aço inox e acrílico. As peças são vendidas separadamente.artefacto.com.br

10 Treliça

As linhas retas e os traços geométricos são destaque na criação da designer Fernanda Brunoro. dpot.com.br

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Mulher autênticaNas páginas a seguir, a modelo Fernanda Tavares usa e abusa dos looks mais

poderosos da temporada. Com caras, bocas – e muita personalidade –, ela põe à prova toda a elegância, o glamour e a sensualidade feminina

FOTOS | Fabio Bartelt (Monster Photo) EDIÇÃO DE MODA | Flavia Pommianosky e Davi Ramos PRODUÇÃO EXECUTIVA | Bianca Nunes

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Blusa e saia Prada

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Ves� do e sandália Gucci; brinco de ouro branco, turquesa, ônix e diamantes Silvia FurmanovichNa página anterior: ves� do, trench-coat e sapato Bo� ega Veneta; relógio de aço Rolex para Montecristo

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Casaco, saia e faixa Burberry; bracelete de prata com ródio negro Tiff any & Co.Na página ao lado: tricô e saia Versace; bota Chris� an Loubou� n; pulseiras de ouro branco e diamantes negros Marisa Clermann

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Calça, paletó, clutch e brinco Giorgio Armani

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Ves� do e bota Louis Vui� on

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Ves� do e faixa Saint Laurent Paris à venda na NK Store; clutch Giorgio Armani; pulseira de ouro branco, diamantes e esmeralda Gioielli Pantalena.

Na página ao lado: shorts, casaqueto, blusa e sapato Chanel; brinco, anel e colar de ouro branco, diamantes e pérolas Izabel Esteves

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Ves� do Hermès; brinco e anel de ouro rosa, diamantes e rubis Carla Amorim

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Ves� do e bota Chris� an Dior; pulseira e anel de ouro branco e diamantes Van Cleef & Arpels

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Elemento preciosoPOR | Isabela Giugno e Laís Franklin

01 CAMILA KLEIN

Ornamentos de ampulhetas dão origem à nova coleção de inverno, cuja grande novidade é o brinco com monocristais e quartzo goiaba, banhados de ouro grafi te.camilaklein.com.br

Ampulla

03 VAN CLEEF & ARPELS

Seguindo a tradição da marca de criar peças multifuncionais, o colar de ouro pode ser usado em diferentes comprimentos numa pulseira. vancleefarpels.com

Magic Alhambra

04 ARA VARTANIAN

Romântico e arrojado, o anel de dois dedos combina uma rara rubelita de 12290 quilates, lapidada em formato de coração, com diamantes do tipo smoky grey fancy invertidos.ara.com.br

Rubelita

05 CAROL KAUFFMANN

Da coleção Shine, o brinco estrelado de ouro é marcado pelos pontos avermelhados dos rubis, que se destacam entre o contorno de brilhantes. carolkauff mann.com

Shine02 MAURICIO MONTEIRO

Se luxo é a palavra de ordem que defi ne seu estilo, aposte no anel de ouro branco coberto por safi ras azuis e tanzanita ou no modelo repleto de rubis, os quais envolvem uma rubilita.mauriciomonteirojoias.com.br

Ouro

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06 CARLA AMORIM

A botânica foi o ponto de partida da coleção O Meu Caminho. Espécies cultiváveis em jardins aparecem por meio de camadas de fl ores espelhadas na pulseira de ouro rosa. carlaamorim.com.br

Lirata

08 CASA LEÃO

Feito de outro 18 quilates entrelaçado com vários brilhantes pontuados, o anel dá um up em qualquer look básico. casaleao.com.br

Corrente

07 IZABEL ESTEVES

O broche tem como inspiração o esqueleto longilíneo das libélulas. Feito de ouro, é revestido por diamantes, que guardam um precioso rubi ovalado.@izabelesteves

Rubi10 AMSTERDAM SAUER

A beleza espacial do céu e das galáxias foi traduzida na coleção Cosmic. Feito de pérolas, cristais e ouro amarelo, o brinco é puro contraste de cores. amsterdamsauer.com.br

Cosmic

11 DRYZUN

O brinco difi cilmente vai passar despercebido. Composto por uma estrutura de ouro amarelo, tem pontos de safi ras azuis mescladas com diamantes marrons e brancos. dryzun.com.br

Stardust

09 JACK VARTANIAN

Inspirada nas folhas de Trancoso, na Bahia, a pulseira é feita de prata, vermeil e ouro amarelo. Tem como não amar?jackvartanian.com

Tropical

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15 ANA ROCHA & APPOLINARIO

Mergulhe nas profundezas marinhas com esta nova coleção. Gemas de água-marinha, tanzanita e apatita estão envoltas em turmalina verde no brinco de ouro 18 quilates.anarochaeappolinario.com.br

Acqua

14 ANTONIO BERNARDO

O anel de ouro branco ampara uma estrutura irregular colorida em tons de azul que remetem à fl uidez do oceano. Cravejada de diamantes, abriga três ametistas de diferentes tamanhos.antoniobernardo.com.br

Wonder

13 TIFFANY & CO.

Não pense duas vezes e arregace as mangas para exibir os elegantes braceletes da Tiff any & Co. Feitas de prata de lei, as peças vêm em três tamanhos e em modelos distintos.tiff any.com.br

T Cuff Bar

12 FRATTINA

Sobre uma argola de ouro branco repousam pequenos diamantes que dividem a atenção com uma graciosa água-marinha, a estrela do anel.frattina.com.br

Color Collection

17 MONTECRISTO

Entre na febre dos maxi earrings. Feito a partir de um arabesco de ouro branco, o brinco é inteiro cravejado por pequeninos diamantes.montecristo.com.br

Féerie

16 JULIO OKUBO

Dispostos em formato de fl or, cinco topázios da cor do céu seguram uma delicada corrente de ouro branco. O grand fi nale é a gota azulada contornada por diamantes.juliookubo.com.br

Topázio

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Para a designer de joias Leticia Linton, proprietária da marca homônima, com sede em São Paulo, as preciosi-dades são uma arte em si. Apesar do estilo clássico, as criações da grife traduzem o glamour e a sensualidade da mulher contemporânea de forma elegante e sofi s-ticada. Diamantes, tanzanitas, águas-marinha, rubis, esmeraldas e morganitas são algumas das pedras usa-das em brincos, colares, pulseiras e anéis.

O cuidado com a seleção da matéria-prima, com os detalhes de confecção e com o acabamento, assim como a exclusividade das peças são marcas registra-das do trabalho de Leticia e os motivos pelos quais a produção da designer coleciona elogios mundo afora. Prova disso é que celebridades estreladas exibem suas joias em eventos disputados e exclusivos, sendo ela a única brasileira a ter as criações exibidas no red car-pet do Oscar de 2015 – a atriz norte-americana Jamie Chung e a modelo Dita Von Teese circularam pela premiação com dois modelos de brincos.

Membro da International Colored Gemstone Asso-ciation e da Tanzanite Foundation, Leticia é uma ver-dadeira jet-setter. “Conviver com as diferentes culturas de cada país é importante no processo de criação, pois muitos estilos e coleções vêm das experiências e vivên-cias que tenho durante as viagens”, revela a designer, que ainda faz questão de reverter uma porcentagem das vendas das preciosidades para projetos sociais.

lbldesign.com.br

JOIA RARACom peças clássicas e repletas de pedras preciosas, a joalheria Leticia Linton conquista clientes exigentes nos quatro cantos do globo

Vale ouro— Acima, brinco de brilhantes e rubis, com corrente de ouro branco, e modelo com esmeraldas e brilhantes negros. No alto da página, anel de tanzanitas com brilhantes e retrato de Leticia Linton

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Fino tratoPOR | Adriana Nazarian

01 LOUIS VUITTON

Sucesso no último inverno europeu, o cinto volta à cena na coleção de verão da marca. Com amarração inusitada, é ideal para arrematar as calças e vestidos oversized da temporada.louisvuitton.com

Tie the Knot

02 DOLCE&GABBANA

Além do formato box que tem encantado as fashionistas, a bolsa tem aplicações minuciosas que a colocam na categoria de obra de arte. Perfeita para tirar qualquer pretinho do básico. dolcegabbana.com

Primavera/verão 2015

04 ROLEX

A nova versão do modelo, clássico da marca, tem caixa de 40 mm, mostradores deluxe e desempenho cronométrico revolucionário. Disponível em ouro everose, amarelo e platina.rolex.com

Oyster Perpetual Day-Date

05 YVES SAINT LAURENT

Com um pé nos anos 1970 e outro no clima rock’n’roll meio destroyed que o estilista Hedi Slimane tanto adora, as plataformas roubaram a cena da coleção. ysl.com

Primavera/verão 2015

03 SALVATORE FERRAGAMO

Marcada por linhas gráfi cas e pelo poderoso jogo de cores, a silhueta criada por Salvatore Ferragamo tem aquela elegância cool, única das damas italianas. ferragamo.com

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07 BURBERRY

O clássico trench-coat ganha cara nova com a camurça, tecido da vez, e com o verde vibrante. O caimento? Aquele impecável que fez a fama da grife, claro. Promete virar mania.burberry.com

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08 LANVIN

Para celebrar os 125 anos da maison fundada por Jeanne Lanvin, Alber Elbaz criou uma coleção à altura, com cortes impecáveis, duos chiques, como o P&B, e acessórios de peso.lanvin.com

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06 CHANEL

Ninguém melhor que Karl Lagerfeld para fazer bom uso de códigos masculinos – a sandália é inspirada na gravata borboleta e no smoking – no guarda-roupa das mulheres. chanel.com

Primavera/verão 2015

10 PRADA

Sempre de olho na sofi sticação máxima, a marca investe na onda das bolsas de mão mais estruturadas. Os tons discretos e atemporais ajudam a torná-la curinga.prada.com

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11 FENDI

Prints geométricos e shapes arrojados marcam a parceria da Fendi com o francês Thierry Lasry. A coleção é inspirada em peças da grife italiana das décadas de 1980 e 1990. fendi.com

Thierry Lasry

09 DIOR

Com o inverno à vista, a Dior propõe sair da mesmice com um gorro, mas com toques de glamour, bien sûr. Com aplicações de paetê, a peça compõe a linha inspirada em Tóquio.dior.com

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Caimentos impecáveis aliados a uma elegância incon-fundível dão o tom às emblemáticas criações assina-das por Ricardo Almeida. Figura célebre no ramo da alta-costura masculina, o estilista provou, com o lan-çamento da linha For Special Ladies, que sabe causar furor também entre as mulheres.

Desde o surgimento da marca, há três anos, ele procura atualizar o conceito da alfaiataria feminina, imprimindo originalidade às peças. Apostando em uma elegância discreta, a coleção de Inverno 2015 traduz o conceito minimal chic e seduz pela excelên-cia. Com forte pitada de feminilidade, os lançamentos não deixam a desejar quando o assunto é variedade de materiais. Tecidos fl uídos e levíssimos, como a malha,

despontam em blusas, tops, calças e saias e são a aposta do estilista para quem quer modelar o corpo sem per-der o conforto. Para criar os drapeados, que garantem a sensualidade sutil das peças, ele priorizou o jersey e o clássico veludo molhado. A seda dá as caras em blu-sas e macacões, que vêm em versões mais soltinhas. Os elementos mais pesados, como o couro, surgem em tops, camisas e calças e o denim e a lã fria criam um contraponto à fl uidez marcante da coleção. Para mulheres que querem um pouco mais de glamour, que tal o terninho de tecido com brilho? A cartela de cores é protagonizada pelo preto, que aparece em peso na maior parte das peças. Para que-

brar a sobriedade, Ricardo apostou em tons quentes, como ameixa, amora e vermelho. Já o bege, off -white e cinza pontuam a coleção e criam um contraste autên-tico nos looks. A linha apresenta ainda variações no shape das roupas: há blazers com ombros mais marca-dos e modelos de vestidos com fendas. Concebida para acompanhar a mulher moderna em todos os compromissos cotidianos, como reuniões de trabalho, festas e jantares, a coleção tem o corte e o cai-mento perfeito – elementos essenciais, segundo o esti-lista, para valorizar os pontos fortes de quem veste suas criações. Resultado: looks ideais para aquelas que que-rem estar sempre lindas e elegantes!

O CORTE PERFEITOReferência em estilo e elegância, a marca Ricardo Almeida acaba de lançar o Inverno For Special Ladies, coleção que tem tudo – e mais um pouco – para entrar na wish list de mulheres autênticas e sofi sticadas

Originalidade— Abaixo, um dos looks da coleção For Special Ladies, de Ricardo Almeida. Na página anterior, as modelos vestem outras peças da linha, protagonizada por cores escuras e cortes elegantes

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“O projeto da casa estava pronto há mais de um ano, inclusive o menu. Precisávamos apenas do chef ideal, do melhor para reproduzir o cardápio.” A missão apon-tada por Rogerio Fasano, restaurateur responsável pelo empreendimento e sócio também do Parigi, no Itaim, não era fácil. Enquanto ele procurava um profi ssional com experiência e talento à altura do padrão de qua-lidade do Grupo Fasano, Wagner Resende estava com o contrato prestes a vencer no Chef Rouge, no Jardim Paulista. “Foi ele quem nos procurou”, pontua Rogerio. Acaso ou coincidência, Wagner viu aí uma oportunida-de de entrar para o prestigioso círculo de restaurantes do empresário paulistano – e conseguiu. “Esse trabalho é um grande desafi o, mas estou empenhado em oferecer o meu melhor”, revela o chef.

Resende cresceu no interior de Minas Gerais, mas a infância dele não registra cenas na cozinha da mãe ou da avó, como seria de se esperar. O jovem aspirava a uma carreira na aviação. Chegou a frequentar a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, sediada em Barbacena,

cidade onde viveu. “Mas o regime austero e a discipli-na rígida não me agradaram e saí após seis meses de curso”, conta. O sonho de alçar voos além da peque-na cidade levaram o rapaz, então com 16 anos, a se matricular em um curso de gastronomia no Senac de Barbacena, primeiro hotel-escola da América Latina. Resende já tinha admiração pela cozinha francesa, com suas técnicas precisas e sofi sticada apresentação dos pratos. Na escola, aprendeu os procedimentos básicos, o sufi ciente para se encher de coragem, arrumar as malas e iniciar sua jornada defi nitiva no mundo da gastronomia. Em uma revista semanal, leu uma nota sobre um novo restaurante francês que seria aberto em São Paulo. Sem pestanejar, bateu à porta do Café Antique, na época, um novo empreendimento do francês Erick Jacquin, e aguardou a chegada do chef para oferecer seu trabalho. Começou no emprego no mesmo dia, como cozinheiro na praça de carnes. Com Jacquin, aprendeu o ofício e a ter disciplina. Resende conta que nunca se esquece das palavras do chef no dia em que tirou o avental porque tinha acabado o horário de trabalho, embora a cozinha ainda estivesse a pleno vapor: “Se há dez anos eu fi zesse isso, hoje eu não seria um cozinheiro de primeira, mas um profi ssional de

O ELEITOAprendiz do mestre francês Erick Jacquin e ex-Chef Rouge, Wagner Resende assume a cozinha do Parigi Bistrot, novo endereço do Grupo Fasano, inaugurado em abril, no Shopping Cidade Jardim, em São Paulo

POR | Marcelo Katsuki FOTOS | Victor Aff aro

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segunda!”. Essa relação durou uma década, quando Resende, então subchefe do extinto La Brasserie, tam-bém em São Paulo, decidiu partir em voo solo. A nova empreitada trazia uma novidade para sua carreira: uma sociedade com Ida Maria Frank, restauratrice bem-sucedida do já consagrado Due Cuochi, com quem abriria o Le Marais. A casa foi um sucesso, mas trazia para Resende uma função inédita: conhecer o setor administrativo do negócio. “Era preciso cuidar do operacional da cozinha e acompanhar a administração. A experiência foi boa, mas percebi que gosto mesmo é de ser chef. Eu me realizo na cozinha”, afi rma.

Da sociedade de pouco mais de três anos com Ida fi cou o conhecimento e a amizade. O próximo desafi o levaria o chef a comandar a cozinha do Chef Rouge, também na capital paulista, ocupando o posto deixado por Renata Braune. O restaurante era conhecido pela cozinha clássi-ca, e Resende se empenhou em torná-la ainda mais refi -nada. Lá, pode desenvolver um trabalho autoral, criando novos pratos sob o olhar apurado da proprietária, Vanessa Fiuza. A parceria deu certo, o restaurante foi eleito, em 2014, o melhor francês da cidade, e ele, o segundo melhor chef do ano pela revista Veja São Paulo. “O trabalho do Wagner somou muito ao restaurante, foi uma experiência colaborativa”, conta Vanessa.

Desde a inauguração, em abril, Resende está no comando das panelas do Parigi Bistrot. No menu, ela-borado por Rogerio com o chef Eric Berland, estão os tradicionais soupe à l’oignon, aromática sopa de cebola servida com crosta de massa folhada, e oeufs mollets sur lit de lentilles, um reconfortante creme com lenti-lhas, parmesão e ovo cozido. Entradas como carpaccio, patês, crepes e tortas também podem ser provadas na casa. “Estamos fazendo uma cozinha simples, mas com apuro e requinte, com o padrão Fasano de qualidade”, diz Resende. O chef, cujos ingredientes favoritos são peixes e frutos do mar, adora trabalhar com robalo,

“Estamos fazendo uma cozinha simples, mas com apuro e requinte, com o padrão Fasano de qualidade”

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linguado e vieiras. Mas há um ingrediente que ele dispensa sem pensar duas vezes: o jiló. “É muito amar-go, não consigo gostar”, pontua.

Resende tem uma forte ligação com o campo e, se não fosse cozinheiro, gostaria de ser agricultor. “Tudo é questão de dom, de talento. Eu nasci para a cozinha, mas quando volto para Minas, gosto de visitar as plan-tações, de curtir o campo”, conta. E como o chef defi ne sua cozinha? “É francesa, leve, elegante e clássica. E aqui no Parigi Bistrot, valorizamos os ingredientes frescos e a apresentação refi nada dos pratos.” Tamanho empenho tem dado bons resultados, com o restauran-te cheio em plena noite de segunda-feira. Fernando Camasmie, ex-sócio do restaurante Folha de Uva, não esconde a admiração. “O serviço é impecável e a cozi-nha tem realizado um trabalho admirável. Já é minha segunda visita.” Rogerio Fasano pondera: “Um chef bem-sucedido pode não ter o mesmo êxito nos meus restaurantes, mas o Wagner tem um ótimo currículo e plenas condições de realizar um bom trabalho aqui”.

Cozinha francesa—Acima, o salão do restaurante e retrato de Wagner preparando o tartare de fi lé-mignon. No alto, Rogerio Fasano, proprietário e criador do menu da casa. Na página anterior, o prato oeufs mollets sur lit de lentilles. Na dupla de abertura, Resende no preparo das receitas, consideradas por ele simples, mas com apuro e requinte

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Julio Bernardo, autor do blog Boteco do JB (bote-codojb.blogspot.com.br), destaca duas regras básicas: “Pedra maior demora mais para derreter. E gelo no copo não é para resfriar o drink e, sim, para mantê-lo gelado”, diz. Para JB, os pequenos diluem rapidamen-te, podendo perder mais de 30% do volume, o que comprometeria a qualidade do drink. “A peça utilizada na coqueteleira também deve ser maior e nunca ser reutilizada. Ela precisa gelar bem durante o preparo, sem deixar a bebida aguada”, conclui.

Jessica Sanchez assumiu recentemente o cargo de chef de bar do Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. A primeira mulher a ocupar o cobiçado cargo conta que está investindo em novos freezers para aten-der à demanda do Cipriani e do Pérgula. “Produzimos nosso próprio gelo e trabalhamos com peças maciças, que derretem menos porque têm menor superfície de contato”, comenta. Mas, segundo Jessica, para baixar a temperatura do coquetel é necessário que ocorra a diluição. “O ideal seria atingir um equilíbrio de tem-

A moda dos gelos esféricos, maiores e mais cristalinos nos remete a um cenário de minimalismo. Mas há mais do que estética nesse copo on the rocks. Barten-ders dos principais restaurantes e bares de São Paulo aderiram à tendência por uma questão funcional: eles demoram mais para derreter.

“Tenho quatro tamanhos de gelo que utilizo de acordo com cada drink”, conta Marcelo Serrano, dos restaurantes Satay e Brasserie des Arts. Além desses diferentes formatos, Serrano produz pedras com ingredientes incrustados. Fatias de pepino são utilizadas em drinks com gim, enquanto blocos com ramos de alecrim, em coquetéis que levam rum. Mas quem surpreende é o gelo feito especial-mente para o Negroni: “Utilizo 50% do drink na composição da pedra, o que impede que a bebida fi que aguada, mesmo que o gelo derreta bastan-te”. De cor alaranjada, a esfera lembra uma peça decorativa com acabamento marmorizado. Forma e função em perfeita sintonia.

Ice, ice, baby! Bartenders investem em novas formas e técnicas para criar o gelo ideal. Há pedras grandes e maciças, outras com ingredientes incrustados e exemplares preparados com o próprio drink

POR | Marcelo Katsuki FOTOGRAFIAS | Victor Aff aro

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peratura entre a bebida, o gelo e o copo. Nesse estágio, a pedra deveria parar de derreter. Mas temos que considerar aqui a infl uência da temperatura externa, nem sempre ideal”, diz.

No Side, restaurante com bar de coquetéis em São Paulo, há uma máquina especial para a produção uti-lizado por Talita Simões. “O gelo fi ca 99% translúcido e sem os microfuros, o que faz com que dure mais”, ex-plica a bartender. Para quem não pode contar com tanta tecnologia, Marcelo Serrano tem uma dica valiosa: “Ferva a água duas vezes antes de levar ao congelador. A peça fi cará com menos oxigênio e demorará mais para derreter”, revela.

No La Maison Est Tombée, o chef de bar Tiago Oli-veira trabalha com gelos artesanais. “Fazemos nosso próprio, com água mineral de qualidade. Produzi-mos barras e, depois, lapidamos em grandes pedras, cuja diluição lenta não irá interferir no sabor do drink”, diz ele. A pedra perfeita para coquetéis como Manhattan On The Rock, Negroni e Old Fashioned, todos servidos na casa.

A preocupação com o gelo é tão grande que tem aberto novas oportunidades para empreendedores. Nos Estados Unidos, o empresário Roberto Sequeira criou a Gläce Luxury Ice (glaceice.net), com venda on--line de pedras em formatos de esferas e cubos. O alto custo é justifi cado pela qualidade das peças, produzi-das artesanalmente com água especial, e pelo tempo de diluição, que pode chegar a 45 minutos.

Para Fabio la Pietra, do SubAstor, a durabilidade do gelo é importante, mas o bartender dedica também um cuidado especial à estética dos drinks. “Uma pedra limpa e cristalina tem uma apresentação melhor, por isso, lapidamos até obter o formato de um diamante”, revela Fabio, que utiliza blocos maiores para poder selecionar as áreas mais translúcidas. Fabio conta que o processo de lapidação não interfere no tempo de degelo da peça, tendo função apenas estética. Mas como resistir ao apelo de uma pedra em formato de diamante mergulhada em sua bebida?

“Pedra maior demora mais para derreter. E gelo no copo não é para resfriar o drink e, sim, para mantê-lo gelado”

Abaixo de zero—Ao lado, drinks com gelos feitos pelo bartender Marcelo Serrano, no Brasserie des Arts.Na dupla de abertura, destaque para a pedra com ramos de alecrim incrustados preparada por Marcelo e utilizada em bebidas com rum

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HARMONIA ARQUITETÔNICA

POR | Eduardo Simões FOTOGRAFIAS | Pedro Kok

Para manter a coerência no projeto de interiores de um apartamento em São Paulo, o FCStudio desenha peças sob medida e assina a seleção de móveis

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O desenvolvimento de alguns dos móveis foi fun-damental para que o FCStudio alcançasse a har-monia – ou coerência, como descreve o arquiteto Flavio Castro – no projeto de interiores do Apar-tamento Ibirapuera, concluído no ano passado, em São Paulo. Além de desenhar as peças, o escritório fez uma criteriosa seleção de mobiliários, buscando afi nação na paleta de cores, na escolha de materiais e nas dimensões de cada item. “Esta é uma marca registrada do escritório. Levamos em consideração todas as condicionantes: do entorno ao desejo do cliente. Aplicamos tudo no projeto arquitetônico e de interiores que propomos”, afi rma Flavio.

“Criamos espaços generosos entre as peças, facilitando a circulação e permitindo que o verde do entorno possa ser contemplado de diversos ângulos” 

Acento brasileiro—À esquerda, dupla de poltronas Paraty, de Sergio Rodrigues; atrás, mesa de Claudia Moreira Salles, para Etel Interiores, cadeiras Marta, de Aristeu Pires, para Dpot, e luminárias Torch Light, de Sylvain Willenz, para Via Manzoni; abaixo, o living com sala de TV ao fundo

NA PÁGINA ANTERIOR

De lei—Acima, a estante de nogueira e pau-ferro na sala de TV; abaixo, painel Volpi, assinado pelo FCStudio, e poltronas Cosme Velho, de Claudia Moreira Salles, para Etel Interiores

NA DUPLA DE ABERTURA

Boas-vindas—Sala de jantar e living, com sofás cru, da Casual, e azul, de Patricia Urquiola, da Micasa, e mesa de centro Dun, da Micasa

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O arquiteto, com a sua equipe, escolhe a dedo todos os acabamentos dos mobiliários, como cor, textura, madeira e tecido. Quando determinado ambiente pediu um móvel com dimensões e funções específi -cas, eles mesmos desenharam e mandaram fabricar. É o caso do painel Volpi – um biombo modular que faz referência às banderolas características das obras de Alfredo Volpi – e o banco Anel – à venda na loja L`oeil, o item é montado por encaixe, sem o uso de parafusos, cola ou dobradiças.

As cores são muito importantes para esse projeto, também ressalta o arquiteto, que em sua seleção incluiu poltronas verde e laranja, tapetes azul e ver-melho, sofás em tom cru e vários tipos de madeira (freijó, cumaru, catuaba e pau-ferro, entre outros).

NA DUPLA ANTERIOR

Mirante—A vista do Parque do Ibirapuera, a partir do living, com poltrona Ro, de Jaime Hayon e Fritz Hansen, da Atec, luminária de pé Secto, de Seppo Koho, da Lumini, e aparador de Claudia Moreira Salles, para Etel Interiores

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Cores—Em sentido horário, destaque para a poltrona Ro, de Jaime Hayon e Fritz Hansen, da Atec, muxarabi desenvolvido pelo FCStudio com catuaba clara, poltronas Womb Chair, de Eero Saarinen, e mesa do terraço, do FCStudio, de granito café imperial e madeira freijó

NA PÁGINA ANTERIOR

Ninho—Acima e abaixo, duas perspectivas da suíte, com destaque para a Circle Chair, de Hans Wegner, da Danish Design, e para o cabideiro Rubi, de Luia Mantelli, para Marché Art de Vie

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As peças mesclam design nacional, com criações de Sergio Rodrigues, Claudia Moreira Salles e Jader Almeida, e internacional, em itens assinados por Patricia Urquiola, Hans Wegner e Eero Saarinen, para citar alguns.

A vista para o parque, claro, também teve papel de peso no projeto, que contempla uma área de 462 metros quadrados. A pedido dos clientes, um casal na faixa dos 50 anos, com um fi lho de 23, o interior da morada se integra diretamente com a paisagem exu-berante do Ibirapuera. “Nós deixamos o layout bas-tante livre e criamos espaços generosos entre as peças, facilitando a circulação e permitindo que o verde do entorno possa ser contemplado de diversos ângulos, de uma cadeira junto à mesa de jantar, dos sofás, ou mesmo de uma poltrona baixa”, arremata Flavio.

Grafite—Acima, o escritório, com mesa de madeira desenvolvida pelo FCStudio e executada pela marcenaria Antico Ofício

Cantinho—Ao lado, também no escritório, poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, e mesinhas Pingo e Gota, da Lattoog, da Marché Art de Vie

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POR | Marcus Vinícius Yamada

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Entre idas e vindas, a publicitária Fabiana Pastore, já fi ncou os pés em terras indianas quatro vezes. Apaixonada pelo território, ela revela o que o destino, berço de fi guras culturais emblemáticas como Ganesha e Shiva, guarda de mais mágico e surpreendente

POR | Fabiana Pastore, em depoimento a Isabela Giugno

CAMINHO DAS ÍNDIAS

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meras famílias que, sentadas na calçada, passam o dia vendendo bolsas artesanais, bijuterias e obje-tos de prata por preços razoáveis. Outra dica para os viajantes que não voltam para casa sem um sou-venir é a visita ao Khan Market, um conjunto de empórios tentadores como o Anokhi, que vende roupas de algodão no melhor estilo indiano e faz muito sucesso entre os turistas que querem adotar um visual típico. Délhi transborda cultura e guarda construções magnífi cas como a mesquita Jama Masjid, o jardim Lodi Garden e o India Gate, famoso monumento nacional que homenageia os soldados indianos mortos durante a Segunda Guerra Mundial. Entre um passeio e outro, arrume um tempinho e pare em uma esquina para degustar o famoso pão Naan, acompanhado de frango com curry, ou o Chicken Biryani com arroz basmati. Se preferir opções sofi sticadas, dê um pulo no restaurante Le Cirque,

Terra de cores, cheiros e paisagens espetaculares a Índia é um tesouro permeado pelo visível contraste entre a riqueza e a miséria, pelo qual me encantei há oito anos. Foi em dezembro de 2014, ao lado de minhas fi lhas, marido e amigas, que decidi embarcar na minha quarta visita ao país. Partimos de São Paulo com destino a Londres e, depois da escala, encara-mos mais nove horas de avião até desembarcarmos no Aeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Délhi. Situada ao norte do território indiano, a capi-tal é tudo que se vê nos fi lmes: trânsito caótico, ven-dedores ambulantes escandalosos e cenas pitorescas como camelos e vacas ziguezagueando pelas ruas. A hospedagem sabiamente escolhida por nós foi o Imperial, um casarão gigantesco perfumado com aroma de jasmim. Muito bem localizado, o hotel fi ca próximo da Rua Janpath, que é abarro-tada de milhões de lojinhas. Por isso, quem cami-nhar por essas bandas estará rodeado pelas inú- F

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Riqueza cultural—Acima, o famoso India Gate, em Délhi; ao lado, o Deserto do Thar; no topo, o interior do Lodi Garden, em Délhi. Na página anterior, a advogada com a família, no Rajastão; na dupla de abertura, a vista do Taj Falaknuma

“É tudo que se vê nos fi lmes: trânsito caótico, vendedores ambulantes escandalosos e camelos e vacas ziguezagueando pelas ruas”

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no interior do hotel Leela Palace, ou no Oberoi, para um brunch. Minha dica mais preciosa para o turista que passeia pela capital é apostar nos clássicos tuk--tuks, os tradicionais táxis indianos. Para isso, per-gunte no hotel quanto custa para se deslocar de um ponto até outro na cidade, assim você terá uma noção do preço e poderá negociar com o motorista. Depois de três dias na frenética Délhi, pegamos um voo e, após uma hora e meia de viagem, fi nca-mos os pés em Jodhpur, a famosa “cidade azul”, no semidesértico estado de Rajastão. Alojados no maravilhoso Umaid Bhawan, hotel semelhante a um suntuoso palácio, passamos a noite de Natal degustando pratos tradicionais indianos e trocando presentes comprados na própria cidade. Fizemos um passeio imperdível a uma das casas de campo que fi cam espalhadas no Deserto do Thar, onde fomos recebidos cordialmente por uma família indiana, que realizou a tradicional cerimônia do ópio como um ato de boas-vindas. Nossa próxima parada foi Mumbai, a popu-losa metrópole que habita a costa oeste indiana. Lá, vale a visita ao bairro de Colaba, que é povoado por lojas como a Bungalow Eight e a Forest Essentials, um espaço ayurvédico que oferece produtos para o corpo. Pare ainda para garimpar pôsteres antigos de Bollywood no mercadinho de rua Chor Bazaar. E caso

Terra de contrastes—Ao lado, interior de uma suíte do Oberoi, em Délhi; acima, a fachada do hotel; no canto da página, a amiga de Fabiana, Daniela de Camaret, no tuk-tuk. No topo da página anterior, o majestoso Umaid Bhawan, em Jodhpur; abaixo, visita a uma casa no Deserto do Thar

“Com tantos elementos mágicos como a rica cultura local, é fácil entender o porquê do meu amor pela Índia”

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Para encerrar nossa trajetória pela Índia, visi-tamos Cochim, no estado de Kerala, na costa oci-dental do território. Completamente diferente do norte árido do país, o destino é repleto de coqueiros, bananeiras e remete muito ao tropical nordeste brasileiro. Se estiver de passagem pela cidade, alugue um barquinho de bambu e navegue pelas águas locais para contemplar paisagens exu-berantes durante todo o trajeto. Caso a viagem seja feita na época das monções, entre junho e outubro, os passeios nas embarcações fi cam inviáveis e, por isso, recomendo agendar a visita entre novembro e março, quando o clima é mais ameno. Saturada por tantos elementos mágicos como a rica cultura local, os sabores das comidas e o colo-rido das roupas, é fácil entender o porquê do meu amor pela Índia.

queira fugir dos programas mais consumistas, pegue um barquinho na frente do hotel Taj Mahal e vá até a Ilha de Elefanta, que abriga lindas pedras esculpidas em homenagem ao deus Shiva. O passeio é curto e agradável, já que, singrando pelas águas do Mar Ará-bico, você poderá esquecer brevemente do trânsito local. No fi m do dia, não deixe de passar pelo tradicio-nal Leopold Cafe e pedir um drink para relaxar. O penúltimo destino da nossa jornada indiana foi Hyderabad, cidade localizada na região centro--sul do país. Com pouquíssimos turistas, o local guarda uma população majoritariamente muçul-mana e, durante cinco vezes ao dia, era possível ouvir os cantos que convidavam o povo para reali-zar as tradicionais preces. Ficamos hospedados no belíssimo Taj Falaknuma, hotel majestoso locali-zado no topo de um monte.

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SERVIÇO

Como chegarPegar um voo até Londres (11h30 de viagem) e, depois, seguir até Délhi, em um trajeto que dura cerca de nove horas.

Onde comerLe Cirque, no hotel Leela Palace, em Délhitheleela.com

Threesixty, do hotel Oberoi, em Délhioberoihotels.com

Leopold Cafe, em Mumbaileopoldcafe.com

Onde fi carThe Imperial, em Délhitheimperialindia.com

Umaid Bhawan, em Jodhpurumaidbhawan.com

Taj Falaknuma, em Hyderabadtajhotels.com

Onde passearAnokhi, em Délhianokhi.com

Bungalow Eight, em Mumbaibungaloweight.com

Forest Essentials, em Mumbaiforestessentialsindia.com

Beleza indiana—Acima e ao lado, Fabiana com a família em Cochim; no topo, barco de bambu navega pelo rio da cidade. No alto da página anterior, a piscina do Taj Falaknuma; no detalhe, a varanda do hotel

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Colombier BeachFaça um passeio de barco e descubra todo o encanto desta praia paradisíaca.

Bonito St. BarthCom vista privilegiada para Gustavia, o res-taurante é perfeito para tomar um drink e apreciar o pôr do sol.ilovebonito.com

ArezzoSandálias leves para com-por os looks coloridos do verão não podem faltar na mala. Aposte em modelos preto, marrom e nude. arezzo.com.br

Isle de FranceCom piscina privativa nas vilas, o hotel é o meu pre-ferido. Não deixe de gastar algumas horinhas no spa. stbarthisledefrance.chevalblanc.com

Thierry Lasry Os óculos que viraram fe-bre internacional são peça obrigatória na bagagem.thierrylasry.com

44 Cartas do Mundo Líquido ModernoO livro do sociólogo po-lonês Zygmunt Bauman é a minha dica de leitura.livrariacultura.com.br

Com natureza exuberante e água azul-turque-sa, St. Barth, na América Central, é um destino cativo meu e de minha família. Estar em con-tato com o mar, ter aquela sensação gostosa ao pisar na areia e fazer um passeio de barco até praias pouco exploradas, como a Colombier, tornam o lugar um refúgio perfeito.

Para garantir uma viagem tranquila, eu prefi -ro frequentar o reduto no fi m do verão, fora do período de alta temporada. Meu hotel preferido é o Isle de France, onde há um spa delicioso e vilas com piscinas privativas. Para apreciar um pôr do sol incrível, a dica é ir para a Gustavia.

Na hora de preparar a bagagem, eu não abro mão de um bom livro – a obra do soci-ólogo polonês Zygmunt Bauman foi a esco-lhida em minha última visita ao local. Não se esqueça de colocar na mala um bom protetor solar, óculos escuros e uma sandália confor-tável. Sempre levo várias rasteirinhas para compor looks coloridos e fresquinhos, ideais para os dias quentes.

Partiu St. BarthA empresária Maythe Birman revela por que se apaixonou pela ilha caribenha e dá dicas do que levar na bagagem

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B I O R I T M O + M A D E

um treino personalizado e montado exclusivamente para ele de forma segura e efi ciente. Isso permite que qualquer pessoa participe, tendo suas necessidades atingidas.

Para quem você costuma indicar a participação no Programa?Indico para todos os alunos que, de alguma forma, estão insatisfeitos com suas medidas ou que queiram melhorar o condicionamento físico. Apesar do foco maior ser o ema-grecimento, pessoas magras também podem participar e se benefi ciar do treinamento.

Depois de quanto tempo os resultados começam a aparecer? Nos primeiros 30 dias, desde que o aluno treine três vezes por semana, como é recomendado pelo Programa. A ativi-dade será encerrada quando o aluno estiver satisfeito com o resultado. Esse tempo vai de cada um, pode levar seis meses ou mais, dependendo da frequência.

Além da redução de medidas, o Programa de Emagre-cimento traz algum outro benefício para o aluno?Sim. Ele faz com que as pessoas se insiram na prática de atividades físicas. 80% dos clientes que desistem da aca-demia alegando falta de tempo, na verdade, fazem isso por conta da falta de resultado. O abandono por essa segunda causa é totalmente combatido pelo Programa, uma vez que ele traz melhoras evidentes logo no primeiro mês.

MALHAÇÃO EFICIENTEA academia Bio Ritmo lança metodologia de treinamento inédita e exclusiva que promete ajudar homens e mulheres no emagrecimento

Quer reduzir medidas, afi nar a silhueta e conquistar o corpo perfeito? A Bio Ritmo tem o caminho para você atingir esses ideais: o Programa de Emagrecimento. Com treinos rápidos, personalizados e dinâmicos, os alu-nos perdem peso e melhoram o bem-estar físico e mental de forma saudável e segura. A seguir, Dr. Luiz Carlos Car-nevali Junior, técnico da rede de academias e coorde-nador do programa, fala sobre a efi ciência e a impor-tância desse treinamento.

Como funciona o Programa de Emagrecimento da Bio Ritmo?É um treino dinâmico, de alta intensidade e com duração de 45 minutos, cujo objetivo é fazer com que o aluno rea-lize os exercícios mantendo a frequência cardíaca o maior tempo possível dentro dos patamares preestabelecidos na avaliação física. Para isso, são utilizados equipamentos ergométricos e aparelhos de musculação. O mais impor-tante no processo de emagrecimento não é apenas gastar calorias durante o exercício, mas também aumentar o metabolismo corporal.

Cada pessoa tem um biotipo e um metabolismo pró-prio. Como o Programa atende a essas diferenças? Antes de iniciar os exercícios, o aluno é submetido a um teste de aptidão física, por meio do qual vai ganhar

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POR | Marcus Vinícius Yamada

LORDE HI-TECHA segunda geração do Jaguar XF manteve as qualidades do modelo anterior, mas incorporou novas tecnologias. Resultado: o mais eficiente e conectado exemplar da marca inglesa

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Lançado em 2007, o XF foi uma peça fundamental para a Jaguar reverter um cenário de crise e voltar a se fi rmar como um dos principais nomes do seg-mento premium do mercado automobilístico mun-dial. Agora, a grande novidade é a segunda geração. A montadora manteve as qualidades do anterior, como o design refi nado e esportivo e a dirigibilidade típica dos carros ingleses de apelo mais esportivo, mas incorporou diversas novidades que o deixam na vanguarda tecnológica de um setor extrema-mente competitivo.

O sedã usa a nova arquitetura da Jaguar, que lança mão da utilização abundante de alumínio, material presente em cerca de 75% de sua estru-tura. A nova geração é 190 quilos mais leve, o que se traduz em melhor desempenho e redução no consumo de combustível e no nível de emissões de poluentes. Por outro lado, a rigidez torcional cres-ceu 30% e a cabine fi cou mais protegida em caso de colisão. Resultado: mais segurança para os passa-geiros. Embora o novo XF seja 7mm mais curto que o antecessor, o espaço entre-eixos é de 5,1cm, tota-lizando 2,96m. A divisão de peso é praticamente

Velozes e poderosos—Ao lado e abaixo, o interior, que nesta versão tem a cabine mais protegida em caso de colisão, e o cluster de informações de TFT totalmente confi gurável. No pé da página, a traseira do sedã, que é 190 quilos mais leve que o antecessor. Na página anterior, o Jaguar XF, considerado o mais conectado da marca

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igual entre os eixos dianteiro e traseiro, a proporção considerada ideal para uma condução esportiva. Além disso, o lançamento usa os novos motores da linha Ingenium, mais potentes e econômicos.

O design manteve o mix da elegância inglesa com a esportividade dos melhores sedãs alemães. À frente, tem um corte vertical mais acentuado e faróis mais alongados. Já a cabine mostra a tradição de interio-res muito bem acabados e extremamente sofi stica-dos, com o uso de materiais nobres. O sedã segue com o acionamento da transmissão por um botão rotativo, em vez da tradicional alavanca, mas agre-gou elementos que são o estado da arte da tecnologia automotiva. O cluster de informações ao motorista é de TFT (thin-fi lm transistor) e totalmente confi gu-

rável, podendo exibir desde um painel tradicional, com a emulação de velocímetro e contagiros de ponteiros, até um mapa do sistema de navegação. Já a aparelhagem multimídia central tem uma tela de 12,3 polegadas, que incorpora o InControl Touch Pro System – segundo a marca, é o Jaguar mais conectado de todos os tempos. De forma bem intuitiva, controla os sistemas de entreteni-mento, climatização e ajustes do veículo.

“Acredito que o XF é o mais belo carro da cate-goria”, diz, sem modéstia, o diretor de design da Jaguar, Ian Callum. “Ele é requintado, com pro-porções muito bem resolvidas e representa de forma excepcional a tradição dos sedãs esporti-vos da Jaguar”. E dá para discordar dele?

Velocidade máxima—Ao lado, o painel do carro, com a emulação de velocímetro, conta-giros de ponteiros e mapa do sistema de navegação. Na página anterior, o Jaguar XF, cuja frente tem um corte vertical acentuado e faróis mais alongados que o modelo anterior

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CERTO, POR LINHAS TORTAS

POR | Eduardo Simões FOTOGRAFIAS | Leonardo Finotti

No interior de São Paulo, o escritório Jacobsen Arquitetura garante a vista para a natureza exuberante de uma casa de campo, sem perda da privacidade, criando projeto em zigue-zague

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O verde magnífi co que predomina na paisagem da Quinta da Baroneza tem certamente um papel de peso em qualquer projeto neste condomínio, que fi ca a 90 quilômetros de São Paulo, entre as cidades de Itatiba e Bragança Paulista. Mas as curvas do terreno da Residência CA, vista nestas páginas, acabaram sendo também determinantes nas soluções propos-tas pelo escritório Jacobsen Arquitetura.

Quase toda térrea, a construção foi dividida em três áreas principais – social, íntima e de serviço –, que correspondem a três volumes bem indepen-dentes entre si, em razão da disposição da planta em zigue-zague. “Isso deu um movimento interessante à circulação, que é uma situação geralmente monó-tona, porque a pessoa praticamente precisa sair da casa para ir de um volume ao outro. Além disso, como a casa não está disposta em linha reta, mas num ‘S’, o impacto de sua presença na paisagem é menor”, ressalta Paulo Jacobsen, que divide a auto-ria do projeto com o fi lho, Bernardo.

As áreas de serviço e lazer – com cozinha, sauna, sala de ginástica e uma varanda gourmet –, fi cam na parte mais alta do lote. Ao centro, a área social – com

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“Como a casa não está disposta em linha reta, mas num ‘S’, o impacto de sua presença na paisagem é menor”

salas de estar e jantar voltadas para a vista e a piscina – é toda transparente e tem um detalhe arquitetônico tão leve quanto funcional: uma cobertura leve, incli-nada, que forma uma varanda em todo seu compri-mento. No declive natural do terreno está o volume com os quartos (três suítes), suspenso por pilotis, que criam um pavimento inferior, onde fi ca um ateliê--escritório, que também pode funcionar como suíte.

Quando contataram o escritório, há pouco mais de cinco anos, os proprietários – com idade entre 40 e 50 anos, profi ssionais do mercado imobili-ário e muito ligados ao universo de arte, design e

Amadeirado—Acima, a escada conecta o bloco social, no térreo, às suítes; ao lado, o quarto tem portas de correr e dá vista para os dois lados da casa; abaixo, ambiente com mesa de sinuca, forro de freijó e luminária Lightworks. Na página anterior, o ambiente gourmet e o hall, onde é possível notar a circulação em “S” da casa

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Elemento vazado—A fachada com painéis de peças de alumínio verticais

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Social—Acima, o estar com poltronas Mole, de Sergio Rodrigues, da Dpot. Ao fundo, sala de jantar com mesa da Monica Cintra e cadeiras executados por Paschoal Ambrósio

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Transparência—Vista lateral da casa, completamente integrada à natureza do entorno

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arquitetura – ressaltaram o desejo de ter uma casa aberta. Ao mesmo tempo, requisitaram que a pri-vacidade em relação aos vizinhos fosse mantida. Para equacionar os pedidos, os arquitetos projeta-ram painéis metálicos móveis para os volumes com área de serviço e íntima.

“Esse foi um dos maiores desafi os do projeto, por-que tivemos de fazer vários protótipos e modifi cá-los à medida que estudávamos questões como mobi-lidade, iluminação, ventilação e, claro, o posicio-namento das aletas tendo em vista a privacidade”,

afi rma Bernardo, salientando que os painéis recebe-ram uma pintura que lembra o tom do aço corten.

A paleta de cores, a propósito, é quase toda neutra. O projeto de interiores feito por Eza Viegas foi desen-volvido “em consonância com a arquitetura”, como res-salta Bernardo, e também inclui muita madeira e pedra. A decoração com mobiliário brasileiro, com peças de Sergio Rodrigues, Carlos Motta e Monica Cintra, abre espaço para somente algumas pinceladas de cor, nas poltronas e almofadas, por exemplo. No mais, reina a sobriedade. Como não poderia deixar de ser.

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Lazer—Acima, a varanda com poltronas Astúrias, de Carlos Motta; no alto, à direita, acesso ao ateliê com portas de aço corten; à esquerda, as portas dos quartos de madeira freijó e o corredor iluminado pelo painel de alumínio vazado; ao lado, a piscina revestida de pedra verde da Indonésia. A chaise é Carlos Motta e os ombrelones são Casual Exteriores

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Natural—A fachada da morada, que guarda o ateliê e as suítes de hóspedes, no bloco inferior, e os quartos dos moradores, no superior

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Quando já passava dos 80 anos e era um artista mun-dialmente reconhecido, Joan Miró ajudou a criar uma fundação e um museu em Barcelona, na Espanha, para organizar o seu legado. Instalada dentro do parque de Montjuïc, no alto de uma colina, a instituição ocupa um edifício racionalista criado pelo arquiteto e amigo do pintor Josep Lluís Sert e administra um acervo de, aproximadamente, 14 mil obras, entre pinturas, dese-nhos, gravuras, esculturas, cerâmica e documentos.

Entre outras atribuições, a fundação empresta obras de Miró (1893-1983) para museus do mundo e orga-niza, em média, duas grandes exposições por ano fora da Espanha. Em 2011, correalizou uma grande retros-pectiva na Tate Modern, em Londres, e, agora, ajudou a estruturar o conjunto de 40 pinturas, 22 esculturas, 20 desenhos e 25 gravuras que aportam no Instituto To-mie Ohtake, em São Paulo, a partir do dia 23 de maio, para a mostra Joan Miró: A Força da Matéria.

“O caráter contestatório de Miró vai poder ser visto ao longo de toda a exposição, a começar por uma pequena tela de 1931”, explica a diretora da fundação, Rosa Maria Malet. Segundo ela, a mostra brasileira é baseada em três grandes núcleos cronológicos: o primeiro, dedicado aos anos 1930 e 1940, com pinturas e desenhos da época da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Guerra Mundial; outro, da reclusão do artista em Palma de Mallorca, a partir de 1956; um terceiro, organizado para uma grande retrospectiva realizada no Grand Palais, em Paris, em 1974. Há ainda uma seção dedicada a mostrar a habilida-de de Miró em dominar e tirar partido de diferentes pro-cessos técnicos, como a gravura e a escultura. “Ele tinha convicção de que, para alcançar a pureza, era preciso ir além da pintura convencional.”

A expertise de Malet sobre a obra de Miró não é de hoje. Nos anos 1970, quando era uma historiadora de arte recém-formada, ocupou-se da catalogação, do registro e do inventário dos trabalhos doados pelo artista para constituir o acervo da fundação. “Ele falava pouco, mas seus gestos e seu olhar eram muito expressivos”, diz, lembrando-se particularmente da atenção que o pintor dispensava aos artesãos e assistentes que o cercavam. F

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JOAN MIRÓ EM CENAMais de cem obras do artista espanhol desembarcam em São Paulo para uma megaexposição no Instituto Tomie Ohtake, em maio. Por trás da mostra está o trabalho minucioso da fundação encarregada de organizar o legado do pintor

POR | Gabriela Longman

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A importância de Miró perfaz todo o século 20. Lá estava o pintor, a partir de 1915, bebendo na fonte do fauvismo de Matisse; em 1924, foi tido como o “maior surrealista entre os surrealistas” por André Bre-ton, escritor francês considerado o principal fundador da vanguarda do movimento artístico; em 1954, foi premiado na Bienal de Veneza; em 1974, pintou as tapeçarias que adornavam o hall de entrada do World Trade Center – uma das mais importantes obras de arte perdidas no atentado de 11 de Setembro.

A história, porém, não fi ca no passado. Diretora da fundação desde 1980, Malet e sua equipe procuram fo-mentar e expor artistas contemporâneos que, de alguma maneira, dialogam com o legado do pintor - a libanesa Mona Hatoum ou o dinamarquês Olafur Eliasson, para citar dois exemplos. “Escolhemos artistas que mantêm o espírito de investigação, inovação e liberdade que caracterizaram vida e obra de Miró. O catalão Ignasi Aballí será o próximo, com uma exposição na primavera de 2016 na fundação”, antecipa.

Outra missão da instituição é atribuir certifi cados de autenticidade para obras de Miró – tarefa quase sempre controversa, que desafi a fundações similares no

Obra-prima—Ao lado, escultura de Miró que estará na exposição em São Paulo; abaixo, à esquerda, obra Mulher na Noite e, à direita, La Equilibrada; no pé da página, a Fundação Joan Miró, em Barcelona

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mundo todo. Segundo Rosa, em 2014, foram recebidos 146 pedidos de autenticação - 128 atribuídos a Miró, 14 dados como falsos e quatro deles sem uma posição defi nitiva. “Nosso arquivo tem um papel fundamental para a investigação de sua obra e técnica, bem como para inventariar sua obra. Aqui se conservam desenhos de obras que não chegaram a ser realizadas, cadernos de estudo, esboços”, resume a diretora.

Presente na mostra brasileira, bem como em toda a obra de Miró, está o empenho do pintor para recupe-rar as qualidades espirituais e mágicas típicas da arte primitiva, a “força vital” supostamente perdida pela civilização industrial. “Ele lidava com algo incri-velmente mais poderoso e que se punha como uma revelação cosmogônica, uma certa reinauguração da expressão, para uma mais pessoal e, ao mesmo tempo, universal”, sugere o escritor português Valter Hugo Mãe, num texto produzido especialmente para o catálogo da exposição. “Na candura de tantos dos seus trabalhos, mesmo dos que discorrem sobre assuntos difíceis ou violentos, há uma espécie de reaprendiza-gem do gesto artístico, ou um primitivismo que tinge tudo de espontaneidade, de originalidade.”

Não faltarão, é certo, as manchas em preto, as cores pri-márias, os símbolos e as linhas fi nas que tornaram a obra de Miró reconhecível nos cinco continentes. São Paulo e Barcelona fi cam mais perto, aproximadas por um traço. F

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“O caráter contestatório de Miró vai poder ser visto ao longo de toda a exposição, a começar por uma pequena tela de 1931”

Curadoria—Abaixo, retrato da diretora da Fundação Joan Miró, Rosa Maria Malet; à esquerda, obras do artista espanhol que estarão expostas no Instituto Tomie Ohtake, em maio

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MARIA FERNANDA TEMBRA

Desde que o mundo é mundo, buscamos e valori-zamos o belo. A aparência é importante para quase tudo na vida. Hoje, com a competição no mercado de trabalho, a disputa nos relacionamentos pessoais e a exposição constante nas redes sociais, a obsessão pela beleza vem crescendo excessivamente. Desejamos ter o corpo e o rosto perfeitos e faremos qualquer coisa para conseguir isso, certo? A resposta é não! Não dá para nos transformar a qualquer preço, pensando que, assim, vamos agradar a todos ao nosso redor. Os gostos variam. Querer atingir padrões inatingíveis pelas características físicas produz maus resultados e nos leva a um único lugar: à frustração.

O segredo é buscar o que é bonito e harmonioso em nós, saber valorizar os pontos fortes e nos aceitar da maneira como somos. A perfeição não é a meta, mas médicos e tratamentos podem ajudar a solucionar aquilo que mais incomoda e prejudica a autoestima. Na minha opinião, pequenas intervenções sempre são melhores que grandes intervenções raramente.

O que não falta atualmente são caminhos poucos agressivos de se alcançar melhorias estéticas. O ultrassom focal para rejuvenescimento Ulthera é excelente. Com apenas uma sessão por ano, feita no consultório, já é possível atingir resultados incríveis contra a flacidez. O Skin Booster, com pequenas inje-ções para hidratar e estimular o colágeno, também é uma ótima opção. Para melhorar a textura da pele, há o laser de CO2 fracionado e, no combate às olheiras, tratamentos de preenchimento ou com o Laser Spec-tra, que reduz as manchas escuras. Mas é o desejo por perda de medidas que está mais em alta. Costumo fazer o CoolSculpting, por meio do qual as células de gordura são eliminadas com o frio, sem a necessidade de cortes, anestesias ou outras substâncias injetáveis,

MARIA FERNANDA TEMBRA é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e proprietária da clínica homônima. É também membro da Academia Americana de Dermatologia e especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e AMB

Proprietária de uma das mais respeitadas clínicas de São Paulo, a dermatologista Maria Fernanda Tembra revela os segredos para uma aparência jovem e saudável – e ainda alerta: o desejo de atingir padrões estéticos predefinidos leva apenas à frustração

À fl or da pele

e também o iLipo, um laser que estimula a resposta natu-ral do corpo na eliminação das gordurinhas e celulites.

Fico satisfeita de notar que, de uns tempos para cá, vem aumentando a procura por tratamentos preventivos, assim como estão sendo mais valorizadas intervenções estéticas com resultados naturais. Quando uma paciente chega a meu consultório querendo modifi car radicalmente algum aspecto da aparência por meio de métodos drásticos e invasivos – o que tem se tornado mais raro –, costumo conversar e mostrar o que poderia fi car melhor nela.

Difi cilmente minhas sugestões são ignoradas. Também não sigo receitas, afi nal, cada pele é uma pele e cada corpo é um corpo. Preciso examinar antes de defi nir o que se aplica em cada caso, lembrando que o ideal é manter a aparência saudável. Enfi m, não faltam soluções para nos sentir mais bonitos. Cuide-se, mas tenha sempre em mente que pessoas felizes são defi nitivamente mais belas.

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P E N S ATA | C O M P O R TA M E N T O

Tenho a impressão de que em determinado momento optou-se pelo comércio. O homem foi tirado da posição de centro do desenvolvimento e muitas das relações humanas viraram comerciais.

O que conhecemos hoje como hábito de consumo teve início no fi m do século XIX. Para que o modelo industrial prosperasse, era preciso que as pessoas tivessem a necessidade de comprar continuamente, pois, assim, a mercadoria não fi caria encalhada. A produção era em massa e, por isso, existia a importân-cia das convenções sociais. Quanto mais padronizadas, mais fácil seria atender a demanda.

A partir daí, outros players foram se somando ao grande jogo: a ilusão do crédito fácil, a sedução da publicidade e as técnicas de manufatura sofi sticadas – capazes de satisfazer desejos tão secretos que nem mesmo você sabia que tinha até ser seduzido por elas em alguma vitrine. Surgiu a segmentação do consumo e uma customização acessível, fazendo a convenção social perder força. A individualidade era a nova ban-deira de liberdade. Ou seria da propaganda?

Na sequência dessa história, o que era paisagem virou propaganda. Nossas cidades viraram propaganda. Cul-tura virou propaganda. Editoriais viraram propaganda. E, desde então, vivemos mergulhados no consumismo.

Não vejo nada de errado em consumir. Desde que o passado de caçadores-coletores foi superado, essa tarefa faz parte do cotidiano. O que me perturba é o excesso. Ambição é quando desejamos algo que ainda não pos-suímos, e alcançar esse objetivo pode nos encher de um certo valor. Ganância é quando queremos mais daquilo que já temos. Quando os desejos borram os limites do bom senso. Quando o egoísmo promove o esquecimento de que somos um grupo e que, se um tem demais, certa-mente para o outro irá faltar.

Para além das implicações econômicas ou de susten-tabilidade, uma das faces mais obscuras dessa nossa

RONY RODRIGUES

RONY RODRIGUES é analista de tendências da Box1824

Comprar, comprar e comprar... A lógica do capitalismo pode ter consequências desastrosas. É preciso parar para refletir, afinal, estamos consumindo ou nos oferecendo para ser consumidos?

Troca de valores

época talvez, seja o fato de que o excesso de consumo tirou o homem do centro da sua própria vida, pois a vida virou propaganda. Ou melhor, uma boa vida agora é lifestyle. Prova disso é a ascensão de blogueiros, cujo único conteúdo que disseminam são produtos e serviços a virar aspiração ou padrão de qualidade de vida. Come-çamos a acreditar que se não tivermos um like que nos valide, não temos existência. Nessa lógica, ou estamos consumindo ou nos oferecendo para ser consumidos.

E, assim, vivemos de acordo com o comércio.Por mais que possamos acreditar que evoluímos muito desde os primórdios, e até tenhamos espasmos de ética e estética avançada, a sensação é a de que crescemos muito pouco quando o assunto é consciência. E já está na hora de fazer esse exercício.

Antes de sair comprando por impulso, refl ita, invoque o seu espírito coletivo, pense na natureza e no bem comum. Questione cada desejo: “Eu preciso mesmo disso?”, “será que esse produto não prejudica o planeta?”, “esta é a melhor alternativa?”

Precisamos pensar no próximo. Resgatar as relações humanas, aquelas que não são exatas nem passíveis de dividendos. E exigir que o mercado também se com-prometa com o futuro. Não adianta só saber aonde se quer chegar, também é preciso se mover. Ou permane-ceremos assim: esperando sentados, ansiosos, solitá-rios e cheios de sacolas. Até que essa nova consciência venha nos resgatar.

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