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ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS INSTRUÇÕES Verifique se este CADERNO DE QUESTÕES contém 100 questões de múltipla escolha e 5 casos com questões dissertativas. Caso não esteja completo, informe imediatamente o fiscal da sala. Não serão aceitas reclamações posteriores. Escreva seu nome completo, sala, carteira e assine no campo indicado. Utilize caneta de tinta preta. Responda as questões de múltipla escolha na FOLHA OBJETIVA e os casos dissertativos no CADERNO DE RESPOSTAS, no espaço indicado. Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos. Leia atentamente as instruções contidas no CADERNO DE RESPOSTAS As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação. "Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". Boa prova! 18/Novembro/2018 Nome do Candidato: _________________________________________ _________________________________________ ASSINATURA SALA: CARTEIRA: RESIDÊNCIA MÉDICA - 2019 C A D E R N O D E Q U E S T Õ E S

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ESPECIALIDADES CIRÚRGICAS

INSTRUÇÕES

• Verifique se este CADERNO DE QUESTÕES contém 100 questões de múltipla escolha

e 5 casos com questões dissertativas.

• Caso não esteja completo, informe imediatamente o fiscal da sala. Não serão aceitas

reclamações posteriores.

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• Utilize caneta de tinta preta.

• Responda as questões de múltipla escolha na FOLHA OBJETIVA e os casos

dissertativos no CADERNO DE RESPOSTAS, no espaço indicado.

• Não será permitida qualquer espécie de consulta nem o uso de aparelhos eletrônicos.

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As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação.

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Boa prova!

18/Novembro/2018

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Prova Objetiva de Múltipla Escolha

QUESTÃO 01

Mulher de 46 anos submetida à tireoidectomia total por carcinoma papilífero. No 1º dia de pós-operatório a paciente referiu que engasgou ao tomar água durante toda a noite. Dormiu em decúbito elevado de 30º. A paciente está eupneica, sem estridor e não há abaulamento da ferida operatória, porém a voz está soprosa e curta. A laringoscopia antes da alta hospitalar revela paresia bilateral de pregas vocais com fenda central ampla. Com esses dados, qual a conduta recomendada para esta paciente?

(A) Fonoterapia e avaliar a passagem de sonda nasoenteral.

(B) Traqueostomia de emergência pelo quadro clínico.

(C) Alta hospitalar com levotiroxina e carbonato de cálcio.

(D) Intubação orotraqueal e corticoterapia.

QUESTÃO 02

Menino de 5 anos apresenta episódios recorrentes de abaulamento doloroso em topografia de glândulas parótidas desde os 2 anos de idade. Assinale a alternativa correta a respeito da provável doença neste caso.

(A) Trata-se de infecções recorrentes pelo paramixovirus, devendo-se vacinar a criança o quanto antes.

(B) A principal hipótese diagnóstica é de sialolitíase por hipereuricemia.

(C) Habitualmente há melhora espontânea na adolescência, sem a necessidade de tratamento cirúrgico.

(D) A ecografia é considerada o exame padrão ouro para diagnóstico.

QUESTÃO 03

Paciente de 24 anos vítima de colisão moto x auto apresenta trauma crânio encefálico. Na admissão apresentava via aérea pérvia, estável hemodinamicamente, consciente e orientado. Ao exame físico possuía saída de líquido hialino em moderada quantidade pela fossa nasal esquerda com alguns laivos de sangue. Realizada Tomografia computadorizada de crânio que demonstrou fratura de ossos próprios nasais e teto do etmoide, sem desalinhamentos. Assinale a alternativa correta sobre a principal hipótese diagnóstica acerca do achado de exame físico.

(A) A dosagem de glicose neste liquido quando menor que 20mg/dL confirma o diagnóstico.

(B) O tratamento cirúrgico de urgência deve ser instituído, pelo risco de desenvolvimento de meningite.

(C) A abordagem cirúrgica nesses casos tem como via de acesso apenas a craniotomia, com elevadas taxas de mortalidade e morbidade.

(D) Deve ser adotada inicialmente conduta expectante com repouso absoluto, decúbito elevado e cobertura antibiótica profilática para meningite.

QUESTÃO 04

Qual dos seguintes procedimentos pode piorar a aspiração traqueal em pacientes disfágicos?

(A) Injeção de toxina botulínica nas glândulas submandibulares e parótidas.

(B) Traqueostomia.

(C) Parassimpatectomia (secção dos nervos corda do tímpano e Jacobson).

(D) Suspensão laríngea.

QUESTÃO 05

Homem de 35 anos realizou um tratamento dentário no segundo molar inferior direito há 3 dias. Há 1 dia refere queda do estado geral, com um pico febril de 37,8ºC, desconforto para deglutir e respirar. Encontra-se prostrado, corado, desidratado +/4+, com 37,2ºC, FC 100 bpm, FR 28. Apresenta trismo que prejudicou a avaliação oral, mas o aspecto local na região do tratamento odontológico era de leve edema. O pescoço encontra-se edemaciado e hiperemiado da região submandibular até o terço inferior D. Não há definição de nódulos, mas há leve crepitação na região submandibular.

Pode-se afirmar que se trata:

(A) Angina de Ludwig e há risco de obstrução respiratória.

(B) Angina de Vincent e há risco de flebite.

(C) Angina de Plaut e há risco de meningite.

(D) Angina de Pecho e há risco de mediastinite.

QUESTÃO 06

Homem 55 anos apresenta episódio de dor aguda na fossa ilíaca esquerda. A tomografia mostra processo inflamatório em região de sigmoide, com densificação acentuada da gordura e do mesocólon adjacentes, embora sem evidência de abscesso ou pneumoperitônio. Encontra-se hemodinamicamente estável e apresentou melhora da dor após 48horas do início do quadro, com dieta líquida sem resíduos e antibiótico intravenoso. Não tem evidência de quadro obstrutivo associado. Qual a conduta recomendada neste caso?

(A) Laparoscopia para melhor diagnóstico.

(B) Manter internado para colonoscopia.

(C) Manter antibioticoterapia intravenosa por 10 dias.

(D) Alta com antibióticos por via oral.

QUESTÃO 07

Mulher de 24 anos de idade, grávida de 22 semanas, vem ao pronto-socorro com vômitos e dor epigástrica há 1 dia. A ultrassonografia demonstra cálculos no interior da vesícula biliar, com hepatocolédoco de 8mm de largura. Amilasemia: 653U/L; Lipasemia: 923U/L; Fosfatasemia alcalina: 250U/L; Gamaglutamil transferase sérica: 420UI/L e Bilirrubinemia dentro da normalidade. Após 48h de tratamento clínico houve regressão dos valores das enzimas próximos aos da normalidade. Quanto à conduta recomendada neste momento pode-se afirmar que:

(A) A colecistectomia laparoscópica pode ser realizada com baixo risco para a mãe e o feto nesta idade gestacional.

(B) O tratamento cirúrgico está contraindicado, pois a taxa de recorrência da pancreatite aguda na gravidez é menor que 15%.

(C) A colangiopancreatografia endoscópica com papilotomia é o exame a ser realizado nesta paciente.

(D) A tomografia computadorizada deve ser realizada para se excluir complicações da pancreatite aguda.

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QUESTÃO 08

Mulher de 65 anos refere dor epigástrica constante irradiada para o dorso associada à anorexia, náuseas e vômitos esporádicos há 5 dias. É internada devido à amilasemia de 320UI/dL, bilirrubinemia normal e APACHE II de 8 pontos. É iniciado tratamento clínico com melhora após 48h e, neste intervalo, foi realizada tomografia de abdome, cuja imagem é mostrada a seguir.

Antecedente pessoal: há 1 mês foi internada durante 5 dias devido à episódio de pancreatite em que a ultrassonografia de abdome mostrou colelitíase sem dilatação das vias biliares e com aumento das dimensões do pâncreas. Na época, respondeu bem ao tratamento clínico e com boa aceitação de dieta hipogordurosa.

A conduta recomendada neste momento é:

(A) colecistectomia.

(B) colangiografia endoscópica retrógrada.

(C) cistogastrostomia ou cistojejunoanastomose.

(D) nutrição enteral e observação clínica.

QUESTÃO 09

Mulher 46 anos de idade procurou atendimento médico queixando-se de dor abdominal de forte intensidade há 4 horas associada a vômitos. Faz uso de aspirina. No exame clínico, a paciente mostrava-se prostrada, com pressão arterial de 110x70mmHg, pulso de 96bpm e temperatura de 37,8ºC. A avaliação clínica do tórax não apresentou anormalidade. Durante o exame abdominal, verificou-se rigidez da parede abdominal e dor difusa à palpação, principalmente, em abdome superior. No exame radiológico simples do abdome detectou-se alça jejunal sentinela e ausência de pneumoperitônio. Os resultados dos exames laboratoriais indicaram leucocitose, bastões com contagem aumentada e amilase sérica elevada.

Os diagnósticos mais prováveis são:

(A) trombose mesentérica e úlcera péptica perfurada.

(B) pancreatite aguda e úlcera péptica perfurada.

(C) pancreatite aguda e obstrução intestinal.

(D) pancreatite aguda e trombose mesentérica.

QUESTÃO 10

Dois jovens com idades entre 20 e 30 anos foram submetidos ao tratamento para apendicite aguda em fases diferentes. O primeiro tinha apendicite aguda com tomografia indicando processo inflamatório apendicular, sem abscesso e foi submetido à apendicectomia videolaparoscópica. O segundo doente a tomografia mostrava abscesso periapendicular que foi submetido somente a drenagem por via percutânea guiada por imagem. Ambos receberam antibioticoterapia intravenosa.

Com relação às condutas adotadas é correto afirmar que:

(A) O critério de alta hospitalar no primeiro doente está condicionada à ausência de febre enquanto que no segundo doente é a retirada do dreno.

(B) Em ambos os casos a antibioticoterapia dever ser superior a 5 dias.

(C) A chance do segundo doente apresentar alguma complicação após a drenagem percutânea está em torno de 15%.

(D) A apendicectomia de intervalo após drenagem percutânea do 2º. Doente se faz necessária devido a chance de novo surto de apendicite de superior a 50%.

QUESTÃO 11

Quais as fraturas que ocorrem com maior frequência em idosos que sofrem queda da própria altura?

(A) Arcos costais, fêmur e punho.

(B) Pelve, ossos da mão e vértebras torácicas.

(C) Sacro, púbis e ossos do pé.

(D) Arcos costais, tíbia e púbis.

QUESTÃO 12

Homem de 91 anos, hipertenso, em uso de clopidogrel devido à angioplastia coronariana com colocação de stent há 20 dias, apresentou perda momentânea do equilíbrio e queda da própria altura com trauma em região parieto-occipital direita. Chega ao pronto socorro após 15 minutos da queda com pressão arterial de 170x60mmHg, pulso de 87 bpm e saturação de O2 de 95% em ar ambiente. Avaliação inicial segundo protocolo do ATLS é normal. A escala de coma de Glasgow é 15 com pupilas normais e fotorreagentes bilateralmente. Qual a conduta recomendada?

(A) Tomografia computadorizada de crânio.

(B) Alta com orientação.

(C) Eletroencefalograma.

(D) Internação para observação clínica por 24 horas.

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QUESTÃO 13

Mulher de 82 anos é atendida no Serviço de Emergência levada por familiar que relata que a doente tem dor no abdome superior à direita ao respirar fundo. Também informa que o exame de ultrassom abdominal feito há 6 meses evidenciou pedra na vesícula. Ao exame físico como dados relevantes, a doente se apresentava em regular estado geral, desidratada, desnutrida e anictérica. Pulso: 84bpm, rítmico e PA: 140x90mmHg. Apresentava manchas arroxeadas no dorso e abdome. À palpação do hipocôndrio direito foi identificado dor localizada na reborda costal direita e crepitação óssea. Qual é a principal hipótese diagnóstica?

(A) Empiema de vesícula biliar.

(B) Síndrome de maus tratos.

(C) Pancreatite aguda necro-hemorrágica.

(D) Tumor de vesícula.

QUESTÃO 14

Em relação ao delirium do paciente idoso no pós-operatório, assinale a alternativa correta.

(A) O idoso com antecedente de demência ao apresentar delirium no pós-operatório deve ser encarado inicialmente como piora da demência.

(B) O haloperidol é o fármaco de escolha para o tratamento do delirium hiperativo.

(C) Infecção, fármacos com atividade colinérgica e choque são considerados fatores precipitantes para o aparecimento do delirium.

(D) O delirium pós-operatório prolonga o tempo de internação do idoso, todavia não é acompanhado de declínio funcional e maior mortalidade.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 15 e 16:

Homem de 72 anos, motorista em uso de cinto de segurança, sofre acidente de auto X coluna de viaduto. É socorrido pela equipe de resgate e levado ao serviço de emergência com colar cervical e em prancha rígida. Após avaliação inicial, é submetido à tomografia de corpo inteiro, cuja anormalidade mais relevante encontra-se representada na imagem abaixo.

QUESTÃO 15

Qual é o diagnóstico dessa imagem?

(A) Fratura de arco costal.

(B) Hérnia diafragmática.

(C) Rotura de aorta.

(D) Fratura de esterno.

QUESTÃO 16

Ainda com relação ao diagnóstico da imagem da questão anterior, qual a conduta recomendada?

(A) Toracotomia anterolateral esquerda.

(B) Monitorização hemodinâmica e observação clínica.

(C) Laparotomia.

(D) Tratamento por radiologia intervencionista.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 17 e 18:

Homem de 30 anos foi vítima de ferimento por arma de fogo em transição toracoabdominal direita. Apresentava pneumotórax aberto à direita, que foi tratado na sala de emergência com limpeza, drenagem de tórax e fechamento provisório do ferimento. O doente necessitou de ventilação mecânica. Após a realização dos exames de imagem, observou-se: Frequência cardíaca: 140 bpm; Pressão arterial: 60 x 30 mmHg; SatO2: 70%; palidez cutânea e intensa sudorese fria.

QUESTÃO 17

Assinale o diagnóstico com referência à imagem acima apresentada.

(A) Hemotórax maciço.

(B) Hérnia diafragmática à direita.

(C) Tamponamento cardíaco.

(D) Pneumotórax hipertensivo

QUESTÃO 18

Em relação ao caso anterior, qual o próximo passo no tratamento desse paciente?

(A) Descompressão torácica.

(B) Laparotomia de urgência.

(C) Toracotomia de urgência.

(D) Pericardiocentese à Marfan.

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QUESTÃO 19

Mulher de 40 anos vítima de atropelamento é admitida na sala de emergência com estabilidade hemodinâmica. Refere dor no local da lesão da perna esquerda, ilustrada a seguir. O pé está quente, tem pulso pedioso, o enchimento capilar do hálux esquerdo é < 3 segundos e refere dor ao apertar os dedos do pé. Você é o cirurgião geral de plantão e o pronto-socorro não tem ortopedista. O tempo de transferência para outro serviço está estimado em 8 horas.

Qual a conduta recomendada?

(A) Colocar um garrote logo acima da lesão, imobilizar o membro, ocluir o ferimento e realizar profilaxia do tétano.

(B) Fazer curativo compressivo na perna, imobilizar o membro, realizar a profilaxia do tétano.

(C) Lavar e ocluir o ferimento com compressas estéreis, imobilizar o membro, fazer profilaxia de tétano e iniciar antibioticoterapia.

(D) Limpeza do ferimento com sutura da pele e imobilização do membro.

QUESTÃO 20

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca em axila direita. Apresentava-se com PA: 150X90 mmHg, P: 90 bpm e boa perfusão periférica. Foi realizada drenagem torácica do lado direito com sistema de drenagem para autotransfusão com a saída imediata de 750 mL de sangue que foi reinfundido. Nas 24 horas seguintes, houve drenagem de cerca de 200 mL de sangue, mantendo-se estável. Ilustrada abaixo está a radiografia de tórax feita 24 horas após a drenagem. Qual é o diagnóstico e qual deve ser a próxima conduta?

(A) Pneumotórax residual e nova drenagem.

(B) Hemotórax retido e tomografia.

(C) Dreno torácico mal locado ou obstruído e troca do dreno.

(D) Hemotórax maciço e toracotomia.

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QUESTÃO 21

Mulher de 50 anos sofreu queda em um barranco sendo trazida para o serviço de emergência pelo resgate pré-hospitalar. Está estável hemodinamicamente e apresenta dor abdominal. A foto a seguir foi feita à chegada da paciente, mostrando o dorso com a cabeça para a direita.

Qual é a conduta mais indicada a seguir?

(A) Tomografia de abdome total com contraste endovenoso e retal.

(B) Laparotomia exploradora.

(C) Remoção cuidadosa dos objetos encravados e observação hospitalar por 48h.

(D) Remoção dos objetos encravados, seguida de videolaparoscopia.

QUESTÃO 22

Paciente de 60 anos é vítima de ferimento por arma branca em tórax (foto). O exame físico revela ferimento abaixo do mamilo esquerdo. Pressão arterial = 90x70 mmHg, Frequência cardíaca=120 bpm, Sat O2=90%. Na ausculta pulmonar nota-se murmúrio vesicular preservado em ambos hemitórax.

Qual é a principal suspeita clínica e o tratamento recomendado?

(A) Ferimento toracoabdominal – laparoscopia.

(B) Pneumotórax hipertensivo – descompressão torácica.

(C) Tamponamento cardíaco – toracotomia de urgência.

(D) Hemotórax maciço – drenagem torácica.

QUESTÃO 23

Homem de 29 anos é vítima de atropelamento por caminhão em via de alta velocidade, deu entrada no pronto-socorro, trazido pelo resgate aéreo. A avaliação primária após 1000 mL de solução cristaloide é descrita a seguir:

A. Intubação orotraqueal, colar cervical e prancha rígida

B. Murmúrio vesicular presente bilateralmente, SatO2 98% (FiO2: 50%)

C. Pulso:145 bpm, PA: 70x40 mmHg, pelve estável, esfíncter normotônico, diurese clara após sondagem vesical, FAST positivo

D. Glasgow 3T, pupilas mióticas e fotorreagentes (recebeu midazolan para intubação orotraqueal)

E. Fratura exposta de membro inferior direito sem sangramento ativo

Assinale a alternativa com as condutas recomendadas para esse paciente:

(A) Tomografia de corpo inteiro, transfusão de 2 concentrados de hemácias e encaminhar ao centro cirúrgico após.

(B) Tomografia de corpo inteiro, iniciar protocolo de transfusão maciça e solicitar avaliação da neurocirurgia com urgência.

(C) Administração de ácido tranexâmico, protocolo de transfusão maciça e encaminhar ao centro cirúrgico.

(D) Administração de ácido tranexâmico, transfusão de 2 concentrados de hemácias e encaminhar ao centro cirúrgico após.

QUESTÃO 24

Homem de 33 anos foi vítima de acidente de moto x auto, sendo levado ao pronto-socorro com trauma torácico exclusivo. Apresenta fraturas do 3°ao 8° arcos costais no hemitórax direito. No 4° dia de UTI apresenta o seguinte exame físico, sem alteração em relação aos dias anteriores:

Lúcido e orientado, porém ansioso e queixando-se de dor torácica de forte intensidade. Frequência respiratória: 35 incursões respiratórias por minuto, com ausculta de roncos e sibilos difusos, SatO2: 90% com cateter O2 a 2 L/min. Hemodinamicamente estável. Afebril com exames laboratoriais normais. Rx de tórax com opacidade 1/3 médio HTD.

Cite as condutas recomendadas.

(A) Otimizar analgesia, objetivar balanço hídrico negativo e intensificar fisioterapia respiratória.

(B) Expansão volêmica com 30 ml/kg de cristaloide, coleta de hemocultura, urocultura e iniciar antibiótico de amplo espectro dentro de 1 h.

(C) Intubação orotraqueal e sedação profunda com bloqueio neuromuscular por 48 h.

(D) Ansiolíticos e, se não houver melhora, tomografia de corpo inteiro em busca de lesões despercebidas.

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QUESTÃO 25

Homem de 35 anos foi vítima de espancamento com trauma de crânio grave e edema cerebral difuso. Foi submetido a monitorização invasiva da pressão intracraniana. No 2º dia de internação na UTI apresenta as seguintes condições:

Intubado, sedado com fentanil e propofol, abre os olhos aos estímulos, pupilas isocóricas e fotorreagentes, pressão intracraniana mantida em 30 mmHg.

Saturação de O2 de 95%.

Pressão arterial média: 70 mmHg, FC: 92 bpm, em uso de noradrenalina 0,05 mcg/kg/min.

Temperatura Retal de 37,7°C.

Exames laboratoriais: hemoglobina 8,9 mg/dL, plaquetas 235.000, leucogra-ma: 12.500 sem desvio, creatinina: 1,2mg/dL, K+: 4,2 mEq/L, Na+: 140 mEq/L, gasometria com pH: 7,33; bicarbonato de 25 mEq/L; pO2: 80 mmHg e pCO2: 48 mmHg.

Cite as condutas em ordem de prioridade para o quadro desse paciente:

(A) Aprofundar sedação, solução hipertônica, investigação e tratamento de possível quadro infeccioso e transfusão de 1 concentrado de hemácias.

(B) Elevação da pressão arterial, controle de temperatura, aumento do volume minuto na ventilação mecânica e otimização da sedação se necessário.

(C) Elevação da pressão arterial, infusão de manitol, indução de coma barbitúrico e avaliação da equipe de neurocirurgia para discussão de craniectomia descompressiva.

(D) Aumento da fração inspirada de oxigênio na ventilação mecânica, transfusão de 1 concentrado de hemácias, aprofundar sedação e indução de hipotermia.

QUESTÃO 26

Homem de 67 anos portador do vírus da hepatite C foi vítima de queda de 6metros de altura, com trauma de crânio exclusivo. Foi submetido à drenagem de hematoma subdural + craniectomia descompressiva. Evoluiu com hipertensão intracraniana refratária a despeito de todas as medidas habituais.

No 3º dia de internação na UTI apresenta as seguintes condições:

Em uso de propofol + fentanil doses baixas, pupilas médio-fixas, Glasgow 3.

Intubado com parâmetros ventilatórios mínimos.

Hemodinamicamente estável.

Temperatura Retal de 36,5ºC.

Exames complementares, incluindo TC de crânio, levam à suspeita de morte encefálica.

Cite as condutas apropriadas para essa situação:

(A) Convocar familiares, explicar que será aberto protocolo de morte encefálica 1h após interrupção da sedação e abordar possibilidade de doação de órgãos.

(B) Desligar a sedação e proceder ao exame de morte encefálica após metabolização das drogas sedativas: ausências de reflexos de tronco, prova da apneia e exame complementar.

(C) Iniciar desmopressina de horário, desligar a sedação e proceder ao exame de morte encefálica após um mínimo de 24h: ausências de reflexos de tronco, prova da apneia e exame complementar.

(D) Convocar familiares, explicar gravidade do quadro e que não há possibilidade de abrir provas de morte encefálica devido às comorbidades e propor cuidados paliativos.

QUESTÃO 27

Mulher de 67 anos encontra-se no 7º dia de colectomia subtotal com anastomose primária por neoplasia de cólon. Evolui com piora do nível neurológico, Glasgow de 12, taquidispneia, saturação de O2 de 85% com cateter de O2, PA 80 x 40 mmHg, FC 130 bpm, abdômen distendido, sem sinais de irritação peritoneal, temperatura axilar de 37,9ºC, diurese de 200ml nas ultimas 12h. Rx de tórax sem infiltrados novos. Laboratório revela leucocitose e piora da função renal. Cite as condutas recomendadas neste momento para o paciente em questão:

(A) Iniciar ventilação não invasiva, diurético endovenoso, iniciar anticoagulação plena até resultado de ecocardiograma e TC protocolo TEP.

(B) Iniciar ventilação não invasiva, expansão com cristaloides, antibioticoterapia imediata de amplo espectro e investigação de foco infeccioso.

(C) Intubação orotraqueal, diurético endovenoso, iniciar anticoagulação plena até resultado de ecocardiograma e TC protocolo TEP

(D) Intubação orotraqueal, expansão com cristaloides, antibioticoterapia imediata de amplo espectro e investigação de foco infeccioso.

QUESTÃO 28

Em relação à fixação da prótese de polipropileno de acordo com a técnica de Lichtenstein, é correto afirmar que:

(A) O ponto que reconstitui o anel interno ao redor do funículo espermático, deve ser realizado entre os dois ramos da tela e o ligamento inguinal.

(B) No ligamento pectíneo, deve-se fixar a prótese com pontos separados.

(C) A tela deve ser fixada na borda do púbis, sem avançar sobre o mesmo.

(D) Na parte medial, a tela deve ser fixada com sutura contínua.

QUESTÃO 29

Paciente de 46 anos, tabagista, pedreiro, portador de hérnia inguinal à direita Nyhus III-A, foi operado segundo a técnica de Lichtenstein. No pós-operatório, evoluiu com dor intensa que o incapacitava inclusive para deambular, mesmo após 12 meses do procedimento cirúrgico. O exame físico mostrava dor bem localizada na região inguinal direita. Neste período foram realizados exames de imagem que não mostraram recidivas.

Assinale a alternativa correta.

(A) O tratamento da inguinodínea incapacitante é clínico, com uso de neurolépticos, opioides, ansiolíticos e antidepressivos tricíclicos.

(B) A alcoolização nervosa é o tratamento com melhores resultados na literatura e com o menor índice de complicações.

(C) Deve ser indicado tratamento cirúrgico, por via posterior.

(D) A provável causa do quadro clínico tem relação com o aprisionamento ou formação de neuroma do nervo íleo-hipogástrico.

QUESTÃO 30

A respeito da anatomia cirúrgica do espaço pré-peritoneal no abdome inferior, marque a alternativa correta:

(A) O espaço de Retzius é lateral aos vasos gonadais.

(B) O espaço de Bogros é anterior à bexiga.

(C) O triângulo de Doom é formado pelos seguintes limites: borda do músculo ileopsoas, ducto deferente e vasos gonadais.

(D) O triângulo da dor é lateral ao triângulo de Doom.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 31 a 33:

Paciente de 72 anos refere grande incômodo abdominal devido à hérnia que apareceu há 5 anos após prostatectomia radical por neoplasia. Ao exame físico, o defeito se localizava em cicatriz mediana infraumbilical, 4 cm abaixo da cicatriz umbilical até o púbis. A foto do paciente e um corte tomográfico são mostrados a seguir.

Os volumes do saco herniário e da cavidade abdominal estimados pelo método de Tanaka foram, respectivamente: volume da cavidade (VC) = 6,0 litros e volume do saco herniário (VH) = 1,2 litros.

QUESTÃO 31

Em relação ao planejamento da correção cirúrgica desta hérnia pode-se afirmar que:

(A) Existe relação inversa entre a razão VH/VC e o risco de síndrome compartimental abdominal no pós-operatório.

(B) A monitorização da variação da pressão intra-abdominal (PIA) é recomendada durante o procedimento operatório.

(C) Técnicas de avanço miofascial para ampliação da cavidade abdominal devem ser empregadas quando não for possível a correção da hérnia com viscerorredução.

(D) O pneumoperitônio progressivo deve ser empregado quando a relação VH/VC for menor que 20%.

QUESTÃO 32

A hérnia incisional ilustrada no caso acima pode ser caracterizada como:

(A) Hérnia de Amyand.

(B) Hérnia de deslizamento.

(C) Hérnia com perda de domicílio.

(D) Hérnia de Richter.

QUESTÃO 33

O tratamento cirúrgico recomendado para o caso é:

(A) Técnica combinada de Stoppa + reparo pré-aponeurótico (Chevrel).

(B) Técnica de Shouldice.

(C) Técnica de Ramirez.

(D) Reparo tecidual de Alcino Lázaro.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 34 e 35:

Homem de 32 anos procura atendimento médico com história de hematêmese em grande quantidade há 2 horas. Relata ter apresentado um episódio de evacuação com sangue vivo concomitante. Relata ainda que nunca apresentou episódio semelhante e nega outras comorbidades. Na avaliação inicial estava em regular estado geral, FC=120 bpm, PA=100x80mmHg, Tempo de enchimento capilar (TEC) > 3 segundos, obnubilado. Hemoglobina=9,5mg/dL; Hematócrito=28% e plaquetas=200.000/mm3. Realizou endoscopia digestiva alta que identificou esôfago normal e gastrite erosiva leve. Tinha grande quantidade de sangue na câmara gástrica, que foi aspirado com sucesso. Não foi identificada a origem do sangramento. Após receber 1000mL de cristaloide, o paciente encontra-se orientado com diurese=1mL/kg/min, FC=100bpm e PA=110x90 mmHg.

QUESTÃO 34

Na investigação do sangramento desse paciente, o próximo passo é:

(A) Colonoscopia.

(B) Enteroscopia ou cápsula endoscópica.

(C) Angiotomografia de abdome e pelve.

(D) Nova endoscopia digestiva alta.

QUESTÃO 35

A principal hipótese diagnóstica para este caso é:

(A) Esofagite com sangramento.

(B) Doença péptica.

(C) Lesão de Dieulafoy.

(D) Síndrome de Mallory-Weiss.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 36 e 37:

Paciente masculino, 45 anos, procura atendimento médico com história de hematêmese em grande quantidade há 1 hora. Relata ter apresentado sangramento há 4 meses, quando foi feito diagnóstico de varizes de esôfago sangrantes, tratadas com ligadura elástica. Desde esse episódio está em uso de propranolol e acompanhamento com grupo de apoio para cessação de etilismo e tabagismo e está na lista de transplante. As sorologias para viroses de hepatites foram negativas e o doppler mostrou sinais de hipertensão portal, mas sem sinais de trombose. Na avaliação inicial estava em regular estado geral, FC: 90 bpm, PA: 90X60 mmHg, TEC > 3 segundos, desorientado. Hb= 6,5 g/dL Ht: 21%, plaquetas: 200.000/mm3. Realizou endoscopia digestiva alta que identificou varizes de esôfago de médio calibre sem sinais de sangramento e variz de fundo gástrico com sangramento ativo, tratada com cianoacrilato. Apesar do tratamento inicial endoscópico, paciente apresenta novo quadro de hematêmese maciça em sala de emergência após 2 horas do exame, necessitando de drogas vasoativas e iniciado protocolo de transfusão maciça.

QUESTÃO 36

Na condução do sangramento desse paciente, o próximo passo é:

(A) Passagem de balão de Sengstaken-Blackmore.

(B) Passagem de prótese endoscópica teflonada por 48 horas.

(C) Transplante hepático de urgência.

(D) TIPS.

QUESTÃO 37

A respeito do caso acima, a conduta que deve ser adotada para paciente com hipertensão portal e sangramento inclui as medidas abaixo, com EXCEÇÃO de:

(A) Eritromicina durante a endoscopia.

(B) Profilaxia para peritonite bacteriana espontânea.

(C) Carvedilol.

(D) Uso de análogos da somatostatina.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 38 e 39:

Homem de 48 anos apresenta tumor de crescimento progressivo em região ântero-medial do braço esquerdo. A lesão surgiu há 2 anos, mas nos últimos 6 meses vem crescendo mais rapidamente.

A tomografia computadorizada mostrou tratar-se de lesão sólida e heterogênea, acometendo fáscia e em contato com estruturas vasculonervosas profundas e úmero.

Foi realizada biópsia, cujo exame histopatológico revelou sarcoma pleomórfico de alto grau.

Posteriormente, foram realizados exames apropriados para todo estadiamento do paciente, inclusive com ressonância magnética do membro acometido que é mostrada a seguir.

QUESTÃO 38

Em relação ao caso acima, acerca do comportamento biológico dos sarcomas de partes moles de membros e do seu manejo, pode-se afirmar que:

(A) De forma geral, mesmo os sarcomas de alto grau, apresentam baixo potencial de disseminação sistêmica. Na avaliação de lesões à distância, são aceitos radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome superior.

(B) Considerando o alto risco de metástases para linfonodos, é recomendável a investigação através de pesquisa de linfonodo sentinela e/ou ultrassonografia da cadeia linfonodal regional.

(C) Devido ao alto risco de metástases pulmonares, deve ser realizada tomografia computadorizada de tórax.

(D) Por se tratar de lesão de origem mesenquimal, deve ser realizada cintilografia óssea de corpo inteiro.

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QUESTÃO 39

Considere que o estadiamento foi apropriado e não se evidenciaram lesões à distância. Em relação ao tratamento do paciente, assinale a alternativa correta:

(A) Deve ser realizada ressecção radical do tumor, devendo o feixe vásculo-nervoso e o úmero serem ressecados para obtenção de margem tridimensional de segurança adequada.

(B) O tratamento com radioterapia adjuvante ou neoadjuvante deve ser indicado, com intuito de diminuição do risco de recorrência local.

(C) Considerando-se os altos índices de respostas hoje obtidos, o tratamento deve consistir de radioterapia radical com quimioterapia sensibilizante. A cirurgia pode ser uma opção em casos de resposta incompleta ou recidiva de doença.

(D) Por se tratar de lesão irressecável, a quimioperfusão isolada do membro deve ser a primeira opção de tratamento.

QUESTÃO 40

Homem 57 anos apresentou quadro de lesão cutânea hiperpigmentada em face lateral de coxa direita de cerca de 2 cm, com crescimento progressivo no último ano e prurido associado. Após avaliação por dermatologista, foi submetido à biópsia excisional da lesão, cujo resultado do exame histopatológico revelou melanoma lentiginoso, maior profundidade da lesão (Breslow): 3,1 mm, nível de Clark: IV, 2 mitoses/mm2, ulceração: presente, microssatelitose: ausente, regressão: ausente, invasão perineural: ausente, invasão angiolinfática: ausente, fase de crescimento: vertical, margens cirúrgicas: livres (a menor distando 2 mm da lesão).

Sobre o caso acima e os aspectos anatomopatológicos do melanoma é correto que:

(A) Os subtipos lentiginoso e acral possuem pior prognóstico, quando comparados com os outros subtipos de melanoma.

(B) Por se tratar de lesão muito superficial, este melanoma apresenta baixo potencial metastático.

(C) A presença de ulceração e mitoses, bem como a fase de crescimento vertical, são fatores associados a mau prognóstico presentes na lesão acima.

(D) Por apresentar margens microscópicas livres (ressecção R0), não há necessidade de procedimentos adicionais para controle local no paciente em questão.

QUESTÃO 41

Homem de 66 anos de idade chegou ao pronto-socorro apresentando quadro de dor abdominal de forte intensidade há 2 dias, associada a parada de eliminação de fezes e flatos. Referia que a dor iniciou difusa e em cólicas, mas que, há cerca de 12 horas, havia se tornado contínua. Negava vômitos. Negava perda de peso recente. Referia alteração do hábito intestinal, com obstipação e afilamento das fezes.

Ao exame, apresentava-se em bom estado geral, taquicárdico (110 bpm) e normotenso.

O abdome era distendido, timpânico à percussão, difusamente doloroso, com defesa voluntária em fossa ilíaca direita. Não havia dor à descompressão brusca.

Ao toque retal, apresentava lesão estenosante intransponível ao dedo, fixa, a cerca de 7cm da borda anal, com sangue em dedo de luva.

Após tomadas as medidas terapêuticas iniciais adequadas, optado por realização de tomografias de tórax, abdome e pelve. Os achados de imagem mostravam lesão expansiva em reto, com evidente invasão de próstata e bexiga e grande distensão cólica proximal; ceco medindo 13 cm e com discreta pneumatose em suas paredes. Ausência de distensão de intestino delgado ou de lesões sugestivas de acometimento secundário.

A equipe de plantão indicou tratamento cirúrgico, por laparotomia exploradora, com achado de necrose e esgarçamento de ceco (foto), além de confirmar o tumor de reto infiltrando bexiga e próstata já evidenciado no exame de imagem.

Qual a conduta recomendada?

(A) Colostomia em alça no transverso e encaminhamento para cuidados paliativos exclusivos.

(B) Ressecção radical da lesão com critérios oncológicos, através de exenteração pélvica, associada a ileotiflectomia (ressecção de íleo distal e ceco), ileostomia terminal, sepultamento do coto do cólon ascendente e fístula mucosa do coto do cólon distal.

(C) Dissecção cuidadosa da pelve, com descolamento do tumor em relação à próstata e à bexiga, associada a ileotiflectomia, ileostomia terminal, sepultamento do coto do cólon ascendente e fístula mucosa do coto do cólon distal. As estruturas previamente invadidas serão ressecadas em um segundo momento, eletivamente, com princípios oncológicos.

(D) Ileotiflectomia, com ilestomia terminal e fístula mucosa do coto do cólon ascendente.

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QUESTÃO 42

Mulher de 30 anos, com trombose venosa aguda diagnosticada em veia subclávia e axilar à esquerda. Não apresenta comorbidades ou fatores de risco relevantes. A etiologia mais provável e a alteração anatomopatológica responsável mais comum se encontram na alternativa:

(A) Trombofilia hereditária, mutação do fator V.

(B) Síndrome do desfiladeiro torácico, compressão costoclavicular.

(C) Síndrome do desfiladeiro torácico, costela cervical extranumerária.

(D) Síndrome do desfiladeiro torácico, hipertrofia do músculo escaleno.

QUESTÃO 43

Mulher de 70 anos refere tabagismo e diabetes melito de longa data. Está prestes a iniciar terapia de substituição renal dialítica. Qual o acesso recomendado neste caso para se dar início à terapia proposta?

(A) Fístula direta braquiocefálica em membro não dominante.

(B) Fístula com prótese braquioaxilar em membro dominante.

(C) Fístula direta radiocefálica em membro não dominante.

(D) Instalação de cateter tunelizado de longa permanência.

QUESTÃO 44

Mulher de 18 anos com IMC=19,5kg/m2, longilínea, refere desde os 15 anos dor lombar à esquerda, fadiga e mal estar geral, principalmente após atividade física. Recentemente apresentou quadro de hematúria espontânea macroscópica após praticar corrida. Após o evento, fez vários exames de urina, sempre com algum grau de hematúria. Nega outros sintomas. Escolha a alternativa que melhor explica o quadro clínico.

(A) Tromboflebite de veia gonadal esquerda.

(B) A veia renal esquerda em posição retroaórtica.

(C) Angiodisplasia uretereal esquerda.

(D) Síndrome de compressão da veia renal pela mesentérica superior.

QUESTÃO 45

Homem de 62 anos com acidente isquêmico transitório foi submetido à endartectomia de carótida. A bifurcação era alta e foram necessárias manobras técnicas adicionais para acessar a região. Assinale a alternativa correta que contém uma das manobras de acesso à carótida alta; qual o nervo craneano que pode ser lesado e a sua manifestação clínica.

(A) Secção do músculo omo-hioideo; nervo facial e queda da pálpebra.

(B) Subluxação da mandíbula; nervo glossofaringeo e broncoaspiração de repetição.

(C) Subluxação da mandíbula, nervo acessório, queda do ombro.

(D) Secção do músculo omo-hioideo, nervo hipoglosso, perda do paladar.

QUESTÃO 46

Mulher de 62 anos foi submetida à revascularização femoropoplítea com uso de dacron por isquemia crítica em membro inferior direito. A paciente evoluiu com infecção da ferida e após 5 dias apresentou pequeno sangramento na região da inguinotomia. Qual a conduta recomendada neste caso?

(A) Curativos diários e antibioticoterapia de largo espectro.

(B) Ligadura da artéria femoral e amputação transfemoral imediata.

(C) Remoção da prótese e confecção de ponte extra-anatômica com material autógeno.

(D) Remoção da prótese e realizar ponte com veia safena no mesmo trajeto.

QUESTÃO 47

Homem de 37 anos, proveniente do interior da Bahia, procura serviço médico por pirose e regurgitação há mais de 10 anos. Evoluiu com dificuldade para ingestão de alimentos e regurgitação que foram se agravando. Atualmente, refere que tem dificuldade em se alimentar com pastosos e sólidos. Realizou eletromanometria do esôfago que demonstrou ausência de abertura do esfíncter inferior do esôfago, aperistalse e ausência de atonia. Exame contrastado do esôfago mostra dilatação esofágica com diâmetro máximo de 4,5cm e ondas terciárias.

Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Esofagectomia em 3 campos.

(B) Cardiomiotomia com fundoplicatura.

(C) Dilatação endoscópica da cárdia.

(D) Infiltração do EIE com toxina botulínica.

QUESTÃO 48

Homem de 49 anos, com antecedente de tabagismo (45 anos-maço) e etilismo (3 doses de destilado por dia há 30 anos) relata perda de 7kg em 2 meses (peso atual de 47kg). Realizou endoscopia digestiva alta que revelou lesão esofágica ulcerada de 20 até 23cm da arcada dentária superior, friável ao toque, ocupando dois terços da circunferência do órgão. A biópsia confirmou o diagnóstico de carcinoma espinocelular.

Neste momento, qual a conduta recomendada a ser indicada para o caso?

(A) Tomografia com emissão de pósitrons (PET-CT).

(B) Esofagectomia em 3 campos.

(C) Quimioterapia e radioterapia neoadjuvante.

(D) Quimioterapia e radioterapia definitivas.

QUESTÃO 49

Mulher de 45 anos com IMC=28 kg/m² refere queixa de pirose e melhora após tratamento com 40mg de omeprazol ao dia. No entanto, mantém queixa importante de regurgitação e crises de tosse frequente. A endoscopia digestiva alta mostra esofagite leve e hérnia de hiato por deslizamento de 3 cm e a radiografia contrastada do esôfago, estômago e duodeno mostra hérnia de hiato por deslizamento de 4 cm de extensão.

Assinale a alternativa correta.

(A) Hiatoplastia com fundoplicatura é uma conduta adequada.

(B) Como o paciente apresentou boa resposta ao omeprazol não deve ser aventado o tratamento cirúrgico.

(C) Cirurgia não deve ser indicada nesse momento por se tratar de paciente com hérnia hiatal maior de 3 cm.

(D) Deve ser indicado by-pass gástrico em Y de Roux.

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ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 50 e 51:

Homem, 58 anos, com antecedente de refluxo gastroesofágico há 30 anos, em tratamento com omeprazol 20mg uma vez ao dia. Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou lesão ulcerada a 33 cm da arcada dentária superior que se estende até a transição esofagogástrica. A biópsia da lesão revelou adenocarcinoma moderadamente diferenciado.

QUESTÃO 50

Quais exames recomendados de estadiamento devem ser solicitados?

(A) Tomografia com emissão de pósitrons e ecoendoscopia.

(B) Tomografia de pescoço, tórax, abdome e pelve e laparoscopia.

(C) Tomografia de tórax, abdome e pelve e Tomografia com emissão de pósitrons.

(D) Tomografia de pescoço, tórax, abdome e pelve e laringotraqueobroncoscopia.

QUESTÃO 51

O estadiamento clínico mostrou que o tumor está restrito ao esôfago e há linfonodos periesofágicos com sinais de acometimento tumoral. Restante do estadiamento sem evidência de doença.

Qual a conduta recomendada para o caso neste momento?

(A) Quimio e radioterapia definitiva.

(B) Esofagectomia em 3 campos.

(C) Neoadjuvância.

(D) Esofagectomia transhiatal.

QUESTÃO 52

Homem de 55 anos com antecedente de megaesôfago chagásico, foi submetido há 10 anos à cardiomiotomia com fundoplicatura parcial. No momento queixa-se de disfagia a alimentos sólidos e o último exame de seguimento de endoscopia digestiva alta com corante Lugol evidenciou área hipocorada no esôfago distal. Realizou mucosectomia desta área e o resultado anatomopatológico da peça foi carcinoma espinocelular com acometimento do terço profundo da camada submucosa (sm3) com margens exíguas. Os exames de estadiamento não demonstraram comprometimento sistêmico.

Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Ampliação das margens por ressecção endoscópica.

(B) Dilatação esofágica com sonda.

(C) Esofagectomia.

(D) Seguimento com endoscopias a cada 6 meses.

QUESTÃO 53

Paciente submetido a bypass gástrico em Y de Roux para tratamento de obesidade mórbida há 6anos. Antes da cirurgia pesava 132kg. Após dois anos do procedimento, pesava 92kg e no momento está pesando 127kg.

Qual a conduta recomendada a ser indicada neste momento?

(A) Solicitar endoscopia digestiva alta e radiografia contrastada para avaliação anatômica.

(B) Indicar revisão da cirurgia para encurtamento de alça comum para 1 metro.

(C) Reavaliar paciente em 6 meses, já que ainda não se encontra no critério de reganho de peso.

(D) Iniciar tratamento clínico com antidepressivos.

QUESTÃO 54

Paciente com antecedente de gastrectomia vertical para tratamento da obesidade grave há 3 anos, com IMC atual de 27kg/m2. Apresenta queixas importantes de refluxo gastroesofágico, apesar do uso regular de inibidor de bomba de próton. Traz endoscopia digestiva alta que mostra esofagite erosiva distal severa e estômago pós-gastroplastia vertical sem alterações. A radiografia contrastada de esôfago, estômago e duodeno evidencia refluxo gastroesofágico até 1/3 proximal do esôfago. Realizou pHmetria esofágica que mostra refluxo gastroesofágico patológico.

Assinale a alternativa correta:

(A) Paciente não tem indicação cirúrgica por ter IMC abaixo de 35 kg/m2.

(B) Paciente deve ser submetido à laparoscopia diagnóstica para investigação de provável hérnia interna.

(C) Paciente deve ser submetido à manometria esofágica.

(D) O bypass gástrico em Y de Roux é alternativa cirúrgica adequada.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 55 e 56:

Com relação ao surgimento de fístulas gastrointestinais agudas após a realização de gastrectomia vertical em cirurgia bariátrica, responda:

QUESTÃO 55

Qual o sítio mais provável dessa complicação?

(A) Antro gástrico.

(B) Incisura angularis.

(C) Ângulo de His.

(D) Intestino delgado.

QUESTÃO 56

Qual o exame recomendado para diagnóstico desta complicação?

(A) Tomografia de abdome total com contraste por via oral.

(B) Tomografia de abdome total com contraste endovenoso.

(C) Ultrassonografia abdominal.

(D) Radiografia simples de abdome.

QUESTÃO 57

Mulher de 37 anos com queixa de empachamento e vômitos pós-prandiais realizou endoscopia digestiva alta que mostrou lesão subepitelial gástrica em grande curvatura de antro, de 7 cm, sugestiva de tumor estromal. Tomografia de tórax, abdome e pelve não apresentam outras lesões.

Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2.

(B) Gastrectomia subtotal sem linfadenectomia.

(C) Ressecção segmentar da lesão.

(D) Terapia neoadjuvante com quimioterapia.

QUESTÃO 58

Homem de 74 anos com queixa de epigastralgia realizou endoscopia digestiva alta que mostrou esofagite distal erosiva leve e lesão elevada em antro de 1,3cm de diâmetro. Biopsia de lesão confirmou adenocarcinoma gástrico bem diferenciado.

Qual a conduta recomendada nesse momento?

(A) Solicitar nova endoscopia digestiva alta com corante para localizar melhor a lesão.

(B) Antrectomia para aumentar a margem de ressecção.

(C) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 para reduzir recidiva.

(D) Solicitar ultrassonografia endoscópica para avaliar eligibilidade de ressecção endoscópica.

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QUESTÃO 59

Mulher de 42 anos com queixa de dor epigástrica e vômitos refere perda do peso nos últimos 2 meses. Realizou endoscopia digestiva alta que mostra lesão ulcerada, obstrutiva em antro gástrico, cuja biópsia revelou adenocarcinoma com células em anel de sinete. Exames de imagem revelam linfonodos perigástricos sugestivos de acometimento secundário.

Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Indicar neoadjuvância por haver linfonodos acometidos.

(B) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 se laparoscopia diagnóstica com estadiamento favorável.

(C) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D1, pois a lesão é obstrutiva.

(D) Gastrectomia subtotal paliativa pela presença de linfonodos.

QUESTÃO 60

Homem de 61 anos submetido a gastrectomia distal com reconstrução segundo a técnica de Billroth II há 30 anos por doença péptica. Vem apresentando perda de peso e empachamento pós-prandial. Realizou endoscopia digestiva alta que mostrou lesão ulcerada em gastroenteroanastomose. Biópsia de lesão mostra adenocarcinoma bem diferenciado. Tomografia de tórax, abdome e pelve sem alterações. Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Degastrectomia com linfadenectomia D2.

(B) Ressecção endoscópica da lesão.

(C) Quimio e radioterapia definitivas.

(D) Degastrectomia com pancreatectomia distal.

QUESTÃO 61

Paciente em 7º dia de pós-operatório de gastrectomia subtotal por videolaparoscopia apresenta dreno abdominal com secreção de aspecto bilioso. Realizada tomografia de abdome e pelve com contraste oral que não mostrou alterações significativas. Paciente mantendo-se em bom estado geral e com boa aceitação de dieta líquida oral. Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Laparotomia para limpeza de cavidade abdominal.

(B) Jejum e passagem de sonda enteral para nutrição.

(C) Antibioticoterapia e manutenção do dreno.

(D) Laparoscopia para limpeza de cavidade abdominal.

QUESTÃO 62

Homem de 35 anos realizou endoscopia digestiva alta por queixas dispépticas e teve achado de lesão séssil de 1,2cm de diâmetro em segunda porção duodenal, em parede contralateral a papila duodenal. Biópsia da lesão mostra adenoma tubular com displasia de baixo grau. Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Ressecção endoscópica da lesão.

(B) Duodenopancreatectomia.

(C) Seguimento clínico com endoscopia digestiva alta em 1 ano.

(D) Tomografia de tórax, abdome e pelve para estadiamento.

QUESTÃO 63

Mulher de 67 anos, com queixa de dor abdominal difusa em cólica, perda de peso e diarreia nos últimos meses. Ao exame físico apresenta-se descorada ++/4+. Ultrassonografia de abdome superior evidencia 6 lesões nodulares, arredondadas, nos segmentos hepáticos 5, 6, 7 e 8. Qual a conduta recomendada nesse momento?

(A) deve ser indicada biopsia hepática guiada por exame de imagem.

(B) deve ser solicitado PET-CT.

(C) laparoscopia diagnóstica.

(D) deve ser realizada endoscopia digestiva alta e colonoscopia.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 64 e 65:

Mulher de 27 anos sem comorbidades, em uso de anticoncepcional oral há 10 anos. Em ultrassonografia de abdome de rotina foi encontrada lesão de 4,7cm localizada no lobo hepático direito. Realizou ressonância magnética de abdome superior que mostrou lesão hipervascularizada, com contornos bem delimitados e presença de “cicatriz central”. Na fase hepatobiliar houve retenção do contraste hepatoespecífico pela lesão.

QUESTÃO 64

Qual o diagnóstico mais provável para essa paciente?

(A) Adenoma hepático.

(B) Hiperplasia nodular focal.

(C) Carcinoma hepatocelular.

(D) Hemangioma hepático.

QUESTÃO 65

Qual a conduta recomendada nesse momento?

(A) Suspensão do contraceptivo oral e ressecção cirúrgica.

(B) Suspensão do contraceptivo oral e biópsia guiada por tomografia.

(C) Tratamento por radioablação da lesão.

(D) Seguimento clínico.

QUESTÃO 66

Paciente de 55 anos submetido à retossigmoidectomia há 1 ano por adenocarcinoma. Tomografia atual mostra 2 lesões hepáticas, uma de 2,2 cm localizada junto ao pedículo glissoniano do segmento 2 e outra de 3,5 cm em segmento 3, sugestivas de metástases. Não foram evidenciadas lesões pulmonares. Realizou quimioterapia, com redução parcial das lesões. Qual a conduta cirúrgica recomendada?

(A) Hepatectomia esquerda clássica.

(B) Setorectomia lateral esquerda.

(C) Nodulectomia hepática.

(D) Hepatectomia direita clássica.

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QUESTÃO 67

Paciente no 4º pós-operatório de hepatectomia direita por múltiplas metástases de neoplasia de cólon sigmoide. Mantém-se estável, abdome flácido e indolor. O dreno abdominal mostrou-se com secreção de aspecto levemente esverdeado e houve aumento do débito de drenagem. A dosagem sérica de bilirrubina direta é de 2,4mg/dL e a dosagem de bilirrubina do dreno abdominal é de 2,9mg/dL.

Assinale a conduta recomendada para o caso.

(A) Solicitar tomografia de abdome sem contraste.

(B) Indicar reoperação para limpeza de cavidade abdominal.

(C) Expectante, pois não há evidência de fistula biliar.

(D) Antibioticoterapia para tratamento clínico de fístula biliar.

QUESTÃO 68

Mulher 45 anos no 7º pós-operatório de esplenectomia videolaparoscópica por púrpura trombocitopênica idiopática. Retorna ao hospital por dor abdominal e febre. Realizou tomografia de abdome que mostra coleção em topografia esplênica com volume aproximado de 140ml.

Qual a hipótese diagnóstica mais provável no caso?

(A) Sepse pós-esplenectomia.

(B) Fístula biliar.

(C) Fístula entérica.

(D) Fístula pancreática.

QUESTÃO 69

Homem de 78 anos apresenta-se com icterícia e prurido intenso. Nega febre ou dor abdominal. Tomografia de abdome total demonstra lesão expansiva em cabeça de pâncreas com dilatação de vias biliares intra e extra-hepática e 2 nódulos hepáticos sugestivos de lesões secundárias em seguimento 2 e 3.

Qual a conduta recomendada neste caso descrito?

(A) Duodenopancreatectomia e ressecção de seguimento lateral esquerdo do fígado.

(B) Passagem de prótese biliar por endoscopia e biópsia da lesão pancreática por ultrassonografia endoscópica.

(C) Drenagem transparietohepática das vias biliares e biópsia percutânea dos nódulos hepáticos.

(D) Laparotomia para anastomose biliodigestiva e ressecção das lesões hepáticas.

QUESTÃO 70

Mulher de 58 anos com crises de epigastralgia, realizou endoscopia digestiva alta, que mostrou-se normal. Ultrassom de abdome revelou cisto na cabeça do pâncreas. Realizou a seguir ressonância magnética com contraste endovenoso que evidenciou cisto de 3,5 cm com comunicação com ducto pancreático principal e vegetação em seu interior de 1 cm. Qual a conduta recomendada neste caso?

(A) Ultrassonografia endoscópica com biópsia.

(B) Repetir ressonância magnética em 6 meses.

(C) Duodenopancreatectomia.

(D) Colangiopancreatografia endoscópica com biópsia do ducto.

QUESTÃO 71

Mulher 30 anos em acompanhamento de rotina realizou ultrassonografia de abdome total que mostrou lesão polipoide em vesícula biliar de 0,4 cm não móvel à mudança de decúbito. Qual a conduta recomendada neste caso?

(A) Colecistectomia laparoscópica.

(B) Seguimento com ultrassom.

(C) Colangiografia por ressonância magnética.

(D) Tomografia computadorizada abdominal.

QUESTÃO 72

Mulher de 56 anos submetida à colecistectomia laparoscópica há 1 ano apresenta queixas de dor abdominal e icterícia há 2 meses. Nega perda ponderal. Realizou colangioressonância magnética que evidenciou ducto colédoco de 1,3 cm com 3 cálculos no seu interior, o maior com 0,8 cm de diâmetro. Qual a conduta recomendada neste caso?

(A) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica para remoção dos cálculos.

(B) Coledocotomia para remoção dos cálculos e rafia primária do ducto.

(C) Exploração cirúrgica de vias biliares para remoção dos cálculos com derivação bilio-digestiva em Y-de-Roux.

(D) Coledocotomia para remoção dos cálculos e drenagem com dreno de Kehr.

QUESTÃO 73

Homem de 76 anos em bom estado geral com antecedente de diabetes mellitus apresenta quadro de dor em hipocôndrio direito há 5 dias, associado à febre. Ultrassonografia de abdome mostrou vesícula biliar com paredes espessadas, líquido perivesicular e cálculo de 2,2 cm impactado em infundíbulo da vesícula biliar, não móvel à alteração de decúbito.

Qual a conduta recomendada para o caso?

(A) Colecistectomia laparoscópica.

(B) Colecistostomia percutânea.

(C) Colangiografia endoscópica.

(D) Drenagem da coleção perivesicular.

QUESTÃO 74

Homem de 68 anos submetido à duodenopancreatectomia por neoplasia de papila duodenal evoluiu no 6º dia de pós-operatório com febre e leucocitose, sem instabilidade hemodinamicamente. A drenagem abdominal apresenta aspecto turvo e dosagem de amilase da secreção foi de 800 U/L (valor de referência até 100 U/L). Tomografia de abdômen mostra drenos abdominais próximos à anastomose pancreatojejunal, com acúmulo laminar de líquido junto ao trajeto do dreno. Qual conduta terapêutica recomendada neste caso?

(A) Drenagem Percutânea e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro.

(B) Reoperação para limpeza e drenagem da coleção.

(C) Jejum, Nutrição Parenteral e iniciar antibioticoterapia de amplo espectro.

(D) Drenagem da coleção guiada por ultrassonografia.

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QUESTÃO 75

Mulher de 65 anos com queixa de sangramento vivo às evacuações associado ao aparecimento de nódulo na região anal há 3 meses. Nega alteração de hábito intestinal. Ao exame físico proctológico observam-se hemorroidas externas sem sinais de trombose. Toque retal e anuscopia sem alterações. Qual a conduta recomendada para o caso nesse momento?

(A) Hemorroidectomia convencional.

(B) Hemorroidectomia com técnica por grampeamento.

(C) Seguimento clínico e reavaliação em 6 meses.

(D) Colonoscopia.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 76 e 77:

Homem de 48 anos com queixa de afilamento de fezes há 6 meses associado a sangramentos eventuais durante às evacuações. Realizou colonoscopia que demonstrou pólipo hiperplásico de 5mm no ceco e lesão ulcerada em cólon sigmoide a 17 cm da borda anal cuja biópsia revelou ser adenocarcionoma.

QUESTÃO 76

Quais exames devem ser solicitados nesse momento?

(A) Tomografia de tórax, abdome e pelve, e enema opaco.

(B) Ressonância magnética da pelve e pesquisa de sangue oculto nas fezes.

(C) Ressonância magnética da pelve e colonoscopia com corante.

(D) Tomografia de tórax, abdome e pelve, e dosagem de CEA.

QUESTÃO 77

Os exames realizados não demonstraram haver sinal de lesão à distância. Qual a conduta terapêutica recomendada nesse caso?

(A) Colectomia total com anastomose primária.

(B) Quimio e radioterapia neoadjuvantes seguida de retossigmoidectomia com anastomose primária.

(C) Retossigmoidectomia com anastomose primária.

(D) Retossigmoidectomia com colostomia terminal e sepultamento de coto retal.

QUESTÃO 78

Homem de 50 anos esteve internado recentemente para tratamento de diverticulite aguda por meio de antibioticoterapia parenteral e drenagem percutânea do foco infeccioso. Em consulta ambulatorial foi feita a suspeita de pneumatúria.

Qual o exame complementar recomendado nesse momento?

(A) Urografia excretora.

(B) Tomografia de abdome com contraste via retal.

(C) Urografia dinâmica.

(D) Ultrassonografia pélvica.

ATENÇÃO: O caso seguinte se refere às questões 79 e 80:

Mulher de 35 anos com doença de Crohn de íleo distal em tratamento ambulatorial deu entrada em Unidade de Pronto atendimento com vômitos associados à parada de eliminação de gases e fezes há 4 dias. Ao exame físico apresenta distensão abdominal, sem sinais de irritação peritoneal. A radiografia simples de abdome revelou importante distensão do intestino delgado com ausência de gases e fezes no cólon.

QUESTÃO 79

Qual a principal hipótese diagnóstica?

(A) Abdome agudo obstrutivo por estenose da Doença de Crohn.

(B) Abdome agudo obstrutivo por atonia ileal.

(C) Abdome agudo obstrutivo por bridas secundárias à Doença de Crohn.

(D) Abdome agudo por megacólon tóxico.

QUESTÃO 80

Qual a conduta diagnóstica recomendada para o caso?

(A) Laparoscopia diagnóstica.

(B) Colonoscopia.

(C) Tomografia de abdome total.

(D) Exame de cápsula endoscópica.

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QUESTÃO 81

Homem de 52 anos refere que há 2 anos fez tratamento para tuberculose pulmonar com resolução do caso, de acordo com informações oferecidas pelo Posto de Saúde. Há 8 meses vem apresentando tosse com hemoptise, sendo que em uma das ocasiões o sangramento foi de aproximadamente 80ml. A radiografia realizada no momento é a que se segue abaixo.

Com base nas informações acima, assinale a alternativa correta.

(A) A neoplasia e bronquiectasia figuram como principais hipóteses diagnósticas.

(B) A presença de neoplasia não se aplica neste caso.

(C) A lobectomia superior direita é o tratamento de escolha.

(D) A presença de contaminação fúngica indica o tratamento farmacológico.

QUESTÃO 82

Criança de 1 ano apresenta área pigmentada cutânea congênita, extensa, em região dorsal, com dimensões de 15 x 8 cm, com intensa pilificação local. O diagnóstico é de nevus congênito gigante e com relação a este cenário é possível afirmar que:

(A) O melanoma maligno em crianças é muito raro e o risco de desenvolvimento não se relaciona à presença do nevus congênito.

(B) O risco de desenvolvimento de melanoma malígno permanece até a completa retirada da lesão.

(C) O risco de um segundo filho nascer com o mesmo quadro clínico é aumentado

(D) O risco de melanoma maligno é mais relacionado à questões hereditárias do que a presença do nevus gigante.

QUESTÃO 83

Qual das alternativas abaixo é o principal quesito em comum ao sucesso de enxertos de gordura e de pele?

(A) Contato com leito receptor bem vascularizado.

(B) Presença de tecido de granulação.

(C) Fixação do enxerto.

(D) Imobilidade da área enxertada.

QUESTÃO 84

Homem de 57 anos vítima de politraumatismo há 2 meses, permaneceu com ventilação mecânica por 17 dias. Foi submetido também à drenagem torácica por hemopneumotórax à direita. Recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas e retorna agora com falta de ar aos esforços, associada a estridor laríngeo. Qual a hipótese diagnóstica mais provável?

(A) Refluxo gastroesofágico.

(B) Broncopneumonia.

(C) Recidiva do hemopneumotórax.

(D) Estenose laringotraqueal.

QUESTÃO 85

Com relação ao câncer de pulmão, pode-se afirmar que:

(A) O carcinoma escamoso é o tipo histológico mais comum, principalmente por ser o mais relacionado ao tabagismo.

(B) Adenocarcinoma não apresenta uma relação tão clara com tabagismo, sendo visto com mais frequência em mulheres não-tabagistas.

(C) No Brasil, o câncer de pulmão é a segunda neoplasia mais frequente entre os homens e a quinta entre as mulheres.

(D) O tabagismo passivo aumenta o risco de câncer de pulmão, sendo hoje o principal fator de risco para desenvolvimento da neoplasia pulmonar.

QUESTÃO 86

Homem de 37 anos dá entrada no serviço de emergência com queimadura no tórax por álcool em combustão, há 4 dias. Existem áreas com bolhas íntegras, sendo que a área estimada da queimadura é de 12% da superfície corpórea. Indique a alternativa correta:

(A) Após 4 dias da queimadura é possível estimar a profundidade de acometimento.

(B) Queimaduras por álcool são menos profundas que por escaldamento.

(C) O destacamento da epiderme é sugestivo de queimaduras de espessura total.

(D) A extensão da queimadura define indicação de internação neste caso.

QUESTÃO 87

Homem de 35 anos vítima de agressão é trazido inconsciente ao serviço de emergência, porém estável do ponto de vista respiratório e hemodinâmico. No exame físico especial há equimose periorbital bilateral, edema nasal, coriza e sinais de epistaxe recente. Na palpação da região nasal nota-se muita instabilidade do dorso nasal, que está afundado. Qual a alternativa que reflete o principal problema a ser descartado?

(A) fratura da base do crânio.

(B) fratura dos ossos nasais.

(C) fratura do assoalho orbital.

(D) intoxicação exógena.

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QUESTÃO 88

Mulher de 42 anos e com 3 gestações prévias, sem sobrepeso, refere abaulamento abdominal, perda da prensa abdominal e obstipação. Qual o principal componente responsável pelas queixas da paciente?

(A) Desnervação abdominal por estiramento.

(B) Hérnia umbilical pós-gestacional.

(C) Diástase dos músculos retos abdominais.

(D) Distonia colônica pós-gestacional.

QUESTÃO 89

Homem de 52 anos tabagista apresenta uma ferida com cerca de 1cm de diâmetro no couro cabeludo decorrente de um trauma local. Após 14 dias a ferida ainda não cicatrizou. Ele então procura atendimento médico e informa que não realizou cuidado específico para o tratamento da ferida e que é hipertenso e diabético. A glicemia é de 140mg/dl e a pressão arterial de 150x100 mmHg. A ferida tem secreção em moderada quantidade, de aspecto fibrinopurulento. Qual a mais provável explicação para o quadro clínico atual desta ferida?

(A) Falta de cuidados locais com a ferida.

(B) Efeitos do tabagismo.

(C) Diabetes descompensado.

(D) Microangiopatia da hipertensão arterial.

QUESTÃO 90

O transplante de retalhos com técnicas de microcirurgia permite o tratamento imediato de defeitos complexos de partes moles, principalmente quando não há possibilidade de fechamento dos defeitos com técnicas mais simples. Qual das condições abaixo é essencial para o uso desta técnica?

(A) Ferida não contaminada.

(B) Pacientes jovens.

(C) Exposição óssea.

(D) Vasos receptores de calibre compatível.

QUESTÃO 91

No diagnóstico diferencial entre transudado e exsudato no derrame pleural, quais os exames de bioquímica são recomendados?

(A) DHL e albumina.

(B) DHL e proteínas totais.

(C) DHL, glicose e pH.

(D) Glicose e proteínas totais.

QUESTÃO 92

No tratamento do empiema pleural organizado, pode-se afirmar que:

(A) A antibiocoterapia costuma ser eficaz, dispensando a abordagem cirúrgica.

(B) A drenagem torácica com dreno de grosso calibre é o tratamento recomendado.

(C) A toracostomia aberta é o tratamento recomendado, independente da condição clínica do paciente.

(D) A decorticação pulmonar é o tratamento cirúrgico recomendado.

QUESTÃO 93

Homem de 60 anos, obeso, chega ao pronto atendimento com insuficiência respiratória secundária ao tromboembolismo pulmonar. Evoluiu com instabilidade hemodinâmica e hipoxemia refratária à oxigenioterapia suplementar. Foi indicada a intubação orotraqueal. O exame físico revelou Mallampati IV e a Laringoscopia direta falhou em 3 tentativas. Subitamente, as ventilações por máscara facial e por máscara laríngea tornaram-se ineficazes. Qual a conduta recomendada nesta situação?

(A) Cricotireoidostomia.

(B) Traqueostomia aberta.

(C) Intubação com auxílio da fibroscopia.

(D) Intubação retrógrada.

QUESTÃO 94

Homem de 50 anos com história de bronquiectasia em lobo inferior direito controlada com tratamento clínico. Procurou o serviço de emergência, pois há 14 dias notou escarros com laivos de sangue que evoluíram para franca hemoptise, estimando-se um volume de 150 mL/dia. Qual a conduta inicial recomendada?

(A) Arteriografia para embolização por ser o tratamento definitivo.

(B) Lobectomia pulmonar de emergência.

(C) Broncoscopia flexível para controle e confirmação do local de sangramento.

(D) Conduta expectante com antibioticoterapia e broncodilatadores.

QUESTÃO 95

Homem de 30 anos assintomático e previamente hígido realizou radiografia de tórax de rotina que identificou alargamento mediastinal. A tomografia de tórax mostrou lesão mediastinal retroesternal sólida de 6x5x4cm. Quais as principais hipóteses diagnósticas?

(A) Cisto mesotelial e lesões esofágicas.

(B) Cisto mesotelial e tumor de células germinativas.

(C) Neurilemoma, timoma e teratoma.

(D) Tumor de células germinativos e timoma.

QUESTÃO 96

Homem de 23 anos, previamente hígido, procura urologista com queixa de aumento do volume testicular à esquerda há 15 dias. Ao exame físico apresenta testículo esquerdo aumentado de tamanho e endurecido à palpação. Ultrassonografia evidencia nódulo sólido hipervascularizado de 2,4 cm no testículo esquerdo. Além da determinação de DHL e alfa-feto proteína, indique a orientação recomendada neste caso:

(A) Determinação de VHS, tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, orquiectomia radical esquerda via escrotal.

(B) Determinação de beta-HCG, tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, orquiectomia radical esquerda via inguinal.

(C) Determinação de VHS, ressonância magnética de tórax, abdome e pelve, orquiectomia radical esquerda via inguinal.

(D) Determinação de beta-HCG, tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, orquiectomia parcial esquerda via inguinal.

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QUESTÃO 97

Homem de 70 anos, assintomático, sem comorbidades, procura atendimento médico para exames e avaliação de rotina. Ao exame físico nota-se pelo toque retal próstata de 30 gramas, fibroelástica e sem nódulos. PSA = 5,4 ng/dL. Biópsia de próstata: Adenocarcinoma de próstata Gleason 6 (3+3) em 2 de 12 fragmentos, menos de 5% da amostra acometida. A única conduta que NÃO se aplica ao caso:

(A) Prostatectomia radical.

(B) Radioterapia convencional.

(C) Hormoterapia.

(D) Vigilância ativa.

QUESTÃO 98

Motociclista é vítima de acidente moto x poste, sendo encaminhado ao pronto socorro com prancha rígida e colar cervical. Ao exame físico nota-se como sinais positivos a presença de hematoma localizado no abdome inferior e dor à palpação com pelve estável. PA 120x80 mmHg; frequência cardíaca de 90bpm. FAST positivo. Passada sonda de Foley que evidenciou urina hematúrica. Qual a provável causa da hematúria e a orientação recomendada neste caso?

(A) lesão extraperitoneal de bexiga e laparoscopia.

(B) lesão intraperitoneal de bexiga e laparotomia.

(C) lesão extraperitoneal de bexiga e tratamento conservador com sonda de Foley.

(D) lesão intraperitoneal de bexiga e lavagem vesical contínua com sonda de 3 vias.

QUESTÃO 99

Menino de 13 anos é trazido ao pronto-socorro pela mãe com queixa de dor testicular à direita há 3 horas. A dor piorou progressivamente, sendo associada a náuseas. Não há febre ou história de trauma local. Ao exame físico, apresentava abdome plano, indolor, testículo esquerdo normal, e testículo direito edemaciado e doloroso, com difícil exame pela agitação. Assinale a conduta recomendada a ser tomada no pronto-socorro:

(A) exploração cirúrgica na urgência e orquiectomia direita devido ao quadro ser sugestivo de torção testicular.

(B) anti-inflamatório devido ao quadro ser sugestivo de torção de hidátide, com reavaliação ambulatorial precoce.

(C) ultrassonografia com doppler de testículos, indicar exploração testicular com orquidopexia esquerda e orquiectomia direita caso o fluxo sanguíneo esteja aumentado.

(D) exploração cirúrgica na urgência com correção da torção à direita e orquidopexia à esquerda.

QUESTÃO 100

Homem de 50 anos, sem comorbidades, assintomático, procura urologista devido ao achado incidental de nódulo renal de 2,2 cm em exame de ultrassonografia. Exame de ressonância magnética confirmou o achado de um nódulo sólido de 25 mm no polo inferior do rim D, hipervascularizado e sem componente gorduroso. Diante do exposto, qual a orientação recomendada neste caso?

(A) tomografia de abdome e pelve com contraste.

(B) tomografia de tórax e cálculo da função renal, visando tratamento com nefrectomia radical.

(C) vigilância ativa e reavaliação em 9 meses.

(D) nefrectomia parcial.

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Prova Escrita Dissertativa

CASO 1

Homem de 62 anos em tratamento de refluxo gastroesofágico de longa data, em uso irregular de inibidor de bomba protônica, começou apresentar dor torácica com disfagia para alimentos sólidos há 2 meses. Chegou a ser atendido por cardiologista que iniciou tratamento com antiarrítmico e anticoagulante. Evoluiu com melena, sendo solicitada endoscopia digestiva alta (EDA), cujo laudo e imagens estão demonstrados abaixo.

EDA: esôfago apresenta no terço distal extensa área de mucosa aveludada de cor salmão e lesão ulcerovegetante acometendo 70% da luz com cerca de 4cm, até junto da transição esofagogástrica.

QUESTÃO DISSERTATIVA 01: Conforme a história clínica e os dados da EDA, cite os achados mais prováveis da biópsia nas áreas alteradas A e B.

QUESTÃO DISSERTATIVA 02: De acordo com a classificação topográfica de Siewert, como se classifica a lesão de esôfago deste paciente?

QUESTÃO DISSERTATIVA 03: Cite 2 (dois) exames importantes no estadiamento clínico deste paciente.

QUESTÃO DISSERTATIVA 04: Os exames de estadiamento demonstraram comprometimento ganglionar periesofágico. Cite a melhor conduta para tratamento desse paciente.

CASO 2

Homem de 52 anos refere dor intensa e súbita em membro superior esquerdo. Nega outros antecedentes mórbidos. Ao exame físico apresenta ausência de pulsos distais no membro superior esquerdo, palidez e frialdade. Pressão arterial de 190x110mmHg.

QUESTÃO DISSERTATIVA 05: Cite 2 diagnósticos possíveis para o quadro descrito.

QUESTÃO DISSERTATIVA 06: Cite qual achado no exame físico do membro pode diferenciar entre estes dois diagnósticos.

QUESTÃO DISSERTATIVA 07: Cite 3 exames de imagem pertinentes a estes 2 diagnósticos.

QUESTÃO DISSERTATIVA 08: Se o tratamento for realizado para uma das opções sendo que o diagnóstico era a outra opção (e vice-versa), como o tratamento pode piorar a condição do paciente?

A

B

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CASO 3

Mulher de 68 anos, natural e procedente de São Paulo Capital.

Segue com cardiologista por insuficiência cardíaca congestiva classe funcional II após infarto agudo do miocárdio há 7 anos. Encontrava-se compensada com medicações. Radiografia de tórax do mês anterior não revelava opacidades pulmonares ou pleurais.

Procurou serviço de pronto socorro com quadro de tosse produtiva, febre e piora da dispneia havia 5 dias. Foi feito o diagnóstico de pneumonia e foi iniciado tratamento com antibioticoterapia.

Retorna ao pronto-socorro após 5 dias de tratamento com persistência do quadro febril e piora da dispneia, agora aos mínimos esforços.

A ausculta pulmonar mostrava murmúrios abolidos em metade inferior do hemitórax direito.

Radiografia de tórax atual:

QUESTÃO DISSERTATIVA 09: Cite duas hipóteses diagnósticas e origem etiológicas para esse derrame pleural.

QUESTÃO DISSERTATIVA 10: Como prosseguir na investigação? Cite 2 orientações recomendadas para esclarecer a hipótese diagnóstica mencionada.

QUESTÃO DISSERTATIVA 11: Cite 4 exames do líquido pleural e quais os resultados esperados que estejam em acordo com a hipótese diagnóstica acima mencionada.

QUESTÃO DISSERTATIVA 12: Caso o tratamento intervencionista seja indicado, cite 2 modalidades recomendadas.

CASO 4

Homem de 35 anos dá entrada em serviço de emergência por agressão com arma branca. Ao exame físico de entrada está consciente e hemodinamicamente estável. Apresenta extenso ferimento profundo na hemiface esquerda que acomete inclusive os planos musculares e com profuso sangramento contido parcialmente por compressão local. O ferimento tem extensão de cerca de 10 cm e se estende desde a região pré-auricular até o ângulo da boca em trajeto oblíquo. Com base nestas informações responda:

QUESTÃO DISSERTATIVA 13: Qual a maneira mais segura para o controle definitivo do sangramento?

QUESTÃO DISSERTATIVA 14: Cite 2 estruturas anatômicas funcionalmente relevantes que devem ter sua integridade avaliada e que se relacionam com o trajeto do ferimento.

QUESTÃO DISSERTATIVA 15: Se o ferimento acometesse a espessura total da região, quais planos deveriam ser aproximados para a reparação da lesão?

QUESTÃO DISSERTATIVA 16: Nesse tipo de lesão, qual a principal característica do ferimento facial que se relaciona ao baixo índice de infeções?

CASO 5

Mulher de 36 anos hipertensa há 3 anos, vem apresentando piora progressiva do nível pressórico e dificuldade para controlar o quadro com três fármacos hipotensores.

PA = 190 X 120 mmHg, FC=84 bpm.

Creatinina: 1,4 mg /dl, Na: 137 mEq/l, K: 4,0 mEq/l.

Renina periférica: 29 (nl até 6 ng/ml/hora).

Cortisol sérico: 5,0 µg/dl (nl 2,4 a 24 µg/dl).

Ácido vanilmandélico urinário: 7,0 mg/ 24 h (nl 2,0 a 7,0 mg/24 horas).

QUESTÃO DISSERTATIVA 17: Qual o diagnóstico mais provável e a sua etiologia?

QUESTÃO DISSERTATIVA 18: Quais os exames mais indicados para identificar a causa da hipertensão?

QUESTÃO DISSERTATIVA 19: Cite as duas formas de tratamento mais indicadas para esta paciente.