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FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. 1 ESPECIFICAÇÃO PADRÃO Documento EP4845 DEL.E/DPCS.E Revisão 1.4.0 JULHO/2011 Requisitos Padrões para os Sistemas de Proteção, Controle e Supervisão de Usinas e Subestações de FURNAS

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FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

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ESPECIFICAÇÃO PADRÃO

Documento EP4845 DEL.E/DPCS.E Revisão 1.4.0 JULHO/2011

Requisitos Padrões para os Sistemas de

Proteção, Controle e Supervisão de

Usinas e Subestações de FURNAS

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

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ESPECIFICAÇÃO PADRÃO

CAPITULO 1. REQUISITOS TÉCNICOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 1

1. GENERALIDADES --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2

2. REQUSITOS DE FUNCIONALIDADE ----------------------------------------------------------------------------------- 9

2.1. GENERALIDADES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 9

2.2. ARQUITETURA E DEFINIÇÃO------------------------------------------------------------------------------------- 9

2.3. FILOSOFIA DE RETARGUARDA GERAL ----------------------------------------------------------------------- 10

2.4. SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE LINHA -------------------------------------------------------------------------- 11

2.5. REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE REATORES ------------------------------------------------------------- 17

2.6 REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES ---------------------------------------------- 18

2.7. REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE BARRAS ---------------------------------------------------------------- 20

2.8. REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES SHUNT ---------------------------- 20

2.9. REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES SÉRIE ----------------------------- 21

2.10. REQUISITOS PARA SISTEMAS DE EXCITAÇÃO ESTÁTICA DE GERADORES ----------------------- 23

2.11. REQUISITOS PARA PROTEÇÃO DE GERADORES -------------------------------------------------------- 34

2.12. UNIDADES DE AQUISIÇÃO E CONTROLE – UAC -------------------------------------------------------- 39

2.13. REQUISITOS PARA LOCALIZADOR DE FALHAS NA LINHA --------------------------------------------- 42

2.14. REDE DE ACESSO A RELÉS ------------------------------------------------------------------------------------- 43

3. REQUISITOS TÉCNICOS -------------------------------------------------------------------------------------------------- 46

3.RECEPTOR DE GPS – CENTRAL HORÁRIA -------------------------------------------------------------------- 46

3.2. SERVIDORES E WORSTATION --------------------------------------------------------------------------------- 46

3.3. SWITCH -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 48

3.4. MONITOR ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 49

3.5. MULTIMEDIDORES ----------------------------------------------------------------------------------------------- 49

3.6. IED -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 52

4. SEP – SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO ----------------------------------------------------------------------- 66

5. MEDIÇÃO DE FATURAMENTO --------------------------------------------------------------------------------------- 67

6. REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÃO ----------------------------------------------------------------- 68

7. CRITÉRIOS PARA CIRCUITOS DE CORRENTE, POTENCIAL E AUXILIARES CA/CC ------------------- 82

8. REQUISITOS CONSTRUTIVOS PARA PAINÉIS -------------------------------------------------------------------- 83

9. REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS ------------------------------------------------------------------------------------ 88

10. FERRAMENTAS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS DE TESTE E DESENVOLVIMENTO ----------------- 97

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

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ESPECIFICAÇÃO PADRÃO

11. REQUSITOS PARA DESENHOS E OUTROS DOCUMENTOS -------------------------------------------------- 101

12. ENSAIOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 110

CAPÍTULO 2. PADRÕES GERAIS ----------------------------------------------------------------------------------------------- 119

1. GENERALIDADES --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 120

2. LINGUAGEM E UNIDADES DE MEDIDA ---------------------------------------------------------------------------- 121

3. NORMAS E PADRÕES --------------------------------------------------------------------------------------------------- 122

4. CLIMA ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 123

5. MATERIAIS, MÃO-DE-OBRA E SUB-FORNECEDORES ---------------------------------------------------------- 124

6. TROPICALIZAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 125

7. DOCUMENTOS, DESENHOS E DEMAIS INFORMAÇÕES ------------------------------------------------------ 126

8. QUALIDADE, INSPEÇÃO E ENSAIOS DURANTE A FABRICAÇÃO ------------------------------------------ 128

9. EMBALAGEM --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 131

10. TREINAMENTO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 132

11. ACOMPANHAMENTO DO PROJETO ----------------------------------------------------------------------------- 133

12. SOBRESSALENTES ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 134

CAPÍTULO 3. DADOS TÉCNICOS A SEREM FORNECIDOS COM A PROPOSTA --------------------------------- 136

1. GENERALIDADES -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 137

2. INFORMAÇÕES GERAIS ----------------------------------------------------------------------------------------------- 138

3. SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE -------------------------------------------------------------- 139

4. PAINÉIS DE PROTEÇÃO ------------------------------------------------------------------------------------------------ 140

5. ESQUEMA DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA ------------------------------------------------------------------- 141

6. REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÃO ----------------------------------------------------------------- 142

7. PAINÉIS --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 143

8. ENSAIOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 144

9. QUALIDADE --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 145

10. FERRAMENTAS ESPECIAIS -------------------------------------------------------------------------------------------- 146

11. INSTALAÇÃO E COMISSIONAMENTO -------------------------------------------------------------------------- 147

12. RELAÇÃO DE DISPOSITIVOS --------------------------------------------------------------------------------------- 148

13. FORMULÁRIOS --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 149

CAPÍTULO 4: GARANTIAS TÉCNICAS ---------------------------------------------------------------------------------------- 150

1. GENERALIDADES --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 151

2. ÍNDICE DE CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE ------------------------------------------------------------ 152

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

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ESPECIFICAÇÃO PADRÃO

3. ACEITAÇÃO PRELIMINAR, GARANTIA DE DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE E ACEITAÇÃO 153

4. GARANTIA PARA O SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE ----------------------------------- 154

5. GARANTIA PARA PAINÉIS DE PROTEÇÃO ------------------------------------------------------------------------ 155

6. GARANTIA PARA O ESQUEMA DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA ---------------------------------------- 156

7. GARANTIA PARA OS REGISTRADORES DIGITAIS DE PERTURBAÇÃO ------------------------------------- 157

8. GARANTIA DO EQUIPAMENTO -------------------------------------------------------------------------------------- 158

9. RESPONSABILIDADE DE FORNECIMENTO DE SOBRESSALENTES ------------------------------------------ 159

10. GARANTIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA --------------------------------------------------------------------------- 160

CAPÍTULO 5: ANEXOS ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 161

1. DESENHOS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 162

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CAPÍTULO 1: REQUISITOS TÉCNICOS

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1. GENERALIDADES

1.1. Entende-se como Sistema de Proteção, Controle e supervisão (SPCS) o sistema, objeto desta especificação, que se destina a proteção, controle , supervisão e funções correlatas de Usinas e Subestações.

1.2. Entende-se como Sala de Controle Local todos recursos necessários, hardware e software, para a supervisão e controle do empreendimento, instalados na sala de controle da usina/subestação em questão.

1.3. Entende-se como Sala de Controle Remota, todo recurso necessário, hardware e software, para a supervisão e controle do empreendimento, instalado na sala de controle de uma outra usina ou subestação.

1.4. Entende-se como Centro de Operação Regional (COR) todos recursos necessários, hardware e software, para a supervisão e controle do empreendimento, instalados em um dos quatro centro de controle de Furnas

1.5. Entende-se como Dispositivo Eletrônico Inteligente (IED – sigla em inglês), como todo equipamento digital microprocessado que realiza alguma função pertinente ao SPCS, tais como, proteção, controle, aquisição de dados, registro de pertubação, etc

1.6. Entende-se como unidade de Aquisição e Controle (UAC) como todo equipqmento digital microprocessado que realiza a função de aquisição de dados e controle.

1.7. A Seqüência de Fases do Sistema de FURNAS é C-B-A (azul, branco, vermelho), no sentido anti-horário, correspondendo a convencional 1-2-3, respectivamente. A freqüência nominal do sistema é 60 Hz.

1.8. De forma a assegurar que os sistemas de proteção, aqui especificados atendam aos Padrões de Desempenho estabelecidos para a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) faz-se necessário que os desempenhos de seus elementos funcionais, atendam primeiramente aos “Requisitos Mínimos” descritos na última revisão do documento “Procedimentos de Rede – Submódulo 2.6 - REQUISITOS MÍNIMOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO, E DE TELECOMUNICAÇÕES e que sejam disponibilizados as informações necessárias ao atendimento dos procedimentos de rede do ONS, disponível no site www.ons.com.br.

1.9. De forma a assegurar que os sistemas de supervisão e controle, aqui especificados, atendam aos Padrões de Desempenho estabelecidos para a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) faz-se necessário que os desempenhos de seus elementos funcionais e as informações a serem disponibilizdas, atendam a última revisão do documento “Procedimentos de Rede – Submódulo 2.7 - REQUISITOS de telessupervisão de operação disponível no site www.ons.com.br e ao documento de Furnas RS-GE-13 na sua última versão.

1.10. Por se tratarem de “Requisitos Mínimos”, sempre que esta especificação determinar requisitos técnicos mais rigorosos do que aqueles especificados no documento do ONS citado acima , os requisitos estabelecidos nesta especificação prevalecerão. Uma atenção especial deverá ser dada ao Tempo Total de Eliminação de Faltas de 80 ms, para linhas de 345 kV e acima, cuja responsabilidade final caberá ao fornecedor dos sistemas de proteção, considerando que os demais tempos envolvidos (tempo de abertura de disjuntores de 33 ms e tempo de transmissão de sinal de 15 ms) estarão sendo atendidos

1.11. Deverão ser fornecidos painéis para a alocação dos equipamentos do SDSC (servidores, terminais servers, dispositivos de comunicação, switches, etc) relativos às salas de controle local e remota.

1.12. As subestações/usinas de FURNAS serão supervisionadas e controladas local e remotamente, sendo que os casos de hierarquia e funcionalidade serão definidos na especificação.

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1.13. O PROPONENTE deverá incluir em sua PROPOSTA todos os dispositivos e recursos (hardware, software, cabos, consoles, etc) e os serviços necessários à instalação e ao desempenho das funções dos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle de FURNAS para as subestações/usinas objeto desta especificação, conforme detalhado nesta seção e discriminados abaixo:

1.13.1. Fabricação dos Painéis e Consoles.

1.13.2. Recursos de testes, simulação e desenvolvimento.

1.13.3. Sistema ininterrupto de Energia - UPS.

1.13.4. Sobressalentes.

1.13.5. Treinamento.

1.13.6. Detalhamento Final Fornecimento DFF.

1.13.7. Documentação Técnica.

1.13.8. Ensaios de Fábrica.

1.13.9. Ensaios de Campo.

1.13.10. Supervisão da montagem e integração dos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle aos equipamentos do Sistema Elétrico de Potência.

1.13.11. Integração dos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle aos Níveis Hierárquicos Superiores.

1.13.12. Integração dos Sistemas Digitais de Supervisão e Controle a outros sistemas de supervisão e controle existentes na Usina ou Subestação, tais como:

1.13.13. Sistema de controle de paralelismo de bancos de transformadores;

1.13.14. Sistema de controle e automatismo dos Serviços Auxiliares;

1.13.15. Sistema de Proteção Contra Incêndio.

1.13.16. Instalação de painéis, consoles e redes de comunicação do SDSC.

1.14. Todos os meios de comunicação necessários à ligação dos equipamentos de transmissão de dados entre o SCR e SCL serão fornecidos por FURNAS, excetuando as suas interfaces, que fazem parte deste fornecimento. No entanto todas as comunicações dentro das Usinas e Subestações, no que se refere à transmissão/interligação entre os diversos dispositivos que compõem os SDSC, serão de responsabilidade do FORNECEDOR.

1.15. Alimentação para o SDSC

1.16. Os recursos e equipamentos a serem fornecidos deverão ser adequados para receber alimentação nas seguintes tensões, disponibilizadas por FURNAS, conforme descrito abaixo:

1.16.1. Vcc para as unidades de aquisição e controle. Todo e qualquer interface (inversores) necessária à conexão dessas unidades deverá fazer parte do fornecimento.

1.16.2. Vca, 60 Hz, monofásico, dois fios, aterrado, para tomadas, iluminação e resistência de aquecimento dentro dos painéis.

1.16.3. A alimentação direta do VCA somente será permitida para conexão de equipamentos de testes ou outros que não sejam indispensáveis ao sistema. Periféricos e equipamentos auxiliares deverão utilizar as UPS incluídas no fornecimento.

1.16.4. A nomeclatura a ser utilizada para os pontos supervisionados deverá atender aos padrões de FURNAS que serão fornecidos durante a fase de detalhamento final de fornecimento.

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1.17. Requisitos do Sistema de Suprimento Ininterrupto de Energia

1.17.1. Objetivo

O objetivo deste item é estabelecer as condições técnicas para apresentação de propostas para pro-jeto, fabricação, instalação e comissionamento do Sistema de Suprimento Ininterrupto de Energia (UPS).

A UPS destina-se a alimentação do Sistema Computacional com os respectivos periféricos, dos equi-pamentos de interface Homem-Máquina e Comunicação de Dados.

A capacidade nominal será determinada pelo PROPONENTE que deverá considerar, além dos equi-pamentos do Sistema de Supervisão e Controle, em sua configuração final, mais 50% de reserva.

1.17.2. Requisitos Técnicos

São dados, a seguir, os requisitos técnicos mínimos que as UPS deverão atender, os quais deverão ser compatibilizados, pelo PROPONENTE, com o Sistema de Supervisão e Controle de seu fornecimento.

− Tensão de Alimentação de 125 ou 220 Vcc +10%, -20% e tensão da concessionária local;

− Tensão Nominal de Saída: 120 VCA +/- 5%;

− Freqüência Nominal de Saída: 60 +/- 0,5 Hz;

− Distorção Harmônica Total: 5% (máxima) de tensão a frequência fundamental;

− Regulação Estática: +/- 3% (vazio a 10% da carga)

+/- 1% (de 10% a carga máxima);

− Regulação Dinâmica: + 12% para 50% de variação da carga.

1.17.2.1. Deverá ser considerado também que o local da instalação é altamente propício à corrosão e a formação de fungos.

1.17.2.1.1. A UPS deverá ser totalmente estática e basicamente constituída dos seguintes módulos:

− 2 (dois) inversores totalmente independentes;

− Dispositivos de proteção necessários;

− Dispositivos de chaveamento e anunciação;

− Quadro de distribuição de cargas que permita a formação/alimentação de dois sistemas completa-mente redundantes.

1.17.2.1.2. Os equipamentos, conforme a aplicação, deverão dispor dos seguintes dispositivos e acessórios:

− Testes das lâmpadas de sinalização;

− Reposição de eventos memorizados;

− Alarme e sinalização visual para falha de tensão CC primária com disponibilidade de sinali-zação remota;

− Alarme e sinalização remota para fusíveis queimados;

− Alarme e sinalização visual para tensão CC alta ou baixa com disponibilidade para sinali-zação remota;

− Alarme e sinalização visual de fugas à terra com disponibilidade para sinalização remota;

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− Voltímetro e amperímetro para o consumidor.

1.17.3. Características dos Componentes

1.17.3.1. Inversores estáticos.

1.17.3.1.1. Os inversores serão montados em gabinetes auto suportados, pintados conforme especificação de FURNAS com iluminação de serviço e com 3 tomadas protegidas eletricamente.

1) Capacidade: a ser definida pelo PROPONENTE, sendo que cada inversor deverá ter capaci-dade para alimentar toda carga, mantendo a reserva especificada;

2) Número de fases na saída: 1 (uma) fase e neutro

3) Forma de onda: senoidal com o máximo de 5% de distorção harmônica com carga linear com filtro normal;

4) Eficiência: maior ou igual a 85%;

5) Corrente de sobrecarga:

− 125% durante 10 minutos;

− 150% durante 1 minuto;

− 200% durante 1 segundo;

6) Proteção: fusíveis de ação rápida na entrada e saída do inversor, possibilitando o secciona-mento do circuito para fins de manutenção.

7) Comandos:

− liga/desliga;

− reposição de eventos memorizados;

− comandos remotos de liga/desliga e reposição de alarmes e eventos memorizados;

8) botão de teste de lâmpadas;

9) Alarme visual e sonoro, local e remoto de:

10) fusíveis queimados;

11) tensão alta e baixa do consumidor e da entrada;

12) desligamento automático por CC baixa;

13) Sinalização local e remota para:

− CC Alta/baixa;

14) Instrumentos:

− Voltímetro;

− Amperímetro;

− Frequencímetro;

15) Nível máximo de ruído audível: 80 dB a 1 (um) metro.

1.17.4. Quadro de Distribuição de Cargas.

1.17.4.1. O quadro de distribuição deverá ser constituído de duas seções de barramento de 110/220 VCA nominal. Cada seção deverá ser alimentada por um ramal proveniente da concessionária local e também pelo seu respectivo inversor. Estes alimentadores de cada barramento

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deverão possuir disjuntores intertravados mecanicamente de modo a evitar o paralelismo dos inversores.

1.17.4.2. O quadro de distribuição deverá incorporar disjuntores em quantidade e capacidade para atender ao sistema, com duas unidades de reserva.

1.17.4.3. O quadro de distribuição será do tipo blindado para uso interno e deverá ser constituído de unidades padronizadas.

1.17.4.4. A estrutura deverá consistir de armações de aço perfilado auto-sustentadas.

1.17.4.5. Os dados construtivos do painel deverão atender os requisitos descritos nesta especificação.

1.17.4.6. O quadro deverá possuir barramentos principais, correndo horizontalmente e secundários instalados verticalmente em cada unidade e/ou circuito.

1.17.4.7. As barras deverão ser de cobre eletrolítico, duro, para as capacidades nominais do Sistema e prateadas nos pontos de conexão.

1.17.4.8. Os barramentos deverão ser pintados em cores padrão conforme FURNAS e deverão ser fixados por meio de suportes isolantes suficientemente rígidos para suportar os esforços eletrodinâmicos correspondentes aos de máxima corrente de curto-circuito do sistema.

1.17.4.9. Cada compartimento ou circuito de saída deverá estar equipado com uma chave seccionadora monopolar, rotativa, manual e fusíveis de alta capacidade de ruptura, ambos convenientemente dimensionados para as cargas dos circuitos de saída.

1.17.5. Seletividade.

1.17.5.1. Deverá haver seletividade entre as várias proteções.

1.17.5.2. A queima de um fusível do Quadro de Distribuição, não deverá afetar o suprimento de energia elétrica dos demais circuitos e a operação dos inversores.

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1.18. Requisitos de Desempenho do SDSC

1.18.1. Definição de Carregamento

1.18.2. A seguir serão apresentadas as seguintes definições para as condições de carregamento:

1.18.3. CARREGAMENTO NORMAL

Considera-se carregamento normal a ocorrência contínua dos itens abaixo durante o período de 1 minuto:

− variação de 5 % das entradas digitais, igualmente distribuídas pelos equipamentos de co-leta de dados;

− variação de 25 % dos valores analógicos, igualmente distribuídos pelos equipamentos de cole-ta de dados;

− violação de limites operativos de 5 % do total dos valores analógicos, igualmente distribuí-dos pelos equipamentos de coleta de dados ;

− duas ações na console por parte do operador. São exemplos de ação do operador: chama-da de tela, reconhecimento de alarme, entrada de dados e telecomando.

1.18.4. CARREGAMENTO PESADO

Considera-se carregamento pesado à ocorrência do seguinte cenário:

− variação de 25 % das entradas digitais ao longo de 4 segundos, seguida de variação de 10 % ao longo de 10 segundos, seguida de um período de 4 minutos de Carregamento Normal;

− variação de 100 % do total de valores analógicos nos 4 segundos iniciais e 50 % nos 10 segun-dos seguintes;

− violação de limites operativos de 25 % do total de valores analógicos ao longo dos primeiros 4 segundos.

− quatro ações na console por parte do operador por minuto.

1.18.4.1. As condições acima devem ser concentradas ou igualmente distribuídas pelos equipamentos de coleta de dados e devem ser repetidas cíclica e indefinidamente.

1.18.4.2. Tanto para o Carregamento Normal como para o Pesado, os percentuais se referem ao total previsto para a configuração final da US/SE.

1.18.4.3. Para situações de carregamento mais severas do que as estipuladas para o carregamento pesado, o SDSC não deverá perder eventos, deverá manter a integridade do Banco de Dados, manter a comunicação com o NHS e não deverá falhar exigindo uma reiniciação.

1.18.4.4. Por variação de entrada entende-se uma transição positiva seguida por outra negativa, à 100 ms depois.

1.18.5. Requisitos de Desempenho para Carregamento Normal/Carregamento Pesado

1.18.5.1. Da Aquisição de Dados e Controle

1.18.5.1.1. Tempo máximo entre aquisição no equipamento de coleta de dados e sua atualização no Banco de Dados:

− indicações de estado de disjuntores, proteções e demais equipamentos: 1 segundo / 3 segun-dos;

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− para medidas analógicas: 2 segundos / 5 segundos;

− para demais pontos digitais: 3 segundos / 10 segundos;

1.18.5.1.2. Tempo máximo entre aquisição no equipamento de coleta de dados e sua atualização em tela:

− para indicações de estado: 2 segundos / 5 segundos;

− para medidas analógicas com violação de limite: 3 segundos / 10 segundos;

− para demais pontos digitais: 5 segundos / 13 segundos;

1.18.5.1.3. Tempo máximo entre a ativação de um comando e seu acionamento:

− 1 segundo/3 segundos.

1.18.5.1.4. Da IHM

− tempo máximo para a apresentação de uma nova tela: 1 segundo / 3 segundos;

1.18.5.2. Do Sistema Digital de Supervisão de Controle

1.18.5.2.1. O tempo de recuperação do SDSC após qualquer tipo de falha não deverá exceder a 60 segundos;

1.18.5.2.2. Os equipamentos do SDSC deverão ter um MTBF e MTTR que assegurem uma disponibilidade mínima de 99,9 % ao ano para todas as funções;

1.18.5.2.3. Considera-se período de falha como o tempo em que uma função qualquer do sistema não pode ser desempenhada devido uma deficiência no hardware ou software.

1.18.5.2.4. Os processadores deverão, em carregamento normal, ter um ciclo de ocupação máximo de 50 % ("duty cycle") e de 70 % para o carregamento pesado;

1.18.5.2.5. Máximo de 70 % de utilização de memória associada a cada processador;

1.18.5.2.6. Máximo de 50 % de utilização de memória de massa associada a cada processador.

1.18.5.2.7. Taxa de ocupação de qualquer rede ou sub-rede a ser usada pelo FORNECEDOR, não considerando ativa as redundâncias, deverá ser menor do que 30% para qualquer condição medida nos intervalos de definição de carregamento Leve e Pesado.

1.18.5.2.8. A arquitetura adotada deverá ser tal que a perda de uma UAC não inviabilize a função de intertravamento dos demais vãos.

1.19. Considerações quanto a Compatibilidade Eletromagnética

1.19.1. O FORNECEDOR deverá considerar que as condições eletromagnéticas existentes nas subestações antigas de FURNAS não possuem nenhuma preparação ou preocupação quanto a Compatibilidade Eletromagnética - CEM, tal como segregação de circuitos, blindagens, diodos, freewheling nos relés auxiliares, aterramentos adequados, etc. Desta forma, apesar dos requisitos e normas mínimas de CEM solicitados nesta especificação, é de inteira responsabilidade do FORNECEDOR qualquer alterações que se façam necessárias, quer nos seus painéis quer em instalações existentes, para adequar os equipamentos de seu fornecimento a estas instalações, as quais no momento não seguem nenhuma normatização.

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2. REQUISITOS DE FUNCIONALIDADE

2.1. Generalidades

2.1.1. Os IEDs deverão ser microprocessados e deverão possuir na face frontal uma interface Homem - Máquina (IHM) composta de teclado e display, uma interface serial para conexão a um computador portátil,e interfaces de rede em número suficiente que atendam aos requisitos desta especificação e LED de sinalização.

2.1.2. É obrigatória a presença do fabricante dos relés (e integradores, se for o caso) nos testes de fábrica e no comissionamento.

2.2. SDSC – ARQUITETURA E DEFINIÇÕES

2.2.1. O software a ser utilizado tanto nas Salas de Controle Local quanto nas Salas de Controle Remota, deverão ser o SAGE, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Eletrobrás (CEPEL), ficando a sua integração por responsabilidade do FORNECEDOR do sistema. FURNAS fornecerá as licenças do SAGE a serem utilizadas

2.2.1.1. Para os casos de ampliação da base de dados, o FORNECEDOR deverá atualizar a versão do SAGE da subestação a ser ampliada.

2.2.2. A arquitetura do SDSC deverá atender ao desenho 396608 nesta especificação.

2.2.2.1. A arquitetura do sistema a ser adotada para os SDSC será distribuída com IEDs dedicados a cada vão, onde serão realizadas todas as funções inerentes àquele vão,

2.2.2.2. As informações coletadas por estes equipamentos, serão transmitidas para a Sala de Controle Local (SCL), para a Sala de Controle Remota (SCR) e para os Níveis Hierárquicos Superiores( Centro de Operação Regional e ONS, quando for o caso), recebendo dos mesmos as ordens para execução dos comandos.

2.2.2.3. Os IEDs deverão se conectar diretamente à rede da sala de controle local, padrão ethernet, com protocolo TCP-IP, de modo a disponibilizar as suas informações a todos os dispositivos conectados a esta rede, tais como os computadores que desempenham a função de IHM (no mínimo 3), servidores (no mínimo 2), roteadores, etc.

2.2.2.4. Os IEDs deverão se conectar diretamente à rede de aquisição do SAGE sem a existência de qualquer equipamento intermediário. A menos de switchs e conversores de midia

2.2.2.5. Através de um canal de comunicação serial disponível na rede na Sala de Controle Local, as informações provenientes das UAC serão enviadas para os níveis hierárquicos superiores, utilizando o protocolo IEC 870-5-101, de forma a permitir a sua supervisão e controle da usina/subestação através dos Centros de Operação do Sistema e Centro de Operação Regional.

2.2.2.6. Os servidores deverão apresentar as seguintes interfaces de rede :

Uma interface simples para a rede de difusão do SAGE

Uma interface de rede com porta dupla para acesso a rede aquisição

Uma interface de rede para acesso da manutenção

2.2.2.7. O fornecedor deverá ser credenciado junto ao CEPEL para serviços de suporte ao SAGE e o hardware utilizado para a instalação do SAGE deverá possuir certificação de compatibilidade do Linux Red Hat.

2.2.2.8. A ligação física dos IEDs com a rede da SCL, deverá ser realizada através de cabos de fibras óticas e canais de comunicação redundantes. Qualquer ligação para uso interno do fabricante, que necessite ligação entre salas distintas, no âmbito da sala de controle local, também deverá ser feita através de cabos de fibras óticas;

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2.2.2.9. A comunicação entre os IEDs e a rede da SCL, deverá ser implementada de acordo com os padrões de conformidade, interoperabilidade e portabilidade estabelecidas pelo IEC 61850.

2.2.2.10. Com o objetivo de permitir futuras expansões do sistema, o fornecedor deverá disponibilizar todas as informações de seu protocolo de forma a permitir a conexão de equipamentos de outros fabricantes.

2.2.2.11. Deverá ser utilizada uma central horária sincronizada por GPS para sincronismo e estampa de tempo de todos eventos, com resolução de 1 (um) milisegundos. Sendo definido como evento qualquer variação de um ponto digital.

2.2.2.12. Caso esteja sendo fornecido um sistema para sala de controle (Local ou Remota) e no empreendimento em questão já exista um sistema instalado, o novo sistema deverá substituir o existente, incluindo todos os pontos já existentes, os novos pontos, funcionalidades anteriores e as novas funcionalidades.

2.2.2.13. Os IEDs (UAC e reles de proteção) deverão ter duas saídas de rede e deverão estar ligadas, obrigatoriamente à switchs, evitando um anel de IEDs.

2.3. Filosofia de Retaguarda Local

2.3.1. FURNAS adota em suas instalações a filosofia de retaguarda local para os curtos-circuitos internos. Esta filosofia consiste na implementação das seguintes medidas de projeto :

− Cada disjuntor possui duas bobinas de disparo, alimentadas por circuitos c.c provenientes de fontes diferentes e equipado com a proteção contra falha de disjuntor.

− Cada linha de transmissão ou equipamento será protegido por dois esquemas de proteção indepen-dentes, cada um ligado em circuitos c.c diferentes. Cada proteção irá disparar ambas as bobinas do disjuntor.

− As informações de tensão e corrente para cada esquema de proteção serão obtidas de núcleos de transformadores de corrente e enrolamentos secundários de transformadores de potencial diferentes.

2.3.2. Proteção contra Falha de Disjuntor

2.3.2.1. A proteção contra falha de disjuntor deverá ser iniciada pelas funções de proteção que dão o comando de abertura ao disjuntor, exceto por falha de disjuntores adjacentes. Para cada disjuntor deverá ser fornecido um relé incluindo as funções de detecção de corrente (BF) e temporização (62BF).

2.3.2.2. A proteção contra falha de disjuntor deverá ser independente da proteção da linha ou equipamento.

2.3.2.3. Para subestações novas ou modernizações de proteções de barra deverá ser considerada a possibilidade de proteções de barra que já incluam a proteção contra falha de disjuntor.

2.3.2.4. Os esquemas de falha de disjuntor deverão permitir um novo comando de abertura (“retrip”) antes da atuação do relé de bloqueio.

2.3.2.5. Os esquemas de falha de disjuntor para disjuntores associados a transformadores e reatores deverão, além da supervisão por corrente, prover supervisão pela posição do disjuntor, através de um contato normalmente aberto do disjuntor e de suas respectivas seccionadoras isoladoras, para não inibir sua atuação em caso de falhas incipientes no equipamento.

2.3.3. Proteção de Zona Morta

2.3.3.1. Nas subestações com arranjo em anel e disjuntor e meio existirão zonas mortas, localizadas entre os transformadores de corrente e os disjuntores que compõem um determinado vão, não protegidos por qualquer proteção de alta velocidade local. O FORNECEDOR deverá considerar que estes trechos de barramento deverão ser protegidos adequadamente pela proteção de falha de disjuntor.

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2.3.4. Proteção de “STUB-BUS”

2.3.4.1. Nos casos de subestações com arranjo em anel e disjuntor e meio, o FORNECEDOR deverá prover, como parte da proteção da linha ou equipamento, uma proteção de alta velocidade para o trecho de linha que irá ficar energizada quando a respectiva chave isoladora estiver aberta (linha fora de serviço) e estando os disjuntores fechados.

2.3.5. Função Verificação de Sincronismo

2.3.5.1. O fechamento manual de qualquer disjuntor (inclusive o disjuntor de amarre, caso exista) deverá ser feito através de um relé independente do controle.

2.3.5.2. O relé verificador de sincronismo deverá ser microprocessado (com tecnologia numérica), com entradas e saídas disponíveis.

2.3.5.3. A função de verificação de sincronismo deverá ter um tempo de operação que permita um tempo total de religamento ajustável entre 0.15 e 2.0 segundos, considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos típicos para as respectivas classes de tensão.

2.3.5.4. Esta função deverá considerar a diferença de freqüência e de amplitude entre as tensões a serem sincronizadas.

2.3.5.5. A defasagem máxima entre as tensões permitida no fechamento do disjuntor deverá ser ajustável entre 100 e 600 graus elétricos.

2.3.5.6. O esquema de verificação de sincronismo deverá permitir a indicação externa (telas de controle de SDSC) dos valores de freqüência, defasagem e amplitude da tensão ocorridos no momento de fechamento manual do disjuntor ou sinalizar a ultrapassagem dos valores ajustados.

2.3.5.7. O contato de saída do relé verificador será empregado, em série, no circuito de fechamento de cada disjuntor. O contato de saída deverá fechar somente após ser ativada uma entrada digital que habilitará o sincronismo, possibilitando a leitura e a verificação dos valores de tensão no relé, antes do comando de fechamento ser efetuado. A ativação desta entrada digital será feita a partir do último passo ou comando do sistema de controle, ou seja, teclar "executa" , "confirma" etc

2.3.5.8. O relé verificador deverá receber as tensões apropriadas "incoming" e "running", assim que, no controle seja acionado o disjuntor desejado. Estas tensões poderão ser mostradas, neste momento, no "display" do relé.

2.3.6. Sincronismo do Relés de Proteção

2.3.6.1. Os relés deverão ser equipados com um Gerador de Código de Tempo/Relógio de tempo Real sincronizado a partir de um sinal externo oriundo de um sinal de código de tempo padrão IRIG-B, programável, compatível com pelo menos um dos protocolos apresentados na lista a seguir: IRIG-B003 DC-shift Standard200; IRIG-B003 DC-shift com extensão IEEE1344; IRIG-B223 DC- shift Standard200 manchester; IRIG-B223 DC- shift IEEE1344, manchester; IRIG-B123 modulado Standard200; IRIG-B120 modulado com extensões IEEE 1344;PPS normal ou invertido; PPM normal ou invertido; PPH normal ou invertido; PPD normal ou invertido; Pulso Programável repetitivo; Pulso de disparo em horário definido; 1 KHz sincronizado com PPS

2.4. Sistemas de Proteção de Linha

2.4.1. Requisitos Gerais para Sistemas de Proteção de Linha

2.4.1.1. O FORNECEDOR deverá garantir o correto desempenho do sistema de proteção para qualquer tipo de defeito na linha protegida, incluindo a correta operação do esquema de religamento, com atenção especial para os seguintes casos :

− durante curto-circuito interno, franco ou através de resistência de defeito, considerando a dupla alimentação de corrente de curto e corrente de carga pré falta.

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− durante curto-circuito externo e na linha paralela com abertura seqüencial de disjuntores (casos de reversão de corrente) .

− durante curto circuito trifásico, com baixa tensão na linha e oscilação na tensão secundária que alimenta os relés .

− durante a energização da linha , existindo curto circuito permanente na mesma.

− durante perturbações no sistema de telecomunicação, estando a linha submetida a curto circuito interno ou externo.

− durante curto envolvente com a linha paralela localizada na mesma torre ou entre fases de uma mesma linha.

− durante oscilações amortecidas no sistema.

− em casos de condutor aberto.

2.4.1.2. Os sistemas de proteção deverão acionar relés auxiliares de disparo de alta velocidade (função 94), individuais para cada pólo do disjuntor, que deverão realizar no mínimo as seguintes funções:

− Energizar as duas bobinas de disparo de cada disjuntor associado à linha (trip cruzado);

− Iniciar religamento, quando aplicável;

− Acionar o alarme e a partida do registrador digital de perturbação;

− Iniciar a proteção de falha de disjuntor de cada disjuntor associado à linha;

− Acionar uma entrada digital do sistema de supervisão/controle

− Seus contatos deverão ser capazes de chavear e conduzir a corrente de energização da bobina de disparo dos disjuntores por um tempo mínimo de 300 milissegundos.

2.4.1.3. Esquema de Religamento

2.4.1.3.1. Todas as linhas de transmissão deverão ser providas com um esquema de religamento automático de alta velocidade, uma tentativa. O esquema de religamento deverá ser projetado para iniciar o religamento sempre que a linha for aberta por atuação de proteções de alta velocidade. O esquema de religamento automático deverá ser bloqueado quando da abertura manual, operação de funções de proteção temporizadas, faltas na barra, disparo pela proteção de falha de disjuntor, bloqueio por transferência de disparo mantida do terminal remoto, falta em reatores, abertura por sobretensão, etc.

2.4.1.3.2. Nos arranjos em anel e disjuntor e meio, deverão ser fornecidos, também, meios, locais e remotos, que possibilitem a seleção de um dos disjuntores para ser religado automaticamente ou desativar a função religamento. Quando um dos disjuntores for selecionado para religar , os demais disjuntores (não selecionados) deverão disparar na forma tripolar e se o religamento for bem sucedido serão fechados manualmente.

2.4.1.3.3. O esquema de religamento deverá possibilitar a seleção do tipo de religamento com as seguintes alternativas: OFF - tripolar - monopolar. Na posição "tripolar", qualquer ordem de disparo iniciada por proteção irá desligar os três pólos do disjuntor e iniciar o religamento tripolar. Na posição "monopolar", caso haja um defeito fase-terra, o desligamento e o religamento dos dois terminais da linha deverão ser monopolares. Caso não haja sucesso no ciclo de religamento (por exemplo, curto-circuito permanente) o desligamento será tripolar.

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2.4.1.3.4. Qualquer um dos terminais da linha de transmissão poderá ser selecionado para ser o terminal "leader" e deverá religar depois de transcorrido o "tempo morto" (que deverá ser ajustado entre 0.1a 2.0 segundos). O outro terminal ("follower") deverá ser religado através de um relé verificador de sincronismo. Para possibilitar a seleção do terminal que será religado em primeiro lugar, ambos os terminais deverão ser equipados com esquema de religamento e funções de verificação de sincronismo.

2.4.1.3.5. O terminal "leader" deverá religar somente com a barra energizada e se o nível de tensão no lado da linha de transmissão estiver abaixo de um valor pré-ajustado, ou seja, na modalidade "barra viva - linha morta". O terminal "follower" deverá religar somente após a verificação das diferenças de freqüência, ângulo e módulo entre as tensões que serão sincronizadas (incoming e running). Deverá ser previsto, também, o religamento do terminal "follower" na modalidade "linha viva -barra morta".

2.4.1.3.6. O religamento automático não deverá ser iniciado se houver falta de tensão secundária por abertura do minidisjuntor da fonte.

2.4.1.3.7. As proteções deverão ser dotadas de esquemas de seleção de fases adequadas a cada aplicação para prover abertura monopolar para os defeitos monofásicos internos à linha de transmissão, mesmo para os casos de curto-circuito com alta resistência de falta. As unidades de seleção de fases utilizadas deverão ser independentes das unidades de partida e medida da proteção.

2.4.1.3.8. Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento monopolar, deverão ser bloqueadas as funções direcionais de sobrecorrente de seqüências negativa e zero de alta sensibilidade associadas a esquemas de teleproteção baseados em lógicas de sobre-alcance, inclusive de linhas paralelas, caso existam.

2.4.1.3.9. Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, um segundo religamento somente será permitido depois de decorrido um tempo mínimo ajustável de 3 a 5 minutos, que se iniciará com a abertura da fase defeituosa. Durante este período de tempo, qualquer ordem de disparo para o disjuntor (como, por exemplo, vinda das outras fases) deverão ser tripolares e não deverão iniciar o religamento da linha. Depois de transcorrido este tempo ajustável, o esquema de religamento estará apto para ser reinicializado.

2.4.1.4. Proteção Contra Sobretensão

2.4.1.4.1. Deverão ser fornecidas proteções de sobretensão instantânea e temporizada, com faixa de ajuste de tensão e no mínimo 100 a 150% da tensão nominal e de tempo de 0 a 10 segundos, dotadas de filtros para componentes diferentes da fundamental, com relação "drop out / pick up" de no mínimo 0,98.

2.4.1.4.2. Tanto a proteção instantânea como a temporarizada deverão possuir unidades supervisionando as três tensões fase-fase. A operação da proteção temporizada deverá ocorrer quando da atuação de qualquer uma das suas unidades ligadas entre fases. A operação da proteção instantânea deverá ocorrer para a atuação simultânea das suas unidades ligadas entre fases.

2.4.1.5. Proteção de "LINE PICK-UP"

2.4.1.5.1. Nos casos em que a alimentação de potencial para as proteções de distância for proveniente de divisores de potencial capacitivos localizados nas linhas, deverá ser fornecida uma lógica que permita a atuação das proteções durante a energização das linhas sob falha. Esta lógica deverá ser ativada apenas durante a energização da linha, ficando desativada com a linha em operação normal. Esta proteção não deverá iniciar o religamento automático da linha de transmissão.

2.4.1.6. Canais de Transferência de Disparo

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2.4.1.6.1. Cada transferência de disparo deverá ser executado por 2 (dois) equipamentos diferentes. Os receptores de transferência de disparo deverão ser ligados de tal forma que ambas as unidades deverão receber o sinal de disparo antes de executar o comando de disparo. Deverá ser prevista lógica de conversão monocanal.

2.4.1.6.2. Os canais de transferência de disparo trifásico permanecerão chaveados na ocorrência de faltas nos reatores de linha, falha de disjuntor, sobretensões, disparo por perda de sincronismo e temporariamente chaveados quando atuados pelas proteções de linha.

2.4.1.6.3. Os receptores de transferência de disparo deverão acionar relés auxiliares de disparo de alta velocidade e acionar um temporizador de forma que, no caso do comando de disparo mantido, atue em relé de bloqueio.

2.4.2. Requisitos para Proteção de Linhas de 750 KV e 500 kV

2.4.2.1. Todas as linhas de 750 kV e 500 kV deverão ser protegidas por dois esquemas de proteção de alta velocidade, aqui denominados de "principal”'e "alternada" , idênticos , cada um deles provendo proteção completa para a linha a ser protegida, mesmo se uma parte ou a totalidade de outro esquema estiver fora de serviço. Estes esquemas irão operar em sistemas de telecomunicação independentes.

2.4.2.2. Ambos os esquemas de proteção deverão ser equipados com facilidades para realizar os desligamentos e religamentos monopolares e tripolares do disjuntor após a incidência de curto circuito interno.

2.4.2.3. Não são aceitáveis proteções que proporcionem disparos indevidos causados pelo acoplamento mútuo de seqüência zero devido a linhas paralelas.

2.4.2.4. Cada esquema de proteção principal deverá ser constituído por relés de distância utilizando-se um esquema de teleproteção híbrido com POTT, com lógica de “UNBLOCKING” quando utilizado “CARRIER” e utilização da função DUTT (Direct Underreach Transfer Trip). Desta forma, sempre que houver abertura de disjuntor local serão enviados sinais de transferência de disparo, por fase, para o terminal remoto.

2.4.2.5. As proteções destes esquemas deverão possuir medição independente para cada uma das 3 fases, e que proteja a linha para todos os tipos de curto circuito, envolvendo uma ou mais fase.

2.4.2.6. A proteção principal deverá operar 2 (dois) equipamentos de teleproteção com no mínimo quatro comandos independentes cada um.

2.4.2.7. A proteção alternada deverá utilizar, preferencialmente, meios físicos de transmissão independentes, de forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra proteção.

2.4.2.8. Para enviar o sinal permissivo (desbloqueio) deverá ser enviado um único comando para qualquer tipo de defeito. Assim, para atuações por sobrealcance, caberá ao outro terminal decidir através da seleção de fase de seu relé, qual fase deverá ser aberta dentro do esquema POTT (Unblocking).

2.4.2.9. O envio dos sinais de transferência de disparo direto (TDD) deverá ser independente por fase. O Terminal remoto deverá ter meios de verificar se está sendo recebido sinal de transferência de disparo direto (TDD) em mais de uma fase e processá-los como recepção de transferência de disparo trifásico.

2.4.2.10. Deverá também ser prevista uma proteção direcional de sobrecorrente de terra, associada ao esquema de teleproteção, para os casos de curto circuito através de alta resistência de defeito.

2.4.2.11. Adicionalmente, uma unidade de sobrealcance deverá permitir o disparo local temporizado.

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2.4.2.12. Deverá ser prevista uma unidade de bloqueio contra oscilações amortecidas no sistema, fazendo o bloqueio independente por zona de proteção e uma unidade de desligamento por perda de sincronismo (out-of step-tripping).

2.4.2.13. Lógica de fonte fraca e de terminal aberto.

2.4.2.13.1. O FORNECEDOR deverá suprir a lógica de fonte fraca em ambos os terminais da linha de modo a repetir o sinal de "unblocking" para o terminal remoto na eventualidade da proteção não operar durante curto- circuito interno. Esta lógica deverá ser supervisionada por unidades de subtensão, quando a mesma disparar o disjuntor local.

2.4.2.13.2. Este esquema deverá contemplar o caso da linha estar com um terminal aberto (lógica de eco).

2.4.3. Requisitos para Proteção de Linhas de 345 KV

2.4.3.1. Todas as linhas de 345 kV deverão ser protegidas por dois esquemas de proteção de alta velocidade, aqui denominados de "principal”' e "alternada" , idênticos , cada um deles provendo proteção completa para a linha a ser protegida, mesmo se uma parte ou a totalidade de outro esquema estiver fora de serviço. Estes esquemas irão operar em sistemas de telecomunicação independentes.

2.4.3.2. Ambos os esquemas de proteção deverão ser equipados com facilidades para realizar os desligamentos e religamentos monopolares e tripolares do disjuntor após a incidência de curto circuito interno.

2.4.3.3. Não são aceitáveis proteções que proporcionem disparos indevidos causados pelo acoplamento mútuo de seqüência zero devido a linhas paralelas.

2.4.3.4. Cada esquema de proteção principal deverá ser constituída de relés de distância utilizando-se um esquema de teleproteção POTT (Permissive Over reach Transfer Trip), com lógica de “Unblocking” quando utilizado “carrier” , sem a função DUTT (Direct Underreach Transfer Trip).

2.4.3.5. As proteções deste esquema deverão possuir medição independente para cada uma das 3 fases, e que proteja a linha para todos os tipos de curto circuito, envolvendo uma ou mais fases.

2.4.3.6. A proteção principal deverá operar dois canais de teleproteção, com pelo menos dois comandos independentes cada um.

2.4.3.7. A atuação da primeira zona irá disparar localmente o disjuntor de forma monopolar, se a chave seletora de religamento estiver nesta posição, e deixar que o outro terminal decida através da seleção de fase do seu próprio relé, qual fase deverá ser aberta, dentro do esquema POTT.

2.4.3.8. Um mesmo canal de transferência de disparo será utilizado para falha de disjuntor, falha de equipamentos de linha e em todos os casos de abertura local tripolares por falta. Este comando de transferência de disparo será sempre interpretado pelo terminal remoto como ordem de abertura tripolar. A recepção deste sinal deverá bloquear o religamento.

2.4.3.9. A proteção alternada também deverá operar dois canais independentes e utilizar, preferencialmente, meios físicos de transmissão independentes, de forma que a indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra proteção.

2.4.3.10. Deverá também ser provida uma proteção direcional de sobrecorrente de terra, associada ao esquema de teleproteção, para os casos de curto circuito através de alta resistência de defeito

2.4.3.11. Adicionalmente, uma unidade de sobrealcance deverá permitir o disparo local temporizado.

2.4.3.12. Deverá ser prevista uma unidade de bloqueio contra oscilações amortecidas no sistema, fazendo o bloqueio independente por zona de proteção e uma unidade de desligamento por perda de sincronismo (out-of step-tripping).

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2.4.3.13. Lógica de fonte fraca e de terminal aberto.

2.4.3.13.1. O FORNECEDOR deverá suprir a lógica de fonte fraca em ambos os terminais da linha de modo a repetir o sinal de "unblocking" para o terminal remoto na eventualidade da proteção não operar durante curto- circuito interno. Esta lógica deverá ser supervisionada por unidades de subtensão, quando a mesma disparar o disjuntor local.

2.4.3.13.2. Este esquema deverá contemplar o caso da linha estar com um terminal aberto (lógica de eco).

2.4.4. Requisitos para Proteção de Linhas de 230 kV e 138kV

2.4.4.1. As linhas de 230 kV deverão ser protegidas por dois esquemas de proteção independentes, aqui designados como proteção unitária e de retaguarda.

2.4.4.2. Para as linhas de 230 KV, os dois esquemas de proteção deverão permitir a seleção para comandar o disparo e o religamento de forma mono ou tripolar; em linhas de 138 kV, o disparo e o religamento serão tripolares.

2.4.4.3. Esquema de Proteção Unitária

2.4.4.3.1. O Esquema de Proteção unitária deverá ser do tipo Comparação Direcional com Bloqueio, onde se utiliza um sinal de comunicação do terminal remoto para bloquear o disparo durante faltas fora da zona protegida.

2.4.4.3.2. O esquema de proteção unitária deverá incluir um relé de distância, com pelo menos três zonas de medição independentes para proteção contra todos os tipos de faltas e deverá conter uma zona reversa que irá partir um canal de comunicação quando da ocorrência de faltas externas.

2.4.4.3.3. A primeira zona de medição deverá ser ajustável em sub-alcance para disparo direto instantâneo. A segunda zona de medição deverá ser ajustada em sobre-alcance, e dependente do esquema de comunicação, além de partir um temporizador, independente da recepção do sinal de bloqueio. A terceira zona de medição deverá ser temporizada por um relé temporizador independente e ajustada em sobre alcance.

2.4.4.3.4. Para falhas envolvendo a terra, a proteção de distância deverá ser complementada por um relé direcional de sobrecorrente de terra, que deverá atuar incorporada ao esquema de teleproteção, com uma unidade reversa para detecção de faltas externas.

2.4.4.3.5. O esquema de teleproteção deverá incluir o envio de transferência de disparo direto para abertura do terminal remoto sempre que houver disparo tripolar do disjuntor local. Adicionalmente, o esquema de transferência de disparo poderá ser utilizado nos casos de falha de disjuntor para permitir a abertura do terminal remoto da linha.

2.4.4.3.6. O esquema deverá ser dotado de uma unidade de bloqueio contra oscilação de potência.

2.4.4.4. Esquema de Proteção de Retaguarda

2.4.4.4.1. A Proteção de retaguarda para faltas entre fases e faltas envolvendo a terra deverá ser gradativa, composta por relés de distância, com três zonas de proteção e com temporizadores independentes para as segunda e terceira zonas de proteção, complementada por um relé direcional de sobrecorrente de terra.

2.4.4.4.2. A Proteção de retaguarda também deverá ser provida de uma unidade de bloqueio contra oscilação de potência.

2.4.5. Esquemas de proteção para linhas curtas

2.4.5.1. As linhas pertencentes à Rede Básica deverão adotar 2(dois) esquemas redundantes utilizando proteção diferencial de corrente operando através de fibra óptica. Esta proteção deverá

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ser equipada com circuito de monitoramento das condições de transmissão e de degradação do sinal óptico.

2.4.5.1.1. As proteções deste esquema deverão possuir medição independente para cada uma das 3 fases, e que proteja a linha para todos os tipos de curto circuito envolvendo uma ou mais fases.

2.4.5.1.2. Deverá também ser provida uma proteção direcional de sobrecorrente de terra (função 67N)

2.4.5.2. As demais linhas deverão ter uma proteção unitária idêntica à descrita no item 2.2.5.1 e uma proteção de retaguarda utilizando relés direcionais de sobrecorrente de fase e terra.

2.4.6. Req uisitos para Proteção de Linhas com Compensação em Série

2.4.6.1. O proponente deverá considerar para as linhas de transmissão equipadas com banco de capacitores série fixo (CS) ou controlado por tiristores (TCSC) os requisitos abaixo citados, em adição aos requisitos anteriormente mencionados para as linhas sem compensação série.

2.4.6.2. Os esquemas de proteção das linhas deverão atuar corretamente para os seguintes casos:

− Reversão de tensão ou de corrente durante curto-circuito na linha compensada ou na linha adjacente.

− Atuação ou não do “gap” do banco de capacitores. No caso de atuação do “gap”, esta de-verá ser simétrica ou assimétrica.

− Atuação ou não do pára-raios com “gap” ou varistor ZnO que protege o banco de capacito-res.

− Crescimento lento da corrente de curto-circuito.

2.4.6.3. No caso do PROPONENTE oferecer um esquema de proteção equipado com relés de distância baseada na impedância réplica da linha de transmissão, enfatizamos que o tempo de detecção do defeito de 45 ms deverá ser garantido e demonstrado. Este tempo máximo será garantido para qualquer tipo de curto-circuito (fase-terra, trifásico, com resistência de curto, etc) e para as demais condições aqui especificadas.

2.5. Requisitos para Proteção de Reatores

2.5.1. O Sistema de Proteção deverá compreender o conjunto de equipamentos e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os tipos de faltas internas (para a terra, entre fases ou entre espiras) em reatores com neutro em estrela aterrada.

2.5.2. Os reatores deverão dispor de três conjuntos independentes de proteção:

− Proteção unitária ou restrita;

− Proteção gradativa ou irrestrita;

− Proteção intrínseca.

2.5.3. A proteção unitária ou restrita deve ser constituida por dois relés independentes com as seguintes funções e características:

− 87 - Proteção de sobrecorrente diferencial percentual trifásica, com conexão por fase entre os TCs do lado da linha/ barramento e o TC do lado do neutro de cada reator;

− 87R - Proteção de sobrecorrente diferencial de falha restrita a terra com conexão por fase entre os TCs do lado da linha/barramento e com conexão ao TC do aterramento do neutro do reator.

2.5.4. A proteção gradativa ou irrestrita deverá possuir as seguintes funções e características:

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− Proteção de sobrecorrente instantânea e temporizada de tempo inverso de fase e residual (50/51 e 50/51R) com conexão aos TC do lado da linha/ barramento do reator;

− Proteção de sobrecorrente instantânea e temporizada (50/51R) no aterramento do neutro do reator;

− Proteção de sobrecorrente instantânea e temporizada de tempo inverso de terra (50/51G) com cone-xão ao TC de neutro do reator.

2.5.5. A proteção intrínseca deverá possuir as seguintes funções e características:

− Proteção por acúmulo ou detecção de gás, (tipo Buchholz ou similar, 63), pressão súbita de óleo ou gás (válvula de segurança ou similar, 63V), com contatos auxiliares de alarme e disparo;

− Proteção para sobretemperatura do óleo (26) e dos enrolamentos (49), ambas com contatos para alarme de advertência e urgência, bem como contatos para disparo dos disjuntores após tem-porização ajustável, através de relés temporizadores instalados no painel da proteção de retaguarda.

2.5.6. Os dispositivos de proteção internos aos reatores (proteção por acúmulo ou detecção de gás, tipo Buchholz ou similar, 63), pressão súbita de óleo ou gás (válvula de segurança ou similar, 63V), proteção para sobretemperatura do óleo (26) e dos enrolamentos (49) serão fornecidos pelo fabricante dos reatores.

2.5.7. Todas as proteções do Banco de Reatores deverão atuar no disjuntor do vão através de relés auxiliares de alta velocidade para abertura (94RP para proteção diferencial - 87, e 94RA para proteção diferencial de falha restrita – 87R, gradativa – sobrecorrentes e intrínseca).

2.5.7.1. Cada um dos relés auxiliares de alta velocidade (94RP e 94RA) deverá ter o tempo máximo de operação de 3 milissegundos na tensão nominal, e ser fornecidos com contatos disponíveis para, no mínimo:

− Comandar disparo do disjuntor do vão (bobinas de desligamento 1 e 2);

− Iniciar a proteção de falha de disjuntor;

− Acionar o alarme e a partida do registrador digital de perturbação;

− Acionar uma entrada digital do sistema de supervisão/controle.

− Envio de sinal de transferência de disparo, quando aplicável.

2.5.8. As proteções unitárias e intrínsecas deverão atuar em relés de bloqueio para bloquear o fechamento do mesmo (86 RP para proteção diferencial – 87 e 86 RA para proteção diferencial de falhas restritas – 87R e intrínsecas) e envio de transferência de disparo mantido, em caso de bancos de reatores ligados diretamente a linhas de transmissão.

2.6. Requisitos para Proteção de Transformadores

2.6.1. A proteção primária deve consistir dos seguintes relés e dispositivos, todos conectados de modo a operar um relé auxiliar de disparo que comandará a abertura das bobinas de disparo dos disjuntores associados e de um relé de bloqueio, que irá bloquear o fechamento de todos os disjuntores do transformador.

− 87 - TP: Um conjunto de relés diferenciais percentuais com restrição de harmônicos, para pro-teção restrita ao transformador (proteção curta).

− 63 - T: Proteção de aumento súbito de pressão, que será fornecida pelo fabricante do transfor-mador e consistirá de um relé Buchholz, ou relé de acúmulo de gás e um relé de pressão instantânea.

2.6.2. A proteção alternada deve operar um segundo relé auxiliar de disparo que comandará a abertura das bobinas de disparo dos disjuntores associados e de um segundo relé de bloqueio, que irá bloquear o fechamento de todos os disjuntores do transformador. A proteção alternada deverá consistir das seguintes funções:

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− 87 - TA: Um segundo conjunto de relés diferenciais percentuais com restrição de harmônicos, para prover proteção global do transformador e de suas conexões ao vão associado (proteção lon-ga).

− 63PR - T: Proteção de sobrepressão interna será do tipo uma válvula de alívio de pressão com contatos auxiliares de alarme e disparo. Esta proteção será fornecida pelo fabricante do transforma-dor.

2.6.3. Em adição as proteções primária e alternada acima descritas, o transformador deverá possuir as proteções descritas a seguir, que devem disparar diretamente os disjuntores associados através de um relé de alta velocidade (função 94).

2.6.3.1. Proteção de sobrecarga:

50/510L - T: Um relé (um por fase) de sobrecorrente não-direcional com unidades instantânea e tempo-rizada para operar do seguinte modo:

− O relé não deve operar para correntes até 150 % do valor de corrente nominal do transforma-dor;

− Para valores de corrente entre 150% e 200% da corrente nominal do transformador, a unidade instantânea deve iniciar um temporizador (ajustável entre 0 e 30 segundos) que deve disparar os dis-juntores associados após o tempo de ajuste. Esta unidade instantânea deve ter uma relação desope-ração/operação maior ou igual a 0,9.

− Para valores de corrente iguais ou superiores a 200% , a unidade temporizada deve atuar no menor tempo possível, porém nunca excedendo 20 segundos e para sobrecorrentes acima de 300% a unidade de retardo deve operar em no máximo 2 segundos. O relé deve possuir características de tempo inverso, para atender os requisitos acima.

2.6.3.2. Proteções de Sobrecorrente:

− Proteção de sobrecorrente intantânea e temporizada de fase e de neutro, (50/51, 50/51N), composta por conjuntos de proteção vinculados a cada um dos enrolamentos do transformador;

− Proteção de sobrecorrente intantânea e temporizada de terra (50/51G), composta por conjuntos de proteção vinculados a cada ponto de aterramento do transformador;

− Proteção de sobrecarga (50/51 – OL) com temporizador independente ajustável.

2.6.3.3. Proteções de Temperatura:

− Proteção para sobretemperatura do óleo (26) e dos enrolamentos (49), ambas com contatos para alarmes de advertência e urgência, bem como contatos para disparo dos disjuntores após tem-porização ajustável.

2.6.3.4. Proteção de curto monofásico para a terra deverá ser provida por um relé de sobretensão com restrição de terceiro harmônico (59T) conectado em paralelo ao resistor de aterramento ligado ao secundário do transformador de aterramento. Este relé dispara um alarme quando um curto fase-terra ocorre em algum ponto do sistema terciário.

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2.7. Requisitos para Proteção de Barras

2.7.1. Todas as subestações, com exceção daquelas que utilizam arranjo em anel, deverão ter uma proteção diferencial de barras para cada setor (nível de tensão). No caso de arranjo em barra dupla com disjuntor e meio será utilizada uma proteção para cada barra (ou seção de barra, onde são utilizados disjuntores secionadores de barras).

2.7.2. A proteção de barras deverá ser seletiva, desligando apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do barramento, mesmo no caso de arranjos com configuração variável por manobras de secionadoras.

2.7.3. A proteção diferencial de barras deverá ter ao menos as seguintes funções principais:

− Tempo de operação de 20 ms;

− Não ter qualquer limitação quanto ao arranjo de barramento ou número de vãos;

− Deverá ser estável para faltas externas, mesmo que sejam usados TC sem características mag-néticas especiais;

− Deverá ser possível conectá-la a TC com características magnéticas e relações de transforma-ção diferentes;

− Não deverá ter limitações quanto à carga resistiva do secundário (deverá ser possível a ligação através de cabos longos );

− Não deverá operar indevidamente no caso de abertura do secundário e deverá ser equipada com sistema de autodiagnose com alarme para falhas internas na proteção.

2.7.4. A proteção do barramento deverá atuar nos disjuntores através de relés auxiliares rápidos e em relés de bloqueio de modo a bloquear o fechamento dos mesmos.

2.7.5. Deverá ser evitada, sempre que possível, a utilização de transformadores de corrente auxiliares.

2.8. Banco de Capacitores Shunt

2.8.1. O sistema de proteção a ser fornecido deverá atender aos seguintes requisitos:

− Proteções intrínsecas para defeitos internos;

− Proteções de sobrecorrente, com unidades instantâneas e temporizadas de fase e de terra (50/51), (50/51N);

− Proteção de sobretensão de fase (59);

− Proteção de falha de disjuntor;

− Proteção para desequilíbrios que possam causar sobretensões prejudiciais às unidades capacitivas;

2.8.2. As proteções de desequilíbrio e a proteção de sobretensão deverão atuar em:

− um relé auxiliar de alta velocidade que comandará a abertura das bobinas de disparo do disjuntor associado;

− um relé de bloqueio responsável pelo fechamento do disjuntor;

2.8.3. A proteção de sobrecorrente deverá atuar em um relé de alta velocidade que comandará a abertura das bobinas de disparo do disjuntor associado;

2.8.4. Os relés auxiliares de alta velocidade deverão ter o tempo máximo de operação de 3 milissegundos na tensão nominal e serem fornecidos com contatos disponíveis para, no mínimo:

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− Comandar o disparo do disjuntor do vão (bobinas de desligamento 1 e 2);

− Iniciar a proteção de falha de disjuntor;

− Acionar o alarme e a partida do registrador digital de perturbações;

− Acionar uma entrada digital do sistema digital de supervisão e controle.

2.9. BANCO DE CAPACITORES SÉRIE

2.9.1. O software usado pelo FORNECEDOR deverá ser amigável (interativo) e deverá permitir a FURNAS tanto efetuar, localmente, mudanças de parâmetros e ajustes com o auxílio de um computador pessoal (incluído no escopo do fornecimento) bem como monitorar variáveis internas ao programa.

2.9.2. Banco de Capacitor Série (BCS) e os respectivos equipamentos a ele associados, deverão ser protegidos por 2 (dois) esquemas de proteção independentes e redundantes (100% de redundância), aqui designados de principal e alternada. Esta redundância deverá compreender também a comunicação entre a plataforma e o potencial de terra.

2.9.3. O BCS poderá operar, temporariamente e sem qualquer restrição com a sua proteção degradada, ou seja, com um dos esquemas acima mencionados fora de serviço.

2.9.4. O BCS deverá ser equipado com procedimento de auto verificação para falhas internas. No caso de uma falha em um dos sistemas de proteção, este sistema deverá ser automaticamente bloqueado sem qualquer consequência (perturbações) ao banco.

2.9.5. A linha de transmissão estará equipada com sinal de transfer-trip nos dois sentidos, que poderá ser usado pelo FORNECEDOR para os casos de desenergização desta linha.

2.9.6. O FORNECEDOR será responsável pela integração dos sistemas existentes na subestação (SAGE e/ou sistemas convencionais) com o sistema escopo deste Edital, fornecendo toda a interface necessária.

2.9.7. Os sistemas de proteção deverão ser fornecidos completos, incluindo, no mínimo, as seguintes funções e dispositivos:

− Proteção principal;

− Proteção alternada;

− Relés de bloqueio;

− Fontes ca/cc e cc/cc, blocos terminais e de teste, lâmpadas indicadoras, LED, etc.;

− Interface com os sistemas de controle, proteção e supervisão existentes;

− Relés auxiliares, relés temporizadores, relés bi-estável, etc.;

− Interface para comunicação serial;

− Interface com a plataforma.

2.9.8. O FORNECEDOR deverá fornecer, no mínimo, os esquemas de proteção abaixo listados para o banco de capacitores série fixo (BCS), e recomendar outras proteções que julgar necessário desde que justificada tecnicamente:

2.9.9. Proteção contra sobrecarga.

O banco de capacitores deverá ser protegido contra sobrecargas de longa e curta duração na fre-qüência fundamental e que causam sobretensão nas unidades capacitivas.

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2.9.10. Proteção contra desbalanço devido à queima de fusíveis.

Esta proteção deverá ser fornecida com contatos disponíveis para supervisão e disparo.

2.9.11. Proteção contra descarga (flash-over) para a plataforma.

Esta proteção deverá ser fornecida com contatos disponíveis para supervisão e disparo.

2.9.12. Proteção contra sobrecorrente de longa duração a freqüência sub-síncrona.

Esta proteção deverá ser fornecida com contatos disponíveis para supervisão e disparo.

2.9.13. Supervisão da energia absorvida pelos varistores.

Esta proteção deverá ser fornecida com contatos disponíveis para supervisão e disparo quando esta energia for excedida. Deverá também ser supervisionada a temperatura dos varistores.

2.9.14. Proteção contra atuação sustentada do gap.

Esta proteção deverá ser fornecida com contatos disponíveis para supervisão e disparo.

2.9.15. Esquema de reinserção automática.

2.9.15.1. No caso de curto circuito interno, deverá ser prevista a possibilidade de fazer a reinserção automática do banco de capacitores antes da linha associada ser sincronizada (fechamento do segundo terminal) ou após a sua sincronização. Esta seleção deverá ser feita pelo operador.

2.9.15.2. O FORNECEDOR deverá considerar que o banco de capacitores será desviado toda a vez que houver operação da proteção da linha associada durante curto circuito interno. Para tal, será enviado um sinal de desvio gerado pela proteção da linha. Este critério não deverá ser usado para o dimensionamento dos varistores do banco.

2.9.15.3. Os casos de by-pass temporário do banco deverão ser manualmente selecionáveis, da seguinte forma:

− posição desligada - todas as ordens de by-pass serão consideradas como trifásicas e permanen-tes, devendo o operador reinserir o banco manualmente.

− posição 1- mesmo que haja a atuação da proteção de somente uma das fases, o by-pass do banco e a reinserção automática serão sempre trifásicos.

2.9.15.4. Nos casos em que a reinserção do banco não é desejável, O FORNECEDOR deverá fornecer os reles de bloqueio necessários.

2.9.15.5. Deverá ser prevista facilidade de isolamento, através de chave de teste, da atuação da proteção, durante os trabalhos de manutenção.

2.9.15.6. Deverá haver bloqueio de um determinado segmento do BCS, sempre que ocorrer o impedimento por ambas as funções das proteções do respectivo segmento.

2.9.16. Disjuntor de "by-pass"

2.9.16.1. No caso do disjuntor de by-pass, o FORNECEDOR deverá fornecer proteção contra falha no seu fechamento. Esta proteção deverá ser iniciada pelas proteções do banco que ordenam o fechamento deste disjuntor e, depois de decorrido um tempo ajustável, a linha de transmissão deverá ser desligada.

2.9.16.2. O disjuntor deverá possuir duas bobinas de fechamento, alimentadas por circuitos c.c. provenientes de fontes diferentes.

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2.9.16.3. Caso haja falha na abertura do disjuntor de by-pass (por exemplo: um dos pólos do disjuntor não abre) deverá ser gerada uma ordem permanente de fechamento trifásica bem como gerado um alarme.

2.10. Requisitos para Sistema de Excitação Estática de Geradores

2.10.1. Requisitos Gerais

2.10.1.1. O Sistema de Excitação deverá ser fornecido completo com todas as partes e acessórios necessários para o controle da tensão terminal do Gerador, bem como, manuais de instrução, programação, operação e manutenção, sobressalentes, software aplicativo e ferramentas especiais de software e hardware para a manutenção do regulador.

2.10.1.2. O Sistema de Excitação deverá ser tiristorizado, alimentado através de um transformador de excitação ligado diretamente aos terminais do Gerador e capaz de funcionar sem distúrbios sob qualquer condição de carregamento do Gerador e de operação do Sistema de Transmissão ao qual as unidades Geradoras da usina estão interligadas.

2.10.1.3. O FORNECEDOR deverá incluir no escopo do fornecimento o estudo e o projeto de interligação do transformador de excitação ao barramento blindado, bem como o projeto executivo e de instalação do Sistema de Excitação, objeto deste fornecimento, nas instalações existentes.

2.10.1.4. O projeto de instalação deverá contemplar, no mínimo, os seguintes pontos:

− Definição da localização do transformador de excitação; − Detalhes da localização e fixação dos demais cubículos do Sistema de Excitação. Estes cubículos-

deverão ser instalados no piso do Gerador e se possível no local ocupado pelo Sistema de Excitação atual;

− Detalhes da interligação do transformador de excitação com as pontes retificadoras;

− Detalhes da interligação do Sistema de Excitação com os anéis coletores;

− Detalhes das alterações a serem efetuadas no barramento blindado do Gerador;

− Projeto de integração do Sistema de Excitação com o Sistema de Supervisão Controle e Prote-ção da Usina, objetos deste FORNECIMENTO.

2.10.1.5. Todos os materiais necessários para execução das interligações com o barramento blindado, interligação aos anéis coletores, e interligação com o Sistema de Supervisão e Controle da Usina, tais como, cabos, bandejas e demais acessórios, deverão ser incluídos no escopo do fornecimento.

2.10.1.6. O FORNECEDOR deverá enviar para aprovação de FURNAS um relatório técnico sobre o sistema de excitação, contendo os seguintes itens:

− Solicitações de corrente e tensão que os diversos elementos (transformador de excitação, pon-te conversora, sistema de desexcitação, disjuntor de campo, etc.) estarão submetidos durante a ope-ração do Gerador (regimes permanente e transitório) e durante curto circuito;

− Características elétricas principais destes elementos;

− Critério de seleção do tiristor e do respectivo fusível;

− Correntes harmônicas geradas pela ponte conversora e respectivos fatores de interferência;

− Critério de dimensionamento do sistema de ventilação.

2.10.2. Transformador de Excitação

2.10.2.1. O transformador deverá ser trifásico, conectado diretamente aos terminais do Gerador, tipo seco, adequado para instalação abrigada dentro de cubículo, com barreiras metálicas entre fases e enrolamentos encapsulados em resina com resfriamento natural, com primário ligado em estrela não aterrada.

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2.10.2.2. O transformador deverá obedecer aos requisitos da Norma IEC 146-1-3, no que se refere às características para transformadores de retificadores e aos requisitos da Norma NBR 10295 no que se refere às demais características. A CONTRATADA deverá submeter à aprovação de FURNAS a memória de cálculo dos transformadores demonstrando sua adequação ao Sistema de Excitação proposto, bem como, aos requisitos técnicos definidos nesta Especificação.

2.10.2.3. O transformador deverá possuir blindagem eletrostática entre os enrolamentos primário e secundário, com terminais acessíveis e adequados para cabos de cobre de 70 a 120 mm, para conexão à malha de terra da Usina. Deverão ser fornecidos RTD's, de acordo com as características definidas no item 5.3. desta Seção, sensíveis à temperatura de cada enrolamento, para fazer a supervisão de temperatura do mesmo.

2.10.2.4. O cubículo do transformador de excitação deverá obedecer aos requisitos técnicos definidos no volume referente aos REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS e ser provido de buchas de passagem e flanges adequados para conexão ao barramento blindado e ao barramento do cubículo de excitação e obedecer à Norma ABNT NBR 6146. Todos os elementos de fixação e conexões flexíveis para conexão ao barramento blindado deverão ser incluídos no fornecimento.

2.10.2.5. O fechamento dos enrolamentos primários e secundários deverá ser feito internamente ao cubículo do transformador por meio de barras de cobre isoladas para a classe de tensão do cubículo.

2.10.2.6. Deverão ser previstos elos removíveis nos lados de alta tensão e baixa tensão do transformador.

2.10.2.7. Deverão ser previstos os meios necessários para retirada do transformador de excitação de dentro do cubículo.

2.10.2.8. A tensão do secundário dos transformadores deverá ser adequada para possibilitar o fornecimento da tensão de teto da excitatriz, com a tensão mínima nominal nos terminais do Gerador.

2.10.2.9. As características elétricas do transformador deverão ser determinadas pela CONTRATADA e adequadas para a presente aplicação e deverão considerar a presença das correntes harmônicas geradas pelas pontes conversoras. A impedância de curto-circuito do transformador deverá ser escolhida em conjunto com a capacidade da ponte conversora de suportar a corrente de curto-circuito no tiristor.

2.10.2.10. O transformador deverá ser capaz de suportar os requisitos de desempenho definidos nesta ESPECIFICAÇAO bem como suportar um curto-circuito trifásico no seu lado secundário (lado que alimenta as pontes tiristorizadas).

2.10.2.11. Dispositivos de supervisão e proteção deverão ser fornecidos de acordo com os requisitos definidos nesta ESPECIFICAÇÃO.

2.10.3. Transformadores de Corrente

2.10.3.1. Os transformadores de corrente para conexão dos relés de sobrecorrente deverão ser adequados para uso interno, encapsulados em resina isolante à base de epóxi, corrente secundária nominal de 5A, freqüência nominal de 60 Hz, classe de exatidão 10 para proteção e isolamento F. A corrente térmica nominal, a corrente dinâmica nominal e a carga deverão ser determinadas pela CONTRATADA em função dos níveis de curto circuito e dos tempos de atuação da proteção e comprovados por memória de cálculo.

2.10.4. Pré - excitação

2.10.4.1. Deverá ser previsto um transformador a seco adicional, alimentado pelos Serviços Auxiliares CA da Usina, com capacidade suficiente para permitir a excitação inicial do Gerador. Este transformador deverá ser dimensionado para permitir no mínimo quatro partidas consecutivas do Gerador dentro do intervalo de tempo de 1 hora.

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2.10.4.2. Também deverá ser previsto um circuito de pré-excitação alimentado a partir de fonte CC (125Vcc) do serviço auxiliar da Usina.

2.10.4.3. Os circuitos de pré-excitação deverão ser ligados às barras CC através de pontes de diodos independentes, uma para cada fonte.

2.10.4.4. Deverá ser prevista a geração de sinal de alarme quando houver tempo excessivo na préexcitação e relés auxiliares para indicar o estado “ligado-desligado".

2.10.5. Ponte Conversora

2.10.5.1. As pontes conversoras deverão ser compostas por n+1 pontes trifásicas, de seis pulsos, controladas por tiristores, sendo que uma ponte é redundante.

2.10.5.2. As pontes deverão ter projeto modular, a fim de facilitar a sua remoção durante manutenção. Deverão ser previstas barreiras entre os módulos para impedir que falha em uma delas se propague para as demais.

2.10.5.3. Deverá ser considerado um fator de segurança mínimo de 2,75 entre a tensão nominal de pico inversa (Vrm) do tiristor e a máxima tensão de pico inversa que aparece durante a operação da ponte.

2.10.5.4. Cada ponte deverá possuir um sistema próprio de geração de pulsos capaz de fazer o seu disparo durante as condições de regime permanente, transitório e de curto circuito a que o Gerador está submetido. O sistema de disparo deverá utilizar fonte de alimentação dedicada e independente.

2.10.5.5. A válvula deverá ser dimensionada considerando a corrente de curto circuito (prospectiva) devida à queima de um dos tiristores, sem considerar que o respectivo fusível irá operar. Este dimensionamento deverá considerar a máxima tensão terminal da máquina e o mínimo ângulo de disparo (alfa) do tiristor.

2.10.5.6. Sistema de Ventilação

2.10.5.6.1. As pontes conversoras deverão ser resfriadas por ventilação forçada. O resfriamento de cada ponte deverá ser efetuado por dois ventiladores, em circuito aberto. Cada ventilador deverá ter capacidade suficiente para permitir a operação contínua da ponte com corrente nominal.

2.10.5.6.2. Os ventiladores deverão proporcionar fluxo de ar suficiente para o pleno resfriamento da ponte para todas as condições de operação do Sistema de Excitação previstos nesta Especificação. As entradas de ar deverão ser providas de filtros.

2.10.5.6.3. O sistema de ventilação deverá ser fomecido completo com ventiladores, motores, contatores, equipamentos auxiliares de comando, sinalização e chaves de fluxo de ar.

2.10.5.6.4. A alimentação dos motores dos ventiladores deverá ser efetuada por fonte de serviço auxiliar c.a. dedicada e independente.

2.10.5.6.5. Se para o resfriamento da ponte for necessário apenas um ventilador deverá ser prevista uma chave seletora principal/reserva. O ventilador reserva deverá partir automaticamente no caso de falha do ventilador principal. A falha de um ventilador deverá gerar um alarme no Sistema de Supervisão e Controle da Usina, e a falta dos dois ventiladores iniciará o bloqueio do circuito de disparo da ponte.

2.10.5.6.6. O nível de ruído dos ventiladores, medido à distância de um metro do cubículo com as portas fechadas, não deverá exceder 75 dB (A).

2.10.6. Disjuntor de Campo e Resistor de Descarga

2.10.6.1. Deverá ser previsto um disjuntor de corrente contínua, montado em cubículo separado, operado eletricamente através de comando local - remoto.

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2.10.6.2. Não será aceito disjuntor tipo caixa moldada. O cubículo deverá conter todos os dispositivos necessários para operação do disjuntor, bem como os tiristores e o resistor de descarga para desexcitação rápida do campo. O disjuntor de campo deverá ser equipado com uma indicação local, junto ao equipamento, da sua posição (aberto-fechado).

2.10.6.3. O disjuntor deverá ser provido de uma bobina de fechamento e duas bobinas de abertura todas alimentadas em alimentadas na tensão de corrente contínua disponível na localidade para painéis de proteção e controle de125 VCC por circuitos independentes. Cada circuito deverá ser supervisionado por relé de tensão. No mínimo seis contatos auxiliares NA e seis NF deverão ser fornecidos livres para utilização por FURNAS.

2.10.6.4. No caso do disjuntor ser de sopro magnético, deverão ser previstos meios que permitam a abertura manual do disjuntor independente da tensão de controle.

2.10.6.5. As desexcitações em paradas normais e paradas de emergência sem rejeição de carga deverão ser efetuadas pelo retardo nos pulsos de disparo (operação da ponte como inversor e bloqueio dos pulsos de disparo) e não pela abertura do disjuntor de campo com corrente. Retardos intencionais na abertura do disjuntor de campo, quando de paradas de emergência com rejeição de carga, não serão permitidos.

2.10.6.6. O disjuntor de campo será considerado como proposta básica. A CONTRATADA poderá ofertar, como altemativa, um contator de campo no lugar do disjuntor de campo, desde que a sua proposta esteja tecnicamente justificada, listando as vantagens e desvantagens de uma e de outra solução. Esta alternativa somente será analisada por FURNAS caso a proposta básica seja a vencedora.

2.10.6.7. Deverá ser previsto o fornecimento de resistências para a descarga do campo. Estas resistências deverão ser capazes de liberar a energia armazenada no campo no menor tempo possível. A CONTRATADA deverá fornecer para FURNAS a memória de cálculo detalhada da resistência informando a tensão de operação, capacidade total, taxa de crescimento de temperatura e a corrente de circulação.

2.10.7. Requisitos de Desempenho do Sistema de Excitação

2.10.7.1. Com a ponte de tiristores redundante fora de serviço, temperatura ambiente interna ao cubículo de 50 ºC, com corrente nominal máxima pré-falta e sem ultrapassar a temperatura de junção garantida para os tiristores, o sistema de excitação deverá possuir as seguintes características:

a) Tensão de teto necessária para produzir a tensão nominal na linha do entreferro (Gerador em vazi-o), com enrolamento de campo a 1000 ºC, não inferior a:

•Positiva (pu) +5

•Negativa (pu) -4,0 (sem que haja reversão de corrente)

b) A capacidade de condução de corrente contínua não deve ser inferior a 110% da corrente de ex-citação necessária para manter o gerador operando com a potência aparente máxima e 105% de tensão nominal e temperatura de enrolamento de campo de 100º C.

2.10.7.2. O sistema de excitação deverá ser capaz de desempenhar as funções abaixo relacionadas,

2.10.7.2.1. Operação em Regime Permanente

Responsável por manter a tensão do gerador dentro dos limites especificados, estando o regulador de tensão operando em modo automático, com umidade relativa do ar de 100% e temperatura na faixa de -5º C a 50º C.

Deverá ser capaz de manter a tensão média trifásica nos terminais do Gerador dentro da faixa de 0,5% da tensão ajustada, levando-se em consideração a influência do compensador de corrente rea-tiva, nas seguintes condições de operação:

a) Qualquer carga dentro da faixa de operação do Gerador;

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b) Qualquer tensão nos terminais do Gerador dentro da faixa 80% a 110% do valor nominal;

c) Qualquer freqüência na faixa de +/-5% do valor nominal (60 Hz);

d) Especificamente para operação em vazio, com qualquer velocidade na faixa de 90% a 150% da nominal.

2.10.7.2.2. Operação em Condições Transitórias

a) Rejeição de Carga Indutiva.

A tensão máxima nos terminais do Gerador não deverá ultrapassar a 110% da tensão terminal imedia-tamente após a rejeição (subtransitório). O tempo de retorno da tensão terminal para 105% do valor de regime pós-falta não deverá ser superior a 300 ms. A tensão de regime permanente pós-falta deve-rá estabilizar dentro da faixa de 0,5% do valor de referência ajustado, considerando o estatismo.

b) Rejeição de Carga Nominal

Mesmo considerando os efeitos da sobrevelocidade decorrente da rejeição de carga ativa, o regula-dor deverá manter o perfil de tensão dentro dos limites definidos no item anterior.

c) Curto-Circuito no lado de AT do Transformador Elevador

O sistema de excitação deverá ser capaz de manter a tensão de excitação (campo) mínima de 30% do valor da tensão de teto quando a tensão terminal do Gerador for reduzida devido ao curto circui-to. A CONTRATADA deverá considerar este requisito na determinação da tensão secundária do trans-formador de excitação. Neste caso não deverá haver perda da tensão de sincronismo do sistema de disparo.

d) Ciclo Térmico

O sistema de excitação deverá ser capaz de suportar o ciclo térmico abaixo, com ponte redundante fora de serviço, com a máxima corrente de campo pré-falta e sem ultrapassar a temperatura máxima do enrolamento de campo e a temperatura de junção garantida para os tiristores:

a) Caso com reaplicação de tensão:

•Operação do Gerador, com potência máxima, fator de potência nominal e tensão terminal máxima, por tempo suficiente para estabilização da temperatura (condição pré-falta);

•Uma falta trifásica externa com duração de 100ms, aplicada na barra de AT;

•.Religamento trifásico (sem sucesso) após 500ms, seguido de uma segunda falta trifásica na barra de AT com duração de 100ms;

•Religamento trifásico (com sucesso) após 500ms;

•Operação subseqüente nas condições pré-falta.

•O sistema de excitação deverá ser capaz de suportar, com ponte reserva fora de serviço, os efeitos de-correntes de um curto circuito trifásico com duração de 100 ms nos terminais do Gerador, extinto por uma seqüência de desligamento que inclua a abertura do disjuntor de campo.

2.10.8. Regulador de Tensão

2.10.8.1. O regulador de tensão deverá ser da última geração de reguladores digitais fabricados pela CONTRATADA e deverá ser de fácil manutenção, inspeção e teste.

2.10.8.2. Os módulos do regulador responsáveis pela execução das funções de controle do AVR, deverão possuir uma configuração redundante com duas CPUs de modo que o regulador proposto seja tolerante a falhas. Estes módulos deverão possuir fontes de alimentação redundante, alimentadas por dois circuitos independentes em 125Vcc provenientes dos Serviços Auxiliares CC da Usina. Na ocorrência de falhas em um dos módulos da CPU, o regulador deverá efetuar a transferência automática para o módulo redundante e alarmar no SDSC da Usina. Esta transferência não poderá provocar variações na tensão terminal do gerador superiores a 0,5% do valor nominal e não deverá tirar a unidade de controle conjunto, ou seja, deverá continuar no modo AVR.

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2.10.8.3. O regulador deverá ser baseado em microprocessador e capaz de executar as funções de regulação de tensão e limitação, autodiagnose "on-line", processamento de defeitos, partida da unidade, paradas normal e de emergência, e sincronização da unidade.

2.10.8.4. O regulador deverá ser projetado de modo a permitir comandos e ajustes a partir do Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC) e do Equipamento de Controle Conjunto, bem como, deverá ser projetado para permitir o controle manual local a partir do cubículo do regulador. Todas as interfaces necessárias para o controle remoto deverão ser previstas no FORNECIMENTO.

2.10.8.5. Cada uma das duas CPUs deverá possuir um controle manual que permita o controle da corrente de campo no caso de falha do Controle Automático de Tensão (AVR) ou condições de teste e manutenção. Quando os AVR's saírem de operação por defeito, o Sistema de Regulação deverá efetuar a transferência automática para o controle da corrente de campo (FCR) sem provocar variações na tensão terminal do gerador, superiores a 0,5% do valor nominal. Deverão ser previstas facilidades também para a transferência comandada pelo operador.

A malha de Controle de Tensão deverá ser totalmente independente da malha de controle de cor-rente. Não serão aceitos arranjos em que a malha de controle de corrente seja comum para os dois modos AVR e FCR.

Caso a transferência não tenha ocorrido devido a defeitos, o seguimento deve estar ativo nos dois sentidos AVR/FCR e FCR/AVR sendo respeitados na transferência os mesmos limites de variação na tensão terminal, determinados anteriormente.

2.10.8.6. Deverão ser fornecidos pela CONTRATADA todo o software de suporte e desenvolvimento e o hardware necessário para FURNAS efetuar alterações na configuração do regulador e na estrutura da função de transferência.

2.10.8.7. O regulador de tensão deverá ser do tipo de ação contínua, de resposta rápida, sem faixa morta, devidamente compensada e estabilizada. O controle deverá ser do tipo Proporcional-Integral-Derivativo (PID), realizado numericamente. O regulador de tensão deverá ter uma realimentação com a corrente reativa gerada pela máquina (característica de estatismo), cujo ganho deverá ser ajustável no campo. O regulador deverá obter as informações de corrente e tensão terminais da máquina a partir dos transformadores de instrumentos (TC's e TP's) instalados no Gerador e no Cubículo de Surto.

2.10.8.8. O regulador deverá ser de construção modular, com os módulos acomodados em cartões padronizados do tipo plug-in. Pontos importantes de medição deverão ser previstos no display e selecionados a partir do teclado funcional instalados no cubículo do regulador de tensão para acompanhamento durante testes e comissionamento. Variáveis importantes internas ao controle deverão ser acessíveis externamente através de DAC's para ensaios e comissionamento.

2.10.8.9. O ajuste da tensão de referência deverá ser executado através de dispositivo digital. O dispositivo deverá ser capaz de ajustar a tensão terminal do Gerador dentro da faixa de 80% a 110% da tensão nominal sob toda a faixa de operação do Gerador. Os sinais de aumentar/diminuir deverão ser processados por uma função "rampa" com tempos ajustáveis para levar a referência de um extremo para outro da faixa de operação.

2.10.8.10. O regulador deverá ser fornecido com as funções de processamento de alarmes e autodiagnose "on-line" aqui especificadas. As faltas deverão ser sinalizadas através de lâmpadas de indicação no cubículo do regulador, e para cada falha deverá ser previsto o fornecimento de dois contatos secos independentes para interligação com os Sistemas Digital de Supervisão e Controle da Usina.

a) Falha do módulo de CPU;

b) Falha dos conversores analógico/digital;

c) Falha dos canais de entrada digital;

d) Falha dos canais de entrada analógica;

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e) Falha dos canais de saída digital;

f) Falha dos canais de saída analógica;

g) Falha nas fontes de alimentação.

2.10.8.11. A CONTRATADA deverá enviar para FURNAS a função de transferência no domínio de Laplace do regulador, incluindo limitadores e sinal estabilizador, indicando faixa de ajustes de ganhos e constantes.

2.10.8.12. O regulador de tensão deverá possuir os seguintes dispositivos:

a) Limitador Volts/Hertz

A curva de atuação deverá possuir limitação instantânea e temporizada, ajustável de acordo com as características de sobrexcitação do transformador de excitação, transformador elevador e do Gera-dor. A CONTRATADA deverá fornecer a curva de atuação do limitador juntamente com a memória de cálculo dos ajustes propostos. A atuação do limitador deverá ser sinalizada no SDSC da Usina.

b) Limitador de Subexcitação

A linha de intervenção deste limitador deverá ser ajustável de tal forma a manter uma distância segu-ra da curva limite de sobreaquecimento do estator e da curva limite de estabilidade. A CONTRATADA deverá fornecer a curva de atuação do limitador juntamente com os estudos de ajustes propostos. A atuação do limitador deverá evitar a atuação do relé de perda de excitação, incluído no Sistema de Proteção do Gerador, no caso de variação brusca do Sistema de FURNAS. A atuação do limitador de-verá ser sinalizada no SDSC da Usina.

c) Sinal Estabilizador de Potência

O sinal estabilizador deverá ser derivado da potência acelerante (do tipo IEEE-PS52A referência IEEE STD 421-5) e não deverá provocar variação na tensão terminal do Gerador durante operação em re-gime permanente e durante variação manual da potência ativa da máquina. Deverá possuir os se-guintes recursos:

•Possibilidade de desativação manual do sinal a partir do cubículo do regulador de tensão;

•Possibilidade de desativação automática do sinal quando ocorrer uma rejeição de carga;

•Possibilidade de desativação automática do sinal quando a tensão do Gerador for superior a um valor ajustável na faixa de 100 a 130% e inferior a um valor ajustável na faixa de 70 a 100%. Esta desativação deverá ser temporizada. Deverá ser previsto meios para permitir a modificação por FURNAS do valor de tempo ajustado.

• Possibilidade de desativação automática do sinal quando a potência do Gerador for inferior a um valor ajustável;

A reativação do sinal deverá ser realizada automaticamente quando a condição de desligamento deixar de existir e o sinal de saída estiver baixo o suficiente para não provocar oscilações na tensão terminal do Gerador.

d) Limitador de Corrente Máxima de Campo

Esta função deverá limitar automaticamente a corrente de campo a um valor correspondente a ca-pacidade térmica do sistema de excitação e do enrolamento de campo. Sua atuação deverá ser re-tardada quando houver sobrecargas transitórias devidas à tensão de teto. A CONTRATADA deverá fornecer a curva de atuação do limitador juntamente com os estudos de ajustes propostos. A atuação do limitador deverá ser sinalizada no SDSC da Usina.

e) Compensador de Corrente Reativa

Este dispositivo deverá estabelecer uma característica de variação da tensão de referência para a variação da potência reativa gerada. Este elemento atuará no sentido de compensar entre 0 e 100% a reatância do transformador elevador, forçando a participação do Gerador na manutenção do ní-vel de tensão de referência ajustado.

f) Limitador da Corrente do Estator Sub e Sobrexcitado

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Esta função deverá limitar automaticamente através da excitação, a corrente de estator a valores delimitados pela curva de capacidade do gerador. Sua atuação deverá possuir ação instantânea e temporizada de acordo com as características térmicas do Gerador. A CONTRATADA deverá fornecer a curva de atuação do limitador juntamente com os ajustes propostos.

2.10.8.13. Os módulos do regulador (AVR) responsáveis pelas funções de regulação, controle, limitação, etc., deverão ter no mínimo 20% de folga na capacidade de processamento.

2.10.9. Interface Homem-Máquina com o Regulador de Tensão

2.10.9.1. Deverá ser fornecido um display de cristal líquido com teclado funcional do tipo semi-embutido e com conexão traseira instalados no cubículo do regulador de tensão. Os sinais analógicos/digitais de interface com o Sistema de Excitação deverão ser enviados/recebidos através de uma porta de comunicação serial do tipo RS 232..

2.10.9.2. Deverão ser previstos, no mínimo, os seguintes comandos emitidos através do teclado funcional:

a) Seleção de modo operação "Local/Remota";

b) Seleção de modo controle "Automático/Manual";

c) Comandos de "Aumentar/Diminuir" o valor da tensão de referência do modo automático;

d) Comandos de "Aumentar/Diminuir" o valor da tensão de referência do modo manual;

e) Comando de "Abrir/Fechar" o disjuntor de campo;

f) Comando de ativação/desativação do sinal estabilizador (PSS);

g) Bloqueio e Desbloqueio das pontes conversoras.

2.10.9.3. Deverão ser apresentados no display, no mínimo, as seguintes informações do regulador de tensão e campo da máquina:

a) Corrente de Campo;

b) Tensão de Campo;

c) Valor de ajuste de Vref no modo automático;

d) Valor de ajuste de Vref no modo manual;

e) Temperatura do enrolamento de campo.

f) Potência ativa e reativa gerada pela máquina.

2.10.9.4. No mínimo, as seguintes supervisões/proteções deverão ser previstas:

2.10.9.4.1. Transformador de Excitação

a) Relé de sobrecorrente trifásico digital, característica de tempo inverso, com unidades instantâ-neas e temporizadas (50/51 TEX), para proteção dos enrolamentos primários do transformador.

b) Detetores resistivos de temperatura (RTD) para supervisão de temperatura dos enrolamentos de baixa tensão.

c) Relés de temperatura associados aos RTD’s acima para alarme (1º e 2º estágios) e desligamen-to da unidade (2º estágio).

2.10.9.4.2. Ponte Conversora

a) Cada tiristor deverá possuir circuitos RC de proteção contra sobretensães ("Snubber");

b) Os tiristores deverão ser protegidos, individualmente, por fusíveis de ação ultra-rápida, com dis-positivos indicadores de ruptura e providos de contatos auxiliares para alarme e desligamento. O sis-tema deverá ser projetado de modo que se um tiristor entrar em curto-circuito, somente o fusível res-pectivo queime.

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c) Deverá ser fornecido um circuito de Supervisão de Condução das Pontes com as indicações abaixo mencionadas:

� estado da ponte bloqueada / desbloqueada;

� supervisão de corrente e da queima do fusível do tiristor, com dois níveis de atuação: alarme e desligamento da máquina

d) Deverão ser fornecidas chaves de fluxo para detectar redução ou interrupção do fluxo de ar de resfriamento de cada ponte, com contatos para alarme e desligamento.

2.10.9.4.3. Circuitos de proteção contra sobretensões transitórias deverão ser fornecidas para proteger o equipamento contra sobretensões transitórias provenientes do Sistema AC e do circuito de campo da máquina.

2.10.9.4.4. Deverá ser previsto no Sistema de Excitação o fomecimento de um dispositivo de proteção contra falha a terra nos enrolamentos do rotor.

2.10.9.4.5. O FORNECEDOR deverá incluir o fornecimento de um sistema de medição de temperatura dos enrolamentos de campo. Este sistema deverá possuir as interfaces necessárias para enviar as informações de valor medido de temperatura, de alarme e de desligamento para o Sistema Digital de Supervisão e Controle da Usina.

2.10.9.4.6. Deverão ser fornecidos dispositivos com saídas adequadas para a transmissão dos valores de corrente de campo e tensão de campo a Registradores Digitais de Perturbações (RDP).

2.10.10. Operação remota do regulador de tensão

2.10.10.1. Deverão ser incluídos na proposta todos os dispositivos necessários para a operação remota a partir do Sistema Digital de Supervisão e Controle da Usina. A operação remota deverá contemplar no mínimo as seguintes funções:

a) Seleção do modo de controle "Automático/Manual";

b) Comandos de "Aumentar/Diminuir" o "set-point" do canal automático;

c) Comandos de "Aumentar/Diminuir" o "set-point" do canal manual;

d) Comando de "Ligar/Desligar" Excitação;

e) Comando de “Ligar/desligar” o sinal estabilizador (PSS);

2.10.10.2. A CONTRATADA deverá incluir os dispositivos necessários para enviar as seguintes informações analógicas para o SDSC:

a) Sinal (4 - 20mA) da tensão terminal do Gerador;

b) Sinal (4 - 20mA) da tensão de campo;

c) Sinal (4 - 20mA) da corrente de campo;

d) Sinal (4 - 20mA) de Potência Reativa do Gerador;

e) Sinal (4 - 20mA) do "set-point" do canal automático;

f) Sinal (4 - 20mA) do "set-point" do canal Normal.

2.10.10.3. A CONTRATADA deverá incluir um dispositivo sensor de potência reativa nula com no mínimo dois contatos SPDT.

2.10.10.4. Todos os dispositivos necessários (transdutores, relés auxiliares, cabos, bornes terminais, etc) deverão ser incluídos no FORNECIMENTO, cuja quantidade final será definida durante o projeto executivo.

2.10.11. Controle Conjunto de Tensão

2.10.11.1. Deverá ser previsto neste FORNECIMENTO o controle conjunto de tensão para os Geradores da usina incluídos no contrato.

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2.10.11.2. O controle conjunto de tensão será controlado pelos operadores a partir dos equipamentos do Sistema Digital de Supervisão e Controle (SDSC) instalados na Sala de Controle da Usina. Para tanto,o equipamento de Controle Conjunto deverá ser capaz de receber e enviar, pelo menos, as seguintes informações:

a) Comandos de colocação e retirada das unidades de controle conjunto;

b) Sinal analógico (4 - 20mA) da tensão terminal do Gerador;

c) Sinal analógico (4 - 20mA) de realimentação da tensão da barra de alta da Usina;

d) Sinal anal6gico (4 - 20mA) da potência reativa de cada Gerador;

e) Sinal analógico (4 - 20mA) de "set-point" para a tensão da barra de alta da Usina;

f) Comandos para aumentar I diminuir os "set-point" de tensão de cada regulador;

g) Sinal analógico (4 - 20mA) da potência reativa total da Usina.

A troca de informações poderá ser através de MODBUS.

2.10.11.3. O detalhamento final das interfaces será definido por FURNAS durante a análise do projeto do equipamento.

2.10.11.4. O controle conjunto de tensão será do tipo PID e deverá atuar nos reguladores de tensão de cada unidade, de modo a fazer com que primariamente a tensão da barra de alta da Usina seja mantida no valor ajustado pelo valor de "set-point" da tensão e secundariamente haja uma divisão equalitária dos reativos gerados por cada máquina participante deste modo de controle. Para o Gerador operar em controle conjunto é necessário que o seu regulador de tensão esteja em modo conjunto. No caso de falha ou de manutenção no controle conjunto, os Geradores irão operar no modo individual.

2.10.11.5. O controle conjunto de tensão deve ser imune às variações de potência ativa da Usina, sendo aceitável transitoriamente uma variação do no máximo 0,5% na tensão da barra durante uma variação em rampa da potência ativa da usina de 0 a 100%.

2.10.11.6. Em geral FURNAS adota a seguinte filosofia de controle de tensão para as Unidades Geradoras:

Existem duas malhas de controle, uma individual e uma conjunta;

Cada Gerador, individualmente, controla a tensão do seu barramento terminal (V terminal), através do regulador de tensão, com um tempo de resposta bastante rápido, da ordem de 500ms a 1 s, para fazer frente a variações bruscas de tensão no sistema. Esta ação de controle é chamada de ação de Controle Primário;

O Controle Conjunto de Tensão tem duas funções de controle associadas, são elas: A função de pos-sibilitar o controle de tensão em um ponto único (Vp), quando várias unidades síncronas estão ope-rando em paralelo. Este controla a tensão do barramento de alta de forma a exercer um controle em regime permanente, com um tempo de resposta mais lento, na ordem de 30 a 60s para uma variação de 20% na tensão controlada (valores ajustáveis); e o controle de reativo, onde o Controle Conjunto possui uma malha de controle para equalização da potência reativa entre os Geradores Síncronos, minimizando a circulação de reativos entre as Unidades Síncronas que estão no modo de operação Controle Conjunto e mantendo a mesma partição de reativo (Qmédio) entre as Unidades. A ação de controle executada pelo Controle Conjunto é chamada de ação de Controle Secundária;

No canal de tensão é possível incluir um estatismo (negativo ou positivo), em função da potência rea-tiva total (Qt) dos Geradores Síncronos, de forma a controlar a tensão da barra de alta, em um ponto interno ao transformador elevador ou um ponto externo à barra de alta (compensando a impedância vista da barra). Esta função é chamada de compensação de corrente reativa.

O Controle Conjunto atua no ajuste de tensão de referência das Unidades individuais. O canal de a-tuação do controle Conjunto atua no somador do RAT das unidades individuais e é um sinal indepen-dente do rampeamento de tensão da operação em controle individual (manual) do operador.

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A rampa de atuação para correção da tensão de referência Vref para as Unidades é ajustável, sendo o valor básico adotado como 20% para um tempo de 30 a 60s.

2.10.11.7. Características de Operação

O Controle Conjunto de Tensão deve apresentar as seguintes funcionalidades:

− Permitir a entrada das unidades em controle conjunto e retorno para controle individual de forma suave;

− A atuação do controle conjunto será sobre as referências de tensão das unidades, através de pulsos para aumentar e diminuir;

− Equalizar a potência reativa entre as unidades em controle conjunto;

− Somente comutar uma unidade para controle conjunto se a mesma estiver no modo de ope-ração remoto;

− Se estiver em controle conjunto e a unidade for comutada para o modo de operação local, a unidade é comutada para comando individual;

− Quando a unidade estiver operando em controle conjunto, os comandos locais de aumentar e diminuir referência de tensão das unidades individuais ficam inibidos;

− Em caso de falha no controle conjunto transferir as unidades para controle individual;

− Alarmar em caso de falha;

− Indicar na sala de controle a potência reativa total da usina;

− Indicar na IHM: a tensão primária controlada, A tensão terminal das unidades, a potência rea-tiva de cada unidade, a potência reativa total da usina e a posição da referência do controle con-junto;

− Indicar localmente: as unidades em controle conjunto, a falha no controle conjunto, os pulsos de comando de aumentar I diminuir a referência do controle conjunto, fim de curso da referência do controle conjunto;

− Controle conjunto será controlado pela interface (IHM) na console da sala de controle princi-pal;

− Na eventual saída (trip) de uma das unidades do modo de operação em conjunto, este auto-maticamente ajustará as unidades restantes em controle conjunto de forma a manter o controle de tensão e a partição de reativo equivalente;

− A resposta da malha de controle de tensão secundária deverá ser ajustada automaticamente de forma a manter a mesma velocidade de resposta, independente do número de unidades em con-trole conjunto;

− A função de equalização de reativo somente deverá estar em operação quando a unidade estiver em controle conjunto. No modo de controle individual, a ação de partição de reativo para es-ta unidade deverá estar inibida.

− Os parâmetros dos controladores (isto é ganhos, constantes de tempo, banda morta, etc) po-dem ser ajustáveis dinamicamente, sem que seja necessário desligar o Controle Conjunto para efetuar qualquer alteração.

2.10.11.8. Transferência Controle Individual para Controle Conjunto

A Unidade Geradora, conectada ao sistema de potência com o modo de operação em controle in-dividual, modo de operação remoto, estará apta a ser transferida do controle individual para Controle Conjunto, através de confirmação pelo operador. Esta operação é usualmente executada através da IHM na sala de controle. A chave localizada no painel da Unidade Geradora local I remota deverá permitir esta ação.

A referência de tensão está permanentemente seguindo o sinal de tensão de alta da Usina. Dessa forma, o operador da usina não terá a necessidade de ajustar a referência para transferir as Unidades

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para Controle Conjunto. Na IHM e no painel da sala de comando, estão disponíveis as indicações das duas grandezas analógicas.

2.10.11.9. Transferência da Primeira Unidade

A primeira Unidade Geradora é transferida para Controle Conjunto acionando-se uma chave para a posição "Conjunto". Esse comando é enviado ao regulador de tensão correspondente, que executa as funções internas de comutação do modo de operação e envia o sinal de "Unidade em controle Conjunto" para o painel do Controle Conjunto.

Como a tensão da alta é igual ao sinal de referência do controle individual, não haverá perturbação (variação de tensão < 0,1%) e a Unidade Geradora permanecerá com a mesma potência reativa.

Atuando-se sobre a chave Controle Conjunto (aumenta / diminui a referência de tensão de alta), lo-calizada na IHM da Sala de Controle, é possível variar a carga reativa da Unidade que está em Con-trole Conjunto.

2.10.11.10. Transferência das Demais Unidades

Com a entrada da segunda Unidade em Controle Conjunto, ocorre o balanço de carga reativa entre a Unidade que já se encontra em controle conjunto e a segunda Unidade que está sendo transferida.

O operador poderá proceder de duas formas:

− Comandar a transferência da segunda Unidade para Controle Conjunto sem equalizar a po-tência reativa da Unidade que irá ser transferida para Controle Conjunto. Dessa forma, o Controle Conjunto irá distribuir a potência reativa total da Usina, subtraída da potência reativa das Unidades operando no modo de Controle Individual, entre as duas Unidades em Controle Conjunto, primeira-mente mantendo a tensão da barra no valor ajustado;

− Fazer previamente o ajuste da potência reativa da Unidade que irá ser transferida para Con-trole Conjunto, procurando aproximá-Ia da carga das Unidades que já se encontra em Controle Con-junto.

A transferência das demais unidades segue o procedimento adotado para a transferência da segun-da Unidade para Controle Conjunto.

2.10.11.11. Transferência de Controle Conjunto Para Controle Individual

A transferência do modo de operação de Controle Conjunto para Individual é realizada através do comando da IHM para "Individual". A Unidade transferida permanece com a potência reativa em que se encontra. A partir da transferência para Controle Individual o comando de tensão terminal da Uni-dade passa a ser efetuado pela ação de comando individual da IHM, se a seleção local/remoto esti-ver na posição remoto, ou pela chave de aumenta / diminui localizada no painel da Unidade Gera-

dora correspondente, se a chave local/remoto estiver na posição local.

2.10.11.12. Falha no Controle Conjunto

As falhas da CPU e das fontes do Controle Conjunto provocam as seguintes operações:

− O relé de deteção de falha provoca a transferência de todas as unidades de Controle Conjun-to para Controle Individual;

− Através de um contato de relé, é sinalizado por um LED, falha no Controle Conjunto e enviado sinal para alarme na sala de controle (IHM).

Após a normalização da falha, essa indicação somente será removida pela ação do operador no IHM.

2.11. Requisitos para Proteção de Geradores

2.11.1. Requisitos Gerais

2.11.1.1. Os parágrafos seguintes especificam os requisitos técnicos necessários para projeto, fabricação, montagem, ensaios na fábrica e no campo, e entrega dos Sistemas de Proteção dos Geradores e transformadores elevadores de usinas.

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2.11.1.2. O Sistema de Proteção deverá ser fornecido completo com todas as partes e acessórios necessários para a proteção contra defeitos elétricos do conjunto Gerador/transformador elevador, bem como, manuais de instrução, programação, operação e manutenção, sobressalentes, software aplicativo e ferramentas especiais de software e hardware dos relés de proteção.

2.11.1.3. A CONTRATADA deverá incluir no ESCOPO DO FORNECIMENTO o projeto de instalação dos painéis de proteção, bem como, o projeto de interligação com os transformadores de corrente e tensão do Gerador/transformador elevador e com o Sistema Digital de Supervisão e Controle da Usina (SDSC).

2.11.1.4. Todos os materiais necessários para a instalação dos painéis de proteção e interligação aos demais painéis da Usina, tais como, cabos, bandejas e demais acessórios, deverão ser incluídos no ESCOPO DO FORNECIMENTO.

2.11.1.5. A CONTRATADA deverá enviar para aprovação de FURNAS a memória de cálculo detalhada dos ajustes de todos os relés incluídos no FORNECIMENTO, incluindo comprovações de que os mesmos não operarão indevidamente para curtos fora da zona de proteção.

2.11.1.6. Os painéis de proteção deverão obedecer aos requisitos técnicos definidos nos Requisitos Construtivos para Painéis.

2.11.1.7. Deverão ser incluídos no FORNECIMENTO um notebook e o software aplicativo e de comunicação para configuração e ajuste de cada relé. Caso, seja necessário hardkey para seu funcionamento, deverá ser previsto o fornecimento de 2 (dois) exemplares da hardkey. O notebook deverá possuir, no mínimo, a configuração definida no item 5.18.6. abaixo:

2.11.2. Requisitos Funcionais

2.11.2.1. Os relés digitais propostos deverão ser capazes de permitir a interação de lógicas booleanas elaboradas a partir do "status" de algumas entradas binárias do relé com as funções de proteção, de forma a permitir sua operação somente quando as condições da lógica permitirem. O sistema de proteção deverá prover um grau de redundância de 100% para os diversos tipos de defeito elétrico e, para os casos das proteções de alta velocidade, permitir um tempo total para a limpeza de falta de 100 ms.

2.11.2.2. Os relés de proteção deverão se interligar ao Sistema Digital de Supervisão e Controle, a fim de atender o Procedimento de rede do ONS, através protocolo IEC 61850.

2.11.2.3. Os relés propostos deverão ser insensíveis à saturação dos transformadores de corrente (TC's) a eles conectados, bem como, possuir os recursos necessários para permitir a ligação de TC's com relações diferentes e com características de linearidade e não linearidade para a execução da mesma função de proteção.

2.11.2.4. Cada unidade gerador deverá ser protegida por dois sistemas de proteção independentes, Principal e Alternada, montados em painéis distintos, cada um ligado a circuitos de corrente e potencial diferentes. Os sistemas de proteção deverão possuir as mesmas funções de proteções propostas.

2.11.2.5. Todos os relés propostos deverão possuir facilidades de oscilografia e seqüência de eventos. Os softwares de análise deverão ser incluídos no FORNECIMENTO.

2.11.2.6. As seguintes funções de proteção deverão ser fornecidas:

2.11.2.6.1. Unidades Geradoras

a) Proteção Diferencial Percentual do Gerador (87G); b) Proteção Diferencial Percentual do grupo Gerador/Transformador (87U), com restrição ao 2° e 5°

harmônicos. Esta proteção deverá ser estendida até a Subestação de forma a proteger o vão de in-terligação Usina/Subestação. Caso a distância até a subestação inviabilize esta extensão, a malha di-ferencial deverá ser levada até os TC’s das buchas de AT dos transformadores de máquina. Neste ca-

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so, deverá ser prevista uma proteção para a linha curta através de relés diferenciais por fio piloto via fibra óptica;

c) Proteção Contra Falhas para Terra nos Enrolamentos do Estator 95% (64GA);

d) Proteção Contra Falhas para Terra nos Enrolamentos do Estator 100% (64GB);

e) Proteção Contra Falhas entre espiras nos Enrolamentos do Estator (61) se aplicável;

f) Proteção Contra Correntes de Seqüência Negativa (46);

g) Proteção Contra Sobreexcitação (24 V/Hz);

h) Proteção Contra Sobretensões com unidades instantânea e temporizada (59);

i) Proteção Contra Sobrecargas (49);

j) Proteção de Backup (21) e (51V);

k) Proteção Contra Potência Reversa (32);

l) Supervisão de Tensão dos secundários dos Transformadores de Potencial da máquina (60);

m) Proteção Contra Perda de Excitação (40).

Esta função além de monitorar os limites de subexcitação da máquina deverá ser capaz de detectar também a abertura do disjuntor de campo para caracterizar uma perda de excitação da máquina.

n) Proteção contra Energização de Máquina Parada (50/27);

o) Proteção contra Sub e Sobrefrequência (81U/81O);

p) Proteção contra Perda de Sincronismo (78);

2.11.2.6.2. Transformadores Elevadores

a) Proteção Diferencial Percentual do Transformador Elevador (87TE), com restrição ao 2° e 5° harmô-nicos;

b) Proteção de Sobrecorrente no Neutro do Transformador Elevador (50/51N), formada por um relé de sobrecorrente não direcional de tempo inverso, ligado ao TC instalado no neutro do transformador.

c) Proteção Diferencial Restrita (87N), ligado aos TCs do lado de AT e ao TC de neutro do transformador elevador.

2.11.3. Além dos relés de proteção mencionados nos itens acima, a CONTRATADA deverá incluir na sua proposta, o fornecimento dos seguintes relés:

a) Relé de Bloqueio de Parada Elétrica (86E);

b) Relé de Bloqueio de Parada Mecânica (86M);

c) Relé de Bloqueio de Parada Hidráulica (86H);

d) Relé de Parada Parcial Excitada (5PE);

e) Relé de Parada Parcial Desexcitada (5PD);

f) Temporizador para supervisão de parada mecânica incompleta (48M);

g) Temporizador para supervisão de parada elétrica incompleta (48E);

h) Temporizador para supervisão de parada excitada (48PE);

i) Temporizador para supervisão de parada parcial desexcitada (48PD).

2.11.4. Requisitos de Hardware

2.11.4.1. Os módulos dos relés responsáveis pela execução das funções de proteção deverão possuir uma configuração redundante de modo que o Sistema de Proteção seja tolerante a falhas. Estes módulos deverão possuir fontes de alimentação redundantes, alimentadas por dois circuitos independentes em 125Vcc provenientes dos Serviços Auxiliares CC da Usina.

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2.11.4.2. A CONTRATADA deverá prever os relés auxiliares necessários para enviar ao SDSC as informações para registro de eventos e para desligamento da unidade Geradora. Estes relés deverão atender os requisitos técnicos definidos nos Requisitos Técnicos Gerais.

2.11.4.3. Os relés deverão ser de construção modular, acomodado em cartões padronizados do tipo plug-in. Pontos importantes de medição deverão ser previstos e selecionados a partir do teclado funcional, instalado no painel de proteção, para acompanhamento durante testes e comissionamento. Variáveis importantes internas ao controle deverão ser acessíveis externamente através de DAC's para ensaios e comissionamento.

2.11.4.4. Cada painel de proteção deverá possuir duas alimentações CC independentes, a partir de circuitos de CC diferentes provenientes dos Serviços Auxiliares de 125Vcc da Usina. As fontes de 125Vcc da Usina são não aterradas e possuem uma faixa de variação de -20 a +10% (100 a 137,5Vcc). Cada alimentador, na entrada do painel, deverá ser protegido por mini-disjuntores que sejam facilmente coordenados com os disjuntores dos alimentadores do Quadro de Distribuição CC da Usina.

As fontes de alimentação dos relés deverão propiciar um completo isolamento galvânico do Sistema de Alimentação 125Vcc da Subestação e possuírem, no mínimo, as seguintes características:

� Proteção contra subtensão de alimentação;

� Proteção de sobrecarga por limitação de corrente, com alarme sempre que a corrente exce-der os valores nominais de saída. Esta proteção não deverá ser afetada pelo chaveamento das car-gas alimentadas;

� Bornes frontais para medição das tensões de saída;

� Proteção contra inversão de polaridade;

� Para qualquer uma das condições de falha acima, o relé deverá ficar temporariamente inope-rante até que a falta termine, se restabelecendo automaticamente. O consumo de energia deverá ser mínimo, durante o período de falha;

� As fontes deverão possuir “leds” para indicação visual de seu funcionamento e falhas na parte frontal do painel;

� Cada módulo de fonte deverá possuir chave liga-desliga individual para facilitar a realização de testes e a manutenção.

2.11.4.5. Os relés de bloqueio e de parada parcial, bem como, os temporizadores mencionados acima, deverão possuir, respectivamente, as características elétricas definidas nos Requisitos técnicos Gerais. Deverão ser fornecidos com quantidade de contatos suficiente para iniciar todos os procedimentos de controle definidos nos procedimentos de partida e parada da máquina.

2.11.4.6. Cada relé de proteção deverá possuir uma chave de teste com uma quantidade de pólos suficiente para isolar todos os sinais de entrada de corrente e tensão, bem como todos os sinais de saída do relé. Esta chave deverá atender os requisitos técnicos definidos nos Requisitos Técnicos Gerais.

2.11.5. Rede de Acesso a Relés de Proteção (ÍTEM 2.14)

2.11.6. Ferramentas, Acessórios e Equipamentos de Teste

2.11.6.1. Ferramentas e Acessórios

A CONTRATADA deverá fornecer, junto com a PROPOSTA, uma relação detalhada de ferramentas e acessórios necessários para parametrização, comissionamento, ensaios e manutenção de todo o Sis-tema de Proteção objeto deste FORNECIMENTO.

2.11.6.2. Equipamento de Teste Portátil para Relés de Proteção.

2.11.6.2.1. Equipamento para ensaio de relé de proteção com variação de tensão, corrente, ângulo de fase e freqüência.

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2.11.6.2.2. Deverá ser compacto para ensaios no campo, vir em caixa apropriada para transporte, com acessórios e cabos de conexão, possuir proteção contra curto-circuito nas saídas de tensão e circuito aberto nas saídas de corrente e ser apropriado para trabalhar a temperaturas de OºC a 50°C, armazenagem de -5°C a +70ºC e umidade relativa 10% a 90% sem condensação.

2.11.6.3. Alimentação

Deverá ter uma alimentação monofásica, 60 Hz, 100/110, 220/240 Vca (operando corretamente para uma variação da alimentação entre -10 e +10%).

2.11.6.4. Saída de Tensão Trifásica

Escalas de 0 a 120 (250) V, resolução menor ou igual a 6 (12) mV potência de 30 VA por fase, exatidão melhor ou igual a 0,1% de OºC a 50ºC.

2.11.6.5. Saída de Corrente Trifásica

Escala de 0 a 10A, resolução menor ou igual a 0,5mA, potência de 15VA por fase, exatidão melhor ou igual a 0,1%, distorção harmônica máxima de 0,1%.

2.11.6.6. Dados Gerais das Saídas

Faixa de freqüência de 10 a 1000 Hz (sinais senoidais contínuos) e 0 a 3,1 KHz (sinais transitórios), resolução de 5 uHz, exatidão 1 ppm (0ºC a 50ºC), variação do ângulo de fase de -360el a +360el, resolução de 0,001el, erro de fase menor que 0,1el.

2.11.6.7. Formas de Onda

2.11.6.7.1. Senoidal com variação percentual de harmônicos nas várias fases, forma de onda arbitrária, triangular, quadrada, meia onda e exponencial. Forma de onda arbitrária não periódica de entrada analógica externa.

2.11.6.7.2. Memória dedicada para armazenamento de formas de ondas e/ou transientes.

2.11.6.8. Entradas e Saídas Binárias

No mínimo duas saldas binárias (250V/1A) e quatro entradas binárias (para contato seco ou tensão 0 a 250V).

2.11.6.9. Contador de Tempo

Escala de 0,001 a 999,9 segundos.

2.11.6.10. Software

Deverá possibilitar ensaio mono e trifásico de relé de proteção, em condições normais ou dinâmicas, com transitórios previamente definidos pelo operador, ou através de formas de onda geradas digital-mente, ou injetadas a partir de Registradores Digitais de Perturbação ou de simulações em ATP/EMTP no formato de arquivo IEEE CONTRADE ASCII.

Deverá permitir ajustes de tensão, corrente, ângulos de fase e freqüência (incluindo harmônicos) com saldas para rampa ou pulso.

2.11.6.11. Amplificador de Corrente

Faixa de corrente trifásica de 0 a 50A, 135VA por fase, resolução de 2mA, exatidão melhor do que 0,1%, distorção harmônica de 0,1%, faixa de freqüência de 10 a 1000Hz, resolução 5µHz, exatidão 100 ppm, ângulo de fase de -360el a +360el, resolução de 0,001el, erro de fase menor que 0,1el, alimenta-ção monofásica 100/110V, 220/240V, -10% a +10%.

2.11.6.12. Documentação

Manuais de Operação e de Manutenção com esquemas elétrico e/ou eletrônicos completos com lis-ta de componentes.

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2.11.6.13. Ferramenta de Programação do tipo Notebook compatível ao padrão IBMPC/AT para utilização diversa, como acesso e ajuste de relés, emissão de relatórios, programação de CP, análise de oscilografia, etc. com uma configuração mínima conforme especificado abaixo:

a) Microprocessador INTEL Pentium IV 3GHz, coprocessador, memória cache 512 Kbytes, memória RAM ínima de 1024 Mbytes;

b) Unidade de disco rígido com capacidade mínima formatada de 80 Gbytes e compatível com o tamanho dos programas especificados, unidade de disco flexível de 3 1/2" embutida no gabinete, para disco de 1,44 Mbytes.

c) Display de cristal líquido colorido SVGA, e saída para monitor externo, tela de matriz ativa;

d) Uma interface paralela, bidirecional com conector DB-25 fêmea e interface PCMCIA com dois slots vagos para cartões adicionais;

e) Duas interfaces seriais, padrão RS 232 com conectores DB-25 ou DB-9 macho;

f) Dispositivo de apontamento interno e mala para transporte.

g) Fax Modem de 56 K V.90 integrado;

h) CD-ROM-RW de velocidade de 24x integrado;

i) Placa de rede 10/100 Mbps integrada;

j) Placa de vídeo AGP 4X com 32 MB de memória de vídeo;

k) Placa de som 16 bit;

l) "Windows 2000" instalado;

2.11.6.14. Outras facilidades como software de teste, simulação de processo, interface Homem Máquina, cartões externos e conectores deverão ser cotados, a fim de possibilitar a identificação de qualquer falha em qualquer nível equipamento. Para a manutenção, a nível de componentes, deverão ser cotados todos os módulos componentes utilizados no sistema.

2.12. AQUISIÇÃO E CONTROLE

2.12.1. Descrição e Controle

2.12.1.1. Deverão ser fornecidos IEDs, para realizar as funções de aquisição de dados e controle das grandezas elétricas, que atendam completamente os requisitos técnicos e funcionais descritos nesta ESPECIFICAÇÃO.

2.12.1.2. Os equipamentos serão instalados em ambientes sujeitos a distúrbios eletromagnéticos da ordem de 10 Volts/metro, devendo atender as normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de severidade adequados às instalações de Extra Alta Tensão - EAT.

2.12.1.3. Cada IED deverá ser uma unidade autônoma (stand alone) e independente para as funções de aquisição e controle de um determinado vão do Sistema Elétrico e vir com todos os seus elementos componentes acondicionados dentro de um único módulo/rack com no máximo 19 polegadas.

2.12.1.4. Os IEDs deverão ser fornecidas montadas em painéis próprios e/ou no painel da proteção principal conforme o escopo do empreendimento a ser contratado, e deverão possuir a capacidade média de 64 entradas binárias, 20 comandos e 10 entradas analógicas para cada vão.

2.12.1.5. Para fornecimentos cujo escopo é somente supervisão e controle, os sistemas adquiridos deverão ser montados em painéis com, no máximo 2 UAC (IED) por painel (supervisão e controle de 2 vãos distintos).

2.12.1.6. Para a supervisão e controle dos serviços auxiliares, as UAC deverão ser fornecidas montadas em painéis próprios e com capacidade para coletar grandes quantidades de pontos.

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2.12.1.7. Os IEDs de controle deverão possuir um painel frontal, com uma interface homem-máquina que permita a visualização e o controle local do vão associado

2.12.1.8. Deverão ser previstos meios independentes para o comando direto de abertura e fechamento do(s) disjuntor(es) do vão, em caso de falha do IED.

2.12.1.9. Os IEDs deverão ser fornecidos completos, com todos os dispositivos e interfaces de comunicação necessárias, alimentação e sincronização. A sincronização deverá garantir uma resolução de 1 milisegundo para a sequência de eventos de todas as entradas binárias (físicas ou calculadas) do sistema, em relação ao tempo padrão fornecido por unidades GPS.

2.12.1.10. Todas as comunicações deverão ser efetuadas através de protocolos padronizados, para facilitar futuras expansões.

2.12.1.11. A arquitetura e protocolos utilizados não deverão impor nenhuma restrição à integração de novos equipamentos e nem a operação das instalações.

2.12.1.12. Os IEDs deverão ser fornecidas com todos os dispositivos de interface necessários para garantir a perfeita compatibilidade de suas entradas e saídas com os equipamentos elétricos.

2.12.1.13. Estes dispositivos incluem multimedidores para a aquisição das grandezas elétricas (corrente, tensão, potência ativa e reativa, frequência e etc), transdutores para grandezas físicas de transformadores (temperatura, posição do comutador sob carga e etc) e demais dispositivos, relés auxiliares e de interposição para as entradas/saídas binárias, réguas de bornes terminais, protetores contra surtos, fontes e etc, com as características descritas na seção de Requisitos Técnicos Gerais desta ESPECIFICAÇÃO.

2.12.1.14. Os multimedidores compartilhados com o sistema de Controle Automático de Geração - CAG, deverão ter saídas independentes para cada um dos sistemas.

2.12.1.15. Nos locais onde o rearme dos relés de bloqueio for manual, o mesmo deverá ser substituído por relés de rearme elétrico, dentro do escopo deste fornecimento.

2.12.1.16. Os IEDs para aplicação na supervisão e controle dos serviços auxiliares deverão ser fornecidas com todos os transdutores necessários para a coleta das informações analógicas.

2.12.1.17. É de responsabilidade do FORNECEDOR realizar todas as interconexões dos equipamentos.

2.12.1.18. As UACs deverão realizar lógicas de controle local. Estão inclusos no FORNECIMENTO os serviços de desenvolvimento das lógicas de controle bem como de todos os drivers de comunicação necessários ao atendimento das configurações especificadas.

2.12.1.19. As UACs deverão vir acompanhadas de ferramentas portáteis de configuração, programação de lógica de controle, manutenção e testes capazes de permitir a FURNAS reproduzir e/ou alterar os softwares empregados no FORNECIMENTO, configurando plenamente os sistemas às necessidades dos projetos elétricos e suas futuras expansões, auxiliando no diagnóstico de eventuais falhas para uma imediata correção. A comunicação com a UAC deverá ser através de porta específica e independente ou através da rede.

2.12.1.20. O PROPONENTE deverá referir-se ao capítulo específico para obter os detalhes elétricos, mecânicos e funcionais dos equipamentos e serviços solicitados.

2.12.1.21. Todos os equipamentos fornecidos deverão ser ensaiados e também deverão suportar os testes definidos na seção "Ensaios".

2.12.1.22. Todos os equipamentos aplicados no sistema de supervisão e controle deverão atender aos "REQUISITOS BÁSICOS PARA SUPERVISÃO E CONTROLE" estabelecidos pelos procedimentos de rede do ONS.

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2.12.1.23. A quantidade final de equipamento irá depender da arquitetura proposta e das características dos próprios equipamentos e será definida durante a fase de Detalhamento Final do Fornecimento.

2.12.1.24. Todos os módulos funcionalmente idênticos deverão ser intercambiáveis. Deverão ser detalhadas nas propostas todas as facilidades que os equipamentos oferecem para futuras expansões e substituição de módulos por obsolescência.

2.12.1.25. A UAC ou IED poderá ter seus módulos componentes distribuídos geograficamente dentro da usina/subestação. Será de inteira responsabilidade do FORNECEDOR a interligação de todos os módulos, utilizando cabos de fibra ótica.

2.12.1.26. A perda de sincronismo (fonte externa) na UAC ou IED , bem como o seu retorno deverá ser sinalizada para o SDSC.

2.12.1.27. A aquisição e o processamento das UAC deverá garantir uma resolução de 1 ( um ) milisegundo na detecção e no registro da tarja de tempo dos eventos em relação ao tempo global fornecido pelo GPS para todas as entradas binárias do sistema.

2.12.1.28. As UAC deverão dispor de mecanismos que impeçam a transmissão de valores e a ocorrência de comandos falsos no caso de:

− inicialização;

− re-inicialização;

− falta de alimentação de curta ou longa duração;

− falha operacional;

− atuação do watch dog timer;

− falha de algum módulo ou placa;

− falha na lógica de controle.

2.12.1.29. O projeto do equipamento deverá ser baseado no conceito de falha segura, de modo a conduzir suas saídas para um estado que não prejudique o funcionamento dos demais módulos.

2.12.1.30. Deverão ser fornecidos todos os cabos e conectores para as interligações das interfaces de comunicação das UAC.

2.12.1.31. A deteção de qualquer falha no equipamento também deverá ser sinalizada para o operador.

2.12.1.32. A UAC o uIED deverá possuir uma Interface Homem - Máquina, que permita ao operador realizar seguramente as funções de controle local do vão, com uma representação sinótica e dinâmica dos dispositivos envolvidos, alarmes, medidas e etc.

2.12.1.33. Um sistema de intertravamento deverá impedir uma operação de chaveamento inadmissível ou perigosa que possa causar danos a equipamentos ou pessoas.

2.12.2. Lógicas de Controle

2.12.2.1. As lógicas deverão ser desenvolvidas utilizando linguagem de alto nível e interface amigável como Ledder ou Diagramas de Blocos, compatíveis com a Norma IEC 1131-3, com a possibilidade de inclusão de comentários. Deverá ser possível efetuar lógicas Booleanas e demais funções matemáticas aplicáveis aos controles. Deverá ser fornecido um ambiente gráfico para a geração destas lógicas.

2.12.2.2. Os anteprojetos das lógicas que serão implementadas pelo FORNECEDOR serão discutidos durante a fase de Detalhadamente do Fornecimento.

2.12.2.3. Deverá fazer parte da documentação da lógica, sujeitos a aprovação de FURNAS:

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− diagramas que permitam o perfeito entendimento da funcionalidade de cada lógica imple-mentada;

− relação de todos os pontos/variáveis analógicos, digitais e de controle utilizados.

2.12.2.3.1. Todas as variáveis de entrada, saída, auxiliares e lógicas de controle deverão ser claramente identificadas na documentação, facilitando qualquer alteração, bem como a inclusão de novas lógicas.

2.12.2.4. O IED deverá ser capaz também de processar e executar sequências de comando.

2.12.2.5. Também deverá ser possível realizar a programação/alteração local das lógicas de controle.

2.12.2.6. Segurança

2.12.2.6.1. A falha em qualquer módulo do IED não deverá ocasionar o acionamento incorreto de uma saída. A lógica deverá ser desenvolvida baseada no conceito de "Falha Segura" ou seja qualquer falha deverá conduzir as saídas para um estado que não afete a operação do sistema controlado.

2.12.3. Equipamento para Configuração, Simulação e Manutenção do IED (ECSM)

2.12.3.1. Este equipamento deverá ser fornecido com todo ambiente de hardware e software que permita à FURNAS editar, configurar, link-editar e gerar o código executável, software aplicativo e banco de dados do IED, possibilitando conseqüentemente o teste e a instalação local ou por "down load" desses códigos executáveis. Todos os equipamentos utilizados na configuração e implantação de software no IED, tais como gravador de EPROM, deverão ser fornecidos, com a finalidade de permitir à FURNAS executar, de forma independente do fabricante, toda a configuração, expansão e manutenção necessárias. Todo o desenvolvimento e alteração das lógicas do IED também deverão poder ser efetuadas através deste equipamento.

2.12.3.2. O ECSM deverá simular o protocolo IEC-870-5-101 ou IEC-870-5-104 possibilitando o teste do funcionamento da UAC com relação à interface com o SCL, através da gravação de arquivos com as mensagens trocadas com a UAC, além da exteriorização em tela e em impressora desses arquivos e de outros resultados de testes da UAC.

2.12.3.3. O ECSM também deverá comandar a execução de todas as rotinas de testes e diagnóstico para auxiliar na identificação de falhas do IED.

2.13. Requisitos para Localizador de Faltas na Linha(LFL)

2.13.1. Cada terminal de proteção de linha deverá ser equipado com um Localizador de Faltas Transitórias permanentemente supervisionando a linha e com as seguintes características:

2.13.2. O LFL poderá ser uma função acessória da proteção ou uma unidade independente desta, ligada aos mesmos enrolamentos dos transformadores de instrumentos da proteção.

2.13.3. O Localizador de Faltas deverá fornecer uma localização precisa da falta, com um erro menor do que 3%, para qualquer ponto de defeito ou tipo de falta. No projeto do LFL também deverá ser considerado o fluxo de corrente de falta entrando por ambos os terminais da linha e o algoritmo deverá compensar os efeitos da corrente de carga, dupla alimentação de corrente, resistência de falta e de arco , a influência do acoplamento mútuo das linhas paralelas e da compensação série.

2.13.4. Deverá ser possível armazenar em memória a última ocorrência com as respectivas correntes de falta (RMS), tensões, cálculo da distância até a falta, dia, hora, minuto, segundo e milissegundo da falta. Deverá ser possível visualizar as informações sobre as faltas no próprio equipamento ou externá-lo para um micro local ou remoto.

2.13.5. A localização da falta deverá ser indicada ao operador imediatamente após a falta.

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2.14. Rede de Acesso a Relés de Proteção (RARP)

2.14.1. Os sistemas de proteção devem prever uma interface de comunicação, que possibilite o acesso (consulta e modificações) a sua parametrização, a aquisição dos dados associados a seu estado (memória cheia, número de registros, disparo da proteção, alarmes, etc.) e a coleta automática dos dados de oscilografia, no formato COMTRADE. Tal acesso será feito a partir de um computador (MC), também chamado microconcentrador de registros, incluso neste fornecimento, que opera com sistema operacional Windows 2000, localizado na subestação, ou remoto a ela. O FORNECEDOR será responsável ainda pela perfeita compatibilidade dos equipamentos fornecidos, de forma que a Rede de Acesso aos Relés de Proteção -RARP possa operar segundo a arquitetura típica mostrada no desenho 397750 anexo. Caso haja necessidade da utilização do MC existente no local, o FORNECEDOR deverá ser responsável pela compatibilização do seu sistema ao sistema já existente, sem degradação de desempenho.

2.14.2. Por coleta automática entende-se a utilização de programa que, através de parâmetros comande:

2.14.2.1. O estabelecimento da comunicação com o relé,

2.14.2.2. A execução de uma tarefa estabelecida nos parâmetros de chamada (coleta de um registro, coleta da parametrização, diretório de registros, estado do relé, etc). O detalhamente destas funções deverá ser realizado ao longo das reuniões de aprovação e acompanhamento do projeto.

2.14.2.3. O fechamento da comunicação

2.14.2.4. Organização dos dados no MC, identificando o relé, data, hora, etc.

2.14.3. A parametrização deverá ser feita através de interface de comunicação que possibilite sua execução através de computador (MC ou Note book) ligado diretamente à porta de comunicação do relé de proteção. Também deverá ser prevista a execução remota desta função utilizando-se o MC, através de programa de controle remoto do mesmo..

2.14.4. No caso do meio de comunicação ofertado não ser rede ETHERNET, o fornecedor deve incluir conversores deste meio para rede, adequados, para minimizar o uso de portas no concentrador de dados (MC). Nesse caso, os programas de comunicação devem ser adaptados para operar integralmente com tais conversores.

2.14.5. Deverá ser fornecido um GPS que tenha saídas programáveis compatíveis, com pelo menos, um dos protocolos utilizados pelos relés.

2.14.6. Caso o FORNECEDOR venha a utilizar um protocolo existente na SE, este deverá prover os meios necessários para a replicação do sinal.

2.14.7. Deverão ser previstos mecanismos para assegurar a integridade dos dados coletados e transferidos para o MC.

2.14.8. O MC deverá possuir características e a configuração mínima descrita a seguir:

2.14.8.1. Microcomputador com processador utilizando tecnologia de baixo consumo (Low Power, sem ventilação forçada), versão mais atual em relação à data do fornecimento (sujeito à aprovação por FURNAS), com barramento padrão ISA/ PCI, com watch-dog produzindo Reset/partida automática, 2 relés de saída; O modo de atuação do watch-dog como acesso a IHM deverá ser de conhecimento de FURNAS. O FORNECEDOR deverá disponibilizar os códigos de software do mesmo.

2.14.8.2. Para o fornecimento do Microcomputador com HD, será obrigatório o fornecimento com RAID 1 (espelhamento por hardware ou software)

2.14.8.3. Dois discos rígidos de 40 Gbytes, sem considerar compactação;

2.14.8.4. MTBF de 10 anos;

2.14.8.5. Suportar temperatura de operação de 60 ªC

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2.14.8.6. Segue padrões IEEE(EMC, Burst, Ruído, etc);

2.14.8.7. Hardware compatível com sistema operacional “MS Windows 2000 Professional”.

2.14.8.8. Gabinete para instalação em painel, padrão rack 19”, com Display Frontal;

2.14.8.9. 512 Mbytes de memória RAM;

2.14.8.10. Uma saída paralela para impressora.

2.14.8.11. Quatro portas seriais, com +5Vdc disponíveis velocidades individuais que atendam até 64 Kbits/s, padrão RS-232C ou opcionalmente outro padrão usual com características superiores (esta opção deverá ser Aprovada por FURNAS). As que estiverem ligadas aos relés deverão estar equipadas com os isolação óptica.

2.14.8.12. 2 Placas de rede sendo uma padrão Ethernet que deverá possuir aderência as Normas ISO 802.3 e Ethernet 2.0 para 10/100 base TX, e outra Gigabit (10/100/1000);

2.14.8.13. MS-WINDOWS pré-instalados e atualizados até sua última versão, preferencialmente MS Windows 2000;

2.14.8.14. Duas (2) ou mais portas USB 2.0, sendo, pelo menos uma porta frontal.

2.14.8.15. Software de comunicação que permita o acesso remoto ao MC, gerência de arquivos com espelhamento de HD (back-up automático inteligente contínuo ou em intervalos de tempo ajustáveis) e softwares de análise de registro, softwares de parametrização do MC, se necessário.

2.14.9. A estrutura de dados dos registros coletados e transferidos para o MC deverá ser de acordo com a Norma IEEE C37.111 - "COMMON FORMAT FOR TRANSIENT DATA EXCHANGE" os quais geralmente são referidos como "COMTRADE". Os registros deverão estar sob a formato COMTRADE binário, composto pelos arquivos HDR, CFG e DAT.

2.14.10. O Fornecedor deverá fornecer um software responsável pela conversão dos registros coletados para o formato COMTRADE binário, de modo que estes registros possam ser analisados, no futuro, por meio de algum software pertencente a FURNAS e não integrante deste Fornecimento. Neste caso, esta conversão deverá ocorrer de forma automática no MC, sendo que os registros coletados e transferidos para o MC poderão estar inicialmente no formato do FORNECEDOR, gerando-se posteriormente um novo conjunto de arquivos no padrão COMTRADE.

2.14.11. Softwares de Acesso aos Relés

2.14.11.1. O FORNECEDOR deverá fornecer em seu Software que irá rodar no MC com ferramentas que permitam a recuperação e ajuste, local ou remota, de todos os parâmetros do relé.

2.14.11.2. Os registros gravados pelos relés deverão ser prontamente transferidos para o(s) Disco(s) Rígido(s) do MC, de forma a aliviar as memórias destes relés conectados ao MC. O FORNECEDOR será responsável em prover os softwares que operacionalizem automaticamente esta função, com segurança, inclusive levando em consideração as contingências do tipo: apenas um disco rígido operacional no MC ou falha no disco rígido durante o processo de transferência dos dados do Relé para o MC.

2.14.11.3. Formato COMTRADE

2.14.11.3.1. No caso do relé não trabalhar com arquivos dos Registros diretamente em padrão COMTRADE Binário então deverá ser fornecido um software de conversão Bidirecional, que irá rodar no MC. Este programa de conversão deverá operar com pelo menos dois Parâmetros:

− Nome completo (caminho\nome.ext) do arquivo original no formato proprietário;

− Nome completo, sem extensão (caminho\nome) dos arquivos destinos no formato COMTRADE (as extensões do formato COMTRADE já estão definidas).

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− No caso do formato proprietário envolver mais de um arquivo pode-se usar parâmetros adicio-nais para especificá-lo, mantendo-se o mesmo caminho e nome, variando-se apenas as extensões. Para a conversão no sentido oposto vale a mesma filosofia.

2.14.11.4. Manipulação não Automática de Registros

Além do software de transferência automática, indicado no item anterior, deverá ser incluído neste Fornecimento os seguintes módulos de softwares com as seguintes funções:

a) Transferência manual ou automática de algum ou de todos os registros do relé para o MC;

b) Recuperação manual de qualquer registro em qualquer ordem.

c) Cópia de todo um diretório de registros (do relé para o MC), independentemente dos dados registra-dos, de modo a permitir a seleção manual de registros a partir do MC.

d) Informar situação de alarmes e estados dos parâmetros globais do relé.

e) Listagem dos parâmetros da canalização (obs: não será necessário o módulo para alteração de ca-nalização pois esta operação somente será realizada localmente). Todos os módulos de software re-quisitados nos itens "Formato COMTRADE" e "Manipulação não automática de Registros", que deverão ser fornecidos para permitir a FURNAS usar os seus Programas de Comunicação, Análise e Gerencia-mento, através da rede Corporativa, deverão atender as seguintes características:

− Código executável compatível com MS Windows 2000 Professional e superior;

− A interação entre o MC e o relé deve ser feita através de arquivos escritos no MC;

− Devem receber seus parâmetros por linha de comando e não através de interface Homem-máquina (não devem interagir com os dispositivos de entrada e saída acionados pelo usuário - P.ex. teclado e mouse);

− As funções a serem realizadas podem ser integradas em um único arquivo executável ou separadas em programas distintos desde que a sua execução seja independente;

− Devem possuir recursos para garantia da integridade dos dados;

− Devem incluir o recurso parametrizável de "Time-out".

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3. REQUISITOS TECNICOS

3.1. RECEPTOR DE GPS – CENTRAL HORÁRIA

3.1.1. Caso o sistema RISo (Rede integrada de sincronismo – projeto de Furnas que não faz parte desta especificação) não faça parte do fornecimento ou não exista na subestação, deverá ser fornecido um Receptor GPS/Central Horária para a sincronização de todos os equipamentos do SDSC

3.1.2. A precisão deverá ser de no mínimo de 1 ms.

3.1.3. Todos os equipamentos digitais deverão ser sincronizados por uma mesma fonte.

3.1.4. O receptor de GPS/Central horária deverá possuir display frontal próprio e teclado para programações do tipo: deslocamento do fuso horário, data de início e término do horário de verão e para verificação do estado operacional da unidade.

3.1.5. Pelo menos os seguintes protocolos deverão ser contemplados

• IRIG B

• NTP

• SNTP

• PPS

3.2. SERVIDORES E WORKSTATION

3.2.1. Configuração do Chassi:

Modelo mini-torre, cor predominante preto, indicação de power, atividade do disco rígido e botão de power.

3.2.1.1. Fonte

Fonte de energia chaveada sem redundância, com seleção automática de tensão de entrada de 110 a 220 VCA – 50 a 60 Hz, de no mínimo 500 Watts de potência real, instalada internamente ao gabinete e com PFC ativo. Deverá possuir proteções de sobretensão, sobrecorrente, sobre-temperatura e subtensão. Acompanha cabo de força, NEMA 5-15P para C13, 10 ampéres, plugue de parede, mínimo de 1,2 metros.

3.2.1.2. Ventilação forçada

O fluxo de ar deverá apresentar configuração adequada ao projeto do chassi, para resfriamento da CPU e fonte e desejável um específico para os slots de expansão.

3.2.1.3. Compartimentos

02 (dois) compartimentos para unidades externas de 5,25 polegadas; 01 (um) compartimento para unidade externa de 3,5 polegadas; 02 (dois) compartimentos internos para discos rígidos de 3,5 polegadas.

3.2.1.4. Dimensões máximas

Altura de 50 cm; Largura de 22 cm; Profundidade de 65 cm; Peso: 30 kg.

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3.2.2. . Configuração da Placa Mãe e Dispositivos:

3.2.2.1. Microprocessador

Processador instalado com configurações mínimas Intel® Xeon® W3520(2.66 GHz, 8MB Cache, 4.8GT/s QPI, 4 Cores e 8 Threads) ou AMD com desempenho igual ou superior comprovado por tes-tes de Benchmark.

3.2.2.2. Memória

Mínimo de 06 (seis) slots DIMM DDR3 1333 MHz ECC, com capacidade para até 24 (vinte e quatro) Giga Bytes. Memória instalada de 06 (seis) Giga Bytes DDR3 1333 MHz ECC em 03 (três) pentes de memória de 02 (dois) Giga Bytes.

3.2.2.3. BIOS

Deverá ser do mesmo fabricante do equipamento. CMOS com EPROM regravável por “software” (“flash” EPROM). Não serão aceitas soluções em regime de O&M ou customizações. Deve apre-sentar através do copyright da BIOS a propriedade do fabricante da CPU, o número de série de fabricação do equipamento para fins de controle de patrimônio e rastreabilidade, controlar a ro-tação dos ventiladores internos e permitir a configuração de inicialização após falha de alimen-tação (manter desligado ou último estado).

3.2.2.4. Interfaces Externas

• 01 (uma) padrão HD15 e 01 (uma) padrão DVI para vídeo; • 03 (três) RJ-45 para rede; • 02 (duas) portas USB 2.0 frontais; • 02 (duas) portas USB 2.0 traseiras; • 02 (duas) portas PS/2 para teclado e mouse.

3.2.2.5. Slots de expansão vagos após configuração proposta

01 (um) slot PCI 32bits/33Mhz ou PCI-X de 64bits/133 MHz habilitado (ativo).

3.2.2.6. Controladora de Vídeo

Controladora de vídeo em slot PCI Express dual head com uma HD15 e uma DVI (podendo utilizar adaptadores para as saídas HD15 e DVI) com 256 MB, suportando gráficos true color e resoluções: 640 x 480, 800 x 600, 1024 x 768, 1280 x 1024, 1600 x 1200, 1680 x 1050, 1920 x 1080 e 1920 x 1200. De-verá possuir suporte para utilização com chaveador do tipo KVM ("Keyboard, Video, Mouse").

3.2.2.7. Controladora de Disco Rígido

Controladora integrada, padrão SATA 3.0, com suporte para até quatro 04 (quatro) canais.

3.2.2.8. Controladora de Rede integrada

Controladora de rede integrada Gigabit Ethernet com suporte a Remote Wake UP, PXE e topolo-gias 10BASE-T, 100BASE-TX e 1000BASE-T.

3.2.2.9. Controladoras de Rede adicionais

Uma Controladora de rede com porta dupla possuindo dois conectores RJ45, Topologias 10BASE-T, 100BASE-TX, 1000BASE-T Wiring Category-5, unshielded twisted pair (UTP), Tipo de barramento - PCI Express 1.0a, Bus width x4 lane PCI Express, operado em slots x4, x8, x16 Bus speed (x4, encoded rate) 10 Gbps uni-directional; 20 Gbps bi-directional, IEEE support 802.3ab e Certificações de Hardware - FCC B, UL, CE, VCCI, BSMI, CTICK, MIC. Similar ou superior a placa Intel PRO/1000 PT Dual Port Server Adapter. Uma Controladora de rede de porta simples possuindo conector RJ45, Topologias 10/100/1000BASE Wiring Category-5, unshielded twisted pair (UTP), Tipo de barramento - PCI Express 1.0a, Bus width x1 lane PCI Express, operado em slots x1, x4, x8, x16. Bus speed (x1, encoded rate) 2.5 Gbps uni-directional; 5 Gbps bi-directional, IEEE support 802.3z e Certificações de Hardware - FCC B, UL, CE, VCCI, BSMI, CTICK, MIC. Similar ou superior a placa Intel PRO/1000 PT Desktop Adapter.

3.2.2.10. Controladora de Áudio

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Controladora estéreo integrada ou uma placa de som adicionada em slot.

3.2.2.11. Unidade de Disco Rígido:

01 (uma) unidade interna com capacidade mínima de 250 (Duzentos e Cinquenta) Giga Bytes padrão SATA 3.0 Gb/s, com NCQ e 8MB DataBurst Cache™.

3.2.2.12. Unidade de DVD:

01 (uma) unidade interna, padrão SATA, com velocidades para as mídias CD/R 48X e DVD/RW 16X, com 02 MB de buffer.

3.2.2.13. Teclado:

Deverá possuir 101 teclas com repetição automática, cor predominante preto, bloco numérico independente e 12 teclas de função, com LEDs indicadores de NumLock, ScrollLock e CapsLock. Padrão PC/AT Enhanced, US International. Com fio e padrão PS2 ou USB, não deverá possuir teclas que o caracterize como multimídia

3.2.2.14. mouse

Ótico, com fio e padrão PS2 ou USB, 02 (dois) botões e scroll, cor predominante preto, resolução nominal mínima de 800 dpi. Acompanha mouse pad para dispositivo óptico com face inferior an-tideslizante.

3.2.3. 1.1.3. Sistema Operacional:

As aplicações a que se destinam os equipamentos desta licitação irão operar sob plataforma Linux distribuição CentOS 5.2, que é uma versão compilada da RedHat Enterprise Linux 5.2 (RHEL5.2). Não deverão ser fornecidas licenças, discos de instalação e sistema operacional instalado no equipamen-to.

3.2.4. 1.1.4. Certificações e normas:

a) FCC, CSA, IEC 60950 ou UL 60950 ou similar do Inmetro para segurança elétrica; b) Energy Star V5 , para economia de energia; c) Possuir registro EPEAT, garantindo a proteção ambiental e minimização dos danos químicos causa-dos pelo material utilizado para confecção do produto e pelo processo produtivo da fabricante, con-forme norma IEEE 1860-2006; d) ABNT – NBR 10152 ou ISO 9296 para o nível de ruído e para conforto.

3.3. SWITCH

3.3.1. Os switchs do forneciemento deverão ter, no mínimo, as seguintes características

• Serem gerenciáveis;

• IEEE 1613 Class 2

• IEC 61850-3

• IEEE 802.1x

• IEEE 802.1q

• IEEE 802.1w

• IEEE 802.1p

• SNMP v1/v2/v3

• RMON

3.3.2. Os switchs deverão ter entrada para duas alimentações independentes

3.3.3. Deverão ser, no mínimo, 100 Mbits / 1 Gbit.

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3.4. MONITORES

3.4.1. . Características da Tela

Tecnologia LED LCD Tamanho da tela (Polegadas) 23 Contraste 5.000.000:1 Tempo de Resposta 5ms Brilho 250 cd/m² Resolução Máxima 1920 x 1080 @ 60Hz Suporte de cores 16,7 M Cores Ângulo de Visão H:170º, V:160º Frequencia Horizontal 30 ~83Hz (analógico /digital) Frequencia Vertical 56 ~ 75 Hz Revestimento da Tela Anti-Reflexiva

3.4.2. . Caracteristicas físicas

Alimentação 100~240 VAC(50/60Hz) com fonte externa do monitor de 12VDC Peso (produto) <10 kg Cor Predominante Preto

3.4.3. Entrada de Sinal

Sinal de Video RGB Analógico/ DVI-D Digital Conector de entrada D-SUB ( 15 pinos) / DVI-D (24 pinos) / HDMI

3.4.4. Recursos

Plug & Play DDC 2B Pedestal Base removível, Inclinável Acessórios Cabo de alimentação, cabo de sinal (D-Sub), Cabo DVI, manual do usuário e CD de insta-

lação

3.4.5. Consumo de Energia

Normal <30W Suspenso / Standby ~1W

3.4.6. . Certificações

EMC FCC CLASS B, CE

3.5. MULTIMEDIDORES

3.5.1. Os Multimedidores deverão receber os sinais trifásicos provenientes dos secundários dos transformadores de corrente e potencial, calculando internamente, em um único dispositivo, ao menos as seguintes grandezas de interesse, nos quatros quadrantes:

- Tensões RMS fase-neutro e fase-fase; - Corrente RMS das 3 fases; - Ângulo de fase das tensões e das correntes; - Fator de potência; - Potência trifásica ativa; - Potência trifásica reativa; - Potência trifásica aparente; - Freqüência em Hz;

3.5.2. Os Multimedidores deverão utilizar o método de medida “true RMS” por fase e total, para as medições das tensões, correntes e potências.

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Os Multimedidores serão aplicados em sistemas elétricos com pelo menos as seguintes configurações: - 4 fios em estrela, 3 elementos, 3 transformadores de potencial e 3 transformadores de corrente. - 4 fios em estrela, 2 1/2 elementos, 2 transformadores de potencial e 3 transformadores de corrente. - 3 fios em delta, 2 1/2 elementos, 2 transformadores de potencial e 3 transformadores de corrente.

3.5.3. Os Multimedidores deverão permitir a configuração dos modos de ligação em delta ou estrela, tanto pelo painel frontal como por comunicação serial.

As ilustrações dos modos de ligação seguem em anexo à especificação. Os Multimedidores deverão operar em sistemas com seqüência de fase ABC ou CBA sem a ne-cessidade de inversão da fiação externa entre as fases A e C. A alimentação auxiliar dos Multimedidores deverá suportar alimentações AC e DC, conforme as faixas abaixo: 90 a 260 VAC 108 a 340 VDC

3.5.4. Entradas de medição

- Entradas de Tensão: 50 - 347 VAC – Fase-neutro (60 Hz). Sobretensão: 570 VAC fase – neutro e 860 VAC fase – fase, por regime de tempo contínuo. 2500 VAC por um segundo não repetitivo, em um intervalo de 30 minutos. Impedância de entrada: maior ou igual a 1 MOhm por fase, entre fase e neutro. - Entradas de Corrente: 20 mA – 10 A (60 Hz) Corrente nominal = 5 A. Sobrecorrente: 11 A por regime de tempo contínuo. 500 A por um segundo não repetitivo, em um intervalo de 30 minutos. Carga ( Burden ): < 0,1 VA

3.5.5. Classe de Exatidão :

- Para Tensões e correntes: +/- 0,25% do valor lido + 0,05% do fundo de escala. - Para Freqüência: +/- 0,01 Hz. - Para Potência Ativa: Considerando o Fator de Potência = 1:

De 1% a 2,5% do Imáx(10A): +/- 1% do valor lido. De 2,5% a 100% do Imáx(10A): +/- 0,5% do valor lido.

Considerando o Fator de Potência = 0,5 (atrasado ou adiantado): De 2% a 10% do Imáx(10A): +/- 1% do valor lido. De 10% a 100% do Imáx(10A): +/- 0,6% do valor lido. - Para Potência Reativa: Considerando os valores maiores que 5% do fundo de escala: +/- 1,5% do valor lido. - Para Potência Aparente: +/- 0,5% do valor lido + 0,1% do fundo de escala.

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* Os erros acima mencionados referem-se aos Multimedidores, não incluindo os erros provenientes de TPs e TCs.

3.5.6. . Configuração das Relações de TP e TC:

RTP: até 9999:1 (pelo menos) RTC: até 9999:1 (pelo menos)

3.5.7. Os Multimedidores deverão considerar para cálculos, o defasamento real entre as grandezas elétricas (tensão e corrente).

As informações processadas internamente nos Multimedidores deverão ser exteriorizadas através de porta serial, utilizando-se pelo menos um dos seguintes protocolos: - Protocolo DNP3.0; - Protocolo MODBUS-RTU (floating point 32 bits, segundo o padrão IEEE 754); - Protocolo IEC-870-5-101.

3.5.8. No caso de utilizar protocolo DNP3.0 ou IEC-870-5-101, os valores transmitidos deverão estar convertidos em valores de engenharia.

A Interface deverá ser do tipo RS-485, a dois fios, possibilitando a ligação de diversos Multimedi-dores à uma única porta de comunicação. Os registros das grandezas elétricas de interesse mostrados a seguir, deverão estar ordenados na seguinte seqüência, sendo possível acessar os mesmos tanto de maneira aleatória como em blocos de registros: MVA, MW, Mvar, IA, IB, IC, VAB, VBC, VCA e Hz.

3.5.9. . Os Multimedidores deverão possuir visor alfa-numérico de LEDs ou de cristal líquido (LCD) com iluminação (back lighting) no painel frontal, para exteriorização de GRANDEZAS reais e programadas, configurável para indicação de pelo menos três grandezas.

No caso de visor alfa-numérico de cristal líquido (LCD), a ativação da iluminação (back lighting) deverá ser configurável conforme abaixo: - Modo permanentemente. - Ativação através do toque em uma tecla do painel frontal. - Programável por horário.

3.5.10. Dimensão dos displays:

- Leds: cada linha de displays com 0,56 polegadas de altura. - LCD: 17 milímetros de altura e 57 milímetros de largura.

3.5.11. . A resolução do visor alfa numérico, para as medições de tensão, corrente e potências deverá ser de, pelo menos, 4 dígitos (0 a 9999).

Os Multimedidores deverão responder aos seguintes requisitos de tempo: - Taxa de atualização das informações nos registros internos a serem transmitidos na interface de co-municação: no mínimo a cada 1 segundo. - Taxa de atualização das informações no visor alfa-numérico do painel frontal: no máximo a ca-da 4 segundos.

3.5.12. Configuração das Interfaces de comunicação para 8 Bits de Dados:

-Velocidade de pelo menos 19.200 bps; Paridade (Par, Impar ou sem Paridade); Stop Bits (1 ou 2).

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3.5.13. . Os Multimedidores deverão ter indicação visual de funcionamento, além da indicação de atividade da comunicação de dados (dados transmitidos e recebidos).

3.5.14. Condições Climáticas:

Temperatura de funcionamento: -20…+60º C Temperatura de transporte e estocagem: -30…+85º C Umidade relativa: 95% sem condensação

3.5.15. Características Construtivas:

Montagem: embutir em painel. Ligações elétricas: terminais tipo OLHAL para as entradas de corrente.

3.5.16. Os circuitos de entrada de corrente dos Multimedidores deverão ser implementadas de maneira que a corrente oriunda dos TCs não circule por trilhas de circuitos impressos.

Os Multimedidores deverão estar de acordo com as seguintes normas, devendo os proponentes apresentar os certificados de conformidade com as mesmas: - ANSI / IEEE C37.90.1 - ANSI C12.20 (classe 0,5%) - IEC 687 (classe 0,5%)

3.5.17. . FURNAS reserva o direito de avaliar os certificados de conformidade com as normas acima citadas, levando em consideração em sua análise, o instituto ou laboratório emissor dos mesmos, ressaltando que esta avaliação poderá ter caráter eliminatório do proponente.

Deverão ser fornecidas todas as ferramentas de programação e calibração, cabos para interli-gação, programas para a configuração das grandezas medidas e dos canais de comunicação de modo a adaptar os Multimedidores às necessidades específicas de cada aplicação, a despeito da programação efetuada em fábrica. O programa para a parametrização dos Multimedidores deverá rodar em microcomputador com plataforma WINDOWS TM capaz de efetuar leituras simultâneas de vários medidores. Os Multimedidores deverão permitir reprogramação “ON LINE”, mediante a utilização de meca-nismo de segurança (senha, por exemplo), não necessitando obrigatoriamente da remoção dos mesmos do painel e ou do circuito.

Os Multimedidores deverão suportar a comunicação de dados com o Sistema Aberto de Ge-renciamento de Energia (SAGE), desenvolvido pelo CEPEL. Seguem em anexo os Documentos de Inte-roperabilidade dos protocolos DNP3.0 e IEC 60870-5-101 com o SAGE.

3.6. IED

3.6.1. Geral

3.6.1.1. Todas as entradas e saídas binárias do equipamento deverão ser isoladas por meio de relés auxiliares instalados em borneiras, com isolamento para impulsos (surtos) de até 5 kV.

3.6.1.2. Todas as comunicações deverão ser feitas através de cabos ópticos.

3.6.1.3. As UACs, equipamentos de comunicação e demais dispositivos essenciais, deverão ser alimentados através de duas fontes de tensão contínua independentes.

3.6.1.4. Todos os equipamentos e dispositivos a serem fornecidos deverão ser próprios para operarem em ambientes eletricamente ruidosos, típicos de uma Usina ou Subestação de Energia Elétrica de Extra

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Alta Tensão, construídas, na maioria dos casos, sem os devidos cuidados para prevenção de efeitos de acoplamentos por interferência de origem eletromagnética.

3.6.1.5. Os equipamentos deverão possuir blindagem eletrostática e eletromagnética de modo a garantir a integridade de seu funcionamento a interferências por irradiação, dentro dos requisitos de compatibilidade considerados nesta Especificação.

3.6.1.6. Possuir uma arquitetura modular permitindo realizar expansões, através da simples inserção de módulos de entrada/saída ou de comunicação. As UAC deverão suportar uma expansão física e lógica de, pelo menos, 20%.

3.6.1.7. Todas as interligações entre as UAC e o processo deverão ser efetuadas através de relés de interposição e com bornes terminais seccionáveis.

3.6.1.8. Equipamentos indispensáveis ao funcionamento da UAC, deverão ser instaladas dentro de painéis próprios.

3.6.1.9. Operar de forma totalmente independente dos equipamentos da SCL e dos equipamentos de configuração e testes, possuindo banco de dados independentes.

3.6.1.10. Serem de fácil manutenção, possuindo um alto grau de confiabilidade, apoiadas num eficiente sistema interno de autodiagnóstico, orientado ao usuário.

3.6.1.11. Qualquer falha do equipamento deverá ser sinalizada no próprio equipamento, disponibilizada em contatos secos para anunciação local e armazenada para transmissão ao nível superior (SCL/SCR), permitindo ao operador uma rápida identificação do módulo defeituoso.

3.6.1.12. O software do IED deverá ter as funcionalidades para configuração e execução de lógicas de controle, com sua programação realizada em ambiente gráfico.

3.6.1.13. A configuração/parâmetrização da UAC/IED deverá ser através da porta de comunicação serial independente com o equipamento de teste ou através da porta de rede.

3.6.1.14. Os IEDs deverão ser sincronizados através do protocolo NTP ou SNTP, para ajuste automático da hora do relógio interno e também para garantir o tempo preciso no registro seqüencial de eventos. Sistemas alternativos de sincronismo e ajuste poderão ser analisados por FURNAS, quanto a sua eficiência.

3.6.1.15. A perda de sincronismo (fonte externa) no IED, bem como o seu retorno deverá ser sinalizada para o SDSC.

3.6.1.16. A aquisição e o processamento dos IEDs deverá garantir uma resolução de 1 ( um ) milisegundo na detecção e no registro da tarja de tempo dos eventos em relação ao tempo global fornecido pelo GPS para todas as entradas binárias do sistema.

3.6.1.17. A precisão do sincronismo entre processadores deverá ser melhor que 0,5 milisegundos. Todos os processadores deverão estar sincronizados com uma única fonte de sinal.

3.6.1.18. O projeto do equipamento deverá ser baseado no conceito de falha segura, de modo a conduzir suas saídas para um estado que não prejudique o funcionamento dos demais módulos.

3.6.1.19. Suportar interrupções na alimentação de até 60 milisegundos, conforme previsto nas normas, sem ocasionar reset no equipamento.

3.6.1.20. Os programas de software e todos os dados do equipamento deverão ser gravados em memórias não voláteis, garantindo a continuidade de funcionamento após qualquer interrupção da alimentação.

3.6.2. Requisitos de Hardware das UAC

3.6.2.1. Microprocessadores com processamento interno mínimo de 32 bits.

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3.6.2.2. Processadores interligados em rede, possibilitando a distribuição e a otimização das funções de aquisição e controle.

3.6.2.3. Todos os cartões processadores do sistema deverão ser sincronizados por uma única fonte externa e na falta desta, através da rede interna, garantindo a precisão especificada para a seqüência de eventos.

3.6.2.4. Os processadores deverão ter uma taxa de ocupação máxima durante o período de carregamento máximo (condição menos favorável) de 70% de sua capacidade, para cada processador.

3.6.2.5. Controle sobre a memória RAM/EPROM através de mecanismos apropriados de detecção de erro.

3.6.2.6. Capacidade de reserva mínima de memórias programáveis de 30% além da capacidade utilizada pelos programas e parâmetros.

3.6.2.7. Todos os cartões processadores deverão possuir circuito de "watch dog".

3.6.2.8. Reinicialização automática completa do equipamento, em caso de falha de qualquer CPU ou por falha de alimentação.

3.6.2.9. Auto-diagnóstico da CPU e de todos os cartões que compõem a UAC durante a inicialização, ciclicamente e por solicitação, com registro das informações do estado operacional em memória e envio para as interfaces de comunicação.

3.6.2.10. Pelo menos as seguintes sinalizações deverão existir:

− indicação de alimentação;

− indicação de atividade de cada módulo (operação normal e defeito);

− indicação de atividade nas linhas de comunicação;

− indicação de status de I/O;

− indicação da presença e da perda de sincronismo.

3.6.2.11. A falha ou retirada de um ou mais módulos de entrada ou saída não deverá afetar a operação da UAC, nem travar o funcionamento dos demais módulos e nem ser necessário desenergizar o barramento, sendo necessário, no entanto, o registro desta ocorrência e o envio desta informação para as interfaces de comunicação. Os módulos de entrada e saída deverão permitir a substituição a quente (com o barramento energizado) indicando a falha em seus pontos.

3.6.2.12. Os módulos eletrônicos eventualmente instalados em racks diferentes deverão ser desacoplados eletricamente de modo a evitar a propagação de falhas e garantir seu funcionamento de forma autônoma;

3.6.2.13. Todos os módulos semelhantes deverão ser da mesma versão, garantindo a intercambialidade entre eles.

3.6.2.14. Os circuitos dos módulos deverão ter proteção contra descargas eletrostática provenientes da manipulação dos mesmos.

3.6.2.15. Os módulos de conversão analógica deverão possuir característica de auto calibração.

3.6.2.16. Todas as portas de comunicação, interfaces e conectores para periféricos deverão ser facilmente acessíveis e identificados.

3.6.2.17. Os pontos de testes e ajustes deverão ser visíveis e facilmente acessíveis durante a manutenção, não sendo necessário a remoção de nenhum módulo. Para tanto poderão ser fornecidos cartões extensores que deverão ser incluído no fornecimento, por equipamento fornecido.

3.6.3. Auto-teste / Auto-diagnóstico

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3.6.3.1. Todo o hardware e software da UAC deverão ser continuamente monitorados, sem interromper o processamento das CPU, com a finalidade de identificar qualquer falha do equipamento e impedir o funcionamento incorreto. Estas falhas deverão gerar estados internos que deverão ser processados como alarmes e considerados nas lógicas de controle.

3.6.3.2. Cada módulo deverá ter seu sistema de proteção e auto diagnóstico com indicação externa através de LED.

3.6.3.3. No mínimo os seguintes testes e facilidades deverão estar disponíveis:

− Testes de toda a área de memória do equipamento;

− Testes dos cartões de I/O e CPU;

− Falhas de sistemas e software via "watch-dog";

− Verificação contínua do link de comunicação com o SCL;

− Detectar falhas e falta de alimentação em qualquer módulo;

− Diagnosticar erros de configuração local.

3.6.3.4. Na parte frontal de cada módulo da UAC devem existir LED indicadores do seu estado operacional. Uma descrição detalhada dos mecanismos de auto diagnóstico das indicações disponíveis nos LED deverá constar da PROPOSTA, incluindo os defeitos detectáveis, com descrição dos mecanismos utilizados.

3.6.3.5. Todos os LED utilizados no diagnóstico deverão ficar acesos durante o processo de inicialização e re-inicialização.

3.6.3.6. Qualquer falha na interface de comunicação deverá ser sinalizada externamente.

3.6.3.7. As UAC deverão sinalizar externamente, através do fechamento de um contato seco, qualquer falha detectada, podendo ser falta de alimentação, falha de dispositivo, falha de comunicação, operação do watch dog e etc.

3.6.4. O relógio interno do IED deverá ser independente do processamento, de forma que uma re-inicialização automática ou manual de qualquer processador, não necessite de intervenção externa para acerto da hora mesmo no caso de ausência prolongada da fonte externa. As seguintes possibilidades de ajuste deverão existir:

3.6.5. Fonte de Alimentação

3.6.5.1. Todos os equipamentos deverão ser alimentados simultaneamente por duas fontes independentes e isoladas de forma que a falta de uma delas não cause qualquer distúrbio na operação dos equipamentos. Em casos especiais deverá ser utilizada a tensão de 250 VCC (+10% - 20%).

3.6.5.2. As alimentações que chegam aos equipamentos deverão ser todas protegidas nas entradas das UAC por disjuntores de caixa moldada com características de precisão e rapidez tais que possam ser facilmente coordenados com os disjuntores dos alimentadores do Serviço Auxiliar de FURNAS.

3.6.5.3. As UAC deverão ter fontes de alimentação dimensionada com uma capacidade contínua de pelo menos 30% acima da carga máxima prevista, sendo que o MTBF destas fontes deverá ser superior a 5 anos. Pelo menos as seguintes características deverão ser atendidas pelas fontes:

− Proteção contra subtensão de alimentação, sem danificar ou estressar os componentes inter-nos;

− Proteção de sobrecarga por limitação de corrente com alarme;

− Proteção de sobretensão e sobretensão instantânea na saída, independente do circuito de controle da fonte;

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− Bornes frontais para medição das tensões de saída;

− Proteção contra inversão de polaridade;

− Proteção contra curto-circuito.

3.6.5.4. Para qualquer uma das condições de falha acima, a unidade deverá ficar temporariamente inoperante até que a falta termine, se restabelecendo automaticamente. O consumo de energia deverá ser mínimo, durante o período de falha.

3.6.5.5. Regulação e o nível de ruído de saída destas fontes, para toda a faixa de operação de 0% a 100% de suas capacidades, deverão ser melhores do que os indicados na tabela a seguir, para cada classe de tensão:

REGULAÇÃO

|Vs-Vn|.100/Vn %

RUÍDO (Vpp para todas freq.)

5 V 3 % 20 mV

±15 V 3 % 20 mV

48 V 10 % 200 mV

125 V 10 % 200 mV

obs.: Vs - tensão de saída Vn - tensão nominal

3.6.5.6. As fontes deverão ter capacitância interna suficiente para suportarem uma interrupção no fornecimento de energia por 60 milisegundo, sem que sua tensão de saída varie de mais de 10%, mesmo a plena carga.

3.6.5.7. O ruído refletido pela fonte na linha de alimentação de 125 VCC, considerando-se uma bateria ideal com resistência interna de 0,1 * (125)2/ Pf, onde Pf = Potência da fonte em Watts, deve ser inferior a 200 mV p-p para qualquer frequência.

3.6.5.8. As fontes deverão possuir indicações visuais de seu funcionamento na parte frontal do painel.

3.6.5.9. Cada módulo de fonte deverá possuir chave liga-desliga individual para facilitar a realização de testes e manutenção.

3.6.5.10. As fontes devem atender a todas as condições de Compatibilidade Eletromagnética, especificadas no item "ENSAIOS".

3.6.6. Aquisição Analógica

3.6.6.1. As grandezas elétricas deverão ser aquisitadas diretamente de TPs e TCs através de multimedidores. Os multimedidores poderão ser parte integrante do IED ou equipamentos externos. Caso sejam equipamentos externos, os protocolos permitidos serão IEC 870-5-101, IEC 870-5-104, DNP3.0 ou modbus

3.6.6.2. A menos que explicitamente solicitado em contrário, todas as aquisições analógicas deverão ser efetuadas através de multimedidores, incluídos no fornecimento.

3.6.6.3. Aquisição Direta de Multimedidores

3.6.6.3.1. As UAC deverão possuir interfaces multiseriais apropriadas para aquisição direta das grandezas analógicas codificadas, provenientes de dispositivos multimedidores programáveis.

3.6.6.3.2. As UAC deverão suportar a comunicação simultânea com todos os dispositivos utilizados, nos protocolos disponibilizados pelos mesmos.

3.6.6.3.3. A comunicação destes multimedidores com a UAC deverá ser serial, utilizando cabo ótico ou meio metálico, se o dispositivo e a UAC estiverem contidos no mesmo painel.

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3.6.6.3.4. As principais características dos multimedidores encontram-se detalhadas na seção de dispositivos de interface.

3.6.6.4. Deverão ser fornecidos todos os dispositivos multimedidores necessários à aquisição das grandezas elétricas.

3.6.6.5. Aquisição Analógica

3.6.6.6. A aquisição analógica é aplicável aos dispositivos com saídas convencionais.

3.6.6.7. A UAC deverá varrer ciclicamente as entradas analógicas, convertendo os valores aplicados nas suas entradas.

3.6.6.8. Os transdutores utilizados por FURNAS nos circuitos de medição existentes possuem saída em corrente, suportando um carregamento máximo de 10 k Ohms e permitindo o compartilhamento de sua saída com outros instrumentos de medição.

3.6.6.9. As saídas em corrente dos transdutores deverão ser transformadas em sinais de tensão (tipicamente - 1,0 a + 1,0 VCC) nos bornes de entradas analógicas das UAC, através da utilização de dispositivos shunt de valores compatíveis com a faixa de corrente e com 0,1 por cento de precisão, para serem então conectadas ao módulo conversor análogo-digital.

3.6.6.10. Os dispositivos shunt instalados fora das placas de entrada, deverão permitir a remoção das placas, sem a interrupção do circuito de corrente proveniente dos transdutores, não interferindo nos outros equipamentos eventualmente ligados em série.

3.6.6.11. Alternativamente serão aceitas soluções com emprego de diodos do tipo zener nos bornes de entradas, para impedir a abertura do elo de corrente ficando o desenvolvimento da tensão realizada dentro dos resistores instaladas na própria placa.

3.6.6.12. Os resistores para conversão do sinal de corrente para tensão, ou os diodos do tipo zener, não poderão ser instalados nos bornes terminais do lado da fiação externa com o processo e não será permitido a utilização de mais de um condutor no mesmo borne.

3.6.6.13. Os cartões de entradas analógicas devem filtrar e digitalizar os sinais de entrada em tensão ou corrente unipolar/bipolar em diversas faixas, dispondo, preferencialmente, dos seguintes ranges:

− tensão unipolar: 0 a 1V, 0 a 2,5V, 0 a 5V e 0 a 10V;

− tensão bipolar: -1 a 1V, -2,5 a 2,5V, -5 a 5V e -10 a 10V;

− corrente unipolar: 0 a 1 mA, 0 a 20 mA e 4 a 20 mA;

− corrente bipolar: -1 a 1 mA, -20 a 20 mA e 4 a 20 mA.

3.6.6.14. Quando for utilizada entrada unipolar, por exemplo do tipo de 4 a 20 mA, deverá ser utilizada toda a faixa de conversão do conversor (12 bits) para representar esta grandeza.

3.6.6.15. Preferencialmente deverão ser utilizados módulos de condicionamento de sinais separados dos módulos de processamento.

3.6.6.16. Principais Características Técnicas Requeridas:

− impedância de entrada: maior que 1 Mega Ohms;

− filtro de entrada: frequência de corte de 0,4 Hz;

− atenuação a 60 Hz: 60 dB mínimo;

− diafonia: 60 dB mínimo;

− RRMC: 60 dB mínimo de 0 a 10 kHz;

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− RRMD: 80 dB mínimo em 60 Hz;

− resolução mínima de 12 bits em operação bipolar ou unipolar;

− tempo de conversão: 50 microsegundos máximo;

− linearidade +/- 1 LSB;

− precisão de todo o circuito de conversão: +/- 0,05% do fundo de escala ( 0 a 550 C).

3.6.6.17. As entradas deverão ser através de três bornes terminais para sinal positivo, sinal negativo e blindagem.

3.6.6.18. As entradas analógicas deverão ser desacopladas eletricamente do processo.

3.6.6.19. O ajuste de zero do conversor deverá ser automático e realizado após cada conversão com a característica conhecida como auto-zero.

3.6.6.20. Para melhorar a rejeição de modo comum a 60 Hz, a medida final deverá ser uma média aritmética de 4 leituras consecutivas num intervalo de tempo correspondente a um ciclo.

3.6.6.21. Os conversores deverão ser preferencialmente do tipo tensão/frequencia.

3.6.6.22. Deverá ser apresentada na Proposta uma descrição completa do procedimento de calibração do conversor.

3.6.6.23. Proteção contra Surtos e Isolamento

3.6.6.23.1. As entradas deverão também suportar uma tensão de 1500 Vca RMS, 60 Hz por minuto.

3.6.6.24. Expansão

3.6.6.24.1. O número de entradas de cada UAC deverá ser expansível pela simples inclusão de novos módulos, sem a necessidade de recodificação do programa. Somente serão aceitas alterações nas tabelas ou parâmetros utilizados pelo programa aplicativo.

3.6.6.25. Processamento

3.6.6.25.1. Para otimizar a comunicação com o SCL, as UAC deverão permitir o estabelecimento de uma banda morta para cada ponto de entrada analógica, filtrando pequenas variações nas medidas. Somente os valores que excederem a banda morta deverão ser reportados. Os valores limites para esta banda morta deverão poder ser facilmente estabelecidos na configuração da UAC.

3.6.6.25.2. Todas as medidas analógicas deverão ser atualizadas e disponibilizadas para a transmissão numa cadência máxima de 2 segundos.

3.6.6.25.3. Todas as medidas analógicas deverão ter associadas a si um atributo de validade, sendo igual a (1) um para valor correto e (0) zero para o caso de ocorrer uma falha na sua aquisição ou tratamento.

3.6.6.25.4. Deverá também ser indicado no protocolo a medida inválida, quando o valor estiver fora do intervalo de leitura.

3.6.6.25.5. As requisições de atualização do Banco de Dados serão feitas na inicialização, sob pedidos e/ou periodicamente de modo a manter integro e atualizado o estado de cada ponto supervisionado.

3.6.7. Aquisição Digital

3.6.7.1. As UAC deverão detectar e registrar corretamente todas as mudanças de estado ocorridas nas entradas digitais.

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3.6.7.2. Os módulos de entradas digitais deverão conter os circuitos necessários para isolamento e condicionamento dos sinais elétrico das entradas, efetuando toda a filtragem necessária de modo a evitar indicações errôneas devido a transientes de fechamento ou abertura dos contatos supervisionados e reportando apenas o estado final.

3.6.7.3. Para o conjunto de pontos que tem as informações dos seus estados disponíveis em contatos secos (não alimentados) a UAC deverá fornecer uma tensão independente e isolada de 48 VCC ou 125 VCC, para leitura do estado do contato. Esta fonte deverá ser instalada dentro do próprio rack da UAC.

3.6.7.4. O IED só detectará uma variação de zero para um (lógico) quando o valor da tensão atingir 64% da tensão.

3.6.7.5. O IED só detectará uma variação de um para zero (lógico) quando o valor da tensão atingir 64% da tensão

3.6.7.6. Para os novos pontos de supervisão, para os quais não existem reles auxiliares disponíveis, o FORNECEDOR deverá fornecer além da alimentação, os relés auxiliares para instalação dentro dos próprios painéis de proteção, obedecendo a isolação especificada.

3.6.7.7. As entradas digitais das UAC também deverão aceitar os sinais de tensão (125Vcc/220Vcc) fornecidos diretamente pelos equipamentos supervisionados.

3.6.7.8. A definição final da forma de alimentação será feita durante o DFF, devendo, para efeito de proposta, ser considerado que as UAC fornecerão as alimentações necessárias a supervisão de todos os contatos.

3.6.7.9. Para as subestações com alimentação auxiliar de 220 VCC, deverão ser fornecidos conversores com entradas para este nível de tensão.

3.6.7.10. O filtro de rebate de contatos ("bouncing") deverá ser selecionável nas faixas de 2ms/4ms/8ms/12ms/16ms e 20 ms. A precisão do filtro deverá ser melhor que 0.5 milisegundo em ambos os sentidos das transições para todos os pontos, com desvio total máximo de 0,1 milisegundo e aplicável a nível mínimo de cartão

3.6.7.11. Os reles auxiliares existentes tem capacidade de corrente máxima de 1 Ampère, tensão máxima de 125 Vcc e capacidade de interrupção não indutiva de 30 Watts. Os novos reles deverão ter as mesmas características.

3.6.7.12. Deverão ser utilizados acopladores óticos para isolamento galvânico das entradas digitais, com isolação mínima de 2,5 kV e dispositivos de proteção que impeçam a ativação das entradas por induções eletromagnéticas.

3.6.7.13. Possuir indicação visual por meio de LED do estado das entradas digitais na parte frontal do cartão, sendo utilizado LED aceso para indicar contato fechado ou presença de tensão e LED apagado para contato aberto (falta de tensão).

3.6.7.14. A parte de proteção e condicionamento de sinal deverá ser desacoplada eletricamente da parte de processamento do sinal, sendo realizada preferencialmente em módulos distintos.

3.6.7.15. Proteção contra Surtos

3.6.7.15.1. A isolação entre a lógica e processo deverá ser de 2500 Vca por 1 minuto.

3.6.7.15.2. O isolamento a impulso deverá ser de 5 kV

3.6.7.15.3. As entradas de estados digitais deverão atender as características de proteção contra surtos elétricos, dados pelo IEEE (IEEE std. 472-1974 "Guide for Surge Withstand Capability - SWC Test).

3.6.7.16. Expansão

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3.6.7.16.1. As unidades de entradas digitais deverão ter construção modular, de modo a permitir sua adequação ao número de pontos a ser supervisionado por UAC, devendo ser fornecidas com toda fiação necessária para uma expansão de 10 por cento além dos números de pontos requeridos.

3.6.7.16.2. As expansões de uma maneira geral, deverão poder ser efetuadas pela simples inclusão de novos módulos ou cartões e eventual configuração na Base de Dados, sem a necessidade de recodificação dos programas.

3.6.7.17. Fonte de Alimentação dos Contatos Secos

3.6.7.17.1. A fonte para alimentação dos contatos secos deverá ser totalmente independente da fonte de alimentação utilizada pela UAC, isolada de terra, recebendo alimentação dupla e direta de 125 Vcc/220Vcc e fornecendo uma tensão de saída isolada por meio de transformadores e protegida contra curto circuito na saída e inversão de polaridade. Deverá ser previsto dispositivo de deteção de terra acidental, através do baixo isolamento da cabeação de interligação.

3.6.7.17.2. A perda de qualquer módulo da fonte deverá ser anunciada externamente.

3.6.7.17.3. As fontes deverão possuir disjuntores individuais.

3.6.7.17.4. Para otimizar a distribuição da alimentação para os contatos dos relés supervisionados, deverá ser utilizado um polo comum da fonte para cada grupo de oito entradas. A ligação comum deverá ser efetuada internamente a UAC.

3.6.7.18. Processamento

3.6.7.18.1. Os pontos digitais poderão ser do tipo Entrada Simples, que correspondem a uma única entrada digital, devendo assumir um de dois estados possíveis (aberto/ fechado) ou do tipo Entrada Dupla (entradas complementares) que corresponde a duas entradas digitais, podendo assumir uma das quatro condições:

− 01 - aberto;

− 11 - indeterminado;

− 00 - indeterminado;

3.6.7.18.2. Estes últimos serão utilizados fundamentalmente para as indicações de estados de disjuntores e chaves seccionadoras

3.6.7.18.3. A UAC deverá ter capacidade de indicar no protocolo o estado inválido quando o estado complementar da entrada estiver faltoso ao final de um tempo pré-determinado de filtragem.

3.6.7.18.4. A UAC deverá realizar varreduras de integridade na inicialização, sob pedido do SCL ou periodicamente.

3.6.7.19. Categoria dos pontos

3.6.7.19.1. Os contatos supervisionados, em sua grande maioria, são do tipo normalmente aberto, sendo também utilizados contatos normalmente fechados nos casos de impossibilidade de se obter um contato normalmente aberto. O processamento interno da UAC deverá permitir a inversão da lógica de modo a registrar a atuação correta neste caso.

3.6.8. Seqüência de Eventos

3.6.8.1. As UAC deverão ter capacidade de registrar corretamente a tarja de tempo para o processamento de seqüência de eventos com precisão de 1 (um) milisegundos em relação ao tempo padrão (GPS).

3.6.8.2. A cada 1 milisegundo o equipamento deverá efetuar uma varredura de todas as entradas digitais. A estampa de tempo/data de cada evento ou grupo de eventos caso eles tenham ocorrido

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dentro da mesma varredura de 1 milisegundo deverá ser igual. O tempo deverá ser diferente para eventos detectados em varreduras diferentes.

3.6.8.3. A resolução entre eventos também deverá ser de 1 (um) milisegundo. Eventos detectados em varreduras distintas deverão ter obrigatoriamente tempos diferentes e correspondentes as respectivas varreduras.

3.6.8.4. De forma a evitar a introdução de erro devido ao uso de diferentes tempos de filtragem ou defasagens no processo de formação de seqüência de eventos, o tempo do evento deverá ser o tempo da primeira transição do ponto detectada pela UAC, embora o mesmo só deverá ser registrado se mantiver o estado da transição após decorrido o período estabelecido para a filtragem. Este procedimento deverá ser independente e aplicado a cada ponto de entrada do equipamento.

3.6.8.5. Todos os eventos deverão ser armazenados e transmitidos ordenados no tempo.

3.6.8.6. A capacidade mínima de armazenamento de eventos de cada UAC deverá ser igual ao dobro do número total de pontos de entrada.

3.6.8.7. Cada processador dedicado a função de sequência de eventos deverá ter capacidade para armazenar uma variação simultânea de todos os seus pontos de entrada.

3.6.9. Saída Digital

3.6.9.1. Os comandos deverão ser executados por meio de fechamento de contatos eletromecânicos (relés) a partir de comandos enviados pelo SCL ou a partir de ações derivadas de uma ordem emitida como a conclusão de sequências de controle efetuadas pela lógica da própria UAC ou ainda através de um acionamento direto no painel frontal da UAC.

3.6.9.2. O comando de abertura ou fechamento de um determinado dispositivo é efetuado pelo fechamento de um contato seco (livre) do rele de saída. Não serão aceitos bornes comuns nos contatos de saídas dos relés.

3.6.9.3. Deverão ser utilizados micro relés nas placas de saídas para garantir o isolamento galvânico das saídas.

3.6.9.4. O PROPONENTE deverá indicar claramente na sua Proposta as limitações operacionais destas saídas, sendo de sua inteira responsabilidade a compatibilização das saídas das UAC com os dispositivos para o acionamento/manobra dos equipamentos principais do Sistema Elétrico.

3.6.9.5. O contato deverá fechar, tão logo se complete a seqüência de comando de fechamento, permanecendo nesta condição por um tempo ajustável.

3.6.9.6. A determinação do tempo em que o contato deverá permanecer fechado se fará, para cada contato, na faixa de 0 a 25 segundos, com precisão de 100 milisegundos.

3.6.9.7. As alterações destes tempos deverão ser executadas sem a necessidade de recodificação dos programas.

3.6.9.8. Será admissível também que essa alteração se faça por meio de chaves ou "jumpers".

3.6.9.9. Os contatos para controle deverão também ser dotados de dispositivos de bloqueio por hardware e software que inibam qualquer possibilidade de fechamento de mais de um contato simultaneamente, mesmo no caso de falha do circuito de comando.

3.6.9.10. Os circuitos de proteção também deverão impedir o acionamento de uma saída por outra origem que não seja da SCL (ou SCR quando for o caso), gerado pela lógica interna ou ainda pelo painel frontal.

3.6.9.11. Deverá haver indicação visual do estado de cada ponto de saída.

3.6.9.12. Se novo comando de acionamento ocorrer para um mesmo ponto de controle antes do término da temporização, o mesmo deverá ser ignorado pela UAC.

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3.6.9.13. As saídas de fechamento e abertura de um mesmo dispositivo (p.e. disjuntor) deverão ser efetuadas por saídas distintas.

3.6.9.14. Processamento

3.6.9.14.1. As operações de controle por fechamento de contatos deverão ser dotadas de segurança do tipo "verificar antes de operar" ( "check back before operate") entre a unidade de controle e módulo encarregado da execução final do controle, envolvendo as etapas de seleção do ponto, confirmação da seleção e execução do comando.

3.6.9.14.2. Somente deverão ser tomadas iniciativas de controle pela UAC depois da seqüência de comando ter sido concluída com sucesso.

3.6.9.14.3. Desta forma os seguintes passos deverão ser satisfeitos:

− seleção do dispositivo;

− validação do endereço pelo SCL;

− execução do controle;

− desativação automática se demorar ou ocorrer erro no endereçamento.

3.6.9.14.4. Na seqüência de controle deverá ser levada em consideração a validade das variáveis componentes.

3.6.9.14.5. Caso se detecte pontos inválidos, a seqüência não deverá ser realizada.

3.6.9.14.6. Caso não seja confirmada a execução de um passo, a seqüência deverá ser interrompida e este evento sinalizado.

3.6.9.14.7. Qualquer falha na sequência deverá fazer com que ela seja interrompida e cancelada, cabendo ao SCL iniciar nova sequência.

3.6.9.14.8. A demora por mais de trinta segundos (parametrizável) de uma sequência de comando de controle será considerada uma falha, devendo ser, portanto, ignorada pela UAC.

3.6.9.15. Proteção contra Surtos

3.6.9.15.1. Isolamento das saídas 2500 VCA por um minuto.

3.6.9.15.2. As saídas de controle deverão atender às recomendações do IEEE para proteção dos reles estáticos contra surtos (IEEE std 472-1974 "guide for surge withstand capability" - SWC Tests).

3.6.9.16. Expansão

3.6.9.16.1. A unidade de saídas digitais deverá ser construída de tal forma que permita sua adequação ao número de saídas digitais desejada para cada UAC, devendo ser fornecida com a fiação necessária para uma expansão de 20 por cento do total de saídas digitais especificado por UAC.

3.6.9.17. Relés Terminais

3.6.9.17.1. Deverão ser fornecidos dispositivos de saídas digitais (relés) para atuação no processo do tipo "plug-in" com as características especificadas na seção de Interfaces.

3.6.9.18. Fonte de Alimentação externa para os Relés Terminais. Caso seja necessária a utilização de alguma fonte de alimentação externa para o funcionamento da cadeia de controle, esta deverá ser parte integrante dos equipamentos fornecidos.

3.6.9.18.1. O FORNECEDOR será responsável pela compatibilização de todos os elementos da cadeia de controle para correta atuação dos dispositivos controlados (finais).

3.6.9.19. Chave de Manutenção

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3.6.9.19.1. Deverá ser fornecido uma chave que permita a interrupção da alimentação das bobinas dos relés terminais, impossibilitando qualquer acionamento.

3.6.9.19.2. Estas chaves deverão ser instaladas em locais de fácil acesso ao operador da subestação.

3.6.10. Comunicação

3.6.10.1. As UAC deverão possuir facilidades para se adaptarem as necessidades de comunicação dentro da arquitetura especificada.

3.6.10.2. As informações coletadas e processadas ciclicamente pela UAC deverão ser transmitidas por exceção ou por requisição para o SAGE, por vias duplicadas, utilizando protocolos abertos.

3.6.10.3. Protocolos abertos também deverão ser utilizados para a comunicação entre as UAC e os dispositivos IED (Intelligent Eletronic Devices) como multimedidores e proteções. O protocolo aberto deverá permitir a inclusão de novos equipamentos na arquitetura proposta.

3.6.10.4. As ferramentas para programação, diagnóstico e testes da UAC, deverão utilizar portas dedicadas, independentes.

3.6.10.5. A sincronização externa também deverá ser através de porta independente.

3.6.10.6. Todas as comunicações realizadas com os equipamentos externos ao painel da UAC deverão ser realizadas em fibra ótica.

3.6.10.6.1. Em resumo, a UAC deverá suportar o funcionamento simultâneo e independente das seguintes linhas de comunicação, com banco de dados independentes, além da sincronização com GPS, com proteção contra transientes, tratamento priorizado, obedecendo a seguinte ordem hierárquica decrescente por equipamento:

− 2 portas de comunicação independentes para comunicação com a SCL;

− portas de comunicação necessárias para comunicação com todos os dispositivos tipo IED, tais como multimedidores, proteções, etc. de forma a atender a arquitetura especificada;

− porta de comunicação independente para os equipamentos de teste/ECSM;

− porta para sincronismo externo;

− porta de uso geral.

3.6.10.6.2. A velocidade de transmissão deverá ser programável para cada porta, permitindo velocidades de operação mínima de 19200 bps.

3.6.10.6.3. Deverá ser prevista facilidade de hardware e de software para expansão do número de portas de comunicação.

3.6.10.6.4. A taxa máxima de erro admissível na comunicação deverá ser de 50 bit/milhão de bit.

3.6.10.6.5. A unidade de comunicação deverá gerenciar a transmissão de dados de forma a evitar qualquer perda de informação.

3.6.10.6.6. O funcionamento das linhas de comunicação deverá ser sinalizado por meio de LED.

3.6.10.7. Interligação das UAC com o SCL

3.6.10.7.1. A integração dos sistemas será de responsabilidade do FORNECEDOR.

3.6.10.7.2. A transmissão dos pontos digitais deverá ter prioridade sobre as demais transmissões.

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3.6.10.7.3. O processamento da UAC deverá permitir a filtragem dos valores analógicos.

3.6.10.7.4. Os pontos inválidos (analógicos e digitais), deverão ser sinalizados no protocolo, por processador.

3.6.10.8. Interligação da UAC com a ECSM

3.6.10.8.1. A UAC deverá se conectar com a ECSM de forma a ser possível o acesso a todas as informações, banco de dados, diagnósticos e controles disponíveis na UAC.

3.6.10.8.2. Opcionalmente poderá ser fornecido "Bootstrap Loader" para permitir o "down load" da CPU pela SCL.

3.6.11. Requisitos de Software

3.6.11.1. A UAC deverá possuir sistema operacional de tempo real e multi-tarefa capaz de executar todas as tarefas de aquisição de dados digitais e analógicos, comandos e comunicação, com as interfaces.

3.6.11.2. O software deverá possuir uma estrutura modular.

3.6.11.3. Deverá ser projetada de maneira que os programas sejam totalmente independentes das estruturas de dados e métodos de acesso. Modificações no banco de dados não deverão requerer alterações no código fonte dos programas.

3.6.11.4. O Banco de Dados gerado deve residir em memórias não voláteis regraváveis do tipo "EEPROM", "FLASH MEMO" ou "ROM DISC", de forma que seja permitida sua carga remota através de "Down Load" via ECSM.

3.6.11.5. Deverá ser fornecida plataforma completa de software para configuração da UAC que permita o desenvolvimento, alteração e depuração das aplicações, bem como o desenvolvimento de novas aplicações.

3.6.11.6. Deverão ser fornecidos todos os procedimentos e ferramentas necessárias para a geração de todos os software por FURNAS.

3.6.11.7. A integridade dos dados deverá ser conservada a todos os instantes, não sendo admissível sua perda.

3.6.12. Lógicas de Controle

3.6.12.1. As lógicas deverão ser desenvolvidas utilizando linguagem de alto nível e interface amigável como Ledder ou Diagramas de Blocos, compatíveis com a Norma IEC 1131-3, com a possibilidade de inclusão de comentários. Deverá ser possível efetuar lógicas Booleanas e demais funções matemáticas aplicáveis aos controles. Deverá ser fornecido um ambiente gráfico para a geração destas lógicas.

3.6.12.2. Os anteprojetos das lógicas que serão implementadas pelo FORNECEDOR serão discutidos durante a fase de Detalhadamente do Fornecimento.

3.6.12.3. Deverá fazer parte da documentação da lógica, sujeitos a aprovação de FURNAS:

− diagramas que permitam o perfeito entendimento da funcionalidade de cada lógica imple-mentada;

− relação de todos os pontos/variáveis analógicos, digitais e de controle utilizados.

3.6.12.3.1. Todas as variáveis de entrada, saída, auxiliares e lógicas de controle deverão ser claramente identificadas na documentação, facilitando qualquer alteração, bem como a inclusão de novas lógicas.

3.6.12.4. A UAC deverá ser capaz também de processar e executar sequências de comando.

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3.6.12.5. Também deverá ser possível realizar a programação/alteração local das lógicas de controle.

3.6.12.6. Segurança

3.6.12.6.1. A falha em qualquer módulo da UAC não deverá ocasionar o acionamento incorreto de uma saída. A lógica deverá ser desenvolvida baseada no conceito de "Falha Segura" ou seja qualquer falha deverá conduzir as saídas para um estado que não afete a operação do sistema controlado.

3.6.13. Equipamento para Configuração, Simulação e Manutenção da UAC (ECSM)

3.6.13.1. Este equipamento deverá ser fornecido com todo ambiente de hardware e software que permita à FURNAS editar, configurar, link-editar e gerar o código executável, software aplicativo e banco de dados da UAC, possibilitando conseqüentemente o teste e a instalação local ou por "down load" desses códigos executáveis. Todos os equipamentos utilizados na configuração e implantação de software na UAC, tais como gravador de EPROM, deverão ser fornecidos, com a finalidade de permitir à FURNAS executar, de forma independente do fabricante, toda a configuração, expansão e manutenção necessárias. Todo o desenvolvimento e alteração das lógicas de controle da UAC também deverão poder ser efetuadas através deste equipamento.

3.6.13.2. O ECSM deverá simular o protocolo IEC-870-5-101 ou IEC-870-5-104 possibilitando o teste do funcionamento da UAC com relação à interface com o SCL, através da gravação de arquivos com as mensagens trocadas com a UAC, além da exteriorização em tela e em impressora desses arquivos e de outros resultados de testes da UAC.

3.6.13.3. O ECSM também deverá comandar a execução de todas as rotinas de testes e diagnóstico para auxiliar na identificação de falhas da UAC.

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4. SEP - SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

4.1. Generalidades

4.1.1. Os Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), que englobam os Esquemas de Controle de Emergências (ECEs) e os Esquemas de Controle de Segurança (ECSs), são sistemas automáticos de controle implantados nas estações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica com o objetivo de:

− permitir maior utilização dos sistemas de geração, transmissão e distribuição;

− aumentar a confiabilidade da operação do sistema interligado;

− prover proteção adicional a componentes do sistema elétrico;

− melhorar a segurança do sistema, evitando tanto a propagação de desligamentos em cascata quanto de distúrbios de grande porte.

4.1.2. Os Sistemas Especiais de Proteção deverão estar de acordo com o Procedimento de Rede do ONS “Implementação de Sistemas Especiais de Proteção”

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5. MEDIÇÃO DE FATURAMENTO

5.1. Generalidades

5.1.1. O sistema de medição de faturamento é composto pelos medidores principal e de retaguarda, pelos transformadores para instrumentos (TI) – transformadores de potencial e de corrente, pelos canais de comunicação entre os agentes e a CCEE e pelos sistemas de coleta de dados de medição para faturamento.

5.1.2. O agente responsável pelo SMF é o agente conectante, com exceção de quando se tratar de consumidor livre. Nesse caso, a responsabilidade técnica caberá à concessionária à qual esse consumidor livre estiver conectado, e a responsabilidade financeira ao próprio consumidor live.

5.1.3. O SMF deverá ser instalado:

− Na conexão com a rede básica;

− Na conexão com as demais instalações de transmissão compartilhadas – DITC;

− Na conexão de consumidor livre;

− Nas unidades onde existe contabilização de serviços ancilares;

− Na conexão entre agentes que fazem ou não parte da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica;

− Na interligação internacional (importação e exportação de energia);

− Na interligação entre submercados;

− Nas unidades geradoras das usinas despachadas centralizadamente pelo ONS para medição de energia bruta;

− Nas unidades geradoras ou por grupo de unidades geradoras para a medição de geração líquida;

− Na conexão de autoprodutor;

− No autoprodutor para a medição de energia bruta.

5.1.4. O SMF fornece:

− Dados de demanda para a apuração dos Encargos de Uso do Sistema de Transmissão EUST, no âmbito do ONS, e dos encargos de uso das Demais Instalações de Transmissão – DIT, onde for o caso;

− Dados para a contabilização e liquidação da energia elétrica no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica;

− Dados de geração para a apuração dos ensargos dos serviços ancilares no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica;

− Dados das medições instaladas nas unidades geradoras utilizados para a verificação do cumprimento das instruções de despacho, da apuração dos serviços ancilares e das capacidades declaradas dessas unidades;

− Dados para o cálculo de fator de potência no ponto de conexão com a rede básica;

− Dados para cálculo dos fatores de perda de transformação;

− Dados de qualidade de energia elétrica (QEE) nos pontos de conexão com a rede básica.

5.1.5. Os Sistemas de Medição de Faturamento deverão estar de acordo com o Procedimento de Rede do ONS, Módulo 12, “Medição de Faturamento” e seus anexos.

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6. REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÕES - RDP

6.1. Generalidades

6.1.1. Esta seção da Especificação fornece os requisitos técnicos genéricos para os Registradores Digitais de Perturbação e seus Periféricos, a serem utilizados na Rede de Oscilografia de FURNAS.

6.1.2. Os Registradores Digitais de Perturbação serão referidos no texto dessa seção pela sigla "RDP", e a Rede de Oscilografia de FURNAS pela sigla "ROF".

6.1.3. A expressão "Registrador Digital de Perturbação" será usada para definir um equipamento destinado à monitoração constante de tensões, correntes e eventos do Sistema Elétrico de FURNAS e ao registro destes dados na ocorrência de perturbações.

6.1.4. Os RDP deverão registrar todas as perturbações no Sistema Elétrico, desde faltas de curta duração até fenômenos de longa duração tais como oscilações de potência, faltas incipientes e outros fenômenos de interesse do setor. Tais perturbações serão genericamente referidas neste texto como "faltas" .

6.1.5. Desse modo, os RDP deverão possibilitar a análise das causas destas perturbações, bem como o estudo de procedimentos posteriores de manutenção e prevenção de faltas.

6.1.6. Os RDP deverão se possuir certificação pela norma IEC 61850, respondendo a requisições de registro via GOOSE de outros dispositivos compatíveis e comunicando com sistemas de supervisão e parametrização remota através de rede certificada IEC 61850-3.

6.2. Descrição dos Registradores Digitais de Perturbações

6.2.1. A técnica de registro deverá envolver, basicamente, um sistema digital de retardo, responsável por fornecer em sua saída os sinais de entrada atrasados por um tempo equivalente ao período de pré-falta, que se deseje armazenar. A ocorrência de um distúrbio (perturbação) no Sistema Elétrico disparará o registro de sinais retardados, que incluem o período de pré-falta, de falta e de pós-falta.

6.2.2. Os RDP deverão ser providos de meios de detecção da ocorrência de falta em todos os canais monitorados (analógicos e digitais), além de entrada para disparo externo.

6.2.3. Os RDP deverão utilizar arquitetura de hardware e facilidades de software de última geração.

6.2.4. Cada RDP deverá monitorar o sistema de três formas independentes:

6.2.5. Para fenômenos de curta duração, o RDP deve registrar os valores instantâneos das grandezas de todos seus canais analógicos, em conjunto com canais digitais físicos e virtuais(de acordo com a configuração de cada RDP). No caso da detecção de um distúrbio pela violação do critério de disparo de alguma entrada, deverá gravar e armazenar os dados relativos a este distúrbio, automaticamente, sob a forma de dados convertidos para a forma digital (registros).

6.2.6. Para fenômenos de longa duração, o RDP deve registrar os valores instantâneos de módulo e fase das grandezas dos canais analógicos de CA, valores instantâneos de canais analógicos de CC, em conjunto com canais digitais físicos e virtuais(de acordo com a configuração de cada RDP), na taxa de amostragem especificada para este tipo de registro. No caso da detecção de um distúrbio, pela violação do critério de disparo de alguma entrada, deverá gravar e armazenar os dados relativos a este distúrbio, automaticamente, sob a forma de dados convertidos para a forma digital (registros).

6.2.7. O RDP deve prover registros de medição contínua que são compostos por valores médios de módulo e ângulo adquiridos em intervalos máximos de 1 minuto para todos os canais analógicos. Cada registro gravado de medição contínua deve conter as medidas de um período completo de 24 horas.

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6.2.8. Cada RDP deverá ser capaz de fornecer as informações gravadas, quer de forma automática quer por solicitação (via comunicação local ou remota), para um Micro-computador local, denominado Micro-Concentrador (ou simplesmente MC ao longo desta especificação), ou eventualmente para um Micro-computador portátil tipo "Notebook".

6.2.9. Deverá ser possível também partir o RDP (ou seja, dar início ao registro oscilográfico) através de um comando manual emitido do local ou remotamente.

6.2.10. Todos os softwares de análise e comunicação deverão ser compatíveis com o ambiente MS_WINDOWS XP ou superior.

6.2.11. Todo o hardware, software e testes pré-embarque deverão estar incluídos nos Preços Cotados, exceto quando explicitamente solicitado para que o custo seja indicado à parte.

6.2.12. Todos os cabos e/ou fibras-ótica entre módulos que compõem o RDP e deste para os MC, deverão ser supridos pelo FORNECEDOR e inclusos na Proposta.

6.2.13. A despeito dos periféricos adquiridos ao Proponente, o software e o hardware de um RDP básico e do MC deverão estar completos, de modo a suportar todos os periféricos necessários, descritos nesta seção.

6.2.14. O Fornecedor deverá garantir que qualquer modernização/correção de Software, introduzida em seus produtos e aplicáveis nos dispositivos adquiridos, serão repassados para FURNAS, sem qualquer custo, durante os primeiros 3 anos a partir do início da vigência da garantia estabelecida no contrato de Fornecimento.

6.2.15. O Fornecedor deverá manter FURNAS informada dos detalhes relativos às modernizações, ao nível de hardware e software, que seu equipamento vier a sofrer, tão logo tais modernizações estejam disponíveis.

6.2.16. Caso seja necessária alguma atualização do Hardware, para acomodar as melhorias em questão, o FORNECEDOR deverá disponibilizar tais itens para FURNAS, a preços de mercado.

6.2.17. Caso se trate de atualização para correção de falha oculta (“recall”) o FORNECEDOR deverá disponibilizar tais itens para FURNAS, sem ônus, a qualquer tempo.

6.2.18. O Proponente será responsável pelo fornecimento dos RDP, incluindo hardware, softwares de operação e exteriorização, softwares de análise, periféricos, treinamento para operação e manutenção, manuais e toda documentação específica.

6.2.19. O Proponente será responsável ainda pela perfeita compatibilidade dos equipamentos fornecidos, de forma que a Rede de Oscilografia de FURNAS possa operar segundo a arquitetura descrita nos itens correspondentes nesta seção.

6.2.20. Os RDP deverão ser projetados e construídos de tal modo que sua operação seja confiável em ambientes de Usinas, Salas de Controle e Salas de Relés de subestações, com nível de tensão até 765 kV.

6.2.21. Os RDP deverão ser eletromagneticamente compatíveis com estes ambientes de operação. Em outras palavras, não deverão ser perturbados pelo ambiente onde estarão instalados, nem afetar este, a ponto de interferir em outros dispositivos eletrônicos lá instalados.

6.2.22. Em especial, os RDP deverão ser adequados a suportar sobretensões e interferências advindas das cablagens ou induzidas pela operação de outros dispositivos, tais como relés auxiliares. Também devem ser protegidos contra o “campo eletromagnético irradiado” proveniente de rádios de comunicação interna (Walkie Talkie) e do chaveamento de seccionadoras de EAT próximas. Para isto deverão atender as Normas solicitadas no item de Ensaios.

6.2.23. Os RDPs deverão ser capazes de operar ininterruptamente e de forma confiável, não necessitando de qualquer intervenção humana.

6.3. Descrição da Rede de Oscilografia

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6.3.1. A Rede de Oscilografia de FURNAS (ROF) é formada a partir dos Registradores Digitais de Perturbação (RDP) localizados nas diversas instalações, que compõem o Sistema Elétrico de FURNAS.

6.3.2. Em cada estação serão instalados tantos RDP quantos forem necessários, para prover o Sistema Elétrico de FURNAS de um grau de monitoração compatível com a importância do mesmo, sendo todos estes então localmente conectados a um micro concentrador (MC).

6.3.3. Nas instalações de pequeno porte, com um ou dois RDP apenas, FURNAS poderá optar por usar Modems telefônicos conectados à rede de microondas ou comunicação via rede ethernet, que atende a todas as instalações de FURNAS.

6.3.4. Devido ao porte do Sistema Elétrico de FURNAS e consequentemente ao grande número de RDP que deverão ser instalados, a ROF fará uso da rede de FURNAS, que proverá transporte dos registros de todos os MC para um Microcomputador Servidor de Dados no Escritório Central em Botafogo, que disponibilizará os registros na intranet da empresa.

6.3.5. Desta forma qualquer Microcomputador ligado à rede e que tenha o software de análise e a autorização correspondente para acessar o registro em questão, poderá fazer a manipulação e a análise dos dados registrados nos RDP e armazenados no Servidor da rede.

6.3.6. Os RDPs e os MCs deverão ser fornecidos com características de hardware e software que permitam o desempenho pleno de suas funções, tais como:

6.3.6.1. Os MCs coletam e armazenam os registros de faltas dos RDP, que deverão estar disponibilizados no formato padronizado pela norma IEEE Std. C37.111 - 1999 - "IEEE Standard Common Format for Transient Data Exchange" os quais geralmente são referidos como "COMTRADE", sem intervenção humana;

6.3.6.2. Através dos MC deverá ser possível efetuar análise completa destes registros, no formato COMTRADE ou no formato original e ainda:

6.3.6.2.1. Efetuar toda configuração e parametrização do RDP;

6.3.6.2.2. Rodar programas de diagnósticos do RDP

6.3.6.2.3. Coletar informações sobre o estado do RDP.

6.3.6.2.4. Excluir um ou mais registros do RDP.

6.3.7. O gerenciamento global dos dados de todo o Sistema Elétrico de FURNAS deverá ser realizado pelo Servidor que estará localizado no Escritório Central de FURNAS e receberá, via rede interna de FURNAS, os registros de dados de todos os MC.

6.3.8. No Servidor em Botafogo opera um sistema, desenvolvido por FURNAS, que faz o gerenciamento global dos registros, compreendendo sua catalogação, disponibilização e armazenamento.

6.4. Canais Analógicos de CA e Condicionamento de Sinais

6.4.1. A arquitetura do RDP deverá manter separada, em módulos adequadamente blindados, os sinais elétricos vindos do campo dos sinais eletrônicos de baixo nível utilizados no processamento.

6.4.1.1. Entradas de corrente e/ou tensão deverão receber um condicionamento de sinais, a fim de isolá-las da eletrônica do RDP, e evitar o efeito da “aliasing” na aquisição dos sinais.

6.4.1.2. Da mesma forma, sinais de saída para alarme oriundo do RDP deverão passar por um condicionamento adequado.

6.4.2. O Condicionamento de Sinais de Entrada e de Saída, citado no item anterior, deverá prover uma proteção confiável aos circuitos eletrônicos do equipamento durante qualquer ocorrência nos circuitos que alimentam os diversos canais, bem como ao sistema de FURNAS, caso haja alguma falta no RDP.

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6.4.3. Preferencialmente, para facilidade de manutenção, cada uma das entradas analógicas deverá ser capaz de aceitar sinais primários de corrente ou tensão, por uma simples modificação de "strappings" nas placas. A utilização das "chaves de teste" para as grandezas primárias no painel (que deverá ser específica para tensão ou corrente) deverá ser o único fator a limitar esta flexibilidade.

6.4.3.1. Alternativamente, para facilidade construtiva, os módulos de condicionamento poderão ser separados das placas de entrada analógica desde que atendam aos requisitos de supervisão mínimos do projeto, com facilidade de rearranjo dos canais, através do fornecimento de módulos extras.

6.4.3.2. A configuração padrão do RDP deve possuir 48 canais analógicos e 192 canais digitais físicos. Além disso deve ser possível configurar pelo menos 256 pontos digitais virtuais adicionais via IEC 61850 (GOOSE). Deverão ser possíveis configurações mais simples de acordo com a aplicação pretendida, no entanto, caso sejam necessários mais canais, deverá ser utilizado mais um RDP.

6.4.3.3. O registro de curta duração dos canais analógicos deve retratar fielmente o sinal de entrada, sejam eles periódicos ou não. Para garantir o melhor desempenho do RDP no registro de sinais reais, exige-se que:

• O RDP registre sinais oriundos de fenômenos elétricos transitórios, que serão gerados por caixas de teste digitais a partir de um conjunto de registros feitos por Furnas (em formato COMTRADE) feitos para avaliar o desempenho dos RDP nos testes de tipo/desempenho e de comissionamento. Para estes registros, o RDP deve apresentar um erro máximo de 5 % quando feita a comparação entre o valor RMS do sinal de entrada real e o valor RMS do sinal registrado, dentro de qualquer ciclo (de 60 Hz) do sinal. Além disso deve apresentar um erro máximo pontual de 10%, obtido na comparação entre o valor RMS do ciclo que termina no ponto em análise e o valor pontual do sinal registrado.

• Os canais analógicos deverão ser providos de filtragem "anti-alising" tal que produza uma atenuação de pelo menos 90% à metade da freqüência de amostragem e de 99% a partir da freqüência de amostragem. Tal filtragem deve ser feita de forma a introduzir um atraso de grupo constante nas componentes do sinal de freqüência até metade da freqüência de amostragem.

• Os canais analógicos de corrente alternada (tensão e corrente) devem possuir, no mínimo:

a) uma resposta de freqüência 3Hz a 1000Hz com erro máximo de 5% em seu módulo, mantendo uma precisão de 1% para sinais 60 Hz,, considerando as condições nominais do canal (corrente = 1 A ou 5 A e tensão = 66,4 V ou 115 V), sem introduzir ruídos que gerem distorção total acima de 0,1 %

b) um atraso na aquisição (condicionamento e conversão A/D) igual para sinais senoidais de freqüências diferentes, consideradas dentro da faixa de frequências entre 3 a 1000 Hz, com uma tolerância máxima de 200 µs entre eles).

c) uma faixa de operação que entre 0,05 a 20 pu para os canais de corrente (1 pu = 1 A ou 5 A) e 0,01 e 2 pu para os de tensão (1 pu = 66,4 V ou 115 V), com erro máximo de 1% em 1 pu e 3% nos limites destas faixas. No limite da faixa, é admitida distorção total máxima de 5%.

• Os canais analógicos de corrente contínua devem possuir, no mínimo:

a) uma resposta de freqüência na faixa de 0 Hz a 660 Hz dentro com erro máximo de 0,05 % do fundo de escala para todas as frequências dentro desta faixa

b) Uma faixa de operação que entre 0,1% e 100% do fundo de escala

c) Um tempo de resposta ao degrau que não exceda 20 ms

6.4.3.4. O registro de longa duração deve retratar o módulo, fase e a freqüência de cada grandeza de corrente alternada, que devem ser obtidas através de manipulação matemática, idêntica à empregada para obter as medidas de medidores de grandezas fasoriais, conforme estabelecido na norma IEEE PC37.118 - “IEEE Standard for Synchrophasors for Power Systems”. As grandezas de corrente quase contínua deverão ter apenas o seu valor pontual (instantâneo) registrado.

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6.4.3.4.1. O módulo das grandezas de corrente alternada devem manter a exatidão de 1% para sinais senoidais entre 59,5 e 60,5 Hz e de 5 % para sinais senoidais entre 55 e 65 Hz, consideras as condições nominais do canal (corrente = 1 A ou 5 A e tensão = 66,4 V ou 115 V)

6.4.3.4.2. A fase da grandeza de corrente alternada devem manter a precisão de 1 grau elétrico para sinais dentro de um mesmo registro (erro inferior a 50 µs entre canais)

6.4.3.4.3. Os sinais quase contínuos devem manter a exatidão de 0,05% do fundo de escala e faixa de operação que entre 0,1% e 100% também do fundo de escala

6.4.3.5. Todas as entradas devem ser diferenciais, com rejeição em modo comum maior que 80 dB (1/10000), na frequência de 60 Hz, e além disso todas as entradas deverão ser totalmente isoladas da terra e entre si. As entradas de tensão devem suportar pelo menos 2 vezes a tensão nominal em 60 Hz, continuamente entre a entrada e a terra, de modo a que se possam fazer leituras diferenciais.

6.4.3.6. Todas as entradas deverão ter isolamento nominal de 660 Volts, série B (ensaio dielétrico de 2,5 kV-1 min), segundo a norma IEC 255-5.

6.4.4. O RDP deve possuir características (Módulo de Condicionamento de Sinais Analógicos, isolamento de fonte, etc) que sejam capazes de eliminar os efeitos causados por ruídos de alta-frequência (acima da banda de interesse (3 a 1000 Hz)) provocados por chaveamentos, surtos de tensão, etc. advindos de cabos de alimentação ou cabos dos sinais de entrada.

6.4.5. A seleção e o ajuste dos sinais dos TP e TC deverão ser efetuados a partir do lado de baixo nível eletrônico do Módulo de Condicionamento Analógico, por razões de Segurança.

6.4.6. OBS: Todos os erros indicados referem-se à comparação entre o sinal na entrada e o sinal registrado, traduzido para o formato COMTRADE. Todos os processos entre a entrada e as leituras pelo software devem ser incluídas na consideração dos índices de precisão requeridas.

6.4.7. É desejável que seja possível obter com facilidade a leitura do valor de sinal injetado continuamente em cada canal, sendo ele visível na parte frontal do equipamento ou, opcionalmente, observadas pelo software do Proponente, disponível no MC.

6.4.8. Entradas de corrente (CA):

6.4.8.1. As entradas analógicas deverão ser capazes de aceitar correntes nominais de 1 A ou 5 A , conforme seleção individual do usuário, com uma faixa dinâmica de trabalho é de 0,05 a 20 pu (pu significa por unidade nominal) .

6.4.8.2. Deverão ser capazes de suportar pelo menos 2 pu de corrente continuamente e 20 pu durante 1 segundo .

6.4.8.3. O carregamento máximo por canal deverá ser igual ou inferior a 1 VA com corrente nominal de 5 A e 0,05 VA com corrente nominal de 1 A.

6.4.8.3.1. O erro de linearidade deverá ser limitado a 5% nas frequências extremas de 3 Hz e 1000 Hz para quando o sinal estiver excursionando na faixa de 1 a 20 pu, situando-se sempre abaixo deste valor nas demais frequências do intervalo de 3 Hz a 1000 Hz para qualquer valor da faixa de 1 a 20 pu e caindo de forma convergente para o valor limite do item anterior.

6.4.9. Entradas de tensão (CA):

6.4.9.1. A tensão nominal deverá ser selecionável entre 115 V e 66,4V (1 pu).

6.4.9.2. A faixa dinâmica de trabalho é de 0,02 a 2 pu.

6.4.9.3. Todos os canais deverão ser capazes de suportar e registrar continuamente uma sobretensão de 2 pu na freqüência de 60 Hz, sem erros ou distorções.

6.4.9.4. Deverá suportar uma sobretensão máxima de 380 V durante 1 segundo.

6.4.9.5. Carregamento máximo por canal deverá ser de 1 VA nas condições nominais.

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6.4.9.6. O erro de linearidade em Amplitude, na freqüência nominal de 60 Hz, não poderá ser superior a 1% do valor nominal quando o sinal estiver excursionando na faixa de 0,1 a 2 pu e de 5% para tensões entre 0,02 e 0,1 pu com distorção total máxima de 5%.

6.4.9.6.1. O erro de linearidade deverá ser limitado a 10% nas frequências extremas de 3 Hz e 1000 Hz para quando o sinal estiver excursionando na faixa de 0,02 a 2 pu, situando-se sempre abaixo deste valor nas demais frequências.

6.5. Entradas Digitais

6.5.1. O RDP deverá ser capaz de registrar dados digitais (eventos) sob a forma de contatos ON-OFF ou de sinais de Tensão aplicados diretamente. Desta forma, as entradas deverão ser configuradas individualmente como para contato seco ou como para tensão através de straps no Módulo de Condicionamento de Sinais .

6.5.2. Adicionalmente deverá ser possível registrar eventos digitais provenientes de outros IEDs via protocolo IEC 61850. O RDP deverá ser capaz de registrar eventos por estados (mensagens MMS) ou transições instantâneas via mensagens GOOSE. Deverá também ser capaz de sofrer disparo por meio de uma mensagem GOOSE ou MMS via protocolo IEC 61850.

6.5.3. O RDP deverá ser capaz de monitorar uma quantidade de entradas digitais equivalente a, no mínimo, quatro vezes o número de canais analógicos.

6.5.4. O condicionamento dos sinais nas entradas digitais deverá ser feito através de foto acopladores, com isolamento nominal de 660 Volts, série B (ensaio dielétrico de 2,5 kV-1 min), segundo a norma IEC 255-5.

6.5.5. Caso algum contato seco seja trazido a uma entrada digital, a tensão de acionamento deverá ser provida através de uma fonte interna do próprio RDP, que deverá ser isolada e protegida da fonte geral do equipamento.

6.5.6. Caso sejam monitorados pontos de tensão, deverá ser provida uma seleção do nível de entrada para 24, 48, 125 ou 250 VCC, de acordo com os requisitos da instalação.

6.5.7. O estado normal das entradas digitais (normalmente aberta [sem tensão] ou normalmente fechada [com tensão]) deverá ser possível de ser especificada através de software de configuração, de modo individual.

6.5.8. É desejável que a anunciação do estado atual de cada entrada digital seja visível na parte frontal do equipamento. Opcionalmente, estas poderão ser supervisionadas apenas pelo software do Proponente, operando no MC.

6.5.9. As entradas digitais deverão ter resolução de tempo de 1 mS, com uma filtragem do repique dos contatos (bouncing) que estabilize o sinal para efeito e de disparo.

6.6. Calibração

6.6.1. Os canais do RDP deverão ser facilmente configuráveis e recalibráveis. Para isto, seu projeto deve levar em consideração que cada RDP está sujeito a relocação no futuro. O Proponente deverá explanar em sua proposta que procedimentos estão envolvidos.

6.6.2. Os certificados de Calibração em Fábrica deverão ser enviados a FURNAS junto com os Relatórios Finais de Ensaio, devidamente testemunhados pelo INSPETOR ou ENGENHEIRO.

6.6.3. Uma verificação da calibração do equipamento poderá ser efetuada na época do comissionamento em fábrica e na instalação, utilizando-se caixas de teste digitais, com capacidade de injeção de sinais COMTRADE, aprovadas por FURNAS.

6.6.4. A configuração e a definição de faixas de operação deverá ser possível de ser efetuada apenas através de software e/ou "strappings", não sendo mais necessário alterar-se a calibração original de fábrica.

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6.6.5. Deverá ser evitada, na medida do possível, a necessidade de efetuar novas calibrações no campo.

6.6.6. A despeito disto, o Fornecedor deverá fornecer, juntamente com o RDP, o software, documentação e instruções para perfeita calibração do equipamento.

6.7. Aquisição de Dados e Conversão A/D

6.7.1. Todos os sinais de entrada recebidos dos dispositivos de isolamento deverão ser aquisitados, convertidos à forma digital e armazenados em uma memória e examinados para a verificação se houve ou não violação dos critérios de disparo.

6.7.2. A função de coleta de dados deverá ser contínua, ou seja, mesmo durante a transferência de dados e/ou durante faltas sucessivas, não deverá ser interrompida.

6.7.3. A representação dos dados coletados deverá ser de pelo menos 16 bits significativos sendo admitidos que apenas os 2 bits menos significativos possam estar associados a ruído interno da eletrônica.

6.7.4. Todos os dados digitalizados deverão ser imediatamente armazenados no buffer de memória do RDP, estando disponíveis para o processamento e armazenamento na memória principal do RDP.

6.8. Taxas de Amostragem

6.8.1. Para registros de curta duração, a taxa de amostragem dos canais de entrada deverá ser selecionável, através de software, para prover o registro de, no mínimo 96 pontos em um mesmo ciclo de 60 Hz ou taxas superiores tais como 128 ou 256.

6.8.2. Para registros de longa duração, a taxa de amostragem dos canais de entrada deverá ser de no mínimo 60 amostras por segundo.

6.8.3. Para registros de medição contínua, a taxa de amostragem dos canais de entrada deverá ser de no mínimo 1 amostra por minuto.

6.8.4. Todas as entradas digitais de eventos e os canais analógicos deverão ser amostrados na mesma taxa.

6.8.5. A freqüência de amostragem deverá ser precisa e não influenciável por qualquer condição anormal na alimentação dos RDP, temperatura local, ou nas grandezas por ele monitoradas. Esta precisão deverá ser igual ou melhor que 5 ppm.

6.9. Registros Coletados

6.9.1. A coleta de dados para a gravação das faltas não poderá ser interrompida em momento algum, mesmo que estejam ocorrendo disparos sucessivos ou transferência de dados.

6.9.2. Deverão ser previstos mecanismos para assegurar a integridade dos dados coletados e transferidos para o MC.

6.9.3. A estrutura de dados dos registros coletados e transferidos para o MC deverá ser de acordo com a Norma IEEE C37.111-1999 - "COMMON FORMAT FOR TRANSIENT DATA EXCHANGE" os quais geralmente são referidos como "COMTRADE". Os registros deverão estar sob o formato COMTRADE binário, composto pelos arquivos HDR, CFG e DAT.

6.9.4. Exige-se que no arquivo HDR de cada registro feito pelo RDP existam no mínimo as seguintes informações:

6.9.5. Razão e canal do disparo associado ao registro, com o instante (tempo absoluto) em que ocorreu

6.9.6. Indicação se, no momento do disparo do registro, o RDP estava corretamente sincronizado pelo GPS

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6.10. Requisitos Gerais da Função Disparo

6.10.1. O ajuste das referências para a detecção de violação de limites das entradas analógicas ou para a detecção de alteração de entradas digitais, que irão ocasionar a ação de disparo, deverá ser efetuado por software, através de um processo capaz de analisar os dados coletados.

6.10.2. O disparo do RDP deve ser feito por:

6.10.3. Violação de níveis de grandezas analógicas (tensão, corrente, freqüência, etc.)

6.10.4. Taxa de variação de grandezas analógicas

6.10.5. Mudança de estado digital

6.10.6. Via GOOSE ou MMS IEC 61850, devendo ser possível enviar disparos via GOOSE para implementação de intertrigger com outros RDP via IEC 61850.

6.10.7. Manual

6.10.8. Disparo sincronizado (Intertrigger)

6.10.9. Obs: A taxa de variação deve possuir opção para disparo por transitórios da grandeza (janela de 1 ciclo) e para fenômenos de longa duração, com janela da ordem de 10 a 60 ciclos

6.10.10. Adicionalmente, é necessário que o RDP possa disparar por violações ocorridas em grandezas calculadas por ele, derivadas dos sinais monitorados, tais como: seqüência zero, freqüência, seqüência negativa, etc.

6.10.10.1. Se o RDP proposto apresentar um outro método de disparo, este deverá ser descrito na Proposta e ficará sujeito à aceitação de FURNAS.

6.10.10.2. Deverá ser possível a designação de disparo tanto para algumas como para todas as entradas digitais ou analógicas.

6.10.11. O disparo poderá ser habilitado ou desabilitado individualmente por canal, tanto do local como a partir do MC, por meio de telas amigáveis. Também os níveis de disparo deverão ser facilmente alteráveis por software, através de menus amigáveis.

6.10.12. O modo de parametrização do RDP deve ter a funcionalidade possibilitar o armazenamento de diversas configurações diferentes em um computador externo, de modo que se possa carregar os parâmetros de modo imediato e seguro, via comunicação local ou remota.

6.10.13. Deverão ser previstos meios para a implementação das seguintes funções de disparo manual:

6.10.13.1. Inicialização manual do registro de dados para efeito de teste através de comando no painel do RDP;

6.10.13.2. Inicialização do registro de dados via comando automático (independente de ação de operador) MC para um ou mais RDP selecionados;

6.10.13.3. O registro deverá ser iniciado a partir da violação de condição de disparo em qualquer canal, e deverá permanecer assim enquanto perdurar a violação em questão, aplicando-se nele um tempo de pré falta, um de pós-falta (contado a partir do término do disparo) e um tempo Limitador de registro (contado desde o início do disparo). Ambos os tempos deverão ser ajustáveis em software e preferencialmente que permita ajuste dinâmico

6.11. Disparo Analógico

6.11.1. Todos os canais analógicos deverão possuir os tipos de disparo abaixo relacionados, que devem ser feitos a partir do valor RMS do sinal, que deve ser comparado com as seguintes referências:

6.11.2. Limite inferior

6.11.3. Limite superior

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6.11.4. Taxa de crescimento/decrescimento

6.11.5. Os RDP devem poder disparar a partir de grandezas compostas matematicamente a partir de canais analógicos, tais como corrente residual e tensão residual e freqüência

6.11.6. Deverá ser prevista banda morta para evitar disparos sucessivos do RDP quando uma grandeza se encontrar oscilando próxima ao limiar do disparo.

6.11.7. Estes disparos deverão permitir ajustes contínuos dentro de uma faixa que exceda de 30 a 300% dos seus valores nominais.

6.11.8. Deverá ser possível de definir, para a saída final da função de disparo (via violação de limites), que sua atuação se dê apenas no transitório 0-1 ou continuamente enquanto perdurar a violação em questão, aplicando-se em ambos os casos um tempo de pós-falta (contado a partir do término do disparo) e um tempo Limitador de registro (contado desde o início do disparo). Ambos os tempos deverão ser ajustáveis em software e preferencialmente que permita ajuste dinâmico.

6.11.9. Uma vez atribuídos os níveis de disparo, estes poderão ser ativados ou desativados canal por canal sem a necessidade de dar entrada novamente em todos os parâmetros.

6.12. Disparo Digital

6.12.1. Deverão estar previstos dois tipos de disparo para as entradas digitais.

• Disparo causado durante uma mudança de estado de uma entrada de evento da condição normal para a condição falta .

• Disparo causado por qualquer mudança de estado, isto é, mudança de estado normal para falta ou de falta para normal.

6.12.2. Deverá se possível a atribuição destes dois tipos de disparo a qualquer entrada digital.

6.13. Disparo por Protocolo IEC 61850

6.13.1. Deverá ser possível disparar o registro do RDP pelo recebimento de uma mensagem GOOSE

6.13.2. Deverá ser possível disparar o registro pela variação de estado de uma entrada digital virtual IEC 61850 da mesma forma como previsto para uma entrada digital física.

6.14. Capacidade de Partida Sincronizada

6.14.1. Deverá ser prevista em cada RDP uma conexão que permita a partida simultânea de outros RDP adjacentes e também seja capaz de iniciar o registro a partir do comando recebido de um outro RDP. Deverá ser possível realizar esta função também via protocolo IEC 61850.

6.14.2. Cada RDP deverá poder ser configurado para uma das seguintes 3 possibilidades:

− Apenas Originador de Disparos;

− Apenas Receptor de Disparos;

− Simultaneamente Originador e Receptor de Disparos;

6.14.3. O Fornecedor deverá garantir o "sincronismo" de dados (não necessariamente de partida) com uma diferença máxima de 200 µs com outros RDP instalados na mesma Subestação. Este sincronismo de dados poderá ser obtido por meio de sincronização de partida (que seja por exemplo monitorado por um canal digital interno em cada RDP) ou, opcionalmente, por algum método proposto, a ser analisado por FURNAS.

6.15. Memórias

6.15.1. Os RDP deverão ser capazes de armazenar os parâmetros de configuração do RDP no caso de perda de energia momentânea no RDP.

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6.15.1.1. Todos os parâmetros do RDP ajustáveis por software, tais como taxa de amostragem, níveis e canais selecionados para produzir o disparo, parâmetros de utilização de memória, etc, também deverão ser transferidos para esta memória não-volátil.

6.15.2. Registros sucessivos deverão ser armazenados sem a perda de dados. Entretanto caso toda memória tenha sido utilizada deverá ser possível ao usuário definir a ação a ser tomada, conforme indicado a seguir:

− Escrita por cima dos dados antigos, ou

− Suspensão do armazenamento de dados.

Caso seja possível a armazenagem de mais de 2000 registros na memória é aceitável usar so-mente memória circular.

6.15.3. O RDP deverá ter a capacidade de armazenar qualquer falta sem perda de continuidade com as seguintes características:

6.15.4. Registros de curta duração de até 30 segundos, na taxa de amostragem de 5760 Hz (96 am/ciclo)

6.15.5. Registros de longa duração de até 10 minutos na taxa de 60 amostras por segundo

6.15.6. Registros de medição contínua de duração de 24 horas na taxa de amostragem mínima de 1 amostra por minuto.

6.15.7. Os arquivos transferidos para o MC somente deverão ser efetivamente apagados da memória do RDP quando da necessidade de preenchimento de novos dados, aplicando-se então o critério de gravar sobre os registros mais antigos.

6.16. Disco rígido

6.16.1. O RDP, de preferência, não deverá ser provido de Disco Rígido para o armazenamento de grandes quantidades de registros.

6.16.2. Se o RDP proposto apresentar um outro método de armazenamento de grandes quantidades de registros em um meio não-volátil, este deverá ser descrito na Proposta e ficará sujeito à aceitação de FURNAS.

6.17. Parâmetro de Tamanho de Registro de Falta, Pré-falta e Pós-falta

6.17.1. O período de registro é constituído por três partes: pré-falta, falta (por definição é o período em que o disparo continua atuante) e pós-falta.

6.17.1.1. Os dados de pré-falta deverão incluir os dados armazenados no buffer de memória temporária que imediatamente precedem a detecção do disparo, e sua duração deve ser parametrizável e adequada ao tipo de registro, seja ele de curta ou longa duração.

6.17.1.2. Quando houver a detecção do disparo, os dados pré-falta deverão ser salvos e os dados da falta continuarão a ser gravados até que todos os disparos tenham retornado ao estado normal e/ou (ajustável por software) até que o tamanho máximo estipulado para uma falta tenha sido alcançado ou o tempo pós-falta terminado.

6.17.1.3. Caso um período de tempo para pós-falta tenha sido estipulado, a gravação da mesma deverá continuar por mais este período, desde que não ultrapasse os tempos totais definidos como limite máximo para cada registro. Se houver uma violação de disparo no período de pós-falta por outro canal deverá ser iniciado um novo registro constituído das parte escritas no item Erro! Fonte de referência não encontrada..

6.17.1.4. O equipamento proposto deverá incluir meios para ajuste dos seguintes parâmetros de dimensionamento da memória:

a) pré-falta;

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b) pós-falta;

c) tamanho máximo do registro de falta.

6.17.1.5. O tamanho do registro deverá ser determinado pelo tempo real da falta, quando o mesmo for menor que o parâmetro de tamanho máximo estipulado para o registro da falta.

6.18. Referência de Tempo

6.18.1. O instante de tempo da ocorrência do distúrbio deverá ser incluído em cada registro

6.18.2. O RDP deve poder ser sincronizado a partir de uma fonte de sinal de sincronismo (receptor de sinal GPS), sendo compatível com um dos protocolos de saída definidos na ET de Receptor de GPS. Deverá ainda ser provido de um gerador de sinal de tempo interno, que deverá ser um relógio do tipo RTC a cristal com bateria de "back-up".

6.18.2.1. O relógio interno do RDP deverá ser ajustado pelo GPS, No caso da perda do sinal de sincronismo a precisão deste relógio interno deverá ser melhor que 5 partes por milhão.

6.18.2.2. Deverá ser possível acertar o relógio interno a partir do MC.

6.18.3. De acordo com o fornecimento, a fonte de sincronismo padrão(receptor/relógio GPS), a antena, etc. poderão estar incluídos em seu escopo.

6.18.4. O erro no horário, devido a todos os processos envolvidos (esquema de decodificação do tempo, tempo de transmissão, etc.) não deve ser superior a 5 milisegundos comparativamente ao tempo do relógio/receptor GPS, que corresponde ao GMT (GREENWICH MEAN TIME), e computar o offset de longitude. É desejável que tal erro não seja variável.

6.18.5. O Proponente deverá informar e garantir a precisão do seu esquema de temporização, incluindo a sincronização e interpretação.

6.19. Sinalização

6.19.1. Deverá ser provida uma sinalização simplificada, para a indicação no próprio RDP, através de LEDs, de ocorrências básicas.

6.19.2. Caso este painel de sinalização não inclua a visualização dos dados de data (dia, mês) e hora (hora, minuto e segundo) correntes, através de displays, então opcionalmente esta informação deverá estar facilmente disponível na tela do MC.

6.19.3. Caso um dos LEDs sinalizadores acenda, indicando a ocorrência de alguma falta no RDP, deverá ser provido conjuntamente um contato para conexão com o anunciador externo. Os contatos deverão se duplos (NA+NF) ou reconfiguráveis como normalmente aberto ou fechado.

6.19.4. Uma descrição detalhada do painel de sinalização deverá ser apresentada na Proposta. No mínimo, as seguintes sinalizações deverão ser previstas:

6.19.4.1. Disparo do RDP.

6.19.4.2. X % da capacidade de memória ocupada, sendo X definido em software.

6.19.4.3. Falha Geral no RDP (p.ex: processamento, alimentação, auto teste, perda de setup, etc).

6.19.5. Todos os processadores do RDP deverão possuir o recurso de auto-supervisão conhecido como "watch-dog", de modo a detectar a ocorrência de uma falta no processamento e tentar proceder a reinicialização do processador em questão e, não conseguindo, entrar com o alarme correspondente. Caso o PROPONENTE tenha algum meio equivalente ou superior de proceder com esta supervisão deverá explicitá-la em sua Proposta, ficando a critério de FURNAS o seu aceite.

6.19.6. Os RDP deverão conter rotinas de auto-teste para a monitoração de todos os seus dispositivos observáveis tais como memórias, entradas, periféricos, etc; com indicação dos pontos defeituosos via comunicação serial com o MC. Estas rotinas deverão ser:

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6.19.6.1. Ativadas na inicialização do sistema,

6.19.6.2. Realizáveis diariamente em horário a ser programado do local ou remotamente.

6.19.6.3. De duração mínima possível e que não poderá ultrapassar a 1 minuto ou opcionalmente tal que, na ocorrência de um disparo, o auto-teste seja abortado e a operação do RDP reassumida normalmente.

6.20. Comunicação

6.20.1. As portas de comunicação do RDP devem ser de acordo com os padrões mais usuais e seguros, sendo que pelo menos uma delas deverá ser via rede ethernet e outra adaptada a comunicação direta, que não necessite de parametrização (ex. padrão RS-232C com DB-9, USB, etc.) para conexão de um MicroComputador portátil e/ou (opcionalmente em uma emergência) da comunicação com o MC. Para a comunicação direta a porta no RDP deve ter alimentação independente de qualquer fonte externa.

6.20.2. Através da porta Ethernet, o RDP deve ser capaz de se comunicar utilizando protocolo IEC 61850 com outros IED (Intelligent Eletronic Device), sistemas de supervisão e parametrização remotos. Esta porta deverá preferencialmente ser dotada de redundância segundo os métodos previstos pela IEC 61850. Adicionalmente a comunicação vai Ethernet deverá ser capaz de externar facilmente as oscilografias armazenadas no RDP para o microconcentrador, disponibilizando-as no mesmo em formato COMTRADE.

6.20.3. A porta de comunicação do RDP para a ligação com o Computador Portátil deve ficar na sua parte frontal.

6.20.4. Deverá fazer parte do fornecimento todo o software e hardware necessários para possibilitar a comunicação entre os RDP e os MC.

6.20.5. A função de comunicação de dados não deverá ser descontinuada durante a gravação de uma falta subseqüente.

6.20.6. Os RDP, os softwares de comunicação, os Modems e os MC propostos deverão ser completamente compatíveis.

6.20.7. O RDP deverá possuir saída de dados a uma taxa de pelo menos 64 kbps, de modo a transferir, o mais rápido possível, os registros adquiridos.

6.20.8. O Tempo de Transferência via comunicação do RDP para o MC de um Registro completo ou de vários, que correspondam na totalidade a um tempo primário de gravação de 10 segundos, considerando uma forma de onda complexa (i.e. não apenas senoide 60 Hz pura), à uma taxa de amostragem de 5760 Hz, não poderá ser superior à 5 minutos.

6.20.9. Adicionalmente à função automática de transferência de arquivos para o MC, o RDP deverá ser capaz de transmitir, por requisição automática, o estado do RDP.

6.21. Microcomputador Concentrador

6.21.1. Para cada subestação ou usina onde forem instalados os RDP, o Proponente deverá oferecer como equipamento opcional um computador a ser instalado em painel, denominado MicroConcentrador (ou MC), para o gerenciamento local dos arquivos, visualização e/ou análise local dos registros dos RDP e realização de outras tarefas associadas com os procedimentos normais operativos e de manutenção dos RDP .

6.21.2. O MicroConcentrador deve possuir no mínimo poder de processamento compatível com um INTEL PENTIUM DUAL CORE E8400 de 2.6GHZ, 2Gb de RAM, HD de 120Gb, duas interfaces de rede ETHERNET 10/100 ou superior e portas serias (COM e USB). Serão realizados testes de desempenho com a intalação dos softwares corporativos tais como antivirus entre outros utilizados por FURNAS e os programas de coleta automática de registros do RDP. Caso haja impacto significativo na performance dos processos, de forma a tornar o desempenho geral insatisfatório, será solicitado um maior poder de processamento do MicroConcentrador.

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6.21.3. O MicroConcentrador é um micro de processo devendo possuir baixo consumo e funcionar corretamente em ambientes com altos valores de campos eletromagnéticos e temperaturas elevadas, sendo instalado em painéis de subestações.

6.21.4. O MC deve possuir um dispositivo Watch Dog fazendo a monitoração dos aplicativos e caso exista um travamento indevido este deve reinicializar o MC. O modo de atuação do Watch Dog como o acesso a IHM devem ser de conhecimento de FURNAS, sendo disponibilizados pelo fornecedor os códigos de softwares dos mesmos.

6.21.5. O sistema operacional utilizado no MicroConcentrador deve ser o Windows XP ou superior.

6.22. Software de Acesso ao RDP

6.22.1. O PROPONENTE deverá fornecer em seu Software que irá rodar no MC ferramentas que permitam a recuperação e ajuste, local ou remotamente, de todos os parâmetros do RDP, incluindo pelo menos:

6.22.1.1. Ajustes /parâmetros dos Canais,

6.22.1.2. Taxas de amostragem,

6.22.1.3. Níveis de disparo,

6.22.1.4. Definição dos parâmetros da memória e de tamanhos de Registros

6.22.1.5. Dimensão dos parâmetros de gravação,

6.22.1.6. Parâmetros de comunicação de dados,

6.22.1.7. Horário do auto-teste.

6.22.1.8. Estado do RDP, através de comando automático

6.22.1.9. Gerenciamento de registros do RDP

6.22.2. O FORNECEDOR será responsável em prover os softwares que operacionalizem automaticamente (sem intervenção) a coleta de registros e do estado do RDP, com segurança, inclusive levando em consideração as contingências do tipo: falha no disco rígido, perda de comunicação, etc.

6.22.3. Formato COMTRADE:

6.22.4. No caso do RDP do Proponente não trabalhar com arquivos dos Registros diretamente em padrão COMTRADE Binário então deverá fornecer um software automático de conversão bidirecional, que irá rodar no MC.

6.22.4.1. Este programa de conversão deve operar com pelo menos dois Parâmetros:

− Nome completo (caminho\nome.ext) do arquivo original no formato proprietário;

− Nome completo, sem extensão (caminho\nome) dos arquivos destinos no formato COMTRADE (as extensões do formato COMTRADE já estão definidas);

6.22.5. OBSERVAÇÕES: No caso do formato proprietário envolver mais de um arquivo pode-se usar parâmetros adicionais para especificá-lo, mantendo-se o mesmo caminho e nome, variando-se apenas as extensões. Para a conversão no sentido oposto vale a mesma filosofia.

6.23. Software de Exteriorização e Análise

6.23.1. O Software de Exteriorização, também denominado Software de Análise, deverá ser compatível com as características dos micro-computadores, unidades de vídeo e impressoras descritos nesta especificação.

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6.23.1.1. Deverá ser possível de ser normalmente utilizado não apenas no MC mas em qualquer outro MicroComputador da Rede de FURNAS, que atenda aos requisitos de hardware mínimos e que esteja carregado com os arquivos necessários mais os dados referentes ao registro da falta.

6.23.2. Este Software deverá atender as seguintes condições e contar com os seguintes recursos:

6.23.3. Visualização de um ou vários sinais do registro

6.23.4. Amplificação e redução de escalas (zoom na amplitude e no tempo)

6.23.5. Visualização de valores instantâneos dos sinais,

6.23.6. Superposição de sinais

6.23.6.1. Quando instalado no MC deverá permitir ver facilmente, para um específico RDP selecionado, a sua Configuração atual (simplificada e detalhada), sua canalização, Diretórios dos Registros de Faltas e as indicações de Alarmes (caso existam).

6.23.6.2. A operação do software utilizado não deverá requerer, de maneira alguma, nenhum conhecimento de programação.

6.23.6.3. Todo comando que implique em risco de perda de dados deverá necessitar de uma confirmação adicional antes de sua execução.

6.23.7. Todo o software fornecido deverá ser licenciado para uso corporativo, ou seja, FURNAS pode utilizar em qualquer micro na empresa sem o pagamento de nenhuma taxa adicional.

6.23.8. O Proponente se obrigará a fornecer, sem ônus para FURNAS, as versões atualizadas de todo o software fornecido, por um período de 5 anos.

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7. CRITÉRIOS DE PROJETO PARA CIRCUITOS AUXILIARES DE CORRENTE E POTENCIAL CA/CC

7.1. Circuitos de Potencial

7.1.1. As fontes de potencial para as medições das linhas e dos bancos de reatores serão obtidas dos transformadores de potencial capacitivos instalados nos respectivos vãos e barramentos.

7.1.2. Um mini-disjuntor com contatos de alarme (bell alarm) deverá ser fornecido para cada um dos circuitos a serem alimentados.

7.2. Critérios de Corrente para Proteção e Medição

7.2.1. As proteções primária e alternada deverão ser ligadas a diferentes transformadores de corrente de pedestal e transformadores de corrente de bucha dos reatores. A medição deverá utilizar transformadores de corrente com classe de exatidão compatível com o erro máximo de 2% admissível para as medições de corrente e potência, de acordo com os Procedimentos de Rede – Sub-módulo 10.19.

7.2.2. Deverão ser previstas facilidades para isolar as entradas de corrente dos relés, multimedidores, transdutores ou unidades de aquisição e controle, mantendo o secundário do TC curto-circuitado.

7.2.3. Requisitos para Circuitos de Controle CA e CC

7.2.4. Os circuitos de CA e CC em painéis deverão ser projetados de forma a proporcionar uma completa isolação das funções de controle.

7.2.5. Circuitos CC

7.2.5.1. De modo a evitar um excessivo número de alimentadores CC e dispositivos de proteção nos painéis de serviços auxiliares, deverão ser utilizados dois circuitos do painel de distribuição central CC, sendo cada um proveniente de uma barra de corrente contínua, para alimentar cada painel. Os alimentadores de CC das barras de sub-distribuição dos painéis de proteção irão alimentar os circuitos de proteção e controle, protegidos por mini-disjuntores.

7.2.6. Circuitos CA

7.2.6.1. Será utilizada alimentação em CA para os circuitos de aquecimento, iluminação e tomadas. Um mini-disjuntor com contatos de alarme (bell alarm) deverá ser fornecido para este circuito.

7.2.7. Fontes Auxiliares

7.2.7.1. As subestações de FURNAS incluidas nesta especificação dispõe das seguintes fontes auxiliares de energia com as finalidades abaixo discriminadas:

7.2.7.1.1. 2 (duas) fontes independentes de 125 VCC, não aterradas, com uma faixa de variação entre -20% e +10% VCC, para utilização nos circuitos de controle e alarme, e com uma faixa de variação entre 70 e 140 VCC para utilização nos circuitos de proteção e abertura de disjuntores.

7.2.7.1.2. 127 VCA, monofásica, com uma faixa de variação entre -10% e +10%, para pequenos motores (menores do que 1/2 HP de potência), lâmpadas, tomadas, aquecedores para equipamentos internos, etc.

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8. REQUISITOS CONSTRUTIVOS PARA PAINEIS

8.1. Geral

8.1.1. Cada painel ou grupo de painéis de proteção, supervisão e controle destinado a um determinado vão de saída ou equipamento, deverá ser projetado e construído para instalação abrigada, constituindo uma unidade mecânica independente. Este requisito é necessário visto que, no futuro, este painel ou grupo de painéis poderá ser relocado.

8.1.1.1. Todos os cabos, acessórios de fiação, terminais de cabos, conectores, blocos terminais e suportes deverão ser incluídos no fornecimento, estando sujeitos à aprovação de FURNAS.

8.1.2. Durante a execução do projeto, poderá ser necessário fazer algumas pequenas alterações na furação ou na fiação dos equipamentos fornecidos POR OUTROS. Neste caso, estas modificações deverão ser incorporadas ao projeto, sem variações de preço ou prazo de entrega

8.2. Detalhes de fabricação

8.2.1. Os painéis deverão ser montados conforme a Norma ANSI C37.21-1987 ou a sua revisão mais recente, exceto no que a seguir especificado de modo diferente.

8.2.2. Cada painel deverá ser totalmente fechado exceto na parte de baixo, onde deverá existir abertura para a entrada de cabos.

8.2.3. Os painéis deverão ser completos com bases do tipo perfil U, quadros e reforços necessários para manter a estrutura presa e rígida durante o transporte, manuseio e instalação. Os perfis do tipo U deverão possuir orifícios apropriados para fixação dos painéis.

8.2.4. As chapas externas dos painéis não deverão ser furadas ou soldadas para prender as fiações ou outros dispositivos. Para prevenir empenos, os dispositivos deverão ser montados nos painéis por meio de tirantes ou braçadeiras adequadas. Todos os parafusos utilizados para montagem do painel deverão ser completos com arruelas de pressão e outros dispositivos de travamento.

8.2.5. No caso de utilização de sub-painéis articulados e suportes necessários para montagem dos equipamentos principais, relés auxiliares, transdutores, temporizadores e demais dispositivos, estes sub-painéis e suportes deverão ser montados de tal forma a não obstruir o acesso às ligações traseiras dos equipamentos e demais dispositivos com montagem semi-embutida na parte dianteira ou traseira dos painéis.

8.2.5.1. A substituição de qualquer dispositivo, placa ou módulo deverá ser possível de tal forma que não haja interferência mecânica nos componentes adjacentes. No caso de módulos de entrada/saída e comunicações, deverá ser permitida a substituição à quente.

8.2.5.2. Todos os módulos deverão ser montados no interior do painel de forma que o acesso a pontos de testes, fusíveis, chaves ou qualquer outro dispositivo necessário durante os procedimentos de teste, calibração ou manutenção seja feito sem problemas

8.2.6. Todas as seções de painéis que contenham equipamentos eletrônicos ou dispositivos de controle deverão ter um grau de proteção IP53 de acordo com a norma NBR-6146.

8.2.6.1. Os painéis deverão possuir argolas de sustentação removíveis, aparafusadas no topo de cada seção para facilitar o manuseio durante a instalação.

8.3. Requisitos quanto à Exposição a Calor e Clima Úmido

Os equipamentos especificados deverão ser apropriados para operarem e serem armazenados sob condições tropicais de temperatura alta, umidade alta, chuvas pesadas e condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de mofos e fungos.

8.3.1. Aquecedores

8.3.1.1. Um (1) aquecedor deverá ser fornecido por painel para evitar a condensação de umidade internamente. O aquecedor deverá ser controlado por um termostato.

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8.3.1.2. O aquecedor deverá ser instalado na parte inferior do painel e as suas ligações deverão ser feitas pela parte inferior, de modo a evitar a deterioração do isolamento dos fios.

8.3.1.3. A temperatura superficial dos aquecedores deverá ficar restrita a valores que não deteriorem a vida das envoltórias, do condutor da resistência e dos componentes do painel.

8.3.1.4. O aquecedor deverá ser apropriado para operação contínua e deve possuir proteção contra contato humano acidental.

8.3.2. Ventilação

8.3.2.1. Os painéis deverão possuir ventilação adequada para dissipação do calor gerado pelos equipamentos.

8.3.2.2. Todas as aberturas deverão ter telas para prevenir entrada de insetos e animais roedores nos equipamentos. Não poderá ocorrer acumulo de poeira sobre placas com componentes.

8.3.2.3. Os equipamentos instalados dentro dos gabinetes não deverão produzir ruído em níveis superiores a 65 dB a uma distância de 2 (dois) metros .

8.4. Tratamento de Superfície, Pintura e Acabamento das Superfícies Metálicas

8.4.1. Geral

- O PROPONENTE deverá submeter para aprovação de FURNAS uma descrição detalhada dos métodos utilizados no tratamento de chapas, tintas e de pintura. A qualidade das tintas também está sujeita a aprovação de FURNAS - Todos os materiais e tintas deverão ter certificados de procedência emitidos pelos respectivos fabricantes. - O mínimo grau de aderência aceitável para a pintura é X1-Y1 de acordo com a Norma MB-985 (Ensaios de Aderência em Tintas e Revestimentos Similares - Método de Ensaio) da ABNT.

- O Tratamento de Chapa e a Pintura deverão ser de acordo com a Norma EB-2060 (Sistema de Pintura para Equipamentos e Instalações Elétricas) e NB-908 (Sistema de Revestimentos Protetores para Painéis Elétricos) da ABNT.

8.4.2. Cor de Acabamento

8.4.3. A cor de acabamento deverá ser N6.5 do padrão MUNSELL ou equivalente.

8.4.4. Ferragens

Parafusos, porcas, arruelas, contra-porcas e similares, deverão ser bicromatizadas ou tratadas com cadmium.

8.5. Sistemas de Aterramento

8.5.1. Todo painel deverá ser fornecido com uma barra de cobre, horizontalmente instalada na parte inferior do painel, com uma seção reta mínima de 20x6 mm. Esta barra de terra deverá ser aparafusada à estrutura do painel, de forma a proporcionar uma boa conexão elétrica.

8.5.2. Deverão ser proporcionados os meios para ligar ambos os lados destas barras nas barras dos painéis adjacentes. Adicionalmente, deverá ser fornecido em cada painel um conector capaz de receber cabos de cobre de 70 a 120 mm2, para a ligação na malha de terra da subestação.

8.5.2.1. Todos os racks deverão ser fornecidos com bornes para o aterramento da sua carcaça.

8.5.2.2. O aterramento de todos os secundários dos transformadores de corrente e de tensão e dos fios comuns dos detectores de temperatura dos transformadores e reatores, deverá ser feito no painel. Os circuitos de transformadores auxiliares deverão ser aterrados somente no painel.

8.5.2.3. Nas subestações de 500 kV e acima, cada cabo de controle proveniente do campo deverá possuir um condutor livre aterrado em uma única ponta, no painel, e blindagem aterrada em ambas as extremidades do cabo de modo a reduzir tensões transitórias introduzidas nos cabos.

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8.6. Iluminação e Tomadas

8.6.1. Cada painel deverá ser provido com lâmpadas frias, proporcionando uma boa iluminação interna. Deverá ser dada atenção para escolha de uma luminária robusta. Esta deverá ser montada sobre um material que absorva vibrações. Todas as lâmpadas montadas dentro de painéis deverão possuir um interruptor interno ao painel, de fácil acesso, conjugado com um interruptor de porta, para garantir o desligamento das lâmpadas após o fechamento dos painéis.

OS circuitos das lâmpadas deverão possuir filtros que impeçam a produção de interferência por rádio freqüência - RF nos equipamentos, devido a energização ou desligamento das lâmpadas.

8.6.2. Na parte inferior de cada painel deverá ser instalada uma tomada. A tomada deverá ser adequada para pinos de tomada redondos (padrão brasileiro) e retangulares (padrão americano).

8.6.3. Os circuitos de iluminação e tomada do painel deverão vir totalmente enfiados e terminados em uma caixa de junção instalada próxima a uma das laterais do painel, com previsão para expansão.

8.7. Seqüência de Fases

8.7.1. Seqüência de fases padrão quando vista da frente do painel deverá ser C-B-A, da esquerda para a direita, de cima para baixo, da frente para trás. Todos os relés, instrumentos dispositivos e outros equipamentos de circuitos trifásicos deverão ser dispostos e ligados de acordo com esta padronização de seqüência de fase.

8.8. Ferragens para porta

8.8.1. As dobradiças das portas deverão ser totalmente embutidas e deverão permitir uma abertura de no mínimo 105o, exceto quando de outro modo indicado nos desenhos. As portas deverão ser dotadas de limitadores para restringir a abertura e prevenir contra possíveis danos as dobradiças ou equipamentos adjacentes. A distância entre qualquer margem da porta articulada quando fechada e o painel adjacente deverá ser uniforme e não exceder a 3 mm. As dobradiças deverão ser de um metal não ferroso tal como, latão, bronze, ou aço inoxidável. Os pinos das dobradiças deverão ser de aço inoxidável.

8.8.2. Cada porta deverá ter uma fechadura e um punho cromatizados com mecanismo de travamento que permita a retirada da chave em ambas as posições, aberta e fechada. Todas as fechaduras deverão ser dotadas de chaves com duas chaves por fechadura. As portas deverão ser ligadas a barra de terra horizontal do painel.

8.9. Fiação

8.9.1. Toda a fiação deverá ter características elétricas e mecânicas compatíveis com as aplicações e de diâmetro apropriado para as correntes especificadas, estando ar de acordo com os requisitos definidos no item 6.1.5 da Norma ANSI C37.21.

8.9.2. Os condutores utilizados na fiação interna deverão obedecer aos requisitos definidos na Norma ABNT NBR-6148. Os condutores deverão ser extra-flexíveis, de cobre eletrolítico, têmpera mole, isolados com material termoplástico (PVC), resistente a chama (não propagador), umidade, corrosão e permanecer livre de fissuras quando curvado, tipo BWF com isolamento de 600 V.

8.9.3. A seção dos condutores utilizados nos circuitos de controle e de potencial deverá ser de 0,5 à

1,5 mm2, conforme a aplicação (a ser definido no projeto). Para os circuitos corrente a seção mínima

dos condutores deverá ser 2,5 mm2.

8.9.4. Cabos blindados deverão ser utilizados sempre que necessário, para o perfeito atendimento dos requisitos especificados e aterrados de acordo com as normas aplicáveis. Cada par de condutores deverá possuir blindagem própria, independente da blindagem geral do cabo.

8.9.5. Fiação do tipo "par trançado" deverá ser utilizada nos circuitos de corrente alternada para diminuir eventuais efeitos indutivos ou de acoplamento eletromagnético nos circuitos próximos.

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8.9.6. Os cabos de saída de transdutores (caso aplicável) deverão ser de pares trançados e blindados individualmente. A seção mínima destes condutores deverá ser de 0.5 mm2.

8.9.7. A fiação deverá ser instalada em canaletas apropriadas dentro dos painéis. A fiação exposta deverá ser reduzida a um mínimo e onde utilizada, deverá ser acondicionada em forma de chicotes bem compactos, com o uso de espirais plásticas ou protetores semelhantes, devidamente fixados, seguindo as direções horizontal ou vertical e protegidos contra abrasões nas saídas dos dutos. Não será aceito qualquer tipo de emenda, sendo que as conexões deverão ser feitas em blocos terminais ou nos terminais de dispositivos.

8.9.8. A distribuição da fiação dentro do equipamento deverá ser orientada de forma impedir danos causados por conjuntos móveis, portas, gavetas ou operações decorrentes de uso ou manutenção.

8.9.9. Em cada lado de um borne terminal ou em cada terminal de dispositivo deverão ser ligados no máximo dois condutores.

8.9.10. A interligação entre dois painéis que não formem uma única unidade mecânica, deverá ser feita através de bornes terminais ou conectores com trava. A interligação de dispositivos instalados em painéis móveis ou portas, deverá ser feita através de bornes terminais instalados no painel fixo ou conectores com trava.

8.9.11. Os cuidados acima deverão ser adotados com os cabos ou chicotes que entrem no painel desde o ponto de entrada até os bornes terminais.

8.9.12. Cuidados especiais deverão ser tomados com relação ao encaminhamento e à terminação de conexões de fibra ótica, para se evitar que tais componentes fiquem expostos a esforços acidentais de correntes da passagem de outros cabos, movimentação da porta do painel ou de toque acidental de instaladores. Especial atenção deverá ser dada nas conexões com os racks. Tal pré-condicionamento da proteção mecânica deverá ser claramente indicado nos desenhos mecânicos internos do painel, para aprovação de FURNAS.

8.9.12.1. Todas as fibras reservas ou restantes deverão ser conectorizadas.

8.9.13. Anilhas de plástico de boa qualidade deverão ser utilizadas para identificar os condutores em ambas as extremidades do cabo, de acordo com o diagrama de fiação. As identificações deverão ser firmemente aplicadas, não deterioráveis e posicionadas de forma bem visível.

8.9.14. Nenhum equipamento deverá ser diretamente ligado a linhas de alimentação do painel de controle, a não ser via bornes e/ou protetores (fusíveis/disjuntores).

8.9.14.1. O arranjo e a distribuição da fiação interna não deverá dificultar o acesso aos módulos componentes do equipamento durante a manutenção. O inspetor poderá rejeitar o arranjo proposto, caso fique comprovado o comprometimento da manutenção.

8.10. Blocos Terminais

8.10.1. Os blocos terminais utilizados na interligação com o processo, exceto circuitos de corrente, deverão possuir facilidade para aplicação de instrumentos de teste e permitir o isolamento de cada entrada através de seccionamento.

8.10.2. Para os circuitos de corrente deverão ser fornecidos bornes não seccionáveis.

8.10.3. Os bornes terminais deverão ser fornecidos em quantidades suficientes para permitir a conexão de toda a fiação, computando-se folga para as possíveis expansões.

8.10.4. Cada painel fabricado deverá ser fornecido com uma reserva mínima de 10% de blocos terminais adicionais de cada tipo utilizado, já instalados nas borneiras com os respectivos acessórios.

8.10.5. O detalhamento das possíveis soluções de conexão e acabamento deverão ser discutidas e aperfeiçoadas durante o DFF.

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8.10.6. Especial atenção deverá ser dada à distribuição dos blocos terminais, prevendo-se espaço para o acesso, identificação e montagem da fiação.

8.10.7. Os blocos deverão ser identificados de forma indelével, conforme apresentados nos desenhos (documentos).

8.10.8. Os blocos terminais deverão possuir barreiras entre bornes contíguos com isolamento de 600V, sendo do tipo não propagador de chama. O FORNECEDOR deverá enviar amostras, para aprovação por FURNAS, durante o DFF.

8.11. Plaquetas de identificação

8.11.1. Duas plaquetas de identificação deverão ser fornecidas para cada painel (frente e verso). Estas plaquetas deverão ser feitas de lâminas de plástico preto de 3mm de espessura, com inscrições em branco.

8.11.2. As plaquetas de identificação do painel deverão ser centralizadas no painel com a parte superior da plaqueta alocada a uma polegada abaixo do topo do painel.

8.11.3. As plaquetas externas dos painéis deverão ser parafusadas ao mesmo por parafusos de cabeça redonda com acabamento preto.

8.11.4. As plaquetas de identificação dos dispositivos para instalação na parte externa e interna do painel deverão ser discutidas no DFF, devendo o PROPONENTE apresentar amostras para APROVAÇÃO.

8.11.5. As inscrições das plaquetas deverão ser em Português.

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9. REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS DE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS

9.1. Generalidades

9.1.1. As características ora especificadas são genéricas, sendo de total responsabilidade do FORNECEDOR a compatibilização e a integração dos dispositivos fornecidos com os equipamentos principais de FURNAS.

9.1.2. Todos os equipamentos e dispositivos deverão ter seus terminais identificados de forma permanente. No caso destas identificações não serem inerentes aos dispositivos, os terminais deverão ser identificados pelo FABRICANTE do painel. As identificações dos terminais deverão ser aparecer em todos os desenhos de projeto.

9.1.3. Todos os equipamentos e dispositivos deverão ser fornecidos instalados e com a fiação executada.

9.1.4. O arranjo dos equipamentos e dispositivos dentro dos painéis deverá ser aprovado por FURNAS.

9.1.5. Todos os equipamentos e dispositivos deverão suportar os ensaios especificados na seção "Ensaios de Tipo de Interferência Eletromagnética".

9.2. Tensões de Serviços Auxiliares Disponíveis

TENSÕES ALTERNADAS TENSÕES CONTÍNUAS

SUBESTAÇÕES

Volts

Nom

f-f

de

Fa-ses

de

Fi-os

Freq

Nom

HZ

Faixa

de

Varia-ção

VoltsNom

p-n

de

Fios

Faixa

Controle e Alarme

Faixa

de

Disparo

Adrianópolis 480-F

220-I

3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Angra 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Bandeirantes 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Barro Alto 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Brasília Geral 380 3 4 60 350-420 220 2 160-240 125-240

Brasília Sul 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Cach. Paulista 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Campinas 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Campos 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Corumbá 460-F

380-I

3 4 60 420-510 125 2 90-140 70-140

Foz do Iguaçú 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Funil 380 3 4 60 350-420 232 2 165-250 130-250

Guarulhos 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

89

Gurupí 460-F

380-I

3 4 60 420-510 125 2 90-140 70-140

Ibiuna 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Itaberá 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Itaorna 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Itumbiara 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Itutinga 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Ivaiporã 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Jacarepaguá 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Marimbondo 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Masc. de Moraes 480 3 4 60 440-530 125 2 165-250 130-250

Mogi das Cruzes 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Ouro Preto 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Poços de Caldas 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Porto Colômbia 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Rio Verde 380 3 4 60 340-420 125 2 90-140 70-140

Rocha Leão 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Sama 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Samambaia 460-F

380-I

3 4 60 420-510 125 2 90-140 70-140

São José 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Serra da Mesa 460-F

380-I

3 4 60 420-510 125 2 90-140 70-140

Tijuco Preto 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Vitória 480 3 4 60 440-530 125 2 90-140 70-140

Observações: F - Força; I - Iluminação; f-f - fase-fase; p-n - positivo-negativo.

9.2.1. A tensão pode variar dentro dos limites indicados. Nenhum valor constante será disponível dentro da faixa.

9.3. Relés de Proteção

9.3.1. Requisitos Gerais

9.3.1.1. Todos os relés principais de proteção deverão possuir dispositivos de teste do tipo pente de teste. Necessariamente os pentes de teste deverão ter pinos suficientes para isolar, verificar e testar o relé sem removê-lo do painel. Se o relé não for inerentemente dotado de pente de teste, deverão ser

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instalados dispositivos que permitam isolar e testar os circuitos de corrente, tensão, disparo e chaveamento do relé, sem a necessidade de retirá-lo do painel.

9.3.1.2. Os contatos principais de todos os relés deverão ser constituidos de materiais que tenham mínima corrosão e não fissurem. Todos os contatos deverão ser projetados para não oscilarem nem vibrarem (chatter-proof, non-bouncing). A capacidade dos contatos deverá seguir as características solicitadas no item "RELÉS AUXILIARES", para o caso de supervisão/sequência de eventos, e do item "RELÉS AUXILIARES DE COMANDO", para o caso dos contatos de trip.

9.3.1.3. As curvas de tempo de qualquer relé, levantadas em bancada, não poderão ter um desvio maior do que dez (10) por cento das curvas de catálogo, em qualquer ponto da curva acima de 150% da corrente nominal do relé.

9.3.1.4. Os relés de proteção deverão utilizar tecnologia digital numérica. Cada relé deverá possuir, na face frontal, uma interface homem-máquina (IHM) composta de teclado e visor, uma interface serial para conexão de um computador portátil e LED’s de sinalização. Adicionalmente, deverão possuir, na face traseira, interfaces seriais para comunicação remota.

9.3.1.5. Todos os pontos utilizados para ajustar o relé deverão ser facilmente acessíveis, claramente identificados, e serem de tal natureza que o relé possa ser ajustado sem ser retirado da caixa e/ou do painel. Deverão ser fornecidos todos os meios para ajustar o relé, incluindo os teclados externos e softwares para cálculo de ajustes, se aplicável.

9.3.1.6. Os relés deverão ser a prova de penetração de poeira ou montados em caixas a prova de penetração de poeira.

9.3.1.7. Todos os relés deverão operar em 125 VCC, em conformidade com os requisitos do item "CIRCUITOS DE CORRENTE, POTENCIAL E AUXILIARES CA/CC".

9.3.1.8. Os bancos de baterias utilizados para alimentar os relés digitais (numéricos) também irão alimentar outros circuitos eletromecânicos da subestação, o que poderá introduzir interferências. Todos os circuitos deverão ser dotados de supressores de surtos instalados pelo FORNECEDOR.

9.4. Transformadores Auxiliares para Instrumentos

9.4.1. Caso sejam necessários transformadores auxiliares para proteção, instrumentos ou transdutores, estes deverão ser isolados para 600 V e o isolamento entre o primário e o enrolamento secundário deverá suportar o ensaio de dielétrico de 1500 V por um minuto.

9.4.2. A menos que especificado em contrário, os transformadores auxiliares de corrente deverão suportar, em qualquer conexão, um esforço mecânico de uma corrente de "inrush" de 75 vezes a corrente nominal e o efeito térmico de 50 vezes a corrente nominal, por 1 segundo. O fator térmico deverá ser consistente com o fator térmico do TC principal de AT. Cada enrolamento secundário de transformador auxiliar de corrente deverá ser dotado com um dispositivo limitador de tensão, de forma a limitar a tensão do enrolamento secundário a níveis seguros, quando da conexão a cargas de elevada impedância ou abertura do circuito secundário. Estes dispositivos de proteção em condições normais não deverão drenar corrente que possa alterar sua classe de exatidão, porém ocorrendo uma elevação da tensão secundária que possa por em risco o isolamento, as ligações ou a fiação do secundário, eles deverão ser capazes de conduzir continuamente a corrente nominal secundária.

9.4.3. Os circuitos do secundário de transformadores auxiliares de potencial deverão ser protegidos por mini-disjuntores instalados no painel.

9.4.4. Os transformadores auxiliares de potencial para polarização de relés de terra, ligados em delta aberto aterrado, deverão ter uma relação de transformação 120-208 V (1,73 vezes a tensão nominal fase neutro) e deverão ter um erro máximo de 1% com carga de 50 VA e fator de potência 0.15.

9.5. Mini-Disjuntores

9.5.1. Os mini-disjuntores de 125 VCC deverão ter uma capacidade de interrupção em CC de pelo menos 5 kA e deverão ser equipados com um contato auxiliar que somente opere quando o mini-disjuntor abrir devido a sobrecarga ou curto-circuito (bell-alarm).

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9.5.2. Os mini-disjuntores utilizados para os circuitos dos aquecedores e demais circuitos em CA deverão ser similares ao acima especificado, exceto pelo fato de terem uma capacidade de interrupção de 7500 A simétricos.

9.5.3. Os mini-disjuntores utilizados em circuitos de relés de interposição e/ou LED de sinalização (via cabos telefônicos multipares), deverão ser similares ao Heinemann tipo 2263, 1 ampère, curva número 2.

9.6. Relés Auxiliares

9.6.1. Relé de Comandos

a) Os relés auxiliares utilizados em circuitos de controle e outros circuitos auxiliares para comando fi-nal de equipamentos no campo deverão ter as seguintes características:

b) Tensão da Bobina: 125 VCC

c) Tensão de pick-up na faixa: 30 ... 90 VCC

d) Capacidade de Condução dos Contatos : 10 ampères (min.) contínuos

e) 30 amperes (min.) por 1 segundo

f) Capacidade de Interrupção dos Contatos: 10 ampères em 125VCC (não indutivo)

g) 3 ampères em 125VCC (indutivo - <40 ms)

h) Número de Contatos: Conforme necessário

i) Classe de Isolamento: 600 V

j) Rigidez Dielétrica Bobina-Contato : 1,5 kV, 1 minuto

k) Rigidez Dielétrica Contato-Contato: 1,0 kV

9.6.1.1. Os relés auxiliares de disparo de alta velocidade deverão ter um tempo máximo de operação de 4,0 milissegundos. Os contatos deverão ser capazes de chavear e conduzir uma corrente de 20 ampères por um tempo de no mínimo 250 milissegundos.

9.6.1.2. Caso seja necessário, poderão ser utilizados relés auxiliares de maior capacidade em paralelo com os relés rápidos de forma a atender as características de tempo e de capacidade de condução e chaveamento da corrente dos circuitos de disparo dos disjuntores.

9.6.1.3. Os contatos utilizados para disparo deverão ser levados a bornes terminais do tipo, olhal, seccionáveis e com pinos de teste. Estes deverão ter capacidade para cabos até 16 mm2 .

9.6.2. Relés Biestáveis

9.6.2.1. Os relés biestáveis de rearme elétrico ou rearme manual/elétrico deverão ter as mesmas características dos especificados no item acima. Deverão ser projetados para permanecerem na posição em caso de falta de energia. As bobinas de operação e de rearme deverão ser projetadas para ficarem continuamente energizadas ou, alternativamente, o relé deverá ter um contato para interromper o circuito da bobina.

9.6.2.2. Os relés biestáveis utilizados para a função de relé de bloqueio deverão ser fornecidos com um número suficiente de contatos para atender a todas as funções de sua aplicação.

9.6.2.3. Para cada relé de bloqueio deverá ser fornecido um ou mais blocos de teste, ligando um polo a cada contato normalmente aberto e dois polos para isolar sua bobina de operação. A lâmina de cada chave do bloco de teste deverá ser ligada ao contato do relé de bloqueio do lado ligado a barra de negativo.

9.6.3. Relés Auxiliares para Supervisão e multiplicação de contatos.

9.6.3.1. Deverão ser fornecidos relés de alta velocidade, de forma a minimizar a introdução de retardos no registro das atuações dos dispositivos elétricos na seqüência de eventos com resolução de 1 milisegundo. Os relés poderão ser de tecnologia reed e deverão possuir as seguintes características:

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- tensão nominal: Vn = 125 VCC

- tensão de sobrecarga contínua: V = 150 VCC

- tensão de pick-up na faixa de: 55 à 85 VCC

- tensão de drop-out na faixa de: 25 à 65 VCC

- tempo máximo de pick-up: 1 milisegundo (apenas para estado do disjuntor ou para a multiplica-ção dos alarmes que especificamente necessitarem precisão na seqüência de eventos)

- contatos reversíveis, com capacidade em 125 VCC de: 1 Ampère

- Classe de Isolamento: 600 V

- teste dielétrico 1 minuto entre bobina e contato: 1,5 kV e impulso 5 kV

9.6.3.2. Os reles deverão ser imune aos campos magnéticos provenientes do chaveamento de outros relés convencionais, instalados dentro dos mesmos painéis.

9.6.3.3. Deverão ser do tipo plugável individualmente, montados em trilhos ou, no caso de serem montados em conjuntos, deverão ser plugáveis por placa até um limite máximo de 8 relés por placa.

9.6.3.4. No caso destes relés serem montados em placas, os conectores e as dimensões físicas bem como as demais características correlatas serão objeto de aprovação por FURNAS.

9.6.3.5. No caso específico de fornecimento de relés para instalação em painéis existentes, os mesmos deverão ser fornecidos para montagem em trilhos (tipo borne).

9.6.3.6. Os relés auxiliares para multiplicação de contatos não deverão ter mais do que 6 (seis) contatos. O FORNECEDOR deverá fornecer tantos relés auxiliares quantos necessário. Não é permitida a utilização de contatos destes relés auxiliares para os circuitos de proteção e de disparo. Para estes casos o FORNECEDOR deverá utilizar diretamente os contatos auxiliares principais dos equipamentos

9.6.3.7. O FORNECEDOR deverá fornecer tantos relés auxiliares quantos forem necessários de forma a obter o número de contatos suficientes para todas as funções de proteção e controle, não sendo aceita a utilização de blocos aditivos de contatos.

9.7. Chave Local-Remoto

9.7.1. Deverão ser fornecidas chaves de controle local - remoto avulsas para habilitar ou impedir a realização do comando remoto através da UAC.

9.7.1.1. As chaves deverão possuir punho para acionamento manual.

9.7.1.2. Cada chave deverá ser instalada no respectivo painel e deverá ter dois dos seus contatos ligados aos bornes terminais para indicação remota de sua posição.

9.7.1.3. A localização das chaves estarão sujeitas à aprovação de FURNAS.

9.8. Transdutores e Multimedidores

9.8.1. Requisitos Gerais para Transdutores

9.8.1.1. Os transdutores de corrente e de potencial deverão ser monofásicos.

9.8.1.2. Todos os transdutores deverão atender aos Requisitos de Compatibilidade Eletromagnética solicitados no item “ENSAIOS”, bem como aos critérios de interrupção de alimentação auxiliar, temperatura e precisão.

9.8.1.3. Todos os transdutores deverão ter saída de 4-20 mA, para Burden de 0 a 550 ohms, com “ripple” de saída menor ou igual a 0,1 mA.

9.8.1.4. A influência da temperatura deverá ser menor ou igual a ± 0,01% por grau centígrado entre 0 °C e 55 °C (transdutor calibrado em +23 °C).

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9.8.1.5. A alimentação de todos os transdutores deverá ser em 125 VCC, com características adequadas ao suprimento especificado no item “CIRCUITOS DE CORRENTE, POTENCIAL E AUXILIARES CA/CC”.

9.8.1.5.1. Deverá ser provido de um relé de transferência de alimentação para quando da falta de suprimento em uma das barras de 125 VCC.

9.8.1.5.2. O Burden máximo da alimentação auxiliar deverá ser inferior a 5W por peça.

9.8.1.6. Não serão aceitos transdutores que possuam partes mecânicas móveis.

9.8.1.7. Todos os transdutores deverão ser para 60 Hz.

9.8.1.8. Todos os elementos de tensão deverão se de tensão nominal de 115 V, suportando uma sobretensão contínua de 130%. Os transdutores deverão ter a opção de poderem ser ligados em transformadores de 69 V ao invés de 120 V, através da mudança de um estrape.

9.8.1.9. Os elementos de tensão ou corrente deverão ter um burden máximo, por cada elemento, de 0,3 VA.

9.8.1.10. Todos os elementos de corrente deverão ser de 1 ou 5 A nominais, conforme características dos circuitos existentes, com capacidade de suportar até 20 vezes a máxima corrente nominal por um segundo ou continuamente 120% do valor nominal.

9.8.1.11. Aprovação dos transdutores - Todos os transdutores deverão ser submetidos a aprovação de FURNAS, juntamente com seus diagramas esquemáticos internos completos e com indicação de todos os valores dos seus componentes internos.

9.8.1.12. As saídas deverão ter um tempo de resposta máximo de 0,2 segundos, com erro máximo de amplitude de 0,25%.

9.8.1.13. Ajuste de Ganho – As saídas dos transdutores deverão ter um ajuste de ganho de ± 10% e de “offset” de até ±10% do valor nominal.

9.8.1.14. Placas de identificação – O fabricante do transdutor deverá incluir as informações abaixo relacionadas nas placas dos transdutores:

a) Nome do fabricante, número de série e modelo do transdutor;

b) Dados de cada elemento de entrada (para as condições nominais e de sobrecarga) e indicação dos estrapes para a operação em 69 V (quando alicável);

c) Fator de Ganho (Watt/Var);

d) Polaridades dos enrolamentos e esquemáticos das ligações para Watt e Var;

e) Impedância externa máxima;

f) Dados da Alimentação Auxiliar.

9.8.1.15. Transdutores de Watt/Var

9.8.1.15.1. Os transdutores de Watt/Var deverão ser de três elementos (com três enrolamentos de corrente e três de tensão).

9.8.1.15.2. Os transdutores de potência deverão ser bidirecionais (zero em 12 mA).

9.8.1.15.3. Fator de Potência – Os transdutores deverão manter a exatidão especificada para toda a faixa de fatores de potência.

9.8.1.16. Transdutores de Tensão

9.8.1.16.1. Os transdutores serão ligados ao secundário de transformadores de potencial, 3 fases, 4 fios, ligados em 115V fase-neutro, com opção de 69 V fase-neutro.

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9.8.1.16.2. Para melhorar a precisão das leituras de tensão, os Transdutores de Potencial deverão ter duas retas de conversão, sendo a primeira de 0 a 80% da Tensão Nominal, cm saídas de 4 a 8 mA e a segunda reta de 80 a 120% da Tensão Nominal, para os 8 20 mA restantes.

9.8.2. Requisitos Gerais para Multimedidores

9.8.2.1. Os multimedidores deverão receber os sinais trifásicos provenientes dos transformadores de corrente e de potencial, e calcular internamente, em um único dispositivo, as grandezas de interesse como potência ativa, reativa, corrente, tensão e etc.

9.8.2.2. Os transdutores serão aplicados em sistemas elétricos trifásicos de 3 elementos e 4 fios.

9.8.2.3. As informações processadas internamente, deverão ser exteriorizadas das seguintes formas:

9.8.2.4. através de 2 portas seriais independentes

9.8.2.5. através de 1 saída analógica em corrente

9.8.2.6. A saída em corrente deverá ser isolada e independente, programávels para qualquer grandeza elétrica, no intervalo de 4 a 20 ou –1 a +1 miliamperes.

9.8.2.7. As saídas seriais deverão ser em duas portas independentes, sendo uma utilizada para a UAC e a outra para o sistema CAG de Controle Automático de Geração.

9.8.2.8. As saídas seriais deverão ser do tipo interface RS 485, permitindo a conexão de diversos dispositivos multi drop, utilizando uma única porta serial da UAC.

9.8.2.9. A comunicação com as UAC deverá ser através dos protocolos padronizados IEC870-5-103, MODBUS ou DNP.

9.8.2.10. O protocolo para comunicação com o sistema CAG deverá ser o IEC 870-5-103.

9.8.2.11. A interligação dos multimedidores com a UAC poderá ser feita através de fio metálico quando o dispositivo ficar dentro do próprio painel da UAC, ou por cabo ótico para interligações externas ao painel.

9.8.2.12. Principais Características

9.8.2.13. A velocidade de comunicação deverá garantir uma taxa de atualização das grandezas na UAC, no máximo a cada segundo.

9.8.2.14. Tempo máximo de 200 milisegundos para atingir 95% de um degrau aplicado na sua entrada

9.8.2.15. Medidas: tensão entre fases, corrente por fase e de neutro,

9.8.2.16. Entrada em corrente: In de 0 a 1 amp. ou 0 a 5 amp, 60 Hertz.

9.8.2.17. Sobrecorrente: 5 - 50 A e 1 - 10A.

9.8.2.18. Entrada em tensão: Vn 0 a 150 Volts, 60 Hertz, sobretensão de 300 V de pico

9.8.2.19. Suportar 20 In e 2 Vn durante 1 segundo

9.8.2.20. Alimentação independente em 125 VCC (90-140) ou 250 VCC.

9.8.2.21. Burdem menor que 0.5 VA

9.8.2.22. Indicação frontal por meio de LED, do funcionamento e da comunicação do módulo

9.8.2.23. Erro máximo introduzido na medida: 1 %

9.8.2.24. Precisão de 0,5 % em fundo de escala.

9.8.2.25. Visor com seleção das grandezas visualizadas

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9.8.2.26. Classe de exatidão 0,2

9.8.2.27. As entradas em corrente deverão utilizar terminais do tipo olhal.

9.8.2.28. Os multimedidores deverão possuir visor para exteriorização das grandezas programadas

9.8.2.29. Deverão ser fornecidas todas as ferramentas de programação, cabos para interligação, programas para configuração das grandezas medidas e dos canais de comunicação de modo a adaptá-lo as necessidades específicas de cada aplicação, independentemente da programação efetuada na fábrica, de acordo com os dados fornecidos por FURNAS. O disquete de instalação do software deverá rodar em micro do tipo Note book, com interface Windows.

9.8.2.30. Os multimedidores deverão permitir reprogramação on line.

9.8.2.31. Os multimedidores não poderão perder sua programação mesmo no falta de alimentação.

9.8.2.32. Os multimedidores deverão sinalizar externamente(no visor e via protocolo) qualquer falha de funcionamento.

9.8.2.33. Deverá ser fornecido um modelo do multimedidor proposto para a FURNAS teste as suas características antes de aprovar o mesmo.

9.9. Blocos de Testes

9.9.1. São dispositivos ligados entre os circuitos de potencial e corrente e os transdutores, multimedidores e relés de proteção principais, com a função de isolar e permitir a realização de manutenção, sem afetar os demais equipamentos conectados a este circuito.

9.9.1.1. O bloco de teste não deverá permitir que o circuito secundário dos transformadores de corrente sejam abertos, qualquer que seja sua posição.

9.9.1.2. Ambos os lados de cada chave do bloco de teste deverão ter a fase e/ou função (ou número de localização correlato ao esquemático e diagrama de fiação) identificados na parte frontal. Os blocos de teste deverão possibilitar o completo isolamento do dispositivo do respectivo transformador de instrumentos ou de outros circuitos externos, além de possibilitar testes através da conexão de fontes externas pela introdução de pinos de testes. Os blocos de teste e respectivos "plugs" de teste deverão ser projetados de tal forma que os circuitos de corrente não possam ser abertos, nem com os pinos de testes e coberturas sendo introduzidos ou retirados ou em qualquer outra situação.

9.9.1.3. O PROPONENTE deverá fornecer amostras dos blocos de testes para APROVAÇÃO por FURNAS.

9.10. Bornes Terminais

9.10.1. Deverão ser fornecidos bornes terminais em quantidade suficiente para permitir a ligação de todos os fios e blindagens que chegam aos painéis, inclusive os cabos que chegam do campo e aqueles que interligam os painéis. Deverão ser fornecidos 10% de bornes terminais como reserva, já instalados no painel, por régua terminal.

9.10.2. Preferencialmente os bornes terminais deverão ser montados verticalmente sobre um trilho. O trilho e os bornes terminais deverão ter um afastamento mínimo de 75 mm dos terminais dos demais equipamentos montados no painel.

9.10.3. Os bornes terminais deverão ser resistentes a chama, com as seguintes características:

9.10.4. Os bornes terminais destinados a circuitos de corrente deverão ter isolamento para 750 VCA, não seccionáveis e apropriados para receberem cabos de até 6,0 mm² com terminais tipo olhal.

9.10.5. Os bornes terminais destinados a circuitos de potencial, de abertura e fechamento de disjuntor deverão ser isolados para 750 VCA, seccionáveis e apropriados para receber cabos de até 16 mm² com terminal do tipo olhal.

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9.10.6. Os bornes terminais destinados a circuitos CC de 125 VCC deverão ser isolados para 500 VCA, seccionáveis com pinos de teste e apropriados para receberem até dois cabos de 1,5 mm².

9.10.7. Para a interligação com circuitos digitais, deverão ser utilizados bornes terminais tipo miniatura, isolados para 380 VCA, seccionáveis, com pinos de testes e apropriados para receberem até dois cabos de 0,5 mm², sem qualquer terminal.

9.10.8. O PROPONENTE deverá fornecer amostras de cada tipo de borne terminal para APROVAÇÃO.

9.10.9. Anilhas brancas ou de cores claras deverão ser fornecidas para a numeração da fiação. As inscrições deverão ser gravadas com tinta de boa qualidade. O PROPONENTE deverá apresentar amostra para APROVAÇÃO.

9.10.10. Os bornes terminais destinados a circuitos CA deverão ser agrupados e separados daqueles destinados aos circuitos CC, de forma a evitar erros durante a manutenção.

9.10.11. Todos os terminais tipo parafuso deverão possuir porcas de contato, contra-porca ou arruela de pressão.

9.10.12. Réguas terminais de tensões diferentes deverão ser separadas, utilizando-se cores diferentes e padronizadas em função da tensão. O mesmo se aplica para as réguas de sinais oriundos de transdutores.

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10. FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS DE TESTE E DESENVOLVIMENTO

10.1. Ferramentas e Acessórios

10.1.1. O FORNECEDOR deverá fornecer juntamente com sua proposta uma relação detalhada de ferramentas e acessórios necessários para parametrização, comissionamento, ensaios e manutenção de todos os sistemas e equipamentos incluídos no fornecimento.

10.1.2. Deverão ser detalhados também todos os recursos/aplicações para cada ferramenta/ software proposto.

10.1.3. Fontes de alimentação, inversores e conversores necessários à alimentação dos equipamentos, considerando a disponibilidade interna da tensão única de 127 Vca.

10.2. Notebook

10.2.1. Deverá ser fornecido um notebook por subestação .

10.2.2. Deverá ser compatível com o padrão IBM PC/AT para utilização diversa, como acesso e ajustes de relés e acesso, programação e diagnóstico de equipamentos de proteção, emissão de relatórios e etc.

10.2.3. Os note book deverão ser fornecidos com todos os softwares instalados.

10.2.4. Características mínimas:

− microprocessador INTEL Pentium IV 1,6 GHz,

− memória RAM mínima de 512 Mbytes,;

− unidade de disco rígido com capacidade mínima formatada de 20 Gbytes e compatível com o tamanho dos programas especificados, unidade de disco flexível de 3 1/2" embutida no gabinete, para disco de 1,44 Mbytes;

− display de cristal líquido colorido, VGA, e saída para monitor externo, tela matriz ativa;

− 1 interface paralela, bidirecional com conector DB-25 fêmea;

− 1 interface USB

− interface PCMCIA com 2 slots vagos para cartões adicionais;

− 1 interface serial, padrão RS 232 com conectores DB-9 macho;

− Mala para transporte;

− fax modem de 56 Kbytes V.90 integrado;

− CD-ROM de velocidade de 48X integrado;

10.2.5. rede “ in- board” de 10/100 MBytes, com conector RJ45;

− "Windows XP" instalado.

10.2.6. Todos os dispositivos componentes dos note book deverão corresponder às últimas versões comerciais disponíveis na época de fornecimento dos equipamentos.

10.3. Simulador Digital de Sistema de Potência Trifásico Controlado por Microcomputador (Caixa de Testes)

10.3.1. Equipamento utilizado para testar relés eletromecânicos, estáticos e microprocessados, proteções polifásicas e monofásicas, esquemas de proteção, medidores de energia e transdutores.

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10.3.2. O dispositivo deverá possuir 4 saídas de tensão CA, fase-neutro independentes com as seguintes características:

10.3.3. Ajustáveis de 0 até 300 V rms e de 0 a 1kHz;

10.3.4. Resolução de 10 mV para a faixa entre 0 e 150 V e de 20mV para a faixa entre 150 e 300V;

10.3.5. Potência de 75VA por fase;

10.3.6. Saída de Corrente CA trifásica com as seguintes características:

10.3.7. Ajustáveis de 0 até 25R rms e de 0 até 1kHz;

10.3.8. Uma faixa <= 15A e outra de 25A, no mínimo, com resolução de 1 mA;

10.3.9. Potência de 140VA por fase (3x140VA) para a condição de fornecimento contínuo de corrente;

10.3.10. O dispositivo deverá possuir saída de tensão CC de 0 até 250V, com potência de 40W, no mínimo(simulador de baterias);

10.3.11. A exatidão de amplitude das fontes em CA, 50/60 Hz, e CC deverão ser da ordem de 0,1% garantido.

10.3.12. A distorção harmônica total nas fontes de tensão e corrente de 50/60 Hz deverá ser de, no máximo, 0,1%.

10.3.13. O ajuste de ângulo de fase para 50/60Hz deverá cobrir a faixa de 0 a + 359,9º (avançado) e de 0 a -359,9º (atrasado) com uma resolução de +/- 0,5º garantido.

10.3.14. A largura da banda de freqüência deverá ser de 10 a 1 KHz, em plena potência.

10.3.15. A reprodução de transitórios deverá ser de 0,1Hz a 2 kHz, em plena potência contínua, com resolução de 0,001Hz e exatidão de 10 ppm.

10.3.16. A medições de tensões CC de 0 a +/- 10V e corrente CC de 0 +/- 20 mA deverão ter exatidão garantida de 0,05%.

10.3.17. O dispositivo deverá possuir entrada lógica como contador para uma freqüência de, até 10 kHz e largura de pulso maior que 175 x 10-6 seg.

10.3.18. O dispositivo deverá possuir, no mínimo, 8 entradas lógicas, galvanicamente isoladas entre si, configuráveis como sensíveis à tensão CC ou CA de 0 até 250 V, ou contato seco com tempo de resposta de 120 x 10-6 seg, máximo, para excitação/retorno (NA/NF) e com isolamento de +/- 500V de pico.

10.3.19. O dispositivo deverá possuir, no mínimo, 4 saídas lógicas, galvanicamente isoladas entre si, controladas via software, configuráveis como normalmente abertas (NA) ou normalmente fechadas(NF), aptas a comutar tensões de entrada de 0 até 250 VCC ou de 0 até 250 VCA e correntes de 0 até 5ª, no mínimo.

10.3.20. O dispositivo deverá possuir temporizadores com tempo de registro de 24 horas, ou mais, com resolução de 1 ms e exatidão de +/- 2 digitos e opções de exibição do tempo em milisegundos, segundos e ciclos.

10.3.21. O dispositivo deverá possuir fonte de alimentação que opere para as faixas de tensão de 110 a 130 VCA e 220 a 240 VCA, automático ou não, freqüência de 50/60 Hz.

10.3.22. A temperatura operacional do dispositivo deverá estar entre 0 a 50º C ou superior e umidade relativa do ar de, até 90 %, sem condensação.

10.3.23. O instrumento deverá ser protegido contra descargas eletrostáticas e resistente a surtos.

10.3.24. Software

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10.3.24.1. O software utilizado no dispositivo deverá estar em português ou inglês, possuir licença, habilitado para emissão de relatórios compatíveis com o padrão RTF e realizar avaliações automáticas dos pontos testados para as seguintes modalidades de teste:

− Para relés de sobrecorrente deverá ser capaz de realizar teste manual e automático, biblioteca de curvas padrão, editor gráfico de curvas com a possibilidade de inclusão de curva do usuário;

− Para relés de tensão deverá ser capaz de realizar teste manual e automático, biblioteca de curvas padrão, editor gráfico de curvas com a possibilidade de inclusão de curva do usuário;

− Para relés de freqüência deverá ser capaz de realizar teste manual e automático;

− Para relés diferenciais deverá ser capaz de realizar teste manual e automático monofásico e trifásico, editor gráfico de curvas, múltiplos SLOPE’s com restrição harmônica;

− Para relés direcionais deverá ser capaz de realizar teste manual e automático;

− Para relés de sincronismo deverá ser capaz de realizar teste manual e automático;

− Para relés de Tensão/Freqüência (V/Hz) deverá ser capaz de realizar teste manual e automático;

− Para relés de distância deverá ser capaz de realizar teste manual e automático, editor gráfico de característca, busca automática de característica, oscilação de potência, falta evolutiva, religamento;

− Para relés temporizadores;

− Para reprodução de arquivos COMTRADE em todas as versões e variantes, teste dinâmico com GPS(ponta-a-ponta), teste transitório com GPS( ponta-a-ponta);

− Função Sequenciamento de estados de tensão e corrente ou de impedâncias com possibilidade da variação da frequência e sincronização por GPS;

− Função Rampa: aumentar e diminuir tensão, corrente, ângulo de fase e frequência em incrementos, de acordo com taxas de rampa definida pelo usuário;

− Função Pausa para a inclusão de observações e/ou alteração do hardware de teste;

− Possibilidade de realização de testes com a utilização de todos os módulos acima, de forma seqüencial, em um único ensaio;

− Para Medidores e Transdutores: teste de medidores (inclusive medidores de energia) e transdutores.

10.3.25. Acessórios

10.3.26. Interfaces: paralela e/ou ethernet para a transferência de arquivos COMTRADE;

10.3.27. Todos os cabos necessários para a realização dos testes propostos;

10.3.28. Sincronizador via satélite através de GPS;

10.3.29. Antena para o GPS com os respectivos cabos;

10.3.30. Manuais de operação em português ou inglês;

10.3.31. Manual de serviço com desenhos esquemáticos, descrição do circuito, ajustes, calibrações e lista de componentes tais que permitam ao laboratório de medidas elétricas e eletrônicas – LAME.O de FURNAS a execução de calibrações, reparos e ou ajustes, nos instrumentos objetos desta requisição;

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10.3.32. LapTop: Processador Pentium M, clock de 1,7GHz ou superior, 2MB de memória cache (mínimo); 512MB de RAM; Hard Disk de 40Gb ou superior, tela de 14” ou superior, Drive para floppy disk de 3 1/2”, Unidade gravadora de CD/drive de DVD (Combo); portas Ethernet, Serial, Paralela e no mínimo duas USB’s; Bateria recarregávele fonte ac/cc;

10.3.33. Windows XP Professional Edition em português do Brasil com pacote Office e todos os softwares solicitados no item 2 desta requisição, já instalados e cópias, com as respectivas licenças de segurança, para possíveis reinstalações;

10.3.34. Maleta para transporte do LapTop;

10.3.35. Bateria recarregável para o LapTop;

10.3.36. Todos os cabos e conexões para interligar instrumento e LapTop.

10.3.37. Condições Específicas

10.3.37.1. A proposta deverá conter o escopo completo do fornecimento com a descrição, em português, das características técnicas relativas a cada item solicitado.

10.3.37.2. O escopo, não completo, caracterizará insuficiência de informações para a análise técnica.

10.3.37.3. Caso o licitante não seja o fabricante do equipamento cotado, deverá apresentar documento (contrato ou outro equivalente) com data do exercício vigente, passado pelo fabricante, onde seja oficializada a assistência técnica durante o período de garantia, sem ônus adicionais.

10.3.37.4. Garantir, formalmente, sem ônus para FURNAS, a atualização do Firmware sempre que houver mudanças e ou melhorias.

10.3.37.5. Garantia mínima expressa pelo fabricante de 01(um) ano após a entrega no Centro de Técnico de Ensaios e Medições – CTE.O.

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11. REQUISITOS PARA DESENHOS E OUTROS DOCUMENTOS

11.1. Generalidades

11.1.1. Em todos os desenhos deverão estar indicados o Número da Encomenda de FURNAS e o Número da Lista de Material (para os dispositivos mostrados no desenho). Estas informações deverão estar localizadas no lado direito, logo acima do carimbo do desenho.

11.1.2. Deverão ser fornecidos desenhos individuais para cada subestação e/ou vão de saída e deverão ser identificados como tais.

11.1.3. Todos os circuitos deverão ser integralmente representados. Não serão aceitas descrições tais como: "idêntico ao circuito...".

11.1.4. Os circuitos internos de relés e módulos como fontes, modem e controladores poderão ser representados por retângulos, com referência ao Circuito Interno do Dispositivo. No caso de chaves, dispositivos de chaveamento ou conectores, deverá ser feita referência ao desenho de Tabulação da Chave ou Planta do Conector, onde estão representadas as ligações internas.

11.1.5. Os símbolos e identificações utilizados pelo FORNECEDOR deverão ser os mesmos em todos os desenhos. Deverão ser utilizadas identificações de funções e símbolos ANSI para todos os diagramas elétricos e eletrônicos.

11.1.6. Será informado posteriormente ao FORNECEDOR o número de identificação de projeto de cada linha ou equipamento, daqui para frente chamado de Número de Projeto, o qual deverá ser adicionado como sufixo do número de identificação do dispositivo associado com determinada linha ou equipamento.

11.1.7. Todo o equipamento ou parte do equipamento deverão ser identificados na Lista de Material, desenho de vistas, diagrama unifilar, diagramas esquemáticos, diagramas trifilares CA e desenhos de fiação, com os mesmos Números de Projeto e Número de Componente. Estas identificações bem como o tipo e localização no painel, deverão ser indicadas em todos os desenhos onde o dispositivo estiver representado.

11.1.8. Adicionalmente, todos os dispositivos deverão ter uma designação de posição , isto é, a localização do dispositivo no painel deverá ser convenientemente estabelecida de acordo com uma metodologia de numeração. A designação de posição de cada dispositivo deverá ser incluída na Lista de Material, Lista de Fiação, e na plaqueta de identificação do dispositivo na parte interna do painel.

11.1.9. O PROPONENTE deverá incluir em sua proposta uma descrição completa do método de designação das posições dos dispositivos.

11.1.10. Os desenhos deverão incluir as informações e os circuitos de dispositivos fornecidos POR OUTROS, a partir de documentos fornecidos por FURNAS.

11.1.11. A seguir estão descritos os requisitos específicos para os desenhos e outras informações que deverão ser fornecidas.

11.2. Programação de Envio de Desenhos

11.2.1. Uma Programação de Envio de Desenhos, completa, deverá ser enviada para aprovação para cada subestação ou ampliação, escopo deste CONTRATO.

11.2.2. O FORNECEDOR quando do preparo da programação de envio de desenhos deverá prever 8 dias de postagem para cada sentido de tramitação.

11.2.3. Ressaltamos que a não observância da programação de envio de desenhos pode comprometer seriamente a produção de equipamentos de outros fabricantes bem como causar atrasos nas datas de entrega e de montagem.

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11.2.4. O FORNECEDOR é responsável pelo envio de todos os desenhos, mesmo que parte deles seja fornecida por SUBCONTRATADOS.

11.2.5. A programação de envio de desenhos deverá conter, para cada item da tabela acima, as seguintes informações:

− título de cada desenho incluído no item;

− número do desenho do fabricante;

− número total de folhas estimado por item.

11.3. Programa de Fabricação

11.3.1. Deverá ser enviado um programa de fabricação completo contendo todos os equipamentos fornecidos pelo FORNECEDOR. Este programa deverá ser do tipo de barras e deverá incluir o período de tempo desde a adjudicação do contrato até a entrega do

11.3.2. Os equipamentos destinados a subestações diferentes deverão ser colocados em um mesmo programa, porém indicados por barras separadas.

11.3.3. O programa de fabricação deverá indicar cada evento notável desde a colocação da encomenda até a entrega do último item, sendo destacados ao menos os seguintes itens:

− data de envio de cada categoria de desenhos (conforme relacionado na tabela acima) e respectivas datas de aprovação;

− datas de encomenda e entrega dos componentes dos painéis, tais como chapas de aço, medidores, relés, etc.;

− datas de encomenda e entrega de equipamentos e painéis fabricados por subcontratados;

− cronograma de fabricação de painéis incluindo ao menos os seguintes itens:

− corte da chapas

− pintura

− instalação dos dispositivos

− fiação

− ensaios

11.3.4. O programa de fabricação deverá ser suficientemente detalhado para permitir ao INSPETOR, a qualquer tempo, verificar o real estágio de fabricação.

11.4. Desenhos de Montagem e Disposição dos Dispositivos nos Painéis

11.4.1. Todos os painéis deverão ser identificados.

11.4.2. Cada desenho deverá ter indicado no canto superior direito uma pequena planta chave mostrando a disposição dos painéis incluídos no escopo do fornecimento em relação aos demais.

11.4.3. Todas as dimensões dos painéis deverão estar indicadas no sistema métrico decimal.

11.4.4. As cotas dos dispositivos e equipamentos deverão estar referidas as suas linhas de centro ou a parte superior do dispositivo.

11.4.5. Todos os dispositivos ou equipamentos que aparecem no desenho deverão ser identificados pelo número da Lista de Material do FORNECEDOR e número de função (ANSI), onde for aplicável.

11.4.6. Todas as plaquetas que aparecem no desenho deverão ser identificadas pelo respectivo número que aparece na Lista de Plaquetas.

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11.4.7. Deverá ser preparada uma planta baixa indicando detalhes de montagem do painel, espaço para entrada de cabos e afastamentos para abertura de portas.

11.5. Diagrama Unifilar de Relés e Medidores

11.5.1. O diagrama unifilar de relés e medidores deverá ser um detalhamento do diagrama unifilar simplificado incluído na especificação. Deverão ser representados todos os relés de proteção, dispositivos auxiliares, medidores, chaves de teste, circuitos de corrente, circuitos de potencial, circuitos de polarização, circuitos de sincronização, equipamentos de comunicação, transmissores, receptores, filtros de linha, caixas de sintonia, etc. Deverá ser deixado espaço para incluir detalhes de saídas e equipamentos futuros.

11.5.2. Em todos os equipamentos deverão ser indicados a ampacidade, capacidade de interrupção (onde aplicável), tipo e nome do fabricante. Os dados dos transformadores deverão incluir MVA, tensão, conexão de cada enrolamento e a impedância de curto-circuito.

11.5.3. Todos os equipamentos deverão ser identificados pelo número de função ANSI, se aplicável, e o número de projeto. As linhas deverão ser identificadas pelo nome e número de projeto.

11.5.4. Todos os TPC e TP deverão ter indicados todos os tapes, relações de transformação, marcas de polaridade e ligações.

11.5.5. Todos os TC deverão ter indicados todos os tapes, o tap ligado, as marcas de polaridades e ligações.

11.5.6. Deverão ser identificados todos os relés, medidores e dispositivos.

11.5.7. A escala de cada medidor deverá ser indicada ao lado do medidor.

11.5.8. Deverá ser indicada a quantidade de cada tipo de equipamento, relés, medidores e outros dispositivos.

11.5.9. Ao lado de cada canal analógico do registrador digital de perturbações deverá aparecer o respectivo número de identificação do canal. Adicionalmente deverão ser indicados os sensores de partida (se aplicável).

11.6. Lista de Material Final

11.6.1. Deverá ser fornecida uma Lista de Material para cada painel de cada subestação ou equipamento, indicando as principais características de todos os dispositivos. A Lista de Material Final deverá incorporar a Lista de Material Parcial anteriormente enviada.

11.6.2. Os itens da Lista de Material deverão ser numerados sequencialmente, com um item para cada dispositivo.

11.6.3. Deverão ser fornecidas para cada item ao menos as seguintes informações, se aplicável:

− quantidade;

− identificação (tipo, série);

− número do catálogo;

− características elétricas principais, se aplicável (tensão e corrente nominais, potência, ohms, micro-farad, etc.);

− função (chave de sincronização, tipo de relé, etc);

− designação da localização do relé;

− faixa de ajuste;

− características específicas tais como: escalas dos medidores, corrente nominal das bobinas, relações de transformação dos TC e TP, constantes dos medidores, número de contatos, característi-

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cas de "pick-up/drop-out" dos relés, tipo de caixa dos relés, tipo e arranjo dos pólos dos blocos de tes-te, etc.

− número do painel ou painéis onde serão instalados os dispositivos;

− gravações das chaves de controle.

11.7. Diagramas Trifilares

11.7.1. Deverão ser representados todos os relés de proteção, chaves de medidores, dispositivos auxiliares, circuitos de corrente e de potencial das proteções primária e de retaguarda, circuitos de polarização, circuitos de sincronização, sensores e canais dos registradores de perturbação, equipamentos de acoplamento e sintonia dos transmissores e receptores, etc.

11.7.2. Todos os equipamentos deverão ser identificados através do número da função ANSI (se aplicável) e número de projeto. As linhas deverão ser identificadas através do nome e número de projeto.

11.7.3. Os TPC e TP deverão ter indicados os tapes, relação de transformação, marcas de polaridade e ligações.

11.7.4. Os TC deverão ter indicados a relação de transformação, marcas de polaridade, tapes e ligação atual.

11.7.5. Os relés, medidores e dispositivos deverão ser identificados pelo número da Lista de Material do FORNECEDOR e seu número de função ANSI.

11.7.6. Todo terminal de dispositivo ou borne terminal ligado deverá ser mostrado e identificado. Deverá ser utilizada simbologia diferente, a ser fornecida por FURNAS, para identificar os equipamentos alocados no campo ou nas diversas salas.

11.7.7. As identificações dos terminais dos dispositivos deverão ser idênticas as representadas nos respectivos catálogos.

11.7.8. Cada condutor deverá ser identificado por seu número de projeto.

11.7.9. Cada mini-disjuntor deverá ser identificado e ter indicada a sua capacidade nominal.

11.7.10. Cada canal do registrador de perturbações deverá ser identificado com o respectivo número.

11.7.11. Cada condutor de um par trançado deverá ser identificada como fazendo parte de um determinado par.

11.8. Diagramas Esquemáticos

11.8.1. Nos diagramas esquemáticos deverão ser representados todos os circuitos CC, tais como: circuitos de proteção, controle, supervisão, incluindo os circuitos de controle dos equipamentos de campo e dos dispositivos fornecidos POR OUTROS. O fabricante do painel receberá todas as informações, relativas a equipamentos e dispositivos fornecidos POR OUTROS, necessárias para serem incluídas nos seus diagramas esquemáticos. O projeto dos circuitos de controle dos equipamentos de campo deverão seguir os desenhos padrões que serão fornecidos posteriormente ao FORNECEDOR. É responsabilidade do fabricante do painel desenhar os circuitos de controle dos equipamentos de campo em todos os detalhes no projeto, não sendo aceitas "Caixas Pretas". Deverão ser indicados todos os mini-disjuntores e ligações de terra.

11.8.2. Os relés, medidores e dispositivos deverão ser identificados, pelo número da Lista de Material do FORNECEDOR e pelo número de função ANSI.

11.8.3. Todo terminal de dispositivo ou borne terminal ligado deverá ser mostrado e identificado. Deverá ser utilizada simbologia diferente para identificar os equipamentos alocados no campo ou nas diversas salas.

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11.8.4. As identificações dos terminais dos dispositivos deverão ser idênticas as representadas nos respectivos catálogos.

11.8.5. Cada condutor deverá ter indicado um número de projeto diferente, de modo que diversos condutores utilizados para uma mesma função em diferentes circuitos não sejam confundidos, mesmo aparecendo num mesmo painel ou cabo.

11.8.6. Cada mini-disjuntor deverá ser identificado e ter indicada a sua capacidade nominal.

11.8.7. Deverá ser identificada a fonte de suprimento CC (Barra 1 ou Barra 2).

11.8.8. Deverão ser representados todos os contados de cada relé e outros dispositivos mesmo que não estejam incluídos no escopo de fornecimento desta especificação. Ao lado de cada contato deverá aparecer a identificação do circuito ou função onde está sendo utilizado e o número do desenho onde está localizado. Os contatos não utilizados deverão ser identificados como "reserva".

11.8.9. Deverão ser identificadas as grandezas nominais de resistores (ohms), capacitores (microfarads), diodos (ampères) que aparecem nos circuitos de controle e proteção.

11.8.10. Os contatos das chaves de controle deverão ser identificados pelo respectivo número da chave. Adicionalmente, abaixo da identificação da chave deverá ser indicada a posição em que aquele determinado contado fecha.

11.8.11. Cada entrada de registrador de perturbações, anunciador e para o sistema SCADA deverá ter seu número de projeto identificado.

11.8.12. Todos os relés temporizadores deverão ter indicadas as faixas de temporização para operação ou rearme.

11.8.13. Cada condutor de um par trançado deverá ser identificada como fazendo parte de um determinado par.

11.9. Lista Master (em Inglês)

11.9.1. As Listas de Etiquetas e a de Gravações de Janelas de Anunciadores pode ser enviada para aprovação e tradução por FURNAS. A lista deverá conter informações suficientes para identificar claramente sua utilização. A Lista Master pode servir para diversas instalações pela simples modificação do número de projeto.

11.9.2. O FORNECEDOR deverá enviar juntamente com a Lista Master a padronização disponível para disposição, tipo de letra e dimensões das legendas.

11.10. Diagrama de Blocos / Descrição do Sistema de Proteção

11.10.1. Todas as funções do sistema de proteção deverão ser detalhadamente descritas e representadas em diagramas de blocos.

11.10.2. Deverão ser indicados todos os tempos de operação e rearme das funções de temporização.

11.10.3. Deverão ser feitos diagramas de blocos separados por classe de tensão, para os sistemas de proteção de linhas, transformadores e bancos de capacitores.

11.11. Desenho de Simbologia e Número de Função dos Dispositivos

11.11.1. Deverá ser fornecido um desenho de Simbologia e Número de Função por subestação, contendo apenas os símbolos e funções utilizadas naquele projeto específico.

11.11.2. Os símbolos e números de função deverão ser relacionados iniciando em ordem alfabética seguindo-se o número das funções.

11.11.3. A representação gráfica de cada símbolo de equipamento deverá constar da relação.

11.12. Desenho de Tabulação de Chaves e dos Circuitos Internos dos Dispositivos

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11.12.1. Todos os dispositivos deverão ser identificados pelo respectivo número de função e item da Lista de Material.

11.12.2. Este desenho deverá representar todos os terminais e fiação interna de todos os dispositivos montados no painel.

11.12.3. Deverão ser indicadas as tabulações de todas as chaves de controle utilizadas no projeto.

11.13. Lista de Legendas (em Português )

11.13.1. Deverá ser fornecida uma Lista de Legendas detalhada para cada subestação utilizando como base a Lista Master. Essa lista poderá ser dividida em diversas sub-listas, uma para plaquetas, outra para gravações de janelas de anunciadores, etc. A Lista de Legendas deverá conter todas as legendas necessárias, com os seguintes requisitos específicos:

11.13.1.1. Lista de Plaquetas - Cada plaqueta deverá ser desenhada da mesma forma como será gravada. As plaquetas deverão ser identificadas por um número. Este número, a quantidade de plaquetas idênticas e o número do painel onde estas serão utilizadas deverão ser indicados ao lado de cada plaqueta.

11.13.1.2. Lista de Gravações das Janelas dos Anunciadores - A lista de gravações poderá ser subdividida por anunciador. Cada janela do anunciador deverá ser desenhada da mesma forma como será gravado, incluindo dimensões, tipo de letra, formato da legenda e cor da janela. Cada ponto do anunciador deverá ser identificado por um número e cada lista deverá ter o número do painel identificado.

11.14. Tabela de Fiação

11.14.1. Cada painel deverá ter uma Tabela de Fiação. Não será aceita uma tabela típica para painéis idênticos. A Tabela de Fiação deverá incluir as seguintes informações:

− O número de função do dispositivo;

− A designação de posição do dispositivo;

− O número do item da Lista de Material.

11.14.2. A Tabela de Fiação deverá ser preparada na base "por dispositivo", i.é., todos os terminais de um determinado dispositivo deverão ser relacionados iniciando em ordem alfabética e terminando em ordem numérica (incluindo os terminais não utilizados) e somente após deverá iniciar a listagem dos terminais do dispositivo seguinte.

11.14.2.1. Os bornes terminais deverão ser considerados como um dispositivo e deverão, adicionalmente, ter indicados os seus tipos.

11.14.3. Cada uma das ligações da Tabela de Fiação deverão ter indicadas as seguintes informações:

− A identificação do terminal ou terminais para onde este terminal específico está sendo ligado;

− O número de identificação do condutor ou condutores através das quais essas ligações estão sendo feitos. Os números de identificação dos condutores deverão ser os mesmos dos representados nos diagramas esquemáticos e trifilares.

11.14.3.1. Enfatizamos que cada conexão entre dois terminais deverá ter referência cruzada, i.é., a identificação deverá ser feita em ambos os terminais.

11.15. Índice de Desenhos

11.15.1. O índice de desenhos deverá ter ao menos as seguintes colunas:

− Uma coluna para os títulos dos desenhos;

− Uma coluna para o número do desenho do fabricante;

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− Duas colunas para utilização por FURNAS, cada qual com pelo menos quatro centímetros de comprimento;

− Uma coluna para referência cruzada com a tabela de fiação e os diagramas esquemáticos.

11.15.2. Todos os desenhos, listas de material, lista de legendas, etc., deverão ser relacionados neste índice de desenhos.

11.16. Manual de Operação e Manutenção do SDSC

11.16.1. Este manual deverá ser elaborado em uma linguagem simples e orientado para o pessoal de operação e manutenção da Usina e Subestação. Deverá descrever de forma resumida a arquitetura do SDSC e suas funcionalidades.

11.16.2. Deverá conter uma descrição global e simplificada do sistema computacional constituído de desenhos e textos descritivos resumidos que representem a configuração do sistema/equipamentos, suas características funcionais e operacionais, referenciando sempre que necessário a outros documentos para maior nível de detalhamento.

11.16.3. Para cada localidade, deverá ser fornecido pelo menos 5 (cinco) cópias dos manuais e 1 (uma) cópia CD, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

− Diagrama de blocos da configuração do SDSC com todos os seus níveis hierárquicos;

− Estruturação do software de IHM;

− Geração da base de dados;

− Relação dos pontos de entrada/saída de cada UAC;

− Definição de variáveis configuráveis;

− Procedimentos de inicialização;

− Informações sobre todas as teclas e todos os comando disponíveis;

− Lista das críticas e mensagens de erro, contendo explicação e as prováveis causas das mensa-gens;

− Exemplo de todos os relatórios existentes e procedimentos para pesquisa e transferência de da-dos;

− Partida e parada do Sistema, bem como, orientação de como lidar com contingências e ope-ração degradada;

− Procedimentos de utilização dos programas diagnósticos que deverão estar em um volume se-parado do manual de operação.

11.17. Manual de Programação das Lógicas de Controle

11.17.1. Deverão ser fornecidos manuais de programação, edição e parametrização das lógicas de controle bem como das linguagens utilizadas, contendo as informações necessárias para tornar FURNAS auto-suficiente para modificar, testar, criar e gerar novas lógicas para todos os equipamentos fornecidos.

11.17.2. Deverá também ser fornecido, de forma consolidada por equipamento, as lógicas implementadas em todos os equipamentos fornecidos para cada localidade.

11.18. Manual de Programação do Software da IHM

11.18.1. Este manual deverá ser elaborado em uma linguagem simples e orientado para o pessoal de manutenção dos Sistemas instalados nas Salas de Controle (SCL e SCR), bem como, manutenção do Sistema instalado na Casa de Relés.

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11.18.2. Para cada localidade, deverá ser fornecido pelo menos 5 (cinco) cópias dos manuais e 1 (uma) cópia em CD, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

• Descrição detalhada dos procedimentos para instalação, operação e funcionamento do software de IHM;

• Descrição detalhada dos procedimentos de geração/configuração do software de IHM;

• Descrição detalhada dos procedimentos de edição/configuração/modificação de telas;

• Descrição detalhada dos procedimentos de configuração/modificação/geração da base de dados;

• Descrição detalhada das críticas e mensagens de erro emitia pelo software de IHM, contendo uma explicação e prováveis causas das mensagens.

11.19. Manual de Configuração e Manutenção da UAC

11.19.1. Este manual deverá ser elaborado em uma linguagem simples e orientado para o pessoal de manutenção das Unidades de Aquisição e Controle aplicadas aos vãos/unidades geradoras/sistemas.

11.19.2. Para cada localidade, deverá ser fornecidos, pelo menos 5 (cinco) cópias dos manuais e 1 (uma) cópia CD, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

− Diagrama de blocos da configuração de hardware da UAC mostrando todos os módulos em que o equipamento é composto, bem como, conexões interblocos (ligações internas) e as interfaces externas (entradas/saídas);

− Descrição funcional de cada módulo ou unidade em que a UAC é composta;

− Descrição da configuração do software da UAC, com uma descrição detalhada de todas as funções implementadas, pontos de ajuste e teste;

− Descrição dos procedimentos de geração da base de dados;

− Relação dos pontos de entrada/saída por UAC;

− Descrição dos procedimentos de instalação e inicialização dos software da UAC;

− Descrição dos procedimentos de utilização dos programas de auto-teste e diagnóstico de cada UAC;

− Lista das críticas e mensagens de erro, contendo explicação e as prováveis causas das mensa-gens. Todos os led’s de sinalização de alarmes existentes em cada UAC deverão ser informados e lista-dos;

− Descrição detalhada dos procedimentos de edição, modificação, linkagem e carregamento de todas as lógicas de controle (automáticas e passo a passo) implementadas em cada UAC;

− Descrição detalhada dos procedimentos de edição, modificação, linkagem e carregamento do software de IHM local de cada UAC;

− Desenho de "Lay-Out" de cada placa de circuito impresso, em nível de componente, com uma lista descrevendo a posição de cada componente;

− Lista de componentes montados em cada placa de circuito impresso, com a descrição dos componentes, incluindo os códigos do fabricante, capacidades, tolerâncias, tensão de operação, etc.;

− Descrição indicando o arranjo dos módulos nos diversos "racks", incluindo uma tabela de interli-gações entre os módulos;

− Instruções para manutenções preventiva e corretiva, incluindo instruções para localização de módulos defeituosos;

− Ajuste de off-set, se aplicável;

− Tabela indicando todos os "straps" dos equipamentos e a configuração destes "straps" para este fornecimento".

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11.20. Manuais de Configuração e Manutenção dos Demais Equipamentos

11.20.1. Para os demais equipamentos do fornecimento, mesmo sendo fornecidos por terceiros, tais como Multimedidores, Equipamentos de Comunicação, Alimentação Ininterrupta e etc.., deverão ser fornecidos manuais em quantidades e nível de detalhamento especificado para as UAC.

11.20.2. Para os relés deverão conter ao menos as seguintes informações:

− Descrição detalhada de cada função, configuração e os parâmetros de ajustes e testes;

− Procedimento para manuseio do equipamento com exemplos de cada função;

− Lista de todas as indicações visuais;

11.21. Manuais de Software

11.21.1. Deverão ser fornecidos 5 (cinco) cópias e 1 (uma) cópia CD os manuais do usuário de todos os software de suporte utilizados para geração do software de IHM, tais como, Editores de Tela, Compiladores, Link-editores, Geradores de Base de Dados, bem como, os manuais do usuário de todos os programas de parametrização/configuração das UAC’s e edição/configuração/parametrização das lógicas de controle de processo.

11.22. Caderno de Testes em Fábrica

11.22.1. O FORNECEDOR deverá submeter à aprovação de FURNAS, um programa contendo todas as atividades de inspeção e testes, com o objetivo de confirmar todas as funcionalidades e desempenhos previstos nas ESPECIFICAÇÕES.

11.22.2. Cada teste realizado deverá ter um protocolo correspondente.

11.22.3. O FORNECEDOR deverá incluir nos protocolos de testes, todas as informações solicitadas pelo INSPETOR, para garantir o perfeito entendimento destes protocolos.

11.22.4. Três cópias de todos os protocolos de testes, inclusive aqueles realizados em fornecimento de SUB-FORNECEDORES E SUB-CONTRATADOS, deverão ser enviados pelo FORNECEDOR ao INSPETOR, para que o mesmo possa emitir o relatório referente aos testes.

11.23. Caderno de Testes em Campo

11.23.1. O FORNECEDOR deverá submeter à aprovação de FURNAS, um programa contendo todas as atividades de testes previstos na ESPECIFICAÇÃO para confirmar o desempenho e as funcionalidades dos equipamentos nos respectivos locais de instalação no Campo.

11.24. Relatórios de Ensaios

11.24.1. Deverão ser enviados para FURNAS 2 (duas) cópias dos relatórios de inspeção inclusive de equipamentos de sub-fornecedores.

11.24.2. Estes relatórios deverão ser certificados e deverão conter a assinatura do INSPETOR DE FURNAS testemunhando os ensaios, a menos que especificamente dispensado por FURNAS.

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12. ENSAIOS

12.1. Generalidades

12.1.1. Todos os equipamentos, seus softwares, modems, roteadores e demais dispositivos integrantes do Fornecimento deverão ter seu desempenho comprovado por meio de ensaios a serem realizados em Fábrica e no Campo. Estes ensaios têm por objetivo verificar o perfeito atendimento de todos os requisitos técnicos especificados, bem como avaliar as facilidades de manutenção e de expansão.

12.1.2. Em casos específicos, FURNAS irá estudar, sob seu exclusivo julgamento, o aceite ou não de Ensaios anteriormente realizados, desde que estes, além de estarem bem documentados, atendam as condições de imparcialidade e rigor técnico, segundo os critérios de FURNAS.

12.1.3. Furnas utilizará funcionários e/ou representantes, designados neste EDITAL como INSPETOR para exercer a função de fiscalização junto ao FORNECEDOR e/ou SUB-FORNECEDOR na aplicação e gerenciamento dos ensaios.

12.1.4. Todos os ensaios somente poderão ser iniciados e conduzidos na presença do INSPETOR e com a documentação referente atualizada e aprovada por FURNAS.

12.1.5. O INSPETOR terá autoridade para rejeitar qualquer equipamento ou parte do fornecimento que não esteja de acordo com os requisitos da ESPECIFICAÇÃO.

12.1.6. Os Ensaios deverão ser divididos em Ensaios "Tipo", "Modelo", "Rotina" e "Integração", sendo os de Rotina aplicados em todos os equipamentos do Fornecimento e os de Modelo aplicados em, pelo menos uma unidade de cada tipo.

12.1.6.1. O Fornecedor deverá apresentar relatórios dos ensaios de tipo, de forma a mostrar que o equipamento fornecido atende a todas as características técnicas especificadas neste EDITAL.

12.1.6.2. Os Ensaios "Rotina" devem comprovar que o equipamento foi corretamente fabricado, montado e pode ser embarcado. Este ensaio será dividido em Ensaio de Rotina "Físico", e Ensaio de Rotina "Funcional".

12.1.6.3. Os Ensaios de Integração são divididos em "Integração em Plataforma" e no "Campo" (ou Comissionamento). Em alguns casos os ensaios de Integração poderão ser realizados concomitantemente a outros ensaios.

12.1.6.4. Todos os ensaios de rotina deverão ser executados antes do embarque, nas instalações do FORNECEDOR, em todos os equipamentos cobertos por esta especificação, sem qualquer custo adicional para FURNAS.

12.1.7. Caso algum dos ensaios realizados antes do embarque constate alguma deficiência, cuja correção FURNAS aceite por escrito que seja efetuada posteriormente no campo, então o FORNECEDOR poderá efetuar o embarque do(s) item(s) envolvido(s) desde que seja emitida por FURNAS uma correspondência específica sobre a questão.

12.1.8. FURNAS, a seu critério, poderá repetir no campo, alguns dos Ensaios, com o equipamento instalado na sua posição definitiva e com os cabos de controle ligados. No caso do equipamento não passar em algum destes ensaios, o FORNECEDOR será convocado para acompanhá-lo novamente e constatado a deficiência, este deverá fazer as correções necessárias no equipamento que fazem parte do escopo deste fornecimento, para adequá-lo aos requisitos normatizados especificados, sem qualquer custo adicional para FURNAS.

12.1.9. Para os ensaios de Integração e/ou Modelo, quando houver a necessidade de simular as condições reais, o FORNECEDOR deverá prover, sem ônus adicional, todos os recursos necessários para simular a conexão do equipamento ensaiado ao processo elétrico.

12.1.10. Estão inclusos no custo do Fornecimento, o desenvolvimento ou a utilização de qualquer ferramenta ou instrumento necessários à realização dos ensaios.

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12.1.11. O FORNECEDOR deverá submeter, para aprovação de FURNAS, com 30 (trinta) dias de antecedência do início dos ensaios, um caderno detalhado de ensaios, com as respectivas planilhas e o Cronograma para a execução de todos os ensaios requeridos.

12.1.12. FURNAS se reserva o direito de, sem ônus, efetuar alterações, inclusões ou mesmo de recusar parte ou todo o caderno proposto.

12.1.13. Após a aprovação por FURNAS do Caderno de Ensaios, nenhuma modificação poderá ser efetuada no mesmo, sem a prévia autorização de FURNAS.

12.1.14. Apesar de aprovar os procedimentos, FURNAS poderá exigir modificações e/ou inclusões de ensaios, sem ônus adicionais, quando surgir dúvidas quanto ao atendimento dos requisitos da ESPECIFICAÇÃO, pelo equipamento.

12.1.15. Os ensaios só poderão ser iniciados após a aprovação formal de FURNAS dos Procedimentos propostos no caderno de ensaios.

12.1.16. Cada Procedimento deverá ser estruturado de tal forma que oriente, passo a passo, a execução dos ensaios, devendo conter no mínimo as seguintes informações:

− Identificação do item sendo testado;

− Descrição de todas as etapas a serem executadas;

− Descrição do cenário, arranjo dos equipamentos e ferramentas necessárias aos ensaios;

− Resultados esperados;

− Resultados obtidos;

− Observações.

12.1.17. Um Certificado de Ensaio deverá ser emitido ao final de cada ensaio realizado. Duas cópias dos referidos Certificados deverão ser encaminhadas a FURNAS, ao término da Inspeção.

12.1.18. A aprovação dos certificados de ensaios não libera o FORNECEDOR das responsabilidades com relação a defeitos e outras falhas que possam aparecer antes da Aceitação Definitiva.

12.1.19. A menos do comissionamento, todos os ensaios deverão ser realizados nas instalações do FORNECEDOR.

12.1.20. O FORNECEDOR deverá fornecer uma lista dos Instrumentos e demais facilidades disponíveis para a realização dos ensaios.

12.1.21. No caso dos ensaios serem realizados fora do Brasil, o FORNECEDOR deverá arcar com os custos de transporte e diárias equivalentes de FURNAS, para 2 (dois) engenheiros, durante o período de realização dos ensaios.

12.1.22. FURNAS se reserva o direito de, sem ônus adicionais, rejeitar os ensaios de qualquer fase no caso de não aprovação dos resultados obtidos durante os ensaios ou ainda solicitar a realização de ensaios adicionais de modo a certificar-se de que os requisitos desta ESPECIFICAÇÃO foram plenamente atendidos.

12.1.23. No caso da repetição de ensaios em face de resultados insatisfatórios ou por outra razão atribuível ao FORNECEDOR, todos os custos relativos à presença do INSPETOR serão de responsabilidade do FORNECEDOR.

12.1.24. O FORNECEDOR deverá manter o INSPETOR informado sobre qualquer desvio na programação de realização dos ensaios. Nenhum ensaio poderá ser iniciado sem a devida confirmação específica de pelo menos 10 dias de antecedência, mesmo considerando não haver alterações em relação ao cronograma aprovado.

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12.1.25. Todas as ferramentas de software utilizadas na geração do software, nos ensaios e manutenção, serão consideradas parte do FORNECIMENTO e o FORNECEDOR deverá repassá-las à FURNAS juntamente com todas as informações técnicas necessárias ao perfeito domínio das mesmas.

12.1.26. Durante os ensaios deverá ser observado o seguinte:

− Todos os problemas encontrados, bem como as correções efetuadas, deverão ser documen-tadas pelo INSPETOR;

− Nenhuma correção poderá ser efetuada, até a finalização da seqüência de ensaios, sem a autorização do INSPETOR;

− Uma vez feitas todas as correções, a seqüência de ensaios deverá ser refeita sem qualquer ô-nus para FURNAS.

12.1.27. Os ensaios deverão consistir, pelo menos, das seguintes etapas:

− Ensaios de Modelo;

− Ensaios de Rotina;

− Ensaios de Integração em Plataforma;

− Ensaios de Comissionamento (com energização).

12.2. Ensaios de Modelo

12.2.1. Deverão ser realizados Ensaios de Modelo cuja finalidade é verificar qualitativamente o desempenho dinâmico dos sistemas de proteção.

12.2.2. O FORNECEDOR deverá enviar para aprovação por FURNAS, com menos com 90 dias de antecedência da data programada para o início dos ensaios, diagramas esquemáticos e demais informações técnicas do circuito e dos detalhes para o simulador e ferramentas propostas.

12.2.3. No preço dos ensaios deverá estar incluído o translado do Rio de Janeiro até as instalações onde serão realizados os ensaios e as diárias (US$ 310.00 engenheiro/ dia), de 2(dois) engenheiros de FURNAS, para os ensaios. Deverá ser considerado um mínimo de 14 dias para a realização dos ensaios.

12.2.4. Deverão ser aplicados todos os tipos de falhas em quantidade suficiente para a elaboração da análise estatística de desempenho dos relés de Proteção.

12.3. Ensaios de desempenho

Estes ensaios poderão ser realizados em plataforma, juntamente com o ensaio de Integração e tem o seguinte objetivo:

12.3.1. Verificação se os requisitos de desempenho do SDSC definidos nesta Especificação Técnica estão sendo atendidos. Estes ensaios deverão ser realizados com base na configuração final máxima do SDSC e na condição de carregamento pesado.

12.3.2. Verificação da correta operação das facilidades de alteração de todos os Parâmetros disponíveis.

12.3.3. Verificação da correta capacidade de Registro do Tempo e da Resolução, conforme especificado e com os diversos carregamentos.

12.3.4. Verificação da correta operação do Intertravamento e das atuações dos comandos.

12.3.5. Verificação do sistema de alarme, reconfiguração e supervisão do próprio SDSC.

12.3.6. Verificação da correta operação do Software de exteriorização e dos tempos limites para mudança de telas e apresentação de dados ordenados. Verificação da fidelidade de resposta das entradas analógicas, incluindo linearidade e precisão da amplitude.

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12.3.7. Deverão ser testadas todas as possibilidades de operação degradada do equipamento, a nível de módulos e sub-módulos de hardware e avaliada a correta atuação dos auto-diagnósticos na indicação da falha e a correta recuperação do equipamento.

12.3.8. Verificação do auto-ensaio interno, das entradas e das funções de "Watch-dog".

12.3.9. Ensaios de Comunicação dos Protocolos utilizados no fornecimento.

12.3.10. Verificação da implementação dos protocolos de acordo com a documentação aprovada dos perfis (profile).

12.3.11. Energização e Desenergização parcial ou total das alimentações, com recuperação completa do contexto.

12.3.12. Os seguintes procedimentos deverão ser seguidos para verificação da resolução e precisão da seqüência de evento para todo o conjunto de equipamentos de uma mesma localidade:

a) AVALANCHE: Altera-se os estados dos pontos de entradas binárias, escolhidos livremente nas UAC, na seguinte seqüência:

t0 = 0 ms 30% pontos digitais são acionados simultaneamente, enquanto são varridos todos os pontos analógicos.

t1 = 2 ms 20% outros pontos digitais são acionados simultaneamente, com variação (tipo degrau) de 10 pontos analógicos.

t2 = 6 ms desliga 30% pontos digitais acionados em t0.

t3 = 8 ms 20% outros pontos digitais acionados simultaneamente, diferentes dos mencio-nados em t0 e t1, com variação (tipo degrau) dos 10 pontos analógicos ante-

riores.

Observações:

− Durante a realização do ensaio não poderá ocorrer nenhuma anormalidade no sistema, tais como reset de CPU, congelamentos, perda do registro de eventos, perda de comunicação, etc.

− Não serão aceitas simulações de atuações por software. Todas as atuações deverão ser efetu-adas fisicamente, através de conexões diretas dos equipamentos de ensaios nos bornes terminais, si-mulando atuações reais.

− Todos os filtros utilizados nas entradas deverão estar desativados durante a realização dos en-saios.

Os registros dos tempos dos eventos relativos a cada um dos grupos de acionamento simultâneo da tabela acima, deverão estar com o mesmo milisegundo,

A verificação dos registros de tempo deverá ser através da IHM do sistema.

b) SINCRONIZAÇÃO DAS UAC: deverá ser acionado simultaneamente um ponto de cada cartão de entrada binária de cada UAC da configuração ensaiada. Todos os eventos deverão ser registrados com o mesmo milisegundo.

c) ENSAIO DE PRECISÃO: será verificada a precisão dos registros dos tempos dos eventos com relação à hora padrão fornecida pela unidade receptora de GPS. O Fornecedor deverá dispor de equipa-mentos apropriados para a realização deste teste.

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12.3.13. Os equipamentos deverão passar pelos ensaios descritos na condição:

− Operação Normal durante a aplicação dos distúrbios, dentro das características operativas especificadas.

− Os equipamentos não podem apresentar distúrbios funcionais nem risco operativo.

12.4. Ensaios de tipo

12.4.1. Deverão ser apresentados relatórios dos seguintes ensaios:

12.4.2. Para os sistemas de Proteção, Supervisão e Controle: Ensaios de tipo de compatibilidade eletromagnética;

12.4.3. Os níveis mínimos requeridos de suportabilidade para os equipamentos a serem instalados nas Usinas e Subestações são:

− Ensaios de Isolamento e Impulsos de acordo com a Norma IEC 61000-4-5, classe 4;

− Onda Oscilatória Amortecida de acordo com a Norma IEC 61000-4-12, classe 3;

− Transitórios rápidos de acordo com a Norma IEC 61000-4-4, classe 3;

− Descargas Eletrostáticas de acordo com a Norma IEC 61000-4-2, classe 3;

− Interferências por Rádio-frequência irradiada de acordo com a Norma IEC 61000-4-3, classe 3;

− Interferências por Rádio-frequência conduzida de acordo com a Norma IEC 61000-4-6;

− IEC 61000-4-11 para variações de tempo de até 60 ms.

12.5. Ensaios da UAC

12.5.1. Ensaio de Capacidade dos "Buffers"

12.5.2. Este ensaio tem por objetivo verificar o correto dimensionamento dos "buffers" destinado ao armazenamento da seqüência de eventos.

12.5.3. Deverá ser acionado simultaneamente um ponto de entrada digital de cada cartão de entrada, a intervalos de 2 milisegundos repetidos de forma a totalizar o dobro de pontos de entradas binárias da maior UAC. Durante a realização do ensaio, a comunicação da UAC deverá ser inibida. Após o término do ensaio, a comunicação será liberada para a verificação do correto registro e armazenamento dos eventos.

12.5.4. O ensaio acima deverá ser repetido, acionando-se simultaneamente, por duas vezes consecutivas e intervaladas de 2 milisegundos, todos os pontos de entradas binárias da maior UAC.

12.5.5. Auto Diagnóstico

− Deverão ser testadas todas as possibilidades de operação degradada do equipamento, à ní-vel de módulos e submódulos de hardware e avaliada a correta atuação dos auto-diagnósticos na indicação das diversas condições de falhas possíveis e a correta recuperação do equipamento.

12.5.6. Gabinetes e rack

− espessura das chapas e da camada de tinta e padrão da cor;

− aderência da camada de tinta;

− ventilação e medição da temperatura interna

− iluminação interna;

− conferência dos aterramentos.

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12.5.7. Entradas Analógicas

− linearidade e precisão do conversor A/D;

− rejeição dos filtros das entradas em modo comum e em modo diferencial;

− funcionamento da banda morta.

12.5.8. Entradas Digitais

− níveis de acionamento e desativação das entradas digitais;

− simetria do filtro de entrada para variações simultâneas e em sentidos opostos;

− imunidade das entradas digitais à ruídos;

− time tag associada à primeira transição do ponto;

− precisão do filtro anti-bounce.

12.5.9. Saídas Digitais

− verificação da capacidade de comutação em corrente dos contatos dos relés de saída.

12.5.10. Fonte de Alimentação

− imunidade a ruídos e chaveamentos produzidos na entrada da alimentação;

− inversão de polaridade;

− verificação do correto funcionamento do equipamento dentro da faixa de alimentação espe-cificada e durante anomalias como sobre tensão, subtensão e falhas temporárias da alimentação (in-terrupção da alimentação);

− verificação de todas as proteções.

12.5.11. Modem

− sensibilidade de recepção;

− níveis e freqüência de transmissão.

12.5.12. Transdutores

− tempo de resposta;

− linearidade;

− precisão;

− exatidão;

− facilidades para configuração.

OBS.: os ensaios serão executados comparando-se os resultados obtidos nas portas analógicas e de comunicação.

12.6. Ensaios de Rotina Físico

12.6.1. A finalidade destes ensaios ou inspeções é verificar a correta ligação da fiação e o isolamento dos equipamentos, bem como a integridade e acabamento finais, conforme os itens que se seguem:

12.6.2. Ensaio de Continuidade e Isolamento

12.6.2.1. Este ensaio tem por finalidade verificar a correta ligação da fiação interna do equipamento bem como o perfeito isolamento da mesma.

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12.6.2.2. Deverá ser feita uma verificação completa da fiação baseada na última versão da Tabela de Fiação, de modo a garantir a sua correta execução e identificação e a consistência da própria documentação emitida. Duas (2) cópias completas do projeto deverão estar disponíveis para a realização dos ensaios. Ao final dos ensaios deverá ser enviada uma copia da tabela juntamente com o equipamento e outras (2) duas enviadas para FURNAS ao término da inspeção.

12.6.3. Resistência com Megger :

12.6.3.1. Deverá ser aplicado uma tensão de 1500 Volts em relação à terra para todas as entradas e saídas. A resistência de isolamento deverá ser superior a 10 (dez) Mohm, tomando-se o cuidado de desconectar-se todas as ligações para terra. O equipamento deverá estar desligado.

12.6.3.2. Estes ensaios deverão ser realizados antes e depois do Ensaio de Tensão Aplicada, para a avaliação das perfeitas condições de isolamento.

12.6.4. Ensaio de Isolamento da Fiação (Apenas para as unidades completas):

12.6.4.1. Deverá ser aplicada na fiação uma tensão de 1,5 kV em relação à terra, 60 Hz, por 1 minuto, (conforme norma IEC 1000-4-5 classe 3), tomando-se o cuidado de desconectar todos as ligações de aterramento. Para este ensaio, a fiação poderá ser interligada nos bornes terminais. O ensaio com o Megger deverá ser refeito após este Ensaio, anotando este valor. No caso de haver diferença de isolamento superior a 50%, então as causas desta variação deverão ser investigadas.

12.6.5. Ensaios de 100 Horas de Funcionamento

12.6.5.1. Este ensaio consiste na avaliação do correto funcionamento de todos os dispositivos do FORNECIMENTO para uma determinada localidade, interligados, por um período de 100 horas contínuas. Durante este período, os equipamentos envolvidos nos ensaios poderão ser utilizados normalmente, inclusive para a realização de ensaios de desempenho.

12.6.5.2. O ensaio só será considerado satisfatório se durante o período de ensaio não ocorrer qualquer falha de hardware ou software ou ainda religamento automático.

12.6.5.3. O SDSC não poderá ser corrigido durante o período de execução dos ensaios, sendo apenas anotados os resultados não satisfatórios.

12.6.5.4. Completada toda a seqüência de ensaios, os problemas anotados poderão ser corrigidos e um novo ciclo de ensaios poderá ser iniciado.

12.6.5.5. Somente quando não forem mais encontrados problemas por um período de mínimo de 100 horas, os equipamentos estarão liberados.

12.6.5.6. Estes ensaios deverão ser realizados com uma variação mínima e contínua de pelo menos 10% de cada tipo de entrada/saída, escolhidas aleatoriamente entre os diversos processadores componentes do sistema. O acompanhamento será através do SAGE e dos equipamentos de ensaios.

12.6.5.7. O software utilizado nos ensaios deverá ser o mesmo gerado por FURNAS, cuja cópia encontra-se preservada para eventuais comparações.

12.6.5.8. O FORNECEDOR deverá providenciar todos os dispositivos necessários a realização dos ensaios, inclusive a fonte de alimentação não interruptível para todos os equipamentos.

12.6.5.9. Todos os ônus pelas repetições dos ensaios serão por conta do FABRICANTE.

12.6.5.10. Os dispositivos que parecerem superaquecidos ao final do ensaio de energização, deverão ter as temperaturas das caixas e fiação medidas.

12.6.5.11. Os dispositivos ou fiações deverão ser substituídos na ocorrência de uma das seguintes condições:

12.6.5.12. A temperatura das caixas dos dispositivos estiver acima do permitido pela Norma ANSI;

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12.6.5.13. A temperatura dos condutores ou do isolamento estiver acima do permitido pela Norma ABNT.

12.6.5.14. Ensaios dos Demais Dispositivos:

12.6.5.14.1. Deverá ser demonstrado o correto funcionamento de todos os demais dispositivos independentes ou parcialmente independentes incluídos no FORNECIMENTO.

12.6.5.14.2. Ensaios realizados nos locais de fabricação dos equipamentos não serão aceitos em substituição aos ensaios especificados. Todos estes dispositivos deverão demonstrar que, após terem sido energizados por um mínimo de quinze minutos à tensão nominal (CA ou CC), continuam operando satisfatoriamente se a tensão de controle variar dentro dos limites estabelecidos no item "Fontes Auxiliares" desta seção da especificação.

12.7. Ensaios de Rotina Funcional

12.7.1. Geral

12.7.1.1. Neste ensaio cada equipamento deverá ser configurado, calibrado e funcionalmente ensaiado em fábrica quanto aos seus requisitos básicos.

12.7.1.2. Estes ensaios deverão ser executados antes do embarque, nas instalações do FORNECEDOR, em todos os equipamentos cobertos por esta especificação, sem qualquer custo adicional para FURNAS.

12.7.1.3. Um outro objetivo deste ensaio é fornecer um procedimento que, além de verificar se o equipamento a ser embarcado está funcionando corretamente de acordo com o especificado, possa ser utilizado para posteriores comparações em manutenção preventivas ou corretivas.

12.7.1.4. Para este ensaio as unidades poderão ser testadas funcionalmente de forma não integrada, caso isto seja mais prático.

12.7.1.5. As rotinas e softwares para a execução destes testes deverão fazer parte do FORNECIMENTO.

12.8. Ensaio de Integração em Plataforma

12.8.1. Neste ensaio cada equipamento já deverá estar configurado, calibrado e ter sido funcionalmente ensaiado em fábrica quanto aos seus requisitos básicos.

12.8.2. Estes ensaios têm por objetivo comprovar o perfeito atendimento das características funcionais especificadas para os equipamentos, quando o mesmo estiver operando de forma integrada, garantindo que os equipamentos serão enviados para o campo sem nenhuma pendência conhecida.

12.8.3. Antes do início dos ensaios, FURNAS fará a geração de todos os módulos executáveis dos programas, memórias programáveis e base de dados, a partir dos módulos fontes fornecidos. FURNAS manterá em seu poder uma cópia de todo o software utilizado e selará este software nos equipamentos a serem testados. Qualquer alteração deste software só poderá ser executada mediante a aprovação de FURNAS, que manterá em seu poder a mesma versão utilizada nos ensaios

12.8.4. Este ensaio deverá ser executado antes do embarque, nas instalações do FORNECEDOR, em todos os equipamentos cobertos por esta especificação, sem qualquer custo adicional para FURNAS .

12.8.5. Um outro objetivo deste ensaio é fornecer um procedimento que, além de verificar se o equipamento a ser embarcado está funcionando corretamente de acordo com o especificado, possa ser utilizado para posteriores comparações em manutenções preventivas ou corretivas.

12.8.6. Para este ensaio as unidades serão testadas funcionalmente de forma integrada.

12.8.7. As rotinas e softwares para a execução destes ensaios deverão fazer parte do FORNECIMENTO.

12.8.8. Deverão ser verificadas todas as facilidades especificadas.

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12.8.9. Neste ensaio deverão ser executados todos os softwares de diagnóstico para cada equipamento.

12.8.10. Ensaio ponto a ponto para conferência da base de dados.

12.8.11. Deverão ser conferidas todas as telas, bem como a exatidão de todos os valores analógicos.

12.8.12. Deverão ser verificadas todas as lógicas de controle.

12.8.13. Deverão ser verificadas todas as comunicações externas do sistema.

12.8.14. Deverá ser verificado se o comportamento do sistema esta de acordo com o especificado diante da ocorrência de falhas que levem à operação degradada.

12.8.15. Deverão ser verificadas as facilidades de acerto da data e hora (automático e manual) e do sincronismo das diversas unidades.

12.9. Ensaios de Integração em Campo (Comissionamento)

12.9.1. Entende-se como Comissionamento os ensaio de Integração do Sistema que serão realizados no campo, quando da montagem e da colocação em operação dos Equipamentos de todo o Fornecimento.

12.9.2. O Comissionamento visa a demonstrar a correta montagem, conexão e performance dos Equipamentos Fornecidos.

12.9.3. Este ensaio deverá ser realizado logo após a instalação de cada equipamento e sua conexão ao processo, com a repetição do ensaio de integração (em fábrica), porém com as entradas e saídas conectadas ao processo e as comunicações externas do sistema liberadas.

12.9.4. A conclusão satisfatória deste ensaio permitirá que o sistema seja liberado para entrada em operação.

12.9.5. A aceitação provisória se dará após 1 mês de funcionamento satisfatório dos equipamentos, contados do término do comissionamento.

12.9.6. Aceitação definitiva se dará após 12 meses de perfeito funcionamento de todo o conjunto, atendido o MTBF especificado.

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CAPÍTULO 2 : PADRÕES GERAIS

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1. GENERALIDADES

1.1. Esta Seção estabelece as condições e requisitos gerais a serem seguidos durante e depois do FORNECIMENTO, e deverá ser lida em conjunto com as outras seções da especificação. Em caso de discrepância entre o conteúdo desta seção e o de outras seções, o conteúdo da última deverá prevalecer.

1.2. Os equipamentos a serem fornecidos deverão ser projetados, fabricados, testados, embalados, transportados, entregues, instalados e comissionados de acordo esta especificação. Os equipamentos a serem fornecidos incluem os seguintes itens :

1.2.1. Os painéis, materiais e a engenharia que atendam aos requisitos da especificação deverão estar incluídos no escopo do FORNECIMENTO, de acordo com o item Escopo da Licitação constante da Seção II deste Volume.

1.2.2. Os requisitos de proteção contidos na Seção II deverão ser atendidos. O PROPONENTE deverá propor um sistema de proteção e respectiva engenharia que atendam a estes requisitos. O PROPONENTE deverá fornecer todos os relés de proteção, todos os softwares e equipamentos de interface necessários para que o esquema de proteção proposto seja compatível com os demais sistemas, tal como o sistema de comunicação para a teleproteção, além dos relés auxiliares, temporizadores, transformadores de potencial e corrente auxiliares, acessórios, etc... Esta especificação não detalha as quantidades destes dispositivos.

1.2.3. De forma a assegurar que os sistemas de proteção aqui especificados atendam aos Padrões de Desempenho estabelecidos para a Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN) faz-se necessário que os desempenhos de seus elementos funcionais, atendam aos “Requisitos Mínimos” descritos na última revisão dos documentos Procedimentos de Rede – Submódulos 2.5 e 10.19, disponíveis no site www.ons.com.br .

1.2.4. Por se tratarem de “Requisitos Mínimos”, sempre que esta especificação determinar requisitos técnicos mais rigorosos do que aqueles especificados no documento do ONS citado acima, os requisitos estabelecidos nesta especificação prevalecerão.

1.2.5. Os equipamentos deverão ser fornecidos nas quantidades que atendam completamente os requisitos técnicos e funcionais definidos nestas especificações.

1.3. Embora tenha sido dada toda atenção para listar os equipamentos requeridos, é possível que algumas mudanças e/ou adições possam ser feitas durante a fase do projeto executivo. O FORNECEDOR deverá acomodar estas mudanças, se ocorrerem, sem mudança do preço ou modificação do Prazo de Entrega.

1.4. Após a assinatura do CONTRATO, o FORNECEDOR deverá solicitar toda a documentação adicional necessária para a execução dos trabalhos, com a antecedência que julgar necessária de forma a garantir os prazos de entrega dos equipamentos. O FORNECEDOR deverá considerar um tempo mínimo de 20 (vinte) dias para obter estas informações. Qualquer atraso na solicitação das informações não poderá ser considerado como uma razão para atraso das entregas.

121

2. LINGUAGEM E UNIDADES DE MEDIDAS

2.1. Todos os catálogos, manuais de instrução, documentos técnicos, instruções de operação e manutenção, desenhos e correspondências técnicas deverão ser escritos em Português ou Inglês.

2.2. Todas as medidas deverão utilizar o sistema métrico decimal, de acordo com a Norma do "Instituto Nacional de Metrologia". Nos casos de itens usualmente expressos em outro sistema métrico (por exemplo: porcas, parafusos, conexões, etc.), estes poderão ser expressos nestas unidades.

2.3. Se a informação for dada em um outro sistema métrico e estiver em conflito com o sistema métrico decimal, o último prevalecerá.

2.4. Se forem requeridos os serviços de um supervisor de montagem e/ou um engenheiro de comissionamento, estes profissionais deverão se comunicar em Português.

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3. NORMAS E PADRÕES

3.1. Os recursos de proteção, controle e supervisão deverão estar de acordo com as normas citadas neste Edital. Quando os requisitos excederem as recomendações das normas das organizações abaixo citadas, os requisitos desta ESPECIFICAÇÃO deverão prevalecer.

3.2. Na ausência de citação específica, o fornecimento deverá estar de acordo com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e, nos casos omissos, com as últimas revisões das normas das seguintes organizações:

− ANSI - American National Standards Institute

− ASTM - American Society for Testing and Materials

− ICEA - Insulated Cable Engineers Association

− IEC - International Electrotechnical Comission

− IIW - International Institute of Welding

− IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

− ISO - International Organization for Standardization

− NEMA - National Electrical Manufacturers Association

− EIA - Electronic Industries Association

− CCITT - Comitê Consultivo Internacional de Telefonia e Telegrafia

− OSI - Open System Interconnect

− OSF - Open Software Fundation

O PROPONENTE deverá indicar claramente na proposta sob qual Norma o equipamento proposto será projetado e fabricado.

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4. CLIMA

4.1. Os equipamentos deverão ser adequados para operar em um clima semitropical com alta temperatura e alta umidade.

4.2. Os seguintes critérios deverão ser usados :

− Faixa de temperatura ambiente (oC): -5 a + 45

− Temperatura média diária máxima (o C): +30

− Altitude acima do nível do mar (m): 1000

− Umidade relativa (%) : min. 10, máx. 95

124

5. MATERIAIS, MÃO-DE-OBRA E SUB-FORNECEDORES

5.1. Quando requerido pela especificação ou por FURNAS, o PROPONENTE deverá submeter para aprovação todas as informações relacionadas aos materiais ou componentes a serem usados no FORNECIMENTO.

5.2. Fica entendido que, para os casos de equipamentos, materiais e componentes rejeitados por FURNAS, todos os custos associados às suas rejeições deverão ser assumidos pelo FORNECEDOR.

5.3. O FORNECEDOR deverá submeter à qualificação de FURNAS, os SUB-FORNECEDORES principais a quem pretende sub-contratar parte do trabalho, adquirir materiais, componentes ou equipamentos a serem utilizados no FORNECIMENTO. Deverão ser fornecidas, casos solicitadas por FURNAS, informações sobre sua capacitação técnica e de produção, experiência e desempenho neste tipo de trabalho.

5.4. O FORNECEDOR deverá disponibilizar com seus sub-contratados para o fornecimento de outros equipamentos e serviços correlatos, todas as informações necessárias para assegurar a adequação do projeto e fabricação de todas as partes acopladas ou associadas.

5.4.1. Se o FORNECEDOR discordar ou tiver dúvidas com relação a qualquer parte do projeto ou fornecimentos de outros fornecedores, deverá imediatamente comunicar a FURNAS por escrito.

5.5. O FORNECEDOR será o responsável pelo funcionamento global dos sistemas fornecidos, mesmo no que diz respeito aos acoplamentos com sistemas fornecidos por TERCEIROS, em particular no que diz respeito às ligações e integrações entre os equipamentos.

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6. TROPICALIZAÇÃO

6.1. Os equipamentos e materiais incluídos no fornecimento deverão ser adequados e, quando necessário, especialmente tratados e processados para entrega, armazenamento e operação em condições tropicais, como alta temperatura, alta umidade e chuva intensa que levam a formação e ao crescimento de mofo e fungos. Os materiais e os processos de tropicalização, quando não explicitamente descritos na especificação, deverão ser selecionados de acordo com a melhor prática comercial e industrial, e deverão ser objeto de aprovação por FURNAS.

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7. DOCUMENTOS, DESENHOS E DEMAIS INFORMAÇÕES

7.1. Generalidades

7.1.1. Todos os impressos, desenhos, manuais de instrução, relatórios de ensaio, tabelas e outros documentos fornecidos de acordo com os requisitos desta especificação, se tornarão propriedade de FURNAS e seus custos deverão estar incluídos no preço do FORNECIMENTO.

7.1.2. FURNAS terá o direito de fazer cópias de qualquer documento, desenho ou informação fornecida pelo FORNECEDOR, sendo que estas cópias somente serão utilizadas para construção ou manutenção das instalações de FURNAS, por representantes de FURNAS ou de seus SUB-FORNECEDORES.

7.1.3. O FORNECEDOR deverá manter Ordens de Fornecimento com SUB-FORNECEDORES, cobrindo materiais ou equipamentos requeridos no contrato acessíveis todo o tempo para o INSPETOR de FURNAS .

7.1.4. Todos os desenhos e informações submetidas e liberadas por FURNAS farão parte do FORNECIMENTO, e não deverão ser modificadas sem prévio consentimento por escrito de FURNAS.

7.1.5. Todo FOrnecimento deverá ser efetuado de acordo com os desenhos liberados por FURNAS. O FORNECEDOR será responsável pelo material adquirido e pelo trabalho realizado baseado nos desenhos não liberados por FURNAS.

7.1.6. Todos os desenhos deverão ser elaborados em AUTO CAD, versão 2005 ou superior.

7.1.7. São de inteira responsabilidade do FORNECEDOR, quaisquer questões de Direitos Autorais da documentação e dos programas (software) requeridos na especificação.

7.2. Procedimento para Liberação de Desenhos

7.2.1. Desenhos submetidos para liberação pelo FORNECEDOR deverão ser enviados para o ENGENHEIRO, a menos que seja indicado o contrário, na seguinte quantidade:

- 2 (duas) cópias para o ENGENHEIRO, - 1 (uma) cópia para FURNAS.

7.2.2. Os desenhos deverão ser mandados para análise juntamente com uma cópia de catálogos, folhetos e todas as informações adicionais necessárias para permitir a completa compreensão pelo ENGENHEIRO.

7.2.3. Seqüência de Aprovação

7.2.3.1. Dentro de 20 (vinte) dias a partir do recebimento de cada documento, o ENGENHEIRO deverá retornar ao FORNECEDOR uma cópia marcada com uma das seguintes indicações :

a) "Liberado para fabricação" b) "Liberado para fabricação conforme marcado" c) "Devolvido para Alterações"

As opções "a" e "b" autorizam o FORNECEDOR a proceder a fabricação do equipamento objeto do desenho, considerando as correções indicadas e/ou descritas na carta de devolução. Em caso da opção "b", o desenho deverá ser reenviado com as alterações requeridas, dentro de 20(vinte) dias. No caso da opção "c", o FORNECEDOR deverá incluir as alterações solicitadas e reenviar o desenho para aprovação dentro de 20 (vinte) dias. O ENGENHEIRO irá examinar e retornar os desenhos 20(vinte) dias após a data do seu recebimento.

7.2.4. A correção de desenhos e o reenvio dos mesmos para nova análise não autorizarão o FORNECEDOR a qualquer extensão nas datas de entrega contratuais.

7.2.5. O ENGENHEIRO poderá notificar o FORNECEDOR por fax a respeito da liberação de desenhos. Qualquer fabricação realizada antes do recebimento da notificação autorizando a mesma (desenhos liberados para fabricação) será de inteira responsabilidade do FORNECEDOR.

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7.2.6. Todos os desenhos e dados enviados e liberados são considerados parte do CONTRATO não podendo ser modificados sem o consentimento por escrito do ENGENHEIRO ou FURNAS.

7.2.7. Todo o FORNECIMENTO deverá ser executado de acordo com os desenhos liberados pelo ENGENHEIRO. A liberação de desenhos e informações pelo ENGENHEIRO não eximirá o FORNECEDOR das suas responsabilidades no projeto e fabricação dos equipamentos de acordo com a especificação. O fato de se chamar a atenção do FORNECEDOR para alguns erros ou omissões não tornará o ENGENHEIRO responsável pela correção de características ou outras omissões.

7.3. Desenhos Finais

O FORNECEDOR deverá enviar os desenhos finais como indicado a seguir: - 1 (uma) cópia em meio magnético e 1 (uma) cópia em papel para o ENGENHEIRO. - 1 (uma) cópia em papel para FURNAS. A cópia em meio magnético deverá ser enviada em disquete de 3 1/2", 1,44 Mbytes, discos tipo "ZIP" ou CD-ROM.

7.4. Desenhos, Normas e Dimensões

7.4.1. Os desenhos do FORNECEDOR deverão ser preparados de acordo com a NBR-8 - "Norma Geral de Desenho Técnico", emitida pela "Associação Brasileira de Normas Técnicas" (ABNT).

7.4.2. Todos os desenhos preparados pelo FORNECEDOR e seus SUB-FORNECEDORES enviados para aprovação relativos ao FORNECIMENTO, deverão ter o Carimbo Padrão de FURNAS como mostrado no desenho 319095-1-A1.

7.4.3. Os desenhos feitos pelo FORNECEDOR deverão ser como indicado na tabela de "Programação de Desenhos" desta especificação. As dimensões serão padronizadas como a seguir :

Tamanho Dimensões dentro da linha de corte (mm) A0 841 x 1.189 A1 594 x 841 A2 420 x 594 A3 297 x 420 A4 210 x 297

As linhas de borda para todos os tamanhos padronizados deverão estar dispostas nos desenhos como mostrado no desenho 319094-3-A1.

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8. QUALIDADE, INSPEÇÃO E ENSAIOS DURANTE A FABRICAÇÃO

8.1. Programa de Garantia de Qualidade

8.1.1. O FORNECEDOR deverá apresentar evidências mostrando que possui métodos que garantam a qualidade de todas as atividades críticas de modo a obter equipamentos e produtos da mais alta qualidade.

8.1.2. O FORNECEDOR deverá demonstrar (através de manuais de controle de qualidade, formulários apropriados, etc...) que utiliza e mantém controles para alcançar o nível de qualidade requerido no FORNECIMENTO.

8.1.3. O Programa de Garantia de Qualidade do FORNECEDOR deverá vir de encontro a Norma Brasileira NBR 19001 de forma a atingir plenamente todos os requisitos de conformidade da especificação; este programa de qualidade deverá englobar o controle dos SUB-FORNECEDORES e um levantamento de todos os processos de inspeção, além de uma verificação periódica dos resultados destes processos.

8.1.4. O Sistema de Qualidade do FORNECEDOR deverá incluir pelo menos o controle dos seguintes aspectos:

8.1.4.1. Disponibilidade no local de inspeção dos desenhos e instruções aplicáveis e a pronta remoção dos documentos obsoletos.

8.1.4.2. Disponibilidade de equipamentos de ensaio e inspeção apropriados e corretamente calibrados.

8.1.4.3. Fabricação, montagem, inspeção final e identificação dos componentes e equipamentos para despacho.

8.1.4.4. Manuseio e armazenamento dos componentes e equipamentos.

8.1.4.5. Relatórios de ensaio dos materiais e componentes utilizados na fabricação.

8.2. Plano de Inspeção

8.2.1. O FORNECEDOR deverá apresentar para aprovação de FURNAS duas cópias do programa de atividades de inspeção, no mínimo 30 dias antes do início da fabricação. O FORNECEDOR não poderá convocar para inspeção sem a aprovação do Plano.

8.2.2. Este programa de inspeção deverá incluir todas as atividades relacionadas com o programa de controle de qualidade de fabricação, os ensaios de rotina e os ensaios de tipo (se aplicáveis) requeridos por esta especificação.

8.2.3. O Plano de Inspeção deverá detalhar todos os estágios de fabricação e suas respectivas durações estimadas, amostragem, Normas, instruções aplicáveis e critérios de aceitação.

8.2.4. No caso de mudanças na programação de inspeção, deverá ser enviado para aprovação um programa de inspeção revisado.

8.2.5. A revisão indicada no item 8.2.4 (caso ocorra) deverá ser enviada para FURNAS, em 2 (duas) vias, num prazo máximo de 15 (quinze) dias após a mudança se tornar conhecida e antes da convocação para inspeção.

8.2.6. Convocação da Inspeção

8.2.6.1. As convocações para Inspeção devem ser feitas através do fac-símile número (21) 2528-4977, com o mínimo de 07 dias de antecedência da data em que o material estará pronto para a inspeção. O fac-símile deverá ser endereçado a FURNAS - Departamento de Energia Elétrica / DEL.T.

8.2.6.2. A convocação deve conter no mínimo as seguintes informações:

− número do instrumento contratual;

129

− lote/item e quantidade a ser inspecionada;

− item do plano e descrição (caso existente), ou ainda, a descrição dos pontos de inspe-ção a serem realizados;

− local e tempo necessários para a execução da inspeção.

8.2.7. Planos de amostragem e critérios de aceitação

8.2.7.1. Os Planos de amostragem e critérios de aceitação deverão ser definidos com base nas normas ABNT NBR-5426 e NBR-5427 tendo como condições de contorno do risco do consumidor e qualidade limite, menores ou iguais a 10%.

8.3. Inspeção e Ensaios

8.3.1. O INSPETOR desenvolverá junto ao FORNECEDOR as seguintes atividades:

8.3.2. Aprovação do plano de inspeção e ensaios e avaliação inicial do sistema de controle de qualidade do FORNECEDOR.

8.3.3. Vistorias periódicas dos procedimentos de fabricação para confirmação da efetiva aplicação dos procedimentos.

8.3.4. Inspeção dos materiais do FORNECIMENTO e verificação dos registros de inspeção, a critério do INSPETOR, englobando os seguintes aspectos:

8.3.5. Verificação se a matéria prima atende aos requisitos da especificação.

8.3.6. Verificação se as partes montadas e fabricadas atendem a especificação, aos desenhos aprovados, Normas estabelecidas e a boa prática da engenharia.

8.3.7. Inspeção periódica da situação de projeto e da produção do FORNECEDOR, bem como a preparação de relatórios do progresso das atividades.

8.3.8. Testemunho dos ensaios.

8.3.9. Acompanhamento do atendimento aos Prazos de Entrega dos equipamentos, e liberação para despacho.

8.3.10. Verificação da adequacidade e do grau de proteção da embalagem para transporte bem como das facilidades de manuseio.

8.3.11. Verificação da lista de embarque para certificar que todo o material listado está embalado e identificado com item, nº da encomenda e destino do volume.

8.3.12. Toda a matéria prima, componentes, peças de montagem e produtos deverão ser objeto de ensaios, durante o período de fabricação, conforme especificado na especificação.

8.3.13. O FORNECEDOR deverá incluir em todas as suas encomendas a SUB-FORNECEDORES uma nota informando que os materiais e equipamentos poderão ser objeto de inspeção pelo inspetor de FURNAS .

8.3.14. Todos os materiais que fazem parte do FORNECIMENTO serão testados para comprovar o atendimento às normas aplicáveis. O FORNECEDOR deverá preparar amostras e fazer ensaios e análises dos diversos materiais para demonstrar o atendimento às normas aplicáveis.

8.3.15. O FORNECEDOR deverá manter o INSPETOR informado dos vários estágios de trabalho de modo que os ensaios possam ser realizados sem causar qualquer atraso no programa de produção do FORNECEDOR.

8.3.16. O FORNECEDOR deverá fornecer, sem custo adicional, toda a assistência e facilidades necessárias para que o INSPETOR possa desenvolver seu trabalho satisfatoriamente.

130

8.3.17. No caso de prorrogação, pelo FORNECEDOR, de ensaios programados ou necessidades de se repetirem ensaios devido a resultados insatisfatórios, ou outras razões de responsabilidade do FORNECEDOR, este deverá assumir todos os custos dos reensaios e as despesas de reinspeção (custos do INSPETOR).

8.3.18. A aceitação ou rejeição de equipamentos e/ou componentes deverá ser feita logo após a fabricação, a menos que seja estipulado de modo diferente no contrato. Qualquer falha na inspeção, aceitação ou rejeição de equipamentos e/ou componentes não eximirá o FORNECEDOR de suas responsabilidades no atendimento aos requisitos da especificação.

8.3.19. A inspeção e ensaios de componentes ou lotes de componentes executadas pelo INSPETOR não liberam o FORNECEDOR da sua responsabilidade relacionada a defeitos ou outras falhas que possam ser encontradas.

8.3.20. Nenhum equipamento ou material deverá ser embarcado até que todos os ensaios, análises e inspeções tenham sido concluídos, ou cópias certificadas dos relatórios de ensaio, de análises, ou certificados do FORNECEDOR, tenham sido aceitos e liberados pelo INSPETOR ou através de uma declaração por escrito de FURNAS. A liberação para embarque será feita pelo INSPETOR através do "Certificado de Liberação de Material" .

8.3.21. O grau de proteção e a qualidade das embalagens para transporte serão verificados pelo INSPETOR.

8.3.22. Cada volume deverá conter equipamentos/materiais para apenas um destino.

8.3.23. O INSPETOR e outros agentes de FURNAS deverão ter acesso, a qualquer tempo, a todos os locais onde materiais ou equipamentos estiverem sendo preparados ou fabricados, incluindo os SUB-FORNECEDORES do FORNECEDOR.

8.3.24. O FORNECEDOR deverá informar FURNAS o nome de seu representante autorizado para tomar decisões e/ou fornecer informações a FURNAS ou ao INSPETOR de FURNAS a respeito dos Prazos de Entrega de desenhos, equipamentos, ensaios e qualquer outra informação relacionada ao FORNECIMENTO.

8.3.25. O INSPETOR terá completa autonomia para aceitar ou rejeitar em nome de FURNAS qualquer equipamento ou parte considerada insatisfatória e/ou que não esteja de acordo com a especificação.

131

9. EMBALAGEM

9.1. O método de embalagem deverá ser tal que proteja adequadamente todos os equipamentos contra danos durante o transporte, da ação da chuva, sol, umidade e mudanças súbitas de temperatura. Todas estas situações deverão ser consideradas na preparação da embalagem do equipamento.

9.2. Os desenhos dos métodos de embalagem propostos para grandes equipamentos (componentes) deverão ser enviados para aprovação por FURNAS.

9.3. Todas as partes deverão ser adequadamente etiquetadas e encaixotadas. As embalagens deverão ser constituídas de engradados de madeira fechados. Os equipamentos deverão ser envolvidos com material à prova d'água, adequadamente escorados por todos os lados e as terminações e cantos com proteções de metal apropriadas. Os dispositivos avulsos, sobressalentes e ferramentas deverão ser embalados em caixas de madeira separadas, envolvidos com material à prova d'água. Os instrumentos, relés, etc., deverão ser adequadamente protegidos com plástico transparente.

9.4. A embalagem deve ser tal que a remoção de um item ou conjunto não deverá afetar a embalagens dos demais sobressalentes. Para facilidade do transporte, mais de um conjunto de sobressalentes poderá ser embalado em apenas 1 (uma) caixa ou engradado.

9.5. informações:

- Número da Encomenda

- Destino (Subestação)

- Item da Lista de Material aprovada

9.6. O FORNECEDOR será responsável por qualquer dano ou perda devido a uma embalagem imprópria ou insuficiente.

9.7. Dentro de cada caixa deverá ser incluída a respectiva lista de material de equipamento.

9.8. O FORNECEDOR deverá, a qualquer tempo antes da entrega, proteger e preservar de perda, corrosão ou qualquer outra forma de dano, todas as partes do FORNECIMENTO.

132

10. TREINAMENTO

10.1. Geral

10.1.1. O FORNECEDOR deverá prover treinamento abrangendo todos os itens do FORNECIMENTO, de modo a tornar FURNAS capacitada e auto-suficiente para acompanhamento do desenvolvimento do projeto, manutenção, operação e futuras expansões do sistema.

10.1.2. Todos os equipamentos e ferramentas de hardware e software, bem como, os recursos didáticos necessários para cada treinamento, inclusive cópias dos recursos audiovisuais eventualmente utilizados, deverão ser providenciados pelo FORNECEDOR em quantidade adequada para cada participante.

10.1.3. FORNECEDOR deverá enviar, 45 (quarenta e cinco) dias antes do início de cada curso, um resumo contendo a programação básica a ser seguida, de modo a permitir aos participantes um conhecimento prévio do conteúdo de cada treinamento.

10.1.4. Os cursos julgados por FURNAS como insuficientes para cumprimento dos objetivos desejados deverão ser complementados ou repetidos sem ônus adicionais.

10.1.5. O local dos cursos e o cronograma do treinamento deverão ser submetidos a FURNAS para aprovação.

10.1.6. Os cursos deverão ser divididos em módulos, onde a hierarquia deverá estar bem clara e coerente com os conteúdos programáticos dos mesmos. Deverão ser compostos de uma parte expositiva, em salas de aula, e por um acompanhamento prático, por meio de exercício e testes em laboratórios com equipamentos iguais aos utilizados em projeto e/ou incluídos neste FORNECIMENTO.

10.1.7. FURNAS se reserva o direito de repetir internamente, sem ônus adicional para empresa, qualquer treinamento ministrado, ou que venha a ser incluído no FORNECIMENTO, podendo inclusive usar e reproduzir a documentação do treinamento.

10.1.8. O FORNECEDOR será responsável pelos custos referentes ao instrutor, material didático, deslocamento dos equipamentos e demais despesas com o curso. FURNAS arcará somente com as despesas de transporte, alimentação e hospedagem de seus funcionários.

10.1.9. Os treinamentos deverão ser ministrados em Português nas instalações de FURNAS ou do FORNECEDOR no Brasil . O material didático poderá ser em Português ou Inglês.

10.2. Programa de Treinamento

10.2.1. O FORNECEDOR deverá submeter a FURNAS para aprovação um programa completo de treinamento. FURNAS se reserva o direito, sem ônus para a empresa, de fazer alterações, inclusões, ou mesmo de recusar parte ou todo o programa de treinamento proposto.

10.2.2. Deverá ser ofertado um curso de treinamento de 10 (dez) dias de duração, para 15 técnicos de FURNAS, a ser ministrado nas instalações do FORNECEDOR no Brasil ou em FURNAS, com a seguinte ementa mínima:

− Parte Teórica

Teoria, Aplicação, Projeto, Funcionamento, Montagem, Comissionamento, Parametrização, Ajustes e Manutenção dos equipamentos fornecidos.

− Parte Prática

Comissionamento, Parametrização, Ajustes e Manutenção dos equipamentos fornecidos.

10.2.3. O curso deverá ser ministrado nas semanas que antecedem os ensaios de fábrica dos equipamentos, na hipótese destes serem fabricados no Brasil. No caso de equipamentos importados, o curso deverá ser ministrado no Brasil, logo após a entrega.

133

11. ACOMPANHAMENTO DO PROJETO

11.1. O FORNECEDOR deverá prever estrutura em suas instalações para receber uma equipe de engenheiros de FURNAS durante todas as etapas de desenvolvimento do projeto.

11.2. Fica a critério de FURNAS participar das etapas de desenvolvimento do projeto que julgar necessário.

11.3. Para os módulos de software incluídos sem desenvolvimento ou alterações específicas para este FORNECIMENTO, o PROPONENTE deverá fornecer todas as informações necessárias para permitir à equipe de FURNAS executar os serviços de manutenção e futuras expansões.

11.4. Esta participação no projeto não deverá substituir (ou ser substituída) por qualquer outro tipo de treinamento ou atividade para capacitação da equipe de FURNAS nos aspectos técnicos do sistema a ser fornecido.

11.5. O PROPONENTE deverá fornecer infra-estrutura de escritório, tais como microcomputadores, impressoras, serviço de cópia, documentação técnica etc, para o pessoal de acompanhamento, sem custos adicionais para FURNAS.

134

12. SOBRESSALENTES

12.1. Para cada subestação deverão ser fornecidos sobressalentes contemplando todos os equipamentos do fornecimento. Deverão ser fornecidos 10 % (dez por cento) de todo o fornecimento de cada módulo/dispositivo/cartão/relé etc utilizado sendo limitado a no mínimo 1 (um) de cada tipo e no caso de quantidade fracionária deverá ser arredondada para cima.

12.2. Exemplo de como cotar os itens de sobressalentes e de preencher a tabela de preços de sobressalentes detalhada:

Para uma subestação X que possui 15 (quinze) vãos de linha de 138 kV deverá ser fornecido um siste-ma de controle digital e painéis de proteção de linha.

Item de Sobressalentes - Exemplo Ilustrativo

PEÇA QUANT. TOTAL

QUANT.

SOBRESSALENTE VALOR UNITÁRIO VALOR

TOTAL P/ MÓDULO

Cartão de processamento – UAC

17 2

Fonte de Alimentação - UAC 17 2

Cartão de Saída Digital - UAC 72 8

Cartão de Entrada Digital - UAC 25 3

Cartão de Comunicação - UAC

17 2

Rack Vazio - UAC 17 2

Inversor 2 1

Relé de Distância 30 3

Relé de Sincronismo 1 1

Relé de Biestável 50 5

Relé Auxiliar tipo 1 300 30

Relé Auxiliar tipo 2 250 25

Relé Auxiliar tipo 3 280 28

Bloco de teste 30 3

Chave tipo 1 30 3

Chave tipo 2 45 5

Transdutores 30 3

Quick-lag tipo 1 75 8

Quick-lag tipo 2 30 3

Borne tipo 1 3.000 300

135

Bornes tipo 2 750 75

VALOR TOTAL SOBRESSALENTES

XXXXXX

136

CAPÍTULO 3: DADOS TÉCNICOS A SEREM FORNECIDOS COM A PROPOSTA

137

1. GENERALIDADES

1.1. Esta seção estabelece a quantidade mínima de informações técnicas a serem fornecidas pelo PROPONENTE com a proposta. O PROPONENTE deverá fornecer as informações adicionais que julgar necessárias para demonstrar que os equipamentos oferecidos irão atender completamente aos requisitos aos quais se propõem e conforme o solicitado por esta especificação.

1.2. As informações solicitadas nesta seção deverão ser dadas especificamente para o equipamento sendo oferecido, e deverão ser fornecidas na mesma forma, seqüência e número de item como mostrado nesta seção.

138

2. INFORMAÇÕES GERIAIS

2.1. O PROPONENTE deverá fornecer um escopo detalhado do fornecimento.

2.2. O PROPONENTE deverá fornecer uma lista de equipamentos já fornecidos, iguais aos que estão sendo ofertados, incluindo no mínimo os seguintes dados:

− Nome do cliente/descrição sucinta do sistema em que o equipamento foi instalado e a sua aplicação

− Configuração do sistema

− Principais funções desempenhadas

− Capacidade em termos de entradas/saídas

− Ano de entrada em operação comercial

− Nome e telefone do cliente para contato.

2.3. Deverá ser fornecido um cronograma de fornecimento explicitando todas as fases do projeto, fabricação desde a adjudicação do contrato até a aceitação.

2.4. Relação dos equipamentos e serviços a serem subcontratados indicando a relação de empresas subfornecedoras para cada item.

139

3. SISTEMA DIGITAL DE SUPERVISÃO E CONTROLE (SDSC)

3.1. O PROPONENTE deverá apresentar junto com a sua proposta uma literatura descritiva do seu produto.

3.2. Esta literatura deverá ser elaborada especificamente para o fornecimento em questão, incluindo configurações, catálogos, folhetos etc., para cada dispositivo incluído nos equipamentos a serem fornecidos.

3.3. Deverá constar o tipo/modelo e fabricante de cada item do fornecimento.

3.4. O PROPONENTE deverá apresentar a configuração dos equipamentos proposta para cada localidade, com a relação e a disposição de todos os componentes.

3.5. Deverão ser fornecidos os preços unitários de todos os dispositivos componentes dos equipamentos propostos.

3.6. O PROPONENTE deverá fornecer uma lista detalhada relacionando por item do fornecimento, todos os dispositivos principais e de interface, tais como relés auxiliares, relés de interposição, transdutores, multimedidores, equipamentos de comunicação, fontes de alimentação com descrição completa das características técnicas.

3.7. O PROPONENTE deverá preencher os formulários relativos às características técnicas garantidas incluídos no final desta seção. O envio da proposta sem o preenchimento dos formulários implicará na interpretação de FURNAS de que as características técnicas mínimas contidas nesta especificação são garantidas pelo PROPONENTE.

140

4. PAINÉIS DE PROTEÇÃO

4.1. O PROPONENTE deverá incluir informações suficientes para descrever completamente sua técnica de montagem de painéis. Estas informações deverão incluir, mas não se limitar a:

− Descrição da montagem, incluindo quadros e reforços, tipo de calhas, espessura da chapa e se o painel será de montagem soldada ou aparafusada;

− Descrição completa do método de pintura e tratamento de chapa;

− Métodos de instalações dos equipamentos;

− Dimensões completas;

− Modelo de Documentação que o FORNECEDOR sugere opcionalmente para o projeto (ve-ja também item "REQUISITOS PARA DESENHOS E OUTROS DOCUMENTOS").

141

5. SISTEMAS ESPPECIAIS DE PROTEÇÃO (SEP)

5.1. O PROPONENTE deverá apresentar junto com a sua proposta uma literatura descritiva do seu produto.

5.2. Esta literatura deverá ser elaborada especificamente para o fornecimento em questão, incluindo configurações, catálogos, folhetos etc., para cada dispositivo incluído nos equipamentos a serem fornecidos.

5.3. Deverá constar o tipo/modelo e fabricante de cada item do fornecimento.

5.4. O PROPONENTE deverá apresentar a configuração dos equipamentos proposta para cada localidade, com a relação e a disposição de todos os componentes.

5.5. Deverão ser fornecidos os preços unitários de todos os dispositivos componentes dos equipamentos propostos.

5.6. O PROPONENTE deverá fornecer uma lista detalhada relacionando por item do fornecimento, todos os dispositivos principais e de interface, tais como relés auxiliares, relés de interposição, transdutores, multimedidores, equipamentos de comunicação, fontes de alimentação com descrição completa das características técnicas.

5.7. O PROPONENTE deverá preencher os formulários relativos às características técnicas garantidas incluídos no final desta seção. O envio da proposta sem o preenchimento dos formulários implicará na interpretação de FURNAS de que as características técnicas mínimas contidas nesta especificação são garantidas pelo PROPONENTE.

142

6. REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÃO (RDP)

6.1. O PROPONENTE deverá apresentar junto com a sua proposta uma literatura descritiva do seu produto.

6.2. Esta literatura deverá ser elaborada especificamente para o fornecimento em questão, incluindo configurações, catálogos, folhetos etc., para cada dispositivo incluído nos equipamentos a serem fornecidos.

6.3. Deverá constar o tipo/modelo e fabricante de cada item do fornecimento.

6.4. O PROPONENTE deverá apresentar a configuração dos equipamentos proposta para cada localidade, com a relação e a disposição de todos os componentes.

6.5. Deverão ser fornecidos os preços unitários de todos os dispositivos componentes dos equipamentos propostos.

6.6. O PROPONENTE deverá fornecer uma lista detalhada relacionando por item do fornecimento, todos os dispositivos principais e de interface, tais como relés auxiliares, relés de interposição, transdutores, multimedidores, equipamentos de comunicação, fontes de alimentação com descrição completa das características técnicas.

6.7. O PROPONENTE deverá preencher os formulários relativos às características técnicas garantidas incluídos no final desta seção. O envio da proposta sem o preenchimento dos formulários implicará na interpretação de FURNAS de que as características técnicas mínimas contidas nesta especificação são garantidas pelo PROPONENTE.

143

7. PAINÉIS

7.1. O PROPONENTE deverá incluir informações suficientes para descrever completamente sua técnica de montagem de painéis. Estas informações deverão incluir, mas não se limitar a:

− Descrição da montagem, incluindo quadros e reforços, tipo de calhas, espessura da chapa e se o painel será de montagem soldada ou aparafusada;

− Descrição completa do método de pintura e tratamento de chapa;

− Métodos de instalações dos equipamentos;

− Dimensões completas;

− Métodos de anilhamento dos condutores e tipo de bornes terminais;

− Métodos de identificação dos dispositivos;

− Modelo de Documentação que o FORNECEDOR sugere opcionalmente para o projeto (ve-ja também item "REQUISITOS PARA DESENHOS E OUTROS DOCUMENTOS").

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8. ENSAIOS

8.1. Ensaios de Desempenho Dinâmico (Ensaios de Modelo)

8.1.1. O PROPONENTE deverá enviar uma descrição detalhada das facilidades de simulação de desempenho dinâmico das proteções, que serão utilizadas para a realização dos ensaios FURNAS.

8.1.2. O PROPONENTE deverá enviar uma descrição detalhada das facilidades de simulação, incluindo ao menos:

− modelagem do sistema de potência;

− modelagem dos transformadores capacitivos de potencial e dos de corrente;

− facilidades de registro de dados.

8.2. Ensaios de Tipo de Interferência Eletromagnética

8.2.1. O PROPONENTE deverá enviar Certificados dos Ensaios de Tipo realizados em todos os dispositivos estáticos e numéricos que estão sendo oferecidos. Estes ensaios deverão estar de acordo com as normas e níveis especificados no Item “Ensaios" da especificação.

8.2.2. Se o PROPONENTE não dispuser dos Certificados dos Ensaios de Tipo acima solicitados, deverá fornecer uma Declaração Formal de que estes testes serão realizados antes da fabricação do painel, escopo do presente FORNECIMENTO, sem qualquer ônus para FURNAS.

145

9. QUALIDADE

9.1. O PROPONENTE deverá fornecer um índice relacionando todos os manuais de controle de qualidade de que dispõem de forma a demonstrar que atende ao solicitado no item "Programa de Garantia de Qualidade" da especificação.

9.2. O PROPONENTE deverá enviar sua Certificação NBR 19001 ( ISO 9001 ) emitida por organização reconhecida internacionalmente ou por Concessionária de Energia Elétrica, para os equipamentos objeto deste fornecimento.

9.3. Para o Sistema Digital de Supervisão e Controle, FURNAS aceitará os certificados de auditoria de qualidade emitidos por Concessionárias de Energia Elétrica, desde que estes tenham menos de três anos na data da abertura da PROPOSTA.

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10. FERRAMENTAS ESPECIAIS

10.1. O PROPONENTE deverá informar a necessidade, de alguma ferramenta especial ou equipamento de teste especial necessários para comissionamento, aferição, ajuste, operação, manutenção dos equipamentos propostos. A compra destas ferramentas é opcional. Caso o FORNECEDOR não ofereça determinados software ou ferramenta que se mostrem necessárias durante o fornecimento, estes deverão ser fornecidos sem qualquer custo adicional.

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11. INSTALAÇÃO E COMISSIONAMENTO

11.1. O PROPONENTE deverá informar o tempo e o custo estimados para comissionamento dos equipamentos fornecidos. Durante os Testes de Comissionamento, será verificado o funcionamento de todos os sistemas, seus subsistemas e equipamentos, no local de instalação definitiva, através da realização de nova bateria de Testes Funcionais, conforme especificado no item "Ensaios".

11.2. Em sua proposta, o FORNECEDOR deverá considerar que nem sempre os desligamentos solicitados serão concedidos pelo ONS. As horas ociosas devido a desligamentos cancelados e/ou adiados deverão ser contempladas.

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12. RELAÇÃO DE DISPOSITIVOS

12.1. O PROPONENTE deverá descriminar na proposta o tempo e o custo discriminado por usina e subestação para projeto executivo (se aplicável), instalação e comissionamento dos equipamentos fornecidos. FURNAS se reserva o direito de acompanhar todo o processo, verificando o funcionamento de todos os sistemas, seus subsistemas e equipamentos, no local de instalação definitiva, através da realização de nova bateria de Testes Funcionais, conforme especificado no item "Ensaios". O fabricante será responsável pela instalação dos painéis e demais equipamentos na sala de controle modificação dos painéis existentes, fiação interna e conexão dos cabos externos e pelos custos de comissionamento.

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13. FORMULÁRIOS

13.1. FORMULÁRIO - Relação de Componentes dos Painéis de Proteção e Controle

− NOME DO FORNECEDOR:

− Nº. DA ORDEM DE COMPRA:

− ITEM DA TABELA DE PREÇOS:

− DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO ITEM:

− TIPO/DIMENSÕES DO PAINEL:

Quantidade Descrição do Componente Tipo Catálogo Fabricante

150

CAPÍTULO 4: GARANTIAS TÉCNICAS

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1. GENERALIDADES

1.1. O PROPONENTE deverá garantir o bom desempenho, não apenas dos vários componentes isoladamente, mas de todos os sistemas incluídos no FORNECIMENTO durante o período de validade do Contrato, contra qualquer e todo defeito não atribuído à utilização inadequada dos equipamentos.

1.2. Esta seção da especificação é uma seção padrão. Como tal, poderá conter referências a algum item de equipamento ou sistema que não esteja dentro do escopo do FORNECIMENTO. Estas referências não aplicáveis deverão ser desconsideradas e o requisito dos dados deverá ser marcado com N/A (não aplicável).

1.3. Todas as garantias aqui requeridas deverão ser dadas especificamente para esta PROPOSTA. Garantias similares que possam estar incluídas em folhetos, catálogos, etc., não serão aceitas.

1.4. O PROPONENTE deverá considerar que, para fins de garantia, a palavra "sistema" acima mencionada, refere-se individualmente aos seguintes sistemas:

− consoles de operação do SDSC

− unidade de supervisão e controle - UAC

− dispositivos auxiliares

− sistema de proteção

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2. ÍNDICE DE CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE

2.1. Os SISTEMAS DIGITAIS DE SUPERVISÃO E CONTROLE, fornecidos deverão ter um nível de disponibilidade de 99,9%, medidos por um período de observação de 365 dias (24 horas/dia) consecutivos, com todas as funções em operação.

2.1.1. O Índice de Disponibilidade será computado por A = (T - D)/T, onde :

A = disponibilidade;

T = tempo total para o período de observação;

D = tempo de duração de falha.

2.1.2. O tempo de duração de falha é definido como o período de tempo em que uma operação normal do sistema não pode ser desempenhada devido a uma falha ou deficiência no hardware e/ou software, as quais:

− Causem operação incorreta ou gerem dados incorretos, falso ou incompletos ou impossibilitem a operação de qualquer comando.

− Impossibilitem a troca correta de dados com o sistema Externo.

− Impossibilitem a recuperação, armazenagem e troca correta de dados.

2.1.3. O início de um "Tempo de Duração de Falha" ocorre quando qualquer mal funcionamento ou uma falha ocorrer com o hardware ou software fornecido e instalado pelo FORNECEDOR, devendo ser documentada e o FORNECEDOR notificado. O mal funcionamento ou falha deverá ser documentada em detalhes pelo pessoal da operação de FURNAS e posteriormente enviado para o FORNECEDOR. O tempo de duração de falha deverá cessar quando o problema tiver sido corrigido e os equipamentos estiverem realizando uma operação normal.

2.1.4. Detalhamento Final do Fornecimento (DFF) será definido o método prático de registro e controle da Disponibilidade.

2.2. Índice de Confiabilidade.

2.2.1. Os SISTEMAS DIGITAIS DE SUPERVISÃO E CONTROLE, deverão ser projetados para ter uma taxa de falha menor que 100 faltas por 1 milhão de horas.

2.2.2. O FORNECEDOR deverá demonstrar matematicamente a disponibilidade / confiabilidade dos sistemas propostos, considerando os requisitos da norma MIL-MDBK 217E.

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3. ACEITAÇÃO PRELIMINAR, GARANTIA DE DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE E ACEITAÇÃO DEFINITIVA

3.1. Uma vez instalados em caráter definitivo, os sistemas deverão ser comissionados de modo a receber de FURNAS a ACEITAÇÃO PRELIMINAR .

3.2. Durante os Ensaios de Comissionamento com os equipamentos instalados no local definitivo, será verificado o funcionamento de todos os sistemas, seus subsistemas e equipamentos, através da realização de nova bateria de Ensaios Funcionais, conforme especificado no item "ENSAIOS" integrante da Seção II.

3.3. No final dos Ensaios de Comissionamento, será emitido por FURNAS e pelo FORNECEDOR um Relatório de Ensaios de Comissionamento. Caso seja encontrada alguma discrepância em relação à especificação, este fato será considerado como sendo um "ponto pendente" a ser corrigido pelo FORNECEDOR.

3.3.1. Após a correção de todos os pontos pendentes, deverão ser refeitos os Ensaios de Comissionamento afetados por estas pendências, de modo a confirmar a adequação das soluções implementadas, quando será emitido novo Relatório de Ensaios de Comissionamento.

3.4. Após a conclusão dos Ensaios de Comissionamento e considerados aceitáveis os resultados, e não havendo pendências quanto a equipamentos e software, FURNAS emitirá, em 30 (trinta) dias corridos, a ACEITAÇÃO PROVISÓRIA .

3.5. A avaliação dos índices de DISPONIBILIDADE E CONFIABILIDADE conforme descrito na especificação, para os sistemas e equipamentos fornecidos, terá início com a emissão da ACEITAÇÃO PROVISÓRIA e encerrar-se-á 12 (doze) meses após, caso os índices de CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE tenham sido atingidos durante a operação.

3.5.1. Caso um destes índices não seja atingido, o PROPONENTE deverá fazer as modificações necessárias e o período de avaliação deste sistema específico será estendido por mais 3 meses, contados á partir do final do período contratual de avaliação dos índices de confiabilidade e disponibilidade.

3.5.2. Terminado o período de avaliação e atingidos os índices de CONFIABILIDADE E DISPONIBILIDADE especificados, FURNAS emitirá um documento de ACEITAÇÃO DEFINITIVA.

3.6. O FORNECEDOR deverá arcar com todos os custos das modificações e correções necessárias ao restabelecimento do bom funcionamento dos sistemas e equipamentos durante a fase de garantia

3.7. FURNAS poderá solicitar ao FORNECEDOR, a substituição de equipamentos, módulos e componentes de hardware e de qualquer software que, ao longo do desenvolvimento, dos ensaios e do período de garantia não demonstrarem características de acordo com as especificadas. Essa substituição deverá ser feita sem ônus adicional para FURNAS.

3.8. O FORNECEDOR deverá manter registro, permanentemente acessível a FURNAS ou ao INSPETOR, de todos os problemas apresentados por equipamentos, módulos, componentes e software, desde o início da fabricação do sistema até o ACEITAÇÃO DEFINITIVA.

154

4. GARANTIAS PARA OS SISTEMAS DIGITAIS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

4.1. O PROPONENTE deverá garantir o desempenho dos SDSC para os requisitos especificados e conforme abaixo:

− Durabilidade dos componentes

− Exatidão e desempenho dos transdutores e dispositivos de medição.

− Compatibilidade Eletromagnética com os níveis de interferência especificados.

− Desempenho do sistema de sincronização.

4.2. O PROPONENTE deverá garantir o correto desempenho de todos os dispositivos escopo deste FORNECIMENTO, quando sujeitos a campos eletrostáticos e eletromagnéticos, conforme especificado, existentes na sala de controle e/ou sala/casa de relés das subestações onde os dispositivos serão utilizados.

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5. GARANTIA PARA OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

5.1. O PROPONENTE deverá garantir o desempenho dos equipamentos e esquemas de proteção. As garantias deverão ser tanto para o esquema da proteção primária como para o da proteção alternada e/ou retaguarda operando independentemente. Esta Declaração de Garantia de Desempenho deverá conter especificamente o tempo de operação máximo esperado para os esquemas de proteção, contado a partir do momento da aplicação de uma falta crítica (alta resistência de falta no meio da linha) até o momento em que é dado o comando de abertura do disjuntor. O PROPONENTE deverá indicar a máxima resistência de falta vista pela proteção para a condição acima especificada. Esta declaração deverá considerar as características dos transformadores de instrumentos e do sistema em que a proteção será aplicada.

5.2. O PROPONENTE deverá garantir o correto desempenho de todos os dispositivos estáticos e numéricos escopo deste FORNECIMENTO, quando sujeitos a campos eletromagnéticos e interferências existentes na sala de controle e/ou sala/casa de relés das subestações onde os dispositivos serão utilizados.

5.3. Desempenho do Equipamento de Testes Portátil para relés de Proteção, conforme especificado.

156

6. GARANTIA PARA O SISTEMA ESPECIAL DE PROTEÇÃO

6.1. O período de Garantia do Equipamento será de 24 (vinte e quatro) meses contados a partir da última entrega do equipamento.

6.2. No caso do FORNECIMENTO apresentar defeito ou falhas no atendimento aos requisitos da especificação ou de outros documentos técnicos do FORNECIMENTO, FURNAS poderá rejeitar o FORNECIMENTO e requerer que o FORNECEDOR faça a imediata substituição ou correção do mesmo, devidamente instalado e sem qualquer despesa para FURNAS. Neste caso, um período adicional de garantia de 12 (doze) meses de operação correta deverá começar, para todo o lote afetado pela substituição ou correção, sem prejuízo das demais garantias.

157

7. GARANTIA PARA O REGISTRADOR DIGITAL DE PERTURBAÇÃO

7.1. O período de Garantia do Equipamento será de 24 (vinte e quatro) meses contados a partir da última entrega do equipamento.

7.2. O FORNECEDOR deverá fornecer juntamente com a PROPOSTA TÉCNICA uma declaração de Garantias conforme abaixo:

7.3. Garantia de desempenho do Registrador Digital de Perturbação segundo os requisitos definidos nesta especificação, no item 4, seção II deste volume.

7.4. O PROPONENTE deverá garantir o correto desempenho de todos os dispositivos escopo deste FORNECIMENTO, quando sujeitos à campos eletrostáticos e eletromagnéticos, conforme especificado, existentes na sala de controle e sala/casa de relés das subestações onde os dispositivos serão utilizados.

7.5. No caso do FORNECIMENTO apresentar defeito ou falhas no atendimento aos requisitos da especificação ou de outros documentos técnicos do FORNECIMENTO, FURNAS poderá rejeitar o FORNECIMENTO e requerer que o FORNECEDOR faça a imediata substituição ou correção do mesmo, devidamente instalado e sem qualquer despesa para FURNAS. Neste caso, um período adicional de garantia de 12 (doze) meses de operação correta deverá começar, para todo o lote afetado pela substituição ou correção, sem prejuízo das demais garantias.

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8. GARANTIA DO EQUIPAMENTO

8.1. O período de Garantia do Equipamento será de 24 (vinte e quatro) meses contados a partir da última entrega do equipamento.

8.2. No caso do FORNECIMENTO apresentar defeito ou falhas no atendimento aos requisitos da especificação ou de outros documentos técnicos do FORNECIMENTO, FURNAS poderá rejeitar o FORNECIMENTO e requerer que o FORNECEDOR faça a imediata substituição ou correção do mesmo, devidamente instalado e sem qualquer despesa para FURNAS. Neste caso, um período adicional de garantia de 12 (doze) meses de operação correta deverá começar, para todo o lote afetado pela substituição ou correção, sem prejuízo das demais garantias.

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9. RESPONSABILIDADE DE FORNECIMENTO DE SOBRESSALENTES

9.1. O PROPONENTE deverá assegurar a disponibilidade de toda e qualquer peça sobressalente dos dispositivos escopo deste FORNECIMENTO, por um período de até 10 (dez) anos contados à partir da colocação da encomenda.

9.2. Caso FURNAS necessite de sobressalentes adicionais para reposição de dispositivos defeituosos, no período acima estabelecido, e estes não venham a ser fornecidos pelo FORNECEDOR devido à falta ou descontinuidade da produção, os equipamentos faltantes poderão ser substituídos por outros similares disponíveis e os custos de qualquer crédito devido ao FORNECEDOR.

9.3. Após este período, no caso de descontinuidade da produção, FURNAS deverá ser notificada por escrito com 1 ano de antecedência para possibilitar a aquisição dos sobressalentes necessários.

160

10. GARANTIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA

10.1. O PROPONENTE deverá garantir a permanência de um representante técnico no Brasil, durante o período de garantia, equipado e habilitado a conduzir a manutenção e assistência técnica dos equipamentos e dispositivos fornecidos, inclusive reposição de dispositivos defeituosos em 72 horas, a contar da comunicação escrita por FURNAS.

10.2. Se o FORNECEDOR ou o respectivo representante técnico recusar-se ou falhar em fazer o Atendimento Técnico a FURNAS quando solicitado por escrito, poderão ser tomadas medidas corretivas necessárias, deduzindo seus custos de qualquer outro crédito devido ao fornecedor.

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CAPÍTULO 5 : ANEXOS

162

ANEXOS

1. Desenhos

1.1. Arquiteturas do Sistema Digital de Supervisão e Controle

396608 Arquitetura padrão do SDSC

1.2. Proteção, Controle e Medição

171567C Autotransformer Protection - Single Line Diagram 171569C Autotransformer/series Regulator Protection – single line diagram 171561B Reactor Protection Scheme 169310 Chave Secionadora – Circuito de Controle Padrão 338926 Disjuntor – Circuito de Controle Padrão 0369593-Fl 01 Diagrama Lógico – Esquema Barra Dupla – Requisitos p/ Intertravamento 0369593-Fl 02 Diagrama Lógico – Esquema Barra Dupla – Requisitos p/ Intertravamento 397750 Rede de Acesso a Relés de Proteção 397751 Rede de Oscilografia – Arquitetura Típica

1.3. Desenhos Padronizados

319095-1-A1 Carimbo Padrão para Desenhos Internos e Externos - Norma NBR 10582 319094-3-A1 Padrão dos Formatos Série A - Norma NBR 10582 e NBR 10068