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1 INTRODUÇÃO
Em meio ao avanço científico e tecnológico vivido no século XXI, e
levando em consideração a explosão da informação que se caracterizou no século
XX, as pessoas buscam encontrar meios para atender à necessidade de busca de
informação.
Para facilitar esse repasse, foram sendo criados meios de comunicação
eficazes para atender à demanda da população. Sendo assim, jornais, revistas,
televisão entre outros, já não eram mais suficientes para suprir esta necessidade, e
é neste contexto que surge a era da Internet. É ela que vem revolucionando o modo
em que vivemos, neste sentido, Moraes (2007), afirma que a Internet tem sido a
invenção que mais rápido se expandiu em todos os tempos. Isso acontece porque é
um meio dinâmico e ao mesmo tempo, é um mecanismo de disseminação da
informação e um meio de colaboração e interação entre os usuários e suas
localidades geográficas.
Este sistema de informação (Internet) deveria ser muito utilizado nas
instituições de ensino, tendo em vista que atualmente é o meio de comunicação
mais eficaz, porém observa-se que há uma defasagem muito grande nos meios de
comunicação nestas instituições, estando inserida neste contexto também a
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste.
Assim, verificou-se a ausência de um meio de comunicação eficaz entre
os acadêmicos do Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe com a presente
Instituição de Ensino, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, que
ofereça informações de qualidade para seus acadêmicos e egressos, propõe-se
neste trabalho, a criação de um projeto para um portal, para o Curso de Secretariado
Executivo Bilíngüe da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Campus Toledo, com a finalidade de suprir a necessidade de aproximação entre os
acadêmicos e a Coordenação do Curso, propondo a exposição de materiais, artigos
para consulta, datas e temas das semanas acadêmicas, vagas de empregos, de
estágios, para que seja criado um contato maior, uma integração entre a
comunidade acadêmica e o Curso.
2
2 OBJETIVOS
Os objetivos gerais e específicos seguem abaixo explicados.
2.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver um portal para o Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe
da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus Toledo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) apresentar uma proposta de um portal para o Curso de Secretariado
Executivo Bilíngüe;
b) compreender os pilares que fundamentam a criação de portais
eletrônicos;
c) elaborar e aplicar um questionário aos acadêmicos e docentes do
curso, com o intuito de identificar suas necessidades e sugestões para
inseri-las no referido portal;
d) planejar e desenvolver a montagem do portal com base nas respostas
obtidas nos questionários;
e) promover uma maior divulgação do Curso de Secretariado Executivo
Bilíngüe junto à comunidade.
3
3 JUSTIFICATIVA
Levando em consideração o avanço tecnológico neste último século,
percebe-se que o uso da Internet como meio de comunicação de massa tem tido um
aumento significativo com o passar do tempo, neste aspecto, Moraes (2007 p, 9)
ratifica esta informação colocando que, “A internet, tornou-se o meio de
comunicação mais eficaz já existente, e hoje, abrange todos os lugares do mundo”
Suas funções são completamente diversificadas, podendo ser utilizada
como meio de comunicação, meio de aproximação entre pessoas, como sistema de
informação, como sistema de pesquisa, entre outras, as quais trazem maior
facilidade e praticidade no desempenho das tarefas e trabalhos propostos para a
presente população.
Entretanto, acredita-se que a utilização deste meio de comunicação nas
Instituições de ensino superior públicas, ainda defasada, percebe-se então que o
falta, por parte do Estado, maior investimento em tecnologia que proporcione o uso
sistemático da Internet, pois ela é considerada um instrumento facilitador no
processo ensino-aprendizagem.
Sendo assim, analisando o Curso de Secretariado Executivo Bilíngue da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE verificou-se a ausência de
um sistema de comunicação eficiente entre os alunos e o curso. Esta é uma
constatação empírica, feita a partir de observação participante na própria instituição
em questão, que possivelmente retrata a situação de outras instituições públicas.
Desta forma, este trabalho se justifica, tendo em vista que objetiva a
criação de um portal para o Curso de Secretariado Executivo Bilíngue, com a
finalidade de trazer informações sobre o curso aos presentes e aos futuros
acadêmicos do curso, bem como a toda a comunidade. Possibilitando assim, que
estes possam se informar a respeito das atualidades da profissão, promovendo
também uma maior divulgação do curso.
Do ponto de vista acadêmico, espera-se colocar em prática os
conhecimentos adquiridos nesta graduação, principalmente na área de gestão
secretarial, sobretudo no que diz respeito à organização e a transmissão da
informação aos respectivos receptores.
4
4 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste referencial estarão dispostas as principais teorias que
fundamentam a temática deste trabalho, inicia-se então, com uma abordagem
acerca da Gestão de Informação, suas especificidades, conceitos de dados,
informação e conhecimento. Na seqüência, serão apresentados os conceitos,
evolução, funcionamento e serviços oferecidos pela Internet. Logo após se abordará
a arquitetura da informação, bem como sua importância e seus componentes e,
finalmente, um conceito geral sobre portais.
4.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO: DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
Com o constante avanço da tecnologia e as rápidas transformações
ocorridas no mundo devido à globalização, todos os segmentos organizacionais e
sociais, inclusive as universidades buscam oportunidades para atingir uma vantagem
competitiva em relação ao seu mercado concorrente.
Marchiori (apud Moraes, 2007) afirma que a gestão da informação tem
como objetivo enfocar o indivíduo (grupos ou instituições) e seus problemas no
âmbito de diferentes fluxos de informações. Esta colocação também é defendida por
Ponjuán e Dante (apud Moraes, 2007, p.13) ao afirmar que:
O conceito de gestão da informação se dá a tudo que está relacionado com a obtenção de informação adequada, para o indivíduo adequado, para obter uma tomada de decisão correta, enfocando como objetivos principais a maximização do valor e dos benefícios derivados de uso da informação, a minimização dos custos para o uso da informação, e a asseguração do fornecimento contínuo da informação.
Neste sentido, ressalta-se ainda, que Lopes e Villa (apud Moraes, 2007)
conceituam a informação como elemento crítico da sociedade contemporânea para a
criação de novos produtos e serviços, possibilitando a diferenciação no mercado e
na tomada de decisão.
Sendo assim, para que exista uma informação e para que essa seja
consistente na tomada de decisão, é necessário que esta informação possua alguns
tipos de dados.
5
4.1.1 Dados, informação e conhecimento
Para obter sucesso na tomada de decisão, é necessário que sejam
obtidos dados, informações e conhecimento com precisão. A qualidade desses itens
e a maneira como são utilizados, irão determinar a qualidade das decisões e o bem-
estar das organizações e instituições.
Os conceitos de dados, informação e conhecimento geralmente são
utilizados como sinônimos, mas cada um possui uma definição diferente.
Dado configura-se em uma sequência de símbolos quantificados ou
quantificáveis, ou seja, um dado é necessariamente uma entidade matemática e,
desta forma, é puramente sintático. Isto significa que os dados podem ser totalmente
descritos através de representações formais e estruturais. A informação é uma
abstração informal, que está na mente de alguém, representando algo significativo
para essa pessoa. Já o conhecimento caracteriza-se como uma abstração interior,
pessoal, de algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém (SETZER, 2001).
Neste contexto, Turban, Rainer e Potter (2003, p. 364) afirmam que:
(...) dados são fatos brutos, não organizados para transmitir um significado específico; informação é um conjunto de fatos organizados para transmitir um significado e conhecimento são informações organizadas e processadas para comunicar a experiência aplicada (...).
Ainda neste sentido, Lauriana (2008) conceitua dado como uma a
estrutura fundamental sobre a qual um sistema de informação é construído, e
informação é um dado com uma interpretação lógica dada a ele por seu usuário.
E em se tratando de conhecimento, Buzokowitz e Willians (apud Gaspar
et al 2009) asseveram que ele consiste na geração de riquezas para a organização,
principalmente por meio da coerente prospecção dos conhecimentos existentes
internamente.
Em síntese, pode-se dizer que para os autores citados acima, tanto os
dados, como as informações e o conhecimento, são de suma importância para a
transmissão da mensagem, porém, cada um deles os aborda de um ponto de vista
diferente.
Sendo assim, julga-se necessário uma breve explanação sobre como a
informação é processada até ela chegar ao seu respectivo receptor, ou seja, o ciclo
6
de vida da informação que estará sendo explicado abaixo.
4.1.2 O Ciclo de vida da informação
Uma informação, para que possa chegar a seu receptor, precisa
necessariamente ter um ciclo de vida, onde ela se origina, por onde passa e até
onde chega.
Segundo Lê Coadic (2007) (1996) o ciclo de vida da informação pode ser
comparado com o esquema econômico básico, produção, distribuição e consumo,
onde a produção seria substituída pela construção do conhecimento, e a distribuição
e o consumo, seriam substituídos pela comunicação e pelo uso da informação. Este
ciclo não tem fim.
Já para Ponjuán e Dante (1998) o ciclo de vida da informação é o
conceito para definir que uma informação é criada, então passa por de diferentes
etapas de desenvolvimento e finalmente é destruída.
Para que este ciclo de vida da informação possa ser usado com
eficiência, é necessário que haja um meio de comunicação que supra a demanda da
informação de modo prático e veloz. Sendo assim, na sequência será abordado um
tema relevante no meio comunicacional, a Internet, bem como seu conceito,
evolução e funcionamento.
4.2 INTERNET – CONCEITOS, EVOLUÇÃO E FUNCIONAMENTO.
Entre o final do século XX e o início do século XXI, houve uma explosão
na distribuição da informação em todas as partes do mundo. Esse período foi
marcado por um dos principais meios de comunicação existente no mundo moderno,
a Internet.
Mas, o que exatamente é a Internet?
“A Internet é a rede mundial pública de computadores interligados, por
meio da qual se transmite informações e dados entre os usuários a ela conectados”.
(LIMEIRA, apud MORAES, 2007, p. 9).
Para Reis apud Moraes (2007, p. 9), a Internet é “[...] o tecido de nossas
vidas neste momento. Não é o futuro. É presente. Internet é um meio para tudo, que
7
interage com o conjunto da sociedade (...)”.
Quer dizer, a Internet é a ligação mundial entre pessoas, empresas,
organizações públicas ou privadas. É o meio de comunicação mais eficaz e mais
utilizado nos dias atuais, desempenhando funções de extrema importância para as
organizações contemporâneas, abrangendo até mesmo as vidas pessoais e
particulares da população.
Esta rede de informações, segundo Turban, Rainer e Potter (2003),
começou com uma única rede denominada ARPANET (Advanced Research Projects
Agency), que ligava pessoas pertencentes às áreas técnicas, como militares,
acadêmicos, cientistas, pesquisadores e agências governamentais, tendo como
objetivo principal permitir o compartilhamento de recursos computacionais e a troca
de informações, independente do local onde se encontravam.
Mais tarde, no início dos anos de 1980, essa rede foi dividida em duas
novas redes, a ARPANET citada anteriormente, e a Milnet que era uma rede
exclusiva para militares, não classificada como rede existente, mas que permitia a
conexão entre ambas.
Posteriormente, estas redes foram se subdividindo, e foram sendo criadas
mais redes, denominadas como UNIX, USENET, que atendiam à comunidade
acadêmica e posteriormente às organizações comerciais.
No ano de 1986, surgiu a Nacional Science Foundation Network
(NSFNET), que conectava pesquisadores de vários países a um centro de
supercomputadores. Esta interligação entre as redes deu origem a Internet existente
atualmente, que até o ano de 2001, já abrangia cerca de 500 milhões de pessoas no
mundo, as quais já possuíam acesso a mais de um milhão de diferentes redes atuais
(TURBAN, RAINER E POTTER, 2003).
Para que estas redes possam funcionar com perfeição, enviando as
mensagens aos seus respectivos receptores, se ausentando de falhas no envio e
recebimento destas mensagens, Turban, Rainer e Potter (2003) relatam o
funcionamento da Internet mostrando um caminho para que estas mensagens se
destinem ao lugar correto:
“O conceito de regras aplicadas para enviar e receber pacotes de uma máquina para outra na Internet é conhecido como IP (Internet Protocol) que opera na camada de rede do modelo ISSO-OSI de sete camadas. Utilizados outros protocolos juntamente com IP, sendo o melhor deles o TCP
8
(Transmission Control Protocol), que opera na camada de transporte do modelo ISSO-OSI. Os protocolos de IP e TCP, também usados juntos com tanta frequência, que costumam ser citados como protocolo TCP/IP, utilizado pela maioria das aplicações na Internet.” (TURBAN, RAINER E POTTER ,2003, p 212).
Essas mensagens são divididas em pacotes, que são enviados fora de
seqüência aos endereços das máquinas receptoras, para que possam utilizar
caminhos diferentes oferecidos pela Internet, até atingirem o seu objetivo, onde são
remontados para trazer a mensagem em ordem e na íntegra para o receptor.
Para tanto, existem alguns serviços que são fornecidos pela Internet, para
facilitar este processo de transição da informação. Sendo assim, abordaremos
alguns destes serviços.
4.2.1 Serviços fornecidos pela Internet
Para que este meio de comunicação possa, de fato, ser eficaz são
oferecidos alguns serviços para os usuários da Internet, os quais são classificados
por Turban, Rainer e Potter (2003), em quatro tipos principais:
a) serviços de comunicação: são subdivididos em: correio eletrônico,
bate-papo, Internet de telefone, móvel, entre outras;
b) serviços da Web: permitem acessar de modo transparente o conteúdo
do software em qualquer portal existente na Web, e ainda permitem
liberar aplicações para os usuários por um preço muito baixo;
c) serviços de recuperação de informações: são usados para que os
usuários da rede de Internet possam acessar milhares de catálogos de
bibliotecas, bancos de dados disponibilizados ao público, fazer
download de softwares gratuitos, e até mesmo de programas para
utilização própria do usuário;
d) World Wide Web: é o serviço mais utilizado e o mais importante para
este trabalho. Muitas pessoas imaginam que o serviço de World Wide
Web é a Internet, mas não é. A Internet funciona como um mecanismo
para transmitir aos usuários os serviços fornecidos pelo Word Wide
Web, que é conhecido como: www ou w3.
9
Sendo assim, para o fornecimento das informações através da Web, é
necessário que seja criada uma home page, que é a página de boas vindas e
explicação da organização como um todo, a qual conduzirá os usuários a outras
páginas respectivas a página inicial, que são conhecidas como Websites, ou portais.
Para tanto, a Web é usada como um sistema de padrões aceitos
mundialmente para recuperar, formatar e exibir informações por meio de uma
arquitetura baseada em cliente/servidor.
Para Turban, Rainer e Potter (2003), a Web é baseada em uma figura de
linguagem de hipertexto denominada Hipertext Markup Language (HTML), que foi
originada da Standard Generalized Markup Language (SGML), que é uma
linguagem mais complexa do que a linguagem HTML. Outras linguagens de
programação para portais podem ser usadas, como PHP, Java e Java Script, porém,
a mais utilizada e mais conhecida é a HTML.
Neste sentido, visa-se à apresentação de uma arquitetura, ou seja, uma
definição e montagem desenhada para a informação. Desta forma, será abordada a
arquitetura da informação e sua importância.
4.3 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
Antes de iniciar a construção de um edifício, casa, empresa, ou qualquer
construção, é preciso que seja realizado um planejamento e um projeto de tudo o
que será agregado a esta construção. Da mesma maneira, para a construção de um
portal, é necessário que haja um planejamento do todo.
Para Sarmento e Souza (apud Vidotti e Sanches, 2002) a arquitetura da
informação teve sua origem por volta dos anos de 1960, com o desenhista gráfico e
arquiteto Richard Saul Wurman, que escolheu este termo para denominar seu
trabalho como engenheiro e tornar a informação mais compreensível. O termo,
arquitetura da informação, teve sua origem muito antes da grande explosão da
Internet, começando com a criação de Atlas, Mapas, guias, sendo hoje, mais
explorada na área de criação de portais.
Com o aumento do volume de informações, se fez necessário que este
conceito começasse a ser aplicado também em ambientes digitais, e neste momento
começaram a surgir as primeiras tentativas de aplicação do conceito no design de
10
portais (REIS apud MORAES 2007).
Para Straioto (apud Vidotti e Sanches 2003, p.2),
A arquitetura da informação refere-se ao desenho das informações: como textos, imagens e sons são apresentados na tela do computador, a classificação dessas informações em agrupamento de acordo com o objetivo do portal e das necessidades do usuário, bem como a construção de estrutura de navegação e de busca de informações, isto é, os caminhos que o usuário poderá percorrer para chegar até a informação.
É desta forma que para Vidotti e Sanches (2003) a arquitetura da
informação atua sobre os portais determinando primeiramente o público, o objetivo,
e a forma de atingi-los com eficácia e eficiência. Pensando como um usuário, tenta-
se traçar, por meio de desenhos, os possíveis caminhos a serem utilizados,
identificando o que pode interessar e o porquê, tendo sempre uma percepção
sensível às suas necessidades. Para tanto, este sistema exerce alguns princípios
importantes para a formação de um portal.
A arquitetura da informação visa à estruturação das informações com a
finalidade de torná-las disponíveis e acessíveis de forma mais adequada, pertinente
e utilizável pelos usuários (VIDOTTI e SANCHES, 2003).
Seu desenvolvimento auxilia o usuário a navegar corretamente, ou seja,
achar as informações necessárias sem perdê-las, pois é a arquitetura da informação
que determina a disposição do conteúdo e a estratégia de navegação aos usuários.
(MORAES, 2007).
Para Vidotti e Sanches, (2003, p. 3) é importante lembrar que:
Diante dos sistemas observados, pode-se afirmar que a Arquitetura da Informação aplicada na criação de portais conduzem melhor o usuário às informações desejadas e toma o acesso a elas mais eficaz e preciso, com um planejamento e organização virtual da informação digital, que facilita a navegação neste sistema hipertextual, amenizando os problemas trazidos no quesito localização e organização de informações digitais. Ou seja, é todo um planejamento dos fluxos de informação e das funcionalidades de um recurso para tornar este ambiente sob medida para o usuário final.
Desta forma, arquitetura da informação exerce um papel de suma
importância para seus usuários, pois tem por objetivo principal facilitar a vida destes.
11
4.3.1 Componentes da arquitetura de informação
Segundo Rosenfeld e Morville (apud Vidotti; Sanches, 2003), a arquitetura
da informação está dividida em três sistemas: organização, navegação e rotulagem.
Cada um composto por regras e aplicações. Juntos, criam uma estrutura digital que
prioriza as organizações descritivas, temáticas, representacionais, visuais e
navegacionais de informação, em concordância com o conteúdo, o contexto e o
usuário, com objetivos bem definidos, adequando assim o dimensionamento e o
direcionamento dos serviços e dos produtos aos usuários.
Seguem explicados os componentes da arquitetura da informação, de
acordo com Vidotti e Sanches (2003):
a) sistema de disposição de layout: é responsável pela estruturação dos
conteúdos que irão compor o portal. Estes definirão quais são os
critérios de disposição dos itens informacionais, observando os
esquemas e/ou estruturas que melhor satisfaçam a necessidade do
usuário sem comprometer a navegabilidade do portal;
b) sistema de navegação dentro do portal: é um dos itens mais
importantes do projeto de planejamento de um portal, é a forma de
interação do usuário com o ambiente e com o conteúdo informacional
disponível, ou seja, é a aplicação do sistema de organização definido
anteriormente. Um portal com seu sistema de navegação bem definido
e organizado, permite ao usuário ir de um ponto ao outro pelo caminho
desejado ou pelo menor caminho, possibilitando um melhor
aproveitamento do tempo de uso ou de acesso, evitando assim que o
usuário tenha que passar por várias páginas até chegar à informação
desejada, ou que depare com links inválidos, entre outros
problemas.Um sistema de navegação é complementar ao sistema de
organização do portal, na medida em que permite maior flexibilidade e
movimentação, uma vez que a navegabilidade de um portal está
diretamente relacionada à sua funcionalidade.Conforme Moraes
(2007), os elementos que compõem o sistema de navegação em dois
subsistemas são o sistema de navegação embutido (logotipo, barra de
12
navegação global e menu local);
c) sistema de rotulagem: age na representação ou identificação de um
conteúdo específico, podendo facilitar e tornar familiar uma forma de
organização de informações. Em portais, os rótulos são muito
utilizados para a representação de diversos conteúdos, geralmente
encontrados nos menus e nas barras de navegação. Os rótulos de
informações consistentes possibilitam ao usuário decidir qual caminho
seguir para localizar as informações, permitindo que os mesmos
possam identificar-se com a linguagem e com a estruturação do portal,
reconhecendo rapidamente quais informações estão sendo
apresentadas. O que deve culminar com um tempo de navegação mais
otimizado e com a recuperação mais eficiente dos conteúdos
requeridos.
Na sequência, serão abordados os conceitos e definições sobre portais.
4.4 PORTAIS
Com a evolução da web, a Internet tornou-se um grande negócio, abrindo
assim, um novo mercado que começou a movimentar a economia mundial. Para
tanto, a competição por este mercado emergente intensificou-se com a criação de
novos portais que integravam uma vasta qualidade de serviços e benefícios como,
por exemplo, comunidades virtuais, chats em tempo real, acesso a conteúdos
especializados e comerciais, possibilidade de personalização dos portais de busca
(FREITAS, QUINTTANILA e NOGUEIRA, 2004).
De acordo com Cavalcanti (2001) os primeiros portais a tratar as
informações de maneira categorizada e hierárquica, melhorando o acesso às
informações. Com o tempo, os portais passaram a tratar seus usuários de forma
personalizada, fornecendo conteúdos compatíveis com a sua área de interesse,
permitindo assim, maior rapidez para encontrar as informações desejadas.
13
Moura e Ferreira (apud Moraes 2007, p. 30) definem portal como:
[...] solução mais prática e fácil de ser aplicada para reunir em uma só página a maior quantidade de informação possível para satisfazer o internauta de maneira mais rápida. Os portais surgiram para dar ao internauta um referencial, um local de partida para a navegação e otimizar a informação de uma só página.
Para Simão e Rodrigues (apud Moraes, 2007, p. 31), “as principais
características dos portais são a integração e o compartilhamento. Um portal é um
meio de acesso integrado que oferece aos visitantes um ponto único de contato para
fornecimento de informações e de serviços on-line”.
Assim, Vilella (2003) relata que o portal deve ser planejado como
verdadeiro sistema de informação e deve ser resultado da integração desses
sistemas.
Existem duas formas de classificação dos portais: uma em relação ao
contexto de utilização e outra em relação as suas funções.
Segundo Dias (2001) sobre a classificação quanto ao contexto de
utilização, os tipos de portais são divididos em:
a) públicos: este tipo de portal, provê ao consumidor uma única interface,
a imensa rede de servidores que compõem a Internet; estabelece
relacionamento unidirecional com seus visitantes; constitui mídia
adicional para o marketing de produto e atrai o público em geral que
navega na Internet, formando comunidades virtuais que potencialmente
comprarão o que os anunciantes os portal têm pra vender;
b) corporativos: já este tipo de portal expõe e fornece informações
específicas de negócio dentro de determinado contexto e ainda, auxilia
os usuários de sistemas informatizados corporativos a encontrar as
informações de que precisam frente aos concorrentes.
Ainda conforme Dias (2001), na classificação quanto às funções, os tipos
de portais são divididos em:
a) com ênfase em suporte à decisão: auxilia executivos, gerentes e
analistas de negócios a acessar as informações corporativas para a
tomada de decisão;
14
b) com ênfase em processamento cooperativo: lida com informações
tanto de cadeia produtiva tradicional, armazenadas e manipuladas por
aplicativos corporativos, como informações geradas por grupos ou
indivíduos dessa cadeia;
c) com ênfase no suporte a decisão e processamento cooperativo: alia
funções de suporte à decisão e processamento cooperativo; conecta
os usuários a todas as informações e pessoas necessárias para a
realização dos negócios da empresa.
Segundo Terra e Gordon (2002), os portais corporativos são parte de uma
infra-estrutura tecnológica que pode capacitar melhor fluxos de informações e
conhecimento nas organizações.
Já para Soares (2007), o portal corporativo é capaz de otimizar o acesso
e a troca de informações entre os usuários, além de disseminar novos
conhecimentos a diferentes públicos.
Para Freitas, Quintanilla e Nogueira (2004) afirmam que é possível dividir
os portais em vertical e horizontal. São considerados portais verticais, quando
enfocam seu conteúdo em uma indústria ou setor da economia, e são considerados
portais horizontais, quando seu conteúdo abrange diferentes indústrias e
comunidades virtuais.
Os portais corporativos, quando utilizados pelas universidades, acabam
sendo uma ferramenta indispensável a esse tipo de organização, que tem como
premissa básica a geração e disseminação do conhecimento à sociedade.
(GASPAR, et al 2009, p. 121)
Assim, justifica-se a proposta deste estágio, que segue apresentada
abaixo.
4.4.1 Proposta de portal para o Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe
O curso de Secretariado Executivo Bilíngüe, da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná – UNIOESTE foi criado no ano de 1986, logo após a
estadualização da UNIOESTE, tendo o seu primeiro vestibular em 1987.
Desde então oferece anualmente 40 vagas no Concurso Vestibular. O
15
curso passa a ter uma carga horária total de 3.132 horas distribuídas ao longo de 4
(quatro) anos, conferindo ao acadêmico o título de Secretário Executivo, cuja
profissão foi reconhecida pelas Leis de n.º 7.377 de 30/09/85 e Lei n.º 9261 de 10 de
janeiro de 1986.
Este curso foi inicialmente embasado no Curso de Secretariado executivo
da Universidade Anhembi Morumbi, de São Paulo, sendo que mais tarde, passou a
ter características próprias.
O curso, segundo UNIOESTE (2005), possui três linhas básicas de
formação acadêmica: a área de comunicação, área de administração e a área
secretarial, buscando ter uma visão sistêmica da organização. A área de
comunicação que está baseada na concepção da linguagem; a área administrativa
que está voltada à visão administrativa da organização; e a área secretarial que
instrumentaliza o acadêmico através de um conjunto de conhecimentos como o
técnico, o científico, ético e com relação a experiências profissionais. (UNIOESTE,
2005).
O objetivo do curso é formar profissionais que desempenhem as funções
de assessor executivo. Sendo assim, de acordo com UNIOESTE (2005, p. 3), o
profissional deve desempenhar as funções de gestor, articulador e empreendedor,
como seguem abaixo citadas:
d) gestor: que vincula a prática do exercício de atribuições e
responsabilidade as funções do secretario executivo;
e) empreendedor: que promova as idéias e as praticas inovadoras, tendo
competência para implantar resoluções alternativas, bem como
capacidade critica, reflexiva e criativa, utilizando-se de novos
conhecimentos para promover e antecipar as transformações
organizacionais;
f) articulador: que articule o processo de comunicação e relacionamentos
internos e externos, como em transações internacionais.
Ressalta-se também o perfil do profissional de secretariado executivo, o
qual, ainda segundo UNIOESTE (2005 p. 4), está apto a:
(...) promover e a participar da melhoria do processo de gestão e desenvolvimento das organizações, desta forma, o secretario executivo deve desempenhar suas atividades com competência e profissionalismo,
16
contribuindo, significativamente, para a busca da melhoria constante, da excelência profissional e da produtividade das organizações.
O curso em questão é composto por 21 disciplinas, sendo elas: Língua
Portuguesa I e II; Língua Inglesa I, II e III; Técnicas de Secretariado Executivo I e II;
Administração I e II; Informática Instrumental; Psicologia Organizacional; Sociologia
Organizacional; Metodologia da Pesquisa para o Secretário Executivo; Língua
Espanhola I, II e III; Marketing; Fundamentos do Direito; Comunicação Empresarial;
Matemática Financeira; Gestão Secretarial Executiva; Economia de Empresas e
Desenvolvimento; Estágio Supervisionado em Secretariado Executivo I e II;
Estatística; Análise Contábil; Planejamento e Gestão Estratégica;
Empreendedorismo e Assessoria e Consultoria Empresarial (UNIOESTE, 2005).
Para que as informações supracitadas, bem como outras que também são
relevantes ao curso, pudessem estar disponíveis em um único lugar, propõe-se,
então, a criação de um portal para o curso de Secretariado Executivo Bilingue.
Tendo em vista que o portal facilitaria o acesso às diversas informações aos
discentes, docentes e comunidade em geral, também seria uma forma de promover
o curso angariando, quem sabe, novos acadêmicos tanto de Toledo e região como
de outros Estados, pois percebe-se que vários acadêmicos deste curso vem de
outras cidades e até outros Estados como Rio Grande do Sul, por exemplo.
17
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa é classificada como pesquisa - ação, que se entende,
segundo Roesch (1999) como uma estratégia de pesquisa que permite obter
conhecimento de primeira mão sobre a realidade social empírica. É uma atividade
em um nível realista, sempre seguida por uma reflexão autocrítica objetiva e uma
avaliação de resultados.
Segundo Gil (apud Moraes, 2007) o planejamento da pesquisa ação
difere significativamente dos outros tipos de pesquisa, não apenas em virtude de sua
flexibilidade, mas, sobretudo, porque, além dos aspectos referentes à pesquisa
propriamente dita, envolve também a ação dos pesquisadores e do grupo dos
interessados.
De acordo com Fontenelle (2004, p. 80) a pesquisa ação se caracteriza
por ser um processo cíclico, envolvendo o diagnóstico do problema, o planejamento
das soluções, a implementação das mesmas e a avaliação dos seus resultados.
Neste caso, Roesch (1999) ressalta que esta pesquisa tem como método
de abordagem a pesquisa qualitativa, que é apropriada para a avaliação formativa,
quando se trata de melhorar a efetividade de um programa, ou ainda quando se trata
da proposição ou formulação de planos para construir uma intervenção.
Os procedimentos metodológicos, neste contexto, são utilizados para
planejar as fases do processo de desenvolvimento do produto, serão divididos em
duas partes: a de pré desenvolvimento, e a do desenvolvimento, não sendo possível
abordar o pós desenvolvimento da pesquisa, pois os resultados ou sugestões deste
trabalho não serão aplicados imediatamente.
Logo se abordará os tópicos que serão utilizados para a construção do
pré desenvolvimento e do desenvolvimento do projeto.
18
5.1 PRÉ DESENVOLVIMENTO
Durante o pré desenvolvimento do projeto, foram abordadas as seguintes
questões:
a) definição de público alvo: o conhecimento sobre qual será o público
alvo dar-se-á através de algumas fazes, tais como: a especificação dos
objetivos, que consiste em definir os objetivos que são o ponto de
partida e definem a direção a seguir, porém, estes devem ser
especificados e delimitados. Outro ponto importante na definição de
público alvo é a elaboração do instrumento de coleta de dados, que
podem ser entrevistas, questionários, formulários, entre outros. O
próximo passo será a seleção de amostra, que consiste em selecionar
uma pequena parte dos elementos que irão compor o público alvo.
Posteriormente, será abordada a coleta, verificação, interpretação e
análise dos dados, que consistem em examinar, tabular e calcular
estatisticamente as respostas obtidas. E finalmente, a apresentação
dos resultados, que consiste na última fase do processo, sendo um
levantamento de todos os dados coletados até o momento.
b) definição de missão e objetivos: a definição da missão será realizada
pois esta define o propósito fundamental do projeto, ou seja a razão
pela qual ele será criado. Os objetivos são uma parte importante do
planejamento, pois se tornam o foco na direção das estratégias.
5.2 DESENVOLVIMENTO
É na fase do desenvolvimento que é colocado em prática todos os passos
definidos no pré desenvolvimento é colocado em prática. É nessa etapa que são
definidos todos os temas, bem como, a nomenclatura, a arquitetura da informação,
toda a interface, as fontes de informação, a redação dos textos e a implantação do
projeto. Na sequência serão citados e explicadas cada um desses itens.
a) definição dos temas: é a primeira etapa do desenvolvimento, na qual,
após saber todos os objetivos dos usuários, são definidos os temas
19
que serão abordados no portal, e também como eles serão abordados;
b) definição de nomenclatura: a nomenclatura dos links está diretamente
ligada à eficiência da navegação, pois é através dela que os usuários
conseguem realizar suas tarefas com agilidade e eficiência, evitando
dúvidas de onde se deve clicar, ou o que eles encontrarão do outro
lado da página. Para a nomenclatura devem ser escolhidas palavras
simples e claras, dando ao usuário exatamente o que ele procura;
c) definição da arquitetura de informação: consiste em agrupar as
informações, identificando-as e separando-as em blocos organizados
por sessões ou por assuntos principais (MORAES,2007). Para a
arquitetura da informação se tornar eficaz, ela deve atuar como uma
instância medidora entre os interesses dos usuários e da equipe de
programação (AGER, 2006);
d) definição do desenho da interface: é um dos conceitos mais
importantes para quem projeta uma página para Internet, pois nela
estão contidas todas as informações para os usuários. O desenho que
esta deve conter, geralmente é padrão, pois é fácil de ser visualizado e
operado. Na interface, estão contidas a logo da empresa, que
geralmente está desenhada na parte superior, da esquerda para a
direita. Após essa, está desenhada a navegação global, que é um
menu desenhado horizontalmente na parte superior, com os links
distribuídos nele. Já na parte lateral, no lado esquerdo, está localizada
a navegação local, que são outros links organizados verticalmente. E
na área central da interface, está disposto o conteúdo global e
contextual, que é a área mais utilizada para a exposição de conteúdo.
e) levantamento das informações: nesta etapa, são levantadas todas as
informações que estarão contidas no portal, como textos, artigos,
notícias, grade curricular, Currículo Lattes, entre outras. Todas essas
informações, impressas ou digitalizadas, são coletadas, bem como,
são coletadas todas as imagens que estarão disponíveis no portal.
Também, são encontrados alguns links de portais confiáveis, que
poderão estar contidos na interface.
20
f) redação dos textos: durante o desenvolvimento dos textos, são
consideradas as características do seu público alvo, pois é a partir
disso, que se define qual a linguagem que será utilizada. A forma de
apresentação dos textos na Internet tem suas particularidades, pois
geralmente os usuários não de muito tempo, além de não ter vontade
para ler textos longos. Por esse motivo, os texto devem ser curtos e
redigidos de uma forma clara, simples e objetiva a fim de proporcionar
uma leitura fácil e de rápida compreensão.
g) implantação: é a etapa final da criação do portal. É nela que são
corrigidos todos os erros ortográficos e as devidas correções na
página, e é quando o teste de funcionamento é realizado. Após essas
alterações, o portal está pronto para ser disponibilizado em rede.
Após definidas todas essas etapas, é possível elaborar a criação do portal
curso de Secretariado Executivo Bilingue, que tem por objetivo uma maior
divulgação do curso dentro da comunidade acadêmica e até mesmo fora dela.
21
6 ANALISE DA ORGANIZAÇAO E INTERPRETAÇAO DOS DADOS
Será apresentada a análise da organização através do diagnóstico
organizacional. Em seguida propõe-se a operacionalização do estágio, onde são
apresentados os dados coletados, sua interpretação e os resultados obtidos através
do questionário aplicado.
6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL
A Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE está
situada na Rua da Faculdade, número 645, no Jardim La Salle, localizando-se na
região Oeste do Paraná. A Unioeste oferta, no momento, 59 cursos de graduação e
13 cursos pós-graduação (Lato Sensu e Stricto Sensu), distribuídos ao longo dos 5
Campis, sendo que as vagas preenchidas, em grande parte, são de acadêmicos
vindos do oeste do Estado do Paraná.
Seu mercado de atuação abrange outras localidades da região, ou
seja, a Unioeste conta com acadêmicos oriundos de vários municípios da região
oeste do Paraná como Marechal Cândido Rondon, Matelândia, Medianeira,
Cascavel entre outras cidades.
Já seu mercado concorrente, está representado por Universidades e
Faculdades da região oeste do Paraná, como por exemplo, Fasul, PUC-PR, Unipar,
UTFPR, entre outras.
A Universidade é regida pelo modelo hierárquico, contendo diversas
instâncias de atuação e poder. A instancia máxima é chamada de Nível de
Administração Superior, que fica a cargo do governador do Estado do Paraná. Essa
instância é dividida em três poderes, o COU, que é o Conselho Universitário, o
CEPE – que é denominado Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e a Reitoria,
a qual é subdividida em várias classes, tais como:
a) Gabinete do Reitor;
b) Pró-Reitoria de Graduação;
c) Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação;
d) Pró-Reitoria de Extensão;
22
e) Pró-Reitoria de Administração e Planejamento;
f) Secretaria Geral;
g) Assessorias;
h) Órgãos de Apoio Suplementares;
A instância intermediária é conhecida como Nível de Administração
Intermediário, a qual comporta setores de:
a) Conselho de Campus;
b) Direção Geral de Campus;
c) Gabinete do Diretor Geral de Campus;
d) Assessorias;
e) Secretaria Administrativa;
f) Secretaria Financeira;
g) Secretaria Acadêmica;
h) Órgãos de Apoio e Suplementares.
O terceiro nível de administração é o Nível de Administração Básica, o
qual comporta setores de:
a) Conselho de Centro;
b) Direção de Centro;
c) Órgão de Apoio Suplementar.
E finalmente o quarto e último nível administrativo é o chamado Nível de
Administração básica Setorial, que comporta setores de:
a) Colegiado do Curso;
b) Coordenação de Curso.
É neste nível de administração que este estágio supervisionado foi
realizado, na Coordenação do Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe.
Sendo assim, é de grande valia relatar brevemente o contexto histórico da
Universidade, a qual foi formada pela integração de 4 faculdades municipais
isoladas de ensino não gratuito, criadas em Cascavel (FECIVEL, 1972), em Foz do
23
Iguaçu (FACISA, 1979), em Marechal Cândido Rondon (FACIMAR, 1980) e em
Toledo (FACITOL, 1980). .
De acordo com Lotte, (2002), a primeira prática de integração entre as 4
faculdades foi o vestibular unificado, a partir de 1985. Durante esse ano também
tomou corpo o movimento pró-UNIOESTE, através da constituição de uma
comissão, formada por representantes das quatro faculdades, das quatro prefeituras
municipais, da ASSOESTE (Associação Educacional do Oeste do Paraná), com
apoio de prefeitos, vereadores, deputados da região, e de organismos como
cooperativas agropecuárias e associações comerciais e industriais. Em janeiro de
1987, por lei estadual, foi criada a “Fundação Federação Estadual de Instituições de
Ensino Superior do Oeste do Paraná”, já então com a sigla UNIOESTE.
Nesse contexto, a então FACITOL/TOLEDO visando suprir a necessidade
de ter profissionais qualificados na região, criou o curso noturno de Secretariado
Executivo Bilíngüe, em 1986, com o 1° vestibular em 1987. Desde então oferece
anualmente 40 vagas no Concurso Vestibular. Neste mesmo ano, o curso passa a
ter uma carga horária total de 3.132 horas distribuídas ao longo de 4 (quatro) anos,
conferindo ao acadêmico o título de Secretário Executivo, cuja profissão foi
reconhecida pelas Leis de n.º 7.377 de 30/09/85 e Lei n.º 9261 de 10 de janeiro de
1986.
6.1.1Condições Econômicas
Segundo dados do portal da Prefeitura Municial de Toledo (2009) os
maiores fatores econômicos presentes na região oeste do Paraná, são a produção
de grãos a agropecuária. Esta região possui no total do Estado a maior participação
no valor da produção agrícola e também da pecuária. São importantes também:
moderna cotonicultura, mandioca em processo de agro industrialização e café,
especialmente com cultivo adensado. A região especializa-se na produção de aves e
suínos, como também na produção de leite com alto nível tecnológico e forte
integração agroindustrial em regime cooperativo. Industrialmente, apresenta elevado
grau de concentração de atividades na agroindústria, com foco na produção de
alimentos (17,06%), posicionando-se no terceiro lugar do Estado.
Sendo assim, para dar suporte cientifico e tecnológico à agroindústria, a
24
Unioeste, por meio dos cursos de Agronomia, Biologia e Engenharia de Pesca, em
parceria com empresas e fundações de amparo à ciência e tecnologia para
melhoramento genético de sementes, animais e peixes, está criando e
desenvolvendo centros de pesquisas em toda a região Oeste do Paraná.
6.1.2 Fatores Sociais
A localização da Universidade é privilegiada, pois exerce influencia sobre
a sua área de abrangência, que é o extremo Oeste do Paraná, através de vários
programas dentre os quais se destaca o programa feito com os acadêmicos dos
cursos de medicina e odontologia que fazem parte da integração do Hospital
Universitário, que tem sede na cidade de Cascavel, e vem auxiliando no crescimento
social da região.
Ainda, a Unioeste desenvolve mais alguns projetos que atendem a
comunidade de Toledo e região tais como: Projeto Oráculos, Terapia Intravenosa,
Prevenção Câncer Bucal, Saúde da família, CEFORTEC, Revista faz Ciência,
Projeto Casulo, GEPEC, Projeto Casa, Recicla, Observatório Mundo
Contemporâneo, P.E.E. PET, KULA WEB rádio, LIS, LUPA, HISTEDPROPR, GUA.
De acordo com UNIOESTE (2008), o perfil dos acadêmicos que são
aprovados pelo vestibular, é, em sua grande maioria, de classe média baixa, oriunda
propriamente da região Oeste do Paraná.
6.1.3 Interações Políticas
A região Oeste do Paraná está inserida em leis Federais, Estaduais e
Municipais, e a Universidade está inserida neste contexto também.
A Unioeste é uma Universidade Estadual Pública, e está intimamente
ligada a fatores políticos como, por exemplo, a troca de cargos a cada quatro anos.
Estes cargos estão ligados com a política regional e estadual, porque são
entendidos como cargos de confiança. As interações políticas entre a Universidade e
o Governo do Estado, favorecem a liberação de verba para financiamento de
projetos de investimentos, como foi o caso da construção do prédio do CCSA –
Centro de Ciências Sociais Aplicadas, os projetos de pesquisa, extensão, entre
25
vários outros.
6.1.4 Fatores Demográficos
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) (2002), a região Oeste do Paraná possui uma área total de 22.840 km2 ,
equivalente a 11,74% da área total do Estado que é de 199.281,70 km2, e uma
população de 1.164.272 habitantes, posicionando-se entre as maiores densidades
demográficas do Paraná, com 47,22 habitantes por km2. IBGE (2002). Segundo a
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano do Paraná o grau de urbanização
da Região é de 77,02% e está em crescimento nas últimas décadas, especialmente
em Foz do Iguaçu e Cascavel, crescendo em médias superiores às demais regiões.
Por outro lado, aproximadamente 20% de seus municípios perdem população, em
especial nas áreas rurais.
Embasado no resultado do questionário sócio-educacional, aplicado
durante o vestibular de 2007, constata-se que a grande parte da população atendida
por esta Universidade, é originada da região em que a mesma está inserida.
6.1.5 Condições Culturais
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2008), a
escolaridade é um fator condicionante do acesso ao mercado de trabalho.
Os cursos oferecidos pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná,
cumprem um papel sócio-educacional muito importante para a região e para o
estado, formando profissionais que suprem as necessidades dos sistemas de ensino
básico e fundamental.
Para isso, Toledo ainda conta com outras instituições privadas, e com o
trabalho do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAC – Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial, do SESC – Serviço Social do Comércio e do
SESI – Serviço Social da Indústria, que atuam na formação de mão-de-obra
industrial e comercial na prestação de serviços.
Quanto ao aspecto cultural, Toledo desfruta do 2º maior teatro municipal
do estado do Paraná, o Centro Cultural da Vila Pioneiro, o Museu historio Willy
26
Barth, de bibliotecas públicas que dão acesso ao conhecimento a população desta
região, conta ainda com praças de parques, para práticas de atividades recreativas e
lazer.
6.1.6 Estrutura Legal
Para estabelecer o planejamento institucional da Unioeste, foi adotada a
metodologia do Planejamento Estratégico, através do qual se desenvolveu um plano
de ação coerente com as expectativas e realista quanto aos recursos existentes na
instituição. As áreas prioritárias assumidas pela Unioeste no campo de ensino, da
pesquisa e da extensão, bem como sua articulação com o mundo universitário, a
consolidação de sua experiência acadêmica, e sua filosofia e capacidade
institucional de formar recursos humanos qualificados, fazem da Universidade uma
aspiração regional legítima e uma decisão política de caráter estratégico.
6.1.7 Condições Tecnológicas
Quanto às condições tecnológicas, a cidade de Toledo conta com a Usina
do Conhecimento, onde são desenvolvidas atividades em ciência e tecnologia, arte,
cultura e comunicação.
A Universidade também tem programas e projetos para desenvolver
atividades em ciência e tecnologia como o NIT - Núcleo de Inovações Tecnológicas
da Unioeste que é um órgão suplementar na estrutura da Universidade Estadual do
Oeste do Paraná (UNIOESTE), vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-
Graduação (PRPPG) e fisicamente localizado no campus de Cascavel, o qual atua
como agente catalisador do desenvolvimento tecnológico e industrial da micro-região
do extremo oeste paranaense, através da transferência de tecnologia entre
Universidades e Empresas, bem como buscar proporcionar e garantir a capacitação
de recursos humanos de qualidade. Também conta com vários seminários e
palestras desenvolvidos ao longo do ano para o crescimento das condições
tecnológicas.
27
6.1.8 Operacionalização da Organização
Para o desenvolvimento deste estágio, é importante compreender ainda
algumas especificidades da UNIOESTE, tais como, os aspectos de sua cultura
organizacional. De acorde com Bíscoli (2003), a implantação da Universidade em
Toledo, deu-se pela articulação entre a comunidade e a faculdade, pela busca de
cursos de nível superior, para suprir as expectativas locais.
Com isso, a Universidade acabou sofrendo algumas influências originadas
principalmente da população local, que é, em sua maioria, de descendência alemã e
italiana.
Hoje, a Universidade tem por finalidade contribuir para a melhoria e a
transformação da sociedade, atender às aspirações e aos interesses da
comunidade, e promover o ensino, a pesquisa e a extensão com eficácia e
qualidade, formando profissionais para diversas áreas de atuação.
Cada região tem um potencial, e por ser multicampi, cabe a Unioeste
suprir a necessidade de cada área demográfica, levando em consideração o
momento atual gerado pela globalização.
O Campus de Toledo é composto por três centros, separados por áreas
de conhecimento: Centro de Ciências Sociais Aplicadas, do qual o Curso de
Secretariado Executivo Bilíngüe faz parte, o Centro de Ciências Humanas e Sociais
e o Centro de Engenharias e Ciências Exatas.
Em tratando das políticas organizacionais, segundo OLIVEIRA (1999), o
papel e a finalidade da Instituição de ensino Superior, quanto à gestão de pessoas,
está na busca do aprimoramento, na perspectiva de implementação e disseminação
de novos valores internos junto ao quadro de pessoal, dando ênfase no talento
humano, no espírito empreendedor e na qualidade dos serviços prestados, para que
possam desta forma contribuir com a realização dos fins da Universidade.
A política de recursos humanos tem como referência a visão e a missão
da Unioeste, com um principio de valorização humana num processo de construção
permanente de um especo de trabalho onde haja respeito, capacitação contínua,
responsabilidade, inovação e compromisso com um serviço público de qualidade.
A Resolução 017/99 – COU, de 17 de setembro de 1999, aprova o novo
Estatuto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
28
Tendo em vista o sistema de remuneração da Universidade, segundo
informações do DRH (Diretório de Recursos Humanos) do Campus de Toledo, o
sistema de remuneração se dá de acordo com o Estatuto de Funcionários Civis do
Estado do Paraná e do Plano de carreira que prevê, conforme carga horária, o
salário de enquadramento. O Plano de carreira prevê também a elevação de nível
ou classe, através do desempenho, tempo de serviço e titulação.
Os servidores têm ainda algumas vantagens como Adicional Noturno,
Adicional por tempo de serviço, Adicional de Insalubridade e Periculosidade,
Adicional de TIDE – Tempo integral e dedicação exclusiva e Adicional por Cargos
Administrativos.
As férias são concedidas a partir de 12 meses de efetivo exercício, tendo
como preferência, tirá-las em Janeiro, porque é o período de férias dos acadêmicos,
não causando prejuízos nas atividades acadêmicas e no desempenho das
disciplinas ministradas nos cursos.
Acoplado a isto, vem o sistema de seleção e desenvolvimento, que de
acordo com dados do Diretório de Recursos Humanos, até 20 de dezembro de 1992,
os servidores da Unioeste eram regidos pela CLT. A partir desta data, através da lei
nº 10.219, passaram a existir dois regimes jurídicos de trabalho: Celetistas e
Estatutário.
Os celetistas são profissionais contratados por prazo determinado através
de teste seletivo, e que agora podem contar com Adicional de TIDE. Os estatutários,
são servidores efetivos, apontados por concurso público, regido pelo Estatuto dos
Funcionários Civis do Paraná – (Lei nº 6.174/70)
A Unioeste também mantém estagiários que até o ano de 2007 eram
mantidos por convênio firmado entre Unioeste e CIEE – Centro de Integração
Empresa-Escola, e agora são mantidos com recursos provenientes do próprio
estado.
Com respeito ao estilo gerencial da Universidade, afirma-se que a
Unioeste é regida por um sistema gerencial de Administração Superior Deliberativa,
formada pelo COU – Conselho Universitário, que é a maior instância da
Universidade, seguido do CEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.
Abaixo destes, encontram-se os cargos de Administração Superior Executiva, que
são formados pelos cargos exercidos dentro da Universidades, desde o cargo de
29
Reitor até o cargo de Coordenador de Curso, como está apresentado no
organograma da Universidade.
Sendo assim, a Unioeste, como a maioria das instituições públicas e
privadas do país, tem um estilo gerencial de autarquia, porque é uma instituição
pública, mas que também exercem influências hierárquicas por existem diferentes
cargos e níveis de atuação dentro da Universidade, e também, tem segue um estilo
democrático, pois os funcionários e docentes podem opinar dentro dos regimes
estipulados pelo COU.
Sabendo-se da importância da gestão da qualidade incutida em todas as
organizações, a Unioeste através de projetos e programas oferece cursos de
qualificação para funcionários e docentes, para que possa ser propiciado um
atendimento e um ensino de qualidade, colaborando para que o nome da instituição
seja reconhecido em âmbito regional e nacional.
O Estatuto dos Funcionários civis do Estado do Paraná prevê e a
Resolução 011/95 – CADE regulamenta, aos técnico-administrativos, a dispensa de
8 horas semanais para o cumprimento de estágio curricular; e a Resolução 035/00 –
COU regulamente a Política de Qualificação dos servidores técnico-administrativos,
prevendo a dispensa de horas semanais para estudo, sendo 8 horas para
graduação, 16 horas para especialização e 20 horas semanais para servidores
mestrandos. A Política de Qualificação Docente é regulamentada pela Resolução
065/2000 – CEPE, porém o Plano de qualificação é aprovado pelo Colegiado a qual
o docente pertence, podendo afastar-se total ou parcialmente para cursar mestrado,
doutorado e pós doutorado.
A Unioeste oferece também pausas durante o horário de trabalho para
descanso, e oferece pela manhã, ginástica laboral, contribuindo para o bom
desempenho dos funcionários em seu horário de trabalho.
6.2 OPERACIONALIZAÇAO DO ESTÁGIO
Neste tópico serão apresentados os resultados da pesquisa e da
metodologia proposta anteriormente, iniciada em junho de 2009, com o intuito de
mostrar e exemplificar melhor a problemática apresentada.
Segundo dados obtidos junto à Coordenação do Curso de Secretariado
30
Executivo Bilíngüe, em 2009 percebeu-se a defasagem de um meio de comunicação
que levasse as informações recentes aos acadêmicos e futuros acadêmicos do
curso, bem como os mantivesse atualizados sobre as mudanças e novidades do
Curso e de outras localidades. Sendo assim, acreditou-se ser necessária a criação
de um meio de comunicação para este público, justificando assim a realização deste
projeto.
Portanto, este portal teve por finalidade disponibilizar informações
atualizadas e de qualidade, atingindo os discentes, docentes, e a comunidade como
um todo, de modo a satisfazer suas necessidades, auxiliando-os em suas pesquisas,
e gerando uma maior divulgação do Curso junto à comunidade, empresas, e futuros
acadêmicos do curso, para que estes possam conhecer e visualizar as práticas
realizadas no Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe, bem como seu corpo
docente e sua especialidades em línguas. Já os objetivos deste portal são reunir em
um só lugar todas as informações mais relevantes para este público, facilitando
assim a busca pelas informações desejadas.
Para tanto, primeiramente, foi discutido com o orientador de estágio, qual
seria o público alvo deste projeto, sendo contatado através de uma entrevista.
Definiu-se então que o público alvo deste trabalho seriam os discentes do curso e
com alguns docentes, por conhecerem mais a respeito da comunidade acadêmica e
de suas necessidades, bem como os atuais acadêmicos, possibilitando assim, a
análise das principais defasagens neste meio.
Após a definição de público alvo, foi feita a seleção da amostra de
população, escolhida também através de uma entrevista com o orientador de
estágio, que se definiu que seria aplicado um questionário de avaliação aos
acadêmicos da terceira e quarta série do curso.
O questionário foi aplicado em sala de aula, pela autora, tendo quarenta e
oito acadêmicos respondentes. Ao término da aplicação, foram analisadas todas as
informações obtidas através das respostas.
31
A primeira questão abordou quais das alternativas os acadêmicos
julgavam mais importantes para a construção do portal. Abaixo seguem citadas as
alternativas sugeridas:
a) grade curricular;
b) currículo lates dos docentes;
c) área de atuação de cada docente;
d) títulos dos trabalhos de conclusão de curso dos últimos 5 anos;
e) horários e disciplinas do Curso;
f) e-mail de cada turma;
g) títulos de projetos de pesquisa;
h) títulos de projetos de extensão;
i) telefones e contatos da coordenação;
j) descrição do curso;
k) área de atuação do profissional;
l) vagas de estágio;
m) links de sites de pesquisa de material científico;
n) livros publicados pelos docentes do Curso;
o) divulgação de semanas acadêmicas ou eventos da área secretarial;
p) duração do Curso e numero de vagas;
q) projeto político pedagógico do curso.
Segue assim a tabela 1, que apresenta as respostas obtidas na primeira
questão, mostrando quantos dos 48 acadêmicos respondentes consideram cada
item relevante para a construção do portal:
32
Tabela 1 – Itens que devem estar presentes no portal de Secretariado Executivo
Bilíngüe.
FONTE: Resultado da pesquisa.
Alternativas Número de respondentes
Grade Curricular 44
Curriculo Lattes dos Docentes 21
Área de Atuação de cada Docente 17
Título dos TCCs dos Últimos 5 anos 40
Horários e Disciplinas do Curso 37
E-mail de Cada Turma 17
Título do Projeto de Pesquisa 37
Títulos do Projeto de Extensão 35
Contatos da Coordenação 32
Descrição do Curso 42
Área de Atuação do Profissional 37
Vagas de Estágio 42
Links de Portal de Pesquisa de Material Científico 42
Livros Publicados pelos Docentes do Curso 35
Divulgação dos Eventos na Área Secretarial 42
Duração do Curso e Número de Vagas 32
Projeto Político Pedagógico do Curso 37
Tendo em vista as respostas obtidas na primeira questão, buscou-se
disponibilizar todos os itens no portal, pois se julgou importante apresentar estas
informações, já que muitas das alternativas obtiveram um resultado acima de 50%
de acadêmicos respondentes.
A segunda questão foi aplicada como questão aberta, abordando qual
outra sugestão os acadêmicos consideram relevantes para disponibilizar no portal,
porém, não se obteve um número de respostas elevado, pois de quarenta e oito
acadêmicos respondentes, somente três propuseram alguma outra sugestão. Destes
três acadêmicos, dois solicitaram que fossem disponibilizadas fotos das turmas, e o
terceiro acadêmico, sugeriu que fosse criado um mural de recados, para que os
acadêmicos e docentes pudessem postar comentários. Estas sugestões foram
analisadas pelo orientador do trabalho e pela autora, julgando a primeira sugestão,
da disponibilização de fotos da turma, viável, sendo efetivada. Porém, a segunda
sugestão, de ser criado um mural de recados, não pôde ser efetivada, pois para que
33
isso fosse realizado, precisaria ser criado um banco de dados, o qual exigiria um
conhecimento muito elevado e específico da área de criação de softwares, fugindo
assim do objetivo da proposta.
Após a análise das questões apresentadas no questionário, passou-se a
parte do desenvolvimento do portal, a qual foi dividida em várias fases, tais como: a
definição dos temas, definição de nomenclatura, definição da arquitetura de
informação, definição do desenho da interface, levantamento das informações,
redação dos textos e implantação, as quais seguem analisadas abaixo:
6.2.1 Definição dos temas
A definição dos temas que estariam compondo o portal foi realizada
através das respostas obtidas no questionário acima citado.
6.2.2 Definição da nomenclatura
A nomenclatura dos links está completamente ligada à eficiência de
acessibilidade do portal. Sendo assim, para cada item disposto, foi necessária a
criação de um link, que contivesse as informações necessárias inseridas nele. Pode-
se exemplificar isso, da seguinte forma: para os itens títulos dos trabalhos de
conclusão de curso dos últimos 5 anos, atribuiu-se a nomenclatura de Trabalhos,
somente com um nome, para que os usuários tenha uma acessibilidade fácil e
simples, encontrando assim, todos os itens com facilidade dentro do portal.
34
FIGURA 1 – LINK TRABALHOS
Link Trabalhos
FONTE: Resultado da pesquisa
35
FIGURA 2 – TÍTULOS DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DO ANO
DE 2004
Lista de títulos e autores dos
trabalhos publicados no ano de 2004.
FONTE: Resultado da Pesquisa
Sendo assim, julgou-se importante e necessário que todos os itens
tivessem nomenclaturas simples e claras.
6.2.3 Definição da arquitetura de informação
A arquitetura da informação consiste em agrupar as informações,
identificando-as e separando-as em blocos organizados por sessões ou assuntos
principais. MORAES (2007)
Sendo assim, os itens relacionados a trabalhos foram todos inseridos
dentro do link nomeado Trabalhos, assim como, os itens relacionados ao Curso em
suma, foram inseridos dentro do link nomeado Sobre o Curso, e os assuntos
relacionado a docentes, como o link para o currículo lattes de cada um, está inserido
no link docentes, como seguem exemplificados nas figuras 3, 4 e 5.
36
FIGURA 3 – LINK SOBRE O CURSO
Links relacionados ao curso
Link sobre o curso
FONTE: Resultado da Pesquisa
FIGURA 4 – LINK DOS DOCENTES
Docentes
FONTE: Resultado da Pesquisa
37
FIGURA 5 – LINKS DOS CURRICULOS LATTES DOS DOCENTES
Link do Currículo Lattes dos Docentes
FONTE: Resultado da Pesquisa
Este sistema de separação por sessões ou assuntos, facilita o acesso dos
usuários, e privilegia as informações mais relevantes, as quais estão expostas na
interface do portal.
6.2.4 Definição do desenho da Interface
Para a escolha do desenho da interface, buscou-se levar em
consideração o público alvo e suas necessidades.
Sendo assim, buscou-se criar uma interface fosse similar ao modelo
padrão de portais.
No canto superior esquerdo, foi inserido o nome do curso, em letras
grandes, e maiúsculas, para evidenciar esta informação. Também, foi inserido o
símbolo do curso, ao lado do nome, como segue apresentado na figura 6.
38
FIGURA 6 – PARTE SUPERIOR DO PORTAL
Nome do Curso e símbolo
da Instituição de Ensino.
FONTE: Resultado da Pesquisa
Logo abaixo ao nome do curso, foi elaborado um menu de navegação
global, o qual foi inserido horizontalmente, da esquerda para a direita, contendo os
seguintes itens: início, sobre o curso, fotos, trabalhos, docentes e contatos como
segue exemplificado na figura 7.
39
FIGURA 7 – MENU DE NAVEGAÇÃO GLOBAL
Menu de Navegação Global
FONTE: Resultado da Pesquisa
Na seqüência, foi criado um menu de navegação local, o qual foi inserido
verticalmente, do lado esquerdo da página, dividido em duas partes: fique por dentro
e artigos, como segue apresentado na figura 8.
40
FIGURA 8 – MENU DE NAVEGAÇÃO LOCAL
Menu de Navegação Local
FONTE: Resultado da Pesquisa
Ainda, foi criado um espaço de conteúdo global e contextual, que é a área
central da interface, onde estão contidas as informações mais importantes. Na
página do curso, estão contidas informações como as saudações, e um breve
histórico do curso, mostrando de que forma este é apresentado à comunidade, como
segue exemplificado na figura 9.
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FIGURA 9 – CONTEÚDO GLOBAL E CONTEXTUAL
Conteúdo Global e Contextual
FONTE: Resultados da Pesquisa
6.2.5 Levantamento das informações e redação dos textos
Neste tópico, foram levantados todos os textos que se encaixam nos itens
acima mencionados.
Para isso, foram pesquisados muitos artigos, fotos, e diversos tipos de
materiais como o Projeto Político Pedagógico do Curso de Secretariado Executivo
Bilíngue, para obter as informações necessárias. Este material foi arquivado em uma
única pasta, sendo redigido de forma apropriada, como texto para uso em páginas
da Internet, os quais precisam ser breves e claros, contendo assim, todo o conteúdo
relevante para os usuários do portal.
6.2.6 Implantação
A implantação do portal é a última parte do desenvolvimento. Nela, foram
corrigidos todos os erros gramaticais, todos os links, as cores da interface entre
outras coisas. Depois de finalizadas todas as correções, o portal esteve pronto para
42
ser disponibilizado na Internet, sendo apresentado como mostra a figura 10.
FIGURA 10 – INTERFACE DO PORTAL PRONTA
FONTE: Resultado da pesquisa
Com isso, pode-se observar algumas partes do portal para o Curso de
Secretariado executivo Bilíngüe.
6.2.7 Sugestões e Recomendações
Um portal, para que se torne uma fonte de conhecimento, de aprendizado
e de atualização, necessita estar em constante atualização, renovando seu
conteúdo, apresentando sempre materiais novos e atuais a seus usuários,
permitindo assim, que os mesmos voltem a acessá-lo sempre que necessário.
Com isso, sugere-se e recomenda-se que todas as informações contidas
neste portal, que ainda são meramente ilustrativas, após se disponibilizado em rede,
43
sejam atualizadas constantemente pelo DRI – Diretoria de Informática, da
UNIOESTE Campus de Cascavel, contendo assim, todos os eventos e novidades
que estão acontecendo no universo das organizações e suprindo todas as
necessidades do público alvo acima apresentados.
Sugere-se também, que seja inserido dentro do link normas, um manual
contendo todas as normas detalhadas estipuladas pela coordenação de estágio do
Curso de Secretariado Executivo Bilíngue, para que os acadêmicos sanem todas as
suas dúvidas com respeito a elaboração de trabalhos científicos.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve por objetivo a proposição e a posterior construção de
um portal para o Curso de Secretariado Executivo Bilíngue, com a finalidade de criar
uma maior divulgação do curso para a comunidade acadêmica presente, e para os
futuros acadêmicos do curso, bem como para as organizações.
Esta proposta de pesquisa partiu do pressuposto da falta de um meio de
comunicação eficaz entre os acadêmicos do curso de Secretariado Executivo
Bilíngue e a coordenação do curso em questão, para que as necessidades dos
acadêmicos viessem as ser supridas, e para que eles pudessem encontrar em um
único lugar as informações relevantes para suas dúvidas e questionamentos.
Com esta perspectiva, elaborou-se um questionário com 48 acadêmicos
do terceiro e quarto ano do curso de Secretariado, com a finalidade de levantar
quais são as informações de maior relevância para estarem presentes no portal,
para que assim, este pudesse ser elaborado.
Sendo assim, obteve-se a elaboração do portal com base nas respostar
obtidas através do questionário aplicado.
Espera-se com o resultado desta pesquisa, que seja estimulada a busca
por informação por parte dos docentes, mas principalmente, por parte dos
acadêmicos e futuros acadêmicos do curso, para que estes possam encontrar
informações relevantes e de grande valia para suas vidas pessoais e profissionais
neste local.
O presente trabalho não se limita ao que foi exposto, tendo
possibilidades de mudanças futuras, e atualizações por parte dos responsáveis,
sendo encaminhado a Coordenação do Curso de Secretariado Executivo Bilíngüe,
para aprovação em colegiado e posteriormente, encaminhado ao DRI no Campus de
Cascavel, para disponibilização em rede.
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REFERÊCIAS
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