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ESTA TERRA Página 4 Página 5 Página 12 Encantos do Cricaré impulsiona turismo no Norte Páginas 06 e 07 Produtor rural tem direito a aposentadoria especial Portaria libera abate de vacas no terço final de gestação Faes sugere ações para minimizar impactos da seca SR de Jaguaré INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XVI - Nº 273 - FEVEREIRO 2015

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ESTA TERRA

Página 4 Página 5 Página 12

Encantos do Cricaré impulsiona turismo no Norte

Páginas 06 e 07

Produtor rural tem direito a aposentadoria especial

Portaria libera abate de vacas no terço final de gestação

Faes sugere ações para minimizar impactos da seca

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INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO E SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL - ANO XVI - Nº 273 - FEVEREIRO 2015

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FAES

DIRETORES: Júlio da Silva Rocha Júnior (Presidente), João Calmon Soeiro (1º Vice-Presidente), Rodrigo José Gonçalves Monteiro (2º Vice-Presidente), Abdo Gomes (3º Vice-Presidente), José Garcia (4º Vice-Presidente), Wilson Tótola (5º Vice-Presidente), Tolentino Ferreira de Freitas (6º Vice-Presidente), Altanôr Lôbo Diniz (1º Secretário), José Manoel Monteiro de Castro (2º Secretário), Neuzedino Alves Victor de Assis (1º Tesoureiro), Arízio Varejão Passos Costa (2º Tesoureiro). SUPLENTES DA DIRETORIA: José Pedro da Silva, Antonio Roberte Bourguignon, Nilton Falcão, Judas Tadeu Colombi, Valdeir Borges da Hora, Luiz Malavasi, Edivaldo Permanhane, Renilton Scardua Junior, Elder Sossai de Lima, Rodrigo Melo Mota, Marcos Corteletti. CONSELHO FISCAL – Efetivos: Leomar Bartels, Luciano de Campos Ferraz, Francisco Valani da Cruz. Suplentes: Gilda Domingues, Eliomar Maretto, Acacio Franco.

SENAR-ES

CONSELHO ADMINISTRATIVO – Efetivos: Júlio da Silva Rocha Júnior, Eliana Almeida Lima, Andrea Barbosa Alves, Argeo João Uliana, Julio Cezar Mendel. Suplentes: Wesley Mendes, Kleilson Martins Rezende, José Umbelino Monteiro de Castro, Antonio Sérgio Mareto, Ranielle Badiani Bianchi. CONSELHO FISCAL – Efetivos: Paulo Renato Miranda Bezerra, Cleiton Gomes Moreira, Carlos Roberto Abouramd. Suplentes: Antônio José Baratela, Maria Augusta Buffólo, José Lívio Carrari. Superintendente: Neuzedino Assis.

ENDEREÇO

Av. Nossa Senhora da Penha, nº 1495 – torre A – 10º e 11º andares – Bairro Santa Lúcia – Vitória/ES – CEP: 29056-243 – Tel: (27) 3185-9200 – Fax: (27) 3185-9201 – E-mail: [email protected] / [email protected].

JORNAL ESTA TERRA

Produzido por: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 [email protected] responsável: Eustáquio Palhares Edição: Priscila [email protected]: Lohanna Mendes e Laillah MartinelleColaboradores: Sindicatos Rurais, Ivanete Freitas e Tereza Zaggo Ivanete Freitas, Luciana Mencer e Ana Paula BahienseFotos: Comunicação Faes e Senar/ESEditoração: Iá! Comunicação

Editorial

Vê-se comumente a afirmação de que a agro-pecuária é responsável pelo consumo de 70% da água utilizada; não chega a tanto e não seria de se espantar, se chegasse, já que exportamos 30% do que excede ao consumo interno do país em que 82% de sua população é urbana.

O relatório: Conjuntura dos Recursos Hídri-cos do Brasil de 2013, da Agência Nacional de Águas (ANA), aponta que na Região Hidrográ-fica do Atlântico Sudeste a irrigação apresenta uma vazão de retirada de 57,3 m³/s, enquanto o abastecimento humano, um montante de 104,2 m³/s, sendo de 1.270,1 m³/s o percentual total da irrigação no Brasil, que corresponde a 53,53% do total da vazão de retirada e não em torno de 70%, como de hábito se alardeia.

O mesmo relatório informa que nesta mesma região a capacidade per capita de armazena-mento de água estabelecida é de 372 m³/hab, somente encontrando índice comparativo no continente asiático, que é de 353 m³/hab, indi-cando imperiosa e inadiável necessidade de in-vestimentos no setor.

O jornalista José Carlos Corrêa, publicou im-portante artigo em A Gazeta, de 31/01/2015, em que explicita a queda acentuada de vazão dos mananciais que abastecem a grande Vitória, exigindo tanto medidas emergenciais de redu-ção de consumo, como medidas de longo pra-

Para facilitar a comunicação entre o Senar Nacional e os regionais, agora os grupos de trabalho de todo Brasil estão realizando reu-niões por vídeo conferência. São encontros com duração de duas horas e que reúnem as equipes de acordo com o tema debatido. É a tecnologia diminuindo distância e ajudando no desenvolvimento do agronegócio.

Déficit hídrico, não devemos o que nos cobram

Videoconferência do Senar

Expediente

ANIVERSARIANTES DE MARÇO

01/03 Oldar Bonatto Presidente SR Boa Esperança08/03 Renilton Scárdua Júnior Presidente SR Itarana08/03 Maria Izabel Ribeiro Pereira Funcionária da Faes10/03 Leomar Bartels Diretor Faes e Presidente SR Linhares10/03 José Lívio Carrari Presidente SR Muqui11/03 Pedro de Faria Burnier Diretor Nato Faes13/03 Etevalda Grassi de Menezes Esposa Diretor Nato da Faes (Nyder Barboza)17/03 Izaura Bernardin Malavasi Esposa do Diretor da Faes (Luiz Malavazi)21/03 Marília Gratz Pimentel Esposa Presidente SR de Aracruz21/03 Zélia Maria Vargas Soeiro Esposa Vice Presidente da Faes (João Soeiro)27/03 Tolentino Ferreira de Freitas Presidente SR de Ecoporanga

zo, sendo: recuperação da cobertura florestal, a proteção de nascentes, a construção de reserva-tórios e o manejo sustentável da água, que tam-bém comprova a necessidade de investimentos.

No site Newsletter – Grupo Cultivar de 05/02/2015, o pesquisador do Instituto de Eco-nomia Agrícola da Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Eduardo Pires Castanho, em artigo intitulado: “Agricultu-ra não é vilã da crise hídrica, afirma pesquisador do IEA”, dizendo da importância de se debater o tema, concluindo: “longe de ser a vilã na ques-tão da água, a agropecuária é perfeitamente sustentável do ponto de vista hídrico e é a gran-de produtora de água para outros usos sociais, não sendo, de modo algum, fator de escassez de água. É um verdadeiro “aquonegócio”, pelo qual não existe nenhuma remuneração!”.

Não podemos perder mais tempo com o que fazer, muito menos imputar responsabilidades, sobremodo, as incabíveis, importa que haja conscientização e protagonismo de todos, vi-sando a correção de rumos e o resgate do muito por fazer na mudança de hábitos e costumes e na falta de investimentos.

Júlio da Silva Rocha JúniorPresidente da Faes

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Formado em Ciências Sociais na Ufes, in-tegrou as turmas do Programa de Desenvol-vimento de Conselheiro, Governança Cor-porativa na Fundação Dom Cabral Master of Business Administration (MBA) e de Gestão Estratégica de Negócios na Fucape, Octaciano Neto assumiu recentemente a Secretaria de Agricultura do Estado e concedeu entrevista ao Esta Terra sobre a seca que atinge o Estado.

2014 foi um ano difícil para a agricultura capixaba. Existe algum plano do governo para amenizar os impactos para os agriculto-res e pecuaristas?

A Região Sudeste está vivendo uma das maio-res crises hídricas de sua história. O Espírito San-to registra a pior seca dos últimos 40 anos. Todos os setores da sociedade estão sendo afetados pelo problema, mas a situação do setor agro-pecuário capixaba é muito difícil. Em dezembro de 2013 estávamos sofrendo com o excesso de chuvas. Agora, poucos meses depois, enfrenta-mos um grave cenário de escassez de água.

O Governo do Estado tem procurado agir de forma rápida. Queremos ficar o mais próximo possível dos nossos produtores. Neste momento emergencial, além de solidariedade estamos ado-tando ações práticas para minimizar os prejuízos e o sofrimento de cada um. Já me reuni com as instituições que operam crédito agropecuário no Espírito Santo (Banco do Brasil, Banestes, Bandes, Banco do Nordeste, Caixa, Sicoob e Cresol) para discutir a prorrogação e a renegociação de dívi-das e abertura de novas linhas de crédito para os produtores. Estamos empenhados em garantir, junto ao Banco Central, que as parcelas dos fi-nanciamentos bancários que estão vencendo no primeiro semestre deste ano sejam prorrogadas.

Além disso, técnicos do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF) estão auxiliando os municípios na montagem de processos de reconhecimento da situação de emergência/calamidade, garantindo que esses procedimentos sejam elaborados de acordo com as normas técnicas para que pos-sam ser mais rapidamente homologados pela Defesa Civil, fazendo com que, consequentemen-te, a ajuda, seja estadual ou federal, chegue com mais agilidade também.

Outra ação que já está em andamento é a liberação do abate de vacas prenhas nos últi-mos três meses de gestação. Também temos orientado os produtores a procurar os escritó-rios do Incaper e do Idaf espalhados por todo o estado. Nesse momento de crise, o trabalho de assistência técnica e de extensão prestado por nossas instituições assume uma impor-tância ainda maior. Possuímos pacotes tecno-lógicos que foram desenvolvidos ao longo dos

“É preciso garantir a preservação e a recuperação dos mananciais hídricos”

Afirmação é do secretário estadual de agricultura, Octaciano Neto

últimos anos e que estão à disposição para ajudar os produtores a enfrentar as adversi-dades climáticas. Portanto, precisamos fazer com que essa tecnologia chegue às proprie-dades. Todos os nossos escritórios locais e re-gionais estão preparados para receber o pro-dutor. Em breve divulgaremos um conjunto de ações de adaptação às mudanças climáticas. Ações que terão um olhar importante para quatro dimensões: ampliação da cobertura vegetal, reservação de água, manejo e pla-nejamento (planos de bacia e fortalecimento dos comitês de bacias hidrográficas).

O setor passa por uma crise hídrica, que pode se agravar com a falta de chuvas. O que vocês pretendem fazer para que a produção não dependa apenas da chuva?

É preciso que seja feito um esforço coletivo para colocar em prática ações de curto, médio e longo prazo, com a finalidade de garantir a pre-servação e a recuperação dos mananciais hídri-cos, a reservação e a produção de água. O novo governo assumiu há pouco mais de 40 dias e uma das primeiras medidas adotadas pelo governador Paulo Hartung foi a constituição do Comitê Hídri-co Governamental, formado por representantes de várias secretárias e órgãos da Administração. Nosso papel é garantir que o setor agropecuário, fundamental para a economia do Espírito Santo, seja tratado com prioridade nesse debate.

Recentemente, percorremos todas as regiões do estado e nos reunimos com os usuários de água das bacias hidrográficas. O mais importan-

te dessas reuniões foi a participação intensa da população, que nos apresentou muitas suges-tões e contribuições que serão levadas em con-sideração na elaboração das políticas públicas de segurança hídrica. É importante frisar que os Comitês de Bacias Hidrográficas são fundamen-tais para o equilíbrio dos interesses econômicos, sociais, ambientais e políticos em relação ao uso da água. Estamos fortalecendo o proces-so decisório dos comitês. Precisamos avançar na formulação do plano de recursos hídricos de cada comitê instalado no estado. Até agora, contamos com apenas três planos em operação, nas bacias dos rios Santa Maria da Vitória, Jucu e Benevente. Precisamos avançar para as outras bacias. É o plano de bacia que define de que for-ma será feita a compatibilização entre oferta e demanda de água, em quantidade e qualidade, para todos os pontos da bacia hidrográfica.

Precisamos implementar uma política de se-gurança hídrica no Espírito Santo. E nesta linha, precisamos debater formas eficientes de uso da irrigação. Não basta pensar a irrigação do ponto de vista agronômico, temos que olhar do ponto de vista do uso da água (sustentabili-dade). A irrigação por pivô central certamente é mais eficiente agronomicamente para as la-vouras do café do que as outras, mas não é do ponto de vista ambiental, do uso da água

Recente pesquisa realizada pela CNA, aponta o ES como o sétimo estado mais com-petitivo entre os 27 estados. Que ações serão desenvolvidas para elevar esses números e tornar o Estado mais competitivo?

Posso adiantar que iremos agir com base em agendas que ampliem o campo de oportunida-des para todos aqueles que se dedicam à pro-dução agropecuária no estado. Queremos pro-mover o desenvolvimento sustentável do rural capixaba. Vamos dedicar esforços para adensar nossos arranjos produtivos, ampliar o crédito agrícola e valorizar cada vez mais a agricultura familiar, que responde por 80% da nossa produ-ção. Mas, sem dúvida, uma de nossas priorida-des será a reservação de água. A agropecuária do século 21 traz consigo dois grandes desafios. A necessidade constante de inovação tecnológi-ca e a sustentabilidade.

A competitividade do setor agropecuário pas-sa também pela inovação tecnológica e o aden-samento de nossas cadeias produtivas. Temos um conjunto extraordinário de pesquisadores no Incaper, por exemplo, e o nosso desafio será o de ampliar a oferta e as linhas de pesquisa. Du-rante muitos anos dependemos do lançamento de editais nacionais para fazer pesquisa. Vamos ampliar o investimento em pesquisa com recur-sos próprios e definir quais as linhas prioritárias para a nossa realidade específica.

Veja a entrevista completa do secretário no site da Faes

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O Espírito Santo tem um novo roteiro a ser aproveitado: o Encantos do Cricaré, que reúne belezas naturais, cultura local e o agroturismo em quatro munícipios do norte capixaba: São Mateus Nova Venécia, Jaguaré e Vila Pavão.

O roteiro envolve mais de 50 empreendimen-tos e foi desenvolvido pelo Senar-ES em parceria com a Faes, Sindicatos dos Produtores Rurais, Prefeituras Municipais, Sindicato dos Trabalha-dores e Trabalhadoras Rurais de Nova Venécia, Sebrae-ES, Setur/ES, Incaper, Idaf, Paróquia São Marcos, Bandes e Banco do Nordeste.

O programa tem como principal objetivo es-tabelecer estratégias para o desenvolvimento e fortalecimento do turismo rural de forma sus-tentável, a fim de promover melhorias no agro-negócio, além de aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida das pessoas do meio rural.

Segundo o coordenador do projeto, Sebas-tião Carias, conhecido como Macarrão, o roteiro também visa revelar as riquezas da região norte do Estado. “Nem mesmo as próprias agências de turismo da região conheciam a imensidão de belezas que existem nesses lugares, aqui en-contramos um lugar mais bonito que o outro, é muito bom para aproveitar de todas as formas e com muita diversão”, afirma Macarrão.

Ainda segundo ele, a meta é desvendar o nor-te do ES, mas principalmente valorizar os pro-dutores rurais que vivem na região. “Temos que valorizar os produtores, trazer esperança de dias melhores e reconhecer mais o trabalho deles. Eles merecem”, disse.

Macarrão destaca que a presença do Senar é de grande representatividade na realização do projeto. “Nós localizamos, cadastramos, esta-mos capacitando e organizando as agroindús-trias da região, esta união é uma parceria fabu-losa na formação do nosso grupo”, conclui.

Satisfação

Participando do projeto desde o inicio, o pro-dutor e presidente a Associação de Agroindús-trias e Agroturismo de Nova Venécia (Agrono-va), Otamir Carlone, observa muitos avanços. “Temos um potencial turístico na região que es-tava adormecido, mas começa a aflorar, atrain-do mais pessoas e gerando empregos e renda”. De acordo com Carlone, a partir de agora o objetivo é focar na divulgação do projeto para tornar os municípios mais visitados. “Agora que as pessoas estão qualificadas, vamos investir na divulgação, pois já temos estrutura e condições de receber bem os visitantes”, adianta.

Quem também comemora os resultados do projeto é o proprietário do Sítio Renascer, situ-ado em Jaguaré, Ailton Chagas. “Tenho o sítio há 16 anos e desde que comecei a participar do projeto e das qualificações do Senar-ES, melho-ramos nosso atendimento e mais pessoas tem nos visitado”, destaca. O Sítio Renascer tem como atrativos, a pimenta, o café, peixes, gali-nhas, gansos e atende colégios, pesquisadores e moradores da região.

Roteiro revela riquezas do norte do Espírito Santo

A ideia é promover o turismo rural nos municípios de São Mateus, Nova Venécia, Jaguaré e Vila Pavão

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O melhor dos municípios de São Mateus, Nova Venécia, Jaguaré e Vila Pavão está no roteiro Encantos do Cricaré.

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O produtor rural, segurado especial, tem direito a aposentadoria. Para facilitar, os Sin-dicatos Rurais disponibilizam auxílio e encami-nhamento ao INSS (Instituto Nacional de Segu-ridade Social), para que os produtores rurais solicitem suas aposentadorias como segurados especiais. O interessado pode se dirigir ao Sin-dicato de sua região, munido dos documentos necessários e efetuar o pedido de aposentado-ria. Após essa iniciativa, a Instituição se respon-sabiliza por avaliar se a pessoa está apta para iniciar o processo e, em caso positivo, faz os encaminhamentos necessários.

Os trâmites seguem os critérios do INSS. Inicial-mente, ao solicitar a aposentadoria, o Sindicato

Produtores podem solicitar aposentadoria nos Sindicatos Rurais

Os interessados só precisam se dirigir ao SR e providenciar os documentos solicitados

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Rural deve verificar se o interessado é um segu-rado especial. Para isso são necessários docu-mentos que comprovem o exercício da atividade rural do segurado e/ou grupo familiar. São eles: comprovante de cadastro de Instituto Nacional de Colonização Agrária – INCRA; comprovante de pagamento do Imposto Territorial ou de Certifi-cado de Cadastro de Imóvel Rural ou autorização de ocupação temporária fornecidos pelo INCRA; contrato de arrendamento, parceria ou comoda-to rural; bloco de notas de produtor rural ou no-tas fiscais de venda de produtos rurais.

Além da apresentação dos documentos cita-dos, o agricultor precisa fazer uma inscrição para que ele e o dependente sejam cadastrados no

Regime Geral de Previdência Social. A inscrição será feita após a comprovação dos dados pes-soais e de outros elementos que o caracterizem como segurado especial.

A declaração referente ao pedido de aposen-tadoria é fornecida para o interessado e será emitida para produtores rurais que exerçam ati-vidade de economia familiar e que estejam in-cluídos no certificado do INCRA como II-B (pro-dutor rural, proprietário ou não, que explora o imóvel em regime de economia familiar) ou II-C (produtor rural que possui mais de um imóvel, cuja soma das áreas é igual ou maior que dois módulos rurais), além de não possuir trabalha-dor permanente.

O SEGURADO ESPECIAL: QUEM NÃO É CONSIDERADO SEGURADO ESPECIAL:

É o produtor, o meeiro, o arrendatário rural, o pescador artesanal, o parceiro e o semelhante que exerça atividade rural de forma indi-vidual ou em regime de economia familiar em sistema de colabora-ção mútua e sem o uso de mão de obra assalariada, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos, desde que trabalhem com o grupo familiar, independentemen-te da ajuda de terceiros.

O indivíduo que fizer o uso de mão de obra assalariada durante um período específico como contribuinte individual. Os filhos menores de 21 anos cujo pai e mãe perderam a condição de segurados espe-ciais devido à execução de alguma atividade extra e remunerada e o arrendador de imóvel rural, salvo os casos da pergunta anterior.

Os produtores rurais não precisam mais se deslocar ao INSS para solicitar aposentadoria.

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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), Kátia Abreu, se reuniu no dia 26 de janeiro com os presidentes da Faes, Júlio da Silva Rocha Júnior; e da Comis-são Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bre-no Mesquita. A reunião foi a última de uma série entre representantes das várias cadeias produtivas do agronegócio com a ministra Kátia Abreu, que ouviu o posicionamento de cada grupo e direcionou as demandas para a equipe do ministério.

Entre os pleitos apresentados, Júlio Rocha destacou a necessidade de prazos maiores e juros menores para incentivar a tecnificação das lavouras, que na atual situação do Esta-do, reforça a necessidade de investir em tec-nologia no campo. “Buscamos juros e prazos próximos dos praticados pelo Regime da Eco-nomia Familiar, assim como a substituição das lavouras antigas, improdutivas, que não

Faes busca juros menores para tecnificar irrigação no Estado

Entre outras demandas apresentadas a ministra Kátia Abreu, Júlio Rocha também destacou necessidade de cobertura de preços mínimos do café

obedecem ao plantio em nível. As lavouras tecnificadas, sobretudo pela alavancagem da irrigação, têm produtividade de 60 saca/ha de Arábica e 100/ha de Conilon. Nas planta-ções de Arábica menos de 10% são tecnifica-das”, justifica.

Outra solicitação dos cafeicultores capixa-bas é que a diferença praticada para preço mínimo não seja maior que 30%. “Há uma disparidade nos preços do Conilon e Arábica. Por uma questão de mercado, sugerimos um percentual, como forma de balancear o preço da saca”, argumenta Rocha.

Durante o encontro, o grupo também dis-cutiu a o Projeto de Lei 328/2014, do Sena-dor Antônio Aureliano, que implica na expli-citação de defeitos do café, impossíveis de serem identificados tecnicamente, sendo im-possível fiscalizar sua operacionalização. “O PL não proporciona nenhum ganho para os consumidores, provoca prejuízos da ordem

de R$1,5 bilhão/ano para os produtores, pela ameaça às matérias primas com valores re-conhecidos nos mercados interno e externo, além de ferir cláusula pétrea constitucional”, defende Rocha. Também estiveram em pauta questões de logística, inovação tecnológica, intensificação das ações de promoção do café no mercado interno e externo; e criação de ferramentas de gestão de risco.

Em resposta, Kátia Abreu informou que a metodologia será revista a partir de suges-tões técnicas de pesquisadores da Escola Su-perior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), e das universidades federais de Viçosa (UFV) e de Lavras (UFLA). Já sobre as ações de promoção do café, a proposta é buscar auxilio junto ao Ministério do Turismo e pro-mover ações durante as Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, e também em eventos no exterior. Quanto à gestão de risco, Kátia afir-ma serem prioritárias.

Kátia Abreu aponta como prioritárias ações para gestão de risco

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Além de sugerir ações junto ao Governo Fe-deral, por meio do Ministério da Agricultura, o presidente Faes, Júlio Rocha, se reuniu nos dias 28 de janeiro e 10 de fevereiro com o go-vernador Paulo Hartung para discutir medidas para enfrentamento da seca.

Na primeira, a Federação alertou sobre os prejuízos da seca que assola o Estado e suge-riu algumas ações para evitar que futuramen-te sejamos prejudicados pela falta de água. “Após a reunião que contou com represen-tantes de diversos setores, enviamos um do-cumento com dados da Agência Nacional das Águas e sugestão de um programa de reser-vação hídrica, como forma de contribuir para

Governo discute medidas para evitar novos períodos de seca

ampliação da área irrigada, e como não pode-ria deixar de ser, prevenir situações como a que estamos vivendo”, disse.

Na segunda reunião, juntamente com as entidades integrantes do Fórum das Entida-des e das Federações (FEF), foram apresenta-das estratégias para o enfrentamento da seca, envolvendo a construção de Unidades De-monstrativas, em locais de visibilidade, para construção de Cordões de Contorno e de Cai-xas Secas, visando impedir erosões e voçoro-cas, como favorecer a retenção de água para abastecimento de lençóis freáticos.

Para Júlio Rocha, sentiremos os problemas da seca a curto e médio prazo. “Alertamos para

as consequências dessas perdas, como o cresci-mento do êxodo rural e a elevação dos custos para os consumidores, decorrentes da quebra acentuada de produção”, adianta. Na oportuni-dade, o presidente da Faes reforçou a necessida-de de decretação de Estado de Emergência para negociações de dívidas vincendas e vencidas.

Também foram sugeridas medidas para desburocratização dos processos de licencia-mento e de outorga, que, como não podem ser realizados legalmente por Cooperativas, Associações e Sindicatos Rurais, pode se ana-lisar a possibilidade de contar com ajuda de órgãos do Governo em parceria com o Senar, que colaboraria com os treinamentos.

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O governo lançou um conjunto de medidas com o objetivo de diminuir os efeitos da estiagem. São elas:

• Suspensão por 90 (noventa) dias, prorrogáveis enquanto perdurar o cenário, a concessão de novas outorgas de direito dos recursos hídricos, para finalidade de: irrigação, aquicultura, piscicultura, uso industrial e umectação de vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras;

• Suspensão das operações para implantação de novos sistemas de irrigação ou para ampliação de sistemas já

existentes; • Informar aos usuários outorgados (irrigação, agricultura, piscicultura, aquicultura e indústrias) em todas as ba-

cias hidrográficas estaduais sobre a possibilidade de redução do uso e revisão imediata das Portarias de Outorga do Direito de Usos.

Fonte: Seag

Invertimento em Caixas Secas podem ser solução para retenção de água e abastecimento do lençol freático

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O longo período de forte seca que afeta o Espírito Santo tem trazido consequências impiedosas principalmente para o setor ru-ral. Diversos municípios do ES já decretaram estado de emergência e calamidade devido às situações críticas resultantes da falta de água. O Sindicato Rural de São Mateus tam-bém está passando por dificuldades e tem buscado formas de lidar com elas através de ações sobre o uso consciente e economia da água. A partir de solicitação do Sindicato, o município decretou estado de emergência e calamidade no dia 06 de fevereiro.

Com as perdas na produção, os agriculto-res se encontraram num beco sem saída e buscaram amparo no Sindicato, que se mo-bilizou contra a estiagem e procurou em bus-car soluções. Para isso, foi realizada uma reu-nião com os produtores, que puderam expor suas dificuldades e sugerir iniciativas para amenizar os problemas causados pela seca enquanto o nível dos rios que abastecem a região não se faz suficiente.

Há pouco mais de um ano no mandato, o presidente do Sindicato Rural de São Mateus, Renilto Correia, aponta que a solução está em nossas mãos. “É um problema natural, o que podemos fazer por enquanto é usar a água de forma consciente e economizar ao máximo”, disse.

Correia acredita que uma solução é modi-

ficar os sistemas de uso da água. “É preciso mudar o sistema de irrigação, algum outro método tem que ser utilizado para que a irri-gação seja mais econômica”, acrescenta.

Com toda a problemática da estiagem, os produtores rurais também sofrem com as dí-vidas bancárias e se preocupam com o prazo existente para quitá-las. “Muita gente não vai colher o suficiente para pagar as dívidas e empréstimos feitos nos bancos devido a na-tureza”, comenta Correia.

Quanto a isso, o presidente conta com a compreensão dos produtores, pois efetuar um acordo com os bancos se trata de um processo bastante complexo, além de demo-rado. “Decretamos o estado de emergência e calamidade, agora precisamos ver o que vai ser feito, para então tomarmos outra inicia-tiva quanto ao prazo com os bancos para a quitação das dívidas”, disse. Espera-se que quaisquer ações necessárias sejam realiza-das até o final de fevereiro.

INICIATIVA

O município de Jaguaré já decretou Esta-do de Emergência e os produtores também estão preocupados com as dívidas bancárias. Segundo o Sindicato Rural do município, já foi encaminhado um ofício para a Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo

Medidas para lidar com as consequências da seca já estão sendo tomadas

Sindicato Rural de São Mateus se mobiliza contra a estiagem

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SINDICATO RURAL DE SÃO MATEUSAvenida Jones Santos Neves, 23, Centro, São Mateus/ES – CEP:29.930-015Telefax: (27) 3763-2467E-mail: [email protected]

solicitando que os bancos sugiram soluções para a renegociação ou prolongamento dos prazos para quitação das dívidas.

Renilto Correia, presidente do SR de São Mateus

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Tudo começou entre as décadas de 70 e 80, quando os pais do Samuel de Jesus faziam o beiju mais delicioso da região de São Mateus, no norte do Espírito Santo. A princípio, trata-va-se de uma produção artesanal, mas com o passar dos anos, as coisas mudaram. Após um período de pouca produção devido ao faleci-mento de sua mãe, além de mais cinco anos sem produzir nada, Samuel se reergueu em 2013 e voltou a produzir o beiju, também co-nhecido como mandioca ou tapioca.

O objetivo do Samuel era trazer de volta o beiju mais tradicional da região de uma forma diferenciada. Para isso, ele resolveu resgatar a famosa receita que já estava guardada há mais de 30 anos. Nosso personagem trouxe de volta o sabor tradicional, mas apostou na inovação tecnológica para ampliar a produção. “Resga-tei a receita com o mesmo paladar, mas inovei, pois passei a usar o forno, a chapa, o marcador de temperatura digital. Apostei na tecnologia”, revela Samuel.

Essa mudança aconteceu em 2013, quando Samuel voltou a produzir o beiju. Segundo ele, o Sindicato Rural de São Mateus, o Senar-ES, a Faes e seus parceiros têm grande participação nessa reviravolta. “O SR daqui é um parceiro muito forte e o Senar também. Eles me in-centivaram a participar de treinamentos ofe-recidos e hoje faço entrega do meu produto até em Vila Velha e em Vitória, muito além da minha região”, disse.

Ainda segundo o produtor, as capacitações das quais participou foram essenciais para o sucesso de seu produto. Samuel foi incentivado a participar das feiras e expor o que sabe fazer

Beiju da família já é conhecido em todo Estado

Tradição familiar e tecnologia temperam o paladar de São Mateus

Acesse a lista completa de treinamentos no site www.faes.org.br. A agenda de treinamentos pode sofrer alterações durante o mês.

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Relação de treinamentos – Março

DATA TREINAMENTO LOCAL

02/03 Uso correto e Seguro de Agrotóxicos Rio Bananal

16/03 Floricultura Pancas

18/03 Culinária (Bolo Confeitado) Guarapari

27/03 Administração Rural Iúna

30/03 Operação e Manutenção de Sistema de Irrigação Conceição da Barra

de melhor. “Um projeto do Senar ajudou com o design, fizemos etiquetas com meu contato e com as informações nutricionais do beiju, aí em pouco tempo as pessoas começaram a me ligar de todo canto do ES querendo meu produ-to em seus estabelecimentos”, conta satisfeito.

Essa foi mais uma história incrível de evolução, em que uma tradição familiar foi renovada pela tecnologia e fez grande sucesso com o apoio dos Sindicato Rural, Senar-ES e Faes. Hoje, Samuel conta com mais duas pessoas para ajudá-lo na fabricação e confecção de seus beijus.

Samuel de Jesus investiu em novas tecnologias para fazer o seu tradicional beiju.

- Esclarecimento -Na edição anterior, ao narrar a história da Eva Marina Oliveira, na matéria “Mulher supera timidez e se torna dundadora de associação”, no Esta Terra esquecemos de mencionar a importância do Sindicato Rural de Apiacá na trajetória de sucesso da produtora rural. Todos os treinamentos que a ajudaram a conquistar sua independência e criar uma associação foram realizados pelo SR, que sempre incentivou o empreendedorismo de Eva.

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ESPAÇO DOS SINDICATOS

O Distrito de Santa Rosa, em Aracruz, recebeu no último dia 27 de janeiro o Treina-

mento de Doma Racional de Equinos, que foi um sucesso. Vale lembrar que além dos trei-

namentos, o Sindicato de Aracruz também oferece serviços como: Preenchimento da Declaração do

Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural; FACA (Ficha de Atualização Cadastral da Receita Estadual)

Trabalhista, para os produtores rurais que têm empregados; e Contratos de Parceria, Empreitada, Arrendamento. Foto: 01

Foi realizada no dia 23 de janeiro a reunião bimestral dos Sindicatos Rurais do Sul do Estado, no município de Itapemi-

rim. No evento foram discutidos assuntos referentes ao agronegócio local, seca na região, avanços das instituições rurais e

também foram apresentados os detalhes do programa ATER, criado pela CNA e pelo Senar Nacional e em fase de implan-

tação no Espírito Santo. A próxima reunião está prevista para março, no município de Anchieta. Foto: 02

Foi realizado entre os dias 19 e 21 de janeiro o curso de Primeiros Socorros no município de Marilândia. A capacita-

ção, que é uma parceria do Senar-ES, com Sindicatos Rurais, Faes e Cras, teve doze alunos e contou com atuação da

mobilizadora Inês Altoé Franco.Foto: 03

O mês de fevereiro foi de grande movimentação em Mimoso do Sul. Entre os dias 02 e 06 foi realizado o treinamento de Equi-

deocultura/Rédea, no Distrito de São Pedro do Itabapoana. Já nos dias 09 a 12, foi a vez dos moradores da Comunidade Bananeira

Roxa, participarem do treinamento de Operação e Manutenção de Motoserra. E para fechar com chave de ouro, entre os dias 23 e

27 ocorre o curso de Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas, no distrito de Santo Antônio do Muqui.Foto: 04

ARAcRuz

POlO Sul

MARIlâNDIA

MIMOSO DO Sul

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ESPAÇO DOS SINDICATOS

ARAcRuz

ENTREgA cOlETIVA DE cERTIfIcADOS

Com o objetivo de qualificar os produtores da região, o Sindicato Rural de Pancas e o Senar promoveram, nos dias 05 e 06 de fevereiro, o treinamento Identificação de pragas e doenças do cafeeiro. O treinamento foi realizado na Comunidade Córrego Sossego, Laginha, e reuniu cerca de dez participantes. Já entre os dias 09 a 13 de fevereiro foi a vez dos produtores da Comunidade de Monte Claro receberem o treinamento de Ferrageamento e Casqueamento de equinos, quereuniu 18 pessoas. Sucesso total!Foto: 06

Produtores capixabas se preparam para uma viagem técnica a Feni Café, que será realizada entre os dias 03 e 05 de março, na cidade de Araguari, Minas Gerais. No total, 40 produtores serão mobilizados e a saída será no dia 02 de março, às 12 horas. Durante o evento, serão realizados o XX Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura do Cerrado, a XVIII Feira de Irrigação em Café do Brasil e o XVII Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada. A ex-pectativa dos organizadores é que cerca de 20 mil pessoas de mais de 100 cidades do país participem da feira. Na imagem, o grupo que participou do evento no ano passado.Foto: 07

Cachoeiro será o primeiro município a realizar a entrega coletiva de certificados dos treinamentos do Senar. A cerimônia será realizada no dia 20 de março e certificará cerca de 170 participantes. Em seguida será a vez de Jaguaré promover o evento. Ao todo, 150 produtores receberão seus certificados no evento que será realizado no dia 27 de março.

Foto: 08

PANcAS

PRODuTORES cAPIxAbAS VãO PARTIcIPAR DA fENIcAfé

VENDA NOVA DO IMIgRANTE

Entre os dias 26 a 30 de janeiro, o Sindicato Rural de Venda Nova pro-

moveu o treinamento de “Casqueamento e ferrageamento”. Ao todo, a capacita-

ção reuniu 15 pessoas e contou com a participação dos clubes de cavalo da região.Foto: 05

08

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Liberado abate de vacas no terço final de gestação

Portaria da Seag também contempla abate e consumo in natura de carnes de fêmeas bubalinas gestantes

A portaria nº 002-R publicada no último dia 06 de fevereiro, no Diário Oficial, pela Secretaria de Agricultura do Estado (Seag), garante por 120 dias o abate de vacas no terço final de gestação. A decisão foi tomada para minimizar as perdas decorrentes da seca que atinge o Estado e evitar que mais animais morram nos pastos. A medida é passível de prorrogação caso o cenário de seca se estenda.

A decisão promete amenizar os prejuízos para os produtores, que não podendo enviar o ani-mal para abate, têm visto os mesmos morrerem de fome com a falta de alimento. “Considerando a situação crítica pela qual passamos, os produ-tores se veem obrigados a mandar os animais para abate. Sabemos que a ingestão dessa carne não causa prejuízos aos consumidores. Essa foi uma vitória para os pequenos e médios produ-tores que não têm condições de comprar sila-gem e estão vendo seus animais morrerem de fome”, comemora o veterinário da Faes, Antônio Carlos de Souza.

Segundo o texto da portaria, a medida foi to-mada “considerando a grave situação ligada à crise hídrica em que se encontra o Espírito San-to, em função da estiagem verificada ao longo de 2014 e início de 2015, acarretando as meno-res médias de vazão já registradas nos principais rios do Estado nos últimos 40 anos em um mês de janeiro, considerado a época em que normal-mente as nascentes são recarregadas”. A deli-beração também se justifica pela necessidade emergencial de esvaziamento das pastagens e falta de condições adequadas para a sobrevi-vência do gado.

Essa é uma conquista do trabalho encabeçado pela Faes e Senar, em parceria com a Seag, Ins-tituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (Idaf), Secretaria de Agricultura (Seag), Ministério de Agricultura, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o corpo científico com-posto por pesquisadores da Universidade Vila Ve-lha (UVV) e Escola de Veterinária de Botucatu-SP.

O grupo vem debatendo o tema desde o ano passado por achar que a legislação, datada de 1952, estava desatualizada e trazia prejuízos para o setor. “Não havia padrão na hora da fisca-lização, em alguns municípios esta prática é mul-tada e em outros não”, explica Antônio Carlos. O veterinário também destaca que a identificação do período gestacional exato não é fácil de ser realizada. “Mesmo com a liberação, vamos de-senvolver um trabalho com os produtores rurais para que possam identificar o estágio gestacio-nal e evitar, se for possível, o envio desse animal para os frigoríficos”, adianta Souza.

A expectativa do setor é que até o mês de abril o Ministério da Agricultura e do Abastecimento altere a legislação, liberando sem restrições o abate de vacas no terço final de gestação.

A medida tem validade de 120 dias, com possibilidade de prorrogação.

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