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12/04/2016 Estado argentino encolhe com demissão de 11.000 funcionários | Internacional | EL PAÍS Brasil http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/06/internacional/1459963310_541121.html?rel=mas 1/4 INTERNACIONAL Estado argentino encolhe com demissão de 11.000 funcionários Governo diz que a economia será de 855 milhões de reais, mas medida gera protestos Buenos Aires - 7 ABR 2016 - 10:52 BRT O Estado argentino está encolhendo, pelo menos em relação aos funcionários públicos. Com o poder conferido por um decreto assinado em dezembro pelo presidente Mauricio Macri, o ministro de Modernização, Andrés Ibarra, concretizou a demissão de 10.921 funcionários públicos, 90% deles contratados entre 2013 e 2015 pelo Governo de Cristina Kirchner. O decreto fixou em 31 de março a data limite para avaliar a qualidade e origem dos 217.000 postos do serviço público herdados da administração ARGENTINA › FEDERICO RIVAS MOLINA Funcionários públicos protestam na Plaza de Mayo contra as demissões. /Ricardo Ceppi

Estado Argentino Encolhe Com Demissão de 11

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INTERNACIONAL

Estado argentino encolhe com demissão de11.000 funcionáriosGoverno diz que a economia será de 855 milhões de reais, masmedida gera protestos

Buenos Aires - 7 ABR 2016 - 10:52 BRT

O Estado argentino está encolhendo, pelo menos em relação aos

funcionários públicos. Com o poder conferido por um decreto assinado em

dezembro pelo presidente Mauricio Macri, o ministro de Modernização,

Andrés Ibarra, concretizou a demissão de 10.921 funcionários públicos, 90%

deles contratados entre 2013 e 2015 pelo Governo de Cristina Kirchner. O

decreto fixou em 31 de março a data limite para avaliar a qualidade e origem

dos 217.000 postos do serviço público herdados da administração

ARGENTINA ›

FEDERICO RIVAS MOLINA

Funcionários públicos protestam na Plaza de Mayo contra as demissões. /Ricardo Ceppi

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kirchnerista. Dessa avaliação resultou o número de despedidos, todos

funcionários que, de acordo com Ibarra, “não trabalhavam” ou ocupavam

escritórios com “excesso de pessoal para a mesma tarefa”. O ministro

estimou uma economia de 3,5 bilhões de pesos por ano (855 milhões de

reais) aos cofres públicos.

A onda de demissões não foi uniforme nos 23 órgãos do Estado. As “baixas

mais significativas” foram no Ministério do Interior (1.342 demitidos),

Desenvolvimento Social (1.165), Cultura (1.124), Saúde (837, incluindo 600

no Hospital Posadas, um dos mais importantes da Grande Buenos Aires) e

702 pessoas no Ministério de Energia e Minas. No Ministério do Trabalho, os

telegramas de demissão chegaram para cerca de 230 funcionários.

“Infelizmente, encontramos o que encontramos”, disse

Ibarra, em uma tentativa de justificar a medida. Desde o

início do plano de “modernização”, o Governo denunciou

a presença de milhares de “funcionários militantes”, por

sua adesão ao kirchnerismo, e outro tanto de ñoquis,

como são chamados na Argentina aqueles que só

aparecem no trabalho no dia 29 de cada mês, dia de

pagamento e também o dia em que, segundo a tradição,

se deve comer nhoque.

Ibarra antecipou que nesta semana abrirá uma rodada

de diálogo com os principais sindicatos de funcionários

públicos, a Associação de Trabalhadores do Estado

(ATE) e a União do Pessoal Civil da Nação (UPCN), para desenvolver um

esquema de organização que regule as dotações e a mobilidade dos

funcionários. A ATE, um dos sindicatos mais combativos, confirmou o

número de demitidos, embora tenha elevado a cifra a 20.000 em todo o

país.

O ajuste feito pelo Governo, alinhado ao esforço declarado de reduzir o

déficit fiscal superior a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, não se

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limitou apenas ao número de funcionários. Para reduzir os subsídios estatais

aos serviços públicos, o Governo chegou até a triplicar as tarifas de

eletricidade, água, gás e transporte. As medidas afetaram a boa imagem do

Governo e desencadearam, em muitos casos, o protesto social. A frente do

Ministério do Trabalho, localizado a poucos quarteirões da Casa Rosada, se

tornou, de duas semanas para cá, cenário de ruidosas manifestações de

funcionários públicos demitidos.

Por isso o ministro Ibarra acompanhou as demissões com o lançamento de

um Plano de Modernização, que contempla a hierarquização da carreira

pública e mais de 2.500 efetivações de funcionários temporários ao quadro

de pessoal permanente no decorrer deste ano.

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