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Estado de Goiás Ministério Público 3' Promotoria de Justiça da Comarca de Goianésia Curadoria do Consumidor PA- 005/2009 Ofício 1307 2009 Goianésia, 13 de maio de 2010. Sua Excelência o Senhor ÉRICO DE PINA CABRAL Coodernador do CÃO - Consumidor Ministério Público do Estado de Goiás Goiânia-GO AssuntorCópia de Petição Inicial Senhor Coordenador, Além de respeitosamente cumprimentá-lo, nos termos do art. 27 da Resolução 9/95 da Procuradoria Geral de Justiça, encaminho-lhe, para conhecimento, cópia de petição inicial. Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência protestos de diferenciada estima e de distinta consideração. Arthur José Jacon Matias Promotor de Justiça

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Estado de GoiásMinistério Público

3' Promotoria de Justiça da Comarca de GoianésiaCuradoria do Consumidor

PA- 005/2009Ofício 1307 2009 Goianésia, 13 de maio de 2010.

Sua Excelência o SenhorÉRICO DE PINA CABRALCoodernador do CÃO - ConsumidorMinistério Público do Estado de GoiásGoiânia-GO

AssuntorCópia de Petição Inicial

Senhor Coordenador,

Além de respeitosamente cumprimentá-lo, nos termos do art. 27 daResolução n° 9/95 da Procuradoria Geral de Justiça, encaminho-lhe, paraconhecimento, cópia de petição inicial.

Ao ensejo, renovo a Vossa Excelência protestos de diferenciadaestima e de distinta consideração.

Arthur José Jacon MatiasPromotor de Justiça

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Estado de GoiásMinistério Público

3:L Prometeria de Justiça Aã comarca de Goianc?i<iCuradoria do Consumidor

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE UMA DAS -VARAS DACOMARCA DE GOIANÉSIA-GO

O Ministério Público Estadual, por seu. promotor de Justiça, noexercício da legitimação extraordinária que lhe foi outorgada pela Constituição daRepública, artigo 129, III; pela Lei Federal n. 7.347/85, artigo 5°, capuf, pela LeiFederal n. 8.078/90, artigo 82, I; e pela Lei Federal n. 8.625/93, artigo 25, IV. 'a',vem perante Vossa Excelência propor

Acãò Civil Pública com Pedido de Liminar

em desfavor da SANEAGO - Saneamento de Goiás S/A, pessoa jurídica de direitoprivado, sediada na avenida Fued Sebba n. 1.245 Jardim Goiás Goíânia-GO,registrada no CNPJ/MP sob o n. 01.616.929/0001-02, representada legalmente porseu presidente Nicomedes Domingos Borges, pelos fatos e fundamentos que aseguir seguem declinados.

1. Fatos

impelida pela constatação de que a SANEAGO exige dos consumidoresque tiveram o fornecimento de água potável suspenso o pagamento de tarifa dereligacSo , a Promotoria de Justiça da comarca de Mozarlândia deliberou

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Estado de Goiás- Ministério PúbUco

3" Promotoria de Justiça da comarca de GoiancsiaCuradoria do Consumidor

deflagrar o procedimento administrativo que. instrui esta pretensão, visando acompelir amigavelmente a requerida a abandonar tal comportamento.

Como se sabe, a requerida é. a responsável peia distribuição de águapotável e pela coleta de esgoto do e empresas da comarca de Goianésia, exceçãofeita ao município de Santa Rita do Novo. Destino, que explora diretamente oserviço.

Consta, porém, do documento de fl. 4 dos elementos de convicçãoagrupados pela Promotoria de Jusliça da comarca de Goianésia que consumidoresque tem o fornecimento de água suspenso por força de inadimplemento das tarifassão obrigados a arcar com o pagamento da tarifa de religação cujo valor pode atingirnada desprezíveis -R$ 9,60 (nove reais e sessenta.centavos).

Recomendou-se à requerida que se abstivesse da cobrança (fl 20) masà -reCOmendaÇâ°' " requerida ^norizou sua recalcitrâncm

seu intento de dar continuidade à sua conduta ilegal.

Como se, vê, prevalecendo-se de seu poderio económico e da

^ fOTÇaS qUe deVC pautar> semPre « «""Pré, as relações de

2. Fundamentos jurídicos

f DCfr ^Consumidor, artlgo 3, capuí

«trangdra, bem co^Tente despcrCfi^r H ™ "̂ "^^ ou'produçío, montagem, criação conamcSÔ f ' ̂ desenvolvOT> atividades de

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Estado de GoiásMinistério Público

3" Promotoria de Justiça da comarca de GoianésiaCuradoria do Consumidor

Ao incluir no conceito de fornecedor as pessoas jurídicas de direitopúblico, o Legislador deixou clara'a sua intenção: o Poder Público, por si ou entãopor suas empresas públicas que desenvolvam atividade de produção, ou ainda as

. concessionárias de serviços públicos, que é o caso da requerida, submetem-se, sim,às normas cogentes da.Lei Federal n. 8.078/90. Constatação reforçada pela dicçãodo artigo 6° da mesma lei, segundo o qual constitui, dentre outros, direito básico doconsumidor a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, e doartigo 7°, da Lei Federal n. 8.987/95, que textualmente estabelece a incidência doCódigo de Defesa do Consumidor às relações jurídicas defluentes das concessões deserviço público.

Porque oportuno, cabe salientar também que os comportamentossocialmente típicos, tratados nesta peça de ingresso e definidos por NELSONNERY e ROSA MARIA ANDRADE NERY, como comportamentos sociais que,conquanto não sejam criados em estrita obediência aos requisitos dos negóciosjurídicos bilaterais, têm características próprias de contratos, como, verbi gratia, autilização dos serviços de energia e água,.1 também estão agasalhados pela disciplinada proteção contratual instituída pelo Código de Defesa do Consumidor,2 aevidenciar a inconsistência de possíveis argumentos no sentido de que aos fatos aquitratados não seja aplicável a Lei, Federal n. 8.078/90.

*

2.2. Nu/idade da cobrança da tarifa de religação

Recapitulando, as provas cotejadas pelo Ministério Público estão ademonstrar que a requerida exige dos usuários que tiveram interrompido, pormadimplemento, o fornecimento de água, o pagamento de uma tarifa para que oserviço seja restabelecido.

H

Em verdade, a cobrança desta religação consiste, apenas e tão-somente.em cláusula penal disfarçada de tarifa, na exata medida em que, juntamente com ocorte no fornecimento de energia e com os encargos defluentes da inadimplência(multa contratual e juros de mora), tem finalidade precipuamente punitiva. Constitui,

'_ Código de Processo Civil Comentado, São Paulo: RT, 1.999, p. 1.831.2 Cf: Ada Pellegrini Grinover et ai. CódJgo Brasileiro de Defesa do Consumidor Comentado pelosAutores do Anteprojeto. Rio: Forense Universitária, 2.001, p. 457.

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Fstado de Goiás - , '•Ministério Público

3'. Promotoria de Justiça da comarca de GoianésiaCuradoria do Consumidor • __

à evidência, bis in idem de natureza penal, atingindo o consumidor de forma ilegal eabusiva.

Ilegal porque, ao ser interrompida a prestação de água, por inadimplênciado consumidor, é consequência lógica que, com o pagamento, ocorra orestabelecimento do fornecimento, pela concessionária, E é evidente que, nessascondições, não está a requerida a prestar qualquer serviço ao consumidor. Narealidade, o restabelecimento do fornecimento de energia ao consumidor queretomou à situação de pontualidade nada mais é do que uma obrigação legal,insuscetível, obviamente, de qualquer espécie de exigência pecuniária, posto que.nos termos do Código de Defesa do Consumidor, artigo 22, "Os órgãos públicos, porsi ou por suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer forma deempreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e.quanto aos essenciais, contínuos".

Abusiva porque cria obrigação iníqua, ditada uni lateralmente e embenefício exclusivo da requerida que, além de vender seu produto a um custoelevado, cobra do consumidor para ter acesso a ele. Não se perca de vista que arequerida, como as demais concessionárias desta modalidade de serviço público, jáusufrui da fabulosa e deveras coercitiva prerrogativa de suspender o fornecimentode energia ao consumidor, apenando-o abruptamente sem a necessidade de recursoao Poder Judiciário. Procedimento que não passa de uma espécie de justiça privada,consentida pelo Legislador (Lei Federal n. 8.957/95, artigo 6", § 3*, II). E, como senão bastassem o constrangimento e os prejuízos decorrentes da interrupção de umserviço caracterizado pela suprema essencial idade, o consumidor, invariavelmentehipossuficieme, é compelido a arcar com pena pecuniária acessória, nitidamenteilegal, para poder novamente usufruir da água potável.

i

Daí por que.,se há de reconhecer a flagrante ilicitude da cobrança,mormente se confrontada com a dicção do Código de Defesa do Consumidor artigo51, IV:

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulascontratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:Omissis...

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Es lado de GoiásMinistério Público

3" Promotoria de Justiça da comarca de GoianéiiaCuradoria do Consumidor

IV - estabeleçairTobrigaçÕes consideradas iníquas, que coloquem oconsumidor e desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveiscom a boa-fé ou a equidade.

-

Não bastasse isso, o procedimento da requerida, questionado nestapretensão, afronta também os termos da Portaria n. 4/98, editada pela Secretaria deDireito Económico do Ministério da Justiça, segundo a qual são reputadas abusivasas cláusulas contratuais que não restabeleçam .integralmente os direitos doconsumidor a partir da purgação da mora e que estabeleçam sanções em caso deatraso ou descumprimento somente em desfavor do consumidor.

Vale frisar, por fim. que a tarifa censurada também não pode ser cobradanem sob o pretexto de que se trata de expediente de urgência, na razão em que talcaráter deflui da própria 'natureza do serviço, e é. repita-se, obrigação legal daconcessionária.

De resto, os Tribunais, quando concitados a analisar a vexata quaestio.reconhecem o gritante desequilíbrio contratual rrela existente, mormente seconsiderada a circunstância de que a cobrança é imposta de forma padronizada,unilateral e à socapa, sern que os consumidores possam ao menos discuti-la ouquestioná-la:

EMENTA - AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA CONTRASAS CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES S.A.CEMAT-TAXA DE RELIGAÇÃO DE ENERGIA INSTITUÍDAPELA CONCESSIONÁRIA ILEGALIDADE LIMINAR

.CONCEDIDA PELO MAGISTRADO E EM GRAU' DERECURSO MANTIDA - RECURSO DE AGRAVO DEINSTRUMENTO IMPROVIDO.A taxa de religação de energia nada mais é do cláusula penaldisfarçada e travestida de tarifa direcionada a dirimir ainadirnplència.3

^

EMENTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVILPUBLICA AFORADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO EMFACE DE CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA(CEMAT)' - ' DECISÃO QUE CONCEDEU TUTELA

TJMT. T Câmara Cível, agravo de instrumento n. 1.0-670, relator Licínio Carpinelli Stefani, j. 3.4.200(1...

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Eslado de GoiásMinistério Público

3J Promotoria de Justiça da comarca de GoianésiaCuradoria do Consumidor^

ANTECIPADA PARA CESSAÇÃO IMEDIATA DA TAXA DERELIGAÇÃO - PROCEDÊNCIA - PRELIMINARES DEINCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA JUSTIÇA ESTADUAL, DEILEGITIMIDADE ATIVA "AD CAUSAM" DO MINISTÉRIOPÚBLICO E DE FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL -NÃOCONHECIMENTO - RECURSO IMPROVIDO.A taxa de religação cobrada pela concessionária de energia elétricaconfigura-se como medida ilegal e abusiva. Ilegal, por ser impostacomo condição para. obter novamente o consumo, após cessada ainadimplência por contas em atraso; abusiva, porque fere o artigo.6", inciso X, da Lei n" 8.078/90, que concede ao consumidor odireito de receber "adequada e eficaz prestação dos serviçospúblicos em geral".4

EMENTA: TAXA DE RELIGAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA -MULTA- COBRANÇAS ILEGÍTIMAS.A taxa de religaçào de energia elétrica, por não configurar.prestação de serviço, não pode ser cobrada do consumidor.5

É de se exigir, portanto, que a requerida abstenha-se de persistir em talcomportamento, já que, para punir o consumidor inadimplente, dispõe de inúmerasopções, que vão desde a cobrança de multa até a também questionável suspensão doserviço de fornecimento de água potável.

3. Pedido de liminar

Além do poder geral cautelar que a lei processual lhe confere (Código deProcesso Civil,- artigos 798 e 799), agora o Código de Defesa do Consumidor,dispensando pedido do autor e excepcionando, assim, o princípio dispositivo,autoriza o magistrado- a antecipar o provimento final, liminarmente, e a determinarde imediato medidas satisfativas ou que assegurem o resultado prático da obrigaçãoa ser cumprida (artigo 84). Sublinhe-se que essa regra é aplicável a qualquer açãocivil pública que tenha por objeto a defesa de interesse difuso, coletivo ou individual

TJMT. 2' Câmara Cível, agravo de instrumento n. 14.081. relator Mariano Alonso Ribeiro Travassos jÍ2.J.2002. ' •• '•

5 -rmTJMG, l' Câmara Cível, embargos infringentes n. 000.188.016-0/01, relator António Hélio Silva i

.5.2001.

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Estado de Goiás"Ministério Público

y Promotoria de Jusliça da comarca de GoianésiaCuradoria do Consumidor

homogéneo (artigo 21 da Lei de Açào Civil Pública, com a redaçao .dada pelo artigo117 do Código de Defesa do Consumidor).

Na espécie, imperiosa é a concessão de medida liminar com esseconteúdo inovador, para sujeitar a requerida à abstenção de suas práticas, com asquais vem insultando a ordem jurídica.

*.

Como necessária que é, a plausibilidade - fumus bani júris - reside nosargumentos acima consignados, vale repetir: a requerida exerce sua ativídadelucrativa em desarmonia com o ordenamento jurídico em vigor, valendo-se de seupoder financeiro e da essencialidade do produto que distribui para increpar aosconsumidores inadmissíveis prejuízos e constrangimentos.

O periculum in mora, por sua vez, se faz sentir se salientado que. senenhuma providência for adotada, a requerida persistirá ignorando a Constituição eo ordenamento federal, privando lares do fornecimento de água potável comoinstrumento de coaçào para a satisfação de suas leoninas exigências, exigindopecúnia indevida para restaurar serviços a consumidores que purgaram a mora.

Dessas ponderações pode-se recolher a probabilidade de que a pretensãomereça, ao final, procedência, e, ainda, o perigo da demora, de sorte a fornecer aojuiz alta dose de segurança para a concessão da liminar pretendida.

Presentes, na forma demonstrada, os requisitos inerentes à cautela,' oMinistério Público requer o deferimento de liminar para, sob pena de pagamento demuita não inferior a R$ 500,00 (quinhentos reais) por cada caso de descumprimentoda decisão, determinar à requerida que, doravante, se abstenha de cobrar dosusuários a taxa de relígação.

4. Pedido propriamente dito

Expositís, o Ministério Público requer:

a) Sem prejuízo das penas pelo crime de desobediência (Código Penal, artigo330), e, nos termos da Lei Federal n. 7.347/85, artigo 12, do Código deDefesa do Consumidor, artigo 84, § 4°, e do Código de Processo Civil,

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- - " ' : , :Eslado de G o i aí

Ministério Público3a Promotoria de Jusiiça da comarca de Goianésia

Curadoria do Consumidor

artigos 287 e 461, § 4°, sob a.cominação de multa não inferior a R$ 500,00(quinhentos reais) para cada caso de descumprimento, a concessão de medidaliminar para determinar à requerida que se abstenha de exigir dos usuários opagamento da tarifa de religação;

b) Na hipótese de deferimento da liminar, a remessa de cópia da decisão aospostos de atendimento da SANEAGO na comarca de Goianésia, para queseus funcionários e prepostos sejam cientificados da ordem judicial e dascominações decorrentes de seu descumprimento;

c) Seja a requerida, nos termos do Código de Processo Civil, artigo 224, e comas faculdades do artigo 172, § 2°, na pessoa de seu representante legal, citadapara, querendo, contestar a pretensão;

d) A produção de todas as provas em direito admitidas, máxime o depoimentopessoal do representante legal da requerida, a realização de perícia, e a oitivade testemunhas;

e) A publicação do edital a que se refere o Código de Defesa do Consumidor,artigo 94. para se dar conhecimento a terceiros interessados e à coletividade.tendo em vista o caráter erga ómnes da demanda;

f) A procedência do pedido em todos os seus aspectos para transformar emdefinitiva a liminar pleiteada, fixando-se, com fundamento no Código deProcesso Civil, artigo 461, § 4°, e no Código de Defesa do Consumidor,artigo 84, § 4°, na sentença, multa para a hipótese de descumprimento dosSeus comandos; e

g) A condenação da requerida ao pagamento das custas e despesas processuaise demais consectários decorrentes da sucumbência.

Nos termos do Código de Processo Civil, artigo 258. dá-se à causa o valorde R$ 100.000,00 (cem mil reais).

- * . ' " . " - j

•Pede deferimento.

Goianésia, 11 de maio de 201

Arthur José Jacon Matiaspromotor de Justiça