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ESTATÍSTICA: O TRÂNSITO URBANO E A SUSTENTABILIDADE
Luzia Aparecida Sanches Santos (Professora PDE)1
Carlos Aparecido dos Santos (Orientador)2
Resumo
O presente trabalho é resultado de uma proposta de implementação pedagógica com os alunos da 8ª série do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira Franco - Ensino Fundamental, Médio e Profissional do município de Astorga, Estado do Paraná. Este artigo tem como objetivo fornecer subsídios e alternativas de reflexão sobre as mudanças de hábitos de locomoção relacionados com o trânsito, para que os alunos percebam a importância dos conteúdos trabalhados na resolução de questões do cotidiano, mostrando por meio de estatística para que os mesmos compreendam e analisem como o aumento da frota e a falta de planejamento viário eficiente tem influenciado na vida da comunidade, bem como sua aplicação e os resultados alcançados pelos mesmos.
Palavras-chave: Estatística; Trânsito: Educação no trânsito.
Abstract
The present work is the result of a proposed implementation with student teaching 8th grade from Governor Adolpho Franco de Oliveira – Elementary State School, Middle and Professional of the Astorga city, State of Parana. This article aims to provide support and alternatives for reflection on the changing habits of locomotion related to traffic, so the students realize the importance of content studied worked in resolving issues of daily life, showing by means of statistics so that they understand and analyze how the increase in the fleet and lack of efficien planning troad has influenced the community’ slife as well as its implementation and the results achieved by it.
Keywords: Statistics; Transit:, Traffic Education
1 Professora PDE - 21011 e-mail: [email protected] Professor do Departamento de Estatística da Universidade Estadual de Maringá. e-mail: [email protected]
1 Introdução
Esse artigo refere-se ao resultado do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, desenvolvido como capacitação continuada da rede pública do
Estado do Paraná, com a colaboração da Universidade Estadual de Maringá.
Esse material, na área de Matemática, tem como objeto de estudo o tema:
Estatística e com o título: O Trânsito Urbano e a Sustentabilidade, seu objetivo é
fornecer subsídios e alternativas de reflexão sobre as mudanças de hábitos de
locomoção relacionados com o trânsito, para que os alunos percebam a importância
dos conteúdos trabalhados na resolução de questões do cotidiano e, que sem uma
educação e conscientização sobre o trânsito, muitos acidentes continuarão
acontecendo. Assim eles serão os agentes responsáveis por uma política inovadora,
criando meios para que o sistema viário possa fluir com mais eficiência, diminuindo
com isso os riscos de acidentes em consonância com as questões voltadas para a
preservação e conservação do meio ambiente. Os estudos foram realizados com os
alunos da 8ª série (9º ano) do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira
Franco – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, na cidade de Astorga, Núcleo
de Maringá.
O tema surgiu da necessidade de uma conscientização do aluno sobre seu
comportamento nas vias públicas, mostrando por meio de estatística para que os
mesmos compreendam e analisem como o aumento da frota e a falta de
planejamento viário eficiente têm influenciado na vida da comunidade, e como a falta
de educação e a irresponsabilidade por parte dos condutores e pedestres
influenciam para que ocorra uma parcela considerável de acidentes de trânsito.
A área de transporte envolve toda a dinâmica de locomoção dos habitantes de uma
cidade, seja por meio de veículos ou não, bem como os problemas de trânsito.
Para BRUDESKI(2007,p.126)
A necessidade de ir e vir como uma das muitas necessidades básicas do ser humano é manifestada desde tempos remotos. O deslocamento para trabalho, escola, faculdade, parque, shopping, atividades culturais, sociais e recreativas, entre tantas outras, é a base para a satisfação de outras necessidades. O problemas é que cada indivíduo possui um grau específico de mobilidade, em função de suas próprias necessidades, de limitações físicas ou econômicas. Essas diferenças se sobressaem no convívio em grupo, e é nesse momento que o Estado interfere, proporcionando meios para minimizá-las.
Assim estuda-se e planejam-se ruas, linhas de ônibus, calçadas, volume de
movimentação das pessoas, necessidades de vias, enfim, todos os itens
necessários para a locomoção da população de uma cidade.
De acordo com os estudos de OLIVEIRA(2007,p.29). “Gestão de trânsito é
parte da gestão de transportes que tem o objetivo de assegurar o trânsito a todos,
bem como a valorização da vida, a promoção e o incentivo de ações que busquem a
otimização de todo o seu processo.”
E mediante estudo estatístico o aluno vai compreender e analisar como o
aumento da frota e a falta de planejamento viário eficiente tem influenciado nossas
vidas.
2 Referencial teórico
Pode-se dizer que estatística iniciou-se no século XVII, quando os governos
precisavam coletar informações sobre a população tais como: números de
nascimentos, casamentos, entre outras, de acordo com as DIRETRIZES
CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (2008) “tornou-se um conteúdo
matemático importante ao ter seus conceitos aplicados em vários campos do
conhecimento”, ganha espaço, passa a ser objeto de pesquisa e está presente em
quase todas as atividades do ser humano.
E não é para menos! Com base na análise dos dados coletados e
organizados é possível, em muitos casos, prever determinadas tendências que
auxiliam a tomada de decisões, permitindo elaborar um planejamento mais
adequado.
Na Matemática Básica o trabalho de estatística é feito por meio de
investigação na qual os estudantes manuseiam as informações relacionadas a
alguma problematização do seu cotidiano. Depois, selecionam, analisam, fazem os
cálculos finais, leem e interpretam os significados e apresentam os resultados para o
grupo ou comunidade.
A definição de Estatística segundo TRIOLA (1999) “é uma coleção de
métodos para planejar experimentos, obter dados e organizá-los, resumi-los,
analisá-los, interpretá-los e deles extrair conclusões”. Em Estatística o conjunto de
todos os elementos que constituem o universo da pesquisa é chamado de
população e apenas uma pequena parte do todo é chamada de amostra. Cada um
dos objetos estudados que permitirão fazer a análise desejada é denominada
variável, que são classificadas como variáveis quantitativas, quando elas assumem
valores numéricos. (Exemplo: idade, renda familiar, número de irmãos, número de
habitantes etc); e as variáveis qualitativas, quando não assumem valores numéricos,
(exemplo: sexo, preferências por área de carreira universitária, etnia, etc). As
variáveis qualitativas que não possuem ordenação, apenas classificação de dados
(sexo, etnia, preferência), são chamadas de nominais. Por sua vez, as variáveis
qualitativas que exigem uma ordenação natural (altura, idade, renda familiar) são
chamadas ordinais. As variáveis quantitativas distinguem-se entre dois tipos de
grupos: discreto e contínuo. Uma variável que pode assumir qualquer valor inteiro
entre valores dados. Exemplo : O número de filhos de uma família, a quantidade de
televisores, entre tantos outros exemplos, são variáveis discretas. Caso isso não
seja possível, pois a variável pode assumir infinitos valores em um intervalo é
chamada de variável contínua.
Para a realização deste projeto foi usado a metodologia da Estatística
Descritiva de Dados que segundo MAGALHÃES e LIMA (2008) ”pode ser definida
como o conjunto de técnicas destinadas a descrever e resumir dados, a fim de que
possamos tirar conclusões a respeito de características de interesse.”
É essencial que na formação de nossos alunos o desenvolvimento de
atividades de Estatísticas partam sempre de uma problematização, pois assim como
os conceitos matemáticos, os estatísticos devem estar inseridos em situações
vinculadas ao cotidiano deles.
3 Um pouco da história
Em 14 de dezembro de 1952 Astorga obteve sua emancipação política,
passando então a ser Município, pois até então era distrito da comarca de
Arapongas.
No início da colonização, as viagens eram feitas a cavalo ou a pé, só mais
tarde com a abertura das estradas é que vieram as carroças, carros de bois e
depois, os caminhões transportadores de toras. A primeira empresa de transporte
coletivo tinha apenas uma jardineira e fazia o trajeto entre Astorga - Içara apenas
uma vez por semana.
Quando foi liberado o trajeto Astorga – Arapongas o movimento aumentou
surgindo assim outros ônibus para fazer o transporte, e o ponto dos mesmos era em
frente ao Hotel Progresso, onde hoje está localizada a Livraria e Papelaria São
Francisco.
A primeira rodoviária foi inaugurada em 27 de abril de 1954, mas com o
aumento da população houve a necessidade de mudá-la para outro local. A mesma
situa-se na Avenida Presidente Getúlio Vargas, s/n.
Como a cidade de Astorga não possuía estradas de ferro, toda a produção e
o tráfego de pessoas eram feitos por intermédio de transportes rodoviários. Nos dias
atuais continua sendo do mesmo jeito, tanto para o escoamento da produção bem
como para o transporte das pessoas .
Com o aumento da frota e consequentemente o emplacamento da mesma
houve a necessidade da instalação em Astorga de uma unidade do Departamento
Nacional de Trânsito - DETRAN. Hoje, o departamento atua no atendimento de
acidentes ( elaboração de boletins sobre estes), emplacamento e licenciatura de
veículos.
O primeiro veículo adquirido pela Prefeitura Municipal foi no ano de 1.952
sendo um Caminhão modelo Ford 1.951, o mesmo está exposto na Praça central do
Município denominada Prefeito Ermelindo Lopes Barroso.
Nos anos seguintes, houve um aumento considerável de veículos, no ano de
1975 foram emplacados 1384 veículos; em 1976 foram emplacados 1627; em 1977 ,
1785; em 1978, um total de 1843 e em 1979, mais 1929 veículos, para uma
população de 29.000 habitantes.
Segundo as informações do Detran, em janeiro de 2011 a frota de veículos
cadastrados no município de Astorga é de 12.422, para uma população de 24.704
habitantes, dados do IBGE, senso de 2010, em média 0,5 carro por habitante, ou
seja um veículo para cada duas pessoas.
4 Desenvolvimento dos trabalhos
Para dar início aos trabalhos a professora ministrou uma aula expondo aos
alunos o projeto, e o motivo da escolha do tema e, qual o objetivo pretendido, falou-
se sobre o trânsito na cidade de Astorga, o aumento da frota e suas consequências.
Antes de fazer a pesquisa de campo, fez-se a pilotagem na sala, ou seja, foi
aplicado o questionário aos alunos a fim de perceber a compreensão deles sobre as
perguntas e sanar as dúvidas que porventura pudessem ocorrer.
No momento seguinte, foram distribuídos 340 questionários (10 por aluno),
cada aluno pesquisou em uma determinada região da cidade para que a amostra
fosse a mais aleatória possível. Voltaram 314 questionários devidamente
respondidos, e 26 questionário não retornaram, pois alguns alunos tiveram
dificuldades para fazer a pesquisa por timidez, em seguida começou-se o trabalho
em sala de aula.
Primeiramente, cada aluno fez a contagem de seus questionários e
preencheu uma planilha com os dados coletados, foram 12 tabelas referentes às
perguntas do mesmo. Em seguida foram formadas equipes de 4 alunos para fazer a
contagem dos resultados das tabelas individuais, preenchendo assim novas tabelas.
Posteriormente foi construída uma única tabela com todas as informações das
tabelas anteriores para cada item pesquisado. Durante esse processo as
dificuldades apareceram, pois como o trabalho foi feito manualmente, muitos erros
de contagem aconteceram. Esta a contagem foi refeita até que se pudesse chegar
aos resultados apresentados neste texto.
As figuras abaixo mostram os alunos fazendo a contagem dos dados, e
preenchendo as tabelas para que, posteriormente fossem construídos os gráficos.
Para o cálculo das porcentagens e graus dos gráficos e tabelas foi utilizado a
regra de três, com o auxílio da calculadora, pois eram muitos os cálculos a serem
feitos. Para o entendimento dos cálculos foi demonstrada e trabalhada a regra no
quadro negro.
Foto: Luzia Sanches Foto : Luzia Sanches
Para a construção do gráfico de barras os alunos não encontraram
dificuldades, entretanto, no de setores o grau de dificuldade foi grande, pois não se
lembravam como usar o transferidor. Foi necessário que os alunos tivessem uma
aula de geometria para relembrar o manuseio do material.
As figuras abaixo mostram os alunos construindo os gráficos em sala de
aula.
Analisando os dados, os alunos puderam observar na prática o que já
imaginavam ocorrer: que nossas leis não são muito respeitadas; a cidade não está
preparada para receber uma frota que cresce a cada dia; que pedestre ou
condutores de veículos em geral, não sabem agir com tais e tantas outras
irregularidades.
Com a finalização da construção dos gráficos em sala de aula, os alunos se
dirigiram ao laboratório de informática para a construção de tabelas e gráficos.
Como muitos alunos já fizeram aulas de computação e tinham noções básicas de
informática, os problemas que surgiam iam sendo resolvidos entre eles.
Em um segundo momento os alunos participaram de uma palestra com o
Chefe da Ciretran de Astorga, onde ele explanou sobre as leis, causas mais
frequentes de acidentes, aumento da frota, responsabilidade e conscientização do
pedestre quanto aos seus direitos e deveres. Expôs ainda, as consequências da
falta de responsabilidade ao dirigir embriagado pois hoje o maior inimigo do trânsito
é o álcool e o não respeito a velocidade permitida, e que o Brasil é o campeão em
acidentes de trânsito na faixa etária de 15 a 29 anos. Também abordou como o
ciclista deve se comportar em uma via pública, falou que a cidade de Astorga é bem
sinalizada, mas essa sinalização não muito é respeitada.
Além disso, observou que o carro não é mais um luxo e sim uma
necessidade, por isso é de suma importância que todos passem pela orientação e
Foto: Luzia Sanches Foto: Luzia Sanches Foto: Luzia Sanches
estudo sobre as leis do trânsito. Ao final da palestra os alunos participaram fazendo
perguntas sobre o assunto abordado e, receberam folders educativos.
Em um terceiro momento, os alunos assistiram ao filme intitulado:“O Pateta
no trânsito”, onde retrata o comportamento do motorista “impaciente” no trânsito,
depois de assistir o filme foi aberta a plenária onde os alunos discutiram o
comportamento do homem representado pelo Pateta, pois ele que é um homem
gentil e responsável, mas se revela como um irresponsável e todo poderoso ao
conduzir seu veículo, esquecendo-se de que ele próprio é um pedestre e que
necessita do respeito às leis para que possa trafegar pelas vias com segurança.
Durante a discussão, muitos alunos contaram experiências vividas por situações
difíceis que passaram, tais como casos de acidentes envolvendo amigos e familiares
e de que maneira se sentiram por terem perdido um ente querido.
Depois de finalizados os trabalhos, cada aluno fez um relatório dizendo as
dificuldades encontradas para a realização da pesquisa, quais os pontos positivos e
negativos, e o que aprenderam sobre como ser pedestre e motorista consciente.
Finalmente o resultado final da pesquisa foi divulgado no jornal da cidade,
para que todos tivessem acesso sobre como a população de Astorga avalia o
trânsito e as condições atuais das vias públicas.
5 Figuras, gráficos e tabelas
Inicialmente trabalhou-se com as variáveis qualitativas: sexo; grau de
escolaridade; situação do calçamento; situação das ruas e avenidas; o uso das
calçadas pelos pedestres; uso do cinto de segurança; sinalização; envolvimento em
acidentes de trânsito e finalmente os meios de transportes usados para trabalho,
passeio e estudo.
O mesmo trabalho foi feito com as variáveis quantitativas: idade da
população; número de veículos por família e número de carteiras de habilitação por
família, sendo exposto no quadro negro que a média aritmética representa a soma
dos resultados obtidos, divididos pela quantidade de resultados; e que a mediana é
o valor do meio quando os valores estão dispostos em ordem crescente ou
decrescente; e a moda é o valor que ocorre com maior freqüência , e que quando
nenhum valor é repetido, não tem moda.
Em seguida foram construídas as tabelas e os gráficos correspondente a
cada variável pesquisada, como estão demonstradas a seguir.
Tabela 5.1
sexo Fi fi(%)
Feminino 178 56,69
masculino 136 43,31
Total 314 100Sexo da população de Astorga/211
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.2
0
50
100
150
200
Feminino masculino
Sexo da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
De acordo com a tabela 5.1 - 56,69 % das pessoas entrevistadas são do
sexo feminino, para uma população de 24.704 habitantes, dados do IBGE, senso
2010
Tabela 5.3
Grau de escolaridade Fi fi(%)Analfabeto 10 3,19Fund. incompleto 66 21,02Fund. completo 31 9,88Médio incompleto 46 14,64Médio completo 65 20,7Superior incompleto 39 12,42Superior completo 57 18,15Total 314 100
Grau de escolaridade da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.4
0
10
20
30
40
50
60
70
Analfabeto Fund.incom pleto
Fund.com pleto
Médioincom pleto
Médiocom pleto
Superiorincom pleto
Superiorcom pleto
Grau de escolaridade da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Observa-se que de acordo com a figura 5.4 – 3% dos entrevistados são
analfabetos, enquanto no Paraná o índice de analfabetismo é de 5,77%, segundo
dados do censo 2010 fornecido pelo IBGE.
Tabela 5.5
Idade (anos) Fi fi(%)8 a 20 75 23,8921 a 30 63 20,0631 a 40 63 20,0641 a 50 57 18,1651 a 60 31 9,87mais de 60 25 7,96Total 314 100
Idade da população de Astorga/2011 Fonte: 8ªA Col. Adolpo
Figura 5.6
0
10
20
30
40
50
60
70
80
8 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 mais de 60
Idade da população de Astorga/2011 Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Observou-se na tabela 5.5 - que 7,96% dos entrevistados tem mais de 60
anos, enquanto 23,89% tem idade entre 8 e 20 anos.
Tabela 5.7
Situação do calçamento Fi fi(%)
Péssimo 108 34,4
Regular 149 47,45
Bom 53 16,87
Ótimo 4 1,28
Total 314 100Situação do calçamento em Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.8
Situação do calçamento em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
De acordo com a figura 5.8 – 47,45% dos entrevistados disseram que a
situação do calçamento da cidade de Astorga é regular, enquanto apenas 1,28%
consideram o calçamento ótimo.
Tabela 5.9
Situação da ruas e avenidas Fi fi(%)
Péssimo 93 29,62
Regular 135 42,99
Bom 81 25,79
Ótimo 5 1,6
Total 314 100 Situação das ruas e avenidas de Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
PéssimoRegularBom Ótimo
Figura 5.10
020406080
100120140160
Péssimo Regular Bom Ótimo
Situação das ruas e avenidas de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Na tabela 5.9 – enquanto 1,6% dos entrevistados consideram a situação das
ruas e avenidas como ótima, 42,99% consideram como regular.
Tabela 5.11Você transita pelas calçadas? Fi fi(%)Sim 179 57Não 25 7,97Às vezes 110 35,03Total 314 100
Como pedestre você transita pelas calçadas em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.12
SimNãoAs vezes
Como pedestre você transita pelas calçadas em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
De acordo com a tabela 5.11 – observa-se que mesmo diante de tantas
campanhas de conscientização sobre o trânsito 7,97% dos entrevistados não sabem
se comportar corretamente ao transitarem pelas vias públicas.
Tabela 5.13
Usa cinto de segurança Fi fi(%)
Sim 134 42,68
Não 103 32,8
Às vezes 77 24,52
Total 314 100 Usa cinto de segurança em Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.14
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Sim Não As vezes
Usa cinto de segurança em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Observa-se na figura 5.14 - que 32,8% dos entrevistados não usam cinto de
segurança ao conduzir seus veículos ou ao serem os passageiros, colocando em
risco suas vidas e a dos outros, infringindo as leis de trânsito.
Tabela 5.15
Obedece a sinalização Fi fi(%)
Sim 241 76,76
Não 18 5,73
Às vezes 55 17,51
Total 314 100 Obedece a sinalização de trânsito em Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.16
0
50
100
150
200
250
300
Sim Não As vezes
Obedece a sinalização de trânsito em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Também observa-se que de acordo com a tabela 5.15 – 5,73% dos
entrevistados não obedecem a sinalização, sendo imprudentes ao colocarem suas
vidas e a dos outros em perigo.
Tabela 5.17
Acidentes Fi fi(%)
Não 227 72,3
Sim 82 26,11
Fatal 5 1,59
Total 314 100 Envolvimento em acidentes em Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.18
NãoSimFatal
Envolvimento em acidentes em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
De acordo com a figura 5.18 – Até o dia da entrevista, dos 314
entrevistados, 227 pessoas não tinham se envolvido em nenhum tipo de acidente.
Tabela 5.19
Quantidade Fi fi(%)
Nenhum 30 9,56
Um 145 46,18
Dois 105 33,44
Mais de dois 34 10,82
Total 314 100 Quantidade de veículos por família em Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.20
Nenhum
Um
Dois
Mais de dois
Quantidade de veículos por família em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Observa-se crescente aumento de veículos por família pois como mostra a
tabela 5.19 - 10,82% dos entrevistados já possuem mais de dois veículos, sendo
Astorga uma cidade de pequeno porte o congestionamento passou a ser constante
nas avenidas da cidade.
Tabela 5.21
Habilitação Fi fi(%)
Nenhuma 17 5,41
Uma 75 23,89
Duas 134 42,68
Mais de duas 88 28,02
Total 314 100 Habilitações nas famílias de Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.22
Nenhuma
Uma
Duas
Mais de duas
Habilitações nas famílias de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
De acordo com a tabela 5.21 - apenas 5,41% dos entrevistados não
possuem habilitação, e um aumento crescente na quantidade de carteira de
habilitação pois 134(42,68%) das famílias entrevistadas já possuem duas
habilitações.
Tabela 5.23
Motivo Trabalho Estudo Passeio
Transporte
A pé 43 (18,69%) 28 (29,16%) 25 (9,18%)
Bicicleta 31 (13,47%) 2 (2,08%) 4 (1,46%)
Carro 114 (49,56%) 40 (41,66%) 218 (79,12%)
Moto 25 (10,86%) 4( 4,17%) 22 (8,05%)
Ônibus 10 (10,86%) 22 (22,93%) 6 (2,19%)
Caminhão 7 (3,08%) 0 0
Total 230 (100%) 96 (100%) 273 (100%) Meios de Transporte usados para trabalhar, passear e estudar as Astorga/2011
Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Figura 5.24
0
50
100
150
200
250
A pé Bicicleta Carro Moto Ônibus Caminhão
Meios de Transporte usados para trabalhar, passear e estudar as Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho
Na tabela 5.23 - observa-se que o meio de transporte mais utilizado no
município de Astorga é o carro, 49,56% para o trabalho e 79,12% para o passeio ,
pois é o meio mais rápido para a locomoção. Observa-se também que 22,93% do
entrevistados usam o ônibus como meio de transporte para estudar, pois alguns
moram na zona rural e outros estudam em cidades vizinhas, sendo o mesmo
utilizado por apenas 2,19% para passeio. E a moto por ser um veículo econômico e
de valor mais acessível tem sua frota em constante crescimento, sendo utilizada por
10,86% dos entrevistados para o trabalho.
6 Considerações finais
O presente trabalho acadêmico é resultado de leituras, pesquisas,
planejamento de ações e aplicação do material didático, no qual pode-se concluir
que não basta somente conhecer as leis de trânsito, se faz necessário a aplicação
das mesmas em todas as instâncias para que se possa ter um trânsito seguro, onde
pessoas e condutores tenham o direito de ir e vir com segurança.
Este projeto teve como finalidade trabalhar a estatística descritiva em sala
de aula, com sua construção sendo feita desde o ponto inicial que é o Planejamento
do problema. Ensinou também os alunos a trabalharem, com técnicas estatísticas
tais como: a amostragem, elaboração do questionário, das tabelas e dos gráficos; e
buscou oferecer oportunidade ao aluno de rever o cálculo de porcentagem e seu uso
em situações cotidianas.
Acredita-se que o objetivo da presente pesquisa tenha sido alcançado
devido a participação, envolvimento e real interesse do aluno, pois o trabalho em
grupo ajudou na interação, no esclarecimento de dúvidas, no estudo integrado, e a
socialização com os demais membros da equipe.
Esta interação foi demonstrada ao término dos trabalhos, com a
apresentação do relatório individual final, onde cada aluno relatou as dificuldades
encontradas para fazer a pesquisa nas casas. Dificuldades estas, tais como, timidez
ao se apresentarem a pessoas estranhas e fazer as perguntas, sendo que
ocorreram resistências por parte de alguns entrevistados para responder ao
questionário. Outra dificuldade relatada foi a de fazer a contagem e tabulação das
informações, pois tudo tinha que ser exato, e ainda a construção do gráfico de
setores, pois além do cálculo de porcentagens também houve a necessidade de
calcular os graus para a construção dos mesmos.
Mesmo com todos os percalços, os alunos constataram que esta pesquisa
foi importante para eles, pois perceberam que o trânsito da cidade está bom, mas
que pode melhorar se cada um fizer a sua parte e respeitar as leis.
A Educação no Trânsito é importante, pois o aluno em processo de
formação assimila regras e normas com mais facilidade. Portanto ao trabalhar em
sala de aula as leis de trânsito através de vídeos, imagens e textos isto
provavelmente , incutirá nos alunos a consciência critica e uma maior compreensão
da responsabilidade com a sua vida e a dos outros, principalmente quando se tornar
um condutor no futuro.
Nesse sentido, o projeto proposto procurou de alguma maneira trazer para
os aluno da 8ª série do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira Franco
uma reflexão a respeito da formação para o trânsito, integrando-os e
conscientizando-os, haja visto que serão alguns dos futuros motoristas na
sociedade.
7 Referências
ASTORGA, Departamento Municipal de Trânsito
BRUDEKI, N. M. Gestão de Serviços Públicos Municipais: IBPEX, 2007
http://www.aen.pr.gov.br/modules/debaser/visualizar.php?audiovideo=1&xfid=41240 –
acesso em 2 junho de 2011
http://www.detran.pr.gov.br/ - acesso em 15 de abril de 2011
http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/estatisticasdetransito/anuario2006.pdf -
acesso em 02 de junho de 2011
MENDES, M. M.; MORATO, E. P. Os Municípios Sua História & Sua Gente: Cendí
Editora S/C Ltda.,1980
OLIVEIRA, T. S. M. Gestão do Meio Urbano: IBPEX, 2007
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática. Curitiba, 2008
TRIOLA, M. F. Introdução à Estatística. 7. ed. Editora L.T.C.,1999