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ESTATÌSTICA: O TRÂNSITO URBANO E A SUSTENTABILIDADE · preservação e conservação do meio ambiente. ... e é nesse momento que o ... Para o entendimento dos cálculos foi demonstrada

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ESTATÍSTICA: O TRÂNSITO URBANO E A SUSTENTABILIDADE

Luzia Aparecida Sanches Santos (Professora PDE)1

Carlos Aparecido dos Santos (Orientador)2

Resumo

O presente trabalho é resultado de uma proposta de implementação pedagógica com os alunos da 8ª série do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira Franco - Ensino Fundamental, Médio e Profissional do município de Astorga, Estado do Paraná. Este artigo tem como objetivo fornecer subsídios e alternativas de reflexão sobre as mudanças de hábitos de locomoção relacionados com o trânsito, para que os alunos percebam a importância dos conteúdos trabalhados na resolução de questões do cotidiano, mostrando por meio de estatística para que os mesmos compreendam e analisem como o aumento da frota e a falta de planejamento viário eficiente tem influenciado na vida da comunidade, bem como sua aplicação e os resultados alcançados pelos mesmos.

Palavras-chave: Estatística; Trânsito: Educação no trânsito.

Abstract

The present work is the result of a proposed implementation with student teaching 8th grade from Governor Adolpho Franco de Oliveira – Elementary State School, Middle and Professional of the Astorga city, State of Parana. This article aims to provide support and alternatives for reflection on the changing habits of locomotion related to traffic, so the students realize the importance of content studied worked in resolving issues of daily life, showing by means of statistics so that they understand and analyze how the increase in the fleet and lack of efficien planning troad has influenced the community’ slife as well as its implementation and the results achieved by it.

Keywords: Statistics; Transit:, Traffic Education

1 Professora PDE - 21011 e-mail: [email protected] Professor do Departamento de Estatística da Universidade Estadual de Maringá. e-mail: [email protected]

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1 Introdução

Esse artigo refere-se ao resultado do Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, desenvolvido como capacitação continuada da rede pública do

Estado do Paraná, com a colaboração da Universidade Estadual de Maringá.

Esse material, na área de Matemática, tem como objeto de estudo o tema:

Estatística e com o título: O Trânsito Urbano e a Sustentabilidade, seu objetivo é

fornecer subsídios e alternativas de reflexão sobre as mudanças de hábitos de

locomoção relacionados com o trânsito, para que os alunos percebam a importância

dos conteúdos trabalhados na resolução de questões do cotidiano e, que sem uma

educação e conscientização sobre o trânsito, muitos acidentes continuarão

acontecendo. Assim eles serão os agentes responsáveis por uma política inovadora,

criando meios para que o sistema viário possa fluir com mais eficiência, diminuindo

com isso os riscos de acidentes em consonância com as questões voltadas para a

preservação e conservação do meio ambiente. Os estudos foram realizados com os

alunos da 8ª série (9º ano) do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira

Franco – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, na cidade de Astorga, Núcleo

de Maringá.

O tema surgiu da necessidade de uma conscientização do aluno sobre seu

comportamento nas vias públicas, mostrando por meio de estatística para que os

mesmos compreendam e analisem como o aumento da frota e a falta de

planejamento viário eficiente têm influenciado na vida da comunidade, e como a falta

de educação e a irresponsabilidade por parte dos condutores e pedestres

influenciam para que ocorra uma parcela considerável de acidentes de trânsito.

A área de transporte envolve toda a dinâmica de locomoção dos habitantes de uma

cidade, seja por meio de veículos ou não, bem como os problemas de trânsito.

Para BRUDESKI(2007,p.126)

A necessidade de ir e vir como uma das muitas necessidades básicas do ser humano é manifestada desde tempos remotos. O deslocamento para trabalho, escola, faculdade, parque, shopping, atividades culturais, sociais e recreativas, entre tantas outras, é a base para a satisfação de outras necessidades. O problemas é que cada indivíduo possui um grau específico de mobilidade, em função de suas próprias necessidades, de limitações físicas ou econômicas. Essas diferenças se sobressaem no convívio em grupo, e é nesse momento que o Estado interfere, proporcionando meios para minimizá-las.

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Assim estuda-se e planejam-se ruas, linhas de ônibus, calçadas, volume de

movimentação das pessoas, necessidades de vias, enfim, todos os itens

necessários para a locomoção da população de uma cidade.

De acordo com os estudos de OLIVEIRA(2007,p.29). “Gestão de trânsito é

parte da gestão de transportes que tem o objetivo de assegurar o trânsito a todos,

bem como a valorização da vida, a promoção e o incentivo de ações que busquem a

otimização de todo o seu processo.”

E mediante estudo estatístico o aluno vai compreender e analisar como o

aumento da frota e a falta de planejamento viário eficiente tem influenciado nossas

vidas.

2 Referencial teórico

Pode-se dizer que estatística iniciou-se no século XVII, quando os governos

precisavam coletar informações sobre a população tais como: números de

nascimentos, casamentos, entre outras, de acordo com as DIRETRIZES

CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (2008) “tornou-se um conteúdo

matemático importante ao ter seus conceitos aplicados em vários campos do

conhecimento”, ganha espaço, passa a ser objeto de pesquisa e está presente em

quase todas as atividades do ser humano.

E não é para menos! Com base na análise dos dados coletados e

organizados é possível, em muitos casos, prever determinadas tendências que

auxiliam a tomada de decisões, permitindo elaborar um planejamento mais

adequado.

Na Matemática Básica o trabalho de estatística é feito por meio de

investigação na qual os estudantes manuseiam as informações relacionadas a

alguma problematização do seu cotidiano. Depois, selecionam, analisam, fazem os

cálculos finais, leem e interpretam os significados e apresentam os resultados para o

grupo ou comunidade.

A definição de Estatística segundo TRIOLA (1999) “é uma coleção de

métodos para planejar experimentos, obter dados e organizá-los, resumi-los,

analisá-los, interpretá-los e deles extrair conclusões”. Em Estatística o conjunto de

todos os elementos que constituem o universo da pesquisa é chamado de

população e apenas uma pequena parte do todo é chamada de amostra. Cada um

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dos objetos estudados que permitirão fazer a análise desejada é denominada

variável, que são classificadas como variáveis quantitativas, quando elas assumem

valores numéricos. (Exemplo: idade, renda familiar, número de irmãos, número de

habitantes etc); e as variáveis qualitativas, quando não assumem valores numéricos,

(exemplo: sexo, preferências por área de carreira universitária, etnia, etc). As

variáveis qualitativas que não possuem ordenação, apenas classificação de dados

(sexo, etnia, preferência), são chamadas de nominais. Por sua vez, as variáveis

qualitativas que exigem uma ordenação natural (altura, idade, renda familiar) são

chamadas ordinais. As variáveis quantitativas distinguem-se entre dois tipos de

grupos: discreto e contínuo. Uma variável que pode assumir qualquer valor inteiro

entre valores dados. Exemplo : O número de filhos de uma família, a quantidade de

televisores, entre tantos outros exemplos, são variáveis discretas. Caso isso não

seja possível, pois a variável pode assumir infinitos valores em um intervalo é

chamada de variável contínua.

Para a realização deste projeto foi usado a metodologia da Estatística

Descritiva de Dados que segundo MAGALHÃES e LIMA (2008) ”pode ser definida

como o conjunto de técnicas destinadas a descrever e resumir dados, a fim de que

possamos tirar conclusões a respeito de características de interesse.”

É essencial que na formação de nossos alunos o desenvolvimento de

atividades de Estatísticas partam sempre de uma problematização, pois assim como

os conceitos matemáticos, os estatísticos devem estar inseridos em situações

vinculadas ao cotidiano deles.

3 Um pouco da história

Em 14 de dezembro de 1952 Astorga obteve sua emancipação política,

passando então a ser Município, pois até então era distrito da comarca de

Arapongas.

No início da colonização, as viagens eram feitas a cavalo ou a pé, só mais

tarde com a abertura das estradas é que vieram as carroças, carros de bois e

depois, os caminhões transportadores de toras. A primeira empresa de transporte

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coletivo tinha apenas uma jardineira e fazia o trajeto entre Astorga - Içara apenas

uma vez por semana.

Quando foi liberado o trajeto Astorga – Arapongas o movimento aumentou

surgindo assim outros ônibus para fazer o transporte, e o ponto dos mesmos era em

frente ao Hotel Progresso, onde hoje está localizada a Livraria e Papelaria São

Francisco.

A primeira rodoviária foi inaugurada em 27 de abril de 1954, mas com o

aumento da população houve a necessidade de mudá-la para outro local. A mesma

situa-se na Avenida Presidente Getúlio Vargas, s/n.

Como a cidade de Astorga não possuía estradas de ferro, toda a produção e

o tráfego de pessoas eram feitos por intermédio de transportes rodoviários. Nos dias

atuais continua sendo do mesmo jeito, tanto para o escoamento da produção bem

como para o transporte das pessoas .

Com o aumento da frota e consequentemente o emplacamento da mesma

houve a necessidade da instalação em Astorga de uma unidade do Departamento

Nacional de Trânsito - DETRAN. Hoje, o departamento atua no atendimento de

acidentes ( elaboração de boletins sobre estes), emplacamento e licenciatura de

veículos.

O primeiro veículo adquirido pela Prefeitura Municipal foi no ano de 1.952

sendo um Caminhão modelo Ford 1.951, o mesmo está exposto na Praça central do

Município denominada Prefeito Ermelindo Lopes Barroso.

Nos anos seguintes, houve um aumento considerável de veículos, no ano de

1975 foram emplacados 1384 veículos; em 1976 foram emplacados 1627; em 1977 ,

1785; em 1978, um total de 1843 e em 1979, mais 1929 veículos, para uma

população de 29.000 habitantes.

Segundo as informações do Detran, em janeiro de 2011 a frota de veículos

cadastrados no município de Astorga é de 12.422, para uma população de 24.704

habitantes, dados do IBGE, senso de 2010, em média 0,5 carro por habitante, ou

seja um veículo para cada duas pessoas.

4 Desenvolvimento dos trabalhos

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Para dar início aos trabalhos a professora ministrou uma aula expondo aos

alunos o projeto, e o motivo da escolha do tema e, qual o objetivo pretendido, falou-

se sobre o trânsito na cidade de Astorga, o aumento da frota e suas consequências.

Antes de fazer a pesquisa de campo, fez-se a pilotagem na sala, ou seja, foi

aplicado o questionário aos alunos a fim de perceber a compreensão deles sobre as

perguntas e sanar as dúvidas que porventura pudessem ocorrer.

No momento seguinte, foram distribuídos 340 questionários (10 por aluno),

cada aluno pesquisou em uma determinada região da cidade para que a amostra

fosse a mais aleatória possível. Voltaram 314 questionários devidamente

respondidos, e 26 questionário não retornaram, pois alguns alunos tiveram

dificuldades para fazer a pesquisa por timidez, em seguida começou-se o trabalho

em sala de aula.

Primeiramente, cada aluno fez a contagem de seus questionários e

preencheu uma planilha com os dados coletados, foram 12 tabelas referentes às

perguntas do mesmo. Em seguida foram formadas equipes de 4 alunos para fazer a

contagem dos resultados das tabelas individuais, preenchendo assim novas tabelas.

Posteriormente foi construída uma única tabela com todas as informações das

tabelas anteriores para cada item pesquisado. Durante esse processo as

dificuldades apareceram, pois como o trabalho foi feito manualmente, muitos erros

de contagem aconteceram. Esta a contagem foi refeita até que se pudesse chegar

aos resultados apresentados neste texto.

As figuras abaixo mostram os alunos fazendo a contagem dos dados, e

preenchendo as tabelas para que, posteriormente fossem construídos os gráficos.

Para o cálculo das porcentagens e graus dos gráficos e tabelas foi utilizado a

regra de três, com o auxílio da calculadora, pois eram muitos os cálculos a serem

feitos. Para o entendimento dos cálculos foi demonstrada e trabalhada a regra no

quadro negro.

Foto: Luzia Sanches Foto : Luzia Sanches

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Para a construção do gráfico de barras os alunos não encontraram

dificuldades, entretanto, no de setores o grau de dificuldade foi grande, pois não se

lembravam como usar o transferidor. Foi necessário que os alunos tivessem uma

aula de geometria para relembrar o manuseio do material.

As figuras abaixo mostram os alunos construindo os gráficos em sala de

aula.

Analisando os dados, os alunos puderam observar na prática o que já

imaginavam ocorrer: que nossas leis não são muito respeitadas; a cidade não está

preparada para receber uma frota que cresce a cada dia; que pedestre ou

condutores de veículos em geral, não sabem agir com tais e tantas outras

irregularidades.

Com a finalização da construção dos gráficos em sala de aula, os alunos se

dirigiram ao laboratório de informática para a construção de tabelas e gráficos.

Como muitos alunos já fizeram aulas de computação e tinham noções básicas de

informática, os problemas que surgiam iam sendo resolvidos entre eles.

Em um segundo momento os alunos participaram de uma palestra com o

Chefe da Ciretran de Astorga, onde ele explanou sobre as leis, causas mais

frequentes de acidentes, aumento da frota, responsabilidade e conscientização do

pedestre quanto aos seus direitos e deveres. Expôs ainda, as consequências da

falta de responsabilidade ao dirigir embriagado pois hoje o maior inimigo do trânsito

é o álcool e o não respeito a velocidade permitida, e que o Brasil é o campeão em

acidentes de trânsito na faixa etária de 15 a 29 anos. Também abordou como o

ciclista deve se comportar em uma via pública, falou que a cidade de Astorga é bem

sinalizada, mas essa sinalização não muito é respeitada.

Além disso, observou que o carro não é mais um luxo e sim uma

necessidade, por isso é de suma importância que todos passem pela orientação e

Foto: Luzia Sanches Foto: Luzia Sanches Foto: Luzia Sanches

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estudo sobre as leis do trânsito. Ao final da palestra os alunos participaram fazendo

perguntas sobre o assunto abordado e, receberam folders educativos.

Em um terceiro momento, os alunos assistiram ao filme intitulado:“O Pateta

no trânsito”, onde retrata o comportamento do motorista “impaciente” no trânsito,

depois de assistir o filme foi aberta a plenária onde os alunos discutiram o

comportamento do homem representado pelo Pateta, pois ele que é um homem

gentil e responsável, mas se revela como um irresponsável e todo poderoso ao

conduzir seu veículo, esquecendo-se de que ele próprio é um pedestre e que

necessita do respeito às leis para que possa trafegar pelas vias com segurança.

Durante a discussão, muitos alunos contaram experiências vividas por situações

difíceis que passaram, tais como casos de acidentes envolvendo amigos e familiares

e de que maneira se sentiram por terem perdido um ente querido.

Depois de finalizados os trabalhos, cada aluno fez um relatório dizendo as

dificuldades encontradas para a realização da pesquisa, quais os pontos positivos e

negativos, e o que aprenderam sobre como ser pedestre e motorista consciente.

Finalmente o resultado final da pesquisa foi divulgado no jornal da cidade,

para que todos tivessem acesso sobre como a população de Astorga avalia o

trânsito e as condições atuais das vias públicas.

5 Figuras, gráficos e tabelas

Inicialmente trabalhou-se com as variáveis qualitativas: sexo; grau de

escolaridade; situação do calçamento; situação das ruas e avenidas; o uso das

calçadas pelos pedestres; uso do cinto de segurança; sinalização; envolvimento em

acidentes de trânsito e finalmente os meios de transportes usados para trabalho,

passeio e estudo.

O mesmo trabalho foi feito com as variáveis quantitativas: idade da

população; número de veículos por família e número de carteiras de habilitação por

família, sendo exposto no quadro negro que a média aritmética representa a soma

dos resultados obtidos, divididos pela quantidade de resultados; e que a mediana é

o valor do meio quando os valores estão dispostos em ordem crescente ou

decrescente; e a moda é o valor que ocorre com maior freqüência , e que quando

nenhum valor é repetido, não tem moda.

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Em seguida foram construídas as tabelas e os gráficos correspondente a

cada variável pesquisada, como estão demonstradas a seguir.

Tabela 5.1

sexo Fi fi(%)

Feminino 178 56,69

masculino 136 43,31

Total 314 100Sexo da população de Astorga/211

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.2

0

50

100

150

200

Feminino masculino

Sexo da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

De acordo com a tabela 5.1 - 56,69 % das pessoas entrevistadas são do

sexo feminino, para uma população de 24.704 habitantes, dados do IBGE, senso

2010

Tabela 5.3

Grau de escolaridade Fi fi(%)Analfabeto 10 3,19Fund. incompleto 66 21,02Fund. completo 31 9,88Médio incompleto 46 14,64Médio completo 65 20,7Superior incompleto 39 12,42Superior completo 57 18,15Total 314 100

Grau de escolaridade da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

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Figura 5.4

0

10

20

30

40

50

60

70

Analfabeto Fund.incom pleto

Fund.com pleto

Médioincom pleto

Médiocom pleto

Superiorincom pleto

Superiorcom pleto

Grau de escolaridade da população de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Observa-se que de acordo com a figura 5.4 – 3% dos entrevistados são

analfabetos, enquanto no Paraná o índice de analfabetismo é de 5,77%, segundo

dados do censo 2010 fornecido pelo IBGE.

Tabela 5.5

Idade (anos) Fi fi(%)8 a 20 75 23,8921 a 30 63 20,0631 a 40 63 20,0641 a 50 57 18,1651 a 60 31 9,87mais de 60 25 7,96Total 314 100

Idade da população de Astorga/2011 Fonte: 8ªA Col. Adolpo

Figura 5.6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

8 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 mais de 60

Idade da população de Astorga/2011 Fonte: 8ªA Col. Adolpho

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Observou-se na tabela 5.5 - que 7,96% dos entrevistados tem mais de 60

anos, enquanto 23,89% tem idade entre 8 e 20 anos.

Tabela 5.7

Situação do calçamento Fi fi(%)

Péssimo 108 34,4

Regular 149 47,45

Bom 53 16,87

Ótimo 4 1,28

Total 314 100Situação do calçamento em Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.8

Situação do calçamento em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

De acordo com a figura 5.8 – 47,45% dos entrevistados disseram que a

situação do calçamento da cidade de Astorga é regular, enquanto apenas 1,28%

consideram o calçamento ótimo.

Tabela 5.9

Situação da ruas e avenidas Fi fi(%)

Péssimo 93 29,62

Regular 135 42,99

Bom 81 25,79

Ótimo 5 1,6

Total 314 100 Situação das ruas e avenidas de Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

PéssimoRegularBom Ótimo

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Figura 5.10

020406080

100120140160

Péssimo Regular Bom Ótimo

Situação das ruas e avenidas de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Na tabela 5.9 – enquanto 1,6% dos entrevistados consideram a situação das

ruas e avenidas como ótima, 42,99% consideram como regular.

Tabela 5.11Você transita pelas calçadas? Fi fi(%)Sim 179 57Não 25 7,97Às vezes 110 35,03Total 314 100

Como pedestre você transita pelas calçadas em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.12

SimNãoAs vezes

Como pedestre você transita pelas calçadas em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

De acordo com a tabela 5.11 – observa-se que mesmo diante de tantas

campanhas de conscientização sobre o trânsito 7,97% dos entrevistados não sabem

se comportar corretamente ao transitarem pelas vias públicas.

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Tabela 5.13

Usa cinto de segurança Fi fi(%)

Sim 134 42,68

Não 103 32,8

Às vezes 77 24,52

Total 314 100 Usa cinto de segurança em Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.14

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Sim Não As vezes

Usa cinto de segurança em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Observa-se na figura 5.14 - que 32,8% dos entrevistados não usam cinto de

segurança ao conduzir seus veículos ou ao serem os passageiros, colocando em

risco suas vidas e a dos outros, infringindo as leis de trânsito.

Tabela 5.15

Obedece a sinalização Fi fi(%)

Sim 241 76,76

Não 18 5,73

Às vezes 55 17,51

Total 314 100 Obedece a sinalização de trânsito em Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

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Figura 5.16

0

50

100

150

200

250

300

Sim Não As vezes

Obedece a sinalização de trânsito em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Também observa-se que de acordo com a tabela 5.15 – 5,73% dos

entrevistados não obedecem a sinalização, sendo imprudentes ao colocarem suas

vidas e a dos outros em perigo.

Tabela 5.17

Acidentes Fi fi(%)

Não 227 72,3

Sim 82 26,11

Fatal 5 1,59

Total 314 100 Envolvimento em acidentes em Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.18

NãoSimFatal

Envolvimento em acidentes em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

De acordo com a figura 5.18 – Até o dia da entrevista, dos 314

entrevistados, 227 pessoas não tinham se envolvido em nenhum tipo de acidente.

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Tabela 5.19

Quantidade Fi fi(%)

Nenhum 30 9,56

Um 145 46,18

Dois 105 33,44

Mais de dois 34 10,82

Total 314 100 Quantidade de veículos por família em Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Figura 5.20

Nenhum

Um

Dois

Mais de dois

Quantidade de veículos por família em Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Observa-se crescente aumento de veículos por família pois como mostra a

tabela 5.19 - 10,82% dos entrevistados já possuem mais de dois veículos, sendo

Astorga uma cidade de pequeno porte o congestionamento passou a ser constante

nas avenidas da cidade.

Tabela 5.21

Habilitação Fi fi(%)

Nenhuma 17 5,41

Uma 75 23,89

Duas 134 42,68

Mais de duas 88 28,02

Total 314 100 Habilitações nas famílias de Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

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Figura 5.22

Nenhuma

Uma

Duas

Mais de duas

Habilitações nas famílias de Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

De acordo com a tabela 5.21 - apenas 5,41% dos entrevistados não

possuem habilitação, e um aumento crescente na quantidade de carteira de

habilitação pois 134(42,68%) das famílias entrevistadas já possuem duas

habilitações.

Tabela 5.23

Motivo Trabalho Estudo Passeio

Transporte

A pé 43 (18,69%) 28 (29,16%) 25 (9,18%)

Bicicleta 31 (13,47%) 2 (2,08%) 4 (1,46%)

Carro 114 (49,56%) 40 (41,66%) 218 (79,12%)

Moto 25 (10,86%) 4( 4,17%) 22 (8,05%)

Ônibus 10 (10,86%) 22 (22,93%) 6 (2,19%)

Caminhão 7 (3,08%) 0 0

Total 230 (100%) 96 (100%) 273 (100%) Meios de Transporte usados para trabalhar, passear e estudar as Astorga/2011

Fonte: 8ªA Col. Adolpho

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Figura 5.24

0

50

100

150

200

250

A pé Bicicleta Carro Moto Ônibus Caminhão

Meios de Transporte usados para trabalhar, passear e estudar as Astorga/2011Fonte: 8ªA Col. Adolpho

Na tabela 5.23 - observa-se que o meio de transporte mais utilizado no

município de Astorga é o carro, 49,56% para o trabalho e 79,12% para o passeio ,

pois é o meio mais rápido para a locomoção. Observa-se também que 22,93% do

entrevistados usam o ônibus como meio de transporte para estudar, pois alguns

moram na zona rural e outros estudam em cidades vizinhas, sendo o mesmo

utilizado por apenas 2,19% para passeio. E a moto por ser um veículo econômico e

de valor mais acessível tem sua frota em constante crescimento, sendo utilizada por

10,86% dos entrevistados para o trabalho.

6 Considerações finais

O presente trabalho acadêmico é resultado de leituras, pesquisas,

planejamento de ações e aplicação do material didático, no qual pode-se concluir

que não basta somente conhecer as leis de trânsito, se faz necessário a aplicação

das mesmas em todas as instâncias para que se possa ter um trânsito seguro, onde

pessoas e condutores tenham o direito de ir e vir com segurança.

Este projeto teve como finalidade trabalhar a estatística descritiva em sala

de aula, com sua construção sendo feita desde o ponto inicial que é o Planejamento

do problema. Ensinou também os alunos a trabalharem, com técnicas estatísticas

tais como: a amostragem, elaboração do questionário, das tabelas e dos gráficos; e

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buscou oferecer oportunidade ao aluno de rever o cálculo de porcentagem e seu uso

em situações cotidianas.

Acredita-se que o objetivo da presente pesquisa tenha sido alcançado

devido a participação, envolvimento e real interesse do aluno, pois o trabalho em

grupo ajudou na interação, no esclarecimento de dúvidas, no estudo integrado, e a

socialização com os demais membros da equipe.

Esta interação foi demonstrada ao término dos trabalhos, com a

apresentação do relatório individual final, onde cada aluno relatou as dificuldades

encontradas para fazer a pesquisa nas casas. Dificuldades estas, tais como, timidez

ao se apresentarem a pessoas estranhas e fazer as perguntas, sendo que

ocorreram resistências por parte de alguns entrevistados para responder ao

questionário. Outra dificuldade relatada foi a de fazer a contagem e tabulação das

informações, pois tudo tinha que ser exato, e ainda a construção do gráfico de

setores, pois além do cálculo de porcentagens também houve a necessidade de

calcular os graus para a construção dos mesmos.

Mesmo com todos os percalços, os alunos constataram que esta pesquisa

foi importante para eles, pois perceberam que o trânsito da cidade está bom, mas

que pode melhorar se cada um fizer a sua parte e respeitar as leis.

A Educação no Trânsito é importante, pois o aluno em processo de

formação assimila regras e normas com mais facilidade. Portanto ao trabalhar em

sala de aula as leis de trânsito através de vídeos, imagens e textos isto

provavelmente , incutirá nos alunos a consciência critica e uma maior compreensão

da responsabilidade com a sua vida e a dos outros, principalmente quando se tornar

um condutor no futuro.

Nesse sentido, o projeto proposto procurou de alguma maneira trazer para

os aluno da 8ª série do Colégio Estadual Governador Adolpho de Oliveira Franco

uma reflexão a respeito da formação para o trânsito, integrando-os e

conscientizando-os, haja visto que serão alguns dos futuros motoristas na

sociedade.

7 Referências

ASTORGA, Departamento Municipal de Trânsito

Page 20: ESTATÌSTICA: O TRÂNSITO URBANO E A SUSTENTABILIDADE · preservação e conservação do meio ambiente. ... e é nesse momento que o ... Para o entendimento dos cálculos foi demonstrada

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