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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE As novidades. As dúvidas. As respostas. CRÓNICA DE COSTUMES O número da vergonha… À CONVERSA COM ANA PAULA REIS Educar para a prevenção! PELAS TERRAS DA “MORABEZA” Docência em Cabo Verde, uma experiência.

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTEAs novidades. As dúvidas. As respostas.

CRÓNICA DE COSTUMESO número da vergonha…

À CONVERSA COM ANA PAULA REIS Educar para a prevenção!

PELAS TERRAS DA “MORABEZA”Docência em Cabo Verde, uma experiência.

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A inevitabilidade do capitalismo globalizante invadiu a Europa que se

alicerça num modelo transnacional de competição internacional.

Os governos neoliberais, cada vez mais fortalecidos, flexibilizam as leis

trabalhistas para facilitar o funcionamento de grandes corporações. A

globalização económica obriga a uma regulação transnacional do Estado

através da liberalização dos mercados, da privatização dos serviços e da

flexibilização da redução salarial.

As consequências sociais são evidentes: desemprego, clivagem entre os

mais ricos e os mais pobres, exclusão. Actualmente, um quinto da humanidade

vive abaixo do limiar da pobreza, 1.2 biliões de pessoas vivem na pobreza

absoluta , 815 milhões de seres humanos sofrem de fome.

Os três mais ricos bilionários do mundo têm mais dinheiro do que a soma

do produto interno bruto dos 48 países menos desenvolvidos. Bill Gates

possui uma fortuna superior ao Produto Nacional Bruto da Costa do Marfim e

do Quénia juntos. No ano 2000, morreram de fome 36 milhões de pessoas.

O Desemprego aumentou brutalmente e destruíram-se as economias de

subsistência através do controlo da dívida externa por imposição do Fundo

Monetário Internacional e pelo Banco Mundial.

Imerso num liberalismo galopante, este Governo legisla desenfreadamente,

retira direitos trabalhistas e sociais… tudo pelo interesse público,

evidentemente!

Em nome do progresso e de uma pretensa lei natural de mercado desfazem-se

reformas, baralham-se conceitos e relações.

Atacam-se os sindicatos e, simultaneamente, sucedem-se acções de

Marketing a velocidades vertiginosas, numa tentativa de seduzir a opinião

pública e procurando captar a simpatia dos cidadãos.

Na crista da onda, aí vamos nós rumo à exclusão, a bem da Nação!!!

editorial

editori

itorial

por Júlia Coutinho de AzevedoJúlia Coutinho de AzevedoJúlia Coutinho de AzevedoJúlia Coutinho de Azevedo

Presidente da Direcção do SIPEPresidente da Direcção do SIPEPresidente da Direcção do SIPEPresidente da Direcção do SIPE

SIPE EM REVISTA – 2 – Editorial / Ficha técnica

Título: SIPE em Revista

Directora: Júlia Coutinho de Azevedo Director Adjunto: Paulo Jorge Santos

Colaboradores deste número: Cláudia Cadete, Luís Filipe Santos, Manuel Marques Damas, Rosa

Carneiro de Sá, Helena Cândida C. Ramos e Ana Paula Rosa Grafismo: José Maciel Fotografia:

(capa e contracapa) Paulo Jorge Santos Correcção Ortográfica: Paulo Jorge Santos

Acabamentos: JJJ Artes Gráficas, Lda. Propriedade: SIPE. Edição gratuita a sócios.

PORTUGAL, NA CRISTA DO LIBERALISMO

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2. Editorial

Os rumos governativos do XVI Governo Constitucional com destinos

de exclusão, pela presidente do SIPE

4. O NOVO ECD….A síntese, as novidades, as dúvidas as respostas, com introdução de Paulo

Santos

16. Do Departamento Jurídico - Legislação do TrimestreRosa Carneiro de Sá

O gabinete jurídico no apoio ao docente.

18. Crónica de Costumes Manuel Marques Damas

Sem lápis azul, pensamento veloz rendido à palavra desta vez com…

“O número da vergonha”

20. Educar para a Prevenção – À conversa com Ana Paula RosaEntrevista de Cláudia Cadete

23. Do SIPE Santarém Luís Filipe Santos

A análise. A crítica a um Estatuto imposto.

24. Pelas Terras da Morabeza Helena Ramos

Encontros com África: docência em Cabo Verde, uma experiência.

27. Espaço LerEspaço da realidade, mas também do imaginário, do sonho – o dos livros, do

nosso contentamento.

Educação, técnicas, ficção… algumas novidades de finais de 2006 e

homenagens a talentos, pela mão de Paulo Santos e Júlia Azevedo.

30. Um Calendário de PrazeresEventos e actividades sugeridos, a lembrar que os elos entre a Educação e a

Cultura são infinitos e infinitamente necessários.

32. Do Centro de Formação do SIPENos novos moldes para 2007 no âmbito do CRIE: creditada e já financiada

índice

20

SIPE EM REVISTA – 3 - Índice

18

10

14

17

1616

2727

2020

2424

3232

44

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Educação… que futuro?!

A educação tem sido, nas últimas décadas, um laboratório de experiências com

sucessivas reformas, nunca ou mal concluídas, na qual se testaram “pedagogias” e

teorias sem rigor, deixando de lado a opinião daqueles que mais e melhor conhecem o

sistema educativo – os professores do ensino pré-escolar, básico e secundário.

A par desta situação, emergiram novos e graves problemas sociais que não têm

conhecido respostas cabais e eficazes por parte das entidades competentes. Os docentes

ganharam, desta forma, um papel relevante de intervenção na sociedade, tornando-se

psicólogos, médicos e assistentes sociais, substituindo até, e muitas vezes, o núcleo

familiar dos alunos. Formaram, desde há muito, a primeira linha no combate à exclusão,

à delinquência, entre outros.

Perante tantas e multifacetadas vertentes, é lógico perguntar que tempo sobrou para

ensinar? A escola é primacial para educar, para preparar os alunos para a vida, dando-

lhes competências várias que os ajudem a ser autónomos e capazes de reflectir no

sentido de agirem e solucionarem os problemas com que se deparam. Não pode nem deve

substituir a família, os centros de saúde, os centros de assistência social e

gabinetes de psicologia…

Todavia, os meios colocados ao dispor da classe docente para responder a estas

situações foram sempre diminutos.

É paradoxal, também, que estes professores multi-funções, que substituíram o Estado

nas suas obrigações sociais, tenham como recompensa deste uma imagem de laxismo,

parasitismo, corporativismo e de beneficiários de regalias incomportáveis para o país.

É inaceitável que a tutela tenha gasto dinheiro em publicidade propagandística para

mover a mais baixa campanha alguma vez dirigida aos docentes portugueses, com o

objectivo de implementar um ECD economicista que não assegura, em nada, uma educação

de qualidade.

Refutando as acusações de responsáveis pelas debilidades do sistema, lutámos

veementemente contra as propostas obstinadas do ME, apresentando alternativas.

Juntámo-nos às outras associações sindicais na organização de vigílias, manifestações,

greves, esclarecimentos, comunicados de imprensa, entre outros.

Não nos revemos neste documento do ME, não compactuamos com a imposição e falta de

negociação e continuaremos a pugnar por um ECD justo e digno que nos conduza a uma

educação melhor, que não comprometa o futuro de Portugal, acentuando a importância, o

profissionalismo e a responsabilidade da função docente.

Nas páginas que seguem, procurámos resumir de forma simples e clara as alterações

aprovadas pelo governo. Contudo, aconselhamos a leitura integral do novo ECD.

por Paulo Santos

ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE

SIPE EM REVISTA – 4 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADESDO

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ADMISSÃO NA CARREIRA

São requisitos gerais de admissão a concurso:

� Possuir habilitações profissionais legalmente exigidas para a docência.

� Obter aprovação em prova de avaliação de conhecimentos e competências.

A prova de avaliação de conhecimentos e de competências visa demonstrar o domínio dos

conhecimentos e competências exigidas para o exercício da função docente, na

especialidade da respectiva área de docência, e é organizada segundo as exigências da

leccionação dos programas e orientações curriculares da Educação pré-escolar e dos

ensinos básico e secundário.

PERÍODO PROBATÓRIOO período probatório corresponde ao primeiro ano escolar no exercício efectivo de

funções da categoria de professor[pode ser o 1.º ano de contrato ou de provimento].

O período probatório é acompanhado e apoiado no plano didáctico, pedagógico e

científico por um professor titular.

AVALIAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE CONTRATADORealiza-se no final do período de vigência do respectivo contrato e antes da sua

eventual renovação, desde que tenham prestado serviço docente efectivo durante pelo

menos 6 meses.

AVALIAÇÃO DO DOCENTE NO PERÍODO PROBATÓRIOÉ feita no final do mesmo e reporta-se à actividade desenvolvida no seu decurso.

BOM ou superior – O docente em nomeação provisória é nomeado definitivamente em lugar

de quadro.

REGULAR – tem de repetir o período probatório e desenvolver o projecto individual de

formação e acção pedagógica que lhe forem indicados.

INSUFICIENTE – é automaticamente exonerado do lugar de quadro. Implica a

impossibilidade de o docente se candidatar, a qualquer título, à docência no próprio

ano ou no ano escolar seguinte, a menos que o docente demonstre ter completado a

formação prevista no n.º 7 do art. 78.º

REGIME TRANSITÓRIOFica dispensado da prova de avaliação de conhecimentos e de competências, e do período

probatório, o docente que tenha celebrado contrato administrativo de serviço docente,

em dois dos últimos 4 anos imediatamente anteriores ao ano lectivo de 2007/2008, desde

que conte, pelo menos, 5 anos completos de serviço docente efectivo:

ADMISSÃO E INGRESSO NA CARREIRA

SIPE EM REVISTA – 5 - ECD

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADESDO

DO

DODOSIPE

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CARREIRA DOCENTEdesenvolve-se pelas categorias hierarquizadas de:

a)Professor b)Professor Titular

FUNÇÕES DO PESSOAL DOCENTE EM GERAL:

a) leccionar as disciplinas, matérias e cursos para que se encontra habilitado de acordo com as necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e no cumprimento do serviço docente que lhe seja atribuído;

b) planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas à turma ou grupo de alunos nas áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;

c) conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;

d) elaborar recursos e materiais didáctico-pedagógicos e participar na respectiva avaliação;

e) promover, organizar e participar em todas a actividades complementares, curriculares e extracurriculares, incluídas no plano de actividades ou projecto educativo da escola, dentro e fora do recinto escolar;

f) organizar, assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curricular dos alunos;

g) assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento de alunos determinados pela administração educativa e cooperar na detecção e acompanhamento de dificuldades de aprendizagem;

h) acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respectivos pais e encarregados de educação;

i) facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional dos alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;

j) participar nas actividades de avaliação da escola;

l) participar em actividades de investigação, inovação e experimentação científica e pedagógica;

m) organizar e participar, como formando ou formador, em acções de formação contínua e especializada;

n) desempenhar as actividades de coordenação administrativa e pedagógica que não sejam exclusivamente cometidas ao professor titular.

NATUREZA E ESTRUTURA DA CARREIRA DOCENTE

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

SIPE EM REVISTA – 6 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

FUNÇÕES ESPECÍFICAS DO PROFESSOR TITULAR:(além das funções gerais)

a) coordenação pedagógica do ano, ciclo ou curso;

b) direcção de centros de formação das associações de escolas;

c) coordenação de departamentos curriculares e conselhos de docentes;

d) orientação da prática pedagógica supervisionada a nível da escola;

e) exercício das funções de acompanhamento e apoio à realização do período probatório;

f) elaboração e correcção das provas nacionais de avaliação de conhecimentos e competências para admissão na carreira docente;

h) participação no júri da prova pública para admissão ao concurso de acesso à categoria de professor-titular.

PROGRESSÃO NA CARREIRA

DO

DO

DODOSIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

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RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

PROGRESSÃO NA CARREIRA

6.ºesc.5.ºesc.4.ºesc.3.º esc.

2.º esc.

1.º esc.

?4 anos4 anos5 anos5 anos5 anosProfessor

6 anos6 anos6 anosProf. Titular

PROGRESSÃO AO 6.º ESCALÃO

Progridem ao 6.º escalão da categoria de Professor Titular os docentes que

cumpram cumulativamente os seguintes requisitos:

a)completem o módulo de tempo de serviço no escalão anterior;

b)obtenham no mesmo período de tempo avaliação de desempenho não inferior a

Bom;

c)tenham sido opositores ao concurso de acesso e não tenham sido providos na

categoria por inexistência de vaga.

ATENÇÃO: o tempo de serviço prestado no escalão 6 da categoria de Professor

conta, para efeitos de progressão, como tempo de serviço efectivo prestado

no escalão 1 da categoria de Professor Titular, até ao limite de 6 anos,

após o provimento nesta última categoria.

SIPE EM REVISTA – 7 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADESRESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

QUEM AVALIA E O QUE AVALIA

Garantir o rigor do sistema de avaliação, designadamente através da emissão de directivas para a sua aplicação.

Validar as avaliações de Excelente, Muito Bom ou Insuficiente.

Proceder à avaliação do desempenho nos casos de ausência de avaliador e propor medidas de acompanhamento e correcção do desempenho insuficiente.

Emitir parecer vinculativo sobre as reclamações do avaliado.

5 membros docentes do Conselho Pedagógico (o presidente que coordenará + 4 professores titulares).

Comissão de Coordenação

Nível de assiduidade.

Serviço distribuído.

Progressos dos resultados escolares esperados para os alunos e taxas de abandono escolar, tendo em conta o contexto sócio-educativo.

Participação dos docentes no agrupamento e apreciação do seu trabalho colaborativo em projectos conjuntos de melhoria da actividade didáctica e dos resultados das aprendizagens.

Acções de formação contínuas concluídas.

Exercício de outros cargos ou funções de natureza pedagógica.

Dinamização de projectos de investigação, desenvolvimento e inovação educativa e sua correspondente avaliação.

Apreciação realizada pelos pais e encarregados de educação dos alunos mediante concordância do docente e nos termos a definir pelo Conselho executivo de cada agrupamento.

Presidente do CE

ou o Director da

Escola, ou um

membro da

Direcção

Executiva por

ele designado

Avaliadores

Preparação e organização das actividades lectivas.

Realização das actividades lectivas.

Relação pedagógica com os alunos.

Processo de avaliação das aprendizagens dos alunos.

Coordenador do Conselho de Docentes/

Departamento Curricular

Avaliadores

DO

DO

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SIPE

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Avaliação dos Professores Titulares que exercem as funções de coordenação do Conselho de Docentes ou do Departamento Curricular é feita por um inspector com formação científica na área departamental do avaliado,designado pelo Inspector-Geral da Educação.

O acompanhamento global do processo de avaliação compete à Inspecção Geral de Educação em articulação com o Conselho Científico para a Avaliação de Professores

SIPE EM REVISTA – 8 - ECD

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AVALIAÇÃO NA CATEGORIA DE PROFESSORRealiza-se no final de cada período de dois anos escolares e reporta-se ao

tempo de serviço nele prestado.

AVALIAÇÃO NA CATEGORIA DE PROFESSOR TITULARRealiza-se no final de cada período de três anos escolares e reporta-se ao

tempo de serviço nele prestado.

PARA PROGREDIR NAS DUAS CATEGORIAS É NECESSÁRIO• Avaliação igual ou superior a BOM.

• Frequência, com aproveitamento, de módulos de formação contínua que no seu

cômputo global correspondam, no mínimo, a 25 horas anuais.

INSUFICIENTE 2 vezes consecutivas ou 3 interpoladas implica a cessação

da distribuição de serviço lectivo no ano imediatamente subsequente e a sujeição do mesmo ao regime de reclassificação ou de reconversãoprofissional nos termos da lei.

DO

DO

DODOSIPE

SIPE

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SIPE

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SIPE

SIPE

PRÉMIO DE DESEMPENHOO docente do quadro em efectividade de serviço docente tem direito a um prémio pecuniário de desempenho, a abonar numa única prestação, por cada duas avaliações de desempenho consecutivas com menção qualitativa igual ou superior a Muito Bom, de montante a fixar por despacho conjunto dos Ministros de Estado e das Finanças e da Educação.

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO

•Excelente - 9 a 10

•Muito Bom – 8 a 8,9

•Bom – 6,5 a 7,9

•Regular – 5 a 6,4

•Insuficiente – 1 a 4,9

ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

EFEITOS DA AVALIAÇÃO•Excelente - 2 períodos consecutivos reduz 4 anos para acesso à categoria Professor Titular.

•Excelente e Muito Bom – 2 períodos consecutivos reduz 3 anos.

•Muito Bom – 2 períodos consecutivos reduz 2 anos.

•Bom – o tempo é contabilizado para efeito de progressão e acesso.

•Regular – contabilizado para efeito de antiguidade.

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

SIPE EM REVISTA – 9 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

RECRUTAMENTO PARA PROFESSOR TITULAR

PROCESSO DE RECRUTAMENTO PARA A CATEGORIA DE PROFESSOR

TITULARMediante concurso documental aberto para o preenchimento de vaga existente no

quadro do agrupamento ou escola não agrupada e destinada à categoria e

departamento ou grupo de recrutamento respectivo.

DO

DO

DODOSIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

SIPE

PARA CONCORRER A PROFESSOR TITULAR É

NECESSÁRIO QUE OS DOCENTES

a) Detenham pelo menos 18 anos de serviço docente efectivo com avaliação de desempenho igual ou

superior a BOM.

b) Tenham sido aprovados em prova pública que incida sobre a actividade profissional desenvolvida pelo docente com vista a demonstrar a sua aptidão para o exercício das funções específicas da categoria de Professor Titular.

A prova a que se refere a alínea b) é realizada a pedido do docente a partir do momento em que preencha os demais requisitos para acesso à categoria de professor titular ou complete quinze anos de serviço docente com avaliação de desempenho igual ou superior a Bom.

N.º de lugares para Professor Titular corresponde a 1/3 dos Quadros de Agrupamento de Escola ou dos Quadros de Escola.

Nº de lugares para Professor Titular é fixado anualmente pelo ME.

As normas reguladoras do concurso de acesso, da prova pública, bem como as disposições a adoptar nos casos em que o concurso fique deserto, são

definidas em diploma próprio.

SIPE EM REVISTA – 10 - ECD

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE -NOVIDADESDODODODO SIPESIPESIPESIPESIPESIPESIPESIPE

Os valores da tabela são os que vigoravam à data do congelamento do tempo de serviço, por força da Lei 43/2005, aprovada pelo

governo actual. Na transição, considera-se os docentes integrados na carreira só a partir do 4º escalão actual, este é convertido no 1º de Professor.

Muita atenção: quando a carreira “descongelar”, 1/1/2008, o tempo de serviço é o mesmo que em 29/8/2005.

REGIME TRANSITÓRIO

Estrutura da Carreira revogada. A tabela mostra a partir do 3º Escalão – Convém lembrar que existia o 1º (de 2 anos)

e o 2º Escalão dos Bacharéis com um módulo de 3 anos. A Carreira era única. Um Professor Bacharel levava 26 anos a chegar ao 9º Escalão e o Professor Licenciado levava 26 anos a chegar ao 10º Escalão.

Nova estrutura da Carreira Docente, hierarquizada em duas categorias: a de Professor e a de Professor Titular. Um professor que reúna todos os requisitos e tenha vaga para Professor Titular levará mais 9 anos a chegar ao 10º Escalão. Os Bacharéis não poderão concorrer a professores titulares no próximo concurso.

Progridem ao 6.º Esc. os docentes que cumulativamente: a) completem o módulo no tempo de serviço no escalão

anterior; b) obtenham no mesmo período de tempo avaliação de desempenho não inferior a BOM; c) tenham sido opositores ao concurso de acesso a Prof. Titular e não tenha tido vaga. O tempo de serviço conta, para efeitos de progressão como tempo de serviço efectivo no escalão 1 da categoria de Prof. Titular até ao limite de 6 anos após o provimento na referida categoria.

Os docentes do 8.º e 9.º escalões podem progredir aos índices 272 e 320, respectivamente, desde que,

cumulativamente, cumpram os seguintes requisitos: a) completem o módulo de tempo de 6 anos de serviço no índice em que estão integrados; b) obtenham avaliação de desempenho não inferior a BOM; c) tenham sido aprovados na prova pública e tenham sido opositores ao concurso de Professor Titular e não tinham sido providos por inexistência de vaga. Quando providos na categoria de Professor Titular são reposicionados no escalão da nova categoria a que corresponda índice imediatamente superior ao do escalão em que se encontram.

SIPE EM REVISTA –

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ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

OS DOCENTES QUE SE ENCONTRAM À DATA DA ENTRADA EM VIGOR DO PRESENTE DIPLOMA

� Nos 1º e 2º escalões mantêm-se na estrutura e escala indiciária aprovada pelo Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto, aplicando-se as regras de progressão previstas no mesmo diploma, até perfazerem, no seu cômputo global, oito anos de tempo de serviço docente para efeitos de progressão na carreira, com avaliação de desempenho mínima de Bom, após o que transitam para o escalão 1 da nova categoria de Professor.

� No 3.º escalão mantêm-se na estrutura e escala indiciária aprovada pelo Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto, até perfazerem três anos de permanência no escalão para efeitos de progressão, com avaliação de desempenho mínima de Bom, após o que transitam para o escalão 1 da nova categoria de Professor.

� Nos 4.º, 5º e 6.º escalões transitam para a nova estrutura da carreira na categoria de Professor e para escalão a que corresponda índice remuneratório igual àquele em que se encontrem posicionados.

� Nos 8º, 9º e 10º escalões da carreira docente prevista no Decreto-Lei nº 312/99, de 10 de Agosto, transitam para a categoria de Professor da nova estrutura de carreira, mantendo os índices remuneratórios actualmente auferidos.

� Os docentes bacharéis que ingressaram na carreira docente no 1º escalão e os docentes licenciados, que à data da entrada em vigor do presente diploma se encontram posicionados no 7.º escalão, transitam para a nova estrutura da carreira na categoria de Professor e para escalão a que corresponda índice remuneratório igual àquele em que se encontrem posicionados.

� A progressão nos escalões da categoria de Professor Titular, dos docentes dos 8.º e 9.º escalões, fica condicionada ao seu provimento, precedendo

concurso de acesso, nesta categoria.

� O tempo de serviço prestado após a integração na categoria de Professor, pelos docentes referidos, conta como tempo de serviço efectivo no escalão em que forem providos, precedendo concurso, na categoria de Professor Titular, de acordo com as respectivas regras de progressão.

� Os docentes do 8.º e 9.º escalões podem progredir aos índices 272 e 320, respectivamente desde que, cumulativamente, cumpram os seguintes requisitos:

a) completem o módulo de tempo de 6 anos de serviço no índice em que estão integrados;

b) obtenham avaliação de desempenho não inferior a BOM;

c) tenham sido aprovados na prova pública e tenham sido opositores ao concurso de Professor Titular e não tinham sido providos por inexistência de vaga;

DO

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RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

REGIME TRANSITÓRIO

SIPE EM REVISTA – 12 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADESDO

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SIPE

REGIME TRANSITÓRIO

REGIME ESPECIAL DE REPOSICIONAMENTO SALARIAL

Quando providos na categoria de Professor Titular são reposicionados no escalão da nova categoria a que corresponda índice imediatamente superior ao do escalão em que se encontram.

O tempo de serviço já prestado pelos docentes no escalão e índice da estrutura da carreira definida pelo Decreto-Lei n.º 312/99, de 26 Agosto (actual estrutura), à data da transição, é contabilizado, no escalão e índice em que foram integrados nos termos dos números anteriores, para efeitos de progressão e acesso na estrutura da carreira definida pelo novo decreto-lei.

Os docentes titulares de quadros são reposicionados na nova estrutura salarial e no escalão correspondente ao que resultaria da aplicação sucessiva das regras de progressão constantes do Decreto-Lei n.º 312/99, de 10 de Agosto, e do regime de transição previsto no artº10º, desde que:

a) tenham entregue, até à entrada em vigor da Lei n.º 43/2005, de 29 de Agosto, o documento de reflexão crítica a que estavam obrigados nos termos do artigo 7.º do Decreto Regulamentar n.º 11/98, de 15 de Maio;

b) venham a completar o módulo de tempo de serviço efectivo que seria necessário à progressão na estrutura prevista no Decreto-Lei n.º 312/99, de 10 de Agosto, no prazo de 60 dias a contar da data de retoma da contagem de tempo de serviço para aquele efeito;

c) tenham obtido, relativamente ao documento mencionado na alínea a) e antes da data referida na alínea anterior, a menção qualitativa mínima de Satisfaz nos termos do Decreto Regulamentar n.º 11/98, de 15 de Maio.

REGIME TRANSITÓRIO DE ACESSO A PROFESSOR TITULAR

Ao primeiro concurso de acesso para a categoria de Professor Titular, aberto após a entrada em vigor do presente decreto-lei, em cada agrupamento de escolas obedece às seguintes fases sequenciais:

a. abertura de um concurso para os professores do 10º escalão (não entra nas quotas de 1/3 – a vaga extingue-se com a aposentação do docente);

b. abertura de um concurso para os professores do 8º e 9º escalão (os lugares serão fixados por despacho do Ministro da Educação, corresponderão a 1/3);

c. pertençam ao QE ou Quadro de Agrupamento ou estejam afectos ou destacados na mesma;

d. possuam uma das seguintes habilitações:

1. qualificação profissional para a docência, conferente do grau académico de licenciado;

2. curso de formação complementar conferente do grau académico de licenciado;

3. diploma de estudos superiores especializados;4. não estejam na situação de dispensa total ou parcial da componente

lectiva.

Nos concursos previstos é utilizado como método de selecção a análise curricular, nos termos a fixar em diploma próprio.

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

SIPE EM REVISTA – 13 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

REDUÇÃO DA COMPONENTE LECTIVA

2º e 3º ciclos, ensino secundário e educação especial - 2 horas a partir dos 50 anos de idade e 15 de serviço; de mais 2 horas, logo que os docentes atinjam 55 anos e 20 de serviço; de mais 4 horas, logo que os docentes atinjam 60 anos e 25 anos de serviço docente.

Redução da componente lectiva para Educadores e Professores, em regime de monodocência:�60 anos de idade, independentemente de qualquer requisito, podem requerer a redução de 5 horas de serviço.� Os docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo que atinjam 23 anos de serviço e 33 anos de serviço, em regime de monodocência, podem pedir a dispensa total da componente lectiva por um ano escolar.

COMPONENTE LECTIVA

Educadores e 1.º ciclo: 25 horas

2º, 3º ciclo, secundário e ensino especial: 22 horas.

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

ALTERAÇÕES / NOVIDADES

INTERRUPÇÃO DA ACTIVIDADE LECTIVA

Durante os períodos de interrupção lectiva, a distribuição do serviço docente consta de um plano elaborado pelo órgão de direcção executivo do qual deve ser dado prévio conhecimento aos docentes.

No plano referido, deve ter-se em conta que os períodos de interrupção lectiva podem ainda ser utilizados para a frequência de acções de formação e para a componente não lectiva de trabalho individual.

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Na categoria de Professor:

• aquisição do grau de Doutor em Ciências da Educação, 4 anos de redução para o acesso à categoria de Titular;

• aquisição do grau de Mestre em Ciências da Educação, 2 anos de redução para o acesso à categoria de Titular.

Na categoria de Professor Titular:

• aquisição do grau de Doutor em Ciências da Educação, 2 anos de redução para o acesso à categoria de Titular;

• aquisição do grau de Mestre em Ciências da Educação, 1 ano de redução para o acesso à categoria de Titular.

MESTRADOS-DOUTORAMENTOS EM EDUCAÇÃO

SIPE EM REVISTA – 14 - ECD

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ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE - NOVIDADES

ARTIGO 102º - FALTAS POR CONTA DO PERÍODO DE FÉRIAS

O docente pode faltar um dia útil por mês, por conta do período de férias, até ao limite de cinco dias úteis por ano.

Deve solicitar, com antecedência mínima de 3 dias úteis, autorização escrita ao órgão de direcção executiva ou, se tal não for comprovadamente possível, no próprio dia, por participação oral, que deve ser reduzida a escrito no dia em que o docente regresse ao serviço.

As faltas a tempos lectivos por conta do período de férias são computadas até ao limite de quatro dias, a partir do qual são consideradas faltas a um dia.

FALTAS

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DODOSIPE

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ARTIGO 109º - DISPENSA PARA FORMAÇÃO

As dispensas para formação da iniciativa dos serviços a que o docente pertence são concedidas preferencialmente na componente não lectiva do horário do docente.

Da iniciativa do docente é autorizada:

� durante os períodos de interrupção lectiva;

� na componente não lectiva nas seguintes condições:

• tratando-se de educadores de infância;

• nos restantes casos, até ao limite de 10 horas por ano escolar.

A dispensa para formação não pode exceder 5 dias úteis seguidos ou 8

interpolados.

RESUMO DA ALTERAÇÃO AO ECD

SIPE EM REVISTA – 15 - ECD

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Lei nº47/06 – Define o regime de avaliação, certificação dos manuais escolares do ensino básico e do ensino secundário, bem como os princípios e objectivos a que deve obedecer o apoio sócio educativo relativamente à aquisição e ao empréstimo de manuais escolares. (DR n.º 165 de 28/08/06 – I Série)

Decreto - Lei nº 151/06 – Atribui aos reitores, aos presidentes dos institutos superiores politécnicos e aos directores ou presidentes dos conselhos directivos dos estabelecimentos de ensino superior não integrado, a competência para autorizar a acumulação de funções e cargos públicos com outras funções públicas ou privadas. (DR nº 148 de 02/08/06 - I Série)

Decreto - Lei n.º 165/06 – Estabelece o regime jurídico do ensino português no estrangeiro. (DR nº 155 de11/08/06-ISérie)

Decreto – Lei n.º 169/06 – Altera, estabelece regras de aplicação e revoga diversos regimes jurídicos constantes dos Decretos - Leis n.º 41/84, de 3 de Fevereiro, 259/98, de 18 de Agosto, 100/99, de 31 de Março, 331/88, de 27 de Setembro, 236/99, de 25 de Julho, e 323/95, de 29 de Setembro. (DR nº 158 de17/08/06-ISérie)

Decreto - Lei nº 213/06 – Aprova a Lei Orgânica do Ministério da Educação (DR nº 208 de 27/10/06 – I Série)

Decreto - Regulamentar n.º 13/06 – Estabelece as normas técnicas relativas ao concurso para o preenchimento dos lugares de docentes do ensino português no estrangeiro. (DR nº 155 de11/08/06-ISérie)

Despacho nº 17874/06 – Determina as condições de mobilidade dos docentes dos quadros portadores de incapacidade de carácter permanente nos domínios visual, motor auditivo ou outro. (DR n.º 170 de 04/09/06 – I I Série)

Despacho nº 18894/06- Ensino de Português no Estrangeiro - Existência de horários não preenchidos abertura – abertura de concurso local. . (DR n.º 180 de 18/09/06 – I I Série)

Despacho nº 19575/06 – Determina os tempos mínimos para a leccionação do programa do 1º ciclo do ensino básico. (DR n.º 185 de 25/09/06 – I I Série).

Despacho nº 21704/06 – Estabelece constituição de representantes para a Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (DR nº 206 de 25/10/06 – II Série)

Portaria nº 780/06 – Altera a Portaria n.º 550-B/04, de 21 de Maio, que aprova o regime de organização, funcionamento e avaliação dos cursos artísticos de nível secundário de educação, nos domínios das artes visuais e dos áudio – visuais, ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo. (DR nº 153 de 09/08/06 – I Série)

Despacho 20220/06 – É alargado o prazo da entrega do relatório (orientações reguladoras do apoio integrado a crianças com deficiências ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e suas famílias no âmbito da intervenção precoce, prevê que cabe ao grupo interdepartamental a que se refere o nº 11.1 do despacho conjunto nº 891/99, de 19 de Outubro, proceder à avaliação global do desenvolvimento da intervenção precoce durante o período experimental de aplicação do referido despacho conjunto nos termos previstos no seu nº 15.1, devendo ser apresentado um relatório no prazo máximo de seis meses, bem como as respectivas propostas que venham a ser consideradas como pertinentes) (DR nº 192 de 4/10/06 – II Série)

Despacho nº 20463/06 – Apoio financeiro aos estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública para aquisição de material didáctico do ano lectivo de 2006/2007 (DR nº 194 de 9/10/06 – II Série)

LEGISLAÇÃODO TRIMESTRE LEGISLAÇÃODO TRIM

ESTRE LEGISLAÇÃODO TRIM

ESTRELEGISLAÇÃO

SIPE EM REVISTA – 16 – Legislação útil

DO DEPARTAMENTO JURÍDICO

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Despacho nº 21703/06 – Os candidatos à docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário podem ser sujeitos à realização de uma prova do domínio da língua portuguesa, adiante designada por prova de língua portuguesa (DR nº 206 de 25/10/06 – II Série)

Portaria nº 781/06 – Alteração a Portaria n.º 550-E/04, de 21 de Maio, que cria diversos cursos de ensino recorrente de nível secundário, aprova os respectivos planos de estudo e aprova o regime de organização administrativa e pedagógica e de avaliação aplicável aos cursos científicos – humanístico, aos cursos tecnológicos e aos cursos artísticos especializados, nos domínios das partes visuais e dos áudio – visual, de ensino recorrente de nível secundário. (DR nº 153 de 09/08/06 – I Série)

Portaria nº 797/06 – Alteração à Portaria n.º 550-C/04,de 21 de Maio, aos artigos nºs 7.13,14,27,30,31,32,33,34,35,que estabeleceu os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo, bem como a avaliação e certificação dos cursos profissionais de nível secundário. (DR nº 154 de10/08/06-ISérie)

Decreto Legislativo Regional nº35/06/A – Altera o decreto legislativo regional nº 12/06/A, de 16 /06 (regime jurídico da criação, autonomia e gestão das unidades orgânicas do sistema educativo). (DR n.º 172 de 06/09/06 –– I Série )Decreto Legislativo Regional n.º 28/06/A – Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores. (DR nº 149 de 03/08/06 – I Série)

s@bia que…Relativamente à avaliação de desempenho a DEGRHE (ofício - circular 3/2006 DE 03/07) diz que:1. A avaliação do desempenho dos docentes integrados em lugar de quadro com nomeação definitiva pode realizar-se no ano anterior à mudança de escalão, sendo o processo iniciado com a apresentação do documento de reflexão crítica no decurso do ano escolar em que haja lugar à progressão na carreira, até 60 dias antes da conclusão do módulo de tempo de serviço necessário à progressão, nos termos do artigo 7.°, n.o 1, do Decreto Regulamentar n.O11/98, de 15 de Maio.2. Com a entrada em vigor da Lei n.o 43/2005, de 29 de Agosto, o tempo que decorre de 30 de Agosto de 2005 a 31 de Dezembro de 2006 não é contabilizado para efeitos de progressão na carreira, pelo que a progressão ao escalão seguinte está condicionada ao completamento do tempo de serviço, a partir de 1 de Janeiro de 2007, inclusivamente.3. Assim, não deverá ser dado início ao processo de avaliação do desempenho, para efeitos de progressão na carreira, enquanto não se encontrarem reunidos os requisitos exigidos, designadamente o completamento do módulo de tempo de serviço, correspondente ao escalão da carreira, nos termos do art. 9.° do Decreto - Lei n.O312/99, de 10 de Agosto.

s@bia que…De acordo com o Despacho Interno nº 3-SEE de 10 de Outubro o complemento de horário do professor contratado apenas pode ser realizado se:1.O completamento de horário de um professor contratado no respectivo estabelecimento de ensino só pode ocorrer quando autorizado pelo membro do Governo competente. Nesses casos, a escola deve dirigir o pedido devidamente fundamentado à respectiva DRE que, por sua vez, o enviará para Sua Excelência o Secretário de Estado da Educação, a fim de colher o correspondente despacho.2. Porém, importa também clarificar os casos em que docentes contratados com horário incompleto em resultado das colocações para as necessidades residuais ou por contratação cíclica pretendam obter outra contratação no âmbito da oferta de escola. Um docente contratado para horário incompleto nos termos do parágrafo anterior, pode, simultaneamente, para seu completamento, celebrar um contrato de oferta de escola, desde que essa nova contratação não ultrapasse os limites de horário estabelecidos no artigo 77º do ECD, e também não colida com o horário que já possui à data da celebração do novo contrato.Rosa Carneiro de Sá

advo

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LEGISLAÇÃODO TRIMESTRE

DO DEPARTAMENTO JURÍDICO

SIPE EM REVISTA – 17 – Legislação útil

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CRÓNICA DE COSTUMESO número da vergonha… por Manuel Damas

3 200 000 000!Não!Não é nenhum códex cabalístico!Nem sequer é a chave miraculosa

de um qualquer sorteio da moda, do género do euromilhões, do totoloto ou quejandos!Não!Tão pouco estou na senda da Mayae, com isso, capaz de proporcionar a todos os que me procuram, supostas soluções miraculosas para os pequenos dramas diários, aldeões globais que somos deste território que se diz “Terra de Humanos”!Bem...Penso ser já altura de esclarecer.Refiro-me a euros... três mil e duzentos milhões de euros ou, melhor dizendo, como o meu professor da escola primária me ensinou, um dos tais que a Ministra da Educação faz questão de considerar, directa ou indirectamente, uma cambada de incompetentes, três biliões de euros.Permitam-me o jogo matemático de converter em escudos... aliás, para facilitar, vamos falar em contos.Não os contos de encantar, aqueles que este Governo tanto nos recitou, que não a mim, mas enfim, e que tanta gente encantaram na campanha eleitoral.Não! Refiro-me aos outros, aqueles que tantos nos custa a receber ao fim do mês.Pois...Desses com que pagamos todas as nossas despesas.640 milhões de contos!É esse o número da vergonha!

640.000.000 de contos!É quanto vai custar o megalómano projecto do novo Aeroporto da OTA!Espero que esta designação não esteja relacionada com a pouco simpática expressão “Otários”...E, ironicamente, vão informando, quase em registo delirante, que 380 novos milhões de euros serão investidos no Aeroporto da Portela para a reconversão de uma estrutura que, em princípio, será para abandonar...Mas está tudo louco ou serei eu que estou manietado por alguma visão delirante ou por um qualquer delírio esquizoide?E fecham-se escolas, principalmente do interior, quando se continua de forma vergonhosa e hipócrita a discursar contra os anátemas da interioridade?!E as escolas que não fecham e continuam a degradar-se, com estruturas obsoletas, sem

materiais pedagógicos e a sobreviver nos limites?!E fecham-se maternidades, enquanto se continua de modo contraditório, a defender em praça pública, uma suposta preocupação com os Cuidados de Saúde Primários?! E destroem-se projectos fantásticos, como o da Festa da Música que, se mais não fosse, era um projecto de Cultura e que dava visibilidade para o exterior, nomeadamente internacional, com isso atraindo investimentos?!E as Autarquias que estão com os orçamentos completamente esgotados e sem qualquer vislumbre de dotação do Governo Central?!E as Empresas que vão fechando calmamente?!

SIPE EM REVISTA – 18 – Crónica de Costumes

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CRÓNICA DE COSTUMESO número da vergonha… por Manuel Damas

E o Desemprego que continua assustadoramente nos 7,2% ?!E as listas de espera para cirurgias e consultas que vão aumentando de forma imparável, porque os recursos humanos da Saúde se tornam cada vez mais escassos, não existindo verbas para abertura de novos concursos e para a criação de novas vagas...E as Comissões de Protecção de Menores que continuam exíguas, sem recursos, servindo de arma de arremesso sempre que mais uma Fátima ou uma outra criança qualquer for violentada, assediada, maltratada, violada?!E os Tribunais que já declararam, oficialmente, que esgotaram as verbas para pagar aos fornecedores?!E os idosos, que em fim de vida, depois de anos e anos a trabalhar, vêem subitamente as suas parcas reformas, de novo reduzidas, agora com mais um aumento de impostos?!E os deficientes, que já violentados por força do destino, das suas incapacidades e do ostracismo da Sociedade em geral, se vêem, agora eles, vítimas de uma falta total de decência, de sensibilidade e de solidariedade social, atacados com um aumento da carga fiscal, através de uma maquiavélica redução das possibilidades de dedução?!

E tantos e tantos outros exemplos gritantes de dificuldades...Mas para o projecto faraónico de um novo aeroporto já há verbas!Especificamente para algo que, para aqueles que passam fome, porque em Portugal passa-se fome, não passa de uma visão jamais

tangível...E dizem-nos, com a maior displicência, que os custos deste projecto vão ter que ser revistos em alta porque o dito Jardim Zoológico da vaidade de muitos, que não eu, só vai poder abrir ao público, já não em 2012 mas apenas em 2017... e, calmamente, os custos vão derrapando, num país em que nada nem ninguém tem responsabilidade sobre nada nem ninguém.E ainda por cima com a desonestidade gritante de amarrar a esse mesmo polvo monstruoso outros governos futuros.Sim, porque em 2017 não será este o Governo que estará em funções... disso tenho a certeza absoluta!

Manuel Marques Damas Médico e Professor Universitário

Presidente do Congresso do SIPE

SIPE EM REVISTA – 19 – Crónica de Costumes

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educar para a prevençãopor Cláudia Cadetepor Cláudia Cadete

O Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST) é o

organismo da administração central responsável pela promoção da segurança,

higiene, saúde e bem-estar no trabalho em Portugal, com vista ao

desenvolvimento e à consolidação de uma cultura de segurança nos locais de

trabalho.

Promover o trabalho digno e seguro, reduzir a sinistralidade laboral e

as doenças profissionais, constituem-se como as ideias estruturantes,

nucleares e basilares do ISHST.

No desenvolvimento da sua acção, cabe ao Instituto coordenar, executar e

avaliar as políticas nacionais no âmbito do Sistema Nacional de Prevenção

de Riscos Profissionais.

O PNESST- Programa Nacional de Educação para a Segurança e Saúde no

Trabalho (impulsionado pelo ISHST), incluído nas linhas de intervenção do

PNE 2005-2008, assume, juntamente com o PNAP- Plano Nacional de Acção para

a Prevenção e o Conselho Nacional de Higiene e Segurança no Trabalho, um

papel de especial de destaque na prevenção dos riscos profissionais.

Assente numa estratégia de aproximação à comunidade educativa, através

do estabelecimento de uma rede de parcerias com as Escolas Superiores de

Educação do País, o PNESST possui como áreas de intervenção o

desenvolvimento curricular e a inclusão de conteúdos de segurança, higiene

e saúde do trabalho nos sistemas educativo e de formação profissional, e a

sensibilização e formação da comunidade educativa.

Não restam dúvidas de que o papel da educação nas sociedades modernas

deve levar a que se faça dos professores profissionais capazes de avaliarem

criticamente os contextos de acção pedagógica e de perceberem o quão

importante é a educação da prevenção. Todavia, esta sensibilização não se

restringe aos professores, uma vez que toda a comunidade educativa tem um

papel importante na luta para a redução do flagelo dos acidentes de

trabalho e doenças profissionais, estendendo-se assim esta formação aos

auxiliares de acção educativa, bem como aos encarregados de educação, e

consolidando a intervenção junto dos alunos com a convicção de que quanto

mais cedo se iniciar este trabalho, melhor será o seu produto.

O PNESST desenvolve ainda actividades como a concepção, produção e

divulgação de produtos pedagógicos multimédia área da SHST.

SIPE EM REVISTA – 20 – Educar para a Prevenção

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SIPE EM REVISTA – 21 - Entrevista

Ana Paula Rosa é licenciada em Geografia - Ramo de Formação Educacional, disciplina que leccionou até 2000, data em que iniciou funções no então IDICT, no projecto “Trabalho Seguro, Melhor Futuro” (antecessor do Programa Nacional de Educação para a Segurança e Saúde no Trabalho).

Actualmente, e desde Janeiro de 2003, exerce funções no ISHST enquanto Coordenadora, onde já orientou estágios profissionais na área de Sociologia do Trabalho e prevenção de riscos profissionais.

Pós-graduada em Sistemas de Gestão de Segurança Higiene do Trabalho, é membro de um grupo de trabalho do Comité Internacional de Educação e Formação da AISS (Associação Internacional para a Segurança Social) e colabora no Grupo de Contacto de Inclusão c curricular da SHST no Sistema Educativo da AESST (Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho).

Entrevist@por Cláudia Cadete

Cláudia Cadete: Qual é a missão e quais os grandes objectivos do

PNESST?

Ana Paula Rosa: O PNESST é um instrumento da responsabilidade do Instituto para a Segurança Higiene e Saúde no Trabalho com enquadramento nas medidas do PLANO NACIONAL DE EMPREGO (PNE 2005-2008 relativamente à Prevenção de Riscos Profissionais e na Estratégia Europeia de Promoção de Uma Cultura de Prevenção. Não restam dúvidas do papel que a Educação para a SHST assume neste contexto. Espera-se que, quanto antes, os jovens futuros trabalhadores se encontrem em condições de assumir, de forma participada e responsável, os seus direitos e deveres no que concerne à segurança higiene e saúde no local de trabalho, é preciso que esta abordagem se tenha iniciado o mais cedo possível. A principal meta é contribuir para uma redução do flagelo dos acidentes de trabalho e doenças profissionais, cujas consequências se reflectem em toda a sociedade.A missão do PNESST é promover e apoiar projectos de formação e sensibilização da comunidade educativa e a inclusão curricular dos conteúdos de SHST nos currículos escolares, com o objectivo de desenvolver uma cultura de prevenção e segurança, através de umamaior aproximação entre a escola e o mundo do trabalho.

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A realização de uma rede nacional de parcerias foi um passo em frente para a

congregação de esforços e criação de sinergias entre projectos já existentes e novos

projectos, da responsabilidade de outras entidades com experiência na área da

prevenção e da educação. Por outro lado, procuramos promover um maior envolvimento

dos vários actores socio-educativos e económicos, com especial destaque para as ESES

e Universidades, que promovem cursos de formação educacional de professores e

educadores.

Temos apoiado centenas de iniciativas, sobretudo de escolas, com a participação dos

bombeiros e protecção civil, da saúde, da educação, das autarquias, entre tantos

outros. Isto sem esquecer que, no entanto, a única forma que temos de aferir se

efectivamente os conhecimentos e competências em matéria de prevenção e segurança

foram adquiridos é através da avaliação formal desses conhecimentos e, portanto, é

necessário integrá-los na prática pedagógica em actividades curriculares e de

complemento. Temos compromissos a cumprir nesta matéria, dos quais destaco o

Protocolo do Quebeque para a integração da SHST no Sistema Educativo ao qual

aderimos em 2004, entre outros.

C.C.:De que maneira os conteúdos de SHST podem ser abordados nas áreas curriculares

do ensino básico?

A.P.R.: Por força do cumprimento da lei portuguesa, a SHST deve ser integrada nos

currículos de todos os níveis de ensino. É o que preconizam, igualmente, os

princípios do protocolo internacional que referi anteriormente. Estes conteúdos de

Segurança e Saúde podem ser abordados em qualquer disciplina e, de facto, muitos

deles já o são no contexto da promoção da saúde. Aparecem nos programas desde o 1º

ciclo ao secundário. O problema é que uma abordagem adequada e orientada para a

prevenção dos riscos profissionais pressupõe uma preparação mais eficaz dos

professores e educadores nesta matéria, coisa que ainda não acontece de uma maneira

geral, daí a forte aposta na formação inicial dos professores e educadores a partir

da integração destas matérias nos cursos de Educação das ESES e Universidades.

Em matéria de comportamentos modelares, os profissionais da Educação têm um papel

decisivo junto dos jovens e das famílias. Porém, a formação contínua de docentes e

não docentes não prioriza actualmente estes assuntos.

No que diz respeito às condições de trabalho, a escola tem um duplo papel. Primeiro,

é um local de trabalho com riscos a que estão expostos todos os seus agentes. Desta

forma, é muito importante que haja também por parte da tutela um esforço ao

incentivo de boas práticas. Os professores são os nossos mais importantes parceiros…

como é de esperar.

C.C.:Além disso, que outras actividades têm sido levadas a efeito no âmbito do

PNESST?

A.P.R.: O PNESST apoia projectos, encontros, seminários, concursos, exposições,

acções de formação e sensibilização, e criação de alguns produtos pedagógicos -

jogos, cd-roms, etc, para além das iniciativas do ISHST. As actividades são

promovidas pelos nossos parceiros e propostos por aqueles de acordo com as suas

especificidades e necessidades. Neste momento, a nossa prioridade é a definição de

competências comuns para alunos do ensino básico em SHST.

Sabemos que não vamos obter resultados imediatos em matéria de transferência de

comportamentos seguros para o local de trabalho, mas trabalhamos para que num futuro

próximo, alunos e professores que tenham tido oportunidade de discutir, identificar

problemas e propor soluções, estejam mais preparados para fazer face aos riscos que

vão encontrar nos seus postos de trabalho. Preocupamo-nos com as pessoas e com a

melhoria da sua qualidade de vida no trabalho. O nosso lema é Prevenir mais, Crescer

melhor.

C.C.: Na prática, como é operacionalizado o programa com vista à concretização desses mesmos objectivos?A.P.R.: O aspecto mais importante do trabalho desenvolvido, e que caracteriza este modelo de intervenção junto das populações, nomeadamente da comunidade educativa, é o trabalho em parceria.

SIPE EM REVISTA – 22 - Entrevista

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Entrevista e fotografia

de Ana Cruz

Estatuto! Qual Estatuto?!A Educação … deveria ser o alicerce principal do

desenvolvimento e do crescimento do país…

Se somos o centro das atenções, será isso positivo? Não é!!! De facto, a Educação é, ou

deveria ser, o alicerce principal do desenvolvimento e do crescimento do país. Então, para

quando um verdadeiro reconhecimento dos profissionais da Educação? Para quando um novo

parque escolar? Para quando uma avaliação credível a todos os intervenientes do Processo

Educativo? Para quando um investimento efectivo na valorização de uma Escola Pública de

qualidade, apostando em novas profissões a tempo inteiro assentes num compromisso bi-

direccional de responsabilidade por parte do M.E. e dos respectivos profissionais?

É importante sermos o centro das atenções se, paralelamente a este clima global de

crescimento sustentável, formos projectados com dignidade e reconhecimento profissional,

como cidadãos responsáveis e modelos axiológicos construtivos e não sermos conectados com as

imagens do “laisser faire … laisser passer”, do absentismo e da despreocupação face ao

sistema de avaliação, ao insucesso e abandono escolar.

Pelo contrário, nas escolas sente-se o resvalar das medidas quando estas não são

consertadas com os alunos, com os pais e com os docentes. As mudanças organizacionais

impostas repentinamente, pouco estruturadas e pensadas, acompanhadas de uma proposta do

Estatuto bastante limitativa e redutora, no que diz respeito à Essência da Nossa profissão,

a docência com toda a relação pedagógica e humana que a mesma exige e a sua desvalorização

no percurso da carreira, leva-nos a colocar uma questão: - “Estatuto! Qual Estatuto!?”.

Um Estatuto pressupõe uma lei orgânica, um regulamento especial da nossa profissão, face

ao geral, da Administração Pública, com a finalidade de se regulamentarem matérias

específicas das nossas funções educativas, daí que temos ou tínhamos um Estatuto

equilibrado, que sofreu alterações e adaptações, que carecia ainda da regulamentação de

alguns artigos, nunca postos em causa na sua legítima criação, cito um exemplo: “o artº 63º

- Subsídios de fixação”.

De facto, O E.C.D. consagrava em si aspectos essenciais: um ingresso pouco penalizador no

acesso à carreira; um regime de faltas adequado; um reforço da componente pedagógica

acompanhado por uma distribuição equitativa dos horários; o reconhecimento positivo da

especificidade da profissão; o acesso à formação, em qualquer momento e por iniciativa do

professor, com limitações temporárias; um sistema de avaliação que funcionou durante 8 anos,

permitindo, assim, de forma justa, o acesso ao topo de uma carreira única.

A nova proposta vem alterar as matérias apresentadas. Como é do conhecimento geral, vem

penalizar a dedicação e o empenho de milhares de docentes, que poderão nunca chegar a

“titulares”, de forma injusta, pelo facto de não terem executado algumas funções de

coordenação ou de não existirem vagas. Todavia, esses serão sempre, verdadeiramente, os

principais e os mais altos titulares no exercício das suas responsabilidades, na formação

dos jovens, dos Homens do futuro, dos profissionais do amanhã, sempre no cumprimento das

suas nobres funções, para as quais investiram e se sentem preparados academicamente, pessoal

e socialmente.

É preciso continuar com coragem e não esmorecer, pois acredito que ainda virá o

reconhecimento do nosso verdadeiro valor. “Esperemos que não seja tarde…”

Colegas, somos o centro das atenções do país, quer pela

política e posições do Ministério da Educação, quer pelos

necessários e legítimos veículos de acção reivindicativa que

levamos a cabo, como também pela informação transmitida

através dos meios de comunicação social a nível regional e

nacional.

SIPE EM REVISTA – 23 – Secretariado Regional

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Docência em Cabo VerdeA odisseia dos professores portugueses nos PALOP’s… uma história na primeira pessoa

Em Cabo Verde, Timor, Guiné Bissau… estão imensos professores portugueses que, abdicando de muitos projectos pessoais, procuram dar continuidade ao sonho - o sonho de ensinar - transmitindo os seus conhecimentos, valores e um pouco da cultura nacional aos alunos dos P.A.L.O.P.’s.O relato que se segue, da associada Helena Ramos, narra uma vivência de seis anos nas «Ilhas da Morabeza»... É o nosso tributo àqueles que, a milhares de quilómetros de distância, não desistem e querem trabalhar na profissão na qual investiram anos e anos de “esperança”!

«O desemprego entre licenciados começou a ser significativo, em termos estatísticos, na segunda metade da década de 90 e, após a conclusão da licenciatura, foi publicado um anúncio para leccionar em Cabo Verde.O anúncio foi-me facultado por uma grande amiga e deu que pensar. Cabo Verde... Que sabíamos nós dos P.A.L.O.P.’s a não ser questões políticas, económicas e sociais? Decorrido o processo de candidatura, foi necessário ir à Embaixada de Cabo Verde, em Lisboa. Aí, viu-se o entusiasmo de uns candidatos misturado com a apreensão de outros. Afinal, havia uma coisa em comum: iríamos trabalhar num sítio distante, sem existirem relatos de experiências de docência ocorridas anteriormente.

O processo de selecção terminou, os passaportes foram emitidos, os docentes distribuídos pelas ilhas e as vacinas tomadas. À medida que preparávamos as malas e ultimávamos contactos cá, a curiosidade aumentava.«Como seria a nossa escola, como seriam os

nossos alunos, os nossos colegas, ...? Como

seriam os habitantes da vila, da ilha, ...?

Como seriam as casas, os transportes, os

hábitos de convívio...?»

Chegados à ilha do Sal, ficámos a saber que uma casa com conforto incluía água canalizada e energia eléctrica. «O que iríamos encontrar?», eis uma pergunta que nos tomou de assalto... Daí partimos num ATR para Santiago até à cidade da Praia e depois para a ilha na qual iríamos leccionar. Mais uma viagem inter-ilhas e eis-nos no destino final: S.Nicolau. Ainda antes de aterrar, deu para observar uma cratera de um vulcão adormecido. As primeiras impressões foram de uma ilha muito mais limpa que Santiago, muito mais pequena, mais organizada, mas com muito menos recursos. Afinal, já não se viam as ruas tão sujas, as acácias já não tinham lixo pendurado, os sinais de trânsito preservados e no sítio, entre outros aspectos. Antes de entrar na vila (Ribeira Brava), ainda deu para avistar um oásis e um cemitério (um pouco diferente dos nossos). Porém, tudo parecia miniatura, comparando com a cidade da Praia.

No trajecto do aeródromo para casa, tivemos a presença do director da escola, que nos recebera diligentemente. A expectativa que tínhamos sobre as pessoas, sobre a cultura e sobre a forma como nos receberiam era muito grande. A «iace» (termo que corresponde a uma «Toyota Hiace» - meio de transporte mais comum entre a população - e minha primeira palavra em crioulo) deixou-nos mesmo em frente à casa que nos fora reservada pelos responsáveis da escola.

SIPE EM REVISTA – 24 – Uma experiência em África

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No primeiro dia de serviço na escola, depois da montanha russa que era preciso percorrer para lá chegar, fomos muito bem recebidas por parte de toda a comunidade, o mesmo acontecendo durante todo o tempo de permanência na ilha, e depressa aprendemos e sentimos que o povo é «morabi» (hospitaleiro), isto é, tem «morabeza». Nesse mesmo trajecto, era frequente sentir o cheiro a café (as pessoas compravam os grãos por torrar, por ficar mais barato, e torrefacção era feita numa frigideira).Na escola, não éramos as únicas estrangeiras, pois havia colegas de outras nacionalidades. Após as sessões de trabalho, seguiam-se pontualmente momentos de convívio muito animados: havia sempre uma música tradicional para criar ambiente no trabalho, num jantar, ... Não faltaram professores de funaná, de coladeiras(danças tradicionais), de «zouk»... Nem sempre as condições materiais eram as melhores, mas a alegria reinava sempre e daí uma lição a tirar para toda a vida: a pobreza não significa miséria e vice-versa. O pior mesmo é a pobreza de espírito.

Os alunos, especialmente os que não moravam na vila, faziam muitos sacrifícios para frequentar a escola. Por vezes, levantavam-se de madrugada para ir buscar água ao chafariz ou a uma fonte e, assim, deixar as respectivas casas com água para consumo da família e até dos animais. De seguida, vestiam o seu uniforme, dirigiam-se a pé para a estrada principal, apanhavam a sua «iace» e iam para a escola, num percurso que demorava uma hora, muitas vezes. No início, estranhámos vê-los todos “uniformizados”… vestido da mesma maneira.

Os alunos, apesar de falarem só em crioulo, gostavam de ler e ambicionavam ter livros em casa. Uma vez, uma aluna chorou, de tão comovida, com a oferta de uma gramática! [Ora, na nossa sociedade, um aluno detesta essas ofertas que se relacionam com a escola.] Biblioteca, só havia a da vila da Ribeira Brava e, normalmente, podíamos encontrar lá os alunos a fazer as tarefas da escola; Livraria, não havia; Internet, começava a falar-se de; e assim sucessivamente.

«Uau!», a casa tinha vista para toda a vila e para os enormes rochedos que a circundavam. O melhor ainda eram os terraços... As experiências numa casa tropical não se ficam por aqui, pois, mesmo atrás da cozinha, num casebre vivia uma família numerosa quase sem condições do mínimo de dignidade. Cedo nos apercebemos que a vila, a ilha e, mais tarde, o país estão cheios de contrastes deste género.

Porém, com o hábito, chegamos à conclusão da sua importância: esbatem-se muitas diferenças pessoais e sociais dentro da escola e da sala de aula. O mais engraçado é que, por parecerem todos iguais, tínhamos que distinguir as raparigas, no início, pelo estilo dos penteados! [O que nem sempre era muito fiável…] Os seus nomes também eram muito diferentes dos nossos e, nos primeiros tempos, não foi fácil, em várias turmas de quarenta alunos, fixar tanto nome.

SIPE EM REVISTA – 25 – Uma experiência em África

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Dois anos lectivos em S.Nicolau e uma transferência para S.Vicente, onde viria a leccionar durante quatro anos. Aqui, já havia mais escolas, mais portugueses a leccionar e mais opções para os nossos tempos de lazer (programados conjuntamente). Os alunos tinham os mesmos costumes que os de S.Nicolau, na generalidade, dada a proximidade das duas ilhas. Contudo, eram mais conhecedores de certas realidades.

O comércio fazia-se em pequenos espaços, o que parecia uma viagem no tempo, e, por vezes, havia produtos que esgotavam em toda a ilha.

Um motivo de conversa muito comum era o futebol português! Quando havia relatos radiofónicos, emitidos pela Rádio Nova (sediada em S.Vicente), viam-se os homens na rua com o seu rádio de pilhas junto ao ouvido, vendido por um «mandjaco» (nome dado pela população a um imigrante do continente africano) ou por um chinês.

Nesta ilha, com mais de sessenta mil pessoas, tudo gira em torno da cidade do Mindelo. Conhecendo esta cidade, cedo nos apercebemos da sua dinâmica cultural e comercial. [Aqui, já havia multibanco, entre outras coisas.] Com frequência, havia exposições de pintura, de tapeçaria, de batiques de autor (panos tingidos segundo técnicas específicas, de forma a mostrar o desenho de um artista); representações teatrais; lançamento de livros, de discos; concertos musicais... Muitas vezes, alguns destes eventos eram dinamizados por estrangeiros radicados lá.

O Carnaval de S.Vicente, bastante conhecido, faz justiça aos versos cantados pela Cesária Évora quando diz que «S.Vicente é um brasilinho/ Cheio de alegria, cheio de cor...» Nesta fase do ano, é comum ver toda a comunidade distribuída pelos diversos grupos que compõem o desfile: a folia invade a cidade, e todos partilham do mesmo espírito!

Dando uma volta à ilha, vemos que, do ponto de vista morfológico, parece um deserto, com alguns oásis. As praias do Calhau, de S. Pedro e da Baía das Gatas são as mais bonitas.

De todos estes anos de docência, ficou uma nostalgia pela alegria de quem vive numa terra cuja natureza é pouco generosa, pela simplicidade e pela «morabeza» do povo.

E pensar que tudo começou como resposta a um anúncio público...»

Helena Ramos, Professora de Português da R.A. Madeira

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Jorge Luís Borges (1890–1986)

Formidável, fantástico,

eloquente…espaço

lerler

Todos estes adjectivos não chegariam para ilustrar a obra literária deste escritor que apesar de ter nascido na Argentina é universal. Foi o eterno candidato ao Prémio Nobel que nunca chegou a receber de forma algo incompreensível!!!

No vigésimo aniversário da sua morte, resolvemos fazer-lhe uma pequena homenagem, convidando-o à (re)descoberta do legado deste Homem com raízes transmontanas (Torre de Moncorvo).

O Livro dos Seres Imaginários

Tradução: Serafim Ferreira

Colecção: Outras Histórias

Editora: Ed. Teorema

€: 15,75

Ficções

Tradução: José C. Barreiros

Colecção: Gabinete de

Curiosidades

Editora: Ed.Teorema

€: 12,60

O Fazedor

Tradução: Miguel Tamen

Colecção: Literatura Estrangeira

Editora: Difel

€: 10 / Online: 9

Nova Antologia Pessoal

de Jorge Luís Borges

Tradução: Maria de

Piedade Ferreira

Colecção: Literatura

Estrangeira

Editora: Difel

€: 12,50 /Online: 11,25

literatura infantil e juvenilliteratura infantil e juvenilOutrasOutrasOutrasOutras

leiturasleiturasleiturasleituras

OutrasOutrasOutrasOutras

leiturasleiturasleiturasleituras

A Filha dos Mundos, Ceptro Aerzis1 de Inês Botelho

Colecção: Jovens Talentos

Editora: Gailivro

€: 13,41

A libertação do tigre de Pedro

Pires(ilustrador) e Kate DiCamillo

Colecção: Como abordar…

Editora: Gailivro

€: 11,52

SIPE EM REVISTA – 27 – Espaço Leitura

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SIPE EM REVISTA – 28 – Espaço ler

LERLERLERLERLERLERLERLEROs Segredos do Patriarca, pela pena do jornalista e escritor José Ramos e

Ramos

Um livro onde o imaginário e o real se enlaçam numa fascinante aventura. Prefácio de Urbano Tavares Rodrigues

“É um livro com uma forte carga sensual”

Urbano Tavares Rodrigues

“A fronteira entre o real e o romanesco adivinha-se mais ténue do

que aquilo que parece”Alfredo Maia, presidente do Sindicato

dos Jornalistas

“Perseguida por homens poderosos que conspiram em Lisboa, uma mulher tenta

escapar à morte.”

ESPAÇO EM DESTAQUE

Os segredos do Patriarca de José Ramos e Ramos

Colecção: Fora de colecção

Editora: Bertrand

€:15

EM DESTAQUE EM DESTAQUE

OUTRAS LEITURASOUTRAS LEITURASOUTRAS LEITURASOUTRAS LEITURAS

Eu Sou Um Lápis de SamSwope

Tradução: Lucília Filipe

Colecção: Extra Colecção

Editora: Sinais de Fogo

€:22 / Online:19,8

Histórias Policiais de Ana

Teresa Pereira

Colecção: Como abordar…

Editora: Relógio d’ Água

€:15,00 / Online:13,5

História de um Palhaço (A Vida e o diário de K. Maurício) e A Morte de um Palhaço e o Mistério da Árvore de Raul Brandão

Editora: Relógio d’ Água

€: 18 / Online: 16,20

A Fábrica do Olhar deMonique Sicard

Tradução: Pedro Elói Duarte

Colecção:A Construção do Olhar

Editora: Edições 70

€: 20

O Futuro da Natureza Humanade Jürgen Habermas

Tradução: Maria B. Bettencourt

Editora: Almedina

€: 15€

Saber Portugues Hoje de Luísa Oliveira e Leonor Sardinha Colecção: Gramáticas

Editora: Didáctica Editora

€: 14,70

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Gramática do Português Moderno de José M. C. Pinto,

Maria do Céu V. Lopes e Zacarias Nascimento

Colecção: Gramática

Editora: Plátano Editora

€:14,70

Da Criança-rei à criança

tirana de Didier Pleux.

Tradução: Helena Ramos

Colecção: Extra-colecção

Editora: Sinais de Fogo

€: 14,40

A Fórmula de Deus de JoséRodrigues dos Santos

Colecção: Estratégias Educativas

Editora: Gradiva Publicações

€: 24,50 / Online:22,05

Educação para a Cidadania de

Luís Loia, João Reis e Mendo

Henriques.

Editora: Plátano

€: 23,10

A Reforma do Ensino Secundário

Colecção: Dicionários Editora

Editora: Porto Editora

€: 19,5 / Online: 17,55

Como abordar… O Estudo

Acompanhado de Aires de

Almeida e Desidério Murcho

Colecção: Obras Filosóficas

Editora: Plátano

Preço: 16,80€

A Sala de Aula sem Bullying

Colecção: Estratégias Educativas

Editora: Porto Editora

€: 17,5

Rómulo de Carvalho – Ser

Professor de Nuno Crato

Colecção: Fora de colecção

Editora: Gradiva Publicações

€:12 / Online:10,80

A Metodologia de Trabalho de Projecto deEric Many e S.

Guimarães

Colecção: Como abordar…

Editora: Areal

€:14,20 / Online:12,78

Como abordar… O Estudo Acompanhado de Clara Vasconcelos

Colecção:Como abordar…

Editora: Areal

€: 14,20 / Oline: 12,78

outrasleituras

outrasleituras

educação, técnicas, ficção…

SIPE EM REVISTA – 29 – Espaço Leitura

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SIPE EM REVISTA – 30 – Cultura, lazer… sugestões

Exposição El Contemplador Activo de Pablo Picasso – a decorrer até 7 de Janeiro de 2007 - No âmbito do protocolo de colaboração com a Fundación Bancaja, de Valência, assinado em 1997, a Fundação D. Luís I apresenta um conjunto de gravuras de Pablo Picasso – Centro Cultural de Cascais. Horário: de 3ª a dom., das 10h às 18 horas.

Retratos de um compositor – de 17 de Dezembro a Março de 2007 - O Museu da Música Portuguesa apresenta uma colecção de fotografias do compositor Fernando Lopes-Graça, da autoria do fotógrafo Augusto Cabrita, a inaugurar no dia 16, às 17h, sendo seguida por um concerto de solistas da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Horário: de 3ª a dom., das 10h às 13h e das 14h às 17h.

Nuno Cera - Fantasmas – até 25 de Fevereiro de 2007 - A exposição Fantasmas reúne, pela primeira vez no mesmo espaço, uma selecção de filmes, vídeos, fotografias e desenhos de Nuno Cera, entre os quais figuram cinco trabalhos inéditos. Centro Cultural de Belém. Horário: 3ª a dom., das 10h às 19h.

Teatro da Trindade - MACBETH – 18 de Janeiro a 11 de Março -Pelo modo como é obrigada a concorrer com a sua própria lenda, esta peça só conhece outras duas que se lhe podem comparar, do mesmo autor: Hamlet e Romeu e Julieta. As paixões que estão em cena tornam-nos a todos cúmplices e críticos dos Macbeth, o casal de nobres capazes de matar o seu rei.

Cascais

Lisboa

Torres Novas

Dança – Dois / Companhia Rui Lopes Graça – Teatro Virgínia - 20 de Janeiro de 2007 - Espectáculo para dois intérpretes pensado a partir da ideia de Romeu e Julieta… o acessório é apagado para enfatizar o essencial do encontro entre os dois. Dois, passa-se na idade da adolescência, onde acontecem as descobertas e se vivem os dias movidos intensamente pelo fogo da paixão e do desejo. Horário: 21.30h.

QUARTO INTERIOR / Circulando – Teatro, dança e poesia - Teatro Virgínia – 27 de Janeiro de 2007 - Com um teatro dançado, sem palavras e próximo da poesia… Quarto Interior fala-nos dos quartos que transcendem a geometria. Refúgios do sonho, estes espaços mínimos crescem sem limites. Abrem-se para integrar o vento, as árvores e os pássaros… Horário: 21.30h.

Matosinhos

Exposições: “Olga Noronha” e “Jovens Escultores”, Museu da Quinta de Santiago, até 31 de Janeiro de 2007. – Exposição de joalharia e escultura – Centro de Arte de Matosinhos. Horário: 21.30h.

Fotografia - “Registos do Olhar”, Galeria Municipal Florbela Espanca, até 31 de Janeiro de 2007 – Exposição de Fotografia de Ricardo Fonseca.

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“Ciclos de Vida” – até 31 de Janeiro de 2007 - Exposição de artesanato – Grutas e Centro de Vulcanismo de S.Vicente. Horário: 2ª a dom., das 10h às 19h.

“Instrumentos Musicais da Tradição Popular Madeirense” ”-Centro Ciência Viva do Porto Moniz – até 18 de Janeiro –viagem pela música e pelos instrumentos típicos da Madeira, sob a organização do Museu Etnográfico da Madeira e Centro Ciência Viva do Porto Moniz. Horário: 3ª a dom., das 10h às 19h.

Colectiva de Pintura e Fotografia – Galeria da Universidade / Museu Nogueira da Silva – até 17 de Fevereiro – Exposição de cinco artistas luso-descendentes radicados em França e Canadá. Horário: 2ª a 6ª das 10h às 19h; Sáb. das 14h às 19h.

Exposição de Pedro Cabrita Reis - Galeria Mário Sequeira - até 31 de Janeiro de 2007 - A sua complexa obra abrange uma grande variedade de meios - pintura, escultura e instalações site-

specific compostas com objectos encontrados ou manufacturados. Aborda problemáticas relacionadas com o espaço, a arquitectura ea memória, através de um sugestivo poder de associação que, ultrapassando o meramente visual, atinge o nível metafórico. Horário: 2ª a 6ª das 10h às 13h e das 15h0 às- 19h. Sábados -das 15h às 19h.

Exposição Anos 80 - Museu de Arte Contemporânea - até 4 de Fevereiro de 2007 - Esta será uma exposição de grandes dimensões que utilizará todos os espaços do Museu, reunindo pela primeira vez em Portugal um conjunto muito significativo de obras fundamentais de uma década que também enquadrou a abertura internacional da arte portuguesa, se bem que essas mesmas obras só agora sejam vistas pela primeira vez no país. Horário: 3ª a sáb., 10h às 12.30h e das 14h às 17.30h.; e dom. das 14h às 17.30h.

Otelo, de William Shakespeare – Teatro Nacional de São João – 11 a 21 de Janeiro de 2007 - Neste regresso a Shakespeare, não é um Destino de costas largas que comanda a tragédia, mas uma irresistível vocação – humana, demasiado humana – para a auto-destruição. Horário: 3ª a sáb. às 21.30 horas e dom. às 16 horas.

Exposição – “Les Poupées de Erró” – Galeria Nasoni - até 31 de Janeiro de 2007 - Pela terceira vez, Erró realiza um conjunto de quadros cuja figura central são as poupées. Esta série, concebida em exclusivo para a Galeria Nasoni, conjuga as poupées de agora com figuras da cultura e da sociedade que ao longo dos séculos e da contemporaneidade se tornaram referências das épocas em que viveram. Horário: 2ª a 6ª das 10 às 12.30 horas, e das 15 às 19.30 horas; sáb. das 15 às 19.30 horas.

Braga

Porto

Madeira

SIPE EM REVISTA – 31 – Cultura, lazer… sugestões

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UNIÃO EUROPEIA

Fundo Social Europeu

C.F.S. – Centro de Formação do SIPEFormação 2007

Acções de formação creditadas:•Certificadas pelo Ministério da Educação•Acreditadas pelo Conselho Pedagógico de Formação Contínua•Financiadas pelo PRODEP

NO PORTOAcção: “A Utilização das TIC nos Processos de Ensino Aprendizagem”Créditos: 2 UC. Duração: 50horas – 25 horas presenciais.Público-alvo: Educadores e professores de todos os graus de ensinoLocal: Sede nacional do SIPE – PortoData: início: 29/01/2006

Acção: “Factores de Liderança na Integração das TIC nas Escolas”Créditos: 2 UC. Duração: 50horas – 25 horas presenciais.Público-alvo: Elementos dos órgãos de Gestão Administrativa e Pedagógicadas Escolas / Agrupamentos.Local: Sede nacional do SIPE – PortoData: início: 06/04/2006

EM BRAGAAcção: “A Utilização das TIC nos Processos de Ensino Aprendizagem”Créditos: 2 UC. Duração: 50horas – 25 horas presenciais.Público-alvo: Educadores e professores de todos os graus de ensinoLocal: BRAGAData: início: 18/02/2006

EM SANTARÉMAcção: “A Utilização das TIC nos Processos de Ensino Aprendizagem”Créditos: 2 UC. Duração: 50horas – 25 horas presenciais.Público-alvo: Educadores e professores de todos os graus de ensinoLocal: SantarémData: início: a calendarizar.

Critérios de selecção:Ser sócio do SIPEMudança de escalãoData de inscrição