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Esterilização e Desinfecção
Esterilização e Desinfecção
Métodos de Esterilização e Desinfecção
• DESCONTAMINAÇÃO: Processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies. Pode ser aplicada através da limpeza, desinfecção e/ou esterilização.
• ESTERILIZAÇÃO: Processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos vivos, inclusive os esporulados.
• DESINFECÇÃO: Processo físico ou químico que destrói todos os microorganismos vivos, exceto os esporulados.
• ANTI-SEPSIA: Desinfecção química da pele, mucosas e tecidos vivos.
Métodos de Esterilização e Desinfecção - Métodos Físicos
• Calor
- Úmido: Fervura e Autoclave
- Seco: Chama Direta e Esterilização em Ar Quente
• Pasteurização
• Radiação
- Ionizante
- Não-ionizante
• Pressão Osmótica
- Métodos Químicos
Compostos fenólicos, alcoóis, halogênios, peróxido de hidrogênio, etc.
Métodos de esterilização e desinfecção Modos de ação
Lesão dos ácidos nucléicos
Desnaturação das Proteínas
Inibição do metabolismo
Ruptura da membrana Celular
Métodos Físicos de Controle Microbiano
• Calor
Aparentemente mata todos os microrganismos desnaturando suas enzimas, que
resulta em mudanças na forma tridimensional dessas proteínas e as torna inativas
Métodos Físicos – Calor
Calor Úmido
Desnaturação das proteínas
e quebra de pontes de H
• Fervura (100ºC, 10min)
• Autoclave (121ºC, 15min, 15psi)
Material cirúrgico
Soluções termos-estáveis
ESTERILIZAÇÃO
Não inativa esporos e
alguns vírus
FERVURA
• Mecanismo de Ação: Desnaturação das Proteínas - mata as formas vegetativas
dos patógenos bacterianos, quase todos os vírus, e os fungos e seus esporos dentro e
aproximadamente 10 minutos.
• Efetividade: menos efetivo, pois os endosporos e alguns vírus, não são destruídos,
podem sobreviver até 30 minutos de fervura. E alguns endósporos podem resistir à
fervura por mais de 20 horas. Assim a fervura nem sempre é um procedimento
confiável de esterilização.
• Uso preferencial: pratos, bacias, jarros
A esterilização confiável com calor úmido requer temperaturas acima da água
fervente.
AUTOCLAVE
• Mecanismo de Ação: Desnaturação das Proteínas, temperaturas elevadas obtidas
por vapor sob pressão. É um método de sanitização que o material que será
esterilizado sendo danificado pelo calor ou umidade. Quanto maior a pressão na
autoclave maior a temperatura.
• Efetividade: método muito efetivo de esterilização, quando os organismos entram
em contato com o vapor diretamente. O vapor em uma pressão de 15 psi (121°C)
matará todos as células vegetativas e seus endosporos em cerca de 15 minutos,.
• Uso preferencial: utilizada para esterilizar meios microbiológicos, instrumentos,
bandagens, equipamentos intravenosos, aplicadores, seringas.
Métodos Físicos – Calor
Calor Seco Atua por Oxidação
• Esterilização por ar quente (170ºC, 2h) - Estufa
• Chama
Material de vidro,
Agulhas
Esterilização
Chama Direta - Flambagem
• Mecanismo de Ação: Queimam os contaminantes até se tornarem cinzas.
• Efetividade: elimina apenas as formas vegetativas dos microrganismos, não sendo
portanto considerado um método de esterilização
• Uso preferencial: para esterilizar alças de inoculação, aquece-se o fio até obter o
rubor, utiliza-se o Bico de Bunsen.
Esterilização por Ar Quente -Estufa
• Mecanismo de Ação: sua ação esterilizante resulta em destruição bacteriana que se
dá pela oxidação celular.
• Efetividade: método muito eficaz de esterilização, mas requer temperatura de
170°C por cerca de 2 horas.
• Uso preferencial: vidros vazios, agulhas, seringas de vidro
Vantagens do Calor Úmido
• O uso do calor seco, por não ser penetrante como o calor úmido, requer o uso de
temperaturas muito elevadas e tempo de exposição muito prolongado, por isso este
método de esterilização só deve ser utilizado quando o contato com vapor é
inadequado.
• Cabe observar também que o uso de temperaturas muito elevadas pode interferir na
estabilidade de alguns materiais, como por exemplo o aço quando submetido a
temperaturas muito elevadas perde a têmpera; para outros materiais como borracha e
tecidos além da temperatura empregada ser altamente destrutiva, o poder de
penetração do calor seco é baixo, sendo assim a esterilização por este método
inadequada.
Pasteurização
• Mecanismo de Ação: Desnaturação de Proteínas, eliminação de micróbios
patogênicos, o processo diminui o número de microorganismos, prolongando a
qualidade de certos alimentos (leite) quando mantido sob refrigeração, muitas
bactérias resistentes ao calor sobrevivem à pasteurização, mas essas têm pouca
probabilidade de causar doença ou deteriorar alimentos.
• Efetividade: no tratamento clássico de pasteurização do leite, este era exposto a
uma temperatura de cerca de 60°C por 30 minutos.
Pasteurização
• HTST – Pasteurização de Alta Temperatura e Curto Tempo - 72°C, mas por apenas 15
segundos , além de matar patógenos, a pasteurização HTST diminui as contagens bacterianas
totais, assim o leite se conserva bem sob refrigeração.
• UHT - Temperatura Ultra-elevada (UHT – Ultra-High Temperature) para que possa ser
armazenado sem refrigeração.
• Tratamentos equivalentes – à medida que a temperatura é aumentada, muito menos tempo é
necessário para matar o mesmo número de micróbios, este conceito explica porque a
pasteurização clássica em 63°por 30 minutos, o tratamento HTST em 72°C por 15 segundos
e o tratamento UHT em 140°C por menos de um segundo podem ter efeitos similares.
• Uso preferencial: leite, bebidas alcoólicas
Métodos Físicos - Radiação
Radiação
- Ionizante
Raios Gama
Raios X
- Não-Ionizantes
UV (260 nm)
Fármacos, soro, vacinas e material médico
Ar em ambientes fechados
Lesão do DNA
Radiação
• Radiação ionizante
• Mecanismo de Ação: Destruição do DNA
• Efetividade: não disseminado na esterilização de rotina
• Uso preferencial: Utilizada para esterilização de produtos farmacêuticos e
materiais descartáveis dentários e médicos.
Radiação
• Radiação não ionizante
• Mecanismo de Ação: Lesão do DNA
O melhor exemplo é a Luz ultravioleta (UV), ela danifica o DNA das células
expostas, com isto inibem a replicação correta de DNA durante a reprodução
da célula.
• Efetividade: desvantagem - radiação não muito penetrante, assim, os
microorganismos devem ser expostos diretamente aos raios.
Os comprimentos de onda mais eficazes para matar os microorganismos são
cerca de 260 nm; esses comprimentos de onda são absorvidos pelo DNA celular.
Pressão Osmótica• Os microorganismos retiram da água, presente no
seu meio ambiente, a maioria dos seus nutrientes
solúveis. Portanto, eles necessitam de água para seu
crescimento e seu conteúdo celular é composto de
aproximadamente 80 a 90% de água.
• A água presente dentro da célula pode ser removida
por elevações na pressão osmótica. O uso de altas
concentrações de sais (por exemplo, de Cloreto de
Sódio) e açúcares, com isto cria um ambiente
hipertônico que ocasiona a saída de água da célula
microbiana
• A perda de água por osmose causa a Plasmólise
ou diminuição do citoplasma da célula.
Métodos Químicos de Controle Microbiano
• Infelizmente poucos agentes químicos obtém a esterilidade, a maioria deles reduz a população microbiana em níveis seguros ou removem as formas vegetativas dos patógenos de objetos.
• Um problema comum na Desinfecção é a seleção de um agente, pois nenhum
agente isolado é apropriado para todas as circunstâncias.
Desinfetantes Químicos
Fenol e Compostos fenólicos
• Mecanismo de Ação: Ruptura da membrana plasmática, desnaturação de
enzimas.
Fenol
• Nos dias atuais ele raramente é usado como anti-séptico ou desinfetante, pois irrita
a pele e tem odor desagradável. Contudo, em concentrações acima de 1% (sprays
para garganta), o fenol tem um efeito antibacteriano significativo.
Compostos fenólicos
• Alterados quimicamente para reduzir suas qualidades irritantes ou aumentar sua
atividade antibacteriana em combinação com sabão ou detergente. Lesam as
membranas plasmáticas lipídicas, o que resultado no vazamento do conteúdo
celular – a parede celular das micobactérias é rica em lipídeos tornando-as
suscetíveis aos derivados de fenol.
Halogênios
Iodo
• Mecanismo de Ação: Inibe a função das proteínas, um forte agente oxidante.
• Efetividade: eficiente para contra todos os tipos de bactérias, muitos endosporos,
vários fungos e alguns vírus.
• Uso preferencial: Utilizado principalmente na desinfecção da pele.
Cloro
• Mecanismo de Ação: o cloro forma o agente oxidante forte o ácido hipocloroso
que altera os componentes celulares.
Alcoóis
• Matam efetivamente as bactérias e os fungos, mas não os endosporos e os vírus
não-envelopados.
• Mecanismo de Ação: Desnaturação das Proteínas, mas pode também romper
membranas e dissolver muitos lipídeos.
Etanol – concentração ótima é 70%, mas entre 60 e 95% parece funcionar ,
o etanol puro é menos efetivo que as soluções aquosas (etanol misturado com
água), pois a desnaturação requer água.
Aldeídos
• Entre os antimicrobianos mais efetivos.
• Mecanismo de Ação: Inativam as proteínas
• Formaldeído – excelente desinfetante
• Glutaraldeído – mais efetivo que o formaldeído, usado para desinfetar os
instrumentos hospitalares. Quando usado em solução a 2% é Bactericida,
Tuberculocida e Viricida em 10 minutos e esporicida em 3 a 10horas. Considerado
um dos poucos desinfetantes químicos líquidos, como agente esterilizante.
Peroxigênios (Agentes Oxidantes)
• Mecanismo de Ação: Oxidação dos componentes celulares
• São úteis para irrigar feridas profundas, onde o oxigênio liberado produz um
ambiente que inibe o crescimento das bactérias anaeróbias.
• Ácido peracético – sua ação esterilizante se dá pela ação oxidante e atua na parede
celular e no interior da célula, danificando o sistema enzimático, destruindo o
microorganismo.
Resistência aos métodos de Esterilização e Desinfecção
Resistência aos métodos de Esterilização e Desinfecção
- As bactérias gram-negativas geralmente são mais resistentes que as bactérias
gram-positivas aos desinfetantes anti-sépticos;
- As micobactérias, os endosporos e os cistos e oocistos dos protozoários são muito
resistentes aos desinfetantes e aos anti-sépticos;
- Os vírus não-envelopados geralmente são mais resistentes que os vírus
envelopados aos desinfetantes e anti-sépticos;