ESTÉTICA 3 - adapt. de "Pensar Azul"

8/14/2019 ESTTICA 3 - adapt. de "Pensar Azul"

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III Dimenses da aco humana e

dos valores

Chagall, Universidade de Jerusalm

2.A dimenso esttica anlise e

compreenso da

experincia esttica


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2.3A arte: produo e consumo,

comunicao e conhecimento

Sumrio

A multidimensionalidade da obra de arte. A arte como:

forma de revelaode novos modos de ver o sujeitoe o mundo

linguagem- pluralidade de sentidos da obra de arte

criao o valor artstico das imitaes

mercadoriae bem de consumo


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Qual oestatutoe ovalorda arteno Mundoactual?

Vasarely, 5

Problema


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De que resulta a dificuldade

de definir a natureza da arte?

Resulta da sua complexidade: sendo umaactividade humana presente em contextos, pocas

e culturas muito diferentes, apresenta umamultiplicidadede formas e funes

A esta multiplicidade formal e funcional

corresponde umapluralidade de perspectivasde abordagem

por isso que existemdiferentes interpretaes

tericas da natureza da arte


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Josefa de bidos (1630 - 1684), Natividade

A arte serve a religio?


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Bailarinos: Albena Denkova e Maxim Staviski


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H vrios modos de abordar a arte

Podemos abord-la como:

Actividade de imitaoda Natureza

e da aco, expressoe

comunicaode sentimentos ou

produo de formas(j estudado)

Forma revelao: novos modos de

ver o sujeito e o mundo

Linguagem

Como criao

Produtosujeito s leis do mercado

e ao consumoO cinema uma forma de revelaodo mundo?


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A arte como forma de revelao

A arte pode dar-nos um outro entendimento da natureza e da condio

humanas, levando-nos aolharde maneira diferente a realidade

O autor valoriza a capacidade da arte parareorientar o olhar,levando-- nos a descobrir aquilo a que habitualmente no prestamos ateno

Diz o poeta Roberto Browning

A natureza completa

Suponhamos que a reproduzias (o que no podes)No vale a pena! Tens ento de a superar

Pois, no vs, somos feitos de tal modo que amamos

Primeiro quando as vemos pintadas, coisas por que passamos,

Talvez cem vezes, sem que fossem vistas;

E assim esto melhores pintadas...


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Na literatura, numa pea de teatroou num filme

Podemos constatar que a arte pode ajudar-nosa compreender melhor quem somos e comodevemos relacionar-nos com os outros

Diz Gordon Graham

Os romances e os poemas oferecem padres de relacionamento humano, da sua

realizao, da destruio ou corrupo e estes podem entrar directamente na

experincia moral daqueles que reflectem sobre o modo como melhor viver,

porque os recursos da arte revelam-nos o como se sente interior tanto quanto o

como exterior. (...) A literatura pode criar e explorar vidas interiores muito maisintensamente. na literatura poemas, romances e peas que as nossas auto-

-imagens so desenhadas com a maior complexidade e em que a explorao das

imagens constitutivas da vida moral e social mais bvia.G. Gordon, Filosofia das Artes, Introduo Esttica, Lisboa

M. Scorsese, The Aviator, 2004


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O Cognitivismo esttico

Afirma que a arte pode alargar o nosso conhecimento, porrepresentar a diversidade da experincia e influenciar amaneira como olhamoso mundo

Arte e CinciaAs obras de arte no expem teorias nem descrevemfactos (como faz a Cincia), fornecem imagens que podemajudar-nos a esclarecer a nossa experincia

Por isso, Arte e Cincia somodos diferentese complementares de aumentar o nossoconhecimento

(ainda que o conhecimento proporcionado pelas obras de arteno seja terico e descritivo, como o das teorias cientficas)

Cognitivismo esttico

A. Jos da Silva, Ensopaida

O teatro d-nos a conhecero mundo?


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Companhia Nacional de Bailado

A dana uma linguagem?


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A linguagem polissmica da Arte

A linguagem cientficaou filosfica rigorosa(os termos so etiquetasaplicados a um nico referente)

Ao contrrio, na arteos smbolos remetem para mltiplos referentes

A linguagem artstica usa signos abertos (sinais que no possuem umsignificado preciso e unvoco - polissmicos), que convidam o receptor

a recriar significados

Polissemia a caracterstica dos signos (da arte) de terem mltiplossignificados ou interpretaes

A partir da sua prpria experincia e sensibilidade, o pblico constrio significado da obra. Por isso, cada obra contm um potencial de

significao que confere arte vitalidade e actualidade, permitindo-nosadmirar obras antigas, apesar das diferenas entre as concepes

estticas e cnones de beleza


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A arte como criao

Quais so osfactores necessrios para a criaoartstica?

O que que de tornou possvel a criao de obras admirveis como

Piet, Guernica ou Os Lusadas?

A maioria dos especialistas concorda que a criao de uma obra de

arte implica:

intencionalidade: a(s) inteno(es) do artista so muitas vezes,elementos importantes para a compreenso da obra

talento e tcnica: conhecimento das diferentes possibilidades de realizar oobjecto e domnio exmio das tcnicas

gnioou inspirao: consiste na capacidade de inovao, ou originalidade,

e na criao de novas regras; o que permite passar do domnio da tcnica

arte


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Fazer

facilmente

o que

outros

acham difcil

talento;fazer o que

impossvel

para o

talento,

genialidade

Henri-Frederic

Amiel

Picasso (1881 1973), Deux femmes-nues
http://www.artinvest2000.com/picasso_deux-femmes-nues.html


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Artista criador de

normas

Cria novas formas

de configurao

da experincia

Faz aparecer um novo

estilo de arte

Domnio das regras

Produo de

objectos artsticos

segundo as regras

fixadas por uma

corrente esttica,

com o objectivo

de aperfeioare refinar os

detalhes (talento)

Destreza no uso

dos meios, domnio

das regras

Produo

de artefactos para

uso prtico

Artista autntico(gnio ou inspirao)

Artista menorArteso (domnioda tcnica)

Sntese


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O problema da autenticidade da obra de arte

Ateoria clssicada arte como imitao valoriza a capacidadede reproduo do modelo, no a originalidade da obra de arte

Aoriginalidades se tornou valor esttico a partir doRenascimento:

nessa poca, a utilizao da perspectiva rompeu com a concepoclssica (mimesis), e criou novas formas de representar

Contudo, at ao sculo XVIII no era valorizado o trabalho de um

criador, mas da suaescola,pelo que muitas pinturas dos sculosXV, XVI e XVII so identificadas como pertence escola de

S a partir do Romantismose comea a valorizar a relao entreo artista e a obra, e a distinguirobraoriginal,cpiaefalsificao.


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Obra de arte original

A obra de arteoriginal rompeu

com o estilo,os cnones

e asformastradicionais deconceber arte

Magritte (1898 1967),A arte da conversao


19/32Mulheres paquistanesas

Pensar AzulTexto Editor


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Imitaes e valor artstico

No mundo da arte muito importante distinguir o original das imitaes: o problema daautenticidade

Isto particularmente importante nas artes plsticas (desenho, pintura

escultura, gravura ou fotografia), embora tambm exista na literatura

(imitao ou falsificar originais)

Distinguem-se dois tipos de imitaes: a cpiade uma obra ou

a imitao de um estilo

Embora, por vezes, a qualidade tcnica das cpias torne muito difcil

distinguir a cpia do original, os novos mtodos de anlise permitiram

identificar muitas falsificaes

Mesmo assim, ningum pode garantir que no continuem a existir

cpias tomadas como obras originais


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Ren Magritte (1898 1967), La Promesse


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Obras originais

So mais valorizadas

1. Razes econmicas, sociais e psicolgicas

o valor nos mercados: o quadro original tem preo mais elevado

o gosto dos coleccionadores, que preferem possuir objectos nicos

uma certa atitude de venerao do original ( uma espcie derelquia).

2. Razes estticas

A percepo do objecto pode ser modificada pelo conhecimento do

contexto e da inteno do artista o significado da obra original do artista: o pintor annimo que faz umarplica perfeita de um quadro, ou que copia um estilo, no tem omesmo mrito, porque no criador do quadro nem do estilo

as rplicas mostram a habilidade tcnica do imitador, mas so indcios


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Czanne (1839/1906),As grandes banhistas

Uma cpia perfeita de um quadro de Czanne

tem o mesmo valor que o original pintado por

Czanne?


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Impacto daindustrializao na arte

A arte mercadoriae bemde consumo?

Uma das consequncias

da industrializaoe do progresso

tecnolgico foi a tendnciapara a valorizao dos bens

materiais e paraa transformao dos

bens culturais em bensde consumo.

F. Picabia, Pen and ink on paper(1915)


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Arte e mercado

Nas sociedades industrializadas, a arte tornou-se uma mercadoriae, como tal, objecto de especulao econmica e um indicadorde estatuto social

Aaquisiode obras de arte pode ter duas motivaes:

lucro: transaccionar obras uma forma rentvel de investimento

promoo social: a posse de obras de arte um indicador de estatuto social

Dado que o comrcio de arte obedece s leis do mercado, os galeristas

e as multinacionais de arte, servem-se da publicidade para divulgar a artee condicionar os padres de gosto, inflacionando preos.


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Arte e consumo

>>>

Os progressos da tcnica(facilidade e a qualidade das reprodues)

tornaram as obras de arte acessveisEstaacessibilidadetem vantagens e desvantagens

O consumo massificado da arte leva ao esquecimento daessnciada arte, conduzindo sua banalizao


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>>>

A omnipresena e o consumo da arte no substitui as condiesinteriores propcias experincia emocional:entrega, interessee tempo para ver, dialogare sentir a obra

S assim haver fruio da experincia esttica


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O que importante?

Ser que

o valoreconmico

pode ser

critrio para

aferira qualidade

esttica

de uma

obra de arte?

No deveria

ser o inverso?(

Van Gogh, Cottage

moda e


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moda, e

alvo do

interesse dos

coleccionadores

e do mercado

de

arte, adquire

o

estatuto de

melhor arte

e, por isso,


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Linguagem

Pluralidadede sentidos

Pblico recriasignificado da obra

Artista

IntencionalidadeTcnicaTalentoGnio

Criao

Acessibilidade

Consumismo,superficialidade, pressa

Banalizao da arte

Dificuldade de aceder experincia esttica

Mercadoria

Mercado de arte(concorrncia)

Risco de manipulao

Comrcio podeinfluenciar o valor

das obras

Formado conhecimento

Aprender a olhar

e alargar o

conhecimento daexperincia e da

condio humana

ARTEMultiplicidadede formas

e funes


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PerguntasNingum estdispensado de

responder aoquestionrio doExerccio Esttica 3

As respostas podemser dadas:

4.On-line (atravs doMoodle)5.Em papel (fornecidopelo professor)

O exerccio ser feito

em sala de aula.

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