Estradas - Manual de Campanha

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  • 8/2/2019 Estradas - Manual de Campanha

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    1 Edio2001

    C 5-38

    MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    ESTRADAS

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    MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    ESTRADAS

    1 Edio2001

    C 5-38

    CARGA

    EM.................

    Preo: R$

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    PORTARIA N 149-EME, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001

    Aprova o Manual de Campanha C 5-38 - Estradas,1 Edio, 2001.

    O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXRCITO, no uso das atribuiesque lhe confere o art. 91, da Portaria n 433, de 24 de agosto de 1994 (IG 10-42),resolve:

    Art. 1 Aprovar o Manual de Campanha C 5-38 - ESTRADAS , 1 Edio,2001, que com esta baixa.

    Art. 2 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicao.

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    NOTA

    Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao de sugestesque tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supresso deeventuais incorrees.

    As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargrafoe a linha do texto a que se referem, devem conter comentrios apropriadospara seu entendimento ou sua justificao.

    A correspondncia deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 78 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NOMINISTRIO DO EXRCITO.

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    NDICE DOS ASSUNTOS Prf Pag

    CAPTULO 1 - INTRODUO........................................1-1 a 1-4 1-1

    CAPTULO 2 - ESTRADAS - CONCEITOS GERAIS .....2-1 e 2-2 2-1

    CAPTULO 3 - CONSERVAO, REPARAO E ME-

    LHORAMENTO DAS ESTRADAS ..........3-1 a 3-6 3-1

    CAPTULO 4 - TRABALHO DE CONSTRUO DASESTRADAS

    ARTIGO I- Introduo .............................................. 4-1 4-1ARTIGO II- Solos ...................................................... 4-2 a 4-9 4-2ARTIGO III- Compactao de Solos ........................... 4-10 e 4-11 4-9

    CAPTULO 5 - DRENAGEM

    ARTIGO I- Generalidades ........................................ 5-1 e 5-2 5-1ARTIGO II- Drenagem Superficial ............................. 5-3 a 5-14 5-2ARTIGO III- Drenagem Subterrnea ou Profunda ....... 5-15 a 5-21 5-14ARTIGO IV- Drenagem de Transposio de Talvegues

    (Bueiros) ................................................. 5-22 a 5-25 5-24

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    Prf Pag

    CAPTULO 6 - TERRAPLANAGEM

    ARTIGO I- Introduo .............................................. 6-1 e 6-2 6-1ARTIGO II- Estudo dos Materiais de Superfcie ........ 6-3 e 6-4 6-2ARTIGO III- Execuo da Terraplanagem .................. 6-5 a 6-10 6-3ARTIGO IV- Equipamentos de Terraplanagem............ 6-11 a 6-16 6-10

    CAPTULO 7 - CORTES ................................................7-1 a 7-7 7-1

    CAPTULO 8 - ATERROS ..............................................8-1 a 8-7 8-1

    CAPTULO 9 - TRAFEGABILIDADE DOS SOLOS

    ARTIGO I- Introduo .............................................. 9-1 a 9-3 9-1ARTIGO II- Instrumento e Testes para medidas de

    Trafegabilidade ....................................... 9-4 a 9-7 9-3

    ARTIGO III- Mtodos e Critrios para Medio daTrafegabilidade ....................................... 9-8 a 9-14 9-10

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    CAPTULO 1

    INTRODUO

    1-1. GENERALIDADES

    a. Manter em condies de trfego as vias de transportes terrestresexistentes ou a sua construo quando no existirem a essncia da mobilidade,

    misso doutrinria da Arma de Engenharia.b. A rede rodoviria necessria para atender s necessidades logsticas e

    operacionais impostas pela manobra selecionada pelo Grande Comando(G Cmdo) ou Grande Unidade (GU), por ela responsvel. De qualquer maneira, importante lembrar que a utilizao imediata dos trabalhos deve, normalmente,ser observada. A Engenharia dos vrios escales executa os trabalhos, dentrodas suas possibilidades e necessidades, para atender determinada operaocom limites muito bem definidos no tempo e no espao, conforme definido noC 5-1 - Emprego da Engenharia - 1999.

    c. Os trabalhos de estradas consistem na construo, conservao ereparao de rodovias, melhoramentos de pistas e estradas e balizamento emelhoramento de vaus.

    d. Nos trabalhos de estradas, alm do princpio da utilizao imediata dostrabalhos, destaca-se a caracterstica da progressividade dos trabalhos. Ressal-ta-se, ainda, a mxima utilizao dos recursos locais.

    e. Pela grande importncia de que se reveste o assunto, torna-se necess-ria a existncia de uma fonte de informaes e consulta comuns para a tropa,padronizando conhecimentos e procedimentos, voltada para os elementosresponsveis pela coordenao e execuo dos trabalhos.

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    1-2. FINALIDADE

    Este manual destina-se a apresentar as informaes necessrias para oplanejamento, execuo e manuteno dos trabalhos de estradas no TO,

    particularmente na Zona de Combate (Z Cmb). Visa, tambm, padronizar conhecimentos e procedimentos, sem a pretenso de esgotar quaisquer dosassuntos tratados, visto serem todos de grande complexidade e extenso. Destaforma pretende, to somente, servir de diretriz bsica para o desenvolvimento dosconhecimentos necessrios aos militares da Arma de Engenharia.

    1-3. OBJETIVO

    Apresentar os trabalhos tcnicos de estradas a serem executados pelasunidades de engenharia, nos escales brigada (Bda), diviso de exrcito (DE) eexrcito de campanha (Ex Cmp).

    1-4. RESPONSABILIDADES

    a. Uma Organizao Militar de Engenharia (OM Eng) responsvel por todos os trabalhos de estradas na zona de ao (Z A) do escalo a que pertence,mesmo quando contar com o apoio do escalo superior. Dessa forma, os trabalhosrealizados pelo elemento de Eng do escalo superior (Esc Sp), em apoiosuplementar, por rea ou especfico, so planejados, supervisionados e contro-lados pelo comandante da Eng que recebe o apoio. A Eng de um Esc Sp podeapoiar a Eng do escalo subordinado, realizando trabalhos de estradas em suaZ A.

    b. Os BEC, os BE Cnst, as Cia E Cam Bas e as Cia Eqp E so as OM Engempregadas em trabalhos de estradas. possvel que sejam reforadas por mo-de-obra civil.

    c. A Eng responsvel, tambm, por todas as construes militares naZ Cmb, exceto as comunicaes e os trabalhos de organizao do terreno deresponsabilidade de todas as armas, servio e quadro. Assim, guarda a respon-

    sabilidade pela conservao e reparao de todas as instalaes militares e pelaoperao dos servios necessrios a essas instalaes (gua, luz, esgotos).e. Como assessor tcnico do comandante, o engenheiro deve, a qualquer

    momento, estar em condies de inform-lo sobre a capacidade e condies deutilizao das estradas e sobre os meios necessrios execuo dos trabalhos.Para isso deve acionar os reconhecimentos cabveis.

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    CAPTULO 2

    ESTRADAS CONCEITOS GERAIS

    2-1. DEFINIES BSICAS

    a. Estrada - um caminho utilizado por veculos, homens e animais.Designa-se genericamente de estrada a via usada pelo veculo terrestre, diferen-

    ciando-se a estrada de rodagem, ou rodovia, para os automveis, e a estrada deferro, ou ferrovia, para o veculo ferrovirio.

    b. Perfil Longitudinal - a projeo num plano vertical dos pontos obtidosquando interceptamos verticalmente a estrada ao longo do seu eixo.

    c. Greide - o eixo central de uma estrada caracterizado pelas cotas dospontos mdios de suas sees transversais.

    d. Largura da rodovia - A largura de uma rodovia, incluindo as larguras daspontes, tneis e outras restries, a menor largura da pista, expressa em

    metros.e. Pista - toda a superfcie da estrada destinada movimentao normal

    dos veculos.

    f. Faixa de Trfego ou de Rolamento - a poro longitudinal (faixa) dapista destinada movimentao de um nico veculo. A largura mdia de umafaixa de trfego necessria ao movimento de uma coluna de 3,5 metros paraviaturas sobre rodas e 4 (quatro) metros para viaturas sobre lagartas.

    g. Rodovia de fluxo simples - uma rodovia de fluxo simples a que permite

    o deslocamento de uma coluna de viaturas em um sentido e, ainda, permite aultrapassagem de viaturas isoladas no mesmo sentido ou em sentido contrrio,em determinados trechos. desejvel que a largura da estrada (rodovia) de fluxosimples seja igual a 1,5 vezes a largura de uma faixa de trfego;

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    h. Rodovia de fluxo duplo - A rodovia de fluxo duplo quando permite odeslocamento de duas colunas de viaturas em um sentido ou em sentidosopostos. essencial que a largura da estrada (rodovia) seja igual a duas faixasde trfego, no mnimo.

    i. Estrada penetrante - aquela cuja orientao geral perpendicular linha de frente.

    j. Estrada transversal - aquela que, de um modo geral, paralela linhade frente.

    l. Estrada Principal de Suprimento (EPS) - uma estrada designadacomo via principal de trfego para um determinado escalo, visando por ali atender ao grosso do apoio em suprimento a seus elementos subordinados. A EPS,normalmente, uma estrada penetrante.

    m. Classe de rodovia - A classe de uma rodovia , normalmente, a menor classe das pontes existentes nessa rodovia. Quando no existirem pontes, aclasse dada pelo pior trecho da rodovia.

    n. Restries - So consideradas como restries, quaisquer fatores querestrinjam o tipo, a capacidade de trfego ou a velocidade de deslocamento emuma estrada. Constituem restries:

    (1) rampas com inclinao igual ou superior a 7%;(2) curvas com raios menores do que 30 m;(3) existncia de balsas;(4) vaus;(5) reduo na largura das pistas;(6) gabaritos menores que 4,3 m em pontes, tneis, rios e passagens sob

    estruturas diversas;(7) classe das pontes.

    2-2. CAPACIDADE DAS VIAS DE TRANSPORTE

    O assunto est tratado no Manual C 5-36 - RECONHECIMENTO DE

    ENGENHARIA.

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    CAPTULO 3

    CONSERVAO, REPARAO E MELHORAMENTODAS ESTRADAS

    3-1. CLASSIFICAO DOS TRABALHOS EM ESTRADAS

    a. As misses atribudas Eng, em relao rede de estradas, tm por

    objetivo:(1) manter ou aumentar a capacidade de trfego da rede de estradasexistente;

    (2) restabelecer o trfego em trechos interrompidos;(3) construir novos trechos ou novas estradas, ampliando a rede de

    estradas existente.

    b. Estas misses compreendem um ou mais, dos seguintes trabalhos:(1) conservao;(2) reparao;(3) melhoramento;(4) construo.

    c. Ser abordado, neste captulo os trabalhos de correo, reparos emelhoramento das estradas.

    3-2. TRABALHOS DE CONSERVAO

    a. A conservao de estradas compreende trabalhos permanentes quevisam eliminar os efeitos causados pelo prprio trfego (desgaste) ou pelascondies meteorolgicas normais. Engloba trabalhos correntes, tais como: aremoo de lama, limpeza de valetas e bueiros, colocao de saibro e areia e oentulhamento de sulcos e panelas.

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    b. Cada OM Eng responsvel pela rede de estradas dentro da sua Z A,cabendo aos escales superiores avaliar a necessidade ou no de apoiosuplementar.

    c. A extenso da estrada que um elemento pode conservar funo, entreoutros fatores, principalmente, das condies tcnicas da estrada, da disponibi-lidade do material necessrio e da intensidade do trfego.

    d. Para a conservao das estradas, deve-se ter sempre em vista que:(1) prefervel conservar algumas estradas boas entre pontos vitais, a

    conservar muitas estradas regulares ou de traados inadequados;(2) uma conservao contnua representa, certamente, uma futura

    economia de tempo, material e trabalho.

    3-3. PROCEDIMENTOS PARA A CONSERVAOa. Ondulaes (Fig 3-1)

    (1) Causas - Falta de capacidade de suporte do subleito e ausncia oudeficincia de drenagem.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Com o emprego de motoniveladoras

    (Mni) efetuar um valeteamento lateral e sadas de gua para a retirada doexcesso.;

    (b) Trabalhos afetos ED - Obedecendo progressividade dos

    trabalhos, lanar material do prprio local espalhando-o com a Mni nos trechosmais crticos. Nos pontos com ameaa de formao de atoleiro, empregar material, no mnimo, de reforo de subleito.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Fazer ou refazer o revestimento primrionos trechos crticos e nos que apresentam indcios de defeito;

    Fig 3-1. Ondulaes

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    b. Rodeiros (faco ou sulcos longitudinais) (Fig 3-2)Causas e correes - as mesmas das ondulaes.

    Fig 3-2. Rodeiros

    c. Areio de Espigo(1) Causas - Regio de solo arenoso onde pouco ou inexistente a

    presena de ligantes (argila), formando trechos de areia pela ao combinada dotrfego e da chuva. Em tempo seco torna-se obstculo, prejudicando a continui-dade e a segurana do trfego.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Nos trechos mais crticos, que

    provocam atoleiro na areia, raspar com Mni, pelo menos a faixa central, at atingir o solo mais firme. Outra soluo lanar uma camada mnima (10 cm) de materialargiloso. Dever haver controle de trnsito nesses locais.

    (b) Trabalhos afetos ED - Revestir com material argiloso e granular,com espessura mnima de 10 cm, conformando o abaulamento nos trechoscrticos. Em seguida fazer o valeteamento lateral a fim de retirar o excesso degua do leito da estrada.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Melhorar o trabalho da ED aumentandoa espessura do revestimento e deixando o trecho com duas faixas de trfego. Umaboa soluo o confinamento ou empacotamento da areia com argila. Emseguida deve-se executar o revestimento primrio.

    d. Areio de Baixada(1) Causa - a mesma do areio de espigo. Tem ainda a colaboraodas eroses das regies vizinhas, particularmente onde h ausncia de revesti-mento vegetal.

    (2) Correes - So as mesmas do areio de espigo. fundamental ocombate das eroses das valetas laterais das partes altas. As eroses (voorocas)dos terrenos adjacentes so problemas srios, mas no devem ser, em princpio,objeto de qualquer providncia.

    e. Excesso de Poeira (Fig 3-3)

    (1) Causas - Abundncia de material fino no leito por desagregao domaterial argiloso do terreno original ou do revestimento primrio, seja por excessode trfego, seja pelo excesso de gua no leito. Observa-se a formao de lama empocas chuvosas.

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    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - No h soluo rpida. Para a E Bda,

    nos trechos de poeira densa, com risco para a segurana, raspar com uma Mni.(b) Trabalhos afetos ED - Nas rodovias sem revestimento, raspar

    com uma Mni e lanar uma camada mnima de material granular como reforo desubleito. Nas rodovias que tm revestimento, reconformar o leito e fazer orevestimento primrio com espessura mnima.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - No h trabalho para a E Ex. O mnimofeito pela ED dever ser suficiente para atender s necessidades do trfego.

    Fig 3-3. Excesso de poeira

    f. Pista Escorregadia (Fig 3-4)(1) Causas - Trecho muito argiloso onde os veculos perdem a aderncia

    por falta de atrito.(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Lanar material granular (brita, seixorolado, entulho de alvenaria, cascalho) ou material arenoso nos trechos maiscrticos, de modo a aumentar o atrito.

    (b) Trabalhos afetos ED - Executar o revestimento primrio ourefaz-lo com solo estabilizado granulometricamente, nos trechos crticos, naespessura mnima.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Reforar a camada executada pela ED,com indcios de problemas.

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    Fig 3-4. Pista escorregadia

    g. Rocha Aflorante (Fig 3-5)(1) Causas - Regio de montanha ou muito ondulada com a camada do

    solo de pouca espessura e grande ao erosiva das guas.(2) Correo

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Revestir uma das faixas de trfego,acima da rocha aflorante, com a espessura mnima (10 cm).

    (b) Trabalhos afetos ED - Aumentar a espessura do revestimentoe a largura da estrada para duas faixas de trfego.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - No h necessidade de trabalho. Omnimo executado pela DE dever ser o suficiente at a evoluo ttica da situaoe a mudana de Z A.

    Fig 3-5. Rocha aflorante

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    h. Corrugaes Rtmicas (Costela de Vaca)(1) Causas - No se sabe ao certo a causa. Atribui-se m graduao

    granulomtrica do solo local ou do revestimento primrio e velocidade e peso dotrfego.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Raspagem de, pelo menos, uma faixade trfego com uma Mni.

    (b) Trabalhos afetos ED - Raspagem da pista nos trechos crticosreforando o solo local com material de revestimento ou de reforo de subleito;

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Executar um revestimento primrio ourefaz-lo com material estabilizado granulometricamente nos trechos crticos enos que apresentem indcios de defeitos.

    i. Panelas e Buracos

    (1) Causas - Fundao fraca (subleito), m graduao ou mistura dosmateriais de revestimento e m drenagem superficial. H o empoamento de guaque, ao ser expulsa pelo trfego, leva consigo as partculas finas, desagregandoo solo local e/ou o revestimento.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Nos pontos mais crticos, revestir

    (entupir) com solo local (de 15 a 20 cm de espessura, solto, acima das bordas)pelo menos uma faixa. Se as profundidades ultrapassarem 20 cm, h necessidadede escarificar e reconformar (operao de reparao) o trecho e refazer orevestimento.

    (b) Trabalhos afetos ED - Escarificar os trechos crticos ereconformar (operao de reparao) a pista de modo a restabelecer o trfego emduplo sentido. Apenas a raspagem no resolve, pois as panelas ficaro encober-tas com material desagregado. Sero lanadas para a lateral pelo trfego emforma de poeira e reaparecero. Aps a reconformao, refazer o revestimentoprimrio.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Complementar a escarificao de outrostrechos com indcios de defeitos e revestir com material de subleito ou derevestimento primrio.

    j. Pista Derrapante (Fig 3-6)(1) Causas - Excesso de material granular (pedregulho ) desprendido do

    solo local ou do revestimento ou falta do material ligante (argila).(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Raspar, com Mni, pelo menos umafaixa ou trechos mais crticos.

    (b) Trabalhos afetos ED - Revestir com material argiloso e degranulometria menor, na espessura mnima.

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    Fig 3-6. Pista derrapante

    l. Achatamento da Pista(1) Causa - Ao do trfego e excesso de raspagem com Mni, semreposio de material, deixando a pista sem abaulamento, prejudicando a

    drenagem e a prpria estabilidade da rodovia.(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Nos pontos crticos e em perodo dechuvas podero ser construdas valetas. Dificilmente ter condies de realizar oservio sem o concurso do escalo superior.

    (b) Trabalhos afetos ED - Fazer uma raspagem deixando ummnimo de abaulamento (ideal de 3 a 5% ) nos trechos mais crticos para retirar a gua acumuladas no leito. Se o achatamento chegar a ser de abaulamentonegativo (10 a 30 cm no eixo) a soluo muito tcnica e demorada necessitandode uma manuteno corretiva (reparao) com reconformao do leito, isto ,fazer o leito voltar geometria de projeto.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Ampliar o trabalho executado pela EDe ,nos trechos mais crticos e com indcios de defeitos mais graves, executar areconformao do leito.

    m. Lama(1) Causas - Excesso de gua na pista, pista com achatamento; baixa

    capacidade de suporte do revestimento, leito ou subleito; m granulometria do

    revestimento primrio ou solo local com desagregao e formao de poeira.(2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Raspar a lama e corrigir a drenagem,

    com valetas laterais nos pontos mais crticos.(b) Trabalhos afetos ED - Raspar a lama, corrigir a drenagem e

    revestir, com pedregulho, brita ou seixo rolado, os trechos crticos que ameaaminiciar a formao de atoleiros;

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Melhorar o abaulamento e o valeteamento.

    n. Borrachudo(1) Causas - Reteno de gua nas camadas interiores do pavimento ou

    baixa capacidade de suporte das camadas de reforo.(2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Construir pista de desvio ou variante.

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    (b) Trabalhos afetos ED - Se o desvio estiver atendendo, manter.Caso contrrio retirar o material saturado, reconformando a plataforma commaterial de boa qualidade.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Caso o problema ainda no tenha sidoresolvido, verificar o sistema de drenagem do local considerando, inclusive, obrapara o rebaixamento do lenol fretico.

    3-4. TRABALHOS DE REPARAO

    a. A reparao de estradas compreende os trabalhos que visam consertar os estragos causados pela ao inimiga ou por condies meteorolgicasexcepcionais, como por exemplo:

    (1) bombardeios;(2) destruies;(3) obstculos;(4) enchentes;(5) quedas de barreiras;(6) corridas de aterros;(7) avalanches.

    b. Os cuidados tcnicos empregados nas reparaes so os mesmos dasconstrues. As solues tecnicamente corretas so demoradas. Na reparao,esta demora ampliada, uma vez que requer a investigao da extenso do danoe a retirada do material danificado para permitir a reconstruo da parte afetada,muitas vezes, sem ou com pouco espao para a manobra dos equipamentos.Influi tambm, na demora, a ao do inimigo.

    c. Assim, difcil estabelecer solues tcnicas para as E Bda e ED que,em operaes ofensivas ou movimentos retrgrados, permanecem pouco tempona Z A.

    d. Em alguns casos no ser observada a progressividade dos trabalhos,ferindo esta caracterstica da arma de Eng. Em outros casos, os trabalhosexecutados pela E Bda sero desfeitos pela ED ou pela E Ex, para que a reparaose d dentro da tcnica recomendada. Valorizando-se, assim, a durabilidade dostrabalhos.

    3-5. PROCEDIMENTOS PARA A REPARAO

    a. Crateras (Fig 3-7)(1) Causas - Bombardeios areos e de artilharia; ao de tropa de

    engenharia do inimigo (Eng Ini) ou ao de sabotagem do inimigo.(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Desbordar. Se no for possvel, aterrar

    (entulhar) com solo local ou desagravar as bordas da cratera o suficiente para apassagem em uma faixa.- Material - um trator de esteiras.

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    (b) Trabalhos afetos ED - Complementar o trabalho de aterramentoexecutado pela E Bda de modo a restabelecer o trfego em toda a pista. Revestir com material granular, principalmente se for perodo chuvoso, pois a craterapoder tornar-se um atoleiro.

    - Material - um TE, uma carregadeira de rodas (CR), uma Mni eos caminhes basculantes (CB) disponveis.(c) Trabalhos afetos E Ex - Abrir o local retirando o solo local. Retirar

    todo material frouxo do aterro e dos pavimentos ou revestimento primrio, se for o caso. Cortar com TE ou moto-escavo-transportador (MT) no sentido longitudinalda rodovia at onde haja compactao ou at atingir o aterro original. Deixar o cortecom rampa (H:V) de 5:2 a 7:2. Refazer o corpo do aterro, preferencialmente commaterial da mesma caracterstica do existente, com os cuidados de compactaoe umidade, colocando camadas no superiores 20 cm. Refazer a sub-base ourevestimento primrio com material tambm de igual caracterstica. Por ltimo,refazer o revestimento correspondente.- Material - um TE, uma Mni, um rolo compactador (R Cmpc), umtrator agrcola (TA) com grade de disco (GD), um carro de transporte de gua(CTA), uma CR e os CB disponveis.

    Fig 3-7. Eliminao de crateras

    b. Rompimento de aterro(1) Causas - Obstruo de bueiro; condies meteorolgicas anormais

    ou ao da Eng Ini.(2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Se no for possvel desbordar, aterrar

    (entulhar) o suficiente para a passagem em uma faixa. Se for local de bueiro,empregar material de equipagem de pontes, construir uma ponte de circunstnciaou utilizar troncos de madeira oca ou feixe de varas no talvegue, guisa de bueiroe fazer o envolvimento com pelo menos 40 cm de solo local, realizando acompactao em camadas no superiores 15 cm.

    - Material - um TE.(b) Trabalhos afetos ED - Ampliar o que foi executado pela E Bda

    retirando, se for o caso, os feixes de vara e aumentar a passagem para duas

    faixas. - Material - um TE, uma CR e os CB disponveis.(c) Trabalhos afetos E Ex - Executar a mesma correo aplicada

    3-5

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    em crateras, fazendo a recolocao de bueiros, se for o caso.- Material - um TE, uma Mni, um R Cmpc, um TA com GD, um

    CTA, uma CR e os CB disponveis.

    c. Queda (deslizamento) de barreiras(1) Causas - As causas dos deslizamentos tm explicaes muitotcnicas. Podem ser classificadas como naturais (internas, externas ou mistas)e/ou provocadas pela ao do inimigo.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Se no for possvel desbordar, fazer um

    desvio pela crista do corte ou abrir uma faixa com TE, caso seja meia encosta. Hnecessidade de analisar se, ao abrir a faixa, o macio desequilibrado nocontinuar a correr.

    (b) Trabalhos afetos ED - Retirar todo o material deslizado at

    atingir o talude com material estvel. Refazer as obras de drenagem atingidas.Caso no tenha drenagem profunda no local, verificar se h necessidade derealiz-la. Retirar o material de cima para baixo.

    d. Encontros de ponte destrudos(1) Causas - Condies meteorolgicas anormais, ao da Eng Ini ou

    bombardeios areos ou de artilharia.(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Nada a realizar. A soluo tcnica demorada e a E Bda no possui material adequado.

    (b) Trabalhos afetos ED - Vencer a brecha com o material de pontesde sua dotao.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Realizar o rampamento do encontro coma mesma inclinao prevista em crateras. Refazer o aterro utilizando o processode ponta de aterro (descarregar com CB ou MT e empurrar cuidadosamente comTE, at a cortina do encontro, em camadas de 20 cm e compactar, utilizandoplaca vibratria, se for um encontro de pequeno porte).

    - Material - O de um Pel E reforado com um TE, uma CR, um TA,um R Cmpc, CB disponveis, um CTA, um TA/GD. Se o volume de material a repor exigir mais de dois dias de trabalho, empregar um TE de grande potncia e duasa trs MT, dispensando, assim, os CB.

    e. Atoleiros (Fig 3-8)(1) Causas - Falta de drenagem superficial, excesso de trfego com peso,

    por eixo, acima da capacidade de suporte da estrada durante perodos chuvososou lenol fretico alto.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Atoleiros de pequena extenso (at 20

    ou 30 metros): empregar pedra de mo para aumentar a capacidade de suportedo local; tracionar os veculos com cabo de ao ou corrente, utilizando um TEcompatvel com o peso do veculo atolado.

    (b) Trabalhos afetos ED - Suspender temporariamente o trfego;drenar o local por qualquer processo e obturar o atoleiro com pedra de mo oupedra britada at a borda. Se houver lenol fretico alto (mina de gua), rebaix-

    3-5

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    lo com uma valeta profunda (1,5 m - idntica de dreno profundo) no local da valetalateral e, ento, obturar os buracos do atoleiro.

    - Material - uma Retro-escavadeira (RE), uma CR, CB disponveise uma moto-bomba.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Retirar todo o material colocado noatoleiro pela E Bda e ED, retirar todo o material desagregado pela gua,empregando CR ou TE de pequena potncia; deixar ao sol e ao vento para perdade umidade (o ideal so dois dias); caso chova, cobrir com lona plstica ou lonacomum para proteo do local; rampar o buraco como em cratera; se for o caso,recompletar com material de melhor capacidade de suporte que a do solo local ouaterro, em camadas de 20 cm. Se houver lenol fretico alto, executar drenoprofundo expedito.

    - Material - um TE de pequena potncia, uma CR, Cam Basdisponveis, um R Cmpc, um TA e uma Mni. Se houver dreno profundo acrescer uma RE.

    Fig 3-8. Atoleiro

    f. Eroso de aterro (Cintura fina) (Fig 3-9)(1) Causas - Erro de raspagem com Mni, provocando banquetas no

    aterro; defeito de compactao na fase de construo ou pouca coeso domaterial de aterro. A gua canalizada adquire energia a ao sair pela saia do aterroprovoca a eroso, causando o estreitamento do aterro e deixando, em muitoscasos, a rodovia com apenas uma faixa.

    Fig 3-9. Eroso de aterro

    3-5

    MinaDgua

    Lenol

    Banqueta nos cortes Banqueta nos aterros

    Acostamentoacostamento

    Cortes AterrosSarjeta

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    (2) Correes (Fig 3-10)(a) Trabalhos afetos E Bda - nada a realizar.(b) Trabalhos afetos ED - Nada a realizar. Servio de tcnica

    apurada e demorada.(c) Trabalhos afetos E Ex - Rebaixar a parte erodida, em degraus;recompletar o aterro compactando em camadas de 20 cm. O material tem que ter

    a mesma caracterstica do aterro.- Material - um TE de mdia ou baixa potncia, CB disponveis,

    um R Cmpc, um TA, um CTA e uma CR. Se o volume de trabalho for grande (acimade 200 m3 ) acrescentar duas a trs MT e um TE de grande potncia, retirandoos Cam Bas.

    Fig 3-10. Correo de eroso de aterro

    g. Eroso de Valetas Laterais (Fig 3-11)(1) Causas - Baixa coeso do solo da regio (arenoso ou siltoso);drenagem com deficincia tcnica (valetas laterais); regio onde a gua desuperfcie atinge grande velocidade ou regio sem revestimento vegetal.

    (2) Correes(a) Trabalhos afetos E Bda - Nos locais onde h risco de acidente,

    por estreitamento da faixa, empregar um TE para melhorar a faixa.

    Fig 3-11. Eroso de valetas laterais

    3-5

    Taludeoriginal

    Eroso

    Degraus

    Compactaopor camdas

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    (b) Trabalhos afetos ED - Nos pontos crticos, ampliar o trabalhoda E Bda, de modo a tornar a pista com fluxo duplo.

    (c) Trabalhos afetos E Ex - Preenchimento dos sulcos ou ravinascom solo local. Preencher os ltimos 30 cm com material argiloso e refazer orevestimento da rodovia e as valetas laterais. Empregar as tcnicas de prevenode eroso, quebrando a velocidade da gua canalizada nos trechos mais crticos.

    - Material - uma Mni, um TE, uma CR, um R Cmpc, um CTA e CBdisponveis.

    h. Reconformao e Recomposio do Subleito(1) Causas - Desgaste natural ocasionado pelo trfego.(2) Correes

    (a) Trabalhos afetos E Bda - Nada a realizar.(b) Trabalhos afetos ED - Recompor os trechos mais crticos que

    afetam a velocidade e o conforto.- Material - uma ou duas Mni(c) Trabalhos afetos E Ex - Reconformar e/ou recompor os trechos

    necessrios.- Material - Mni e CB disponveis, trs TA, trs R Cmpc, um CTA,

    um TE, e uma CR.

    3-6. TRABALHOS DE MELHORAMENTOS

    a. Os trabalhos de melhoramentos tm por objetivo a modificao dascondies tcnicas das estradas, a fim de aumentar a sua capacidade de trnsito. A execuo desses trabalhos geralmente impe uma reduo ou mesmo ainterrupo do trfego e, por isso, devem ser realizados com oportunidade erapidez.

    b. As normas tcnicas aplicadas aos melhoramentos so as mesmasutilizadas para a construo de novas estradas.

    c. Os trabalhos de melhoramento podem compreender:(1) alargamento ou aumento da largura da estrada;(2) modificao do traado, com o aumento dos raios das curvas;(3) modificao do perfil longitudinal;(4) modificao na pista, pela substituio do revestimento existente por

    outro superior ou pela colocao de revestimento, caso no haja;(5) melhoria das condies de visibilidade nas curvas;(6) melhoria de drenagem do solo;(7) reforo de obras-de-arte.

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    CAPTULO 4

    TRABALHO DE CONSTRUO DAS ESTRADAS

    ARTIGO I

    INTRODUO

    4-1. GENERALIDADES

    a. A construo de estradas na Z Cmb excepcional porque implica emtrabalhos de vulto. Entretanto, algumas vezes pode ser necessria a construode pequenos trechos para:

    (1) servir de locais de embarque e desembarque;(2) acessar pontos de suprimento ou depsitos; e(3) permitir o melhor aproveitamento da rede de estradas existentes.

    b. A conservao e a construo de estradas de campanha so trabalhos

    diferentes dos normalmente adotados na prtica civil. As condies caractersti-cas e normas permanecem as mesmas, porm, as operaes militares impemflutuaes no trfego. O volume de trfego, vrias vezes, no se enquadra naspossibilidades da rede de estradas, sendo insuficientes e freqentementenecessitam suportar trfego com grandes concentraes de viaturas. As impo-sies da situao militar quase sempre exigem trabalhos rsticos e improvisa-dos, executados principalmente com a finalidade de satisfazerem s necessida-des mais prementes.

    c. Sero detalhados os seguintes assuntos:(1) solos;(2) drenagem; e(3) terraplenagem.

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    4-2

    d. A Fig 4-1 mostra a seo-tipo de uma rodovia com pistas simples,destacando os seus principais elementos.

    Fig 4-1. Seo-tipo de rodovia com pistas simples

    ARTIGO II

    SOLOS

    4-2. INTRODUO

    a. A finalidade do exame dos solos obter informaes quanto naturezae ao tipo dos solos que so encontrados na escavao; natureza e o tipo dossolos sobre e com os quais os aterros sero construdos e a influncia que tero

    os solos existentes por trs dos taludes e por baixo das fundaes dos aterros,no que diz respeito s operaes de construo e futura manuteno das obras.

    b. Essas informaes so teis para o projeto final da estrada em planta eperfil, assim como para a escolha dos materiais adequados construo. Soteis tambm para a localizao adequada dos drenos e dos bueiros; para verificar a necessidade do tipo de tratamento do subleito, assim como para definir o tipoe dimensionar a base e o revestimento da estrada a ser construda.

    4-3. NATUREZA DOS SOLOS

    a. Numa classificao genrica, que leve em conta to somente a formaooriginal, os solos podem ser divididos em dois grandes grupos : solos residuaise solos transportados.

    Crista de corte

    Terreno natural

    V a

    l e t a d e p r o

    t e

    o

    d e

    c o r t e

    Talude de corte

    P de corte

    Talude de aterro

    Crista doaterro

    P d o a

    t e r r o B

    a q u e

    t a d e a

    t e r r o

    S a r i e t a

    d e p

    l a t a f o r m a

    d e a

    t e r r o

    A c o s

    t a m e n

    t o

    F a

    i x a d e r o

    l a m e n

    t o

    F a

    i x a

    d e r o

    l a m e n

    t o

    Pista de rolamento

    A c o s

    t a m e n

    t o

    S a r i e t a

    d a p

    l a t a f o r m a

    d e c o r

    t e

    4-1/4-3

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    4-3

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    b. Os solos residuais so aqueles provenientes da decomposio ealterao das rochas in situ.

    c. Os solos transportados so aqueles depositados em terrenos baixos por

    ao da gravidade, guas superficiais (rios e enxurradas) ou pela ao do vento.d. So ainda da maior importncia tcnica os denominados solos orgnicos

    que, sob o ponto de vista da engenharia, apresentam caractersticas indesej-veis, destacando-se sua elevada compressibilidade e alta capacidade de absor-o de gua.

    4-4. COMPOSIO DOS SOLOS

    a. O solo um sistema trifsico constitudo das fases slida (mineral),

    lquida (gua) e gasosa (vapor de gua).b. As seguintes propriedades esto vinculadas fase slida :

    (1) Textura - identificada pelo seu aspecto visual. So classificadoscomo solos de granulao grossa e solos de granulao fina. Uma linha divisriaconveniente para distinguir essas categorias o menor dimetro do gro visvela olho nu (cerca de 0,05 mm). Assim, solos com partculas de maiores dimenses,como areia e pedregulho, so solos de granulao grossa. Os siltes e as argilas,compostos de partculas minerais muito finas, so solos de graduao fina.

    (2) Granulometria dos solos - A descrio quantitativa da textura de umsolo feita atravs de sua granulometria, ou seja, da determinao dasdimenses dos seus gros e da distribuio percentual em peso dos gros, emintervalos de dimenses, previamente estabelecidos nos mtodos de classifica-o, baseados exclusivamente na granulometria dos solos. Esses intervalosdenominam-se fraes de solo e recebem denominaes que so utilizadas nasdescries dos solos. As fraes do solo tm as classificaes da tabela abaixo:

    Tab 4-1.

    4-5. ENSAIOS

    a. Ensaios de caracterizao - permitem a classificao dos solos e,conseqentemente, uma previso do seu comportamento nos demais ensaios efuturamente na construo. Incluem as seguintes determinaes:

    )mm(olavr etnI oar F oacif issalC

    8,4-67 sohluger depassor goalunar g

    50,0-8,4 saier a

    500,0-50,0 setlisanif oalunar g

    500,0< saligr a

    4-3/4-5

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    4-4

    (1) teor de umidade natural;(2) peso especfico aparente;(3) densidade real dos gros slidos;(4) composio granulomtrica por peneiramento ou sedimentao; e(5) limites de consistncia (liquidez, plasticidade e contrao).

    b. Ensaios de compactao - Na construo de aterros, pavimentosrodovirios e aeroportos, os solos precisam ser levados a um estado mais densopara melhorar suas propriedades. Para isso, so compactados, mecanicamente,por equipamentos dotados de rolos, martelos ou vibradores.O peso especfico aser obtido no campo definido por meio de ensaios bsicos padronizados,denominados ensaios de compactao os quais objetivam determinar a correla-o entre o teor de umidade e sua massa especfica aparente.

    c. Ensaios para pavimentos - Os ensaios freqentemente empregadosnos projetos de pavimentos so os seguintes:

    (1) Equivalente de areia - utilizado no controle dos finos de materiaisgranulares, usados em pavimentao.

    (2) ndice Suporte Califrnia (ISC ou CBR) - permite determinar um valor relativo da capacidade suporte de um solo, compactado nas condies deumidade tima e massa especfica aparente seca, correspondentes energia decompactao, adequada ao projeto em tela.

    (3) Mini - CBR - semelhante ao anterior, porm realizado com corpos deprova miniatura, utilizado em solos de granulao fina (passando na peneira2,0 mm).

    4-6. DETERMINAO DO TEOR DE UMIDADE

    a. Convencionou-se denominar teor de umidade a relao, expressa empercentagem, entre o peso da gua existente numa certa massa de solo e o pesodas partculas slidas.

    b. A principal dificuldade na determinao prtica da umidade reside nadefinio do peso seco. A questo foi resolvida na mecnica dos solos,convencionando-se que o peso seco o que se obtm, secando-se o material emestufa, com temperaturas de 110 C a 115 C, durante um perodo suficiente parachegar-se a um peso constante. Em geral, so necessrias 15 a 16 h de estufapara obter-se uma amostra seca.

    c. Mtodos de determinao do teor de umidade - O teor de umidade

    pode ser determinado pelos seguintes mtodos:(1) Mtodo de laboratrio - Determinao do teor de umidade, comsecagem em estufa.

    4-5/4-6

    h = _____ 100 %.PP

    a

    sTeor de umidade

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    (2) Mtodos expeditos de campo(a) Mtodo expedito Speedy(b) Mtodo expedito do lcool

    e. O mtodo expedito Speedy o mais confivel. utilizado quando nose dispe de estufa no canteiro ou, principalmente, quando se necessita deresultados imediatos. O mtodo expedito do lcool no ser abordado nestemanual.

    4-7. DETERMINAO DA UMIDADE PELO MTODO EXPEDITO "SPEEDY"

    Neste mtodo, a umidade determinada pela presso do gs resultante daao da gua contida na amostra sobre o carbureto de clcio que se introduz noaparelho especfico do ensaio.

    a. Material empregado - A aparelhagem principal o conjunto Speedyconstitudo do recipiente de presso, tampa dotada de um manmetro e duasesferas de ao para quebra da ampola (Fig. 4-2). So ainda necessrios:

    (1) ampolas com o reagente carbureto de clcio (CaC2) finamentepulverizado.

    (2) balana com sensibilidade de 0,01 g

    Fig 4-2. Aparelho Speedy para determinao de umidade

    b. Preparo da amostra - Deve-se fazer uma previso do teor de umidadeda amostra a ser ensaiada e com esse valor obtm-se o peso da amostra na tabelada Tab 4-2.

    4-6/4-7

    grampos para prender a tampa

    tampa

    esferas de ao paraquebra da ampola

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    Tab 4-2. Peso da amostra em funo da umidade estimada

    c. Execuo do ensaio - Obedecendo a seqncia abaixo, sero inseridosno recipiente de presso:

    (1) a amostra de solo pesada;(2) as esferas de ao; e(3) a ampola de carbureto de clcio, a qual deve deslizar, cuidadosamen-

    te, pelas paredes da cmara, a fim de evitar que se quebre.

    Fig 4-3.

    Nesta seqncia, o aparelho levado posio horizontal e recolocada atampa, selando-se o conjunto.

    A seguir, o conjunto j na posio vertical agitado (Fig 4-4), vigorosamente,vrias vezes, para quebrar-se a ampola.

    Cerca de um a trs minutos sero necessrios para a completa reao docarbureto de clcio com a gua livre da amostra. A presso dos gases liberadosna reao (eteno - C2 H2), ser indicada no manmetro. Quando essa indicaopermanece constante, toda a gua presente j reagiu com o carbureto e a pressodo manmetro (Pm) anotada.

    Se a leitura manomtrica for menor do que 0,2 kg/cm o ensaio deve ser

    )%(adamitseedadimU )g(ar tsomaadoseP

    5

    0102

    siamuo03

    02

    0153

    4-7

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    repetido com o peso de amostra (da Tab 4-3) imediatamente superior aoempregado anteriormente. Se a leitura for maior do que 1,5 kg/cm , repete-se oensaio com um peso imediatamente inferior.

    d. Clculo do Ensaio - Cada equipamento Speedy vem acompanhado deuma tabela de aferio onde, atravs da presso lida no manmetro (pm) e do pesoda amostra, obtem-se a umidade do solo (h1), em relao ao peso da amostramida. Para determinar a umidade, em relao ao peso seco da amostra, utiliza-se a frmula:

    h - teor de umidade em relao ao peso seco do material;h1 - umidade obtida pelo aparelho Speedy, em relao amostra

    total mida.

    e. Provveis causas de erros - A calibrao fornecida pelo fabricante deveser aferida, de tempos em tempos, pois com o uso, a presso lida no manmetropode no mais corresponder ao valor da umidade obtido na curva de calibrao.

    (1) O recipiente de presso deve estar completamente vedado durante oensaio, para no haver escapamento do gs, o que poder ocorrer se a borrachausada na vedao no estiver em perfeito estado.

    (2) O carbureto de clcio s dever ser colocado no aparelho, no interior de uma ampola e nunca lanado a granel. Tratando-se de substncia fortementehigroscpica, a reao teria incio antes do fechamento do recipiente.

    Tab 4-3. Determinao da umidade pelo mtodo expedito Speedy

    4-8. ANLISE GRANULOMTRICA DOS SOLOS

    a. Princpios da anlise granulomtrica(1) Objetivos - Um solo compe-se de partculas de vrias formas,

    tamanhos e quantidades. A anlise granulomtrica divide essas partculas emgrupos pelas suas dimenses (fraes do solo) e determina suas proporesrelativas ao peso total da amostra. A anlise granulomtrica o ensaio bsico delaboratrio, necessrio identificao de um solo, pelos sistemas de classifica-o adotados na engenharia de solos.

    (2) Fraes de solo - A grande maioria dos sistemas de classificaodos solos dividem as partculas slidas, com base nas suas dimenses, nas

    h % = ____________ 100.h 1

    ( 100 - h )1

    oiasnEn

    edadimU)%(adamitsE

    oseP)g(

    -monaMosser Pmc /gk(acir t 2)

    edr oeT)%(edadimU

    1 0,5 0,02 01,0 5,0

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    seguintes categorias - mataco, pedra, pedregulho, areia, silte e argila, com aopo de dividir a areia em grossa, mdia e fina.

    (3) Os resultados das anlises granulomtricas dos solos so importan-tes na soluo de vrias situaes:

    (a) seleo de material para aterro;(b) materiais para pavimentos rodovirios; e(c) drenagem do aterro.

    4-9. CLASSIFICAO DOS SOLOS

    Tab 4-4.

    4-8/4-9

    lar eGosiviDsoloSedopur G

    esacipTseangiseD

    edadilauQomoc

    oadnuFor r etAomocr olaV

    edadilauQatsipomocotnemalor ed

    tsnC /plaicnegr emE

    sohluger dePe

    soloS

    sosohluger deP

    sar utsimmocohluger dePmebohluger dep/aier a

    uoaneuqeP.sodaudar gedor opor pamuhnen

    .sonif

    etnelecxEsab A.sievtseotiuM

    eseuqidedsievemr ep.snegar r ab

    Mar alugeR

    sadaudar gmebsar utsiMmoc,aier a/ohluger deped

    .etnagiletnelecxeetnelecxE

    .sievtseetnemlevaozaRedsievemr epsab A.snegar r abeseuqid

    etnelecxE

    sar utsimeohluger dePlamohluger dep/aier a

    uoacuoP.sodaudar gedor opor pamuhnen

    .sonif

    etnelecxE

    .sievtseetnemlevaozaRar apsadacidniocuoP

    odasur esodnedop,saba.sievemr epmisoelcnme

    M

    ,sonif mocohluger deP,osotlisotiumohluger dep

    ,osoligr aohluger dep,sadaudar glamsar utsim

    .aligr a-aier a-ar deped

    aaoBetnelecxE

    ,sievtseetnemaideMmesodasur esmedop

    .sievemr epmisoelcnaoBaM

    saier Ae

    soloSsosoner A

    saier aesaier Amebsasohluger dep

    uoacuop,sadaudar gedor opor pamuhnen

    .sonif

    etnelecxEsees,sievtseotiuMair ssecen,sievemr ep

    .edulatedoetor pM

    mebaligr a-aier asar utsiMetnelecxe/csadaudar g

    .etnagiletnelecxE

    ,sievtseetnemlevaozaRmesodasur esmedop

    .sevausedulatedseuqidetnelecxE

    sadaudar glamsaier Aamuhnenuoacuop.sonif edor opor p

    aoB

    ,sievtseetnemaideMsabaar apsadacidniocuop

    mesodasur esodnedop,sievemr epmisoelcn

    .seuqid

    M

    aier a,sonif mocsaier Asaier a,sasotlisotium

    -aier asar utsimsasoligr a.sadaudar glamaligr a

    ar alugeR

    aoB

    sievtseetnemaideMsoelcnmesodasu

    sar utur tseedsievemr epmi.setnehcnear tnoc

    aoBaM

    S o

    l o s

    d e g r a n u

    l a

    o g r o s s a

    S o

    l o s

    d e g r a n u

    l a

    o g r o s s a

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    Tab 4-4. Continuao

    ARTIGO III

    COMPACTAO DE SOLOS

    4-10. INTRODUOEntende-se por compactao de um solo o processo manual ou mecnico

    que visa reduzir o volume de seus vazios atravs da expulso de ar, aumentando,assim, o seu peso especfico e melhorando as suas propriedades como resistn-cia, permeabilidade e compressibilidade.

    4-11. CONTROLE DA COMPACTAO NO CAMPOa. O controle de compactao de solos no campo, deve ser feito atravs

    de dois procedimentos:(1) controle do teor de umidade, antes do incio da compactao, de forma

    que o solo seja compactado na umidade tima, com uma tolerncia mxima

    4-9/4-11

    lar eGosiviDsoloSedopur G

    esacip TseangiseD

    edadilauQomoc

    oadnuFor r etAomocr olaV

    edadilauQatsipomoc

    otnemalor edtsnC /p

    laicnegr emE

    edsoloSaniFoalunar G

    uoaxiaBedanaideM

    edadilibisser pmoC

    p,sanif saier aesetliSotiumaier a,ahcor ed

    uosasoligr asanif axiabedsasotlis

    .edadicitsalp

    ar alugeRaoB

    medop,medadilibatsEsor r etamesodasur es

    elor tnocetnaidem.odauqeda

    M

    edadicitsalpedsaligr Asaligr a,aidmaaxiab

    saligr a,sasoner a.sar gr amsaligr a,sasotlis

    MoelcnsievtsEesievemr epmi

    .sateuqnabM

    esocingr osetliSmocaligr a-setlissar utsim

    edacingr oair tam.edadicitsalpaxiab

    otiumeMM

    .or r etaar apmevr esoN MotiuM

    edsoloSaniFoalunar G

    adavelEededadilibisser pmoC

    aier aedesosotlissoloSesoeccim,anif

    setlissoecmotaid.socitsle

    otiumeMM

    edoelcn,medadilibatsE,ocilur dihor r eta

    or r etamesiev jesedni.odatcapmoc

    MotiuM

    edsacingr onisaligr Asaligr a,edadicitsalpatla

    .sadr og

    otiumeMM

    mocaidmedadilibatsEsoelcnsievussedulat

    .seuqilcesateuqnab,sonif MotiuM

    edsacingr osaligr Aatlaeaidm.edadicitsalp

    otiumeMM

    .or r etaar apevr esoN litnI

    socingr osoloSatlaedsosor bif

    edadilibisser pmoc

    sor tuoesosof r utsoloSonatnpedsolos

    .socingr oetnematla

    -amer txEMetnem

    ar apsodasuosoN.our tsnoc

    litnI

    S o

    l o s

    d e g r a n u l a

    o

    f i n a

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    4-10

    especificada. Para esse controle, o mtodo mais utilizado o do "speedy".(2) controle de peso especfico aparentemente seco, aps a compactao,

    atravs do Grau de Compactao (Gc) definido como a relao entre o pesoespecfico obtido no campo e o peso mximo seco obtido em laboratrio:

    b. No sendo atingido o valor mnimo do grau de compactao especifica-do, caber a deciso de se prosseguir na compactao ou de se revolver omaterial e de recompact-lo . O processo mais utilizado para a determinao dopeso especfico aparente "in situ" o do frasco de areia (Fig 4-4). Neste mtodo

    utiliza-se uma areia de peso especfico aparentemente conhecido, determinando-se o volume do orifcio escavado pela diferena de peso antes e aps a aberturado registro do frasco. Como pesamos a amostra de solo extrada do orifcio,podemos, pela diviso do peso pelo volume encontrado, determinar a densidadedo solo e compar-la densidade mxima determinada em laboratrio, obtendo-se o Gc. Normalmente, especifica-se um Gc mnimo de 98% ou 96% para corposde aterro de barragens, 100% para a base de pavimentos e 95% para sub-bases.

    Fig 4-4. Ensaio do Frasco de Areia

    G = ____________ 100. Y s, mx (lab)C Y s (compo)

    4-11

    FRASCO DE AREIA

    REGISTROBANDEJA

    VOLUME ESCAVADO

    FUNIL

    NT.

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    CAPTULO 5

    DRENAGEM

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    5-1. INTRODUO

    a. A drenagem das estradas, no seu sentido mais restrito, trata da remooda gua da prpria estrada e do seu encaminhamento adequado. Entretanto, oterreno usado, tambm, junto com dispositivos adequados destinados a impedir que ela atinja a estrada e a controlar seus movimentos ao longo e por baixo damesma.

    b. Devido as suas aes erosivas, a gua, quando aparece onde no necessria, torna-se o pior inimigo das estradas. Ela uma das causas, ou a mais

    direta, que contribuem para a maior parte dos insucessos e interrupes deestradas. Por esse motivo, o estudo completo e as melhores solues possveispara todos os problemas de drenagem so de importncia vital para o sucesso dasconstrues rodovirias.

    5-2. DEFINIO DE DRENAGEM

    a. Drenagem o conjunto de dispositivos, superficiais e subterrneos, quetem por finalidade desviar a gua da estrada, para evitar:

    (1) destruio de aterros;(2) reduo da capacidade de suporte do subleito;(3) eroses nos taludes; e(4) escorregamentos dos taludes.

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    5-2

    b. Origem das guas(1) Precipitao atmosfrica direta (chuvas).(2) Fluxo das guas superficiais dos terrenos adjacentes.(3) Inundao de cursos dgua prximos.(4) Infiltrao atravs do solo (guas subterrneas).

    c. Tipos de Drenagem(1) Superficial.(2) Subterrnea.(3) De transposio de talvegue (bueiros).

    ARTIGO II

    DRENAGEM SUPERFICIAL

    5-3. FINALIDADE

    Tem como objetivo interceptar e captar, conduzindo ao desge seguro, asguas provenientes de suas reas adjacentes e aquelas que se precipitam sobreo corpo estradal, resguardando sua segurana e estabilidade.

    a. Dispositivos de drenagem superficial(1) Valetas de proteo de corte.(2) Valetas de proteo de aterro.(3) Sarjetas de corte.(4) Sarjetas de aterro.(5) Descida dgua.(6) Sada dgua.(7) Caixas coletoras.(8) Bueiros de greide.(9) Dissipadores de energia.(10) Escalonamento de taludes.(11) Corta-rios.

    5-4. VALETAS DE PROTEO DE CORTE

    Tm como objetivo interceptar as guas que escorrem pelo terreno naturala montante impedindo-as de atingir o talude de corte. Sero locadas paralelas scristas dos cortes.

    Convm sempre se revestir as valetas, podendo ser: concreto, alvenaria detijolo ou pedra, pedra arrumada, vegetao. (Fig 5-1 a 5-4)

    As sees podem ser:

    a. Triangulares - criam plano preferencial de escoamento da gua, sendopouco recomendadas para grandes vazes.

    5-2/5-4

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    b. Retangulares - usada nos cortes em rocha.

    c. Trapezoidais - so mais recomendveis por apresentarem maior eficincia hidrulica.

    Fig 5-1.

    Fig 5-2.

    Fig 5-3.

    5-4

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    5-4

    Fig 5-4.

    5-5. VALETAS DE PROTEO DE ATERRO

    Tm como objetivo interceptar as guas que escoam pelo terreno amontante, impedindo-as de atingir o p do talude de aterro, bem como receber asguas das sarjetas e valetas de corte, conduzindo-as com segurana, aodispositivo de transposio de talvegues.

    Sero locadas aproximadamente paralelas ao p do talude de aterro a umadistncia entre 2 e 3 m. (Fig 5-5 e 5-6)

    a. Tipos de revestimento(1) Concreto.(2) Alvenaria de tijolo ou pedra.(3) Pedra arrumada.(4) Vegetao.

    b. Tipos de sees(1) Trapezoidal

    Fig 5-5. Valeta de proteo de aterro com seo trapezoidal.

    5-4/5-5

    TaludeMaterial aplicado

    3,00 m 3 , 0 0 m

    Material aplicadomanualmente

    Talude deaterro

    2,0 < d

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    (2) Retangular

    Fig 5-6. Valeta de proteo de aterro com seo retangular.

    5-6. SARJETAS DE CORTE

    Tm como objetivo captar as guas que se precipitam sobre a plataformae taludes de corte e conduzi-las, longitudinalmente rodovia, at o ponto detransio entre corte e aterro, permitindo a sada lateral para o terreno natural oupara a valeta de aterro, ou ainda, para a caixa coletora de um bueiro de greide.

    Deve ser executada nos cortes, sendo construdas margem dos acosta-mentos.

    a. Tipos de revestimento(1) Concreto.(2) Alvenaria de tijolo.(3) Alvenaria de pedra arrumada.(4) Revestimento vegetal (alto custo de conservao).

    b. Tipos de sees(1) Triangular (Fig 5-7): apresentam razovel e reduzido riscos de

    acidentes. Os valores extremos da distncia da borda do acostamento ao fundoda sarjetas (L1), situam-se entre 1 e 2 m.

    Fig 5-7.

    5-5/5-6

    Talude de aterro

    Material aplicadomanualmente

    2,0

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    Fig 5-10.

    5-7. SARJETAS DE ATERRO

    Tm como objetivo captar as guas precipitadas sobre a plataforma demodo a impedir que provoquem eroses da borda do acostamento e/ou no taludede aterro, conduzindo-as para local seguro. (Fig 5-11)

    a. Situaes de uso:(1) trechos onde a velocidade das guas provenientes da pista provoqueeroso na borda da plataforma;

    (2) trechos onde, em conjunto com a terraplanagem, for mais econmicaa utilizao da sarjeta, aumentando com isso a altura do aterro.

    b. Tipos de sees transversais(1) Triangular.(2) Trapezoidal.(3) Retangular.

    (4) Outras.c. Materiais mais indicados

    (1) Concreto de cimento.(2) Concreto betuminoso (binder).(3) Solo betume.(4) Solo cimento.(5) Solo (rod. secundrias).

    5-6/5-7

    Sarjeto

    Meio-fio

    Acostamento

    Tolude decorte

    " H " v a r i

    v e l

    2a

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    Fig 5-11.

    5-8. DESCIDAS D'GUAa. Tm como objetivo conduzir as guas captadas por outros dispositivos

    de drenagem, pelos taludes de corte e de aterro.

    b. Nos cortes, tm como objetivo principal conduzir as guas das valetasquando atingem seu comprimento crtico, ou de pequenos talvegues, desaguandonuma caixa coletora ou na sarjeta de corte.

    c. Nos aterros, conduzem as guas provenientes das sarjetas de aterroquando atingido seu comprimento crtico, e nos pontos baixos, atravs das

    sadas dgua, desaguando no terreno natural.d. Tambm atendem, no caso de cortes e aterros, s valetas de banquetas

    quando atingido seu comprimento crtico e em pontos baixos.

    e. No raramente, devido necessidade de sada de bueiros elevados,desaguando no talude do aterro, as descidas dgua so necessrias visandoconduzir o fluxo pelo talude at o terreno natural.

    f. Posicionam-se sobre os taludes dos cortes e aterros seguindo as suasdeclividades e tambm na interseo do talude de aterro com o terreno natural,

    nos pontos de passagem de corte-aterro.g. Podem ser do tipo rpido ou em degraus. A escolha entre um e outro tipo

    ser funo da velocidade limite do escoamento, para que no provoque eroso,

    5-7/5-8

    Acostamento

    rea de alogamento

    Acostamento

    Meio-fio simples

    Canteiro ou passeio

    Talude de aterro

    Meio-fio - sarjeta conjugadasCanteiro ou passeio

    Talude de aterro

    1%

    1%

    NA

    NA

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    das caractersticas geotcnicas dos taludes, do terreno natural, da necessidadeda quebra de energia do fluxo dgua e dos dispositivos de amortecimento nasada.

    h. Tipos de seo de vazo:(1) retangular, em calha (tipo rpido) ou em degraus;(2) semicircular ou meia cana, de concreto ou metlica;(3) em tubos de concreto ou metlicos.

    i. desaconselhvel a seo de concreto em mdulos, pois a aodinmica do fluxo pode acarretar o descalamento e o desjuntamento dosmdulos, vindo a erodir o talude.

    5-9. SADAS D'GUA (OU ENTRADAS D'GUA)

    a. So dispositivos destinados a conduzir as guas coletadas pelassarjetas de aterro para as decidas dgua (Fig 5-12)

    b. Localizam-se na borda da plataforma, junto aos acostamentos ou emalargamento prprios para sua execuo, nos pontos onde atingido o compri-mento crtico da sarjeta, nos pontos baixos das curvas verticais cncavas, juntos pontes, pontilhes e viadutos e, algumas vezes, nos pontos de passagem decorte para aterro.

    c. Devem ter uma seo tal que permita uma rpida captao das guas queescoam pela borda da plataforma conduzindo-as s descidas dgua. Umrebaixamento gradativo da seo um mtodo eficiente de captao.

    d. Considerando sua localizao, devem ser projetadas obedecendo aosseguinte critrios:

    (1) greide de rampa: fluxo de gua num nico sentido;(2) curva vertical cncava (ponto baixo): fluxo de gua em dois sentidos,

    convergindo para um ponto baixo.

    e. Quanto ao revestimento, podem ser concreto com superfcie lisa ou dechapas metlicas.

    5-8/5-9

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    5-10

    Fig 5-12. Descida dgua

    5-10. CAIXAS COLETORASa. Tm como objetivos principais:

    (1) coletar as guas provenientes das sarjetas e que se destinam aosbueiros de greide;

    (2) coletar as guas provenientes de reas situadas a montante debueiros de transposio de talvegue, permitindo sua construo abaixo do terrenonatural;

    (3) coletar as guas provenientes das descidas dgua de cortes,conduzindo-as ao dispositivo de desge seguro;

    (4) permitir a inspeo dos condutos que por elas passam, a fim de severificar sua funcionalidade e eficincia; e

    (5) possibilitar mudanas de dimenso de bueiros, de sua declividade edireo.

    b. Quanto a sua funo, podem ser: caixas coletoras, caixas de inspeoou caixas de passagem e, quanto ao fechamento, podem ser com tampa ouabertas.

    c. As caixas coletoras localizam-se:(1) nas extremidades dos comprimentos crticos das sarjetas de corte,

    conduzindo as guas para o bueiro de greide ou coletor longitudinal;(2) nos pontos de passagem de cortes para aterros, coletando as guasdas sarjetas de modo a conduzi-las para o bueiro nos casos em que as guas, aoatingirem o terreno natural, possam provocar eroses;

    5-9/5-10

    A A

    Corte AA

    Bacia deamortecimento

    Bacia deamortecimento

    P L A N T A

    Cada dgua

    Descida dgua

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    (3) nas extremidades das descidas dgua de corte quando se tornanecessria a conduo das guas desse dispositivos para fora do corte sem autilizao das sarjetas;

    (4) no terreno natural, junto ao p do aterro, quando se deseja construir um bueiro de transposio de talvegues abaixo da cota do terreno, sendo,portanto, inaplicvel boca;

    (5) nos canteiros centrais das rodovias com pista dupla; e(6) em qualquer lugar onde se torne necessrio captar as guas

    superficiais, transferindo-as para os bueiros.d. As caixas de passagem localizam-se:

    (1) nos locais destinados a vistoriar os condutos construdos tendo emvista verificar sua eficincia hidrulica e seu estado de conservao;

    (2) nos trechos com drenos profundos com o objetivo de vistoriar seu

    funcionamento.e. As caixas com tampa, em forma de grelha, so indicadas quando tem afinalidade coletora, ficando localizadas em pontos que possam afetar a seguranado trfego ou se destinem a coletar guas contendo slidos em dimensesapreciveis que possam obstruir os bueiros ou coletores.

    f. As caixas com tampa removvel so indicadas quando tm a finalidadede inspeo e de passagem.

    g. As caixas abertas so indicadas quando tm finalidade coletora e loca-lizam-se em pontos que no comprometam a segurana do trfego.

    5-11. BUEIROS DE GREIDE

    So dispositivos destinados a conduzir as guas captadas pelas caixascoletoras para locais de desge seguro.

    a. Localizao:(1) nas extremidades dos comprimentos crticos das sarjetas de corte

    em seo mista ou quando, em seo de corte pleno, for possvel o lanamentoda gua coletada atravs de janela de corte. Nos cortes em seo plena, quando

    no for possvel o aumento da capacidade da sarjeta ou a utilizao de aberturade greide longitudinal pista, at o ponto de passagem de corte-aterro;(2) nos ps das descidas dgua dos cortes, recebendo as guas das

    valetas de proteo de corte e/ou valetas de banquetas, captadas por caixascoletoras;

    (3) nos pontos de passagem corte-aterro, evitando-se que as guasprovenientes das sarjetas de corte desge no terreno natural com possibilidadede erodi-lo; e

    (4) nas rodovias de pista dupla, conduzindo ao desge as guascoletadas dos dispositivos e drenagem do canteiro central.

    b. Os bueiros de greide podem ser implantados transversal ou longitudinal-mente ao eixo da rodovia, com alturas de recobrimento atendendo resistnciade compresso estabelecida para as diversas classes de tubo.

    5-10/5-11

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    5-12

    5-12. DISSIPADORES DE ENERGIA

    So destinados a dissipar energia do fluxo dgua reduzindo sua velocida-de, quer no escoamento atravs do dispositivo de drenagem, quer no desge

    para o terreno natural.a. Classificam-se em dois grupos:

    (1) Bacias de amortecimento (dissipadores localizados) - Tm o objetivode, mediante a dissipao de energia, diminuir a velocidade da gua quando estapassa de um dispositivo de drenagem superficial qualquer para o terreno natural,de modo a evitar a eroso (Fig 5-13). Sero instaladas nos seguintes locais:

    (a) no p das descidas dgua nos aterros;(b) na boca de jusante dos bueiros;(c) na sada das sarjetas de corte, nos pontos de passagem corte-

    aterro.

    Fig 5-13. Bacia de amortecimento

    (2) Dissipadores contnuos - Tm como objetivo diminuir a velocidade da

    gua, continuamente, ao longo de seu percurso, de modo a evitar a eroso emlocais que possa comprometer a estabilidade do corpo estradal. Localizam-se, emgeral, nas descidas dgua, na forma de degraus ou cascatas, e ao longo do aterro,de forma que a gua precipitada sobre a plataforma seja conduzida pelo talude,de forma contnua, sem criar preferncias e, portanto, no o afetando.

    5-13. ESCALONAMENTO DE TALUDES

    a. Tem como objetivo evitar que as guas precipitadas sobre a plataformae sobre os taludes, atinjam, atravs do escoamento superficial, uma velocidade

    acima dos limites de eroso dos materiais que os compem. (Fig 5-14)b. As banquetas, nesse caso, so providas de dispositivos de captao de

    guas - as sarjetas de banqueta - que conduziro as guas ao desge seguro.

    5-12/5-13

    Cunhas Dentes Soleira

    L

    R0,2%

    0,75%

    0,75%0,75%

    0,8%

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    Fig 5-14. Escalonamento de talude

    5-14. CORTA-RIOSa. So canais de desvios abertos (Fig 5-15 e 5-16) com a finalidade de:

    (1) evitar que um curso dgua existente interfira seguidamente com adiretriz da rodovia, obrigando a construo de sucessivas obras de transposiode talvegues;

    (2) afastar as guas que ao serpentear em torno da diretriz da estrada,coloquem em risco a estabilidade dos aterros;

    (3) melhorar a soluo tcnica para a diretriz da rodovia.

    Fig 5-15. Corta-rio

    5-13/5-14

    2 a 3 % h = 7 a 9 m

    Sarjeta de banqueta

    Corta-rio

    RODOVIA

    Curso dguanatural

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    5-14

    Fig 5-16. Ilustrao dos dispositivos de drenagem superficial

    ARTIGO III

    DRENAGEM SUBTERRNEA OU PROFUNDA

    5-15. FINALIDADE

    a. A execuo de obras de drenagem subterrnea, por sua complexidade,deve ser atribuio exclusiva dos BE Cnst/Ex Cmp.

    b. Destina-se a drenar as guas existentes abaixo da superfcie do terrenonatural, interceptando o escoamento das guas subterrneas na direo daestrada ou rebaixando o nvel do lenol fretico, visando impedir que as guasatinjam a plataforma, diminuindo a capacidade de suporte do subleito.

    c. Geralmente procura-se manter o lenol fretico profundidade de 1,5a 2 m do subleito das rodovias, dependendo do tipo de solo da rea considerada.

    5-13/5-14

    Valeta de proteo de corte

    Sarjeta decorte

    Caixa coletora

    Sarjeta de aterro

    Valeta de proteo de aterro

    Entrada dgua

    Descidadgua

    Dissipador

    Sarjeta

    Bueiro de greide

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    5-15

    C 5-38

    5-16. EXIGNCIAS DE PROJETO

    a. Os projetos de drenagem subterrnea exigem:(1) conhecimento da topografia da rea;

    (2) observao geolgica e pedolgicas com obteno de amostras dossolos por meio de sondagem;(3) conhecimento da pluviometria da regio (recursos da hidrologia).

    b. Sondagem: As sondagens devem ser feitas no p dos taludes. Odimetro mnimo dos furos de 10 cm. A profundidade deve atingir entre 1,5a 2 m e o nmero de furos necessrios consta da Tab 5-1:

    Tab 5-1

    (1) Devem ser executadas aps a poca das chuvas.(2) A verificao da presena de gua dever ser feita imediatamente

    aps a execuo da sondagem e, posteriormente, aps 24 horas.(3) A presena de gua ou umidecimento exagerado na parte inferior dofuro indica a necessidade de drenagem subterrnea.

    c. Dispositivos de drenagem subterrnea(1) Drenos profundos.(2) Drenos espinha de peixe.(3) Colcho drenante.(4) Drenos horizontais profundos.(5) Valetes laterais.

    5-17. DRENOS PROFUNDOS

    a. Objetivo - Interceptar o fluxo da gua subterrnea atravs do rebaixa-mento do lenol fretico, impedindo-o de atingir o subleito.

    b. Materiais (de acordo com as suas funes):(1) filtrantes: areia, agregado britado, geotextil.(2) drenantes: britas, cascalhos.(3) condutores (tubos): de concreto (poroso ou perfurando), cermicos

    (perfurados), fibrocimento ou plsticos. (Fig 5-18 e 5-19)

    sor uf edominmor emN

    m09>etr oCsedadimer txesan,)siod(20

    m03adaca,)mu(10

    m09

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    C 5-38

    5-16

    Fig 5-17. Drenos profundos com tubo

    5-17

    150

    a200

    Obs: Medidas em cm

    7

    36

    15a40

    150a20055

    50

    Mantasinttica

    60

    Materialdrenante

    Materialimpermevel

    Materialfiltrante

    60

    3

    Descontuo c/ Aberto

    material drenante

    Materialfiltrante

    Materialde

    proteo

    Tubo 20

    Selo

    750

    15a40

    536

    Contnuo Descontnuo c/material de proteo

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    C 5-38

    Fig 5-18. Drenos profundos sem tubo

    OBSERVAO:H casos em que no so colocados tubos no interior dosdrenos. So os chamados drenos cegos (dreno francs), que so utilizadosquando o volume de gua a drenar pequeno e a extenso do dreno reduzida,face a sua baixa capacidade drenante. Nese caso, a E Bda tem condies derealizar o servio, com a utilizao de recursos locais.

    c. Localizao - Sero instalados nos locais onde haja necessidade deinterceptar e rebaixar o lenol fretico, geralmente nas proximidades dos acosta-mentos:

    (1) nos cortes, recomenda-se que sejam instalados, no mnimo, a 1,5 mdo p dos taludes, para evitar futuros problemas de instabilidade. (Fig 5-20 e 5-21);

    (2) nos aterros, quando ocorrer a possibilidade de aparecimento de gualivre, bem como quando forem encontradas camadas permeveis sobrepostas outras impermeveis, mesmo sem a presena de gua, na ocasio da pesquisado lenol fretico;

    (3) nos terrenos planos que apresentem lenol fretico prximo dosubleito.

    5-17

    Descontnuo c/ Abertomaterial drenante

    Materialfiltrante

    Material

    drenante

    Selo

    Mantasinttica

    60

    50 50

    60

    7

    7

    Obs: Medidas em cm

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    Fig 5-19. Posicionamento dos drenos profundos

    Fig 5-20. Localizao dos drenos profundos

    d. Constituio:(1) vala;(2) materiais drenantes;(3) materiais filtrantes;(4) tubos dreno;(5) juntas;(6) caixas de inspeo; e(7) estruturas de desge.

    OBSERVAO: Nos casos de drenos com tubos podem ser utilizados

    envoltrios drenantes e/ou filtrantes constitudos de materiais naturais e sintti-cos. (Fig 5-21)

    5-17

    Talude Talude

    1,50 m

    PlataformaPlataforma

    1 , 5 0 a

    2 , 0 0 m

    Localizao do dreno profundo

    4,50

    3,50

    1 = 3 %

    1,50

    4,50

    3,50

    1 = 3 %

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    Fig 5-21.

    e. Valas(1) Devem ter, no fundo, uma largura mnima de 50 cm e de boca, a

    largura do fundo mais 10 cm.(2) Sua altura depende da profundidade do lenol fretico que pode

    chegar a 1,5 m, ou no mximo 2 m.

    f. Material de enchimento (filtrante e/ou drenante)(1) A funo do material filtrante a de permitir o escoamento da gua

    sem carrear finos, evitando a colmatao do dreno.(2) A funo do material drenante a de captar e ao mesmo tempo

    conduzir as guas a serem drenadas.g. Tubos

    (1) Podem ser de concreto, de cermica, de fibrocimento, de plsticorgido ou flexvel corrugado e metlicos.

    (2) Os dimetros variam de 10 a 25 cm e, quando de plsticos, 5 a 20 cm.(3) Os de concreto podem conter furos com dimetros de 6 a 10 cm, e

    os de plsticos flexveis corrugados utilizam ranhuras de 0,6 a 10 mm.(4) Nos casos especiais de terrenos altamente porosos ou rochas comfendas amplas devero ser instalados tubos com furos voltados para cima.

    (5) A posio dos furos, voltados para cima, exige que se encha a baseda vala do dreno com material impermevel at a altura dos furos iniciais, na outracondio deve-se colocar um colcho filtrante no fundo da vala.

    (6) No caso de tubos plsticos corrugados flexveis, por serem totalmen-te ranhurados, no h necessidade de direcionar as aberturas de entrada da gua.

    h. Colocao - De montante para jusante com a bolsa voltada para

    montante. (Fig 5-22)

    5-17

    Dreno propriamente ditoCaixa de inspeo Caixa de

    descarga(Boca)

    200 m no mximo

    1 , 5 a

    2 , 0 m

    1 %

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    Fig 5-22. Colocao

    i. Dreno propriamente dito(1) Partes do dreno - (Fig 5-23)

    Fig 5-23. Partes do dreno

    (2) Tipos de drenos(a) cegos selado Contnuo (um s material de enchimento)

    (b) c/ tubo aberto Descontnuo (dois materiais de enchi-mento)

    5-18. DRENOS ESPINHA DE PEIXE

    a. So destinados drenagem de grandes reas pavimentadas ou no. Sousados em srie, em sentido oblquo em relao ao eixo longitudinal da rodovia,ou rea a drenar.

    b. Geralmente so de pequena profundidade e, por este motivo, sem tubos,embora possam eventualmente ser usados com tubos.

    5-17/5-18

    Bidim

    Material filtrante

    Material drenante

    Tubo

    BritaSeixoPedra de mo

    Areia ouManta sinttica

    Furadoou

    Poroso

    CermicaConcretoPVCMetlicoFibrocimento

    Selo-argila

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    C 5-38

    c. Emprego(1) Em cortes, quando os drenos longitudinais no forem suficientes para

    a drenagem da rea.(2) Em terrenos que recebero aterros e nos quais o lenol fretico estiver

    prximo da superfcie.(3) Nos aterros, quando o solo natural for impermevel.

    d. Conforme as condies existentes podem desaguar livremente ou emdrenos longitudinais. (Fig 5-24)

    Fig 5-24. Drenos espinha de peixe

    5-19. COLCHO DRENANTE

    a. Tem o objetivo de drenar as guas existentes situadas pequenaprofundidade do corpo estradal, quando forem de volume tal que no possam ser drenadas pelos drenos espinha de peixe. So usadas: (Fig 5-25)

    (1) nos cortes em rochas;(2) nos cortes em que o lenol fretico estiver prximo do greide da

    terraplanagem;(3) na base dos aterros onde houver gua livre prximo do terreno natural;e(4) nos aterros executados sobre terrenos impermeveis.

    5-18/5-19

    3,00 m

    30

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    5-22

    Fig 5-25. Colcho Drenante

    5-20. DRENOS HORIZONTAIS PROFUNDOS

    a. So dispositivos cravados no macios ou taludes dos cortes com afinalidade de dren-los para, assim, reduzir a presso neutra, evitando osdeslizamentos.

    c. um eficiente dispositivo na eliminao da gua que est saturando umtalude ou encosta, retida pela ocorrncia de camadas de solos impermeveis.(Fig 5-26)

    Fig 5-26. Drenos Horizontais Profundos

    c. Esquema de dreno horizontal profundo. (Fig 5-27)

    5-19/5-20

    Coletor

    1 %

    Camadasfiltrante

    Camadadrenante

    Sadas

    Drenos

    Saia do aterro

    Talude do corte

    Corte

    Direo do fluxo com drenoDireo do fluxo sem dreno

    Aterro

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    Fig 5-27.

    5-21. VALETES LATERAIS

    a. So valas abertas a partir do bordo do acostamento, sendo constitudo,de um lado, pelo acostamento e do outro pelo prprio talude de corte, com afinalidade de substituir os dispositivos de drenagem superficial e subterrnea.

    b. Apesar da economia, a estrada ficar sem acostamento confivel napoca das chuvas e nos tempos secos ter um acostamento perigoso, face rampa necessria, a no ser que haja alargamentos substanciais, o que equivaledizer que os valetes laterais iro funcionar independentemente da plataforma darodovia.

    c. Porm, em regies planas, podem exercer sua dupla funo semdificuldade, podendo trabalhar como sarjeta e dreno profundo, ao mesmo tempo.

    d. recomendado o revestimento dos taludes do canal com gramneas.Sua profundidade ser de 1,5 a 2 m e os taludes de 3/2, quando possvel. (Fig 5-28 e 5-29)

    5-20/5-21

    Argamassa Tubo furadoFundo

    CORTE EM ROCHATanude de corte

    Argamassa

    Tubo pingadeira

    Manta sinttica

    Perfurao

    Perfurao

    1H

    2H

    2H

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    5-24

    Fig 5-28.

    Fig 5-29.

    ARTIGO IV

    DRENAGEM DE TRANSPOSIO DE TALVEGUES (BUEIROS)

    5-22. INTRODUO

    As obras para transposio dos talvegues podem ser bueiros, pontes epontilhes. Os bueiros permitem a livre passagem das guas que possaminterferir na circulao da estradas. Compem-se de corpo e bocas.

    a. Corpo - parte situada sob os cortes e aterros.

    5-21/5-22

    Talude cominclinao normal

    Revestimento vegetal

    Plataforma

    Inclinao igual aodo aterro ou nomximo 1:1,8

    1

    , 5 0

    Dreno em espinha de peixeDreno frontal

    profundo

    Valetolateral

    Dreno profundo Colcho drenante

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    b. Bocas - constituem o arremate, montante e jusante. So compostasde soleira, muro de testa e alas. (Fig 5-31 e 5-32)

    OBSERVAO:Se o nvel da entrada da gua na boca de montante estiver

    situado abaixo da superfcie do terreno natural, a entrada ser uma caixa coletora.

    5-23. CLASSIFICAO DOS BUEIROS

    a. Quanto forma da seo:(1) tubulares ou circular;(2) celulares (retangular ou quadrado); e(3) especial (arco, oval ou capeado).

    b. Quanto ao nmero de linhas:

    (1) simples;(2) duplos; e(3) triplos.

    c. Quanto ao material:(1) concreto simples;(2) concreto armado; e(3) chapas metlicas.

    d. Quanto esconsidade: a esconsidade definida pelo ngulo formadoentre o eixo longitudinal do bueiro e a normal ao eixo longitudinal da rodovia. Osbueiros podem ser:(1) normais;

    (2) esconsos.

    5-24. LOCALIZAO DOS BUEIROSa. Sob os aterros: procura-se lanar o bueiro na linha do talvegue. No sendo

    possvel, deve-se procurar uma locao esconsa que afaste o eixo do bueiro omnimo possvel da normal ao eixo da rodovia, tomando as devidas precauespara os deslocamentos dos canais de entrada e sada dgua do bueiro.

    b. Nas bocas dos cortes: quando o volume de gua dos dispositivos dedrenagem, embora previstos no projeto, for tal que possa erodir o terreno naturalnesses locais.

    c. Nos cortes de seo mista: quando a altura da saia do aterro no for muitoelevada, ou quando a capacidade das sarjetas torna-se insuficiente.

    5-22/5-24

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    5-26

    Fig 5-30. Bueiro simples tubular de concreto

    5-24

    30

    Planta

    Soleira

    Boca

    Muro ala

    Muro ala

    Muro de testa

    Vista

    Solo Rocha

    Alternativas

    Tubo de concretoConcreto R = 120 Kg/cm2

    Eventual camada de

    aterro compactado

    0,30

    0,92 0,92

    Detalhe do bero sobre solo ou rocha

    Var

    0,20

    Pedriscocompactado

    Var 0,55

    0,3030

    Bueiro simples tubular de concreto

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    C 5-38

    Fig 5-31. Visita em corte de um bueiro

    5-24

    C O R T E B - B

    E i x o

    d a e s

    t r a d a

    A t e r r o

    d e e n c h

    i m e n

    t o

    c o t a d e

    j u s a n

    t e

    C o m p r i m e n

    t o t o t a l

    B e r o

    C o

    t a d e m o n

    t a n

    t e

    A t e r r o c o m p a c

    t a d o

    C O R T E A - A

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    5-28

    5-25. ELEMENTOS DE PROJETO

    a. Levantamento topogrfico e respectiva planta - O projeto dever ter curvas de nvel, de metro em metro, em grau de detalhamento e sobre a planta

    resultante dever ser projetado o bueiro.b. Pesquisa da declividade e estudos geotcnicos - A declividade do

    bueiro dever variar entre 0,4 a 5 %. Quando superior a 5 %, dever ser projetadoem degraus e ter o bero com dentes de fixao.

    (1) A declividade, quando no uma imposio do projeto, de escolhado projetista.

    (2) Quando a velocidade do escoamento na boca de jusante for superior recomendada para a natureza do terreno natural existente, devem ser previstasbacias de amortecimento.

    (3) Os estudos geotcnicos (sondagens) tero o objetivo de avaliar,quando necessrio, a capacidade de suporte do terreno natural, principalmentenos casos de aterros altos e em locais de provvel presena de solos compressveis.

    c. Seo transversal - O clculo da seo de vazo do bueiro, dependerde alguns elementos bsicos:

    (1) rea da bacia de contribuio - Deve-se delimitar a bacia e calcular a sua rea, em hectares, atravs de cartas topogrficas, fotografias. Deve-seobter os seguintes dados:

    (a) comprimento mximo da bacia;(b) declividade mdia da bacia; e(c) natureza do terreno e coberturas vegetal.(2) Tempo de concentrao na bacia (tc) - o tempo necessrio para o

    escoamento de uma partcula de gua, desde o ponto mais afastado da bacia ata obra de arte. Dimensiona-se o bueiro para uma chuva de durao igual ao tempode concentrao. Para sua determinao utiliza-se frmulas empricas.

    (3) Chuva de projeto (mm/h) - A chuva de projeto ser a mxima para umdeterminado perodo (tempo de recorrncia de 10 a 25 anos). Existem vriasfrmulas empricas que determinam a intensidade da chuva mxima, consideran-do o tempo de recorrncia e a sua durao (tc).

    (4) Vazo de contribuio - A partir dos dados anteriormente obtidos, avazo poder ser calculada usando-se: frmulas empricas, o mtodo racional oua frmula de Talbot, apresentada a seguir:

    Onde: A: rea da seo transversal do bueiro em m2;M: rea da bacia em Ha;C: coeficiente de deflvio. (Tab 5-2)

    5-25

    A = 0,183 . C . M 3

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    C 5-38

    Tab 5-2

    (1) Escolha da seo e do tipo de bueiro - Os limites econmicos, emordem crescente, so:

    (a) BTTC 1,5 m; (bueiro triplo tubular de concreto)(b) BTCC 3 x 3 m; (bueiro triplo celular de concreto)(c) Ponte.

    (2) Exemplo de dimensionamento de bueiro utilizando a frmula deTalbot: calcular a rea de vazo e o Nr de bueiros tubulares 1.000 m, cuja baciade contribuio tem 6,00 ha e terreno spero, montanhoso e de rampas suaves.Caso seja invivel utilizar bueiro celular.

    soner r eTedsopiTetneicif eoC(C

    ed)oivlf ed

    sapmar edesosohcor sodanilcnisoner r eT 1

    sevaussapmar ed,sosohnatnom,sor epssoner r eT 3/2

    oaoaler mesagr alotium,ser aluger r isaicaBotnemir pmoc 2/1

    a)sr t(3mocotnemir pmoc,sadaludnosalocr gasaicaBar ugr aladr olavosezev)or tauq(4 3/1

    seadunisetr of asatsopxeonsanalpsaicaB 5/1

    5-25

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    5-31

    C 5-38

    Fig 5-32.

    (2) Clculo da Largura Le da Plataforma (Fig 5-33)

    Fig 5-33.

    5-25

    Ln

    Cota de Q2

    Cota de Q1

    H1 %

    H2 %

    m

    m

    CBE N-m

    CBDN+m

    Ln

    Le

    Lee

    Eixo da obra

    Eixo da via

    Clculo da Largura Le da Plataforma

    CG

    LeLe

    CBDCBE

    b1 h b2

    CjCmCalada(C+K)

    Linha dofundodgua

    (i%)

    Cava de fundao

    Vala de sada

    Calada(C+K)

    Testa + folga

    d1 d2

    d j

    P1P2

    N

    CT

    NA

    NAM

    M

    E

    CG

    Cm = Comprimento da tubulao a montanteCj = Comprimento da tubulao a jusante

    2.cos e3

    D

    Vala deentrada

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    5-32

    (a) Marcha do Clculo(1) Determinam-se os elementos do projeto: CP, CT, CG, i% e h.(2) Calcula-se a largura da semiplataforma normal:

    (3) Calcula-se a largura da semi-plataforma esconsa, supondo-se aconstante entre N-m e N+m:

    (4) Determina-se o valor de segmento m (=Le . sen e), calculam-se ascotas Q1 e Q2 das estacas do eixo N+m e N-m correspondentes aos bordos BDe BE da plataforma esconsa.

    (5) Com base nas taxas de superelevao H1 e H2, correspondentess estacas N+m e N-m, determinam-se as cotas dos bordos:

    (6) Desenhada a plataforma com os elementos assim determinados,traam-se as saias do aterro com inclinao 2/3 . cos e , at encontrar nos pontosE e D a linha de topo da obra.

    (7) O comprimento da tubulao ser:

    OBSERVAES:1 - Determinadas as cotas dos pontos P1 e P2, o clculo do

    comprimento da obra poder ser completado por via analtica, determinando-seos valores dos segmentos d1 e d2 pelas frmulas:

    2 - No caso de obra em tangente, a plataforma pode ser considerada em nvel.

    e. Fundaes - Os bueiros podem ser, sob o ponto de vista construtivo,Obra de Arte Corrente (OAC) ou Obra de Arte Especial (OAE) em face do seutamanho e/ou condies adversas dos terrenos de fundao. Os bueiros tubularese celulares podem ser executados de duas formas (Fig 5-35):

    (1) salientes;(2) em vala.

    5-25

    Ln = L + A2

    Le = Lncos e 0

    CBD = q 1 + (Ln . H 1%) CBE = q 2 + (Ln . H 2 %)

    C m = d m + testa + folga C j = d j + testa + folga

    d 1

    = b1

    2 . cose 0 +i%

    3

    d 2

    = b2

    2 . cose 0 +i%

    3

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    5-33

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    Para os bueiros metlicos, independente da forma ou tamanho, as funda-es sero simples, necessitando, quase sempre, apenas de uma regularizaodo terreno de assentamento. Em funo da altura dos aterros podem, porm,exigir cuidados especiais no que se refere fundao.

    B c -

    D i m e

    t r o e x

    t e r n o

    d o

    t u b o

    B c -

    D i m e

    t r o i n

    t e r n o

    d o

    t u b o

    F i g . 5

    - 3 4

    5-25

    T U B O S S A L I E N T E S

    T U B O S E M

    V A L A R

    O C H A

    T E R R A

    R O C H A

    T E R R A

    M T O D O S C O

    N D E N

    V E I S

    R e a

    t e r r o a p

    l i c a d o

    M T O D O S O R D E N

    V E I S

    M T O D O S D E

    1 C l a s s e

    C

    o l c h o r a s o

    d e

    t e r r a

    C o

    l c h o d e

    t e r r a

    p o u c o p r o

    f u n

    d o

    S u p e r

    f c i e n

    o

    c o n

    f o r m a d a c o m a

    b a s e

    d o

    t u b o

    P e r

    f e i t a m e n

    t e c o n

    f o r m a d a

    B e r o

    d e c o n c r e t o

    C o

    l c h o d e m a t e r

    i a l

    t e r r o s o s e

    l e c i o n a d o

    P a r a