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Estranha Moral EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP XXIII QUARTA-FEIRA - 03 AGOSTO 2011 FACILITADORAS: CLÉA ALVES E LUANA DAHL CICLO II - A

Estranha Moral EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP XXIII

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CICLO II - A. Estranha Moral EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP XXIII. QUARTA-FEIRA - 03 AGOSTO 2011 FACILITADORAS: CLÉA ALVES E LUANA DAHL. Estranha Moral. Estranha Moral . - PowerPoint PPT Presentation

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ESTRANHA MORAL

Estranha Moral

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO CAP XXIII

QUARTA-FEIRA - 03 AGOSTO 2011 FACILITADORAS: CLA ALVES E LUANA DAHLCICLO II - A

Estranha Moral Mudana no Contexto

Uma andorinha so no faz vero.

Levar uma pedra da Espanha a Portugal uma andorinha so no faz vero.

No se pode tirar um texto do contexto a pretextoHermenutica a rea do conhecimento humano que lida com interpretao. No caso da Bblia, trata-se de interpretao de textos.

Hermenutica enquanto nome dessa disciplina vem de Hermes, que entre os gregos era o porta-voz dos deuses.

Estranha Moral H duas teorias sobre onde est o sentido de um texto.1. O sentido do texto est na inteno do leitor do texto2. O sentido do texto est na inteno do autor do texto

Alguns criterios para interpretar um texto biblico:

O autor escreveu com uma inteno - tentar descobrir qual ela a chave. Observe os detalhes, visualize em sua mente o cenrio, os personagens. Leia as entrelinhas,perceba o que o(a) autor(a) te diz sem escrever no texto. Estranha MoralA interpretao o alargamento dos horizontes. E esse alargamento acontece justamente quando h leitura.

Somos fragmentos de nossos escritos, de nossos pensamentos, de nossas histrias, muitas vezes contadas por outros

Visualize vrios caminhos, vrias opes e interpretaes.

Identifique as caractersticas fsicas e psicolgicas dos personagens Analise os acontecimentos de acordo com a poca do texto- importante que voc saiba ou pesquise sobre a poca narrada no texto.Estranha MoralNa poca de Scrates, falava-se do daimon (Esprito protetor); hoje, entendido como demnio.

Com relao doutrina evanglica, especifiquemos duas dificuldades:

1.) Os apstolos escreveram os Evangelhos muito tempo depois da morte de Cristo;

2.) Os problemas de traduo de uma lngua para outra.

Em vista do exposto, convm nos valermos das orientaes dadas pelos Espritos benfeitores, a fim de lanarmos um pouco de luz nas trevas de nossa ignorncia.

Estranha Moral Moral - Da raiz latina mores = costumes, conduta,comportamento, modo de agir).

A moral a regra da boa conduta e, portanto, da distino entre o bem e o mal. Funda-se na observao da lei de Deus.

Estranho - De o verbo estranhar, achar extraordinrio, oposto aos costumes, ao hbito. Achar diferente do que seria natural esperar-se. Fora do comum, desusado, anormal. Misterioso, enigmtico.

LE- 629. Que definio se pode dar moral?

- A moral a regra da boa conduta e, portanto, da distino entre o bem e omal. Funda-se na observao da lei de Deus. O homem se conduz bem quando faz tudo em vista

Estranha MoralQuando os profetas se referiam ao mal usavam palavras fortes e enrgicas, para despertar os homens imersos na iluso dos sentidos e da materialidade.

A moral pregada pelos grandes mestres assume, s vezes, contornos estranhos, aparentemente em contradio com a suavidade que flui da mensagem bsica do amor

As vozes do alto devem necessariamente adaptar-se aos limites da linguagem humana e ao grau de adiantamento dos seres em cada poca histrica.

Estranha MoralVoltemos um pouco no tempo que antecedia a vinda de Jesus. Os conceitos ticos ainda no definidos, no estruturados, cresciam num contexto perverso: - predominncia do direito da fora sobre a fora do direito;

-

escravido poltica, social, econmica, de credo e de raa;

- a famlia submetida ao patriarcado soberano e s vezes cruel;

- os interesses girando em torno da posse, fosse de bens materiais ou de pessoas.

Estranha MoralPor outro lado, na religio ocorriam transformaes acentuadas:

- o paganismo, culto a vrios deuses, entrava em decadncia;

- o sacrifcio humano para aplacar a fria divina era substitudo, em Israel, pelo sacrifcio de animais, transformados em valiosos recursos para absolvio dos pecados e oferenda de gratido a Deus.

O discernimento e a valorizao da criatura j se iniciavam, passando ela a ser vista como ser merecedor de respeito

Estranha MoralEsse processo, que ainda continua em nossos dias, teria que superar todos os impulsos agressivos que constituem a natureza humana, vitimada pela herana animal resultante do processo evolutivo .

nesse momento, em que os primeiros sinais para a aquisio da conscincia individual e coletiva aparecem, que chega Jesus para auxiliar e facilitar a transio da barbrie para a civilizao

Estranha MoralEssa era, no mnimo, uma nova e estranha moral, por ser diferente de tudo o que existia e por contrariar todas as convices prevalecentes

Jesus precisou trazer uma doutrina de compreenso e bondade, ternura e compaixo, que no podia ser comparada a qualquer atitude de agressividade interna ou externa, fosse ela ostensiva ou disfaradaEstranha MoralE muita gente ia com ele; e voltando jesus para todos, lhes disse: se algum vem a mim, e no odeia a seu pai e sua me, e mulher, e filhos, e irmos, e ainda a sua mesma vida, no pode ser meu discpulo. E o que no leva a sua cruz, e vem em meu seguimento, no pode ser meu discpulo. Assim, pois, qualquer de vs que no d de mo a tudo o que possui, no pode ser meu discpulo. (Lucas, xiv: 25-27, 33).

Non odit em latim, kai ou misei em grego, no quer dizer odiar mas amar menos

O verbo hebreu, do qual deve ter se servido Jesus, o diz ainda melhor; no significa somente odiar, mas amar menos, no amar tanto quanto, igual a um outro

Estranha MoralAborrecer a Pai e MeEXPLICANDO -Aquele que ama seu pai ou sua me mais do que a mim, no digno de mim; aquele que ama seu filho ou sua filha mais do que a mim no digno de mim. (Mateus, 10, 37)

Ento disse Pedro: eis aqui estamos ns, que deixamos tudo e te seguimos. Jesus lhes respondeu: em verdade vos digo que ningum h que uma vez que deixou pelo reino de Deus a casa, ou os pais, ou os irmos, ou a mulher, ou os filhos, logo neste mundo no receba muito mais, e no sculo futuro a vida eterna (Lucas, xviii: 28-30).

Quando Jesus nos chama para o seu apostolado e pede-nos para deixarmos pai e me, isso no significa que devemos abandon-los ao sabor da sorte, o que implicaria em falta de caridade, virtude constantemente pregada por Ele mesmo.

O que se depreende da que devemos nos preocupar com a vida futura, a vida religiosa. Esta tem para ns mais importncia do que os nossos parentes e amigos.

Estranha MoralO amor a Deus, entendido como o desejo insupervel de eliminar a separao que nos afasta do ser supremo, est acima do amor limitado aos familiares

At porque o mundo est cheio de casos em que as separaes mais penosas so necessrias

Ensina que os verdadeiros laos das afeies so os do esprito e no os do corpo, que estes laos no so desfeitos nem pela separao, nem mesmo pela morte do corpo.

Estranha MoralE disse-lhe outro: Eu, Senhor, seguir-te-ei, mas d-me licena que eu v primeiro dispor dos bens que tenho em minha casa.

Respondeu-lhe Jesus:

Nenhum que mete a sua mo ao arado, e olha para trs, apto para o reino de Deus. (Lucas, ix: 61-62

A essncia desse pensamento reside em que os interesses da vida futura superam e prevalecam todos os interesses e todas as consideraes humanas porque esse pensamento est de acordo com a substncia da doutrina de Jesus

Estranha Moral

pesado, demanda um certo esforo para sua aplicao, provoca suor e cuidados, sobre tudo fere a terra para que produza.

Desta maneira, o homem constri o bero da sementeira e o terreno cede passagem a chuva, ao sol e aos adubos que lhe sejam convenientemente aproveitados.

O arado: este um ensinamento de um grande Cultivador, ns que participamos do processo de renovacao , devemos abraar o arado da responsabilidade, na qual esta luta muito edificante em qualquer aprendizado e atividade.

Na realidade, um arado promete servio, disciplina, aflio, cansao e no podemos esquecer que depois dele, chegam as semeaduras e colheitaEstranha Moral

E a outro disse Jesus: segue-me. E ele lhe disse: Senhor, permite-me que v eu primeiro enterrar meu pai. E Jesus lhe respondeu: deixa que os mortos enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncia o reino de Deus. (Lucas, ix: 59-60).

Deixai os mortos enterrar os seusmortosEstranha MoralNas circunstncias em que foram ditas, essas palavras no exprimem uma censura quele que considera um dever de piedade filial ir enterrar o seu pai; elas encerram um sentido mais profundo, um sentido espiritual

A vida espiritual, com efeito, a verdadeira vida; a vida normal do esprito; sua existncia terrestre no seno transitria e passageira; uma espcie de morte comparada ao esplendor e atividade da vida espiritual.Jesus lho ensina, dizendo: No te preocupes com o corpo, pensa antes no Esprito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a ptria deles no a Terra, mas o cu, porquanto somente l transcorre a verdadeira vida.

Kardec, A- ESE

Estranha MoralNo julgueis que vim trazer paz a terra; no vim trazer-lhe paz, mas espada; porque vim separar o homem contra seu pai, e a filha contra sua me, e a nora contra sua sogra; e os inimigos do homem sero os seus mesmos domsticos. (Mateus, x: 34-36).

Eu vim trazer fogo terra, e que quero eu, seno que ele se acenda? Vs cuidaisque eu vim trazer paz terra?

No, vos digo eu, mas separao; porque de hoje em diante haver, numa mesma casa, cinco pessoas divididas, trs contra duas e duas contra trs. Estaro divididas: o pai contra o filho, e o filho contra seu pai; a me contra a filha, e a filha contra a me; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra. (Lucas, xii: 49-53)

Estranha MoralNo julgueis que vim trazer paz a terraSegundo kardec quando Jesus disse "no creiais que vim trazer a paz mas A diviso, seu pensamento era este: No creiais que minha doutrina se estabelea pacificamente

Ela trar lutas sangrentas, em que meu nome ser pretexto, porque os homens no me tero compreendido, ou no me quiseram compreender

Estranha MoralOs irmos, separados pelas crenas, desembainharo a espada um contra o outro e a diviso reinar entre os membros de uma mesma famlia que no tiverem a mesma f.

Porque deste conflito sair triunfante a verdade; guerra suceder a paz; ao dio dos partidos, a fraternidade universal; s trevas do fanatismo, a luz da f esclarecida.

Vim lanar o fogo sobre a terra, para limp-la dos erros e dos preconceitos, da mesma forma que se pe fogo num campo para destruir as ervas ms e tenho pressa que ele arda para que a depurao seja mais rpida.Estranha MoralEnto, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o consolador !", O ESPRITO DE VERDADE.Que vir restabelecer todas as coisas; ou seja, dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos podero enfim compreender, por termo luta fraticida que divide os filhos de um mesmo Deus.

Estranha MoralCansados, afinal de um combate sem soluo, que s acarreta desolao e leva o distrbio at mesmo ao seio das famlias, os homens reconhecero onde se encontram os seus verdadeiros interesses neste mundo e no outro e vero de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranqilidade .

Estranha Moral"Nesse momento, todos viro abrigar-se sob a mesma bandeira, a caridade, e as coisas sero restabelecidas na terra, segundo a verdade e os princpios que vos ensinei

a fraternidade se consolidar atravs da f esclarecida. Por isso prometeu e cumpriu enviando-nos O Consolador, o Espiritismo, para nos ensinar o que Ele no pde faz-lo antes, por causa do nosso pouco entendimento, e para nos lembrar daquilo que j havia nos ensinado e que, por causa do nosso egosmo e orgulho, esquecemos.

Estranha MoralA doutrina de Jesus no trouxe mesmo a paz, pois surgiram opositores ferrenhos, ontem e hoje, tais os detentores do poder, os exploradores da credulidade geral, os usurpadores de bens e de recursos, os perseguidores dos ideais de elevao humana (dentro dos prprios lares).

Entretanto, os maiores opositores esto no ntimo de cada um de ns. So os mais difceis, pois necessria a espada da deciso para super-los e deles nos libertarmos.

Estranha Moral

O Espiritismo vem realizar, na poca prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, no o pode fazer sem destruir os abusos.

Tambm ele, portanto, tem de combater; mas, o tempo das lutas e das perseguies sanguinolentas passou; so todas de ordem moral as que ter de experiementar e prximo lhes est o termo.

Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egosmo, a ambio, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados s suas ltimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguies.Estranha Moral Ele, na verdade, nos convida terapia da renovao espiritual.

Quando entendemos esse convite perguntamos: Jesus afastar nossas cruzes?

Certamente que no, mas seus ensinamentos transformam-se em instrumentos poderosos para deix-las mais leves. Contudo, para usarmos os ensinamentos como recursos na superao das nossas dificuldades, precisamos estud-los a fim de compreend-los e, compreendendo-os, refletir sobre eles para, depois, podermos vivenci-los em plenitude.

Estranha MoralO Espiritismo a moral.

Seu lema no exclusivo como o do catolicismo que diz "Fora da Igreja no h salvao".

O Espiritismo diz "Sem caridade, sem amor, sem transformao moral, sem correo de si mesmos, no se elevam os seres, no se elevam as almas at seu Criador e, por isso, a cincia esprita e os espritos de luz e de verdade repetem, em todas as partes, como admirvel advertncia moral :

'Sede, hoje, melhores que ontem e amanh, melhores que hoje'.".Traduo de Dbora Z. Vitorino. Texto do livro A luz que nos guia, de Amalia Domingo Soler, sculo XIX.

Estranha MoralBIBLIOGRAFIAKARDEC, ALLAN EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

KARDEC, ALLANLIVRO DOS ESPIRITOS