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VIVIAN BORGES ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM INDÚSTRIA COSMÉTICA TERCEIRISTA DE PEQUENO PORTE SÃO CAETANO DO SUL 2011

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS … · trabalho na fase da qualificação e na adequação textual da dissertação. ... IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

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VIVIAN BORGES

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM INDÚSTRIA COSMÉTICA

TERCEIRISTA DE PEQUENO PORTE

SÃO CAETANO DO SUL

2011

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VIVIAN BORGES

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM INDÚSTRIA COSMÉTICA

TERCEIRISTA DE PEQUENO PORTE

SÃO CAETANO DO SUL

2011

Dissertação apresentada à Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia para obtenção do Título de Mestre em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos.

Linha de Pesquisa: Projeto isolado

Orientador: Prof. Dr. Antonio C. D. Cabral

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Borges, Vivian Estratégia de Implantação da Produção Mais Limpa em Indústria Cosmética Terceirista de Pequeno Porte. / Vivian Borges – São Caetano do Sul, SP: CEUN-EEM, 2011. 267p.

Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação, Linha de Pesquisa: Projeto isolado – Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, São Caetano do Sul, SP, 2011. Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Dantas Cabral

1. Indústria Cosmética 2. Produção Mais Limpa 3. Boas Práticas de Fabricação e Controle I. Instituto Mauá de Tecnologia. Centro Universitário. Escola de Engenharia Mauá II. Título

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VIVIAN BORGES

ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA EM INDÚSTRIA COSMÉTICA

TERCEIRISTA DE PEQUENO PORTE

Banca examinadora:

Prof. Dr. Antonio Carlos Dantas Cabral Orientador

Escola de Engenharia Mauá - IMT

Prof. Dr. Octávio Mattasoglio Neto Escola de Engenharia Mauá - IMT

Prof. Dr. Wanderley Marinho da Silva Universidade de São Paulo - USP

São Caetano do Sul, 26 de agosto de 2011

Dissertação aprovada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Escola de Engenharia Mauá do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia. Linha de pesquisa: Projeto isolado

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Luiz e Vera pela constituição de um lar que me proporcionou uma formação

baseada em valores, princípios, possibilidades e amor incondicional em todos os momentos

da minha vida.

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AGRADECIMENTOS Ao professor Cabral, pela orientação e apoio educacional que proporcionou para que tudo fosse direcionado para obter os melhores resultados e extrair desse processo, a aprendizagem fundamental, alcançando todos os envolvidos nesse trabalho. A ele sou grata pela proposta do tema, na disponibilidade e paciência em ouvir, discutir e propor melhorias, e por fazer revisões tão cuidadosas e críticas que facilitaram a elaboração dessa dissertação. A Renata, Manoel, Alan, Claiton, Paulo e aos demais colaboradores da Nobile Cosméticos, pela acolhida generosa, oferecendo a oportunidade em desenvolver o trabalho na unidade fabril, cenário de novas perspectivas e exemplo que uma pequena empresa é constituída de grandes idealizadores com vontade de empreender e de alcançar novos horizontes. Direciono a minha gratidão, a Renata, pela atenção e dedicação, que apesar de seus múltiplos deveres na empresa, me acompanhou em toda a parte prática do trabalho. Aos professores Octavio, Aldo e Wanderley pela participação na banca examinadora, por acrescentarem sugestões e propor novos direcionamentos que foram primordiais ao trabalho na fase da qualificação e na adequação textual da dissertação. A coordenação, equipe administrativa, corpo docente e amigos do curso de pós-graduação do Instituto Mauá de Tecnologia que contribuíram para o meu desenvolvimento pessoal e profissional ao longo do mestrado. Aos entes queridos, familiares e amigos fraternos, não menos importantes, participando indiretamente desse trabalho, como sempre, oferecendo-se para dividir as tarefas, vibrando e torcendo a cada etapa do trabalho fosse concluída com êxito, e compreendendo que às vezes, nesse período, a minha ausência era difícil ser entendida... A todos, devolvo um coração agradecido.

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“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é

senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”.

Agnes Gonxha Bojaxhiu

(Madre Teresa de Calcutá)

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RESUMO

A urgência do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, em apresentar um nível

de sustentação produtiva e consumista, tornou-se uma necessidade, a partir dos sintomas

crônicos e praticamente irreversíveis apresentados pela variação climática do planeta. É

uma das indústrias do ramo químico, que mais cresce no país e contribui com a geração de

resíduos, em toda a cadeia pré e pós-produtiva. A busca por programas ambientais, como a

Produção mais Limpa traz o diferencial para as empresas do setor como a ampliação das

perspectivas de mercado interno e externo e um melhor relacionamento com os órgãos

ambientais, com a mídia e a comunidade. Apesar de ser o programa mais difundido no setor

de HPPC, não há relatos de sua implantação. Em outros setores que já adotam, verifica-se

que mesmo com o apoio de entidades de classe e do governo, estão propensos ao fracasso

porque lidam com quebra de paradigma. Ao analisar as características do setor, depara-se

com três realidades que justificam a demora em implantar a Produção mais Limpa em suas

organizações: Cerca de 98% das empresas são de micro a pequeno porte, apresentam uma

alta deficiência tecnológica e o seu Humanware é pouco qualificado; a maioria delas presta

serviços de terceirização para as de médio e grande porte e precisam se adequar as

exigências das mesmas e; a maioria vive no patamar da sobrevivência, cumprindo a

legislação na sua totalidade e em alguns casos, até na parcialidade, baseada nas Boas

Práticas de Fabricação e Controle. O foco desse trabalho foi sugerir uma solução para

essas constatações, apresentando uma estratégia de implantação desse programa em

empresas terceiristas de pequeno porte do setor vinculado as Boas Práticas de Fabricação

e Controle para buscar a sua diferenciação no mercado. Optou-se pela Metodologia da

Pesquisa-Ação para a fundamentação do processo e a sua parte prática foi vivenciada na

Nobile Cosméticos, representante dessas realidades, possibilitando resultados que

validaram a proposta.

Palavras Chave: Cosméticos; Produção Mais Limpa; Terceirista de pequeno porte;

Metodologia; Diferenciação.

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ABSTRACT

The urgency of the Cosmetic and Toiletries’ sector provide a level of consumption and

production based in sustainability, has become a necessity, since the chronic symptoms and

virtually irreversible climate change presented by the planet. It’s one of the chemical

industries that fastest growing in the country and contributes to the waste generation, in pre-

and post-production, across the entire. The search for environmental programs, such as

Cleaner Production, brings the gap for companies as extension of the perspectives of

domestic and foreign markets and provides a better relationship with environmental

agencies, media and community. Despite being the most widespread program in the

industry, there are no reports of its implementation. Other sectors that have already adopted,

it appears that even with the support of agencies and government, are prone to failure

because they deal with Paradigm Shift. By analyzing the characteristics of the sector, faces

three realities which justify the delay in deploying the Cleaner Production in their

organizations: Approximately 98% are micro to small enterprises, have a high technological

deficiency and its Humanware is unskilled; most of them provides outsourcing services came

in the medium and large enterprises and need it to suit the requirements thereof and; the

majority, live in the survival’s level, complying with the legislation in totality and in some

cases partiality, based on Good Manufacturing Practices. The project’s focus was to suggest

a solution to these findings, featuring a strategy for implementing this program in small

outsource in the sector linked to Good Manufacturing Practice for their differentiation in the

market. Was opted for the Action Research’ methodology for the reasoning process and its

share was experienced in practice Nobile Cosméticos, representative of these realities,

providing results that validate the proposal.

Keywords: Cosmetics; Cleaner Production; Outsourcing, Methodology, Differentiation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS DE HPPC – 2010................................... 29 FIGURA 2 – DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA EMPREGADA NO SETOR DE HPPC – 2010........................................................................................................................................

30

FIGURA 3 – DISTRIBUIÇÃO NACIONAL DE EMPRESAS NO SETOR DE HPPC.............. 39 FIGURA 4 – CICLO PDCA DE CONTROLE DE PROCESSOS............................................ 44 FIGURA 5 – ETAPAS CONSTRUTIVAS PARA A QUALIDADE TOTAL............................... 48 FIGURA 6 – RELAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS COM AS ESCALAS DE TEMPO E ESPAÇO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA................................................................................................................................

51 FIGURA 7 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA ECOLOGIA INDUSTRIAL................................ 52 FIGURA 8 – ELEMENTOS ESSENCIAIS DA PmaisL........................................................... 56 FIGURA 9 – ESCOPO DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE PmaisL.................................... 57 FIGURA 10 - HIERARQUIA DE GRENCIAMENTO DE POLUENTES.................................. 60 FIGURA 11 – FLUXOGRAMA DA IMPLEMENTAÇÃO DA PmaisL....................................... 65 FIGURA 12 – CUSTOS E BENEFÍCIOS COM IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE PmaisL....................................................................................................................................

69

FIGURA 13 – PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PmaisL.................................................. 72 FIGURA 14 – FLUXOGRAMA EM REDE DO PROCESSO PRODUTIVO DAS INDÚSTRIAS DO SETOR DE HPPC.....................................................................................

74

FIGURA 15 – MODELO DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO...................................... 78 FIGURA 16 – FLUXOGRAMA GERAL NO SETOR DE HPPC.............................................. 79 FIGURA 17 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA BASES COM BAIXA TS........... 80 FIGURA 18 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SOLUÇÕES............................. 80 FIGURA 19 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA EMULSÕES............................. 81 FIGURA 20 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SISTEMAS COLOIDAIS.......... 82 FIGURA 21 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SISTEMAS ANIDROS.............. 83 FIGURA 22 – DEGRAUS PARA ALCANÇAR A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL..... 105 FIGURA 23 – FLUXOGRAMA DE ENTRADA E SAÍDA DA NOBILE COSMÉTICOS........... 124 FIGURA 24 – OPORTUNIDADES EM PmaisL VINCULADAS AS BPF&C EVIDENCIADAS NA NOBILE COSMÉTICOS...................................................................................................

125

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LISTA DE TABELAS E QUADROS

TABELA 1 – PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA DE HPPC NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA QUÍMICA MUNDIAL POR PAÍSES REPRESENTATIVOS – ANO BASE 2009......................................................................................................................................

27 TABELA 2 – FATURAMENTO LÍQUIDO EM US$ BILHÕES DA INDÚSTRIA QUÍMICA BRASILEIRA NOS ANOS 2008 – 2010................................................................................

28

TABELA 3 – MERCADO MUNDIAL DE HPPC E RANKING DOS 10 MAIORES MERCADOS..........................................................................................................................

29

TABELA 4 – EVOLUÇÃO DO EMPREGO GERADO NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS......................................................................................................................

30

TABELA 5 – FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS – PARTICIPAÇÃO SOBRE O TOTAL DO FATURAMENTO DO SETOR...............................

31

TABELA 6 – BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA FOCADA NO SETOR DE HPPC – 2001 A 2010.........................................................................................................................

32

TABELA 7 – SETOR HPPC: NÚMERO DE EMPRESAS E DE COLABORADORES POR PORTE (2008)......................................................................................................................

40

QUADRO 1 – DEFINIÇÃO DO PORTE DA EMPRESA DE ACORDO COM A SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA................................................................................................

38

QUADRO 2 – DEFINIÇÃO DO PORTE DA EMPRESA DE ACORDO COM O NÚMERO DE COLABORADORES.......................................................................................................

39

QUADRO 3 – ANALOGIAS SOBRE A SUSTENTABILIDADE............................................. 53 QUADRO 4 – EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS NO BRASIL........................... 55 QUADRO 5 – COMPARAÇÕES ENTRE PRODUÇÃO LIMPA E PRODUÇÃO MAIS LIMPA...................................................................................................................................

61

QUADRO 6 – PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS TECNOLOGIAS DE FIM DE TUBO E A PmaisL................................................................................................................

67

QUADRO 7 – BARREIRAS A IMPLEMENTAÇÃO DA PmaisL EM EPPs........................... 69 QUADRO 8 – TIPOS DE PESQUISA-AÇÃO E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS. 91 QUADRO 9 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE EXPLORATÓRIA............................. 98 QUADRO 10 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE PLANEJAMENTO.................... 100 QUADRO 11 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE AÇÃO....................................... 101 QUADRO 12 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE AVALIAÇÃO............................. 103 QUADRO 13– PLANO 5W2H1S PARA OS QUESITOS NECESSÁRIOS........................... 111 QUADRO 14 – PLANO 5W2H1S PARA OS QUESITOS RECOMENDÁVEIS.................... 114 QUADRO 15 – OPORTUNIDADES EM PmaisL VINCULADAS AS BPF&C........................ 115 QUADRO 16 – OPORTUNIDADES EM PmaisL EVIDENCIADAS NA EMPRESA.............. 116 QUADRO 17 – PLANO 5W2H EM OPORTUNIDADES EM PmaisL VINCULADAS AS BPF&C..................................................................................................................................

128

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

3R Reduzir – Reaproveitar - Reciclar

5W2H (What? (O que?), Why? (Por quê?) Who? (Quem?), Where? (Onde?), When?

(Quando?), How? (Como?) e How much? (Quanto?)

5W2H1S (What? (O que?), Why? (Por quê?) Who? (Quem?), Where? (Onde?), When?

(Quando?), How? (Como?), How much? (Quanto?) e Show me? (Como

monitorar / demonstrar resultados?)

ABIHPEC Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos

ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química

ACV Avaliação do Ciclo de Vida

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BPF&C Boas Práticas de Fabricação e Controle

CEBDS Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CNAE Cadastro Nacional de Atividade Empresarial

EI Ecologia Industrial

EPP Empresa de Pequeno Porte

GAIA Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais

HPPC Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

MPE Microempresa

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

P2 Prevenção a Poluição

PDCA Planejamento (Plan) – Execução (Do) – Verificação (Check) – Ação (Action)

PL Produção Limpa

PmaisL Produção Mais Limpa

RAIS Relatório Anual de Informações Sociais

SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SIDRA Sistema de Recuperação Automática (IBGE)

UNEP United Nations Environment Programme

UNIDO United Nations Industrial Development Organization

WBCSD World Business Council for Sustainable Development

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 15

1.1. OBJETIVOS 15

1.2. JUSTIFICATIVA 15

1.3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA 18

1.4. QUESTÃO CENTRAL 19

1.5. CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO 19

1.6. ESQUEMA DE DISSERTAÇÃO 20

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 22

2.1 A INDÚSTRIA COSMÉTICA 22

2.1.1. Contextualização 22

2.1.2. Caracterização do setor 23

2.1.3. Panorama Mundial da Indústria Cosmética 26

2.1.4. Panorama Brasileiro da Indústria Cosmética 28

2.2 TERCEIRIZAÇÃO NO SETOR 33

2.3 PEQUENA EMPRESA: CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO 37

2.3.1. Caracterização e análise do desempenho das pequenas empresas brasileira no setor de HPPC 39

2.4 ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE DIFERENCIAÇÃO

PRODUTIVA PARA AS PEQUENAS TERCEIRISTAS NO

SETOR

42

2.4.1. Estratégia de sobrevivência: Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF&C)

43

2.4.2. Estratégia de diferenciação: Controle severo dos Impactos Ambientais

48

2.5 PRODUÇÃO MAIS LIMPA (PmaisL) 55

2.5.1. Contextualização e Conceito 55

2.5.2. O conceito de PmaisL relacionado as demais ferramentas da Ecologia Industrial no âmbito empresa-ambiente

58

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2.5.3. A Rede Brasileira de PmaisL e o foco nas MPEs 63

2.5.4. Benefícios da PmaisL para as MPEs 66

2.5.5. Processo de implantação da PmaisL no setor de HPPC 71

3. METODOLOGIA 90

3.1. TIPO DE PESQUISA 90

3.2. LIMITAÇÕES DO MÉTODO ESCOLHIDO 92

3.3. VARIÁVEIS DA QUESTÃO DA PESQUISA 94

3.4. HIPÓTESES 95

3.5. FONTES DE DADOS: PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS 96

3.6. PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS 96

3.6.1. Fases da pesquisa-ação 97

3.6.1.1. Fase Exploratória 97

3.6.1.2. Fase Principal (Planejamento) 99

3.6.1.3. Fase de Ação 101

3.6.1.4. Fase de Avaliação 102

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 106

4.1. RESULTADO DA AUDITORIA INTERNA BASEADA NAS BPF&C

E AS OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS PARA O

DIRECIONAMENTO EM PMAISL 106

4.2. RESULTADOS DA AUDITORIA BASEADA NO CHECK-LIST

GLOBAL E A SUA SITUAÇÃO PERANTE O DESEMPENHO

EMPRESARIAL 132

5. CONCLUSÕES 140

REFERÊNCIAS 141

ANEXOS 149

APÊNDICES 212

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15

1. INTRODUÇÃO

1.1. OBJETIVOS

O objetivo principal da pesquisa é:

• Avaliar uma estratégia de implantação do programa de Produção mais Limpa

(PmaisL) vinculada as Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF&C) em uma

indústria cosmética terceirista1 de pequeno porte2.

Os objetivos secundários são:

• Orientar tecnicamente a terceirista, com relação ao cumprimento dos itens estipulados

no Manual de BPF&C para Produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

(HPPC), como estratégia de sobrevivência no setor.

• Propor medidas de PmaisL a partir da conclusão da análise realizada sobre o processo

produtivo das famílias de produtos cosméticos.

• Verificar se a PmaisL pode ser aplicado no setor de HPPC, como estratégia de

diferenciação no mercado, como proposto pela Associação Brasileira da Indústria de

Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), independentemente do porte

da empresa.

1.2. JUSTIFICATIVA

A indústria cosmética é um segmento da indústria química de transformação, focada na

fabricação de produtos para aplicação no corpo humano, direcionados na higienização,

embelezamento, ou para alterar sua aparência sem afetar sua estrutura ou funções.

Portanto, o segmento deve ser definido segundo o objetivo da utilização de seus principais 1 Terceirista: empresa que executa etapas da fabricação ou fabricação total de produtos, corresponsável pelos aspectos técnicos e legais inerentes à atividade objeto da terceirização. (ANVISA, 2006) 2 Empresa de pequeno porte: é a pessoa jurídica com receita bruta anual até R$ 2.400.000,00, de acordo com a classificação apoiada na Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas (Lei nº 123/06) ou com o quadro de colaboradores encerrados em 49 para o comércio e 99 para a indústria, de acordo com a classificação estatística do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2010)

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produtos, assim como os segmentos de higiene pessoal e perfumaria, consolidando o setor

(ABIQUIM, 2011).

Segundo dados da ABIHPEC, o setor apresentou um crescimento no decênio (2000-2010)

de 12,6% em valor de vendas, projetando-se um crescimento anual real para referência

decenal em 2011 de 13,2%. Estes valores foram alcançados pela atuação efetiva de 20

empresas de grande porte e 1639 empresas de médio e pequeno porte do setor, com maior

concentração na região Sudeste (63,1%), colocando o Brasil no terceiro lugar no Mercado

Mundial de Produtos HPPC (ABIHEPC, 2011).

O aumento significativo de unidades funcionais de empresas de médio e principalmente de

pequeno porte, tem se intensificado nos últimos anos. Essas empresas foram originadas de

duas vertentes: da segregação das tradicionais farmácias de manipulação, em

medicamentos e cosméticos, investindo o capital neste novo segmento e; do planejamento e

construção de pequenas unidades fabris especializadas em sublocação de espaço e mão de

obra especializada, para atender a demanda produtiva das empresas que passaram a focar

suas atividades para a divulgação de suas marcas, gerada diretamente pelo crescimento do

consumo nacional de produtos do setor (CETESB, 2006).

Dentro desse nicho, cabe às pequenas empresas especializadas em terceirização,

oferecerem serviços diferenciados aos seus clientes, buscando a equidade entre consumo e

produção sustentável, com a prática dos princípios da Química Verde na criação de um

Ecossistema Industrial, na interface empresa-ambiente, através de ferramentas que

direcionam a utilização de tecnologias limpas, comumente chamadas de programas

ambientais, pelo setor.

Uma estratégia que pode ser aplicada, sem exigir gastos fora do contexto para buscar essa

equidade, é associar a implantação de programas ambientais e/ou ferramentas da qualidade

com o sistema de gestão baseado nas BPF&C, praticado na empresa em conformidade à

exigência sanitária no setor.

As empresas do setor, independente do porte, são obrigadas a atender os requisitos

“imprescindíveis” e “necessários” versados no Manual de BPF&C, contemplado na Portaria

n° 348, publicado no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA). Trata-se de sua sobrevivência no mercado, cumprindo a legislação vigente do

setor.

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Ao praticar os requisitos “recomendáveis”, consequentemente há um direcionamento para a

busca da melhoria contínua, replanejando o seu processo fabril, podendo torná-lo “mais

limpo” ou “sustentável”, de acordo com o programa ou ferramenta da qualidade eleita,

vinculada a este processo, na efetivação do seu sistema de Garantia da Qualidade Total.

Dentre as sugestões que podem ser aplicadas para as micro e pequenas empresas,

incluindo as terceiristas do setor, é o programa de Produção Mais Limpa (PmaisL) citado

pelo Guia Técnico Ambiental, redigido pela Companhia de Tecnologia e Saneamento

Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) em parceria com a ABIHPEC.

A opção por esse programa é o seu baixo custo na implantação, por não ser

“tecnologicamente exigente” nas duas das três fases de sua implantação, e delinear em

similaridade com muitos dos requisitos “recomendáveis” descritos no Manual de BPF&C do

setor, que estabelecem procedimentos administrativos e técnicos sobre a melhoria da

eficiência de seus processos e impactos ambientais.

De acordo com a UNEP/UNIDO (2004), a PmaisL é a aplicação contínua de uma estratégia

ambiental preventiva integrada aos processos produtivos, produtos e serviços para

aumentar a eco-eficiência3 e evitar ou reduzir os danos ao homem e ao ambiente. Sua

atuação consiste em minimizar ou reduzir desperdícios de material e energia durante o

processo gerando menos resíduos a serem tratados ou dispostos adequadamente no final

do mesmo (fim de tubo) 4.

As vantagens da implantação de PmaisL são significativas para todos os envolvidos, dos

colaboradores à sociedade, do país ao planeta. Mas é a empresa que obtém os maiores

benefícios para o seu próprio negócio. Para esta, a metodologia reverte em redução de

custos de produção; aumento de eficiência e competitividade; diminuição dos riscos de

acidentes ambientais; melhoria das condições de saúde e de segurança do colaborador;

melhoria da imagem da empresa junto a consumidores, fornecedores, poder público,

mercado e comunidades; ampliação de suas perspectivas de atuação no mercado interno e

externo; maior acesso a linhas de financiamento; melhoria do relacionamento com os órgãos

ambientais e a sociedade, dentre outros (CEBDES, 2004).

3 Eco-eficiência: patamar alcançado mediante o fornecimento de bens e serviços a preços competitivos que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduz progressivamente o impacto ambiental e o consumo de recursos ao longo do ciclo de vida, a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada da Terra (CEBDS, 2004). 4 Fim de tubo: final do processo.

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Para viabilizar a implantação da PmaisL nas empresas é necessário: comprometimento da

direção, colaboradores e fornecedores de serviços diretos e indiretos; pró-atividade dos

envolvidos; persistência em cumprir as tarefas em tempo limite, sem interrupções ou

atropelar etapas e principalmente, a vontade de romper paradigmas. Na prática, envolve

treinamentos, planejamentos, projeções, monitoramento e continuidade da metodologia

empregada (CEBDES, 2004).

De fato, existe uma grande relutância para a prática de PmaisL, motivada principalmente

pela falta de informação de como esse programa pode ser implantado sem dispor de

recursos econômicos e tecnológicos para a execução do mesmo (CEBDES, 2004).

Diante da necessidade de se apresentar uma proposta próxima à realidade das pequenas

empresas, este trabalho se desenvolve intencionalmente no estudo de aplicação desta

metodologia estratégica vinculada as BPF&C, apresentando suas facilidades e dificuldades

envolvendo o processo de adequação, na busca de uma identidade sustentável para a sua

diferenciação no mercado.

1.3. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Considerando os dados apresentados pela ABIHEPC referente ao panorama do setor no ano

de 2010, 98,8% das empresas no país são enquadradas como de pequeno e médio porte.

(ABIHEPC, 2011)

O comportamento observado destas empresas é atuar em um limiar entre a singularidade e

a deficiência tecnológica, sem oferecer diferenciais para se manter atuante em um mercado

competitivo.

Adequar à unidade fabril a atender todos os requisitos versados no Manual de Boas Práticas

de Fabricação e Controle; diagnosticar as falhas do sistema produtivo e corrigi-las, sem

comprometer o seu orçamento e o meio ambiente e; capacitar seus colaboradores em uma

nova filosofia no pensar-agir, transmutando em uma nova cultura organizacional eco-

eficiente ou até mesmo sustentáveis são passos essenciais para que a empresa possa se

sobressair perante as suas concorrentes e se manter atuante no futuro, quando essas

exigências se tornarão obrigatórias. O ponto-chave está no pensamento e atuação pioneira.

A opção de se adotar o programa de PmaisL no sistema produtivo vai ao encontro desta

filosofia.

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Em se tratando de pequenas empresas terceiristas, ao atenderem todos estes quesitos e

adotar este programa na busca da eco-eficiência, traduz-se a fidelização de seus

contratantes e a conquista de novos empreendedores que compartilham da mesma filosofia.

Nesta cadeia, o foco de sobrevivência passa a ser de diferenciação, baseado na

responsabilidade ambiental, atraindo investimentos no crescimento da empresa, viabilizando

a aquisição de inovações tecnológicas, oferecendo cada vez mais produtos e serviços

diferenciados.

Em resumo, esse trabalho se propõe a criar uma estratégia de conciliar as BPF&C com o

programa de PmaisL em uma indústria cosmética terceirista de pequeno porte,

justificando a possibilidade de obter resultados promissores de cunho econômico e/ou

ambiental, tornando-o competitivo, em relação aos demais setores que já

experimentaram esse programa e é referência no país.

1.4. QUESTÃO CENTRAL

A questão central da pesquisa é a seguinte: Como traçar uma estratégia de implantação do programa de PmaisL vinculado as BPF&C em uma indústria cosmética terceirista de pequeno porte?

1.5. CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO

A realização desta pesquisa busca conscientizar e envolver os diversos departamentos de

uma empresa terceirista, na ação direta de seus colaboradores, a adotar medidas simples e

economicamente viáveis tendo como objetivo a busca da eco-eficiência.

Por se tratar de um trabalho pioneiro, visto que até o presente momento, não há publicações

referentes a essa estratégia vinculada de programas e sistemas de gestão da qualidade em

pequenas empresas no setor de HPPC, os resultados obtidos poderão servir de modelo

para outras empresas terceiristas de pequeno e médio porte do setor ou adaptado a

outros setores da área química como a farmacêutica e alimentícia, por sua similaridade

em rigor ao cumprimento às BPF&C.

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No meio acadêmico, o presente trabalho pode servir de referência para a montagem de

competências nos cursos de Sistemas da Qualidade e na elaboração de trabalhos de

conclusão de curso, monografias e dissertações para continuar os estudos apresentados

com outra ótica ou até evidenciar oportunidades e falhas na aplicação do mesmo.

1.6. ESQUEMA DA DISSERTAÇÃO

Capítulo 1 - INTRODUÇÃO OBJETIVO, JUSTIFICATIVA, DEFINIÇÃO DO PROBLEMA, QUESTÃO CENTRAL,

CONTRIBUIÇÕES DO TRABALHO E ESQUEMA DE DISSERTAÇÃO.

Capítulo 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A INDÚSTRIA COSMÉTICA, Contextualização, Caracterização do setor, Panorama Mundial da Indústria Cosmética, Panorama Brasileiro da Indústria Cosmética;

TERCEIRIZAÇÃO NO SETOR; PEQUENA EMPRESA: CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO,

Caracterização e análise do desempenho das pequenas empresas brasileira no setor de HPPC; ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE DIFERENCIAÇÃO PRODUTIVA

PARA AS PEQUENAS TERCEIRISTAS NO SETOR, Estratégia de sobrevivência: Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF&C), Estratégia de diferenciação: Controle severo dos Impactos Ambientais, PRODUÇÃO MAIS LIMPA (PmaisL),

Contextualização e Conceito, O conceito de PmaisL relacionado às demais ferramentas da Ecologia Industrial no âmbito empresa-ambiente, A Rede Brasileira de PmaisL e o foco nas MPEs, Benefícios da PmaisL para as MPEs, Processo de implantação da PmaisL no setor de HPPC.

Capítulo 3 - METODOLOGIA TIPO DE PESQUISA; LIMITAÇÕES DO MÉTODO ESCOLHIDO; VARIÁVEIS DA

QUESTÃO DA PESQUISA; HIPÓTESES; FONTES DE DADOS: PRIMÁRIOS E

SECUNDÁRIOS; PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS; Fases da pesquisa-ação, Fase Exploratória, Fase Principal (Planejamento), Fase de Ação, Fase de Avaliação.

Capítulo 4 - RESULTADOS E COMENTÁRIOS RESULTADO DA AUDITORIA INTERNA BASEADA NAS BPF&C E AS OPORTUNIDADES

IDENTIFICADAS PARA O DIRECIONAMENTO EM PMAISL; RESULTADOS DA

AUDITORIA BASEADA NO CHECK-LIST GLOBAL E A SUA SITUAÇÃO PERANTE O

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DESEMPENHO EMPRESARIAL.

Capítulo 5 - CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS ANEXOS

A. Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle (Portaria 348/97) B. Roteiro de Inspeção de Boas Práticas (Portaria 348/97) C. Ferramenta G.A.I.A

APÊNDICES

A. Apresentação infraestrutural da Nobile Cosméticos B. Check-list Baseado no roteiro de Inspeção apontando oportunidades em PmaisL C. Lista de verificação de sobrevivência e diferenciação das empresas do setor de

HPPC

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A INDÚSTRIA COSMÉTICA

Por se tratar de um assunto abrangente, muito rico em informações, nesse trabalho existirá

um direcionamento do tema em pontos que afetam as variáveis: pequena empresa e

terceirização de serviços no setor, sob a ótica da PmaisL.

2.1.1. Contextualização

A indústria cosmética, de acordo com a classificação da Associação Brasileira da Indústria

Química (ABIQUIM), é um segmento da indústria química, pertencente ao bloco de produtos

químicos de uso final, cuja atividade se vincula com a manipulação de fórmulas, destinadas

à elaboração de produtos de aplicação no corpo humano, para limpeza, embelezamento, ou

para alterar sua aparência sem afetar sua estrutura ou funções (ABIQUIM, 2011).

Nesse sentido, a noção de cosméticos vincula-se com produtos destinados, essencialmente,

à melhoria da aparência do consumidor. De modo geral, os segmentos de HPPC delimitam

o setor e deve ser enquadrado segundo o objetivo da utilização de seus principais produtos

(ABIQUIM, 2011).

A legalidade sanitária do setor é assistida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA), órgão pertencente ao Ministério da Saúde, cuja atuação é de regulamentar,

controlar e fiscalizar produtos, substâncias e serviços de interesse para a saúde.

Com a intenção de compatibilizar as legislações nacionais com os instrumentos

harmonizados no âmbito do Mercosul (GMC110/94), a ANVISA publicou em 14 de julho de

2005, a Resolução nº 211, adotando-se como definição de cosméticos, produtos de higiene

e perfumes, presente no anexo 1 desta resolução: “Preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais e/ou protegê-los ou ainda mantê-los em bom estado” (ANVISA, 2005).

Na mesma resolução os produtos cosméticos são subdivididos em duas categorias de

acordo com a sua natureza funcional: “Grau de risco 1: Produtos para higiene pessoal, cosméticos e perfumes os quais de acordo com a definição de cosmético "caracterizado por ter propriedades básicas ou

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elementares as quais não necessitam ser inicialmente comprovadas e não requeiram informações detalhadas em relação ao seu modo de uso e as suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto", tais como sabonetes, xampus, cremes de beleza, loção de beleza, óleos, maquiagem, batons, lápis e delineadores labiais, produtos para maquiagem dos olhos (sem proteção solar) e perfumes. Grau de risco 2: Produtos para higiene pessoal, cosméticos e perfumes os quais são de acordo com a definição de cosmético, "os quais possuem indicações específicas, cujas características requeiram sua segurança e/ ou eficácia a serem provadas, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso". Como exemplos de produtos desta categoria têm-se: todos os produtos infantis, xampus anticaspa, cremes dentais anticáries e antiplacas, desodorante íntimo, desodorante antiperspirante axilar, esfoliante "peeling" químico, protetores labiais com protetor solar, alguns produtos para área dos olhos, filtros UV, agentes bronzeadores, tinturas capilares, branqueadores, clareadores, produtos para ondular cabelo, tônicos capilares, depilatórios químicos, removedores de cutícula, removedores de mancha de nicotina químico, endurecedores de unha e repelentes de insetos” (ANVISA, 2005).

Outro mérito adotado dentro desse setor foi que se procurou convergir com as definições

adotadas mundialmente, o que tem implicações importantes para a dinâmica do setor como,

por exemplo, na classificação dos produtos comercializáveis internacionalmente, bem como

a descrição e padronização dos ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos,

segundo a International Nomenclature of Cosmetic Ingredient (INCI) (ANVISA, 2005).

Para a legalidade funcional das empresas que pretendem exercer atividades de extrair,

produzir, fabricar, transformar, sintetizar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar,

expedir, distribuir, constantes da Lei n° 6.360/76, Decreto n° 79.094/77 e Lei n° 9.782/99,

Decreto n° 3.029/99, correlacionadas a Produtos de Higiene, Cosméticos e Perfumes, é

necessário à autorização da ANVISA e estabelecer um Sistema de Cosmetovigilância

integrado ao Departamento de Atendimento ao Consumidor (RDC 332/2005) (ANVISA,

2005).

2.1.2. Caracterização do setor

O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) caracteriza-se por ser

composto de diversos tipos de empresas, que produzem diferentes famílias de produtos e

são fortemente dependentes de indústrias a montante de sua cadeia produtiva.

O setor participa no mercado estruturado nos seguintes tipos de organizações:

• Empresas com atuação concentrada em HPPC – têm sob sua responsabilidade a

etapa de formulação do produto, geralmente mais sofisticada, pelos elevados gastos

em inovação tecnológica e pesquisa de novos materiais e processos. São muito

importantes as competências associadas à capacidade inovativa, reincorporação de

essências e fragrâncias diferenciadas e embalagens. A fabricação, no entanto, pode

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ser terceirizada. Situam-se nessa classificação empresas que operam em mais de

um subsegmento (cosméticos, higiene pessoal e perfumaria), havendo

possibilidades de usufruir de economias de escopo5. Em geral, são empresas bem

estruturadas, de capital nacional ou internacional, entre elas, podem-se citar L’Oréal,

Shiseido, Estee Lauder, Revlon, Coty, Natura e O Boticário.

• Empresas diversificadas com atuação em vários mercados – São aquelas que

possuem várias áreas de atuação, sendo o segmento de HPPC apenas parte dos

seus negócios. Em geral, são empresas multinacionais que se aproveitam de

economias de escala6 e de escopo, tanto no que se refere à pesquisa quanto à

produção e à comercialização. Empresas dessa categoria geralmente não atendem a

todos os subsegmentos do HPPC. Os principais exemplos são a Unilever e a Procter

& Gamble.

• Empresas de nicho7/farmácia de manipulação – É característica dessas empresas

apenas a mistura de compostos químicos, e não o desenvolvimento de novas

fórmulas, podendo ou não fabricar. Em geral, são empresas de pequeno ou médio

porte, de capital nacional, que têm a sua produção voltada para um subsegmento

específico (cosméticos, higiene pessoal ou perfumaria), apresentando menor grau de

complexidade e pouca necessidade de investimentos iniciais. Exemplos: Dermatus,

PHD (GARCIA, 1999).

Tecnologicamente, o setor supre suas necessidades a partir da realização e participação

em: feiras nacionais e internacionais de máquinas e produtos, congressos científicos,

pesquisas de mercado envolvendo o benchmarking e estudos comportamentais dos seus

concorrentes, workshops (informais) e viagens internacionais (ABIHPEC, 2009).

Institucionalmente, o setor se desenvolve a partir de pesquisas científicas, especialização na

5 Economias de escopo: ocorrem quando o custo total de uma firma para produzir conjuntamente, pelo menos dois produtos/serviços, é menor do que o custo de duas ou mais firmas produzirem separadamente estes mesmos produtos/serviços, a preços dados de insumos. De forma similar às economias de escala, as economias de escopo podem também ser entendidas como reduções nos custos médios derivadas da produção conjunta de bens distintos, a preços dados de insumos. (SEAE, 2010) 6 Economias de escala: ocorrem quando o custo médio da firma reduz-se (ou o produto médio aumenta) quando a produção cresce, a preços dados de insumos. De forma análoga, ocorrem quando o custo total de uma firma para produzir um determinado produto/serviço é menor do que o somatório do custo total de duas ou mais firmas para produzirem este mesmo produto/serviço. A analogia se encontra quando a produtividade do trabalho aumenta quando o insumo utilizado aumenta. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando o aumento da produção numa empresa permitir a especialização de uma linha de produção ou a ocorrência de economias de aprendizagem (learning economies). (SEAE, 2010) 7 Empresas de nicho: são microempresas e/ou empresas de pequeno porte que atuam em mercados específicos pouco explorados pelas médias e grandes empresas. (SEBRAE, 2010)

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área acadêmica, contratações de especialistas de outros setores, acesso a publicações de

mídias impressas e eletrônicas especializadas, e, principalmente, pelo apoio técnico

fornecido por fornecedores de insumos, produtos e processo (ABIHPEC, 2009).

Sócio-ambientalmente, o setor reflete, a exemplo de toda sociedade organizada e

consciente, o desejo em identificar, desenvolver e implantar soluções que levem a melhoria

contínua dos seus processos, oferecendo produtos e serviços, que visam o desenvolvimento

sustentável. Nesse sentido, o setor por meio da participação de grupos de trabalho,

coordenados pela ABIHPEC, vem realizando um conjunto de ações que abrange a cadeia

produtiva e suas interfaces, além de integrar-se a projetos de ação global, a exemplo das

alterações climáticas, incentivando a construção de uma agenda positiva baseada na

agenda 21 proposta na RIO 92 (ABIHPEC, 2009). De fato, reconhecê-se que as grandes

empresas merecem destaque no setor por praticarem a sustentabilidade e que a há

incentivos para as micro, pequenas e médias empresas adotarem programas ambientais em

suas unidades fabris.

Como parâmetro estatístico, o setor utiliza-se de dados coletados adaptados à realidade do

mesmo, a partir de publicações realizadas por órgãos governamentais e não

governamentais como: Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS), que é coletada e

tabulada pelo Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), Pesquisa Industrial Anual (PIA)

elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados de exportação e

importação disponibilizados pela Secretaria do Comércio Exterior (SECEX), Panorama

Anual do Setor, que sintetiza os dados destes três citados mais os dados internacionais

codificados pela Euromonitor, redigido pela ABIHPEC e, dados da indústria química

brasileira, sistematizada e divulgada pela ABIQUIM.

O maior impasse que cerca o estudo analítico do setor está na classificação do setor pelos

órgãos governamentais. Dentro da Classificação Nacional da Atividade Econômica

(C.N.A.E.), utilizada tanto pelo IBGE na elaboração da PIA, como pelo MTE para coletar e

tabular os dados da RAIS existe um código específico para a atividade de fabricação de

produtos cosméticos, que é a Classe 2063-1, Fabricação de cosméticos, produtos de

perfumaria e de higiene pessoal (IBGE/SIDRA, 2010). Trata-se de uma classificação muito

generalizada que pode levar a uma interpretação imprecisa sobre o setor, visto a natureza

de muitas empresas multiproduto e/ou multiplantas em território nacional não terem a

fabricação de produtos cosméticos como atividade principal.

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Em termos de classificação de produto, a mais utilizada no Brasil é Nomenclatura Comum

do Mercosul (NCM), originado a partir do Sistema Harmonizado (SH) adotado

mundialmente. Segundo esta classificação, os produtos de cosméticos, perfumaria e higiene

pessoal estão inseridos no Capítulo 33 - Óleos essenciais e resinoides; produtos de

perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas (IBGE/SIDRA, 2010).

Nesse caso, também se verifica a dificuldade de delimitação do setor, já que alguns

produtos que compõem o rol das empresas de cosméticos, como sabonetes, não estão

inseridos no referido capítulo, o que traz prejuízos à análise do montante exportado.

No que se refere às importações, problema semelhante também é verificado, já que alguns

dos insumos bastante utilizados pelo setor não constam do Capítulo 33, especialmente os

insumos básicos químicos e embalagens de vidro. Fontes ligadas ao setor são unânimes em

apontar que os dados de importação da indústria de cosméticos estão certamente

subestimados por causa da dificuldade de incorporação desses dois itens. (GARCIA e

SALOMÃO, 2008).

2.1.3. Panorama Mundial da Indústria Cosmética A indústria cosmética é classificada, usualmente, como um segmento da química,

juntamente com perfumaria e higiene pessoal, totalizam cerca de 7% da produção da

indústria química mundial, como mostra a Tabela 1.

De acordo com a tabela, verifica-se uma maior participação dos países localizados fora da

região européia, merecendo destaque a China alcançando um peso próximo a 6% no setor

devido a sua política econômica agressiva de expansão capitalista e praticando taxas

mínimas de impostos, deixando para trás os países europeus com tradição neste setor que

alcançaram em média 4% em 2009.

Os países como Estados Unidos e Japão são os principais atores internacionais do setor

com grandes empresas transnacionais8, que atuam geralmente em diversos segmentos da

indústria – cosméticos, perfumaria e higiene pessoal – e possuem ligações importantes com

atividades químicas, farmacêuticas e, em alguns casos, de alimentos, aproveitando-se das

economias de escala e de escopo decorrentes da proximidade da base técnica-produtiva e,

sobretudo, comercial dessas atividades.

8 Empresas transnacionais - entidade autônoma que fixa suas estratégias e organiza sua produção em bases internacionais, ou seja, sem vínculo direto com as fronteiras nacionais. (SILVA, 1998)

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TABELA 1 – PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA DE HPPC NA PRODUÇÃO DA INDÚSTRIA QUÍMICA MUNDIAL POR PAÍSES REPRESENTATIVOS – ANO BASE 2009

Países Representativos

Faturamento em US$

(em bilhões)

Química de base + Especialidades

Químicas + Farmacêutica (%)

Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos (%)

Peso do setor sobre a produção total da Indústria

Química (%) 1° Estados Unidos 674,0 83,2 16,8 20,2

2° China 635,0 94,1 5,9 6,3

3° Japão 286,0 88,6 11,4 12,9

4° Alemanha 213,0 95,0 5,0 5,3

5° França 135,0 95,3 4,7 4,9

6° Itália 105,0 96,4 3,6 3,7

8° Brasil 101,0 91,9 8,1 8,8

9° Reino Unido 97,0 95,7 4,3 4,5

12° Espanha 65,0 96,9 3,1 3,2

13° Rússia 64,0 97,0 3,0 3,1

Média ponderada 7,3

FONTE: Dados adaptados de ABIQUIM (2011) e ABIHPEC (2010).

Como característica marcante da estratégia empresarial destes países verifica-se a

internacionalização do setor investindo-se em capacidades produtivas identificadas aos

mercados locais e ativos comerciais, como marca e canais de distribuição. Antes de

empreender esforços mais expressivos de internacionalização, as empresas procuram

estabelecer nos mercados-destino suas marcas próprias e canais de comercialização e

distribuição dos produtos.

Uma tendência que vem sendo crescentemente verificada na indústria transnacional

cosmética é a estratégia de subcontratação das atividades produtivas junto a empresas

especializadas na manufatura. Esse processo é muito comum em outros setores industriais,

como as demais indústrias não pertencentes ao ramo químico (GARCIA, 2005).

Muitas empresas têm se utilizado dessas estratégias para o processo de internacionalização

de sua atuação. Por meio dessa estratégia, as empresas conseguem atuar de modo mais

próximo ao seu mercado destino, sem, no entanto, imobilizar volumes mais expressivos de

recursos.

Na outra face desse processo, nota-se o crescimento das empresas especializadas em

manufatura, que se aproveitam das economias de escala na fabricação de produtos

cosméticos para diversas empresas subcontratantes (GARCIA, 2005).

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2.1.4. Panorama Brasileiro da Indústria Cosmética

O mercado brasileiro é bastante expressivo, como mostram as Tabelas 2 e 3, estimado

como sendo da ordem de US$ 13,8 bilhões (ABIQUIM, 2011), representando um pouco

mais de 11% do faturamento da indústria química nacional e 10% do mercado mundial

(ABIHPEC, 2011).

TABELA 2 – FATURAMENTO LÍQUIDO EM US$ BILHÕES DA INDÚSTRIA QUÍMICA BRASILEIRA NOS ANOS 2008 – 2010

Segmentos 2008 2009 2010 Peso do setor

sobre o total (%) US$ % US$ % US$ %

Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

10,5 8,5 11,3 11,4 10,6 13,8 11,2

Química de base + Especialidades Químicas + Farmacêutica

111,6 91,5 89,7 88,6 119,6 86,2 88,8

TOTAL 122,2 100,9 130,2 100,0

FONTE: Adaptado de ABIQUIM, 2011

Essa importância é atestada pela presença das grandes empresas transnacionais do setor,

que possuem atividades produtivas e comerciais bastante relevantes no Brasil como a

Unilever, Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Colgate-Palmolive, L’oréal, Revlon, Wella,

Beiersdorf, Payot e Avon. Atuantes no país desde a década de 50, suas ações estão

voltadas em constantes investimentos para aumento da capacidade de produção e

incremento das ações publicitárias e comerciais no setor (LOUZADA e SILVA, 2006). É

importante destacar também a participação importante de empresas nacionais no setor

como Natura, Niasi, Jequiti e Boticário (ABIHPEC, 2010).

O Brasil tem atraído cada vez mais a atenção das empresas estrangeiras que atuam no

setor, devido ao aumento significativo no consumo de produtos de Higiene Pessoal pelas

classes econômicas mais expressivas no país (C e D), aumento da expectativa de vida e

participação da mulher no mercado de trabalho – ponto marcante no poder de decisão em

compra, posicionando-o no terceiro colocado mundial no mercado, conforme citado na

Tabela 3.

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TABELA 3 - MERCADO MUNDIAL DE HPPC E RANKING DOS 10 MAIORES MERCADOS

Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos

2010 US$ Bilhões

(preço ao consumidor)

Percentual (%) Crescimento Participação

Mundo 374,3 7,0 1 Estados Unidos 59,8 1,7 16,0 2 Japão 43,8 6,8 11,7 3 Brasil 37,4 30,1 10,0 4 China 23,6 10,8 6,3 5 Alemanha 17,7 -2,0 4,7 6 França 15,9 -3,8 4,2 7 Reino Unido 15,3 3,4 4,1 8 Rússia 12,5 15,0 3,3 9 Itália 12,0 -4,5 3,2

10 Espanha 10,4 -5,3 2,8 As 10 mais 248,3 6,3 66,3

FONTE: ABIHPEC, 2011

O Brasileiro e’ o primeiro consumidor em desodorante, produtos infantis e perfumaria,

segundo mercado em produtos masculinos, higiene oral, proteção solar, cabelos e banho;

terceiro em cosmético coloridos; quarto em pele e quinto em depilatórios (ABIHEPEC,

2011).

Com relação à participação dos três principais segmentos que compõem o faturamento do

setor, o de higiene pessoal foi responsável, em 2010, por 62,8%, seguido pelo de

cosméticos, 21,2%, e de perfumaria, 16,2%, conforme Figura 1.

Higiene pessoal62,6%

Perfumaria16,2%

Cosméticos21,2%

FIGURA 1 – PARTICIPAÇÃO DOS SEGMENTOS DE HPPC – 2010 FONTE: Adaptado de ABIHPEC, 2011

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Outra característica marcante do setor é a sua elevada capacidade de criação de empregos,

especialmente nas etapas relacionadas com a comercialização do produto, conforme Tabela

4.

TABELA 4 – EVOLUÇÃO DO EMPREGO GERADO NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

EMPRESA Ano Crescimento

(em %) Crescimento

médio 2010/1994 1994 2010

Indústria 30.100 68.000 125,9 5,6

Franquia 11.000 34.000 209,1 7,8

Consultora Venda Direta 510.000 2.700.000 429,6 11,8

Profissionais de Beleza 579.000 1.480.000 155,6 6,5

TOTAL 1.130.100 4.282.000 278,9 9,3

FONTE: ABIHPEC, 2011

Todavia, grande parte dos empregos gerados no setor, particularmente, aqueles nas etapas

de comercialização, é composta por ocupações não qualificadas e sem vínculo

empregatício.

A Figura 2 mostra que mais da metade do emprego no setor (e nos seus canais de

comercialização) está vinculado aos esquemas de venda direta de produtos de cosméticos e

também perfumaria. O mesmo inclui também os chamados profissionais de saúde e beleza

(como visagistas, manicures, esteticistas, e podólogos), que se inserem nas atividades de

serviços pessoais, mas estão indiretamente vinculados à indústria de cosméticos.

Indústria; 1,6% Franquia; 0,8%

Vendas Diretas; 63,1%

Profissionais de saúde e beleza;

34,6%

FIGURA 2 – DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA EMPREGADA NO SETOR DE HPPC – 2010 FONTE: Adaptado de ABIHPEC, 2011

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Como se vê pela Figura 2, cerca de 60% da mão de obra envolvida com o setor está

associada ao sistema de venda direta. Nota-se que o volume de emprego nas atividades de

comercialização e de serviços, bem como os empregos na manufatura é relativamente

menos importante.

A multiplicidade das formas de comercialização é outra característica peculiar do setor,

dividindo-o comercialmente nas modalidades de varejo tradicional, venda direta e franquia.

A Tabela 5 mostra os canais de distribuição no setor, da qual se pode observar a

concentração do volume de vendas no canal de varejo tradicional, que atende todas as

classes econômicas. Os outros canais estão voltados à venda de produtos com maior valor

agregado, direcionado para o público A e B.

TABELA 5 – FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS – PARTICIPAÇÃO SOBRE O TOTAL DO FATURAMENTO DO SETOR

FONTE: Adaptado de ABIHPEC, 2011

Cabe ressaltar que a comercialização de produtos de higiene pessoal se dá principalmente

por meio do sistema tradicional de varejo, seja através de supermercados, lojas

especializadas ou drogarias. Já para os produtos cosméticos, a importância do varejo

tradicional cai para pouco mais de 60% e mais de um terço das vendas é realizado pelo

sistema “porta a porta”. Para produtos de perfumaria, a venda direta é responsável por

quase 60% das vendas e o sistema de franquia por cerca de 20% (GARCIA e SALOMÃO,

2008).

Quanto aos indicadores econômicos do setor, o saldo da balança comercial é pequeno

frente ao de outros países, com uma participação de apenas 0,3%. No entanto, no período

entre 2001 e 2010, o país tem demonstrando um crescimento acumulado de 275,3% nas

exportações, enquanto que as importações cresceram 216,0%, conforme a Tabela 6

(ABIHPEC, 2011).

Canais Valor em Reais (%) Volume em Toneladas (%)

Varejo Tradicional 62,2 90,3

Venda Direta 31,7 8,6

Franquia 6,1 1,1

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TABELA 6 – BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA FOCADA NO SETOR DE HPPC – 2001 A 2010

FONTE: ABIHPEC, 2011

Cabe destacar que a grande participação de empresas transnacionais nesse mercado tem

levado o país a ter um saldo positivo na balança comercial, pois tem servido de base

exportadora intrafirmas na América do Sul.

De acordo com este quadro econômico, o saldo da balança comercial mostra um Brasil

fragilizado pela concorrência em produtos de HPPC, que se sustenta na quantidade e falha

na qualidade tecnológica priorizada pelos países desenvolvidos, referência em consumo

mundial de produtos cosméticos.

O setor de HPPC é altamente dependente da importação de matérias-primas e de

embalagens diferenciadas. Algumas especialidades químicas, embalagens e seus materiais

não possuem substitutos nacionais e, mesmo uma política contundente de substituição de

importação, provavelmente seria ineficaz pela pouca atratividade do mercado brasileiro tanto

BALANÇA COMERCIAL HIGIENE PESSOAL, PERFUMARIA E COSMÉTICOS

ANO IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO SALDO

US$'000 % CRESC US$'000 % CRESC US$'000

1998 281.198 1,5 141.573 3,2 139.625

1999 206.424 26,6 168.015 18,7 38.408

2000 220.374 6,8 184.748 10,0 35.626

2001 199.533 9,5 191.510 3,7 8.022

2002 152.284 23,7 202.755 5,9 50.471

2003 150.279 1,3 243.888 20,3 93.610

2004 156.830 4,4 331.889 36,1 175.059

2005 211.658 35,0 407.668 22,8 196.010

2006 294.568 39,2 488.835 19,9 194.268

2007 373.440 26,8 537.497 10,0 164.057

2008 465.794 24,7 647.885 20,5 182.090

2009 456.178 2,1 587.575 9,3 131.398

2010 696.487 52,7 693.318 18,0 3.169

% Cresc. últimos

10 anos

216,0 275,3

% Médio últimos

10 anos

12,2% 14,1%

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para os fabricantes estrangeiros como para o desenvolvimento de empresas nacionais para

essa finalidade (CNQ, 2010).

O mercado nacional tem sido considerado como um dos maiores do mundo e, com a

continuidade do seu crescimento, verifica-se uma participação ativa de empresas

internacionais que não possuem operações fabris, ou estão presentes ainda de forma muito

sutil na modalidade de distribuição/representação local, como é o caso das empresas Lush,

Ebel Paris, L´Occitane e The Body Shop. A maioria das citadas anunciou planos de iniciar a

produção interna no país (CNQ, 2010).

Algumas empresas do setor farmacêutico têm realizado grandes investimentos no setor de

HPPC, principalmente, nos chamados dermocosméticos ou cosmecêuticos9 (ABIHPEC,

2010).

A disponibilidade de matérias-primas na química convencional, mas, sobretudo na química

verde é uma das potencialidades que o setor deve aproveitar nos próximos anos, de acordo

com o comportamento mundial em consumo de produtos orgânicos (ABIHPEC, 2010).

Os investimentos para o próximo período 2010-2011 estão destinados em ordem de

prioridade ao aumento da capacidade produtiva, compra de equipamentos, lançamento e

divulgação de novos produtos, pesquisa de novos produtos e melhoramento da estrutura de

pesquisa da empresa (CNQ, 2010).

A tendência para atender o mercado é a subcontratação de serviços terceirizados na

indústria de cosméticos (CNQ, 2010).

2.2. TERCEIRIZAÇÃO NO SETOR

A partir de 1992 houve um período de grande crescimento interno de consumo de

cosméticos, o que levou a necessidade de grandes investimentos de produção. A abertura

de mercado gerou um aumento no volume dos produtos importados e aumentou a

competição no setor (ABIHPEC, 2010).

Assim, a ampliação da capacidade produtiva das empresas se tomou obrigatória, e, é claro

9 Dermocosméticos ou cosmecêuticos – Cosméticos com princípios ativos, atribuindo ao produto certo grau terapêutico.

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que nem todas elas estavam preparadas para isso. Desse fato, surgiu a necessidade de se

procurar prestadores de serviços especializados, no processo denominado terceirização.

“Terceirização ou outsourcing pode ser definida como a contratação de terceiros para executar parte ou a totalidade de determinadas funções da organização. Na realidade, trata-se de uma transferência de atividades de uma organização para outra [...] que passam a serem fornecedores. [...] substituindo-se custos fixos por custos variáveis e efetuando-se desinvestimento em ativo fixo” (CHIAVENATO 1999a, p. 415)

A subcontratação na indústria de cosméticos, mais que uma tendência, é uma das principais

características da organização industrial da cadeia produtiva. Em alguns países, como a

França, por exemplo, a subcontratação ultrapassa as fronteiras do país, abrangendo mais

de um setor. No Brasil, ao contrário, é restrita ao mercado interno, mas é parte integrante de

um mesmo setor (GARCIA, 2009).

O que torna a terceirização no setor economicamente viável e atrativa é que boa parte das

inovações tecnológicas podem ser adquiridas dos segmentos fornecedores (aditivos,

ingredientes e embalagens). Com isto, a empresa produtora do setor, concentra a sua

atenção e gastos nos processos produtivos, comercialização e publicidade.

A empresa contratada10 pode exercer atividades mais restritas ou se encarregar de todas as

atividades, desde o desenvolvimento e toda a documentação a ele relativa, compra de

matéria-prima, até a embalagem do produto. Com os contratos11, incluindo cláusulas de

sigilo, busca-se explicitar deveres e resguardar direitos de contratante (por exemplo, no

caso de ser detentor da fórmula) e contratados (por exemplo, quanto à interrupção das

encomendas em prazo não compatível com os investimentos incorridos para atendê-las).

Outra possibilidade dentro deste contexto é utilizar a terceirização para:

• Atender aumentos circunstanciais ou sazonais da demanda por produtos da empresa

contratante12; complementando de forma consistente a sua capacidade interna,

10 Empresa Contratada: Empresa que executa etapas da fabricação ou fabricação total de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, corresponsável pelos aspectos técnicos e legais inerentes à atividade objeto da terceirização. Também chamada empresa terceirista. 11 Contrato: É o documento devidamente legalizado em cada Estado Parte que estabelece o vínculo entre as empresas envolvidas nas atividades objeto desta Regulamentação. 12 Empresa Contratante: Empresa titular de produto que desenvolve no mínimo uma etapa do processo de fabricação e contrata serviços de fabricação total ou parcial de produtos e serviços de controle de qualidade e/ou armazenamento de terceiros, responsável por todos os aspectos legais e técnicos vinculados com o produto ou processo objeto da terceirização.

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como é o caso da maioria das grandes empresas como, por exemplo; Avon, Natura,

Johnson & Johnson, Nívea;

• Realizar as etapas iniciais e/ou finais da empresa contratante, quando esta não tem

capacidade de investimento para ter fabricação própria, como no caso das médias

empresas citando a Adcos que terceiriza o envase de um produto em aerossol;

• Ser parte integrante da estratégia da empresa contratante, que embora com

capacidade financeira, optou por não fabricar inicialmente no país como, por

exemplo, a Anna Pegova, sem unidade fabril no Brasil que subloca a terceirista para

produzir a sua linha de cosméticos;

• Atuar de maneira definitiva na gestão da marca e na comercialização, como no caso

da maioria das pequenas empresas com Marcelo Beauty e redes de distribuição

como o Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e Wall Mart com as suas marcas, Taeq,

Les Cosmètiques e Equate, respectivamente.

Embora seja parte integrante da estrutura organizacional do setor, em épocas de expansão,

o número de terceiristas tende a aumentar pelo aumento da demanda por esse tipo de

atividade. São práticas comuns, alguns dos profissionais demitidos de grandes empresas,

usarem os conhecimentos adquiridos, fomentando esta modalidade de serviços nos dois

lados da cadeia: uma parte investe no desenvolvimento de novos produtos, recorrendo à

fabricação em terceiros, por falta de capital suficiente para investir em uma planta fabril.

Outros, com mais capital disponível, iniciam a empresa já preparada para atender contratos

de outras empresas, tornando-se prestadores de serviço.

No Brasil, a terceirização no setor de cosméticos é regulada pela ANVISA. A Resolução

RDC nº 176, de 21 de setembro de 2006 estabeleceu os critérios relativos à terceirização de

etapas da fabricação ou fabricação total de Produtos de Higiene, terceirização de etapas da

fabricação ou fabricação total de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

Pela resolução, cabe destacar os seguintes aspectos em relação à natureza da empresa

terceirista e o regime de contratação entre contratante e contratada:

• A empresa contratada (ou terceirista), que deve ter autorização da Autoridade

Sanitária Competente, executa mediante contrato (devidamente legalizado em cada

Estado Parte, que estabelece o vínculo entre as empresas envolvidas nas atividades

objeto da Regulamentação), etapas da fabricação ou fabricação total de Produtos de

Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes.

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• A contratante, seu responsável técnico13 e seu representante legal14, e a empresa

contratada são solidariamente responsáveis perante as autoridades sanitárias, pelos

aspectos técnicos, operacionais e legais inerentes à atividade objeto da

terceirização.

• O controle de qualidade em processo na etapa de elaboração é privativo da empresa

fabricante do produto, portanto, em condições normais, não pode ser terceirizado. A

contratação de terceiros para a realização de controle de qualidade só é permitida

em casos em que a complexidade da análise exija a utilização de equipamentos ou

recursos altamente especializados, e, nos casos de análises que são realizadas com

frequência tão baixa que não se justifica a aquisição de equipamentos para tal fim.

Nesses casos, podem ser realizados contratos com laboratórios analíticos

capacitados e reconhecidos pela autoridade sanitária competente.

• No âmbito das atividades terceirizadas, a planta e a distribuição física industrial do

contratado são consideradas como extensão da empresa contratante, e, portanto,

são passíveis de inspeção pela autoridade sanitária competente, em conformidade

com as “Boas Práticas de Fabricação” vigentes. Todas as atividades devem ser

definidas em contrato, no qual deve constar a forma pela qual o responsável técnico

da empresa contratante vai exercer sua responsabilidade quanto à aprovação dos

lotes dos produtos para a venda e quanto à emissão do laudo de análise de

qualidade.

• A empresa contratante pode inspecionar as instalações da contratada a qualquer

momento. Além disso, o contratado deve manter registro documental referente às

informações das atividades que exerce inerentes aos produtos mediante contrato e

colocá-lo à disposição do contratante. Esses procedimentos são importantes, pois,

pela Resolução, a empresa titular deve manter em seu poder os documentos que

contenham as informações necessárias para a rastreabilidade do produto com as

atividades terceirizadas para serem apresentados à autoridade sanitária quando

solicitados (ANVISA, 2006).

Em síntese, a manufatura, embora não represente um obstáculo pela disponibilidade da

terceirização, dentro da esfera de comercialização, ela pode representar a mais forte

barreira à entrada e a permanência de empresas de menor porte.

13 Responsável Técnico/Diretor Técnico/ Regente - Profissional legalmente habilitado pela Autoridade competente para exercer a responsabilidade técnica das atividades desenvolvidas pela empresa e reguladas pela legislação sanitária vigente. 14 Representante Legal - Pessoa que representa a empresa e responde administrativa, civil, comercial e penalmente pela mesma.

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Nos campos principais do mercado, essas empresas possuem expressivas dificuldades,

particularmente as relativas à distribuição e se sobressaem em nichos que as médias e

grandes empresas não atuam, como por exemplo, na produção de lotes reduzidos ou no

fracionamento de lote entre várias empresas.

2.3. PEQUENA EMPRESA: CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

Existem diversos autores que delimitam a definição de Pequena Empresa. Não há um

consenso universal sobre o tema, pois cada país adota critérios específicos de acordo com

suas peculiaridades e intenções classificatórias quanto à tributação fiscal (DIESTE apud

FELIPPE, 2003). Cabe descrever os princípios considerados para o delineamento de perfil

das pequenas empresas no Brasil e sua inserção no contexto ambiental estabelecido neste

trabalho.

Historicamente, os Estados Unidos foram o primeiro país a definir a pequena empresa,

descrição publicada no Selective Service Act15 em 1948, estabelecendo que, para uma

entidade ser considerada como PE, deveria atender aos seguintes critérios: posição não

dominante no comércio ou indústria da qual faz parte; número de seus empregados não

superior a 500; autossuficiente e operante independente do governo americano (FILION

apud MOTTA, 2000:67).

Os critérios geralmente utilizados para classificação são quantitativos, qualitativos ou uma

combinação de ambos. Os quantitativos, normalmente mais utilizados por serem de fácil

acesso, são de ordem econômica e/ou contábil e determinam o porte da empresa através de

indicadores como: número de funcionários, valor de faturamento, valor de mobilização de

ativos, capital social, patrimônio líquido e lucro.

O qualitativo, embora permita uma identificação mais real do porte da empresa é de mais

complexa obtenção. Os indicadores analisados são de cunho gerencial e social e

consideram: organização e administração, especialização dos cargos-chave, dificuldade na

obtenção de financiamento, condições de participação e domínio de mercado em termos de

concorrência, produtos comercializados, aquisição de insumos e matérias-primas, nível

tecnológico, independência de grupos e empresas.

15 Selective Service Act – projeto de lei pós-guerra referente às alterações aos artigos legais de Guerra assinado pelo Comitê das Forças Armadas, que se tornou lei constitucional (Elston Act) em 1948.

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A associação de ambos os critérios, qualitativo e quantitativo, parece permitir uma melhor

classificação já que levam em conta os aspectos econômicos, características sociais e

políticas da empresa assim como o ambiente em que atua. Todavia, o critério mais utilizado

é o quantitativo devido a várias vantagens: permite a rápida determinação do porte da

empresa; é fácil de ser coletado; permite o emprego de medidas de tendência de tempo;

possibilita análises comparativas; são de uso corrente nos setores institucionais, públicos e

privados (DIESTE apud FELIPPE, 2003).

No Brasil, os critérios quantitativos em relação a quadro de colaboradores são usados por

três fontes de referência: Ministério do Trabalho e Emprego, a partir da publicação do

Relatório Anual de Informações Sociais, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com a

elaboração de sua Pesquisa Industrial Anual e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas - SEBRAE.

Para este trabalho, o indicador adotado será o estipulado pelo SEBRAE. A entidade adota

um conceito amplo e diversificado para micro e pequena empresa em função da região,

estado ou município em ela se encontra localizada, de seu porte econômico-financeiro, do

ramo de negócio e da forma jurídica, conforme Quadro 1.

QUADRO 1 – DEFINIÇÃO DO PORTE DA EMPRESA DE ACORDO COM A SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

Ordenação Jurídica

adotada pelo BNDES

Porte da empresa

Micro Pequena

Receita Bruta anual

(Decreto nº 5.028/2004,

de 31/03/2004)

≤ a R$ 433.755,14 Superior a R$ 433.755,14 e

≤ a R$ 2.133.222,00

Receita Bruta anual

(Medida Provisória

275/05 (SIMPLES))

≤ a R$ 240.000,00 Superior a R$ 240.000,00 e

≤ a R$ 2.400.000,00

Faturamento anual

(Indicador Paulista)

< a dez mil UFESP (Unidade

Fiscal do Estado de São Paulo)

entre dez mil e cem mil UFESP

(Unidade Fiscal do Estado de São

Paulo)

FONTE: Adaptado de SEBRAE, 2010

Porém, para efeitos estatísticos, o SEBRAE utiliza o critério de número de colaboradores

combinado com o setor em que a empresa atua conforme Quadro 2.

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QUADRO 2 – DEFINIÇÃO DO PORTE DA EMPRESA DE ACORDO COM O NÚMERO DE COLABORADORES

Número de colaboradores

Porte da empresa Micro Pequena Média Grande

MTE/RAIS 0-19 20-99 100-499 Acima de 500 SEBRAE Indústria

0-19 20-99 100-499 Acima de 500

SEBRAE Comércio e Serviços

0-9 10-49 50-99 Acima de 100

FONTE: Adaptado de SEBRAE, 2010

2.3.1. Caracterização e análise do desempenho das pequenas empresas brasileira no setor de HPPC

De acordo com os dados publicados pela ABIHPEC em 2010, existem no Brasil 1.659

empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos,

sendo que 20 delas são de grande porte, com faturamento líquido de impostos acima dos

R$ 100 milhões, representando 73,0% do faturamento total. As empresas estão distribuídas

por região/estado de acordo com a Figura 3.

FIGURA 3 – DISTRIBUIÇÃO NACIONAL DE EMPRESAS NO SETOR DE HPPC FONTE: ABIHPEC, 2011

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Segundo as informações do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS/MTE) e no

Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) existiam 4617 empresas classificadas

na Seção C – Indústria da Transformação; Divisão 20 – Fabricação de Produtos Químicos;

Grupo 20.6 – Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos,

produtos de perfumaria e de higiene pessoal em 2008.

Vale observar que os números do RAIS/IBGE não consideram a subclasse 2063-1 –

Fabricação de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, dando um

resultado muito superficial, margeando para dados estimados do setor. Apesar de não

considerar todas as empresas que fabricam cosméticos, as informações do RAIS/IBGE

permitem analisar um pouco melhor a estrutura do setor. Como ressaltado anteriormente,

uma das características fundamentais dessa indústria é a existência de barreiras à entrada

pouco significativas, o que permite a existência de um número elevado de micro e pequenas

empresas.

De acordo com o porte da empresa no setor e a quantidade de colaboradores, listados na

Tabela 7, os dados referentes a 2008, apontam que as empresas com até quatro pessoas

ocupadas respondem por mais de 60% do total sendo que a maior concentração está nas

regiões Nordeste e Sudeste.

TABELA 7 – SETOR HPPC: NÚMERO DE EMPRESAS E DE COLABORADORES POR PORTE (2008)

CNAE 2.0 = 20.6: Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza e HPPC – Ano 2008

Brasil e Região

Geográfica

Faixa de pessoal ocupado16

Variáveis

N° de empresas e outras organizações (Unidades) Pessoal ocupado

0 a 19 4010 17.517 20 a 99 487 19.185 100 a 499 99 20.468 500 e mais 21 27.949 Total 4.617 85.116

Continua

16 Faixa de pessoal ocupado – Critério utilizado pelo IBGE, adotado também pelo SEBRAE para definir o porte da empresa, considerando microempresa até 19 pessoas ocupadas, pequena empresa até 99 pessoas ocupadas, média empresa até 499 pessoas ocupadas e grande empresa acima de 500 pessoas ocupadas.

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CNAE 2.0 = 20.6:

Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza e HPPC – Ano 2008

Norte

Faixa de pessoal ocupado

Variáveis N° de empresas e outras organizações (Unidades) Pessoal ocupado

0 a 19 90 412 20 a 99 14 346 100 a 499 3 x 500 e mais - x

Total 107 1.621

Nordeste

0 a 19 925 3.246 20 a 99 75 2.978 100 a 499 12 1.043 500 e mais 4 4.131 Total 1.016 12.571

Sudeste

0 a 19 1.808 9.183 20 a 99 294 11.687 100 a 499 69 1.448 500 e mais 15 21.789 Total 2.186 57.139

Sul

0 a 19 943 3.618 20 a 99 80 3.092 100 a 499 13 1.786 500 e mais 1 x Total 1.037 1058

Centro-Oeste

0 a 19 244 295 20 a 99 24 961 100 a 499 2 x 500 e mais 1 x Total 271 4.042

Nota: Os dados com menos de três informantes estão identificados com o caractere x.

FONTE: IBGE - Cadastro Central de Empresas, 2010

Somando as empresas com até 19 pessoas ocupadas, a participação acumulada chega a

aproximadamente 87% do número de empresas concentradas na região Sul e Sudeste.

Porém, elas respondem por apenas 21% do total de colaboradores.

As empresas das faixas entre 20 a 99 e 100 a 499 pessoas ocupadas responderam por

cerca de 10 e 2% do total, respectivamente, enquanto as empresas com mais de 500

pessoas ocupadas responderam pelo quase 1% restantes e estão localizados nas regiões

Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. Vale ressaltar que, destas 21 empresas, apenas três

unidades possuem um quadro com mais de 1.000 colaboradores.

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O aumento significativo de unidades funcionais de empresas de médio e principalmente de

pequeno porte, tem se intensificado nos últimos anos. Estas empresas foram originadas em

duas vertentes:

• Da segregação das tradicionais farmácias de manipulação, em medicamentos e

cosméticos, investindo o capital neste novo segmento e;

• Do planejamento e construção de pequenas unidades fabris especializadas em

sublocação de espaço e mão de obra especializada, para atender a demanda

produtiva das empresas que passaram a focar suas atividades para a divulgação de

suas marcas, gerada diretamente pelo crescimento do consumo nacional de

produtos do setor. (CETESB, 2006)

Considerando a participação das pequenas empresas do setor, verifica-se que as mesmas

atuam em vários segmentos, sendo a fabricação - incluindo a terceirização fabril - a mais

expressiva e competitiva. Isto ocorre por dois fatores, a saber:

a) Atendimento por demanda produtiva devido aos aumentos circunstanciais ou

sazonais das empresas de médio e grande porte; e

b) Ser utilizada em etapas iniciais e/ou finais das micro e pequenas empresas não

especialidades em fabricação ou das médias e grandes que se concentram na

gestão da marca e na comercialização. (CETESB, 2006)

Diante de um número extremamente relevante de micro e principalmente, pequenas

empresas no setor, buscar se diferenciar, oferecendo qualidade e produtividade nos

serviços de forma criativa, inteligente e economicamente viável é a chave para sobreviver,

enfrentando a concorrência e se mantendo no mercado, proporcionando grandes chances

de expansão quanto ao porte como por inclusão de atividades além da singular fabricação.

2.4. ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA E DE DIFERENCIAÇÃO PRODUTIVA

PARA A AS PEQUENAS TERCEIRISTAS NO SETOR

Não há dúvidas que uma empresa exprime sua razão de existir pela vontade de seus

clientes. No setor de HPPC, o consumidor busca no produto cosmético: qualidade,

credibilidade quanto aos efeitos prometidos e, acima de tudo, segurança na preservação de

sua própria saúde. Para assegurar estas premissas, o mercado adota programas de gestão

da qualidade como estratégia de sobrevivência no setor e programas e/ou ferramentas de

gestão ambiental para a sua diferenciação no setor.

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A estratégia de sobrevivência, independente do porte da empresa, consiste no cumprimento

da legislação ambiental e sanitária vigente no país, baseadas em programas de gestão

como as Boas Práticas de Fabricação. Neste sentido, o auto de inspeções focadas no

processo fabril contempla a melhoria contínua do processo produtivo, garantindo a

qualidade de seus produtos e serviços.

O roteiro de inspeção utilizado no setor está presente no anexo II da Portaria n°348,

presente no anexo A (ANVISA, 1997). Trata-se de um guia seccionado em subunidades

que englobam o sistema fabril com itens ou requisitos classificados em “imprescindível”,

“necessário” e “recomendável” para o cumprimento de Boas Práticas de Fabricação e

Controle.

Para manter-se “vivo” no mercado, basta cumprir os requisitos “imprescindíveis” e

“necessários” versados neste roteiro. Agora, como garantia a sua sobrevivência e iniciar a

sua evolução no setor, atender os requisitos “recomendáveis” e se utilizar de programas

ambientais e/ou outras ferramentas da qualidade, resulta em estratégias de diferenciação no

setor.

As estratégias de diferenciação são delineadas de acordo com o porte da empresa. Para

uma empresa terceirista de pequeno porte, a metodologia adotada vai de encontro a sua

realidade financeira, focando seus esforços em aplicar inicialmente, programas ambientais,

complementar as praticadas para a sua sobrevivência e evoluindo para a implantação de

ferramentas da qualidade para alcançar o seu desenvolvimento sustentável.

2.4.1. Estratégia de sobrevivência: Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF&C)

As BPF&C no setor foram instituídas para atender aos requistos harmonizados no Mercosul

e alinhá-lo nas diversas exigências de qualidade, produtividade e competitividade do

mercado mundial, visto que o país mostrou taxas de crescimento consideráveis na

exportação de HPPC nos cinco anos que antecedem a vigência legal da Portaria n° 348

(ABIHPEC, 2009).

Trata-se de um programa de qualidade baseado na ferramenta de gestão “Planejamento-

Execução-Verificação-Ação” (PDCA) que norteia todos os setores produtivos para a

implantação de um Sistema da Garantia da Qualidade (PALADINI, 2009; ANVISA, 1997).

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O PDCA é um método de controle que utilizado para eliminar os desvios quando se

pretende “Manter a Qualidade”, assegurando os resultados do processo, ou quando

pretender “Melhorar a Qualidade” redirecionando o processo e implantando ações

corretivas, isto tudo dentro de uma perspectiva cíclica de planejamento da qualidade onde

se estabelecem padrões através de quatro fases: planejar (Plan), executar (Do), avaliar

(Check), e agir (Act) corretivamente (PALADINI, 2009). O processo está esquematizado na

Figura 4.

FIGURA 4 – CICLO PDCA DE CONTROLE DE PROCESSOS FONTE: Adaptado de CAMPOS, 2004 e PALADINI, 2009

Cada fase ou etapa funciona para o colaborador como construção de uma nova fase do

conhecimento dos problemas e da área onde atua diretamente. Com a aplicabilidade deste

método, obtém-se um nível de crescimento considerável, uma vez que caminha para o

alcance da eficiência profissional.

A primeira fase do ciclo (Plan) corresponde à definição da meta a ser atingida e o método

para alcançá-la. Nesta fase são utilizadas ferramentas para identificação, observação e

análise do problema, para então, ser traçado um plano de ação (planejamento) para sua

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resolução e alcance da meta (PALADINI, 2009). Para cada problema identificado e

priorizado, pode-se estabelecer um projeto com análises e soluções, visando atingir a causa

e solucionar o problema no prazo estabelecido. No caso, das BPF&C, utiliza-se o plano de

ação 5W2H1S17, aplicado a partir de um roteiro ou check-list de Auditoria padronizado pela

ANVISA, verificando a capacidade da organização atendem os requisitos imprescindíveis,

necessários e recomendáveis para garantir a qualidade dos serviços, produtos e processos.

A segunda fase (Do) compreende a execução do que foi planejado e depois a coleta de

dados. Nesta etapa, criam-se instruções de trabalho (ITs) e procedimentos operacionais

padrão (POPs) de acordo com a meta traçada (CAMPOS, 2004). Os colaboradores são

treinados para que a execução das tarefas seja exatamente como prevista no plano

(PALADINI, 2009).

Em seguida, a terceira fase, a verificação (Check) dos resultados. A partir dos dados

coletados na execução, a partir de uma nova auditoria baseada no mesmo check-list

utilizado na primeira fase, compara-se o resultado alcançado com a meta planejada

(PALADINI, 2009).

Na quarta e última fase (action), caso a meta tenha sido atingida, as ações que levaram a

esses resultados podem tornar-se referência (padrão) e são implantados meios para manter

os bons resultados (PALADINI, 2009). Nesta fase, têm-se a validação dos POPs, a redação

do Manual da Qualidade e a instituição do Departamento da Garantia da Qualidade na

organização.

Caso não tenha sido atingida, são tomadas ações corretivas, agindo sobre os motivos de

modo a definir novos meios que levem a obter bons resultados no processo. E após uma

reflexão sobre todo o processo (conclusão) roda-se novamente o PDCA (PALADINI, 2009),

na busca da melhoria contínua.

Todas as empresas do setor, independente do porte ou ramo de atividade são obrigadas a

adotar as BPF&C em sua unidade funcional. No caso, das terceiristas, sua unidade fabril

torna-se uma extensão das distribuidoras que não as possuem e/ou fabricantes que

direcionam parte de sua produção para a contratada.

17 5W2H1S – Adaptação do 5W2H (What? (O que?), Why? (Por quê?) Who? (Quem?), Where? (Onde?), When? (Quando?), How? (Como?) e How much? (Quanto?)) de Ishikawa (PALADINI, 2009), incluindo a pergunta Show me? (Como monitorar / demonstrar resultados?). Trata-se de um plano de ação praticado pelo setor de HPPC baseado nessas oito perguntas realizadas em cada etapa do processo analisado, que permite planejamento e ajustes das não conformidades observadas.

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As operações acordadas devem ser claramente discutidas, devendo o detentor do registro

do produto ou processo fornecer todas as informações por escrito no contrato de

terceirização, que deve explicitar as condições do processo de produção de um determinado

produto assegurando o atendimento à legislação específica do item contratado e os padrões

de qualidade do produto ou dos processos. O mesmo cabe às condições de execução

relacionadas ao produto ou processo deverão estar descritas no contrato elaborado

conjuntamente pelas partes.

A ANVISA determina que o terceirista deva respeitar contratos, principalmente nos tópicos

relacionados à qualidade, devendo participar do processo de auditorias para assegurar o

cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e Controle, versado no anexo A da Portaria

n° 348, referente ao setor de HPPC (ANVISA, 1997).

Desde o recebimento dos insumos na unidade fabril até a disposição do produto final nos

pontos de venda, a terceirista, na figura representativa do departamento da Garantia da

Qualidade, documenta todas as inspeções, registros, instruções de trabalho, procedimentos

operacionais padrão, treinamentos de colaboradores para controlar e garantir a satisfação

do consumidor que busca na sua aquisição, qualidade, eficácia e principalmente, segurança

na preservação de sua própria saúde (ANVISA, 1997).

A seleção do terceiro deve ser feita por técnicos com competência específica, que observam

as estruturas, as condições de processo e estabelecem as regras que devem conter os

contratos.

Normalmente a parte técnica é abordada com inspeções realizadas na unidade fabril do

terceirizado, gerando um relatório de Auditoria da Qualidade apontando as verificações

comerciais e o atendimento às regras jurídicas (ANVISA, 1997).

O roteiro para auditoria, presente no anexo B, deverá obedecer à legislação vigente,

podendo ser amplo, em todas as áreas correspondentes ao processo do terceirizado ou

apenas na área a ser objeto do contrato dependerá aí das implicações e necessidade de

contemplá-lo na terceirização.

Todos os processos de validação asseguram o perfeito atendimento às regras de fabricação

ou manipulação, de acordo com a natureza do produto, visando à equalização de tempos de

processo nas linhas, não comprometendo a qualidade final do produto. Os envolvidos com o

processo de validação buscam verificar nas auditorias, todas as documentações

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relacionadas ao equipamento, seja de calibração de instrumentos, de qualificação

envolvendo a instalação (Installation Qualification - IQ), operação (Operation Qualification -

OP) e atuação (Performance Qualification - PQ); manutenção (preventivo-corretiva /

corretiva / manutenção produtiva total - TPM), até a validação dos processos e dos sistemas

utilizados (CAMPOS, 2004).

Todas as observações feitas por ocasião da auditoria no terceirizado deverão constar em

documento apropriado que atenda às exigências determinadas pela Resolução da Diretoria

Colegiada (RDC) correspondente (ANVISA, 2005).

Assim que finalizada a inspeção, os auditores deverão conduzir a reunião de encerramento,

para expor aos responsáveis pelo contrato de terceirização todos os desvios verificados,

realizando-se um agendamento técnico, para a adoção de ações corretivas pertinentes.

A liberação para o início dos processos de terceirização somente será oficializada após a

constatação por meio do retorno, ou mesmo da participação dos responsáveis pela

terceirização de que todas as pendências técnicas que podem comprometer a qualidade

final do produto ou do processo foram atendidas.

Dentro deste contexto, representado pela Figura 5, vale expor que os quesitos a serem

atendidos englobam somente a Garantia da Qualidade do produto final. A grande

oportunidade para as terceiristas, principalmente de pequeno porte, galgar posição

consistente diante da concorrência e sobreviverem no mercado turbulento e extremamente

competitivo é adequar a unidade fabril a atender os quesitos “recomendáveis” versados no

manual de BPF&C, em conjunto com outras ferramentas da qualidade e/ou programas

ambientais, ampliando o seu Sistema de Garantia da Qualidade para Total ou Global.

Uma empresa que pratica a Qualidade Total no seu sistema caminha para a certificação de

seus produtos e serviços, e mostra ter estrutura suficiente para sobreviver no mercado e

buscar a sua sustentabilidade.

O enlace entre Gestão da Qualidade Total (TQM - Total Quality Management) e Gestão da

Qualidade Total Ambiental (TQEM - Total Quality Environmental Management) é um agente

para mudança cultural da organização, um veículo pelo qual as organizações aprenderam a

tornarem-se mais sensíveis aos consumidores e as suas necessidades, avaliando o próprio

sucesso nestes novos termos (WEVER apud NASCIMENTO et al.. 2002). É, em síntese,

uma estratégia de diferenciação perante a concorrência.

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FIGURA 5 – ETAPAS CONSTRUTIVAS PARA A QUALIDADE TOTAL FONTE: ADAPTADO DE PALADINI, 2009

2.4.2. Estratégia de diferenciação: Controle severo dos Impactos Ambientais

O controle da poluição tem sido um dos maiores desafios ambientais do mundo atual. O

reconhecimento que a ação do homem contribui para a deterioração do ambiente natural e

dos recursos naturais faz com que todos os países busquem alternativas em relação à

restauração do meio ambiente.

Diante desse fato, estima-se que 70% de todos resíduos e emissões dos processos

industriais podem ser prevenidos na fonte pelo uso de procedimentos tecnicamente sadios e

economicamente rentáveis (BASS et al., 1992 apud NASCIMENTO et al., 2002).

Mobilizações neste sentido têm ocorrido oficialmente desde 1968, com a criação do Clube

de Roma, reunindo cientistas renomados, economistas, políticos, chefes de estado e até

mesmo associações internacionais visando promover um crescimento econômico estável e

sustentável da humanidade (NASCIMENTO et al., 2002). O último encontro oficial entre

países, reuniu 192 signatários em dezembro de 2009 na capital da Dinamarca,

Copenhague, para negociar um novo acordo global climático durante a 15ª Conferência das

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Partes – Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15).

O papel das empresas diante da consciência ecológica mundial está em fundamentar-se em

um novo paradigma baseado também nos seguintes fatores: cadeia de valor, flexibilização

dos trabalhos, melhoria contínua dos processos e produtos, preocupação com a satisfação

dos clientes, criação da organização virtual e redução do ciclo de vida de fabricação. Surge,

então, nesse novo ambiente produtivo, a variável ambiental. Com ela se pretende obter um

diferencial competitivo empresarial e, ao mesmo tempo, atender as queixas da sociedade

provenientes de um maior envolvimento desta com as questões ambientais (SILVA FILHO e

SICSÚ, 2003).

Distante da abordagem antiga de gerenciamento, que sugere a interpretação sobre os

problemas ambientais sejam considerados como obrigações a serem sanadas

simplesmente pelo fato de existirem leis punitivas, ou que faz parte de movimentos políticos

e somente é praticável apenas nas grandes empresas, o fator culminante está em tomar

uma atitude mais eficaz e rápida, para se adequarem aos requisitos legais ambientais

emergentes, passando, por conseguinte, a adotar uma atitude pró-ativa caracterizada pela

ética ambiental (CNTL, 2003).

As organizações focadas no futuro estão desenhando um novo cenário denominado

Ecologia Industrial (EI) – baseada em uma analogia de sistemas fabris e ambientais.

Promove um afastamento dos sistemas lineares abertos para cíclicos, semelhantes aos

encontrados no meio ambiente, onde não existem resíduos e sim matéria-prima para outras

atividades, reajustando desta forma o conceito de rejeito18 (CNTL, 2003).

A EI está baseada em seis princípios elementais:

a) Criação de ecossistemas industriais: maximização no uso de materiais reciclados na

produção, otimização no uso de materiais e energia, minimização na geração de

resíduos e reavaliação dos resíduos como matérias-primas para outros processos.

b) Equiparação das entradas e saídas dos processos industriais à capacidade natural

dos ecossistemas: compreensão da capacidade dos grandes sistemas naturais de

absorver resíduos tóxicos, ou de outro tipo, em situações típicas ou de desastre

ambiental.

18 Rejeito - Material que passou pelo processo produtivo consumindo: água, energia, matéria-prima, desgaste de equipamentos, mão-de-obra, participação nos custos fixos da empresa; mas que não se torna produto, ou seja, não agrega valor (CNTL, 2003)

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c) Desmaterialização: redução na intensidade no uso de materiais e energia na

produção industrial.

d) Melhorar os caminhos metabólicos dos processos industriais e no uso de materiais:

redução ou simplificação dos processos industriais para que estes possam emular os

processos naturais, altamente eficientes.

e) Padrões sistemáticos no uso de energia: promover o desenvolvimento de um

sistema de fornecimento de energia que funcione como uma parte do ecossistema

industrial e que seja livre de impactos ambientais negativos aos padrões correntes

de uso de energia.

f) Alinhamento de políticas com a perspectiva de longo prazo da evolução do sistema

industrial: nações atuando em conjunto para integrar suas políticas econômicas e

ambientais (CNTL, 2003).

A maior aproximação da indústria química, em consequência – a cosmética, da prática da

Ecologia Industrial é a sua atuação baseada na Química Verde. Seu objetivo é fazer uso de

processos que minimizem os riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente, com foco na

maior eficiência dos recursos utilizados e no menor desperdício.

O alcance destas técnicas tem se limitado às vizinhanças da fábrica, ou seja, em minimizar

as emissões de substâncias nocivas resultantes do processo em questão. Este tipo de ação

pode ser associado às práticas de prevenção à poluição ou de produção mais limpa e é

essencial no caminho da Ecologia Industrial. Entretanto, impactos ambientais causados

localmente podem permanecer atuantes por um longo período de tempo e, também de

espaço (KOREVAAR apud BIAGIO e ALMEIDA, 2003).

Desta forma, se há intenção de se alcançar a sustentabilidade, deve-se incluir as interações

com o ambiente por períodos maiores de tempo e considerar o espaço mais abrangente que

as vizinhanças da empresa (Figura 6). Ou seja, deve-se levar em conta não só o processo

em si, mas também a implantação do processo e sua operação (KOREVAAR apud

GIANNETI e ALMEIDA, 2003).

Para expandir a Química Verde sob os conceitos da Ecologia Industrial deve-se adotar uma

análise sistêmica tanto dos produtos como dos processos, servindo-se de ferramentas no

âmbito empresa-ambiente, como a eco-eficiência, alcançada com a implantação de

programas de Prevenção a Poluição (P2), Minimização de Resíduos, Produção Mais Limpa

e/ou Produção Limpa, voltadas ao aumento da eficiência e diminuição do impacto ambiental

de cada unidade – produzir mais com menos ou no âmbito empresa-ambiente-empresa

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(Eco-rede), como a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)19, alcançada com a implantação do

programa de Ecodesign (DfE)20 e sistema de Gestão Ambiental (SGA) que destinam-se a

tornar o sistema ambientalmente sustentável (GIANNETI e ALMEIDA, 2003), conforme

ilustrado na Figura 7.

FIGURA 6 – RELAÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS COM AS ESCALAS DE TEMPO E ESPAÇO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO A SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA FONTE: GIANNETI e ALMEIDA, 2003

As razões que levam as organizações empresariais a elaboração destas ferramentas são

diversas, tais como: a economia de recursos (energia, água e matérias-primas), atuação

estratégica no mercado para a sua diferenciação, questões referentes à legislação, novos

conhecimentos e tecnologias em gestão, ou por razões pró-ativas em relação à preservação

ambiental, na busca de alcançar seu desenvolvimento sustentável.

De acordo com Lerípio (2001), a sustentabilidade organizacional se baseia no fator humano,

comandante das operações e que estabelecem algum tipo de vínculo com o espaço, meio

ambiente, economia, sociedade, cultura e tempo. O mesmo faz uma analogia com o

conceito de sustentabilidade proposto por Sachs (1993), apresentado a definição de

sustentabilidade organizacional, presente no Quadro 3.

19 ACV – É uma ferramenta para avaliar todas as cargas ambientais associadas a um produto, processo ou atividade e de identificação de alternativas para sua redução. A análise contempla todo o ciclo de vida do produto, processo ou atividade, da obtenção das matérias primas à disposição final de resíduos, abrangendo extração, transporte, fabricação, distribuição, uso, reuso, reciclagem e disposição final. 20 Ecodesign (DfE – Design for Environment) – incorpora a dimensão ambiental na concepção de produtos e serviços. Essa assume o mesmo grau de importância das variáveis tradicionalmente ponderadas como funcionalidade, custo, viabilidade técnica etc. O DfE visa reduzir os impactos ambientais do projetado ao longo de todo o seu ciclo de vida

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FIGURA 7 – MAPA DE ABRANGÊNCIA DA ECOLOGIA INDUSTRIAL FONTE: Adaptado de VAN BERKEL (b), 2006

Com essas adaptações voltadas para as organizações, pode-se ter uma visão dirigida para

as necessidades de se remodelar a unidade fabril para que perpetuem e busquem um

equilíbrio de consumo de bens renováveis e não renováveis no seu sistema, alcançando a

sustentabilidade.

A indústria cosmética nacional como um todo – em maior ou menor grau – vem pensando a

sustentabilidade de forma estratégica, alinhando esse conceito às tomadas de decisão e

disseminando o conhecimento nos vários níveis e departamentos das organizações, com

ações educacionais para o engajamento dos profissionais e fornecedores envolvidos na

cadeia produtiva – apostando, sabiamente, no efeito multiplicador (FRANQUINO, 2011).

No setor cresce o desenvolvimento de produtos que utilizam ingredientes derivados de

insumos naturais, assim como a opção por embalagens feitas com materiais reciclados ou

recicláveis. Vale mencionar ainda as relações entre fabricantes de insumos cosméticos e

comunidades fornecedoras de matérias-primas. Essas parcerias abrangem treinamentos e o

desenvolvimento de planos para o manejo sustentável, e estão calcadas no conhecido tripé:

negócio socialmente justo, ecologicamente correto e economicamente viável (FRANQUINO,

2011).

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QUADRO 3 – ANALOGIAS SOBRE A SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade Sachs (1993) Lerípio (2001)

Ecológica Enfatiza a ampliação da capacidade de

utilização dos recursos renováveis do planeta,

mantendo a sua capacidade de renovação;

buscar alternativas ou limitar o máximo

possível à utilização de materiais não

renováveis; reduzir, reutilizar e reciclar o que

for possível e produzir de formar a reduzir o

volume de resíduos e poluentes.

O negócio tem que estar

inserido de forma

equilibrada no

ecossistema.

Ambiental É a busca equilibrada da configuração do

ecossistema com a ocupação antrópica,

visando à melhor distribuição das ocupações

territoriais atreladas as atividades econômicas.

O negócio tem que

utilizar racionalmente os

recursos naturais

existentes e disponíveis.

Social É a criação de um processo de

desenvolvimento sustentado e tem por

objetivo a melhoria da qualidade de vida da

população, implicando a adoção de programas

de inclusão social, distribuição de renda e

universalização de atendimento básico as

condições humanas.

O negócio tem que ser

gerador de emprego e

renda, bem como

proporcionar a melhoria

da qualidade de vida da

comunidade.

Cultural (Política) Baseia-se no processo de construção da

cidadania, respeitando raça, credo e

territoriedade de povos nativos, em conjunção

ao progresso local.

Os negócios têm que ser,

entre outros fatores,

independentes de

tecnologias de produção

importadas e de

monopólios de

fornecimento.

Econômico Refere-se a uma gestão macrossocial eficiente

dos recursos, mantendo um fluxo constante de

investimentos públicos e privados.

Os negócios têm que ser

lucrativos.

Temporal A atuação sinérgica dessas cinco dimensões

anteriores promove um desenvolvimento

equilibrado e duradouro ao longo do tempo.

O negócio pode ser

mantido ao longo do

tempo, sem restrições ou

escassez de insumos e

matérias-primas.

FONTE: Adaptado de SACHS (1993) e Lerípio (2001)

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Empresas de grande porte como Natura, as estadunidenses Avon e Johnson&Johnson e as

transnacionais Procter&Gamble e Unilever, são referência de sustentabilidade no setor, cujo

foco é a atuação na interface empresa-ambiente-empresa, adotando ferramentas como o

Ecodesign e Avaliação do Ciclo de Vida (ABIHPEC, 2010).

Muitas das ações sócio-ambientais realizadas pela indústria cosmética são feitas com apoio

da ABIHPEC. A Associação criou o Departamento de Meio Ambiente com o objetivo

disponibilizar informações e orientações para as empresas interessadas na adoção de

práticas ambientais adequadas. Participa, ainda, de diversos fóruns e discussões de

projetos voltados à proteção do meio ambiente, inclusive na Amazônia, para adequá-los às

realidades empresariais.

O projeto “Dê a mão para o Futuro - Colabore com a reciclagem e ajude a gerar trabalho e

renda”, em parceria com a Fundação Banco do Brasil, busca capacitar e preparar as

associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis, de forma a tornar suas

atividades autossustentáveis. A Betulla Cosméticos, Dermage, Natuflora, Mary Kay, Unilever

(parceria com a rede Pão de Açúcar) e Valmari participam desse projeto (NEVES, 2008).

O “Ápice” é um programa de qualificação, no qual a SGS do Brasil avalia e inspeciona

fornecedores de matérias-primas, embalagens, serviços de disposição de resíduos e

fabricantes terceiristas, nos quesitos saúde ocupacional, segurança do trabalho e

responsabilidade sócio-ambiental. A proposta do programa não é apenas aperfeiçoar

recursos e reduzir riscos, tanto para os fornecedores quanto para as indústrias usuárias de

insumos e serviços, mas também promover uma imagem positiva do setor, privilegiando as

empresas comprometidas com um futuro sustentável, apoiado na Prevenção a Poluição (P2)

– Foco na Reciclagem no processo e insumos. A All Nature, Amend Cosméticos, Aroma do

Campo, BonyPlus, Kert, Maxibrasil, ProfNR Cosméticos Naturais, são empresas de médio

porte que adotam esse programa (NEVES, 2008).

.

Pensando nas MPEs, principalmente nas terceiristas que prestam serviços para as

referenciadas do setor, a ABIHPEC em parceria com a CETESB redigiu o “Guia Técnico

Ambiental” com base no programa de Produção Mais Limpa (PmaisL) (ABIHPEC, 2009),

cuja aplicação:

• Propõe resultados promissores quanto à redução de perdas, geração e controle de

resíduos com incrementos na qualidade dos produtos, processos e serviços

prestados, partindo do principio lógico sobre a busca da melhoria contínua proposta

pelo Manual de BPF&C, constituindo, assim, em um diferencial competitivo em

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relação às empresas estáticas;

• Possibilita ultrapassar as exigências da legislação e o desenvolvimento de

estratégias de longo prazo, não sujeitas a sobressaltos por pressões externas. O

que tradicionalmente é visto como “constrangimentos ambientais” seriam

transformados em novas “oportunidades de negócios”.

Apesar de ser um grande e significativo passo a favor do meio ambiente, ainda está distante

do ideal defendido pela sociedade, governo e a ABIHPEC. Para o triênio 2010 – 2013, a

meta da ABIHPEC em parceria com o SEBRAE, SENAI e CETESB é formar auditores

especializados em PmaisL para atuarem na implantação do programa nas empresas do

setor (ABIHPEC, 2010).

2.5. PRODUÇÃO MAIS LIMPA (PmaisL)

Por se tratar de um programa que se constitui de uma metodologia estratégica muito

abrangente, neste texto os conceitos e aplicações serão específicos para empresas

terceiristas de pequeno porte do setor de HPPC.

2.5.1. Contextualização e Conceito

Analisando o histórico do gerenciamento ambiental, descrito no Quadro 4, pode-se visualizar

nitidamente as tendências seguidas pela evolução das questões ambientais nas últimas

décadas.

QUADRO 4 – EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS NO BRASIL Década 50-60 70-80 90-00 00-10

Governo

Modelos de Qualidade e padrões de

emissão

Comando e controle: EIA,

licenças, multas, etc.

Inclusão de incentivos:

prêmios, redução de impostos

Prevenção nas políticas: Desenv. e

Consumo sustentável

Empresas

Diluição e dispersão de gases e efluentes

Atitudes reativas: Controle a

Poluição (FdT) – ETEs, projetos,

ARIPs

Pró-atividade: Prevenção a Poluição (P2, PmaisL, ISO

14.000)

Atitudes Pró-ativas: Sustentabilidade Acordos setoriais e responsabilidade social corporativa

Sociedade

Ênfase no aumento da

industrialização

Movimentos sociais para Controle de

poluição, ONGs

Participação em comitês de

Gestão e controle social

Trabalhos voluntários, consumo

sustentável

FONTE: Adaptado de LEMOS (1998), CNTL (2003) e FRAQUINO (2011)

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Esta nova abordagem sobre a questão dos resíduos levou a uma mudança de paradigma. O

resíduo, que antes era visto apenas como um problema a ser resolvido, passou a ser

encarado também como uma oportunidade de melhoria. Isto só foi possível após a

percepção de que o resíduo não era inerente ao processo, mas, pelo contrário, era um claro

indicativo da ineficiência deste. Portanto, é a identificação e análise do resíduo que dará

início à atividade de avaliação de PmaisL (CNTL, 2003).

De acordo com a UNEP21/UNIDO22 (1994), a PmaisL é a melhoria contínua dos processos

industriais, produtos e serviços, visando: reduzir o uso de recursos naturais; prevenir na

fonte a poluição do ar, da água, e do solo; reduzir a geração de resíduos na fonte, como

objetivo de minimizar os riscos aos seres humanos e ao ambiente natural, conforme

esquematizado na Figura 8.

FIGURA 8 – ELEMENTOS ESSENCIAIS DA PmaisL FONTE: Adaptado de UNIDO/UNEP, 2004

21 UNEP – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 22 UNIDO – Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

Produção Mais Limpa

CONTÍNUA

PRODUTOS SERVIÇOS PROCESSOS

REDUÇÃO DE RISCOS

ao homem e meio ambiente

REDUÇÃO DE CUSTOS

Aumento do DESEMPENHO

AMBIENTAL VANTAGEM COMPETITIVA

INTEGRADA

PREVENTIVA

é uma ESTRATÉGIA

para modificar

para aumentar a EFICIÊNCIA que resulta em

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A PmaisL busca direcionar-se:

• Ao desenho dos produtos, direcionar o design para a redução dos impactos

negativos do ciclo de vida, desde a extração da matéria-prima até a disposição final;

• Aos processos de produção, direcionar para a economia de matéria-prima e energia,

a eliminação do uso de materiais tóxicos e a redução nas quantidades e toxicidade

dos resíduos e emissões;

• Aos serviços, direcionar seu foco para incorporar as questões ambientais na

estrutura e entrega de serviços (UNEP/UNIDO, 1994).

São utilizadas várias estratégias visando a PmaisL e a minimização de resíduos conforme

observado na Figura 9.

FIGURA 9 – ESCOPO DE ATUAÇÃO DO PROGRAMA DE PmaisL FONTE: CNTL, 2003

A prioridade da PmaisL está na minimização de resíduos e emissões apoiado no nível 1 –

redução na fonte, evitando a geração de resíduos e emissões. Os resíduos que não podem

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ser evitados devem, preferencialmente, ser reintegrados ao processo de produção da

empresa, promovendo a reciclagem interna (nível 2). Na sua impossibilidade, medidas de

reciclagem fora da empresa podem ser utilizadas (nível 3).

A prática do programa leva ao desenvolvimento e implantação de Tecnologias Limpas nos

processos produtivos. Para introduzir técnicas de PmaisL podem ser utilizadas várias

estratégias, tendo em vista metas ambientais, econômicas e tecnológicas. A priorização

destas metas é definida em cada empresa, através de seus profissionais e baseada em sua

política gerencial. Assim, dependendo do caso, podem-se ter os fatores econômicos como

ponto de sensibilização para a avaliação e definição de adaptação de um processo

produtivo e a minimização de impactos ambientais passando a ser uma consequência, ou

inversamente, os fatores ambientais serão prioritários e os aspectos econômicos tornar-se-

ão conseqüência (CNTL, 2003).

Em síntese, a PmaisL considera a variável ambiental em todos os níveis da empresa, desde

a compra de insumos até o pós-venda, e relaciona as questões ambientais com os ganhos

econômicos, afinal todos os resíduos que a mesma está pagando para tratar (fim de tubo) e

armazenar – ou pagando, sob a forma de multas e danos à própria imagem, por não tratar e

armazenar – foram um dia matérias-primas comprados pela organização. A empresa

aprende a valorizar resíduos que antes descartava, isto é, que eram rejeitos; a colocar no

mercado esses resíduos e subprodutos; a agregar serviços a seus produtos; e a estimular a

criatividade que leva à inovação e, portanto, a novos produtos (ALMEIDA, 2002)

O aspecto mais relevante da PmaisL é que a mesma requer não somente a melhoria

tecnológica, mas também a mudança de atitudes. Esses fatores reunidos é que fazem o

diferencial em relação às outras técnicas ligadas a processos de produção.

As alterações de rotinas e procedimentos sempre geram resistências por parte de quem a

executa, portanto é necessário que estas mudanças sejam respaldadas pela alta direção, a

qual deve desencadear um processo de motivação de todos os envolvidos, salientando a

importância destas medidas para a organização, para os colaboradores e para o meio

ambiente (NASCIMENTO et al., 2002).

2.5.2. O conceito de PmaisL relacionado às demais ferramentas da Ecologia Industrial no âmbito empresa-ambiente

A Ecologia Industrial (EI) é uma das áreas de estudo dos sistemas industriais e das

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atividades econômicas, incluindo as ligações destas áreas com os fundamentos dos

sistemas naturais. Basicamente, procura imitar os aspectos da reciclagem de materiais de

um ecossistema – a gestão do fluxo de materiais é o aspecto crucial desta abordagem

(CNTL, 2003).

De acordo com a abrangência referindo-se ao âmbito empresa-ambiente-empresa (ou Eco-

rede) e empresa-ambiente – foco dessa discussão, a EI pode ser alcançada pela eco-

eficiência do processo com a adoção de ferramentas como Prevenção a Poluição,

Minimização de Resíduos, Produção Mais Limpa e Produção Limpa.

Com o olhar direcionado a PmaisL, as demais ferramentas serão conceituadas e

comparadas com a mesma, a seguir:

a) Prevenção à Poluição (P2)

A P2 refere-se a qualquer prática, processo, técnica e tecnologia que visem à redução ou

eliminação em volume, concentração e toxicidade dos poluentes na fonte geradora. Inclui

também modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos, reformulação ou

replanejamento de produtos, substituição de matérias-primas, eliminação de substâncias

tóxicas, melhorias nos gerenciamentos administrativos e técnicos da empresa e otimização

do uso das matérias-primas, energia, água e outros recursos naturais (CETESB, 2002)

A Agência Ambiental do Canadá (CEAA) define P2 como a utilização de processos, práticas,

materiais, produtos e energia que evitam ou minimizam a geração de poluentes e resíduos,

e reduzem o risco geral à saúde humana e ao meio ambiente (CNTL, 2003). Sob o

Canadian Environmental Assessment Act de 1995, a P2 é o caminho para a busca ao

Desenvolvimento Sustentável.

A Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA) define P2 com redução na fonte –

prevenindo ou reduzindo resíduos onde eles têm origem, na fonte – incluindo práticas que

conservem recursos naturais pela redução ou eliminação de poluentes através do uso mais

eficiente de matérias-primas, energia, água e solo. Sob o Pollution Prevention Act de 1990,

P2 é a política ambiental estadunidense (CNTL, 2003).

Os termos PmaisL e P2 são frequentemente utilizados como sinônimos. A distinção entre os

dois tende a ser geográfica – o termo P2 é mais usado pelos Estados Unidos e Canadá,

enquanto a PmaisL é utilizado em outras partes do mundo. Ambos têm seu foco voltado a

uma estratégia de reduzir continuamente a poluição e impactos ambientais através de

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reduções na fonte – eliminando os resíduos dentro do processo ao invés de tratá-los após

terem sido gerados. Tratamento de resíduos não deve ser incluído como uma técnica de

Prevenção à Poluição, pois não evita a criação do resíduo (CNTL, 2003).

b) Minimização de Resíduos

O conceito de minimização foi introduzido pela Agência Ambiental dos Estados Unidos

(EPA) em 1988. Neste conceito, a abordagem de prevenção aos resíduos e suas técnicas

são definidas como REDUZIR na planta industrial, resíduos através de mudanças de

matéria-prima, mudanças tecnológicas, boas práticas operacionais, e mudanças de produto,

depois, REAPROVEITAR tudo o que for possível, e só depois pensar em enviar materiais

para RECICLAR. Essa forma de atuação é chamada de 3 R, que é a letra inicial de cada

uma das palavras-chave.

Usualmente, os termos Minimização de Resíduos e P2 são utilizados como sinônimos.

Prevenção à Poluição significa não gerar resíduos em primeiro lugar através de reduções na

fonte. Minimização de Resíduos é um conceito mais amplo que também inclui reciclagem e

outros meios para reduzir a quantidade de resíduo que deve ser tratado/disposto (CNTL,

2003).

A PmaisL em termos de gerenciamento de poluentes é a junção desses dois conceitos

conforme ilustra a Figura 10.

FIGURA 10 - HIERARQUIA DE GRENCIAMENTO DE POLUENTES FONTE: http://www.mesaproducaomaislimpa.sp.gov.br/. Acesso em 18 abr.2011

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c) Produção Limpa (PL)

A PL preconiza os princípios de precaução, prevenção, integração, controle democrático,

direito de acesso a informações sobre riscos e impactos de produtos e processos e a

responsabilidade continuada do produtor, envolvendo mudanças em processo e no produto.

O objetivo é atender à necessidade de homem por produtos de forma sustentável, isto é,

usando com eficiência materiais e energia renováveis, não nocivos, conservando ao mesmo

tempo a biodiversidade (GREENPEACE, 1997).

Para a PL, os governos têm um papel-chave a desempenhar no desenvolvimento de uma

estrutura global que propicie novas estratégias técnicas e comerciais, além do

desenvolvimento de políticas que favoreçam o ciclo de vida dos produtos, em vez de leis de

controle da poluição ou de ações que apenas remedeiem a poluição gerada (tecnologias de

fim de tubo) (GREENPEACE, 1997).

No Quadro 5 são apresentadas as comparações entre PL e PmaisL. Evidentemente, os

conceitos não são excludentes. A PL pretende uma mudança mais brusca enquanto a

PmaisL prevê um processo contínuo de melhoria, o que também pode ser entendido como

uma estratégia de implementação do conceito.

QUADRO 5 - COMPARAÇÕES ENTRE PRODUÇÃO LIMPA E PRODUÇÃO MAIS LIMPA

ITENS Produção Limpa Produção Mais Limpa Abrangência Processo/Produto Processo/Produto/Serviços

Matéria-prima e insumos

Utilizar somente materiais renováveis

Reutilizar e reaproveitar os materiais por reciclagem

Eliminar o uso de materiais tóxicos e perigosos e utilizar

de forma mais eficiente

Água e energia Uso eficiente de água e energia Conservação de água e energia

Processo Reduzir a toxicidade das emissões e resíduos Atóxico

Produto

Desenvolver produtos de vida útil longa

Gerar produtos fáceis de

montar e desmontar

Reduzir o impacto ambiental durante a extração,

manufatura, consumo e a disposição final do produto

Saúde e segurança ocupacional

Processo e produto seguros e atóxicos para o homem e o ambiente natural

Divulgar para a sociedade, que participa na tomada de

decisões

Disposição

Utilizar o mínimo de embalagens

Reutilizar e reaproveitar dos

resíduos por reciclagem

Reciclar ou vender resíduos

Reutilizar embalagens reaproveitáveis ou recicláveis

FONTE: Adaptado de GREENPEACE, 1997 e UNEP/UNIDO, 2004.

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Entre as duas, a concepção de PmaisL é a que tem sido mais adotada por países,

organismos internacionais e empresas preocupados em implementar a prevenção da

poluição e reduzir a pressão sobre o ambiente.

O processo contínuo previsto é o modo de incorporar gradativamente os conhecimentos

adquiridos, de forma a limpar cada vez mais a produção, em busca da eco-eficiência do

processo. A PL busca a sustentabilidade do processo, e a mesma pode ser praticada em

continuidade a implantação da PmaisL.

d) Eco-Eficiência

A Eco-eficiência é um termo cunhado pelo World Business Council for Sustainable

Development – WBCSD (Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento

Sustentável) em 1992 e definido como a geração de bens e serviços a preços competitivos

que satisfaçam às necessidades humanas e tragam qualidade de vida, ao mesmo tempo em

que reduzem progressivamente os impactos ambientais e o uso de recursos naturais ao

longo do ciclo de vida destes bens e serviços até, pelo menos, o nível de sustentabilidade

do planeta (WBCSD/UNEP, 1997).

Este conceito sugere uma significativa ligação entre eficiência dos recursos (que leva a

produtividade e lucratividade) e responsabilidade ambiental, reduzindo impactos; usando

mais racionalmente matérias-primas e energia; reduzindo os riscos de acidentes e

melhorando a relação da organização com as partes interessadas (stakeholders).

O Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Conselho Mundial de

Empresas para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD) têm desenvolvido e promovido à

similaridade de conceitos de PmaisL e Eco-eficiência. A pequena diferença entre eles reside

no fato de que a Eco-eficiência tem origem em questões sobre eficiência econômica que

apresentam benefícios ambientais positivos, enquanto a Produção mais Limpa tem origem

em questões de eficiência ambiental que apresentam benefícios econômicos positivos

(CNTL, 2003).

Ambos os conceitos são parte integrante da macrovisão da Produção e Consumo

Sustentáveis (SP&C – Suitaible Production and Consuption) a qual abrange todo o sistema

comercial e suas inter-relações. Produção e Consumo Sustentáveis foram definidos na

mesa redonda ministerial da União Européia, em Oslo, em fevereiro de 1995, como “a

produção e uso de bens e serviços que respondem às necessidades humanas básicas e

provêem uma melhor qualidade de vida, ao mesmo tempo em que minimizam o uso dos

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recursos naturais, os materiais tóxicos e as emissões de resíduos e poluentes por todo o

ciclo de vida, sem comprometer as necessidades das gerações futuras” (WBCSD/UNEP,

1997).

2.5.3. A Rede Brasileira de PmaisL e o foco nas MPEs

A UNIDO e a UNEP criaram, em 1991, o projeto Ecological Project for Integrated

Environmental Technologies – ECOPROFIT, voltado para a preservação ambiental, que

conta atualmente com vários centros instalados em todo o mundo. Esses centros, chamados

de National Cleaner Production Centres – NCPC - têm como papel principal promover

demonstrações na planta industrial; treinamento de todos os envolvidos; disseminação das

informações e avaliação das políticas ambientais. Inaugurado em julho de 1995, o NCPC brasileiro chama-se Centro Nacional de Tecnologias

Limpas - CNTL/Brasil - e está localizado no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –

SENAI/RS -, em Porto Alegre. O CNTL/SENAI-RS tem a função de atuar como um

instrumento facilitador para a disseminação e implementação do conceito de PmaisL em

todos os setores produtivos e baseou-se na experiência da cidade de Graz, na Áustria, cuja

implementação do centro foi realizada pela Consultoria STENUM. (CNTL, 2003)

Em pouco tempo já estava claro que investir em PmaisL é bom negócio. As empresas

gaúchas atendidas pelo CNTL que, em 1997, tinham investido US$ 224 mil no programa

obtiveram um retorno de US$ 465 mil. Em 1999, o retorno foi de US$ 782 mil para um

investimento de US$ 324 mil (ALMEIDA, 2002).

A maior parte dos ganhos veio da economia com matérias-primas e insumos. A geração de

resíduos sólidos entre 1997 e 1999 foi reduzida em 30 mil toneladas. A redução no consumo

médio de água no mesmo período foi de 250 mil metros cúbicos por ano. E a redução no

consumo médio anual de eletricidade foi de 2000 megawatts/hora (ALMEIDA, 2002).

Animado com esses resultados, o CEBDS em parceria com o CNTL; SEBRAE; a

Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações industriais dos estados; o Banco

do Nordeste do Brasil, o BNDES e a FINEP, decidiu criar no começo de 2000, a “Rede

Brasileira de Produção Mais Limpa” com objetivo de levar às micro e pequenas empresas do

país as técnicas de combate à ineficiência ambiental. Nas micro e pequenas empresas,

mesmo o controle ambiental tradicional – no fim do processo de produção – é precário. Ou

não investem em sistemas de controle da poluição ou falham na sua manutenção e

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operação. Para essas empresas, e ao contrário das grandes, mais do que pesquisar

soluções novas, o importante é difundir informações já existentes (CNTL, 2003).

Desde então, os números não param de crescer. No final do ano 2000, mais de uma

centena de empresas já participavam. Só as quarenta empresas integrantes da rede desde

seu primeiro ano tiveram um retorno de US$ 2,5 milhões para um investimento de US$ 700

mil (ALMEIDA, 2002).

Dois anos depois de criada, a Rede já contava com oito núcleos (Minas Gerais, Bahia,

Santa Catarina, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará),

instalada nas sedes das respectivas federações estaduais. Esses núcleos atendem a

empresas de qualquer parte do Brasil (ALMEIDA, 2002).

Para as empresas, independente do setor, que desejar implantar a PmaisL, o CNTL fornece

a metodologia, capacitando os profissionais indicados pelas próprias empresas divulgar e

aplicar o programa em cada uma de suas unidades fabris (CNTL, 2003).

Os custos da consultoria fornecida pelo CNTL variam conforme os custos locais, a

complexidade e o porte da empresa. O SEBRAE e FINEP dão apoio técnico e financeiro,

enquanto Banco do Nordeste do Brasil e BNDES abrem linhas de crédito para as empresas

investirem nos programas (ALMEIDA, 2002).

A implantação de um Programa de PmaisL, pelo CNTL, em um processo produtivo segue

uma sequência de etapas, conforme a Figura 11.

Embora São Paulo não faça parte do núcleo, o programa de PmaisL está se desenvolvendo

no Estado num ritmo considerável. Sua condição de região mais industrializada tem feito

uma rede de interessados se organizarem com propósitos bem definidos (FURTADO, 2002).

Inclui desde a secretaria do Meio Ambiente, a CETESB, passando pela indústria, por meio

das associações de classe, e até o meio acadêmico, representadas por suas principais

universidades públicas, como Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de

Campinas (Unicamp) e privadas como a Faculdade de Engenharia Industrial (FEI),

Universidade Paulista (UNIP), Faculdades Anhembi-Morumbi e Faculdade Presbiteriana

Mackenzie.

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Pré-avaliação

Estabelecimento de um contrato entre o CNTL e a empresa

Capacitação e sensibilização dos profissionais da empresa

Elaboração de um balanço ambiental, econômico e tecnológico do processo produtivo

Avaliação do balanço elaborado e identificação de oportunidades de PmaisL

Priorização das oportunidades identificadas na avaliação

Elaboração do estudo de viabilidade econômica das prioridades

Estabelecimento de um Plano de Monitoramento para a fase de implementação

Implementação das oportunidades de PmaisL priorizadas

Definição dos indicadores do processo produtivo

Documentação dos casos de Produção Mais Limpa

FIGURA 11 - FLUXOGRAMA DA IMPLEMENTAÇÃO DA PmaisL FONTE: CNTL, 2003

As iniciativas de PmaisL de todos esses setores deram origem a um fórum permanente de

discussões, a “Mesa Redonda Paulista de Produção Mais Limpa”, lançada em conferência

em São Paulo entre 23 e 26 de julho de 2002 (FURTADO, 2002). O último encontro

denominado “Conferência de Incentivo as Práticas de Produção Mais Limpa”, foi realizado

em 14 de setembro de 2010 na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

(FIESP), nesse propósito de discutir e trocar experiências similares as existentes em países

desenvolvidos entre grupos de trabalho formados pelos membros da CETESB, SABESP,

FIESP, ABICLOR, USP, SENAI e representantes da sociedade civil, como as ONGs

ambientalistas e professores.

A Mesa Redonda foi a forma de os principais atores da PmaisL procurarem unir esforços em

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uma cadeia integrada. Isso porque projetos muito bem-sucedidos vinham ocorrendo nos

últimos anos em São Paulo, motivados pela CETESB. Desde 1996, com o surgimento de

sua divisão de P2, a agência preparou seus colaboradores a entender e expandir o

programa pelo Estado (FURTADO, 2002).

Com a massa crítica formada, a agência paulista resolveu aprender na prática como aplicar

o programa. Em 1998 reuniu as gerências regionais para sugerir o fomento do PmaisL junto

às indústrias sob seus respectivos controles. Três delas conseguiram em seguida iniciar

projetos: a de Americana, junto a representantes da forte indústria têxtil local; a de Limeira,

com o setor de galvanoplastia (de bijuterias); e a do pólo cerâmico de Santa Gertrudes, na

região de Campinas (FURTADO, 2002). Esses três setores foram então sujeitos a

experiências piloto nos anos seguintes e encerram a implantação com sucesso em 2003.

Atualmente, esses setores mantém o programa em funcionamento e incentivam as demais

empresas do setor a adotar o programa em suas unidades fabris (FIESP, 2011).

No estado de São Paulo, há o incentivo da CETESB, SEBRAE e FINEP associadas a

entidades de classe com a divulgação de material auto-didático sob a forma de cartilhas

para a implementação do programa e das Universidades, com formação acadêmica

oferecendo competências em programas ambientais, incluindo a PmaisL em seus currículos.

2.5.4. Benefícios da PmaisL para as MPEs

A implantação de um programa de PmaisL possibilita à empresa o melhor conhecimento do

seu processo industrial através do monitoramento constante para manutenção e

desenvolvimento de um sistema eco-eficiente de produção com a geração de indicadores

ambientais e de processo. Este monitoramento permitirá à empresa identificar necessidades

de: pesquisa aplicada, informação tecnológica e programas de capacitação. Além disso, o

programa irá integrar-se aos Sistemas de Qualidade, Gestão Ambiental e de Segurança e

Saúde Ocupacional, proporcionando o completo entendimento do sistema de gerenciamento

da empresa (CNTL, 2003).

No contexto ambiental, o benefício de se implantar a PmaisL é privilegiar as soluções

voltadas para a prevenção e minimização de resíduos, sugerindo que as empresas atuem

na fonte geradora, evitando a poluição antes que esta seja gerada. De acordo com o Quadro

6, há um comparativo com a técnica de Fim de Tubo adotada legalmente pelas empresas

com o programa de PmaisL.

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Fim de Tubo PmaisL

Pretende reação. Pretende ação.

Os resíduos, os efluentes e as emissões são controlados através de equipamentos de tratamento.

Prevenção da geração de resíduos, efluentes e emissões na fonte. Procurar evitar matéria-primas potencialmente tóxicas.

Proteção ambiental é um assunto para especialistas competentes.

Proteção ambiental é tarefa para todos.

A proteção ambiental atua depois do desenvolvimento dos processos e produtos.

A proteção ambiental atua como uma parte integrante do desenho do produto e da engenharia de processo.

Os problemas ambientais são resolvidos a partir de um ponto de vista tecnológico.

Os problemas ambientais são resolvidos em todos os níveis e em todos os campos.

Não há preocupação com o uso eficiente de matérias-primas, água e energia.

Uso eficiente de matérias-primas, água e energia.

Leva a custos adicionais. Ajuda a reduzir custos.

QUADRO 6 - PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS TECNOLOGIAS DE FIM DE TUBO E A PmaisL

FONTE: CNTL, 2003

De acordo com a CNTL (2003) e CETESB (2006), podem ser consideradas como metas

ambientais da PmaisL:

• Eliminação/redução de resíduos: procura-se eliminar o lançamento de resíduos no

meio ambiente ou reduzi-lo substancialmente. Entende-se por resíduo todos os tipos

de poluentes, incluindo resíduos sólidos, perigosos ou não, efluentes líquidos,

emissões atmosféricas, calor, ruído ou qualquer tipo de perda que ocorra durante o

processo de geração de um produto ou serviço;

• Produção sem poluição: Processos produtivos ideais ocorrem em um circuito

fechado, sem contaminar o meio ambiente e utilizando os recursos naturais com a

máxima eficiência possível;

• Eficiência energética: A PmaisL requer os mais altos níveis de eficiência energética

na produção de bens e serviços. A eficiência energética é determinada pela maior

razão possível entre energia consumida e produto final gerado;

• Saúde e Segurança no Trabalho: A PmaisL procura sempre minimizar os riscos para

os colaboradores através de um ambiente de trabalho mais limpo, mais seguro e

mais saudável;

• Produtos ambientalmente corretos: O produto final, bem como todos os subprodutos

comercialmente viáveis, deve ser tão ambientalmente adequado quanto possível.

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Fatores relacionados à saúde e ao meio ambiente devem ser priorizados nos

estágios iniciais de planejamento do produto e devem ser considerados ao longo de

todo o ciclo de vida do mesmo, da produção à disposição, passando pelo uso;

• Embalagens ambientalmente adequadas: A embalagem do produto deve ser

eliminada ou minimizada sempre que possível. Quando a embalagem é necessária

para proteger, vender, ou para facilitar o consumo do produto, esta deve ter o menor

impacto ambiental possível.

Em síntese, o principal objetivo da PmaisL é reduzir a emissão de poluentes para o meio

ambiente, ao mesmo tempo em que otimiza o uso de matérias-primas, água e energia.

Desta forma, além de um efeito de proteção ambiental de curto prazo, o programa

incrementa a eficiência no uso de recursos naturais, proporcionando melhorias contínuas na

busca da eco-eficiência do sistema e a sustentabilidade produtiva em longo prazo.

No contexto econômico, como em qualquer tipo de projeto gerencial, a decisão de investir

em PmaisL depende da relação custo-benefício que o investimento terá. A implantação de

processos com base no programa não deve ser vista pelas organizações como algo que

trará um aumento de custos, mas sim uma adequação do processo produtivo que, ao longo

do tempo, trará economia por meio do melhor conhecimento de seus processos e da

constante monitoração dos acontecimentos na organização (CNTL, 2003).

A Figura 12 ilustra os ganhos com a PmaisL. Quando não há investimentos, a estrutura de

custos totais não apresenta variações substanciais ao longo do tempo, comportamento que

está representado pela linha horizontal (sem produção mais limpa). Quando se toma a

decisão de implantar ações de PmaisL, a princípio ocorre uma redução dos custos totais

pela adoção de medidas sem investimento, como por exemplo ações de boas práticas

operacionais (good-housekeeping). Visualmente isto corresponde ao segmento A do gráfico.

Num segundo momento (segmento B) ocorre um incremento nos custos totais, resultado

dos investimentos feitos para as adaptações necessárias, incluindo a adoção de novas

tecnologias e modificações no processo existente.

Com a entrada em ação dos processos otimizados e novas tecnologias, ocorre uma redução

nos custos totais que permite a recuperação do investimento inicial e, com o passar do

tempo, os ganhos com a maior eficiência permitem uma redução permanente nos custos

totais. Visualmente esta redução de custos pode ser observada na diferença entre as duas

curvas, no segmento C do gráfico.

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FIGURA 12 – CUSTOS E BENEFÍCIOS COM IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE PmaisL FONTE: CNTL, 2003

Mesmo com todos os benefícios apontados pelas entidades em aderir ao programa de

PmaisL, existe uma grande relutância para a prática do mesmo. Os maiores obstáculos

ocorrem em função da resistência à mudança; da falta de informação sobre a técnica e a

importância dada ao ambiente; a inexistência de políticas nacionais que deem suporte às

atividades de produção mais limpa; barreiras econômicas (alocação incorreta dos custos

ambientais e investimentos) e barreiras técnicas (novas tecnologias).

Várias categorias de barreiras à implementação da PmaisL nas indústrias de pequeno porte

estão retratadas no Quadro 7.

QUADRO 7 – BARREIRAS A IMPLEMENTAÇÃO DA PmaisL EM EPPs

Tipos de barreiras Internas à Empresa Externas à Empresa Organizacionais • Alta rotatividade dos colaboradores

• Falta de participação dos colaboradores

• Falta poder de tomada de decisão • Ênfase na produção • Falta de reconhecimento

• Falta de pessoal qualificado

Sistêmicas • Falta de documentação confiável da produção

• Falta de um sistema contábil • Falta de planejamento

• Insuficiente pressão de políticas ambientais

• Informação ambiental não disponibilizada (substitutos mais seguros, tecnologias limpas, etc.)

Continua

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70

Tipos de barreiras Internas à Empresa Externas à Empresa Comportamentais • Atitude de baixo risco do

empreendedor • Indiferença à proteção ambiental • Nenhuma orientação para a

manufatura • Falta uma cultura de “organizar a

casa” (housekeeping) • Resistência à mudança • Falta de liderança • Falta de supervisão efetiva • Medo do fracasso

• Limitada consciência pública ambiental

Econômicas • Critério de investimento eventual • Sem disponibilidade de fundos • Plano de investimentos inadequado

• “Custos ambientais” baixos – ou mesmo – inexistentes

• Falta de políticas de impostos preferenciais para as Indústrias de Pequeno Porte

• Ocorrência de impostos de importação para a tecnologia mais limpa

• Diferenciação em impostos de importação

Tecnológicas • Equipamento obsoleto

• Falta de infraestrutura adequada na empresa

• Falta de pessoal técnico treinado • “Gap” tecnológico

• Informação limitada sobre tecnologias disponíveis localmente

• Falta de acesso à informação técnica - orientada para o desenho de produto

• Governamentais • Inadequada política de preços

para a água • Ênfase na abordagem fim de

tubo • Falta de uma política

industrial • Falta de incentivos para

esforços de redução de resíduos e emissões

Outras barreiras • Limitação de espaço • Variações sazonais

• Falta de apoio institucional • Falta de pressão pública para

controlar a poluição (ONGs) FONTE: Adaptado de LEMOS, 1998

A questão da implantação da PmaisL, nas MPEs, demanda mudança no comportamento do

sistema produtivo atual por meio da combinação de uma postura pró-ativa dos empresários,

maior exigência por parte dos consumidores, maior rigor nas leis ambientais e uma política

de valorização / fortalecimento dessas empresas com políticas estaduais e federais de

incentivo fiscal.

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2.5.5. Processo de implantação da PmaisL no setor de HPPC

Van Berkel (2006a) defende que a implantação da PmaisL pode ser realizada em dois níveis

– micro, baseado na Química Verde, que avalia os processos de síntese e meso, baseado

na eco-eficiência, que avalia o desempenho da planta industrial, onde as Boas Práticas são

aliadas a eficiência do emprego de recursos naturais desde o início do design do produto e

processo, na evolução da engenharia e gerenciamento do processo. O nível macro pode ser

alcançado, de acordo com o desenvolvimento de tecnologias limpas e sustentáveis, com

foco na Ecologia Industrial (EI).

Um ponto que deve ser levado em consideração, principalmente ao que tange as MPEs ao

implantar o programa de PmaisL é o autoconhecimento de seus processos. Essas se

dividem em três níveis: as que conhecem os números relativos aos seus processos; as que

imaginam que os conhecem; e as que declaradamente não os conhecem. E esse é um dado

fundamental para a implantação, uma vez que vamos alterar a organização da empresa

(CBDES/SEBRAE, 2004).

A implantação de um programa de PmaisL é feita em três etapas, que não devem ser

“queimadas”. A primeira concentra-se na identificação de oportunidades de redução de

poluição na fonte e no que se chama de housekeeping (arrumação da casa). Isto é, são

medidas pontuais, que exigem pouco ou nenhum investimento econômico e em geral dão

retorno imediato ou no curto prazo. Já a segunda etapa significa introduzir mudanças no (ou

do) processo de produção. Exige investimento econômico de baixo a médio e o retorno é no

curto ou médio prazo. E, finalmente, a terceira etapa incorpora mudanças tecnológicas e/ou

de design de produto. O investimento econômico é de médio a grande e o retorno é a médio

e longo prazo (ALMEIDA, 2002).

De acordo com o CNTL, o tempo de conclusão varia de acordo com dados de controle das

atividades e operações disponíveis, do número de colaboradores e da situação ambiental da

empresa, podendo durar de 3 a 18 meses, sendo em média de 12 meses (CNTL, 2003).

O programa de PmaisL adotado no Brasil utiliza como referencial o Projeto Ecoprofit, da

UNIDO/UNEP, demonstrado na Figura 13. O mesmo é baseado no método P.D.C.A. (Plan –

Do – Check – Act) de controle de processos e seu plano de ação segue o conceito de

5W2H, podendo ser aliado com princípios utilizados nos processos administrativos

tradicionais ou com as BPF&C já adotadas.

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72

FIGURA 13 – PASSOS PARA IMPLANTAÇÃO DA PmaisL FONTE: CNTL, 2003

De acordo com a CNTL (2003) e CEBDES/SEBRAE (2004), as ações são realizadas em

cinco etapas específicas desmembradas em vinte passos, a fim de que os objetivos sejam

alcançados e o processo de implantação de PmaisL tenha êxito. São elas:

a) ETAPA 1: Planejamento e Organização

• Passo 1:Obter comprometimento e envolvimento da alta direção

A gerência da empresa apoiará a implantação de PmaisL quando estiver convencida de

seus benefícios. Sem o comprometimento da gerência, não haverá verdadeira ação e não

haverá resultados.

• Passo 2: Estabelecer a equipe do projeto (ecotime)

Deverá ser formada uma equipe que conduzirá o programa de PmaisL, tentando incluir os

representantes de todos os setores da empresa, a fim de obter o engajamento necessário

de toda a empresa. Deverá ser selecionado um líder para o projeto.

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• Passo 3: Estabelecer a abrangência da PmaisL

Devem-se traçar metas amplas e realizáveis num primeiro momento, sendo aperfeiçoadas à

medida que a equipe do projeto for conquistando uma maior visão das possibilidades de

implantação da PmaisL.

Este passo é o “coração” no programa e está baseado na função produção dentro da

PmaisL. Representa a reunião de recursos destinados à produção de bens e serviços.

Quanto mais eficaz for à função produção de uma empresa, mais eficientemente usará seus

recursos e produzirão bens e serviços, menores serão a geração de resíduos e maiores

serão a satisfação dos seus clientes, pois ela poderá oferecer produto com qualidade e com

menor custo. (SLACK et al. 2002)

Ao se tratar da fabricação de seus produtos, a indústria cosmética deve realizá-los em

ambientes assépticos23 e se constrói sob as seguintes peculiaridades: a produção é

realizada por batelada, exige uma grande variedade de matérias-primas e produtos

auxiliares, utiliza um volume considerável de embalagens e, consome um expressivo volume

de água e um nível médio de energia (WILKINSON e MOORE, 1990).

Sua cadeia produtiva, linearizada por sua natureza, esquematizada na Figura 14, segue a

seguinte sequência:

i. Recebimento de matérias-primas:

É verificado todo material recebido, por meio de amostragem e análises. Eventuais

desconformidades identificadas podem levar à devolução dos compostos aos respectivos

fornecedores.

ii. Armazenagem:

Matérias-primas, embalagens para os produtos acabados e demais insumos normalmente

recebidos em recipientes retornáveis são estocados no Almoxarifado. Pode haver

segregação de produtos, por razões de compatibilidade, bem como necessidade de

condições especiais de conservação, como, por exemplo, refrigeração.

iii. Pesagem e separação de matérias-primas para produção do lote:

Para cada produto a ser obtido, as matérias-primas são previamente separadas e pesadas

de acordo com as quantidades necessárias, e encaminhadas à produção. Os insumos

23 Ambientes assépticos - ambientes que protejam os produtos de possíveis contaminações pela presença de microorganismos ou agentes químicos, normalmente, presentes no ar, água e solo.

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recebidos a granel e estocados em tanques ou silos podem ser conduzidos ao setor

produtivo por linhas de distribuição, dependendo do nível tecnológico da empresa.

FIGURA 14 – FLUXOGRAMA EM REDE DO PROCESSO PRODUTIVO DAS INDÚSTRIAS DO SETOR DE HPPC FONTE: Adaptado do CEBDES/SEBRAE, 2004

iv. Produção:

Em função da diversidade de produtos e das peculiaridades verificadas em seus processos

produtivos, geralmente divide-se a produção por famílias, a saber:

Sistemas emulsionados ou emulsões são preparados heterogêneos compostos de

duas ou mais fases aquosas e oleosas, resultando em produtos de várias

consistências / viscosidades (Cremes, Loções e Seruns) e sensoriais partindo-se de

toques acetinados a levemente untuosos (emulsões O/A – onde a fase externa é a

aquosa) até evanescentes a extremamente untuosos (emulsões A/O – onde a fase

externa é a oleosa) (REBELLO e BEZERRA, 2001). Ex: Cremes faciais e corporais,

creme-gel ou gel-creme, loções faciais e corporais, seruns oleosos, óleos bi e

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trifásicos, fotoprotetores de FPS distintos e a partir de 30 por conformação química,

condicionadores e cremes capilares, desodorantes cremosos, dentre outros.

De acordo com Wilkinson e Moore (1990), sua técnica de fabricação consiste nas etapas de

aquecimento das fases oleosa e aquosa na faixa de temperatura entre 80 a 85°C; mistura

sob agitação constante no sentido anti-horário; resfriamento sob agitação constante a baixa

velocidade; adição de insumos termolábeis; correção do potencial hidrogeniônico (pH) da

formulação e; fase de latência pré-envase reservado entre quatro a quarenta e oito horas

pós-produção para acerto do produto semi-acabado.

Sistemas de baixa tensão superficial ou tensoativos são preparados homogêneos

compostos de uma fase, onde existe a presença de um ou mais surfactantes

carregados ou não eletricamente na composição, resultando em produtos

transparentes a levemente translúcidos de baixa a moderada viscosidade com poder

espumôgeno sob agitação e/ou manipulação (REBELLO e BEZERRA, 2001). Ex:

Xampus, sabonetes líquidos e em barra, dentrifícios (creme dental) e enxaguatórios

bucais.

De acordo com Wilkinson e Moore (1990), sua técnica de fabricação consiste nas etapas de

aquecimento da fase aquosa na faixa de temperatura entre 65 a 75°C para a solubilização

de matérias-primas termorresistentes; resfriamento do sistema a 40°C sob agitação

constante; adição e mistura de matérias-primas tensoativas, sob agitação constante em

baixa velocidade; resfriamento do sistema a temperatura ambiente sob agitação constante;

adição e mistura de matérias-primas termolábeis mantendo a agitação em velocidade baixa;

correção do potencial hidrogeniônico (pH) da formulação e da viscosidade de acordo com a

especificação do produto e; fase de latência pré-envase reservado entre duas a vinte e

quatro horas pós-produção para acerto do produto semi-acabado.

Sistemas solúveis ou soluções são preparados homogêneos compostos de uma ou

mais fases aquosas ou oleosas, resultando em produtos transparentes a levemente

translúcidos de baixa viscosidade (REBELLO e BEZERRA, 2001). Ex: Tônicos

faciais, Desodorantes, Perfumes, Águas aromáticas e Deo-colônias, dentre outras.

De acordo com Wilkinson e Moore (1990), sua técnica de fabricação pra soluções não

alcoólicas consiste nas etapas de aquecimento da fase aquosa na faixa de temperatura

entre 65 a 75°C para a solubilização de matérias-primas termorresistentes; resfriamento do

sistema a 40°C sob agitação constante; adição e mistura de matérias-primas termolábeis

mantendo a agitação em velocidade baixa; correção do potencial hidrogeniônico (pH) da

formulação e da viscosidade de acordo com a especificação do produto e; fase de latência

pré-envase reservado entre duas a vinte e quatro horas pós-produção para acerto do

produto semi-acabado. Para soluções alcoólicas, antes da correção físico-química do

produto, há um período de maceração, onde a mistura fica em repouso no tanque de

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digestão por vinte e oito dias. Após a correção peagamétrica do produto semi-acabado, o

mesmo continua em repouso por mais uma semana antes do envase.

Sistemas coloidais ou colóides são preparados homogêneos compostos de uma

fase, onde existe a presença de um ou mais espessantes poliméricos carregados ou

não eletricamente na composição, resultando em produtos transparentes a

levemente translúcidos de moderada a elevada viscosidade com poder umectante

e/ou fixação, sendo uma alternativa as emulsões quando referenciados a produtos

para o cuidado de peles lipídicas (oleosas) a acnéicas (REBELLO e BEZERRA,

2001). Ex: Géis e Géis fluidos (seruns) faciais e corporais.

De acordo com Wilkinson e Moore (1990), sua técnica de fabricação consiste nas etapas de

aquecimento da fase aquosa na faixa de temperatura entre 65 a 75°C para a solubilização

de matérias-primas termorresistentes; resfriamento do sistema a 40°C sob agitação

constante; adição e mistura de matérias-primas espessantes, sob agitação constante em

baixa velocidade; resfriamento do sistema a temperatura ambiente sob agitação constante;

adição e mistura de matérias-primas termolábeis mantendo a agitação em velocidade baixa;

correção do potencial hidrogeniônico (pH) da formulação e da viscosidade de acordo com a

especificação do produto e; fase de latência pré-envase reservado entre duas a vinte e

quatro horas pós-produção para acerto do produto semi-acabado.

Sistemas anidros são preparados homogêneos compostos de uma fase oleosa,

resultando em produtos transparentes a opacos de baixa a elevada viscosidade com

alto poder de fixação e resistência a água. Outra definição: Produtos isentos de água

na sua composição (REBELLO e BEZERRA, 2001). Ex: batons de alta fixação – “no

transfer”, desodorantes, sombras, kajal e delineadores sob a forma de bastão ou

stick.

De acordo com Wilkinson e Moore (1990), sua técnica de fabricação consiste nas etapas de

aquecimento da fase oleosa na faixa de temperatura entre 85 a 95°C para a solubilização de

matérias-primas termorresistentes; resfriamento do sistema a 60°C sob agitação constante;

adição e mistura de matérias-primas pigmentadas mantendo a agitação em velocidade baixa

e; fase de latência pré-envase reservado entre duas a vinte e quatro horas pós-produção

para acerto do produto semi-acabado. No envase há um reaquecimento do mesmo entre

85° - 90°C, mantido sob agitação e temperatura constante por trinta minutos até oito horas

em temperatura entre 85° a 88°C. Em todo o processo de envase, a temperatura e a

agitação devem ser constantes para a uniformidade do produto final.

v. Análises: uma vez finalizado, o lote produzido é amostrado e submetido a análises

físico-químicas e microbiológicas (quando aplicável), e, após atestada sua adequação, este

é encaminhado para envase/embalagem. Nos casos em que o produto acabado não está de

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acordo com os padrões estabelecidos, o lote poderá ser reprocessado a fi m de atender às

exigências/padrão de qualidade e reaproveitado na fabricação de outros produtos ou

descartado.

vi. Envase/Embalagem: confirmada a adequação do produto, o mesmo é acondicionado

em recipientes apropriados e identificados. Esta etapa engloba o acondicionamento de

produtos em frascos (plásticos ou de vidro), sacos, bisnagas ou o empacotamento, no caso

de sabonetes, por exemplo. Uma vez embalado, o produto é identificado por rótulo ou

impressão.

vii. Armazenamento de produtos acabados: o produto, já acondicionado em embalagem

para comercialização, é encaminhado para a área de armazenamento, onde permanece até

que seja enviado ao cliente.

viii. Expedição: ponto de saída dos produtos acabados para o comércio.

• Passo 4: Identificar barreiras e soluções

O ecotime deverá identificar as barreiras que podem impedir ou retardar a execução de

PmaisL e arriscar o sucesso da implementação do programa, devendo ter consciência das

mesmas e encontrar soluções para superá-las. A técnica de brainstorming24 também deve

ser utilizada para assegurar um ambiente criativo.

A participação de todos no processo é fundamental nesse momento, pois as decisões

devem ser em conjunto. Em ordem de prioridade para a busca de soluções, fazemos as

seguintes perguntas:

1. Como deixar de gerar o resíduo?

2. Como reduzir sua geração?

3. Como reciclar internamente?

4. Como reciclar externamente?

b) ETAPA 2 : Pré-avaliação e Diagnóstico

• Passo 5: Desenvolver o fluxograma do processo

A equipe do projeto deve familiarizar-se com os processos de fabricação, incluindo as

instalações de armazenagem, utilitários, instalações para tratamento e disposição de

resíduos.

24 Brainstorming ou “Tempestade de idéias” – Técnica aplicada em dinâmica de grupo para estimular a criatividade, expondo idéias e/ou soluções para cada tema/problema abordado.

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Slack e colaboradores (2002), afirmam que qualquer atividade de produção pode ser vista

conforme esse modelo de entrada-transformação-saída, esquematizado na figura 15.

FIGURA 15 – MODELO DO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO FONTE: Adaptada de SLACK et al., 2002

As entradas para a produção são classificadas em:

• Recursos transformados: são aqueles que são tratados, transformados ou

convertidos de alguma forma: materiais (matérias-primas, água e energia),

informações e consumidores;

• Recursos de transformação: são aqueles que agem sobre os recursos transformados

(instalações e colaboradores).

O processo de transformação está diretamente relacionado com a natureza das entradas:

• Processamento de materiais – alteração da característica física de um material;

• Processamento de informações – altera as propriedades informativas, como por

exemplo, a atividade de um contador;

• Processamento de consumidores – atividades realizadas por cabeleireiros, cirurgiões

plásticos, hotéis, etc.

Na saída do processo, têm-se os bens ou serviços e os resíduos gerados pelo

processamento. Os bens e serviços podem ser tangíveis ou intangíveis; podem ou não ser

estocados; a produção pode preceder o consumo ou ser simultânea; pode haver um alto ou

baixo nível de contato com o consumidor; pode ou não ser transportado, e a qualidade

podem ser fácil ou difícil de ser julgada.

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Baseado no modelo “entrada-transformação-saída” pode-se desenvolver um fluxograma

geral do processo, conforme a Figura 16, descrevendo todas as atividades relacionadas ao

recebimento, armazenagem, separação e pesagem de matérias-primas, além de suas

análises físico-químicas e organolépticas (para fins de controle de qualidade, quando

aplicável), ao envase, embalagem, armazenamento e expedição de produto acabado na

indústria cosmética.

FIGURA 16 - FLUXOGRAMA GERAL DO SETOR DE HPPC FONTE: Adaptado de CETESB/ABIHPEC, 2003

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Ainda no mesmo modelo, devido às diferenças verificadas nos processos industriais de cada

tipo de produto, as etapas e atividades associadas à produção propriamente dita estão

individualmente representados em fluxogramas específicos, de forma individual ou

agrupada, em função das respectivas similaridades fabris, totalizando cinco grandes famílias

de produtos, a saber: sistemas de baixa tensão superficial (Figura 17), soluções (Figura 18),

emulsões (Figura 19), sistemas ou bases coloidais (Figura 20) e sistemas ou bases anidras

(Figura 21).

FIGURA 17 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA: BASES COM BAIXA TS FONTE: Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003

FIGURA 18 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SOLUÇÕES FONTE: Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003

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FIGURA 19 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA EMULSÕES FONTE: Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003

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FIGURA 20 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SISTEMAS COLOIDAIS FONTE: Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003

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FIGURA 21 – FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO – FAMÍLIA SISTEMAS ANIDROS FONTE: Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003

• Passo 6: Avaliar as entradas e saídas

Com base no senso comum, é possível determinar se as quantidades de entradas resultam

em uma quantidade razoável de saídas. Ao analisar quanto da entrada é convertida em

produto e em resíduo e quanto de insumos é necessário durante a produção, pode-se

determinar se o processo é ou não eficiente.

• Passo 7: Selecionar o foco da avaliação da PmaisL

Com base nos resultados obtidos nos passos 5 e 6, é possível verificar o foco para a

avaliação da PmaisL. Em princípio, todos os processos e unidades de operação podem ser

candidatos ao foco. Contudo, a seleção é feita normalmente por razões financeiras,

legislações ambientais a serem cumpridas e de recursos humanos disponíveis.

c) ETAPA 3: Avaliação de PmaisL

• Passo 8: Originar um balanço material e de energia

Deve-se considerar o uso de insumos, que entram no processo e são liberados pelo mesmo.

Um balanço de material permite a identificação e a quantificação das perdas ou emissões

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anteriormente desconhecidas. O fluxograma de processo forma a base para o cálculo do

balanço de material. O balanço de material traz a compreensão sobre a fonte e a causa de

resíduos e emissões, a qual é necessária para a geração das opções de PmaisL.

Para quantificar em valores o quanto efetivamente é gasto em matéria-prima e insumos e a

perda financeira devido aos resíduos gerados, pode-se questionar:

Qual é o gasto com insumos como: matéria-prima energia e água?

Quanto é o gasto com os resíduos e emissões produzidos?

De qual parte do processo eles vêm?

Quais produtos residuais são perigosos, precisam ser controlados e por quê?

Quais porções de insumos do processo tornam-se resíduos?

Quanto de insumos do processo são perdidos na forma de emissões?

Quais os custos que incorrem em função da disposição dos resíduos ou perda de

insumos?

• Passo 9: Conduzir uma avaliação de PmaisL

Este passo serve para realçar as fontes e as causas dos resíduos e emissões e as perdas

de energia e água. O balanço de material deve dar-lhe a compreensão de onde, por que e

quantos resíduos e emissões são gerados, e quanto de energia e água é perdido. Esta

compreensão serve como foco para a identificação das opções de PmaisL. Algumas causas

podem estar relacionadas com:

A matéria-prima: abaixo do padrão de especificação, qualidade inadequada,

deficiências no suprimento, armazenagem inadequada;

A tecnologia: falhas operacionais e de manutenção, capacidade do equipamento mal

combinada, seleção de material não favorável, planejamento do laioute inadequado,

tecnologia obsoleta, alto custo de melhor tecnologia, tamanho da planta insuficiente;

As práticas operacionais: pessoal não qualificado, operação ritualística, falta de

treinamento, segredo industrial, desmotivação dos empregados, falta de

comprometimento da alta gerência, falta de reconhecimento;

O desenho do produto: especificações de qualidade altas, design do produto

impraticável, embalagem, produto composto de materiais perigosos; ou

A manipulação do resíduo gerado: não há separação de resíduos, desconsideração

do reuso ou reciclagem de resíduos, manuseio inadequado.

• Passo 10: Gerar opções de PmaisL

Se pensarmos de acordo com a filosofia de Slack e colaboradores (2002), sobre “quanto

mais criativa e inovadora for a função produção da empresa, mais formas novas e

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melhoradas de produzir bens e serviços surgirão, proporcionando à empresa os meios de

sobrevivência em longo prazo, mantendo-a em vantagem competitiva”, podemos traçar

oportunidades em PmaisL para a indústria cosmética. As medidas podem envolver

programas de verificação, manutenção e substituição de equipamentos, máquinas e/ou

componentes, bem como o treinamento correto dos colaboradores para que certas medidas

sejam efetivas.

Uma vez conhecidas as fontes e as causas dos resíduos e emissões, a PmaisL entra na

fase criativa. Com base no fluxograma do processo e no balanço de material, a equipe

poderá escolher a unidade de operação, o material, os resíduos ou as emissões, ou seja,

por onde pretende iniciar a implementação da PmaisL. Neste momento, as opções podem

ser direcionadas para:

Mudança em matérias-primas: redução ou eliminação de materiais perigosos

(purificação ou substituição do material) ou altamente poluentes. (substituição por

materiais ecologicamente corretos).

Mudança tecnológica: modificações do processo e/ou do equipamento, podendo

variar desde mudanças menores, com o consumo racional de água e energia até

substituição de processos que envolvam grandes custos. Estas podem incluir:

aproveitar ao máximo da iluminação e ventilação natural quando for possível e viável

ao processo, mudanças no processo de produção, modificação do equipamento,

laioute ou tubulação forçando a produção contínua, cíclica e atuante na sua máxima

eficiência, uso de automação, alteração nas condições do processo, tais como taxas

de fluxo, temperaturas, pressões, etc.

Boas práticas operacionais (housekeeping ou soluções caseiras): implicam medidas

de procedimentos, administrativos ou operacionais, que reduzem resíduos e

emissões, normalmente implantadas a um pequeno custo e que não exigem

mudanças tecnológicas significativas. Estas podem incluir práticas de gerenciamento

e de pessoal, melhoria no manuseio de material, treinamento dos colaboradores,

prevenção de perdas, separação de resíduos, práticas de contabilização de custos,

programação da produção, etc.

Mudanças no produto: incluem mudanças nos padrões de qualidade, na composição

do produto desde uma simples mudança de substituir matérias-prima por outras com

certificação orgânica até a redução da quantidade de água do produto, na

durabilidade e, até mesmo, substituição de um produto.

Reuso e reciclagem: envolvem o retorno de um material residual ou para o processo

que o originou, como um substituto para um material de entrada, ou como material

de entrada para outro processo. Dentro da planta industrial, pode-se projetar o

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consumo da água de reuso para a limpeza de outros departamentos, por exemplo.

Para processos ou embalagens em que o reuso não seja viável, devem-se buscar

alternativas para sua reciclagem.

• Passo 11: Selecionar opções de PmaisL

Após ter sido gerado um número de opções, elas devem ser selecionadas e priorizadas de

acordo com um senso comum, analisando-se as questões econômicas, técnicas e

ambientais, a fim de serem submetidas ao estudo de viabilidade. Esta priorização deve ter

como foco a disponibilidade, a praticabilidade, o efeito ambiental gerado e a viabilidade

econômica das opções.

d) ETAPA 4: Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental

• Passo 12: Avaliação preliminar

Deve-se determinar o nível de detalhes no qual cada opção deve ser avaliado e fazer uma

relação das informações ainda necessárias para esta avaliação. Todas as opções

selecionadas devem, em princípio, ser avaliadas em sua viabilidade técnica, econômica e

ambiental. Contudo, para algumas opções pode não ser necessária uma avaliação tão

abrangente. A avaliação preliminar determina que opções necessitem de qual nível de

avaliação técnica, econômica e ambiental. Pode ocorrer desde opções simples, com

soluções caseiras, até mudanças significativas de tecnologia.

• Passo 13: Avaliação técnica

Todos os investimentos maiores requerem uma avaliação técnica, devendo ser investigada

a natureza da opção, a natureza da mudança, o efeito sobre a produção, o efeito sobre o

número de colaboradores, treinamentos requeridos, licenças exigidas, aumento do espaço

físico, controles de laboratório, exigências em relação à manutenção, etc.

• Passo 14: Avaliação econômica

A viabilidade econômica é frequentemente o parâmetro-chave que determina se uma opção

será implantada ou não. A lucratividade de um projeto é medida usando-se fluxos de caixa

estimados (entradas menos saídas de caixa) para cada ano do projeto. O programa utiliza

três métodos padrão para a medição da lucratividade de um projeto:

Período de retorno (payback): tempo que se leva para recuperar o desembolso de

caixa inicial para o projeto (recuperação do investimento efetuado com a opção de

PmaisL).

Taxa interna de retorno (TIR): é uma demonstração da rentabilidade do projeto,

sendo que, quanto maior for a TIR, mais vantagens apresenta o projeto em termos

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atuais. Para análise entre alternativas de um mesmo projeto e entre projetos sem

grandes diferenças de investimento, a TIR é geralmente aceita como o melhor

instrumento na determinação do mérito de projetos.

Valor presente líquido (VPL): calcula o valor atual do fluxo de caixa incremental em

perspectiva, pelo uso de uma Taxa Mínima de Atratividade, ou seja, a partir de uma

taxa de juros que seja considerada como satisfatória, em função dos ingressos e dos

desembolsos futuros. Sempre que o VPL, estimado a uma taxa de juros (Taxa

Mínima de Atratividade), for superior a zero, o projeto apresenta um mérito positivo.

Na comparação entre dois projetos ou duas alternativas de um mesmo projeto, o

melhor, em princípio, é aquele com maior VPL. Estes índices são extraídos do fluxo

de caixa incremental (fluxo de caixa que contempla a diferença entre os fluxos de

caixa inicial – custos reais de operação do sistema existente sem a opção - e o fluxo

de caixa esperado – custos operacionais estimados associados à opção de PmaisL).

• Passo 15: Avaliação ambiental

Determinar os impactos positivos e negativos da opção para o meio ambiente. Um dos

objetivos da PmaisL é a melhoria do desempenho ambiental de uma empresa, sendo

imperativa uma avaliação ambiental. Pode atingir três níveis: avaliação simples, baseada na

redução da toxicidade e quantidade de resíduos e emissões; avaliação profunda do efeito da

composição de novas entradas e saídas ou avaliação do ciclo de vida do produto.

Atualmente, as empresas de grande porte do setor já adotam ferramentas de EI voltadas a

ACV, que permitem uma melhor concepção do produto e o rastreamento das correntes de

resíduos, reduzindo os impactos ambientais de modo global, ao longo de toda a cadeia de

fornecedores.

• Passo 16: Selecionar as opções a serem implantadas

Este se caracteriza pela análise dos resultados do estudo de viabilidade e pela criação de

uma lista de opções de PmaisL que devem ser implementadas. As opções que não forem

implantadas ficam armazenadas e podem ser recuperadas posteriormente.

e) ETAPA 5: Implementação de Opções e Plano de Continuidade

• Passo 17: Preparar plano de implantação de PmaisL

Deve ser descrito um plano que contenha: a duração do projeto, os recursos humanos e

financeiros necessários, os vínculos nas soluções multidepartamentais, o cronograma para

implantação e como se processará a continuidade do programa de PmaisL.

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• Passo 18: Implantar as opções de PmaisL

A implantação das opções de PmaisL passa pelos mesmos estágios de qualquer outro

projeto realizado na empresa: planejamento, design, aquisição e construção.

• Passo 19: Monitorar e avaliar

O desempenho das opções de PmaisL implantadas deve ser monitorado, a fim de comparar

os resultados “verdadeiros” aos resultados “esperados”. A eficiência da opção de PmaisL

pode ser medida em função das mudanças em resíduos e emissões, das mudanças em

consumo de recursos e na mudança da lucratividade.

A geração de indicadores para medições de desempenho ambiental é fundamental para o

alcance de melhorias em processos, nos produtos ou em serviços, pois servem como

parâmetro para estipular as metas ambientais a serem atingidas. Além de gerar um banco

de dados importante para o gerenciamento dessas metas, a criação dos mesmos vai

depender de cada empresa e do que efetivamente ela tem interesse e em monitorar e

cumprir em termos ambientais.

O CNTL está buscando compilar os indicadores ambientais gerados nos Cursos de

Capacitação de Consultores em Produção mais Limpa desenvolvidos em todo o País, a fim

de propiciar às empresas dos diversos setores de atividade informações para

benchmarketing25. Esses indicadores estão voltados aos benefícios ambientais obtidos com

a implementação de opções de PmaisL em estudos de caso identificados nas empresas,

tais como:

Redução do consumo de matéria-prima;

Redução de resíduos sólidos (classe II e III);

Redução de resíduos perigosos (classe I);

Redução do consumo de água;

Redução do consumo de energia;

Redução da geração de efluente;

Reciclagem interna (resíduos, emissões e efluentes);

Reciclagem externa (resíduos, emissões e efluentes);

Redução da carga orgânica;

Redução de emissões (particulados, SOx, NOx, CO2);

25 Benchmarketing – É um processo de pesquisa, contínuo e sistemático, para avaliar produtos, serviços e métodos de trabalho, com o propósito de melhoramento organizacional, procurando a superioridade competitiva (CAMPOS, 1994).

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Redução de ruído;

Custos associados a resíduos sólidos;

Custos associados a efluentes.

• Passo 20: Sustentar atividades de PmaisL

A PmaisL deve ter o caráter de continuidade, buscar sempre a melhoria contínua. O

programa deve sustentar estas atitudes, gerando experiências de aprendizagem que

possibilitem aos empregados e à gerência capacidade de identificar, planejar e desenvolver

projetos de PmaisL.

O aspecto burocrático dado ao programa de PmaisL acaba interferindo na implementação

do mesmo. Esta proposta visa reduzir as barreiras para implantação do programa. Consiste

em um roteiro para a implementação de PmaisL em um setor, não sendo necessária a

identificação de tudo que ocorre na empresa. Esta abordagem separa em partes a empresa

para reduzir as complexidades em relação ao porte e às divergências entre os setores,

porém, não perde o foco do todo da organização.

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90

3. METODOLOGIA

3.1. TIPO DE PESQUISA

A escolha do método de pesquisa, que reflete a melhor ação para responder a questão

central deste trabalho, deve ser a mais próxima da realidade e da inserção que o

pesquisador consegue alcançar no objeto de estudo. No caso, não há a melhor metodologia,

mas a coerente, na obtenção de maior volume de dados, ferramentas para definir

estratégias e propostas para resolução dos problemas existentes.

Relembrando a questão central – Como traçar uma estratégia de implantação do programa

de PmaisL vinculado as BPF&C em uma indústria cosmética terceirista de pequeno porte? -

a mesma remete a optar pelos seguintes caminhos de pesquisa, baseados em Gil (1996):

• Quanto ao ponto de vista de sua natureza, a pesquisa eleita é a aplicada porque

gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas

específicos. Envolve verdades e interesses locais;

• Quanto à forma de abordagem do problema, a pesquisa eleita é a qualitativa porque

considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um

vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não

pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de

significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de

métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de

dados e o pesquisador é o instrumento-chave. Os pesquisadores tendem a analisar

seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de

abordagem;

• Quanto a sua objetividade de aplicação, a pesquisa eleita é a exploratória porque

proporciona maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a

construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas

que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de

exemplos que estimulem a compreensão;

• Quanto ao procedimento técnico adotado, a pesquisa eleita é a pesquisa-ação, por

ser concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a

resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes

representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo

ou participativo.

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A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e

realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema

coletivo e na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do

problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2007). A

pesquisa-ação é um método de condução de pesquisa aplicada, orientada para elaboração

de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções.

Na pesquisa-ação, o termo pesquisa se refere à produção do conhecimento e o termo ação

se refere a uma modificação à realidade do contexto. Neste caso, é a produção do

conhecimento que guia a prática, com a modificação de uma dada realidade ocorrendo

como parte do processo de pesquisa. Nesse método de pesquisa, o conhecimento é

produzido e a realidade é modificada simultaneamente, cada um ocorrendo devido ao outro

(OQUIST, 1978 apud TURRIONI e MELLO, 2010).

Dentro desse contexto a pesquisa-ação pode ser classificada em três modalidades

principais, como mostra o Quadro 8. De acordo com Turrioni e Mello (2010) há uma

discussão entre dois autores em relação às modalidades de pesquisa:

• Para Tripp, em seu livro “Pesquisa-ação: Uma introdução metodológica” defende que

as modalidades vão se intercambiando ao progresso da pesquisa;

• Para Zuber-Skerritt e Perry em seu artigo “Action Research Within Organizations and

University Thesis Writing”, somente a modalidade emancipatória atende os requistos

da pesquisa-ação.

QUADRO 8 – TIPOS DA PESQUISA-AÇÃO E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Tipo de pesquisa-ação

Objetivos Papel do pesquisador Relacionamento entre pesquisador e participantes

Técnica • Eficácia/eficiência da prática profissional • Desenvolvimento profissional

• Especialista externo • Toma uma prática existente de algum outro lugar e a implementa em sua própria esfera de prática para realizar melhorias (age de forma mecânica)

• Co-opção (dos praticantes que dependem do pesquisador)

Prática • Eficácia/eficiência da prática profissional • Desenvolvimento profissional • Compreensão dos praticantes • Transformação da consciência dos praticantes

• Papel socrático, encorajando a participação e a autorreflexão • Escolhe ou proteja as mudanças feitas

• Cooperação (“consultoria” do processo)

Continua

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Tipo de pesquisa-ação

Objetivos Papel do pesquisador Relacionamento entre pesquisador e participantes

Emancipatória • Eficácia/eficiência da prática profissional • Desenvolvimento profissional • Compreensão dos praticantes • Transformação da consciência dos praticantes • Emancipação dos participantes das regras de tradição, autodecepção e coerção • Sua crítica da sistematização da burocracia • Transformação da organização e de seus sistemas

• Moderador do processo (responsabilidade compartilhada igualmente com os participantes)

• Colaboração (comunicação sistemática)

Fonte: Adaptado de TURRIONI e MELLO, 2010

3.2. LIMITAÇÕES DO MÉTODO ESCOLHIDO

A pesquisa-ação tem as seguintes limitações:

• É pouco aceita no meio acadêmico brasileiro, pelo fato de existir algumas

conceituações vagas para esta modalidade de pesquisa, para sua metodologia de

pesquisa que “é expressa de forma excessivamente sucinta e não permite uma

avaliação mais profunda de sua aplicabilidade” (SOUZA; LINARDI; BALDINO apud

SATO; ZAKRZEVSKI, 2003), ou seja, falta-lhe o rigor da verdadeira pesquisa

científica e há uma ausência de controle interno e externo, consequentemente com

limitada contribuição ao corpo de conhecimento (COHEN; MARION apud SATO;

ZAKRZEVSKI, 2003);

• Ainda neste meio existe o uso indiscriminado das expressões “pesquisa-ação” e

“pesquisa participante” e às vezes, inclusive, o uso de expressões diferentes para

classificar trabalhados do mesmo tipo. Nota-se que, as tentativas de tornar a

pesquisa-ação aceitável, perante a academia têm levado, quando muito, ao

reconhecimento da pesquisa-ação como pesquisa de segunda classe pela sua falta

de objetividade (SOUZA; LINARDI; BALDINO apud SATO; ZAKRZEVSKI, 2003);

• Em muitas situações a pesquisa-ação é utilizada como um mero instrumento de

resolução de problemas da prática, sem conseguir constituir um corpo teórico mais

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radicalmente oposto ao positivismo por ser baseada na teoria do realismo

(THOMPSON e PERRY 2004 apud TURRIONI e MELLO, 2010). E, quando a

pesquisa-ação é pensada dentro da racionalidade positivista, não ultrapassa o mero

ativismo. Este é um risco da pesquisa-ação: tornar-se muito mais ação, com

negligência da pesquisa per se.

• Outro aspecto é que os indivíduos que buscam resolver problemas complexos, em

tempo real; acham que os problemas mudam, frequentemente antes que as soluções

sugeridas pela pesquisa-ação alcancem resultados significativos, pois dentro do

quadro epistemológico, as respostas são “provavelmente verdadeiras” por fazer

parte de um microambiente e em alguns casos não se aplicam ao macroambiente

regido pela teoria do positivismo (TURRIONI e MELLO, 2010).

• Dois investigadores que tentam resolver o mesmo problema podem chegar a

conclusões diferentes. E ainda, diferentes investigadores que usam o método de

pesquisa-ação podem discordar na abordagem conquanto concordem nas filosofias

fundamentais ou metas. Os participantes em qualquer empreendimento de pesquisa-

ação no final das contas escolhem conscientemente ou não a rota particular que

dirige a pesquisa (HOLANDA; RICCIO, 2002).

Em contrapartida:

• Gutiérrez (2003) avalia que este método é condenado pelos doutores que

necessitam garantir seus títulos com mínimo esforço. Rejeitam a pesquisa-ação pelo

trabalho e tempo que se gasta com grupos sociais e é muito mais fácil condenar os

pesquisadores pró-ativos do que sair de seus espaços confinados em departamentos

fechados e tradicionalmente sem buscar diálogo com demais saberes. O mesmo cita

em seu artigo: “Infelizmente nossos pares acadêmicos têm uma baixa capacidade de atender e entender este tipo de demandas colaborativas orientadas exclusivamente à melhoria e mudanças de realidades singulares. No seio universitário desenvolve-se pesquisa para explicar, para entender, para descobrir e incluir para profetizar, mas as oportunidades de conectar o conhecimento às práticas são mínimas, desde que estas são muito mais comprometidas, exigem mais dedicação, demandam mais tempo e, sobretudo, porque obriga o pesquisador a tomar uma opção politicamente responsável com seu objeto de investigação, que reflete a sinceridade e a transparência de sua posição pessoal frente aos modelos pré-concebidos e seus níveis de compromisso ideológico com um tipo de prática orientada à mudança e transformação das realidades educativas, sociais e ambientais” (GUTIERREZ, 2003.p.4).

• Segundo Dickens e Watkins (1999) apud Holanda e Riccio (2002), estas críticas

dependem da percepção se a pesquisa-ação tem que contribuir para o conhecimento

da mesma maneira como outras formas de pesquisa em ciência social. E se a

pesquisa-ação tem que terminar, obrigatoriamente, com a resolução de um problema

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para ser válido, parece que os autores sugerem que a própria compreensão melhor

do problema e o aprendizado possa ser um produto da pesquisa-ação. Assim, as

críticas são mais acadêmicas que preocupações práticas da maioria dos

investigadores de ação.

O que se busca com este trabalho a partir da metodologia de pesquisa escolhida é o

envolvimento do pesquisador em todos os momentos do processo de investigação; tendo o

potencial de gerar uma maior compreensão teórica e desenvolvimento profissional,

colaborando para associar a alta administração e os ecotimes na seleção e estruturação de

problemas práticos; contribuindo no desenvolvimento profissional dos colaboradores,

levando ao crescimento pessoal e profissional de toda a equipe, melhorando a prática e a

compreensão teórica.

Certamente a pesquisa-ação reforça uma postura colaborativa, estimula os participantes a

se aprofundarem na compreensão e interpretação de suas práticas.

Mas o fato de os participantes formarem uma consciência política, de passarem a ser mais

atuantes e críticos, nem sempre os tornam autônomos, livres para imprimirem ao seu

trabalho a direção que desejam. Ser autônomo significa ser capaz de um desenvolvimento

profissional consciente, ou seja, ser capaz de refletir na e sobre a prática, para descobrir,

criticar e modificar os modelos, esquemas nela presentes, promovendo com isso mudanças

(PORLÁN, 1997 apud SATO; ZAKRZEVSKI, 2003).

3.3. VARIÁVEIS DA QUESTÃO DA PESQUISA

Dentre as possíveis explanações de acordo com metodologia eleita, faz-se necessário

objetivar o trabalho de acordo com as variáveis “humanware” e “soft/hardware”.

No fator “Humanware”, levam-se em conta, os colaboradores que extraem do universo

tecnológico, a informação e o conhecimento que possibilitarão conduzir essas organizações

à liderança em seus segmentos. Esse modelo gerencial é traçado para os projetos de

mudança. Oferecem-se ferramentas para a prevenção, diagnóstico e manejo de conflitos ao

longo do ciclo de vida de um projeto.

Para avaliação, adotou-se parâmetros para medir a evolução do trabalho através das

observações da pesquisadora sobre o comportamento dos colaboradores na percepção do

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sistema ao aplicarem check-lists baseado nas BPF&C, atendimentos aos requisitos

“recomendáveis” direcionando a oportunidades em PmaisL e na ferramenta GAIA -

Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais, para medição da sustentabilidade

criado por Lerípio (2001).

Com a aplicação desses três check-lists citados foi possível quantificar a aquisição de

conhecimentos dos especialistas (saber formal) e interessados (saber informal) através de

sugestões para redigir um check-list que contemple as BPF&C – Opções em PmaisL –

Rumo a Sustentabilidade, criando-se uma ferramenta de medição para a empresa avaliar

seu comportamento baseado na sua sobrevivência e diferenciação no setor. A escolha dos

colaboradores para amostragem foi de acordo com a relevância do conhecimento no

processo, sem perder a objetividade da qual a pesquisa-ação é condenada por não ser na

sua essência qualitativa.

O fator “Soft/Hardware” na pesquisa baseia-se na unidade funcional do sistema produtivo da

empresa, envolvendo seus equipamentos e procedimentos operacionais, respectivamente.

Para avaliar o fator, adotou-se parâmetros para medir a evolução do trabalho através da

percepção das oportunidades em PmaisL vinculadas as BPF&C, em toda a unidade fabril e

implantando-as quando possível e viável economicamente, para a melhoria em seus

serviços, produtos e processos.

Durante o decorrer do trabalho, estas duas variáveis se encontraram, mas sem gerar

inferências, possibilitando validar os resultados obtidos.

3.4. HIPÓTESES

A questão central deste trabalho desdobra-se em três hipóteses:

Hipótese 1: É possível implantar uma estratégia de ação que envolva a integração entre

as BPF&C com o Programa de PmaisL, abrangendo as necessidades do setor envolvido

neste trabalho.

Hipótese 2: Utilizando a estratégia em uma empresa terceirista do setor, esta se apresenta

eficiente e atende a seu propósito de aplicação.

Hipótese 3: A estratégia é viável para que empresas com limitações técnicas em igual ou

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menor patamar ao foco de estudo possa utilizá-la, e flexível o bastante para que outras áreas

a utilizem.

3.5. FONTES DE DADOS: PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS

O planejamento da pesquisa-ação envolve a definição das técnicas a serem empregadas na

coleta de dados. A combinação e o uso de diferentes técnicas favorecem a validade do

constructo da pesquisa.

Existem várias formas de coletar dados e dependem do contexto que os grupos de

observação e/ou pesquisadores adotam para obtê-los. Podem ser classificados como fontes

primárias e secundárias.

As fontes primárias foram restringidas a coleta de dados através da observação, discussão

e impressões dos participantes no processo.

A fonte secundária se restringiu a coleta de dados extraídos a partir de informes financeiros,

análise estatística operacional e relatórios de marketing, ou seja, baseado no histórico

empresarial e funcional do objeto de estudo.

O objeto de estudo deste trabalho será a Nobile Indústria Comércio e Beneficiamento Ltda.,

situada na cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo. Fundada em 27 de fevereiro de

2002, a empresa foi criada com objetivo de atuar na área de terceirização de serviços nos

setores de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, especializada única e exclusivamente

na prestação de serviços para empresas do setor com ou sem área produtiva, não

possuindo marca própria. Com uma área útil de aproximadamente 2160 m2, a unidade fabril

ocupa seus 1600 m2 com equipamentos, produção e 50 colaboradores no chão de fabrica,

divididos em dois turnos. Maiores informações sobre a Nobile Cosméticos estão descritas no

Apêndice A.

A todo o momento, procurou equiparar essa fonte com os dados primários para não se

perder a validade e confiabilidade da metodologia adotada.

3.6. PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS

Para a pesquisadora, as gerações dos dados vieram através do envolvimento ativo no dia a

dia dos processos organizacionais relacionados com o projeto de pesquisa-ação. Os dados

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não foram gerados apenas a partir da participação e observação das equipes no trabalho ou

de problemas sendo resolvidos/decisões sendo tomadas, mas também através de

intervenções que foram feitas para efetivar o trabalho.

3.6.1. Fases da pesquisa-ação Conforme Stringer (1996), a pesquisa-ação compreende uma rotina composta por três

ações principais: a) observar, para reunir informações e construir um cenário; b) pensar,

para explorar, analisar e interpretar os fatos; e c) agir, implantando e avaliando as ações

(STRIGER, 1996 apud KRAFTA e col., 2006).

Dentro desta mesma idéia, pode-se dividir o processo de pesquisa-ação em quatro

principais etapas: fase exploratória, fase principal, fase de ação e fase de avaliação

(THIOLLENT, 2007). Esta proposta de divisão em quatro etapas será adotada para a

realização de estudo com o objetivo de definir e acompanhar a uma estratégia de

implementação do programa de PmaisL vinculado as BPF&C, no sistema produtivo em uma

indústria cosmética terceirista de pequeno porte, como possibilidade de diferenciação

competitiva no setor.

A seguir serão descritas as quatro fases versadas por Thiollent (2007), mostrando a

evolução desse trabalho em estudar uma estratégia de integração das BPF&C com as

etapas preconizadas pelo projeto Ecoprofit de autoria da UNIDO/UNEP para a implantação

do programa de PmaisL.

3.6.1.1. Fase Exploratória

Esta primeira etapa do processo de pesquisa-ação, que tem grande importância devido ao

fato de encaminhar as fases subsequentes da pesquisa, possui um aspecto interno, que diz

respeito ao diagnóstico da situação e das necessidades dos atores e à formação de equipes

envolvendo pesquisadores e clientes, e um aspecto externo, que tem por objetivo divulgar

propostas e obter o comprometimento dos participantes e interessados.

Existem dois problemas a serem esclarecidos nessa etapa: o plano institucional e o plano

estratégico. No que diz respeito ao institucional, destaca-se a necessidade de definir o grupo

de pesquisadores e suas relações com os atores da situação. É importante também informar

a todos os participantes sobre os objetivos do estudo e a metodologia empregada.

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O maior foco está em obter as informações significativas para elaborar o projeto. Deve-se

utilizar um quadro conceitual, elaborado em conjunto com os participantes, para que seja

realmente um retrato da realidade da organização, e paralelamente realizar uma pesquisa

de campo de caráter diagnóstico, através de material elaborado por Instituições renomadas

e/ou reconhecidas no país e mesmo até a aplicação de entrevistas abertas, para detectar os

principais problemas existentes (THIOLLENT, 2007).

Os participantes do processo poderão considerar a Fase Exploratória como concluída, e

passar à fase seguinte, no momento em que concluírem que existe clareza e consenso

entre pontos eleitos prioritários que darão base à pesquisa-ação.

Neste trabalho, a Fase Exploratória foi composta por análise e diagnóstico da estrutura atual

do processo fabril da terceirista nos diferentes processos envolvidos (técnico, comercial e

gestão). No Quadro 9 há os passos realizados para a concretização dessa fase.

QUADRO 9 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE EXPLORATÓRIA

Etapas do Trabalho

Pesquisa-ação Ciclo BPF&C PmaisL

Exploratória P

Aplicar o check-list de Auditoria

padronizado pela ANVISA, verificando

a capacidade da organização em

atender os requisitos imprescindíveis,

necessários e recomendáveis para

garantir a qualidade dos serviços,

produtos e processos.

1º Obter comprometimento

e envolvimento da

gerência e colaboradores;

2° Estabelecer a equipe do

projeto (Ecotime);

3º Delimitar barreiras e

propor soluções e;

4° Estabelecer metas.

Período de execução Novembro de 2009 a Outubro de 2010

A empresa permitiu fotografar as áreas objeto de estudo e ofereceu acesso a:

• Histórico de produção realizado nos últimos três anos;

• Ordens de produção dos principais itens, classificados por famílias de produtos,

emitidas durante o mesmo período;

• Acompanhamento em linha dos produtos fabricados;

• Planta da unidade fabril da empresa.

Foram realizadas coletas de dados e auditorias internas baseadas na Portaria n° 348 (BPF

& C), presente no anexo B desse trabalho, referentes à produção de produtos de higiene

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pessoal, cosméticos e perfumes com colaboradores-chave que participam do processo de

fabricação e garantia da qualidade.

O objetivo da coleta destas informações foi de complementar a análise de dados primários

disponibilizados pela empresa com a opinião e o depoimento dos clientes envolvidos sobre

a satisfação dos serviços prestados. O intuito foi de compreender melhor a atividade e o

cenário no qual são planejadas e executadas as estratégias comerciais e como a

informação pertinente ao processo é tratada nesta tomada de decisão.

Realizado esse processo, apresentaram-se os resultados a alta gerência e colaboradores.

Foi proposto que se cumpra os quesitos necessários pendentes e que se busque a melhoria

contínua, cumprindo os quesitos recomendáveis. Para trilhar sua diferenciação no setor,

apontou-se a opção de implantar o programa de PmaisL na unidade fabril, citando suas

particularidades e os possíveis resultados que poderiam ser alcançados - tanto

economicamente como ambientalmente, traçando sua vantagem competitiva diante da

concorrência.

Após o aceite sobre todos os pontos levantados, foi criado em conjunto com o departamento

da Garantia da Qualidade, o projeto de vinculação, realizando o 3° e 4° passo da PmaisL em

conjunção ao cumprimento dos requisitos versados no roteiro pertencente ao Manual de

BPF&C, presente no anexo B desse trabalho.

Para os colaboradores foram ministradas o primeiro ciclo de palestras sobre BPF&C,

Ferramentas da Qualidade e PmaisL, para divulgação dos programas.

3.6.1.2. Fase Principal (Planejamento)

No momento em que há um claro diagnóstico sobre a realidade da organização e dos

eventos ou pontos que se deseja pesquisar, os ecotimes iniciam a prática, que ocorre

através de seminários para guiar a ação. Os seminários em grupo são operacionalizados,

sendo o grupo permanente composto pelos colaboradores, por membros da gerência de

diversas áreas e categorias profissionais e por consultores ou pesquisadores externos.

As principais funções do grupo permanente, que tem poder de decisão, são as seguintes:

• Definição dos temas e problemas prioritários a serem investigados;

• Elaboração da problemática na qual serão tratados os problemas e as

correspondentes hipóteses de pesquisa;

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• Coordenação de atividades em sintonia com o trabalho dos outros grupos e com as

ações de formação;

• Centralização de informações provenientes de diversas fontes;

• Interpretação dos resultados;

• Busca de soluções e propostas de ação;

• Acompanhamento de ações implantadas e avaliação de resultados; e

• Divulgação de resultados pelos canais apropriados.

Conforme resumido por Thiollent (2007), a Fase Principal é composta por um grande

conjunto de entrevistas individuais e coletivas ou questionários aplicados a pessoas-chaves

da organização, que irão expor suas reclamações, constatações e sugestões a respeito do

assunto em pauta. Todas essas informações coletadas entre os entrevistados servirão como

base para o posterior debate em seminário.

No momento em que se tem uma quantidade satisfatória de dados coletados, chega-se à

fase de processamento das informações e resultados. A divulgação de resultados nesta

Fase Principal tem o objetivo de proporcionar um “autoconhecimento” em torno das

questões organizacionais que estão sendo tratadas. Estes relatórios são geralmente

compostos por gráficos, tabelas e descrições dos eventos e são armazenados para consulta

ao longo e após a pesquisa.

Dando continuidade à prática desse trabalho, com base na etapa exploratória apresentada

no Quadro 10, foram elaborados fluxogramas de produção para as famílias de produtos da

empresa em questão, com a definição dos requisitos e interfaces de entrada (inputs) e

saídas (outputs), que atendam à necessidade e a melhora contínua do objeto de estudo. Os

mesmos foram mapeados dentro da planta estrutural para comparativos de ocupação

espacial e produtividade.

QUADRO 10 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE PLANEJAMENTO

Etapas do Trabalho

Pesquisa-ação Ciclo PmaisL

Planejamento P 5° Desenvolver o fluxograma do processo;

6° Selecionar o foco da avaliação da PmaisL e;

7º Avaliar as entradas e saídas no processo produtivo

Período de execução Novembro de 2010 a Janeiro de 2011

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101

Diante das constatações, foi criado um quadro, que engloba sugestões de melhorias

vinculando as BPF&C com a PmaisL. Desta forma, a Fase de Ação pôde ser iniciada com

maior convicção da contribuição prática que o trabalho poderia trazer.

3.6.1.3. Fase de Ação

A Fase de Ação engloba medidas práticas baseadas nas etapas anteriores: difusão de

resultados, definição de objetivos alcançáveis por meio de ações concretas, apresentação

de propostas a serem negociadas entre as partes interessadas e implantação de ações-

piloto que posteriormente, após avaliação, poderão ser assumidas pelos atores sem a

atuação dos pesquisadores (THIOLLENT, 2007).

Quando se fala em divulgação de resultados, os receptores destas informações são as

pessoas que responderam às entrevistas e questionários, o conjunto dos membros da

organização e alguns representantes dos atores e tomadores de decisão. Uma vez

divulgadas as informações, é iniciada a etapa de apresentação de propostas visando

melhorar os aspectos estudados. Estas propostas são analisadas e aprovadas por membros

da gerência e implementadas de forma a colocar em prática as sugestões apresentadas.

No caso deste trabalho, a atividade da Fase de Ação, conforme apresentado no Quadro 11,

foi à aplicação das sugestões propostas na etapa anterior. Para tanto, foram necessários

diversos debates, ciclo de palestras, treinamentos e testes, para verificar a melhor forma de

implementar o programa de PmaisL vinculado as BPF&C.

QUADRO 11 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE AÇÃO

Etapas do Trabalho

Pesquisa-ação Ciclo BPF&C PmaisL

Ação

D

Treinamento dos colaboradores

para que a execução das tarefas seja

exatamente como prevista no plano

8° Originar um balanço de

material – não realizado

nesse momento.

C

Aplicação de um novo check-list para

comparar o resultado alcançado com a

meta planejada

9° Conduzir uma avaliação

das causas;

10° Gerar opções de

melhoria e;

11° Selecionar opções.

Período de execução Fevereiro de 2011

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Para os colaboradores foram ministradas o segundo ciclo de palestras sobre PmaisL. Os

treinamentos e discussões consistiram em identificar entradas e saídas do processo de toda

a unidade fabril, identificando opções em PmaisL.

Com a interação entre as partes interessadas e o ecotime, chegou-se a conclusão que o

Passo 8 – Originar um balanço de material, não iria ser realizado nesse primeiro momento

porque foi evidenciado em conjunto com os quesitos recomendáveis, as causas (Passo 9) e

as opções de melhoria (Passo 10). Diante das contastações, redigiu-se um novo check-list,

presente no Apêndice B desse trabalho, identificando juntamente com o cumprimento dos

requisitos recomendáveis relacionado as BPF&C, um direcionamento as oportunidades em

PmaisL.

3.6.1.4. Fase de Avaliação

Esta etapa final do processo de pesquisa-ação apresenta dois objetivos principais: verificar

os resultados das ações no contexto organizacional da pesquisa e suas consequências a

curto e médio prazo e extrair ensinamentos que serão úteis para continuar a experiência e

aplicá-la em estudos futuros.

Thiollent (2007) propõe alguns aspectos gerais que devem ser alvo de avaliação:

• Pontos estratégicos (clareza de objetivos, identificação e resolução de problemas e

negociação dos objetivos com membros da diretoria);

• Capacidade de mobilização (aceitação da iniciativa por diversas áreas da

organização e engajamento de um número significativo de pessoas);

• Capacidade de propostas (adequação, relevância e viabilidade das propostas

apresentadas e habilidade dos grupos neste encaminhamento);

• Continuidade do projeto (harmonia no decorrer do tempo);

• Participação (efetividade na participação entre diversos níveis hierárquicos);

• Qualidade do trabalho em equipe (habilidade no gerenciamento das relações e

qualidade nas relações interpessoais);

• Efetividade das atividades de formação (efeito global de autoconhecimento da

instituição e capacidade de aprendizagem); Conhecimento e informação (adequação

do questionário e de outros instrumentos de pesquisa, consistência e validade dos

resultados alcançados, qualidade dos relatórios, possibilidade de publicação em

revistas científicas e comparações com outros estudos);

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• Comunicação (possibilidade de criação de mecanismos internos, assembleias e

reuniões com participantes, adequação à linguagem utilizada na cultura

organizacional e adequação aos canais de difusão);

• Atividade de Apoio (qualidade, rapidez e eficácia no processamento de dados e na

produção de material de divulgação e capacidade de obter apoio de técnicos em

informática).

Para a conclusão dessa etapa, de acordo com o Quadro 12, foram realizadas a avaliação

preliminar e técnica (Passos 12 e 13, respectivamente) das opções em PmaisL. As etapas

14 e 15 não foram realizadas, porque optaram por fazê-la no segundo momento quando

avançarão com o programa para a escala meso. Traçou-se a partir do Passo 16, um plano

5W2H para a implantação do programa em escala micro. Em consequência, tal etapa gerou

a necessidade de revisionar os POPs e o Manual da Qualidade que contempla as BPF&C.

QUADRO 12 – ATIVIDADES REALIZADAS NA FASE DE AVALIAÇÃO

Etapas do Trabalho

Pesquisa-ação Ciclo BPF&C PmaisL

Avaliação A

Validação dos POPs,

Revisão do Manual da Qualidade.

12° Avaliação

preliminar;

13° Avaliação técnica;

14° Avaliação

econômica;

15° Avaliação ambiental

e;

16° Selecionar as

opções.

17° Preparar o plano de

PmaisL;

18° Implementar as

opções de PmaisL;

19º Monitorar e avaliar;

20° Sustentar atividades

de PmaisL.

Período de execução Março a Abril de 2011

Evidenciado o interesse da empresa em buscar a sua melhoria contínua para praticar a

Qualidade Total dos seus processos, produtos e serviços, redigiu-se um novo check-list,

presente no Apêndice C desse trabalho, apresentando questões que envolvem as BPF&C,

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104

PmaisL e Sustentabilidade para avaliar sua colocação diante da concorrência, apontando

sua sobrevivência ou diferenciação no processo.

A opção de incluir questões que direcionem a sustentabilidade foi baseada pela proposta da

WBCSD aos setores na busca do seu desenvolvimento sustentável. As questões elaboradas

foram adaptadas da proposta de Lerípio (2001) com a sua ferramenta de avaliação G.A.I.A.

– Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais (presente no anexo C), baseada na

ACV, Gerenciamento de Processos apoiados em PL e Emissão Zero26. Sua premissa

consiste em:

“Proporcionar às organizações o atendimento à legislação, a melhoria

contínua e a prevenção da poluição a partir de atividades focalizadas no

desempenho ambiental e na sustentabilidade, tomando como elementos

fundamentais do processo a organização e as pessoas através de suas

relações como o meio ambiente” (LERÍPIO, 2001)

Após a aplicação do check-list, seu resultado foi apresentado e sugeriu-se a busca pela

melhoria contínua através de atitudes que contemplem o desenvolvimento sustentável,

avançando com a implementação do programa em escala micro (Química verde) – meso

(Eco-eficiência) – macro (ACV). Sua representação evolutiva foi apresentada na forma

ilustrativa gráfica de autoria da pesquisadora, as partes interessadas de acordo com a

Figura 22.

Essa figura demonstra os passos que uma empresa que realiza um planejamento gerencial

alcança em praticar ferramentas e adotar programas da Qualidade em sua unidade fabril. A

busca pela sustentabilidade empresarial pode e deve ser de forma gradual e vinculada a

rotina praticada pela organização.

Em tempo de se sobressair no mercado, o exercício de atitudes criativas e proativas sem

exigir gastos, em muitos casos somente um planejamento mais conciso, faz da empresa

uma referencia para as suas concorrentes.

Ao aplicar o check-list global, a empresa-referência e suas concorrentes podem se

identificar nos degraus que se encontram – pisando firme onde esta e vislumbrando aquém

26 Emissão Zero - vislumbra todos os insumos industriais sendo aproveitados nos produtos finais ou convertidos em insumos de valor agregado para outras indústrias ou processos. Desta maneira os processos produtivos irão se organizar espacialmente em conjuntos, de modo que os resíduos de cada processo sejam completamente correspondidos pelos insumos de outros processos, e o todo integrado não produz resíduos de nenhum tipo (TELUS, 2011).

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105

ou além de onde sua concorrente se encontra.

FIGURA 22 – DEGRAUS PARA ALCANÇAR A SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

Pode descansar ou tomar fôlego para sua diferenciação, mas nunca se contentar com a

sobrevivência. A realidade e única: a busca pela melhoria continua e a chave para a sua

sustentabilidade empresarial.

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106

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. RESULTADO DA AUDITORIA INTERNA BASEADA NAS BPF&C E AS

OPORTUNIDADES IDENTIFICADAS PARA O DIRECIONAMENTO EM PMAISL

A aplicação do check-list baseado no roteiro versado no Manual de BPF&C foi realizada na

fase exploratória. Em relação ao foco de estudo, tais questões não são aplicáveis a

realidade da empresa:

2. ALMOXARIFADO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO

Item S N NA EA A27

39. A temperatura da câmara frigorífica é controlada e registrada?

2.c.22 X R

40. Qual é a temperatura no momento da inspeção? 2.c.22.1 X INF

Motivo: Não há necessidade de câmara frigorífica na empresa, por não utilizar insumos ou produzir produtos termolábeis. 4. RECOLHIMENTO DE PRODUTOS Item S N NA EA A 1. A empresa estabelece e mantém procedimentos para o recolhimento de produtos no mercado?

4.1 X R

1. A empresa estabelece e mantém sistemática que garanta a correta aplicação dos procedimentos?

4.2 X R

3. Existe pessoa responsável designada para a coordenação e execução dos procedimentos?

4.3 X R

4. Quando a pessoa responsável designada não pertencer ao Controle da Qualidade, a mesma é informada das operações efetuadas?

4.4 X R

5. São mantidos registros dos recolhimentos, bem como de suas causas? 4.5 X N

6. Recolhimentos por desvios da qualidade, as autoridades são informadas imediatamente?

4.6 X N

7. São tomadas providências para o recolhimento em todo o território distribuído? 4.6.1 X N

Continua

27 Simbologia: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário)

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107

4. RECOLHIMENTO DE PRODUTOS Item S N NA EA A 8. Existe documentação dos recolhimentos e seu devido registro? 4.6.2 X N

9. Os registros de distribuição dos produtos, em nível primário (do fabricante ao receptor), permanecem disponíveis para uma rápida ação de recolhimento do mercado?

4.7 X R

10. Esses registros contêm informações que permitam o rastreamento do(s) cliente(s) da distribuição primária?(Localização do recebedor do produto)

4.7.1 X R

11. As informações dos clientes são conhecidas e estão disponíveis? 4.7.2 X INF

12. Existe área apropriada e segura para a armazenagem dos produtos recolhidos?

4.8 X N

13. Essa área está delimitada física e administrativamente, bem como os produtos recolhidos, enquanto aguardam seu destino?

4.8.1 X N

14. Existem relatórios conclusivos sobre todo o processo para cada produto recolhido? (estudo de rastreabilidade e das causas das não conformidades)

4.9 X R

15. Existem relatórios sobre o destino dos produtos recolhidos no mercado? 4.10 X R

Motivo: A empresa atua como terceirista e não possui linha própria. O reconhecimento do produto fica a encargo do cliente (contratante) que pode direcionar a entrega para a unidade fabril da terceirista, onde a mesma disponibilizará uma área para Recall. 5. SISTEMAS E INSTALAÇÕES DE ÁGUA Item S N NA EA A Água Purificada Osmose reversa (OR) (quando for o caso) 30. A indústria possui equipamento de tratamento de água por OR para produção de água purificada?

5.b.2.1 X INF

a) Qual é a capacidade em litros/hora? 31. A água que abastece o sistema é tratada? 5.b.2.2 X INF

a) Qual é a procedência dessa água? 32. Existe pessoa capacitada para operar o sistema e o responsável pela operação está presente?

5.b.2.3 X N

33. Existe manual de operação do sistema e tem sido utilizado? 5.b.2.4 X R

34. Existe depósito para essa água e o material dele é adequado? 5.b.2.5 X INF

Material: ( ) Acrílico ( ) PVC ( ) Amianto ( ) Fibra de vidro ( ) Concreto a) Há tratamento para evitar contaminação bacteriológica da água (UV-C, filtro, etc.)? 5.b.2.5.2 X INF

Continua

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108

5. SISTEMAS E INSTALAÇÕES DE ÁGUA Item S N NA EA A 35. São realizados testes físico-químicos na água tratada na OR? 5.b.2.6 X N

Quais? ( ) Cloretos ( ) Sulfatos ( ) Dureza ( ) Densidade ( ) pH ( ) Condutividade a) Há registros dessa rotina? (verificar evidências) 5.b.2.6.1 X N

36. São feitos testes bacteriológicos na água tratada na OR? 5.b.2.7 X N

a) Há registros dessa rotina? (verificar evidências) 5.b.2.7.1 X N

37. O transporte ou circulação dessa água é feito por tubulação ou outro meio adequado? 5.b.2.8 X N

Material: ( ) PVC ( ) Aço ( ) Cobre ( ) Ferro ( ) Borracha ( ) Silicone ( ) outro: 38. A água tratada na OR é liberada pelo Controle da Qualidade antes de ser utilizada?

5.b.2.9 X N

39. É feita sanitização do sistema? 5.b.2.10 X N a) Existem registros dessas operações? Há periodicidade definida?

5.b.2.10.1 X N

40. Existem procedimentos escritos para a sanitização e estão sendo utilizados? 5.b.2.11 X N

41. É feita manutenção preventiva nos equipamentos do sistema de OR? 5.b.2.12 X INF

a) Há registros dessa rotina de manutenção? (verificar a periodicidade) 5.b.2.12.1 X INF

42. Existe algum tipo de filtro no sistema? 5.b.2.13 X R Qual? ( ) carvão ( ) areia ( ) diatomácea 43. É feita a sanitização do(s) cartucho(s) do(s) filtro(s) e há registros dessa prática?

5.b.2.14 X N

44. Existe procedimento para a sanitização do(s) cartucho(s) do(s) filtro(s) e é utilizado? 5.b.2.15 X N

45. O sistema de tratamento de água por OR é validado por órgão competente ou credenciado?

5.b.2.16 X N

Motivo: A empresa produz água purificada por deionização. 6. PRODUÇÃO Item S N NA EA A Condições gerais 91. Nas áreas produtivas efetuam-se controles de pressão do ar, microbiológicos, de partículas, de umidade e de temperatura, quando for o caso?

6.c.2.24 X N

Motivo: Não há área limpa na unidade fabril.

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109

7. FABRICAÇÃO DE PRODUTOS SÓLIDOS E SEMI-SÓLIDOS

Item S N NA EA A

1. Existe local apropriado para a fabricação de pós? 7.1 X N

24. Existem sistemas de exaustão de pó nos locais onde se produza muito pó? 7.24 X N

39. Existem, na área de compressão, aparelhos para testar a compactação e/ou pesos dos produtos?

7.39 X INF

40. São feitos registros desses controles? 7.40 X R 41. O Controle da Qualidade verifica, periodicamente, essas medidas? 7.41 X R

47. As máquinas de compressão estão dispostas de maneira a evitar contaminação cruzada?

7.47 X R

48. As máquinas de compressão possuem sistema de exaustão dos pós? 7.48 X N

49. O setor de fabricação/manipulação de pós está adequadamente equipado para a tarefa (ar comprimido, exaustão, etc.)?

7.49 X N

Motivo: Não há produção de pós/particulados na unidade fabril.

Eliminadas da contagem geral, sua aplicação gerou os seguintes resultados:

Requisitos Total atingido

Imprescindíveis 100%

Necessários 79%

Recomendáveis 80%

As questões que barraram o alcance de 100% no cumprimento dos quesitos necessários

foram as seguintes:

2. ALMOXARIFADO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO

Item S N NA EA A

60. Antes da liberação pelo Controle de Qualidade, a MP permanece em quarentena e devidamente rotulada como tal?

2.d.6 X N

61. A identificação da MP é documentada, colocando-se o rótulo de aprovado no corpo do recipiente / embalagem que a contém, e não na tampa?

2.d.7 X N

62. Todas as MPs, sem exceção, são amostradas pelo Controle da Qualidade, de acordo com metodologias/rotinas adequadas e confiáveis? (baseada em monografias oficiais)

2.d.8 X N

63. Uma MP já aprovada é etiquetada e transferida para o almoxarifado correspondente?

2.d.9 X N

Continua

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110

2. ALMOXARIFADO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO Item S N NA EA A

75. A identificação (rótulo ou etiqueta) está completa e devidamente aderida? 2.e.3 X N

76. Antes de sua liberação pelo Controle da Qualidade, os materiais ou embalagens permaneceram em quarentena e devidamente rotulados como tal (se for o caso)?

2.e.4 X N

77. Todos os materiais/embalagens, sem exceção, são amostrados pelo Controle da Qualidade, de acordo com sistemas adequados e confiáveis (descrever métodos de análises ou apresentar métodos de análise acompanhados de laudos internos)?

2.e.5 X N

78. Os materiais já aprovados são etiquetados como tais e transferidos para o almoxarifado ou área correspondente?

2.e.6 X N

3. DEVOLUÇÕES DE PRODUTOS ACABADOS Item S N NA EA A 2. Existe uma área que delimite ou restrinja o armazenamento de produtos devolvidos? (É obrigatório identificar o produto devolvido, não à área; mas a área deve existir).

3.1 X N

11. CONTROLE DA QUALIDADE Item S N NA EA A 18. São mantidas amostras de referência futura das matérias-primas utilizadas? 11.18 X N

28. São efetuados ensaios microbiológicos das MPs e dos produtos acabados (Quando for o caso)?

11.28 X N

29. Existem registros dessa atividade? 11.29 X N

Isto significa que independente dos planos da empresa em buscar a sua diferenciação no

setor, é necessário cumprir 100% dos quesitos necessários. Para traçar um plano de ação

para cumpri-los, o mesmo foi baseado no 5W2H1S, e está esquematizado no Quadro 13.

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111

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112

Nada impede, porém que concomitantemente, se busque atender os quesitos

recomendáveis, o que no caso é desejável para que se busque a melhoria contínua. As

questões que barraram o alcance de 100% no cumprimento desses foram as seguintes:

2. ALMOXARIFADO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO

Item S N NA EA A

2. Os arredores do edifício, instalações, muros, estão limpos? 2.a.2 X R

5. Estão adequadas as condições físicas/estado de conservação do almoxarifado, estrutura, paredes e tetos?

2.a.5 X R

10. As paredes internas do almoxarifado estão bem conservadas? 2.b.4 X R

13. Os tetos do almoxarifado estão em boas condições gerais (gretas, rachaduras, goteiras e pintura descascando)?

2.b.7 X R

16. A qualidade e a intensidade da iluminação são adequadas? (atendem os quesitos de qualidade e de segurança no trabalho)

2.c.1 X R

17. A ventilação do local (almoxarifado e dependências) é adequada? 2.c.2 X R

21. A temperatura do almoxarifado é controlada e registrada? (ver registros na inspeção)

2.c.6 X R

6. PRODUÇÃO Item S N NA EA A 11. Há procedimentos escritos sobre a forma de proceder, caso necessário modificar a fórmula padrão?

6.a.1.3 X R

12. A fórmula padrão contém nome, forma, concentração e prazo de validade do produto? 6.a.1.4 X R

19. Há exigência de anexar à Ordem de Fabricação (OP) os registros gráficos de temperatura, pressão e umidade, quando o processo requer o controle dos mesmos?

6.a.1.9 X R

21. Há calculo do rendimento real obtido nas diversas etapas de fabricação e relação com o rendimento teórico?

6.a.1.11 X R

Ordem de fabricação Áreas de Pesagem e Medidas 43. Nessas etiquetas consta o nome do produto a que se destina o insumo? 6.b.11.1 X R

45. Consta o número do lote do produto? 6.b.11.4 X R 53. Há sistema de exaustão na área de pesagem e medição? 6.b.14 X R

Áreas Produtivas Condições externas 62. O edifício está em bom estado? 6.c.1.1 X R

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113

7. FABRICAÇÃO DE PRODUTOS SÓLIDOS E SEMI-SÓLIDOS

Item S N NA EA A

42. Existem registros de limpeza, fixados a cada recipiente e a cada máquina? 7.42 X R

8. PRODUTOS LÍQUIDOS Item S N NA EA A 33. A relação entre os rendimentos teórico e real é verificada freqüentemente? 8.33 X R

34. A existência de qualquer discrepância é justificada por escrito?

8.34 X R

9. ENVASE Item S N NA EA A 36. É verificada a relação entre o rendimento teórico e o real (no processo de envase)? 9.36 X R

37. Se houver discrepância, ela é justificada por escrito? 9.37 X R

11. CONTROLE DA QUALIDADE Item S N NA EA A 19. Está definido o período de retenção dessas amostras (MPs)?

11.19 X R

22. Existe um procedimento escrito detalhando a data de reanálise das matérias-primas?

11.22 X R

A partir desse levantamento foi traçado um plano de ação para cumpri-los, e o mesmo está

esquematizado no Quadro 14.

A próxima etapa foi a apresentação dos resultados da Auditoria interna, realizada pela

pesquisadora e um representante da Garantia da Qualidade da empresa para a alta

gerência e colaboradores.

A sugestão foi a implantação do programa de PmaisL vinculada ao cumprimento dos

quesitos recomendáveis, versados no roteiro proposto dentro do Manual de BPF&C do setor

de HPPC. Após o aceite, foi ministrado palestras sobre BPF&C e Produção Mais Limpa

para as partes interessadas, incitando a sensibilização e promovendo conhecimento sobre

os programas.

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dos?

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A seguir foi criado o eco-time que identificou o que poderia ser feito em relação aos dados já

coletados com a Auditoria e a estratégia de vinculação com a PmaisL. Com a discussão

entre o grupo e o pesquisador, verificou-se que ao deparar com esses resultados, as

mesmas poderiam ser direcionadas em oportunidades de PmaisL. Antes de colocarmos o

plano de ação em prática, a discussão com o grupo de trabalho chegou as seguintes

propostas, apresentadas no Quadro 15.

QUADRO 15 – OPORTUNIDADES EM PmaisL VINCULADAS AS BPF&C Itens do check-list Oportunidades em PmaisL

2.a.2, 2.a.5 e 6.c.1.1

Os itens referem-se à apresentação estética da infraestrutura externa da empresa e os pontos levantados podem representar uma oportunidade em serviços, sendo o cartão de visita para conquistar novos clientes e manter os cativos. As sugestões dentro da PmaisL são: conservar com reformas periódicas, arborizar os arredores ou manter a já existente com o aval da prefeitura, intimidar pichadores e incentivar grafiteiros até financeiramente ou outro tipo de bônus, com “muros” para expressão artística sobre a área de atuação da empresa.

2.b.4, 2.b.7, 2.c.1 e 2.c.2

A infraestrutura interna do almoxarifado deve ser organizada e racional para possibilitar a sua manutenção, garantindo a segurança do colaborador e prezando pela qualidade das MPs, insumos e produto acabado. As oportunidades em serviços na PmaisL pode figurar em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação, projetar a reciclagem da água (reuso) para limpeza geral e a captação/utilização da energia solar como uma das fontes geradoras de energia.

2.c.6 Referente ao controle de temperatura em áreas delimitadas para armazenagem de MP termoexigentes, onde a utilização de um termo-higrômetro é necessária para medir as variações temperatura e umidade e/ou até mesmo, a instalação de um ar-condicionador e desumidificador para garantir a estabilidade. A oportunidade em processos dentro da PmaisL, se baseia em registrar estas variações diárias de temperatura e umidade para diminuir o risco de não conformidade nas MPs resultando em produtos retrabalhados ou até mesmo descartados.

6.a.1.3 Redigir procedimentos operacionais padrão de todas as possibilidades que possam ocorrer aplicando ações corretivas e principalmente, treinar colaboradores para executar tais ações pode refletir em uma oportunidade em PmaisL para prevenir descartes de produtos fora do padrão da qualidade. Na PmaisL está etapa poderia ser evitada se o desenvolvimento do produto e qualificação dos fornecedores fosse mais efetivo, evitando possíveis retrabalhos, influenciando na adaptação temporária da fórmula padrão.

6.a.1.4 São dados importantes dentro da PmaisL para a produção se organizar quanto à disponibilidade dos equipamentos, embalagens, rótulos e impressão do número de lote e prazo de validade, evitando perda de tempo e possíveis trocas de produtos.

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL

6.a.1.9 São variáveis importantes para o Controle e Garantia da Qualidade para produzir lotes padronizados e prevenir não conformidades durante o processo. A oportunidade em PmaisL está em criar fichas de Controle Estatístico de Processo (CEP) anotando essas variáveis e anexar na OP, juntando o maior número de informações sobre o produto facilitando a sua rastreabilidade.

6.a.1.11, 8.33, 8.34, 9.36 e 9.37

Esse item se refere ao balanço de massa desejado dentro da PmaisL. Traçar esse fluxograma listando as entradas e saídas, bem como calcular o seu rendimento, serve de mapa ou guia para direcionar as possibilidades de PmaisL dentro do sistema produtivo.

6.b.11.1 e 6.b.11.4

Esses itens se referem à etiqueta gerada na área de pesagem identificando a MP, seu destino, n° de lote, quantidade medida e o nome do colaborador que efetuou tal medição com sua rubrica confirmatória. Essa etiqueta faz parte de um dos anexos da Ordem de Fabricação (OP) para facilitar a identificação e rastreabilidade do produto, identificando possíveis não conformidades e prevenindo retrabalhos e descartes desnecessários, dentro da oportunidade de PmaisL.

6.b.14 Necessário, caso as MPs utilizadas sejam particuladas ou voláteis para evitar contaminação cruzada e intoxicação acidental do(s) colaborador (es) envolvidos com a área de pesagem. A oportunidade em PmaisL está em evitar acidentes ocupacionais e contaminantes no processo com a instalação de euxastores nas balanças e nas demais áreas de medição.

11.19, 11.21 (já praticado) e 11.22

Os itens referem-se, respectivamente, a retenção de amostras de MPs, produtos acabados e à reanálises para validar as condições de armazenagem das mesmas. A oportunidade em PmaisL consiste em obter dados para a análise de variáveis que possam influenciar na qualidade e eficiência do processo produtivo a partir desses insumos, criando vínculos para a identificação e rastreabilidade no sistema.

O mesmo foi feito com as questões que exprimem os quesitos recomendáveis já cumpridos

pela empresa para identificar as oportunidades em PmaisL e verificar se a mesma já pratica

tais atitudes pró-ativas (Quadro 16), mesmo não as reconhecendo como potencial

econômico e ambiental.

QUADRO 16 – OPORTUNIDADES EM PMAISL EVIDENCIADAS NA EMPRESA

Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 2.a.6, 6.c.2.23, 6.c.2.25, 6.c.2.29 e 6.c.2.31

A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está na organização física do almoxarifado, deixando-o com corredores de livre circulação para a segurança do colaborador em caso de incêndio. Esta atitude é bem vista e desejada em empresas contratantes que possuem certificações em BS8800/SA 8000 ou que possuem programas de responsabilidade social.

Sim

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 2.b.3 A facilidade na limpeza reflete na inexistência de

rodapés/cantos vivos na junção piso-parede e na qualidade do impermeabilizante aplicado no piso por empresa especializada. Qualificar fornecedores / prestadores de serviço para executar tais adaptações, além de promover treinamentos sobre ergonomia/postura laboral para os colaboradores envolvidos na limpeza, podem figurar oportunidades em serviços de PmaisL.

Não, porque falta treinamento

2.c.9, 2.c.10 e 6.c.2.20

Os itens são referentes ao controle de pragas. A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está em criar um procedimento operacional padrão no combate e prevenção a infestações, treinar 1 a 3 colaboradores para monitorar a atividade e validar anualmente este procedimento com uma empresa autorizada pela ANVISA / VISA para exercer esta atividade. Realizando este controle, há garantias de manter a integridade de MPs, insumos e produtos acabados, bem como a saúde dos colaboradores.

Sim

2.c.13 a 2.c.18

Os itens referem-se à infraestrutura oferecida aos seus colaboradores, de modo a propiciar condições de bem-estar aos mesmos. A oportunidade em PmaisL está em disponibilizar nestes locais, cartazes sobre modo correto de lavar as mãos, vestir o uniforme e os EPIs, saúde ocupacional, reciclagem na empresa, dicas de consumo sustentável, dispor de lixeiras definidas sobre a natureza do resíduo (metal, vidro, etc.) no salão-restaurante e em pontos de circulação. É um modo de promover indiretamente uma educação laboral baseada no desenvolvimento em Humanware da empresa, focando os serviços em PmaisL.

Parcialmente, pois falta programa de

reciclagem

2.c.19.1 Dispor de uniformes e EPIs para os colaboradores é função da empresa para garantir a segurança pessoal, o processo produtivo e o produto final. A oportunidade em PmaisL está em oferecer n° de uniformes e EPIs suficientes para que os seus colaboradores o mantenham sempre limpos e em perfeitas condições. Com isso, indiretamente, não melhora só a imagem da empresa quando há visitas de clientes e fornecedores ou auditorias externas, faz parte na diminuição de ocorrências e não conformidades em serviços envolvendo processos e produtos.

Sim

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 2.c.26, 2.c.29, 2.f.1 e 6.b.1

A logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa não é só uma oportunidade em PmaisL, mas de todas as ferramentas da qualidade. Em PmaisL este item indiretamente representa a qualidade em serviços, prevenindo misturas acidentais durante a distribuição, armazenamento e expedição, evitando passar uma imagem negativa para seus clientes.

Sim

2.d.10, 2.d.12, 2.d.15 e 6.b.17

Esse item se refere à identificação da MP pelo fornecedor oferecendo no rótulo dados relevantes sobre a mesma. O prazo de validade, seja inicial ou proveniente de uma reanálise, expresso no rótulo é fundamental para os colaboradores organizarem a distribuição para a área de pesagem de acordo com o sistema adotado pela empresa. A oportunidade em PmaisL está organizar as sessões desses insumos no sistema FEFO (First expired, first out – Primeiro a expirar, primeiro a sair), evitando descartar MP vencidas sem uso.

Parcialmente, pois se pratica o FIFO (First in, First Out)

2.e.1 Muitas vezes não dada à devida importância, realizar uma inspeção inicial nas embalagens verificando notas fiscais e laudos técnicos e apontando compatibilidades de informações são oportunidades em PmaisL que refletem indiretamente no produto final, evitando descartes ou inviabilidade de embalagens no momento da produção.

Sim

2.f.3 a 2.f.7 As oportunidades em PmaisL, nesses itens, estão em criar fichas de controle de entrada e saída de produtos acabados rotulados com o maior número de dados relevantes, para garantir a distribuição de forma ordenada, respeitando o sistema FIFO, neste caso válido por respeitar o prazo de validade de acordo com o número de lote interno da produção; ordenar as caixas ou fardos de forma segura aos produtos e aos colaboradores que circulam pelo almoxarifado; em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes e; aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação.

Sim

2.f.11 a 2.f.12.2

A oportunidade em PmaisL está em controlar os registros de equipamentos em funcionamento que garantam a segurança dos colaboradores e da infraestrutura funcional da empresa, realizando manutenção preventiva e corretiva dos mesmos, prevenindo acidentes.

Sim

Continua

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119

Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 2.f.16 Esse controle é uma das ferramentas-chave dentro da

PmaisL quando nos referimos a controle de gastos no sistema produtivo. Com essa coleta de dados, existe uma organização para aquisição de novos insumos baseados em se trabalhar com o estoque mínimo e diminuindo o espaço de armazenamento dos mesmos, de acordo com a filosofia do “Just in Time” e na emissão de novas ordens de produção, que indiretamente medem o consumo de massa e energia do sistema.

Não, porque falta planejamento nesse sentido.

2.f.18 Esse controle dentro da PmaisL serve de ferramenta para os serviços prestados pela empresa aos seus clientes, organizando um cronograma de entrega e distribuição nos pontos de venda, quando for o caso, facilitando o trabalho do departamento comercial dos stakeholders (partes interessadas).

Sim

3.5, 3.7, 3.8, 3.9, 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.7, 4.7.1, 4.9 e 4.10

Tanto a devolução quanto o recolhimento dos produtos, não é previsto dentro da PmaisL quando o programa está validado, visto que tais ocorrências não acontecem, pois foram prevenidas na fonte. Se não for o caso, é desejável que a empresa implante um sistema de Cosmetovigilância e que seu serviço de atendimento ao consumidor seja efetivo. A oportunidade em PmaisL está em implantar esse departamento de SAC baseado no sistema de Cosmetovigilância, prestando serviços de utilidade e qualidade aos clientes e/ou consumidores.

Parcialmente, pois o SAC existe e a

Cosmetovigilância fica sob

responsabilidade do contratante

5.a.2, 5.a.5, 5.a.10, 5.b.1.3, 5.b.1.4, 5.b.1.11, 5.b.1.15, 5.b.2.4 e 5.b.2.13

A oportunidade em PmaisL é traçar todo o sistema de provimento de água da produção, garantindo sua quantidade e qualidade deste a fonte geradora até o produto final, no caso a água purificada. Desse modo torna-se fácil diagnosticar e prevenir falhas na distribuição de água. O controle realizado dentro da PmaisL está baseado no treinamento de um ou mais colaboradores responsáveis pela operação e manutenção do sistema para garantir a qualidade da água potável, a realização e validação da limpeza da caixa d’água, em obter a água deionizada, desmineralizada ou destilada (de acordo com a necessidade de produção) atestando sua pureza química e microbiológica.

Sim

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 6.1, 6.3 e 6.4 É a oportunidade de PmaisL em serviços envolvendo o

Departamento de Recursos Humanos da empresa. Assegurar a saúde ocupacional do colaborador e oferecer treinamentos periódicos sobre BPF&C ou a cada novo procedimento operacional implantado resulta em melhorias dentro do Humanware que obviamente reflete no Hardware/Software no sistema produtivo, evitando acidentes e aumentando o desempenho de produtos e processos.

Sim

6.a.1.4 São dados importantes dentro da PmaisL para a produção se organizar quanto à disponibilidade dos equipamentos, embalagens, rótulos e impressão do número de lote e prazo de validade, evitando perda de tempo e possíveis trocas de produtos.

Sim

6.a.1.7 Dentro da PmaisL é importante ter o maior número possível de colaboradores treinados nas áreas de atuação da empresa para participar ou fornecer dados ao ecotime para efetivar a implantação do programa na empresa. Verificar e executar a limpeza dos equipamentos pode gerar uma oportunidade em PmaisL no consumo e reuso da água, como também estudar a utilização de sanitizantes mais efetivos e menos impactantes para o meio ambiente.

Parcialmente, pois o foco “reuso da

água” não foi cogitado antes dessa coleta de

dados

6.b.6, 7.29, 11.7, 11.8, 11.10 e 11.11

Esse item se refere a(s) balança(s) e recipiente(s) de medida que devem ser calibrados periodicamente por empresas certificadas por órgãos fiscalizadores como o INMETRO. Dentro da PmaisL, a oportunidade está em realizar também calibrações internas que assegurem a precisão dos equipamentos e ferramentas de medição, programando assim a manutenção preventiva e corretiva dos mesmos.

Parcialmente, pois a calibração interna não é

realizada.

6.b.16 A oportunidade em PmaisL está em evitar contaminantes no processo com uma antessala para lavagens dos utensílios eliminando as chances de misturas acidentais do material dessa área com as demais do processo produtivo. Caso não seja possível criar essa antessala, os utensílios devem possuir identificação da área da qual pertencem e devem ser higienizados separadamente dos materiais das demais áreas.

Sim

6.b.21 As oportunidades em PmaisL estão na instalação de euxastores com sistemas filtrantes, se for o caso, nas áreas de medição e pesagem, adquirir MPs com alto grau de pureza e baixa volatilidade que indiretamente irão gerar resíduos com baixo impacto ambiental, quando possível reutilizar a água de lavagem dos utensílios para limpeza geral, dispondo assim a menor quantidade de resíduos e efluentes para o meio ambiente.

Parcialmente, pois o foco “reuso da

água” não foi cogitado antes dessa coleta de

dados.

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 6.c.2.2 Redigir um Procedimento Operacional Padrão sobre

Controle de Processos acompanhado de Instruções de Trabalho descrevendo o modo, material utilizado, rotina e frequência da limpeza dos locais de produção é desejável e encontra uma oportunidade em PmaisL, figurando em uma atividade o menos impactante possível para o meio ambiente, gerando o mínimo de efluentes decorrentes dessa atividade.

Parcialmente, pois o foco “impacto

ambiental do processo” não foi

cogitado antes dessa coleta de

dados.

6.c.2.7 e 6.c.2.14

Os itens acima se referem à infraestrutura oferecida aos seus colaboradores, de modo a propiciar condições de bem-estar aos mesmos. A oportunidade em PmaisL está em disponibilizar cartazes sobre modo correto de lavar as mãos, vestir o uniforme e os EPIs nos banheiros e vestiários; afixar acima do bebedouro, laudo de análise físico-química e microbiológica das águas que os abastecem; dispor nas áreas de circulação, cartazes sobre saúde ocupacional, reciclagem na empresa, dicas de consumo sustentável e distribuir lixeiras definidas sobre a natureza do resíduo (metal, vidro, etc.), nas áreas de produção e convivência. É um modo de promover indiretamente uma educação laboral baseada no desenvolvimento em Humanware da empresa, focando os serviços em PmaisL.

Parcialmente, pois o foco “reciclagem”

não foi cogitado antes dessa coleta

de dados

6.c.2.32, 6.c.2.34, 6.c.2.36, 7.13, 7.21 e 7.22

A infraestrutura interna da área de produção deve ser organizada e racional para possibilitar a sua manutenção, garantindo a segurança do colaborador e prezando pela qualidade do produto acabado. As oportunidades em serviços na PmaisL pode figurar em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação, projetar a reciclagem da água (reuso) para limpeza geral e a captação/utilização da energia solar como uma das fontes geradoras de energia.

Parcialmente, pois o foco “reuso da

água” não foi cogitado antes dessa coleta de

dados.

7.5 A oportunidade em PmaisL está em promover uma sensibilização proporcionando ciclos de palestras e treinamentos periódicos sobre a importância dos uniformes e EPIs para uso interno na unidade fabril e as implicações em utilizá-los em ambiente externo, acarretando em contaminações químicas e microbiológicas tanto do usuário como do produto acabado.

Sim

Continua

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122

Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 7.25 e 7.26 A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está na

organização física da área de produção, para a fabricação e para a livre circulação dos colaboradores deixando corredores de acesso para a segurança dos mesmos em caso de incêndio. Devem existir treinamentos periódicos oferecidos pelo Departamento de Recursos Humanos em parceria com a Brigada de Incêndio sobre a correta utilização dos extintores e planos de fuga em casos de incêndio de difícil controle. Esta atitude é bem vista e desejada em empresas contratantes que possuem certificações em BS8800/SA 8000 ou que possuem programas de responsabilidade social.

Sim

7.33 Item referente à identificação de todos os utensílios, recipientes e equipamentos por etiquetas com dados referentes ao produto produzido. A oportunidade em PmaisL está em adotar essa medida de identificação para diminuir as ocorrências de não conformidades, reduzindo o número de variáveis possíveis dentro da ocorrência.

Sim

7.35 Item referente à limpeza e conservação de utensílios e recipientes utilizados nessa área. A oportunidade em PmaisL em adotar essa medida de identificação está em minimizar o risco de contaminação entre os processos e produtos, usando os mesmos para o monoproposito.

Sim

7.38, 7.40 e 7.41

Itens referentes à realização de Controle Estatístico do Processo. A oportunidade em PmaisL está em verificar o maior número de variáveis no processo e controlar esses parâmetros a cada lote produzindo garantindo a uniformidade do produto, criando fichas para captar essas informações. Não só o Controle de Qualidade, mas a Garantia da Qualidade devem acompanhar as medições e prever possíveis desvios que requerem manutenção no processo.

Sim

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 7.42, 7.47, 7.52, 7.53 e 7.54

Nessas áreas, recomenda-se que a limpeza seja feita por aspiração, no caso da produção de pós. A limpeza de utensílios, recipientes e equipamentos onde os resíduos são de difícil remoção com água e sanitizantes comuns à produção podem ser realizados, utilizando solventes orgânicos de baixo impacto ambiental em um sistema denominado “em contracorrente”, que funciona da seguinte maneira: os componentes a serem limpos são primeiramente mergulhados no solvente mais sujo, passando depois a outro tanque com solvente um pouco menos saturado e assim gradativamente, até que o último enxágue da peça seja feito com solvente “limpo”. De maneira geral, este procedimento minimiza consideravelmente o consumo e o descarte de solvente sujo, visto que apenas a partida mais contaminada é descartada. Os solventes saturados podem ser revendidos para recuperadoras de solventes. Aconselha-se verificar as instalações e a situação legal dessas empresas frente aos órgãos ambientais locais, antes que seja adotada essa medida (CETESB, 2003).

Parcialmente, pois não há

recuperação do solvente.

A programação da empresa em se

tratando de cosméticos

coloridos é de acordo com a tonalidade, do

mais claro para o mais escuro, e também há um

rodízio de sanitizantes de baixo impacto

ambiental utilização para a

assepsia dos utensílios e

equipamentos. 8.2, 8.11, 8.18, 8.19, 8.21, 8.22, 8.26, 8.32

Todas as sugestões citadas para oportunidades em PmaisL na produção de sólidos e semi-sólidos são aplicadas também na produção de líquidos. A presença de exaustores ou de sistemas “enclausurados” para a produção de artigos de perfumaria cabe na mesma sugestão. A limpeza de recipientes, utensílios e equipamentos são menos impactantes pela própria natureza das MPs utilizadas. Outras oportunidades em PmaisL que podem ser aplicadas são a utilização de um sistema móvel e compacto de CIP (Clean In Place) que é deslocado para junto dos tanques a serem limpos, e também o chamado sistema de múltiplo uso, no qual a solução de limpeza é reutilizada por vários ciclos antes de seu descarte. Há economia no volume de água usado, no consumo dos produtos químicos (detergentes e sanitizantes), na geração de efluentes e de resíduos.

Não, porque não há um sistema de

exaustores instalados na

empresa.

9.2, 9.3, 9.13, 9.17, 9.18, 9.22, 9.23, 9.25 e 9.26

Todas as sugestões citadas para oportunidades em PmaisL na fabricação também tem a mesma aplicabilidade na área de envase. Como sugestão adicional está na utilização de tanques-pulmão de fundo móvel para armazenamento e transferência de produtos diminuindo os riscos de contaminação ou de perdas de produto, com os correspondentes impactos ambientais. O fundo é acionado por gás (nitrogênio ou ar comprimido) e funciona como um êmbolo. Ocorre então o escoamento total do produto, o que proporciona o esgotamento do conteúdo do tanque e a eliminação da etapa de limpeza.

Não, o sistema produtivo não está planejado de forma

cíclica e enclausurada para diminuir ao máximo

o impacto ambiental do

processo.

Continua

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Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 9.39 A oportunidade em PmaisL desse item está em usar as

embalagens e o excesso do produto que não entraram no processo de envase para os próximos lotes desde que mantidos os padrões de reprodutibilidade, evitando assim descartes desnecessários. Isso é possível desde que haja condições de segurança e higiene na área de armazenamento de insumos e de semi-acabados respectivamente, para armazenar esses subprodutos. Caso não seja possível o seu reaproveitamento na produção, verificar a utilização das embalagens em outras etapas do processo como recipientes e o produto residual ser pesado e descartado de forma segura, gerando um boletim de não conformidade para referência de dados na próxima produção, verificando os dados de rendimento e eficiência na produção.

Sim

10.5 Em PmaisL este item representa a qualidade e a reutilização de materiais em processos, prevenindo misturas acidentais durante a produção, evitando transtornos e desperdícios. Ter um colaborador responsável por essa tarefa facilita o cumprimento dessa oportunidade.

Sim

11.2 e 11.3 A logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa não é só uma oportunidade em PmaisL, mas de todas as ferramentas da qualidade. Em PmaisL este item representa a influência de aplicação de métodos e capacitação de colaboradores, independentes fisicamente do espaço, mas de total interação funcional com a área da produção, na busca da qualidade em processos, prevenindo não conformidades durante a produção, evitando retrabalhos e desperdícios.

Sim, pois o laboratório de CQ

está localizado próximo a

atividade vital da empresa

12.2 e 12.5 A Garantia da Qualidade é um departamento independente da empresa que rege e interage com os demais departamentos visando à qualidade total em serviços, produtos e processos. É o departamento responsável por implantar ferramentas da qualidade como as BPF&C isolada ou vinculada a outras como a PmaisL como são o objeto de estudo. Dada importância, é primordial que o programa seja o mais claro possível e exaustivamente divulgado a todos os colaboradores pertencentes aos mais diversos níveis hierárquicos da empresa.

Sim

Continua

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125

Itens do check-list Oportunidades em PmaisL Já pratica na

unidade fabril? 12.7, 12.8, 12.9, 12.11 e 12.12

Em conjunto com o Departamento de Recursos Humanos, a Garantia da Qualidade pode e deve solicitar treinamentos periódicos sobre BPF&C, ferramentas da qualidade ou a cada novo procedimento operacional implantado, resulta em melhorias dentro do Humanware que obviamente reflete no Hardware/Software no sistema produtivo, evitando acidentes e aumentando o desempenho de produtos e processos. O sucesso da implantação da PmaisL como de qualquer outra ferramenta da qualidade está na sensibilização dos colaboradores pertencentes a diversos níveis hierárquicos da empresa, a partir de treinamentos e ciclos de palestras, definindo um ecotime com representantes de todos os departamentos que possam levantar indicadores e traçar as oportunidades, além de servirem como multiplicadores, repassando seus conhecimentos à equipe no qual está inserido.

Sim

12.13 e 12.14

As auto-inspeções e seus respectivos registros são ferramentas dentro da PmaisL para captar oportunidades e traçar metas de ação para a efetivação do programa.

Parcialmente, só focando as BPF&C

12.16 e 12.17

Esses registros garantem a qualidade em serviço prestado não só dentro da PmaisL, mas em qualquer outro tipo de ferramenta que prioriza a qualidade. Trata-se de um histórico para referências a futuras produções, evitando cometer os mesmos erros do passado.

Sim

Com todos esses dados coletados, foi verificado que das 38 oportunidades traçadas para

um direcionamento em PmaisL, 23 delas (correspondendo a 60,5%), a empresa já praticava

mesmo desconhecendo o programa até o momento.

Outras oportunidades foram apontadas e verificou-se que seria possível a sua adoção, pois

já praticam de modo parcial. Somente em 4 oportunidades, não houve um direcionamento

em PmaisL, pois o foco de impacto ambiental no processo é mais marcante nessas

questões e a empresa não adota de forma efetiva.

A partir desses resultados foi qualificado em ordem de prioridade e isento de ônus, as ações

a serem praticadas para o cumprimento dos quesitos necessários, recomendáveis e o seu

direcionamento em PmaisL, respectivamente.

Enquanto a alta gerência e os demais colaboradores uniram esforços para cumprir os

quesitos necessários, a pesquisadora e o eco-time traçaram o fluxograma do processo,

(Figura 23), com suas entradas e saídas apontando todos os impactos ambientais

evidenciados na empresa, esquematizou-se a rota de cada família na unidade fabril,

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analisou as ordens de produção de dois produtos representativos das famílias produzidas28

e apontou as oportunidades de PmaisL (Figura 24) que poderiam ser adotadas em conjunto

com o cumprimento dos quesitos recomendáveis.

FIGURA 23 - FLUXOGRAMA DE ENTRADA E SAÍDA DA NOBILE COSMÉTICOS (Adaptado de CETESB / ABIHPEC, 2003) NOTA: As cinco famílias estão representadas nas etapas do misturador e tanque de armazenagem 28 Os resultados dessa análise não serão apresentados nesse trabalho devido à preservação de sigilo da fórmula padrão do contratante firmado pelo contratado.

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FIGURA 24 – OPORTUNIDADES EM PmaisL VINCULADAS AS BPF&C EVIDENCIADAS NA NOBILE COSMÉTICOS (Adaptado de CNTL, 2003)

Quando os envolvidos chegaram à etapa do cumprimento dos quesitos recomendáveis, a

pesquisadora e o ecotime apresentaram os resultados e como sugestão, propôs as opções

viáveis e a mesma foi aceita em sua totalidade, priorizando adotar o programa de PmaisL

em busca do nível 3, promovendo a reciclagem externa de estruturas e materiais e no nível

1, em sua escala micro, na visão da Química Verde, atuando na modificação de seu

processo produtivo, substituindo matérias-primas que exigiam altas temperaturas de fusão

por outras menos exigentes e/ou que geravam impactos ambientais na sua obtenção, por

outras com certificações orgânicas ou menos impactantes no ambiente. O plano de ação

está esquematizado no Quadro 17.

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QUADRO 17 – PLANO 5W2H EM OPORTUNIDADES EM PMAISL VINCULADAS AS BPF&C WHAT? WHY? WHEN? WHERE? WHO? HOW? HOW

MUCH? O que Por quê Quando Onde Quem Como Quanto

custa Vender os resíduos

oriundos da embalagem

para a reciclagem

Reduzir impacto

ambiental Gerar fonte

secundária de renda

Mensal Para empresas de reciclagem

Setor de vendas

Mediante contrato

Sem custo

Vender os equipamentos

sem uso ou consumidores

de grande consumo

energético

Reduzir impacto

ambiental Gerar fonte

secundária de renda

Conforme oportunidade da empresa

Para oficinas especializadas

Setor de vendas

Mediante contrato

Sem custo

Substituir o óleo mineral pelo mesmo item de grau de pureza elevada

Reduzir impacto

ambiental Reduzir

consumo de água para

lavagem de equipamentos

Sempre que possível

Na fabricação Setores de P&D, compras

e CQ

Mediante qualificação

de fornecedores

Necessita avaliação

Substituir o óleo de oliva

pelo o mesmo com

certificação orgânica

Reduzir indiretamente

o impacto ambiental

Sempre que possível

Na fabricação Setores de P&D, compras

e CQ

Mediante qualificação

de fornecedores

Necessita avaliação

Realizar balanço de massa e

energia do processo produtivo

Reduzir gastos

Sempre Na fabricação CQ e GQ Planilha de cálculo sobre rendimento

teórico e prático

Sem custo

A intenção da empresa era dar continuidade na implantação do programa, avançando

gradativamente para a escala meso, buscando a eco-eficiência do processo produtivo.

Vislumbrada essa intenção, foram identificados direcionamentos em sustentabilidade

ambiental passando da eco-eficiência para a análise do ciclo de vida do processo, baseado

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no check-list proposto por Lerípio29 (2001). A ferramenta de avaliação G.A.I.A, presente no

anexo C desse trabalho, foi aplicada e chegou-se no seguinte resultado:

CRITÉRIO 1 – FORNECEDORES Sim Não NA Observações 1. As matérias primas utilizadas são oriundas de recursos renováveis?

2. Os fornecedores são monopolistas do mercado? CRITÉRIO 2 – PROCESSO PRODUTIVO a) ECO-EFICIÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO 8. Ocorre a geração de resíduos perigosos durante o processamento do produto?

10. A taxa de conversão de matérias primas em produtos é maior ou igual à média do setor?

15. A organização atende integralmente as normas relativas à saúde e segurança dos colaboradores internos e externos?

b) NÍVEL DA TECNOLOGIA UTILIZADA NO PROCESSO 16. Os produtos produzidos apresentam baixo valor agregado?

17. A tecnologia apresenta viabilidade somente para grande escala de funcionamento?

18. A tecnologia apresenta grau de complexidade elevado?

19. A tecnologia apresenta alto índice de automação (demanda uma baixa densidade de

capital e trabalho)?

20. A tecnologia demanda a utilização de insumos e matérias-primas perigosos?

21. A tecnologia demanda a utilização de recursos não renováveis?

22. A tecnologia é autóctone (capaz de ser desenvolvida, mantida e aperfeiçoada com recursos próprios)?

23. A tecnologia representa uma dependência da organização em relação a algum fornecedor ou parceiro?

c) ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO PROCESSO 24. A fonte hídrica utilizada é comunitária?

28. São gerados efluentes perigosos durante o processo?

29. Os padrões legais referentes a efluentes líquidos são integralmente atendidos?

30. São gerados resíduos sólidos perigosos (Classe 1) durante o processo produtivo?

31. Os padrões legais referentes a resíduos sólidos são integralmente atendidos?

Continua

29 Para maiores informações sobre a ferramenta, consulte a tese de Alexandre de Ávila Lerípio, “G.A.I.A. – Um Método de Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais”, referenciada nesse trabalho.

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CRITÉRIO 2 – PROCESSO PRODUTIVO Sim Não NA Observações c) ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO PROCESSO 34. A matriz energética é proveniente de fontes renováveis?

36. Ocorre a geração de emissões atmosféricas tóxicas ou perigosas?

37. Os padrões legais referentes a emissões atmosféricas são integralmente atendidos?

39. São utilizados gases estufa no processo produtivo?

40. São utilizados gases ozônio no processo produtivo?

41. São utilizados elementos causadores de acidificação no processo produtivo?

42. São utilizados compostos orgânicos voláteis no processo produtivo?

d) INDICADORES GERENCIAIS 43. A organização está submetida a uma intensa fiscalização por parte dos órgãos ambientais municipais, estaduais e federais?

45. Já ocorreram reclamações sobre aspectos e impactos do processo produtivo por parte da comunidade vizinha?

46. Em caso afirmativo, foram tomadas ações corretivas e/ou preventivas para a resolução do problema?

47. Ocorreram acidentes ou incidentes ambientais no passado?

48. Em caso afirmativo, os acidentes ou incidentes foram resolvidos de acordo com as expectativas das partes interessadas?

49. Os acidentes ou incidentes foram documentados e registrados em meio adequado?

51. A eficiência de utilização de insumos e matérias primas é igual ou superior à média do setor?

e) RECURSOS HUMANOS NA ORGANIZAÇÃO 55. A mão de obra empregada é altamente especializada?

57. A criatividade é um dos pontos fortes da organização e de seus colaboradores?

58. Existe uma política de valorização do capital intelectual?

59. A organização oferece participação nos lucros ou outras formas de motivação aos colaboradores?

60. Os novos produtos desenvolvidos possuem longos ciclos de desenvolvimento?

Continua

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131

CRITÉRIO 2 – PROCESSO PRODUTIVO Sim Não NA Observações f) DISPONIBILIDADE DE CAPITAL 62. Existem restrições cadastrais ou legais para a concessão de empréstimos para investimentos em gestão ambiental?

CRITÉRIO 3 – UTILIZAÇÃO DO PRODUTO/SERVIÇO 65. O produto é perigoso ou requer atenção e cuidados por parte do usuário?

66. A utilização do produto ocasiona impacto ou risco potencial ao meio ambiente e aos seres humanos?

67. O produto situa-se em um mercado de alta concorrência?

68. O produto possui substitutos no mercado ou em desenvolvimento?

70. O produto apresenta características de alta durabilidade?

71. O produto é de fácil reparo para aumento da vida útil?

72. O produto apresenta um mínimo necessário de embalagem?

73. O produto, após sua utilização, pode ser reutilizado ou reaproveitado?

74. O produto, após sua utilização, pode ser desmontado para reciclagem e/ou reutilização?

75. O produto, após sua utilização, pode ser reciclado no todo ou em parte?

Embalagem

76. O produto, após sua utilização, apresenta facilidade de biodegradação e decomposição?

77. O produto pós-consumido apresenta periculosidade? Embalagem

78. O produto pós-consumido requer cuidados adicionais para proteção do meio ambiente?

Embalagem

79. O produto pós-consumido gera empregos e renda na sociedade?

Embalagem

Desempenho Ambiental = Total de quadros verdes x 100 = 62,0%

(n° total de quadros – n° de quadros amarelos)

RESULTADO SUSTENTABILIDADE

Inferior a 30% CRÍTICA - VERMELHA

Entre 30 e 50% PÉSSIMA - LARANJA

Entre 50 e 70% ADEQUADA - AMARELA

Entre 70 e 90% BOA - AZUL

Superior a 90% EXCELENTE - VERDE

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O valor encontrado apontou que a empresa nessa situação, com os quesitos necessários e

recomendáveis cumpridos, porém os últimos, não vinculados a PmaisL ainda nesse

momento, apresentou um nível de sustentabilidade do negócio adequada, porém não

segura quanto a sua diferenciação no setor.

Ao se deparar com os resultados obtidos pelos check-lists baseados nas BPF&C,

oportunidades em PmaisL e sustentabilidade do negócio a partir do seu desempenho

ambiental, a pesquisadora propôs ao eco-time, a redação de um novo check-list global,

apresentado no apêndice C desse trabalho, que versa todos os pontos referenciados nos

roteiros isolados, qualificando-os quanto ao seu cumprimento e avaliando em sequência o

desempenho empresarial dentro do setor de HPPC.

4.2. RESULTADOS DA AUDITORIA BASEADA NO CHECK-LIST GLOBAL E A SUA

SITUAÇÃO PERANTE O DESEMPENHO EMPRESARIAL

Após a redação do check-list, os resultados negativos (N) ou em andamento (EA) obtidos na

fase exploratória30 foram copilados abaixo. O mesmo aconteceu, com os resultados obtidos

na fase de avaliação31, mostrando a evolução da estratégia aplicada:

Infraestrutura funcional da empresa S N NA EA A 1. Quanto ao aspecto externo, o edifício, fachadas, construções aparentes, muros da empresa, apresentam bom estado de limpeza e conservação?

R

6. A empresa utiliza como coadjuvante ao uso de energia elétrica, fontes de energia renováveis como a energia solar ou eólica?

PML32

7. A empresa utiliza como coadjuvante ao uso da água de abastecimento, fontes de águas pluviais para utilização da limpeza externa da fábrica, descargas sanitárias e irrigação do solo ou de plantas na fachada ou no escritório (quando for o caso)?

PML

8. A unidade fabril está dividida fisicamente (por paredes ou outro tipo de separação) nos seguintes setores: 8.1. Almoxarifado I

b) Materiais em quarentena I

d) Devolução / Recall I

Continua

30 Fase Exploratória 31 Fase de Avaliação 32 PML: Produção mais Limpa

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Infraestrutura funcional da empresa S N NA EA A 12. A unidade fabril está estruturada e equipada de forma a atender as normas NR-7 (Ergonomia e Saúde ocupacional)?

ST33

15. Há um programa de manutenção preventiva, com seu respectivo registro, dos equipamentos na empresa, como calibração interna, p.ex?

R

16. Realiza-se vistoria e programações periódicas de manutenção e troca de equipamentos para garantir que: a) sistemas de aquecimento e refrigeração estejam instalados e mantidos em ótimos níveis de desempenho?

PML

b) defeitos sejam prontamente comunicados e reparados?

PML

c) o desempenho de todos os equipamentos seja monitorado?

PML

d) inspeções sejam realizadas para assegurar que as condições do processo nos equipamentos estejam o mais próximo possível das especificações do fabricante?

PML

e) equipamentos para substituição sejam selecionados com base no desempenho ambiental (p. ex, baixo consumo de energia, fabricado com componentes duráveis, recicláveis e de fácil substituição), investimento de capital, tempo de operação, custos, eficiência, segurança, custos de manutenção e de exploração?

PML

17. Estão adequadas as condições físicas/estado de conservação e limpeza da unidade fabril, estrutura, paredes e tetos?

R

24. Sempre que possível é utilizado sistemas de limpeza a seco (vassoura, espanador, aspirador, raspador, etc.) para reduzir o uso de água?

PML

25. Na lavagem há um consumo racional de água e produtos de limpeza de forma a minimizar desperdícios?

PML

26. Para aumentar a eficiência da limpeza de superfícies, utensílios e recipientes usa-se métodos alternativos como abrasivos, lavagem contra-fluxo, tanques turbulentos, jateamento por spray de água ou vapor?

PML

30. A qualidade e a intensidade da iluminação são adequadas? (atendem os quesitos de qualidade e de segurança no trabalho)

R

32. Há sensores de presença e/ou temporizadores instalados na empresa para controlar o gasto com a iluminação?

PML

33. A ventilação da unidade fabril é adequada? R Continua

33 ST – Sustentabilidade ambiental

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134

Infraestrutura funcional da empresa S N NA EA A 40. Pode-se desligar a rede de distribuição, quando não exigido, por exemplo, em fins de semana?

PML

41. As tubulações de água, vapor, gás, ar comprimido e eletricidade, estão devidamente identificados?

R

Infraestrutura social S N NA EA A

1. São realizados investimentos sistemáticos em proteção ambiental?

ST

2. A alta administração e o corpo gerencial se mostram efetivamente comprometidos com a gestão ambiental?

ST

3. Existe plano de integração e treinamento para os colaboradores?

N

4. Há uma descrição das funções e responsabilidades de cada cargo ocupado na empresa?

R

5. A mão de obra empregada é altamente especializada?

ST

6. Os colaboradores estão voltados a inovações tecnológicas?

ST

10. Os colaboradores são orientados quanto ao consumo racional de energia como desligar as luzes, aquecedores, ar condicionado e equipamentos quando não estiverem em uso e no final do dia, quando for possível, retirá-los da tomada?

PML

11. A empresa educa e incentiva seus colaboradores a praticar a filosofia dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) em todas as dependências?

PML 12. Há um programa de incentivo aos colaboradores de praticarem atividades físicas dentro ou fora das dependências da empresa?

ST

19. Todos usam equipamentos de proteção individual adequados a atividade do setor?

N

23. Os colaboradores são orientados quanto ao consumo consciente de água, nos banheiros, bebedouros e refeitório?

PML

24. É possível ajustar a saída de água das torneiras ou instalar sensores ou temporizadores de fornecimento nas mesmas?

PML

25. É possível instalar descargas com sensores, dupla descarga ou de baixa descarga nos banheiros?

PML

32. No refeitório há lavadora de louças automática, de baixo consumo de água, e o seu uso é racional?

PML

33. As torneiras são usadas de forma racional (lavagem inteligente, evitar o uso de água corrente para descongelar alimentos, etc.)?

PML

34. Há lixeiras para a coleta seletiva? PML 35. Realiza-se compostagem de material orgânico na empresa como fonte energética ou adubo (se for o caso)?

ST

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135

Controle da Qualidade S N NA EA A

4. Existem procedimentos escritos com a descrição detalhada de amostragem, análise, reanálise e aprovação ou reprovação de matérias-primas, produto semi-acabado, produtos acabados e materiais de embalagem?

N

5. Existem, por escrito, as especificações e os métodos analíticos usados pelo Controle da Qualidade para todas as matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de embalagem?

R

6. Os resultados e anotações das análises são mantidos em registros adequados?

N

8. São efetuados ensaios microbiológicos das MPs e dos produtos acabados (Quando for o caso)?

N

Garantia da Qualidade S N NA EA A

11. São realizadas auto-inspeções periódicas registradas, com o fim de verificar o cumprimento das BPF&C?

R

12. Existe um programa escrito de estudo de estabilidade dos produtos com registros apropriados de condições dos testes, resultados, métodos analíticos usados, condições de conservação das amostras, envase primário, periodicidade de análise e data de vencimento?

N

Materiais (Matérias-primas, embalagens e demais insumos)

S N NA EA A

2. Os documentos usados para a recepção são adequados (laudo técnico e laudo interno padronizado (especificação interna) do material, quando for o caso)?

N

3. Quando de seu recebimento, cada lote de material recebe um número de registro ou outro, quando for o caso?

N

4. Seu emprego/uso é correto, usado para identificar o material até o final de sua utilização?

N

5. Antes da liberação pelo Controle de Qualidade, os materiais permanecem em quarentena e devidamente rotulada como tal?

N

6. A identificação do material, quando for o caso, é documentada, colocando-se o rótulo de aprovado no corpo do recipiente/embalagem que a contém, e não na tampa?

N

Continua

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136

Materiais (Matérias-primas, embalagens e demais insumos)

S N NA EA A

7. Todos os materiais utilizados no processo, sem exceção, são amostradas pelo Controle da Qualidade, de acordo com metodologias/rotinas adequadas e confiáveis? (baseada em monografias oficiais)

N

8. Os materiais já aprovados são etiquetados e transferidos para o almoxarifado correspondente?

N

11. A temperatura do almoxarifado é controlada e registrada? (ver registros na inspeção)

R

14. Os materiais reprovados são devidamente identificados e isolados?

N

15. Existe sistema (planilhas/ERPA) adequado para o controle do estoque?

N

18. Os sacos e vasilhames são totalmente esvaziados? Há sobras?

PML

19. No caso de materiais viscosos, seria possível eliminar perdas residuais nos tambores?

PML

20. Pelo menos metade dos materiais utilizados são oriundos de recursos renováveis?

ST

Fornecedores S N NA EA A

2. É possível programar a compra de materiais na modalidade “a granel” e distribuir os produtos para vários departamentos utilizando caixas de papelão para posterior reutilização ou reciclagem?

PML

5. Os principais fornecedores da organização são certificados pelas normas ambientais ISO 14001 ou de saúde e segurança BS 8800 ou OHSAS 18001?

ST

Produção S N NA EA A

4. Há procedimentos escritos sobre a forma de proceder, caso necessário modificar a fórmula padrão?

R

7. Existem instruções detalhadas de cada uma das etapas de fabricação, setor onde deve ser efetuada e equipamentos a serem utilizados?

N

8. Existe a possibilidade de reformular os produtos, diminuir os seus tamanhos e formato ou alterar os materiais utilizados para gerar menos resíduos?

PML

9. Dentro desse projeto é possível reduzir a quantidade de água presente no produto final?

PML

10. Existe a possibilidade de fabricar uma versão do mesmo produto sem a adição de água (anidro)?

PML

12. Existem procedimentos para limpeza de cada equipamento usado na fabricação de PAs?

N

13. Existem registros das limpezas efetuadas nos equipamentos?

R

Continua

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137

Produção S N NA EA A

14. Existe responsável pela verificação e execução da limpeza dos equipamentos empregados?

R

15. É possível lavar ou limpar os equipamentos sem aditivos, ou produtos baseados em água ou até utilizar alternativas mecânicas ou térmicas, tais como sopro ou decapagem a seco para economizar custos?

PML

16. Nesse processo utiliza-se algum sistema baseado em PIG, CIP ou múltiplo uso, no qual a solução de limpeza é reutilizada por vários ciclos antes de seu descarte?

PML

17. Existe uma padronização dos solventes e agentes de limpeza para minimizar o número de diferentes produtos usados no processo?

PML

18. A escolha está baseada em concentração de sólidos, quantidade de resíduos tóxicos e capacidade reutilização como de biodegradação?

PML

19. É possível recuperar os solventes por filtração ou destilação para posterior reutilização?

PML

20. É possível medir o consumo de água e energia de todos os equipamentos usados no processo?

N

21. Há hidrômetros instalados para medir o consumo de água na atividade-chave ou nas áreas de processo?

PML

22. Há submedidores instalados para medir o consumo de energia na atividade-chave ou nas áreas de processo?

PML

24. Existe um sistema de captação de água residual do processo para sua reutilização?

PML

26. O efluente de um processo pode ser utilizado em outro processo?

PML

27. Se negativo, há técnicas de recuperação e tratamento para reutilizá-lo como água de lavagem de superfícies e/ou de descarga sanitária?

PML

31. Há calculo do rendimento real obtido nas diversas etapas de fabricação e relação com o rendimento teórico?

R

32. A relação entre os rendimentos teórico e real é verificada frequentemente?

R

33. A existência de qualquer discrepância é justificada por escrito?

R

42. É possível indentificar a geração de resíduo na entrada e saída do processo?

PML

44. Existe um procedimento de manutenção preventiva para controle de perdas e minimização da quantidade de resíduos gerado?

PML

45. É possível separar os resíduos na origem, a fim de facilitar a sua reutilização ou reciclagem, reduzindo seu volume final para resíduos não-recicláveis?

PML

Continua

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138

Produção S N NA EA A

47. Se for possível tratá-lo (por troca-iônica, ultrafiltração, osmose reversa ou eletro-diálise), o mesmo ainda possui capacidade útil de retornar para o processo?

PML

Pesagem e medidas de materiais S N NA EA A

3. Após pesagem e/ou medida, materiais são etiquetados imediatamente, a fim de evitar misturas?

N

4. Nessas etiquetas consta o nome e lote do produto e do insumo, a quantidade que foi pesada e/ou medida e o peso bruto?

R

5. Consta o controle de pesagem ou medida do colaborador que pesa com a respectiva assinatura?

R

Fabricação S N NA EA A

3. Os tanques de alimentação de água e linhas de abastecimento de água quente estão isolados termicamente para evitar perdas de calor?

PML

5. É utilizado algum sistema de alimentação automática para minimizar o desperdício?

PML

6. Existe a possibilidade de fechar o processo produtivo transformando-o de linear para cíclico, onde a reciclagem de materiais seja máxima e constante?

PML

7. É possível reutilizar o produto residual do lote anterior como novas unidades para a próxima corrida do mesmo?

PML

9. Existe um planejamento sequencial de produção para equilibrar a geração de resíduos e reduzir cargas de pico nas instalações de tratamento?

N

11. Está estabelecido um procedimento de ação preventiva dentro do controle estatístico de processo para minimizar o desperdício?

PML

Envase S N NA EA A

2. Nas linhas há tanques-pulmão acionados por êmbolos para esgotar o semi-acabado (evitando assim a sua contaminação e pulando a etapa da limpeza)?

PML

12. É possível minimizar a quantidade de embalagens dos produtos fabricados, por exemplo, eliminando a embalagem secundária ou dispondo-a “a granel” para distribuição?

PML

13. As embalagens utilizadas são recicláveis, retornáveis ou reutilizáveis?

PML

16. Na empresa adota-se a separação dos resíduos de embalagens para reciclagem (papel, plástico, vidro, fitas de aço)?

PML

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139

Expedição S N NA EA A

6. Realizam-se inventários periodicamente, dos materiais, insumos e produtos acabados?

R

Clientes S N NA EA A

1. O consumidor tradicional do produto apresenta alta consciência e nível de esclarecimento ambiental?

ST

2. O produto apresenta um mínimo necessário de embalagem?

ST

3. Existe informações nos recipientes e embalagens incentivando os clientes a reutilização ou reciclá-los?

PML

4. É oferecido ao cliente um serviço de “take-back” para recipientes ou embalagens de modo que a empresa possa reutilizar ou reciclá-la?

PML

Desempenho Empresarial = Total de quadros afirmativos x 100

(n° total de quadros – n° de quadros em andamento)

Exploratória =

65%

Avaliação =

79%

RESULTADO COMPORTAMENTO

Inferior a 20% CRÍTICO

Entre 20 e 40% ATENÇÃO

Entre 40 e 70% PATAMAR DE SOBREVIVÊNCIA

Entre 70 e 80% EM BUSCA DA DIFERENCIAÇÃO

Entre 80 a 90% ATITUDES PRÓ-ATIVAS EM PmaisL

Superior a 90% RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Com esses resultados, verificou-se que a estratégia de vincular as BPF&C com o programa de

PmaisL é possível e viável para a realidade das pequenas empresas terceiristas do setor.

Também foi possível identificar que com a vinculação, optando-se em implantar a PmaisL em

escala micro, pode-se pular alguns passos que no segundo momento, ao avançar para a

escala meso, terão que realizá-los.

Mesmo adotando o programa na escala micro, foi possível qualificar a redução do impacto

ambiental.

.

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140

5. CONCLUSÕES

A estratégia de vincular as BPF&C com o programa de PmaisL foi possível pelo Humanware

envolvido no processo, tão valorizado pela metodologia da Pesquisa-Ação e em segundo

plano, no demais métodos de pesquisa. Mesmo sendo tão penalizada no meio acadêmico

pela sua falta de objetividade, com a mesma atingiram-se os objetivos propostos e

responder a questão central desse estudo.

As hipóteses que geraram a questão central foram respondidas, pois quando aplicadas, o

fator Soft/Hardware se encontrou com o Humanware sem gerar inferências, possibilitando

validar os resultados obtidos.

A Nobile foi o campo que possibilitou estudar a implantação da PmaisL vinculadas a

BPF&C. O sucesso dessa estratégia foi em escala micro porque não é necessário quebrar

paradigmas, tão preconizada pelo programa que nasceu na escala meso, da eco-eficiência.

Na segunda etapa será possível avançar com o programa, já em escala meso, na busca da

sua eco-eficiência. O paradigma se dissolve per se, pois a primeira etapa foi concluída com

êxito. Nesse campo de estudo foi redigido com a colaboração do eco-time um check-list

global que pode ser aplicado por qualquer empresa do setor, independente do seu porte,

para avaliar seu patamar de sobrevivência e diferenciação diante das exigências presentes

e futuras em se desenvolver na sustentabilidade. Outros setores como o farmacêutico,

domissaniante e alimentício, podem aplicar a mesma ferramenta, porém substituído as

questões referentes às BPF&C para as concernes de suas áreas.

Apesar da ABIHPEC, CETESB e SEBRAE apoiarem o setor a implantar o programa de

PmaisL em suas unidades fabris, não há uma proposta concreta que afete, sensibilize por

hora, principalmente empresas com as mesmas características da Nobile Cosméticos. Esse

trabalho serve de inspiração que se é possível e se mostra como a opção mais tangível e

promissora para que as pequenas terceiristas do setor de HPPC, busquem o seu

diferencial competitivo, entre as empresas de mesma natureza, possibilitando o

crescimento fabril em alicerces estruturados na busca de sua eco-eficiência e além, a

sua sustentabilidade empresarial.

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Referências: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INDÚSTRIAS DO SETOR DE HIGIENE PESSOAL,

PERFUMARIA E COSMÉTICOS (ABIHPEC). Anuário 2009 – Caderno de tendências do setor. São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.abihpec.org.br/conteudo/ANUARIO

_ABIHPEC _2009_BOOK.pdf. Acesso em: 20. nov. 2010.

________. II Caderno de tendências – 2010/2011. São Paulo, 2010. Disponível em:

http://www.abihpec.org.br/conteudo/caderno_tendencias.pdf. Acesso em: 21. nov. 2010.

________. Panorama do Setor 2010: Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. São

Paulo, 2011. Disponível em: http://www.abihpec.org.br/ conteudo/panorama_do_setor_2010-

2011-14042011.pdf. Acesso em: 18. abr. 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA (ABIQUIM). O Desempenho da Indústria Química Brasileira em 2010. São Paulo. 2011. Disponível em:

http://www.abiquim.org.br/enaiq2010/apr/ desempenho-setor.pdf. Acesso em: 23. fev. 2011.

ALMEIDA, F. O Bom Negócio da Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

208p.

BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). SISTEMA

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ANEXOS

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ANEXO A

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Legislação em

Vigilância Sanitária

PORTARIA Nº 348 DE 18 DE AGOSTO DE 1997.

Determinar a todos estabelecimentos produtores de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, o cumprimento das Diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico - Manual de Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. A Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições legais e considerando: a necessidade do constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, visando a proteção à saúde da população; a importância de compatibilizar os regulamentos nacionais com os instrumentos harmonizados no MERCOSUL; a importância da adoção das Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF e C) pelas empresas fabricantes de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme estabelecido na Res. GMC - MERCOSUL 66/96; a necessidade de instituir e implementar a fiscalização e a inspeção nas Indústrias de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes com base no instrumento harmonizado no âmbito do MERCOSUL - Res. GMC - nº 110/94. Resolve: Art. 1º - Determinar a todos os estabelecimentos produtores de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, o cumprimento das Diretrizes estabelecidas no Regulamento Técnico - Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF e C) para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme o Anexo I da presente Portaria. Art. 2º - Instituir como Regulamento Técnico de Inspeção para os Órgãos de Vigilância Sanitária do SUS o Roteiro de Inspeção para Indústria de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes, conforme o anexo II. da presente Portaria. Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário . MARTA NÓBREGA MARTINEZ ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE PARA PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES 1 - INTRO DUÇÃO Trata-se de um guia para fabricação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes no sentido de organizar e seguir a produção dos mesmos de forma segura para que os fatores humanos, técnicos e administrativos que influem sobre a qualidade dos produtos estejam efetivamente sob controle. Os problemas devem ser reduzidos, eliminados e o mais importante: antecipados. Apesar de limitar-se a formalização do referido aspecto para a fabricação, este guia inspira-se num conceito de Qualidade Total. Este guia: Permite às empresas formalizar seu sistema de garantia da qualidade propondo-lhes uma metodologia a ser seguida. Estabelece uma série de roteiros para as diferentes etapas do processo de fabricação. Descrevem atividades que guiam a garantia da qualidade. Da mesma forma, não deve tornar-se obsoleto, seja por:

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Desenvolvimentos tecnológicos ligados a maquinários, embalagens ou equipamentos de controle. Progressos em processos de fabricação e técnicas de acondicionamento. Evoluções na organização da produção. Cada empresa deverá implementar as práticas de fabricação de acordo com sua realidade, de tal forma que assegurem um nível de garantia ao menos igual ao proposto nestas recomendações. A direção das empresas têm um papel relevante na aplicação destas normas de BPF e C. Estas devem permitir que os recursos humanos, instalações e máquinas assegurem o seu seguimento. DEFINIÇÕES Garantia da Qualidade: Todas as ações sistemáticas necessárias para prover segurança de que um produto ou serviço irá satisfazer os requerimentos de qualidade estabelecidos. Auditoria: Exame sistemático e independente para determinar quais atividades ligadas à qualidade devem modificar-se e se, estes ajustes têm sido efetivamente implementados, quer seja efetuada por pessoal interno ou externo, denominando-se as mesmas de auditorias internas ou auditorias externas. Lote: Quantidade definida de um lote homogêneo de matéria-prima, item de acondicionamento ou produto obtido de uma série de operações. No caso de uma produção contínua, um lote pode ser uma quantidade produzida dentro de um determinado período de tempo. Controle de Qualidade: Operações técnicas usadas para verificar o cumprimento dos requerimentos de qualidade. Especificações: Documento que descreve os requerimentos que um produto ou serviço deve satisfazer. Inventário de Especificações: Coleção de especificações concernentes a um produto, peça ou equipamento, entregues pelo cliente para orientação do fornecedor. Inspeção: Atividades tais como medição, exame, teste no qual se julga uma ou várias características de um produto mediante uma especificação recebida. Instruções de Fabricação: Documento que descreve em detalhes as operações relacionadas a um produto específico. Identificação: Ação ou série de ações que permitem que se assegure o uso da matéria-prima ou componente correto durante a fabricação. Elaboração: Operações que permitem que matérias-primas preparadas através de um processo definido resultem na obtenção de um granel. Fabricação: Operações de natureza técnica necessárias para a obtenção de um determinado produto, assim como qualquer operação econômico-administrativa.. Enchimento/Embalagem: Conjunto de operações pelas quais, a partir do produto a granel e do material de embalagem (incluindo o rótulo), chega-se a um produto final. Material de Embalagem: Cada um dos elementos de acondicionamento que estarão no produto final conforme entrem ou não em contato com o produto, dividem-se em primários ou secundários. Matéria-Prima: Qualquer substância envolvida na obtenção de um produto a granel que faça parte deste na sua forma original ou modificada. Amostragem: Conjunto de operações de retirada e preparação de amostras. Número de Lote: Referência numérica, alfabética ou alfanumérica que identifique um determinado lote. Procedimento: Caminho para realizar uma atividade. O mesmo deve ser formalizado em um documento. Processamento: Toda operação técnica envolvida na produção de um lote. Produto a Granel: Produto que sofreu todas as etapas de fabricação, à exceção do envase e embalagem. Produto Semi-Acabado: Produto obtido a partir de um envase primário, que necessita no mínimo de uma operação posterior antes de ser considerado um produto terminado. Produto Acabado: Produto pronto para ser colocado no mercado. Reclamação: Informação externa que alude um defeito no produto. Registro de Lote: Documentação relativa a uma quantidade bem definida de um produto elaborado ou fabricado. Recolhimento do Mercado: Decisão tomada pela empresa através do qual um produto completo posto no mercado volte para a empresa. Retorno: Movimento de um ou de alguns produtos colocados no mercado, os quais voltam para a fábrica. Sistema da Qualidade: Estrutura organizacional de procedimentos e recursos para implementar a Administração da

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Qualidade. Terceirização: Pessoa ou organização externa da qual se contrata uma ou mais operações . Validação: Ação conduzida para estabelecer e demonstrar que um processo, procedimento, instrumento, aparato ou equipamento conduz necessária e efetivamente ao objetivo requerido. 2. SISTEMA PARA O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE Deve se estabelecer, praticar e manter, um Sistema da Qualidade que se adapte às atividades e natureza dos produtos que uma empresa possui. Em nível de produção consiste de um sistema completo que inclui: estrutura organizacional, responsabilidades, recursos disponíveis, procedimentos e processos. a) Estrutura Organizacional e Responsabilidades: A estrutura organizacional deve estar claramente definida, de forma a compreender a organização e o funcionamento da empresa. Cada empregado deve conhecer sua responsabilidade e ter um lugar definido na estrutura. b) Recursos Referem-se especificamente a: Pessoal: cada empresa deve ter pessoal com conhecimentos, experiência, competência e motivação que seu posto requerer. Fiscalização: a concepção, construção e manutenção devem ser de acordo com as necessidades e normas próprias da atividade. A iluminação, temperatura, umidade e ventilação não devem afetar direta ou indiretamente a qualidade do produto durante sua fabricação ou estocagem. Máquinas e Equipamentos: devem estar dispostos de maneira que o movimento de materiais e pessoas não constituam um risco para a qualidade. Deve-se efetuar manutenção e verificação documentada/validação periódica dos equipamentos e máquinas a fim de que estes realmente sirvam aos propósitos a que estão destinados. c) Procedimentos Cada empresa os fixará em função da natureza de sua produção e da sua estrutura organizacional. Os mesmos devem descrever detalhadamente operações, precauções e medidas a serem aplicadas nas diferentes atividades produtivas. d) Processos Os processos usados em fabricação devem ser verificados documentalmente/validados antes da colocação do produto no mercado. 3. FABRICAÇÃO Em cada etapa da produção devem ser concebidas e serem efetivamente seguidas, medidas no sentido de garantir a segurança do uso do produto. A todo momento deve-se identificar a peça de um equipamento, um instrumento, uma matéria-prima, um material de embalagem, um produto de limpeza ou um documento. Qualquer substância, diferente de uma matéria-prima ou produto a granel, não deverá ser confundida com os itens anteriormente citados, no sentido de evitar contaminação. As empresas poderão efetuar as operações em sua própria fábrica ou recorrer a terceiros. a) Fabricação na Própria Empresa Água: Por sua importância dentro do conjunto de matérias-primas, deve ter atenção particular. Os equipamentos de produção de água, assim como outros sistemas que possam existir, devem garantir uma qualidade de água que assegure, por sua vez, a conformidade do produto acabado. Deve ser passível de proceder-se a sistemas de desinfecção, conforme procedimentos bem definidos. As tubulações devem ser constituídas de forma a evitar corrosão, riscos de contaminação e estancamento. Os materiais devem ser escolhidos de forma que a qualidade da água não seja afetada. Devem ser identificadas as tubulações de água quente, fria, desmineralizada e a vapor. A qualidade química e microbiológica deve ser monitorada regularmente de acordo com procedimentos escritos e qualquer anomalia deve ser seguida de uma ação corretiva. Recebimento de Materiais: A recepção de materiais para produção deve seguir procedimentos estabelecidos, cada despacho deve ser registrado e verificada sua conformidade. Os registros devem conter informação que permita a identificação do produto. A informação pode ser apresentada da seguinte forma: Nome comercial na nota fiscal e nos recipientes.

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Nome dado ao produto pela empresa para facilitar sua identificação/código de controle da empresa. Data de recepção Nome do fornecedor e número de lote Quantidade total e número de recipientes recebidos Devem ser estabelecidos procedimentos internos sobre a identificação, transporte de matérias-primas e material de embalagem. A amostragem deve ser feita por pessoal competente, assegurando que esta seja representativa do lote enviado. Estocagem: Os materiais, assim como o produto acabado, devem ser guardados em condições apropriadas à sua natureza, de forma a garantir uma identificação eficiente do lote, como também uma correta rotação. Deve existir um sistema que evite o uso de material rejeitado, bem como do material que não tenha sido analisado. Para o caso de armazenamento de produto a granel, devem ser estabelecidos procedimentos específicos. Processamento Pesagem de matérias-primas Devem ser identificadas e quantificadas, conforme a fórmula do produto a ser fabricado. Devem ser pesadas em recipientes limpos, balanças aferidas/validadas conforme o peso ou diretamente na cuba de elaboração. Devem ser tomadas as devidas precauções para evitar a contaminação cruzada e guardar todos os recipientes de matéria-prima para evitar qualquer risco de alteração das mesmas. 2. Elaboração As instruções relativas a elaboração devem estar disponíveis no começo do processo. Antes de começar uma nova elaboração deve ser certificado que os equipamentos estejam limpos e em boas condições de operação. Por outro lado não devem existir elementos pertencentes a processos anteriores. Cada produto a ser fabricado deve ser identificado (nome, número) de maneira que em cada etapa do processo, cada operador possa encontrar a referência para continuar os controles necessários. É essencial a existência de uma única fórmula com um modo operativo para uma quantidade e equipamento específico associados a mesma. Pontos importantes que devem ser observados: Maquinário necessário para fabricar Fórmula Tamanho do lote Lista de matérias-primas utilizadas com número de lote e quantidade pesada Método de operação detalhado: seqüências de adição, temperatura, velocidades de agitação, tempos, processo de transferência. Se os processos forem contínuos, as instruções devem ser adaptados a este tipo de processo. Operações de Enchimento/Embalagem Preparação: consiste em identificar os materiais de embalagem e o granel. Enchimento e embalagem: antes do inicio das operações analisar a limpeza correta dos equipamentos assim como a ausência de materiais correspondentes ao enchimento e embalagem. Deve se assegurar que as instruções de embalagem, amostragem e controles estejam disponíveis antes do começo da operação. Os produtos a serem embalados devem estar corretamente/identificados de forma clara e precisa. Distribuição: devem existir procedimentos para a distribuição de maneira a assegurar que a qualidade do produto não seja alterada. Antes de colocar o produto no mercado, deve-se assegurar que cumpre os padrões previamente fixados. b) Fabricação com Terceiros Seja qual for o contrato, para uma fabricação total ou parcial, enchimento e embalagem parcial ou total, todas as operações devem ser claramente definidas para obter o produto de qualidade conforme o padrão. Por isso, entre ambas as partes deve ser feito um contrato em que se definam as responsabilidades de cada uma. A empresa que outorga o contrato: é responsabilidade do titular avaliar a capacidade do terceirista para efetuar uma tarefa e assegurar que conta com facilidades suficientes para executá-la no que diz respeito a locais, pessoal, máquinas e garantia da qualidade. Se for o caso, o titular deverá fornecer ao terceirista todas as informações requeridas por meio de um contrato escrito, detalhando as respectivas responsabilidades.

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O Terceirista: Deve respeitar o preestabelecido, particularmente no que diz respeito aos procedimentos técnicos. Deve facilitar as auditorias que o titular do produto queira realizar para assegurar-se do cumprimento das normas de BPF e C. Procedimentos e especificações: os aspectos técnicos devem ser analisados e aprovados por pessoal competente e treinado em normas de BPF e C. c) Liberação do Produto Acabado Antes de ser colocado no mercado, o produto fabricado pela própria empresa ou por terceiros deve ser aprovado pela Garantia da Qualidade. Esta aprovação deve ser feita mediante um processo claramente definido e documentado. Se o produto for comercializado diretamente a partir do terceirista, os termos de aprovação por parte da empresa contratante e contratada devem estar definidos com precisão no contrato entre as partes e o processo de aprovação de cada lote deve estar devidamente documentado. 4) REQUERIMENTOS PARA A GARANTIA DA QUALIDADE A garantia da qualidade durante a fabricação, envolve quase todas as operações da empresa. Para poder reduzir, eliminar e, o mais importante, prevenir alguma deficiência na qualidade, um conjunto completo de atividades deve ser seguido pelo Departamento de Fabricação e pelos outros ligados a este de forma direta ou indireta. a) Fabricação: os seguintes pontos são relevantes: Participar da implementação respeitando procedimentos e instruções estabelecidas por departamentos competentes. Incentivar o pessoal de fabricação a reportar irregularidades e incidentes de não conformidade. Analisar os desvios de qualidade acompanhados de ações corretivas, melhoria e monitoramento. b) Compras e Abastecimento: Uma das atividades essenciais no Sistema da Qualidade consiste em manejar recursos que vêm de fora da empresa fundamentais para fabricação. Referem-se a: Compra de matérias-primas e componentes, assim como do maquinário para a fabricação. Contratos parciais ou totais de fabricação, como o, de uma empresa especializada . É essencial que as especificações de qualidade exigidas sejam estabelecidas em estreita colaboração com os departamentos envolvidos (Pesquisa e Desenvolvimento, Fabricação, Controle de Qualidade). As responsabilidades para as atividades principais devem ser claramente definidas. Estabelecimento de especificações de matérias-primas, componentes, etc. Aprovação do terceirista e dos fornecedores, para garantir a qualidade. Estabelecimento de condições na relação fornecedor-consumidor (assistência, auditorias). Ter os controles realizados pelo fornecedor ou terceirista assumidas pelo contratante. Estabelecimento de cláusulas contratuais técnicas (como serão feitas as inspeções, critério de aceitação ou rejeição, ações a tomar em caso de não conformidade ou modificações). Outros requerimentos tais como prazo de entrega, instruções ou serviço pós venda se necessário. Documentos de Compras: estes devem conter dados descrevendo claramente o produto, deve também ser definido um procedimento, as responsabilidades concernentes à confecção da ordem de compra, o tipo de informação ou de requisitos a serem mencionados. c) Controle e Manutenção de Equipamentos e Locais: os equipamentos não devem apresentar riscos de contaminação nem danos para os produtos e nem para os trabalhadores. Os locais devem estar limpos e em ordem. O maquinário de produção deve ser desenhado, instalado e mantido de acordo com seus propósitos, de forma a não colocar em risco a qualidade do produto. Deve estar localizados levando em conta o fluxo e ser limpo de acordo com processos definidos. As máquinas devem ser mantidas em boas condições de operação, de acordo com programas pré estabelecidos por departamentos competentes da empresa, ou por um contrato de manutenção. Nas áreas de produção não devem haver pessoas estranhas a mesma. Os produtos de limpeza devem estar claramente identificados, de maneira a nunca entrar em contato com os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Deve existir um registro de todas as operações de manutenção efetuadas nos equipamentos. Para todos os equipamentos de pesagem e instrumentos de medição deverá ser realizada uma calibração

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periódica. d) Elaboração e manutenção dos processos: O departamento responsável pelo desenvolvimento do produto, fórmula e embalagem, fornecerá um processo que leve em consideração as normas de BPF e C. Os processos devem ser bem definidos e testados. Deve ser formalizado um processo de acordo com a natureza do produto, tamanho e estrutura da empresa. Finalmente deve-se verificar a documentação/validação e confirmar que o produto acabado corresponde aos padrões definidos. O processo de verificação da documentação/validação deverá ser atualizado à luz de novas condições de operação. e) Higiene Industrial: Um produto cosmético não pode afetar a saúde do consumidor, não deve sofrer deterioração por nenhum motivo. Um dos fatores que leva a deterioração é a presença ou multiplicação de microorganismos. Para evitar esta condição é essencial respeitar boas práticas de higiene. O risco à contaminação varia de acordo com a natureza do produto; como no caso de, um perfume em relação a uma emulsão que é um meio mais apropriado para o desenvolvimento bacteriano. Portanto, cada etapa produtiva deve contemplar o risco potencial de contaminação. Em todos os setores da fábrica é essencial manter os ambientes, equipamentos, máquinas e instrumentos, assim como matérias-primas, componentes, granéis e produtos acabados em boas condições de higiene. Na fabricação, as diferentes atividades devem ser organizadas de maneira a prevenir, riscos de água parada, pó na atmosfera, presença de insetos ou animais. Os equipamentos de enchimento acondicionamento e embalagem devem ser limpos e desinfetados de acordo com seu desenho e uso. O pessoal deve respeitar as práticas específicas de higiene, seguir instruções de como trabalhar e seguir as operações a que correspondam. Caso haja contaminação, é importante encontrar rapidamente a fonte e a natureza da mesma e saber agir para poder eliminá-la. f) Operações de Controle de Qualidade: entende-se como o conjunto de operações que são seguidas para monitorar a qualidade durante o processo de fabricação. Estas operações podem dividir-se em dois grupos: Controle das matérias primas no início do processo de fabricação e controle final dos produtos acabados. Estas são responsabilidades do pessoal de laboratório. Controle de processo durante a fabricação. É imprescindível que esta responsabilidade seja atribuída ao pessoal de fabricação. Para seguir estas operações de forma eficiente é necessário que, laboratório e pessoal de fabricação, obtenham as seguintes informações: Especificações Métodos de amostragem Métodos de controle Limites de aceitação Independente de até onde se queira envolver o pessoal de fabricação no controle de qualidade, existem alguns requisitos que não podem ser esquecidos: Identificação (nome comercial, código interno) Número de lote e data Equipamento e quantidade fabricada Os resultados devem ser registrados, vistados e usados. Os registros devem ter no mínimo as seguintes informações: Resultado do controle de qualidade e comentários: Decisão clara indicando: Aprovado, Rejeitado, Pendente. Qualquer sistema de registro do controle de qualidade pode ser utilizado, desde que os documentos possam ser consultados rapidamente e encontrem-se em boas condições. Em uma área de acesso restrito devem ser guardadas as amostras de referencia das matérias primas utilizadas em quantidade suficiente por lote, de modo que possam ser controladas eventualmente, assim como também amostras de referencia do produto acabado seguindo os mesmos critérios. g) Capacitação: para assegurar o cumprimento das normas de BPF e C, a empresa deve contar com pessoal com conhecimento, experiência, competência e motivação suficientes. Por isso é essencial verificar as necessidades de capacitação do pessoal, seja qual for seu nível dentro da hierarquia e desenhar um plano adequado para seguí-lo.

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Os cursos de treinamento podem ser realizados pela própria empresa ou por empresas externas especializadas.

h) Documentação: os documentos são indispensáveis para evitar erros provenientes da comunicação verbal. A

administração destes documentos deve seguir um procedimento que indique:

Pessoal responsável pela emissão

Pessoa que o supervisione

Local e sistema de arquivo da documentação

Se houver modificações nos procedimentos, devem ser mencionados os motivos, a data e responsável pelas

modificações. A documentação deve ser revisada regularmente. Na empresa deve existir um inventário atualizado

da documentação existente. Dentre os diferentes tipos de documentação que a empresa deve possuir, destacam-

se:

h.1) Procedimentos:

Amostragem de matérias-primas e material de embalagem.

Processos de fabricação: métodos de enchimento/acondicionamento em embalagem, métodos de inspeção de

máquinas e equipamentos.

Limpeza e desinfecção de máquinas utilizadas durante a fabricação.

Ações a serem seguidas antes do começo de uma operação de produção.

Medidas a serem tomadas e métodos a seguir em caso de não conformidade de matérias-primas, componentes,

graneis, produtos acabados.

Aferição/Calibração de instrumentos de medição.

Reclamações/Devoluções.

Recolhimentos.

h.2) Regras de Fabricação: para uma fabricação adequada, é essencial ter regras precisas para todas as

operações. Estas devem oferecer uma descrição detalhada das operações para elaborar um determinado produto.

Devem ser esclarecidas as regras de processamento e enchimento/acondicionamento para cada produto ou grupo

de produtos.

h.3) Especificações: devem descrever os requerimentos para matérias primas, materiais de embalagem, produtos

a granel, semi-acabados e acabados. As especificações devem conter os seguintes detalhes:

Número interno ou identificação adotada pela empresa.

Requerimentos qualitativos (químico, físico, microbiológico) e quantitativos para aceitação.

Data de possíveis reavaliação de controles.

Referências de metodologia utilizada.

h.4) Rastreamento do lote: Perante um incidente de qualidade deve ser seguida uma investigação eficiente. Para

isto é essencial dispor dos registros sobre os dados de processos e embalagem de cada lote.

Uma correlação entre os documentos de registro, referentes às diferentes operações de fabricação, assim como às

operações de controle de todos os diferentes materiais, deve permitir o rastreamento do lote.

i) Monitoramento e uso dos resultados: para a Garantia da Qualidade é muito importante o uso dos resultados

obtidos na verificação da qualidade. Isto permitirá uma análise de possíveis desvios identificando a sua causa e a

conseqüente decisão de uma ação corretiva.

O monitoramento dos desvios que necessitam de uma ação imediata e a síntese periódica dos resultados obtidos

nas ações empreendidas são dois elementos essenciais em um Sistema da Qualidade. Isto é de responsabilidade

do Departamento de Fabricação e do Departamentos envolvidos na Garantia da Qualidade. Deve haver um

sistema de avaliação de reclamações.

j) Auditoria da Qualidade: deve ser efetuada de forma independente e detalhada, regularmente ou a pedido, por

pessoas especialmente designadas e competentes. Pode acontecer, seja na empresa, em um fornecedor ou em

um terceirista. Deve abranger o Sistema da Qualidade em geral. O objetivo é assegurar a conformidade com o

Regulamento Técnico de BPF e C e definir ações corretivas a serem empreendidas. Quando necessário os

resultados das auditorias devem ser enviados à direção da empresa e comunicados ao pessoal auditado de

maneira que estes possam tomar parte das ações de melhoria. Deve ser dado seguimento ao processo da

auditoria para certificar-se de que as ações corretivas foram seguidas.

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ANEXO B

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REGULAMENTO TÉCNICO

ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA INDÚSTRIA DE PRODUTOS

DE HIGIENE PESSOAL, COSMÉTICOS E PERFUMES

Empresa: ____________________________________________________________________

Nome do inspetor: ___________________________________________________________

1. ADMINISTRAÇÃO E INFORMAÇÃO GERAL

(A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados)

1.1. Qual é a razão social da empresa?

1.2. Com quem foi feito o contato inicial?

1.3. O responsável técnico está presente?

Nome:

1.4. Existe prova de sua inscrição no órgão competente?

1.5. Existe autorização de funcionamento para a empresa, pelo Órgão Sanitário Nacional

competente ?

1.6. A empresa possui autorização de órgãos competentes, para funcionamento, referente a

localização, proteção ambiental e segurança de instalações?

1.7. Foram mostradas as plantas dos edifícios?

1.8. Qual é a superfície do terreno ocupado pela empresa? m2

1.9. Qual o número de funcionários pertencentes à empresa?

1.10 Qual o número de funcionários que está diretamente ligado às operações de produção?

1.11. Foram verificadas as fichas médicas dos funcionários?

1.12. Foi mostrada a lista dos produtos de propriedade da empresa, que estão em comercialização

e a dos que não estão?

1.13. Todos esses produtos estão devidamente registrados no órgão Sanitário Nacional competente?

1.14. Importa matéria-prima ?

1.15. Importa produto acabado ?

1.16. Exporta matéria-prima ?

1.17. Exporta produto acabado ?

1.18. A empresa realiza produção com terceiros?

1.18.1. Existe contrato?

1.18.2. Quais produtos e/ou operações são realizadas em terceiros?

Data ___/___/___

Assinatura Inspetor:

Responsável Técnico:

Responsável Legal:

Empresa:

Nome do Inspetor:

2. ALMOXARIFADO

(A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados)

S N Observação

2.a. Condições Externas

2.a.1. Quanto ao aspecto externo,

o edifício apresenta boa

conservação (isento de

rachaduras, pintura

descascando, infiltrações,

etc.) ?

R

2.a.2. Os arredores do edifício

estão limpos?

R

2.a.3. Existe proteção contra a N

ANEXO II

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entrada de roedores, insetos, aves ou outros animais?

2.a.4. Existem fontes de poluição ou contaminação ambiental próximas ao edifício?

INF

2.a.5. As condições físicas e estado de conservação do almoxarifado, em sua estrutura, paredes e tetos são adequadas?

R

2.a.6. As vias de acesso aos depósitos são adequadas?

R

2.b. Condições Internas (pisos, paredes, tetos)

2.b.1. O piso cumpre os requisitos de higiene e segurança

N

2.b.2. Seu estado de higiene é adequado?

N

2.b.3. É de fácil limpeza? R

2.b.4. As paredes estão bem conservadas?

R

2.b.5. Seu estado higiênico é adequado?

N

2.b.6. As paredes apresentam pinturas que asseguram a manutenção de condições de higiene e limpeza?

R

2.b.7. Os tetos estão em boas condições, isentos de gretas, rachaduras, goteiras e pintura descascada?

R

2.b.8. Seu estado de conservação e higiene é adequado?

N

2.b.9. Os esgotos e encanamentos estão em bom estado?

N

2.c. Condições Gerais

2.c.1. A qualidade e a intensidade da iluminação são adequadas?

R

2.c.2. A ventilação do local é adequada?

R

2.c.3. O setor está limpo? R

2.c.4. As instalações elétricas estão em bom estado de conservação?

R

2.c.5. A temperatura do local é N

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condizente com as condições necessárias de armazenamento de insumos e produtos acabados?

2.c.6. A temperatura do almoxarifado é controlada e registrada? (Verificar os registros no momento da inspeção)

R

2.c.7. Foram notados indícios da presença de roedores, insetos, aves ou outros animais?

INF

2.c.8. Existe um sistema de combate aos mesmos?

N

2.c.9. O sistema ou procedimento é utilizado?

R

2.c.10 Existe um responsável pelo mesmo?

R

2.c.11 Existe equipamento de segurança para combater incêndios?

N

2.c.12 O acesso a extintores e mangueiras está livre?

N

2.c.13 Existem sanitários em quantidade suficiente?

R

2.c.14 Estão limpos? R

2.c.15 Existe um salão restaurante? (dependendo do nº. de funcionários)

INF

2.c.16 Está limpo? R

2.c.17 Existem vestiários em quantidade suficiente?

R

2.c.17.1 Estão dentro do almoxarifado?

INF

2.c.18 Estão limpos e em condições adequadas?

R

2.c.19 Os funcionários estão uniformizados?

N

2.c.19.1 Os uniformes estão limpos e em boas condições?

R

2.c.20 Há necessidade de câmara frigorífica?

INF

2.c.21 Se houver necessidade, existe?

N

2.c.22 A temperatura da câmara frigorífica é controlada e

R

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registrada?

2.c.22.1 Qual é a temperatura no momento da inspeção?

INF

2.c.23 As balanças são calibradas com freqüência?

N

2.c.23.1 Com qual freqüência? INF

2.c.24 As calibrações são registradas?

N

2.c.25 A disposição do armazenamento preserva a integridade dos materiais?

N

2.c.26 Existem áreas ou sistemas, fisicamente separados que garantam a separação de insumos, produtos semi-acabados e produtos acabados?

R

2.c.27 Existem uma área ou sistema que delimite ou restrinja o uso de insumos em quarentena?

N

2.c.28 Existe uma área ou sistema que delimite ou restrinja o uso de insumos reprovados?

N

2.c.29 Existe uma área ou sistema que delimite ou restrinja o armazenamento de etiquetas ou rótulos?

R

2.c.30 Existe local para o armazenamento de produtos inflamáveis e explosivos?

N

2.c.31 Está situado em setor ou área externa?

INF

2.c.32 Oferece condições de segurança?

N

2.c.33 Existem recipientes para o lixo?

N

2.c.34 Estão bem fechados e identificados?

N

2.c.35 São esvaziados com freqüência?

INF

2.d Recepção e Armazenamento de Matérias-Primas

2.d.1 Realiza-se inspeção na recepção das matérias-primas?

N

2.d.2 Os documentos usados para N

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a recepção são adequados?

2.d.3 A identificação (rótulo ou etiqueta) é completa e está devidamente aderida?

N

2.d.4 Quando de seu recebimento, cada lote de matéria-prima recebe um número de registro?

N

2.d.5 Seu emprego é correto, usado para identificar a matéria-prima até o final de sua utilização?

N

2.d.6 Antes de sua liberação pelo Controle de Qualidade, a matéria-prima permanece em quarentena e devidamente rotulada como tal?

N

2.d.7 A identificação da matéria-prima é documentada, colocando-se o rótulo de aprovado no corpo do recipiente que a contém, e não na tampa?

N

2.d.8 Todas as matérias-primas, sem exceção, são amostradas pelo Controle de Qualidade, de acordo com sistemas adequados e confiáveis?

N

2.d.9 Uma matéria-prima já aprovada, é etiquetada como tal e transferida para o almoxarifado correspondente?

N

2.d.10 O prazo de validade, ou data de reanálise, está indicado no rótulo?

R

2.d.11 As matérias-primas reprovadas, são devidamente identificadas e isoladas?

N

2.d.12 A disposição do armazenamento garante a identidade e integridade das matérias-primas?

R

2.d.13 Existe sistema adequado para o controle do estoque?

INF

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2.d.14 As embalagens contendo insumos (tambores, barricas, caixas, etc.) estão seguramente fechadas?

N

2.d.15 O uso das matérias-primas respeita a ordem de entrada, utilizando-se primeiro o mais antigo?

R

2.d.16 Existem recipientes para lixo e estão devidamente identificados?

N

2.d.17 Estão bem fechados? N

2.d.18 São esvaziados com freqüência?

INF

2.e. Recepção e Armazenamento de Materiais de Embalagem

2.e.1 Realiza-se inspeção na recepção dos materiais?

R

2.e.2 Os documentos usados para a recepção são adequados?

N

2.e.3 A identificação (rótulo ou etiqueta) é completa e está devidamente aderida?

N

2.e.4 Antes de sua liberação pelo Controle de Qualidade, os materiais permanecem em quarentena e devidamente rotulados como tal?

N

2.e.5 Todos os materiais, sem exceção, são amostrados pelo Controle de Qualidade, de acordo com sistemas adequados e confiáveis?

N

2.e.6 Um material já aprovado é etiquetado como tal e transferido para o almoxarifado correspondente?

N

2.e.7. Os materiais reprovados são devidamente identificados e isolados?

N

2.e.8 Existem recipientes para lixo e estão devidamente etiquetados?

N

2.e.8.1 Os recipientes estão bem fechados?

N

2.e.8.2 São esvaziados com freqüência?

INF

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2.e.9 Existe sistema adequado para o controle de estoque?

INF

2.e.10 As embalagens estão adequadamente acondicionadas?

N

2.f Recepção e Armazenamento de Produtos Acabados

2.f1 O depósito é exclusivo para o produto acabado?

R

2.f.2 Existe uma área de quarentena para produto acabado, perfeitamente identificada como tal, de maneira a evitar mistura ou despacho de produto sem aprovação final?

N

2.f.3 O depósito encontra-se devidamente ordenado?

R

2.f.3.1 Com adequada limpeza? N

2.f.3.2 Com adequada iluminação? R

2.f.3.3. Com adequada ventilação? R

2.f.4 Mantém-se um sistema de registro de entrada e do estoque de produto acabado?

R

2.f.5 O sistema de registro e controle dos despachos de produto acabado observa a correspondente relação seqüencial de lote, data de entrada, data de saída e a observação da data de vencimento?

R

2.f.6 O armazenamento do produto acabado realiza-se com a devida ordem de segurança, evitando possíveis misturas no seu controle e despacho, assim como acidentes no seu manuseio?

R

2.f.7 Os produtos estão empilhados com segurança?

R

2.f.8 O produto acabado armazenado encontra-se isolado do piso e afastado das paredes, para facilitar a limpeza e a higiene e ,

N

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consequentemente, favorecer a conservação?

2.f.9 O depósito está protegido contra a entrada de aves, insetos, roedores ou outros animais?

N

2.f.10 Existe um programa de sanitização (desratização, desinsetização, etc.), bem como um registro de sua execução?

N

2.f.11 Existem equipamentos de segurança (extintores, mangueiras, etc.) em quantidade suficiente para combater incêndios?

R

2.f.12 Estão bem localizados, delimitados com marcações e o acesso aos mesmos está desimpedido?

INF

2.f.12.1 Verifica-se com freqüência seu correto funcionamento?

R

2.f.12.2 Essas verificações estão devidamente registradas?

R

2.f.13 A superfície dos pisos, paredes e tetos é de fácil limpeza?

N

2.f.14 Os produtos vencidos são retirados do almoxarifado, destruídos posteriormente, e o processo é registrado?

N

2.f.15 Todos os produtos armazenados estão dentro de seu prazo de validade?

N

2.f.16 Realizam-se inventários periodicamente?

R

2.f.17 Existem registros correspondentes?

INF

2.f.18 Existe um controle de distribuição de produtos acabados?

R

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 3. DEVOLUÇÕES (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados)

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S N CLASSIFICAÇÃO

3.1 Existe uma área que delimite ou restrinja o armazenamento de produtos devolvidos?

N

3.2 Estes produtos são identificados como tais?

N

3.3 Existe pessoa responsável designada para a tomada de decisões para sua execução?

N

3.4 O Controle de Qualidade é informado da recepção dessas devoluções?

N

3.5 São mantidos registros das análises, resultados e decisões como conseqüência das devoluções?

R

3.6 Após análise, ocorre destruição ou reprocessamento, segundo os resultados obtidos?

N

3.7 Os resultados das inspeções e análises são devidamente registrados?

R

3.8 Todas as decisões tomadas são devidamente registradas?

R

3.9 Os registros são anexados ou se faz alguma referência dos mesmos nas documentações de cada lote?

R

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 4. RECOLHIMENTO DE PRODUTOS (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) Definição: Distribuição a nível primário é a entrega direta de todo produto, na cadeia de comercialização, promoção e pesquisa aplicada, desde o fabricante até o primeiro receptor. As perguntas deste capítulo contemplam a responsabilidade da empresa proprietária na distribuição a nível primário e o correspondente recolhimento do produto, desde este nível, do mercado. S N CLASSIFICAÇÃO

4.1 A empresa estabelece e mantém procedimentos para

R

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o recolhimento de produtos do mercado?

4.2 A empresa estabelece e mantém sistemática que garanta a correta aplicação dos procedimentos de recolhimento?

R

4.3 Existe pessoa responsável designada para a coordenação e execução dos procedimentos de recolhimento?

R

4.4 Se a pessoa responsável designada não pertencer ao Controle de Qualidade, o mesmo é informado das operações efetuadas?

R

4.5 São mantidos registros dos recolhimentos, bem como de suas causas?

N

4.6 No caso de recolhimento por desvios de qualidade, as autoridades competentes do(s) país(es) são informadas imediatamente?

N

4.6.1 São tomadas providências imediatas para o recolhimento em todo o território no qual o produto foi distribuído?

N

4.6.2 Existe documentação e seu devido registro?

N

4.7 Os registros de distribuição dos produtos, a nível primário, permanecem disponíveis para uma rápida ação de recolhimento do mercado?

R

4.7.1 Esses registros contém informações que permitam o rastreamento do(s) cliente(s) da distribuição primária?

R

4.7.2 Quais as informações dos clientes?

INF

4.8 Existe área apropriada e segura para a armazenagem dos produtos recolhidos, enquanto aguardam seu

N

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destino?

4.8.1 Esta área está delimitada física e administrativamente, bem como os produtos recolhidos estão devidamente identificados?

N

4.9 Existem relatórios conclusivos sobre todo o processo para cada produto recolhido do mercado?

R

4.10 Existem relatórios sobre o destino dos produtos recolhidos no mercado?

R

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 5. SISTEMAS E INSTALAÇÕES DE ÁGUA (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO A empresa utiliza água

potável?

INF

A empresa utiliza água purificada?

INF

5.a Água Potável INF

5.a.1 Qual a procedência da água utilizada na empresa? . Rede Pública . Poços Artesianos . Semi-artesianos . Outros? . Quais?

INF

5.a.2 A empresa possui caixa d'água?

R

5.a.3 É feito algum tratamento antes da água ser armazenada?

N

5.a.4 É feita limpeza da caixa d'água? . Qual é a freqüência? . Existem registros?

N

5.a.5 Existem procedimentos escritos para a limpeza da caixa d'água? . São utilizados?

R

5.a.6 São feitos testes físico- N

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químicos? . Quais? . Com que freqüência? . Existem registros?

5.a.7 São feitos testes bacteriológicos? . Com que freqüência? . Existem registros?

N

5.a.8 São colhidas amostras de água em diversos pontos da fábrica, para efetuar a contagem bacteriana? . Existem registros?

N

5.a.9 As tubulações utilizadas para transporte de água potável estão em bom estado de conservação e limpeza? . Qual é o material da tubulação?

N

5.a.10 A provisão de água faz-se sob pressão positiva contínua, em um sistema livre de defeitos?

R

5.b Água Purificada

A água potável é usada como fonte de alimentação para sistemas de produção de água purificada? . Qual é o sistema utilizado?

INF

5.b.1 Deionização

5.b.1.1 A indústria possui equipamento deionizador, para produção de água purificada?

INF

5.b.1.2 A água que abastece o deionizador é tratada? . Como? . Qual é a procedência desta água?

INF

5.b.1.3 Existe pessoal capacitado para operar o sistema? . O responsável pela operação está presente?

R

5.b.1.4 Existe manual de R

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operação para o sistema? . É utilizado?

5.b.1.5 As resinas são regeneradas com freqüência? . Qual? . Existem registros?

N

5.b.1.6 Se a água que abastece o deionizador é clorada, existe um sistema para a retirada do cloro antes do deionizador? . Qual?

INF

5.b.1.7 Existe depósito para a água deionizada? . Qual é o material utilizado? Existe algum tratamento para evitar a contaminação bacteriológica (radiação UV, filtração, ozonização, etc.)?

INF

5.b.1.8 São feitos testes físico químicos? . Quais? . Existem registros?

N

5.b.1.9 São feitos testes bacteriológicos? . Existem registros?

N

5.b.1.10 O transporte ou circulação da água deionizada é feito por tubulação ou outro meio adequado? . Qual é o material da tubulação?

N

5.b.1.11 É liberada pelo Controle de Qualidade antes de ser utilizada?

R

5.b.1.12 É feita sanitização do sistema? Como? Existem registros?

N

5.b.1.13 Existem procedimentos escritos para a sanitização do sistema? . São utilizados?

N

5.b.1.14 É feita manutenção INF

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preventiva nos equipamentos do sistema? . Existem registros?

5.b.1.15 Existe algum tipo de filtro no sistema? . Qual?

R

5.b.1.16 É feita sanitização dos cartuchos? . Existem registros?

N

5.b.1.17 Existem procedimentos escritos para sanitização dos cartuchos? . São utilizados?

N

5.b.1.18 O sistema de purificação é validado? . Existem registros?

N

5.b.2 Osmose Reversa (quando for o caso)

5.b.2.1 A indústria possui equipamento de água por osmose reversa para produção de água purificada? . Qual é a capacidade em litros/hora?

INF

5.b.2.2 A água que abastece o sistema é tratada? . Qual é a procedência desta água?

INF

5.b.2.3 Existe pessoa capacitada para operar o sistema? . O responsável pela operação está presente?

N

5.b.2.4 Existe manual de operação do sistema? . É utilizado?

R

5.b.2.5 Existe depósito para esta água? . Qual é o material utilizado? . Existe algum tratamento para evitar a contaminação bacteriológica (radiação UV, filtração, ozonização, etc.).

INF

5.b.2.6 São feitos testes físico- N

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químicos? . Quais? . Existem registros?

5.b.2.7 São feitos testes bacteriológicos? . Existem registros?

N

5.b.2.8 O transporte ou circulação desta água é feito por tubulação ou outro meio adequado? . Qual é o material utilizado?

N

5.b.2.9 É liberada pelo controle de qualidade antes de ser utilizada?

R

5.b.2.10 É feita sanitização do sistema? . Como? . Existem registros?

N

5.b.2.11 Existem procedimentos escritos para a sanitização do sistema? . São utilizados?

N

5.b.2.12 É feita manutenção preventiva nos equipamentos do sistema? .Existem registros?

INF

5.b.2.13 Existe algum tipo de filtro no sistema? . Qual ?

R

5.b.2.14 É feita a sanitização dos cartuchos? . Existem registros?

N

5.b.2.15 Existe procedimento escrito para a sanitização dos cartuchos? . É utilizado?

N

5.b.2.16 O sistema de purificação é validado? . Existem registros?

N

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 6. PRODUÇÃO (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados)

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S N CLASSIFICAÇÃO

6.1. Existe plano de treinamento para os funcionários?

R

6.2. A admissão de funcionários é precedida de exame médico?

N

6.3 O pessoal é submetido a exame médico periódico?

R

6.4 Existe plano de assistência médica permanente e de emergência para casos de enfermidade brusca ou acidente?

R

6.5 Se o funcionário manifesta lesões ou enfermidades que podem afetar a qualidade ou segurança dos produtos, o mesmo é excluído da atividade?

I

6.6 Nas operações onde haja contato com matérias-primas, embalagens ou produto, é utilizada a paramentação adequada (touca, avental, protetor de barba, luvas, calçado fechado e impermeável)?

N

6.7. Existem instalações de segurança com ducha e lava olhos?

N

6.a Organização

6.a.1 Fórmula Padrão I

6.a.1.1 Existe uma fórmula para cada produto fabricado?

I

6.a.1.2 Essa fórmula está preparada, revisada e aprovada por pessoas competentes e responsáveis e assinada por outra pessoa, também responsável e competente?

N

6.a.1.3 Existem procedimentos escritos sobre a forma de proceder, em casos onde

R

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é necessário modificar a fórmula padrão?

6.a.1.4 A fórmula padrão contém:

6.a.1.4.1 Nome, forma, concentração e prazo de validade do produto?

R

6.a.1.4.2 Fórmula Centesimal ou por unidade de venda?

N

6.a.1.4.4 Nome, código, quantidade e unidades de cada componente?

N

6.a.1.5 Existem instruções detalhadas de todas e de cada uma das etapas de fabricação, setor onde deve ser efetuada e equipamentos a serem utilizados?

N

6.a.1.6 Existem procedimentos para limpeza de equipamentos?

N

6.a.1.7 Existe responsável pela verificação da execução da limpeza dos equipamentos empregados?

R

6.a.1.8 Existem instruções claras e detalhadas de qual etapa de fabricação requer a intervenção do Controle de Qualidade, para o controle do processo, com a indicação do responsável e a data?

N

6.a.1.9 Existe exigência de anexar à Ordem de Fabricação os registros gráficos de temperatura, pressão e umidade, quando o processo requer o controle dos mesmos?

R

6.a.1.10 Existe exigência de anexar à ordem de fabricação os rótulos de identificação das matérias-primas e

N

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materiais empregados, quando não exista outro sistema de segurança equivalente?

6.a.1.11 Existe cálculo do rendimento real obtido nas diversas etapas de fabricação e relação com o rendimento teórico?

R

6.a.1.12 Existem instruções adequadas para rotular e embalar o produto e condições de conservação?

N

6.a.1.13 Existe descrição do material de embalagem utilizado para o fracionamento, com códigos, quantidades e unidades de medida?

N

6.a.1.14 Todos os materiais de envase, linhas, equipamentos usados durante a produção, estão identificados para indicar claramente o seu conteúdo ou a etapa de fabricação do lote?

N

6.a.1.15 Os equipamentos, utensílios e material de envase estão localizados e/ou armazenados em lugar que assegure sua integridade?

N

6.a.2 Ordem de Fabricação

6.a.2.1 Existe um processo de cópia fiel da fórmula padrão que assegure sua exata reprodução?

N

6.a.2.2 Contém o número de lote?

N

6.a.2.3 Contém números de códigos, de lote, e de análise de matérias-primas e materiais de embalagem?

R

6.a.2.4 O cálculo das matérias-primas é correto, tomando-se por base a

N

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fórmula unitária ou centesimal?

6.a.2.5 Se houver necessidade de modificar as instruções de fabricação, equipamentos, ambiente e/ou outra condição, a modificação está assinada por um responsável competente e autorizado?

N

6.a.2.6 Após finalização do processo de fabricação, toda a documentação sobre o lote produzido (registro da produção, rótulos, resultado analítico dos controles do processo e do produto acabado) é arquivada?

N

6.a.2.7 Por quanto tempo? INF

6.b Áreas de Pesagem e Medidas

6.b.1 A área está separada fisicamente das demais dependências por paredes, ou outro tipo de separação?

R

6.b.2 A área está limpa? N

6.b.3 Os materiais usados para a pesagem e medidas (recipientes, espátulas, pipetas, etc.) estão limpos?

N

6.b.4 Os materiais são guardados como tal, em local que assegure sua integridade?

N

6.b.5 As balanças e recipientes de medida são calibrados regularmente?

N

6.b.6 Existem registros das calibrações?

R

6.b.7 Quando necessário, durante as pesagens e/ou medidas, são usados equipamentos de proteção (óculos, gorros,

N

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luvas, máscaras, etc.)?

6.b.8 Os recipientes que contém uma matéria-prima a ser pesada e/ou medida são limpos antes de serem abertos?

N

6.b.9 Após a pesagem e/ou medida, esses recipientes são bem fechados?

N

6.b.10 Após a pesagem e/ou medida, os materiais são etiquetados imediatamente, a fim de evitar misturas?

N

6.b.11 Nesta etiqueta constam:

6.b.11.1 Nome do produto a que se destina o insumo?

R

6.b.11.2 Nome do insumo? N

6.b.11.3 Número de lote do insumo?

N

6.b.11.4 Número de lote do produto?

R

6.b.11.5 Quantidade que foi pesada e/ou medida?

N

6.b.11.6 Peso bruto? R

6.b.11.7 Controle de pesagem ou medida, com presença do funcionário que pesa e/ou verifica a pesagem, com as respectivas assinaturas?

R

6.b.12 Os funcionários estão com uniformes limpos e em boas condições?

N

6.b.13 A área tem:

6.b.13.1 Ventilação adequada? N

6.b.13.2 Iluminação adequada? N

6.b.13.3 Controles de umidade e temperatura?

INF

6.b.14 Possui sistema de exaustão?

R

6.b.15 Há separação entre os materiais já pesados e/ou medidos para cada lote de produto?

N

6.b.16 A área possui local R

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próprio para lavagem de utensílios de pesagem e/ou medida?

6.b.17 As matérias-primas mais antigas são esgotadas primeiramente?

R

6.b.18 Há recipiente de lixo? N

6.b.19 Estão bem tampados? N

6.b.19.1 São esvaziados e limpos com freqüência?

INF

6.b.20 Existe um sistema de prevenção de contaminação cruzada durante a pesagem e/ou medida?

N

6.b.21 Existe um sistema de proteção contra a contaminação do meio ambiente através dos sistemas de exaustão ou de outro modo?

R

6.c Áreas Produtivas

6.c.1 Condições Externas

6.c.1.1 O edifício está em bom estado?

R

6.c.1.2 As vias de acesso estão pavimentadas e construídas de maneira que a poeira não seja fonte de contaminação?

N

6.c.1.3. Os arredores do edifício estão limpos?

N

6.c.1.4 Os tetos, paredes e janelas cumprem as normas de higiene e segurança?

N

6.c.1.5 Existe proteção contra a entrada de roedores, insetos, aves ou outros animais?

N

6.c.2 Condições Gerais

6.c.2.1 As áreas produtivas estão limpas?

N

6.c.2.2 Existe um programa de limpeza por escrito?

R

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6.c.2.3 É proibido comer, beber e fumar nos setores produtivos?

N

6.c.2.4 A proibição é cumprida? N

6.c.2.5 Existem vestiários em quantidade suficiente?

INF

6.c.2.6 Existem sanitários próximos à área de produção e em quantidade suficiente?

INF

6.c.2.7 Os sanitários estão limpos e providos de água fria e quente, sabão e toalhas individuais ou secadores?

R

6.c.2.8 A eliminação de águas servidas, sobras e outros refugos, dentro e fora do edifício e das imediações, faz-se de forma segura e sanitária?

N

6.c.2.9 Existe um salão restaurante?

INF

6.c.2.10 Se não, onde as refeições são feitas?

INF

6.c.2.11 Existem normas de segurança escritas?

INF

6.c.2.12 Estas são cumpridas? INF

6.c.2.13 O pessoal utiliza roupa adequada às tarefas que realiza?

N

6.c.2.14 Existem bebedouros de água potável em locais adequados e em quantidade suficiente?

R

6.c.2.15 O pessoal utiliza calçado adequado?

N

6.c.2.16 É proibido o acesso de pessoas com roupa inadequada às áreas de produção?

N

6.c.2.17 Os pisos cumprem os requisitos de higiene e segurança adequados a cada área de trabalho?

N

6.c.2.18 As aberturas estão providas com proteção contra a entrada de

N

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roedores, insetos, aves ou outros animais?

6.c.2.19 Existe algum procedimento para combater roedores, insetos, aves ou outros animais?

N

6.c.2.20 São descritos, no mesmo, a freqüência, os métodos e materiais utilizados, e o responsável pela execução?

R

6.c.2.21 Os materiais usados no combate a roedores, inseto, aves ou outros animais são aprovados pelos Órgãos Sanitários?

N

6.c.2.22 Verificou-se previamente, e o seu emprego e forma de aplicação não significam risco de contaminação dos equipamentos e produtos?

N

6.c.2.23 A circulação interna é adequada?

R

6.c.2.24 Nas áreas produtivas efetua-se controles de pressão do ar, microbiológicos, de partículas, de umidade e temperatura, quando for o caso?

N

6.c.2.25 A distribuição das áreas é adequada?

R

6.c.2.26 Consegue-se minimizar a possibilidade de contaminação de uma área para outra?

N

6.c.2.27 Evita-se a contaminação cruzada de um produto com partículas ou pó proveniente da armazenagem, fabricação ou manipulação de outro produto?

N

6.c.2.28 As áreas estão N

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distribuídas e adaptadas para fornecer as condições adequadas de estabilidade aos componentes, materiais em processo e produtos acabados?

6.c.2.29 Existem planos de segurança contra incêndios em casos de emergência?

R

6.c.2.30 Os extintores e a rede de combate a incêndio estão localizadas corretamente?

R

6.c.2.31 A quantidade e tipo de extintores são adequados para o risco de cada setor?

R

6.c.2.32 A iluminação das áreas de produção e circulação é suficiente?

R

6.c.2.33 As dimensões das áreas são adequadas?

INF

6.c.2.34 Sua construção e localização permite e adequada limpeza, manutenção, elaboração e processamento dos produtos?

R

6.c.2.35 Os equipamentos e materiais são identificados corretamente?

N

6.c.2.36 A ventilação das áreas produtivas e de circulação é adequada?

R

6.c.2.37 As instalações elétricas cumprem com as normas locais?

N

6.c.2.38 As tubulações de água, vapor, gás, ar comprimido e eletricidade estão devidamente identificadas?

N

6.c.2.39 As paredes, pisos e tetos estão construídos com

N

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materiais facilmente laváveis?

6.c.2.40 O estado de conservação das paredes, pisos e tetos asseguram as condições de higiene e limpeza?

N

6.c.2.41 Os recipientes de lixo estão corretamente identificados, localizados e tampados?

N

6.c.2.41.1 São esvaziados com freqüência?

INF

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 7. PRODUTOS SÓLIDOS E SEMI-SÓLIDOS (Pós e Outros) ( A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

7.1 Existe local apropriado para fabricação de pós?

N

7.2 A distribuição é ordenada e racional?

R

7.3 A área de circulação encontra-se livre de obstáculos?

N

7.4 O pessoal encontra-se adequadamente uniformizado?

N

7.5 Evita-se a utilização de uniforme de trabalho fora das dependências da fábrica?

R

7.6 Os uniformes estão limpos e em boas condições?

N

7.7 Todos usam toucas? N

7.8 São utilizados, quando necessário, os equipamentos de segurança (máscaras, óculos, luvas, etc.)?

N

7.9 O local está limpo? N

7.10 Existem recipientes para lixo?

N

7.11 Estão bem fechados e N

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identificados?

7.12 São esvaziados com freqüência?

INF

7.13 A iluminação do local é adequada?

R

7.14 As paredes e os tetos estão recobertos por materiais facilmente laváveis?

N

7.15 O estado de conservação das paredes e teto assegura as condições de higiene e limpeza?

N

7.16 O piso cumpre os requisitos de higiene e segurança?

N

7.17 As instalações elétricas estão em boas condições?

N

7.18 As instalações de eletricidade, água, vapor, etc., estão adequadamente identificadas?

N

7.19 Os sistemas de esgoto são adequados?

N

7.20 Os ralos são sifonados? N

7.21 São desinfetados freqüentemente?

R

7.22 A ventilação do local é suficiente?

R

7.23 As aberturas encontram-se protegidas contra a entrada de aves, insetos, roedores e outros animais?

N

7.24 Existem sistemas de exaustão de pó nos locais onde se produza muito pó?

N

7.25 São boas as condições de segurança dos locais?

R

7.26 Existem extintores e mangueira contra incêndio em número suficiente?

R

7.27 Estão bem localizados e o acesso está livre?

INF

7.28 Os equipamentos de pesagem e medida são calibrados periodicamente?

N

7.29 Existem registros dessas calibrações?

R

7.30 Existe uma fórmula de N

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fabricação a ser seguida e que seja cópia fiel da fórmula padrão?

7.31 As instruções ali contidas são seguidas com exatidão?

N

7.32 Todos os recipientes usados na produção de um lote estão identificados de acordo com o seu conteúdo, número de lote, etc., com o intuito de evitar misturas?

N

7.33 Todos os equipamentos usados na produção de um lote estão identificados com etiquetas exatamente iguais as usadas nos recipientes?

R

7.34 Após seu uso, todos os utensílios, recipientes e equipamentos são bem lavados e conservados até seu próximo uso?

N

7.35 São identificados como tal? R

7.36 Existe adequada separação física entre os equipamentos, para evitar mistura ou contaminação cruzada, quando são fabricados, simultaneamente, lotes de produtos diferentes?

N

7.37 São feitos controles durante o processo de fabricação, com o intuito de garantir a uniformidade do lote?

N

7.38 Existem, por escrito, esses controles?

R

7.39 Existem na área de compressão, aparelhos para testar a compactação e/ou pesos dos produtos?

INF

7.40 São feitos registros destes controles?

R

7.41 O Controle de Qualidade verifica, periodicamente, essas medidas?

R

7.42 Existem registros de limpeza, fixados a cada

R

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recipiente e a cada máquina?

7.43 a) O Controle de Qualidade libera o produto semi acabado antes do envase? b) Existe área específica de quarentena para os produtos semi acabados?

N

7.44 Os recipientes que contém esses produtos estão bem fechados e com as identificações contendo os seguintes dados: . Nome do produto . Número do lote e/ou sub-lote . Volume ou peso total contido no recipiente . Número do recipiente/número total de recipientes que compõem o lote

N

7.45 A área está limpa e livre de resíduos?

N

7.46 Os recipientes estão limpos?

N

7.47 As máquinas de compressão estão dispostas de maneira a evitar contaminação cruzada?

R

7.48 As máquinas possuem sistema de exaustão dos pós?

N

7.49 O setor está adequadamente equipado para a tarefa (ar comprimido, exaustão, etc.)?

N

7.50 A área está limpa? N

7.51 Os equipamentos são limpos no final de cada produção?

N

7.52 Existe procedimento de limpeza para cada equipamento?

R

7.53 Existem registros? R

7.54 Existe um programa de limpeza e registro de seu

R

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cumprimento?

7.55 São válidas para o pessoal contratado e/ou visitante, as mesmas instruções de higiene e segurança que para o pessoal da área?

N

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 8. PRODUTOS LÍQUIDOS (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

8.1 A distribuição dos equipamentos é ordenada e racional?

INF

8.2 A área de circulação está livre?

R

8.3 Os funcionários estão adequadamente uniformizados?

N

8.4 Os uniformes estão limpos e em boas condições?

N

8.5 Todos usam toucas? N

8.6 Quando necessário, usam luvas especiais?

N

8.7 O local está limpo? N

8.8 Existem recipientes para lixo?

N

8.9 Estão bem fechados e identificados?

N

8.10 São esvaziados com freqüência?

INF

8.11 A iluminação é adequada? R

8.12 As paredes e pisos estão recobertos por material facilmente laváveis?

N

8.13 O piso cumpre com os requisitos de higiene e segurança?

N

8.14 As paredes, pisos e tetos estão livres de rachaduras e pinturas descascando?

N

8.15 As instalações elétricas, de água potável, vapor, água deionizada e ar

N

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comprimido e outras caso houverem estão devidamente identificadas e em boas condições?

8.16 O sistema de esgoto é adequado?

N

8.17 Os ralos são sifonados? N

8.18 São desinfetados com freqüência?

R

8.19 A ventilação do local é adequada?

R

8.20 Se existem janelas, as mesmas estão protegidas contra a entrada de pó, insetos, aves, roedores ou outros animais?

N

8.21 As condições de segurança do local são boas?

R

8.22 Existem extintores de incêndio ou mangueiras em quantidade suficiente?

R

8.23 Estão bem localizados e são de fácil acesso?

INF

8.24 Existe uma Ordem de Fabricação que seja cópia fiel da fórmula padrão?

N

8.25 As instruções contidas na Ordem de Fabricação são seguidas com exatidão?

N

8.26 Com o intuito de prevenir a contaminação com resíduos do produto anterior, existem normas de limpeza, por escrito, dos recipientes usados na fabricação?

R

8.27 Os recipientes limpos são identificados como tais?

N

8.28 Os recipientes contendo o produto a ser envasado estão bem fechados e com as identificações contendo os seguintes dados: . Nome do produto . Número do lote e/ou sub-lote . Volume total contido no recipiente

N

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. Número de recipientes/ número total de recipientes que compõem o lote

8.29 Os condutores (mangueiras e tubulações) usados para os líquidos são limpos e assim conservados até novo uso?

N

8.30 Os equipamentos da área, como reatores, filtros, agitadores, bombas e recipientes para fabricação, estão em bom estado de conservação e limpeza?

N

8.31 Os aparelhos para pesagens e medidas são calibrados freqüentemente?

N

8.32 Existem registros das calibrações?

R

8.33 A relação entre rendimento teórico e real é verificada?

R

8.34 A existência de qualquer discrepância é justificada por escrito?

R

8.35 Efetuam-se controles do processo, com o intuito de garantir a uniformidade do lote?

N

8.36 a) O controle de qualidade libera o produto semi-acabado antes do envase? b) Existe área específica de quarentena para os produtos semi acabados?

N

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Empresa: Nome do Inspetor: 9. ENVASE (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

9.1 Existe local especial para o envase de produtos?

N

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9.2 A distribuição dos equipamentos é ordenada e racional?

R

9.3 Evita-se a mistura de produtos diferentes ou de lotes distintos do mesmo produto, mediante separação entre as linhas de envase?

R

9.4 A área de circulação está livre de obstáculos?

N

9.5 Os funcionários estão adequadamente uniformizados?

N

9.6 Os uniformes estão limpos e em boas condições?

N

9.7 Todos usam toucas? N

9.8 Se necessário, usam luvas, máscaras e óculos de proteção?

N

9.9 O local está limpo? N

9.10 Existem recipientes para lixo?

N

9.11 Estão bem fechados e identificados?

N

9.12 São esvaziados com freqüência?

INF

9.13 A iluminação é adequada? R

9.14 O piso é adequado? N

9.15 As paredes e tetos estão recobertos por material facilmente lavável?

N

9.16 As paredes, pisos e tetos estão livres de rachaduras e pinturas descascadas?

N

9.17 As instalações elétricas estão em boas condições?

R

9.18 Estão devidamente identificadas?

R

9.19 A instalação de ar comprimido, vapor, água potável, deionizada e outras estão devidamente identificadas e em boas condições?

N

9.20 O sistema de esgoto é adequado?

N

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9.21 Os ralos são sifonados? N

9.22 São desinfetados com freqüência?

R

9.23 A ventilação do local é adequada?

R

9.24 Se existem janelas, as mesmas estão protegidas contra a entrada de insetos, aves, roedores ou outros animais?

N

9.25 As condições de segurança dos recintos estão boas?

R

9.26 Existem extintores de incêndio e/ou mangueiras em quantidade suficiente?

R

9.27 Estão bem localizados e são de fácil acesso?

INF

9.28 As operações de envase são iniciadas após a aprovação do semi-acabado pelo Controle de Qualidade?

N

9.29 As linhas de envase são verificadas antes do início das operações, em relação à presença de material remanescente de produtos anteriores?

N

9.30 O conteúdo dos recipientes que contém o produto a ser envasado está devidamente identificado?

N

9.31 Os recipientes são mantidos fechados durante o processo, sendo abertos somente quando necessário?

N

9.32 Os recipientes com produtos diferentes são mantidos separados?

N

9.33 Todo material de envase a ser usado tem aprovação do Controle de Qualidade?

N

9.34 Existe identificação de forma visível, dos

N

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equipamentos e de cada linha de envase, de acordo com o produto que se está envasando?

9.35 Verifica-se se as suspensões ou emulsões são mantidas homogêneas durante todo o processo de envase?

N

9.36 É verificada a relação entre o rendimento teórico e o real?

R

9.37 Se houver discrepância, ela é justificada por escrito?

R

9.38 Após envase, os produtos aguardam em quarentena a liberação pelo Controle de Qualidade?

N

9.40 O material de envase não utilizado é devolvido?

R

9.41 O material de embalagem, remanescente do envase, impresso com número de lote e/ou data de vencimento, é destruído?

N

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Nome da Empresa: Nome do Inspetor: 10. ROTULAGEM (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

10.1 Os rótulos são inspecionados antes de serem entregues à linha de embalagem?

N

10.2 As máquinas rotuladoras são inspecionadas antes do uso, em relação à não existência de rótulos de produtos anteriores?

N

10.3 As linhas de embalagem são inspecionadas antes do uso, em relação à não existência de rótulos, cartuchos ou outros

N

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elementos de produtos anteriores?

10.4 Examinam-se os rótulos, para verificar se os mesmos se referem ao produto a ser embalado, assim como o número de lote e a data de vencimento do produto, antes ou durante o processo?

N

10.5 Se os rótulos remanescentes, não impressos com o número de lote ou data de vencimento, forem devolvidos ao almoxarifado, existe uma pessoa responsável por essa devolução?

R

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Nome da Empresa: Nome do Inspetor: 11. CONTROLE DA QUALIDADE (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que sejam solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

11.1 Existe na empresa um Laboratório de Controle da Qualidade?

I

11.2 O Controle da Qualidade é independente da Produção?

R

11.3 Há uma descrição de função para cada cargo?

R

11.4 Existem ensaios efetuados por terceiros?

INF

11.5 O Controle da Qualidade é responsável por aprovar ou reprovar produtos que estejam sob contrato com terceiros?

I

11.6 No laboratório químico existem instalações de segurança com ducha, lava olhos, extintores, etc., respeitando a correta localização e quantidade?

N

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11.7 Há um programa de verificação do funcionamento destes equipamentos?

R

11.8 Existem registros? R

11.9 O Controle da Qualidade está equipado com aparelhos adequados para executar os controles necessários?

N

11.10 Há um programa de manutenção preventiva e calibrações claramente definido?

R

11.11 Existem registros? R

11.12 O Controle da Qualidade é responsável pela aprovação ou reprovação de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de embalagem?

N

11.13 Existem procedimentos escritos com a descrição detalhada de amostragem, análise e aprovação ou reprovação de matérias-primas, produto semi-acabados, acabados e materiais de embalagem?

N

11.14 Existem, por escrito, as especificações e os métodos analíticos usados pelo Controle da Qualidade para todas as matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de embalagem?

N

11.15 Os resultados e anotações das análises são mantidos?

N

11.16 Existem procedimentos escritos para a amostragem das matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de

N

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embalagem, que assegurem ser representativa da totalidade do lote ou partida?

11.17 A amostragem estatística é efetuada por uma pessoa qualificada do Controle da Qualidade?

N

11.18 São mantidas amostras de referência futura das matérias-primas utilizadas?

N

11.19 Está definido o período de retenção destas amostras?

R

11.20 São mantidas amostras de cada lote de produto acabado?

N

11.21 Está definido o período de retenção destas amostras?

R

11.22 Existe um procedimento escrito detalhando a data de reanálise das matérias-primas?

R

11.23 Existem na empresa padrões e materiais de referência?

N

11.24 São conservados e utilizados com procedimentos previamente estabelecidos?

N

11.25 Há funcionário(s) responsável(eis) pela inspeção dos processo de fabricação?

N

11.26 O Controle da Qualidade verifica se cada lote do produto elaborado cumpre as especificações estabelecidas antes de ser liberado?

N

11.27 São mantidos registros? N

11.28 São efetuados ensaios microbiológicos? (quando for o caso)

N

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11.29 Existem registros? N

11.30 As áreas para ensaios microbiológicos são adequadas?

N

Observações: Assinatura do Inspetor: Data: ___/___/___

Nome da Empresa: Nome do Inspetor: 12. GARANTIA DA QUALIDADE (A empresa deverá apresentar os documentos comprobatórios que seja solicitados) S N CLASSIFICAÇÃO

12.1 Existe na empresa um Programa de Garantia da Qualidade?

INF

12.2 Este programa é divulgado a todos os níveis?

R

12.3 Existem normas escritas para a divulgação e cumprimento das Boas Práticas de Fabricação?

N

12.4 Há na empresa uma área que coordene as atividades de Garantia da Qualidade?

INF

12.5 As responsabilidades pela gestão da qualidade estão claramente definidas?

R

12.6 Existem procedimentos escritos ou sistemas para avaliar a efetividade e aplicabilidade das normas e sistemas de Garantia da Qualidade?

INF

12.7 Existe um programa de treinamento de pessoal?

R

12.8 Efetuam-se registros do treinamento de cada funcionário?

R

12.9 Os produtos de Higiene, Cosméticos e Perfumes são projetados e desenvolvidos de acordo com os requisitos das Boas Práticas de Fabricação?

R

12.10 As operações de produção e controle estão claramente definidas e escritas?

N

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12.11 Os funcionários são treinados e orientados de modo a garantir a correta e completa execução dos processos e procedimentos definidos?

R

12.12 Novos conhecimentos adquiridos nos processos, ou adaptações e melhorias, somente são implementados após completa avaliação e aprovação?

R

12.13 São realizados auto-inspeções periódicas, com o fim de verificar o cumprimento das Boas Práticas de Fabricação?

R

12.14 Existem registros das auto-inspeções realizadas?

R

12.15 Existe um programa escrito de estudo de estabilidade dos produtos com registros apropriados de: condições dos testes, resultados, métodos analíticos usados, condições de conservação das amostras, envase primário, periodicidade de análises e data de vencimento?

N

12.16 São mantidos registros das reclamações recebidas sobre a qualidade dos produtos ou qualquer modificação de suas características físicas, assim como das resoluções tomadas?

R

12.17 Realiza-se nova verificação documentada toda vez que se efetua uma mudança que possa afetar a qualidade ou a reprodutibilidade de um processo ou de um método analítico de controle?

R

Observações: Assinatura do Inspetor:

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Data: ___/___/___

Empresa 13. ATA DE INSPEÇÃO 13.1 Nome da Empresa: 13.2 Nome do(s) Inspetor(es) : 13.3 Motivo da Inspeção: 13.4 Nome/cargo/ formação profissional das pessoas entrevistadas: 13.5 Foram colhidas amostras de produtos? 13.6 Quais e quantas? 13.7 Diferenças e procedimentos não adequados, detectados e informados à direção da empresa: 13.8 Recomendações do(s) inspetor(es) à autoridade sanitária do prazo para cumprimento das medidas corretivas: 13.9 Comentários sobre as observações do(s) inspetor(es), por parte do responsável pela empresa: Data: Assinatura Inspetor : Assinatura Técnico : Responsável Legal : RELATÓRIO DE INSPEÇÃO Nome da Empresa: Nome do(s) Inspetor(es): Tema: Pontos problemáticos: Orientação: Conclusões: Assinatura do(s) Inspetor(es): Data: CLASSIFICAÇÃO, CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E SANÇÕES PARA ITENS DO GUIA DE INSPEÇÕES PARA AS INDÚSTRIAS DE PRODUTOS DE HIGIENE, COSMÉTICOS E PERFUMES. 1. CLASSIFICAÇÃO: O critério estabelecido para classificação está baseado no risco potencial inerente a cada item em relação à qualidade e segurança do produto e do trabalhador em sua interação com os produtos e processos durante a fabricação. Imprescindível - I Considera-se item Imprescindível aquele que atende às recomendações de Boas Práticas de Fabricação e Controle, que pode influir em grau crítico na qualidade ou segurança dos produtos e dos trabalhadores em sua interação dos produtos e processos durante a fabricação. Necessário-N Considera-se item Necessário aquele que atende às recomendações de Boas Práticas de Fabricação e Controle, que pode influir em grau menos crítico na qualidade ou segurança dos produtos e dos trabalhadores em sua interação dos produtos e processos durante a fabricação. Recomendável - R Considera-se Recomendável aquele que atende às recomendações de Boas Práticas de Fabricação e Controle, que pode influir em grau não crítico na qualidade ou segurança dos produtos e dos trabalhadores em sua interação dos produtos e processos durante a fabricação. Informativo - INF Considera-se como item Informativo aquele que apresenta uma informação descrita que não afeta a segurança dos produtos e dos trabalhadores em sua interação dos produtos e processos durante a fabricação. 2. AVALIAÇÃO: Durante o processo de inspeção, os inspetores deverão julgar o cumprimento ao pressuposto de cada item do Guia para Inspeções. O critério de avaliação levará em conta a classificação conforme segue:

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ITENS AVALIAÇÃO

Imprescindível, Necessário e Recomendável SIM - Quando a atividade está sendo cumprida NÃO - Quando a atividade não estiver cumprida

Informativo Poderá ser registrado opcionalmente por SIM ou NÃO, ou sob forma de conceito descrito

3. SANÇÕES: Tomando-se por base a avaliação dos itens, previamente classificados, as sanções previstas nos casos de não cumprimento do pressuposto são:

CLASSIFICAÇÃO SANÇÃO

Imprescindível ( I ) - Suspende-se a habilitação/ se interdita o setor ou estabelecimento/ suspende-se a certificação de Boas Práticas de Fabricação e Controle até seu integral cumprimento.

Necessário ( N ) - Após realizada a inspeção inicial se estabelece um prazo de acordo com as dimensões das modificações para cumprir as exigências. Caso findo o primeiro prazo e o itens(s) necessário(s) não tenha(m) sido cumprido(s) será dado um segundo prazo e se fará advertência formal esclarecendo que o(s) item(s) será(ão) considerado(s) na próxima inspeção (terceira), na condição de imprescindível.

Recomendável ( R ) - Orienta-se a empresa, visando seu aprimoramento, podendo o item tratado vir a ser considerado como necessário na próxima inspeção caso o grau de influência na segurança do produto e de trabalhadores bem como sua interação assim o requeira. Os itens recomendáveis não passarão da classificação de Necessário para Imprescindíveis.

ESTABELECIMENTO NOVO Para estabelecimentos novos deverão ser cumpridos todos os itens classificados como Imprescindíveis ( I ) e Necessários ( N ) para que seja concedida a habilitação de funcionamento.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - SEPN 515, Bl.B, Ed.Ômega - Brasília (DF) CEP 70770-502 -

Tel: (61) 3448-1000 Disque Saúde: 0 800 61 1997

Copyright © 2003 ANVISA & BIREME

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ANEXO C

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Método Gaia

O Método GAIA – Gerenciamento de Aspectos e Impactos Ambientais é um conjunto de instrumentos e ferramentas gerenciais com foco no desempenho ambiental aplicável aos processos produtivos de uma organização e no alcance da sustentabilidade plena.

Este método tem como base três referenciais teóricos, que são a Avaliação do Ciclo de Vida, o Gerenciamento de Processos e a Emissão Zero.

O foco do GAIA está no desenvolvimento de uma consciência crítica nas pessoas que compõem a organização, no que se refere aos níveis de desperdício de matérias-primas e insumos do processo produtivo, assim como sobre os efeitos produzidos pelos resíduos, pelos efluentes e pelas emissões – ambos gerados nesse processo –, e que são prejudiciais ao ambiente e as pessoas. Sendo assim, esse método procura integrar, por meio de etapas sequenciais padronizadas, abordagens relativas à sensibilização das pessoas e à melhoria dos processos, utilizando para tal, princípios de seus fundamentos teórico-conceituais. Os princípios do GAIA são idênticos aos pressupostos básicos de gerenciamento reconhecidos pela NBR ISO 14.001: melhoria contínua, prevenção da poluição e atendimento à legislação.

Dessa forma, os princípios básicos do GAIA são definidos pela seguinte expressão: “Proporcionar às organizações o atendimento à legislação, a melhoria contínua e a prevenção da poluição a partir de atividades focalizadas no desempenho ambiental e na sustentabilidade, tomando como elementos fundamentais do processo a organização e as pessoas através de suas relações como o meio ambiente” (LERÍPIO, 2001, p. 66).

O Método GAIA é composto por três fases: SENSIBILIZAÇÃO – CONSCIENTIZAÇÃO - CAPACITAÇÃO, nas quais são subdivididas em algumas atividades, conforme demonstra o Quadro 1.

Na primeira fase, “SENSIBILIZAÇÃO”, a atividade de avaliação da sustentabilidade do negócio é realizada por meio do preenchimento de uma lista de verificações, apresentada no Quadro 2, que deve ser preenchida pela alta administração, gerência e colaboradores da empresa.

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As respostas da lista de verificação da sustentabilidade da organização são classificadas em três cores, de acordo com seu significado em relação a sustentabilidade da organização. A resposta que representar uma boa prática desenvolvida é classificada como verde; a resposta que representar um problema ou uma “oportunidade de melhoria” é classificada como vermelha; e quando a pergunta não se aplicar à realidade da organização, a mesma será classificada como amarela. As 79 perguntas são igualmente ponderadas, conforme a fórmula a seguir:

Desempenho Ambiental = Total de quadros verdes x 100 (nº quadros total – nº quadros amarelos)

A partir do resultado do cálculo do desempenho ambiental, determina-se a sustentabilidade do negócio, com referenciais percentuais conotando a situação de crítica a excelente. Dependendo da identificação do nível da sustentabilidade do negócio, a organização passa a estabelecer algumas relações importantes, o que é feito na análise estratégica ambiental. Esta análise pode ser feita a partir do critério referente ao atendimento da legislação ambiental aplicável. Essa atividade auxilia a alta administração a “perceber” de forma sistêmica e multicriteriosa a real situação da organização ou da unidade sob análise. Com esse passo, procura-se criar um “cenário de organizações hipotéticas”, onde ocorrem diferentes repercussões para cada situação e para cada tipo de empresa estudada e, com isso, busca-se sensibilizar a alta administração e a gerência da organização.

Caso essa ideia seja compreendida, o comprometimento da alta administração será obtido, viabilizando o início efetivo do processo de mudança na organização. Esse comprometimento constitui-se na definição da atividade empresarial, da missão, da política e dos objetivos organizacionais.

O programa de sensibilização das partes interessadas trata de um ciclo de palestras, com duração curta/média, e abrangência total na organização, ou seja, devem ser dirigidas a todos os colaboradores, internos e externos, indiferente do envolvimento dos mesmos com a organização. Durante esse programa, a política ambiental é divulgada e os colaboradores estimulados a participarem ativamente das iniciativas em busca da melhoria do desempenho ambiental da organização. A segunda fase, “CONSCIENTIZAÇÃO”, é constituída por atividades relativas ao estudo da cadeia de produção e consumo e ao estudo detalhado do processo produtivo.

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No mapeamento da cadeia de produção e consumo, o objetivo é identificar os processos mais impactantes, prever eventuais problemas de fornecimento de matéria-prima, identificar requisitos de qualificação de fornecedores e o destino final dos produtos da organização.

O objetivo da atividade de mapeamento do macro-fluxo do processo produtivo é conhecer de forma efetiva as etapas do processamento do produto, preparando a próxima atividade, que se constitui no estudo de entradas e saídas. O mapeamento pode ser realizado utilizando softwares de apoio, ou simplesmente um conjunto de formulários apropriados para a atividade, fundamentados no gerenciamento de processos. O estudo de entradas e saídas dos processos é complementar ao mapeamento do macrofluxo e indica, a partir das saídas, os aspectos e os possíveis impactos associados a cada etapa do processo. O desenvolvimento de fluxogramas para os processos e atividades setoriais pode ser a base para a identificação de seus aspectos ambientais. Os fluxogramas fornecem informações sobre as saídas de poluentes de cada atividade ou processo. A análise das saídas e de suas fontes geradoras constitui-se na identificação dos aspectos ambientais da empresa. A quantificação das entradas e saídas é fundamental para a priorização dos aspectos e respectivos impactos. A análise de entradas e saídas permite, ainda, a identificação de eventuais perdas. Esse aspecto pode ser observado quando as quantidades que saem não correspondem às quantidades que entram (pelo menos em termos de informações disponíveis). Essa situação requer um aprofundamento da análise, o que vai beneficiar o processo de inventário de aspectos ambientais.

A identificação dos aspectos ambientais associados a uma atividade deve ser feita de maneira que permita o correto levantamento de dados, que por sua vez irão orientar as decisões tomadas pelos responsáveis. A relação entre os aspectos ambientais e seus impactos é de causa e efeito. Um aspecto ambiental está relacionado a um elemento de uma atividade, produto ou serviço da organização o qual pode ter um impacto benéfico ou adverso sobre o meio ambiente, segundo a definição proposta pela NBR ISO 14.001.

Por exemplo, isto pode envolver uma descarga, uma emissão, consumo ou reutilização de um material, ou ruído.

Exemplos de impacto podem incluir a contaminação da água ou a degradação de um recurso natural, causadas pela descarga, emissão consumo ou reutilização de um material, ou ruído (ou seja, pelo aspecto ambiental). A atividade de inventário de aspectos e impactos ambientais é cumprida com a utilização da planilha de identificação e priorização de aspectos e impactos ambientais, apresentada no Quadro 3.

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O aspecto e seu impacto associado deve ser priorizado a partir do elemento de maior soma final na tabela, ao que corresponde às colunas situadas na extrema direita da mesma. A soma final pode ser obtida a partir de vários métodos de ponderação. É necessário organizar os impactos mais significativos em ordem crescente, os quais serão objeto das demais atividades do método. A terceira fase, “CAPACITAÇÃO”, consiste na identificação de oportunidades de melhoria decorrentes da priorização de impactos (Quadro 4), ou seja, para cada problema surgido em relação aos impactos ambientais serão identificadas formas de incremento no desempenho ambiental, econômico e social da organização. Deve-se observar nessa etapa que qualquer melhoria sugerida pode trazer benefícios específicos em relação aos critérios citados anteriormente.

As diferentes possibilidades surgidas nessa fase são objeto no estudo de viabilidade técnica-econômica e ambiental. Nessa atividade, procura-se identificar os elos faltantes ou tecnologias inovadoras para a implementação efetiva das oportunidades de melhoria geradas na atividade anterior. Esse procedimento pode requerer pesquisas e/ou consultas externas a profissionais especializados, caso o conhecimento não exista na organização.

Os resultados dessa atividade serão objeto da última atividade da Fase de Capacitação e do próprio Método GAIA, o planejamento ambiental.

O planejamento para a implementação efetiva das oportunidades de melhoria requer uma estruturação contendo indicadores de desempenho bem definidos e adequadamente aplicados à realidade da organização. Requer ainda investimentos por parte da organização e mudanças nos procedimentos operacionais. No Método GAIA, a estrutura de planejamento sugerida está fundamentada na ferramenta da qualidade denominada 5W1H. A denominação dessa ferramenta é decorrente das expressões originais em inglês (What – O que; Why – Por que; Where – Onde – When – Quando; Who – Quem; e How – Como). Devido às peculiaridades e características do planejamento, uma outra pergunta chave também foi incorporada: How Much, ou seja, Quanto Custa. Com a incorporação desta última pergunta a ferramenta passou a ser denominada de 5W2H (Quadro 5), sendo assim utilizada como base para o plano de ação proposto pelo Método GAIA.

Também cabe mencionar a relevância da criação de índices que representem relações quantitativas entre os produtos produzidos e os resíduos, efluentes e emissões geradas no processo produtivo. Após a identificação destes índices, recomenda-se a contínua comparação com empresas concorrentes na cadeia produtiva.

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Quadro 1: Fases e atividades do Método GAIA. FASES OBJETIVO ATIVIDADES RESULTADOS ESPERADOS

SENSIBILIZAÇÃO

Proporcionar a adesão e o

comprometimento da alta

administração com a melhoria contínua do desempenho

ambiental

SUSTENTABILIDADE DO NEGÓCIO

Conhecimento do nível atual do desempenho ambiental da organização pela alta administração

ANÁLISE ESTRATÉGICA AMBIENTAL

Comparação do desempenho atual com aquele apresentado por filosofias defensivas, reativas, indiferentes e inovativas de

gerenciamento COMPROMETIMENTO DA ALTA

ADMINISTRAÇÃO Definição da Missão, Visão, Política e Objetivos Organizacionais

PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO DE PARTES INTERESSADAS

Sensibilização dos colaboradores, fornecedores, comunidade, órgãos ambientais, clientes

CONSCIENTIZAÇÃO

Identificar a cadeia de produção e consumo e os principais aspectos ambientais, especialmente o processo produtivo da organização alvo

MAPEAMENTO DA CADEIA DE PRODUÇÃO E CONSUMO

Identificação da cadeia de ciclo de vida do produto, desde a extração de matérias-primas até a destinação final do produto pós-

consumido. MAPEAMENTO DO MACROFLUXO

DO PROCESSO Identificação das etapas do processo produtivo da organização

alvo ESTUDO DE ENTRADAS E SAÍDAS

DOS PROCESSOS Identificação qualitativa das matérias primas,insumos utilizados,

produtos, resíduos, efluentes e emissões de cada etapa do processo INVENTÁRIO DE ASPECTOS E

IMPACTOS AMBIENTAIS Identificação dos principais aspectos e impactos ambientais do

processo produtivo

CAPACITAÇÃO

Capacitar os colaboradores a definir e implantar as melhorias no desempenho ambiental

IDENTIFICAÇÃO CRIATIVA DE SOLUÇÕES

Propostas de soluções para os principais aspectos e impactos, utilizando brainstorming e teoria do alpinista

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA-ECONÔMICO E

AMBIENTAL

Definir qual a solução mais viável sob pontos de vista técnicos, econômicos e ambientais

PLANEJAMENTO Definição de Objetivos e Metas, Planos de Ação e Indicadores de Desempenho (5W2H)

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Quadro 2: Lista de verificação da sustentabilidade da organização.

CRITÉRIO 1 – FORNECEDORES Sim Não NA Observações 1. As matérias primas utilizadas são oriundas de recursos renováveis? 2. Os fornecedores são monopolistas do mercado? 3. Os fornecedores apresentam processos produtivos impactantes ao meio ambiente e aos seres humanos? 4. Para a extração/transporte/processamento/distribuição da matéria-prima é necessário grande consumo de energia? 5. Os principais fornecedores da organização são certificados pelas normas ambientais ISO14001? 6. Os principais fornecedores da organização são certificados pelas normas de saúde e segurança BS 8800 ou OHSAS 18001?

CRITÉRIO 2 – PROCESSO PRODUTIVO a) ECO-EFICIÊNCIA DO PROCESSO PRODUTIVO 7. Os processos produtivos são poluentes ou potencialmente poluentes? 8. Ocorre a geração de resíduos perigosos durante o processamento do produto? 9. O processo produtivo é responsável por um alto consumo de energia? 10. A taxa de conversão de matérias primas em produtos é maior ou igual à média do setor? 11. A relação efluente gerado por unidade de produto é igual ou maior que a média do setor em metros cúbicos de água por unidade de produtos produzidos?

12. A relação resíduo sólido gerado por unidade de produto é igual ou maior que a média do setor em quilogramas de resíduo sólido gerado por unidade de produto produzido?

13. A relação emissões atmosféricas geradas por unidade de produto é igual ou maior que a média do setor em metros cúbicos (ou quilogramas) de emissões atmosféricas por unidade de produto produzido?

14. A relação energia utilizada por unidade de produto é igual ou maior que a média do setor em Gigajoules por lote (ou unidade) de produto produzido?

15. A organização atende integralmente as normas relativas à saúde e segurança dos colaboradores internos e externos? b) NÍVEL DA TECNOLOGIA UTILIZADA NO PROCESSO 16. Os produtos produzidos apresentam baixo valor agregado?

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17. A tecnologia apresenta viabilidade somente para grande escala de funcionamento? 18. A tecnologia apresenta grau de complexidade elevado? 19. A tecnologia apresenta alto índice de automação (demanda uma baixa densidade de capital e trabalho)? 20. A tecnologia demanda a utilização de insumos e matérias-primas perigosos? 21. A tecnologia demanda a utilização de recursos não renováveis? 22. A tecnologia é autóctone (capaz de ser desenvolvida, mantida e aperfeiçoada com recursos próprios)? 23. A tecnologia representa uma dependência da organização em relação a algum fornecedor ou parceiro? c) ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DO PROCESSO 24. A fonte hídrica utilizada é comunitária? 25. Existe um alto consumo de água no processo produtivo? 26. Existe um alto consumo de água total na organização? 27. Existe algum tipo de reaproveitamento de água no processo? 28. São gerados efluentes perigosos durante o processo? 29. Os padrões legais referentes a efluentes líquidos são integralmente atendidos? 30. São gerados resíduos sólidos perigosos (Classe 1) durante o processo produtivo? 31. Os padrões legais referentes a resíduos sólidos são integralmente atendidos? 32. Existe algum tipo de reaproveitamento de resíduos sólidos no processo? 33. Existe algum resíduo gerado passível de valorização em outros processos produtivos? 34. A matriz energética é proveniente de fontes renováveis? 35. A atividade produtiva é alta consumidora de energia? 36. Ocorre a geração de emissões atmosféricas tóxicas ou perigosas? 37. Os padrões legais referentes a emissões atmosféricas são integralmente atendidos? 38. Existe algum tipo de reaproveitamento de energia no processo? 39. São utilizados gases estufa no processo produtivo? 40. São utilizados gases ozônio no processo produtivo?

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41. São utilizados elementos causadores de acidificação no processo produtivo? 42. São utilizados compostos orgânicos voláteis no processo produtivo? d) INDICADORES GERENCIAIS 43. A organização está submetida a uma intensa fiscalização por parte dos órgãos ambientais municipais, estaduais e federais?

44. A organização é ré em alguma ação judicial referente à poluição ambiental, acidentes ambientais e/ou indenizações trabalhistas?

45. Já ocorreram reclamações sobre aspectos e impactos do processo produtivo por parte da comunidade vizinha? 46. Em caso afirmativo, foram tomadas ações corretivas e/ou preventivas para a resolução do problema? 47. Ocorreram acidentes ou incidentes ambientais no passado? 48. Em caso afirmativo, os acidentes ou incidentes foram resolvidos de acordo com as expectativas das partes interessadas? 49. Os acidentes ou incidentes foram documentados e registrados em meio adequado? 50. São realizados investimentos sistemáticos em proteção ambiental? 51. A eficiência de utilização de insumos e matérias primas é igual ou superior à média do setor? 52. A quantidade mensal de matérias-primas e energia utilizadas por unidade de produto é crescente? e) RECURSOS HUMANOS NA ORGANIZAÇÃO 53. A alta administração se mostra efetivamente comprometida com a gestão ambiental? 54. O corpo gerencial se apresenta efetivamente comprometido com a gestão ambiental? 55. A mão de obra empregada é altamente especializada? 56. Os colaboradores estão voltados a inovações tecnológicas? 57. A criatividade é um dos pontos fortes da organização e de seus colaboradores? 58. Existe uma política de valorização do capital intelectual? 59. A organização oferece participação nos lucros ou outras formas de motivação aos colaboradores? 60. Os novos produtos desenvolvidos possuem longos ciclos de desenvolvimento? f) DISPONIBILIDADE DE CAPITAL 61. Existe capital próprio disponível para investimentos em gestão ambiental?

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62. Existem restrições cadastrais ou legais para a concessão de empréstimos para investimentos em gestão ambiental? 63. A organização apresenta lucro operacional na rubrica gerenciamento de resíduos? CRITÉRIO 3 – UTILIZAÇÃO DO PRODUTO/SERVIÇO 64. O consumidor tradicional do produto apresenta alta consciência e nível de esclarecimento ambiental? 65. O produto é perigoso ou requer atenção e cuidados por parte do usuário? 66. A utilização do produto ocasiona impacto ou risco potencial ao meio ambiente e aos seres humanos? 67. O produto situa-se em um mercado de alta concorrência? 68. O produto possui substitutos no mercado ou em desenvolvimento? 69. O produto apresenta consumo intensivo (artigo de primeira necessidade)? 70. O produto apresenta características de alta durabilidade? 71. O produto é de fácil reparo para aumento da vida útil? 72. O produto apresenta um mínimo necessário de embalagem? CRITÉRIO 4 - PRODUTO PÓS-CONSUMIDO 73. O produto, após sua utilização, pode ser reutilizado ou reaproveitado? 74. O produto, após sua utilização, pode ser desmontado para reciclagem e/ou reutilização? 75. O produto, após sua utilização, pode ser reciclado no todo ou em parte? 76. O produto, após sua utilização, apresenta facilidade de biodegradação e decomposição? 77. O produto pós-consumido apresenta periculosidade? 78. O produto pós-consumido requer cuidados adicionais para proteção do meio ambiente? 79. O produto pós-consumido gera empregos e renda na sociedade?

Desempenho Ambiental = Total de quadros verdes x 100 RESULTADO SUSTENTABILIDADE

(nº quadros total – nº quadros amarelos) Inferior a 30% CRÍTICA - VERMELHA

Entre 30 e 50% PÉSSIMA - LARANJA

Entre 50 e 70% ADEQUADA - AMARELA

Entre 70 e 90% BOA - AZUL

Superior a 90% EXCELENTE - VERDE

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Quadro 3 - Priorização dos problemas e oportunidades na empresa.

Atividade Aspecto Impacto Situação de Emergência

Preocupações Comerciais Preocupações Ambientais Χ Priorização

sim/não Exposição Legal

Facilidade de Alteração

Custo de Alteração / Remediação

Efeitos Colaterais

Preocupações do Público

Efeitos na Imagem

∑ com

Escala Severidade Propabilidade da Ocorrência

Duração ou Persistência

∑ amb

Média Ponderada

Obtida no mapeamento do processo

Representa as saídas de cada atividade

Alteração real ou potencial do meio ambiente originada do aspecto

Para o preenchimento da planilha adotam-se os seguintes passos:

1. Preencher as três primeiras colunas de acordo com os dados obtidos no mapeamento do processo e no estudo de entradas e saídas. 2. Preencher as colunas referentes aos critérios de avaliação, linha por linha, ou seja, impacto por impacto, utilizando-se o seguinte raciocínio

metodológico: a poluição atmosférica gerada na atividade X através do aspecto Y é extremamente crítica (5), crítica (4), moderada (3), desprezível (2) ou totalmente desprezível (1), em relação ao critério escala do impacto? E assim sucessivamente em relação a cada impacto e a cada critério de avaliação.

3. Após o preenchimento de todas as linhas referentes aos impactos ambientais do processo, calcula-se a média ponderada (Χ) de cada impacto (somatório da média das preocupações comerciais mais o somatório da média preocupações ambientais), o que vai proporcionar a comparação e priorização dos impactos mais significativos.

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Quadro 4 - Identificação criativa de oportunidade de melhoria

ASPECTO E IMPACTO PRIORIZADO

OPORTUNIDADE DE MELHORIA IDENTIFICADA

Ruído Uso de EPI (protetor auricular) Poluição do solo Poluição da água Implantação de um sistema de reutilização de efluentes da

produção

Quadro 5 - Planejamento ambiental da empresa.

WHAT WHY WHEN WHERE WHO HOW HOW MUCH O que Por que Quando Onde Quem Como Quanto custa

USO DE EPI Prevenir danos à saúde do trabalhador

Sempre Durante a produção

Funcionários da produção

Conscientização dos

funcionários

Sem custo

REDUZIR O CONSUMO DE ÁGUA REUTILIZANDO OS EFLUENTES DA

PRODUÇÃO

Reaproveitar resíduos e

conservar os recursos hídricos

Conforme a necessidade da empresa

Após a limpeza das peças das máquinas

Funcionários da produção

Implantando um sistema de reutilização de

efluentes na produção

Necessita de avaliação

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

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Apresentação da empresa

Fundada em 27 de fevereiro de 2002, a Nobile Indústria Comércio e

Beneficiamento Ltda, foi criada com objetivo de atuar na área de terceirização

de serviços nos setores de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria. Tem

como nome fantasia, Nobile Cosméticos, especializada única e exclusivamente

para prestação de serviços para empresas do setor com ou sem área

produtiva, não possuindo marca própria.

Conforme o Registro da Junta Comercial do Estado de São Paulo, o primeiro

contrato social da empresa registra o estabelecimento a Rua Neuza nº 260,

Jardim Canhema, Diadema, São Paulo, permanecendo neste endereço até o

final de novembro de 2007. A partir de 03 de dezembro de 2007 mudou-se para

Rua General Bertoldo Klingler nº 150, Vila Paulicéia, São Bernardo do Campo,

São Paulo.

Durante o período estabelecido em Diadema, se associou com as demais

micro e pequenas empresas do setor e formaram o Pólo de Cosméticos,

atualmente, referência na fabricação de produtos.

Sua atividade fabril se iniciou em agosto de 2003 e em junho de 2004, a Nobile

Cosméticos precisou expandir seu espaço físico que se tornara insuficiente

para a demanda, fazendo com que a diretoria aumentasse a planta industrial,

assim agregando um galpão vizinho. Atualmente, em outra localidade, a

empresa possui aproximadamente 2160 m2 de área útil, estruturada em setores

e subsetores envolvendo todo o sistema produtivo (1600 m2) e administrativo

da empresa.

É composta por quatro sócios desde sua fundação, sendo cada um

responsável por áreas definidas dentro da empresa. A equipe no seu início era

de 10 colaboradores. No ano de 2008 a Nobile chegou a atingir o número de

120 colaboradores. Atualmente, a empresa atua em dois turnos e conta com 70

colaboradores em sua folha de pagamento.

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Hoje a Nobile Cosméticos tem como objetivo crescer a cada dia para atender

as necessidades dos clientes, parceiros e fornecedores, promover nos seus

integrantes a disposição para servir a capacidade e o desejo de evoluir e a

vontade de superar resultados.

Sua missão é desenvolver e disponibilizar produtos e soluções adequadas às

necessidades de nossos clientes, com agilidade, criatividade, segurança e

transparência.

Sua visão é ser uma empresa cumpridora das suas metas, e ser melhor nos

serviços prestados aos clientes, buscando sempre satisfazê-los e assim manter

uma relação de respeito e confiança.

Seus valores são Ética, Transparência, Profissionalismo, Qualidade, Inovação,

Parceria e Respeito em todos os relacionamentos.

Produtos/ Serviços oferecidos

Nobile Cosméticos é uma das mais conceituadas empresas do ramo de

terceirização e serviços cosméticos do Brasil e oferece garantia da qualidade

dos produtos que desenvolve, capacitada para fabricar produtos cosméticos

em geral, sempre respeitando os consumidores e clientes.

Dispõem de laboratório próprio, salas de envase de produtos hidroalcóolicos e

tensoativos, almoxarifado e colaboradores qualificados para exercer suas

funções. Dispõem ainda de corpo técnico qualificado que acompanham as

últimas tendências e inovações do mercado.

Paralelamente, indica empresas parceiras no ramo de embalagens e auxilia no

registro / notificação de produtos.

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Diferenciais da Empresa

A Nobile Cosméticos reconhece que o fator humano é uma peça fundamental

para a obtenção da qualidade total do seu sistema, e que a ele deve ser dado

todo o apoio necessário para perfeito entendimento deste compromisso.

Buscar a qualidade em todos os processos existentes é uma missão que não

tem fim, objetivando sempre a melhoria continua em quaisquer tarefas que

agreguem valor ao produto ou serviço, dando ênfase constante à participação

de cada funcionário e ao trabalho em equipe.

Trabalhos que preservem o meio ambiente e a segurança individual de cada

contribuinte serão considerados prioritários e terá todo o respaldo gerencial.

Para atender a esses requisitos, delega a cada contribuinte individualmente, o

comprometimento pessoal, encorajando e facilitando a autoconfiança,

simplicidade e agilidade em cada tarefa executada.

A Nobile Cosméticos desenvolve uma metodologia que permite encontrar

parceiros para o processo de fabricação, que em muitas vezes são seus

próprios concorrentes e, mesmo assim a empresa esta preocupada com o

custo e a qualidade dos produtos que fabrica para seus clientes.

É reconhecida no ramo como sendo uma especialista na produção e execução

dos serviços prestados, tendo um grande conhecimento e capacidade

produtiva para se responsabilizar em fabricar um produto que pertence a

terceiros, já que ele será transformador da imagem do produto da empresa

contratante, e este produto refletirá a imagem da empresa no mercado.

Humanware

A faixa de escolaridade é do ensino fundamental completo para quem trabalha

na produção e ensino superior/técnico para quem trabalha na área do

laboratório e Controle / Garantia da Qualidade.

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Os treinamentos dados aos colaboradores são:

Boas Práticas de Fabricação;

Sipat;

Motivação;

Instrução sobre asseio pessoal;

Tipos de sanitizante e alternância do mesmo;

Brigada de incêndio;

Higienização e sanitização de equipamentos e área fabril;

Saúde da mulher;

Microbiologia, Manipulação higiênica de produto e Análise de pontos

críticos;

Treinamento de segurança - Operador de empilhadeira;

Treinamento para integrante da Sipat;

Treinamento preventivo - Combate a incêndio ;

Primeiros socorros;

DST/AIDS;

Contaminante em cosméticos e doenças transmitidas por cosméticos;

Manipulação em cosméticos;

Conscientização e respeito ao próximo;

Uso correto de EPIs

Principais Concorrentes:

Lipson Mappel Provaider Weckerler

Gadea

Biosfere

Freedom K&G Lamy MCA

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Mapas Estratégicos da Nobile Cosméticos

Resultados finais

Perspectivas

Financeiras

Aumentar

participação no

mercado

Reduzir custo Gerar lucro

Perspectivas de

cliente

Aumentar a

transparência e

estimular o consumo

consciente

Manter alto

índice de

satisfação dos

clientes

Contribuir para o

desenvolvimento social.

Perspectivas de

Processo

Implantação de

gestão por processo

Aumentar o

portfólio de

produto

oferecido

Aumentar o numero de

clientes.

Perspectivas

Aprendizado e

Crescimento

Ter colaboradores

treinados e

comprometidos com

o bem estar da

empresa

Desenvolver

lidere com

qualidade e

quantidade

necessária

Princípios de

relacionamento

cliente/Nobile

O Mapa acima descreve os principais objetivos estratégicos da Nobile

Cosméticos. Com esta análise, deixamos aqui a importante lição que a Nobile

Ser uma empresa de referencia no mercado onde atua gerando resultados

integrados nas dimensões econômica, social e ambiental.

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nos dá: uma empresa pode ser lucrativa e crescer a cada dia, treinando seus

colaboradores e sendo transparente em todas suas ações.

Estrutura

Visão da Área Externa

Descarte Lateral externa: Tanques

Tanques: Reservatórios de Água Desmineralizada

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Almoxarifado (Administração) Entrada e Saída de Materiais

Expedição: Acabados

Expedição: Semi-acabados

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Expedição: Semi-acabados

Corredor horizontal da Expedição

Acesso ao Estoque de MP Setor de Pesagem

Setor de Fabricação

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Setor de Fabricação

Produto acabado para envase Setor de envase: Flaconetes (Sl.1 e 2)

Setor de envase: Flaconetes (Sl.3 e 4) Envase de Flaconetes

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Setor de Montagem de Batons

Montagem de Batons Setor de Montagem de Kits

Montagem de Kits Mini-estoque de Batom

Setor de CQ – Produção / Linhas Acesso ao Setor de Envase

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Setor de Envase

Linha de envase

Banheiros / Vestiários Escada de Acesso a Administração

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Laboratório de CQ e P&D Setor de Descarte

Laboratório de Microbiologia Divisão de setores (CQ /Lavagem)

Setor de Lavagem Sala de Rotulagem

Setor de Quarentena Setor de Reprovados (Embalagens e MP)

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Laboratório de CQ Embalagem (Direita) Portão de acesso a Expedição (Frente)

Corredor de Acesso para a Produção Sala de Rotulagem (Esquerda) Estoque de MP (Direita)

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Croqui da Área produtiva da empresa

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Especificação de produtos e famílias

Relação dos principais clientes na ordem decrescente quantitativa de produção

em relação à família de produtos:

Cliente Produtos Família

Avon

a) Flaconete 1mL

b) Demo 4mL

c) Montagem de kit

d) Batom

a) Solução

b) Solução

c) –

d) Sistema anidro

Bionative a) Condicionador

b) Xampu

c) Máscaras

d) Leave in

e) Reparador de pontas

f) Ativadores de cachos

g) Progressiva

a) Emulsão

b) Sistema tensoativo

c) Emulsão

d) Emulsão

e) Solução

f) Emulsão

g) Emulsão

Gellus a) Deo colônia

b) Desodorantes

c) Roll on

a) Solução

b) Solução

c) Emulsão

Markant a) Condicionador

b) Xampu

c) Máscaras

a) Emulsão

b) Sistema tensoativo

c) Emulsão

Alleato a) Deo colônias

b) Loção corporal

a) Solução

b) Emulsão

L.W.V a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Semo a) Máscaras

b) Loções corporais

a) Emulsão

b) Emulsão

Italian.Beauty a) Xampu

b) Condicionador

c) Defrizante

d) Leave in

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

d) Emulsão

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Derms a) Protetor solar

b) Xampu anti-caspa

c) Gel anti-acne

d) Sabonete

e) Loção corporal

f) Espuma de limpeza facial

g) Creme para as mãos

a) Emulsão

b) Sistema tensoativo

c) Sistema coloidal

d) Sistema tensoativo

e) Emulsão

f) Sistema tensoativo

g) Emulsão

Chillies a) Gel hidratante corporal

b) Fluido de massagem

a) Sistema coloidal

b) Emulsão

Vanuá a) Loção tônica

b) Creme de massagem

c) Esfoliante

d) Xampu

e) Loção adstringente

f) Óleo corporal

a) Solução

b) Emulsão

c) Sistema coloidal

d) Sistema tensoativo

e) Solução

f) Sistema anidro

Doctor Clean a) Álcool gel para mãos a) Sistema coloidal

Mutamba a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Rafizza a) Deo colônias a) Solução

Cristal Hair a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Evolution Hair a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Sweet Secret a) Loção desodorante corporal

b) Desodorante corporal

a) Emulsão

b) Solução

Perfeita

sedução

a) Loção desodorante corporal

b) Desodorante corporal

a) Emulsão

b) Solução

Yoten a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

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Raccolto a) Gel fixador a) Sistema coloidal

Brumas a) Gel fixador a) Sistema coloidal

Max Liss a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Fine Line a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Last Liss a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Trat Liss a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Mangosteen a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Mahaga a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Beleza

Feminina

a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Codivel a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Diversos

(Cooperativa)

a) Xampu

b) Redutor de volume

c) Máscara hidratante

a) Sistema tensoativo

b) Emulsão

c) Emulsão

Famílias em ordem decrescente quantitativa de produção: Emulsões,

Sistemas tensoativos, Soluções, Sistemas coloidais e Sistemas anidros;

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Famílias em ordem decrescente quantitativa: Soluções, Sistemas

anidros, Emulsões, Sistemas coloidais e Sistemas Tensoativos;

Linha em ordem decrescente quantitativa de produção: Higiene Pessoal,

Perfumaria e Cosméticos.

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Os gráficos abaixo representam os números correspondentes às unidades de

lotes entregues a seus principais clientes:

Avon

A Nobile Cosméticos tem parceria com a Avon desde ano de 2004 no qual se

observa no gráfico acima. Em 2010, houve um aumento de 11,4% na

demanda produtiva, principalmente de produtos representativos da família das

soluções.

A Avon é um dos maiores cliente da Nobile Cosméticos contabilizando cerca de

65% de seu faturamento.

Derms

A Derms é cliente desde o ano de 2007 seu percentual é de 2% em produção

comparado aos outros clientes. Em 2008 teve uma demanda grande em termos

de serviços, e com a crise financeira reduziu a produção em 2009. Em 2010,

manteve o ritmo verificado no ano anterior.

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Semo

A Semo é cliente desde o ano de 2006 seu percentual em produção anual tem

aumentado em 2010 sendo de 25%

LWV

A LWV é cliente desde o ano de 2008 seu percentual em produção aumentou

em 64% no ano de 2009. Em 2010, manteve o ritmo de produção alcançado no

ano anterior.

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Bionative

A Bionative é cliente desde o ano de 2007 seu percentual em produção tem

aumentado bastante, em 2009 teve um aumento de 56% ela vem crescendo

constantemente a cada ano. Ainda não há dados do questionário de satisfação

de clientes para verificar a razão do decréscimo na demanda de serviço.

Chillies

A Chillies é cliente desde o ano de 2008 seu percentual em produção anual

teve um grande aumento de 72%. Ainda não há dados do questionário de

satisfação de clientes para verificar a razão do decréscimo na demanda de

serviço.

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Doctor Clean

A Doctor Clean é um cliente novo chegou no mercado com a expansão da

epidemia da gripe suína e com uma grande demanda de serviços devido a

produção do alcool gel. Em 2010, não houve produção nas dependências da

Nobile.

Gellus

A Gellus é cliente desde o ano de 2005 seu percentual em produção anual tem

aumentado em 2009 foi de 49% é um cliente satisfeito com os serviços

prestados pela Nobile Cosméticos.

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Em 2008 o percentual foi menor devido ter trocado de fornecedor por motivo de

redução de custos teve problemas em relação a qualidade do produto e

retomou a contratar os serviços da Nobile Cosméticos em 2009.

Em 2010 a Gellus deixou de contratar os serviços da Nobile por razões

particulares.

Markant

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A Markant é cliente desde o ano de 2008 seu percentual em produção

comparado ao anterior é baixo. Em 2009, teve redução em termos de serviços

e devido a crise financeira não se manteve no mercado.

Vanua

A Vanua é cliente desde o ano de 2005 seu percentual em produção

comparado aos outros clientes é baixo. Com a crise financeira teve queda

na produção e como é uma empresa voltada para o setor de cosméticos e

bijouterias em 2009 optou por atuar fortemente com as bijouterias.

Novos Clientes em 2010

Em 2010, a Nobile Cosméticos aumentou a sua carteira em 19 clientes onde a

maior demanda foi a produção de kits para tratamento capilar, enquadrando-os

na famíla produtiva das emulsões.

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APÊNDICE B

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

Check-List baseado no Regulamento Técnico do Manual de Boas Práticas de Fabricação e Controle (BPF & C) da ANVISA, para os Produtos de HPPC – Resoluções GMC – MERCOSUL 66/96 e 110/94 e Portaria n° 348/97. Oportunidades PmaisL a partir dos itens “recomendáveis” 2. ALMOXARIFADO: RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E EXPEDIÇÃO Item S N NA EA A 1. Quanto ao aspecto externo, o edifício, fachadas, construções aparentes, muros da empresa, apresentam bom estado de conservação?

2.a.1 R

2. Os arredores do edifício, instalações, muros, estão limpos? 2.a.2 R 5. Estão adequadas as condições físicas/estado de conservação do almoxarifado, estrutura, paredes e tetos?

2.a.5 R

Os itens 2.a.1, 2.a.2 e 2.a.5 referem-se à apresentação estética da infraestrutura externa da empresa e os pontos levantados podem representar uma oportunidade em serviços, sendo o cartão de visita para conquistar novos clientes e manter os cativos. As sugestões dentro da PmaisL são: conservar com reformas periódicas, arborizar os arredores ou manter a já existente com o aval da prefeitura, intimidar pichadores e incentivar grafiteiros até financeiramente ou outro tipo de bônus, com “muros” para expressão artística sobre a área de atuação da empresa. 6. As vias de acesso aos depósitos são adequadas (permitem movimentação livre)? 2.a.6 R A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está na organização física do almoxarifado, deixando-o com corredores de livre circulação para a segurança do colaborador em caso de incêndio. Esta atitude é bem vista e desejada em empresas contratantes que possuem certificações em BS8800/SA 8000 ou que possuem programas de responsabilidade social. 9. É de fácil limpeza (piso do almoxarifado)? 2.b.3 R A facilidade na limpeza reflete na inexistência de rodapés/cantos vivos na junção piso-parede e na qualidade do impermeabilizante aplicado no piso por empresa especializada. Qualificar fornecedores/prestadores de serviço, além de promover treinamentos sobre ergonomia/postura laboral para os colaboradores envolvidos, podem figurar oportunidades em serviços de PmaisL. 10. As paredes internas do almoxarifado estão bem conservadas? 2.b.4 R 12. Apresentam pinturas que assegurem manutenção e condições de higiene/limpeza? 2.b.6 R 13. Os tetos do almoxarifado estão em boas condições gerais (gretas, rachaduras, goteiras e pintura descascando)?

2.b.7 R

16. A qualidade e a intensidade da iluminação são adequadas? (atendem os quesitos de qualidade e de segurança no trabalho)

2.c.1 R

17. A ventilação do local (almoxarifado e dependências) é adequada? 2.c.2 R 18. O setor (almoxarifado, instalações e ambiente) está limpo? 2.c.3 R 19. As instalações elétricas (almoxarifado/instalações) estão em bom estado de conservação?

2.c.4 R

A infraestrutura interna do almoxarifado deve ser organizada e racional para possibilitar a sua manutenção, garantindo a segurança do colaborador e prezando pela qualidade das MPs, insumos e produto acabado. As oportunidades em serviços na PmaisL pode figurar em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação, projetar a reciclagem da água (reuso) para limpeza geral e a captação/utilização da energia solar como uma das fontes geradoras de energia. 21. A temperatura do almoxarifado é controlada e registrada? (ver registros na inspeção) 2.c.6 R Referente ao controle de temperatura em áreas delimitadas para armazenagem de MP termoexigentes, onde a utilização de um termo-higrômetro é necessária para medir as variações temperatura e umidade e/ou até mesmo, a instalação de um ar-condicionador e desumidificador para garantir a estabilidade. A oportunidade em processos dentro da PmaisL, se baseia em registrar estas variações diárias de temperatura e umidade para diminuir o risco de não conformidade nas MPs resultando em produtos retrabalhados ou até mesmo descartados. 24. Esse sistema tem sido utilizado regularmente (frequência) e há registros? 2.c.9 R 25. Existe um responsável pela sua execução? 2.c.10 R Os itens 2.c.9 e 2.c.10 são referentes ao controle de pragas. A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está em criar um procedimento operacional padrão no combate e prevenção a infestações, treinar 1 a 3 colaboradores para monitorar a atividade e validar anualmente este procedimento com uma empresa autorizada pela ANVISA / VISA para exercer esta atividade. Realizando este controle, há garantias de manter a integridade de MPs, insumos e produtos acabados, bem como a saúde dos colaboradores.

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

28. Existem sanitários em quantidade suficiente, masculino e feminino (1 para 12)? 2.c.13 R 29. Estão limpos? 2.c.14 R 31. Está limpo (o salão-restaurante)? 2.c.16 R 32. Existem vestiários em quantidade suficiente (verificar número e estado)? 2.c.17 R 34. Estão limpos (os vestiários) e em condições adequadas de uso? 2.c.18 R Os itens 2.c.13 a 2.c.18 referem-se à infraestrutura oferecida aos seus colaboradores, de modo a propiciar condições de bem-estar aos mesmos. A oportunidade em PmaisL está em disponibilizar nestes locais, cartazes sobre modo correto de lavar as mãos, vestir o uniforme e os EPIs, saúde ocupacional, reciclagem na empresa, dicas de consumo sustentável, dispor de lixeiras definidas sobre a natureza do resíduo (metal, vidro, etc.) no salão-restaurante e em pontos de circulação. É um modo de promover indiretamente uma educação laboral baseada no desenvolvimento em Humanware da empresa, focando os serviços em PmaisL. 36. Os uniformes estão limpos e em boas condições? 2.c.19.1 R Dispor de uniformes e EPIS para os colaboradores é função da empresa para garantir a segurança pessoal, o processo produtivo e o produto final. A oportunidade em PmaisL está em oferecer n° de uniformes e EPIs suficientes para que os seus colaboradores o mantenham sempre limpos e em perfeitas condições. Com isso, indiretamente, não melhora só a imagem da empresa quando há visitas de clientes e fornecedores ou auditorias externas, faz parte na diminuição de ocorrências e não conformidades em serviços envolvendo processos e produtos. 39. A temperatura da câmara frigorífica é controlada e registrada? 2.c.22 R Este item se refere à câmara frigorífica quando se faz necessária, para armazenar alguma MP que necessite de temperaturas inferiores a 19°C para a sua estabilidade. A oportunidade em PmaisL está em criar um controle estatístico com as variáveis temperatura e umidade para conseguir prevenir alguma não conformidade e assim evitar desperdícios ao descartar MP danificada pela temperatura ou até eliminar esta variável quando ocorrer algum problema no produto final que impossibilite a sua disposição para o consumidor. 45. Existem áreas ou sistemas, fisicamente separados, que garantam a separação de insumos, produtos semi-acabados e produtos acabados?

2.c.26 R

48. Existe área ou sistema que delimite ou restrinja o armazenamento de etiquetas ou rótulos?

2.c.29 R

A logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa não é só uma oportunidade em PmaisL, mas de todas as ferramentas da qualidade. Em PmaisL este item indiretamente representa a qualidade em serviços, prevenindo misturas acidentais durante a distribuição, armazenamento e expedição, evitando passar uma imagem negativa para seus clientes. 64. O prazo de validade, ou data de re-análise, está indicado no rótulo? 2.d.10 R Esse item se refere à identificação da MP pelo fornecedor oferecendo no rótulo dados relevantes sobre a mesma. O prazo de validade, seja inicial ou proveniente de uma reanálise, expresso no rótulo é fundamental para os colaboradores organizarem a distribuição para a área de pesagem de acordo com o sistema adotado pela empresa. A oportunidade em PmaisL está organizar as sessões desses insumos no sistema FEFO (First expired, first out – Primeiro a expirar, primeiro a sair), evitando descartar MP vencidas sem uso. 66. A disposição do armazenamento (layout) garante a identidade e integridade das MPs? 2.d.12 R Separar as MPs por natureza física, subdivida em ordem alfabética e em seguida por prazo de validade (FEFO) disposto em uma área controlada ou não exigente de acordo com a necessidade expressa na literatura oficial ou laudo técnico, encontra-se em oportunidade em PmaisL para garantir a correta utilização de insumos evitando ocorrências em não conformidades em produção, produtos e serviços. 69. O uso de MPs respeita a ordem de entrada, utilizando-se primeiro as mais antigas (FIFO)?

2.d.15 R

Nem sempre o FIFO (First in, first out – Primeiro a entrar, primeiro a sair) respeita o prazo de validade das MPs. A oportunidade em PmaisL é aplicar o sistema FEFO (First expired, first out – Primeiro a expirar, primeiro a sair), evitando descartar MP vencidas sem uso. 73. É realizada inspeção na recepção dos materiais para embalagens? 2.e.1 R Muitas vezes não dada à devida importância, realizar uma inspeção inicial nas embalagens verificando notas fiscais e laudos técnicos e apontando compatibilidades de informações são oportunidades em PmaisL que refletem indiretamente no produto final, evitando descartes ou inviabilidade de embalagens no momento da produção. 85. O depósito (local definido no almoxarifado) é exclusivo para o(s) produto(s) acabado(s)?

2.f.1 R

Dentro da logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa, dentro da PmaisL representa a qualidade em serviços, prevenindo misturas acidentais durante a expedição, evitando passar uma imagem negativa para seus clientes, por receber produtos trocados, MPs ao invés de produtos ou quantidades inferiores ao combinado. 87. O depósito encontra-se devidamente ordenado (em ordem é diferente de organizado)? 2.f.3 R 89. Com iluminação adequada às necessidades (depósito)? 2.f.3.2 R

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

90. Com ventilação também adequada às necessidades (depósito)? 2.f.3.3. R 91. É mantido um sistema de registro de entrada e do estoque de produto acabado? 2.f.4 R 92. O sistema de registro e controle dos despachos de produto acabado observa a correspondente relação sequencial de lote, data de entrada, data de saída e observação de data de vencimento?

2.f.5 R

93. O armazenamento do produto acabado realiza-se com a devida ordem de segurança, evitando possíveis misturas no seu controle e despacho, assim como acidentes no seu manuseio? (despacho = expedição)

2.f.6 R

94. Os produtos são empilhados com segurança (n° max. de caixa sobre caixa organizadas em pallets)?

2.f.7 R

As oportunidades em PmaisL, nos itens 2.f.3 a 2.f.7, estão em criar fichas de controle de entrada e saída de produtos acabados rotulados com o maior número de dados relevantes, para garantir a distribuição de forma ordenada, respeitando o sistema FIFO, neste caso válido por respeitar o prazo de validade de acordo com o número de lote interno da produção; ordenar as caixas ou fardos de forma segura aos produtos e aos colaboradores que circulam pelo almoxarifado; em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes e; aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação. 98. Existem equipamentos (extintores, mangueiras, etc.), em quantidade suficiente para combater incêndios?

2.f.11 R

100. Verifica-se com frequência seu correto funcionamento (há registros disso)? 2.f.12.1 R 101. Essas verificações estão devidamente registradas (ver registros)? 2.f.12.2 R A oportunidade em PmaisL está em controlar os registros de equipamentos em funcionamento que garantam a segurança dos colaboradores e da infraestrutura funcional da empresa, realizando manutenção preventiva e corretiva dos mesmos, prevenindo acidentes. 105. Realizam-se inventários periodicamente, dos materiais, insumos e produtos acabados?

2.f.16 R

Esse controle é uma das ferramentas-chave dentro da PmaisL quando nos referimos a controle de gastos no sistema produtivo. Com essa coleta de dados, existe uma organização para aquisição de novos insumos baseados em se trabalhar com o estoque mínimo e diminuindo o espaço de armazenamento dos mesmos, de acordo com a filosofia do “Just in Time” e na emissão de novas ordens de produção, que indiretamente medem o consumo de massa e energia do sistema. 107. Existe um controle de distribuição de produtos acabados (rotina, fluxograma, etc.)? 2.f.18 R Esse controle dentro da PmaisL serve de ferramenta para os serviços prestados pela empresa aos seus clientes, organizando um cronograma de entrega e distribuição nos pontos de venda, quando for o caso, facilitando o trabalho do departamento comercial dos stakeholders (partes interessadas).

3. DEVOLUÇÕES DE PRODUTOS ACABADOS Item S N NA EA A 5. São mantidos registros das análises, resultados e decisões, como consequência das devoluções?

3.5 R

7. Os resultados das inspeções e análises são devidamente registrados? 3.7 R 8. Todas as decisões são devidamente registradas? 3.8 R 9. Os registros são anexados ou se faz alguma referência dos mesmos nas documentações de cada lote de produto acabado devolvido?

3.9 R

4. RECOLHIMENTO DE PRODUTOS Item S N NA EA A 1. A empresa estabelece e mantém procedimentos para o recolhimento de produtos no mercado?

4.1 R

1. A empresa estabelece e mantém sistemática que garanta a correta aplicação dos procedimentos?

4.2 R

3. Existe pessoa responsável designada para a coordenação e execução dos procedimentos?

4.3 R

4. Quando a pessoa responsável designada não pertencer ao Controle da Qualidade, a mesma é informada das operações efetuadas?

4.4 R

9. Os registros de distribuição dos produtos, em nível primário (do fabricante ao receptor), permanecem disponíveis para uma rápida ação de recolhimento do mercado?

4.7 R

10. Esses registros contêm informações que permitam o rastreamento do(s) cliente(s) da distribuição primária?(Localização do recebedor do produto)

4.7.1 R

14. Existem relatórios conclusivos sobre todo o processo para cada produto recolhido? (estudo de rastreabilidade e das causas das não conformidades)

4.9 R

15. Existem relatórios sobre o destino dos produtos recolhidos no mercado? 4.10 R Tanto a devolução quanto o recolhimento dos produtos, não é previsto dentro da PmaisL quando o programa está validado, visto que

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

tais ocorrências não acontecem, pois foram prevenidas na fonte. Se não for o caso, é desejável que a empresa implante um sistema de Cosmetovigilância e que seu serviço de atendimento ao consumidor seja efetivo. A oportunidade em PmaisL está em implantar esse departamento de SAC baseado no sistema de Cosmetovigilância, prestando serviços de utilidade e qualidade aos clientes e/ou consumidores.

5. SISTEMAS E INSTALAÇÕES DE ÁGUA Item S N NA EA A Água Potável 2. A empresa possui caixa(s) d’água? 5.a.2 R 5. Existem procedimentos escritos para a limpeza da(s) caixa(s) d’água e são utilizados? 5.a.5 R 10. A provisão de água faz-se sob pressão positiva contínua, em um sistema livre de defeitos? (Verificar evidências)

5.a.10 R

Água Purificada Deionização 14. Existe pessoal capacitado para operar o sistema e o responsável pela operação está presente?

5.b.1.3 R

15. Existe manual de operação para o sistema e é utilizado? (verificar evidências) 5.b.1.4 R 22. A água deionizada é liberada pelo Controle da Qualidade antes de ser utilizada? 5.b.1.11 R 26. Existe algum tipo de filtro no sistema? 5.b.1.15 R Qual? ( ) carvão ( ) areia ( ) diatomácea Osmose reversa (OR) (quando for o caso) 33. Existe manual de operação do sistema e tem sido utilizado? 5.b.2.4 R 42. Existe algum tipo de filtro no sistema? 5.b.2.13 R Qual? ( ) carvão ( ) areia ( ) diatomácea A oportunidade em PmaisL é traçar todo o sistema de provimento de água da produção, garantindo sua quantidade e qualidade deste a fonte geradora até o produto final, no caso a água purificada. Desse modo torna-se fácil diagnosticar e prevenir falhas na distribuição de água. O controle realizado dentro da PmaisL está baseado no treinamento de um ou mais colaboradores responsáveis pela operação e manutenção do sistema para garantir a qualidade da água potável, a realização e validação da limpeza da caixa d’água, em obter a água deionizada, desmineralizada ou destilada (de acordo com a necessidade de produção) atestando sua pureza química e microbiológica.

6. PRODUÇÃO Item S N NA EA A 1. Existe plano de treinamento para os colaboradores? 6.1 R 3. Os colaboradores são submetidos a exame médico periódico? (verificar evidências) 6.3 R 4. Existe plano de assistência médica permanente e emergencial para casos de enfermidades bruscas ou acidentes?

6.4 R

É a oportunidade de PmaisL em serviços envolvendo o Departamento de Recursos Humanos da empresa. Assegurar a saúde ocupacional do colaborador e oferecer treinamentos periódicos sobre BPF&C ou a cada novo procedimento operacional implantado, resulta em melhorias dentro do Humanware que obviamente reflete no Hardware/Software no sistema produtivo, evitando acidentes e aumentando o desempenho de produtos e processos. Organização 11. Há procedimentos escritos sobre a forma de proceder, caso necessário modificar a fórmula padrão?

6.a.1.3 R

Redigir procedimentos operacionais padrão de todas as possibilidades que possam ocorrer aplicando ações corretivas e principalmente, treinar colaboradores para executar tais ações pode refletir em uma oportunidade em PmaisL para prevenir descartes de produtos fora do padrão da qualidade. Na PmaisL está etapa poderia ser evitada se o desenvolvimento do produto e qualificação dos fornecedores fosse mais efetivo, evitando possíveis retrabalhos, influenciando na adaptação temporária da fórmula padrão. 12. A fórmula padrão contém nome, forma, concentração e prazo de validade do produto? 6.a.1.4 R São dados importantes dentro da PmaisL para a produção se organizar quanto à disponibilidade dos equipamentos, embalagens, rótulos e impressão do número de lote e prazo de validade, evitando perda de tempo e possíveis trocas de produtos. 17. Existe responsável pela verificação e execução da limpeza dos equipamentos empregados?

6.a.1.7 R

Dentro da PmaisL é importante ter o maior número possível de colaboradores treinados nas áreas de atuação da empresa para participar ou fornecer dados ao ecotime para efetivar a implantação do programa na empresa. Verificar e executar a limpeza dos equipamentos pode gerar uma oportunidade em PmaisL no consumo e reuso da água, como também estudar a utilização de

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

sanitizantes mais efetivos e menos impactantes para o meio ambiente. 19. Há exigência de anexar à Ordem de Fabricação (OP) os registros gráficos de temperatura, pressão e umidade, quando o processo requer o controle dos mesmos?

6.a.1.9 R

São variáveis importantes para o Controle e Garantia da Qualidade para produzir lotes padronizados e prevenir não conformidades durante o processo. A oportunidade em PmaisL está em criar fichas de Controle Estatístico de Processo (CEP) anotando essas variáveis e anexar na OP, juntando o maior número de informações sobre o produto facilitando a sua rastreabilidade. 21. Há calculo do rendimento real obtido nas diversas etapas de fabricação e relação com o rendimento teórico?

6.a.1.11 R

Esse item se refere ao balanço de massa desejado dentro da PmaisL. Traçar esse fluxograma listando as entradas e saídas, bem como calcular o seu rendimento, serve de mapa ou guia para direcionar as possibilidades de PmaisL dentro do sistema produtivo. Ordem de fabricação 28. Contém números de códigos, de lote e de análise de MPs e materiais de embalagens? 6.a.2.3 R Esse item se refere à Ordem de fabricação (OP) onde deve constar dados sobre a fórmula padrão como descriminação de MPs, fórmula centesimal, quantidade a ser produzida e o cálculo referente a essa ordem, prazo de validade e lote interno da produção. A oportunidade em PmaisL está em anexar ou anotar os dados referentes às MPs e insumos utilizados no processo, facilitando a identificação e rastreabilidade do produto, identificando possíveis não conformidades e prevenindo retrabalhos e descartes desnecessários. Áreas de Pesagem e Medidas 33. A área de pesagem e medidas está separada fisicamente das demais dependências por paredes ou outro tipo de separação?

6.b.1 R

A logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa não é só uma oportunidade em PmaisL, mas de todas as ferramentas da qualidade. Em PmaisL este item representa a qualidade em processos, prevenindo misturas acidentais durante a produção, evitando transtornos e desperdícios. 38. Há registros das calibrações? (verificar evidências) 6.b.6 R Esse item se refere a(s) balança(s) e recipiente(s) de medida que devem ser calibrados periodicamente por empresas certificadas por órgãos fiscalizadores como o INMETRO. Dentro da PmaisL, a oportunidade está em realizar também calibrações internas que assegurem a precisão dos equipamentos e ferramentas de medição, programando assim a manutenção preventiva e corretiva dos mesmos. 43. Nessas etiquetas consta o nome do produto a que se destina o insumo? 6.b.11.1 R 45. Consta o número do lote do produto? 6.b.11.4 R 47. Consta o peso bruto? 6.b.11.6 R 48. Consta o controle de pesagem ou medida do colaborador que pesa com a respectiva assinatura?

6.b.11.7 R

Esses itens se referem à etiqueta gerada na área de pesagem identificando a MP, seu destino, n° de lote, quantidade medida e o nome do colaborador que efetuou tal medição com sua rubrica confirmatória. Essa etiqueta faz parte de um dos anexos da Ordem de Fabricação (OP) para facilitar a identificação e rastreabilidade do produto, identificando possíveis não conformidades e prevenindo retrabalhos e descartes desnecessários, dentro da oportunidade de PmaisL. 53. Há sistema de exaustão na área de pesagem e medição? 6.b.14 R Necessário, caso as MPs utilizadas sejam particuladas ou voláteis para evitar contaminação cruzada e intoxicação acidental do(s) colaborador (es) envolvidos com a área de pesagem. A oportunidade em PmaisL está em evitar acidentes ocupacionais e contaminantes no processo com a instalação de euxastores nas balanças e nas demais áreas de medição. 55. A área de pesagem e medição possui local próprio para lavagem de utensílios de pesagem e/ou medida?

6.b.16 R

A oportunidade em PmaisL está em evitar contaminantes no processo com uma antessala para lavagens dos utensílios eliminando as chances de misturas acidentais do material dessa área com as demais do processo produtivo. Caso não seja possível criar essa antessala, os utensílios devem possuir identificação da área da qual pertencem e devem ser higienizados separadamente dos materiais das demais áreas. 56. As MPs mais antigas são esgotadas (usadas) primeiramente? (FIFO) 6.b.17 R Nem sempre o FIFO (First in, first out – Primeiro a entrar, primeiro a sair) respeita o prazo de validade das MPs. A oportunidade em PmaisL é aplicar o sistema FEFO (First expired, first out – Primeiro a expirar, primeiro a sair), evitando descartar MP vencidas sem uso. 61. Existe um sistema de proteção contra a contaminação do meio ambiente, através dos sistemas de exaustão ou de outro modo?

6.b.21 R

As oportunidades em PmaisL estão na instalação de euxastores com sistemas filtrantes, se for o caso, nas áreas de medição e pesagem, adquirir MPs com alto grau de pureza e baixa volatilidade que indiretamente irão gerar resíduos com baixo impacto ambiental, quando possível reutilizar a água de lavagem dos utensílios para limpeza geral, dispondo assim a menor quantidade de resíduos e efluentes para o meio ambiente.

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

Áreas Produtivas Condições externas 62. O edifício está em bom estado? 6.c.1.1 R Esse item se refere às condições internas e externas do local onde se realiza a produção. Os pontos levantados são os mesmos levantados para todas as áreas da unidade fabril e podem representar uma oportunidade conjunta em serviços, sendo o cartão de visita para conquistar novos clientes e manter os cativos. As sugestões dentro da PmaisL são: conservar com reformas periódicas, arborizar os arredores ou manter a já existente com o aval da prefeitura, intimidar pichadores e incentivar grafiteiros até financeiramente ou outro tipo de bônus, com “muros” para expressão artística sobre a área de atuação da empresa. Condições gerais 68. Existe um programa de limpeza por escrito (com rotina e frequência definidas)? 6.c.2.2 R Redigir um Procedimento Operacional Padrão sobre Controle de Processos acompanhado de Instruções de Trabalho descrevendo o modo, material utilizado, rotina e frequência da limpeza dos locais de produção é desejável e encontra uma oportunidade em PmaisL, figurando em uma atividade o menos impactante possível para o meio ambiente, gerando o mínimo de efluentes decorrentes dessa atividade. 73. Os sanitários estão limpos, providos de água fria/quente, sabão, toalhas ou secadores? 6.c.2.7 R 80. Existem bebedouros em locais adequados e em quantidade suficiente? 6.c.2.14 R Os itens acima se referem à infraestrutura oferecida aos seus colaboradores, de modo a propiciar condições de bem-estar aos mesmos. A oportunidade em PmaisL está em disponibilizar cartazes sobre modo correto de lavar as mãos, vestir o uniforme e os EPIs nos banheiros e vestiários; afixar acima do bebedouro, laudo de análise físico-química e microbiológica das águas que os abastecem; dispor nas áreas de circulação, cartazes sobre saúde ocupacional, reciclagem na empresa, dicas de consumo sustentável e distribuir lixeiras definidas sobre a natureza do resíduo (metal, vidro, etc.), nas áreas de produção e convivência. É um modo de promover indiretamente uma educação laboral baseada no desenvolvimento em Humanware da empresa, focando os serviços em PmaisL. 86. São descritas a frequência, os métodos, materiais utilizados e o responsável pela execução do combate a pragas?

6.c.2.20 R

Esse item se refere ao controle de pragas. A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está em criar um Procedimento Operacional Padrão no combate e prevenção a infestações, treinar 1 a 3 colaboradores para monitorar a atividade e validar anualmente este procedimento com uma empresa autorizada pela ANVISA / VISA para exercer esta atividade. Realizando este controle, há garantias de manter a integridade de MPs, insumos e produtos acabados, bem como a saúde dos colaboradores. 90. A circulação interna às áreas da produção é adequada? 6.c.2.23 R 92. A distribuição das áreas da produção é adequada para os propósitos da empresa? 6.c.2.25 R 96. Existem planos de segurança contra incêndios em casos de emergência? 6.c.2.29 R 97. Os extintores e a rede de combate a incêndios estão localizadas corretamente? 6.c.2.30 R 98. A quantidade e tipo de extintores são adequados para o risco de cada setor/área? 6.c.2.31 R A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está na organização física da área de produção, para a fabricação e para a livre circulação dos colaboradores deixando corredores de acesso para a segurança dos mesmos em caso de incêndio. Devem existir treinamentos periódicos oferecidos pelo Departamento de Recursos Humanos em parceria com a Brigada de Incêndio sobre a correta utilização dos extintores e planos de fuga em casos de incêndio de difícil controle. Esta atitude é bem vista e desejada em empresas contratantes que possuem certificações em BS8800/SA 8000 ou que possuem programas de responsabilidade social. 99. A iluminação das áreas de produção e circulação é suficiente? 6.c.2.32 R 101. A construção e localização permitem adequada limpeza, manutenção, elaboração e processamento dos produtos?

6.c.2.34 R

103. A ventilação das áreas da produção e de circulação é adequada? 6.c.2.36 R A infraestrutura interna da área de produção deve ser organizada e racional para possibilitar a sua manutenção, garantindo a segurança do colaborador e prezando pela qualidade do produto acabado. As oportunidades em serviços na PmaisL pode figurar em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação, projetar a reciclagem da água (reuso) para limpeza geral e a captação/utilização da energia solar como uma das fontes geradoras de energia.

7. FABRICAÇÃO DE PRODUTOS SÓLIDOS E SEMI-SÓLIDOS Item S N NA EA A 2. A distribuição dos locais é ordenada e funcional? 7.2 R A infraestrutura interna da área de produção deve ser organizada e racional para possibilitar a sua manutenção, garantindo a segurança do colaborador e prezando pela qualidade do produto acabado. A oportunidade em PmaisL está em “enclausurar” o processo de fabricação de sólidos que geram particulados ou VOC’s. Caso não seja possível o seu total “enclausuramento”, colocar

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

exaustores para recolher os particulados do ambiente. Ao manipular pós, tanto para alimentar o processo como no envase, fazê-lo de forma lenta e gradual. 5. Evita-se a utilização de uniforme de trabalho fora das dependências da fábrica? 7.5 R A oportunidade em PmaisL está em promover uma sensibilização proporcionando ciclos de palestras e treinamentos periódicos sobre a importância dos uniformes e EPIs para uso interno na unidade fabril e as implicações em utilizá-los em ambiente externo, acarretando em contaminações químicas e microbiológicas tanto do usuário como do produto acabado. 13. A iluminação das áreas/setores da fabricação é adequada? 7.13 R 21. Os ralos são desinfetados frequentemente? (há evidências?) 7.21 R 22. A ventilação das áreas/setores/instalações de fabricação é suficiente? 7.22 R As oportunidades em serviços na PmaisL pode figurar em substituir as lâmpadas incandescentes por fluorescentes, aproveitar da ventilação natural em áreas que não represente risco de contaminação, projetar a reciclagem da água (reuso) para limpeza dos ralos e a captação/utilização da energia solar como uma das fontes geradoras de energia. 25. São boas as condições de segurança dos locais? 7.25 R 26. Existem extintores e mangueiras contra incêndios em número suficiente? 7.26 R A oportunidade em serviços dentro da PmaisL está na organização física da área de produção, para a fabricação e para a livre circulação dos colaboradores deixando corredores de acesso para a segurança dos mesmos em caso de incêndio. Devem existir treinamentos periódicos oferecidos pelo Departamento de Recursos Humanos em parceria com a Brigada de Incêndio sobre a correta utilização dos extintores e planos de fuga em casos de incêndio de difícil controle. Esta atitude é bem vista e desejada em empresas contratantes que possuem certificações em BS8800/SA 8000 ou que possuem programas de responsabilidade social. 29. Existem registros dessas calibrações (ver evidências)? 7.29 R Item referente à calibração de balanças e instrumentos de medida para a padronização dos lotes do produto acabado. A oportunidade em PmaisL está em realizar calibrações periódicas por empresas certificadas pelos órgãos fiscalizadores como o INMETRO, bem como realizar também calibrações internas que assegurem a precisão dos equipamentos e ferramentas de medição, programando assim a manutenção preventiva e corretiva dos mesmos. 33. Todos os equipamentos usados na produção de um lote estão identificados com etiquetas exatamente iguais às usadas nos recipientes?

7.33 R

Item referente à identificação de todos os utensílios, recipientes e equipamentos por etiquetas com dados referentes ao produto produzido. A oportunidade em PmaisL está em adotar essa medida de identificação para diminuir as ocorrências de não conformidades, reduzindo o número de variáveis possíveis dentro da ocorrência. 35. São identificados como tal (utensílios, recipientes, etc.)? 7.35 R Item referente à limpeza e conservação de utensílios e recipientes utilizados nessa área. A oportunidade em PmaisL em adotar essa medida de identificação está em minimizar o risco de contaminação entre os processos e produtos, usando os mesmos para o monoproposito. 38. Existem, por escrito, esses controles (ver evidências)? 7.38 R 40. São feitos registros desses controles? 7.40 R 41. O Controle da Qualidade verifica, periodicamente, essas medidas? 7.41 R Itens referentes à realização de Controle Estatístico do Processo. A oportunidade em PmaisL está em verificar o maior número de variáveis no processo e controlar esses parâmetros a cada lote produzindo garantindo a uniformidade do produto, criando fichas para captar essas informações. Não só o Controle de Qualidade, mas a Garantia da Qualidade devem acompanhar as medições e prever possíveis desvios que requerem manutenção no processo. 42. Existem registros de limpeza, fixados a cada recipiente e a cada máquina? 7.42 R 47. As máquinas de compressão estão dispostas de maneira a evitar contaminação cruzada?

7.47 R

52. Existe procedimento de limpeza para cada equipamento? 7.52 R 53. Existem registros das limpezas efetuadas nos equipamentos? 7.53 R 54. Existe um programa de limpeza e registro de seu cumprimento? 7.54 R Nessas áreas, recomenda-se que a limpeza seja feita por aspiração, no caso da produção de pós. A limpeza de utensílios, recipientes e equipamentos onde os resíduos são de difícil remoção com água e sanitizantes comuns à produção podem ser realizados, utilizando solventes orgânicos de baixo impacto ambiental em um sistema denominado “em contracorrente”, que funciona da seguinte maneira: os componentes a serem limpos são primeiramente mergulhados no solvente mais sujo, passando depois a outro tanque com solvente um pouco menos saturado e assim gradativamente, até que o último enxágue da peça seja feito com solvente “limpo”. De maneira geral, este procedimento minimiza consideravelmente o consumo e o descarte de solvente sujo, visto que apenas a partida mais contaminada é descartada. Os solventes saturados podem ser revendidos para recuperadoras de solventes. Aconselha-se verificar as instalações e a situação legal dessas empresas frente aos órgãos ambientais locais, antes que seja adotada essa medida (CETESB, 2003).

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

8. PRODUTOS LÍQUIDOS Item S N NA EA A 2. A área de circulação (da produção de líquidos) está livre e desimpedida? 8.2 R 11. A iluminação (da área da produção de líquidos) é adequada? 8.11 R 18. Os ralos são desinfetados com frequência? 8.18 R 19. A ventilação do local (da produção de líquidos) é adequada? 8.19 R 21. As condições de segurança no local são adequadas? 8.21 R 22. Existem extintores de incêndio ou mangueiras em quantidade suficiente? 8.22 R 26. Existem normas de limpeza, por escrito, dos recipientes usados na fabricação, com o intuito de prevenir a contaminação com resíduos do produto anterior?

8.26 R

32. Existem registros das calibrações? 8.32 R Todas as sugestões citadas para oportunidades em PmaisL na produção de sólidos e semi-sólidos são aplicadas também na produção de líquidos. A presença de exaustores ou de sistemas “enclausurados” para a produção de artigos de perfumaria cabe na mesma sugestão. A limpeza de recipientes, utensílios e equipamentos são menos impactantes pela própria natureza das MPs utilizadas. Outras oportunidades em PmaisL que podem ser aplicadas são a utilização de um sistema móvel e compacto de CIP (Clean In Place) que é deslocado para junto dos tanques a serem limpos, e também o chamado sistema de múltiplo uso, no qual a solução de limpeza é reutilizada por vários ciclos antes de seu descarte. Há economia no volume de água usado, no consumo dos produtos químicos (detergentes e sanitizantes), na geração de efluentes e de resíduos. 33. A relação entre os rendimentos teórico e real é verificada freqüentemente? 8.33 R 34. A existência de qualquer discrepância é justificada por escrito? 8.34 R Esses itens se referem à captação de dados para o cálculo do rendimento teórico e real do balanço de massa desejado dentro da PmaisL. Qualquer variação deve ser anotada e serve como histórico para o estudo de capacidade produtiva da empresa.

9. ENVASE Item S N NA EA A 2. A distribuição dos equipamentos é ordenada e funcional? 9.2 R 2. Evita-se a mistura de produtos diferentes ou de lotes distintos do mesmo produto, mediante separação entre as linhas de envase?

9.3 R

13. A iluminação (da área do envase) é adequada? 9.13 R 17. As instalações elétricas estão em boas condições? 9.17 R 18. Estão devidamente identificadas? 9.18 R 22. Os ralos são desinfetados com frequência (ver registros)? 9.22 R 23. A ventilação do local é adequada? 9.23 R 25. As condições de segurança dos recintos (da área de envase) estão boas? 9.25 R 26. Existem extintores de incêndio e/ou mangueiras em quantidade suficiente? 9.26 R Todas as sugestões citadas para oportunidades em PmaisL na fabricação também tem a mesma aplicabilidade na área de envase. Como sugestão adicional está na utilização de tanques-pulmão de fundo móvel para armazenamento e transferência de produtos diminuindo os riscos de contaminação ou de perdas de produto, com os correspondentes impactos ambientais. O fundo é acionado por gás (nitrogênio ou ar comprimido) e funciona como um êmbolo. Ocorre então o escoamento total do produto, o que proporciona o esgotamento do conteúdo do tanque e a eliminação da etapa de limpeza. 36. É verificada a relação entre o rendimento teórico e o real (no processo de envase)? 9.36 R 37. Se houver discrepância, ela é justificada por escrito? 9.37 R Esses itens se referem à captação de dados para o cálculo do rendimento teórico e real do balanço de massa desejado dentro da PmaisL. Qualquer variação deve ser anotada e serve como histórico para o estudo de capacidade produtiva da empresa. 39. O material de envase não utilizado é devolvido o almoxarifado? 9.39 R Qual o destino? A oportunidade em PmaisL desse item está em usar as embalagens e o excesso do produto que não entraram no processo de envase para os próximos lotes desde que mantidos os padrões de reprodutibilidade, evitando assim descartes desnecessários. Isso é possível desde que haja condições de segurança e higiene na área de armazenamento de insumos e de semi-acabados respectivamente, para armazenar esses subprodutos. Caso não seja possível o seu reaproveitamento na produção, verificar a utilização das embalagens em outras etapas do processo como recipientes e o produto residual ser pesado e descartado de forma segura, gerando um boletim de não conformidade para referência de dados na próxima produção, verificando os dados de

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

rendimento e eficiência na produção.

10. ROTULAGEM Item S N NA EA A 5. Se os rótulos remanescentes, não impressos com o número de lote ou data de vencimento, forem devolvidos ao almoxarifado, existe uma pessoa responsável por essa devolução?

10.5 R

Em PmaisL este item representa a qualidade e a reutilização de materiais em processos, prevenindo misturas acidentais durante a produção, evitando transtornos e desperdícios. Ter um colaborador responsável por essa tarefa facilita o cumprimento dessa oportunidade.

11. CONTROLE DA QUALIDADE Item S N NSA EA A 2. O Controle da Qualidade é independente de Produção? 11.2 R 3. Há uma descrição de função para cada cargo do Controle da Qualidade? 11.3 R A logística na distribuição de espaços ou o senso de organização funcional da empresa não é só uma oportunidade em PmaisL, mas de todas as ferramentas da qualidade. Em PmaisL este item representa a influência de aplicação de métodos e capacitação de colaboradores, independentes fisicamente do espaço, mas de total interação funcional com a área da produção, na busca da qualidade em processos, prevenindo não conformidades durante a produção, evitando retrabalhos e desperdícios. 7. Há um programa de verificação do funcionamento desses equipamentos? 11.7 R 8. Existem registros das verificações periódicas desses equipamentos? 11.8 R 10. Há um programa de manutenção preventiva e calibrações claramente definido para os equipamentos/aparelhos que são usados no laboratório de Controle da Qualidade?

11.10 R

11. Existem registros da manutenção preventiva dos equipamentos/aparelhos do laboratório de Controle da Qualidade?

11.11 R

Os itens acima se referem à manutenção e calibração de balanças e instrumentos de medida para as análises físico-químicas e microbiológicas (quando aplicável) de MPs e produtos acabados. A oportunidade em PmaisL está em realizar calibrações periódicas por empresas certificadas pelos órgãos fiscalizadores como o INMETRO, bem como realizar também calibrações internas que assegurem a precisão dos equipamentos e ferramentas de medição, programando assim a manutenção preventiva e corretiva dos mesmos. 19. Está definido o período de retenção dessas amostras? 11.19 R 21. Está definido o período de retenção dessas amostras? 11.21 R 22. Existe um procedimento escrito detalhando a data de reanálise das matérias-primas? 11.22 R Os itens 11.19 e 11.21 referem-se, respectivamente, a retenção de amostras de MPs e produto acabado e o item 11.22 refere-se à reanálises de MPs para validar as condições de armazenagem das mesmas. A oportunidade em PmaisL consiste em obter dados para a análise de variáveis que possam influenciar na qualidade e eficiência do processo produtivo a partir desses insumos, criando vínculos para a identificação e rastreabilidade no sistema.

12. GARANTIA DA QUALIDADE Item S N NA EA A 2. Esse Programa é divulgado a todos os níveis? 12.2 R 5. As responsabilidades pela Gestão da Qualidade estão claramente definidas? 12.5 R A Garantia da Qualidade é um departamento independente da empresa que rege e interage com os demais departamentos visando à qualidade total em serviços, produtos e processos. É o departamento responsável por implantar ferramentas da qualidade como as BPF&C isolada ou vinculada a outras como a PmaisL como são o objeto de estudo. Dada importância, é primordial que o programa seja o mais claro possível e exaustivamente divulgado a todos os colaboradores pertencentes aos mais diversos níveis hierárquicos da empresa. 7. Existe um programa de treinamento de pessoal? 12.7 R 8. Efetuam-se registros do treinamento de cada colaborador? 12.8 R 9. Os produtos de HPPC são projetados e desenvolvidos de acordo com os requisitos das BPF&C?

12.9 R

11. Os colaboradores são treinados e orientados de modo a garantir a correta e completa execução dos processos e procedimentos definidos?

12.11 R

12. Novos conhecimentos adquiridos nos processos ou adaptações e melhorias, somente são implementados após completa avaliação e aprovação?

12.12 R

Em conjunto com o Departamento de Recursos Humanos, a Garantia da Qualidade pode e deve solicitar treinamentos periódicos sobre BPF&C, ferramentas da qualidade ou a cada novo procedimento operacional implantado, resulta em melhorias

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo. Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário).

dentro do Humanware que obviamente reflete no Hardware/Software no sistema produtivo, evitando acidentes e aumentando o desempenho de produtos e processos. O sucesso da implantação da PmaisL como de qualquer outra ferramenta da qualidade está na sensibilização dos colaboradores pertencentes a diversos níveis hierárquicos da empresa, a partir de treinamentos e ciclos de palestras, definindo um ecotime com representantes de todos os departamentos que possam levantar indicadores e traçar as oportunidades, além de servirem como multiplicadores, repassando seus conhecimentos à equipe no qual está inserido. 13. São realizadas auto-inspeções periódicas, com o fim de verificar o cumprimento das BPF&C?

12.13 R

14. Existem registros das auto-inspeções realizadas? 12.14 R As auto-inspeções e seus respectivos registros são ferramentas dentro da PmaisL para captar oportunidades e traçar metas de ação para a efetivação do programa. 16. São mantidos registros das reclamações recebidas sobre a qualidade dos produtos ou qualquer de suas características físicas, assim como das resoluções tomadas?

12.16 R

17. Realiza-se nova verificação documentada toda vez que se efetua uma mudança que possa afetar a qualidade ou a reprodutibilidade de um processo ou de método de controle?

12.17 R

Esses registros garantem a qualidade em serviço prestado não só dentro da PmaisL, mas em qualquer outro tipo de ferramenta que prioriza a qualidade. Trata-se de um histórico para referências a futuras produções, evitando cometer os mesmos erros do passado.

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APÊNDICE C

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

Lista de verificação de sobrevivência e diferenciação das empresas do setor de HPPC

Requisitos Legais S N NA EA A 1. A empresa está enquadrada na receita federal e nos órgãos competentes sob qual atividade:

a) Importadora INF

b) Exportadora INF

c) Transportadora INF

d) Distribuidora INF

e) Fabricante INF

2. Existe prova da inscrição da empresa no órgão competente? I 3. Existe autorização de funcionamento para a empresa, pelo Órgão Sanitário Nacional (ANVISA e/ou VISA local)? I 4. A empresa possui autorização de órgãos competentes (CETESB, Prefeitura – Secretaria do Meio Ambiente), para funcionamento, referente à localização, proteção ambiental e segurança de instalações? I 5. A organização é ré em alguma ação judicial referente à poluição ambiental, acidentes ambientais e/ou indenizações trabalhistas? RA 6. Já ocorreram reclamações sobre aspectos e impactos do processo produtivo por parte da comunidade vizinha? RA 7. Em caso afirmativo, foram tomadas ações corretivas e/ou preventivas para a resolução do problema? RA 8. Ocorreram acidentes ou incidentes ambientais no passado? RA 9. Em caso afirmativo, os acidentes ou incidentes foram resolvidos de acordo com as expectativas das partes interessadas? RA 10. Os acidentes ou incidentes foram documentados e registrados em meio adequado? RA 11. Há plantas dos edifícios, instalações, construções, disponíveis para verificação? I 12. A superfície do terreno ocupada pelas construções da empresa está disponível? I 13. O responsável técnico (registrado no CRQ ou CRF) está presente? I 14. Existe prova da sua inscrição no órgão de classe? I 15. Existe e está disponível o número de colaboradores pertencentes à empresa (CLT e/ou PJ)? I 16. A admissão e demissão dos colaboradores são precedidas de exame médico? I 17. Está definido o número de colaboradores que está diretamente ligado às operações de produção? I 18. Há lista de todos os produtos de propriedade da empresa, que estão em comercialização e a dos que não estão? I 19. Todos os produtos estão devidamente registrados no órgão Sanitário Nacional competente (ANVISA)? I 20. A empresa realiza produção com terceiros (parceria, aliança ou outra relação)? I 21. Existe contrato, caso a pergunta anterior se aplique? I 22. Há documentos/relatórios que estabeleçam quais são os produtos e/ou processos realizados em terceiros? I

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

Infraestrutura funcional da empresa S N NA EA A 23. Quanto ao aspecto externo, o edifício, fachadas, construções aparentes, muros da empresa, apresentam bom estado de limpeza e conservação? R 24. Existe proteção contra a entrada de roedores, insetos, aves ou outros animais (pragas)? N 25. São descritas a frequência, os métodos, materiais utilizados e o responsável pela execução do combate a pragas? R 26. Os materiais usados no combate a pragas são aprovados pelos Órgãos Sanitários? N 27. Existem fontes de poluição ou contaminação ambiental próxima ao edifício? N 28. A empresa utiliza como coadjuvante ao uso de energia elétrica, fontes de energia renováveis como a energia solar ou eólica? PML 29. A empresa utiliza como coadjuvante ao uso da água de abastecimento, fontes de águas pluviais para utilização da limpeza externa da fábrica, descargas sanitárias e irrigação do solo ou de plantas na fachada ou no escritório (quando for o caso)? PML 30. A unidade fabril está dividida fisicamente (por paredes ou outro tipo de separação) nos seguintes setores:

30.1. Almoxarifado I

a) Recebimento de materiais I

b) Materiais em quarentena I

i) Matérias-primas e embalagens I

ii) Semi-acabados I

iii) Produto acabado I

c) Materiais reprovados I

i) Matérias-primas e embalagens I

ii) Semi-acabados I

iii) Produtos I

d) Devolução / Recall I

e) Estoque de materiais (Materiais aprovados) I

f) Expedição de produtos acabados I

30.2. Pesagem de materiais I

30.3. Fabricação I

a) Pós I

b) Semi-solidos I

c) Líquidos I

30.4. Envase I

30.5. Beneficiamento I

30.6. Controle de Qualidade I

30.7. Garantia da Qualidade R

31. Existe um sistema de proteção contra a contaminação cruzada entre setores e do meio ambiente, através dos sistemas de exaustão ou de outro modo?

N

32. A armazenagem dos materiais está próxima do local que eles são usados e assim minimizando a quantidade de manipulação ou desperdício entre os processos?

PML

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

33. As vias de acesso aos setores são adequadas (permitem movimentação livre)? R

34. A unidade fabril está estruturada e equipada de forma a atender as normas NR-7 (Ergonomia e Saúde ocupacional)?

RA

35. Cada setor está equipado com equipamentos (balanças, peagâmetros, viscosímetros, reatores, caldeiras, envasadoras, esteiras, etc.) e utensílios limpos, adequados ao propósito do espaço e em perfeito estado/funcionamento?

N

36. Os equipamentos são calibrados anualmente por órgãos reconhecidos pelo INMETRO ? (ver validade e contrato)

N

37. Há um programa de manutenção preventiva, com seu respectivo registro, dos equipamentos na empresa, como calibração interna, p.ex?

R

38. Realiza-se vistoria e programações periódicas de manutenção e troca de equpamentos para garantir que:

a) sistemas de aquecimento e refrigeração estejam instalados e mantidos em ótimos níveis de desempenho?

PML

b) defeitos sejam prontamente comunicados e reparados? PML

c) o desempenho de todos os equipamentos seja monitorado? PML

d) inspeções sejam realizadas para assegurar que as condições do processo nos equipamentos estejam o mais próximo possível das especificações do fabricante?

PML

e) equipamentos para substituição sejam selecionados com base no desempenho ambiental (p. ex, baixo consumo de energia, fabricado com componentes duráveis, recicláveis e de fácil substituição), investimento de capital, tempo de operação, custos, eficiência, segurança, custos de manutenção e de exploração?

PML

39. Estão adequadas as condições físicas/estado de conservação e limpeza da unidade fabril, estrutura, paredes e tetos?

R

40. Apresentam pinturas que assegurem manutenção e condições de higiene/limpeza?

R

41. O piso da unidade fabril cumpre os requisitos de higiene e segurança? (Antiderrapante impermeável e os cantos abaulados, de preferência)

N

42. Seu estado (do piso da unidade fabril) de higiene é adequado? R

43. É de fácil limpeza (piso da unidade fabril)? R

44. Estão limpos (piso da unidade fabril)? R

45. Existe um programa de limpeza por escrito (com rotina e frequência definidas)? R

46. Sempre que possível é utilizado sistemas de limpeza a seco (vassoura, espanador, aspirador, raspador, etc.) para reduzir o uso de água?

PML

47. Na lavagem há um consumo racional de água e produtos de limpeza de forma a minimizar desperdícios?

PML

48. Para aumentar a eficiência da limpeza de superfícies, utensílios e recipientes usa-se métodos alternativos como abrasivos, lavagem contra-fluxo, tanques turbulentos, jateamento por spray de água ou vapor?

PML

49. Os esgotos e encanamentos da unidade fabril estão em bom estado e funcionando (interligados com fossas e rede externa)?

N

50. Os ralos são sifonados? N

51. Os ralos são desinfetados frequentemente? (há evidências?) R

52. A qualidade e a intensidade da iluminação são adequadas? (atendem os quesitos de qualidade e de segurança no trabalho)

R

53. As fontes de iluminação artificial são fluorescentes? PML

54. Há sensores de presença e/ou temporizadores instalados na empresa para controlar o gasto com a iluminação?

PML

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

55. A ventilação da unidade fabril é adequada? R

56. Nos setores efetuam-se controles de pressão do ar, microbiológicos, de partículas, de umidade e de temperatura, quando for o caso?

R

57. Há um controle de horário de funcionamento e os requisitos de funcionamento estão descritos em detalhes e é de conhecimento de todos os colaboradores envolvidos no processo?

PML

58. A planta está estruturada de modo que a extensão dos sistemas de ventilação e exaustão local extraia somente o ar quando necessário?

PML

59. A localização da entrada de ar do compressor está em uma área de temperatura ambiente?

PML

60. É possível operar os compressores com a menor pressão possível (até 5 bar)? PML

61. Há necessidade de ar controlado (igual ou acima de 2 bar) fora do horário de trabalho?

PML

62. Pode-se desligar a rede de distribuição, quando não exigido, por exemplo, em fins de semana?

PML

63. As tubulações de água, vapor, gás, ar comprimido e eletricidade, estão devidamente identificados?

R

64. As instalações elétricas (unidade fabril) estão em bom estado de conservação? R

65. Existem recipientes para lixo em todos os setores e estão devidamente identificados em locais de fácil uso?

N

66. Estão bem fechados (os recipientes para lixo)? N

67. São esvaziados com frequência (verificar situação no momento da inspeção)? N

68. Existe equipamento de segurança para combater incêndios? N

69. O acesso a extintores e mangueiras está livre e fácil de chegar até eles? (Área delimitada de 1 m2, pintada no chão, debaixo do equipamento, com tinta vermelha)

N

70. Existem instalações de segurança com ducha e lava olhos em áreas de risco? N

Infraestrutura social S N NA EA A 71. São realizados investimentos sistemáticos em proteção ambiental? RA 72. A alta administração e o corpo gerencial se mostram efetivamente comprometidos com a gestão ambiental?

RA

73. Existe plano de integração e treinamento para os colaboradores? N 74. Há uma descrição das funções e responsabilidades de cada cargo ocupado na empresa?

R

75. A mão de obra empregada é altamente especializada? RA 76. Os colaboradores estão voltados a inovações tecnológicas? RA 77. A criatividade é um dos pontos fortes da organização e de seus colaboradores?

RA

78. Existe uma política de valorização do capital intelectual? RA 79. A organização oferece participação nos lucros ou outras formas de motivação aos colaboradores?

RA

80. Os colaboradores são orientados quanto ao consumo racional de energia como desligar as luzes, aquecedores, ar condicionado e equipamentos quando não estiverem em uso e no final do dia, quando for possível, retirá-los da tomada?

PML 81. A empresa educa e incentiva seus colaboradores a praticar a filosofia dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar, Reciclar) em todas as dependências?

PML

82. Há um programa de incentivo aos colaboradores de praticarem atividades físicas dentro ou fora das dependências da empresa?

RA

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

83. Os colaboradores possuem fichas médicas? (PCMSO e PPRA) N 84. Os colaboradores são submetidos a exame médico periódico? (verificar evidências)

R

85. Existe plano de assistência médica permanente e emergencial para casos de enfermidades bruscas ou acidentes?

I

86. Se o colaborador manifesta lesões ou enfermidades que podem afetar a qualidade ou segurança dos produtos, o mesmo é excluído da atividade?

I

87. É proibido o acesso de pessoas com roupa inadequada às áreas da produção? N 88. Os colaboradores estão uniformizados com vestimentas limpas e em boas condições?

N

89. Todos usam equipamentos de proteção individual adequados a atividade do setor?

N

90. Evita-se a utilização de uniforme de trabalho fora das dependências da fábrica?

R

91. Existem sanitários em quantidade suficiente, masculino e feminino (1 para 12 ) e distribuídos pelas dependências de livre circulação?

R

92. Estão limpos e providos de água fria/quente, sabão, toalhas ou secadores? R 93. Os colaboradores são orientados quanto ao consumo consciente de água, nos banheiros, bebedouros e refeitório?

PML

94. É possível ajustar a saída de água das torneiras ou instalar sensores ou temporizadores de fornecimento nas mesmas?

PML

95. É possível instalar descargas com sensores, dupla descarga ou de baixa descarga nos banheiros?

PML

96. A eliminação de água servida, sobras e outros refugos, dentro e fora do edifício e das imediações da produção, faz-se de forma segura e sanitária?

N

97. É proibido comer, beber e fumar nos setores produtivos? N 98. A proibição é cumprida? N 99. Existe um salão restaurante (dependendo no número de colaboradores)? R 100. Se não, onde as refeições são feitas? N 101. Está limpo (o salão)? R 102. No refeitório há lavadora de louças automática, de baixo consumo de água, e o seu uso é racional?

PML

103. As torneiras são usadas de forma racional (lavagem inteligente, evitar o uso de água corrente para descongelar alimentos, etc.)?

PML

104. Há lixeiras para a coleta seletiva? PML 105. Realiza-se compostagem de material orgânico na empresa como fonte energética ou adubo (se for o caso)?

RA

106. Existem vestiários em quantidade suficiente (verificar número e estado)? R 107. Estão limpos (os vestiários) e em condições adequadas de uso? R 108. Existem normas de segurança para as operações de produção escritas e divulgadas?

N

109. Elas estão sendo cumpridas? N 110. Existem bebedouros em locais adequados e em quantidade suficiente? R

Controle da Qualidade S N NA EA A 111. Existem ensaios efetuados por laboratórios terceirizados? N

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

112. O Controle da Qualidade é responsável por aprovar ou reprovar produtos que estejam sob contrato com terceiros?

N

113. O Controle da Qualidade é responsável pela aprovação ou reprovação de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de embalagem?

N 114. Existem procedimentos escritos com a descrição detalhada de amostragem, análise, reanálise e aprovação ou reprovação de matérias-primas, produto semi-acabado, produtos acabados e materiais de embalagem?

N 115. Existem, por escrito, as especificações e os métodos analíticos usados pelo Controle da Qualidade para todas as matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados e materiais de embalagem?

R 116. Os resultados e anotações das análises são mantidos em registros adequados?

N

117. Há colaborador (es) responsável(eis) pela inspeção dos processos de fabricação ?

N

118. São efetuados ensaios microbiológicos das MPs e dos produtos acabados (Quando for o caso)?

N

119. As áreas para ensaios microbiológicos são adequadas? N

Garantia da Qualidade S N NA EA A 120. Existe na empresa um Programa de Garantia da Qualidade? N 121. Esse Programa é divulgado a todos os níveis? R 122. Existem normas escritas para a divulgação e cumprimento das BPF&C? N 123. Há na empresa uma área que coordene as atividades de Garantia da Qualidade?

N

124. As responsabilidades pela Gestão da Qualidade estão claramente definidas? R 125. Existem procedimentos escritos ou sistemas para avaliar a efetividade e a aplicabilidade das normas e Sistema de Garantia da Qualidade?

N

126. Efetuam-se registros das atividades fabris da empresa? R 127. Os produtos de HPPC são projetados e desenvolvidos de acordo com os requisitos das BPF&C?

R

128. As operações de produção e controle estão claramente definidas e escritas? N 129. Novos conhecimentos adquiridos nos processos ou adaptações e melhorias, somente são implementados após completa avaliação e aprovação?

R

130. São realizadas auto-inspeções periódicas registradas, com o fim de verificar o cumprimento das BPF&C?

R

131. Existe um programa escrito de estudo de estabilidade dos produtos com registros apropriados de condições dos testes, resultados, métodos analíticos usados, condições de conservação das amostras, envase primário, periodicidade de análise e data de vencimento?

N 132. São mantidos registros das reclamações recebidas sobre a qualidade dos produtos ou qualquer de suas características físicas, assim como das resoluções tomadas?

R 133. Realiza-se nova verificação documentada toda vez que se efetua uma mudança que possa afetar a qualidade ou a reprodutibilidade de um processo ou de método de controle?

R

Materiais (Matérias-primas, embalagens e demais insumos)

S N NA EA A

134. É realizada inspeção na recepção de materiais (há um check-list, p.ex.)? N

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

135. Os documentos usados para a recepção são adequados (laudo técnico e laudo interno padronizado (especificação interna) do material, quando for o caso)?

N

136. Quando de seu recebimento, cada lote de material recebe um número de registro ou outro, quando for o caso?

N

137. Seu emprego/uso é correto, usado para identificar o material até o final de sua utilização?

N

138. Antes da liberação pelo Controle de Qualidade, os materiais permanecem em quarentena e devidamente rotulada como tal?

N

139. A identificação do material, quando for o caso, é documentada, colocando-se o rótulo de aprovado no corpo do recipiente/embalagem que a contém, e não na tampa?

N 140. Todos os materiais utilizados no processo, sem exceção, são amostradas pelo Controle da Qualidade, de acordo com metodologias/rotinas adequadas e confiáveis? (baseada em monografias oficiais)

N 141. Os materiais já aprovados são etiquetados e transferidos para o almoxarifado correspondente?

N

142. A disposição do armazenamento (layout) garante a identidade e integridade das MPs evitando misturas acidentais e/ou contaminação cruzada?

R

143. A temperatura do local (almoxarifado) condiz às necessidades de armazenamento de insumos e produtos acabados? (verificar as recomendações de armazenamento e temperatura informadas pelos fornecedores através de laudo ou literaturas oficiais caso o mesmo não especifique)

N 144. A temperatura do almoxarifado é controlada e registrada? (ver registros na inspeção)

R

145. Há necessidade de refrigeradores para armazenar materiais termolábeis? N 146. A temperatura dos refrigeradores é controlada e registrada? R 147. Os materiais reprovados são devidamente identificados e isolados? N 148. Existe sistema (planilhas/ERPA) adequado para o controle do estoque? N 149. O uso de MPs respeita a ordem de entrada, utilizando-se primeiro as mais antigas (FIFO ou FEFO)?

R

150. O inventário de matérias-primas proporciona a minimização de perdas por manipulação dos estoques?

PML

151. Os sacos e vasilhames são totalmente esvaziados? Há sobras? PML 152. No caso de materiais viscosos, seria possível eliminar perdas residuais nos tambores?

PML

153. Pelo menos metade dos materiais utilizados são oriundos de recursos renováveis?

RA

154. A empresa pode eliminar os materiais que não são essenciais para o processo ou a qualidade dos mesmos?

PML

155. Pode-se usar o mesmo material ou matéria-prima para tantos produtos e processos, com a possibilidade de aumentar o potencial de reciclagem interna?

PML

156. Pode-se substituir os materiais tóxicos (baseados em solventes orgânicos, halogenados ou metais pesados) por matérias-primas, revestimentos, tintas, e sanitizantes menos tóxicos?

PML 157. É possível identificar outros exemplos de substituição de uma substância poluente por uma alternativa ambientalmente correta dentro das operações da empresa?

PML

Fornecedores S N NA EA A 158. Os fornecedores diretos da empresa apresentam opções de oferecer produtos acondicionados com o mínimo de embalagens e as mesmas serem retornáveis ou reutilizáveis, como caixas, tambores, containers, pallets ou embalagens recicladas/recicláveis?

PML

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

159. É possível programar a compra de materiais na modalidade “a granel” e distribuir os produtos para vários departamentos utilizando caixas de papelão para posterior reutilização ou reciclagem?

PML 160. Os fornecedores são monopolistas do mercado? RA 161. Os fornecedores apresentam processos produtivos impactantes ao meio ambiente e aos seres humanos?

RA

162. Os principais fornecedores da organização são certificados pelas normas ambientais ISO 14001 ou de saúde e segurança BS 8800 ou OHSAS 18001?

RA

Sistemas e instalações de água S N NA EA A 163. É realizada uma inspeção regular da planta hidráulica (torneiras, vasos sanitários, chuveiros, tubulações visíveis, válvulas) da empresa de modo a detectar vazamentos?

PML

164. Sua manutenção corretiva é fácil e eficaz? PML

165. A empresa utiliza: ( ) água potável ou ( ) água purificada no seu processo produtivo?

N

Água potável

166. A procedência da água potável é da rede pública, poços artesianos ou de ambos?

N

167. A empresa possui caixa(s) d’água? R Material: ( ) Acrílico ( ) PVC ( ) Amianto ( ) Fibra de vidro ( ) Concreto

168. É feita limpeza da(s) caixa(s) d’água? N a) Há frequência definida para a limpeza da (s) caixa (s) d’água? (verificar evidências)

N

b) Existem registros? (verificar registros) N 169. Existem procedimentos escritos para a limpeza da(s) caixa(s) d’água e são utilizados?

R

170. São feitos testes físico-químicos em amostras da água? N a) Quais? ( ) Cloretos ( ) Sulfatos ( ) Dureza ( ) Densidade ( ) pH ( ) Condutividade

b) Há frequência definida para isso? N c) Existem registros? (Verificar evidências) N 171. São feitos testes bacteriológicos em amostras da água? N a) Há frequência definida para isso? N b) Existem registros? (Verificar evidências) N 172. São colhidas amostras de água em diversos pontos da fábrica para efetuar a contagem bacteriana?

N

a) Existem registros? (Verificar evidências) N 173. Tubulações utilizadas para transporte de água potável estão em bom estado de conservação e limpeza?

N

Material: ( ) PVC ( ) Aço ( ) Cobre ( ) Ferro

174. A provisão de água faz-se sob pressão positiva contínua, em um sistema livre de defeitos? (Verificar evidências)

R

Água purificada 175. A água potável é usada como fonte de alimentação para sistemas de produção de água purificada?

N

176. A indústria possui equipamento para produção de água purificada? N

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

a) Qual é a capacidade em litros/hora? 177. Sua produção é feita por: a) Deionização? N b) Osmose reversa? N 178. A água que abastece o equipamento é previamente tratada (pré-filtros de remoção de cloro e metais)?

N

179. Existe algum tipo de filtro no sistema? R Qual? ( ) carvão ( ) areia ( ) diatomácea ( )membranas mistas de celulose

180. Todos os procedimentos e registros das atividades do sistema, como a sanitização dos cartuchos, regeneração de resinas e obtenção da água purificada estão escritos e são utilizados?

N 181. Existe pessoal capacitado para operar o sistema e o responsável pela operação está presente?

R

182. Existe(m) depósito(s) para a água purificada? N Material: ( ) Acrílico ( ) PVC ( ) Amianto ( ) Fibra de vidro ( ) Concreto

a) Há algum tratamento da água para evitar contaminação bacteriológica (filtro, UV-C, ozônio, etc.)?

N

183. São feitos testes físico-químicos na água purificada? N Quais? ( ) Cloretos ( ) Sulfatos ( ) Dureza ( ) Densidade ( ) pH ( ) Condutividade

184. São feitos testes bacteriológicos na água purificada? N 185. O transporte ou circulação da água purificada é feito por tubulação ou outro sistema adequado?

N

Material: ( ) PVC ( ) Aço ( ) Cobre ( ) Ferro ( ) Borracha ( ) Silicone ( ) outro:

186. A água purificada é liberada pelo Controle da Qualidade antes de ser utilizada?

R

187. É feita sanitização do sistema de tratamento da água (purificador)? N 188. É feita manutenção preventiva nos equipamentos do sistema e existem registros?

N

189. O sistema de purificação da água é validado? (por órgão competente ou credenciado)

N

Produção S N NA EA A 190. Há fórmulas padrões (FP) para os produtos a serem fabricados? I a) Há registros dessas fórmulas e elas estão em acordo com os laudos técnicos dos PAs?

I

191. Existe uma fórmula para cada produto fabricado? (Há registros delas?). I 192. Essa fórmula está preparada, revisada e aprovada por pessoas competentes e responsáveis e assinada por outra pessoa, também responsável e competente? (2 a 3 pessoas)

I 193. Há procedimentos escritos sobre a forma de proceder, caso necessário modificar a fórmula padrão?

R

194. A fórmula padrão contém nome, forma, concentração e prazo de validade do produto?

R

195. Há nome, código, quantidade e unidades de cada componente na FP? N 196. Existem instruções detalhadas de cada uma das etapas de fabricação, setor onde deve ser efetuada e equipamentos a serem utilizados?

N

197. Existe a possibilidade de reformular os produtos, diminuir os seus tamanhos e formato ou alterar os materiais utilizados para gerar menos resíduos?

PML

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

198. Dentro desse projeto é possível reduzir a quantidade de água presente no produto final?

PML

199. Existe a possibilidade de fabricar uma versão do mesmo produto sem a adição de água (anidro)?

PML

200. Pode-se reutilizar ou reciclar os resíduos do processo? Caso negativo, o mesmo é ambientalmente menos nocivo ou caro para tratá-lo?

PML

201. Existem procedimentos para limpeza de cada equipamento usado na fabricação de PAs?

N

202. Existem registros das limpezas efetuadas nos equipamentos? R 203. Existe responsável pela verificação e execução da limpeza dos equipamentos empregados?

R

204. É possível lavar ou limpar os equipamentos sem aditivos, ou produtos baseados em água ou até utilizar alternativas mecânicas ou térmicas, tais como sopro ou decapagem a seco para economizar custos?

PML 205. Nesse processo utiliza-se algum sistema baseado em PIG, CIP ou múltiplo uso, no qual a solução de limpeza é reutilizada por vários ciclos antes de seu descarte?

PML 206. Existe uma padronização dos solventes e agentes de limpeza para minimizar o número de diferentes produtos usados no processo?

PML

207. A escolha está baseada em concentração de sólidos, quantidade de resíduos tóxicos e capacidade reutilização como de biodegradação?

PML

208. É possível recuperar os solventes por filtração ou destilação para posterior reutilização?

PML

209. É possível medir o consumo de água e energia de todos os equipamentos usados no processo?

N

210. Há hidrômetros instalados para medir o consumo de água na atividade-chave ou nas áreas de processo?

PML

211. Há submedidores instalados para medir o consumo de energia na atividade-chave ou nas áreas de processo?

PML

212. É possível identificar oportunidades de economia, quantificar a redução e calcular os custos desses consumos?

PML

213. Existe um sistema de captação de água residual do processo para sua reutilização?

PML

214. Se negativo, a mesma pode ser estocada em bombonas para o reuso dentro da empresa?

PML

215. O efluente de um processo pode ser utilizado em outro processo? PML 216. Se negativo, há técnicas de recuperação e tratamento para reutilizá-lo como água de lavagem de superfícies e/ou de descarga sanitária?

PML

217. Há instruções claras e detalhadas de qual etapa de fabricação requer a intervenção do Controle da Qualidade, para o controle do processo produtivo, com indicação do responsável e a data?

N 218. Há exigência de anexar à Ordem de Fabricação (OP) os registros gráficos de temperatura, pressão e umidade, quando o processo requer o controle dos mesmos?

R 219. Há exigência de anexar à Ordem de Fabricação os rótulos de identificação das MPs e materiais empregados, caso não exista outro sistema de segurança equivalente?

N 220. Há calculo do rendimento real obtido nas diversas etapas de fabricação e relação com o rendimento teórico?

R

221. A relação entre os rendimentos teórico e real é verificada frequentemente? R 222. A existência de qualquer discrepância é justificada por escrito? R 223. Há instruções adequadas para rotular, embalar o produto e condições de conservação?

N

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

224. Há descrição do material de embalagem utilizado para o fracionamento, com códigos, quantidades e unidades de medida?

N

225. Todos os materiais de envase, linhas, equipamentos usados durante a produção, estão identificados para indicar claramente o seu conteúdo ou a etapa de fabricação do lote?

N 226. Os equipamentos, utensílios e material de envase estão localizados e/ou armazenados em lugar que assegure sua integridade?

N

227. Existe um processo de cópia fiel da fórmula padrão que assegure sua exata reprodução?

N

228. Se houver necessidade de modificar as instruções de fabricação, equipamentos, ambiente e/ou outra condição, a modificação está assinado por responsável competente e autorizado?

N 229. Após a finalização do processo de fabricação, toda a documentação sobre o lote produzido (registros da produção, rótulos, resultados analíticos do controle do processo e do produto acabado) é arquivada em local de fácil recuperação e rastreabilidade?

N 230. Há tempo definido para o arquivamento dessa documentação e há realmente revisão disso?

N

231. É possível indentificar a geração de resíduo na entrada e saída do processo? PML 232. Se positivo, consegue-se identificar o porque o resíduo e gerado e como o mesmo pode ser evitado?

PML

233. Existe um procedimento de manutenção preventiva para controle de perdas e minimização da quantidade de resíduos gerado?

PML

234. É possível separar os resíduos na origem, a fim de facilitar a sua reutilização ou reciclagem, reduzindo seu volume final para resíduos não-recicláveis?

PML

235. Estes resíduos finais podem ser dispostos por simples tratamento ou eliminação?

PML

236. Se for possível tratá-lo (por troca-iônica, ultrafiltração, osmose reversa ou eletro-diálise), o mesmo ainda possui capacidade útil de retornar para o processo?

PML

Pesagem e medidas de materiais S N NA EA A 237. Recipientes que contém matéria-prima a ser pesada e/ou medida são limpos antes de abertos?

N

238. Após a pesagem e/ou medida, esses recipientes são bem fechados? N 239. Após pesagem e/ou medida, materiais são etiquetados imediatamente, a fim de evitar misturas?

N

240. Nessas etiquetas consta o nome e lote do produto e do insumo, a quantidade que foi pesada e/ou medida e o peso bruto?

R

241. Consta o controle de pesagem ou medida do colaborador que pesa com a respectiva assinatura?

R

242. Há separação entre os materiais já pesados e/ou medidos para cada lote de produto?

N

243. A área de pesagem e medição possui local próprio para lavagem de utensílios de pesagem e/ou medida?

R

Fabricação S N NA EA A 244. A distribuição dos equipamentos é ordenada, funcional e estão funcionando na sua máxima capacidade?

N

245. Existe adequada separação física entre os equipamentos, para evitar mistura ou contaminação cruzada, quando são fabricados, simultaneamente, lotes de produtos diferentes?

N

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

246. Os tanques de alimentação de água e linhas de abastecimento de água quente estão isolados termicamente para evitar perdas de calor?

PML

247. Pode-se usar uma menor demanda de água quente em sistemas de aquecimento no ponto de uso, em vez de uma grande oferta centralizada?

PML

248. É utilizado algum sistema de alimentação automática para minimizar o desperdício?

PML

249. Existe a possibilidade de fechar o processo produtivo transformando-o de linear para cíclico, onde a reciclagem de materiais seja máxima e constante?

PML

250. É possível reutilizar o produto residual do lote anterior como novas unidades para a próxima corrida do mesmo?

PML

251. Existe um planejamento produtivo na fabricação de produtos coloridos onde as mudanças de cor das matérias-primas (por exemplo, do mais leve ao mais escuro) estão programadas para minimizar geração de resíduos?

PML 252. Existe um planejamento sequencial de produção para equilibrar a geração de resíduos e reduzir cargas de pico nas instalações de tratamento?

N

253. São feitos controles durante o processamento da fabricação, com o intuito de garantir a uniformidade do lote?

N

254. Está estabelecido um procedimento de ação preventiva dentro do controle estatístico de processo para minimizar o desperdício?

PML

255. O Controle da Qualidade libera o produto semi-acabado antes de envase? N 256. Os recipientes que contém esses produtos estão bem fechados com as identificações contendo nome do produto, número do lote e/ou sub-lote, volume ou peso total contido no recipiente, número do recipiente, número total de recipientes que compõem o lote?

R 257. Os equipamentos e os condutores (mangueiras/tubulações) usados para transferência de produto são limpos no final de cada produção e assim conservados até novo uso?

N 258. São válidas para o pessoal contratado e/ou visitante, as mesmas instruções de higiene e segurança que para o pessoal da área?

N

Envase S N NA EA A 259. A distribuição dos equipamentos é ordenada, funcional e estão funcionando na sua máxima capacidade?

R

260. Nas linhas há tanques-pulmão acionados por êmbolos para esgotar o semi-acabado (evitando assim a sua contaminação e pulando a etapa da limpeza)?

PML

261. Evita-se a mistura de produtos diferentes ou de lotes distintos do mesmo produto, mediante separação entre as linhas de envase?

R

262. As linhas de envase são verificadas antes do início das operações, em relação à presença de material remanescente de produtos anteriores?

N

263. Os recipientes são mantidos fechados durante o processo, sendo abertos somente quando necessário?

N

264. Os recipientes com produtos diferentes são mantidos separados dos demais? N 265. Existe identificação de forma visível, dos equipamentos e de cada linha de envase, de acordo com o produto que se está envasando?

N

266. Verifica-se se as suspensões ou emulsões são mantidas homogêneas durante todo o processo de envase?

N

267. Após envase, os produtos aguardam em quarentena a liberação pelo Controle de Qualidade?

N

268. O material de envase não utilizado é devolvido o almoxarifado? R

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

269. O material de embalagem, remanescente do envase, impresso com número de lote e/ou data de vencimento é destruído?

N 270. É possível minimizar a quantidade de embalagens dos produtos fabricados, por exemplo, eliminando a embalagem secundária ou dispondo-a “a granel” para distribuição?

PML 271. As embalagens utilizadas são recicláveis, retornáveis ou reutilizáveis? PML 272. Sua composição permite que a reciclagem seja fácil e eficiente? PML 273. É possível substituir as embalagens tradicionais por embalagem a vácuo? PML 274. Na empresa adota-se a separação dos resíduos de embalagens para reciclagem (papel, plástico, vidro, fitas de aço)?

PML

Rotulagem S N NA EA A 275. Os rótulos são inspecionados antes de serem entregues à linha de embalagem?

N

276. As máquinas rotuladoras são inspecionadas antes do uso, em relação a não existência de produtos anteriores?

N

277. Se os rótulos remanescentes, não impressos com o número de lote ou data de vencimento, forem devolvidos ao almoxarifado, existe uma pessoa responsável por essa devolução?

R

Expedição S N NA EA A 278. É mantido um sistema de registro de entrada e de estoque do produto acabado?

R

279. O sistema de registro e controle dos despachos de produto acabado observa a correspondente relação sequencial de lote, data de entrada, data de saída e observação de data de vencimento?

R

280. O armazenamento do produto acabado realiza-se com a devida ordem de segurança, evitando possíveis misturas no seu controle e despacho, assim como acidentes no seu manuseio? (despacho = expedição)

R

281. O produto acabado armazenado encontra-se isolado do piso e afastado das paredes, para facilitar a limpeza e higiene e, consequentemente, favorecer a conservação?

N

282. Produtos vencidos são retirados do almoxarifado, destruídos e o processo é registrado?

N

283. Realizam-se inventários periodicamente, dos materiais, insumos e produtos acabados?

R

284. Existe um controle de distribuição de produtos acabados (rotina, fluxograma, etc.)?

R

Devolução de produto acabado S N NA EA A 285. Existe pessoa responsável designada para a tomada de decisões para a sua execução?

N

286. O Controle da Qualidade é informado da recepção dessas devoluções? N 287. São mantidos registros das análises, resultados e decisões, como consequência das devoluções?

R

288. Após análises ocorrem destruição ou reprocessamento, segundo os resultados obtidos?

N

289. As decisões, resultados das inspeções e análises são devidamente registrados?

R

290. Os registros são anexados ou se faz alguma referência dos mesmos nas documentações de cada lote de produto acabado devolvido?

R

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As respostas deverão atender às seguintes situações: Sim (S): significa que a empresa tem a ver com a questão e a está atendendo integralmente; Não (N): significa que a empresa tem a ver com a questão, mas não a está, no momento, atendendo; Não se Aplica (NA): a questão não se aplica à empresa auditada; Em Andamento (EA): significa que a questão se aplica à empresa e que a mesma está sendo implementada. Aplicação ANVISA (A) e penalidades: I = Imprescindível (Habilitação suspensa); N = Necessário (Advertência seguida de interdição, caso não se cumpra no 3° aviso); R = Recomendável (Busca pela melhoria contínua para exercer o SQ); INF = Informativo (complementar ao quesito necessário). *ST: Sutentabilidade ; PML: Produção mais Limpa

Recolhimento de produtos S N NA EA A 291. A empresa estabelece e mantém procedimentos para o recolhimento de produtos no mercado?

R

292. Existe pessoa responsável designada para a coordenação e execução dos procedimentos?

R

293. Recolhimentos por desvios da qualidade, as autoridades são informadas imediatamente?

N

294. São tomadas providências para o recolhimento em todo o território distribuído?

N

295. Existe documentação dos recolhimentos e seu devido registro? N 296. Os registros de distribuição dos produtos, em nível primário (do fabricante ao receptor), permanecem disponíveis para uma rápida ação de recolhimento do mercado?

R 297. Esses registros contêm informações que permitam o rastreamento do(s) cliente(s) da distribuição primária?(Localização do recebedor do produto)

R

298. As informações dos clientes são conhecidas e estão disponíveis? N 299. Existem relatórios conclusivos sobre todo o processo para cada produto recolhido? (estudo de rastreabilidade e das causas das não conformidades)

R

300. Existem relatórios sobre o destino dos produtos recolhidos no mercado? R

Clientes S N NA EA A 301. O consumidor tradicional do produto apresenta alta consciência e nível de esclarecimento ambiental?

RA

302. O produto apresenta um mínimo necessário de embalagem? RA

303. Existe informações nos recipientes e embalagens incentivando os clientes a reutilização ou reciclá-los?

PML

304. É oferecido ao cliente um serviço de “take-back” para recipientes ou embalagens de modo que a empresa possa reutilizar ou reciclá-la?

PML

Resultado comportamental da empresa Inferior a 20% - Crítico

Entre 20 a 40% - Atenção

Entre 40 a 70% - Patamar de sobrevivência Entre 70 a 80% - Em busca da diferenciação

Entre 80 a 90% - Atitudes pró-ativas em PmaisL Acima de 90% - Responsabilidade ambiental

Desempenho = Total de quadros verdes (n° de quadros totais - nº de quadros amarelos)