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Estruturas dos sólidos cristalinos
1º semestre / 2016
Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Engenharia de Materiais Disciplina: Ciência dos Materiais 1
2
ASSUNTOS ABORDADOS...
• Como os átomos se organizam em estruturas sólidas?
• Como a densidade de um material depende de
sua estrutura?
• Quando as propriedades do material variam com a
orientação da amostra?
Estruturas dos sólidos cristalinos
3
• Empacotamento não denso, aleatório
• Empacotamento denso, ordenado
Estruturas densas, ordenadas e empacotadas tendem a
possuir energias mais baixas.
Energia e empacotamento
Energia
r
comprimento de ligação típico do vizinho
energia de ligação
típica do vizinho
Energia
r
comprimento de ligação típico do vizinho
energia de ligação típica do vizinho
4
• átomos se empacotam em arranjos
periódicos, 3D
Materiais cristalinos...
-metais
-muitas cerâmicas
-alguns polímeros
• átomos não possuem empacotamento
periódico
Materiais não cristalinos...
-estruturas complexas
-resfriamento rápido
SiO2 cristalino
SiO2 não cristalino “Amorfo" = Não cristalino Adapted from Fig. 3.23(b),
Callister & Rethwisch 8e.
Adapted from Fig. 3.23(a),
Callister & Rethwisch 8e.
Materiais e empacotamento
Silício Oxigênio
• típico de:
• ocorrem:
5
Sistemas Cristalinos
Célula unitária: menor volume repetitivo que contém o
padrão completo da rede de um cristal.
Agrupamento de átomos representativo de uma
determinada estrutura cristalina específica.
Modelo de esferas rígidas: os átomos ou íons são
representados como esferas de diâmetro fixo.
Reticulado cristalino: conjunto de pontos, que podem
corresponder a átomos ou grupos de átomos, que se
repetem no espaço tridimensional com uma dada
periodicidade.
6
Fig. 3.4, Callister & Rethwisch 8e.
Sistemas Cristalinos
7 sistemas cristalinos
14 reticulados de Bravais
a, b, e c são os parâmetros de rede
7
Sistemas Cristalinos
8
Sistemas Cristalinos
9
Reticulados de Bravais Qualquer reticulado cristalino pode ser descrito por um dos 14
RETICULADOS DE BRAVAIS.
Cúbico simples Cúbico de faces
centradas
Cúbico de corpo
centrado
Tetragonal
simples
Tetragonal de
corpo centrado
Hexagonal
Ortorrômbico
simples
Ortorrômbico de
corpo centrado
Ortorrômbico de
bases centradas
Ortorrômbico de
faces centradas
Romboédrico Monoclínico
simples
Monoclínico de
bases centradas
Triclínico
10
Estruturas cristalinas dos metais
• Como podemos empilhar átomos de metais
para minimizar espaços vazios?
Duas dimensões
vs.
Agora empilhamos essas camadas bidimensionais para
fazer estruturas em três dimensões
11
• Tendem a ser densamente empacotados.
• Razões para o empacotamento denso:
- Tipicamente, somente um elemento está presente, assim
todos os raios atômicos são iguais.
- Ligação metálica não é direcional.
- Distâncias para os vizinhos mais próximos tende a ser pequenas
para baixar a energia de ligação.
• Possuem as estruturas cristalinas mais simples.
Examinaremos três dessas estruturas…
Estruturas cristalinas dos metais
12
• Rara devido ao baixo empacotamento (somente Po possui
esta estrutura)
• Direções mais densas são as arestas do cubo. • nº de coordenação = 6
(nº de vizinhos mais próximos)
Estrutura cúbica simples (CS)
Click once on image to start animation
(Courtesy P.M. Anderson)
13
• FEA para a estrutura cúbica simples = 0,52
FEA =
a 3
4
3 p (0,5a) 3 1
átomos
célula unit. átomo
volume
célula unit.
volume
Fator de empacotamento atômico (FEA)
FEA = Volume de átomos na célula unitária*
Volume da célula unitária
*assumir esferas rígidas
Adapted from Fig. 3.24,
Callister & Rethwisch 8e.
direções densas
a
R=0.5a
contém 8 x 1/8 = 1 átomo/célula unitária
14
• nº de coordenação = 8
Adapted from Fig. 3.2,
Callister & Rethwisch 8e.
• Átomos se tocam ao longo das diagonais do cubo. --Nota: todos os átomos são idênticos; átomo central está sombreado de forma
diferente para facilitar a visualização.
Estrutura cúbica de corpo centrado (CCC)
ex: Cr, W, Fe (), Tântalo, Molibdênio
2 átomos/célula unitária: 1 centro + 8 vértices x 1/8
Click once on image to start animation
(Courtesy P.M. Anderson)
15
Fator de empacotamento atômico: CCC
a
FEA =
4
3 p ( 3 a/4 ) 3 2
átomos
célula unit. átomo
volume
a 3
célula unit.
volume
comprimento = 4R =
direções densas:
3 a
• FEA para estrutura cúbica de corpo centrado = 0,68
a R Adapted from
Fig. 3.2(a), Callister &
Rethwisch 8e.
a 2
a 3
16
• nº de coordenação = 12
Adapted from Fig. 3.1, Callister & Rethwisch 8e.
• Átomos se tocam ao longo das diagonais das faces. --Nota: todos os átomos são idênticos; átomos dos centros das faces estão
sombreados de forma diferente para facilitar a visualização.
Estrutura cúbica de faces centradas (CFC)
ex: Al, Cu, Au, Pb, Ni, Pt, Ag
4 átomos/célula unitária: 6 faces x 1/2 + 8 vértices x 1/8
Click once on image to start animation
(Courtesy P.M. Anderson)
17
• FEA para a estrutura cúbica de faces centradas = 0,74
Fator de empacotamento atômico:CFC
máximo FEA alcancável
APF =
4
3 p ( 2 a/4 ) 3 4
átomos
célula unit. átomo
volume
a 3
célula unit.
volume
direções compactas:
comprimento = 4R = 2 a
Célula unitária contém: 6 x 1/2 + 8 x 1/8 = 4 átomos/célula unitária
a
2 a
Adapted from
Fig. 3.1(a),
Callister &
Rethwisch 8e.
18
sítios A
B B
B
B B
B B
sítios C
C C
C A
B
sítios B
• ABCABC... Sequência de empilhamento
• Projeção 2D
• Célula unitária CFC
Sequência de empilhamento da CFC
B B
B
B B
B B C C
C A
C C
C A
A B
C
19
• nº de coordenação = 12
• ABAB... sequência de empilhamento
• FEA = 0,74
• Projeção 3D • Projeção 2D
Adapted from Fig. 3.3(a),
Callister & Rethwisch 8e.
Estrutura hexagonal compacta (HC)
6 átomos/célula unitária ex: Cd, Mg, Ti, Zn
• c/a = 1,633
c
a
sítios A
sítios B
sítios A camada inferior
camada central
camada superior
20
Densidade teórica, r
onde n = número de átomos/célula unitária
A = peso atômico
VC = volume da célula unitária = a3 para cúbica
NA = número de Avogadro
= 6,022 x 1023 atoms/mol
Densidade = r =
VC NA
n A r =
Volume total da célula unitária
na célula unitária átomos de Massa
21
• Ex: Cr (CCC)
A = 52,00 g/mol
R = 0,125 nm
n = 2 átomos/célula unitária
rteórica
a = 4R/ 3 = 0,2887 nm
rexp
a R
r = a3
52,00 2
átomos
célula unit. mol
g
célula unit.
volume átomos
mol
6,022 x 1023
Densidade teórica, r
= 7,18 g/cm3
= 7,19 g/cm3
Adapted from
Fig. 3.2(a), Callister &
Rethwisch 8e.
22
Estruturas cristalinas de cerâmicas
Ex.: estruturas de óxidos – ânions (oxigênio) maiores que os cátions metálicos
– empacotamento de oxigênio em uma rede (CFC, por
exemplo)
– cátions ocupam sítios intersticiais entre os íons de
oxigênio
23
Fatores que determinam a estrutura cristalina
1. Tamanho relativo dos íons – Formação de estruturas estáveis: --maximizar a coordenação de íons vizinhos de cargas opostas.
Adapted from Fig. 12.1,
Callister & Rethwisch 8e.
- -
- - +
instável
- -
- - +
estável
- -
- - +
estável
2. Manutenção da
neutralidade de carga: --Carga total na cerâmica
deve ser zero.
--Reflexo na fórmula
química:
CaF 2 : Ca 2+
cátion
F -
F -
ânions +
A m X p
m, p valores para atingir a neutralidade de carga
24
• Coordenação aumenta com
Coordenação e Raios Iônicos
Adapted from Table 12.2,
Callister & Rethwisch 8e.
2
r cation r anion
Coord
#
< 0.155
0.155 - 0.225
0.225 - 0.414
0.414 - 0.732
0.732 - 1.0
3
4
6
8
linear
triangular
tetraédrica
octaédrica
cúbica
Adapted from Fig. 12.2,
Callister & Rethwisch 8e.
Adapted from Fig. 12.3,
Callister & Rethwisch 8e.
Adapted from Fig. 12.4,
Callister & Rethwisch 8e.
ZnS
(zinco blenda)
NaCl (cloreto de
sódio)
CsCl (cloreto de césio)
r cátion r ânion
Para formar uma estrutra estável, quantos ânions pode
circundar um cátion?
25
Sítios intersticiais em células cúbicas
CCC CS
CFC
26
Cálculo da razão mínima Cátion-Ânion
• Determine rcation/ranion mínimo para um sítio octraédrico para (NC = 6)
a = 2ranion
2ranion 2rcation = 2 2ranion
ranion rcation = 2ranion
rcation = ( 2 1)ranion
arr 222 cationanion =
414012anion
cation ,==r
r
27
Estruturas cristalinas do Tipo AX
rNa = 0,102 nm
rNa/rCl = 0,564
cátions (Na+) preferem sítios
octaédricos
Adapted from Fig. 12.2,
Callister & Rethwisch 8e.
rCl = 0,181 nm
• Estrutura do sal-gema
– Cloreto de sódio (NaCl)
– Número de coordenação = 6
– Outros compostos com mesma estrutura: MgO, MnS, LiF
e FeO
28
Estruturas cristalinas do Tipo AX
O2- rO = 0,140 nm
Mg2+ rMg = 0,072 nm
rMg/rO = 0,514
cátions preferem sítios octaédricos
Cada Mg2+ tem 6 átomos de oxigênio vizinhos
Adapted from Fig. 12.2,
Callister & Rethwisch 8e.
• Estrutura do MgO
– Mesma estrutura do NaCl
Estruturas Cristalinas do Tipo AX
• Estrutura do cloreto de césio (CsCl)
– Ânions ocupam os vértices de um cubo, enquanto um único
cátion ocupa o centro do cubo
93901810
1700
Cl
Cs ,,
,==
r
r
Adapted from Fig. 12.3,
Callister & Rethwisch 8e.
como 0,732 < 0,939 < 1,0,
sítios cúbicos são preferidos
Cada Cs+ tem 8 vizinhos Cl-
Estruturas Cristalinas do Tipo AX • Estrutura da blenda de zinco (Zinc blend, ZnS)
– Número de coordenação = 4
– Ânions estão num arranjo CFC e os cátions ocupam
posições tetraédricas no interior da célula
– Outros compostos com mesma estrutura: ZnTe, SiC
31
Estruturas Cristalinas do Tipo AmXp
• Cargas diferentes entre ânions e cátions
• m e/ou p 1
• Exemplos: UO2, ThO2, ZrO2, CeO2
32
Estruturas Cristalinas do Tipo AmXp
• Fluorita (CaF2)
• Cátions em sítios cúbicos
• Ânions nos vértices
• Outros compostos com
mesma estrutura: UO2,
ThO2, ZrO2, CeO2
• Estrutura antifluorita –
posições de cátions é
ânions é invertida
Ad
ap
ted
fro
m F
ig.
12
.5, C
alli
ste
r &
Reth
wis
ch
8e
.
Fluorita (Composto AX2)
rc = 0,100 nm; ra =0,133 nm
rc/ra= 0,751
NC = 8
33
Estruturas Cristalinas do Tipo AmBnXp
• Compostos cerâmicos com mais de um tipo de cátion,
representados por A e B
• Estrutura da Perovskita
• Exemplo: BaTiO3 (titanato de bário)
• estrutura do tipo ABX3
34
Adapted from Fig. 12.6,
Callister & Rethwisch 8e.
• Estrutura do BaTiO3
Estruturas Cristalinas do Tipo AmBnXp
– Cátions Ba2+ e Ti4+
– Estrutura cristalina da perovskita
• Ba2+ nos 8 vértices do cubo
• Único Ti4+ no centro do cubo
• O2- localizados nos centros
das 6 faces do cubo
35
• Em função dos raios iônicos, qual seria a estrutura cristalina
prevista para o FeO?
• Resposta:
5500
1400
0770
anion
cation
,
,
,
=
=r
r
em função desta razão,
-- NC = 6
0,414 < 0,550 < 0,732
-- estrutura cristalina do NaCl
Data from Table 12.3,
Callister & Rethwisch 8e.
Exemplo: Prever a estrutura cristalina do FeO
Raio iônico (nm)
0,053
0,077
0,069
0,100
0,140
0,181
0,133
Cátion
Ânion
Al 3+
Fe 2 +
Fe 3+
Ca 2+
O 2-
Cl -
F -
Estrutura cristalina do FeO
O2-
Fe2+
Quadro-resumo com algumas
estruturas cerâmicas comuns
38
Formas polimórficas do carbono
Diamante – Ligações tetraedrais de carbono
• Material mais duro conhecido
• Condutividade térmica anormal para um material não metálico
– Estrutura cristalina é uma variação do ZnS (blenda)
– Grande cristais simples – pedras preciosas
– Pequenos cristais – usados para polir/cortar
– Filmes finos de diamante • Revestimentos superficiais de alta
dureza – usados para ferramentas de corte, dispositivos médicos, etc.
Adapted from Fig. 12.15,
Callister & Rethwisch 8e.
Formas polimórficas do carbono • Grafita
– Estrutura composta por camadas de átomos de carbono
em um arranjo hexagonal
Cada átomo de carbono está ligado a 3 vizinhos por ligações covalentes fortes
O quarto elétron da ligação participa de uma ligação entre as camadas do tipo van der Waals
– Clivagem interplanar facilitada
– Condutividade elétrica alta em direções cristalográficas paralelas às lâminas hexagonais
Adapted from Fig.
12.17, Callister &
Rethwisch 8e.
40
Cálculo da densidade teórica da
cerâmica
A
AC )(
NV
AAn
C
=r
Número de unidades de fórmula dentro de cada célula unitária
Volume da célula unitária
Número de Avogadro
6,023 x 1023 unidades de fórmula/mol
AA
AC = soma dos pesos atômicos de todos os cátions na unidade de fórmula
= soma dos pesos atômicos de todos os ânions na unidade de fórmula
• Exemplo Com base na estrutura cristalina, calcule a densidade teórica
para o cloreto de sódio. Comparar o valor teórico com o valor
da densidade obtido através de medições experimentais
42
Densidades das classes de materiais
r metais > r cerâmicas > r polímeros
Por que?
Data from Table B.1, Callister & Rethwisch, 8e.
r (g
/cm
)
3
Grafite/ Cerâmicas/
Semicondutores
Metais/ Ligas
Compósitos/ fibras
Polímeros
1
2
2 0
30 B ased on data in Table B1, Callister
*GFRE, CFRE, & AFRE são Glass,
10
3
4
5
0.3
0.4
0.5
Mg
Al
aços
Ti
Cu,Ni
Sn, Zn
Ag, Mo
Ta Au, W Pt
Grafite
Silício
Vidro sodaGlass - Concreto
Nitreto de Si Diamante Óxido de Al
Zircônia
H DPE, PS PP, LDPE
PC
PTFE
PET PVC Silicone
Madeira
AFRE *
CFRE *
GFRE*
Fibra de vidro
Fibra de C
Fibras aramida
Metais possuem... • empacotamento denso
(ligação metálica)
• frequentemente grandes
massas atômicas
Cerâmicas possuem... • empacotamento menos
denso
• frequentemente elementos
mais leves
Polímeros possuem... • baixo empacotamento
(amorfos com frequência)
• elementos mais leves
(C,H,O)
Compósitos possuem... • valores intermediários
Em geral
compósitos epóxi reforçados com
fibras de vidro, carbono e aramida
(valores baseados em uma fração
volumétrica de 60% de fibras
alinhadas em uma matriz epóxi).
43
• Algumas aplicações de engenharia requerem monocristais:
• Propriedades de materiais cristalinos
são frequentemente relacionadas
com a estrutura cristalina.
(Courtesy P.M. Anderson)
-- Ex: Quartzo fratura mais
facilmente ao longo de alguns
planos cristalinos que em outros.
-- monocristais de diamante
para abrasivos
-- palhetas de
turbina Fig. 8.33(c), Callister &
Rethwisch 8e. (Fig. 8.33(c)
courtesy of Pratt and
Whitney).
(Courtesy Martin Deakins,
GE Superabrasives,
Worthington, OH. Used with
permission.)
Cristais como materiais estruturais
44
• Maioria dos materiais de engenharia são policristais.
Adapted from Fig. K,
color inset pages of
Callister 5e.
(Fig. K is courtesy of
Paul E. Danielson,
Teledyne Wah Chang
Albany)
1 mm
Policristais
Isotrópico
Anisotrópico
• Chapa de Nb-Hf-W com uma solda por feixe de e-.
• Cada “grão" é um monocristal.
• Se os grãos são orientados aleatoriamente, propriedades globais do componente não são direcionais.
• Tamanhos de grão tipicamente variam de 1 nm a 2 cm
(ou seja, de umas poucas a milhões de camadas atômicas).
45
• Monocristais
-Propriedades variam com
a direção: anisotropia.
-Exemplo: o módulo de
elasticidade (E) em Fe CCC:
Data from Table 3.3,
Callister & Rethwisch
8e. (Source of data is
R.W. Hertzberg,
Deformation and
Fracture Mechanics of
Engineering Materials,
3rd ed., John Wiley and
Sons, 1989.)
• Policristais
-Propriedades podem ou não
variar com a direção.
-Se os grãos forem orientados
aleatoriamente: isotropia.
(Epoli Fe = 210 GPa)
-Se os grãos apresentarem
textura, anisotropia.
200 mm Adapted from Fig.
4.14(b), Callister &
Rethwisch 8e.
(Fig. 4.14(b) is courtesy
of L.C. Smith and C.
Brady, the National
Bureau of Standards,
Washington, DC [now
the National Institute of
Standards and
Technology,
Gaithersburg, MD].)
Monocristais vs Policristais E (diagonal) = 273 GPa
E (aresta) = 125 GPa
46
Polimorfismo
• Duas ou mais estruturas cristalinas distintas para o
mesmo material (alotropia/polimorfismo)
titânio
, -Ti
carbono
diamante, grafite
CCC
CFC
CCC
1538ºC
1394ºC
912ºC
Fe
Fe
Fe
líquido
Ferro
47
Coordenadas dos pontos
Coordenadas para o centro da célula unitária são
a/2, b/2, c/2 ½ ½ ½
Coordenadas para o vértice da célula unitária são 111
Translação: múltiplos inteiros de parâmetros de rede posição idêntica em uma outra célula unitária
z
x
y a b
c
000
111
y
z
2c
b
b
48
Direções cristalográficas
1. Vetor reposicionado (se necessário) para
passar através da origem
2. Determinar a projeção do vetor em cada
um dos três eixos de coordenadas, em
termos dos parâmetros de rede (a, b e c)
3. Ajustar os valores para os menores inteiros
possíveis
4. Colocar entre colchetes, sem vírgulas
[uvw]
ex: 1, 0, ½ => 2, 0, 1 => [ 201 ]
-1, 1, 1
z
x
Procedimento
onde a barra sobre o número
representa um índice negativo
[ 111 ] =>
y
• Direção cristalográfica: vetor que une dois pontos da rede cristalina.
Direções cristalográficas
• Família de direções: conjunto de direções equivalentes, ou seja,
conjunto de direções que possuem o mesmo espaçamento atômico.
Famílias de direções são representadas por <uvw>.
Por exemplo, a família <100> é composta pelas direções [100], [010],
[001],
[1 00], [0 1 0] e [00 1 ].
50
Direções cristalográficas : exemplo
0 2 1 redução a mínimos
inteiros
[120] notação
0 1 projeções em
termos de a,b e c
0 c 1 b projeções
z y x
12
12
a
51
ex: densidade linear do Al na
direção [110]
a = 0,405 nm
Densidade linear
• Densidade linear de átomos DL =
a
[110]
Comprimento do vetor direção
Número de átomos
nº de átomos
comprimento
1 3,5 nm
a 2
2 LD = =
Adapted from
Fig. 3.1(a),
Callister &
Rethwisch 8e.
52
ex: direção [110]
a =
Densidade linear
a
[110]
Adapted from
Fig. 3.1(a),
Callister &
Rethwisch 8e.
22R
1222
4==
R
RDL
53
Direções cristalográficas na HC
1. Vetor reposicionado (se necessário) para
passar através da origem
2. Determinar a projeção do vetor em cada
um dos quatro eixos de coordenadas, em
termos dos parâmetros de rede
(a1, a2, a3, e c)
3. Ajustar os valores para os menores inteiros
possíveis
4. Colocar entre colchetes, sem vírgulas
[uvtw]
[ 1120 ] ex: ½, ½, -1, 0 =>
Adapted from Fig. 3.8(a),
Callister & Rethwisch 8e.
linhas tracejadas vermelhas
indicam projeções sobre os eixo a1 e a2 a1
a2
a3
-a3
2
a 2
2
a 1
- a3
a1
a2
z Procedimento
54
Direções cristalográficas na HC • Cristais hexagonais
– Conversão do sistema com 3 índices para o
sistema com 4 índices (Miller-Bravais)
=
=
=
' w w
t
v
u
) v u ( + -
) ' u ' v 2 ( 3
1 -
) ' v ' u 2 ( 3
1 - =
] uvtw [ ] ' w ' v ' u [
Fig. 3.8(a), Callister & Rethwisch 8e.
- a3
a1
a2
z
55
Planos cristalográficos
Adapted from Fig. 3.10,
Callister & Rethwisch 8e.
56
Planos cristalográficos
• Índices de Miller: Recíprocos de interceptos axiais (três) para um plano, sem frações e múltiplos comuns. Todos os planos paralelos possuem os mesmos índices de Miller.
• Procedimento 1. Determinar os interceptos do plano com os eixos
em termos de a, b, c 2. Fazer os recíprocos dos interceptos 3. Reduzir para os menores valores inteiros 4. Colocar entre parêntesis, sem vírgulas, ou seja, (hkl)
57
Planos cristalográficos z
x
y a b
c
4. Índices de Miller (110)
exemplo a b c z
x
y a b
c
4. Índices de Miller (200)
1. Interceptos 1 1
2. Recíprocos 1/1 1/1 1/
1 1 0 3. Redução 1 1 0
1. Interceptos 1/2
2. Recíprocos 1/½ 1/ 1/
2 0 0 3. Redução 2 0 0
exemplo a b c
58
Planos cristalográficos
z
x
y a b
c
4. Índices de Miller (634)
exemplo 1. Interceptos 1/2 1 3/4
a b c
2. Recíprocos 1/½ 1/1 1/¾
2 1 4/3
3. Redução 6 3 4
(001) (010),
Família de planos {hkl}
(100), (010), (001), Ex: {100} = (100),
59
Planos cristalográficos (HC)
• Em células unitárias hexagonais a mesma
ideia é usada
exemplo a1 a2 a3 c
4. Índices de Miller-Bravais (1011)
1. Interceptos 1 -1 1 2. Recíprocos 1 1/
1 0
-1
-1
1
1
3. Redução 1 0 -1 1
a2
a3
a1
z
Adapted from Fig. 3.8(b),
Callister & Rethwisch 8e.
60
Determinação do espaçamento interplanar
222 lkh
adhkl
=
61
Planos cristalográficos
• Examinar o empacotamento atômico de
planos cristalográficos
• Lâminas de ferro podem ser usadas como
um catalisador. O empacotamento atômico
para os planos expostos é importante.
a) Desenhar os planos cristalográficos (100) e
(111) para o Fe.
b) Calcular a densidade planar para cada um
destes planos.
62
Densidade planar para Fe (100)
Solução: Para T < 912ºC Fe possui estrutura CCC.
(100)
Raio do Fe - R = 0,1241 nm
R 3
3 4 a =
Adapted from Fig. 3.2(c), Callister & Rethwisch 8e.
Área do plano
= Densidade planar= a 2
1
átomos
plano
= nm2
átomos 12,1
m2
atoms = 1,2 x 1019
1
2
R 3
3 4 área
plano
63
Densidade planar para Fe (111) Solução (cont): plano (111)
1/2 átomo no plano
átomos no plano
átomos acima do
plano
átomos abaixo do
plano
a h 2
3 =
a 2
1/2
= = nm2
átomos 7,0
m2
átomos 0,70 x 1019
3 2 R 3
8 Planar Density =
átomos
plano
area
plano
2
2
2
3
38
3
34
2
3
2
3
2
3
2
2
2RRaa
abhárea =
====
64
Estruturas Compactas:
Empacotamento ABC (CFC)
Plano compacto formado por esferas
rígidas (A). Observam-se dois tipos
de interstícios, que são assinalados
como B e C.
(111)
65
Estruturas Compactas: HCP Empilhamento ABAB...
Plano compacto formado por esferas rígidas (A).
Observam-se dois tipos de interstícios, que são
assinalados como B e C.
A...B...A...B...
A C
66
Difração de raios X
Espectro eletromagnético
67
Difração de raios X
Fonte de raios X
68
Difração de raios X
• Redes de difração devem ter espaçamentos comparáveis ao comprimento de onda () da radiação difratada.
• Não pode resolver espaçamentos
• Espaçamento é a distância entre planos paralelos entre átomos.
69
Difração de raios X
Interferência
construtiva
Interferência
destrutiva
70
Raios X para determinar a estrutura cristalina
Intensidade do raio X (detector)
q
q c
d = n
2 sin q c
Medição do ângulo
crítico, qc, permite
computar o
espaçamento
interplanar, d.
• Raio X incidente difrata a partir de planos cristalinos.
Adapted from Fig. 3.20,
Callister & Rethwisch 8e.
reflexões devem estar em fase para um sinal detectável
espaçamento entre planos
d
q
q
distância extra percorrida Pela onda “2”
71
Raios X para determinar a estrutura cristalina
QTSQn =
qqq sen2sensen hklhklhkl dddn ==
q sen2 hkldn = (Lei de Bragg)
72
Difratograma de raios X
Adapted from Fig. 3.22, Callister 8e.
(110)
(200)
(211)
z
x
y a b
c
Ângulo de difração 2q
Difratograma de raios X para Ferro (CCC) policristalino
Inte
nsid
ade (
rela
tiva)
z
x
y a b
c
z
x
y a b
c
73
Identificação da estrutura cristalina de
um material cúbico
hkl
hkl
dsen
send
q
q
=
= 2
Espaçamento
interplanar
222 lkh
adhkl
=
Lei de Bragg
222
2
22
4lkh
asen =
q
• Possíveis planos a difratar:
-- Metais CS: h2+k2+l2 = 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8…
-- Metais CCC: h2+k2+l2 = 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16… -- Metais CFC: h2+k2+l2 = 3, 4, 8, 11, 12, 16…
• Ou ainda:
-- Metais CCC: h+k+l = número par -- Metais CFC: h, k e l = todos pares ou todos ímpares
74
Identificação da estrutura cristalina de
um material cúbico
• Exemplo: Os resultados de um experimento de difração de raios X
usando raios X com = 0,7107 Å (radição obtida com uma fonte de
molibdênio) mostram que os picos difratados correm para os
seguintes valores de ângulo 2q:
Pico Pico
75
Identificação da estrutura cristalina de
um material cúbico
• Exemplo (cont).: Pico
Pico
Pico
-- Metais CS: h2+k2+l2 = 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8…
-- Metais CCC: h2+k2+l2 = 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16…
-- Metais CFC: h2+k2+l2 = 3, 4, 8, 11, 12, 16…
Resposta:
O metal é CCC
76
Resumo • Átomos podem se arranjar em estruturas cristalinas ou amorfas.
• Podemos prever a densidade de um material partir do
peso atômico, raio atômico e geometria do cristal.
• Estruturas cristalinas metálicas comuns são CS, CCC, e HC.
Número de coordenação e fator de empacotamento atômico são os
mesmos para CFC e HC.
• Pontos cristalográficos, direções e planos são especificados em
termos de esquema de indexação.
Direções cristalográfica e planos são relacionados com densidades
lineares e densidades planares.
• Estruturas de cristais cerâmicos são baseadas em:
-- manutenção da neutralidade de carga elétrica
-- razões entre os raios dos cátions e dos ânions.
• Principais estruturas cerâmicas: AX, AmXp e AmBnXp.
77
• Alguns materiais podem ter mais de uma estrutura
cristalina. Isto se refere a polimorfismo (ou alotropia).
Resumo
• Materiais podem ser monocristalinos ou policristalinos.
• Difração de raios X é utilizado para determinação da
estrutura cristalina e do espaçamento interplanar.
Bibliografia
• Callister 8ª edição – Capítulo 3 completo (Estrutura dos sólidos cristalinos)
– Itens 12.1, 12.2 e 12.4 (Estruturas cerâmicas e carbono)
• Outras referências importantes – Padilha, A.F. – Materiais de Engenharia. Hemus. São Paulo. 1997. Caps. 4 a
6.
– Askeland, D.R. e Phulé, P.P. - The Science and Engineering of Materials.
Cengage Learning. 6a edição. 2010. Cap. 3
– Cullity, B.D. – Elements of X-ray diffraction