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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 01 - INTRODUÇÃO - 9 de novembro de 2000 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Geralmente estudos espetaculosos. Águia voando pelos céus são os EUA, gafanhotos são helicópteros, etc. Sobriedade nunca matou alguém. Só se entende um livro à luz de sua época e contexto. Quando e para quem foi escrito? Não há nenhum “código da Bíblia” nem segredo ocultos que um especialista bem treinado ou escolhido por deus revele aos homens. Uma boa regra de interpretação da Bíblia se chama bom senso. Deus é claro é fala claro. Tempo de crise, para ajudar os cristãos. De 81 a 96, parecia que o reino de Deus estava sendo destruído, no reinado de Domiciano. Momento de terror: a Igreja estava sendo destruída. Este é o pano de fundo do livro. Que traz consolo e não terror nem sensacionalismo. Há perseguição, mas cânticos e louvor permeiam o livro. Estudaremos o livro, pouco a pouco. Alguns trechos (as sete igrejas, por exemplo) serão abordados aos domingos. Mas, em linhas gerais, trataremos do livro às quintas-feiras. 1. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO - Tornou-se sinônimo de desgraças no futuro. Não é, necessariamente, o futuro por vir. Pode ser um futuro já acontecido (o futuro para os destinatários da época). Há várias escolas de interpretação, mas alistamos aqui as cinco principais: futurista, continuidade-histórica, filosofia da história, preterista e formação histórica. 2. O MÉTODO FUTURISTA - O livro narra os acontecimentos do fim do mundo numa linguagem oculta. Do capítulo 4 até ao fim, as coisas que acontecerão no futuro, quando Cristo retornar. Tudo em 7 anos, a semana que falta em Daniel. Neste sentido, o livro se torna cheio de segredo. Uma espécie de folhetim. 3. O MÉTODO DA CONTINUIDADE HISTÓRICA - Um prenúncio da história por meio de símbolos. Toda a história foi expressa aqui por meio de símbolos. Exemplo: Summers, pp. 48- 49. 4. O MÉTODO PRETERISTA - O livro se cumpriu nos dias do Império Romano. Dizia respeito àqueles cristãos e nada tem para nós, a não ser lições de fé. Há duas correntes. Uma o vê assim. Outra nem o considera como inspirado. 5. O MÉTODO DA FILOSOFIA DA HISTÓRIA - Nada é histórico. Tudo é simbólico. O livro mostra os princípios que formam a história, daí o seu nome. Exemplo: a Besta do capítulo 13 representa o mundo contra a Igreja. Pode ser em qualquer época, passada, presente ou futura. Discute as forças por trás dos eventos históricos. 6. O MÉTODO DA FORMAÇÃO HISTÓRICA - O livro se cumpriu nos dias Império Romano, mas traz princípios que são válidos hoje. Há situações que deixam princípios pelos quais devemos nos pautar. Mistura a filosofia da história com o preterista. Summers, 57 e 58. COMO ANDAREMOS – Na percepção de que o livro já se cumpriu, pelo menos até o capítulo 20. Veremos a ação de Deus na história passada. Os capítulos 21 e 22 tratam do futuro por vir. Os textos de 1.3 e 1.19 ajudam a entender esta posição. Mas acima de tudo: há lições para nossa vida, mais do que sensacionalismo. É Palavra de Deus e não Notícias Populares ou um programa do Ratinho.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 01 - INTRODUÇÃO - 9 de novembro de 2000 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Geralmente estudos espetaculosos. Águia voando pelos céus são os EUA, gafanhotos são helicópteros, etc. Sobriedade nunca matou alguém. Só se entende um livro à luz de sua época e contexto. Quando e para quem foi escrito? Não há nenhum “código da Bíblia” nem segredo ocultos que um especialista bem treinado ou escolhido por deus revele aos homens. Uma boa regra de interpretação da Bíblia se chama bom senso. Deus é claro é fala claro. Tempo de crise, para ajudar os cristãos. De 81 a 96, parecia que o reino de Deus estava sendo destruído, no reinado de Domiciano. Momento de terror: a Igreja estava sendo destruída. Este é o pano de fundo do livro. Que traz consolo e não terror nem sensacionalismo. Há perseguição, mas cânticos e louvor permeiam o livro. Estudaremos o livro, pouco a pouco. Alguns trechos (as sete igrejas, por exemplo) serão abordados aos domingos. Mas, em linhas gerais, trataremos do livro às quintas-feiras. 1. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO - Tornou-se sinônimo de desgraças no futuro. Não é, necessariamente, o futuro por vir. Pode ser um futuro já acontecido (o futuro para os destinatários da época). Há várias escolas de interpretação, mas alistamos aqui as cinco principais: futurista, continuidade-histórica, filosofia da história, preterista e formação histórica. 2. O MÉTODO FUTURISTA - O livro narra os acontecimentos do fim do mundo numa linguagem oculta. Do capítulo 4 até ao fim, as coisas que acontecerão no futuro, quando Cristo retornar. Tudo em 7 anos, a semana que falta em Daniel. Neste sentido, o livro se torna cheio de segredo. Uma espécie de folhetim. 3. O MÉTODO DA CONTINUIDADE HISTÓRICA - Um prenúncio da história por meio de símbolos. Toda a história foi expressa aqui por meio de símbolos. Exemplo: Summers, pp. 48-49. 4. O MÉTODO PRETERISTA - O livro se cumpriu nos dias do Império Romano. Dizia respeito àqueles cristãos e nada tem para nós, a não ser lições de fé. Há duas correntes. Uma o vê assim. Outra nem o considera como inspirado. 5. O MÉTODO DA FILOSOFIA DA HISTÓRIA - Nada é histórico. Tudo é simbólico. O livro mostra os princípios que formam a história, daí o seu nome. Exemplo: a Besta do capítulo 13 representa o mundo contra a Igreja. Pode ser em qualquer época, passada, presente ou futura. Discute as forças por trás dos eventos históricos. 6. O MÉTODO DA FORMAÇÃO HISTÓRICA - O livro se cumpriu nos dias Império Romano, mas traz princípios que são válidos hoje. Há situações que deixam princípios pelos quais devemos nos pautar. Mistura a filosofia da história com o preterista. Summers, 57 e 58. COMO ANDAREMOS – Na percepção de que o livro já se cumpriu, pelo menos até o capítulo 20. Veremos a ação de Deus na história passada. Os capítulos 21 e 22 tratam do futuro por vir. Os textos de 1.3 e 1.19 ajudam a entender esta posição. Mas acima de tudo: há lições para nossa vida, mais do que sensacionalismo. É Palavra de Deus e não Notícias Populares ou um programa do Ratinho.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 02 - Texto de 1.1-3 Pr. Isaltino G. C. Filho INTRODUÇÃO Tivemos um panorama geral do livro e vimos nossa linha de interpretação: o método da formação histórica. Nesta linha, o livro se cumpriu nos dias Império Romano, pois foi escrito para consolar a Igreja da época, sob perseguição que ameaçava sua existência. No entanto, traz princípios que são válidos hoje. Há situações que deixam princípios pelos quais devemos nos pautar COMENTÁRIO TEXTUAL 1) “Revelação” - No grego, apokalypsis ("tirar o véu"). Desvelar algo. Em inglês, o nome do livro é Revelação. Mostra-se algo desvelado a João. 2) “De Jesus Cristo” - É o apocalipse de Jesus e não de João. Deus deu a Jesus para que mostrasse aos seus servos. "Notificou" é esémanen, de sema, que significa "sinal, símbolo". De sema vem "semáforo" (sinal de luz, “foros”)). Foi mostrado por sinais ou símbolos a João. 3) Que se mostrou? - "As coisas que brevemente devem acontecer". "Brevemente" é táxei, de onde vem "táxi", que significa "rápido". Era algo que aconteceria rapidamente. 4) O portador - É um anjo. Quer se mostrar que não foi algo imaginado ou sonhado, mas trazido a João por um mensageiro de Deus. A palavra angêlou (anjo) significa "mensageiro". João testifica da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. O Apocalipse dá um testemunho sobre Jesus. Não é um zodíaco bíblico que produzirá um horóscopo evangélico. Em vez de procurar Saddam Hussein, o papa, Hitler, etc., procuremos por Jesus. 5) “Bem-aventurado” - Há sete bem-aventuranças no livro (1.3, 14.13, 16.15, 19.9, 20.6, 22.7 e 22.14). O termo, makários, é mais que "felizes". É a idéia de ser digno de felicitações e inveja, possuído do verdadeiro bem-estar. “Aquele que lê” - É o grego anagnôsei. Significa "ler em voz alta". Era uma função na igreja primitiva (e da sinagoga). Alguém lia a Escritura em voz alta. Havia poucas cópias e de difícil acesso ao povo. Havia também muitos analfabetos. Bem-aventurado aquele que faz o povo ouvir a Palavra de Deus! E quem lê para si, também. “Os que ouvem” - Mais que captar sons. "Ouço, atendo, compreendo, obedeço" (Taylor). É o ouvir com coração e não apenas com ouvidos. Não basta a audição. É necessário a obediência. Por isso, a expressão "e guardam as coisas que nelas estão escritas". “As palavras desta profecia” - Do livro que agora se inicia. “Porque o tempo está próximo” - "Tempo" pode ser cronós, de onde vem "cronômetro", ou kairós, "época determinada". É este o termo aqui. A época determinada estava para acontecer: a batalha decisiva entre o Reino de Cristo e as forças do Império Romano. Este momento está próximo (éngys, "perto") de João. Deus achou que estava na hora de acertar as contas. A Igreja deveria prestar atenção no que Deus estava fazendo na história. Olhamos muito para o futuro. E para o que Deus está fazendo agora? LIÇÕES DO TEXTO PARA NÓS 1. O mal pode oprimir a Igreja de Cristo, mas há um momento em que o próprio Senhor diz "basta!" e acerta as contas. 2. É bem-aventurado aquele que põe a Palavra acessível aos outros. Quando testemunhamos, quando fazemos a Palavra de Deus conhecida, somos bem-aventurados. 3. São bem-aventurados os que a ela obedecem. Podemos ter muitas informações, mas estas serem inúteis. 4. Deus nunca perdeu o controle da situação. Ele a vê e age a seu tempo. A história é dele e segue para o rumo que ele estabeleceu.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 03 - TEXTO DE 1.4-8 - 23 de novembro de 2000 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Após uma breve introdução (1.1-3), vem a saudação costumeira (v. 4) , e uma declaração de quem é a pessoa divina (vv. 5-8). Nos versículos 5 a 7, João fala. No 8, é Deus, o Pai. Jesus só fala a partir do v. 17. Sua primeira palavra será “não temas”. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 4 - "Sete igrejas". Eram 10, no mínimo. As sete (cps. 2 e 3) formavam um quase círculo. Elas representam todas. Usa-se o sete, símbolo da totalidade. O livro é para elas (v. 11). A totalidade das igrejas precisava saber o que iria lhes acontecer. "Graça e paz". Costumeira saudação. O livro oferece a graça e a paz. Não é um livro de terror. "Que é, que era, e que há de vir". Título de Deus. Ver 4.8. Lembra Êxodo 3.14. "Sete espíritos". Sete, idéia de plenitude. A plenitude do Espírito de Deus, sua totalidade. Ver Isaías 11.2. V. 5 - Jesus Cristo surge. Títulos: fiel testemunha, primogênito dentre os mortos, Príncipe dos reis da terra. Ele confirma a Palavra de Deus, é o primeiro a ressuscitar para não mais morrer, e é sobre todos os reis. Numa época em que o imperador romano era divinizado e recebia culto, o Apocalipse afirma: Cristo está acima dele. Ver 19.16. Sua obra por nós: ama (presente contínuo, no grego) e libertou. V. 6 - Continua o relato de sua obra por nós. "Reis e sacerdotes". Reino e nação sacerdotal. Êxodo 19.6 e 1Pedro 2.9. "Amém". Parece dito pelas sete igrejas, que são o auditório. Uma assembléia de cristãos tipificada nas sete igrejas. V. 7 - Sua volta visível. Início e fim do livro: 22.20. É a grande mensagem do livro. Ver Atos 1.11. Até seus algozes o verão. Outro "amém". V. 8 - Título divino autenticando a revelação. "Alfa e Ômega", a primeira e a última letras do alfabeto grego. É o Pai quem fala. Só aqui e em 21.5. Jesus assume este título. Ver 1.17 e 2.8. O NT proclama a divindade e a eternidade de Cristo: João 1.3 e Colossenses 1.15-16. 3. LIÇÕES VIVENCIAIS 1) Toda a Trindade aparece nesta saudação. O termo não está presente no NT, mas as pessoas estão. Ela saúda os fiéis. Saudar, para os orientais, é mais que cumprimentar. É desejar o bem. 2) A relevância da obra de Jesus Cristo por nós: ele nos fez reis e sacerdotes. 3) A revelação é para a Igreja de Jesus. Ela é sucessora de Israel. É o novo povo de Deus. 4) Jesus Cristo é o princípio e o fim da história. Mas é também o meio, o ponto central (Gl 4.4). Podemos sentir-nos seguros. Tudo está encaminhado para terminar nas mãos dele, porque tudo veio da mão dele. 5) O regresso de Jesus Cristo é a grande mensagem do livro e deve ser uma esperança para nós. O texto de 1.7 é a grande promessa. O livro termina falando disso: 22.20, já que 22.21 é bênção.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE - FOLHA 04 TEXTO DE 1.9-20 – 7.12.00 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO O texto nos mostra o Cristo glorificado, numa linguagem simbólica. Três das palavras-chaves do livro aparecem aqui: aflição, reino e perseverança. Elas são conceitos que regem o livro. A visão do Cristo glorificado prepara para o livro. O livro trata da glória de Cristo e de seu triunfo. As catástrofes são secundárias. A visão também mostra quem vai falar. E, no início de cada carta às sete igrejas , uma das características desta visão aparece. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 9 - João se identifica. É um dos doze, mas igual aos demais. Em Patmos, exilado por sua fé. Seguir a Cristo não dá imunidade contra o sofrimento. A Bíblia nos fala de heróis da fé, sendo que muitos foram mártires. Mas não fala de “saqueadores dos bens dos ímpios pela fé”, nem dos “enriquecedores pela fé”. V. 10 - Exilado dos irmãos, mas não de Deus. Na dor, pode se descobrir mais de Deus. "Dia do Senhor", o domingo, quando Cristo ressuscitou. Lembra a João: está ressuscitado. Domingo, o dia do Cristo ressurreto. "Voz de trombeta", sinal de autoridade. Por isso, o v. 11 - Ordem para escrever às sete igrejas. Vv. 12 a 20 - Uma descrição de Jesus Cristo V. 12 - Dn 7.13. "Sete candeeiros de ouro". Candeeiro ou castiçal de sete braços: Israel, como luz do mundo. Que significam? V. 20: as igrejas. V. 13 - Entre os candeeiros. No meio das igrejas. "Roupa talar", a do sacerdote (Êx 28.4), e "cinta de ouro", como rei. É o messias de Daniel, é sacerdote e é rei. V. 14 - Cabeça e cabelos como lã branca: eternidade (Dn 7.9) e dignidade (Pv 16.31). Olhos "como chama de fogo", penetrantes. Ele sonda: 2.23. V. 15 - Pés de bronze polido. Firmeza (a estátua de Daniel 2 tinha pés de ferro e barro). "Voz de muitas águas" é autoridade. Uma voz que se afirma sobre tudo. V. 16 - Sete estrelas na mão direita. Que são elas? V. 20. Alguns: pastores. Mas não no resto do livro. Outros: anjos como guardadores da comunidade. Da boca: espada de dois gumes. Ver 19.15. O brilho do rosto: sol ao meio dia. Moisés: Êx 34.35. O de Jesus: sol a pino. Vv. 17-18 - A atitude de João. Qual seria a nossa? Impressiona hoje: shows gospel (por que a vergonha de falar “evangélico”?) em que os cantores jogam camisas suadas para o auditório, etc. a presená de Cristo deveria produzir um impacto mais sério. "Não temas", o mandamento mais repetido de Jesus. . Primeiro e último, "e o que vivo". BJ: "Vivente", RAB: "Aquele que vive". Ênfase no estado atual de vivo. Tem chaves (autoridade) da morte e do hades (mundo dos mortos). V. 19 - Tens visto: a visão do Cristo glorificado. Que são: os capítulos 2 e 3. Que hão de suceder: 4 ao 22. V. 20 - Já explicado. LIÇÕES VIVENCIAIS 1) As grandes visões vêm no sofrimento. A dor pode ser didática. Tozer: "É duvidoso que Deus use grandemente um homem sem primeiro feri-lo antes". As pessoas que sofrem, muitas vezes, são mais sensíveis para Deus e para com os outros. 2) O Senhor não é coitadinho, sofredor. É o Cristo glorificado. O adesivo Dê uma chance a Jesus. Dê uma chance a você mesmo. 3) Cristo está no meio de suas igrejas. Elas não estão sós em seus problemas. 4) Cristo tem poder sobre o mundo dos vivos e dos mortos. A quem temeremos? Pelo que vimos (quem ele é), podemos encarar o que é e o que virá.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE – FOLHA 05 - Apocalipse 2.1-7 A IGREJA QUE DEIXOU DE AMAR A DEUS INTRODUÇÃO Éfeso, a cidade mais rica da Ásia menor. As outras seis, satélites. Fundada pelos gregos no ano 100 A . C. Culto a Artemis, deusa grega, a Diana romana (At 19.28). Paulo fundou a igreja. Lá escreveu 1 Coríntios (e o capítulo 13). Amoroso e amado pela igreja (At 20.37-38). Depois, João, o apóstolo do amor. O v. 4 é triste. Cristo usa a primeira pessoa: EU. Éfeso, a igreja que perdeu o primeiro amor. Deixou de amar a Deus. 1. COMO CRISTO SE APRESENTA À IGREJA - V. 1 "Ao anjo". Um anjo? O pastor? A comunidade? É o Cristo que segura a igreja e anda no meio das igrejas. Nada lhe é despercebido. Está no meio das igrejas. 2. COMO CRISTO ELOGIA A IGREJA - Vv. 2,3 e 6 Primeiro elogia. Depois critica. E nós? Conhece: obras (conduta), trabalho (o serviço) e perseverança. Enfrentou nicolaítas. Grupo gnóstico (um ocultismo cristão). Ensinava que se podia ser idólatra e imoral. O pecado não afetava a alma. Bem doutrinada. E perseverante. Sofreu pelo Nome. Kyrios Cristós e não Kyrios Kaisarós. Não desanimou. Há gente que desanima. 3. COMO CRISTO CRITICA A IGREJA - V. 4, BLH Deixou o primeiro amor. A Deus? Aos homens? Amava os homens: Ef 1.15. O primeiro é Deus. À luz do v. 5, a totalidade da vida cristã. Vida rotineira. Tinha religiosidade, mas não amava a Cristo. É possível servir e cultuar sem amar. Costume, aculturamento, necessidade de reconhecimento. Ele não aceita. 4. COMO CRISTO ADVERTE A IGREJA - V. 5 Com ternura. Não apedreja. Há apedrejadores da igreja. Lembrar, arrepender e praticar as primeiras obras. Voltar ao ardor. Se não: "virei". Em cada carta, menos Esmirna, está vindo. Por fim, veio à Laodicéia, mas ficou do lado de fora. Remover o candeeiro: juízo aniquilativo (1.20). Tirar o direito de ser igreja. A igreja só é igreja se ama a Cristo. Se não, é um clube, qualquer coisa, menos igreja. 5. COMO CRISTO SE DESPEDE DA IGREJA - V. 7 "Quem tem ouvidos". Ressalta o relacionamento com o E. Santo. Está em todas as cartas. É algo sério. Promessa a quem vencer: comer da árvore da vida. Éfeso: adoração a uma árvore sagrada. A árvore da vida está com Cristo. Gn 3.22 e Ap 22.2. CONCLUSÃO Que lições Éfeso nos ensina? 1) Cristo sempre vê nossa lealdade, antes dos nossos defeitos. Isto é um consolo,. 2) Devemos resistir aos ensinos estranhos: At 17.11. Há os novidadeiros. Para eles: 2Tm 4.3-4. 3) Não devemos cair na rotina espiritual. Renovemos nosso amor. Não apenas à igrejas, mas a Cristo. 4) Cristo não quer apenas ortodoxia. Doutrina correta sem vida é inútil. Mais que uma instituição, a igreja é a esposa de Cristo. Não é sua atividade nem seu programa que a tornam igreja. É seu amor a Cristo. 5) Nunca devemos desanimar diante das perseguições por causa do Nome. Ele vê. Alegra-se com a perseverança na fé. Mas, acima de tudo, nunca percamos o amor à pessoa de Cristo.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE – folha 06 – Apocalipse 2.8-11 A IGREJA DOS SANTOS SOFREDORES INTRODUÇÃO De razoável obscuridade à riqueza, com Alexandre, o Grande, que a reconstruiu, e Antígono. Não se sabe como a igreja surgiu. Cruel perseguição aos cristãos. O martírio de Policarpo, pastor da Igreja, se tornou bem conhecido. Desta igreja só se fala bem. Não há uma queixa do Senhor. "Os santos sofredores". 1. COMO CRISTO SE IDENTIFICA À IGREJA - 2.8 "Primeiro e último....". Cf. 1.17-18. Ser cristãos significava a morte. Hoje: ser cristão parece ser festa. O Senhor da Igreja também experimentou a morte. “Se alguém quer vir...” Não está alheio ao que a igreja passa. 2. COMO CRISTO ELOGIA A IGREJA - 2.9 Conhece a tribulação e a pobreza. Sabe das lutas. Duas palavras gregas para pobre. Uma é a pobreza do homem que tem que trabalhar para viver. Outra, é a do mendigo. É esta que ele usa. A igreja estava em estado de mendicância. BJ: "indigência". Contraste com 3.17. "Blasfêmia". Judeus acusavam os cristãos por não adorarem César. Mas eles não são judeus (Rm 2.28). O verdadeiro Israel é a Igreja (Gl 6.16 e Rm 2.29 e 9.8). São sinagogas de Satanás (acusador). 3. COMO CRISTO ANUNCIA MAIS DIFICULDADES À IGREJA - 2.10 Alguns serão presos. Para quê? "Sejais provados", mesmo termo para purificar metais. Refinados no sofrimento. Mais tribulação. "Dez dias", período não matemático. Curta duração. "Até a morte" não é tempo. Intensidade: "mesmo que te leve à morte". "Coroa da vida", alusão aos jogos da época: o vencedor recebia uma coroa de louros. 1Co 9.25 e Tg 1.12. O fiel é vencedor. Iniciando o versículo: "Não temas". 4. COMO CRISTO SE DESPEDE DA IGREJA -2.11 "Quem tem ouvidos...". É a palavra que deve ser lembrada.. Quem vencer não sofrerá a segunda morte, a eterna (20.14). Mt 10.28. Hoje se quer ganhar tudo na vida. Perde-se a alma ou o sentido da vida. CONCLUSÃO Não promete cessar o sofrimento. Seguir a Cristo não é um seguro contra problemas, mas um engajamento com Deus. Veja Tomé (João 11.16). A fé infantil busca apenas bênçãos. A fé madura busca obedecer, honrar e fazer a vontade, mesmo que custe a morte. Há muita infantilidade no meio evangélico hoje. A fé em Cristo não é um vale-brinde para retirar mercadorias de um supermercado espiritual. É um compromisso para lealdade absoluta. Esmirna compreendeu isso. Por isso, o Senhor não tinha uma palavra de repreensão quanto à sua vida. E quanto a nós? Cambuí, 24.12.00

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE folha 07 – Apocalipse 2.12-17 A IGREJA QUE ENFRENTAVA O INFERNO Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO - Pérgamo, capital da Ásia Menor. Sede do culto a Augusto, o maior centro de adoração pagã, desde o ano 29. Templos a Zeus e a Esculápio, deus da medicina, simbolizado por uma cobra. Trezentos templos pagãos e uma pequena igreja. Dura perseguição. "A igreja no quartel general do inferno". Ele tem "a espada de dois gumes". Defende e julga o seu povo. A igreja precisava das duas atitudes. 1. O SENHOR ELOGIA A IGREJA - 2.13 "Trono de Satanás". O imperador no lugar de Deus. Temática do livro: o homem querendo ser deus. Uma ação de Satanás. "Não negaste, tempo verbal perfeito: algo recente e específico. "Antipas", morto por sua fé. Uma fé em meio à dura perseguiçao. Ele vê as virtudes da igreja. Por certo que vê as nossas. 2. O SENHOR CRITICA A IGREJA - 2.14-15 Vê o erro. Balaão (Nm 22-25), já que não podia amaldiçoar induziu à imoralidade e à prostituição. Conhecia a vontade de Deus e não a cumpria. Alguém, na igreja, estava levando o povo à conduta errada. "Coisas sacrificadas aos ídolos". No grego, uma só palavra. Comer ou não comer carne era indiferente: 1 Co 8.7-13. Parece que participavam das festas pagãs, imorais e idolátricas. A igreja não pode se desviar para o mal. O pior adversário: não o ateu, o comunismo, ou a perseguição. O de dentro. Nicolaítas: ou outro nome para este grupo ou, como o nome indica, uma tendência à hierarquização, subordinando a igreja a alguém. 3. O SENHOR ADVERTE A IGREJA - 1.2.16 Chama ao arrependimento. A mesma palavra para conversão. Precisamos de conversão constante. Não somos impecáveis e precisamos aprender a pedir perdão. "Sem demora". Em cada carta está chegando. Sempre com ameaça. Isto é triste. 4. O SENHOR PROMETE À IGREJA - .2.17 Maná: alimento preservador. Deus preserva os fiéis. De maneira inexplicável. "Pedra branca" tem quatro sentidos: 1o) o réu absolvido; 2o) o escravo libertado; 3o) o vencedor de corridas; 4o) guerreiro vitorioso. Os quatro se aplicam ao fiel e vencedor. APLICANDO O ESTUDO À NOSSA VIDA Cinco perguntas para reflexão: 1a) Morreríamos por nossa fé? Nós a levamos a sério a tal ponto? 2a) Retemos o Nome sobre todo o nome em qualquer circunstância? 3a) Na nossa fidelidade há algum comprometimento com o mal? 4a) Somos amigos ou adversários da igreja? Há quem a desmoralize com a vida e há crentes que a combatem tanto que não se sabe de que lado estão. 5a) "Eis que venho sem demora...”. O que estas palavras nos causariam se nos fossem dirigidas?”.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 08 - Apocalipse 2.18-29 A IGREJA QUE TOLERAVA JEZABEL Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO A menor igreja, a menor cidade, a maior carta. Comércio intenso. Produzia púrpura. Lídia era de lá (At 16.14). Talvez a fundadora. "A igreja que buscava coisas profundas". O evangelho era pouco. Acrescentavam. Muitos fazem assim. Igrejas e crentes em busca de coisas profundas. O evangelho é profundo, simples e suficiente. 1. O SENHOR SE APRESENTA À IGREJA - 2.18 A carta mais incisiva na apresentação: "Filho de Deus", "olhos de fogo", "pés de bronze". Infalível e divino, perscrutador e invencível (o contraste com a estátua de Dn 2). 2. O SENHOR ELOGIA A IGREJA - 2.19 Alista cinco virtudes: boas obras, amor, fé, serviço e perseverança. Crescendo nelas. Uma igreja cada dia melhor. 3. O SENHOR SE QUEIXA E AMEAÇA A IGREJA - 2.20-23 "Toleras". Não praticava, mas tolerava. Uma mulher que se dizia profetisa. É fácil dizer algo a seu próprio respeito. "Jezabel". Em 1 Rs 16.31 e depois, 1 Rs 19. Mulher de Acabe, fenícia, introdutora do baalismo em Israel. Símbolo da idolatria. Já começava no cristianismo. Figuras para ajudar na adoração. Catacumba: pastor carregando ovelha nos ombros. Em 842, a imperatriz Teodora convocou um concílio que oficializou a idolatria. O culto pagão terminava em orgia. A igreja tolerava. "Coisas profundas": revelações suplementares e esoterismo. Cristo diz que são de Satanás. "Lançada no leito" é tornada incapaz. Ele aniquilará. Deus não aceita o desvio da sua palavra. 4. O SENHOR FAZ PROMESSAS À IGREJA - 2.24-=28 V. 25: exortação à fidelidade. "O que tendes". Profetisa acrescentava. Cristo: o que tendes. Basta. Cetro de ferro" (Sl 2.9) é reinar com Cristo. Veja 22.5. "Estrela da manhã". Ver Nm 24.17. Planeta Vênus. Nome latino: "Lúcifer", "portador da luz". Cristo é o verdadeiro: 22.16. Satanás falsifica até os títulos divinos. Cristo promete sua direção. A maior necessidade da igreja não é algo além do evangelho. É Cristo. PARA REFLEXÃO FINAL Ler e pensar sobre 2 Co 11.3, 1 Co 2.2. Coisas novas? Hb 1.1-2.

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IGREJA BATISTA DO CAMBUÍ ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE - FOLHA 09 A IGREJA MORIBUNDA - Texto de 3.1-6 Pr. Isaltino G. C. Filho INTRODUÇÃO Fora residência do último rei da Lídia, Creso, muito rico. Decadente, vivia da fama do passado. Aristocracia arruinada. Produzia lã e tintas. Sede do culto a Cibele e do culto ao imperador. Curioso: a igreja não sofria perseguição alguma. Não se chuta cachorro morto. Um título poderia ser: "Desperta ou morre". Fundamentada na aparência. Não tinha vida. Isso se vê em 1b e 2b. Quase todos mortos espiritualmente. Havia alguns vivos (vv. 2a e 4). Agonizava. Moribunda. 1. O SENHOR SE APRESENTA À IGREJA "Sete espíritos e sete estrelas" (v. 1). Plenitude do Espírito e os anjos ou pastores na mão. Ver 1.20. Vê e tem tudo na mão. Se os anjos são os pastores, uma dura advertência ao pastor. A igreja nunca é muito melhor que ele. 2. O SENHOR FAZ UMA CONSTATAÇÃO Seca e dura (v. 2). Havia obras mas não havia vida. Ele busca vida. Cuidado: atividades não substituem vida. Cânticos 1.6. Cuida de muita coisa, mas não da vida. Não basta ser trabalhador na obra. é preciso ter vida. 3. O SENHOR DÁ CONSELHOS À IGREJA Dois conselhos são dados: 1o) lembrar do que recebeu (v. 3). Recordar sua herança espiritual, o passado vivido com Deus. 2o) arrepender-se. É o mesmo verbo para os não crentes. Como v. está hoje? Não tem coisas para mudar? 4. O SENHOR AMEÁÇA A IGREJA Virá como ladrão (v. 3). Quando menos esperarem. Não se trata da segunda vida, mas de um juízo contra a igreja. Sua segunda vinda julgará os moribundos. Na realidade, não são convertidos. São aculturados. Aprenderam a linguagem, os gestos e o vocabulário do crente. Mas não são. 5. O SENHOR FAZ PROMESSAS À IGREJA São três: 1ª) Os poucos fiéis andarão de branco, com ele (v. 4). Vitoriosos, na sua companhia. 2ª) Não serão riscados do livro (v. 5). Salmo 69.28. Quem fosse riscado tido como ímpio. Primeira vez: Êx 32.32-33, como registro de cidadania. Apagar o nome é cancelar a cidadania. 3ª) Teriam o nome confessado diante do Pai e dos anjos (v. 5). Ele os assumiria como seus. CONCLUSÃO 1ª) A qualidade de vida espiritual não pode ser substituída por riquezas materiais (Lc 12.15) nem por atividades (1 Sm 15.22). 2ª) Há mortos dentro da Igreja. Mt 7.21-23. Cuidado! 3ª) Cristo julga a igreja infiel. Há julgamento para a casa de Deus: 1Pe 4.17. 4ª) Aos que estão dormindo: Ef 5.14. Summers, p. 120.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE - FOLHA 10 TEXTO DE 3.7-13 - A IGREJA MODELO

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Filadélfia. Fundada em 59 a.C.. Nome devido a Atalo II, que foi fiel ao irmão Eumene. "Filadelfo", "amigo do irmão". Cidade missionária: difundir a cultura grega. Capital da cultura. Dela nos surge a melhor igreja. Exemplar e imbatível. Como? Por quê? Veremos. O tema da carta: "Fidelidade à Palavra". 1. A IDENTIFICAÇÃO DO SENHOR (v. 7) "Santo e Verdadeiro". Também em 6.10. Em 19.11, é o "Verdadeiro". É Santo e é a Verdade. "Chave de Davi". Is 22.22: Eliaquim, administrador do Rei. Figura messiânica. O messias teria a chave de Davi. Jesus tem. É o Messias. "Abre, fecha" a porta do reino. Poder absoluto. O reino não está mais com os judeus, mas com a Igreja: Mt 21.43. É a mais solene apresentação. Nenhuma Igreja ouviu tanto. 2. O ELOGIO DO SENHOR À IGREJA (v. 8) Só fala bem. É fraca, o próprio Jesus diz. Guardou a Palavra. Há forças em guardar a Palavra. Ela capacita: Sl 119.11. "Não negaste o meu nome". Mérito: fidelidade à Palavra e ao Nome. Hoje nos preocupamos mais com estruturas e com programas. Atividades valem muito hoje. Para Jesus: fidelidade à Palavra e a ele. 3. AS PROMESSAS DO SENHOR À IGREJA (vv. 9-12) V. 9: perseguição dos judeus. São de Satanás e reconhecerão que é a Igreja que é de Deus. BJ: "vou entregar-te"; BLH: "vou fazer que caiam de joelhos diante de vocês". Sentido messiânico. Quando o Messias chegasse, os judeus cairiam de joelhos. Que caiam diante da Igreja: o Messias está nela! Fora do cristianismo, tudo é mentira, tudo é de Satanás. V. 10: guardará a Igreja. "Terra" é os incrédulos. Eles serão provados, mas os filhos de Deus serão guardados. V. 11: "venho sem demora". Mais uma vez promete isso. Chegará na próxima carta. A Igreja deve guardar a fé. V. 12: "coluna". Cidade em ruínas, mas a coluna de um templo cristão ainda de pé, testemunho silencioso. "Nome de meu Deus", declaração de possessão. "Cidade de meu Deus", direito à vida eterna. "Meu novo nome", o Cristo agora Triunfante e não mais Vítima. Quanta riqueza prometida a fracos que guardam a Palavra! CONCLUSÃO Uma igreja perfeita! Só se fala bem dela. "Igreja perfeita, só no céu!". Depende do que se entende por perfeita. Mas é possível ser uma igreja excelente. É possível ser vitorioso. É possível vencer as lutas, as fraquezas, as tribulações. O testemunho de Filadélfia atravessou o tempo: é a Igreja Triunfante do Cristo Triunfante. É possível ser assim! Cambuí, 21.1.01

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE – folha 11 – Apocalipse 3.14-22 A IGREJA ONDE CRISTO NÃO ESTAVA Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Laodicéia, rica cidade. Reconstruiu-se sozinha, no ano 60. Produzia lã negra e colírio. Centro bancário, explorava a mineração aurífera. Três estradas conduzindo para Roma. Chamava-se "a cidade das portas abertas". Águas termais, mornas, buscadas para repouso. Cada uma dessas características da cidade aparecem na carta. A igreja tinha diante de si um grande campo missionário. Mas era a pior de todas. O pecado da auto-suficiência. 1. COMO O SENHOR SE IDENTIFICA À IGREJA - V. 14 "Amém" (verdade, confirmação). "Fiel e Verdadeiro" (19.11) denota o seu caráter. "O Princípio da Criação" não significa que tenha sido o primeiro criado. É o princípio gerador: Cl 1.15-18. Gloriosa apresentação. 2. AS QUEIXAS E CONSELHOS DO SENHOR À IGREJA - Vv. 15-18 Nenhum elogio. Dois grandes pecados: indiferença e arrogância. Orgulhosa de sua riqueza. Perigo: identificar o progresso da Igreja com bens materiais. Oposto de Esmirna: 2.9. São mornos. Vv. 15-16: cidade com águas mornas que causam ânsia de vômito. Laodicéia é "imbebível". Os conselhos do Senhor: 1) Comprar ouro. Eram pobres (grego, mendigos). Deviam comprar de Deus, não do mundo. A riqueza da Igreja vem de Deus. 2) Vestes brancas. Produzia lã negra, mas tinha que ser diferente do mundo. Há crente que é xerox. 3) Colírio. Produziam bálsamo, mas eram cegos. Tinham águas termais, mas estavam doentes. Tais queixas se aplicam a nós? 3. A POSIÇÃO DE CRISTO DIANTE DAS FALHAS DA IGREJA - Vv. 19-20 Mesmo assim, ama a Igreja (v. 19)! Nota de esperança. Chama ao arrependimento. Crente precisa. V. 20: Jesus de fora. O Senhor do universo mais uma vez sem lugar (Lc 2.7). Fez a Igreja, mas não há lugar nela para ele. "Entrarei em sua casa". Jo 14.23. Há crentes e igrejas que têm deixado Jesus do lado de fora. Jo 1.11 não se repete hoje? CONCLUSÃO Cristo do lado de fora. Muitas vezes, do lado de fora em sessões de igrejas e de convenções. Crentes maledicentes, rancorosos, mesquinhos, com mau testemunho. Cristo está do lado de dentro ou do lado de fora de sua vida? Fora? Deixe-o entrar. Dentro? Mostre. "Pelos seus frutos os conhecereis". Cambuí, 28.1.01

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 12 - Texto de 4.1-11 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Terminou a visão das sete igrejas. Capítulos 2 e 3: as coisas que são (tempo de João). Até 22: as que hão de vir (tempo de João). 2 e 3: Senhor da Igreja; 4 a 22: Senhor da história. Os capítulos 4 e 5, uma visão da corte celestial, preparam para o que se segue. Os capítulos 2 e 3 serão estudados aos domingos, pela manhã. As cópias estarão à disposição na Secretaria. "Sentado em seu trono, Deus é glorificado por sua corte celeste (cap. 4), depois o horizonte se estende ao universo, cujos destinos são entregues ao Cordeiro redentor na forma de um livro selado (5). Seguir-se-ão amplas visões simbólicas preludiando o “Grande Dia”, em que a ira de Deus cairá sobre os pagãos perseguidores" (BJ). COMENTÁRIO TEXTUAL V. 1 - "Depois". Da visão de 2 e 3. "Uma voz". De quem? "Sobe", como Moisés (Êx 19.20,24). Vai ter visões da glória de Deus. Vv. 2-4 - "Alguém". Respeito por Deus. Não o descreve. Elementos de Ezequiel 1 e 10 e Isaías 6. O momento é de crise, mas Deus está no trono. É o Soberano que comanda a história. Apesar da majestade, pactua com os homens (o arco-íris, símbolo do pacto com Noé). "Vinte e quatro anciãos": a totalidade do povo de Deus (doze tribos, doze apóstolos). Participam da glória divina (branco e coroa de ouro). O povo não deve se curvar diante de César. O trono é de Deus e seu povo participará de sua glória. Vv. 5-6 - Relâmpagos, vozes e trovões: teofania (aparecimento de Deus) em favor dos homens (Êx 19.16). Dá vida a todos (sete espíritos: o Deus da vida) e governa todos os povos. "Como que mar de vidro". Separa Deus dos homens. Está na história dos homens, mas não é como eles. É diferente. Em 21.1, não existe. A comunhão da cidade santa é plena. Vv. 6-8 - Quatro seres. Parecem serafins (Is 6.1-3) e querubins (Ez 10.14). A soberania divina sobre anjos, animais domésticos, selvagens, dos ares e humanidade. Um testemunho da ação contínua de Deus. "Santo, santo, santo" é a doxologia de Isaías 6, que era usada nas sinagogas e nos cultos cristãos. Um momento de louvor. Vv. 8-11 - Todos louvam o Senhor da história. Seres angelicais e depois o povo de Deus. "Não se desesperem. Estou no comando.". LIÇÕES VIVENCIAIS 1. O texto manifesta respeito pela pessoa divina. O que por vezes nos falta, quer por palavras quer por vida. E é mais que expressão compungida, são atitudes. 2. O povo de Deus é chamado a manifestar-lhe exclusiva lealdade e está vocacionado para a vitória com ele. 3. Há um "como que mar de vidro". Um dia, "conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido" (1 Co 13.12). por enquanto, não temos explicações para tudo. Um dia teremos. 4. Mesmo que estejamos em grande crise, lembremos: há alguém no trono. Ele dirige a história.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 13 - TEXTO: CAPÍTULO 5 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Nos capítulos 2 e 3: uma análise das igrejas. Capítulo 4: o Deus Criador. Agora, o Deus Redentor. A questão, a partir de agora, gira ao redor de um livro e se estenderá até o capítulo 9, num desdobramento. Há muitas opiniões, mas registramos aqui a com mais aderentes e que parece ser a mais sensata. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 1 - "Um livro". Conteúdo: os decretos divinos concernentes aos acontecimentos dos últimos dias. De 6 a 9, os selos são rompidos, desdobrando este assunto. Os decretos, até então ocultos, serão revelados. Aparece uma visão da história. O livro está selado "por dentro e por fora": há muito assunto e assunto mantido fora do conhecimento dos homens. Está lacrado. V. 2 - O desafio do anjo: quem é digno? Quem pode explicar a história? Ninguém (v. 3). João chora (v. 4): a história da humanidade não pode ser explicada. Como saber o destino da Igreja? V. 5 - Resposta consoladora. Quem é digno? Vv. 9 e 12. Jesus venceu e pode explicar a história e o futuro da Igreja. Dois títulos messiânicos aplicados a Jesus: Leão da tribo de Judá (Gn 49.9-10) e Raiz de Davi (Is 11.1). O messias prometido que venceu Satanás: 1Jo 3.8. V. 6 - Olha e não vê leão. Vê cordeiro ("cordeirinho", como em Jo 21.25). Havendo sido morto. Um cordeirinho morto! O caráter vicário de Cristo. É a primeira vez que Cristo é chamado de Cordeiro no Apocalipse (depois, mais 30 vezes). Ver João 1.29. Mas, mesmo tendo sido morto, é Vencedor. Sete chifres significa força absoluta. Sete olhos significa onisciência (Zc 4.10). Ele tem todo poder e todo conhecimento. V. 7 - Recebe o livro do Pai. A história nas suas mãos. Vai cumpri-la. Pai lhe deu todo o poder. Vv. 8-14 - Louvores e aclamações de todos ao Cordeiro Vencedor. 1o) dos quatro seres - a criação (v. 8). 2o) dos vinte e quatro anciãos -o povo de Deus (v. 8). 3o) dos anjos - a corte celestial (v. 11) 3o) toda a criação (v. 13). Cessa o choro. O capítulo termina com adoração. MacDowell, in A Soberania de Deus na História, p. 74. LIÇÕES VIVENCIAIS 1. O cristão não vê a história como uma sucessão de fatos sem nexo. Tudo caminha para um ponto determinado por Deus. Ela segue o rumo ditado por ele. 2. Cristo é digno de comandar a história e o universo. Tem mérito. Venceu. 3. Por isso, não nos apavoramos. Nada terminará sem que o querer de Deus triunfe. Rm 8.28. 4. O crente, mesmo quando tudo parece confuso, só tem uma atitude a manter: adoração. Cristo está no controle. Parece difícil? Lembremos Jo 13.7.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 14 - TEXTO: CAPÍTULO 6.1-8 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Após receber o livro selado, o Cordeiro o abre. Os capítulos 6-9 formam um todo: o tema é este livro. De 6.1 a 8.1, o tema são os sete selos. Ao se abrir cada um dos quatro primeiros, sai um cavalo. BJ: "Os quatro cavaleiros desta primeira visão são inspirados em Zc 1.8-10 e 6.1-3; contudo eles simbolizam também as quatro pragas com que os profetas ameaçavam Israel infiel: feras, guerra, fome, peste (cf. Lv 26.21-26, Dt 32.34, Ez 5.17, 14.13-21, e também Ez 6.11-12, 7.14-14, 12.16, 33.27)". Os quatro primeiros selos: a história do homem é dominada pelo mal. O PRIMEIRO CAVALO - Vv. 1-2 Branco significa conquista. Quem é? 1o) Cristo (19.11); 2o) o Anticristo; 3o) o espírito de conquista humano. Talvez este. A primeira fonte do mal: ambição por poder e conquista. "Arco", arma dos persas, terror dos romanos. Pano de fundo: Roma cairá. O inimigo do povo de Deus sempre tomba. Summers, 136. O SEGUNDO CAVALO - Vv. 3-4 Vermelho, cor de sangue. Conseqüência do primeiro. "Tirasse a paz" e "espada". História humana: guerras e violência. O Império Romano era o símbolo maior disso. Na realidade, todos os impérios mundiais trazem isso. O homem não consegue viver em paz. Desde Caim e Abel. O TERCEIRO CAVALO - Vv. 5-6 Preto. É a fome. Conseqüência das guerras. Texto na BLH. A fome é política, ocasionada pelos homens. Autoridades: há comida para 10 bilhões de pessoas. Energia nuclear: uma colheita por dia. Os homens fazem a fome. É a ambição e a maldade humanas. O QUARTO CAVALO - Vv. 7-8 Amarelo. Versos modernas: esverdeado. Grego, cloros, de onde vem clorofila. Cor do cavalo em decomposição. "Morte" é o cavaleiro. O hades, o mundo dos mortos, a acompanha (para engolir as vítimas). Mas sua autoridade é limitada. APLICAÇÃO Eis a história que se revela a João: ambição, guerras, sangue, fome e morte. É a história dos homens. Seu protagonista maior era o Império Romano. O mundo é dominado pelo Maligno (1Jo 5.19). Não melhorará. O juízo de Deus virá. Ele intervirá na história. É o tema dos capítulos vindouros. Para João (e para nós), uma lembrança: os homens nunca conseguirão estabelecer justiça no mundo. Sua pecaminosidade os corrompe e estraga o mundo em que vivem. A resposta, como veremos, é a obra de Cristo.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 15 - TEXTO: CAPÍTULO 6.9-17 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Temos o quinto e o sexto selos. Os selos de 1 a 4 foram revelados: quatro cavaleiros. Depois da violência e mortandade desencadeada por eles, vem o clamor por justiça e o anúncio do juízo de Deus. São os selos cinco e seis. VERSOS 9 A 11 - Os mortos clamam. Um pedido por justiça. Ver Gn 4.10. Mortos pela sua fé. "Debaixo do altar". Por quê? O altar dos holocaustos no AT: Êx 29.12 e Lv 4.7. Sob o altar, o sangue desnecessário. Jesus falou de perseguições: Mt 24.9. Virão, mas não salvam. Só o sangue de um tem poder para salvar. "Até quando?" (Hc 1.2). Um clamor por justiça. Expressa o desejo de que o bem triunfe. "Sobre a terra", em 3.10: todos os que não são de Deus. "Vestidura branca". Ver 3.5. Mortos, mas vencedores. Há um tempo determinado para o juízo. Hc 2.3. VERSOS 12 A 17 - Nos vv. 12-14, Deus responde ao clamor. Sinais no céu são símbolos da intervenção divina, "o dia do Senhor" no AT (Am 8.9). No NT: Mt 24.29 e Mc 13.24. O medo se apossa de sete categorias de pessoas (vv. 15-16). Toda a raça humana se enquadra nelas. V. 17: o grande dia chegou. Eles sabem e tremem. APLICAÇÕES PESSOAIS 1a) Seguir a Cristo pode significar sofrer com ele e por ele. Lembremos de 1 Pe 4.12-14. 2a) Há um tempo determinado para o juízo divino. No tempo certo. Que se espere por ele. 3a) Deus vinga seu povo: Na 1.2. Não nos vinguemos: Rm 12.19. Mas lembremos que Deus guarda seu povo: Na 1.7. 4a) Há um juízo. A Bíblia diz qe há. Que fazer, então? 2 Pd 3.11-12.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 16 - TEXTO: CAPÍTULO 7 – 11.1.01 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO O capítulo 7 é um parêntesis separa a abertura do sexto e a do sétimo selos. Como as trombetas (10.1 a 11.44). Há duas visões no capítulo: a selagem dos 144.000 (vv. 1-18) e a incontável multidão (vv. 9-17). Vejamos o significado. VV. 1-9 - O tema é a salvação. Doze é o número para a religião organizada. O povo de Deus (12 tribos) é protegido do julgamento (os anjos seguram os quatro ventos). A marca na fronte é sinal de propriedade divina. O povo de Deus é representado como o Israel total e perfeito (12 x 12.000 = 144.000). O povo de Deus não é este número, exatamente, mas sim uma multidão incontável. É incontável porque a salvação está aberta para todos (nações, tribos, povos e línguas). V. 4 - Bíblia de Jerusalém: "Quadrado de 12, multiplicado por mil: a multidão dos fiéis de Cristo, o povo de Deus, o novo Israel (Gl 6.16, Tg 1.1). Marcados com selo divino (Rm 4.11) eles escaparão às pragas (Êx 12.7-14)". VV. 9-12 - O povo de Deus reconhece que a salvação vem de Deus e do Cordeiro, não de homens. Unidos aos anjos e à criação, os salvos adoram a Deus e proclamam que só ele deve ser louvado. V. 9 - A multidão dos mártires cristãos já de posse da felicidade celeste. VV. 13-17 - O texto enfatiza a salvação do povo de Deus. A grande tribulação são as perseguições e a vestes brancas são a participação, a identificação com Cristo. Os vv. 15-17 lembram a festa dos tabernáculos, que era um sinal da aliança. A salvação é o cumprimento da aliança: Deus e os homens moram juntos. V. 14 - "A grande tribulação": perseguições. A que enfrentaram sob Nero era o modelo de muitas outras e de uma mais cruel, no fim dos tempos. Houve, há e haverá tribulações. V. 14 - "O sangue do Cordeiro". Cordeiro é o título mais aplicado a Cristo no livro (30 vezes). O termo alude à eficácia do seu sacrifício. A vitória dele e de sua Igreja se deve a ele ter morrido na cruz. Com isso, ele se tornou o nome sobre todo o nome: Filipenses 2.5-11. V. 15 – “Estenderá seu tabernáculo”. Tabernáculo pode ser o lugar de culto e lugar de morada. Deus estende sua comunhão e sua morada ao seu povo. V. 17 - Figura que será retomada em 21.4. Não há mais lágrimas com a vitória de Cristo. LIÇÕES PESSOAIS 1. Estamos sujeitos a crises e perseguições por causa de nossa fé, mas Deus não nos julga. 2. O povo de Deus é mais que 144.000. É incontável, de todas as tribos, povos e raças. É universal. 3. Nossa salvação vem pelo sacrifício substitutivo de Cristo, o Cordeiro de Deus. Seu sangue tem este poder. 4. A salvação traz uma promessa extraordinária: Deus e seu povo morarão juntos. Já temos uma mostra disso: o Espírito Santo mora em nós. Temos a promessa de João 14.3, mas antes que ela se cumpra, temos a de João 14.16.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 17 - TEXTO: CAPÍTULO 8.1-6 – 18.1.01 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO É a continuação de 6.17. Como dito, o capítulo 7 é parentético. O sétimo selo será aberto. Haverá sete trombetas. A trombeta soava em momentos dramáticos. Paralelo aos sete selos. Nos selos, o desígnio de Deus visto dos céus. As trombetas: o desígnio de Deus visto da terra. VERSO 1 - Silêncio. Ver Zc 2.13 e Hc 2.20. os judeus haviam até criado a “teologia do silêncio”. Expectativa e juízo. Algo grandioso vai acontecer. Aqui, o fim da história se avizinha. VERSO 2 - Sete trombetas dão noção de um juízo perfeito e vindo de Deus. Ele anuncia o fim da história. VERSO 3 - "Incensário". Chama-se: turíbulo. Uma espécie de cuia com corrente contendo o incenso e que o sacerdote balança. O sacerdote judeu levava as brasas acesas do altar dos holocaustos para o altar dos perfumes (este aparece em Êxodo 30.1 e 1Rs 6.20-21) . Este se mistura às orações dos santos (os mártires). Lição maior: as orações são levadas até Deus no culto. A Igreja Católica, mistura o cristianismo com judaísmo, e torna o oficiante da missa um sacerdote judeu, carregando o turíbulo. VERSO 4 - Subiram a presença de Deus. Ensino aqui: Deus recebe as orações. Por algum tempo clamaram e elas não foram atendidas (6.10), mas agora serão. Deus tem seu tempo. VERSO 5 - As orações dos santos são lançadas sobre a terra. Ou seja: elas estão sendo respondidas. Cataclimas indicam que Deus convulsionará as forças da natureza para o julgamento (como no dilúvio). Deus vai julgar o mundo por causa dos seus santos perseguidos. Ai dos que perseguem a igreja! VERSO 6 - Um momento solene. O mais solene da história como história. O tom é dramático. Os anjos se preparam para anunciar o juízo de Deus. O julgamento está por vir. LIÇÕES VIVENCIAIS 1a) Há um fim. A história dos homens vai ter um fim. Mas a vida continua fora da história, em outra dimensão. O homem vive fora do seu corpo. Tanta luta pela vida material. E pela espiritual, que é perene? 2a) O sofrimento dos justos será vingado. O mal feito ao povo de Deus é mal feito contra Deus. Podemos pensar que o mal passa despercebido aos olhos de Deus, mas é engano. 3a) Deus ouve as orações pedindo juízo. É justo orar pedindo que Deus faça sua justiça triunfar.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 18 - TEXTO: CAPÍTULO 8.7-13 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Começa o julgamento universal: terra, mar, rios, fontes e astros. Não é total (só a terça parte). O relato de pragas se assemelha às do Egito. Atuam diretamente sobre a natureza e secundariamente, sobre os homens. Cada praga: terça parte. Grande prejuízo, mas nem tudo perdido. Uma advertência. A PRIMEIRA TROMBETA - V. 7 Tocada pelo primeiro anjo. Queimada a terça parte da natureza vegetal. Êxodo 9.24. Desastre econômico. Primeira advertência. A SEGUNDA TROMBETA - V. 8-9 Desastre sobre o mar. Terça parte da vida marinha, embarcações destruídas. Mais crise econômica. Transportes afetados, pesca arruinada. Segunda advertência. A TERCEIRA TROMBETA - Vv. 10-11 Água potável prejudicada. Mais uma vez, terça parte. Homens mortos por causa dela. Jeremias 9.14-15. Terceira advertência. A QUARTA TROMBETA - Vv. 12-13 Terça parte do sol, lua, estrelas. Semelhança com a nona praga do Egito (Êx 10.21). Também Ez 32.7. Uma águia. Voa bem alto (Ap 12.14), o que lhe dá boa capacidade de visão. Símbolo das aves de rapina (Mt 24.28). Anuncia coisas piores. Três "ais", símbolo de desgraça. Três: desgraça intensa. "Moram na terra" (3.10, 6.10, 11.10, 13.8 e 17.2): o mundo hostil a Deus. Tudo isso é advertência chamando ao arrependimento. Ver 9.20. CONSIDERAÇÕES GERAIS 1. Existe um julgamento divino sobre o mundo. Deus é moral e pune o pecado. 2. Deus emite sinais de seus desgosto e faz julgamentos não cabais, esperando arrependimento. 3. A recusa humana em se arrepender vai suscitando julgamentos cada vez maiores. 4. Como no êxodo: o juízo é por causa dos males contra o povo de Deus (6.10). 5. Há alguns que estão livres do juízo por causa da obra de Cristo (7.16-17) e devem expressar graças pelo livramento.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 19 - TEXTO: CAPÍTULO 9.1-12 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO O julgamento universal começou no capítulo passado. Agora é mais dramático. A quinta trombeta introduz um estranho personagem e um julgamento muito duro sobre os homens. Aparece em cena o Maligno. Ele não beneficia ninguém. Só traz desgraças. Ele é o agente agora. O mundo sob a ação do Diabo. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 1 - "Uma estrela". Um anjo caído. Talvez Satanás, porque tem o poder das chaves. Veja o v. 11 e Lucas 10.18. Parece um fato passado: Deus enviou seu Filho e Satanás veio para defender seu domínio (lembre-se de 1João 5.19). A batalha se acelera agora. "Poço do abismo". Onde ficavam os anjos caídos, esperando seu julgamento final: 11.7, 17.8 e 20.1-2. V. 2 - Ele abre o poço e libera os poderes infernais. Parece com a palavra de Paulo em 2Ts 2.6-9. V. 3 - Bíblia de Jerusalém, rodapé da p. 2311. Gafanhotos, oitava praga sobre o Egito (Êx 10.11-15)). Também em Joel, um praga sobre Judá: Joel 1.2 a 2.11. Uns: gafanhotos, literalmente. Outros: poderes infernais. Outros mais: grandes potências em guerra. Outros ainda: o desgosto de Deus. Tudo indica: algo usado por Satanás. V. 4 - Primeira etapa: os fiéis selados para não sofrerem (7.3). Satanás: poder limitado no alcance. Nesta segunda etapa: poderes do mal atacam os incrédulos. Só a esses. O mal destrói o mal. Os perseguidores são destruídos pelo seu próprio mal. V. 5 - "Cinco meses": ciclo de vida do gafanhoto. Como "escorpião", símbolo das forças malignas: Lc 10.19. Poder limitado no tempo. V. 6 - "Naqueles dias" é naqueles cinco meses. No período determinado. Cornélio Gaio: "pior que a morte é desejá-la e não encontrá-la". V. 7 - Gafanhotos agem com plano e não com força bruta. "Cabelos de mulher". Talvez os partos, que usavam cabelos compridos. Outros, antenas do gafanhoto. "Dentes de leão" significa ferocidade. V. 11 - "Abadom" (Destruição, em hebraico, como a palavra foi traduzida em Nm 24.20 e 24) e "Apoliom" (Destruidor, em grego). Típico das duas línguas: o grego tem facilidade de personificar; o hebraico gosta de tornar abstrato, sem personalizar. É o próprio Satanás, solto e provocando desastres. LIÇÕES PESSOAIS 1. Há um poder diabólico neste mundo. Veja 1Jo 5.19. Campinas não é do Senhor Jesus, como cidade alguma o é. E não adianta repetir como lavagem cerebral. A Bíblia diz que o mundo jaz no Maligno. Sl 24.1: Deus é o senhor de direito. 1Jo 5.19: o Maligno é o senhor de fato. Na consumação, o Senhor de direito retomará o que é seu e ficou sujeito ao mal: Rm 8.19-23. 2. Este poder maligno é destruidor e destrói o que pode: os seus. 3. O fiel é protegido por Deus tanto do juízo final quanto do poder do Maligno: Êx 8.22-23, 9.4, 9.26, 10.22-23 e 11.7. No Novo Testamento: 1Jo 4.4 e 5.18.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 20 - TEXTO: CAPÍTULO 9.13-21 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Continua o assunto anterior, quando hostes malignas iniciam um processo de devastação na terra. Vemos um mundo impenitente, desinteressado de Deus e comprometido com forças malignas ser assolado pelo próprio Maligno. O mundo sob a ação do Diabo. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 13 - "Quatro pontas do altar”. Uma de cada lado do altar, voltada para dentro. Símbolo da intercessão. Voz do altar. É de Deus. O texto é sempre cuidadoso ao falar da voz de Deus. Por que vem do altar? Ver 6.9-10 e 8.2. O castigo virá como resposta às oraçoes dos justos. V. 14 - Quem são os quatro anjos? Guardadores, impedidores da saída de demônios. Por que Eufrates? De lá vinham os inimigos de Israel, como Assíria e Babilônia. Lá estavam os partos, inimigos do Império Romano. O livro é contra o Império Romano e faz sentido: os inimigos vêm sobre Roma. Os partos estão sendo liberados. Roma será julgada pelos males causados aos cristãos. V. 15 - No momento exato, a seu tempo. "Terça parte" já foi considerado. É uma punição não aniquilativa, mas deixando oportunidade para arrependimento. V. 16 - BJ e BLH: 200.000.000 no exército. "Ouvi", não contou, porque seria impossível. São demônios soltos. Não é necessário quantificar. Mostra-se que o número de demônios é avassalador. V. 17 - Uma descrição, evidentemente simbólica, aterradora. V. 18 - A arma disponível:o poder do inferno. Roma era o inferno na terra perseguindo os cristãos. Todo perseguidor do povo de Deus é instrumento do inferno. O seu senhor se volta contra ela. Realmente, o salário que o pecado paga aos seus servos é a morte. V. 19 - Como os escorpiões de 9.10. Reveja a apostila anterior. O texto enfatiza a origem demoníaca dos cavaleiros. Isso fica bem claro na descrição. Vv. 20-21 - Não houve arrependimento. Como no Egito, as pragas deveriam levar à conversão, mas isso não sucedeu. É impressionante a dureza do coração humano. Sem arrependimento, o fim está perto. LIÇÕES PESSOAIS 1ª) O sofrimento dos justos é visto por Deus e é cobrado no seu tempo devido. Veja Zacarias 2.8. 2ª) A graça de Deus segura o poder demoníaco para evitar a auto-destruição que ele aplica aos seus servos. Mas quando Deus tiver separado seu povo, liberará o mal. 3ª) O poder demoníaco não recompensa seus seguidores. Frustram-se os que fazem pacto com o mal em busca de benefícios. Os males são sempre maiores. 4ª) Deus dá oportunidade às pessoas de se arrependerem. Quanto a nós, já arrependidos, é bom pensar em Hebreus 2.1-4.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 21.1 - TEXTO: CAPÍTULO 9.13-21 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho APOCALIPSE 21.1-14, 22.1-5 NOSSA ÚLTIMA MORADA INTRODUÇÃO Sampa: 11 M. SP no século XVI: Sorocaba, com 6900, a maior. O Continente: desejo de conhecer Sorocaba. Brasília, a mais moderna. Hc dedicado a ela. 1967: "Quando verei tuas ruas?". Depois: "já posso ver tuas ruas". A celestial, quando a veremos? Texto de bela expressão. Altamente figurado por faltarem palavras. Combina Jerusalém, templo e Éden. Nossa última morada. 1. UMA CIDADE DE PERFEITA COMUNHÃO COM DEUS V. 3: tabernáculo (lugar de encontro com Deus). V. 1: não há mar. Cp. 4: separa o homem de Deus. Vv. 21-22: não santuário. Lugar de encontro com Deus. Não é preciso. Perfeita comunhão. V. 6: fonte da água da vida. Sl 36.9. Éden expulso. Cá readmitido. Lugar de perfeita comunhão com Deus. Há um lugar de comunhão eterna com Deus. 2. UMA CIDADE COM PERFEITA PROTEÇÃO DE DEUS Carência de segurança. Cidade é proteção. 21.12: grande e alto muro. Tema do livro: a soberania de Cristo. A luta entre o Cordeiro e o Besta (IR, protótipo de todo poder humano autodeificado). Antes do começo: 11.15. Vitória, uma das palavras chaves. Nós, propriedade sua: 22.4. Seitas ocultas: marca no corpo do seguidor. Cristo: na testa. Visível. Deus oferece. Proteção e identificação. 3. UMA CIDADE COM AS PROVISÕES DE DEUS Jardim: honra. Um rio que sai do trono. Deus cuida. Meio (22.2): árvore da vida. Frutos para alimento e folhas para saúde. Devolve o que a queda tirou: Gn 2.17, Ap 21.4; Gn 3.16 e Ap 21.4, Gn 3.17 e Ap 22.3, Gn 3.22-24 e Ap 22.2. O que perdemos com a queda, Cristo devolve. Água, alimento e saúde: as perfeitas provisões de Deus. 4. UMA CIDADE COM ACESSO FACILITADO POR DEUS Quadrangular. Vv. 12-13. Antiga: dez portas. Esta: doze portas, três de cada lado. 12: unidade e totalidade. Acesso universal. Cidades eram muradas. Uma porta só. Fácil entrar. Como? 22.14 responde. Doloroso: 21.21. valiosa, produto da dor. Custou a encarnação e morte de Cristo. É assim que entra. Pelo sangue de Cristo. CONCLUSÃO Contraste: nova Jerusalém e lago de fogo. 22.5b: reinarão com ele. Os outros: 21.8. Parábola das bodas: festa na luz e trevas. Salvação e perdição. Onde você ficará eternamente? 22.14. O convite de Moisés a Hobabe. Cambuí, 12.8.1

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 21.2 - TEXTO: CAPÍTULO 10 – 15/mar/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO “E” é a primeira palavra. Continua a sexta trombeta (cap. 9). Um livrinho trazido do céu será comido por João e ele deverá pregar ao mundo. A mensagem se universaliza. COMENTÁRIO TEXTUAL Vv. 1-3 “Outro anjo”. Não é o sexto (9.13) nem o sétimo (10.7). É um interlúdio para renovar a missão de João. A descrição do anjo é fantástica! Parece com a do Cristo do capítulo 1. Ele tem domínio sobre o mar e a terra (v. 2). Voz como de um leão. Não se diz quem é e não se deve especular. Ele tem um livrinho na mão. Não é o do capítulo 5. Aquele, só o Cordeiro podia abrir, e era grande. Este é pequeno e está aberto. Aquele é o livro da história dos homens. Este é uma mensagem para agora. “Livrinho aberto”: pequeno, porque Deus não tem mais nada para dizer a Roma, e aberto porque o conteúdo já é conhecido: o Império Romano vai ser julgado. “Sete trovões, sete vozes”. O trovão é símbolo da voz de Deus (Sl 29). “Sete” indica sua plenitude. É mesmo uma palavra de Deus que João recebe. V. 4 – João não pode revelar o que os trovões falaram. A Bíblia Loyola traz: “Guarda segredo sobre as palavras dos sete trovões. Não escrevas nada!”. Então, não podemos saber. Vv. 5-7 - O anjo jurou por Deus (o Criador), céu, terra e mar (toda a criação): “não haveria mais demora”. Quando a sétima trombeta tocasse (11.15), se cumpriria “o mistério”. Que é “mistério”? Não é algo fantástico para se um guru desvendar com uma bola de cristal evangélica ou tarô bíblico. Que é? Romanos 16.25-26, Efésios 3.3-6,9-10. Sentido: um propósito divino revelado ao homem, algo que ele guardou no coração e revela no tempo em que deseja. O grande mistério de Deus: a Igreja. Que coisa fantástica! Ela revela a sabedoria de Deus aos anjos. Nós não aprendemos com os anjos. Eles aprendem vendo a Igreja! V. 8-10 – João deve tomar o livro, como Ezequiel (2.9 a 3.3). Isto é apropriar-se da mensagem. Deveríamos “comer o Livro”. Mas há gente “comendo” ensinos de “gurus e pajés evangélicos”, indo atrás de “profecias e revelações”. Que pena! Na boca, doce. No ventre, amargo. A Palavra de Deus é doce, agradável. Mas para quem sai para pregá-la a incrédulos é amarga. As conseqüências surgem, como veremos: uma forte reação dos corações endurecidos. V. 11 – Após comer o livro, Ezequiel teve sua missão renovada (Ez 3.4) João deverá pregar a outras nações. O Apocalipse trata da queda do Império Romano que oprimia a Igreja. Mas traz uma mensagem para todo o mundo: não oprimam a Igreja! Não lutem contra Deus! Deponham as armas! Convertam-se! Desde Roma, passando por todas as nações: todos que oprimem a Igreja são julgados. Todos os que rejeitam a chamada ao arrependimento são destruídos. LIÇÕES PESSOAIS 1. A Igreja precisa se alimentar do Livro de Deus. Há muita “sucata espiritual” sendo oferecida no lugar da Bíblia, em nosso tempo. É um tal de “eu acho”, “eu sinto”.... É o que a Bíblia diz! 2. A Igreja é a instituição mais fantástica sobre a terra. Ela foi planejada antes da eternidade (Ef 1.4) e entrará na eternidade (Ap 21-22). Há cristãos apaixonados por Israel, com vergonha de serem cristãos, querendo rejudaizar a Igreja. A Igreja é o projeto final, do qual Israel era rascunho (Mt 21.43). 4. Nossa certeza: a Igreja é propriedade de Deus: Apocalipse 5.9-10. Isso é altamente

confortador.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 22 - TEXTO: CAPÍTULO 11.1-2 – 22/mar/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho INTRODUÇÃO Antes do toque da 7ª trombeta há três visões. Esta trombeta anuncia o fim e as visões vêm como encorajamento aos crentes. A 1ª é o livrinho comido por João 910.9-10). A 2ª é a medição do templo (11.1-2). A terceira são as duas testemunhas (11.3-14). COMENTÁRIO TEXTUAL V. 1. – João recebe uma ordem tripla: medir o santuário, o altar e os adoradores. Recebe uma “cana”, provavelmente um bambu usado como instrumento de medição. Vejamos o que significa cada um dos elementos a ser medido. Mas antes, o que significa ser medido. 1. O santuário de Deus – Em Ezequiel 40.3, a medição do templo significa a sua

restauração. É o trabalho de um construtor. O NT nunca usa o termo “templo” ou “santuário” para uma construção. Vejamos as passagens de 1Coríntios 3.16-17, 1Coríntios 6.19, 2Coríntios 6.16, Efésios 2.21-22 e Hebreus 3.6. No Apocalipse, Jerusalém é um símbolo da Igreja, o povo de Deus, o lugar onde ele mora. Com a morte de Cristo, Deus deixou Jerusalém, foi morar fora dela: Mateus 27.51. Jerusalém não é cidade santa. Espiritualmente é como Sodoma e o Egito (Ap 11.8). Ela é escrava e não filha da promessa (Gálatas 4.21-25). Eis a idéia: antes do fim, Deus promete que vai guardar o seu povo, a sua Igreja. Lembremos também que João escreveu no ano 95 e que o templo de Jerusalém fora destruído no ano 70, 25 anos antes.

2. O altar – Ficava no lugar santíssimo, onde só o sumo-sacerdote podia entrar. Amplia-se a idéia: é o lugar mais próximo de Deus. Parece indicar o relacionamento entre Deus e seu povo, por se tratar do altar, onde acontecia o mais sublime ato de culto judaico, o perdão. Apesar de todas as lutas e perseguições do poder do mal, Deus e sua Igreja continuarão se relacionando. Ele não a abandona.

3. Os que nele adoram – “Santuário” parece referir-se à Igreja como um todo. “Altar, ao relacionamento entre Deus e os fiéis. “Os que nele adoram”, aos indivíduos. Não é apenas a instituição chamada “Igreja”, mas as pessoas que terão o cuidado de Deus.

V. 2 – João tem uma ordem negativa: não medir “o átrio que está fora do santuário”. Era o lugar dos gentios, os não-judeus. Neste caso, os de fora da Igreja, fora do conjunto de salvos. Estes, os de fora, nos dias de tormento e perseguição, não estarão cobertos por Deus. “42 meses” são três anos e meio, mas não se deve presumir que sejam literais. Desde Daniel 7.25 que este tempo se tornou símbolo de qualquer perseguição, como designando um tempo indefinido (metade de sete, que é um tempo algo completo). Veja Lucas 4.25 e Tiago 5.17. Em Apocalipse 11.3, os três anos e meio ou quarenta e dois meses são mostrados como mil, duzentos e sessenta dias. Um período de tempo indeterminado, embora tão detalhado. Mas indeterminado por causa da figura emprestada de Daniel. A cruel perseguição do Império Romano não aniquilaria os cristãos, mas sim aos demais. Da mesma forma, como princípio geral, o poder maligno (do qual Roma era um símbolo) nunca aniquilará a Igreja, mas sim aos demais. A Igreja é invencível. Os gentios, que são Roma, pisarão “a cidade santa”, no caso Jerusalém, por este tempo. Mas a Igreja ficará guardada. LIÇÕES PESSOAIS 1. A grande e maior lição: Deus guarda a sua Igreja. Ele mede e protege o seu povo. 2. As perseguições e sofrimentos não indicam que Deus nos abandonou, mas sim que o

poder do mal está agindo contra nós. Mas Deus está vendo. 3. Assim como ele não nos abandona (13-5), nunca devemos abandoná-lo e devemos

confiar nele (Hebreus 13.6).

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 23 - TEXTO: CAPÍTULO 11.3-14 – 29/mar/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - Antes do toque da 7ª trombeta há três visões. Esta trombeta anuncia o fim e as visões são um encorajamento aos crentes. A 1ª, é o livrinho comido por João (10.9-10). A 2ª é a medição do templo (11.1-2). Já vimos. A terceira são as duas testemunhas (11.3-14). Vemos agora. INTRODUÇÃO AO TEXTO DE HOJE - Quem são as duas testemunhas? Alguns dizem que são Moisés e Elias. No v. 6, um tem os poderes de Elias, e o outro, os de Moisés. Não temos nenhuma declaração bíblica anterior sobre isso. Em Deuteronômio 34.5-7, vemos que Moisés morreu. Aqui morre de novo. E Hebreus 9.27? Não podemos literalizar o Apocalipse. O v. 4 cita Zacarias 4.3, 11 e 14. São Josué e Zorobabel. Qual deles, então? Em Lc 16.29, são símbolo da Palavra de Deus. Comentário do Pr. Delcir, p. 65. RODAPÉ DA BÍBLIA DE JERUSALÉM - “Em Zc as duas oliveiras simbolizam Josué e Zorobabel, os dois chefes, civil e religioso, da comunidade pós-exílica, restauradores do Templo de Jerusalém. No Ap simbolizam provavelmente as duas personagens encarregadas de edificar o novo Templo, a Igreja de Cristo: são descritos (vv. 5-6) com os traços de Moisés e Elias (cf. Mateus 17.3). Já não é possível identificá-los. Pensou-se freqüentemente em Pedro e Paulo, martirizados em Roma sob Nero (vv. 7-8)”. RODAPÉ DA BÍBLIA LOYOLA - “11.3: Elas designam a própria Igreja no cumprimento de sua missão e é por isso que são descritas simbolicamente como novos Moisés e Elias, como novos Josué e Zorobabel. Mas elas são dois, significando a Igreja, sobretudo por contraste com as duas Bestas, que representarão também dois aspectos do Império Romano, que personificava o Anti-Reino de Deus: o poder político (1ª Besta) e a religião pagã (2ª Besta)”. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 7 – Darão testemunho até que a “besta que sobe do abismo” (lugar dos demônios, conforme Ap 9.1, 20.1-3 e Lc 8.31). primeira menção ao maior oponente do povo de Deus, o poder político que deseja ocupar o lugar de Deus, o imperador que desejava ser adorado como Deus. “Vencerá e matará”. A Igreja passa pelo mesmo destino do Salvador (Lc 9.24, At 14.21-22 e 20.22-23). Vv. 8-10 – Não deixarão sepultar. Desrespeito. Que cidade é? Jerusalém. Não é cidade santa. “Sodoma e Egito”. Os homens se alegram porque não têm que ouvir a voz de Deus chamando ao arrependimento: v. 10. V. 11 – “Três dias e meio”, metade de sete, tempo incompleto. Ver Mateus 24.22. “O espírito de vida, figura de Ezequiel 37.5 e 10. Deus faz seu povo reviver. V. 12 – Compare com 1Tessalonicenses 4.17 e Atos 1.7. V. 13-14 - Homens temem, mas não mudam de vida. “Segundo ai”. O primeiro: em 8.13. Sinal de calamidade. APLICAÇÃO - Uma história acontecida. Não se repetirá. Foi o prelúdio da grande dificuldade da Igreja no fim, como Jesus deixou claro. Aumento da iniqüidade, perseguições, homens desejando ser como Deus. Lição para a Igreja: ela se identifica com o Salvador e não com o poder político. E será protegida por ele e vencedora com ele.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 24 - TEXTO: CAPÍTULO 11.15-19 – 5/abr/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - Antes do toque da sétima trombeta há três visões. Esta trombeta anuncia o fim e as visões são um encorajamento aos crentes. A 1ª, é o livrinho comido por João (10.9-10). A 2ª é a medição do templo (11.1-2). Já vimos. A terceira são as duas testemunhas (11.3-14). Vimos na semana passada. Por fim, o toque da sétima trombeta... INTRODUÇÃO AO TEXTO DE HOJE - Por fim, o toque da sétima trombeta. O reino de Deus se torna realidade. Deus está com seu povo e lhe continua fiel. As seis primeiras trombetas chamaram ao arrependimento. A sétima anuncia: Cristo tomou o reino em sua mão. É hora de juízo. Até aqui o povo de Deus sofreu. Agora, Ele começa a lutar pelo seu povo. A batalha não é mais entre os perseguidores e a Igreja. É entre os perseguidores e Ele. Ele tomou as dores do seu povo. COMENTÁRIO TEXTUAL V. 15 – “Grandes vozes”. Um alarido celestial, uma celebração da corte celeste. “O reino deste mundo passou...”. A batalha vai começar, mas o resultado já é certo. “Nosso Senhor e seu Cristo”. Jesus identificado com o Pai: Atos 2.36 e Hebreus 1.3. A passagem se parece com Daniel 7.13-14. V. 16 – “24 anciãos”. A totalidade dos fiéis no céu (24 é a soma de 12 com 12, os 12 patriarcas e os 12 apóstolos, a totalidade dos fiéis, do Antigo e Novo Testamentos). V. 17 – Que és, que eras”. Em 4.8: “há de vir”. Omitido aqui, pois ele veio. Esperança cristã: ele vem. Ele chega com intervenção e socorro. V. 18 – “Iraram-se as nações”. Está no Salmo 2: a rebelião contra o Messias. A ira de Deus, no NT: Romanos 1.18 (presente) e futura (Ap 19.15). evitemos a idéia de um “Deus mal” no AT e um “Deus bonzinho” no NT. Este também fala da ira de Deus. Três vezes “tempo”. (1) tempo do juízo dos mortos – eles pediram, em 6.10. (2) tempo de recompensa dos fiéis – 1Coríntios 3.8 e 14 (3) destruição dos inimigos – o mal terá um fim e os pecadores serão punidos. O mundo não

leva isto a sério, por isso será surpreendido. V. 19 – “Santuário de Deus” – Está no céu. Não é mais de Jerusalém. A cidade não existe, o templo foi destruído e o judaísmo foi substituído. ). “Abriu-se o santuário”. Com a morte de Jesus, o véu do templo se rasgou. Não havia mais necessidade de sacrifícios e Deus saiu de um lugar escondido e veio morar com os homens. Deus se mostrou. Agora, Deus se mostra mais ainda. Mostrou-se na redenção. Mostra-se no juízo. Surge a arca. Ela é um sinal da presença de Deus entre o seu povo. Simboliza a fidelidade de Iahweh no pacto com Israel. Deus fez um pacto conosco em Cristo (Mt 26.28) e permanece fiel a ele (2Tm 2.13. o fim do versículo, uma teofania (uso dos elementos da natureza para uma aparição de Deus). LIÇÕES PESSOAIS DO ESTUDO 1. Deus não perdeu o rumo da história. ele intervirá, mais uma vez. Desta vez, para o ponto

final. 2. Deus luta pelo seu povo. E ele nunca perde. Antes de começar a luta, ele já o vencedor. 3. Haverá um galardão para os fiéis. Qual será o seu? 4. Em Cristo Deus se ligou para sempre a nós. Fez um pacto e permanece fiel a ele. Sejamos

fiéis, fazendo nossa parte.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 25 - TEXTO: CAPÍTULO 12 – 12/abr/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - Antes da sétima trombeta, que anuncia o fim, há três visões. Elas são um encorajamento aos crentes. A 1ª, é o livrinho comido por João (10.9-10). A 2ª é a medição do templo (11.1-2). A terceira são as duas testemunhas (11.3-14). A sétima trombeta anuncia que Deus intervém para por ordem no mundo (11.15-16). Vem lutar pelo seu povo. A arca é sinal de sua presença com o povo. A batalha se acelera. O Diabo sabe que tem pouco tempo (12.12) e se torna mais agressivo contra “os filhos dela” (a mulher), que são “os que guardam o mandamento de Jesus” (12.17). O SENTIDO DO TEXTO 1. Quem é a mulher? Bíblia Loyola (católica): Maria, mãe dos cristãos. Bíblia de Jerusalém (católica): a comunidade messiânica. Ora é mostrada como Israel ora como a Igreja. O povo do Messias. A mulher gerou um filho (v. 5), que é claramente o Messias (o v. 5 se relaciona com o Salmo 2). Mas a mulher fugiu para o deserto depois que o filho foi arrebatado. Se for Israel (que gerou o Messias), não é a nação, mas o Israel povo de Deus, a comunidade messiânica, que estava sendo perseguido por Satanás, quando João escreve. Ela tem uma coroa com 12 estrelas (as 12 tribos de Israel, ou os 12 apóstolos de Jesus). Os filhos da mulher (os membros da Igreja) são bem mostrados no v. 17. João mostra a Igreja como uma mulher e os membros da Igreja como filhos dela (2Jo 5 e 4). 2. O filho da mulher é Cristo e foi arrebatado “para Deus e seu trono”. Trata da ressurreição e ascensão de Jesus. 3. A batalha: luta de potestades espirituais. O dragão é o Diabo (v. 9). Rebelou-se contra Deus, e foi vencido por Miguel. Este nome significa quem como Deus? É o guardião dos judeus, em Daniel 12.1, protegendo-os do poder ímpio. É “um dos primeiros príncipes” e “vosso príncipe”, em Daniel 10.13 e 21. Em Judas, 9, ele luta com o Diabo pelo corpo de Moisés. Segundo os escritos judaicos, Satanás queria o corpo de Moisés para fazer dele objeto de idolatria pelos judeus. Miguel se opôs a ele. A figura de um dragão era muito usada na mitologia antiga para designar os inimigos. 4. O Dragão carregou 1/3 das estrelas (presume-se que sejam anjos que o teriam acompanhado). Conseguiu a morte de muitos fiéis, mas foi vencido pelo testemunho deles (12.11). Irado pelo testemunho dos que não renegaram a fé, vem guerrear os vivos (v. 12, cf. 1Pe 5.8). Expulso dos céus, guerreou a mulher (a comunidade messiânica, no v. 13) e seus descendentes, que são os fiéis (v. 17). Ele é o “acusador” (v. 10), aquele que denigre, que ofende e mancha a reputação dos outros. 5. O que vence o Dragão? Não são exorcismo nem gritaria. O que vence o Diabo, no v. 11: o sangue de Cristo e o testemunho dos fiéis. 5. O Dragão lança um rio contra mulher (v. 15). Contra a comunidade messiânica, ele lançou o Império Romano. Mas este foi tragado, acabaria. LIÇÕES 1. A Igreja é uma comunidade em luta. Não é ainda vencedora. É Militante. Um dia será

Triunfante, mas ela, hoje, deve lutar. 2. O grande poder da Igreja está em Jesus e na fidelidade dos crentes. É disso que

precisamos: mais Cristo e mais fé. 3. A Igreja vive, hoje, o período em que Satanás sabe que tem pouco tempo. Ele tenta

destruir a Igreja. Permaneçamos firmes em nossa jornada com Cristo.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 26 - TEXTO: CAPÍTULO 13.1-10 – 19/abr/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – Depois de longa preparação, a sétima trombeta foi tocada. Com ela, Deus intervém para por ordem no mundo (11.15-16). Vem lutar pelo seu povo. A arca é sinal de sua presença com o povo. A batalha se acelera. O Diabo sabe que tem pouco tempo (12.12) e se torna mais agressivo contra “os filhos dela” (a mulher), que são “os que guardam o mandamento de Jesus” (12.17). Não podendo destruir a mulher (a Igreja), o Dragão pára diante do mar. De lá vem uma besta. O termo significa “um monstro”. O SENTIDO DO TEXTO 1) A besta parece com leopardo, urso e leão (v. 1). Vem do mar e já foi mencionada em

11.7. É uma mistura dos quatro animais de Daniel 7.4-6, que simbolizam quatro impérios mundiais lutando pelo poder. No Apocalipse é um poder civil, o Império Romano, inspirado por Satanás (13.2) para lutar contra Deus e seu povo (13.6). O poder civil que deseja ser divino sempre reaparece na história. “Sete cabeças” simbolizam sua tremenda resistência. “Dez chifres”, seu enorme poder. Os diademas, sua realeza e autoridade. Este poder vem de Satanás (v. 2).

2) A besta vai durar por “quarenta e dois meses” (v. 5). A mulher, “um tempo, e tempos e metade de um tempo” (1 ano, 2 anos e meio ano = 42 meses), cf. 12.14. Vai durar tanto quanto a Igreja. Ela coexiste com a Igreja e a guerreia (13.6, onde “tabernáculo” é a Igreja). Os homens sempre estão em luta contra Deus e sua Igreja.

3) A besta foi ferida de morte e curada (v. 4). BJ: “Alusão a alguma restauração do Império momentaneamente abalado (morte de César? Confusões que sucederam à morte de Nero?). A Besta ferida e curada e uma paródia do Cristo morto e ressuscitado)”.

4) A besta recebe “autoridade” do Dragão (que é Satanás, cf. 12.9), como Jesus recebeu “autoridade” do Pai (Mt 28. 18). “Quem é semelhante à besta” (12.4) é uma paródia do nome de Miguel (“quem é como Deus?”). Claramente se vê uma falsificação de Deus. Há um poder diabólico no mundo, em luta contra a Igreja. Ele falsifica e imita a Igreja. Os imperadores romanos, por exemplo, se aplicavam quatro títulos: Augustus (divino), Theos (nome grego para Deus), Kyrios (nome grego para Senhor) e Soter (nome grego para Salvador).

LIÇÕES DO TEXTO 1) O poder humano arrogando-se status de divino sempre tem seguidores (13.8 a). Sempre

há quem justifique todas as ações do Estado. Chico Buarque, que criticou duramente o regime militar brasileiro, chamando-o de ditadura, justificou a ditadura e o paredón cubanos. Fidel não pretende ser Deus, mas o exemplo mostra que até pessoas inteligentes fecham os olhos para o poder político com o qual simpatizam.

2) A Igreja não adora o poder civil. Romanos 13.1 já foi usado para justificar passividade social e concordância com o Estado. Mas devemos lembrar de Atos 4.19-20. A lealdade última da Igreja é para com Deus e sua Palavra e nunca com líderes humanos. O poder civil também está debaixo de Deus e de sua Palavra.

3) Neste sentido, a Igreja não é da direita nem da esquerda nem do centro. É de cima. Seus valores são outros. Ela submete todos os valores humanos ao crivo dos seus valores espirituais.

4) A Igreja deve se manter fiel porque ela não é um acidente ou uma causa perdida. Ela existe desde a eternidade: Cristo já tivera sua morte decretada antes de haver mundo (v. 8) para que houvesse Igreja. Deus escolheu sua Igreja antes da fundação do mundo (Ef 1.4). Deus nos amou primeiro (1Jo 4.10 e 19).

5) A Igreja não deve pagar o mal com o mal. O poder maligno sofrerá sua ação (v. 10) O que faz aos outros ele sofrerá.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 27 - TEXTO: CAPÍTULO 13.11-18 – 26/abr/2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – A batalha entre o poder demoníaco e a Igreja se acelera. O Diabo sabe que tem pouco tempo (12.12) e se torna mais agressivo contra a Igreja (a mulher e “os que guardam o mandamento de Jesus” , em 12.17). Não podendo destruir a mulher (a Igreja), o Dragão pára diante do mar. De lá vem uma besta. O termo significa “um monstro”. Vimos que esta besta é o pdoer político que deseja ser Deus. O império romano, onde o imperador recebia culto. O império foi ferido mortalmente, com a morte de Nero, mas se recuperou. Parecia imbatível. Para ajudá-lo vem outra besta (13.11-18). O SENTIDO DO TEXTO 5) A besta parece “um cordeiro”, mas “falava como dragão”. No Apocalipse, Cristo é o

Cordeiro 13.8). este é um cordeiro que fala como um dragão, que é o Diabo (12.9). É um falso Cristo. Boa lição: há muitos falsos Cristos por aí. Parecem com ele, mas são dragão.

6) Esta besta “tem toda autoridade da primeira besta” (v. 12). É uma falsificação de Cristo, que tem todo poder dado pelo Pai. E leva as pessoas a adorarem a primeira besta (o Estado divinizado). É um falso Espírito Santo, que leva as pessoas a adorarem a Cristo. Nos versículos 13-15 se vê que faz milagres portentosos, mas promove a idolatria e persegue os não idólatras do Estado. Os magos do Egito fizeram milagres (Êx 7.11 e 8.22) e 2Coríntios 11.14 mostra que Satanás não é fedorento nem feio, mas que seus ministros até parecem gente iluminada. Em vez de buscar sinais, devemos procurar o ensino da Palavra e nos subordinarmos a ele. Cuidado com os falsos profetas: Mateus 7.15.

7) Nos versículos 16-17 vemos que o poder humano que quer ser divino auxiliado pela falso Cristo (a religião falsa a serviço dos homens) impõe um domínio total, até mesmo econômico.

8) No versículo 18, vemos que seu número é 666. Seis é o número do homem, pois fica abaixo de 7 (perfeição). Sua tríplice repetição mostra que nunca chega a ser perfeito, embora tente. “Em grego e hebraico, cada letra tinha um valor numérico segundo o lugar no alfabeto. O número de um nome é o total de suas letras. Aqui, 666 seria César-Neron (em letras hebraicas) e 616 (uma variação do texto), César-Deus (em letras gregas)”. O imperador era Domiciano, na época de João, tido como Nero Redivivo (por isso que João mostra que a besta reviveu (13.7). É bom evitarmos adivinhações. Já se achou aqui o nome de Hitler e do Papa, mas católicos acharam o nome de Lutero. A Bíblia não é um manual de adivinhações. Pensar nisto é faltar-lhe com o respeito.

LIÇÕES DO TEXTO 1) Por vezes somos muito crédulos quanto à pessoas que aparecem com sinais, com

palavras de efeito ou com um ministério fora do comum. É a teologia do sucesso. Devemos ter cuidado com tudo que exalte o homem e ponha Deus em segundo plano.

2) A igreja precisa ter muito cuidado para não ser usada pelo poder civil, que faz isto com muita facilidade. Pastores são ingênuos e acham que estão exercendo influência junto à classe política, mas são massa de manobra nas mãos desta classe.

3) O falso cordeiro tem dois chifres, mas o verdadeiro Cordeiro aparece com sete (Ap 5.6). O mal sempre tenta imitar o bem, mas nunca consegue fazê-lo por completo. Cristo é inimitável e a sua Igreja precisa ter isto em mente. Ninguém consegue ser igual a ele.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 28 - TEXTO: CAPÍTULO 14.1-5 – 3/maio /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – Dois monstros (chamados de besta) vêm Ajudar o dragão (o Diabo) a destruir a Igreja. A primeira besta é o poder político que deseja ser Deus. O império romano, onde o imperador recebia culto. O império foi ferido mortalmente, com a morte de Nero, mas se recuperou. Parecia imbatível. Outra besta vem ajudá-lo (13.11-18). É um falso Cristo. É o suporte de uma religião falsa a um poder humano que deseja ser Deus. E que luta contra o povo de Deus, que deseja ser fiel. A vida cristã não é uma passagem de primeira classe por este mundo, mas é luta com Deus contra o príncipe das trevas. Muita gente é interesseira, quando deveria ser engajada. Crentes que pensam em receber, não em servir. Duas passagens que nos ajudam a entender isto: João 6.26 (fé interesseira) e João 11.16 (a fé verdadeira). Depois de ver as bestas, João vê, agora o Cordeiro, que congrega seus fiéis. O SENTIDO DO TEXTO V. 1 – “O Cordeiro” é Cristo. “Monte Sião” é onde Jerusalém ficava. No Apocalipse é o lugar celestial de Deus com seu povo (Hb 12.22-24 e Gl 4.26). A Jerusalém atual é escrava e não filha (Gl 4.25). João vê o povo de Deus, os salvos, em segurança. São 144.000. Doze é o número para religião organizada (12 tribos, 12 apóstolos). Aqui, vezes 12.000, indicando uma multidão. Em Apocalipse 7. 9 e 19.6, o povo do Cordeiro é “grande multidão”. Na “fronte” (testa) o nome do Cordeiro e do Pai. São deles (Jo 14.23). V. 2 – Voz forte, com autoridade. O que vai ser dito é solene e pode-se ter certeza. V. 3 – “Cântico novo diante do trono”. Os salvos cantam sua segurança. Os hebreus cantavam sua segurança após a vitoria sobre Faraó (Êx 15.21). Os hebreus estavam indo para estabelecer uma nova ordem. Com o vitória do Cordeiro, uma nova ordem mundial vai ser implantada também. Só eles sabem o cântico porque só o salvo pode cantar a vitória em Cristo. V. 4 – “Não se contaminaram com mulheres”. Alusão à idolatria pagã. A iniciação sexual do adolescente se dava no templo pagão, do culto à fertilidade, oficiada por sacerdotisas prostitutas. Estes não são idólatras. Veja esta figura em Jeremias 3.8-9. “Seguem o Cordeiro”. Como Israel seguia a Iahweh no deserto (coluna de nuvem ou de fogo). O povo de Deus segue a Deus por qualquer quer lugar. Os seguidores do Cordeiro foram comprados para serem “suas primícias” (no AT, elas eram dadas como culto a Deus). Veja Apocalipse 5.9. V. 5 – “Não houve engano”. Como Jesus (Is 53.9, 1Pe 2.22 e 1Jo 3.5). Os seguidores de Cristo devem ter o caráter de Cristo. São “irrepreensíveis”. O que era dado a Deus deveria ser “irrepreensível”, no culto do Antigo Testamento. Somos repreensíveis, mas o Espírito nos transformará à imagem de Cristo: 1Jo 3.2. APLICAÇÕES DO TEXTO As aplicações já foram feitas ao longo da análise do texto, mas podemos considerar aqui seus pontos mais fortes. 1º) Somos propriedade de Jesus Cristo e não apenas pessoas envolvidas com uma seita exótica. 2º) Seguir a Cristo é mais que festa e oba-oba. É um compromisso com ele, de segui-lo por onde nos enviar e como nos colocar. 3º) à semelhança de Israel, fomos resgatados da escravidão e caminhamos para uma nova ordem mundial, a que Cristo instalará quando do seu regresso.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 29 - TEXTO: CAPÍTULO 14.6-13 – 10/maio /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – Duas bestas (o poder político que deseja ser Deus e uma religião falsa que apoia o poder político) se colocam contra a Igreja. Quando João vê estes dois inimigos poderosos contra a Igreja e pensa que ela vai sucumbir, aparece o Cordeiro, Jesus Cristo (14.1). Ele intervém para lutar pelo seu povo. Agora a situação muda. O ENSINO DO TEXTO Há três anjos nesta visão de João. Um, no v. 6, anuncia o “evangelho eterno”. Outro, no v. 8, a queda de Babilônia. Um terceiro, no v. 9, adverte do juízo sobre quem adorar a besta (o poder político, o imperador romano, que desejava ser Deus). Uma quarta palavra, no v. 13, é a do Pai, no céu. Analisemos as quatro falas. 1a) O primeiro anjo - anuncia o “evangelho eterno”. Não pode ser um outro evangelho, especialmente para uma hipotética era milenial. É o evangelho eterno. Se é eterno, é único, singular, em todas as épocas. É o anúncio do evangelho de Jesus, chamando os homens ao arrependimento. 2a) O segundo anjo – anuncia que Babilônia (citada pela 1ª vez no livro) caiu. É Roma. Babilônia era o que houve de pior no passado dos judeus. Agora, Roma é tão cruel quanto Babilônia o foi. Então, é chamada assim. Mas a Babilônia do AT passou e nunca mais será reconstruída (Is 13.19-20). O ensino: o Império Romano vai cair. A oportunidade é oferecida, pelo primeiro anjo. Antes da queda, Deus oferece salvação. Importante: a batalha ainda não se iniciou, mas já se declara que o poder do mal será derrotado. Como já disse, Deus nunca empata ou sequer vence de pouco. A vitória é certa, antes da luta se travar. 3ª) O terceiro anjo – anuncia que os adoradores da besta serão julgados. Há uma seqüência. Anuncia-se a salvação para que creiam no verdadeiro Deus, anuncia-se o fim de Roma e avisa-se que quem seguir o Imperador e cultuá-lo, estará perdido. Qual o resultado? Obstinação! Os homens endurecem o coração: 16.2, 9, 11 e 21. 4ª) O Pai fala, no v. 13. É a segunda bem-aventurança do livro. São sete. A primeira está em 1.3. Aqui, é para os que morrem mantendo a fé, mesmo perseguidos. O juízo dos ímpios (vv. 9-11) é a razão da perseverança dos salvos (v. 12). Os salvos sabem que Deus punirá o mal e recompensará o bem. Sabem que sua fé não é em vão e que os ímpios serão julgados. LIÇÕES PARA NÓS 1. Os fiéis não dobram seus joelhos diante de ídolos nem de homens. Adoram apenas a

Deus. Eles “guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (v. 6). É por isso que serão vitoriosos.

2. A misericórdia de Deus: sempre adverte os perdidos de que devem se arrepender e crer. Antes do juízo sempre há uma advertência. Sensato é que ouve e se arrepende.

3. O poder humano parece imbatível. Pode ser, até que o Cordeiro apareça 9 (14.1). quando o Cordeiro entra em cena, tudo é fraco diante dele. Apenas Cristo é imbatível.

4. Os que morrem como fiéis descansam e recebem a recompensa de suas obras. É o galardão do fiel: Mateus 5.12, 1Coríntios 3.8 e 14. Sofrer pela fé ou sofrer por Cristo é honra. Lembremos de Romanos 8.18.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 30- TEXTO: CAPÍTULO 14.14-20 – 17/maio /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – Quando a pressão contra o cristianismo se torna insuportável e João pensa que a Igreja vai morrer, entra em cena o Cordeiro, Jesus Cristo (14.1). Ele intervém para lutar pelo seu povo. A partir daqui, a situação muda. Vai começar o juízo sobre o Império Romano. O texto de hoje mostra isso. A primeira lição que salta aos olhos: Deus conduz a situação mundial para um momento de triunfo de seu reino sobre o poder do mal. O ENSINO DO TEXTO O título do texto é “A ceifa e a vindima”. São duas imagens do julgamento divino sobre um mundo perdido, julgamento que será descrito em 19.11-20. Aparecem três anjos (vv. 15, 17 e 18). Os dois primeiros saem do “santuário” e o terceiro, “do altar”. Este, do altar, tem poder sobre o fogo. É que do altar vem o sangue dos mártires (6.9 e 11.1) e as orações dos santos (8.3-4 e 9.13). O anjo anuncia o juízo. Lembremos que, embora muita gente ande pedindo batismo com fogo, fogo, na Bíblia, é sempre sinal de juízo. Inclusive, o batismo de fogo que o batisa menciona em Lucas 3.16-17: “batizará no E. Santo e em fogo” (duas coisas distintas, como se vê em “ trigo no celeiro”, a salvação, e queimar no fogo, a condenação). Vai haver juízo. O sangue dos justos será vingado e as orações deles serão ouvidas. Há um lagar (lugar onde se espremiam as uvas para se fazer o vinho). É um símbolo de juízo, porque as uvas são pisadas e o juízo traz esta imagem, Deus pisando as nações gentias. Veja Isaías 63.3. O lagar está fora da cidade, porque o juízo dos pagãos era fora da cidade. As coisas imundas eram queimadas fora da cidade. Lembremos que Jesus foi morto fora da cidade (Hb 13.11-12), tratada como um pagão e como imundo. A figura mais imponente é o do v. 14. É claramente Jesus: sobre uma nuvem, é como um “filho de homem” (título preferido por Jesus, em Lucas), tem uma coroa de ouro na cabeça e uma “foice afiada” na mão. A foice simboliza a justiça de Deus. Ele aparece como Homem, como Deus, como Rei e Juiz. O primeiro anjo, que sai do santuário, diz a ele que pode começar o juízo. Ele começa (v. 16). O sangue corre por 1.600 estádios. Cada estádio tinha 185 metros. Logo, seriam 296 km de sangue e à altura dos freios dos cavalos (na boca). É óbvio que isto é figurado, como tudo no livro. Indica o rigor do juízo divino sobre os homens que insistem em viver contra ele, como vimos no estudo anterior. AS LIÇÕES DO TEXTO 1. Nunca devemos presumir que Jesus Cristo deixou de reinar. Ele tem o mundo sob seus

pés. Haverá o tempo de libertação e de intervenção. Não apenas na história, mas também na nossa experiência.

2. Nossas orações sempre são ouvidas. Algumas demoram para terem resposta, mas como vemos, o clamor dos mártires, por fim foi atendido. Não sabemos porque a resposta de Deus demora, mas vem: Lucas 18.7-8.

3. Ele também vem, embora pareça demorar: Hebreus 10.37. 4. Algumas vezes temos inveja da prosperidade dos maus e do progresso dos ímpios. Asafe

teve: Salmo 73.3. Mas eis o que a Bíblia aconselha; Provérbios 3.31, 23.17 e 24.1. lembremos do Salmo 37.35-37.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 31- TEXTO: CAPÍTULO 15.1-8 –24/maio /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – A ceifa e a vindima (assunto da semana passada) vai começar. É a resposta de Deus ao clamor de sua Igreja, oprimida e quase aniquilada pelo Império Romano. Jesus Cristo intervém para lutar pelo seu povo (14.1). Um novo cenário surge diante de João. Sete anjos, com sete taças contendo as pragas de Deus. É uma repetição das sete trombetas (cp. 8). O Apocalipse apresenta cenários duplos. A idéia é a mesma: em resposta às orações do seu povo, Deus intervém para livrá-lo e para punir os que os oprimem. O ENSINO DO TEXTO

O texto, para ser bem compreendido, deve ser visto com um todo, até o fim do capítulo 16. A divisão em capítulos quebrou a unidade do pensamento de João. Este juízo segue até o anúncio da queda de Roma, chamada, no livro, de Babilônia (17.1). O capítulo 15 é a preparação, o 16 é a execução e o 17 é o anúncio da queda.

Os remidos cantam o “cântico de Moisés” (v. 3). Que faz um cântico de Moisés (Êx 15.1-18) no Apocalipse? Aliás, nem é o mesmo cântico. Chamava-se assim ao cântico entoado nas sinagogas, no serviço da tarde do sábado, celebrando a libertação de Israel da perseguição dos egípcios. Na ocasião, os hebreus, que haviam experimentado o poder libertador de Deus, romperam em louvor. Cada sábado, na sinagoga, Israel lembrava seu passado. Aqui são os remidos pelo Cordeiro que expressam sua gratidão (Ap 14.1).

Abre-se o “santuário do tabernáculo do testemunho no céu” (v. 5). É o lugar onde Deus ficava, durante a peregrinação dos israelitas (Êx 40.34-35). Era chamado de “tabernáculo do testemunho” porque era nele que se guardavam as tábuas da lei (Êx 32.15, 38.21 e Dt 10.5). É da presença do próprio Deus que os sete anjos com as sete pragas saem. Eles estão autorizados por ele a julgarem. As roupas deles (v. 6) são trajes sacerdotais.

Os anjos recebem as taças cheias da ira de Deus. Parece estranho falar da ira de Deus? Leiamos 1Tessalonicenses 1.7-9.

O versículo 8 mostra o santuário cheio de fumaça e da glória de Deus. A fumaça simboliza seu poder e glória. Ele manifesta sua glória e seu poder não apenas quando salva, mas também quando julga. Isto mostra que ele tem o domínio, que ele é santo e que ele impõe sua ordem no mundo. LIÇÕES DO TEXTO

1. Quem tem a experiência da libertação de Deus nunca deixa de louvá-lo. É por isto que um convertido tem prazer no culto. Para um incrédulo pode ser um momento chato, mas para o salvo é um momento de alegria.

2. Deus é amor (1Jo 4.8) e nos gloriamos nisto. No entanto, não se pense que Deus é um moleirão. Ele julga. O Novo Testamento fala da ira de Deus. Ele julgará os que se recusam a acertar as contas com ele. Leiamos João 3.36.

3. Nossa alegria não é pela perdição dos nossos adversários, mas pela nossa libertação. Gostaríamos que todos se convertessem e se rendessem a Cristo. Repetimos as palavras de Paulo em Atos 26.29. Infelizmente, o coração de muita gente é de incrível dureza. A nós compete o testemunho, a oração intercessória e a nossa firmeza na fé, mesmo diante de dificuldades.

4. A beleza do louvor não está na sua perfeição estética. Está no sentimento. A verdadeira adoração brota de um coração agradecido e não da manipulação de dirigentes. Em alguns cultos, o dirigente parece um animador de auditório. Não é disto que precisamos. É de experiência com Deus.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 32- TEXTO: CAPÍTULO 16 – 31/maio /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – O juízo sobre a Roma opressora vai começar. Os remidos aparecem com o Cordeiro, entoando o “cântico de Moisés”. Alude a Êxodo 15. Os egípcios, perseguindo os hebreus, sofreram o juízo divino. Este cântico de Apocalipse 15 nada tem a ver, em conteúdo, com o “cântico de Moisés”, de Êxodo 15. É o contexto: Deus preserva seu povo e pune o opressor. É o assunto agora. A Roma opressora dos cristãos vai ser julgada. São sete taças de juízo, que repetem as sete trombetas do capítulo 8. É uma repetição do anúncio do julgamento. O ENSINO DO TEXTO

A descrição é figurada. Gente sensacionalista gosta de dramatizar, tornando o aqui descrito em eventos literais. O livro é todo figurado, com exageros, para reforçar o sentido. Ilhas não saem correndo nem montanhas se escondem (v. 20). A questão é esta: o que o texto ensina?

Que Roma, aqui chamada de Babilônia (a destruidora de Judá, em 2Crônicas 36), será julgada. São sete anjos (sete mensageiros) com sete taças com pragas. As pragas são uma repetição dos capítulos 8 e 9 e recordam as pragas contra o Egito, no livro de Êxodo. A lição principal, por associação de idéias, é esta: os opressores do povo de Deus sempre são julgados por ele. Nos nossos dias há inimigos da obra de Deus. Há na mídia, na hostilidade econômica e política, na diminuição dos direitos políticos dos países comunistas e no mundo muçulmano. São inimigos que hostilizam a Igreja de Cristo. Serão julgados.

Há inimigos dos fiéis, em nível pessoal. Gente que prejudica um seguidor de Jesus por causa de sua fé. Que zomba ou que hostiliza. Serão julgados, também.

O golpe final vem do sétimo anjo (v. 17). As pedras que caem do céu pesam “um talento”, medida entre 20 e 30 quilos. Por todo o juízo, a atitude dos homens é: “blasfemaram”, “não se arrependeram” (v. 9), “mordiam de dor a sua língua” (v. 10), “blasfemaram”, “não se arrependeram” (v. 11), “blasfemaram” (v. 21). Há pessoas que acham que se Deus castigasse os pecadores com mais freqüência haveria menos maldade no mundo. Pois bem, estes, julgados, endurecem o coração.

Quando isso aconteceria a Roma? O v. 15 responde: “Eis que venho como ladrão”. Que se preparassem, para não serem surpreendidos (“não ande nu”). Deus não marca datas no seu calendário. Os homens especulam e se dão mal. Deus sempre avisa, mas sua ação é inesperada. O juízo sobre “a grande cidade” (v. 19) ocupará três capítulos: 17 a 19. Roma era a rainha da mundo, chamada de “a cidade eterna” e oprimia duramente os cristãos, a ponto de quase aniquilar a Igreja. Mas cairia. O Império Romano estava dominado pelo Maligno. Lá estava o trono da Besta (v. 10), que reinava junto com Satanás (2.13). Mas cairia. O Maligno não triunfa sobre a Igreja de Jesus. LIÇÕES DO TEXTO 1) Qualquer poder humano ou diabólico que se levante contra o reino de Deus sofrerá seu

juízo e será aniquilado. 2) O texto fala da batalha de Armagedom (v. 16). Muitos querem que seja um lugar literal,

com uma batalha literal, com carros, cavalos (em pleno século XXI?). O nome significa “montanha de Megido”, onde houve batalhas sangrentas entre Israel e os cananitas (Jz 5.19). mas nossa batalha não é com cavalos, carros de guerras e em uma montanha. Vejamos Efésios 6.12. Travamos uma batalha contra os poderes do Mal.

3) Roma, mouros, o nazismo, o comunismo, o Islã, a imoralidade massacrante da mídia, tudo isso se levanta como inimigo da Igreja. Tudo cairá. E adversários pessoais dos filhos de Deus também.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 33- TEXTO: CAPÍTULO 17 –7/junho /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – No tempo em que o Apocalipse foi escrito, o cristianismo estava sendo duramente perseguido pelo Império Romano. No livro, a cidade de Roma nunca é mencionada pelo nome, para evitar mais repressão. João chama a cidade de Babilônia, que foi quem destruiu Jerusalém, no AT. Da mesma forma, Roma estava destruindo a Igreja. Isto levantava uma questão: onde está deus que não faz nada pelo seu povo? Por que o justo sofre? Por que Deus não intervém? Por que não julga os maus? Depois de muitas visões, João tem mais uma : a terrível inimiga vai ser destruída. Roma, aqui chamada de Babilônia, vai cair. Prestemos atenção nisto por causa da grande lição: Deus não é apático, não é insensível ao clamor do seu povo, e julga os adversários de sua obra e os inimigos dos seus filhos. Veremos isto hoje. O ENSINO DO TEXTO Há uma mulher vestida de púrpura e escarlata (tecidos caríssimos, na época). Está adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Esta mulher personifica Babilônia, a Roma idólatra (vv. 5 e 18). Ela está embriagada com o sangue dos mártires e dos fiéis em Jesus (v. 6). Era pomposa, mas para Deus, uma prostituta (v. 1). A mulher cavalga a besta (o poder maligno) e se julga poderosa, mas caminha para a perdição (v. 8). Todos que fazem pacto com o Maligno podem se julgar poderosos e protegidos por ele, mas caminham para a perdição. A visão é muito complicada (vv. 1-8), mas foi explicada para João, nos vv. 15-16. Seis imperadores romanos já foram e o sétimo reina agora. Um dos imperadores seria tão cruel que pareceria o próprio Maligno, mas também vai para a perdição (v. 11). Quando se diz que é um dos sete é uma referência a Nero. Era foi cruel que se pensava que era o próprio Satanás e que voltaria para perseguir mais a Igreja.

Roma e o Maligno estavam guerreando contra o Cordeiro, mas seriam vencidos por ele (v. 14). Há uma classe de pessoas que se julga muito poderosa e que pensa que pode eliminar Deus. O Salmo 2 mostra isso: a rebelião das nações contra Deus e seu Messias. Deus apenas se ri dessas pessoas, e zomba delas (Sl 2.4). Julgam-se tão poderosas e não são nadas. Salmo 37.35-36 confirma isso. LIÇÕES DO TEXTO

1) Muitas vezes a pressão do mundo é terrivelmente forte sobre nós. Parece que Deus nos esqueceu. Seria bom lembrar disto: a pressão, nos tempos de Roma, foi muito mais forte. Deus interveio e livrou seu povo. Ele sempre intervém. Leiamos 1Coríntios 10.13.

2) Parece que o Maligno tomou conta do mundo? Ele caminha para a destruição e os que confiam nele também irão na mesma rota. Por duas vezes o capítulo 18 fala de “perdição”.

3) A vitória final não é dos cruéis nem dos ferozes. É dos mansos: Mateus 5.5 e Salmo 37.8-11. Depois, Salmo 37.7.

4) A vitória final é do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. E quem confia nele também vencerá: Apocalipse 12.11.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 34- TEXTO: CAPÍTULO 18 –21/junho /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO – Após ter perseguido duramente os filhos de Deus, a cruel Roma está chegando ao fim. Os inimigos da obra do Senhor sempre chegam ao fim. O livramento acaba por vir. Num capítulo longo, que não analisaremos detidamente mas em termos de visão geral e princípios, uma lição já se delineia: o mal é derrubado por Deus, no tempo certo. Este capítulo mostra a queda vista da terra: frustração. O seguinte mostrará a queda vista do céu: alegria. Uma lição: a visão de Deus difere muito da nossa. A imponência de Roma não o impressionava. Mas os seus pecados o desgostavam. O TEXTO O castigo é iminente (vv. 1-3), por isso o povo de Deus deve sair de lá (v. 4). Algumas vezes o povo de Deus precisa ser seletivo e saber se retirar de certos ambientes. Há amizades que não se deve cultivar, também. Roma era muito rica (vv. 16 e 19), possuía comércio intenso (vv. 3 e 11-13), era lugar de artistas (v. 22) e por tudo isso, orgulhosa (v. 7). Junto com seu brilho econômico e artístico, era uma cidade idólatra e cheia de feitiçaria: vv. 2 e 23. Mas o juízo veio “numa só hora”: vv. 10 e 19. A riqueza e o poder do ímpio não o impedirão de ser julgados por Deus. De Deus, o texto diz que é forte (v. 8), que tem memória contra os seus inimigos (v. 5) e que julga causa dos seus que sofrem por causa da fé (v. 20). Felizmente, para os seus, ele tem péssima memória: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro” (Isaías 43.25). LIÇÕES DO TEXTO Uma citação de Delcyr de Souza Lima: “Toda vez que uma nação se coloca nesta posição de geradora de iniqüidade para contaminar todo o mundo e para fazer oposição ao reino de Deus, o Senhor a destrói, como fez com Roma, com Sodoma e Gomorra,, com as cidades cananitas e, na história contemporânea, com a Alemanha de Hitler e com o império soviéticos dos comunistas”. Em nível pessoal: o mal que se faz aos filhos de Deus é por este cobrado. Deus toma as dores do seu povo. Uma outra lição: comércio e artes podem ser corrompidos. Em Roma eram. A arte nem sempre é pura. Há literatura pornográfica e racista. Há música que incita à violência. Em Roma, o poder diabólico se valeu da arte, do comércio, e até da religião. O conselho do v. 4 ainda é válido: “Sai dela, povo meu...”. É preciso discernimento (e o Espírito dá) para sair do erro. Não vivemos num mundo sadio (1Jo 5.19). Precisamos de discernimento para fugir do erro e guardar a fé.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 35- TEXTO: CAPÍTULO 19.1-10 –12/julho /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - O conteúdo do Apocalipse é simples, sem fantasias. A Igreja Cristã vinha sendo duramente perseguida pelo Império Romano. João vê o Império como um instrumento diabólico para destruir o cristianismo. O livro trata da luta entre Cristo e Satanás. Após muitas descrições de lances de luta, chegou a hora de Cristo por um ponto final na história. em 14.1 ele aparece para a batalha final. Desde o capítulo 18 que Roma está sendo julgada. Ela é chamada de Babilônia. No 18, vê-se a lamentação na terra. Neste, vê-se a alegria dos céus. Este já foi exortado a se alegrar em 18.20. O COMENTÁRIO TEXTUAL Há dois cânticos neste texto.

De 1 a 4 está o primeiro. Vem do céu e parece ser dos anjos e salvos. No v. 1 é primeira vez que aparece a palavra “aleluia”, no Novo Testamento. Ela só aparece aqui, nos versículos 1, 3, 4 e 6. Por que tem que ser usada em cada frase que alguns crentes falam hoje? No v. 3, a fumaça de Roma duraria eternamente. É uma figura para mostrar a queda final do Império.

De 5 a 9 está o segundo cântico. É comandado por uma voz do trono. “A grande multidão” do v. 6 engloba todos os alvos que exultam com a destruição de um inimigo do reino. Agora Deus vai reinar e chegou a hora “das bodas do Cordeiro” ( v.7). É o tempo do fim e a Igreja, a noiva, está preparada. Preparada porque sofreu e venceu. Está com as roupas dos vencedores (v. 8). Os falsos se retiraram. Só ficou quem é fiel.

No v. 9 está a quarta bem-aventurança do Apocalipse. As anteriores estão em 1.3, 14.13 e 16.16. Esta é para os que são chamados ao ingresso no reino que está se firmando. Bem-aventurado quem é chamado a seguir a Cristo, a comprometer a vida com ele.

João fica tão entusiasmado que se ajoelha diante do anjo que narra estas coisas (v. 10). Esta repele a João. Só Deus deve ser adorado. AS LIÇÕES DO TEXTO Já vimos que os adversários da obra de Deus são chamados ao arrependimento e, não acontecendo este, são julgados. Aqui isto é reafirmado. Sofrimentos e perseguições acabam sendo necessários. Eles mostram quem é fiel. Os que permaneceram fiéis triunfaram com a Igreja e vestiram como vencedores. É a nobreza espiritual, aquela que sofre e vence. A vitória do reino de Cristo é líquida e certa. A Igreja é mais do que vencedora (Rm 8.31-39) e sabe que as lutas nada são comparadas com o que receberemos: Rm 8.18.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 36- TEXTO: CAPÍTULO 19.11-20 –19/julho /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - A opressora do povo de Deus, Roma, aqui chamada de Babilônia, caiu. Às vezes os perseguidores podem se converter, como Saulo, no caminho de Damasco. Em outras, são destruídos. No capítulo 18, os homens lamentam a queda do comércio, do poder militar, das artes, da cultura, que havia em Roma. Vimos, naquele estudo, que economia, artes, cultura, comércio, tudo pode estar corrompido, obedecendo a um poder demoníaco. Satanás é inteligente. Tem mais planos do que fazer alguém grunhir como porco ou rolar pelo chão e babar. Ele domina sistemas, produz ideologias e modelos econômicos. Há formas mais eficientes de destruir o homem, em nosso tempo. Ele sabe usá-las.

Na primeira parte do capítulo 19, vem a exultação dos céus: a grande inimiga do povo de Deus foi destruída. Na segunda parte se anuncia a vitória de Cristo. Todo o drama do cristianismo do primeiro século está caminhando para o fim. A vitória que começou no Calvário, com a ressurreição, vai se consumar agora. O TEXTO O texto traz quatro figuras. A primeira é um cavaleiro chamado Fiel e Verdadeiro, montado num cavalo branco (v. 11). Também se chama Verbo de Deus (v. 13). Compare isto com João 1.14 e veja quem é. A descrição que dele se faz nos versículos 12-15 mostra o Cristo glorificado que surge no capítulo 1.9-20. É o Cristo em glória. Ele é “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (v. 16). A segunda é um anjo (v. 17). Ele chama para contemplarem o fim do poder maligno. A terceira é a conhecida besta, o poder maligno. Aparece no v. 19. Ele ajunta os poderes humanos para luta contra Cristo (como fez com o Império Romano, como fez com o império soviético, como faz com o Islã). A batalha nem se descreve. Só se diz que a besta foi presa (v. 20). Pronto, acabou. Nada de batalhas fantasmagóricas como as obras de ficção escatológica narram. A quarta é o falso profeta (v. 20) que acompanha a besta e é aprisionado também. Os dois são condenados e seu poder acabou. Cristo reina. Roma, a Babilônia da época, foi destruída. O poder demoníaco que a inspirava foi dominado. Os líderes humanos que se valiam do poder demoníaco foram detidos. Os demais foram julgados pela Palavra de Cristo, a espada que sai da boca do cavaleiro. Para João, a lição é clara: a Igreja vai vencer a batalha contra o Império Romano, como venceu, ao longo da história, todas as batalhas que travaram contra ela. APLICAÇÕES PARA NOSSA VIDA 1) Há boa cultura e há cultura demoníaca. Imagem e semelhança de Deus, o homem produz coisas boas. Arruinado pela queda, produz coisas más. A cultura, a economia, todo o sistema produzido pelo homem, está contaminado pela queda. Vivemos na Babilônia contemporânea. Nela há coisas boas e coisas más. Há música boa e música má. Literatura boa e literatura má. Cuidado com o ambiente em que vivemos. Sem neuras, mas com senso crítico. 2) Há momentos em que Cristo intervém na história e põe um ponto final nos desmandos humanos. A Igreja não deve ser achada em falta, mas deve ser vigilante. Deve ser crítica, sabendo o que aceita e o que rejeita do sistema mundial. Sua lealdade maior, sua paixão maior, é com Cristo. Há cristãos mais comprometidos com a Babilônia de hoje do que com Cristo. Cuidado! 4) Cessam os desmandos quando Cristo entra em cena. Muitas dificuldades e

contrariedades em nossa vida podem ser obra do Maligno. Outras podem ser circunstâncias da vida. Outras mais, falta da ação de Cristo em nossa vida. Examinemo-nos a nós mesmo. Se falta a presença e o poder de Cristo operando em nós, que o chamemos para dirigir nossos passos e nos submetamos mais a ele.

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ESTUDO BÍBLICO NO APOCALIPSE FOLHA 37- TEXTO: CAPÍTULO 20.1-6 –26/julho /2001 Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho RECAPITULAÇÃO - O último estudo mostrou o fim do Império Romano. Roma, chamada de Babilônia, caiu. As duas bestas e o seu exército foram destruídos. Foi o fim da religião falsa e do poder humano que desejava adorado como Deus. Grande mensagem: as forças hostis a Deus e ao seu reino sempre foram vencidas. Nos últimos dias, o poder humano desejando ser divino, se oporá a Deus e hostilizará a Igreja. Também será vencido. No texto de hoje, o poder maligno, o Dragão, Satanás, que inspirava o poder humano e a religião falsa, é detido. Deus põe ordem no caos. O castigo é em duas etapas. Na primeira, Satanás é reduzido à impotência por um período de tempo, no qual reinam os mártires. Depois (texto da semana próxima), ele se rebelará de novo, antes de sua destruição final. O TEXTO - Há um anjo com a chave do “abismo”. Não é um precipício. É o grego abyssos, “lugar sem fundo”, morada de demônios. Compare com Lucas 8.31 e 2Pedro 2.4. Este anjo recebeu a chave do “abismo” em 9.1 e agora a usa.

Satanás é preso por “mil anos”. Isto originou a doutrina do milênio, que no início da história da Igreja era considerada heresia, fruto da mentalidade pagã. Deve-se lembrar que a palavra não existe na Bíblia e que, fora deste texto (vv. 2, 3 e 5) nada se fala sobre isso em toda a Bíblia. Há hoje três correntes sobre o milênio. Os amilenistas negam mil anos literais (a expressão é simbólica, num livro altamente simbólico, com números simbólicos). O número mil significaria aqui uma “perfeição perfeitísssima” (10 é um número perfeito e aqui temos 10 vezes 10 vezes 10). Um período de tempo de duração predeterminada para os propósitos de Deus. Para o amilenista vivemos o período em que Satanás está limitado em sua ação na terra, pela presença do E. Santo que age na Igreja e impulsiona o evangelho.

Os pré-milenistas entendem que há um período de mil anos de um reinado literal, pessoal e visível de Jesus na terra, com ele num trono em Jerusalém. Os súditos serão os salvos de todos os tempos, os transformados quando da vinda do Senhor e até mesmo perdidos, pois Satanás os enganará depois e criará novo exército. Depois deste reinado literal de Cristo, com ele pessoalmente reinando, os homens ainda se voltarão contra ele. O milênio precede o fim de todas as coisas. Esta corrente ainda se divide em pré-milenismo histórico e pré-milenismo dispensacionalista. Traz várias divisões e subdivisões e chega a apresentar cinco julgamentos de Cristo sobre os homens.

Os pós-milenistas acham que a Igreja vai, pouco a pouco, transformando o mundo, e assim trará um milênio, uma idade de ouro para o mundo. Depois, Cristo virá, ressuscitará os mortos e realizará o juízo final.

Vejam material sobre isto na apostila de Teologia Sistemática II, na Escola Bíblica Dominical.

Este pastor é amilenista, não crendo num reinado literal de mil anos de Cristo na terra. Entende que Satanás está limitado desde que Jesus invadiu seus domínios, e o amarrou, conforme Marcos 3.27 e Lucas 11.20-22. Entende que este é o período da Igreja, um período indeterminado, mas conhecido por Deus. Entende que no fim deste tempo, o poder maligno crescerá de forma avassaladora, inclusive por causa da frieza de muitos cristãos, com perseguição satânica a cristãos fiéis, mas que Cristo virá a tempo de salvar sua Igreja. Entende que o fundamental não são detalhes, mas que Cristo vencerá o poder do mal e sua Igreja reinará com ele para sempre. A APLICAÇÃO - A aplicação já ficou nas palavras finais do comentário do texto. É esta certeza de que a Igreja de Jesus é triunfante sobre o poder do mal. São palavras do próprio Jesus: as portas (a administração) do inferno nunca vencerão a Igreja. Esta pode sofrer, afinal, é a Igreja Militante. Mas vencerá, porque é e será sempre Triunfante.