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Introdução ao Estudo da Bíblia Luis Henrique Beust, 2011 Aula : noções básicas e os chifres de Moisés Dedicada à memória de Borges, Anita e Giovanni Oliveira

Estudo da Bíblia 01 - Noções Básicas e Os Chifres de Moisés

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Aula 01 da introdução ao Estudo da Bíblia - Noções Básicas e Os Chifres de Moisés

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  • Introduo ao Estudo da Bblia

    Luis Henrique Beust, 2011

    Aula : noes bsicas e os chifres de Moiss Dedicada memria de Borges, Anita e Giovanni Oliveira

  • meu Deus! Tu que perdoas os pecados, Tu que concedes ddivas e afastas aflies! Suplico-

    Te, verdadeiramente, que perdoes os pecados dos que abandonaram as vestes fsicas e ascenderam ao mundo espiritual. [...]

  • [...] meu Senhor! Purifica-os das transgresses; as tristezas, desvanece-lhes; e

    transforma sua escurido em luz. [...]

  • [...] Permite que entrem no Jardim da felicidade, se purifiquem com a gua mais

    lmpida e no mais sublime monte, contemplem Teus esplendores. Bahullh

  • AT: Antigo Testamento

    City Temple, Holborn, Londres, antes da destruio da nave, na Segunda Guerra Mundial. Local da primeira palestra pblica de Abdul-Bah, em 10 de setembro de 1911.

  • AT: Antigo Testamento

    O City Temple acomodava trs mil pessoas sentadas.

  • City Temple, Holborn, Londres, a fachada no foi destruda nos bombardeios na Segunda Guerra Mundial.

  • AT: Antigo Testamento

    Este livro o Sagrado Livro de Deus, de inspirao celestial. a Bblia da Salvao, o Nobre Evangelho. o Mistrio do Reino e sua luz. a Graa divina, o sinal da guia de Deus. Abdul-Bah Abbs. Escrito na Bblia do plpito do City Temple depois de Sua primeira palestra pblica no Ocidente, em 10 de setembro de 1911. In: Earl Redman, Abdul-Bah in Their Midst, p. 31-32,34.

  • Biblos /

    Menes no AT: 1 Reis 5:18 Ezequiel 27:9

    Cidade fencia (Lbano): Gebal em hebreu, Gubla, em semtico, Giblelet, durante as cruzadas.

  • Bblia, no grego: (neutro, plural) pergaminho, papel. (byblos, byblinos: singular). No latim medieval: singular e feminino

    Biblos

  • Biblos

  • Biblos 5.000 AC.

  • Biblos

  • Biblos

  • Biblos

  • Biblos

  • NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento

    JC

    50-250 DC Perodo de redao 1200 AC - 95 DC

  • 4 Evangelhos

    Atos dos Apstolos

    13 epstolas

    8 epstolas

    Apocalipse

    (43)

  • NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento

    A palavra portuguesa "testamento" corresponde palavra hebraica berith (que

    significa aliana, pacto, convnio, contrato), e designa a aliana que Deus fez com o povo

    de Israel no Monte Sinai.

  • NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento Cnone Samaritano: 5 Cnone Hebreu: 24 Cnone Protestante: 39 (mesmo contedo do cnone hebreu, com ordem diversa e alguns livros divididos.) Cnone catlico romano: 46 Cnone ortodoxo grego: 50 Outros cnones orientais: 51, 52

    Cnone cristo: 27 livros

    NT: Novo Testamento AT: Antigo Testamento

  • Bblia: Antigo Testamento

    Escrito em hebreu clssico, exceto poucas partes escritas em aramaico (Ezra 4:8-6:18, 7:12-26;

    Jeremias 10:11; Daniel 2:4-7:28)

  • Mesopotmia, Palestina e Egito

  • Bblia: Antigo Testamento

    Bblia hebraica, Tanakh, (subdivises):

    1. Torah (Ensinamento/Lei): 5 livros (Pentateuco)

    2. Neviim (Profetas): 8 livros (o ltimo com 12 subdivises)

    3. Ketuvin (Escritos): 11 livros

    4. Total: 39 livros

  • Antigo Testamento (subdivises crists):

    1. Pentateuco: 5 livros 2. Livros Histricos: 16 3. Livros Poticos e

    Sapienciais: 7 livros

    4. Livros Profticos: 18 livros

    5. Total: 46 livros (cnone longo-catlico)

  • Bblia: Antigo Testamento Bblia Catlica: 46

    livros (baseado na Septuaginta)

    Bblia Protestante: 39 livros (baseado no cnone mesortico)

    Cnone hebraico (Cnone Mesortico) foi apenas finalizado por volta de 95 DC, no Conclio Judaico de Jamnia (Yabneh). Anteriormente, circulava, por sculos, a Septuaginta, uma traduo dos escritos sagrados hebraicos para o grego feita em etapas entre o III sculo AC e o I sculo DC.

  • Septuaginta (latim: interpretatio septuaginta virorum traduo dos setenta). Feita do hebreu para o grego, a

    pedido do Rei do Egito (grego) Ptolomeu II, para incluso na Biblioteca de Alexandria, no sculo III AC.

  • Em 48 aC, Jlio Csar danificou a biblioteca, por fogo.

  • No sculo III DC o Imperador Aureliano e depois (391) o Imperador Teodsio e o bispo Tefilo destruram as coisas pags de Alexandria,

    entre elas o museu e a biblioteca.

  • Em 642 ou logo depois, o califa muulmano Omar teria dito: Se aqueles livros [da Biblioteca de Alexandria]

    esto em harmonia com o Alcoro, no precisamos deles; se forem contrrios ao Alcoro, destruam-nos.

  • Bibliotheca Alexandrina, inaugurada em 2002, prxima ao local da antiga.

  • Bblia: Antigo Testamento

    Vulgata: forma latina abreviada de vulgata

    editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente:

    "edio, traduo ou leitura de divulgao

    popular" - a verso mais difundida (ou mais aceita como autntica) de um

    texto.

  • Caravaggio, So Jernimo, 1605

    No contexto bblico, VULGATA refere-se traduo da Bblia hebraica para o latim, realizada entre fins do

    sculo IV e incio do V por (So) Jernimo, a pedido do Papa Dmaso I. a verso usada pela Igreja Catlica.

  • Tintoretto

    (So) Jernimo traduziu a maior parte do AT a partir do hebraico, no do grego, como era tradio. (Santo)

    Agostinho o criticou severamente por isso.

  • Bblia: Antigo Testamento

    Em 1532 o Conclio de Trento

    estabeleceu um texto nico para a Vulgata, a partir de vrios manuscritos, oficializado como a

    Vulgata Clementina.

  • Hebraica Catlica Protestante (cnone longo) (cnone curto)

    Comparao entre os contedos de trs diferentes cnones do Antigo Testamento

  • A Bblia catlica aceita o contedo da Septuaginta, enquanto a Bblia protestante apenas aceita os livros

    existentes no cnone judaico (mesortico).

    Hebraica Catlica Protestante (cnone longo: 43) (cnone curto: 39)

  • Bblia: Antigo Testamento

    Martinho Lutero (1483-1546)

    considerou os livros do AT no constantes no cnone hebraico

    de apcrifos (ocultos, no-autoritativos), enquanto a Igreja

    Catlica os chama de deuterocannicos (outros cannicos).

  • Bblia: Antigo Testamento

    Deuteronmio 32:43

    Texto Mesortico Texto Manuscritos Qumran Texto Septuaginta

    1. Alegrai-vos, naes, por seu povo

    1. Alegrai-vos, cus, por ele,

    1. Alegrai-vos, cus, por ele

    2. porque ele vingar o sangue de seus servos,

    2. e adorai-o, todos vs, seres divinos,

    2. e que os filhos de Deus o adorem,

    3. tomar vingana de seus adversrios,

    3. porque ele vingar o sangue de seus filhos,

    3. alegrai-vos, naes, por seu povo,

    4. e purificar sua terra e seu povo.

    4. e tomar vingana de seus adversrios,

    4. e deixai que os anjos de Deus lhe sejam fortes,

    5. e recompensar aqueles que o odeiam,

    5. porque ele vinga o sangue de seus filhos,

    6. e ele purifica a terra de seu povo.

    6. e ele tomar vingana e cobrar justia de seus adversrios,

    7. e ele recompensar aqueles que odeiam,

    8. e o Senhor purificar a terra de seu povo.

  • Livros adicionais no cnone longo: Tobias Judite I e II Macabeus Sabedoria Eclesistico (ou Sirtico ou Ben Sir) Baruc (ou Baruque) Tambm as adies em Ester e Daniel (episdios da Histria de Susana e de Bel e o Drago

    Bblia, cnone curto (protestante)

  • Bblia, cnone longo (catlico): em azul os livros que no constam no cnone protestante.

    Judite

    I M

    acab

    eus

    II M

    acab

    eus

    Liv

    ro d

    a

    Sa

    bedo

    ria

    Ec

    lesi

    sti

    co

    Bar

    uque

  • Os quatro Evangelhos

    Conheceram Jesus No conheceram Jesus

    Mateus Joo Marcos Lucas

  • Os quatro Evangelhos

    Mateus Marcos Lucas Joo

    Evangelhos Sinticos: semelhantes entre si (Grego: Syn = Igual +

    Opticos = Viso)

  • Os quatro Evangelhos Cada histria, parbola, ensinamento ou relato circulou por cerca de 70-80 anos antes de se consolidar num dos

    compndios dos quatro Evangelhos.

  • Cada histria, parbola, ensinamento ou relato existia em vrias verses, que se consolidaram em colees distintas. Os quatro Evangelhos so apenas uma parte desta destilao em obras completas. H, por exemplo, quatro relatos similares mas no iguais do milagre da multipli-cao dos pes e dos peixes, cada um em um dos quatro Evangelhos. como se tivssemos quatro ases, um de cada naipe. E como se cada naipe fosse um Evangelho.

  • Visto que muitos j tentaram compor uma narrao dos fatos que se cumpriram entre ns conforme no-los transmitiram os que, desde o princpio, foram testemunhas oculares e ministros da Palavra a mim tambm pareceu conveniente, aps acurada investigao de tudo desde o princpio, escrever de modo ordenado, ilustre Tefilo, para que verifiques a solidez dos ensinamentos que recebeste. Lc. 1:1-4

  • Os Quatro Evangelhos

  • Relacionamento entre os Evangelhos sinticos

    S em Marcos

    Lucas e Marcos

    Marcos e Mateus

    Tradio Tripla

    MARCOS

    S em Lucas

    S em Mateus

    Tradio Dupla

    MATEUS LUCAS

  • Marcos

    A Hiptese das Duas Fontes

    Mateus Lucas

    Na hiptese das duas fontes, alm do

    evangelho de Marcos (70-75 dC), mais

    antigo, os evangelhos de

    Mateus (80-90 dC) e Lucas (90-100 dC) tambm buscaram

    beber em outra fonte, hoje perdida,

    e conhecida pela letra Q, do alemo

    Quelle (fonte).

  • Marcos

    Ensinamentos de Jesus

    Mateus

    Mateus acrescenta ensinamentos de Jesus ao texto de Marcos, enquanto se baseia nele.

  • 1071 vers. 678 vers. 1151 vers.

    No encontrado alhures Em comum com Marcos Comum a Mateus e Lucas Similar em Mateus e Lucas Similar a Marcos Na ordem de Marcos No na ordem de Marcos Sem material de Marcos

    Mateus Lucas

    Marcos

  • Evoluo dos Evangelhos sinticos

    1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa

    1 Mt aramaico

    S aramaico

    Q

    1 Mc Grego 64 dC

    3 Mt Grego

    70-80 dC

    1 Lc Grego

    70-80 dC

    4 Mt

    2 Mc

    2 Lc

    Jo Jo

    2 Mt Aramaico

    50 dC

    ? ?

    Tradio Joanina

    Fontes iniciais: (1) proto Mt; (2) S; (3) 2 Mt; (4) Q + fontes orais

  • Os quatro evangelistas tm sido associados, na iconografia crist, aos quatro seres vivos

    mencionados no Apocalipse (4:6-8): No meio do trono e ao seu redor estavam quatro Seres vivos,

    cheios de olhos pela frente e por trs...

  • O primeiro Ser vivo semelhante a um leo [...]

    Donatello (1428-1443). So Marcos. Sacristia Velha, Igreja de So Lorenzo, Florena.

    Os quatro Evangelhos: Marcos

  • Os quatro Evangelhos: Lucas

    [...] o segundo Ser vivo, a um touro [...]

    Donatello (1428-1443). So Lucas. Sacristia Velha, Igreja de So Lorenzo, Florena.

  • [...] o terceiro tem a face como de homem [...]

    Os quatro Evangelhos: Mateus

    Donatello (1428-1443). So Mateus. Sacristia Velha, Igreja de So Lorenzo, Florena.

  • [...] o quarto Ser vivo semelhante a uma guia em voo. Apocalipse 4:6-8

    Donatello (1428-1443). So Joo. Sacristia Velha, Igreja de So Lorenzo, Florena.

    Os quatro Evangelhos: Joo

  • Rubens. Os quatro evangelistas. Circa 1614.

  • Mateus foi um dos doze apstolos de Jesus e, segundo a tradio, evangelista. Os estudiosos geralmente concordam que o Evangelho de Mateus foi escrito por volta de 85-90 dC por um cristo annimo que vivia em uma igreja crist em Antioquia, na Sria.

    Os quatro Evangelhos: Mateus

  • O apstolo Mateus pode ter sido ativo na fundao da igreja onde o Evangelho atribudo a ele surgiu. Entretanto, o autor do Evangelho exibe uma postura teolgica, um domnio do grego e um treinamento rabnico que sugere ter sido ele um judeu-cristo da segunda gerao, e no da primeira. The Oxford Companion to the Bible

  • No Evangelho de Mateus, ele mencionado duas vezes como tendo sido um coletor de impostos em Cafarnaum, na Galilia. Nos demais evangelhos seu nome mencionado, mas no sua profisso. Por sua profisso, ele seria desprezado e distanciado pelos judeus. Devia ser letrado em aramaico e grego. Rembrandt (1573-1610). O Evangelista Mateus sendo inspirado por um anjo.(1599-1600). Capela Contarelli. Igreja San Luigi

    dei Francesi, Roma.

  • Hendrick ter Brugghen (1588-1629). O chamamento de So Mateus (1599-1600). Centraal Museum. Uttrecht, Holanda.

  • Caravaggio (1573-1610). La vocazione di San Matteo (1599-1600). Capela Contarelli. Igreja San Luigi dei Francesi, Roma

  • Igreja San Luigi dei Francesi (1518-1589). Interior restaurado entre 1749 1 1756. Roma.

  • Caravaggio (1573-1610). A inspirao de So Mateus (1602). Capela Contarelli. Igreja San Luigi dei Francesi, Roma.

  • Caravaggio (1573-1610). O Martrio de So Mateus (1599-1600). Capela Contarelli. Igreja San Luigi dei Francesi, Roma.

  • Os quatro Evangelhos: Marcos Marcos no conheceu Jesus. A atribuio do evangelho a Marcos remonta a Papias, Bispo de Hierpolis (Turquia), que, por volta de 130 dC relata ter ouvido que ele tinha sido escrito por Marcos o intrprete de Pedro, apesar de que, como os demais evangelhos, ele annimo.

  • Este Marcos , provavelmente, aquele mencionado em I Pe. 5:13 como meu filho Marcos. Tradicionalmente ele tem sido identificado como o Joo Marcos mencionado em Atos 12:12, mas este estava associado a Paulo e Barnab, e no a Pedro.The Oxford Companion to the Bible

  • A crena de que o evangelho de Marcos seria um registro das lembranas de Pedro foi desafiada por crticos de estilo, que argumentam ser ele baseado em pequenas unidades de tradio oral. No se nega, entretanto, que Marcos possa ter sido o compilador desses relatos. Andrea Mantegna. So Marcos Evangelista. Circa 1450, das Stdel, Frankfurt am Main, Alemanha.

  • Baslica de So Marcos, Veneza, consagrada em 1094.

  • Fronto da Baslica de So Marcos, Veneza.

  • Interior, mosaicos. Baslica de So Marcos, Veneza.

  • Altar mor, Baslica de So Marcos, Veneza.

  • Sarcfago de So Marcos, altar mor, Baslica de So Marcos, Veneza.

  • Bblia Curiosidades: Os chifres de Moiss

    Michelangelo: Moiss (1505)

  • Michelangelo: Moiss (1505). Tmulo encomendado pelo Papa Julio II de na Igreja de San Pietro In Vincoli, Roma.

  • Michelangelo: Moiss (1505). Tmulo encomendado pelo Papa Julio II de na Igreja de San Pietro In Vincoli, Roma.

  • Michelangelo: Moiss (1505). Tmulo encomendado pelo Papa Julio II de na Igreja de San Pietro In Vincoli, Roma.

  • Moiss: iluminura em um manuscrito medieval.

    Iluminura em um manuscrito medieval.

  • Moiss escuta a voz de Deus na Sarsa Ardente: iluminura em um manuscrito medieval.

  • Moiss com as Tbuas da Lei: iluminura em um manuscrito medieval.

  • Moiss lidera os judeus atravs do Mar Vermelho: iluminura em um manuscrito medieval (1557).

  • Moiss: iluminura em um manuscrito medieval

  • Moiss recebe e quebra as Tbuas da Lei: iluminura de manuscrito medieval

  • Moiss: representao em um vitral medieval.

  • Moiss: representao em uma igreja medieval.

  • Moiss: representao em uma igreja medieval.

  • Moiss: Fonte de Moiss. Claus Sluter Dijon, Frana, 1400

  • Moiss: Fonte de Moiss. Claus Sluter, Dijon, Frana,1400

  • Moiss: representao em uma igreja medieval.

  • Moiss: representao renascentista

  • Gustave Dor(1865).

  • Joseph Turkalj (1924-2007): Moiss (1962). Universidade de Notre Dame, South Bend, Indiana, EUA.

  • Joseph Turkalj (1924-2007): Moiss (1962). Universidade de Notre Dame, South Bend, Indiana, EUA.

  • Moiss com chifres: representao contempornea

  • E aconteceu que, descendo Moiss do monte Sinai trazia as duas tbuas do testemunho em suas mos, sim, quando desceu do monte, Moiss no sabia que

    a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara

    com ele. Olhando, pois, Aro e todos

    os filhos de Israel para Moiss, eis que a pele do seu rosto

    resplandecia; por isso temeram chegar-se a ele.

    xodo, 34:29-30. Traduo da Bblia de

    Jerusalm Jiusepe de Ribera: Moiss (1638)

  • A frase encontrada no xodo em hebraico karan `ohr panav ( ). A raiz, (karan) Q-R-N

    (qoph, resh, nun) pode ser lida tanto como corno,

    chifre" quanto como "raio de luz", dependendo da

    vocalizao. A tradio hebraica

    sempre considerou a frase como significando raios de

    luz. Jiusepe de Ribera: Moiss (detalhe), 1638.

  • Um dos tradutores hebreus da Bblia para o grego, Aquila, tambm havia traduzido o xodo 34:29 como Moiss

    tendo cornos (). A Septuaginta, entretanto,

    traduz os termos como , "sua face estava glorificada"; mas (So)

    Jernimo traduziu a frase para o latim como cornuta esset facies sua "sua face

    estava com chifres". Elmo da famlia Hylton, Inglaterra. Pintura

  • Quando (So) Jernimo traduziu o Antigo

    Testamento para o latim (Vulgata), ele pensou que ningum, a no ser Cristo, poderia reluzir com raios

    de luz, e, assim, produziu uma traduo alternativa.

    O escritor J. Stephen Lang sinaliza que a verso hebraica usada por (So) Jernimo descreve Moiss

    como emitindo raios como chifres.

    Elmo da famlia Hylton, Inglaterra. Baixo-relevo.

  • A traduo da Vulgata (So Jernimo) deve ter tido sentido para o leitor

    medieval. Havia uma tradio antiga de a

    cabea com cornos, ou usando um adorno com cornos, representar a

    divindade, honra e poder. Estes adornos com chifres

    representavam instrumentos para manifestar o poder

    mgico e a proteo. Moeda representando Alexandre, o Grande, deificado com cornos. 305-281 AC.

  • Grcia. Rei Lismaco. c. 281-250 AC. Tetradrcma, com cabea com chifres de Alexandre, o Grande, deificado.

  • Siclia. Catnia. c. 420-413 AC. Drcma, Cabea com chifres do jovem Amenanus, o deus-rio.

  • Grcia, Pitnia. c. sculo IV AC. Cabea com chifres de de Zeus Amon.

  • Macednia. Demetrios I Poliorketes. 306-283 BC. AR Tetradrcma Circa 291-290 BC.

  • Adorno com chifres de ndios norte-americanos.

  • Chifres modernos: Jesse Thornhill. Tulsa, EUA.

  • OBRIGADO!