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BRUNO ROLIM VIEIRA MACIEL
ESTUDO DA CALDEIRA DO RU E DOS PERMISSIONÁRIOS
DA UnB
Monografia a ser apresentada como requisito de conclusão do Curso de Engenharia Elétrica da Universidade de Brasília – UnB.
Orientador: Marco Aurélio de Oliveira
Banca Examinadora: Ivan Camargo Fernando Figueiredo
BRASÍLIA
2006
ii
AGRADECIMENTO
Gostaria de agradecer, antes de tudo, à minha família por estar sempre por perto, unida
e me apoiando. Agradecer ao meu pai pelo carinho, paciência e tranqüilidade comigo. Quero
agradecer a minha mãe pelo amor, pela força e por tudo que faz dela uma mãe perfeita.
Agradecimentos ao meu irmão Marcelo por ser um companheiro para tudo na vida, além de
irmão, é um excelente amigo. Gostaria de fazer um agradecimento especial a minha irmã
Juliana, além de ser um amor de irmã, ela me ajudou bastante na arte final deste trabalho e,
sem ela, eu não conseguiria realizar o trabalho a tempo e com um resultado tão satisfatório.
Quero agradecer a todos os meus amigos que estão presentes diariamente na minha
vida. Sem a amizade deles eu jamais seria a pessoa que eu sou hoje. Devo muito da minha
vida a todos os meus amigos que amo de coração.
Agradeço ao professor e orientador Dr. Marco Aurélio de Oliveira por todo o processo
de realização desse projeto. Pelos ensinamentos, correções e sugestões que fizeram com que o
trabalho melhorasse cada vez mais. Agradeço pela cordialidade e respeito, que foi a base de
todo o nosso relacionamento durante a realização desse projeto.
Gostaria de agradecer, também, ao professor Dr. Fernando Figueiredo pela imensa
contribuição que deu a esse trabalho.
E, finalmente, agradecer à Engenheira Lílian Silva de Oliveira por todo o período em
que trabalhamos juntos, tanto no estágio quanto na realização desse projeto.
iii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ............................................................................... .........................vii
LISTA DE TABELAS............................................................................... .........................vii
RESUMO..............................................................................................................................xi
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................... ........................... ...........................4
2.1 A ENERGIA.......................................................................................... ...........................4
2.2 ENERGIA ELÉTRICA. ........................................................................ ...........................4
2.3 CONCEITOS DE ELETRICIDADE. ................................................... ...........................5
2.3.1 Energia Aparente ................................................................................ ...........................5
2.3.2 Energia Ativa. ..................................................................................... ...........................5
2.3.3 Energia Reativa................................................................................... ...........................6
2.3.4 Potência .............................................................................................. ...........................6
2.3.5 Carga Instalada. .................................................................................. ...........................7
2.3.6 Concessionária ou permissionária ...................................................... ...........................7
2.3.7 Consumidor. ....................................................................................... ...........................7
2.3.8 Unidade Consumidora ........................................................................ ...........................7
2.3.9 Grupos de Tensão. .............................................................................. ...........................7
2.3.10 Demanda........................................................................................... ...........................8
2.3.11 Demanda Contratada. ....................................................................... ...........................8
2.3.12 Demanda de Ultrapassagem ............................................................. ...........................9
2.3.13 Consumo de Energia......................................................................... ...........................9
2.3.14 Medidor de Energia.................................... ...................................... ...........................9
2.3.15 Horário de Ponta (P). ........................................................................ ...........................9
2.3.16 Horário Fora de Ponta (F)................................................................. ..........................10
2.3.17 Período Úmido (U). .......................................................................... ..........................10
2.3.18 Período Seco (S) ............................................................................... ..........................10
2.3.19 Fator de Carga .................................................................................. ..........................10
2.3.20 Estrutura Tarifária............................................................................. ..........................10
2.3.21 Estrutura Tarifária Convencional ..................................................... ..........................11
2.3.22 Estrutura Tarifária Horo-Sazonal. .................................................... ..........................11
2.4 CALDEIRAS......................................................................................... ..........................12
iv
2.5 TIPOS DE CALDEIRAS. ..................................................................... ..........................13
2.5.1 Caldeiras Elétricas .............................................................................. .........................13
2.5.2 Caldeiras a Combustível..................................................................... .........................14
2.6 CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU) ............. .........................15
2.7 ESTRUTURAS DAS CALDEIRAS..................................................... .........................16
2.8 ECONOMIA DE ENERGIA NAS CALDEIRAS ................................ .........................18
2.9 NORMA REGULAMENTADORA Nº 13 (NR 13) ............................. .........................19
2.10 CONCLUSÕES.................................... ............................................... .........................19
3 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................. .........................20
3.1 ESTUDO DOS PERMISSIONÁRIOS.................................................. .........................20
3.1.1 Determinação do Consumo (kWh)...............................................................................20
3.1.2 Determinação do Preço Médio (R$/kWh)....................................................................24
3.2 ESTUDO DA CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU)
..................................................................................................................... .........................26
3.3 CONCLUSÕES.................................... ................................................. .........................29
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................... .........................30
4.1 ESTUDO DOS PERMISSIONÁRIOS.................................................. .........................30
4.1.1 Consumo dos Permissionários......................................................................................30
4.1.2 Cálculo do Preço Médio...............................................................................................34
4.1.3 Cálculo do valor a ser pago pelos permissionários......................................................37
4.1.4 Sugestão da instalação de medidores...........................................................................39
4.2 ESTUDO DA CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU)...............41
4.2.1 Não-conformidades com a Norma Regulamentadora Nº 13 (NR 13)..........................41
4.2.2 Dados da Caldeira.........................................................................................................42
4.2.3 Sugestão de troca da caldeira........................................................................................48
4.3 CONCLUSÕES...............................................................................................................53
5 CONCLUSÃO......................................................................................... .........................54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ................................................... .........................56
APÊNDICE 1 - TABELAS ....................................................................... .........................58
APÊNDICE 2 - MEDIDORES ................................................................. .........................89
ANEXO 1 – NORMA REGULAMENTADORA Nº 13 (NR 13).....................................91
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 Caldeira a diesel que era utilizada como reserva no RU 2
Figura 2.1 Diagrama vetorial ilustrando a soma de vetores das energias ativa e
reativa. 5
Figura 2.2 Diagrama vetorial ilustrando a soma de vetores de potência ativa e
reativa. 6
Figura 2.3 Medidor de watt-hora de indução (monofásico, bifásico ou trifásico).
Linha de carga, 120 V, 240 V ou 480 V; 50 Hz ou 60 Hz, com
registrador ciclométrico, leitura primária e mancal de repulsão
magnética, classe de exatidão 2. 9
Figura 2.4 Caldeira Elétrica Fulton 13
Figura 2.5 Caldeira Aquatubular 14
Figura 2.6 Caldeira flamotubular 15
Figura 2.7 Caldeira elétrica do RU 16
Figura 2.8 Estruturas da caldeira 17
Figura 3.1 Guia arquitetônico do campus da UnB 26
Figura 3.2 Foto aérea do RU visto dos SG’s. 27
Figura 3.3 Alicate Wattímetro Modelo ET 4050 da Minipa 27
Figura 3.4 Entrada da casa das caldeiras 28
Figura 3.5 Quadro de disjuntores das resistências da caldeira 28
Figura 3.6 Cabos onde foi realizada a coleta da corrente de cada fase 29
Figura 4.1 Tarifa Horo-Sazonal Azul (Atualizada em 24/08/2006). 34
Figura 4.2 Resumo da medição geral de energia elétrica da UnB referente ao mês
de Setembro de 2006. 35
Figura 4.3 Gráfico da curva de carga referente a segunda-feira dia 08/05/2006. 43
Figura 4.4 Gráfico da curva de carga referente a terça-feira dia 09/05/2006. 43
Figura 4.5 Gráfico da curva de carga referente a quarta-feira dia 10/05/2006. 44
Figura 4.6 Gráfico da curva de carga referente a quinta-feira dia 11/05/2006. 45
Figura 4.7 Gráfico da curva de carga referente a sexta-feira dia 12/05/2006. 45
Figura 4.8 Gráfico da curva média de carga referente à semana. 46
Figura 4.9 Curva de carga do RU Caldeiras anterior à regulamentação sobre a
utilização da caldeira elétrica. 47
vi
Figura 4.10 Curva de carga do RU Caldeiras após a regulamentação sobre a
utilização da caldeira elétrica. 48
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 Lista dos permissionários que estão instalados no campus da UnB. 21
Tabela 3.2 Potências típicas de alguns aparelhos eletrodomésticos e
eletroprofissionais. 23
Tabela 4.1 Consumo estimado dos permissionários da UnB. 32
Tabela 4.2 Valores sugeridos como taxa de manutenção a serem cobrados dos
permissionários. 37
Tabela 4.3 Custo dos medidores para os permissionários. 40
Tabela 4.4 Dados referentes a segunda-feira dia 08/05/2006. 42
Tabela 4.5 Dados referentes a terça-feira dia 09/05/2006. 43
Tabela 4.6 Dados referentes a quarta-feira dia 10/05/2006. 44
Tabela 4.7 Dados referentes a quinta-feira dia 11/05/2006. 44
Tabela 4.8 Dados referentes a sexta-feira dia 12/05/2006. 45
Tabela 4.9 Valores médios referentes à semana. 46
Tabela 4.10 Caldeiras sugeridas pelo fornecedor contatado. 49
Tabela 4.11 Consumo de energia total da caldeira elétrica do RU em um mês. 50
Tabela 4.12 Custo da demanda de acordo com as tarifas da CEB da figura 4.1. 50
Tabela 4.13 Custo do consumo de energia elétrica no período seco. 50
Tabela 4.14 Custo líquido da caldeira do RU no período seco. 51
Tabela 4.15 Custo do consumo de energia elétrica no período úmido. 51
Tabela 4.16 Custo líquido da caldeira do RU no período seco. 51
Tabela 4.17 Valores comparativos do custo das caldeiras. 53
Tabela A1 Carga instalada do permissionário item 1 58
Tabela A2 Carga instalada do permissionário item 2 58
Tabela A3 Carga instalada do permissionário item 3 59
Tabela A4 Carga instalada do permissionário item 4 59
Tabela A5 Carga instalada do permissionário item 5 59
Tabela A6 Carga instalada do permissionário item 6 60
vii
Tabela A7 Carga instalada do permissionário item 7 61
Tabela A8 Carga instalada do permissionário item 8 62
Tabela A9 Carga instalada do permissionário item 9 63
Tabela A10 Carga instalada do permissionário item 10 64
Tabela A11 Carga instalada do permissionário item 11 65
Tabela A12 Carga instalada do permissionário item 12 66
Tabela A13 Carga instalada do permissionário item 13 66
Tabela A14 Carga instalada do permissionário item 14 66
Tabela A15 Carga instalada do permissionário item 15 67
Tabela A16 Carga instalada do permissionário item 16 67
Tabela A17 Carga instalada do permissionário item 17 68
Tabela A18 Carga instalada do permissionário item 18 68
Tabela A19 Carga instalada do permissionário item 19 68
Tabela A20 Carga instalada do permissionário item 20 69
Tabela A21 Carga instalada do permissionário item 21 69
Tabela A22 Carga instalada do permissionário item 22 70
Tabela A23 Carga instalada do permissionário item 23 70
Tabela A24 Carga instalada do permissionário item 24 71
Tabela A25 Carga instalada do permissionário item 25 71
Tabela A26 Carga instalada do permissionário item 26 72
Tabela A27 Carga instalada do permissionário item 27 72
Tabela A28 Carga instalada do permissionário item 28 72
Tabela A29 Carga instalada do permissionário item 29 73
Tabela A30 Carga instalada do permissionário item 30 73
Tabela A31 Carga instalada do permissionário item 31 73
Tabela A32 Carga instalada do permissionário item 32 74
Tabela A33 Carga instalada do permissionário item 33 74
Tabela A34 Carga instalada do permissionário item 34 75
Tabela A35 Carga instalada do permissionário item 35 75
Tabela A36 Carga instalada do permissionário item 36 76
Tabela A37 Carga instalada do permissionário item 37 76
Tabela A38 Carga instalada do permissionário item 38 76
viii
Tabela A39 Carga instalada do permissionário item 39 77
Tabela A40 Carga instalada do permissionário item 40 77
Tabela A41 Carga instalada do permissionário item 41 78
Tabela A42 Carga instalada do permissionário item 42 78
Tabela A43 Carga instalada do permissionário item 43 79
Tabela A44 Carga instalada do permissionário item 44 79
Tabela A45 Carga instalada do permissionário item 45 80
Tabela A46 Carga instalada do permissionário item 46 80
Tabela A47 Carga instalada do permissionário item 47 80
Tabela A48 Carga instalada do permissionário item 48 81
Tabela A49 Carga instalada do permissionário item 49 81
Tabela A50 Carga instalada do permissionário item 50 82
Tabela A51 Carga instalada do permissionário item 51 82
Tabela A52 Carga instalada do permissionário item 52 83
Tabela A53 Carga instalada do permissionário item 53 83
Tabela A54 Carga instalada do permissionário item 54 84
Tabela A55 Carga instalada do permissionário item 55 85
Tabela A56 Carga instalada do permissionário item 56 86
Tabela A57 Carga instalada do permissionário item 57 87
Tabela A58 Carga instalada do permissionário item 58 87
Tabela A59 Carga instalada do permissionário item 59 88
ix
RESUMO
O objetivo desse projeto é ajudar na conservação de energia elétrica no campus da
UnB. Para atingir esse objetivo, foram realizados dois estudos no campus, o estudo dos
permissionários e o estudo da caldeira elétrica do Restaurante Universitário (RU).
No estudo dos permissionários, fez-se um levantamento da carga instalada de cada
permissionário e, assim, estimou-se o consumo de energia elétrica de cada permissionário.
Criou-se uma tarifa de cobrança desse consumo e, então, foram realizados os cálculos para se
chegar ao valor a ser cobrado dos permissionários.
No estudo realizado na caldeira do RU, foi feita a medição do consumo de energia
elétrica da caldeira. Estimado os gastos com a caldeira, foi sugerida a substituição da caldeira
elétrica por uma a combustível GLP de maior capacidade. Assim, os gastos seriam menores e
a geração de vapor seria maior.
De posse desses dois estudos, chega-se a conclusão do tanto que a universidade pode
economizar com os gastos com a energia elétrica e ajudar na conservação dessa energia.
1
1 INTRODUÇÃO
A Universidade de Brasília (UnB), atualmente, passa por grandes dificuldades no que
diz respeito ao controle do consumo de energia elétrica e de como criar uma política para que
haja um uso racional de energia elétrica. Por causa de estudos antigos não-atualizados ou de
certas instalações realizadas há muito tempo atrás, os problemas em relação ao gasto com
energia elétrica são enormes.
A Prefeitura do Campus (PRC), preocupada com tais problemas, conta com a ajuda da
Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE). Essa comissão é responsável por
estudos ao redor do campus da universidade para encontrar soluções e levantar estudos para
os vários problemas com o desperdício de energia elétrica.
Este projeto trata de dois estudos que podem ajudar bastante a conservar e reduzir os
gastos com energia na UnB. O primeiro estudo é o dos permissionários da UnB. Os
permissionários são todos os estabelecimentos que têm permissão para funcionar, prestando
serviços ou vendendo produtos, dentro do campus da universidade. Esses permissionários são
os bancos, lanchonetes, bancas de revistas, lojas de fotocópias, etc. O último estudo realizado
sobre os permissionários foi feito há dez anos, em 1996. Atualmente, esse estudo está
completamente desatualizado. Novos estabelecimentos surgiram, mais equipamentos foram
instalados. Ou seja, não existe um controle do que se instala e do que se desinstala nos
estabelecimentos em funcionamento, apenas dos novos estabelecimentos que surgem. Se um
permissionário quer instalar outra geladeira em seu estabelecimento, pega um “T” e conecta a
geladeira. E nisso, quem arca com o prejuízo é a universidade.
Nesse projeto há um levantamento detalhado da carga instalada de cada
permissionário da universidade. Com isso, um estudo foi feito para tentar encontrar soluções
de como devem ser feitas as cobranças do consumo de energia de cada permissionário.
O outro estudo feito nesse projeto foi o da caldeira do Restaurante Universitário (RU).
O RU, hoje, conta com uma caldeira elétrica para produzir vapor para todas as suas
atividades, desde o cozimento dos alimentos até o aquecimento da água do chuveiro dos
funcionários.
Antigamente, o restaurante contava com uma caldeira a diesel (Figura 1.1) como
reserva. Essa caldeira quebrou e nunca foi consertada, ela se encontra na casa das caldeiras
sem nenhum uso, parada e depreciando. A caldeira elétrica foi instalada há muito tempo atrás,
2
nos anos 70. Era uma época em que o petróleo era caro e racionado, enquanto que a energia
elétrica era abundante e barata, logo, compensava-se utilizar uma caldeira elétrica.
Figura 1.1: Caldeira a diesel que era utilizada como reserva no RU.
Entretanto, atualmente as coisas são diferentes. A universidade paga energia elétrica, o
país pode vir a sofrer um sério problema de racionamento de energia e a caldeira elétrica
ainda não é suficiente para as necessidades do restaurante. Com todos esses problemas em
vista, a solução seria fazer um estudo para discutir a troca da caldeira elétrica do RU por uma
caldeira a combustível. O mais provável seria a utilização de uma caldeira a combustível GLP
(Gás Liquefeito do Petróleo), já que o restaurante já conta com dois tanques instalados de
GLP.
Esse projeto tem o objetivo de expor uma solução para todos esses problemas com a
caldeira do RU, e tentar mostrar o quanto é viável a substituição dessa caldeira por uma
caldeira nova a combustível GLP.
No capítulo seguinte, o trabalho faz uma breve introdução dos assuntos abordados no
texto. Será uma revisão bibliográfica dos temas tratados, como os vários conceitos em
3
eletricidade, que servirão de guia para o leitor entender como são cobradas as tarifas do
consumo de energia elétrica, por exemplo. Ainda dá uma explicação sobre caldeiras
produtoras de vapor em geral, mostrando para que servem, quais os tipos existentes no
mercado, vantagens e desvantagens da utilização dos diferentes tipos de caldeira e, ainda,
como utilizá-las da maneira mais econômica possível.
O capítulo 3 abrange toda a parte de materiais e métodos. Mostra quais foram os
materiais utilizados para fazer o levantamento dos permissionários e da caldeira do RU.
Explica como foram feitas as medidas para obter o consumo de energia elétrica da caldeira do
RU, e também como foi feito o levantamento dos equipamentos elétricos utilizados pelos
permissionários, para assim poder estimar o consumo de energia consumido mensalmente por
cada um deles. Apresenta, ainda, o procedimento para determinar o preço médio a ser pago
pelo consumo de energia feito pelos permissionários.
Na seqüência, o capítulo 4 aborda os dados coletados e a análise desses dados.
Primeiramente são expostas as tabelas com o levantamento dos permissionários e, a partir
dessas tabelas, é mostrado como foram realizados os cálculos para realizar a cobrança de uma
taxa pelo consumo de energia feito pelos permissionários. Em seguida, há uma proposta de
instalação de medidores de energia para que cada permissionário seja responsável pelo seu
consumo e, assim, pague pelo que consumir.
Esse capítulo também trata da proposta de troca da caldeira elétrica do RU por uma de
maior capacidade, para atender melhor às necessidades do restaurante, e que seja a
combustível GLP, que é pouco poluente ao meio-ambiente. Os dados coletados são
apresentados em tabelas e, a partir deles, são realizados os estudos para viabilizar a troca da
caldeira.
No capítulo 5 são feitas as considerações finais decorrentes dos dois estudos deste
projeto, fazendo uma análise geral da viabilidade da troca da caldeira, e da compensação da
instalação dos medidores de consumo de energia dos permissionários.
E, finalmente, são apresentados os apêndices e anexos. Os apêndices contêm as tabelas
com o detalhe das cargas instaladas de cada permissionário do campus da UnB, mostrando o
consumo estimado de cada permissionário, e, também, os detalhes técnicos dos medidores de
energia a serem instalados nos permissionários. Há também os anexos para auxiliar no
entendimento de algumas situações apresentadas nos estudos, como a NR-13.
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Este capítulo aborda alguns conceitos básicos de eletricidade para melhor
entendimento do leitor quando o trabalho tratar de assuntos voltados à energia elétrica e os
conceitos a ela relacionados. Também mostra uma visão geral sobre o tema relacionado a
caldeiras, como classificação, tipos, vantagens e desvantagens de cada uma, bem como
esclarece as melhores maneiras para que haja uma ótima conservação de energia na utilização
de caldeiras.
2.1 A ENERGIA
No mundo moderno, um dos conceitos físicos mais importantes é o de energia. Sua
presença é constante em todas as atividades diárias, desde quando acordamos, tomamos um
banho quente pela manhã, tomamos café, utilizamos algum meio de transporte para ir à escola
ou ao trabalho. Até mesmo em repouso, o corpo humano necessita de energia para manter em
funcionamento os seus órgãos. A energia é a capacidade de um sistema de realizar trabalho. A
dependência da energia é tão grande, que é difícil se imaginar vivendo hoje em dia sem a
energia elétrica (USBERCO e SALVADOR, 2000).
2.2 ENERGIA ELÉTRICA
Segundo CARRON e GUIMARÃES (1997), para compreender melhor os fenômenos
elétricos que serão discutidos no decorrer deste trabalho, espera-se que se tenha uma noção
básica da estrutura da matéria.
Toda matéria, independente de seu estado físico, é formada por moléculas. Uma
molécula é um conjunto eletricamente neutro formado por dois ou mais átomos unidos por
pares compartilhados de elétrons que se comportam como uma única partícula.
Os átomos que formam todos os corpos são constituídos de partículas menores
denominadas elétrons, prótons e nêutrons. Elétrons e prótons possuem uma propriedade
denominada de carga elétrica. Os elétrons possuem carga elétrica negativa e os prótons carga
positiva. Assim, elétrons se repelem, prótons se repelem e elétrons e prótons se atraem. Os
nêutrons não apresentam efeitos elétricos, portanto a carga deles é nula.
5
Na Natureza, normalmente os corpos são eletricamente neutros, ou seja, o número de
elétrons é igual ao número de prótons. Mas existem meios práticos que nos permitem
transferir elétrons de um corpo para o outro. Quando separamos as cargas elétricas,
fornecemos a elas uma certa quantidade de energia, que fica armazenada no sistema como
forma de energia potencial elétrica. A energia elétrica diz respeito aos fenômenos em que
estão envolvidas cargas elétricas.
2.3 CONCEITOS DE ELETRICIDADE
A seguir são citados vários conceitos relacionados à eletricidade. Os conceitos foram
obtidos da Resolução nº 456, de 29 de Novembro de 2000, da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL), que estabelece as condições gerais de fornecimento de Energia Elétrica.
2.3.1 Energia Aparente
A energia aparente é a soma vetorial entre a energia ativa e a energia reativa, assim
tem-se a energia total que um equipamento elétrico consome ou produz (CARRON e
GUIMARÃES, 1997).
ϕ = 36,87º
Figura 2.1: Diagrama vetorial ilustrando a soma de vetores das energias
ativa e reativa.
2.3.2 Energia Ativa
É a energia elétrica que pode ser convertida em outra forma de energia, gerando
trabalho. É também, a energia efetivamente utilizada por um equipamento elétrico para
6
realizar sua função. A energia efetivamente medida no medidor de uma residência, por
exemplo, em watt-hora, é a ativa.
2.3.3 Energia Reativa
A energia elétrica que circula continuamente entre os diversos campos elétricos e
magnéticos de um sistema de corrente alternada sem produzir trabalho é a energia reativa. O
aparecimento dessa energia ocorre devido ao baixo fator de potência de alguns equipamentos.
A energia reativa não é medida pelos medidores de energia usuais, embora seja consumida,
pois corresponde a uma troca de energia entre o gerador e o equipamento receptor.
2.3.4 Potência
A potência é definida como sendo o trabalho efetuado na unidade de tempo. Indica o
consumo e o fornecimento de energia elétrica em um circuito de corrente alternada
(CARRON e GUIMARÃES, 1997). A potência elétrica é obtida pelo produto da tensão
elétrica pela intensidade de corrente:
P = U x I. (Eq. 2.1)
Onde:
- P é a potência elétrica;
- U é a tensão elétrica;
- I é a intensidade de corrente elétrica.
A potência aparente é a soma vetorial entre a potência ativa (medida em W) e a
potência reativa (medida em Var), como pode ser visto na Figura 2.2. A unidade de
potência aparente é dada em VA.
Figura 2.2: Diagrama vetorial ilustrando a soma de vetores de potência ativa e reativa.
7
2.3.5 Carga Instalada
A carga instalada é a soma das potências nominais dos equipamentos elétricos
instalados na unidade consumidora em condições de entrar em funcionamento. É, usualmente,
expressa em kW.
2.3.6 Concessionária ou permissionária
Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de
energia elétrica, referenciado, doravante, apenas pelo termo concessionária.
2.3.7 Consumidor
Consumidor é a pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito,
legalmente representada, que solicitar à concessionária o fornecimento de energia elétrica e
assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigações fixadas em
normas e regulamentos da ANEEL, assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de
uso e de conexão ou de adesão, conforme cada caso.
2.3.8 Unidade Consumidora
UC ou Unidade Consumidora é o "conjunto de instalações e equipamentos elétricos
caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em um só ponto de entrega, com medição
individualizada e correspondente a um único consumidor" - (Resolução ANEEL nº 456 de 29
de Novembro de 2000). Ou seja, a UC é sua identidade como consumidor na concessionária.
2.3.9 Grupos de Tensão
Grupos estabelecidos pela Aneel, conforme tensões de fornecimento da unidade
consumidora.
Grupo A: Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em
tensão igual ou superior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão inferior a 2,3 kV a partir de
8
sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo nos termos definidos no art. 82,
caracterizado pela estruturação tarifária binômia e subdividido nos seguintes subgrupos:
- Subgrupo A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
- Subgrupo A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
- Subgrupo A3 – tensão de fornecimento de 69 kV;
- Subgrupo A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
- Subgrupo A4 – tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
- Subgrupo AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, atendidas a partir de
sistema subterrâneo de distribuição e faturadas neste Grupo em caráter opcional.
Grupo B: Grupamento composto de unidades consumidoras com fornecimento em
tensão inferior a 2,3 kV, ou, ainda, atendidas em tensão superior a 2,3 kV e faturadas neste
Grupo nos termos definidos nos arts. 79 a 81, caracterizado pela estruturação tarifária
monômia e subdividido nos seguintes subgrupos:
- Subgrupo B1 – residencial;
- Subgrupo B1 – residencial baixa renda;
- Subgrupo B2 – rural;
- Subgrupo B2 – cooperativa de eletrificação rural;
- Subgrupo B2 – serviço público de irrigação;
- Subgrupo B3 – demais classes;
- Subgrupo B4 – iluminação pública.
2.3.10 Demanda
A demanda é a média das potências elétricas (ativa ou reativa) solicitada ao sistema
elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora durante um
intervalo de tempo especificado.
2.3.11 Demanda Contratada
Demanda de potência ativa fornecida pela concessionária no ponto de entrega,
conforme valor e período de vigência fixados no contrato de fornecimento e que deverá ser
integralmente paga, seja utilizada ou não, durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW).
9
2.3.12 Demanda de Ultrapassagem
Parcela da demanda medida que excede o valor da demanda contratada, expressa em
quilowatts (kW).
2.3.13 Consumo de Energia
O consumo de energia é a quantidade de energia elétrica utilizada por um consumidor,
que é oferecida e medida pela distribuidora do sistema elétrico num determinado período.
Esse consumo de energia é expresso em kWh (quilowatt-hora).
2.3.14 Medidor de Energia
Esse é um instrumento destinado a medir energia, integrando a potência em função do
tempo na unidade de consumo kWh. As medições são realizadas pelo equipamento e
controladas por funcionários da distribuidora de energia.
Figura 2.3: Medidor de watt-hora de indução (monofásico, bifásico ou trifásico). Linha de carga, 120 V, 240 V
ou 480 V; 50 Hz ou 60 Hz, com registrador ciclométrico, leitura primária e mancal de repulsão magnética, classe
de exatidão 2.
FONTE: Alarmes Tucano (www.tucanobrasil.com.br)
2.3.15 Horário de Ponta (P)
Período definido pela concessionária e composto por três horas diárias consecutivas,
exceção feita aos sábados, domingos e feriados nacionais, considerando as características do
10
seu sistema elétrico. Em Brasília, a concessionária, no caso a Companhia Energética de
Brasília (CEB), estipula como horário de ponta o período das 18:00 às 21:00 horas.
2.3.16 Horário Fora de Ponta (F)
Período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares
àquelas definidas no horário de ponta.
2.3.17 Período Úmido (U)
É o período de cinco meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos
abrangidos pelas leituras de Dezembro de um ano a Abril do ano seguinte.
2.3.18 Período Seco (S)
Período de sete meses consecutivos, compreendendo os fornecimentos abrangidos
pelas leituras de Maio a Novembro.
2.3.19 Fator de Carga
É a razão entre a demanda média e a demanda máxima da unidade consumidora,
ocorridas no mesmo intervalo de tempo especificado.
. arg (%) *100max
DmedFat C a
D= (Eq. 2.2)
2.3.20 Estrutura Tarifária
É o conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo de energia elétrica e/ou
demanda de potência ativas de acordo com a modalidade de fornecimento.
11
2.3.21 Estrutura Tarifária Convencional
Essa estrutura é caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica
e/ou demanda de potência independente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano.
2.3.22 Estrutura Tarifária Horo-Sazonal
Estrutura caracterizada pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia
elétrica e de demanda de potência de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos
do ano. Atualmente existem dois subgrupos (azul e verde):
- Tarifa horo-sazonal azul: a tarifa é compulsória para fornecimento de energia em
tensão igual ou maior que 69 kV, com demanda igual ou superior a 300 kW. Opcional pode
ser aplicada para fornecimento de tensão inferior a 69 kV. É uma tarifa composta que se
baseia no nível de consumo de energia e no nível da demanda de potência. Assim, em relação
ao consumo, ela apresenta tarifas diferenciadas de acordo com o horário do dia (na ponta e
fora de ponta) e a época do ano (período seco e período úmido); e em relação à demanda,
apresenta tarifas baseadas apenas no horário do dia (ponta e fora de ponta).
Essa tarifa é aplicada seguindo a seguinte estrutura tarifária:
- Demanda de potência (kW)
- Uma tarifa para horário de ponta;
- Uma tarifa para horário fora de ponta.
- Consumo de energia (kWh)
- Uma tarifa para horário de ponta em período úmido;
- Uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido;
- Uma tarifa para horário de ponta em período seco;
- Uma tarifa para horário fora de ponta em período seco.
Essa estrutura tarifária exige a definição de uma demanda de contrato no horário de
ponta.
- Tarifa horo-sazonal verde: esta tarifa é opcional para fornecimento de tensão inferior
a 69 kV, com demanda igual ou superior a 300 kW. É uma tarifa composta com quatro
valores diferenciados de acordo com o horário do dia (na ponta e fora de ponta) e a época do
ano (período seco e período úmido), além de um valor fixo (função da tensão) para qualquer
nível de demanda de potência contratada.
12
Essa tarifa segue a seguinte estrutura tarifária:
- Demanda de potência (kW): uma tarifa única qualquer que seja o dia ou o período do ano.
- Consumo de energia (kWh)
- Uma tarifa para horário de ponta em período úmido;
- Uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido;
- Uma tarifa para horário de ponta em período seco;
- Uma tarifa para horário fora de ponta em período seco.
O valor da tarifa de consumo na ponta é significativamente maior que o valor da tarifa
fora da ponta, o que faz com este modelo seja atrativo quando é controlado o consumo no
horário de ponta.
2.4 CALDEIRAS
A caldeira é um recipiente metálico que tem como função a produção de vapor
mediante o aquecimento de água. As caldeiras em geral são empregadas para alimentar
máquinas térmicas, autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de
alimentos através do vapor e calefação ambiental (ALTAFINI, 2002).
Segundo ALTAFINI (2002), é importante destacar que se utiliza o vapor d’água como
agente transportador de energia devido às seguintes vantagens:
- A água é a substância mais abundante sobre a Terra;
- Possui grande conteúdo energético (entálpico);
- Pouco corrosivo;
- Não é tóxico; e
- Não é inflamável nem explosivo.
O vapor pode ser utilizado para aquecimento ou para produção de trabalho mecânico.
Como forma de aquecimento, o vapor pode ser utilizado direta ou indiretamente.
No caso do aquecimento direto com vapor, este entra em contato direto com o material
a ser aquecido (Ex.: lavagem de louça, esterilização, engomagem de tecidos, etc.). No uso
indireto, o vapor não entra em contato com o material a ser aquecido, portanto, fica separado
por uma superfície. Esse é um método empregado quando se é necessário uma grande
quantidade de calor e/ou em processos que devem ser livres de contaminação. Os exemplos de
equipamentos que operam com uso indireto de vapor são as calandras, boilers, radiadores,
autoclaves, etc. (ALTAFINI, 2002).
13
2.5 TIPOS DE CALDEIRAS
De acordo com ALTAFINI (2002), nos vários tipos de geradores de vapor, a energia
térmica é liberada mediante as seguintes formas:
- queima de combustível sólido (carvão, lenha), líquido (óleos derivados do
petróleo) ou gasoso (gás natural);
- resistências elétricas; e
- fontes não convencionais como fissão nuclear, energia solar, energia geotérmica e
etc..
De acordo com a fonte energética utilizada, as caldeiras podem ser divididas em dois
grupos: caldeiras elétricas e caldeiras a combustíveis.
2.5.1 Caldeiras Elétricas
As caldeiras elétricas foram muito utilizadas em uma época em que havia bastante
oferta de energia elétrica. São máquinas de concepção bastante simples, sendo compostas
basicamente por um vaso de pressão onde a água é aquecida por eletrodos ou resistências. São
muito fáceis de usar e automatizar. A eficiência é sempre muito elevada, da ordem de 95% a
98%. As caldeiras elétricas mais comuns utilizam dois processos de aquecimento: eletrodos
ou resistências (ELETROPAULO, 2004).
Figura 2.4: Caldeira Elétrica Fulton.
FONTE: www.fulton.com
14
Nas caldeiras que utilizam resistores para o aquecimento de água, a água é aquecida
por meio de resistências elétricas blindadas imersas diretamente no líquido
(ELETROPAULO, 2004).
No caso de caldeiras com eletrodos, elas são divididas em dois tipos: caldeira de
eletrodo submerso e caldeira de jato de água. Em ambos os tipos, o aquecimento da água é
obtido pela passagem de corrente elétrica diretamente através da água, que se aquece pelo
efeito Joule (ELETROPAULO, 2004).
Atualmente, o custo de operação de uma caldeira elétrica é muito elevado em razão do
custo da energia elétrica. Portanto, embora sejam equipamentos de alta eficiência, deve-se
analisar a viabilidade da sua troca por outro equipamento utilizando outros insumos
energéticos (ELETROPAULO, 2004).
2.5.2 Caldeiras a Combustível
As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustível podem ser classificadas
em dois grupos: caldeiras aquatubulares e flamotubulares.
Segundo ELETROPAULO (2004), nas caldeiras aquatubulares a água que é aquecida
passa pela interior de tubos, que são envolvidos pelos gases de combustão.
Figura 2.5: Caldeira Aquatubular.
FONTE: www.sermatec.com.br
15
Uma caldeira aquatubular pode custar até 50% mais que uma flamotubular de mesma
capacidade. Porém, possui algumas vantagens, entre elas, a maior capacidade de produção de
vapor por unidade de área de troca de calor e a possibilidade de utilizar temperaturas acima de
450 ºC e pressões acima de 60 kgf/cm2 (ELETROPAULO, 2004).
A partida desse tipo de caldeiras é relativamente rápida devido ao reduzido volume de
água contido nela. A limpeza dos tubos é mais simples que a flamotubular e pode ser feito
automaticamente pelos sopradores de fuligem. A vida útil de uma caldeira desse tipo pode
chegar aos 30 anos (ELETROPAULO, 2004).
Nas caldeiras flamotubulares, os gases quentes da combustão circulam no interior de
tubos que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir vapor
(ELETROPAULO, 2004).
Figura 2.6: Caldeira flamotubular.
FONTE: www.fulton.com
Segundo ELETROPAULO (2004), as flamotubulares são, geralmente, de pequeno
porte e apresentam baixa eficiência e são utilizadas apenas para pressões reduzidas. Ainda é
muito utilizada devido ao baixo valor de investimento comparado às caldeiras aquatubulares e
da fácil manutenção.
2.6 CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU)
A caldeira elétrica do restaurante universitário (Figura 2.7) é constituída de 12
resistências. Cada resistência possui um disjuntor que abre e fecha automaticamente,
dependendo da demanda de vapor.
16
A caldeira é cheia por uma bomba d’água e a partir desse momento os disjuntores
começam a se fechar e assim a caldeira é alimentada. Quando o vapor é produzido, os
disjuntores abrem e nesse momento não passa mais corrente para a caldeira. Assim quando ela
é cheia de novo, um novo ciclo começa. E esses ciclos se repetem várias e várias vezes
durante todo o dia. Basicamente é assim que funciona a caldeira.
Figura 2.7: Caldeira elétrica do RU.
2.7 ESTRUTURAS DAS CALDEIRAS
De acordo com ALTAFINI (2002), as caldeiras possuem diversas estruturas, tanto
para armazenamento de substâncias como estruturas de regulagem, controle e segurança:
- Sistema de controle da água de alimentação;
- Indicador de nível;
- Válvulas de segurança;
- Sopradores de fuligem;
- Injetores;
17
- Câmara de combustão;
- Câmara de água; e
- Câmara de vapor.
Os sistemas de controle da água de alimentação, como podem ser observados na
Figura 2.8, devem regular o abastecimento de água ao tubulão de evaporação para manter o
nível entre limites desejáveis. Os indicadores de nível têm por objetivo indicar o nível de água
dentro do tubulão de evaporação. Geralmente, são constituídos por um vidro tubular
(ALTAFINI, 2002).
As válvulas de segurança são necessárias para prevenir eventual aumento da pressão
normal de trabalho da caldeira e estão representadas na parte superior da Figura 2.8. Toda
caldeira deve possuir pelo menos uma válvula de segurança (ALTAFINI, 2002).
Os sopradores de fuligem são muito usados nas caldeiras aquatubulares e são
instalados em pontos estratégicos das mesmas. Servem para remover fuligem ou depósitos de
cinzas nas superfícies de aquecimento (ALTAFINI, 2002).
No caso de falta de energia elétrica para alimentar a bomba de injeção de água na
caldeira, utiliza-se o injetor, que é um dispositivo empregado como alimentador auxiliar de
caldeiras em situações de falta de energia elétrica. (ALTAFINI, 2002).
A câmara de combustão é o local onde o combustível é queimado. A câmara de água
armazena a água a ser aquecida e a câmara de vapor, que fica situada acima do nível da água,
é que recebe o vapor formado (ELETROPAULO, 2004).
Figura 2.8: Estruturas da caldeira.
FONTE: Ecal caldeiras e aquecedores LTDA (www.ecal.com.br).
18
2.8 ECONOMIA DE ENERGIA NAS CALDEIRAS
As caldeiras são muito utilizadas na indústria e, em geral, os custos dos combustíveis
representam uma parcela significativa da conta dos insumos energéticos. As instalações das
caldeiras e de seus sistemas associados devem ser abordados no âmbito de qualquer programa
de conservação e uso racional de energia. Quase sempre são detectadas oportunidades de
redução de consumo e melhorias de processos. A redução dos desperdícios e as melhorias de
processo podem contribuir para a redução dos custos de produção industrial
(ELETROPAULO, 2004).
Algumas medidas de economia de energia são fáceis de serem executadas sem que
sejam necessárias intervenções significativas nas instalações das caldeiras. Essas medidas
foram retiradas do Manual de Administração de Energia, publicado sob licença da Secretaria
de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento do Governo do Estado de São Paulo, pela
ELETROPAULO em 2004.
Como primeiras providências para obtenção de uma boa economia de energia nas
caldeiras, deve-se regular bem a combustão. O ar de combustão deve ser ajustado da maneira
mais econômica possível. Na câmara de combustão, o combustível é misturado com o ar para
promover a sua queima. Deve-se utilizar a menor quantidade possível de ar para a combustão.
Excesso de ar reduz a eficiência da caldeira.
Com o acúmulo de fuligem e incrustações no circuito dos gases, forma-se uma barreira
isolante que prejudica a troca térmica, reduzindo a eficiência e pode ser detectada pelo
aumento da temperatura da chaminé. As principais causas das perdas de energia em caldeiras
são as elevadas temperaturas de exaustão na chaminé e a combustão incompleta. Podem ser
detectadas através da análise do teor de CO2 e da temperatura dos gases de exaustão. Estes
dois parâmetros são aceitos como indicadores da eficiência da caldeira. Para reduzir a fuligem
deve-se ajustar o ar de combustão e utilizar aditivos especiais quando o combustível utilizado
for o óleo pesado.
É recomendado verificar periodicamente a estanqueidade do corpo da caldeira e as
aberturas em torno dos queimadores e dos visores da câmara de combustão. Isso pelo fato de
as caldeiras perderem muito calor para o meio. Nesse caso, estaria limitando as perdas para se
manter a eficiência.
19
2.9 NORMA REGULAMENTADORA Nº 13 (NR 13)
Em 1978 foi criada a norma sobre Caldeiras e Recipientes de Pressão, a NR-13, que
estabeleceu as medidas de segurança para os usuários destes sistemas. No final de 1994, a
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho publicou, no Diário Oficial da União, o novo
texto da NR-13, elaborado por uma comissão composta por representantes das empresas,
Governo e trabalhadores. A NR-13 será anexada a este trabalho para fins de auxílio no
entendimento de futuros aspectos a serem abordados em relação a ela.
2.10 CONCLUSÕES
Como se pode observar nesse capítulo, primeiramente o texto esclarece para o leitor
conceitos básicos de eletricidade, dando uma noção do que é carga instalada, mostrando como
as tarifas de cobrança de energia elétrica são feitas pelas concessionárias, mostrando que há
uma diferença de cobrança entre os períodos seco e úmido do ano e de acordo com os
diferentes tipos de consumidores.
Também há uma breve apresentação sobre as caldeiras produtoras de vapor d’água.
Mostrando as diferenças entre caldeiras elétricas e a combustíveis sólidos e gasosos. Qual a
vantagem entre cada uma dessas caldeiras, e como se deve utilizar tais caldeiras para obter a
máxima eficiência com a maior conservação de energia.
20
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste capítulo são explicitados os materiais utilizados para a coleta dos dados do
estudo da caldeira do Restaurante Universitário. Também é mostrado qual foi o método
utilizado para tal coleta, a data da coleta e o local onde se localiza a caldeira em questão.
No caso do estudo dos permissionários, é explicado o simples método de coleta dos
dados e como foi organizado em tabelas e o que cada componente da tabela significa para se
entender melhor como se chegou aos resultados obtidos.
3.1 ESTUDO DOS PERMISSIONÁRIOS
A coleta de dados dos permissionários foi bastante simples. Dada uma lista com o
nome e o local de 59 permissionários instalados dentro do campus da Universidade de
Brasília, a coleta consistia em percorrer os 59 permissionários e, em cada um deles, fazer uma
lista dos equipamentos utilizados por eles e o tempo de uso de cada aparelho durante todo o
dia.
3.1.1 Determinação do Consumo (kWh)
Os materiais utilizados para a coleta de dados foram:
- Prancheta;
- Planilha para orientação das medidas; e
- Lápis e borracha.
Optou-se pela coleta da carga instalada em cada permissionário para facilitar a
estimativa do consumo de energia mensal de cada permissionário. Isso devido à falta de
controle do consumo de energia que cada permissionário tem mensalmente no campus da
UnB. Como não há medidor para a coleta de quanto os permissionários consomem de energia
elétrica, a maneira mais simples de se estimar esse consumo seria listando a carga instalada de
cada um e com o tempo de utilização de cada equipamento, estimar o quanto de energia que
cada equipamento consome no período de um mês. Os dados foram organizados em tabelas
com a descrição dos equipamentos, o número de equipamentos utilizados, a potência de cada
equipamento e a energia consumida em um mês.
21
Os permissionários, como foi citado na introdução, estão localizados por todo o
campus da UnB, nas Faculdades, no ICC, etc. Com a Tabela 3.1 a seguir, tem-se uma noção
da localização exata de cada permissionário.
Tabela 3.1: Lista dos permissionários que estão instalados no campus da UnB.
ITEM NOME DO PERMISSIONÁRIO
ENDEREÇO RAMO DE ATIVIDADE
1 Abdias Domingues de Oliveira Estacionamento do ICC Sul Sapataria 2 Ademir Alves de Farias ICC Sul - Box 05 Bomboniere 3 ASFUB - Griffe UnB ICC Sul - Box 10 Roupas 4 Aurino Ferreira de Oliveira Biotério Lanchonete
5 Antonio Gomes de Oliveira Garagem Trailer cachorro-
quente 6 Banco de Brasília S/A – BRB Multiuso I - Sala BT 13/14 Banco 7 Banco do Brasil Centro de Vivência Banco 8 Banco Real Multiuso I Banco 9 Banco Santander Banespa FS Banco
10 Caixa Econômica Federal ICC Sul Banco
11 Celidônia de Andrade Lima Entrada do ICC Norte Trailer cachorro-
quente 12 Cine Foto Universitário ICC Sul - Box 04 Cine foto 13 Coisas da Terra - Prod. Naturais ICC Norte - Subsolo Restaurante 14 Colina Lanches Ltda. FA Lanchonete 15 Copiadora Albuquerque FE - Dois Candangos Copiadora16 Copiadora Copia Exata Pavilhão João Calmon Copiadora 17 Copiadora do DCE ICC Norte - Box 08 Copiadora 18 Copiadora Copigraf Ltda. ICC Norte - Box 04 Copiadora 19 Débora Catarina Medeiros Leite ICC Norte - Box 07 Papelaria 20 Distr. Bras. de Livros e Suplim. FE-01 Livraria 21 ECT Multiuso I - AT 64/69/74 Correios 22 Edilma Fernandes de Queiroz ICC Norte - Box 09 Banca de Revistas 23 Editora UnB ICC Norte - Box 06 Livraria 24 Faculdade do Lanche Extremidade do ICC Norte Lanchonete 25 Rosa Helena dos Santos Pavilhão João Calmon Lanchonete 26 Felipe Abrão Jaber ICC Norte - Box 02 Lanchonete 27 Francisca de Carvalho Maciel Banca - Colina Antiga Banca de Revistas 28 Francisco Bertoldo Amorim Estacionamento do ICC Sul Barbearia 29 Francisco Joaquim de Carvalho ICC Norte - Box 05 Livraria
30 Fran de Moura Na entrada da BCE Trailer cachorro-
quente 31 Geraldo Barbosa Pessoa ICC Norte Balas e Doces 32 Gilson Fernandes de Queiroz ICC Sul - Box 03 Banca de Revistas 33 Gourmet Comércio de Alimentos FS Lanchonete 34 Henrique José dos Santos ICC Sul - Box 01 Copiadora
22
35 Iara Lúcia Silva Gonzales ICC Sul - Box 09 Lanchonete 36 João Araújo Pereira ICC Sul - Box 07 Sorveteria 37 João Ferreira Sobrinho ICC Norte Balas e Doces 38 Joston Luiz da Costa Ramos ICC Sul - Box 06 Sorveteria
39 JF Comercio Varejista Departamento de Administração
Copiadora
40 Lanchonete Nossa Srª de Fátima BCE - Subsolo Lanchonete 41 Livraria Mesquita FS Livraria 42 Luiz Carlos Santos Guimarães Extremidade do ICC Sul Lanchonete
43 Luzia Ferreira do Nascimento Entrada do ICC Sul Trailer cachorro-
quente
44 Márcio Ferreira da Silva Entrada do ICC Norte Trailer cachorro-
quente 45 Maria Alice Borges Multiuso I - Bl. B/C Copiadora 46 Marli Pereira Ribeiro (Livros) FS Livraria 47 Marli Pereira Ribeiro (Xerox) FS Copiadora 48 Mauro Batista Franco Eng. Civil Prédio SG-12 Copiadora
49 Mendes Córdova Prod. Alim. Departamento Música SG-
04 Lanchonete
50 Energia do Cerrado Pavilhão Anísio Teixeira Lanchonete 51 Neide Rodrigues Ramos ICC Sul - Box 08 Lanchonete 52 Papelaria Oriental ICC Sul - Box 02 Papelaria
53 Philippe Tshimanga Kabutakapua
ICC Norte - Box 10 Sorveteria
54 Renata La Porta Arrobas ICC Norte - Box 01 Lanchonete 55 Rest. e Lanchonete Ponto Certo PRC Restaurante 56 Stok’s Lanches Ltda. ICC Norte - Box 03 Lanchonete 57 Sidnei Silva dos Santos Estacionamento da FE Lanchonete
58 Trips Passagens e Turismo Ltda Prédio da Reitoria Agência de
Turismo 59 Vó Zica Doces e Salgados Ltda. FT Lanchonete
Os dados coletados foram organizados em tabelas que são apresentadas no apêndice 1.
Os valores das potências nominais dos aparelhos elétricos foram obtidos de várias maneiras.
Quando foi possível, foram verificados os valores nominais no próprio aparelho. Quando não
foi possível esse tipo de leitura, ou pela dificuldade de acesso ou pela má conservação do
equipamento, os valores foram obtidos entrando em contato com fabricantes via correio
eletrônico, em páginas de Internet ou em tabelas que contêm os valores típicos de aparelhos
eletrônicos (Tabela 3.2).
23
Tabela 3.2: Potências típicas de alguns aparelhos eletrodomésticos e eletroprofissionais.
FONTE: Severino, 2006.
24
3.1.2 Determinação do Preço Médio (R$/kWh)
Nesse subitem deste capítulo, a intenção é determinar o preço médio do kWh pago
pela UnB à CEB para utilizar este valor como referência para a cobrança pelo uso da energia
dos permissionários. Como a UnB é cobrada com tarifa horo-sazonal azul, não é simples obter
um valor em R$/kWh, já que essa tarifa inclui o preço da demanda. Segundo FIGUEIREDO
(2006), a Eq. 3.1 abaixo é capaz de calcular esse valor, pois leva em consideração os valores
da tarifa de demanda, tanto na ponta quanto fora de ponta, bem como os valores da tarifa de
consumo em ambos os períodos e nas diferentes épocas do ano (seco e úmido).
Onde,
- CP é o consumo de energia da UnB na ponta;
- CT é o consumo de energia da UnB total (ponta + fora de ponta);
- TDP é a tarifa da demanda na ponta;
- FCP é o fator de carga da UnB na ponta;
- TCP é a tarifa do consumo na ponta;
- TDFP é a tarifa da demanda fora de ponta;
- FCFP é o fator de carga da UnB fora da ponta; e
- TCFP é a tarifa do consumo fora de ponta.
Nessa Eq. 3.1, na parte da equação que abrange a demanda, há uma multiplicação das
tarifas de demanda, tanto de ponta como fora de ponta, por mil. Isso pelo fato de a equação
expressar o preço médio em R$/MWh. Como os cálculos do consumo dos permissionários
foram feitos em kWh, a equação 3.1 é utilizada retirando a multiplicação por mil, assim,
chega-se a um preço médio expresso em R$/kWh.
25
Também nessa mesma parte da demanda na Eq. 3.1, o denominador é a multiplicação
do fator de carga (na ponta e fora de ponta) pelo número de horas correspondentes a cada
horário. Para se chegar ao número 66 (na ponta) e 664 (fora de ponta), pegou-se o total de
dias no ano (365 dias) multiplicado pelo número de horas em um dia (24 horas) e dividiu-se
pelo número de meses no ano (12 meses).
Com o total de 730 horas no mês, considerando 22 dias úteis no mês e 3 horas diárias
no horário de ponta, tem-se o total de 66 horas no horário de ponta. Subtraindo do total de 730
horas mensais, chega-se ao valor de 664 horas no período fora de ponta.
Utiliza-se a equação 3.1 duas vezes, uma para o cálculo do preço médio com as tarifas
do período seco e outra para o cálculo com as tarifas do período úmido.
Calculados esses dois valores, utiliza-se a Eq. 3.2, sugerida por FIGUEIREDO (2006),
para calcular o preço médio válido para todos os meses do ano, em R$/kWh.
Onde,
- Pm(seco) é o preço médio calculado com as tarifas do período seco; e
- Pm(úmido) é o preço médio calculado com as tarifas do período úmido.
Esse cálculo é uma média ponderada das tarifas do período seco e do período úmido.
Como são sete meses no ano de período seco, multiplica-se o valor do preço médio do
período seco por sete. Com o restante de cinco meses de período úmido, multiplica-se o preço
365 *24 8.760dias horas horas=
8.760730 /
12
horashoras mês
meses=
22 * 3 66dias horas h=
730 66 664horas horas horas− =
26
médio do período úmido por cinco. Somam-se esses dois valores e divide pelo número de
meses no ano. Assim, tem-se um único valor, em R$/kWh, a ser utilizado como tarifa para o
cálculo do que será pago pelo permissionários pelo uso da energia elétrica da UnB.
3.2 ESTUDO DA CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU)
A Comissão Interna de Conservação de Energia (CICE) da Universidade de Brasília
possui um sistema de controle do consumo de energia de vários prédios da UnB. Infelizmente,
o controle que é feito na caldeira do RU está juntamente com o prédio do CESPE. Por causa
disto, não se consegue obter um consumo exato apenas da caldeira do RU, o que se tem é uma
curva de carga do que é consumido nas instalações do CESPE juntamente com a caldeira.
Assim, teve-se a idéia de fazer um estudo periódico da caldeira, medindo com um
multímetro, a corrente que alimentava a caldeira.
As figuras a seguir mostram a localização do Restaurante Universitário no campus da
UnB. O prédio do RU é representado pelo número 49 na Figura 3.1.
Figura 3.1: Guia arquitetônico do campus da UnB.
Fonte: www.unb.br/fau
27
Figura 3.2: Foto aérea do RU visto dos SG’s.
Fonte: www.unb.br/fau
A seta da Figura 3.2 mostra a localização da casa das caldeiras, que fica no lado norte
do restaurante universitário.
Os materiais utilizados para a coleta dos dados foram os seguintes:
- Alicate Wattímetro TRUE RMS – Modelo ET 4050 – Minipa.
-
Figura 3.3: Alicate Wattímetro Modelo ET 4050 da Minipa.
Fonte: www.minipa.com.br
A coleta de dados foi feita da seguinte maneira: de hora em hora era medida a corrente
que alimentava a caldeira. Media-se com o multímetro a corrente em cada uma das 3 fases
28
que alimentava a caldeira. A alimentação da caldeira elétrica se dava por meio de uma ligação
Y, com 3 fases de 220 V de tensão e um neutro. As figuras a seguir mostram o local da
caldeira, o quadro de disjuntores das resistências da caldeira e os cabos onde foram feitas as
medições.
Figura 3.4: Entrada da casa das caldeiras.
Figura 3.5: Quadro de disjuntores das resistências da caldeira.
29
Figura 3.6: Cabos onde foi realizada a coleta da corrente de cada fase.
Os dados foram organizados em tabelas que são mostradas no próximo capítulo. De
acordo com o horário da coleta, a tabela é composta com a corrente coletada de cada fase da
caldeira. Com a tensão de 220 V de alimentação da caldeira, obtém-se o valor da potência
ativa, em kW, de cada fase, e com a soma das três fases, obtém-se a potência ativa total
consumida pela caldeira. Não é considerado fator de potência pelo fato de a caldeira ser
puramente resistiva.
3.3 CONCLUSÕES
Esse capítulo esclareceu os métodos utilizados para ao levantamento dos dados dos
permissionários. Mostrou o método a ser realizado para calcular os valores a serem cobrados
dos permissionários pelo uso da energia elétrica da UnB. Também mostrou o método
utilizado para a medição das correntes elétricas que alimentam a caldeira do RU, e assim,
obtendo o consumo de energia elétrica da caldeira.
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Esse capítulo aborda todos os resultados obtidos do levantamento da carga instalada
dos permissionários da Universidade de Brasília, assim como as sugestões para montar uma
tabela de cobrança para os permissionários, levando em conta o consumo de energia mensal
estimado desse levantamento. Ainda, para melhorar essa cobrança, será sugerido que se faça a
instalação de relógios medidores de energia em alguns permissionários. Assim, cada um
saberá e terá controle do seu consumo e pagará exatamente o que for consumido.
Também é discutida a intenção da substituição da caldeira elétrica do Restaurante
Universitário da UnB por uma que seja a combustível (diesel ou gás GLP). E dentro dessa
substituição, serão cobradas todas as exigências que seguem na NR 13, que diz em respeito a
caldeiras e recipientes de pressão, haja vista que o ambiente em que se encontra a caldeira do
RU e os tanques de gás não estão em conformidade com a norma.
4.1 ESTUDO DOS PERMISSIONÁRIOS
Nessa parte do estudo dos permissionários, a apresentação dos dados e a discussão são
feitas da seguinte maneira. Primeiramente, é apresentada a taxa de manutenção que é cobrada
atualmente dos permissionários pelo direito de exploração do negócio. Essa taxa corresponde
ao uso do local, bem como ao uso da água e da energia elétrica. Pretende-se aqui fazer uma
estimativa dos gastos com energia elétrica. O levantamento de cada permissionário é
apresentado em tabelas. De acordo com o consumo estimado apresentado nessas tabelas,
tenta-se criar um preço médio de cobrança para cada permissionário, como se fosse uma
cobrança de um comércio, por exemplo. Por fim, é dada a sugestão da instalação de
medidores de energia para alguns permissionários.
4.1.1 Consumo dos Permissionários
Atualmente, a cobrança dos permissionários é dada da seguinte maneira:
- Grupo especial: Consumo médio até 158,40 kWh/mês a uma tarifa de R$ 34,80;
- Grupo 1: Consumo médio até 290,00 kWh/mês a uma tarifa de R$ 63,80;
- Grupo 2: Consumo médio até 465,00 kWh/mês a uma tarifa de R$ 102,30;
- Grupo 3: Consumo médio até 925,00 kWh/mês a uma tarifa de R$ 203,50;
31
- Grupo 4: Consumo médio até 976,80 kWh/mês a uma tarifa de R$ 214,80;
- Grupo 5: Consumo médio até 1.056,00 kWh/mês a uma tarifa de R$ 232,32.
Conforme informações junto ao CCP/DENA da Prefeitura do Campus (PRC), esses
grupos foram divididos baseando-se em levantamento de carga instalada feito no ano de 1996.
Vale lembrar que esses permissionários estão conectados à Medição Geral do campus, que é
atendido em alta tensão (13,8 kV), grupo A, classificação A4, tarifa horo-sazonal azul, Poder
Público. O valor que é recebido pela UnB, atualmente, dos permissionários fica em torno de
R$ 9.544,68. Assim sugere-se a atualização da taxa de manutenção pelo consumo de energia
elétrica dos permissionários do campus.
O valor a ser cobrado dos permissionários é calculado da seguinte maneira. Como a
Universidade de Brasília está dentro da tarifa horo-sazonal azul (A4 - Poder Público),
segundo ANEEL (2000):
É uma tarifa composta que se baseia no nível de consumo de energia e no nível da demanda de potência. Assim, em relação ao consumo, ela apresenta tarifas diferenciadas de acordo com o horário do dia (na ponta e fora de ponta) e a época do ano (período seco e período úmido); e em relação à demanda, apresenta tarifas baseadas apenas no horário do dia (ponta e fora de ponta).
Portanto, não é possível criar faixas de cobrança somente baseando-se no consumo de
energia estimado dos permissionários, é necessário levar em conta os horários, o período do
ano e a demanda de cada um.
A partir das Eq. 3.1 e Eq. 3.2 formuladas por Figueiredo (2006), é possível elaborar
um preço médio para a cobrança dos permissionários, baseando-se apenas no consumo de
energia estimado pelo levantamento. Isso pelo fato de as equações levarem em conta tanto a
demanda como a energia nos horários de ponta e fora de ponta, bem como os períodos seco e
úmido do ano.
Com base nessas equações e a partir dos dados da Tabela 4.1 a seguir, que foram
retirados do apêndice 1, são feitos os cálculos do preço médio a ser pago por cada
permissionário.
32
Tabela 4.1 - Consumo estimado dos permissionários da UnB de acordo com a Tabela 3.1.
PERMISSIONÁRIOS CONSUMO ESTIMADO (kWh)
Item 1 38
Item 2 396
Item 3 92
Item 4 229
Item 5 300
Item 6 13.300
Item 7 34.730
Item 8 16.399
Item 9 11.211
Item 10 14.879
Item 11 265
Item 12 2.964
Item 13 725
Item 14 1.099
Item 15 1.196
Item 16 2.068
Item 17 1.738
Item 18 2.693
Item 19 22
Item 20 251
Item 21 875
Item 22 210
Item 23 273
Item 24 1.121
Item 25 671
Item 26 1.084
Item 27 210
Item 28 38
Item 29 273
33
Item 30 725
Item 31 67
Item 32 210
Item 33 1.099
Item 34 2.354
Item 35 1.362
Item 36 980
Item 37 67
Item 38 916
Item 39 1.430
Item 40 1.121
Item 41 273
Item 42 1.026
Item 43 265
Item 44 409
Item 45 2.231
Item 46 273
Item 47 484
Item 48 3.353
Item 49 602
Item 50 566
Item 51 1.140
Item 52 22
Item 53 1.409
Item 54 2.234
Item 55 1.111
Item 56 1.604
Item 57 493
Item 58 493
Item 59 3.008
TOTAL 140.677
34
4.1.2 Cálculo do Preço Médio
As tarifas utilizadas para base dos cálculos são as que estão destacadas em amarelo na
Figura 4.1, que correspondem à tarifa A4 – Poder Público, que é onde a UnB está inserida. O
valor das tarifas expressadas na figura já estão com o devido valor do ICMS.
Figura 4.1 - Tarifa Horo-Sazonal Azul (Atualizada em 24/08/2006).
FONTE: www.ceb.com.br
Para a utilização das Eq. 3.1 e Eq. 3.2, são mostradas as constantes que são usadas
para o cálculo dos preços médios. Esses valores foram retirados do sistema de monitoração do
consumo de energia da Universidade de Brasília (Figura 4.2). Os dados mostrados a seguir
correspondem ao mês de Setembro do ano de 2006. A escolha desse mês foi feita pelo fato de
o mês de Setembro ser um dos meses em que há um maior consumo de energia elétrica. Os
valores são os seguintes:
- CP = 135.172,8 kWh;
- CT = 1.296.786,0 kWh;
- FCP = 80,15%; e
- FCFP = 44,22%.
35
Figura 4.2 - Resumo da medição geral de energia elétrica da UnB referente ao mês de Setembro de
2006.
36
O cálculo do preço médio (Eq. 3.1) nos períodos seco e úmido é o seguinte:
- período seco:
- período úmido:
Com a Eq. 3.2, chega-se ao valor médio para todos os meses do anos, levando-se em
consideração a quantidade de meses no período seco e no período úmido:
135.172,8 36,9938829 135.172,8 10,0203903* 0,3042819 1 * 0,1854209
1.296.786 0,8015*66 1.296.786 0, 4422* 664Pm
⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + + − +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎣ ⎦
135.172,8 36,9938829 135.172,8 10,0203903* 0, 2754150 1 * 0,1684241
1.296.786 0,8015*66 1.296.786 0, 4422* 664Pm
⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎛ ⎞ ⎛ ⎞= + + − +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎣ ⎦ ⎣ ⎦
(sec ) $0,301276237644 /Pm o R kWh=
( ) $0, 283042136613 /Pm úmido R kWh=
7 * (0,301276237644) 5* (0, 283042136613)
12Pm
+=
$0, 293678695548 /Pm R kWh=
37
4.1.3 Cálculo do valor a ser pago pelos permissionários
Baseado nos cálculos do preço médio mostrados anteriormente e nas tabelas das
cargas instaladas dos permissionários que se encontram no apêndice 1, calcula-se novos
valores a serem cobrados dos permissionários por utilizarem a energia elétrica da UnB. A
Tabela 4.2 a seguir mostra esses valores.
Tabela 4.2 - Valores sugeridos como taxa de manutenção a serem cobrados dos permissionários.
Permissionário CONSUMO (kWh) Taxa de Manutenção
(R$/mês)
Item 1 38 11,16
Item 2 396 116,30
Item 3 92 27,02
Item 4 229 67,25
Item 5 300 88,10
Item 6 13.300 3.905,93
Item 7 34.730 10.199,46
Item 8 16.399 4.816,04
Item 9 11.211 3.292,43
Item 10 14.879 4.369,65
Item 11 265 77,82
Item 12 2.964 870,43
Item 13 725 212,92
Item 14 1.099 322,75
Item 15 1.196 351,24
Item 16 2.068 607,33
Item 17 1.738 510,41
Item 18 2.693 790,88
Item 19 22 6,46
Item 20 251 73,71
Item 21 875 256,97
Item 22 210 61,67
38
Item 23 273 80,17
Item 24 1.121 329,21
Item 25 671 197,06
Item 26 1.084 318,35
Item 27 210 61,67
Item 28 38 11,16
Item 29 273 80,17
Item 30 725 212,92
Item 31 67 19,68
Item 32 210 61,67
Item 33 1.099 322,75
Item 34 2.354 691,32
Item 35 1.362 400,00
Item 36 980 287,81
Item 37 67 19,68
Item 38 916 269,01
Item 39 1.430 419,96
Item 40 1.121 329,21
Item 41 273 80,17
Item 42 1.026 301,31
Item 43 265 77,82
Item 44 409 120,11
Item 45 2.231 655,20
Item 46 273 80,17
Item 47 484 142,14
Item 48 3.353 984,70
Item 49 602 176,79
Item 50 566 166,22
Item 51 1.140 334,79
Item 52 22 6,46
Item 53 1.409 413,79
39
Item 54 2.234 656,08
Item 55 1.111 326,28
Item 56 1.604 471,06
Item 57 493 144,78
Item 58 493 144,78
Item 59 3.008 883,39
TOTAL 140.677 41.313,77
De acordo com essa tabela, se fossem implantadas essas novas taxas de cobrança, o
arrecadamento mensal com o pagamento dos permissionários para a Universidade de Brasília
seria de R$ 41.313,77.
Como foi mencionado no subitem 4.1.1, o arrecadamento mensal atual é em torno de
R$ 9.544,68. Com esse novo levantamento dos permissionários e esse novo método de
cálculo do valor a ser cobrado dos permissionários, a UnB estaria arrecadando mais que
quatro vezes o valor arrecadado hoje em dia.
Essa metodologia de cálculo permite atualizar facilmente os valores contratados. Caso
haja reajuste de tarifas ou renovação de contrato de permissão, é simples a substituição de
valores nas Eq. 3.1 e Eq. 3.2, e assim, obter os novos valores desejados.
O problema desse modo de cobrança é que todo o cálculo do consumo de energia dos
permissionários é uma estimativa, não se pode afirmar com certeza que cada permissionário
esteja consumindo o que está calculado nas tabelas. Ainda tem o problema de que não há um
controle dos equipamentos utilizados pelos permissionários, pois, freqüentemente, eles estão
trocando equipamentos ou instalando mais equipamentos.
4.1.4 Sugestão da instalação de medidores
De acordo com os dados retirados da Figura 4.2 e da Tabela 4.1, é interessante
observar que os permissionários representam cerca de 11% de toda a energia consumida no
campus. A UnB está subsidiando energia elétrica para esses permissionários, inclusive bancos
públicos e privados. Isso corresponde a uma parcela muito grande da energia consumida pela
UnB, logo o controle desse consumo deve ser bastante eficiente.
Para solucionar os problemas retratados
144.677,000,1116
1.296.786,00
kWh
kWh=
40
anteriormente, a sugestão seria a de instalar um relógio medidor de consumo de energia
elétrica em cada permissionário. Assim, cada um teria o controle do que consome e pagaria
apenas o que consumisse. Entretanto, não é vantagem instalar medidores para aqueles
permissionários em que a carga instalada é muito pequena e, assim, o consumo também. Para
os permissionários que não sejam os bancos, é aceitável confiar no levantamento e, então,
fazer a cobrança baseada nos cálculos anteriores. Isso também reduziria o trabalho de leitura,
cálculo e cobrança do valor.
Nesse caso, então, utilizando dados da proposta técnica/comercial de OLIVEIRA
(2006a), os equipamentos seriam:
- Item 1: medidor eletromecânico modelo M1A-T 240V 15A.
- Item 2: medidor eletromecânico modelo PN5T-G 240V 15A.
- Item 3: medidor eletromecânico modelo PN5T-G 240V 30/200A.
Para atender ao Banco do Brasil, utilizaria um medidor do item 3, e 4 medidores do
item 2 para atender aos bancos restantes. De acordo com os preços retirados da proposta da
Nansen, tem-se a tabela a seguir:
Tabela 4.3 - Custo dos medidores para os permissionários.
Item Descrição Preço Unitário Quantidade Valor Total
1 M1A-T 240V 15/100A 85,00 ---------- ----------
2 PN5T-G 240V 15/120A 250,00 4 1000,00
3 PN5T-G 240V 30/200A 446,00 1 446,00
Total 4.446,00
A instalação dos equipamentos seria feita pelos próprios técnicos da UnB. Assim,
caso a estimativa feita anteriormente esteja próxima do real, o retorno do investimento seria
no primeiro mês, já que o cálculo estimado deu uma arrecadação de R$ 41.313,77 para a
UnB. Embora os permissionários estejam instalados no campus da UnB e utilizando a
energia elétrica da universidade, a UnB não tem o direito de cobrar o pagamento do
consumo de energia feito pelos permissionários. Assim, teria que achar uma maneira legal
para que se fossem cobrados esses consumos feitos pelos permissionários.
41
4.2 ESTUDO DA CALDEIRA DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO (RU)
A proposta desse tópico é, baseado nos dados coletados na caldeira elétrica do RU,
avaliar a troca da caldeira elétrica por uma caldeira a combustível (gás GLP). Antes de
analisar os dados coletados, deve-se expor a situação atual em que se encontra a caldeira do
RU. Além de ser muito velha, a demanda de vapor do RU é maior do que a capacidade da
caldeira atual. A caldeira elétrica atual produz 500kg/h de vapor, enquanto a demanda de
vapor do RU situa-se em torno de 800kg/h a 1000kg/h de vapor. Houve uma tentativa de
utilização de uma segunda caldeira como reserva, porém ela utiliza óleo diesel como
combustível e foi condenada na última inspeção realizada.
4.2.1 Não-conformidades com a Norma Regulamentadora Nº 13 (NR 13)
Na última inspeção feita pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT), chegou-se a
conclusão de que seria necessário um rearranjo na casa das caldeiras para atender às
exigências da NR 13.
No RU há pontos de consumo de vapor e pontos de consumo de gás GLP. Para
o GLP, há dois tanques enterrados, cada um com capacidade de 2000 kg, que são
reabastecidos a cada três meses. De acordo com o relatório de inspeção do RU de
responsabilidade de ATAÍDE (2006), esses tanques apresentam não-conformidades com a
norma NR 13 nos pontos a seguir. Todas estas não-conformidades podem ser verificadas na
leitura do texto da norma NR 13, que se encontra no anexo 1.
- Falta de placa de identificação do tanque;
- Não cumprimento do afastamento mínimo da rede elétrica;
- Não cumprimento do afastamento mínimo de via publica e via de pedestres;
- Falta de placas de advertência com dizeres obedecendo às normas;
- Falta de abrigo para extintores de incêndio bem como dos próprios extintores;
- Falta de medidor percentual do nível do tanque;
- Falta de manômetro indicador de pressão da linha após o regulador de primeiro
estagio;
- O abrigo do regulador de primeiro estágio está abaixo da linha do solo constituindo
assim um espaço para confinamento do GLP em caso de vazamento.
42
- A tubulação que conduz o GLP até os pontos de consumo da cozinha possui uma rede
elétrica anexada à mesma;
- Ausência do prontuário dos vasos de pressão (Data book) no local onde estão
instalados; e
- Ausência de placa de identificação da última inspeção NR 13 realizada nos tanques, que
para esta categoria de tanque (categoria III) o exame externo se dá a cada 3 anos, o interno
a cada 6 anos e o teste hidrostático a cada 12 anos.
4.2.2 Dados da Caldeira
Os dados a seguir foram coletados na semana do dia 8 ao dia 12 de maio. As tabelas
mostram os valores coletados de corrente elétrica. A partir dessas tabelas, foram montados os
gráficos de carga:
Tabela 4.4 – Dados referentes a segunda-feira dia 08/05/2006.
Corrente (A) Potência (kW) Horário
Tensão (V) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
08:00 220 0 0 0 0 09:00 0 0 0 0 10:00 0 0 0 0 11:00 0 0 0 0 12:00 0 0 0 0 14:00 442 651 601 97,240 143,220 132,220 372,680 15:00 678 630 612 149,160 138,600 134,640 422,400 16:00 420 662 571 92,400 145,640 125,620 363,660 17:00 487 615 537 107,140 135,300 118,140 360,580 18:00 0,25 0,21 0,21 0,055 0,0462 0,0462 0,1474
43
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
tên
cia
tota
l (kW
)
Figura 4.3 – Gráfico da curva de carga referente a segunda-feira dia 08/05/2006.
Tabela 4.5 – Dados referentes a terça-feira dia 09/05/2006.
Corrente (A) Potência (kW) Horário
Tensão (V) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
08:00 220 215,5 355,8 663 47,410 78,276 145,860 271,546 09:00 377 336 553 82,940 73,920 121,660 278,520 10:00 354,2 605 660 77,924 133,100 145,200 356,22411:00 0 0 0 0 12:00 0 0 0 0 14:00 0 0 0 0 15:00 0 0 0 0 16:00 0 0 0 0 17:00 0 0 0 0 18:00 0 0 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
400
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
tên
cia
tota
l (kW
)
Figura 4.4 – Gráfico da curva de carga referente a terça-feira dia 09/05/2006.
44
Tabela 4.6 – Dados referentes a quarta-feira dia 10/05/2006.
Corrente (A) Potência (kW) Horário
Tensão (V) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
08:00 220 0 0 0 0 09:00 0 0 0 0 10:00 281,8 498 664 61,996 109,560 146,080 317,63611:00 502 354,9 631 110,440 78,078 138,820 327,33812:00 493 611 431 108,460 134,420 94,820 337,700 14:00 314,7 612 620 69,234 134,640 136,400 340,27415:00 626 604 628 137,720 132,880 138,160 408,760 16:00 654 615 657 143,880 135,300 144,540 423,720 17:00 430 612 671 94,600 134,640 147,620 376,860 18:00 0 0 0 0 0 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
tên
cia
tota
l (kW
)
Figura 4.5 – Gráfico da curva de carga referente a quarta-feira dia 10/05/2006.
Tabela 4.7 – Dados referentes a quinta-feira dia 11/05/2006.
Corrente (A) Potência (kW) Horário
Tensão (V) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase1 Fase 2 Fase 3 Total
08:00 220 633 603 646 139,260 132,660 142,120 414,040 09:00 342,6 644 635 75,372 141,680 139,700 356,75210:00 637 672 498 140,140 147,840 109,560 397,540 11:00 627 655 653 137,940 144,100 143,660 425,700 12:00 387 535 401 85,140 117,700 88,220 291,060 14:00 0 0 0 0 15:00 0 0 0 0 16:00 498 321,5 640 109,560 70,730 140,800 321,09017:00 596 241,6 94,4 131,120 53,152 20,768 205,04018:00 0 0 0 0 0 0 0
45
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
tên
cia
tota
l (kW
)
Figura 4.6 – Gráfico da curva de carga referente a quinta-feira dia 11/05/2006.
Tabela 4.8 – Dados referentes a sexta-feira dia 12/05/2006.
Corrente (A) Potência (kW) Horário
Tensão (V) Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 1 Fase 2 Fase 3 Total
08:00 220 362 642 445 79,640 141,240 97,900 318,78009:00 438 569 643 96,360 125,180 141,460 363,000 10:00 624 352 445 137,280 77,440 97,900 312,620 11:00 114 278 490 25,080 61,160 107,800 194,040 12:00 301 525 232 66,220 115,500 51,040 232,760 14:00 327 540 660 71,940 118,800 145,200 335,940 15:00 210 355 620 46,200 78,100 136,400 260,700 16:00 466 487 654 102,520 107,140 143,880 353,540 17:00 483 643 646 106,260 141,460 142,120 389,840 18:00 0 0 0 0 0 0 0
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
tên
cia
tota
l (kW
)
Figura 4.7 – Gráfico da curva de carga referente a sexta-feira dia 12/05/2006.
46
Tabela 4.9 – Valores médios referentes à semana.
Potência total (kW) Horário 8/mai 9/mai 10/mai 11/mai 12/mai
Potência média da semana (kW)
08:00 0 271,546 0 414,040 318,780 200,873 09:00 0 278,520 0 356,752 363,000 199,654 10:00 0 356,224 317,636 397,540 312,620 276,804 11:00 0 0 327,338 425,700 194,040 189,416 12:00 0 0 337,700 291,060 232,760 172,304 14:00 372,680 0 340,274 0 335,940 209,779 15:00 422,400 0 408,760 0 260,700 218,372 16:00 363,660 0 423,720 321,090 353,540 292,402 17:00 360,580 0 376,860 205,040 389,840 266,464 18:00 147,4 0 0 0 0 29,48
0
50
100
150
200
250
300
350
08:00 09:00 10:00 11:00 12:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00
Horário
Po
t m
édia
da
sem
ana
(kW
)
Figura 4.8 – Gráfico da curva média de carga referente à semana.
47
Segundo OLIVEIRA (2006b), para o sistema de monitoração da caldeira do RU (RU
Caldeiras) a demanda atinge o seu valor máximo, no horário de ponta, às 18:15 horas (Figura
4.9). Portanto, foi sugerido que a caldeira elétrica do RU fosse desligada anterior às 18:00
horas para redução da demanda máxima no horário de ponta.
Figura 4.9 – Curva de carga do RU Caldeiras anterior à regulamentação sobre a utilização da caldeira
elétrica.
FONTE: Oliveira (2006b).
Anteriormente, a caldeira elétrica do RU era desligada às 18:30 horas. Assim, criou-se
uma regulamentação junto à Reitoria da UnB quanto à utilização da caldeira elétrica que
limitou a utilização da mesma até às 17:45 horas, portanto a caldeira fica ligada apenas no
horário fora de ponta e essa resolução entrou em vigor em 10 de maio de 2006. Observa-se na
Figura 4.10 que após esta data houve uma redução significativa da demanda no horário de
ponta para o RU Caldeiras (OLIVEIRA, 2006b).
48
Figura 4.10 – Curva de carga do RU Caldeiras após a regulamentação sobre a utilização da caldeira elétrica.
FONTE: Oliveira (2006b).
4.2.3 Sugestão de troca da caldeira
A partir dos dados apresentados, foi elaborado um relatório, por ATAÍDE (2006), com
a proposta de substituição da caldeira elétrica do RU por uma caldeira a combustível GLP.
O fornecimento de vapor para o restaurante universitário pode ser realizado a partir da
compra de uma caldeira geradora de vapor que tem como combustível o GLP, a ser instalada
na casa de caldeiras já existente, ocupando o espaço da caldeira a diesel, obedecendo aos
afastamentos e a disposição prevista na NR 13.
Como os tanques de GLP são abastecidos periodicamente de três em três meses, estes
se encontram com um potencial ocioso, e este se torna um dos pontos interessantes para a
utilização de uma caldeira a GLP.
Observa-se ainda que a queima de GLP é mais “limpa”, os resíduos lançados para a
atmosfera pela sua queima são menos nocivos que os lançados por uma caldeira a diesel.
Haverá, portanto, um menor desgaste dos recursos ambientais.
49
Foi contatado um fornecedor nacional de caldeiras que atendem a estas necessidades.
Foram dadas três opções de caldeiras (Tabela 4.10), a primeira com a geração de 880 kg/h de
vapor a segunda com 1100 kg/h e a terceira com 1320 kg/h. O preço por quilo de GLP
sugerido para a Universidade de Brasília é de R$ 2,25.
Tabela 4.10 – Caldeiras sugeridas pelo fornecedor contatado.
CALDEIRA CAPACIDADE
1 880 kg/h
2 1100 kg/h
3 1320 kg/h
No caso em que se firme o contrato de fornecimento de GLP com a Nacional Gás
Butano distribuidora LTDA, esta se responsabiliza pelos seguintes pontos:
- Execução dos serviços de inspeção NR-13 com tratamento da superfície externa dos
dois tanques de GLP e adequação da central de GLP, incluindo o projeto, ART da instalação,
teste e laudo de estanqueidade;
- Transporte da nova caldeira;
- Montagem da rede de GLP que irá atender a caldeira;
- Uma equipe de manutenção preventiva mensal e também uma equipe para
atendimentos de urgência (plantão) para toda a rede de GLP até os pontos de consumo.
Segundo os dados apresentados pelo fornecedor contatado, a caldeira sugerida para
utilização tem o modelo VMI 800 que gera 880 kg/h (caldeira 1 da Tabela 4.10) de vapor com
um consumo de 55,8 kg/h de GLP no pico. Prevendo o funcionamento do restaurante por um
período de 11 horas, este consumo horário deve resultar em um consumo mensal, juntamente
com o consumo dos equipamentos da cozinha, de 14.339 kg de GLP (ATAÍDE, 2006).
A partir do preço sugerido pela Nacional Gás Butano Distribuidora LTDA de R$
2,25/kg, chega-se ao valor de R$ 32.261,85, com impostos. Este valor deve ser considerado
sabendo-se que foi estimado um consumo de pico em todo período de funcionamento da
caldeira, que representa o maior consumo desta instalação.
$2,2514.339 * $32.261,85
Rkg R
kg=
50
As tabelas a seguir mostram uma análise dos custos com energia da caldeira do RU.
Como os valores apresentados pelo fornecedor da caldeira a GLP foram estimados baseados
em um consumo de pico em todo funcionamento da caldeira, a Tabela 4.11 mostra, também,
os valores de pico tanto na ponta quanto no período fora de ponta da caldeira elétrica do RU,
que foram retirados da Tabela 4.9 (destacados em vermelho). Levando em consideração o
horário de ponta como o período das 18:00 horas às 21:00 horas, e como a caldeira é
desligada às 17:45, não há consumo de energia da caldeira no horário de ponta.
Tabela 4.11 - Consumo de energia total da caldeira elétrica do RU em um mês.
PONTA FORA DE PONTA
W Nº DIAS
Nº HORAS kWh/MÊS W
Nº DIAS
Nº HORAS kWh/MÊS
kWh TOTAL
390.000 22 0 -
425.000 22 11
102.850,00
102.850,00
Tabela 4.12 - Custo da demanda de acordo com as tarifas da CEB da Figura 4.1.
PONTA FORA DE PONTA W TARIFA R$/MÊS W TARIFA R$/MÊS
R$/MÊS TOTAL
390.000 36,9938829 14.427,61 425.000 10,0203903 4.258,67 18.686,28
Essa Tabela 4.12 mostra o cálculo do custo da demanda de energia da caldeira elétrica
em um mês. Esse valor do custo da demanda deve ser calculado, como já foi explicado, pelo
fato de a UnB pagar energia elétrica de acordo com a tarifa horo-sazonal azul.
Tabela 4.13 - Custo do consumo de energia elétrica no período seco.
PONTA FORA DE PONTA
kWh/MÊS TARIFA R$/MÊS kWh/MÊS TARIFA R$/MÊS
R$/MÊS
TOTAL
-
0,3042819
-
102.850,00
0,1854209
19.070,54
19.070,54
A Tabela 4.13 acima mostra o custo total do consumo de energia elétrica no período
de um mês. O cálculo foi feito utilizando as tarifas da Figura 4.1. As tarifas utilizadas nessa
Tabela 4.13 correspondem ao período seco.
51
Tabela 4.14 - Custo líquido da caldeira do RU no período seco.
FATURA TOTAL MENSAL LÍQUIDO PARA O PERÍODO SECO(R$)
FATURA IMPOSTOS FEDERAIS TOTAL
BRUTO (R$)
3% COFINS
1,20% IRFF
1% CSLL 0,65% PIS
IMPOSTOS FEDERAIS
A PAGAR
37.756,82
1.132,70
453,08
377,57
245,42
2.208,77
35.548,05
Nessa Tabela 4.14, tem-se o valor bruto do gasto com energia elétrica da caldeira
elétrica do RU. Descontados os impostos federais, chega-se ao valor líquido no período seco
do custo dessa caldeira.
Tabela 4.15 - Custo do consumo de energia elétrica no período úmido.
PONTA FORA DE PONTA R$/MÊS
kWh/MÊS TARIFA R$/MÊS kWh/MÊS TARIFA R$/MÊS TOTAL -
0,2754150
11,00
102.850,00
0,1684241
17.322,42
17.333,42
A Tabela 4.15 mostra o custo total do consumo de energia elétrica no período de um
mês. O cálculo foi feito utilizando as tarifas do período úmido da Figura 4.1.
Tabela 4.16 - Custo líquido da caldeira do RU no período seco.
FATURA TOTAL MENSAL LÍQUIDO PARA O PERÍODO ÚMIDO (R$)
FATURA IMPOSTOS FEDERAIS TOTAL
BRUTO (R$)
3% COFINS
1,20% IRFF
1% CSLL
0,65% PIS
IMPOSTOS FEDERAIS
A PAGAR
36.019,70
1.080,59
432,24
360,20
234,13
2.107,15
33.912,55
Descontados os impostos federais na Tabela 4.16, chega-se ao valor líquido do gasto
com energia elétrica da caldeira do RU no período úmido.
Para fazer uma análise desses custos, os valores a serem utilizados são as faturas
líquidas de ambas as caldeiras, pelo fato de os cálculos apresentados pelo fornecedor de
caldeiras utilizarem o valor líquido da caldeira GLP. No caso da caldeira elétrica do RU,
utiliza-se a fatura do período seco (em vermelho na Tabela 4.14) pelo fato de ser a mais alta e,
52
assim, ser mais justa com os cálculos. O valor líquido da caldeira GLP foi dado pelo
fornecedor da caldeira.
Para a situação atual, a caldeira elétrica produz 500 kg/h de vapor e tem um gasto de
R$ 146,89/h de energia elétrica.
A situação futura vai produzir 880 kg/h e vai custar RS 125,55/h de GLP.
Apesar de a caldeira a GLP ter um custo de investimento de R$ 80.000,00, fica
garantido que a utilização da caldeira a GLP tem um melhor custo beneficio, Tendo em vista
o custo de R$ 0,14/kg de vapor na caldeira a GLP e R$ 0,29/kg de vapor na caldeira elétrica.
$35.548,05 /$1.615,82 /
22
R mêsR dia=
$1.615,82 /$146,89 /
11
R diaR h=
$146,89 /$0, 29 /
500 /
R hR kg
kg h=
$30.383,10 /$1.381,05 /
22
R mêsR dia=
$1.381,05 /$125,55 /
11
R diaR h=
$125,55 /$0,14 /
880 /
R hR kg
kg h=
53
Tabela 4.17 - Valores comparativos do custo das caldeiras.
Caldeira GLP
880kg/h
Caldeira Elétrica
500kg/h
Consumo (kg/h) 55,8 ________
Consumo mensal
(kg) 13.503,60 ________
Preço por mês (R$) 30.383,10 35.548,05
Preço/kg GLP (R$) 2,25 ________
Preço/kg de vapor
(R$) 0,14 0,29
Quantidade de dias 22 22
Quantidade de horas 11 11
Com essa tabela fica claro a vantagem da instalação da nova caldeira a GLP. O valor
gasto mensalmente para manter a caldeira a GLP é aproximadamente R$ 5.000,00 mais
barato do que é gasto com a caldeira elétrica. E o que é gasto por quilo de vapor com a
caldeira elétrica é mais que o dobro do que seria gasto com a nova caldeira a GLP.
4.3 CONCLUSÕES
A partir desses dois estudos, tanto dos permissionários quanto o da caldeira do RU,
percebe-se o tanto que se pode obter de economia no que se diz em relação aos gastos da UnB
com energia elétrica. Se forem concretizadas as propostas de ambos os estudos, ajudará um
pouco na conservação de energia elétrica da UnB.
54
5 CONCLUSÃO
Esse projeto apresentou um estudo dos permissionários espalhados pelo campus da
Universidade de Brasília e da caldeira do Restaurante Universitário. Como foi esclarecido, o
último levantamento feito dos permissionários foi há 10 anos atrás, e depois disso nada mais
foi feito em relação a eles. A UnB está subsidiando energia elétrica para esse permissionários.
A idéia desse estudo foi criar uma taxa para que os permissionários paguem uma quantia pela
parcela de energia elétrica que eles consomem.
No caso dos permissionários, os dados do levantamento da carga instalada de cada um
deles foram apresentados em tabelas e, então, foram expostas as soluções para o problema do
pagamento da taxa do consumo de energia. Com a estimativa do consumo dos
permissionários e o cálculo feito do quanto seria arrecadado pela universidade com o
pagamento do consumo de energia, foi apresentada uma proposta para a instalação de relógios
medidores do consumo de energia em cada um dos permissionários. Com essa estimativa de
arrecadamento, a instalação dos medidores se tornaria absolutamente viável, tendo em vista
que o arrecadamento seria muito maior do que o valor investido na instalação. Entretanto, a
UnB não pode cobrar o pagamento dos consumo de energia realizado pelos permissionários.
O que se deve fazer é criar uma taxa pela utilização do espaço, consumo de água e energia
elétrica. Assim, esse estudo mostrou o quanto deveria ser pago pelos permissionários no que
se refere ao uso da energia elétrica.
Como a UnB não tem controle do que é instalado e desinstalado de aparelhos
elétricos pelos permissionários, é uma sugestão a ser dada à Prefeitura do campus, de que todo
permissionário quando fosse instalar algum novo equipamento, ou mesmo trocar de
equipamento, deixasse claro para a Prefeitura o que está sendo feito. Com isso, o controle do
consumo realizado por cada permissionário seria mais simples e conseguiria-se manter o
levantamento dos permissionários sempre atualizado.
Em se tratando da caldeira do RU, esta está instalada há mais de 30 anos e operando
abaixo das necessidades do restaurante. Diante desses problemas, o projeto apresentou
soluções para melhorar o fornecimento de vapor para o restaurante, de acordo com a demanda
do RU, e também a utilização de uma caldeira a combustível GLP para melhorar o
racionamento de energia elétrica no campus.
Após serem esclarecidas todas as não-conformidades dos equipamentos instalados na
área da caldeira e da não capacidade da caldeira de atender à demanda do RU, está mais que
55
provado que há a necessidade da substituição da caldeira atual por uma nova. O consumo de
energia elétrica da caldeira é muito grande e não compensa. Com uma caldeira de maior
capacidade movida a combustível GLP, o custo de utilização é bem menor que o atual,
mostrando, então, a viabilidade dessa troca.
Com esses dois estudos em mãos, é fácil notar a necessidade urgente da utilização de
ambos para que a universidade dê um passo a frente na luta contra o consumo excessivo de
energia elétrica. Acabar com a negligência dos permissionários de instalar o que quiserem e
quando quiserem e instalar uma caldeira que esteja à altura do Restaurante Universitário,
atendendo perfeitamente à sua demanda e ajudando a universidade a economizar seus gastos
com energia elétrica.
56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FIGUEIREDO F. Tarifas de Energia Elétrica em Sistemas de Distribuição - Parte 2. Brasília, 2006. 58 slides: colorido.
SALVADOR E, USBERCO J. Química 2: Físico-química. Editora Saraiva: São Paulo. 7 Edição. 2000.
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Norma Regulamentadora n. 13 de 8 de maio de 1984. Caldeiras e Vasos de Pressão. Disponível em: <www.mte.gov.br> Acesso em 08 dez. 2006.
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SEVERINO MM. Instalações para Iluminação e Aparelhos Eletrodomésticos. Brasília, 2006. 55 slides: colorido.
TULFON. Caldeiras. Ilustrações. Disponível em: <www.tulfon.com> Acesso em 15 nov. 2006.
57
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Guia Arquitetônico da UnB. Ilustrações. Disponível em: <www.unb.br/fau> Acesso em 12 out. 2006.
58
APÊNDICES
APÊNDICE 1 - TABELAS
Esse apêndice contém as tabelas detalhadas da carga instalada de todos os
permissionários da UnB. Nessas tabelas ainda é mostrado o consumo estimado de energia
elétrica de cada permissionário.
Tabela A1: Carga instalada do permissionário item 1.
Item 1FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 12,00
22,00
33,79 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 12,00
22,00
7,92
Total
143,00
37,75
Tabela A2: Carga instalada do permissionário item 2.
Item 2FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 5,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00 Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 2,00
22,00
44,00
Total
2.143,00
396,04
59
Tabela A3: Carga instalada do permissionário item 3.
Item 3FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada incandescente
60,00 5,00
300,00 14,00
22,00
92,40
Total
300,00
92,40
Tabela A4: Carga instalada do permissionário item 4.
Item 4FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80
Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
743,00
228,84
Tabela A5: Carga instalada do permissionário item 5.
Item 5FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 12,00
22,00
92,40
TV 14"
75,00 1,00
75,00 12,00
22,00
19,80
Total
768,00
300,24
60
Tabela A6: Carga instalada do permissionário item 6.
Item 6FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 8,00
4.800,00 7,00
22,00
739,20
ATM
440,00 2,00
880,00 24,00
30,00
633,60
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Impressora
500,00 2,00
1.000,00 7,00
22,00
154,00 Lâmpada fluorescente
32,00 76,00
2.432,00 10,00
22,00
535,04
Reator para lâmpada fluorescente
8,00 38,00
608,00 10,00
22,00
66,88
Lâmpada fluorescente (ATM)
32,00 4,00
128,00 16,00
30,00
61,44
Reator lâmpada fluorescente (ATM)
7,50 2,00
30,00 16,00
30,00
7,20
No break
3.300,00 1,00
3.300,00 24,00
30,00
2.376,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 3,00
22,00
66,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 8,00
22,00
176,00
Rede
10.000,00 1,00
10.000,00 24,00
30,00
7.200,00
Câmera
50,00 8,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Ar condicionado
950,00 4,00
3.800,00 10,00
22,00
836,00
Display senha
100,00 1,00
100,00 5,00
22,00
11,00
Máquina senha
50,00 1,00
50,00 5,00
22,00
5,50
Total
29.409,00
13.299,86
61
Tabela A7: Carga instalada do permissionário item 7.
Item 7FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 29,00
17.400,00 8,00
22,00
3.062,40
ATM
440,00 18,00
7.920,00 24,00
30,00
5.702,40
Câmeras
50,00 12,00
600,00 24,00
30,00
432,00
Ar pequeno (ext)
950,00 1,00
950,00 16,00
30,00
456,00
Ar pequeno (int)
950,00 2,00
1.900,00 10,00
22,00
418,00
Ar grande
15.600,00 3,00
46.800,00 8,00
22,00
8.236,80
No break
3.300,00 4,00
13.200,00 24,00
30,00
9.504,00
Central telefônica
3.000,00 1,00
3.000,00 24,00
30,00
2.160,00
Bomba fossa
3.000,00 1,00
3.000,00 24,00
30,00
2.160,00
Cafeteira
1.500,00 1,00
1.500,00 10,00
22,00
330,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 3,00
22,00
66,00
Impressoras
500,00 4,00
2.000,00 10,00
22,00
440,00 Lâmpada fluorescente (ATM)
32,00 30,00
960,00 16,00
30,00
460,80
Reator lâmpada fluorescente (ATM)
7,50 15,00
225,00 16,00
30,00
54,00
Lâmpada fluorescente (int)
32,00 110,00
3.520,00 10,00
22,00
774,40
Reator lâmpada fluorescente (int)
7,50 55,00
825,00 10,00
22,00
90,75
Display senha
100,00 2,00
200,00 5,00
22,00
22,00
Lâmpada externa
100,00 10,00
1.000,00 12,00
30,00
360,00
Total
105.475,00
34.729,55
62
Tabela A8: Carga instalada do permissionário item 8.
Item 8FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 10,00 6.000,00 10,00
22,00
1.320,00
ATM
440,00 5,00
2.200,00 24,00
30,00
1.584,00
Câmeras
50,00 4,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Ar condicionado
950,00 3,00
2.850,00 10,00
22,00
627,00 Ar condicionado (ATM)
950,00 1,00
950,00 24,00
30,00
684,00
Impressora
500,00 5,00
2.500,00 10,00
22,00
550,00 Lâmpada fluorescente
32,00 100,00
3.200,00 10,00
22,00
704,00
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 50,00
750,00 10,00
22,00
82,50
Lâmpada fluorescente (ATM)
32,00 40,00
1.280,00 16,00
30,00
614,40
Reator lâmpada fluorescente (ATM)
7,50 20,00
300,00 16,00
30,00
72,00
No break
3.300,00 1,00
3.300,00 24,00
30,00
2.376,00
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 3,00
22,00
66,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 10,00
22,00
220,00
Rede
10.000,00 1,00
10.000,00 24,00
30,00
7.200,00
Display senha
100,00 1,00
100,00 5,00
22,00
11,00
Total
35.305,00
16.398,90
63
Tabela A9: Carga instalada do permissionário item 9.
Item 9FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 2,00
1.200,00 8,00
22,00
211,20
Computador (rede)
600,00 1,00
600,00 24,00
30,00
432,00
ATM
440,00 1,00
440,00 24,00
30,00
316,80
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Impressora
500,00 1,00
500,00 8,00
22,00
88,00 Lâmpada fluorescente
32,00 24,00
768,00 8,00
22,00
135,17
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 12,00
180,00 8,00
22,00
15,84
No break
3.300,00 1,00
3.300,00 24,00
30,00
2.376,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 2,00
22,00
44,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 8,00
22,00
176,00
Rede
10.000,00 1,00
10.000,00 24,00
30,00
7.200,00
Bebedouro
100,00 1,00
100,00 24,00
30,00
72,00
Total
19.198,00
11.211,01
64
Tabela A10: Carga instalada do permissionário item 10.
Item 10FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 15,00
9.000,00 10,00
22,00
1.980,00
ATM
440,00 4,00
1.760,00 24,00
30,00
1.267,20
Câmeras
50,00 8,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Ar condicionado
950,00 3,00
2.850,00 10,00
22,00
627,00
Impressora
500,00 4,00
2.000,00 10,00
22,00
440,00 Lâmpada fluorescente
32,00 40,00
1.280,00 10,00
22,00
281,60
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 20,00
300,00 10,00
22,00
33,00
No break
3.300,00 1,00
3.300,00 24,00
30,00
2.376,00
Frigobar
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 3,00
22,00
66,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 8,00
22,00
176,00
Rede
10.000,00 1,00
10.000,00 24,00
30,00
7.200,00
Total
32.940,00
14.878,80
65
Tabela A11: Carga instalada do permissionário item 11.
Item 11FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 4,00
22,00
11,26 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 4,00
22,00
1,32
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
TV 14"
75,00 1,00
75,00 10,00
22,00
16,50
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 12,00
22,00
92,40
Total
768,00
265,48
Tabela A12: Carga instalada do permissionário item 12.
Item 12FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo(kWh)
Processadora de filmes
3.600,00 1,00
3.600,00 12,00
22,00
950,40
Processadora de papel
5.000,00 1,00
5.000,00 12,00
22,00
1.320,00 Computador+impressora térmica
1.000,00 1,00
1.000,00 12,00
22,00
264,00
Computador
600,00 2,00
1.200,00 12,00
22,00
316,80
Lâmpadas fluorescentes
32,00 12,00
384,00 12,00
22,00
101,38 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 6,00
90,00 12,00
22,00
11,88
Total
11.229,00
2.964,46
66
Tabela A13: Carga instalada do permissionário item 13.
Item 13FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
45,00 14,00
22,00
6,93
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 4,00
22,00
154,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Total
4.264,50
724,87
Tabela A14: Carga instalada do permissionário item 14.
Item 14FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 12,00
384,00 14,00
22,00
118,27
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 6,00
90,00 14,00
22,00
13,86
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 4,00
22,00 308,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
6.779,00
1.098,93
67
Tabela A15: Carga instalada do permissionário item 15.
Item 15FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 3,00
4.500,00 14,00
22,00
1.386,00
Fotocopiadora grande
3.500,00 1,00
3.500,00 14,00
22,00
1.078,00
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80 Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
128,00 14,00
22,00
78,85
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 14,00
22,00
9,24
Total
8.886,00
2.736,89
Tabela A16: Carga instalada do permissionário item 16.
Item 16FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 2,00
4.500,00 14,00
22,00
1.386,00
Fotocopiadora grande
3.500,00 1,00
3.500,00 14,00
22,00
1.078,00
Lâmpada Fluorescente
32,00 6,00
128,00 14,00
22,00
59,14
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
30,00 14,00
22,00
6,93
Total
6.714,50
2.068,07
68
Tabela A17: Carga instalada do permissionário item 17.
Item 17FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo(kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 3,00
4.500,00 14,00
22,00
1.386,00
Computador+impressora
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 14,00
22,00
4,62
Total
5.643,00
1.738,04
Tabela A18: Carga instalada do permissionário item 18.
Item 18FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 3,00
4.500,00 14,00
22,00
1.386,00
Fotocopiadora grande
3.500,00 1,00
3.500,00 14,00
22,00
1.078,00
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80 Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 14,00
22,00
4,62
Total
8.743,00
2.692,84
Tabela A19: Carga instalada do permissionário item 19.
Item 19FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 2,00
64,00 14,00
22,00
19,71 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 1,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
71,50
22,02
69
Tabela A20: Carga instalada do permissionário item 20.
Item 20FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80
Lâmpada Fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
45,00 14,00
22,00
6,93
Total
814,50
250,87
Tabela A21: Carga instalada do permissionário item 21.
Item 21FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 6,00
3.600,00 7,00
22,00
554,40
Fax
400,00 1,00
400,00 7,00
22,00
61,60
Lâmpada fluorescente
32,00 20,00
640,00 7,00
22,00
98,56 Reator para lâmpada fluorescente 7,5 10,00 75,00 7,00 22,00 11,55
Impressora
500,00 1,00
500,00 7,00
22,00
77,00
Display senha
100,00 4,00
400,00 7,00
22,00
61,60
Balança
35,00 2,00
70,00 7,00
22,00
10,78
Total
5.685,00
875,49
70
Tabela A22: Carga instalada do permissionário item 22.
Item 22FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Lâmpada fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
22,50 14,00
22,00
6,93
Total
414,50
210,07
Tabela A23: Carga instalada do permissionário item 23.
Item23FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80
Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 14,00
22,00
9,24
Total
886,00
272,89
71
Tabela A24: Carga instalada do permissionário item 24.
Item 24FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 14,00
448,00 14,00
22,00
137,98
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 7,00
90,00 14,00
22,00
16,17
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 4,00
22,00
308,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
6.850,50
1.120,95
Tabela A25: Carga instalada do permissionário item 25.
Item 25FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00 Lâmpada fluorescente
32,00 10,00
320,00 14,00
22,00
98,56
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 5,00
37,50 14,00
22,00
11,55
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 4,00
22,00
154,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
4.607,50
670,91
72
Tabela A26: Carga instalada do permissionário item 26.
Item 26FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 12,00
384,00 14,00
22,00
118,27
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 6,00
45,00 14,00
22,00
13,86
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 4,00
22,00
308,00
Liquidificador
350,00 2,00
700,00 1,00
22,00
15,40
Total
7.379,00
1.083,53
Tabela A27: Carga instalada do permissionário item 27.
Item 27FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Lâmpada fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
22,50 14,00
22,00
13,86
Total
414,50
210,07
Tabela A28: Carga instalada do permissionário item 28.
Item 28FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 12,00
22,00
33,79 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 12,00
22,00
7,92
Total
143,00
37,75
73
Tabela A29: Carga instalada do permissionário item 29.
Item 29FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo(kWh)
Computador 600,00 1,00 600,00 14,00 22,00 184,80Lâmpada Fluorescente 32,00 8,00 256,00 14,00 22,00 78,85Reator para lâmpada fluorescente 7,50 4,00 30,00 14,00 22,00 9,24Total 886,00 272,89
Tabela A30: Carga instalada do permissionário item 30.
Item 30FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
45,00 14,00
22,00
6,93
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 4,00
22,00
154,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Total
4.351,00
751,51
Tabela A31: Carga instalada do permissionário item 31.
Item 31FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
TV 14"
75,00 1,00
75,00 14,00 22,00
23,10
Lâmpada Fluorescente
32,00 3,00
96,00 14,00
22,00
29,57 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
22,50 14,00
22,00
4,62
Total
193,50
59,60
74
Tabela A32: Carga instalada do permissionário item 32.
Item 32FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira 200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Lâmpada fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
22,50 14,00
22,00
6,93
Total
414,50
210,07
Tabela A33: Carga instalada do permissionário item 33.
Item 33FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 12,00
384,00 14,00
22,00
118,27
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 6,00
45,00 14,00
22,00
13,86
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 4,00
22,00
308,00
Refresqueira
100,00 3,00
300,00 14,00
22,00
92,40
Total
6.779,00
1.098,93
75
Tabela A34: Carga instalada do permissionário item 34.
Item 34FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 5,00
7.500,00 14,00
22,00
2.310,00
Lâmpadas fluorescentes
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
7.643,00
2.354,04
Tabela A35: Carga instalada do permissionário item 35.
Item 35FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00 10,00
320,00 14,00
22,00
98,56
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 5,00
37,50 14,00
22,00
11,55
Geladeira
200,00 3,00
600,00 24,00
30,00
432,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00
Refresqueira
100,00 2,00
200,00 14,00
22,00
61,60
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 4,00
22,00
154,00
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 1,00
22,00
44,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Total
6.257,50
1.361,71
76
Tabela A36: Carga instalada do permissionário item 36.
Item 36FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 3,00
600,00 24,00
30,00
432,00
Freezer horizontal
350,00 2,00
700,00 24,00
30,00
504,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
1.443,00
980,04
Tabela A37: Carga instalada do permissionário item 37.
Item 37FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
TV 14"
75,00 1,00
75,00 14,00
22,00
23,10 Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
218,00
67,14
Tabela A38: Carga instalada do permissionário item 38.
Item 38FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 4,00
800,00 24,00
30,00
576,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 2,00
22,00
44,00
Total
2.293,00
916,04
77
Tabela A39: Carga instalada do permissionário item 39.
Item 39FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 3,00
4.500,00 14,00
22,00
1.386,00
Lâmpadas fluorescentes
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Total
4.643,00
1.430,04
Tabela A40: Carga instalada do permissionário item 40.
Item 40FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 14,00
448,00 14,00
22,00
137,98
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 7,00
52,50 14,00
22,00
16,17
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 2,00
22,00
44,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 4,00
22,00
308,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
6.850,50
1.120,95
78
Tabela A41: Carga instalada do permissionário item 41.
Item 41FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80
Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 14,00
22,00
9,24
Total
886,00
272,89
Tabela A42: Carga instalada do permissionário item 42.
Item 42FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Freezer horizontal
350,00 2,00
700,00 24,00
30,00
504,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 2,00
22,00
44,00
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 3,00
22,00
115,50
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
4.093,00
1.026,34
79
Tabela A43: Carga instalada do permissionário item 43.
Item 43FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 4,00
22,00
11,26 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 4,00
22,00
1,32
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
TV 14"
75,00 1,00
75,00 10,00
22,00
16,50
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 12,00
22,00
92,40
Total
768,00
265,48
Tabela A44: Carga instalada do permissionário item 44.
Item 44FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 4,00
22,00
11,26 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 4,00
22,00
1,32
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
TV 14"
75,00 1,00
75,00 10,00
22,00
16,50
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 12,00
22,00
92,40
Total
968,00
409,48
80
Tabela A45: Carga instalada do permissionário item 45.
Item 45FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 2,00
3.000,00 14,00
22,00
924,00
Fotocopiadora grande
3.500,00 1,00
3.500,00 14,00
22,00
1.078,00
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80 Lâmpada Fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 14,00
22,00
4,62
Total
7.243,00
2.230,84
Tabela A46: Carga instalada do permissionário item 46.
Item 46FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80 Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 14,00
22,00
9,24
Total
886,00
272,89
Tabela A47: Carga instalada do permissionário item 47.
Item 47FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 1,00
1.500,00 14,00
22,00
462,00
Lâmpadas fluorescentes
32,00 2,00
64,00 14,00
22,00 19,71
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 1,00
7.50 14,00
22,00
2,31
Total
1.571,50
484,02
81
Tabela A48: Carga instalada do permissionário item 48.
Item 48FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Fotocopiadora pequena
1.500,00 2,00
3.000,00 14,00
22,00
924,00
Fotocopiadora grande
3.500,00 2,00
7.000,00 14,00
22,00
2.156,00
Computador
600,00 1,00
600,00 14,00
22,00
184,80 Lâmpada Fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
30,00 14,00
22,00
9,24
Total
10.886,00
3.352,89
Tabela A49: Carga instalada do permissionário item 49.
Item 49FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00 6,00
192,00 14,00
22,00
59,14
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 3,00
22,50 14,00
22,00 6,93
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Refresqueira
100,00 2,00
200,00 14,00
22,00
61,60
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Total
2.614,50
601,67
82
Tabela A50: Carga instalada do permissionário item 50.
Item 50FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 2,00
22,00
88,00
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 3,00
22,00
115,50
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
4.393,00
566,34
Tabela A51: Carga instalada do permissionário item 51.
Item 51FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 3,00
600,00 24,00
30,00
432,00 Lâmpada fluorescente
32,00 2,00
64,00 10,00
22,00
14,08
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 1,00
15,00 10,00
22,00
1,65
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 6,00
22,00
462,00
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 10,00
22,00
220,00
Balança
35,00 1,00
35,00 10,00
30,00
10,50
Total
5.206,50
1.140,33
83
Tabela A52: Carga instalada do permissionário item 52.
Item 52 FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot
Total (W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada fluorescente
32,00 2,00
64,00 14,00
22,00
19,71 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 1,00
15,00 14,00
22,00
2,31
Total
71,50
22,02
Tabela A53: Carga instalada do permissionário item 53.
Item 53FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 1,00
22,00
44,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 6,00
22,00
462,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Freezer Vertical
600,00 1,00
600,00 24,00
30,00
432,00
Total
6.893,00
1.408,84
84
Tabela A54: Carga instalada do permissionário item 54.
Item 54FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 3,00
600,00 24,00
30,00
432,00
Freezer horizontal
350,00 2,00
700,00 24,00
30,00
504,00
Microondas
1.000,00 2,00
2.000,00 1,00
22,00
44,00
Forno elétrico
1.750,00 2,00
3.500,00 6,00
22,00
462,00
Refresqueira
100,00 2,00
200,00 14,00
22,00
61,60
Freezer vertical
600,00 1,00
600,00 24,00
22,00
316,80
Grill
800,00 1,00
800,00 1,00
22,00
17,60
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00 Lâmpada fluorescente
32,00 8,00
256,00 14,00
22,00
78,85
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 4,00
60,00 14,00
22,00
9,24
Total
9.686,00
2.234,09
85
Tabela A55: Carga instalada do permissionário item 55.
Item 55FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Balança
35,00 1,00
35,00 14,00
22,00
10,78
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 6,00
22,00
231,00
Máquina café
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00 Lâmpada Fluorescente
32,00 16,00
512,00 14,00
22,00
157,70
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 8,00
60,00 14,00
22,00
18,48
Refresqueira
100,00 2,00
200,00 14,00
22,00
61,60
TV 14"
75,00 1,00
75,00 8,00
22,00
13,20
Total
5.032,00
1.110,76
86
Tabela A56: Carga instalada do permissionário item 56.
Item 56FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Freezer horizontal
350,00 2,00
700,00 24,00
30,00
504,00
Geladeira
200,00 2,00
400,00 24,00
30,00
288,00
Forno elétrico
1.750,00 1,00
1.750,00 6,00
22,00
231,00
Máquina café
1.000,00 1,00
1.000,00 14,00
22,00
308,00
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00 Lâmpada Fluorescente
32,00 16,00
512,00 14,00
22,00
157,70
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 8,00
60,00 14,00
22,00
18,48
Refresqueira
100,00 2,00
200,00 14,00
22,00
61,60
TV 14"
75,00 1,00
75,00 8,00
22,00
13,20
Total
5.697,00
1.603,98
87
Tabela A57: Carga instalada do permissionário item 57.
Item 57FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Geladeira
200,00 1,00
200,00 24,00
30,00
144,00
Freezer horizontal
350,00 1,00
350,00 24,00
30,00
252,00 Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 14,00
22,00
39,42
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
30,00 14,00
22,00
4,62
Microondas
1.000,00 1,00
1.000,00 1,00
22,00
22,00
Refresqueira
100,00 1,00
100,00 14,00
22,00
30,80
Total
1.793,00
492,84
Tabela A58: Carga instalada do permissionário item 58.
Item 58FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Computador
600,00 2,00
1.200,00 10,00
22,00
264,00
Fax
400,00 1,00
400,00 10,00
22,00
88,00
Lâmpada fluorescente
32,00 4,00
128,00 10,00
22,00
28,16 Reator para lâmpada fluorescente
7,50 2,00
15,00 10,00
22,00
3,30
Impressora
500,00 1,00
500,00 10,00
22,00
110,00
Total
2.243,00
493,46
88
Tabela A59: Carga instalada do permissionário item 59.
Item 59FUNCIONAMENTO
Equipamentos Potência
(W) QuantidadePot Total
(W) horas/dia Dias/mês
Consumo (kWh)
Lâmpada Fluorescente
32,00
10,00
320,00 12,00
22,00
84,48
Reator para lâmpada fluorescente
7,50 5,00
37,50 12,00
22,00
9,90
Geladeira
200,00 6,00
1.200,00 24,00
30,00
864,00
Freezer horizontal
350,00 3,00
1.050,00 24,00
30,00
756,00
Refresqueira
100,00 3,00
300,00 12,00
22,00
79,20
Forno elétrico
1.750,00 3,00
5.250,00 4,00
22,00
462,00
TV 20"
85,00 3,00
255,00 12,00
22,00
67,32
Cafeteira
1.000,00 1,00
1.000,00 12,00
22,00
264,00 Lâmpada incandescente
60,00 6,00
360,00 12,00
22,00
95,04
Computador
600,00 2,00
1.200,00 12,00
22,00
316,80
Caixa
35,00 1,00
35,00 12,00
22,00
9,24
Total 11.007,50
3.007,98
89
APÊNDICE 2 - MEDIDORES
- Item 1: medidor eletromecânico modelo M1A-T 240V 15A.
- Informações técnicas:
- Medidor de energia ativa (Watt-hora) monofásico;
- 01 elemento;
- 02 fios;
- Freqüência nominal 60Hz;
- Classe de exatidão 2%;
- Corrente nominal 15 A, corrente máxima 100 A;
- Tensão nominal 240V;
- Registrador bidirecional, ciclométrico com 05 dígitos inteiros sem decimal, com
constante do registrador (K) = 1;
- Ligação linha carga;
- Tampa transparente em policarbonato;
- Base plástica;
- Tampa curta para compartimento do bloco de terminais;
- Modelo M1A-T, Marca NANSEN.
- Classificação Fiscal: 90.28.30.19
- Item 2: medidor eletromecânico modelo PN5T-G 240V 15A.
- Informações técnicas:
- Medidor de energia ativa (Watt-hora) trifásico;
- 03 elementos;
- 04 fios;
- Freqüência nominal 60Hz;
- Classe de exatidão 2%;
- Corrente nominal 15 A, corrente máxima 120 A;
- Tensão nominal 240V;
- Registrador ciclométrico com 05 dígitos inteiros sem decimal, com constante do
registrador (K) = 1;
- Ligação linha carga;
- Tampa transparente em policarbonato;
- Base em liga de alumínio silício;
90
- Tampa curta para compartimento do bloco de terminais;
- Modelo PN5T-G, Marca NANSEN.
- Classificação Fiscal: 90.28.30.39
- Item 3: medidor eletromecânico modelo PN5T-G 240V 30/200A.
- Informações técnicas:
- Medidor de energia ativa (Watt-hora) trifásico;
- 03 elementos;
- 04 fios;
- Freqüência nominal 60Hz;
- Classe de exatidão 2%;
- Corrente nominal 15 A, corrente máxima 200 A;
- Tensão nominal 240V;
- Registrador ciclométrico com 05 dígitos inteiros sem decimal, com constante do
registrador (K) = 1;
- Ligação linha carga;
- Tampa transparente em policarbonato;
- Base em liga de alumínio silício;
- Terminal de prova interno;
- Tampa curta para compartimento do bloco de terminais;
- Modelo PN5T-G, Marca NANSEN.
- Classificação Fiscal: 90.28.30.39
91
ANEXOS
ANEXO 1 – Norma Regulamentadora Nº 13 (NR 13)
13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
13.1 Caldeiras a vapor - disposições gerais.
13.1.1 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob
pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os
refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
13.1.2 Para efeito desta NR, considera-se "Profissional Habilitado" aquele que tem
competência legal para o exercício da profissão de engenheiro na atividades referentes a
projeto de construção, acompanhamento operação e manutenção, inspeção e supervisão de
inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no País.
13.1.3 Pressão Máxima de Trabalho Permitida - PMTP ou Pressão Máxima de Trabalho
Admissível - PMTA é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a
resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros
operacionais.
13.1.4 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a PMTA;
(113.071-4)
b) instrumento que indique a pressão do vapor acumulado; (113.072-2)
c) injetor ou outro meio de alimentação de água, independente do sistema principal, em
caldeiras combustível sólido; (113.073-0)
d) sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de álcalis; (113.074-9)
e) sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente. (113.075-7)
13.1.5 Toda caldeira deve ter afixada em seu corpo, em local de fácil acesso e bem visível,
placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.001-3/I2)
a) fabricante;
b) número de ordem dado pelo fabricante da caldeira;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
92
e) pressão de teste hidrostático;
f) capacidade de produção de vapor;
g) área de superfície de aquecimento;
h) código de projeto e ano de edição.
13.1.5.1 Além da placa de identificação, devem constar, em local visível, a categoria da
caldeira, conforme definida no subitem 13.1.9 desta NR, e seu número ou código de
identificação.
13.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estive instalada, a seguinte
documentação, devidamente atualizada:
a) "Prontuário da Caldeira", contendo as seguintes informações: (113.002-1 / I3)
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e determinação da
PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da
caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
b) "Registro de Segurança", em conformidade com o subitem 13.1.7; (113.003-0 / I4)
c) "Projeto de Instalação", em conformidade com o item 13.2; (113.004-8 / I4)
d) "Projetos de Alteração ou Reparo", em conformidade com os subitens 13.4.2 e 13.4.3;
(113.005-6 / I4)
e) "Relatórios de Inspeção", em conformidade com os subitens 13.5.11, 13.5.12 e 13.5.13.
13.1.6.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário da Caldeira" deve ser reconstituído
pelo proprietário, com responsabilidade técnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das características funcionais,
dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para determinação da PMTA.
(113.006-4 / I3)
13.1.6.2 Quando a caldeira for vendida ou transferida de estabelecimento, os documentos
mencionados nas alíneas "a", "d", e "e" do subitem 13.1.6 devem acompanhá-la.
93
13.1.6.3 O proprietário da caldeira deverá apresentar, quando exigido pela autoridade
competente do órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada no
subitem 13.1.6. (113.007-2 / I4)
13.1.7 O "Registro de Segurança" deve ser constituído de livro próprio, com páginas
numeradas, ou outro sistema equivalente onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança da caldeira;
b) as ocorrências de inspeções de segurança periódicas e extraordinárias, devendo constar o
nome legível e assinatura de "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e de
operador de caldeira presente na ocasião da inspeção.
13.1.7.1. Caso a caldeira venha a ser considerada inadequada para uso, o "Registro de
Segurança" deve conter tal informação e receber encerramento formal. (113.008-0 / I4)
13.1.8 A documentação referida no subitem 13.1.6 deve estar sempre à disposição para
consulta dos operadores, do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - Cipa,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação. (113.009-9 / I3)
13.1.9 Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias,
conforme segue:
a) caldeiras da categoria A são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960
KPa (19.98 Kgf/cm2);
b) caldeiras da categoria C são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 KPa
(5.99 Kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros;
c) caldeiras da categoria B são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias
anteriores.
13.2 Instalação de caldeiras a vapor.
13.2.1 A autoria do "Projeto de Instalação" de caldeiras a vapor, no que concerne ao
atendimento desta NR, é de responsabilidade de "Profissional Habilitado", conforme citado no
subitem 13.1.2, e deve obedecer aos aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos
nas Normas Regulamentados, convenções e disposições legais aplicáveis.
13.2.2 As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em "Casa de Caldeiras"
ou em local específico para tal fim, denominado "Área de Caldeiras".
13.2.3 Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto, a "Área de Caldeiras" deve
satisfazer aos seguintes requisitos:
a) estar afastada de, no mínimo, 3,00m (três metros) de: (113.010-2 / I4)
94
- outras instalações do estabelecimento;
- de depósitos de combustíveis, excetuando-se reservatórios para partida com até 2000 (dois
mil) litros de capacidade;
- do limite de propriedade de terceiros;
- do limite com as vias públicas;
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas
em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo
que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas; (113.011-0 / I4)
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão, para fora da área de operação atendendo às normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; 113.012-9 / I4)
f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar à noite.
13.2.4 Quando a caldeira estiver instalada em ambiente confinado, a "Casa de Caldeiras" deve
satisfazer aos seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo, podendo ter apenas
uma parede adjacente a outras instalações do estabelecimento, porém com as outras paredes
afastadas de, no mínimo, 3,00m (três metros) de outras instalações, do limite de propriedade
de terceiros, do limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2 (dois) mil litros de capacidade; (113.013-7 / I4)
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas
em direções distintas;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de caldeira a
combustível gasoso.
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira, sendo
que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de
pessoas; (113.014-5 / I3)
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, provenientes da
combustão para fora da área de operação, atendendo às normas ambientais vigentes;
95
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de iluminação de
emergência.
13.2.5 Constitui risco grave e iminente o não-atendimento aos seguintes requisitos:
a) para todas as caldeiras instaladas em ambiente aberto, as alíneas "b", "d" e "f" do subitem
13.2.3 desta NR;
b) para as caldeiras da categoria A instaladas em ambientes confinados, as alíneas "a", "b",
"c", "d", "e", "g" e "h" do subitem 13.2.4 desta NR;
c) para as caldeiras das categorias B e C instaladas em ambientes confinados, as alíneas "b",
"c", "d", "e", "g" e "h" do subitem 13.2.4 desta NR.
13.2.6 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto nos subitens 13.2.3 ou 13.2.4,
deverá ser elaborado "Projeto Alternativo de Instalação", com medidas complementares de
segurança que permitam a atenuação dos riscos.
13.2.6.1 O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo proprietário da
caldeira para obtenção de acordo com a representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento.
13.2.6.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.2.6.1, a intermediação
do órgão regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes, e, persistindo o
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.2.7 As caldeiras classificadas na categoria A deverão possuir painel deinstrumentos
instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Normas
Regulamentados aplicáveis. (113.015-3 / I4)
13.3 Segurança na operação de caldeiras.
13.3.1 Toda caldeira deve possuir "Manual de Operação" atualizado, em língua portuguesa,
em local de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo: (113.016-1 / I3)
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
13.3.2 Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em boas
condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente o emprego de
artifícios que neutralizem sistemas de controle e segurança da caldeira. (113.017-0 / I2)
96
13.3.3 A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados,
quando necessários para compatibilizar suas propriedades físicoquímicas com os parâmetros
de operação da caldeira. (113.018-8 /I4)
13.3.4 Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de operador
de caldeira, sendo que o não - atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco
grave e iminente.
13.3.5 Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele que satisfizer pelo
menos uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" e
comprovação de estágio prático (b) conforme subitem 13.3.11;
b) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" previsto na
NR 13 aprovada pela Portaria n° 02, de 08.05.84;
c) possuir comprovação de pelo menos 3 (três) anos de experiência nessa atividade, até 08 de
maio de 1984.
13.3.6 O pré-requisito mínimo para participação como aluno, no "Treinamento de Segurança
na Operação de Caldeiras" é o atestado de conclusão do 1° grau.
13.3.7 O "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" deve, obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional Habilitado" citado no subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-A desta NR.
13.3.8 Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de Segurança na Operação de
Caldeiras" estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como a outras
sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no subitem 13.3.7.
13.3.9 Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio prático, na operação da própria
caldeira que irá operar, o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima
de: (113.019-6 / I4)
a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta) horas;
b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta) horas;
c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta) horas.
13.3.10 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado, deve informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento: (113.020-0 / I3)
a) período de realização do estágio;
97
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo "Treinamento de Segurança na
Operação de Caldeiras";
c) relação dos participantes do estágio.
13.3.11 A reciclagem de operadores deve ser permanente, por meio de constantes informações
das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de
segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.021-8 / I2)
13.3.12 Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer caldeira em
condições diferentes das previstas no projeto original, sem que: a) seja reprojetada levando
em consideração todas as variáveis envolvidas na nova condição de operação;
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua nova classificação
no que se refere a instalação, operação, manutenção e inspeção.
13.4 Segurança na manutenção de caldeiras.
13.4.1 Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o respectivo código do
projeto de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.022-6 / I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.4.1.1. Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deve ser respeitada a
concepção original da caldeira, com procedimento de controle do maior rigor prescrito nos
códigos pertinentes.
13.4.1.2. Nas caldeiras de categorias A e B, a critério do "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, podem ser utilizadas tecnologia de cálculo ou procedimentos mais avançados,
em substituição aos previstos pêlos códigos de projeto.
13.4.2 "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações: (113.023-4 / I3)
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança.
13.4.3 O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.024-2 / I3)
a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle qualificação de pessoal.
98
13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem
sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo
"Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2. (113.025-0 / I4)
13.4.5 Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos à manutenção
preventiva ou preditiva. (113.026-9 / I4)
13.5 Inspeção de segurança de caldeiras.
13.5.1 As caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária, sendo considerado condição de risco grave e iminente o não - atendimento
aos prazos estabelecidos nesta NR. (113.078-1)
13.5.2 A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da entrada em
funcionamento, no local de operação, devendo compreender exames interno e externo, teste
hidrostático e de acumulação.
13.5.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exames interno e externo, deve ser
executada nos seguintes prazos máximos:
a) 12 (doze) meses para caldeiras das categorias A, B e C;
b) 12 (doze) meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer categoria;
c) 24 (vinte e quatro) meses para caldeiras da categoria A, desde que aos 12 (doze) meses
sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança;
d) 40 (quarenta) meses para caldeiras especiais conforme definido no item 13.5.5.
13.5.4 Estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos",
conforme estabelecido no Anexo II, podem estender os períodos entre inspeções de
segurança, respeitando os seguintes prazos máximos:
a) 18 (dezoito) meses para caldeiras das categorias B e C;
b) 30 (trinta) meses para caldeiras da categoria A.
13.5.5 As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos das
unidades de processo, como combustível principal para aproveitamento de calor ou para fins
de controle ambiental podem ser consideradas especiais quando todas as condições seguintes
forem satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de
Equipamentos" citado no Anexo II;
b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento e a pressão de
abertura de cada válvula de segurança;
99
c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e do vapor durante
a operação;
d) exista análise e controle periódico da qualidade da água;
e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais partes da caldeira;
f) seja homologada como classe especial mediante:
- acordo entre a representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento e o empregador;
- intermediação do órgão regional do MTb, solicitada por qualquer uma das partes quando não
houver acordo;
- decisão do órgão regional do MTb quando persistir o impasse.
13.5.6 Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subseqüente, as caldeiras
devem ser submetidas a rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua vida
remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de
uso. (113.027-7 / I4)
13.5.6.1 Nos estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos",
citado no Anexo II, o limite de 25 (vinte e cinco) anos pode ser alterado em função do
acompanhamento das condições da caldeira, efetuado pelo referido órgão.
13.5.7 As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas
periodicamente conforme segue: (113.028-5 / I4)
a) pelo menos 1 (uma) vez por mês, mediante acionamento manual da alavanca, em operação,
para caldeiras das categorias B e C;
b) desmontando, inspecionando e testando em bancada as válvulas flangeadas e, no campo, as
válvulas soldadas, recalibrando-as numa freqüência compatível com a experiência operacional
da mesma, porém respeitando-se como limite máximo o período de inspeção estabelecido no
subitem 13.5.3 ou 13.5.4, se aplicável para caldeiras de categorias A e B.
13.5.8 Adicionalmente aos testes prescritos no subitem 13.5.7, as válvulas de segurança
instaladas em caldeiras deverão ser submetidas a testes de acumulação, nas seguintes
oportunidades: (113.029-3 / I4)
a) na inspeção inicial da caldeira;
b) quando forem modificadas ou tiverem sofrido reformas significativas;
c) quando houver modificação nos parâmetros operacionais da caldeira ou variação na
PMTA;
d) quando houver modificação na sua tubulação de admissão ou descarga.
100
13.5.9 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
a) sempre que a caldeira for danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de
comprometer sua segurança;
b) quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar suas
condições de segurança;
c) antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, quando permanecer inativa por mais
de 6 (seis) meses;
d) quando houver mudança de local de instalação da caldeira.
13.5.10 A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2, ou por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", citado no Anexo II.
13.5.11 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a fazer
parte da sua documentação. (113.030-7 / I4)
13.5.12 Uma cópia do "Relatório de Inspeção" deve ser encaminhada pelo "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, num prazo máximo de 30 (trinta) dias, a contar do
término da inspeção, à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
13.5.13 O "Relatório de Inspeção", mencionado no subitem 13.5.11, deve conter no mínimo:
a) dados constantes na placa de identificação da caldeira;
b) categoria da caldeira;
c) tipo da caldeira;
d) tipo de inspeção executada;
e) data de início e término da inspeção;
f) descrição das inspeções e testes executados;
g) resultado das inspeções e providências;
h) relação dos itens desta NR ou de outras exigências legais que não estão sendo atendidas;
i) conclusões;
j) recomendações e providências necessárias;
k) data prevista para a nova inspeção da caldeira;
l) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2 e nome legível e assinatura de técnicos que participaram
da inspeção.
13.5.14 Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de
identificação, a mesma deve ser atualizada. (113.031-5 / I1)
101
13.6 Vasos de pressão - disposições gerais.
13.6.1. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.
13.6.1.1. O campo de aplicação desta NR, no que se refere a vasos de pressão, está definido
no Anexo III.
13.6.1.2. Os vasos de pressão abrangidos por esta NR estão classificados em categorias de
acordo com o Anexo IV.
13.6.2 Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual
ou inferior à PMTA, instalada diretamente no vaso ou no sistema que o inclui; (113.079-0)
b) dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando esta não estiver
instalada diretamente no vaso; (113.080-3)
c) instrumento que indique a pressão de operação. (113.081-1)
13.6.3 Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de fácil acesso e bem
visível, placa de identificação indelével com, no mínimo, as seguintes informações: (113.032-
3 / I2)
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.
13.6.3.1 Além da placa de identificação, deverão constar, em local visível, a categoria do
vaso, conforme Anexo IV, e seu número ou código de identificação.
13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a
seguinte documentação devidamente atualizada:
a) "Prontuário do Vaso de Pressão" a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes
informações: (113.033-1 / I2)
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final e determinação da
PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- características funcionais;
102
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso;
b) "Registro de Segurança" em conformidade com o subitem 13.6.5; (113.034-0 / I4)
c) "Projeto de Instalação" em conformidade com o item 13.7; (113.035-8 / I4)
d) "Projeto de Alteração ou Reparo" em conformidade com os subitens 13.9.2 e 13.9.3;
(113.036-6 / I4)
e) "Relatórios de Inspeção" em conformidade com o subitem 13.10.8.
13.6.4.1 Quando inexistente ou extraviado, o "Prontuário do Vaso de Pressão" deve ser
reconstituído pelo proprietário com responsabilidade técnica do fabricante ou de "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, sendo imprescindível a reconstituição das
características funcionais, dos dados dos dispositivos de segurança e dos procedimentos para
determinação da PMTA. (113.037-4 / I2)
13.6.4.2 O proprietário de vaso de pressão deverá apresentar, quando exigida pela autoridade
competente do órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada no
subitem 13.6.4. (113.038-2 / I4)
13.6.5 O "Registro de Segurança" deve ser constituído por livro de páginas numeradas, pastas
ou sistema informatizado ou não com confiabilidade equivalente onde serão registradas:
a) todas as ocorrências importantes capazes de influir nas condições de segurança dos vasos;
(113.039-0 / I3)
b) as ocorrências de inspeção de segurança. (113.040-4 / I4)
13.6.6 A documentação referida no subitem 13.6.4 deve estar sempre à disposição para
consulta dos operadores do pessoal de manutenção, de inspeção e das representações dos
trabalhadores e do empregador na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA,
devendo o proprietário assegurar pleno acesso a essa documentação inclusive à representação
sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento, quando formalmente
solicitado. (113.041-2 / I4)
13.7 Instalação de vasos de pressão.
13.7.1. Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, bocas
de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, sejam facilmente
acessíveis. (113.042-0 / I2)
13.7.2 Quando os vasos de pressão forem instalados em ambientes confinados, a instalação
deve satisfazer os seguintes requisitos:
103
a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas
em direções distintas; (113.082-0)
b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, operação e inspeção,
sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda
de pessoas; (113.043-9 / I3)
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;
(113.083-8)
d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes; (113.044-7 / I3)
e) possuir sistema de iluminação de emergência. (113.084-6)
13.7.3 Quando o vaso de pressão for instalado em ambiente aberto, a instalação deve
satisfazer as alíneas "a", "b", "d" e "e" do subitem 13.7.2.
13.7.4 Constitui risco grave e iminente o não-atendimento às seguintes alíneas do subitem
13.7.2:
- "a", "c" "d" e "e" para vasos instalados em ambientes confinados;
- "a" para vasos instalados em ambientes abertos;
- "e" para vasos instalados em ambientes abertos e que operem à noite.
13.7.5 Quando o estabelecimento não puder atender ao disposto no subitem 13.7.2, deve ser
elaborado "Projeto Alternativo de Instalação" com medidas complementares de segurança que
permitam a atenuação dos riscos.
13.7.5.1 O "Projeto Alternativo de Instalação" deve ser apresentado pelo proprietário do vaso
de pressão para obtenção de acordo com a representação sindical da categoria profissional
predominante no estabelecimento.
13.7.5.2 Quando não houver acordo, conforme previsto no subitem 13.7.5.1, a intermediação
do órgão regional do MTb poderá ser solicitada por qualquer uma das partes e, persistindo o
impasse, a decisão caberá a esse órgão.
13.7.6 A autoria do "Projeto de Instalação" de vasos de pressão enquadrados nas categorias I,
II e III, conforme Anexo IV, no que concerne ao atendimento desta NR, é de responsabilidade
de "Profissional Habilitado", conforme citado no subitem 13.1.2, e deve obedecer aos
aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras,
convenções e disposições legais aplicáveis.
13.7.7. O "Projeto de Instalação" deve conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento,
com o posicionamento e a categoria de cada vaso e das instalações de segurança. (113.045-5 /
I1)
104
13.8 Segurança na operação de vasos de pressão.
13.8.1 Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias I ou II deve possuir manual de
operação próprio ou instruções de operação contidas no manual de operação de unidade onde
estiver instalado, em língua portuguesa e de fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
(113.046-3 / I3)
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.
13.8.2 Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibrados e em
boas condições operacionais. (113.047-1 / I3)
13.8.2.1 Constitui condição de risco grave e iminente o emprego de artifícios que
neutralizem seus sistemas de controle e segurança. (113.085-4)
13.8.3 A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias "I" ou "II" deve
ser efetuada por profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de
Processos", sendo que o não-atendimento a esta exigência caracteriza condição de risco grave
e iminente. (113.048-0 / I4)
13.8.4 Para efeito desta NR será considerado profissional com "Treinamento de Segurança na
Operação de Unidades de Processo" aquele que satisfizer uma das seguintes condições:
a) possuir certificado de "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo"
expedido por instituição competente para o treinamento;
b) possuir experiência comprovada na operação de vasos de pressão das categorias I ou II de
pelo menos 2 (dois) anos antes da vigência desta NR.
13.8.5 O pré-requisito mínimo para participação, como aluno, no "Treinamento de Segurança
na Operação de Unidades de Processo" é o atestado de conclusão do 1º grau.
13.8.6 O "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo" deve
obrigatoriamente:
a) ser supervisionado tecnicamente por "Profissional Habilitado" citado no subitem 13.1.2;
b) ser ministrado por profissionais capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto no Anexo I-B desta NR.
13.8.7 Os responsáveis pela promoção do "Treinamento de Segurança na Operação de
Unidades de Processo" estarão sujeitos ao impedimento de ministrar novos cursos, bem como
a outras sanções legais cabíveis, no caso de inobservância do disposto no subitem 13.8.6.
105
13.8.8. Todo profissional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidade de
Processo" deve cumprir estágio prático, supervisionado, na operação de vasos de pressão com
as seguintes durações mínimas: (113.049-8 / I4)
a) 300 (trezentas) horas para vasos de categorias I ou II;
b) 100 (cem) horas para vasos de categorias III, IV ou V.
13.8.9 O estabelecimento onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar
previamente à representação sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento: (113.050-1 / I3)
a) período de realização do estágio;
b) entidade, empresa ou profissional responsável pelo "Treinamento de Segurança na
Operação de Unidade de Processo";
c) relação dos participantes do estágio.
13.8.10 A reciclagem de operadores deve ser permanente por meio de constantes informações
das condições físicas e operacionais dos equipamentos, atualização técnica, informações de
segurança, participação em cursos, palestras e eventos pertinentes. (113.051-0 / I2)
13.8.11. Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer vaso de
pressão em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetado levando em consideração todas as variáveis envolvidas na nova condição
de operação; (113.086-2)
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua nova classificação
no que se refere à instalação, operação, manutenção e inspeção. (113.087-0)
13.9 Segurança na manutenção de vasos de pressão.
13.9.1 Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar o respectivo
código de projeto de construção e as prescrições do fabricante no que se refere a: (113.052-8 /
I4)
a) materiais;
b) procedimentos de execução;
c) procedimentos de controle de qualidade;
d) qualificação e certificação de pessoal.
13.9.1.1 Quando não for conhecido o código do projeto de construção, deverá ser respeitada a
concepção original do vaso, empregando-se procedimentos de controle do maior rigor,
prescritos pelos códigos pertinentes.
106
13.9.1.2. A critério do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, podem ser
utilizadas tecnologia de cálculo ou procedimentos mais avançados, em substituição aos
previstos pêlos códigos de projeto.
13.9.2 "Projetos de Alteração ou Reparo" devem ser concebidos previamente nas seguintes
situações: (113.053-6 / I3)
a) sempre que as condições de projeto forem modificadas;
b) sempre que forem realizados reparos que possam comprometer a segurança.
13.9.3 O "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: (113.054-4 / I3)
a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2;
b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação de
pessoal;
c) ser divulgado para funcionários do estabelecimento que possam estar envolvidos com o
equipamento.
13.9.4 Todas as intervenções que exijam soldagem em partes que operem sob pressão devem
ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional Habilitado",
citado no subitem 13.1.2, levando em conta o disposto no item 13.10. (113.055-2 / I4)
13.9.4.1 Pequenas intervenções superficiais podem ter o teste hidrostático dispensado, a
critério do "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2.
13.9.5 Os sistemas de controle e segurança dos vasos de pressão devem ser submetidos à
manutenção preventiva ou preditiva. (113.056-0 / I4)
13.10 Inspeção de segurança de vasos de pressão.
13.10.1 Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica
e extraordinária. (113.057-9 / I4)
13.10.2. A inspeção de segurança inicial deve ser feita em vasos novos, antes de sua entrada
em funcionamento, no local definitivo de instalação, devendo compreender exame externo,
interno e teste hidrostático, considerando as limitações mencionadas no subitem 13.10.3.5.
(113.058-7/ I4)
13.10.3 A inspeção de segurança periódica, constituída por exame externo, interno e teste
hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a seguir: (113.059-5 /
I4)
a) para estabelecimentos que não possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos",
conforme citado no Anexo II:
Categoria do Vaso
107
Exame Externo
Exame Interno
Teste Hidrostático
I 1 ano 3 anos 6 anos
II 2 anos 4 anos 8 anos
III 3 anos 6 anos 12 anos
IV 4 anos 8 anos 16 anos
V 5 anos 10 anos 20 anos
b) para estabelecimentos que possuam "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos",
conforme citado no Anexo II:
Categoria do Vaso
Exame Externo
Exame Interno
Teste Hidrostático
I 3 anos 6 anos 12 anos
II 4 anos 8 anos 16 anos
III 5 anos 10anos a critério
IV 6 anos 12 anos a critério
V 7 anos a critério a critério
13.10.3.1 Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou externo por impossibilidade
física devem ser alternativamente submetidos a teste hidrostático, considerando-se as
limitações previstas no subitem 13.10.3.5. (113.060-9 / I4)
13.10.3.2 Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de
exame interno ou de teste hidrostático ampliada, de forma a coincidir com a época da
substituição de enchimentos ou de catalisador, desde que esta ampliação não ultrapasse 20
(vinte) por cento do prazo estabelecido no subitem 13.10.3 desta NR. (113.061-7 / I4)
13.10.3.3 Vasos com revestimento interno higroscópico devem ser testados hidrostaticamente
antes da aplicação do mesmo, sendo os testes subseqüentes substituídos por técnicas
alternativas. (113.062-5 / I4)
13.10.3.4 Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no "Registro de Segurança"
pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, o teste hidrostático pode ser
substituído por outra técnica de ensaio não-destrutivo ou inspeção que permita obter
segurança equivalente. (113.063-3 / I4)
108
13.10.3.5 Considera-se como razões técnicas que inviabilizam o teste hidrostático:
a) resistência estrutural da fundação ou da sustentação do vaso incompatível com o peso da
água que seria usada no teste;
b) efeito prejudicial do fluido de teste a elementos internos do vaso;
c) impossibilidade técnica de purga e secagem do sistema;
d) existência de revestimento interno;
e) influência prejudicial do teste sobre defeitos subcríticos.
13.10.3.6. Vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC (zero graus centígrados) e que
operem em condições nas quais a experiência mostre que nãoocorre deterioração, ficam
dispensados do teste hidrostático periódico, sendo obrigatório exame interno a cada 20 (vinte)
anos e exame externo a cada 2 (dois) anos. (113.064-1 / I4)
13.10.3.7 Quando não houver outra alternativa, o teste pneumático pode ser executado, desde
que supervisionado pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e cercado de
cuidados especiais por tratar-se de atividade de alto risco. (113.065-0 / I4)
13.10.4 As válvulas de segurança dos vasos de pressão devem ser desmontadas, inspecionadas
e re0calibradas por ocasião do exame interno periódico. (113.066-8 / I4)
13.10.5 A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
(113.067-6 / I4)
a) sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua
segurança;
b) quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua
condição de segurança;
c) antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de
12 (doze) meses;
d) quando houver alteração do local de instalação do vaso.
13.10.6 A inspeção de segurança deve ser realizada por "Profissional Habilitado", citado no
subitem 13.1.2 ou por "Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos", conforme citado no
Anexo II. (113.068-4 / I4)
13.10.7 Após a inspeção do vaso deve ser emitido "Relatório de Inspeção", que passa a fazer
parte da sua documentação. (113.069-2 / I4)
13.10.8 O "Relatório de Inspeção" deve conter no mínimo:
a) a) identificação do vaso de pressão; (113.088-9)
b) fluidos de serviço e categoria do vaso de pressão; (113.089-7)
109
c) tipo do vaso de pressão; (113.090-0)
d) data de início e término da inspeção; (113.091-9)
e) tipo de inspeção executada; (113.092-7)
f) descrição dos exames e testes executados; (113.093-5)
g) resultado das inspeções e intervenções executadas; (113.094-3)
h) conclusões; (113.095-1)
i) recomendações e providências necessárias; (113.096-0)
j) data prevista para a próxima inspeção; (113.097-8)
k) nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do "Profissional
Habilitado", citado no subitem 13.1.2, e nome legível e assinatura de técnicos que
participaram da inspeção. (113.098-6)
13.10.9. Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações dos dados da placa de
identificação, a mesma deve ser atualizada. (113.070-6 / I1)
ANEXO I-A
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras"
1. Noções de grandezas físicas e unidades Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão
absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor
1.2.3. Calor específico e calor sensível
1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante
1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido
1.2.6. Tabela de vapor saturado
2. Caldeiras - considerações gerais Carga horária: 8 (oito) horas
2.1. Tipos de caldeiras e suas utilizações
2.2. Partes de uma caldeira
110
2.2.1. Caldeiras flamotubulares
2.2.2. Caldeiras aquotubulares
2.2.3. Caldeiras elétricas
2.2.4. Caldeiras a combustíveis sólidos
2.2.5. Caldeiras a combustíveis líquidos
2.2.6. Caldeiras a gás
2.2.7. Queimadores
2.3. Instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras
2.3.1. Dispositivo de alimentação
2.3.2. Visor de nível
2.3.3. Sistema de controle de nível
2.3.4. Indicadores de pressão
2.3.5. Dispositivos de segurança
2.3.6. Dispositivos auxiliares
2.3.7. Válvulas e tubulações
2.3.8. Tiragem de fumaça
3. Operação de caldeiras Carga horária: 12 (doze) horas
3.1. Partida e parada
3.2. Regulagem e controle
3.2.1. de temperatura
3.2.2. de pressão
3.2.3. de fornecimento de energia
3.2.4. do nível de água
3.2.5. de poluentes
3.3. Falhas de operação, causas e providências
3.4. Roteiro de vistoria diária
3.5. Operação de um sistema de várias caldeiras
3.6. Procedimentos em situações de emergência
4. Tratamento de água e manutenção de caldeiras Carga horária: 8 (oito) horas
4.1. Impurezas da água e suas conseqüências
4.2. Tratamento de água
4.3. Manutenção de caldeiras
5. Prevenção contra explosões e outros riscos Carga horária: 4 (quatro) horas
111
5.1. Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde
5.2. Riscos de explosão
6. Legislação e normalização Carga horária: 4 (quatro) horas
6.1. Normas Regulamentadoras
6.2. Norma Regulamentadora 13 - NR 13
ANEXO I-B
Currículo Mínimo para "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de
Processo"
1. Noções de grandezas físicas e unidades Carga horária: 4 (quatro) horas
1.1. Pressão
1.1.1. Pressão atmosférica
1.1.2. Pressão interna de um vaso
1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta
1.1.4. Unidades de pressão
1.2. Calor e temperatura
1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura
1.2.2. Modos de transferência de calor